cá estamos para responder um fino engenho literário. os papéis devem desempenhar uma função...

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M AIO DE 2013 EDIÇÃO: 320 ANO: XXX 1,25€ DIRECTOR: RUI RAMA DA SILVA Pág. 15 Pág. 14 Pág. 8 TAXISTAS CONTRA BOMBEIROS TAXISTAS CONTRA BOMBEIROS BOMBEIRO DE MÉRITO BOMBEIRO DE MÉRITO VIEIRA DO MINHO CACILHAS ALCOBAÇA PINHAL NOVO Pág. 11 Pág. 13 Foto: Marques Valentim DIREÇÃO NACIONAL DE BOMBEIROS PERDE PODER 125 ANOS A SOCORRER SOLUÇÃO TARDA REQUALIFICAÇÃO CONCRETIZADA UM SÉCULO DE SOCORRO IDÁLIO SIMÃO DOS B. V. CASCAIS NO MAR ! Páginas 8 e 9 IDÁLIO SIMÃO DOS B. V. CASCAIS Páginas 16 e 17 125 ANOS A SOCORRER SOLUÇÃO TARDA REQUALIFICAÇÃO CONCRETIZADA 2012

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M a i o d e 2 0 1 3 edição: 320 ano: XXX 1,25€ director: rui raMa da Silva

Pág. 15

Pág. 14

Pág. 8

TAXISTAS CONTRA BOMBEIROSTAXISTAS CONTRA BOMBEIROS

BOMBEIRO DE MÉRITOBOMBEIRO DE MÉRITO

VIEIRA DO MINHO CACILHAS

ALCOBAÇA

PINHAL NOVO

Pág. 11

Pág. 13

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DIREÇÃO NACIONAL DE BOMBEIROS PERDE PODER

125 ANOS A SOCORRER

SOLUÇÃO TARDA

REQUALIFICAÇÃO CONCRETIZADA

UM SÉCULO DE SOCORRO

IDÁLIO SIMÃODOS B. V. CASCAIS

NO MAR

!Páginas 8 e 9

IDÁLIO SIMÃODOS B. V. CASCAIS

Páginas 16 e 17

125 ANOS A SOCORRER

SOLUÇÃO TARDA

REQUALIFICAÇÃO CONCRETIZADA

2012

2 MAIO 2013

Kafka não faria melhorFranz Kafka foi um importante escritor checo

de língua alemã do século XX. A sua escrita é marcada de certa forma pelo pesadelo do im-

pessoal, do absurdo, do desconexo, da paranóia, do despotismo, do delírio e do ilógico. Assim como está a acontecer com o tratamento dado a vários processos em curso de candidatura a fun-dos comunitários pelos bombeiros.

A forma “kafkiana” como tem sido tratada a migração e a condução de muitos desses proces-sos daria vontade de rir, não fosse o caso de constituir um verdadeiro drama para as associa-ções que se debatem com isso.

A estrutura que gere o Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) tem demonstrado factualmente uma enorme capacidade e criativi-dade especial para complicar os procedimentos administrativos, repetir pedidos de documenta-ção, anunciar anulações de casos há muito ultra-passadas e entretanto resolvidos. Em suma, uma sucessão de situações lamentáveis que, de facto, só Kafka poderia imaginar. A única diferença en-tre uma coisa e outra é que Kafka era possuidor de um fino engenho literário.

Os papéis devem desempenhar uma função própria na sociedade. Mas o problema está em que muitas vezes alguém os faz exorbitar dessa função. Tornam-se escolhos, intencionais ou não, de uma estrutura administrativa estatal que só parece existir para complicar, para dificultar, para comprometer, para inibir, para anular e desani-mar quem, no seu pleno direito, pretende socor-rer-se de apoios legítimos.

Veja-se um caso, entre outros. A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pena-cova pensava que era piada do 1 de Abril quando foi notificada pelos gestores do POVT/QREN de que o processo de concurso e aquisição de uma viatura de combate a incêndios para a qual assi-naram um contrato de financiamento “deveria ter

sido iniciada no prazo de 180 dias após a sua ce-lebração, sendo que o seu incumprimento é fun-damento para a rescisão do contrato”. Acresce que “verifica-se que esse prazo se encontra já ultrapassado, sem que tenha sido apresentada evidência do início do investimento através de pedido de pagamento sobre despesa já realiza-da”. São dados 10 dias à Associação esclarecer a situação a que, no fundo, é alheia.

Esta “delirante” atitude dos gestores esconde no fundo uma manifesta demonstração de “in-gestão”. Dirão alguns que a origem do problema estará no sistema informático. Como dirão os mesmos que, no passado, a origem estaria no excesso papéis a circular, quando a informática ainda não constituía desculpa.

A par da informação recebida, atrás transcrita, os Voluntários de Penacova foram também amea-çados com penalizações relativamente à verba antes contratada. Os episódios sucederam-se. A viatura em causa foi paga na totalidade ao res-pectivo fornecedor desde Março de 2012 e ao serviço das populações desde Junho do mesmo ano. Entretanto, a mesma Associação tem conti-nuado a buscar com quem, de vez, se deve en-tender para resolver um problema para o qual não contribuiu, nem ajudou a criar.

“Ainda hoje (15 de Abril de 2013) após mais um telefonema para esses serviços foi-nos trans-mitido que o processo não aparece na plataforma por “problemas de migração”, desabafa o presi-dente da direção da Associação em mensagem enviada a várias entidades.

Alertados para a situação por diversas vezes os gestores acabam por demonstrar uma “kafkiana” forma de abordar as questões com muito de des-potismo, absurdo, paranóico e ilógico. Nem os Bombeiros merecem nem o Pais pode admitir este tipo de gestão.Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia

Foi subscrito no dia 4 de Maio, entre as direções da Associação Humanitária de Bombeiros Vo-

luntários de São João da Madeira (AHBVSM) e da Associação dos Operacionais e Dirigentes dos Bombeiros Portugueses – Reviver Mais, o proto-colo de cooperação que estipula a cedência, pela primeira entidade, de “um espaço físico, configu-rado numa sala do primeiro andar do seu edifício--sede, com a finalidade de ali passar a funcionar a Delegação da Reviver Mais do distrito de Avei-ro”.

A assinatura do documento teve lugar durante a sessão solene do 85.º aniversário da AHBVSJM, na presença do ministro da Administração Inter-na, Miguel Macedo, e do secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Manuel Castro Almei-da, ex-presidente da Câmara Municipal local, en-tre outros convidados.

Seguidamente teve lugar a inauguração da de-legação, no interior da qual o presidente da Di-recção da Reviver Mais, Lourenço Baptista, agra-deceu, nas pessoas do presidente Carlos Coelho e do comandante Normando Oliveira, o acolhimen-to e a disponibilidade dos bombeiros são-joanen-ses, relembrando, a propósito, um dos funda-mentos do protocolo recém-formalizado: “o reco-nhecimento do interesse comum que a congrega-ção de esforços numa perspetiva de cooperação institucional e de cidadania participativa consti-tui, cada vez mais, a via alimentadora da vida comunitária, propícia à transmissão e sobrevi-vência dos ideais cívicos”.

De igual modo aquele responsável registou o entusiasmo e a dedicação do acuai e do anterior delegado distrital, respetivamente José Manuel Ribeiro, e dirigente Normando Oliveira, aos quais, em parte, se ficou a dever o novo passo dado pela Associação.

Assistiram ao momento, significativo número de sócios da Reviver Mais, o presidente da Câma-ra Municipal de São João da Madeira, Ricardo Oli-veira Figueiredo, o presidente do Conselho Exe-cutivo da LBP, comandante Jaime Marta Soares – que, ao intervir na sessão solene, aproveitou para enaltecer com palavras de muito apreço o significado social do ato a que lhe foi dado assistir – e o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Aveiro, comandante José Gomes da Costa.

Congratulando-se com a presença das referi-das entidades, Lourenço Baptista aproveitou ain-da a circunstância para reafirmar, ao presidente do Conselho Executivo da LBP, a firme disposição da Reviver Mais em ver privilegiadas as melhores relações no domínio do apoio social, da responsa-bilidade daquela Confederação, nomeadamente, à luz do protocolo de cooperação que se encontra celebrado entre as duas instituições. “Para nós, a Liga dos Bombeiros Portugueses constitui um parceiro preferencial e insubstituível, que muito prezamos, ou não fossemos, como é frequente afirmarmos, uma emanação da ‘nossa’ Confede-ração Nacional” – justificou o presidente da Revi-ver Mais.

REVIVER MAIS

Aveiro já tem delegação distrital

Ninguém se opôs no Parlamento à propos-ta de lei do Governo que isenta de IRS os

bombeiros voluntários que prestem serviço durante o verão no combate aos incêndios florestais no âmbito do Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais (DE-CIF). A lei foi discutida pelos vários partidos representados na Assembleia da República na passada quarta-feira (22 de maio) e de-verá ser votada a 24 de maio quando a pre-sente edição já estiver impressa. O Diploma discutido em plenário deverá ser votado por unanimidade, conseguindo assim uma “proe-za” ao colocar de acordo todos os partidos com assento parlamentar. Durante a discus-

são, da esquerda à direita, a opinião foi “unânime”: A aprovação deste diploma cons-titui a “correção de um erro”, sublinharam vários deputados. Assim sendo, todos os bombeiros voluntários que prestam serviço durante o período de férias e descanso, no âmbito do dispositivo especial de combate a incêndios, vão deixar de estar sujeitos a tri-butação em sede de IRS. Para o secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo D’ Ávila, esta alteração ao código de IRS tra-duz “o reconhecimento do voluntariado”, tra-tando-se “de uma clarificação inteiramente justa”.

Patrícia Cerdeira

IRS DAS ECIN NA AR

Parlamento todo de acordo

ÚLTIMA HORA

Visitar um quartel dos bombeiros é sempre uma experiência única. Sucedem-se os

périplos pelo Pais e, sempre, somos surpreen-didos pela força, pela coragem, pela entrega de homens e mulheres que pelo exemplo nos fazem repensar a vida e muitas vezes alterar a comportamentos ou a afinar posturas.

Há poucos dias tivemos o enorme prazer de conhecer duas mulheres, uma em Vila Nova da Barquinha outra em Alfândega de Fé que nos esmagaram pela humildade tendo em conta que são, certamente, rostos da determi-nação… da robustez.

Com percursos diferentes, condição e pers-petivas distintas estas duas bombeiras têm em comum a coragem com que sempre en-frentam as contrariedades, as armadilhas com que a vida as foi testando.

As histórias de Elsa e Sandra, por diferentes circunstâncias, dariam certamente um (bom) livro e poderiam nortear a vida de muitas pes-soas, das que fazem “tempestades em copos de água”, das que desesperam por muito pou-co.

Um acidente ao serviço da associação que servia há quase três décadas empurrou Elsa

para uma cadeira de rodas. Meses depois, esta mulher já conquistou autonomia e hoje faz tudo e de tudo, sem quaisquer limitações, um facto que também atribui à sua condição de bombeira que ao longo dos anos a ensinou a mitigar dramas e tragédias. Está viva, por isso impõe-se que viva!

Sandra já trabalhou no campo, já fez limpe-zas, sentiu-se perdida e garante que se re--encontrou no quartel de bombeiros. Hoje é uma mulher feliz e realizada, acarinhada pelos seus pares, estimada e admirada pelo coman-do e direção e mimada pelos doentes que transporta na ambulância que se orgulha mui-to de conduzir. A história de Sandra é inspira-dora, tal como a simplicidade com que encara todas as adversidades. É uma mulher de ar-mas, um reforço importante nas fileiras dos soldados da paz!

Vale a pena conhecer e dar a conhecer es-tas pessoas, seres que escolheram servir o próximo, que conseguem ser bombeiros a tempo inteiro, que sobem ao palco com a mesma audácia com que pisam os mais com-plexos teatros de operações.

Sofia Ribeiro

[email protected]

Exemplos inspiradores

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3MAIO 2013

Todos os anos, por esta altura, o combate aos fo-gos florestais volta a ser

tema de debate. Especula-se, como sempre, sobre a possibi-lidade de haver mais ou menos fogos, dos meios em presença, em função das condições cli-matéricas, do estado das flo-restas e da tradicional ausên-cia da incontornável preven-ção, nomeadamente na salva-guarda dos perímetros das habitações. O tema e os ter-mos em que ele se desenrola teimam em não fugir a essa regra.

E, os bombeiros, mais uma vez, cá estarão. E como outro dia ouvi dizer a um velho bom-beiro, com a mesma convic-ção, “ quando o fogo vier cá estaremos para o apagar, como sempre”.

Não alinhamos com os pro-fetas da desgraça e o seu fata-lismo repetitivo nem com os que desejam que não se fale muito do tema, por quaisquer medos, superstições ou até te-mores reverenciais em relação ao poder. Somos pessoas li-vres, com direito a expressão e opinião, de que não abdica-mos, nem pessoal nem institu-cionalmente, mas também não falamos apenas por falar, para ocupar espaço ou tempo de antena mediático. Ou até, in-clusive, para qualquer jogada apreciativa ou depreciativa an-tecipada, quais oráculos da antiguidade ou adivinhos po-pulares. Por isso, sobre a ma-téria só falaremos quando en-tendermos, caso seja útil ou importante tomar uma posi-ção.

Todos sabemos que, por ra-zões conhecidas, apesar de ocuparem os bombeiros em apenas 10 por cento da sua atividade, os fogos florestais ocupam um espaço destacado. Os restantes 90 por cento, a saber, o socorro pré-hospita-lar, o combate a incêndios ur-banos e industriais, o salva-mento e desencarceramento ou o resgate em grande ângu-lo, por seu turno, acabam por

não merecer o mesmo desta-que.

Os incêndios florestais, de facto devem ser encarados apenas como uma das parcelas da intervenção global dos bombeiros.

Há um histórico em tudo isto. O combate aos incêndios florestais, como se sabe, nem sempre foi missão direta dos bombeiros nos termos em que hoje os ocupa. À data, a atri-buição dessa missão foi sauda-da pelos próprios como uma vitória e um reconhecimento. Foi de facto um passo histórico em que o Estado entendeu ar-ticular e valorizar mais o com-bate e a prevenção. No primei-ro caso, o combate, os bombei-ros sempre desempenharam

esse papel mas a dado passo essa função passou a estar protocolada com o Estado. Já no caso da prevenção, que se manteve como função direta ou indireta do Estado sabemos bem do que falamos e do que ainda hoje falta fazer.

O acordo com o Estado para o combate aos fogos florestais, apesar de tudo, tem sofrido al-gumas evoluções positivas, nem sempre conducentes às condições que a realidade lhes impõe. Releve-se, porém, as condições obtidas para este ano que, em abono da verda-de, configuram um salto quali-tativo, mas que importa salva-guardar e consolidar para o fu-turo.

Passados tantos anos após o

acordo com o Estado para o combate aos fogos florestais o balanço leva-nos a concluir que nem sempre as coisas corre-ram bem. Em primeiro lugar, em termos de custo/benefício da operação, incluindo os atra-sos crónicos verificados no passado no ressarcimento dos custos suportados pelas asso-ciações. Em segundo lugar, por algumas parangonas imereci-das com que por vezes os bombeiros foram mimoseados apenas por darem a cara, por se manterem sempre na pri-meira linha do combate, carre-gando injustamente com as críticas que devem ser dirigi-das a outros, incluindo o pró-prio Estado.

Hoje, no primeiro caso, al-

guma coisa mudou mas esta-mos em crer, muito ainda ha-verá para mudar, em benefício e respeito pela legitimidade e pela lógica devida às associa-ções e aos seus bombeiros.

Satisfaz-nos ver que muitos dos problemas crónicos do passado têm vindo a ser ultra-passados favoravelmente, também em reconhecimento do papel e do esforço dos bom-beiros.

Mas, ao reconhecer isso, não se poderá inferir que tudo es-teja a contento dos bombeiros.

Porque a dinâmica e as pró-prias mudanças que a socieda-de e a evolução tecnológica de equipamentos e meios de so-corro assim determinam.

Por isso, vamos continuar a

trabalhar e a pugnar por ainda melhores condições e meios.

Conscientes dos atuais cons-trangimentos que o País atra-vessa, não deixaremos de, este ano, continuar a participar ativamente no Dispositivo Es-pecial de Combate aos Incên-dios Florestais (DECIF). Conti-nuaremos na linha da frente.

Mas isso não é novidade, nem constituirá notícia, por que sempre foi assim e assim continuará a ser. Por isso, por-ventura, sobre isso pouco se irá falar. Mas, ao invés, para que não se esqueça, é bom que se refira que, apesar das con-tingências que o País atraves-sa, mesmo assim, os bombei-ros cá estão para continuar a responder.

Cá estamos para responder

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4 MAIO 2013

Foram várias as iniciativas que marcaram mais um dia de

aniversário do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB). As comemorações deste ano con-correm com os 25 anos sobre o incêndio de Chiado, e a Câmara Municipal de Lisboa tem previs-tos vários momentos ao longo desta no para lembrar um dos dias mais negros da capital. Um dos pontos altos aconteceu no passado dia 19 de maio, data em que a cidade agradeceu e homenageou as cerca de 70 en-tidades que apoiaram os bom-beiros sapadores e voluntários no grande fogo de 25 de agosto de 1988. Entre os homenagea-dos estiveram quase 60 asso-ciações e corpos de bombeiros de toda a área metropolitana de Lisboa e de alguns distritos mais próximos. Um louvor e um me-dalhão foi a forma encontrada pela autarquia para assinalar, com o devido simbolismo, o

“muito obrigada” pelo apoio prestado.

Pela primeira vez na história dos aniversários do RSB, foi dada a palavra o presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, um “convite que muito honrou a Liga” referiu Jaime Marta Soares num discurso para as centenas

de pessoas que marcaram pre-sença no Rossio, em Lisboa.

“Assinalo o alto significado destas condecorações numa ceri-mónia das mais nobres a que uma sociedade pode assistir. A homenagem aos bombeiros de Lisboa e, na pessoa deles, aos bombeiros de Portugal”, referiu emocionado Jaime Marta Soares.

Mas também a Liga distinguiu alguns dos elementos do RSB. O chefe principal, Alcino Marques, antigo CODIS de Setúbal, rece-beu o Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses. Fo-ram ainda galardoados com a Medalha de serviços Distintos Grau Ouro outros sete elemen-tos do regimento.

Nesta manhã de festa, o RSB inaugurou duas novas viaturas. São dois veículos escada com 37 metros de alcance, viaturas a apadrinhadas por duas figuras ilustres da cidade de Lisboa – Eusébio da Silva Ferreira e Si-mone de Oliveira.

Em declarações ao ‘BP’, Antó-nio Costa, presidente da autar-

quia falou neste investimento de quase dois milhões de euros como uma necessidade pre-mente. “Lisboa estava há quase dois anos sem viaturas deste tipo e estávamos a ser apoiados por Almada. A aquisição destas duas auto-escadas deixa-me bastante mais descansado”, su-blinhou ao autarca.

RSB ASSINALOU 618 ANOS

Lisboa agradeceu aos bombeiros que ajudaram no Chiado

A dinâmica das organizações obriga a “alterações e rutu-

ras”, não com o objetivo de re-jeitar o passado, mas antes com vista às atualização e rea-justes necessários. Foi com

esta frase que José Ferreira, o novo diretor da Escola Nacional de Bombeiros, iniciou um texto de cinco páginas no qual fez sa-ber o que pretende para os pró-ximo três anos.

Mantendo a filosofia das an-teriores direções José Ferreira deixou claro: “O que puder ser feito nos quarteis, será; o que puder ser feito nas Unidades Locais de Formação, será; Será feito nas instalações da Escola, o que só aí possa ser feito”, su-blinhou o dirigente numa clara aposta na descentralização da formação. Mais, ainda neste âmbito, José Ferreira anunciou que vai dotar os corpos de bom-beiros para que em todos os quartéis possa ser ministrada formação em quatro áreas “bá-sicas” para o ingresso da carrei-ra de bombeiro: primeiros so-corros, incêndios florestais, in-cêndios industriais e salvamen-to e desencarceramento.

Ainda no discurso, José Fer-reira anunciou que vai ser ela-borado um novo Plano Estraté-gico para a formação de bom-beiros, o qual deverá estar con-

cluído dentro de seis meses, de forma a ser implementado, “no início de 2014”. São objetivos deste documento, melhorar o acesso à formação, garantir a sua qualidade e fomentar a ino-vação.

José Ferreira disse ainda que quer “contar com os melhores” e que se for preciso ir buscar técnicos ao exterior “não hesi-tará” em faze-lo.

É intenção da nova direção “reativar” órgãos estatutários” que há muito “não funcionam bem”. Vai ser ainda criado um Conselho Técnico que “englobe formadores de diferentes áreas”, sendo intenção estabe-lecer parcerias com entidades nacionais e estrangeiras. Os fu-turos modelos de formação vão ser auditados externa e inter-namente. A nova direção quer coim isto perceber se as opções que serão tomadas são ou não

as mais corretas, sem qualquer tipo de “preconceitos”, sublinho o presidente que garantiu tam-bém que a Escola vai desenvol-ver novos conteúdos e maté-rias pedagógicos e recorrer às novas tecnologias de comuni-cação e ensino à distância nes-ta estratégia de descentraliza-ção.

Noutro âmbito, José Ferreira deixou claro que terá de ser en-contrada uma “solução” para os problemas derivados da pre-sença na ENB de elementos “estranhos à mesma”. Uma cla-ra alusão aos funcionários da Autoridade que têm vínculo à ENB.

Ao Governo, foi deixado o alerta para necessidade “urgen-te” de permitir que a Escola possa apresentar projetos de valorização no âmbito dos fun-dos comunitários (POVT), para obras de melhoramento tanto

na sede, como nos polos da Lousã e São João da Madeira.

Na resposta, e em declara-ções ao ‘BP’, Filipe Lobo D’Ávila, o secretário de Estado da Admi-nistração Interna, garantiu que o assunto está a ser tratado, ao mesmo tempo que desafiou a Escola a abrir “portas ao exte-rior”, de forma a arrecadar mais receitas e a contornar assim as dificuldades que tem ao nível do financiamento. Sobre o discur-so do novo presidente, o secre-tário de Estado sublinhou como ponto “bastante positivo” a aposta na descentralização da formação dos bombeiros.

Já quanto à auditoria da Ins-peção Geral de Finanças às con-tas da Escola de Bombeiros, Fi-lipe Lobo d’Ávila explicou que por se tratar de uma “auditoria complexa” a vários mandatos ainda não há uma data prevista para a sua conclusão.

DIREÇÃO DA ENB PROMETE NOVO RUMO

Plano estratégico até outubro

Não passou despercebido o discurso de José Ferreira na cerimónia de posse dos

novos órgãos sociais da Escola Nacional de Bombeiros (ENB), realizada no passado dia

22 de abril, em Sintra. Assumindo uma nova realidade para a instituição, José

Ferreira deixou claro que contará com os melhores para o futuro, um futuro muito

próximo que será cada vez mais descentralizado e tecnicamente melhor. O

recado ficou dado.Texto: Patrícia Cerdeira

Fotos: Marques Valentim

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5MAIO 2013

6 MAIO 2013

As manobras/desporto e seus antecedentesDesde tempos já longín-

quos que, em matéria de bombeiros, as manobras e

o desporto fazem uma combina-ção perfeita.

A explicação do facto implica, necessariamente, uma incursão pela história, porquanto decorre de várias exigências outrora co-locadas pelas condições do ma-terial de socorro e, ainda, do processo de combate a incên-dios e de salvamento de pes-soas e bens.

As bombas funcionavam ma-nualmente e os veículos roda-dos que as transportavam eram de tracção braçal, pelo que a ro-bustez física do pessoal dos cor-pos de bombeiros representava condição indispensável para o cabal desempenho da sua mis-

são. Mas mais ainda: não pode-mos esquecer a destreza impos-ta pelo arvoramento de esca-das, a par da escalada das mes-mas, do estabelecimento de mangueiras e da resistência que obrigava o salvamento através de espia (balso ou nó de cadei-ra, cintos conjugados e deten-tor), às costas ou mediante a manga de salvação. Em suma, até determinado momento, a preparação física, mais do que o conhecimento da química do fogo, ocupava um lugar primor-dial na instrução do bombeiro português. De resto, foi a sua rápida e invulgar capacidade de conjugação de movimentos, de-monstrada em diferentes cam-peonatos, que lhe conferiu no-toriedade a nível internacional.

Como coroa de glória, nunca é demais recordar, entre outras honrosas classificações (Con-gresso de Londres, 17 de Junho de 1893, 2.º lugar no Concurso de Manobras; e Congresso de Lyon, 5 de Agosto de 1894, dois dos três prémios em disputa no Concurso Internacional), a vitó-ria portuguesa no Congresso--Concurso Internacional de Bombeiros, realizado em Vin-cennes, perto de Paris, a 18 de Agosto de 1900, por intermédio da participação do Corpo de Salvação Pública do Porto (CSPP), actual Batalhão de Sa-padores Bombeiros do Porto, sob o comando do inspector Guilherme Gomes Fernandes, onde a resolução do tema pro-posto pela organização, em apenas 2 minutos e 56 segun-dos, motivou a desistência das restantes equipas. A delegação portuense superou, inclusive, os bombeiros americanos, ven-cedores de três anteriores edi-ções, que na ocasião atingiram o tempo de 15 minutos.

A prestação dos homens do CSPP, que chegaram a ser ape-lidados de “bombeiros gatos”, teve enorme repercussão e per-durou de modo especial na me-mória colectiva durante anos a fio, contribuindo para o efeito a celebração do 18 de Agosto, considerado Dia do Bombeiro entre 1923 e 1986 e, como tal, pretexto para a tradicional evo-cação do acontecimento históri-co.

Depois de 1900, quer devido à morte de Guilherme Gomes Fernandes (31 de Outubro de 1902), quer por vicissitudes que durante significativo perío-do converteram o sector num certo marasmo organizacional, nunca mais os bombeiros por-

tugueses tomaram parte em iniciativas similares, no estran-geiro, com carácter de concur-so, pese embora tentativas da ex-Federação dos Bombeiros Portugueses.

Por seu lado, no país, somen-te a partir de 1930, quando da fundação da Liga dos Bombei-ros Portugueses (LBP), foi reto-mada a realização de exercícios conjuntos, com demonstrações de manobras e de ginástica, no-meadamente, no âmbito dos seus congressos.

Nova ideia: o Concurso do Estoril 51

Entretanto, no ano de 1951, integrado num plano mais vasto que procurava, através da com-petição desportiva, incentivar o voluntariado e o desenvolvi-mento técnico dos corpos de bombeiros, a LBP levou a efeito nos dias 15 e 29 de Junho o Concurso Desportivo dos Bom-beiros do Distrito de Lisboa. Na altura, sublinhe-se, ao contrário do que acontecia além-frontei-ras, tratou-se de uma ideia nova, sobretudo, no que se re-fere aos seus objectivos.

Suficientemente abrangente – percurso desportivo, prova escaladas, prova salvados, pro-va linhas de água, prémio de conjunto, prova tema e prova de cadetes – o evento decorreu no Campo Desportivo do Esto-ril-Praia, perante “numerosa assistência” e a “meticulosa e imparcial apreciação” do júri, constituído por Francisco Pedro Arraya, delegado da Inspecção de Incêndios da Zona Zul (IIZS) no concelho de Cascais, e Do-mingos Pais e Mário de Almei-da, respectivamente, chefe de 1.ª e chefe de 2.º do então Ba-

Pesquisa/Texto: Luís Miguel Baptista

Fotos: Arquivo LBP/NHPM

PERCURSO DESPORTIVO

Prémio colectivo – Bombeiros Voluntá-rios do Estoril.

Prémios individuais: 1.º prémio – bombeiro n.º 17, do Esto-

ril; 2.º prémio – bombeiro n.º 2, de Que-luz; 3.º prémio – bombeiro n.º 8, de Al-barraque, 4.º prémio – bombeiro n.º 12, de Cascais; 5.º prémio – bombeiro n.º 25, de Belas, e 6.º prémio – bombeiro n.º 16, de Torres Vedras.

PROVA ESCALADAS

Prémio colectivo – Bombeiros Voluntá-rios do Estoril.

Prémios individuais: 1.º prémio – bombeiro n.º 13, do Esto-

ril; 2.º prémio – bombeiro n.º 149, do Estoril; bombeiro n.º 17, de Carcavelos; 4.º prémio – bombeiro n.º 17, da Parede; 5.º prémio – bombeiro n.º 13, de Torres

Vedras; 6.º prémio – bombeiro n.º 17, de Queluz; e 7.º prémio – bombeiro n.º 14, do Dafundo.

PROVA SALVADOS

Prémio colectivo – Bombeiros Voluntá-rios do Estoril.

Prémios por equipas:1.º prémio – Voluntários do Estoril; 2.º

prémio – Voluntários de Cascais; 3.º pré-mio – Voluntários de Queluz; e 4.º pré-mio – Voluntários de Paço de Arcos.

PROVA LINHAS DE ÁGUA

Prémio colectivo: Bombeiros Voluntá-rios de Barcarena.

Prémios por equipas: 1.º prémio – Voluntários de Barcare-

na; 2.º prémio – Voluntários do Estoril; 3.º prémio – Voluntários de Agualva e

Cacém; e 4.º prémio – Voluntários de Be-las.

PRÉMIO DE CONJUNTO

Classificação das provas acima men-cionadas para este prémio:

1.º – Voluntários do Estoril; 2.º – Vo-luntários de Queluz; 3.º – Voluntários de Cascais: 4.º – Voluntários de Belas; 5.º – Voluntários de Barcarena; 6.º – Volun-tários da Parede; 7.º – Voluntários de Al-barraque; 8.º – Voluntários de Torres Ve-dras; 9.º – Voluntários do Dafundo; 10.º – Voluntários da Amadora; 11.º – Volun-tários de Paço de Arcos; 12.º – Voluntá-rios de Odivelas; 13.º prémio – Voluntá-rios de Agualva e Cacém; 14.º – Voluntá-rios de Carcavelos (a); e 15.º – Voluntá-rios da Malveira (a).

(a) – Não obtiveram média para a clas-sificação por equipas.

PROVA TEMA

1.º – Voluntários da Parede; 2.º pré-mio – Voluntários do Estoril; 3.º – Volun-tários do Dafundo; 4.º – Voluntários de Agualva e Cacém; 5.º – Voluntários da Amadora; 6.º – Voluntários de Torres Ve-dras; 7.º – Voluntários de Barcarena; 8.º – Voluntários de Belas; 9.º– Voluntários de Albarraque; 10.º – Voluntários de Paço de Arcos; 11.º – Voluntários de Queluz; 12.º – Voluntários de Carcave-los; 13.º – Voluntários da Malveira; 14.º – Voluntários de Cascais.

PROVA DE CADETES

1.º – Voluntários de Albarraque; 2.º – Voluntários de Paço de Arcos; 3.º prémio – Ex-aequo – Voluntários da Malveira e Voluntários de Agualva e Cacém.

Fonte:Jornal “O Bombeiro de Portugal”.

talhão de Sapadores Bombeiros de Lisboa.

A lista de classificações, que divulgamos, constitui um curio-so testemunho e reflecte bem a expressiva participação dos bombeiros do distrito de Lisboa no concurso, o qual “teve o mais assinalável êxito”. E cons-titui, também, decerto, para as actuais gerações, passados cer-ca de 62 anos sobre a realiza-ção das provas, um dado novo em termos de identificação com a história, susceptível de au-mentar o orgulho pela presti-giante trajectória dos seus cor-pos de bombeiros.

Apesar do já mencionado “êxito”, o concurso não conhe-ceu, nos anos seguintes, novas edições, tanto em Lisboa como noutros distritos do país. Supo-

mos que a escassez de apoios e o entretanto verificado afasta-mento do comandante Joaquim do Nascimento Gourinho, do cargo de presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, contri-buiu para a situação. Era ele, sem dúvida, na época, a figura mais conhecedora acerca do modelo de organização de con-cursos competitivos, em virtude de inúmeras deslocações ao es-trangeiro e do exercício das funções de vice-presidente do Comité Técnico Internacional do Fogo (CTIF), o que lhe per-mitiu estabelecer privilegiadas relações com responsáveis de organismos congéneres.

Exceptuando a realização de provas designadas por “pronto--socorro”, ocorridas nos anos 60 e 70, impulsionadas pela

Concurso Desportivo dos Bombeiros do Distrito de LisboaCLASSIFICAÇÕES

IIZS, apenas em 1981 voltou a realizar-se novo concurso, este de dimensão nacional, conse-quência natural de uma nova fase e dinâmica da LBP. Assim aconteceu em Portalegre, no dia 21 de Março daquele ano. Estavam, pois, lançadas as ba-ses dos conhecidos Concursos Nacionais de Manobras de Bom-beiros Voluntários e Profissio-nais e Concursos Nacionais de Cadetes, a fim da representa-ção de Portugal nas provas in-ternacionais do CTIF, o que nunca mais deixou de ser uma realidade pujante, consubstan-ciada na conquista de impor-tantes prémios, muitos dos quais cimeiros, e um renovado motivo para afirmar, com júbi-lo: Honra e Glória aos Bombei-ros de Portugal!

Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia

Site do NHPM da LBP:www.lbpmemoria.wix.com/

nucleomuseologico

7MAIO 2013

Ao contrário do que tem sido afirmado nos últi-mos meses, não houve

“qualquer dificuldade” na cons-tituição dos grupos que inte-gram o DECIF deste ano. Se-gundo dados da Autoridade Na-cional de Proteção Civil (ANPC) todos os grupos previstos “es-tão constituídos” e até há zo-nas do país onde a procura por parte dos bombeiros “excedeu largamente” as necessidades do dispositivo. Fonte ligada ao processo, garantiu ao ‘BP’ que nas últimas semanas foram vá-rios os comandantes distritais que chegaram a pedir autoriza-ção para constituir “mais ECIN”, dada a forte procura por parte dos bombeiros.

A Fase Bravo, que teve início no passado dia 15 de maio “ar-rancou sem quaisquer cons-trangimentos” e no que diz res-peito à novidade deste ano, fo-ram já constituídos nove gru-pos de ataque ampliado (Gruata): Porto, Coimbra, Guarda, Leiria, Castelo Branco, santarém, Lisboa I e Lisboa II e Setúbal.

Das 10 Gruata previstas no DECIF, nove estão prontas para arrancar na Fase Charlie (a data prevista) e a décima fica em “carteira”.

O DECIF 2013 iniciou-se com cerca de 1700 hectares de área ardida e cerca de 1350 igni-ções, dados de janeiro a abril, e conta nesta primeira fase com 6338 operacionais, 1472 veícu-los, 30 meios aéreos e 70 pos-tos de vigia, segundo consta no Dispositivo Especial de Comba-te a Incêndio Florestais 2013 (DECIF). Ainda de acordo com o DECIF, os meios aéreos vão aumentando à medida que vai Fase Bravo vai avançando, e para já estão disponíveis os oito helicópteros da Empresa de Meio Aéreos (EMA), passan-do para 26 meios, a 15 de ju-nho, e para 30, a 20 de junho. Ao nível distrital, destaque para as alterações introduzidas no dispositivo do Algarve. Foram criadas duas brigadas para re-forçar o ataque inicial aos in-cêndios, com 28 operacionais e oito veículos, as quais ficarão instaladas a sota-vento (zona

leste do Algarve) e a barlaven-to (oeste). Estas duas equipas têm por objetivo suprir os constrangimentos detetados entre a chegada ao terreno dos meios de combate inicial e dos

meios de ataque ampliado, de-tetados no ano passado, situa-ção que favoreceu o alastra-mento do grande incêndio re-gistado em Tavira e São Brás de Alportel.

Numa mensagem escrita en-viada aos bombeiros e que pode ser lida na página da ANPC na internet, a Autoridade dá enfoque aos meios humanos e materiais empenhados em

mais uma campanha e sublinha a “confiança na ação” e a “gra-tidão” pelo envolvimento “ativo e empenhado” de todos na operacionalização do DECIF.

Patrícia Cerdeira

DECIF ARRANCA COM 1700 HECTARES DE ÁREA ARDIDA

Não há falta de bombeiros

A Autoridade Nacional de Pro-teção Civil acaba homologar

a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Abrantes (AHBVA). A decisão produz efeitos a partir de 1 de junho próximo.

Recorde-se que tal como pre-tendia a autarquia, foi aprova-da, por maioria, em reunião ca-marária realizada no passado dia 15 de abril, a minuta do protocolo que consagra as rela-ções entre o município e a asso-ciação humanitária cujos esta-tutos foram também já aprova-dos.

Assim, extinguem-se os Bombeiros Municipais de Abran-tes que passam a corpo de bombeiros voluntários, uma de-cisão há muito reclamada pela autarquia com a justificação de que não “tinha dinheiro” para manter os municipais.

A câmara já fez saber que se propõe investir e disponibilizar os meios necessários para que o corpo de bombeiros funcione com as “melhores condições possíveis”. Segundo consta do protocolo assinado, todo o pa-trimónio, incluindo o quartel, é cedido à AHBVA a “título de co-modato” para o funcionamento do quartel de bombeiros sob gestão da associação humani-tária, não podendo esta fazer alterações estruturais, sem consentimento da autarquia. “Fica estipulado que o serviço municipal de proteção civil tam-bém utiliza parte adequada das

instalações, e, sempre que ne-cessário, também o Município”. No modelo agora previsto, a gestão dos recursos humanos é da exclusiva responsabilidade da associação humanitária e a câmara cede os seus colabora-dores atualmente em funções nos bombeiros, de acordo com a sua vontade e de acordo com o estabelecido pela legislação em vigor, podendo os mesmos optar entre a cedência por inte-resse público para a associação humanitária, conservando os direitos da carreira de origem, designadamente a contagem, na categoria de origem, do tempo de serviço prestado em regime de cedência, ou perma-necer na autarquia em funções equivalentes em termos remu-neratórios.

Ainda segundo o protocolo assinado com a autarquia, nin-

guém perde regalias, nomeada-mente ao nível remuneratório. Os bombeiros voluntários pode-rão solicitar a passagem para o corpo misto de bombeiros vo-luntários. Os encargos relativos a consumos de energia, água, gás, consumíveis e combustí-veis são suportados pela AHB-VA. Para fazer face aos encar-gos fixos do corpo de bombei-ros, e uma vez que a associação humanitária é uma entidade sem fins lucrativos, o município passa a atribuir um subsídio mensal tendo por base o duo-décimo dos encargos anuais, cujo valor atual se situa nos 620 mil euros. Por sua vez, a AHBVA deve apresentar semes-tralmente relatório de execução da receita e da despesa relativo ao funcionamento do corpo de bombeiros.

Patrícia Cerdeira

ABRANTES: DE MUNICIPAIS A VOLUNTÁRIOS

ANPC já homologou

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8 MAIO 2013

Segundo a nova Lei Orgâni-ca da Autoridade Nacional de Proteção Civil, a orga-

nização interna da ANPC obede-ce ao modelo de estrutura hie-rarquizada e passa a compreen-der: a Direção Nacional de Pla-neamento de Emergência; a Direção Nacional de Bombeiros; a Direção Nacional de Recursos de Proteção Civil; a Direção Na-cional de Meios Aéreos, e por fim, a Direção Nacional de Audi-toria e Fiscalização.

Numa análise ao novo docu-mento, a Liga dos Bombeiros Portugueses já fez saber à tute-la que é “completamente con-tra” os poderes atribuídos à nova Direção Nacional de Audi-toria e Fiscalização. “Há uma perda significativa de poderes da Direção Nacional de Bombei-ros para a agora citada Direção Nacional de Auditoria e Fiscali-zação, o que nos oferece uma enorme reserva sobre estas matérias”, refere a Liga em do-cumento já enviado ao ministro da Administração Interna. Na altura da discussão do projeto inicial a Liga mostrou-se desde logo discordante quanto à cria-ção de um Serviço de Inspeção de Proteção Civil, com as com-petências que lhes eram atri-buídas, nomeadamente as de “inspeção dos corpos de Bom-beiros”, deixando de fora os ou-tros agentes de proteção civil. No diploma agora aprovado de-saparece esse serviço que é agora “transformado” em Dire-ção Nacional de Auditoria e Fis-calização com maior grau de in-tervenção junto dos cb’s. Se-gundo a nova lei, a nova dire-ção nacional tem poderes para auditar os serviços da ANPC. Fiscalizar os Corpos de Bombei-ros. Realizar inquéritos e averi-guações no âmbito dos aciden-tes e incidentes de proteção e socorro. Instruir os processos de inquérito, disciplinares e de sindicância, determinados pelo presidente da ANPC. Auditar o sistema de controlo interno. Fiscalizar a utilização dos apoios financeiros concedidos pela ANPC. Realizar as ações de fis-calização do cumprimento das leis, regulamentos, normas e requisitos técnicos previstos na

lei, determinadas pelo Presi-dente da ANPC. Para a prosse-cução destas competências po-dem ser recrutados indivíduos licenciados, com experiência profissional relevante de pelo menos cinco anos nas áreas de segurança contra incêndios em edifícios, ou gestão de recursos de proteção civil, ou gestão de acidentes e incidentes de prote-ção e socorro, até ao limite má-ximo de seis trabalhadores.

Em contraponto e com a “to-tal oposição” da LBP; a Direção Nacional de Bombeiros, perde capacidade de fiscalizar a ativi-dade dos corpos de bombeiros, mantendo no entanto todas as suas outras responsabilidades.

A estrutura base do modelo de organização da ANPC é ainda alterada com a introdução de uma nova Direção Nacional de Meios Aéreos, dedicada à ges-tão destes meios, integrando competências da EMA-Empresa de Meios Aéreos, S.A., no que concerne à gestão do dispositi-vo de meios aéreos permanente e sazonal para a prossecução das missões públicas, em resul-tado do processo de extinção daquela empresa. A Direção Nacional de Recursos de Prote-ção Civil, assume novas res-ponsabilidades no que respeita ao desenvolvimento e coorde-nação da política de formação e de aperfeiçoamento dos traba-lhadores da ANPC e na garantia da implementação e do aperfei-çoamento do sistema de con-trolo interno.

Por fim, a Direção Nacional de Planeamento de Emergên-cias mantém todas as suas competências e responsabilida-des incluindo as que recebeu do Conselho Nacional de Planea-mento Civil de Emergência.

A ANPC continua a ser um serviço central da administra-ção direta do Estado mas perde a sua natureza de serviço ope-racional e perde também a de-pendência do membro do Go-verno responsável pela área da Administração Interna.

Adquire novos poderes de determinar, a título preventivo e com efeitos imediatos, o en-cerramento de instalações de um corpo de bombeiros e a

proibição da circulação dos res-petivos veículos, bem como a cessação ou suspensão, geral ou parcial, da sua atividade, até ser proferida decisão sobre a aplicação das medidas previs-tas no Decreto-Lei n.º 247/2007, alterado pelo Decre-to-Lei n.º 248/2012.

O Presidente da ANPC assu-me duas novas e importantes responsabilidades, a primeira de proceder, sempre que neces-sário, à articulação com o Minis-tério da Defesa Nacional, em matéria de planeamento civil de emergência a nível NATO e a segunda de desempenhar, no que respeita aos meios aéreos, as funções de administrador responsável.

Ao nível da estrutura opera-cional, criam-se 5 agrupamen-tos de distritos evoluindo-se para uma organização apoiada numa lógica supra-distrital, mas mantendo os atuais 18 CDOS e no CNOS ajusta-se a sua organização interna.

Outra das novidades do di-ploma são as dependências hie-rárquicas na estrutura opera-cional que são finalmente clari-ficadas. O 2.º comandante ope-racional nacional, os adjuntos de operações nacionais, os che-fes de células operacionais, o comandante operacional de agrupamento distrital e o co-mandante operacional distrital deixam de reportar hierarquica-mente e passam a depender hierarquicamente do coman-dante operacional nacional, as-sim como o 2.º comandante operacional distrital que passa a depender hierarquicamente do comandante operacional dis-trital, desaparecendo a função de Adjunto de Operações Distri-tal.

É assumido nesta nova Lei Orgânica que existem e funcio-nam no comando nacional de operações de socorro e nos co-mandos distritais de operações de socorro, salas de operações e comunicações dotadas de operadores de telecomunica-ções, embora tenha desapare-cido o reconhecimento da ne-cessidade efetiva do trabalho por turnos.

A assunção de que a raciona-

DNB perdeA Liga dos Bombeiros Portugueses não gostou da versão final da nova Lei Orgânica da ANPC aprovada em Conselho de Ministros,

documento que se encontra em Belém para promulgação do Presidente da República. Contrariando a versão inicial discutida

com a Liga, a tutela decidiu retirar poderes à Direção Nacional de Bombeiros (DNB) em matéria de fiscalização, atribuições que

estão agora nas mãos da recém-criada Direção Nacional de Auditoria e Fiscalização. Ao que apurámos, a criação desta última

estrutura também não foi bem vista por parte do presidente da ANPC já que a mesma tem “autonomia própria”.

Texto: Patrícia Cerdeira

A sacristia do Mosteiro de Santa Maria acolheu, no dia

1 de maio, a sessão solene co-memorativa do 125.º aniversá-rio, uma cerimónia presidida pelo secretário de Estado da Ad-ministração Interna, Filipe Lobo d’Avila, marcada pelo simbolis-mo do espaço e a importância da efeméride, conforme fez questão de sublinhar o coman-dante Mário Cerol, numa emo-cionada e sentida intervenção, que serviu para recordar o pas-sado, dar conta do futuro e perspetivar o futuro desta que é uma das mais antigas institui-ções do distrito de Leiria.

Já o presidente da direção, Antero Campos, aproveitou a ocasião para salientar “a asso-ciação está preparada para dar resposta” às solicitações das po-pulações, até porque, nos últi-mos anos, muito tem investido na aquisição de equipamentos, uma opção que não garante uma situação desafogada, mas que também não pôs em causa a estabilidade financeira da ins-tituição.

O dirigente revelou ainda que, no âmbito das comemora-ções do 125.º dos Voluntários de Alcobaça que nos próximos meses serão lançados um livro e uma medalha comemorativa. Para o início do próximo ano está ainda prevista a inaugura-ção do museu da associação.

Paulo Inácio, presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, falou do trabalho desenvolvido pela associação em prol das po-pulações, enquanto o secretário de Estado aproveitou a ocasião para dar conta da ação governa-mental e das medidas com im-pacto positivo nas associações de bombeiros voluntários,

A sessão que reuniu no Mos-teiro de Alcobaça dezenas de convidados, mas também mui-tos populares, teve como mo-mento alto a entrega da fénix de honra, um dos principais galar-dões da Liga dos Bombeiros Portugueses, à instituição ani-versariante.

O programa comemorativo incluiu ainda tradicional roma-gem ao cemitério, um tributo

aos bombeiros e diretores fale-cidos; a homenagem ao funda-dor Manuel Vieira Natividade e a

bênção dos três novos veículos, entre os quais um veículo de combate a incêndios florestais.

ALCOBAÇA

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9MAIO 2013

LEI ORGÂNICA DA ANPC

capacidadeslização dos meios deve ter por base as Áreas Metropolitanas e as Comunidades Intermunici-pais, é outra das inovações do diploma.

O Conselho Nacional de Bom-beiros (CNB) passa a ser Presi-dido pelo membro do Governo responsável pela área da admi-nistração interna, passando o Presidente da ANPC a ser um dos seus membros com a possi-bilidade de substituir o Presi-dente do CNB, nas suas faltas e impedimentos.

Finalmente a nova Lei orgâni-ca da ANPC, institui a criação de forças especiais de bombeiros por diploma próprio, o qual de-fine o seu regime jurídico.

Novo modelo operacional

Quanto ao Comando Nacio-nal de Operações de Socorro (CNOS), é dirigido pelo coman-dante operacional nacional, coadjuvado pelo 2.º coman-dante operacional nacional e por três adjuntos de operações nacionais. O CNOS compreen-de as novas células operacio-nais de planeamento, opera-ções, monitorização e avalia-ção do risco e informações, célula de logística e de comuni-cações e a célula de gestão de meios aéreos, dirigidas por chefes de célula operacional. Os Agrupamentos Distritais de Operações de Socorro serão os seguintes: Agrupamento dis-trital do norte, composto pelos distritos de Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo e Vila Real;

Agrupamento distrital do centro norte, composto pelos distritos de Aveiro, Coimbra, Guarda e Viseu; Agrupamento distrital do centro sul, compos-to pelos distritos de Castelo Branco, Leiria, Portalegre e Santarém; Agrupamento dis-trital do sul, composto pelos

distritos de Beja, Évora, Lisboa e Setúbal; Agrupamento distri-tal do Algarve composto pelo distrito de Faro.

Os agrupamentos distritais são dirigidos pelo comandante operacional de agrupamento distrital, abreviadamente de-signado por CADIS, competin-do-lhe assegurar a articulação operacional permanente com os comandantes operacionais distritais

Nos distritos mantêm-se os CDOS dirigidos pelo coman-dante operacional distrital, coadjuvado pelo 2.º coman-dante operacional distrital, dei-xando de existir os Adjuntos de Operações Distritais, compe-tindo-lhes assegurar a articu-lação operacional permanente com os comandantes operacio-nais municipais.

O recrutamento no âmbito do SIOPS é feito de entre indi-víduos, com ou sem relação ju-rídica de emprego público, que possuam licenciatura e expe-riência funcional adequadas ao exercício das funções, com um tempo de recrutamento exce-cional transitório de 3 anos.

Feitas as contas, e segundo números do Governo, o novo modelo reduz em 15 por cento o número de elementos na es-trutura operacional, que passa de 85 para 73 dirigentes. Se-gundo o ministro da Adminis-tração Interna, Miguel Macedo, esta redução

traduz-se numa diminuição de cerca de 13% nos custos com a estrutura da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

De acordo com o ministro, a estrutura a nível distrital será “muito mais leve”, porque, do ponto de vista operacional, não é necessário o peso das estru-turas que atualmente existe nos distritos.

A definição dos novos agru-

pamentos - precisou o ministro - permite de forma “muito ex-pedita” e “mais direta”, do ponto de vista do comando, fa-zer uma “triangulação e balan-ceamento de meios” entre os respetivos distritos, designa-damente entre os distritos que são contíguos em termos terri-toriais.

Grande parte da estrutura em gestão corrente

Por todo o país, multiplicam--se as críticas por ainda não te-rem sido nomeados os elemen-tos da futura estrutura opera-cional. A maioria dos CODIS encontra-se nesta altura em “gestão corrente” depois de grande parte das comissões de serviço terem cessado.

Numa altura em que o DECIF já arrancou, a estrutura opera-cional, e ao que conseguimos apurar, “não vê com bons olhos” esta situação de impas-

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se, que muitos admitem pode-rá ter “reflexos” nas decisões operacionais a tomar. À luz da Lei, toda a estrutura operacio-nal só poderá ser nomeada com caracter definitivo após

promulgação dos novos diplo-mas pelo Presidente da Repú-blica e sua publicação em Diá-rio da República, o que poderá demorar ainda dois meses já que é esse o tempo médio de

espera em Belém. Apesar das garantias de total confiança re-tiradas pela ANPC junto dos CODIS, a verdade é que toda esta situação está a criar mal estar.

Com as alterações introduzidas na lei Orgâ-nica da Autoridade Nacional de Proteção

Civil, o Governo viu-se obrigado a alterar também alguns pontos do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS), fazendo com este último possa refletir as al-terações de caráter operacional constante na futura lei orgânica. Também neste caso, a Liga dos bombeiros Portugueses foi apanhada de surpresa ao constatar que, e apesar de lhe “ter sido prometido”, os bombeiros continuam a não estar representados nos centros de coordenação operacional nacional e distritais, bem como, a não poder contar com um oficial de ligação ao comando nacional e distritais. Jaime Marta Soares, o presidente da Liga contestou já junto do MAI a sua “incompreen-são” face a esta decisão, lembrando que em todas as reuniões a tutela prometeu que os

bombeiros iriam ganhar “representatividade”. Confrontado com esta decisão, Filipe Lobo D’Ávila, secretário de Estado da Administra-ção Interna, disse ao ‘BP’ que todo este pro-cesso de revisão legislativa foi bastante “mo-roso” e “difícil” devido à oposição do ministé-rio das Finanças, em “vários momentos”. As-sim sendo, os bombeiros continuam a ser o único agente de proteção civil sem represen-tação operacional no CCON e CCOD. “O INEM tem representação obrigatória nos CCOD e como se sabe só tem estrutura Nacional. O INEM não conseguirá garantir a sua represen-tação legal nos CCOD por não ter qualquer unidade orgânica de nível distrital ou mesmo municipal”, alerta a Liga dos Bombeiros Por-tugueses referindo que este é um erro “gros-seiro” do SIOPS.

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SIOPS FOI ADAPTADO

Bombeiros continuam fora da estrutura

10 MAIO 2013

Já lá vai o tempo em que a maior feira de segu-rança realizada em Portugal enchia por com-

pleto os três pavilhões da Feira Internacional de Lisboa (FIL), no Parque das Nações. Este ano, a Segurex 2013 que reuniu mais uma vez as prin-cipais entidades e empresas ligadas ao setor da Proteção e Segurança cingiu-se apenas a um pa-vilhão e, pela primeira vez, decorreu em simultâ-neo com a mostra do Salão Internacional de Construção e Obras Públicas, a Tektónica.

Para além do espaço permanente de exposi-ção onde estiveram representados os principais players do setor da segurança – safety e securi-ty, a Segurex 2013 contou como é hábito com um programa variado de conferências, seminá-rios, demonstrações, formações e até a atribui-ção de Prémios a instituições e empresas que se têm destacado pelo seu percurso, produtos e serviços lançados ou empenho na internacionali-zação.

No interior do Pavilhão 3, onde esteve patente

a área de exposição, a organização destacou este ano o Espaço Inovação, no qual as empre-sas e instituições participantes apresentaram as mais recentes inovações tecnológicas desenvol-vidas em termos de produtos e equipamentos, bem como o espaço consignado ao país convida-do desta edição de 2013, a Itália. O Ministério da Administração Interna marcou mais uma vez presença neste certame com a participação da GNR, PSP, Autoridade Nacional de Proteção Civil, SEF, Autoridade Nacional Segurança Rodoviária e Empresa de Meios Aéreos.

No âmbito da Segurex 2013, e pelo segundo ano consecutivo, decorreu a cerimónia de atri-buição de prémios que distinguiram a excelência no setor da segurança em Portugal. Por unanimi-dade, a Comissão Organizadora do Segurex en-tregou o prémio Personalidade 2013 ao Coronel António Paixão, ex comandante do GIPS da GNR. A Escola Nacional de Bombeiros foi uma das en-tidades da área a ser distinguida.

SEGUREX 2013

Crise chegou à feirade segurança

José Pedro Lopes tomou pos-se, no passado dia 22 de

abril, como Diretor Nacional de Bombeiros (DNB). Treze anos depois, Pedro Lopes está de re-gresso à Autoridade Nacional de Proteção Civil e ao setor dos bombeiros de onde é oriundo. Depois de nos últimos anos ter estado ligado ao INEM, e à rela-ção desta instituição com o se-tor da proteção e socorro, Pedro Lopes foi o homem escolhido pela tutela para substituir no cargo Susana Silva e a opção foi “bem acolhido” pelo setor que há muitos anos conhece o tra-balho desenvolvido ao longo dos anos pelo agora DNB. No discur-so de posse Pedro Lopes subli-nhou o fato da Direção Nacional de Bombeiros, representar o “topo da estrutura dos bombei-ros” em Portugal, na qual in-gressou, como Cadete, em 1975. Fazendo referência ao atual momento, o novo DNB re-

feriu que o bombeiro atual deve ser, e tem que ser, acima de tudo, um técnico qualificado, perfeitamente capaz de desem-penhar a sua missão, como vo-luntário ou profissional, com a máxima eficácia e profissiona-lismo. “Pretendo manter e se possível incentivar, o relaciona-mento com a Liga de Bombeiros Portugueses, de quem espero um salutar contributo para que juntos encontremos as melho-res soluções para os problemas que os bombeiros portugueses hoje enfrentam”, referiu o diri-gente sublinhando que a porta do seu gabinete estará “sempre aberta” para receber também a Associação Nacional de Bombei-ros Profissional e a Associação Portuguesa de Bombeiros Vo-luntários.

“Os bombeiros são o agente que está presente em pratica-mente 100 por cento das ocor-rências no âmbito da Proteção

Civil. Não podemos, por isso, permitir que a sociedade os clas-sifique pelos resultados conse-guidos numa das suas ativida-des que apenas tem representa-do cerca de 5 por cento dos ser-viços prestados, os incêndios florestais”, alertou. Em jeito de conclusão, Pedro Lopes garantiu que os bombeiros de Portugal poderão contar com um homem que “tudo fará” para que seja dignificada a sua função e sejam criadas as “condições de traba-lho” tão ansiadas.

Mestre em Segurança aos In-cêndios Urbanos, pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Uni-versidade de Coimbra (FCTUC) e pelo Laboratório Nacional de En-genharia Civil (LNEC), Pedro Lo-pes frequenta nesta altura o doutoramento em Engenharia de Segurança ao Incêndio Urbano, no departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de

Coimbra. O agora DNB desem-penhou anteriormente as fun-ções de Inspetor Regional Ad-junto, Inspetor Regional da Re-gião Centro e Inspetor Superior Adjunto, no extinto Serviço Na-cional de Bombeiros, e de Vice--presidente do Serviço Nacional de Proteção Civil e do Serviço

Nacional de Bombeiros e Prote-ção Civil. Foi, posteriormente, Vogal do Conselho Diretivo do Instituto Nacional de Emergên-cia Médica. Exerceu ainda fun-ções nos Serviços de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) onde desenvolveu a sua ativida-de técnica na elaboração de Me-

didas de Autoproteção e Segu-rança Contra Incêndios em di-versos edifícios.

Ao longo do seu percurso pro-fissional recebeu diversos louvo-res e condecorações, com desta-que para o Crachá de Ouro da Liga de Bombeiros Portugueses.

Patrícia Cerdeira

DNB TOMOU POSSE

Pedro Lopes de regresso

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O comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de Bra-gança, major José Sebastião Fer-nandes, é o novo vogal do conse-lho executivo (CE) da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).

O major José Fernandes subs-titui José Ferreira, entretanto no-meado para presidente da Dire-ção da Escola Nacional de Bom-beiros (ENB). José Ferreira cum-pria o segundo mandato como membro do CE da LBP.

LBP

CEtem novo elemento

O comandante do Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros de S. Tomé e Príncipe visi-

tou recentemente a Liga dos Bombeiros Portu-gueses (LBP) no âmbito da visita que realizou a Portugal, coordenada pela Autoridade Nacional de Civil (ANPC).

O intendente João Zuza Tavares, acompanhado dos técnicos da ANPC, Rute Ricardo e Marcelo Areias, foi recebido pelo vice-presidente da LBP, Rui Rama da Silva, em representação do presi-dente, comandante Jaime Marta Soares, e pela técnica Mara Jerónimo.

Durante a reunião havida, depois da apresen-tação da missão e das atribuições da LBP, foi pos-sível abordar também, genericamente, o papel importante que a União dos Bombeiros dos Países de Língua Portuguesa tem desempenhado na aproximação entre as estruturas de bombeiros dessas nações.

O intendente João Tavares deixou expresso ainda o apelo para que seja possível a obtenção de equipamentos e viaturas de socorro para o seu país eventualmente ofertadas por associações e corpos de bombeiros que deles já não precisem.

S. TOMÉ E PRÍNCIPE

Comandante da PC na LBP

11MAIO 2013

A Liga não aceita “má edu-cação”. Foi com esta frase que Jaime Marta Soares,

presidente da Liga dos Bombei-ros Portugueses, deu por encer-radas as conversas com os ta-xistas, negociação que decorria sob mediação do ministério da Saúde por causa da portaria que regula o transporte de doentes não urgentes e que, tal como está, retira aos taxistas a possibilidade de realizarem este tipo de serviço.

A integração do setor dos tá-xis no grupo de trabalho surgiu na sequência de uma manifes-tação nacional realizada no passado dia 29 de abril, e que em Lisboa fez parar a circula-ção na Avenida da República, em frente ao Ministério da Saúde. Os taxistas reclamam a Viatura Simples de Transporte de Doentes (VSTD) que foi re-tirada da proposta do Governo a pedido dos bombeiros, viatu-ra que a existir, dizem os taxis-tas, permitiria a estas profis-sionais manterem-se neste serviço.

Numa tentativa de acalmar os ânimos, o ministério de Pau-lo Macedo decidiu chamar os taxistas ao grupo de trabalho

com o objetivo de ser encontra-da uma solução que agrade a bombeiros e taxistas. No final da reunião do dia 17 deste mês, a Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (An-tral) e Federação Portuguesa do Táxi (FPT), emitiu um comuni-cado no qual fez referência ao bater de porta da Liga subli-nhando que tal atitude revela “a indisponibilidade para o con-fronto das ideias que as asso-ciações carrearam para a dis-cussão”. Na reação Jaime Marta Soares, contrapôs referindo que “foram os representantes da Antral, que em vez de discuti-rem as questões essenciais ou porem em cima das mesas a sua posição, optaram, como têm feito publicamente, em cri-ticar os bombeiros, fazendo agraves acusações” como se fossem os bombeiros os causa-dores desta situação que lem-bra o presidente, “foi opção do Governo”. O dirigente dos bom-beiros argumenta que os seus apelos para que “a reunião de-corresse com elevação não fo-ram entendidas por parte da Antral” e perante essa situação foi decidido que os seus repre-

sentantes não se podiam man-ter no encontro.

Jaime Marta Soares afirma que “até hoje o grupo de traba-lho funcionou perfeitamente, definiu o que eram os pontos de vista de cada um e tudo sempre decorreu na perfeita harmonia e quem veio criar instabilidade” foram as associações de taxis-tas. Para o presidente da LPB, o “grupo de trabalho já concluiu o que tinha a concluir e só falta a homologação por parte da se-cretaria de Estado”. Marta Soa-res afirma que não são os bom-beiros que associações de ta-xistas devem visar, “deve é efe-tivamente pedir alteração da lei, mas as regras são bem cla-ras para quem pode transportar doentes não urgentes e quem não pode”.

Para este dirigente “o trans-porte de doentes pode ser de-senvolvido por entidades que cumpram tanto os regulamen-tos internos como comunitá-rios” e na sua opinião “os táxis não estão incluídos porque não estão identificados como enti-dades transportadoras de doen-tes”.

“O que não aceito é que acu-sem os bombeiros de monopó-

TAXISTAS ABREM GUERRA AOS BOMBEIROS

Liga abandonou negociaçõesA Liga dos Bombeiros Portuguesa (LPB) decidiu abandonar, no passado dia 17 de maio, a reunião do grupo de trabalho criado

para discutir a portaria que regulamenta o transporte de doentes não urgentes. Os taxistas criticaram duramente o setor dos

bombeiros e a Liga bateu com a porta.

Texto: Patrícia Cerdeira

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lio ou prepotência e muito me-nos que nos acusem de andar--mos envolvidos em negócios pouco transparentes. Se têm alguma prova apresentem”, re-mata Jaime Marta Soares.

No seu comunicado conjunto,

a Antral e a FPT fizeram saber ainda que as associações vão prosseguir os seus objetivos na defesa dos seus associados, ra-zão porque, respondendo ao convite do coordenador do gru-po de trabalho, enviarão docu-

mentos complementares com o detalhe das suas propostas após o que aguardarão serena-mente a marcação de nova reu-nião do grupo de trabalho. A Liga garante que está fora do processo.

Decorreu recentemente o IV Encontro de Antigos

Comandos e Dirigentes de Bombeiros do Distrito de Aveiro.

Desta feita foi possível reu-nir mais uma vez um número apreciável de antigos respon-sáveis operacionais e admi-nistrativos de bombeiros, 70 ao todo, em são convívio.

A organização pertenceu também de novo ao coman-dante do QH Gomes da Cos-ta, atual presidente da Fede-ração de Bombeiros de Avei-ro, e ao antigo presidente da

direção dos Voluntários de Espinho, José Alberto Silva.

A partir de uma bem dis-posta convocatória, a que cor-respondeu igualmente uma bem disposta concentração, foi possível reunir um conjun-

to significativo de pessoas que em comum, mesmo que em diferentes períodos e fun-ções, pautaram-se pela defe-sa das associações de bom-beiros e das suas missões na defesa das populações.

AVEIRO

Antigos comandos e dirigentes reunidos

12 MAIO 2013

A Autoridade Nacional de Pro-teção Civil (ANPC) iniciou já

o processo de instrução com vista à extinção dos Bombeiros Voluntários da Cruz de Malta.

A decisão surge numa altura em que a ANPC, e com base na publicação do Dec. Lei n.º 248/2012, de 21 de novembro, ganhou novas competências as quais lhe permitem, no âmbito da organização e funcionamen-to dos bombeiros, decretar o encerramento compulsivo de qualquer corpo de bombeiros.

Em nota enviada ao ‘BP’, a ANPC lembra que sob o patrocí-nio do Ministério Público, foi in-tentada no passado uma ação judicial, destinada à extinção da Associação dos Bombeiros Voluntários da Cruz de Malta, a qual, porém, não obteve suces-so. Entretanto, visto subsistir

uma situação de ilegalidade, iniciaram-se os trabalhos con-ducentes à extinção do Corpo de Bombeiros, para posterior-mente se poder intentar nova ação para extinção da Associa-ção, cenário que parece cada vez mais próximo.

A situação de alegada irregu-laridade dos voluntários da Cruz de Malta tem pelo menos 10 anos. Depois de em 2003, a associação ter perdido a homo-logação, a verdade e que conti-nuou a funcionar até aos dias de hoje.

Com base numa inspeção re-cente feita pela ANPC, consta-tou-se que os bombeiros conti-nuam a funcionar, fardados ofi-cialmente, apoiam as corpora-ções vizinhas apesar de não terem “formação atualizada” e têm no transporte de doentes a

única forma de sustento finan-ceiro. Ainda segundo as conclu-sões da inspeção realizada, as ambulâncias dos bombeiros da

Cruz de Malta circulam mesmo sem alvará.

Há muito que a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP)

vem alertado para a ilegalidade de toda esta situação acusando todo o sistema, ANPC e Minis-tério Público, de nada terem

feito para por fim a esta “situa-ção inadmissível”.

O presidente da Liga, Jaime Marta Soares lembra que o caso da Cruz de Malta é único no país e representa um gran-de risco para os cidadãos”. “E se alguém morrer dentro de uma ambulância dos bombei-ros quem será responsabiliza-do?”, alerta Jaime Marta Soa-res.

Ao que conseguimos apurar, a ANPC quer pôr fim a este caso o mais “rápido possível”, aguardando nesta altura res-posta das entidades competen-tes que são obrigadas a pro-nunciarem-se à luz da lei, para dar ordem de encerramento definitivo a esta associação hu-manitária que desde 2003 fun-ciona à “margem da lei”.

Patrícia Cerdeira

VOLUNTÁRIO DA CRUZ DE MALTA

ANPC prepara encerramento definitivo

O Ministério da Administra-ção Interna (MAI) assi-nou já o contrato de alu-

guer de 25 helicópteros ligeiros de combate a incêndios flores-tais, um negócio que envolve 40 milhões de euros. O contra-

to foi assinado entre a Autori-dade Nacional de Proteção Civil

(ANPC), que atualmente as-sume a gestão dos meios aé-reos alugados, e a empresa vencedora do concurso, a Ever-jets. Com a assinatura do con-

trato, que integra os 25 heli-cópteros que fazem parte do dispositivo de combate a incên-dios para este verão, chega ao fim um concurso público mar-cado por litígios judiciais entre as duas empresas concorren-

tes, com troca de acusações mútuas sobre alegadas falsifi-cações de documentos e quei-xas na Procuradoria-Geral da República

Para acautelar os meios aé-reos e evitar que a guerra en-

tre empresas pudesse afetar a disponibilidade das aeronaves, o MAI teve de invocar interesse público para suspender uma providência cautelar apresen-tada pelo consórcio derrotado no tribunal de Sintra, alegando a proximidade da época de in-cêndios. No dia da assinatura do contrato, o consórcio derro-tado emitiu um comunicado onde “lamentou profundamen-te” que o MAI, apesar dos su-cessivos alertas que lhe foram feitos quanto às irregularida-des existentes neste processo, tenha querido a todo o custo criar um facto consumado, apesar de nos Tribunais de Braga e de Sintra estarem ain-da pendentes decisões judiciais sobre esta matéria, eviden-ciando assim “total desrespeito pelos órgãos da Justiça”.

O concurso dos 25 helicópte-ros é um dos seis lotes que fa-zem parte do concurso público internacional lançado em julho de 2012 pelos ministérios da Administração Interna e da Saúde para contratação, ma-nutenção e aluguer de meios aéreos para um período de cin-co anos. No âmbito do concur-so, cinco lotes obtiveram no mercado propostas válidas e um não colheu qualquer pro-posta. O lote que não teve qualquer proposta corresponde ao fornecimento de serviços de manutenção e operação da fro-ta dos helicópteros Kamov, que pertencem à Empresa de Meios Aéreos (EMA). A extinção da Empresa de Meio Aéreos está agora dependente da resolução deste lote, situação que está a gerar alguma “preocupação”

no Governo porque sem este assunto resolvido o MAI não poderá fechar à EMA tal como a anunciou quando tomou pos-se.

Entretanto e face a toda esta instabilidade, a EMA já come-çou a perder pilotos e copilo-tosco-pilotos da frota dos heli-cópteros pesados Kamov que decidiram abandonar o país e ir trabalhar para congéneres eu-ropeias. A ‘debandada’ come-çou mal foi conhecida a inten-ção do Governo em extinguir a EMA e a empresa tem sido obrigada a recrutar sazonal-mente pilotos capazes de ope-rar estas aeronaves de carac-terísticas tão específicas.

No início a EMA contava com 14 comandantes Kamov e ou-tros tantos copilotos, mas nes-ta altura nos quadros da EMA existem apenas nove coman-dante e sete copilotos.

Para garantir a operacionali-dade das aeronaves, a EMA foi obrigada a contratar já este ano dois comandantes em re-gime sazonal, um russo e outro inglês. No que diz respeito aos copilotos a esquadra conta com quatro profissionais do exército.

Fonte ligada ao processo ex-plica que o valor que é pago por muitos países da Europa a estes responsáveis é razão su-ficiente para que se sintam ali-ciados a partir para fora. “Por exemplo, a Grécia paga limpos 6.500 euros. Em Portugal a re-muneração está longe de atin-gir estes valores. Vai ser uma operação apertada”, diz a fonte contactada pelo ‘BP’.

Patrícia Cerdeira

MAI ASSINOU CONTRATO COM A EVERJETS

Pilotos continuam a sair

13MAIO 2013

“Os bombeiros não pensam em receber prémios, mas é sempre bom que reco-nheçam o nosso trabalho” foi desta

forma desassombrada que Idálio Simão reagiu à escolha do júri do Prémio Bombeiro de Mérito 2012.

Embora não esconda orgulho, o voluntário no quartel dos bombeiros e profissional na Divisão de Cascais da Polícia da Segurança Pública, fala do trabalho da equipa que naquela noite invernosa em que tudo parecia conspirar contra a missão, conseguiu vencer as contrariedades e salvar uma mulher do suicídio.

“Foi uma situação muito complicada, que ainda está bem presente… se tivéssemos demorado mais alguns segundos esta história teria outro desfecho…”, revela-nos quase um ano depois de ter conseguido evitar que uma mulher se precipi-tasse do 10.º andar de um edifício no Bairro do Rosário, em Cascais.

Recorde-se que Idálio Simão, conforme o jornal Bombeiros de Portugal revelou na edição de junho de 2012, colocou em risco a própria vida, quando a vítima, já demovida do salto para a morte, es-corregou ficando presa apenas pelo tronco num íngreme e escorregadio parapeito. Numa corrida contra o tempo, Idálio Simão amarrou uma corda à cintura, socorreu-se da força dos elementos dos bombeiros e da PSP e saltou para o telhado segu-rando uma das mãos da vítima e resgatou-a para a vida e para local seguro. Nessa operação, o bombeiro Idálio Simão ainda acabou por cair na piscina do prédio que o negrume da noite e a in-tempérie ajudaram a dissimular.

Hoje, garante, fazia tudo outra vez mesmo que reconheça a perigosidade do cenário desta bem--sucedida operação.

“Salvámos uma vida, cumprimos a nossa mis-são” diz, lamentando que “nem sempre isso seja possível”.

Idálio Simão ingressou nos Voluntários de Vi-seu aos 16 anos, depois de quase dois anos de uma espera imposta pelo então comandante que “testava” à exaustão a “vocação” dos mui-tos jovens candidatos a bombeiros.

“Sou natural de uma aldeia muito pequena, Lobagueira, sempre muito fustigada pelos in-cêndios”, conta revelando que a casa dos pais “era uma espécie de quartel avançado dos bom-beiros na época dos grandes fogos, que acolhia os operacionais que por ali dormiam e comiam”. Diz-nos que desde muito pequeno se habituou “a andar com os bombeiros. a ensinar-lhes os caminhos” e confidência que “gostava muito de os ver por perto” pois sentia-se “muito mais se-guro”.

Aos 29 anos, Idálio fala dos seus sonhos de menino “queria ser bombeiro e polícia” o que conseguiu com todo o empenho concretizar.

Foi forçado a interromper a carreira de bom-beiro voluntário quando ingressou no curso na Polícia de Segurança Pública. Terminada a for-mação, o agente Idálio Simão foi colocado na esquadra de Cascais e de imediato pediu trans-ferência de Viseu para o quartel dos voluntários da vila, onde, em 2007, sublinha foi “muito bem recebido acolhido como um elemento da família, muito acarinhado”.

Embora reconheça não ser fácil conciliar as duas atividades até porque muitas vezes só vai a casa “para trocar de farda”, garante que se sente realizado. Assume-se como “polícia e bombeiro 24 horas por dia”.

Sobre o prémio e a reação da família Idálio revela que todos ficaram muito satisfeitas, so-bretudo o irmão Vitor também ele bombeiro nos Açores e que tal como Idálio considera que este galardão confere merecida notoriedade à mis-são cumprida não apenas pelo premiado mas de todos os bombeiros de Portugal.

BOMBEIRO DE MÉRITO 2012

“Os bombeiros não pensamem receber prémios”

O Prémio Bombeiro de Mérito 2012 foi atribuído Idálio Simão, bombeiro de 2.ª dos Voluntários de Cascais, o protagonista de um

salvamento complexo que envolveu polícias e bombeiros, numa ação concertada, muito arriscada que permitiu salvar uma vida.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

O comandante dos Bombei-ros de Cascais, João Lou-

reiro, considera o Prémio Bombeiro de Mérito como “o reconhecimento daquilo que estes operacionais “fazem no seu dia-a-dia”, e que serve de estímulo não só ao galardoa-do, mas, também, a todos os que servem os quartéis deste país.

Aproveita para mais uma vez felicitar Idálio Simão, aler-tando para a complexidade da operação, lem-brando que, na verdade, os “bombeiros quan-do saem não sabem se voltam”, por isso im-porta sublinhar o sucesso desta operação que enche de orgulho e satisfação o Corpo de Bombeiros de Cascais.

João Loureiro recorda, ainda, dois outros

bravos dos Voluntários de Cascais: Fernando Soares (Nana) que, em 1982, foi agraciado pelo Instituto de Socorros a Náufragos por um salvamento no pontão e o seu irmão Eduardo Soares (Tubarão) que em 2007, que na se-quência de um salvamento no Cabo Raso foi agraciado com o Prémio Bombeiro de Mérito.

Palavra de comandante

Ainda no âmbito do Prémio Bombeiro de Mé-rito 2012, os elementos do júri, tendo por

base a proposta apresentada pela Comissão de Nomeação do Prémio, deliberaram também por unanimidade atribuir menções honrosas à Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos, ao

presidente da direção dos Bombeiros de Peso da Régua, José Alfredo Almeida, ao comandan-te dos Voluntários de Águas de Moura, Rui La-ranjeira, ao comandante do Quadro de Honra dos Bombeiros de Aveiro-Velhos, António Ma-chado, e à empresa Baía do Tejo.

14 MAIO 2013

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntá-rios de Vieira do Minho

(AHBVVM) atravessa dificulda-des sérias que se prendem com o mau estado de um velho quartel, sem quaisquer condi-ções para acolher com dignida-de os bombeiros, nem tão pou-co resguardar equipamentos e viaturas.

Construído no início da déca-da de 90 do século passado, com base num projeto “chapa 3”, cópia de outros que na épo-ca saíram de gabinetes de ar-quitetura da capital para vários pontos do país, sem terem em conta as áreas ou os terrenos onde iria ser implantados, nem tão pouco as reais necessidades dos corpos de bombeiros.

Conta-nos Francisco Dalot, presidente da direção dos Vo-luntários de Vieira do Minho, que, para além dos problemas estruturais, a empresa respon-sável pela construção do quar-tel faliu e a obra ficou por con-cluir. “Na época foram os bom-beiros que, melhor ou pior, fo-ram tentando terminar o muito que a construtura deixou por fazer”.

O comandante António Mace-do acrescenta que “o quartel foi todo feito em betão, não tem vigamentos e nem sequer é funcional. Tem muitos canti-nhos, é grande mas o espaço foi mal aproveitado”, denunciando que esta foi uma obra “mal pro-jetada, mal executada e mal fiscalizada”.

Durante anos os bombeiros foram tentando remediar, asse-gurando trabalhos de manuten-ção quase impossíveis num imóvel que apresentam proble-mas estruturais graves e que

necessitava obras de grande envergadura, que aliás, em 2005, chegaram a estar previs-tas no âmbito do Quadro de Re-ferência Estratégica Nacional (QREN), uma intenção que aca-bou por cair dado o elevado custo dessa intervenção.

Francisco Dalot refere que, depois de analisadas todas as hipóteses, sairia sempre mais barato construir um quartel novo, pois a recuperação das velhas instalações implicava a quase total demolição da cons-trução existente.

Assim sendo, há mais de 8 anos que direção e comando sonham com as novas instala-ções.

“Existe um terreno apalavra-do, muito bem localizado, fora do centro da vila com bons acessos, temos projeto e os pa-receres positivos de todas as entidades”, sublinha o dirigen-te, esclarecendo que o novo quartel estará dependente de uma candidatura a verbas do QREN, que só deverão estar disponíveis para o próximo ano.

Comando e direção falam as-sim dos “constrangimentos operacionais e administrativos que as pequenas intervenções apenas permitem minorar”, e dão conta de trabalhos de re-qualificação dos balneários e das camaratas, que se impu-nham para “tentar garantir o mínimo de conforto aos bom-beiros”.

“Custa exigir quando não te-mos muito para dar. Às vezes está mal agradável lá fora, na rua, que aqui dentro, por isso alguns operacionais chegam a dormir nos seus carros”, lamen-ta o comandante

Por outro lado, mais de meta-

A celebrar 73 anos de existência a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vieira do Minho, bate-se pela construção

de novo quartel, que permita, de uma vez, dotar o corpo de bombeiros de condições de trabalho. As atuais instalações, há

muito que deixaram de responder às necessidades mais básicas dos operacionais que servem a instituição.

Depois de muitas promessas e esperanças goradas, tudo indica que, no próximo ano, a septuagenária associação possa começar escrever um novo capítulo da sua história, mas já em casa nova.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

VIEIRA DO MINHO

Quartel (ainda) é sonho adiado

região mais de 1700 hectares” uma realidade que muita preo-cupa dos Voluntários de Vieira do Minho, e que os obriga a ga-rantir respostas adequadas.

Embora mantendo todos os 22 postos de trabalho a asso-ciação, à semelhança da con-géneres de praticamente todo o país não enfrenta momentos fáceis. A redução no número de serviços de transporte de doen-tes obrigou a instituição a

adaptar-se a uma nova realida-de.

“Transportávamos 30/40 pessoas por mês, agora são 3 ou quatro. Em 2009 faturámos mais 220 mil euros, o ano pas-sado não passou dos 71 mil”, confidencia para depois lamen-tar o avultado investimentos em ambulâncias de transporte de doentes, que por força das circunstâncias “agora estão pa-radas”.

de da frota do corpo de bombei-ros “fica na rua”, pois o parque de viaturas é demasiado exí-guo.

Em contraponto com esta si-tuação, o responsável operacio-nal dos Bombeiros de Vieira do Minho fala com vaidade de uma “estrutura humana muito boa muito bem preparada para dar resposta às muitas solicita-ções”,

“Temos investido muito em formação, porque é o mínimo que podemos garantir a estas homens e mulheres. Aposta-mos muito nas pessoas”, diz o comandante, lamentando que também por aqui a emigração comece a ter repercussões e a roubar homens ao corpo ativo.

O nosso interlocutor sublinha que o quartel está bem apetre-chado, declarando que todos os bombeiros dispõem de equipa-mento de proteção individual. Por outro lado, salienta que o quartel conta com um diversifi-cada frota, embora este seja o único corpo de bombeiros do distrito de Braga que não dis-põe de um veículo urbano com-bate a incêndios, ainda assim a prioridade vai apara a aquisição de uma viatura de combate a incêndios florestais, porque as três existentes “estão muito velhas”.

“São carros com enorme desgaste, já não nos dão gran-des garantias. Têm que ser substituídos”, refere, dizendo acreditar que “desta vez” a as-sociação “pode ser beneficia-dos pelo QREN”.

O presidente Francisco Dalot justifica este investimento com “uma média de 200 300 incên-dios por ano”, dizendo que, “só o ano passado arderam, nesta

Apesar de todos os pesares, os Voluntários de Viera do Mi-nho enfrentam o futuro com otimismo, até porque o sonho adiado anos a fio, parece agora estar quase, quase a concreti-zar-se.

15MAIO 2013

A Associação Humanitária dos Bombeiros de Pinhal Novo conta, atualmente,

com cerca de oito dezenas de operacionais que atuam numa área de intervenção de pratica-mente 80 quilómetros quadra-dos, servindo mais de 25700 habitantes. Números relevantes que obrigam à adaptação do corpo de bombeiros a um terri-tório em mudança.

“Queremos que o crescimen-to do corpo de bombeiros acompanhe o progresso da re-gião, , pelo que temos vindo a adotar numa estratégia de de-senvolvimento sustentada na qualificação e modernização do corpo de bombeiros”, revela o presidente José Calado, adian-tando a determinação em ga-rantir à população “um socorro cada vez mais diferenciado e qualificado”.

Para o cumprimento deste desígnio, comando e direção lu-tam com as mesmas armas, as-sumem compromissos comuns e falam a uma só voz.

“O comando sabe das dificul-dades encontradas pela direção no financiamento do corpo de bombeiros e a direção sabe, exatamente, quais a necessida-des do corpo de bombeiros e

por isso trabalhamos em estrei-ta colaboração, em equipa”, quem o sublinha é Luís Neto, o adjunto de comando.

Numa outra vertente, tam-bém “o corpo de bombeiros tem noção das exigências e sabe exatamente o que o co-mando pretende e os objetivos são comuns”, adianta o coman-dante.

As obras de beneficiação do quartel, inaugurado da década de 70 e ampliado em 2004, são por agora a grande aposta des-ta equipa determinada em dar melhores condições aos opera-cionais, estando previstas, para breve, intervenções a nível das camaratas femininas e dos bal-neatórios.

Também a formação constituí um dos pontos fortes do projeto desta equipa, conforme nos diz o comandante Raul Prazeres

“A formação é uma aposta do comando, tendo merecido enor-me investimento da associa-ção”, referindo que os anos de 2012 e também 2013 ficamos marcados pela participação dos operacionais em inúmeros cur-sos, nas mais variadas verten-tes.

O comandante fala com or-gulho da “matriz voluntária do

PINHAL NOVO

“Trabalhamos em estreita colaboração, em equipa”A assinalar 62 anos de existência a Associação Humanitária dos

Bombeiros de Pinhal Novo é o exemplo de dinamismo, que nem a crise instalada parece conseguir travar. Depois de um período

difícil, a instituição decretou um final de ciclo e deu início a um outro marcado pelo espírito de equipa que une direção e comando,

determinados em “arrumar casa” e em investir na formação dos mais os mais de 80 operacionais que integram o corpo de

bombeiros e dessa forma imprimir excelência ao socorro prestado às populações.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

corpo de bombeiros que ter em permanência no quartel pique-tes compostos por, pelo menos, 10 elementos”, muito embora um fenómeno recente comece a preocupar o responsável opera-cional que teme os efeitos da emigração no funcionamento do quartel. Diz-nos que nos úl-timos tempos alguns operacio-nais já partiram para a Suíça Angola.

Apesar desta nova realidade, Raul Prazeres acredita que o fu-turo da instituição está assegu-rado e que a causa do volunta-riado não sairá beliscada, pelo menos a avaliar pelo entusias-mo e dedicação das quatro de-zenas de crianças e jovens que frequentam a Escola de Infan-tes e Cadetes dos Bombeiros de Pinhal Novo.

Com os olhos postos no ama-nhã, a associação não esquece as dificuldades do presente adensadas pela redução do vo-lume de transportes de doentes e pelas dívidas dos hospitais, designadamente do Centro Hospitalar de Setúbal. Por outro lado, direção e comando salien-tam carências, nomeadamente a nível de viaturas, “antigas e desadequadas”.

“Era importante substituir o Eduardo Correia, presidente da

federação dos bombeiros de Setúbal, acompanhou os jorna-listas na visita a Associação Hu-manitária dos Bombeiros de Pi-nhal Novo, onde deu conta da realidade do setor no distrito.

Segundo o responsável fede-rativo os 24 corpos de bombei-ros voluntários enfrentam situa-ções muito diferentes, sendo que os “corpos de bombeiros mais urbanos” estão mais “desafogados”, dis-põem de maior capacidade operacional e fi-nanceira ao contrário dos quartéis das zonas mais rurais, onde as dificuldades são maiores.

Refere existirem sérios problemas “sul do distrito”, dando como exemplo Santiago do Cacém, onde das quatro associações existen-tes apenas uma, a da sede do concelho, en-frenta alguma estabilidade, as restantes vi-vem “uma situação crítica, devido à redução

do número de serviços de trans-porte de doentes”.

“Há associações que se fos-sem empresas já tinham fecha-do, sobrevivem a balões de oxi-génio, com ajudas pontuais, já atingiram o limite”, considera Eduardo Correia,

A falta de apoios de algumas câmaras municipais às associa-ções, acaba por agravar o pro-blema cuja solução poderia pas-

sar pela criação e Equipas de Intervenção Per-manentes custeadas pelas autarquias.

Contudo, se poder local falha numas áreas do território noutras é o exemplar nomeada-mente em Almada, Seixal e Palmela, no sen-tido inverso estão os municípios de Santiago do Cacém, Barreiro, Montijo e Alcochete, onde as autarquias parecem minimizar as questões fundamentais como o socorro às populações.

Palavra de presidente

VUCI, absolutamente desade-quado e também o VTGC e VTTR, também eles em fim de vida”, refere o comandante.

No que toca a apoios, a dire-ção salienta o protocolo estabe-lecido com a Câmara Municipal

de Palmela que permite supor-tar os custos de um grupo per-manente de bombeiros, consti-tuído por sete elementos e o pagamento dos seguros tanto dos operacionais como de todas as viaturas.

Norteados pelos mesmos ideais comando e direção vão tentando colmatar lacunas, sa-rar feridas do passado e dar um novo rumo à instituição e a nova estratégia começa a ter repercussões.

16 MAIO 2013

O verão parece tímido, mas certo é que a época bal-near está prestes a co-

meçar e a Associação Humani-tária dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas já tem tudo prepa-rado para receber os banhistas nas praias Costa da Caparica. Este ano, a campanha ganha especial ênfase porque a asso-ciação assinala cem anos de uma pioneira missão de vigilân-cia e socorro.

António Feio, um dos funda-dores da instituição e também o primeiro comandante do corpo de bombeiros, terá, nos idos de 1913, decidido que os bombei-ros deveriam prestar socorro nas praias da Costa da Caparica aos fins de semana, quando as famílias mais abastadas iam banhos. Pensou e de imediato executou, enviando alguns bombeiros para as praias mais concorridas. Conta-nos o co-

mandante Miguel Silve, o atual responsável operacional dos Voluntários de Cacilhas, que na época um punhado de homens saía de Cacilhas à sexta-feira com uma tenda às costas per-corria 10 quilómetros a pé e instalava-se na praia zelando pelos veraneantes, regressando ao domingo à noite, num ritual que foi cumprido, sempre da mesma forma, durante cerca de 20 anos.

Já na década de 30 do século passado, os Bombeiros de Caci-lhas edificaram na Costa a sua primeira secção avançada, o que permitiu alterar a forma de atuação e facilitar a missão dos voluntários que cumpriram este serviço na praia.

Miguel Silva diz-nos que na época uma ambulância demo-rava muito tempo a chegar á Costa, os acessos eram precá-rios, por isso tornou-se impe-riosa a construção da secção avançada, que na atualidade, sublinhe-se, regista o mesmo número de serviços que o quar-tel sede. Refira-se, a título de curiosidade, que todos os 149

CACILHAS

Um século no apoio às praias da Costa da CaparicaNo próximo dia 1 de junho, data da

abertura oficial da época balnear, os Bombeiros Voluntários de Cacilhas assinalam um século no apoio aos

banhistas nos areais da Costa da Caparica.Há cem anos, os operacionais partiam à

sexta-feira de Cacilhas, com uma tenda às costas e com a firme determinação de

garantir a segurança das famílias abastadas que, aos fins de semana, iam a banhos à

Costa e regressavam ao domingo, exaustos,mas com sentido de dever cumprido. Hoje a realidade é outra, uma secção avançada na

Costa dispõe de todo o equipamentose de homens devidamente preparados para

o serviço de vigilância e apoio à praia. Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

operacionais do corpo de bom-beiros cumprem serviço nos dois quartéis.

Hoje, tal como no passado, o serviço de apoio e vigilância nos 16 quilómetros de frente de praia é assegurado por voluntá-rios, sem quaisquer apoios ins-titucionais como nos explica Clemente Mitra, o presidente da direção, lamentando o alhea-

mento do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) deste serviço que “associação presta a título gratuito”.

“Os bombeiros fazem este trabalho por carolice, por amor à causa. O ISN não nos faculta sequer o equipamento, aliás prometeu-nos uma moto de água o ano passado e nem isso nos foi concedido”, denuncia.

“Todos os meios são nossos, os combustíveis somos nós que pagamos, mas, ainda assim, a direção e comando entendem que devem manter esta ação porque o mais importante é a segurança dos banhistas”, acrescenta o comandante Mi-guel Silva.

Clemente Mitra salienta, no entanto, o apoio da Câmara

Francisco Dinis, o presidente da direção Clemente Mitra, o comandante Miguel Silva e o chefe Luis Murça

17MAIO 2013

CACILHAS

Um século no apoio às praias da Costa da Caparica

Municipal de Almada que para além do subsídio anual para a associação, ainda o ano passa-do cofinanciou a aquisição de uma embarcação, para a qual também contribuiu o Hotel da Costa da Caparica que por seu turno ainda garante refeições gratuitas aos voluntários que cumprem serviço na praia. O di-rigente fala ainda das “empre-sas amigas” que ajudam como podem, nomeadamente “a Tas-ca do Ramos que assegura a manutenção da viatura que efe-tua o patrulhamento dos areais.

Em tom crítico o presidente da direção fala na redução de dois para um nadador salvador nas praias e a substituição de um posto de socorro por um estojo de primeiros socorros,

aligeiramentos da Lei que, se-gundo Clemente Mitra, podem por em causa a segurança dos banhistas.

“A nossa missão serve de complemento aos meios exis-tentes na praia, damos apoio a Autoridade Marítima, até por-que os bombeiros não recebem nada dos concessionários”, re-força Miguel Silva.

Porque a data é festiva e pro-pícia a balanços, os operacio-nais que cumpriram ou cum-prem a sua missão nas praias da Costa da Caparica, subli-nham a importância deste ser-viço prestado aos utentes dos areais.

Francisco Dinis patrulhou as praias no final da década de 70 e garante que só guarda boas

memórias dessa época. Em de-clarações ao jornal Bombeiros de Portugal contou muitas his-tórias, mas centrou-se no sal-vamento de uma criança que dias após o acidente no mar lhe veio agradecer.

“Isto aqui era uma família. Todos se conheciam. Os bom-beiros eram tratados com muito carinho e nós retribuíamos”, re-cordando que muitas vezes eram os operacionais de serviço que ensinavam os mais novos a nadar.

Também Fernando Figueiras, prestes a fazer 60 anos e ainda a servir os Voluntários de Caci-lhas, fala com nostalgia da épo-ca em integrou as equipas de praia. “A embarcação, com o ti-moneiro e três tripulantes, pa-

trulhava as águas entre a Costa e a Fonte da Telha, numa época em que os acidentes no mar eram frequentes”, diz-nos para depois falar dos “muitos salva-mentos efetuados”, mas tam-bém das vidas que o mar rou-bou, não obstante o esforço dos bombeiros, mas centra o seu discurso no “reconhecimento das pessoas”, que considera o mais gratificante desta missão.

De uma outra época, com mais e melhores meios à dispo-sição, Mário Mendonça, o atual

responsável pela Equipa de Sal-vamento Aquático, salienta a preparação das equipas que in-cluem três ou quatro pessoas, nadadores salvadores e socor-ristas. Garante que os aciden-tes no mar são menos frequen-tes e que “90 por cento das ocorrências registam-se em terra”. No entanto foi no mar que Mário Mendonça viveu a mais intensa experiência, quan-do depois de salvar um homem arrastado pela corrente, saiu exausto da água e foi surpreen-

dido pelos aplausos das pes-soas que da praia assistiram ao salvamento. Diz-nos que ficou emocionado, mas mais ainda quando a vítima já recuperada lhe veio dar um enorme abraço.

Já a partir de dia 1 de junho, estas e muitas outras histórias vão voltar a fazer parte da roti-na dos voluntários já a postos para garantir a segurança das praias da Costa da Caparica to-dos aos fins de semana e feria-dos, das 8 às 20 horas, de ju-nho a setembro,

Fernando Figueiras Francisco Dinis

18 MAIO 2013

Mais uma vez, os bombeiros marcaram presença no

WRC Fafe Rally Sprint, prova que reúne mais de cem mil pes-soas, num troço com pouco mais de seis quilómetros.

Com um público tão numero-so, a organização da prova não descura a segurança e para isso contou com um dispositivo ins-talado pelo CDOS de Braga que integrou 21 operacionais e cin-co veículos dos Voluntários de Fafe e, ainda 11 bombeiros e três veículos de outros quartéis do distrito, bem como com meios da GNR e do INEM.

A nível de ocorrências, os bombeiros destacam “várias assistências, devido a pequenas quedas, despistes de motoci-clos e a intoxicações etílicas”, embora apenas cinco situações tenham inspirado maiores cui-dados e deslocações às unida-des hospitalares de Fafe e Gui-marães.

FAFE

Operacionais no WRC Fafe Rally Sprint

A equipa de bicicletas dos Vo-luntários de Carcavelos que

presta apoio aos banhistas du-rante a época balnear já está no terreno. No dia 5 de maio, os bombeiros apresentaram-se na Avenida Marginal cumprindo um esquema de preparação fí-sica que serviu afinal para mar-car o arranque da campanha deste ano.

“A praia de Carcavelos ficará mais segura com equipas de bombeiros com formação espe-cífica e equipamentos de pri-meiros socorros adequados”, assegura fonte da associação humanitária.

CARCAVELOS

Vigilância e apoio na praia

O Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto

(BSB) participou no disposi-tivo de segurança instalado no terreno em apoio à demo-lição bem sucedida da torre 4 do Bairro do Aleixo, na ci-dade do Porto.

O responsável pelo dispo-sitivo foi o comandante mu-nicipal de proteção civil e co-mandante do BSB, tenente--coronel Rebelo de Carvalho. Além de elementos do BSB, a larga maioria, participaram outros agentes de proteção civil num total de 350 pes-soas.

Quer a demolição, quer o perímetro de segurança fo-ram concluídos com sucesso e dentro do previsto.

A torre 4 do Bairro do Alei-xo, Porto, foi demolida, na

PORTO

BSB na implosão de torre

sequência de idêntica opera-ção ocorrida com outro imóvel igual e contíguo. A demolição foi objeto de uma preparação realizada ao longo de algumas semanas. A opção por esta e outras demolições correspon-deu à necessidade de intervir

no problemático bairro e por termo a problemas ali regista-dos no domínio da segurança, consumo e tráfico de droga.

A informação e as fotos fo-ram-nos enviadas pelo sub-chefe de 2.ª classe do BSB An-tónio Oliveira.

Os Bombeiros Voluntários de Cascais, com o apoio integral da Câmara Municipal de Cas-

cais, voltam a montar entre 13 de junho e 15 de setembro a “Praia Segura” na Praia do Guincho.

A operação de prevenção e socorro “Praia Se-gura” funciona aos fins-de-semana e feriados no acesso principal da Praia do Guincho através do estacionamento de uma ambulância de socorro com uma tripulação constituída por um médico e dois bombeiros.

A logística desta operação, como acontece des-de o seu início há mais de década e meia, volta a ser garantida graciosamente pelo hoteleiro local Tony Muchaxo.

Desde a sua criação, a “Praia Segura” foi ga-rantida, primeiro, por patrocinadores privados no domínio das bebidas e das comunicações e, de-pois, há uma década, pela Câmara Municipal de Cascais.

Para o comandante dos Voluntários de Cascais,

João Loureiro, “vamos repetir a disponibilidade que temos assegurado ao longo de anos para que os banhistas do Guincho em caso de acidente não necessitem de recorrer ao hospital já que, no es-sencial, estaremos em condições de garantir o atendimento em praticamente todas as situa-ções”.

Segundo o vice-presidente da direcção, Vitor Neves, “os apoios, quer municipal, quer do Tony Muchaxo, permitem manter custos baixíssimos e padrões de qualidade muito elevados, o que constitui uma enorme mais-valia na assistência alargada aos munícipes ou aos visitantes que de-mandam o Guincho e uma boa aplicação dos di-nheiros públicos”.

Os Bombeiros Voluntários de Cascais estão re-conhecidos à Câmara de Cascais e, em particular, ao vereador responsável pela Protecção Civil Mu-nicipal, Pedro Mendonça, através do qual é cana-lizado o apoio.

PRAIA SEGURA

Bombeiros voltam ao Guincho

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19MAIO 2013

Um exercício no porto de Aveiro mobilizou os 26 corpos de bombeiros do distrito, que tra-

balharam num cenário de explosão nas instala-ções da Prio, com vários focos de incêndio nas empresas adjacentes.

Este exercício testou respostas, a eficácia dos meios e a operacionalidade dos homens para uma ocorrência que em situação real obrigaria a uma enorme mobilização, mas também a perfeita articulação de meios.

AVEIRO

Exercício no Porto de Aveiro

Realizou-se nos dias 4 e 5 de maio, no quartel dos Voluntários do Cercal do Alentejo, a 2.ª

edição de 2013 do Treino Operacional para Equi-pas de Posto de Comando Operacional, que reu-niu doze elementos de comando dos corpos de bombeiros do distrito de Setúbal.

Este treino, organizado pelo Comando Distrital de Operações de Socorro de Setúbal com o apoio da Federação dos Bombeiros do Distrito de Setu-bal, da Força Especial de Bombeiros e dos co-mandantes de Águas de Moura, Cacilhas e do Barreiro, visou recordar conceitos, consolidar doutrina e treinar procedimentos associados às funções de uma equipa de posto de comando

num cenário de incêndio florestal, nomeadamen-te no que respeita ao comando e controlo, logís-tica, comunicações, planeamento e relaciona-mento com os órgãos de comunicação social.

Depois dos resultados obtidos em 2012 com este tipo ação, foi superiormente considerado fundamental dar-lhe continuidade, apostando as-sim “no desenvolvimento de competências-chave para uma adequada gestão das operações de combate a incêndios florestais”, defende fonte da federação distrital, adiantando que “este treino traduz-se num passo fundamental na consolida-ção do dispositivo distrital de combate a incên-dios florestais”.

SETÚBAL

Quartel do Cercal acolhe treino operacionalOs Bombeiros Voluntários de

Fão e Esposende realiza-ram um mega simulacro numa das torres de Ofir, em Fão, con-celho de Esposende, com uma situação de incêndio num séti-mo andar, do qual resultou um morto, sete feridos graves e 12 ligeiros.

Segundo o comandante dos Voluntários de Fão, Joaquim Soares, que comandou o simu-lacro “Ofir 2013”, tratou-se de” um cenário que criámos para testar a operacionalidade dos meios no incêndio desta enver-gadura”.

O sétimo andar da torre nor-te e andares adjacentes permi-tiram desenvolver ações de sal-vamento e busca, resgate de vítimas, apartamentos em cha-mas e muito fumo artificial.

As dificuldades detetadas no desenrolar do simulacro cen-traram-se nas comunicações. Segundo o comandante Joa-quim Soares, “detetámos algu-mas dificuldades neste siste-

ma, que em dada altura perde rede, mas em termos gerais, o simulacro correu dentro do previsto e foi um bom teste à capacidade de socorro numa si-tuação deste género”.

No simulacro participaram 46 bombeiros, das corporações de Fão e Esposende, auxiliados por um total de 13 veículos. As chamas, que deflagraram no sétimo andar da torre norte, provocaram um morto e sete feridos graves, alguns com queimaduras, outros com fra-

turas devido a quedas durante a fuga no vão das escadas e outros ainda afetados pela ina-lação de fumos.

O imóvel onde se desenrolou o simulacro tem 13 andares e é conhecido por “Torre 3”. O si-mulacro incluiu a sua evacua-ção total teve que ser evacua-do, gerando o “pânico” entre os moradores. Alguns entraram em “choque” e tiveram que ser assistidos no local. Entre eles registaram-se ainda 12 “feridos ligeiros”.

OFIR

Simulacro na torre norte

O fumo saía pela janela do 3.º piso de um edi-fício habitacional situado na Avenida D. Afon-

so Henriques em Arruda dos Vinhos, e os gritos dos populares faziam adivinhar o pior dos cená-rios. Este foi o mote para mais um simulacro que permitiu testar meios, afinar respostas e certifi-car a articulação entre todos os agentes de pro-teção civil.

Os operacionais envolvidos realizaram opera-ções de busca no interior do imóvel, combateram as chamas que começaram a lavrar na cozinha e efetuaram o resgate de sete vítimas. O exercício contou com o apoio de um posto de comando e triagem.

Esta iniciativa da proteção civil municipal en-

volveu 28 bombeiros e oito veículos dos voluntá-rios de Arruda dos Vinhos, equipas da Guarda Na-cional Republicana e do Serviço Municipal de Pro-teção Civil de Arruda dos Vinhos e rádios amado-res locais.

Sérgio Santos

ARRUDA DOS VINHOS

Incêndio urbano em simulacro

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O serviço municipal de proteção civil da Mari-nha Grande promoveu, no passado dia 4 de

maio, o exercício “Grandex’ 13” com o intuito de testar a articulação entre todos os agentes de proteção civil do concelho, bem como dos meios distritais de socorro para um acidente de grande magnitude, envolvendo a queda de um avião.

Pouco passava das 9.15h. quando uma aerona-ve militar F-16 se despenhou no Parque da Cerca, na Marinha Grande, deixando cair componentes para o solo, provocando um acidente de viação e inúmeras vítimas no parque. Este foi então o mote desta ação, que obrigou a acionar os meios de combate a incêndios na aeronave, de desen-

carceramento das vítimas do acidente rodoviário e de estabilização e evacuação das restantes víti-mas que se encontravam na zona envolvente e ainda a criar perímetros de segurança e de tria-gem.

Este exercício envolveu cerca de 150 operacio-nais e 45 veículos dos corpos de bombeiros de Marinha Grande, Leiria, Ortigosa, Maceira, Pa-taias, Batalha, Nazaré, Vieira de Leiria, Força Aé-rea Portuguesa – Base Aérea n.º 5; CDOS Leiria (ANPC); INEM; CVP; PSP e SMPC Marinha Grande.

Sérgio Santos

MARINHA GRANDE

Exercício de queda de avião militar

20 MAIO 2013

Chova ou faça sol, no dia 26 de abril de cada ano, bem cedo, a alvorada

de 21 morteiros e o hastear das bandei-ras marca o início dos festejos do 82.º aniversário dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz.

Mais tarde, os bombeiros cumpriram a tradicional visita á população num desfi-le pelas freguesias da área de interven-ção da associação e que mobilizou todos os veículos, elementos do quadro ativo, do quadro de honra, fanfarra e órgãos sociais num périplo marcado por “muitos acenos sorrisos, palavras de carinho da população que, sabendo que os bombei-ros por lá vão passar fazem questão de os receber com um “miminho””.

A missa solene na Igreja Matriz de Es-moriz e a romagem ao cemitério em ho-

menagem a todos os elementos da asso-ciação já falecidos encerram a primeira parte do programa das comemorações.

Mais tarde, as portas do quartel abri-ram-se para receber convidados, mas também muitos populares que gostam sempre “de ver os seus Bombeiros a bri-lhar...

Em formatura, os bombeiros recebe-rem as entidades convidadas que aliás puderam testemunhar o ingresso formal de oito novos bombeiros que simbolica-mente receberam as insígnias e o seu capacete de trabalho das mãos de fami-liares, de padrinhos/madrinhas que mui-to lhe dizem e com as famílias presentes de orgulho estampado no rosto. Antes disso, também houve lugar a várias pro-moções.

Com a ajuda dos padrinhos Manuel Marques da empresa Cuco Autogás, José Alberto e Jacinto Reis Oliveira da empresa Jacinto Marques de Oliveira, Sucrs, Lda., os bombeiros de Esmoriz inauguraram uma nova moto de água para salvamento aquático e um Veiculo Apoio – VETA, equipamentos que em distintos teatros de operações podem fazer toda a diferença no trabalho dos operacionais. Em dia de festa, o corpo de bombeiros recebeu ainda um ma-nequim pediátrico; desfibrilhador au-tomático externo de treino e Máquina de Fumos.

A avenida parou, mais tarde, para ver passar o desfile apeado e motori-zado e homens e equipamentos dos bombeiros de Esmoriz.

Na sessão solene, sobraram agrade-cimentos pelo empenho e dedicação dos operacionais e de todos os colabo-radores e amigos, mas também notí-cias de relevo nomeadamente novos investimentos para a aquisição do ter-reno a poente da clínica da associação que permitirá melhorar acessos, criar áreas de estacionamento e dotar de melhores condições o complexo dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz.

Em dia de festa foram homenagea-dos alguns beneméritos bem como o presidente da câmara Manuel Oliveira.

Para além do autarca, marcaram presença na cerimónia o CODIS Antó-nio Ribeiro; o Comandante Gomes da Costa, presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Aveiro e vice-

-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses); o presidente da Assem-bleia Municipal de Esmoriz, Manuel Malícia; o pároco Fernando Campos entre muitas outras individualidades.

Nas várias intervenções ficou bem expresso o rigor, bom desempenho, formação, inovação, renovação e ne-nhuma acomodação, fatores que dis-tinguem esta instituição.

Com o serviço à população a ser as-segurado pelos Bombeiros de Ovar houve tempo e disposição para conví-vio entre bombeiros, dirigentes, fami-liares, amigos e os convidados numa grande festa que terminou já noite dentro com fogo-de-artifício, que fe-chou com luz e brilho a comemoração de mais um aniversário.

ESMORIZ

Em missão há 82 anos

No âmbito das comemorações do 80.º aniver-sário a Associação Humanitária de Bombei-

ros Voluntários de Estremoz decidiu homena-gear o comandante Manuel Catarino, conceden-do-lhe a medalha de honra - grau ouro, “por serviços relevantes e extraordinários prestados, de forma notável e gratuita, em funções opera-

cionais, entre elas a de comandante do Corpo de Bombeiros, onde soube granjear o respeito, admiração e consideração dos seus pares e da população do concelho, na ação humanitária desenvolvida”.

O comandante Manuel Catarino tem 80 anos de idade, esteve ao serviço dos Voluntários de

Estremoz mais de meio século, de 13 de julho de 1951 a 5 de março 1999 e, posteriormente, ainda entregou a sua experiência, saber e dedicação à associação enquanto membro dos corpos sociais.

A direção da instituição considera que “o co-mandante Manuel Catarino foi e é um símbolo dos Bombeiros de Estremoz”.

As comemorações do 80.º aniversário dos Vo-luntários incluíram igualmente um simulacro, junto aos paços do concelho. Entretanto, já para o próximo dia 16 de junho está agendado um su-bordinado às temáticas “Gestão das Associações Humanitárias de Bombeiros” e “Alterações Climá-ticas versus Catástrofes Naturais”.

ESTREMOZ

Tributo ao comandante Manuel Catarino

RESGATE DE VITIMAS EM ALTURA

Portugueses formam sul-americanosTerminou, recentemente, na cidade de

Concórdia, Estado de Santa Catarina, no Brasil, um Curso de Internacional de Resgate de Vitimas em Altura, uma for-mação que contou com a participação de vários corpos de bombeiros voluntários daquele estado, mas também do Para-guai, Venezuela e Colômbia.

Esta iniciativa que esteve a cargo do formador português, Rui Laranjeira, dos Bombeiros de Águas de Moura resulta da conjugação da necessidade dos bombei-ros sul americanos nesta área de forma-ção e do relacionamento privilegiado en-tre os bombeiros de Concórdia e de Águas de Moura.

21MAIO 2013

Os Bombeiros Voluntários da Batalha integraram no pro-

grama comemorativo do seu 35.º aniversário a inauguração do seu quartel renovado, com mais espaços e melhores condi-ções de habitabilidade.

Novas camaratas, novos por-tões, uma central de comunica-ções moderna, salas de forma-ção, salão nobre, e novas áreas para cacifos individuais dos bom-beiros estão entre os espaços alargados e renovados.

Em declarações ao Jornal da Batalha, o comandante Fernando Simões reconheceu que o corpo ativo passa a “estar bem instala-do”, sublinhando que “melhora-ram muito as nossas condições,

especialmente em termos de ha-bitabilidade: tínhamos uma casa muito pequena e agora as pes-soas têm condições para traba-lharem com dignidade”.

A presidente da direção, Fáti-ma Lucas, por seu turno, em de-clarações aos mesmo jornal ma-nifesta-se confiante no futuro, baseada nos 20 formandos que

estão a frequentar a escola e re-força que “as portas estão aber-tas para quem quiser candida-tar-se a bombeiro”.

Fátima Lucas faz um balan-ço muito positivo da requalifi-cação operada nas instala-ções. “Estou satisfeita e reali-zada, porque conseguimos fa-zer uma obra financiada, que esteve praticamente perdida mas que conseguimos reto-mar e reprogramar e receber, não 70 por cento, mas 85 a fundo perdido”, precisa a diri-gente ao fazer o balanço da obra que custou cerca de 400 mil euros.

(Com a colaboração do Jornal da Batalha)

BATALHA

Inaugurado quartel renovadoFo

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A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Esposen-de assinalou o 122.º aniversário com um diversificado progra-

ma que incluiu um concerto, uma exposição de desenhos dos alu-nos dos 1.º e 2.º ciclos das escolas do concelho, as tradicionais homenegens entre muitas outras iniciativas.

Sob o signo do reconhecimento, a associação prestou merecido tributo a todos aqueles que contribuíram para a afirmação dos bombeiros de Esposende, quer oferecendo a sua disponibilidade para o serviço nas áreas da prevenção, do socorro e do combate, salvaguardando os bens e a segurança da população, quer nas aju-das materiais para que esta nobre missão se possa concretizar no dia a dia.

Em cerimónia pública, o estandarte da associação recebeu a Fé-nix de Honra da Liga dos Bombeiros Portugueses e Carlos Alberto Miranda Alves tomou posse como 2.º comandante do corpo de bombeiros. Na mesma ocasião, foram ainda agraciados os bombei-ros Júlio Eduardo Pereira de Melo e Carlos de Barros Passos e ao maestro Valdemar Sequeira, que receberam medalhas de serviços distintos.

No decorrer das celebrações foi ainda inaugurado um espaço destinado ao lazer dos bombeiros, a Sala do Bombeiro, que rece-beu o nome das três vítimas do acidente ocorrido em setembro de 2009: José Pedro, Pedro António e Paulo Lachado.

Ao jantar, a direção homenageou alguns associados com o título de honorários e benfeitores. Premiando a antiguidade e a assidui-dade foram, igualmente, condecorados o dirigente, João Miguel de Barros Zão e os bombeiros António Manuel Brito Costa, Manuela Margarida da Costa e Silva, José Dário Dias Félix, Filipe Alexandre Alves Cachada, Vera Lúcia Fonseca do Vale, Rui Antero Fernandes Ferreira e Joaquim Fernando Ribeiro Afonso.

ESPOSENDE

Voluntários assinalam 122.º aniversário

Os Bombeiros de Casta-nheira do Ribatejo come-

moraram o 37.º aniversário, um conjunto de iniciativas com o objetivo de dar ênfase ao trabalho dos bombeiros.

O programa teve como ponto alto um exercício à es-cala Real (LIVEX), com um

cenário de acidente rodoviá-rio envolvendo um viatura pesada de transporte de ma-térias perigosas e um moto-ciclo, que mobilizou cerca de 40 operacionais, que desta forma mostram à população a complexidade das mano-bras que os bombeiros têm

de executar quando confron-tados com um cenário deste tipo.

Os festejos incluíram ainda o cerimonial do hastear sole-ne da bandeira, seguido da tradicional romagem ao ce-mitério, numa homenagem aos bombeiros, diretores e

sócios falecidos, seguida da tradicional sessão solene.

Durante a cerimónia foram distinguidos vários bombeiros pela Liga dos Bombeiros Por-tugueses com medalhas de serviços distintos - grau co-bre, grau prata e grau ouro. “Vigor e garbo” marcaram,

depois, o desfile pelas princi-pais ruas da vila.

Em declarações ao nosso jornal, fonte da direção subli-nha que o programa do 37.º aniversário teve como princi-pal objetivo abrir as portas do quartel à comunidade, pois até então as comemorações

“eram viradas apenas para o interior da associação. Desta forma conseguimos que a po-pulação possa ter a perceção do que os bombeiros estão preparados para fazer, permi-tindo também verificar a di-mensão dos bombeiros da Castanheira do Ribatejo”.

CASTANHEIRA DO RIBATEJO

Bombeiros estão em festa

22 MAIO 2013

O ministro da Administra-ção Interna, Miguel Ma-cedo, e do secretário de

Estado do Desenvolvimento Re-gional, Castro Almeida, marca-ram presença, no dia 4 de maio, na sessão solene comemorativa 85.º aniversário os Bombeiros Voluntários de S. João da Ma-deira. “Festejar o presente e re-viver o passado” foi o mote das celebrações, como referiu na ocasião o presidente da asso-ciação humanitária, Carlos Coe-lho.

Prestando “homenagem à memória daqueles que ao longo destes 85 anos dedicaram gran-de parte da sua vida a esta As-sociação Humanitária e ao seu Corpo de Bombeiros”, Carlos Coelho lembrou muitos nomes que fazem parte da história da instituição, recordando todos os que contribuíram para o seu en-grandecimento.

Dirigindo-se ao ministro Mi-guel Macedo, o responsável máximo da instituição frisou a necessidade de “dar condições de trabalho e o mínimo de con-forto aos bombeiros”, revelando que, com esse objetivo, foi ela-borado um “projeto para a re-qualificação, ampliação e bene-ficiação do quartel”.

Carlos Coelho enalteceu a “atenção muito especial” que o titular da pasta da Administra-ção Interna dispensa “às coisas dos bombeiros”, agradecendo “a atenção e o apoio” que possa dispensar a este projeto.

Também o comandante dos bombeiros sanjoanenses, Nor-mando Oliveira, fez referência à necessidade de “reabilitar os espaços” do quartel operacio-nal, destacando que é indispen-sável, entre outras interven-ções, criar instalações adequa-das à incorporação de elemen-

tos femininos, que “já é hoje uma realidade” no corpo de bombeiros de S. João da Madei-ra.

Reportando-se à atividade desenvolvida ao longo de mais um ano na vida da Associação Humanitária dos Bombeiros de S. João da Madeira, Normando Oliveira deixou vários números reveladores da importância da corporação e sublinhou o papel da escola de Infantes, onde os “bombeirinhos” começam, des-de bem cedo a preparar-se para ajudar o próximo, dando segui-mento à missão iniciada em 1928.

A formação de “homens e mulheres de princípios” é preci-samente uma das marcas que o Presidente da Câmara de S. João da Madeira, Ricardo Fi-gueiredo, destaca da ação dos bombeiros da sua cidade, a so-mar a todos os relevantes ser-

viços que prestam à comunida-de.

Pegando nas palavras que os responsáveis da corporação di-rigiram Ministro da Administra-ção Interna solicitando atenção para a melhoria das instalações do quartel, o autarca sanjoa-nense garantiu ao governante que o apoio que possa vir a ser dado à instituição “será usado com o maior rigor”.

Numa cerimónia igualmente marcada pelas intervenções dos presidentes da Federação dos Bombeiros do Distrito de Aveiro e da Liga dos Bombeiros Portu-gueses, o ministro Miguel Mace-do sublinhou a importância es-tratégica de Portugal continuar a ser “um país seguro”, para que possa “captar e atrair” cada vez mais investimento.

O titular da pasta da Admi-nistração Interna referiu-se ain-da à “fase crítica” de incêndios

que se aproxima, deixando a garantia de que haverá mais meios aéreos e terrestres. Falou ainda da formação, anunciando que a oferta de cursos da Escola Nacional de Bombeiros deverá crescer.

A sessão incluiu, ainda, a as-sinatura de um protocolo que formaliza a cedência gratuita de uma sala dos Bombeiros de S. João da Madeira à Associação Reviver Mais para a instalação da sua delegação distrital de Aveiro.

Outro momento foi a entrega de crachás de ouro ao adjunto Manuel Oliveira e ao bombeiro José Pereira, por 35 anos de serviço no corpo ativo.

No quartel sede, José Gon-çalves Amado, saudoso coman-dante da associação, foi home-nageado pela direção, que bati-zou uma sala com o seu nome. Depois, no mesmo local, foi descerrada a fotografia de Nor-mando Gomes de Oliveira, jun-tando-se às de antigos presi-dentes aí expostas.

No âmbito das comemorações do 85.º aniversário a asso-ciação realizou uma recriação, na Praça Luís Ribeiro, que

envolveu elementos do quadro ativo e do quadro de honra que recorrendo à bomba braçal mostraram como atuavam os bombeiros nas décadas de 30 e 40 do século passado. Como no passado era frequente a população auxiliar os ho-mens da paz no combate aos incêndios, os operacionais mo-bilizados para a Praça Luís Ribeiro solicitaram o apoio dos populares para que utilizando baldes, construíssem um cor-dão humano para fazer chegar água à bomba braçal.

Ao toque dos sinos a rebate e ao alerta da população, os bombeiros dirigiram-se com a bomba até ao local do incên-dio e com a preciosa ajuda da população facilmente conse-guiram extinguir as chamas como se fazia nesse tempo.

O quadro de honra desta instituição irá ainda realizar mais dois exercícios que visam “honrar o passado desta associa-ção”, pois como defendem “do passado reza a história dos bombeiros desta casa”.

Do passado reza a história

S. JOÃO DA MADEIRA

Festejar o presente e reviver o passado

23MAIO 2013

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários Pro-

gresso Barcarenense comemo-rou o 133.º aniversário com distinções aos seus bombeiros e a inauguração de novos veícu-los.

Em formatura, o corpo ativo acolheu as entidades convida-das, que mais tarde no decorrer da sessão solene assistiram à condecoração dos soldados da paz com medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses, da au-tarquia de Oeiras e da associa-ção.

Destaque para os 36 anos de serviço “exemplar” prestado pelo chefe José Luís Santos e pelo bombeiro de 1.º António Valente Martins que foram, na ocasião, agraciados o Crachá de Ouro da confederação dos bom-beiros portugueses.

A inauguração de uma moto todo terreno para apoio em eventos desportivos e um veí-culo plataforma para apoio a atividades operacionais consti-tui outro dos momentos maio-res da cerimónia.

Nas suas intervenções o pre-sidente da direção Alexandre Araújo e o comandante Carlos Gomes destacaram os projetos da associação para o futuro, e não esqueceram os agradeci-mentos à Câmara Municipal de Oeiras, bem como a outras en-tidades e empresas que muito têm colaborado e apoiado a as-sociação.

Entre as entidades convida-das destacam-se as presenças do vice-presidente da autarquia oeirense, Paulo Vistas; o 2.º co-

mandante distrital André Fer-nandes; António Marques da Liga dos Bombeiros Portugue-ses, bem como representantes

da PSP e de associações congé-neres dos concelhos de Oeiras e Sintra.

Sérgio Santos

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de

Alenquer conta com uma au-toescada de 30 metros adquiri-da em segunda mão em França com o apoio de uma empresa do concelho. A apresentação ao corpo ativo e associados ocor-reu precisamente durante as comemorações recentes do 76.º aniversário da instituição.

Nesse dia os Voluntários de Alenquer recuperaram uma tra-dição antiga com um desfile apeado e motorizado pelas ruas da vila.

Na sessão solene que se se-guiu no salão do quartel ocor-reu a atribuição de três cra-chás de ouro da Liga dos Bom-beiros Portugueses (LBP) a elementos do corpo ativo por proposta da Associação.

O primeiro crachá foi atri-buído ao bombeiro de 3.ª, Carlos Jacinto Esteves Anacle-to Silva, entregue pelo presi-dente do conselho de adminis-tração, Emílio Cardoso, a con-vite do representante da LBP, Rama da Silva.

O segundo crachá foi entre-gue pelo comandante Rodolfo Batista e coube ao subchefe António José Pereira Faustino.

O terceiro crachá foi entre-gue ao adjunto de comando João Luís Lobo Murteira pelo seu filho Daniel Murteira, igualmente bombeiro, a convi-te do representante da LBP.

Foram ainda atribuídas me-dalhas de assiduidade de 5 anos a seis elementos do cor-po de bombeiros, de 10 a 1 elemento, de 15 anos a 3, de 20 anos ao bombeiro de 3ª Manuel Passos, e de 25 anos ao bombeiro de 2.ª Luís Galia-no.

Três elementos dos órgãos sociais foram também distin-guidos com medalhas de assi-duidade de 15 e 20 anos.

A sessão solene contou com a presença do presidente da assembleia – geral, Francisco Cipriano, do vice-presidente da Câmara Municipal, João

Hermínio, do vice-presidente da LBP, Rui Rama da Silva, do presidente da Assembleia Mu-nicipal, Fernando Rodrigues, dos restantes elementos dos órgãos sociais da Associação e dos representantes da Força Aérea, PSP e Cruz Vermelha Portuguesa.

Ana Teresa Vicente, presi-dente da Câmara Municipal

de Palmela e o antigo autarca Carlos Manuel de Sousa, foram galardoados com o colar de honra da Associação Humanitá-ria de Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo, no âmbito das comemorações do 62.º aniver-sário da instituição.

A cerimónia que se realizou no dia 1 de maio ficou marcada pelas homenagens a todos os

que, ao longo dos anos apoia-ram a associação nomeada-mente os associados com 25 e 50 anos de ligação à instituição e os operacionais voluntários que foram agraciados com me-dalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses e da própria asso-ciação.

No decorrer da sessão sole-ne, o comandante Raul Praze-res, a chefe Manuela Rodri-gues, ao Subchefe Jorge Car-

valho e aos bombeiros Emília Carvalho e Joaquim Ferreira foram distinguidos com a me-dalha de valor e dedicação da associação por 30 anos de ser-viço.

Durante a sessão houve ain-da lugar à promoção de oito operacionais à categoria de bombeiro de 2.ª e à integração de sete elementos no corpo ati-vo que se afirma “dinâmico, jo-vem e com futuro”.

O presidente da direção José Calado e o comandante Raul Prazeres nas suas alocuções di-rigiram agradecimentos à au-tarquia de Palmela, empresas locais e aos seus bombeiros pela dedicação e presença nas mais distintas missões. Fala-ram ainda das dificuldades, e anseios, mas também de pro-jetos para o futuro.

A cerimónia teve ainda como momentos altos a inauguração

e bênção de duas ambulâncias, uma de socorro e outra de transporte múltiplo e a assina-tura de um protocolo de gemi-nação que une a anfitriã à con-génere Sul e Sueste do Barrei-ro.

Entre as inúmeras entidades que se associaram aos festejos, destacam-se as presença da presidente da Câmara Munici-pal de Palmela, Ana Teresa Vi-cente; do Diretor Nacional de

Bombeiros, Pedro Lopes; da comandante distrital Patrícia Gaspar; do comandante Adeli-no Gomes da Liga dos Bombei-ros Portugueses; do presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Setúbal, Eduardo Correia; diplomatas de Moçam-bique e representantes da GNR e associações congéneres dos distritos de Setúbal, Santarém e Lisboa.

Sérgio Santos

PINHAL NOVO

Autarcas e bombeiros condecorados

ALENQUER

Três crachás no aniversárioBARCARENA

“Serviço exemplar”merece reconhecimento

24 MAIO 2013

As comemorações do 30.º aniversário da Associação

Humanitária de Bombeiros Vo-luntários de Canha ficaram marcadas pela condecoração dos soldados da paz.

O programa festivo teve iní-cio com a inauguração de um monumento de homenagem aos bombeiros e dirigentes que serviram a associação num ato de agradecimento e de reco-nhecimento pela “coragem e abnegação”.

Durante a sessão solene al-guns elementos do corpo de vo-luntários foram agraciados com medalhas da Liga dos Bombei-ros Portugueses. Na ocasião, foram também promovidos quatro operacionais à categoria de bombeiro de 2.ª.

As dificuldades financeiras, motivadas pelo decréscimo do serviço de transporte de doen-tes ficaram bem expressas nas palavras do presidente da dire-ção, a que se juntam necessi-dades operacionais, conforme

fez questão de salientar o co-mandante Urbano Emídio que deu conta de um antigo e des-gastado parque de viaturas.

O responsável operacional fez questão de mostrar confian-ça nos homens e mulheres que servem de forma exemplar o quartel de Canha, cumprindo o lema “Vida por Vida”, mas tam-

bém apoiando todo a atividade da associação colaborando em tarefas de manutenção das ins-talações mas também na repa-ração e recuperação dos veícu-los que servem o corpo de bombeiros.

Marcaram presença nesta ce-rimónia, a vereadora da câmara municipal do Montijo, Maria

Clara Silva; a comandante dis-trital Patrícia Gaspar (ANPC); o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Setú-bal, Eduardo Correia também em representação da LBP e ain-da representantes da GNR e de associações congéneres do dis-trito.

Sérgio Santos

A comemoração do 70.º ani-versário da Associação Hu-

manitária de Bombeiros Volun-tários da Póvoa de Santa Iria foi a oportunidade para, entre ou-tros, se proceder à posse da nova adjunta de comando e à atribuição do primeiro crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Por-tugueses (LBP) a um dos ele-mentos do corpo de bombeiros.

Elisabete Costa é a nova ad-junta de comando com a qual passa a estar completo o respe-tivo quadro. A propósito, o co-mandante António Carvalho, fez questão de sublinhar as inúme-ras qualidades já demonstradas pela empossada, quer como for-madora, como técnica e bombei-ra.

O crachá de ouro foi atribuído pela LBP ao chefe do quadro ati-vo José António Jorge Nascimen-to por proposta do comandante António Carvalho tendo em con-ta, não só os 35 anos de ativida-de ininterrupta mas também a dedicação com que o fez. A en-trega da distinção, a convite do representante da LBP, foi feita pela presidente da Câmara Mu-nicipal de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinha, e pelo co-mandante do corpo de bombei-ros.

O chefe José Nascimento in-gressou no corpo de bombeiros em 1975 e foi progredindo na carreira através dos vários pos-tos até chefe. Em 1985 foi convi-dado pelo então comandante para desempenhar o cargo de segundo comandante, que de-

sempenhou até 1994. Nessa al-tura cessou funções tendo volta-do exemplarmente ao quadro ativo na categoria que ainda hoje detém.

A sessão solene comemorati-va incluiu também o ingresso de 13 novos elementos com a pro-

moção a bombeiros de 3ª, a pro-moção a 2ª de 3 e, de 1ª a sub-chefe de 2 elementos. Foram ainda atribuídas medalhas de assiduidade da LBP e Associa-ção, entre 5 a 25 anos de ativi-dade.

A mesa da sessão solene, pre-sidida pela presidente da Câma-ra Municipal, contou ainda com as presenças, do vice-presidente da LBP, Rama da Silva, o segun-do comandante distrital, André Fernandes, o vice-presidente da Federação de Bombeiros do Dis-trito de Lisboa, comandante Pe-dro Araújo, anfitreados pelo pre-sidente da assembleia-geral, António Dias de Almeida, pela presidente da direção, Odete Maria Loureiro Silva, e pelo co-mandante António Carvalho.

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande, S. Miguel, Açores, comemorou recentemente o seu

138º aniversário com diversas iniciativas.Uma exposição de viaturas e outros meios de socorro no jardim

municipal e uma ação de rastreio de diabetes e medição da tenção arterial inseriram-se nesse conjunto de atividades.

A sessão solene durante qual se procedeu à atribuição de meda-lhas e à promoção de vários elementos do corpo ativo marcou ou-tro momento importante das comemorações a par da inauguração do Museu dos Bombeiros. Durante a sessão solene foi ainda feita uma retrospetiva da história dos Bombeiros da Ribeira Grande feita pelo especialista Mário Moura.

RIBEIRA GRANDE

Há 138 anosem missão

PÓVOA DE SANTA IRIA

Primeiro crachá e nova adjunta

CANHA

Operacionais agraciados

25MAIO 2013

Os Bombeiros de Estremoz vão arrancar de imediato

com uma campanha de anga-riação de fundos que lhes per-mita substituir a ambulância roubada recentemente do inte-rior do parque de viaturas e destruída após despiste, con-forme nos anunciou o presiden-te da direção, José Capitão Par-dal.

Um indivíduo entrou ao prin-cípio da noite no quartel dos Bombeiros Voluntários de Es-tremoz, e apoderou-se de uma ambulância, que acabou por destruir, na sequência do des-piste ocorrido quando os pró-prios bombeiros iam no seu al-cance.

Um homem, eventualmente alcoolizado, com idade a rondar os 30 anos, residente na Quinta do Conde, Sesimbra, aprovei-tou a saída da ambulância PEM/INEM para entrar no parque de viaturas no curto espaço de tempo em que a porta automá-

tica permaneceu aberta. De se-guida, forçando a saída e dani-ficando o portão furtou uma das quatro ambulâncias dos Volun-tários de Estremoz.

De imediato, o individuo foi perseguido por polícias e bom-beiros, acabando por se despis-tar na Estrada Nacional 4, entre Estremoz e Montemor-o-Novo, a cerca de 6 quilómetros do ponto de partida.

O indivíduo acabou por sofrer ferimentos ligeiros, tendo sido transportado para o Hospital de Évora acompanhado de ele-mentos da GNR. A viatura ficou totalmente destruída, sendo desconhecidas as motivações que estiveram na origem do furto.

A perseguição suscitou gran-de alvoroço nas principais arté-rias da cidade e até no rossio local, onde estava a decorrer a FIAPE, a principal feira do con-celho.

A ambulância roubada e

destruída era a mais nova dos Bombeiros de Estremoz, ser-via de reserva à ambulância do PEM/INEM, e a sua destrui-ção implica um prejuízo supe-rior a 65 mil euros, incluindo a reparação do portão danifica-do pela saída forçada da viatu-ra.

Para o presidente José Pardal “trata-se de um grande rombo para a Associação Humanitária de Bombeiros de Estremoz,

A Junta de Freguesia de Cascais acaba de decidir por unanimidade apoiar os Bombeiros Voluntá-

rios de Cascais na aquisição de uma nova viatura de apoio e comando. O apoio, no valor de 28 mil euros, vai permitir aos bombeiros adquirir uma viatura que permitirá substituir finalmente uma outra com 15 anos ininterruptos de serviço, milha-res de quilómetros percorridos, a maioria dos quais em todo o terreno.

“De momento, é a nossa principal necessidade que, sublinhe-se, vai ser possível ultrapassar gra-ças à pronta e rápida resposta da Junta de Fregue-sia”, sublinha o vice-presidente da direção dos Vo-luntários de Cascais, Vitor Neves. Prontidão que, segundo o mesmo dirigente, “ tem sido a forma habitual da Junta tratar os seus bombeiros já que, sempre que alertados para as nossas necessidades procuraram habitualmente satisfazê-las num curto espaço de tempo”. “Diria mesmo que, quando re-ferimos a outras associações de bombeiros de lon-ge a enorme disponibilidade da nossa Junta, limi-tam-se a dizer que estamos é mal habituados por-que com eles na maioria dos casos não é assim”.

Refira-se que, na última década, a Junta de Fre-guesia de Cascais ofereceu aos bombeiros locais duas ambulâncias de transporte e outra de socor-ro, além da participação, a para da Câmara Muni-cipal, na edição do livro “125 anos de socorro à população”.

A única preocupação pendente nos Bombeiros de Cascais, segundo o comandante João Loureiro, “é a zona história da Vila e da freguesia com ruas estreitas e estacionamento complicado a fazer-nos pensar na necessidade de uma viatura de combate a incêndios adequada a esse perfil urbano.”

CASCAIS

Junta oferece viatura de comando

ESTREMOZ

Ambulância roubada e destruída

com consequências ainda difí-ceis de aquilatar ao nível da ca-pacidade de apoio e socorro às populações do concelho”.

“Os Bombeiros de Portugal vi-

vem momentos difíceis, nomea-damente, quanto ao seu funcio-namento e atos como o deste ci-dadão dificultarão ainda mais a sobrevivência das associações

humanitárias e dos seus corpos de bombeiros” concluiu o mesmo dirigente.

Agradecemos ao jornal “Brados do Alentejo” a cedência das fotos.

A Associação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Cantanhede

(AHBVC) tem vindo a registar um cres-cimento de solicitações das suas am-bulâncias de socorro em serviços pré--hospitalares.

Assim, e no âmbito da missão de proteção de pessoas e bens, designa-damente o socorro a feridos e doentes, os Voluntários de Cantanhede reforça-ram os meios de socorro ao serviço da população do concelho e do distrito de Coimbra. com mais uma ambulância de socorro semi-nova adquirida em França.

“Num contexto de dificuldades e incertezas, este investimento suportado por capitais próprios da associação, tornou-se inadiável face ao au-mento do número de ocorrências a nível da emergência na área da saúde ao longo do último semestre. Em 2013, registaram-se cerca de 260 saídas por mês, em termos médios, em que os

bombeiros são agentes essenciais do sistema de proteção civil”, refere fonte da instituição.

Com a viatura agora adquirida, os Bombeiros de Cantanhede dispõem de cinco ambulâncias de socorro ao serviço da comunidade, sendo uma delas cedida pelo Instituto Nacional de Emergên-cia Medica (INEM).

CANTANHEDE

Bombeiros reforçam meios

A Associação Humanitária de Bombeiros Volun-tários de Aveiro Velhos elegeu no passado

mês de abril os Corpos Sociais para o biénio 2013/14.

A única lista que se apresentou a sufrágio ga-rante continuidade na ação que tem vindo a ser desenvolvida nos últimos anos. José Girão Pereira mantém a presidência da assembleia geral, tal

como Manuel da Cruz Ribeiro do conselho fiscal. Na direção, Vitor José Pedrosa da Silva reassume as funções de presidente, desta feita coadjuvado por equipa renovada que integra Paulo Jorge Marques de Almeida, Vitor Barradas Sequeira, Paulo Carlos Campos, Ana Paula Fernandes Ro-cha, Artur Domingues Pires Salvador e o Danilo Jorge de Almeida.

AVEIRO

Eleição garante continuidade

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de

Belas elegeu em assembleia--geral em abril último os ór-gãos sociais para um novo mandato.

A direção é presidida pelo comandante António Gualdino acompanhado por Diogo Villas-

-Boas como vice, Joaquim Ro-drigues, tesoureiro, Armando Rodrigues e Domingos Messias, primeiro e segundo secretários, José Pedro Magalhães e Manuel Monteiro, vogais, e Maria Fer-nanda Alves, Júlio Videira e Ma-nuel Saraiva, suplentes.

À assembleia-geral preside

Ruy Villas-Boas tendo como vice, Luís Pedro Simões e como secretário, António Cruz Lopes.

O conselho fiscal, presidido por Pedro Anjos conta ainda com Maria Joana Constantino (secretário), Rosalina Pereira (relator) e Jorge Fresco (su-plente).

BELAS

Dirigentes para novo mandato

Os Bombeiros de Barceli-nhos acabaram de re-

forçar a frota com um veí-culo de combate a incên-dios.

“A nova viatura tem exce-lentes características para circular em terreno irregular

tem capacidade para 1700 litros, mais espumífero. Para além disso inclui mate-rial sapador florestal, mate-rial de combate a incêndios urbanos e garrafas respira-tórias”, segundo informa-ções do comando.

Este equipamento vai au-mentar a eficácia do traba-lho dos Bombeiros”, defen-de José Beleza, o responsá-vel operacional que salienta o esforço da direção em fa-zer face às necessidades do corpo de bombeiros.

BARCELINHOS

Quartel recebe veículode combate a incêndios

26 MAIO 2013

No dia 17 de abril, o Corpo de Bombeiros da Aguda promoveu, na Escola Básica 1 dos

Chãos Velhos, em Arcozelo, mais uma ação de sensibilização no âmbito da proteção e socorro iniciativa que se insere num amplo projeto de proximidade com a comunidade.

Este encontro com os mais novos, para além de animadas conversas e o esclarecimentos das dúvidas apresentas pelos alunos, contemplou a apresentação de um vídeo e a apresentação de alguns equipamentos usados pelos operacionais nas diferentes missões.

AGUDA

Sensibilização na escola

A comissão promotora de uma festa de angariação

de fundos para os Bombei-ros Voluntários de Vila Praia de Âncora, que se realizou no dia 3 de março em Newa-rk-New Jersey, nos Estados Unidos da América, já entre-gou a verba apurada à insti-tuição.

Composta por emigrantes ancorenses, entre os quais, Hermes Vieira, bombeiro do Quadro de Honra da Asso-ciação, a Comissão organi-zadora deste evento que rendeu 18.809 dólares soli-citou à direção da associação humanitária mon-tante aplicado na compra de material para o cor-po ativo.

Em comunicado, a direção dos Voluntários de Vila Praia de Âncora agradece “o sacrifício, a de-dicação e o altruísmo de todos os elementos da comissão organizadora, das entidades públicas e privadas, das empresas, do Rancho Dança na Eira, do Grupo dos Rouxinóis, dos Bombos da Casa do Minho de Newark, do Duo Primavera e de toda a comunidade portuguesa emigrada nos EUA”. A direção da associação sublinha ainda este “gesto nobre, solidário e humanitário que vai per-mitir apetrechar o corpo de bombeiros com equi-pamentos indispensáveis a uma melhor presta-

ção do socorro a toda a população do Vale do Âncora, de Moledo, entre outras freguesias, e também aos utentes da A28 e a todos os que vi-sitam a região na época balnear”.

VILA PRAIA DE ÂNCORA

Receita angariada nos EUAchega à associação

No passado dia 25 de abril, integrado nas ceri-mónias do hastear da bandeira, que os Volun-

tários de São Brás de Alportel cumprem anual-mente junto do edifício dos paços do concelho,

foram oficialmente acolhidos no quartel sete no-vos operacionais, um reforço importante para a associação que conta atualmente com 58 ele-mentos no corpo ativo.

S. BRÁS DE ALPORTEL

Quartel recebe reforços

O corpo de bombeiros de Fa-malicão da Serra, o mais jo-

vem do distrito da Guarda, com-pletou a unidade de comando com a tomada de posse do 2.º comandante e do adjunto de Co-mando.

Homologada pela Autoridade Nacional de Proteção Civil no ano de 2007 o corpo de bombei-ros esteve cinco anos entregue a um comando provisório, situa-ção ultrapassada em abril do ano passado, quando foi empos-sado o comandante Francisco Gonçalves. No passado dia 14 de abril o quadro ficou completo com a integração de Mário San-tos (2.º comandante) e Hugo Rocha (adjunto de Comando. A decisão, conforme foi anunciado pelo responsável operacional, no decorrer da sessão de tomada de posse dos novos elementos, “foi difícil, dada a qualidade e competência dos vários elemen-tos que compõem o quadro ati-vo, e não é isenta de crítica”, mas considerou que foi a esco-lha “mais indicada” para respon-der às exigências do futuro.

Já o recém-empossado Mário Santos, falou da “grande alegria em servir os bombeiros de Fa-malicão da Serra e assim poder homenagear o camarada Sérgio Rocha e os camaradas chilenos, que em 2006 perderam a vida na serra de Famalicão”. Já o ad-junto Hugo Rocha lembrou o es-forço para manter e dinamizar um corpo de bombeiros “ainda jovem” com o qual partilha “de forma muito singular, uma he-rança de sangue” que o “honra e nunca mais desaparecerá”, lem-brando de forma sentida o seu irmão Sérgio Rocha e prometen-do trabalhar para, em conjunto com as populações, poder cum-prir a missão que ali se compro-meteu desempenhar.

A sessão foi testemunhada por cerca de quatro centenas de pessoas, entre as quais o presi-dente e o vice-presidente da Câmara Municipal da Guarda, o 2.º CODIS da Guarda, dirigen-tes dos Voluntários de Famali-cão e representantes das asso-ciações congéneres do distrito e de outros pontos do país. Na ocasião, foram ainda promovi-dos alguns elementos do qua-dro ativo e inauguradas e ben-zidas, pelo pároco Francisco Barbeira, as viaturas adquiridas pela associação.

No final da cerimónia, Antó-

nio Costa, presidente da dire-ção, anunciou publicamente a construção do quartel com con-dições de trabalho e de como-didade para os cerca de 60 operacionais que integram o corpo de bombeiros de Famali-cão da Serra, um projeto arro-jado cuja concretização depen-derá de apoios, nomeadamente da Câmara Municipal da Guar-da e da Autoridade Nacional de Proteção Civil, entidades que podem acautelar “atrasos ou entraves”.

Texto: Daniel RochaFotos: Sara Esteves

FAMALICÃO DA SERRA

Quadro completo

José Paulo Alexandre Cur-velo é o novo adjunto de

comando dos Voluntários de Castelo de Vide.

José Paulo Alexandre Cur-velo ingressou nas fileiras dos bombeiros, ainda com tenra idade, pertenceu à fan-farra, fez toda a sua carreira até ao posto de subchefe, “mostrando sempre um inte-resse e um afeto enorme pela causa”, conforme subli-nha fonte da associação, adiantando que essa entrega granjeou admiração dos seus pares.

Na opinião do comandante Pedro Rabaça, o novo adjunto “para além de ocupar a vaga exis-tente na estrutura, terá a missão de trazer, entre outras coisas, dinamismo inovação tanto a nível operacional como de organização”.

O responsável operacio-nal salienta ainda a impor-tância desta escolha consi-derando-a como uma mais--valia para a estrutura de comandos do distrito de Portalegre, uma vez que José Paulo Alexandre Curve-lo tem o “conhecimento téc-nico e a vontade de resolver os desafios que surjam nos diferentes teatros de opera-ções”.

Marcaram presença na ce-rimónia de tomada de posse, para além dos órgãos sociais

da associação, do comando e ainda do corpo ati-vo e quadro de Honra, o vice-presidente da Câ-mara Municipal de Castelo de Vida, presidentes de junta de freguesia do concelho, o comandante e o 2.º. comandante distritais da ANPC e ainda da família do elemento promovido.

CASTELO DE VIDE

Subchefe assume funções de adjunto

Jorge Paulo dos Santos Cardo-so já tomou posse como 2.º

comandante dos Voluntários de Cacilhas. Assistiram à cerimó-nia que decorreu no quartel sede, no passado dia 23 de abril, representantes do Serviço Municipal de Proteção Civil de Almada e comandos e dirigen-tes dos corpos de bombeiros de Almada e Trafaria.

CACILHAS

2.º Comandante toma posse

27MAIO 2013

A Juvebombeiro de Celorico de Basto promoveu, no Largo da Feira de Fermil, a iniciativa “Quar-

tel Aberto”, que visou aproximar a associação das populações que serve.

Para o sucesso da iniciativa além dos elementos da juve foram convidados outros bombeiros a co-laborar nesta atividade.

De acordo com o comandante António Marinho Gomes, estas ações são importantes pois permi-tem “consciencializar a população para as diferen-tes áreas de intervenção dos bombeiros”.

“Desta forma a população fica com a noção dos procedimentos a ter em diferentes situações, sem-pre com a intenção primeira de salvaguardar pes-soas e bens”, salientou.

Os meios do quartel estiveram, assim, disponí-veis sendo que o ponto alto desta ação foi um si-mulacro de um acidente viário com capotamento da viatura com multivítimas.

Durante a iniciativa, sempre que o quartel rece-beu uma chamada de emergência, os meios foram mobilizados a partir do Largo da Feira de Fermil.

CELORICO DE BASTO

Juvebombeiro promove “Quartel Aberto”

No âmbito do projeto “A Cha-ma Viva” dinamizado pelos

Voluntários de Aveiro-Velhos, realizou-se mais uma iniciativa dinamizada pelo professora Sandra Lopes do Agrupamento de Escolas de Aveiro e que en-volveu na “Hora para Sonhar” familiares dos bombeiros e com escuteiros do agrupamento 191 da cidade.

Após a leitura do conto “Todas as cores” o grupo dedicou-se à elaboração de separadores para os livros da biblioteca dos Bom-beiros de Aveiro-Velhos.

AVEIRO

Hora para sonhar

De 1 de março a 19 de abril, os Bombeiros de Seia, no âmbito de uma iniciativa que envol-

veu o agrupamento de escolas, a associação de pais e a Santa Casa da Misericórdia de Seia, reali-zaram-se ações de sensibilização, subordinadas ao tema “Nós e os Riscos” envolvendo jardins de infância, creches e alunos do 1.º até aos 8.º ano de escolaridade, num total de 917 crianças e jo-vens e ainda professores, educadoras e auxiliares.

“Este foi um trabalho que nos deu muito prazer. O interesse e o empenho em fazer bem, em espe-cial dos mais jovens, foram os aspetos mais grati-ficantes desta ação” referiu o comandante Virgílio Borges.

“Falamos dos cuidados a ter na época que se avizinha, da necessidade de limpar os terrenos, deixando uma faixa de segurança de 100 metros, e ainda das proibições de fumar e fazer fogueiras nas matas no verão. Treinámos Suporte Básico de Vida e como pedir ajuda utilizando o número 112” explicou o responsável operacional dos Voluntá-rios de Seia.

A ultima sessão deste projeto teve lugar na Es-cola Abranches Ferrão e contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Seia, que na qualidade de responsável pela Proteção Civil Municipal, se congratulou pela iniciativa e apelou a que se multiplique pelo concelho.

SEIA

“Nós e os riscos”

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da

Amadoraperdeu no passado dia 13 de

abril mais um dos seus mem-bros. Tratou-se do bombeiro de 1.ª do Q.H. Orlando Oliveira Mendes. Era mais conhecido entre os seus companheiros por “Sardinha” e faleceu após mui-tos anos de atividade como

bombeiro, sempre considerado e estimado por todos os restan-tes elementos do corpo de bombeiros onde ingressou em 20 de janeiro de 1957. .

O corpo de Orlando Mendes esteve em câmara ardente na Capela da Falagueira e o funeral realizou-se no dia 15 de abril para o cemitério de Rio de Mou-ro onde foi cremado.

AMADORA

Bombeiros de luto

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de

Alfândega da Fé, Bragança, fi-cou mais pobre com o faleci-mento, no passado dia 9 de Abril, do adjunto de comando do Quadro de Honra (QH), Joaquim Fernando Rocha, aos 84 anos, vítima de doença prolongada.

Joaquim Rocha ingressou no corpo de bombeiros em 1949, tendo sido distinguido pela Liga de Bombeiros Portugueses com o crachá de ouro durante o

XXXVII Congresso Nacional dos Bombeiros Portugueses, realiza-do entre 27 e 31 de Outubro de 1999 em Torres Vedras, pela de-dicação e empenho com que abraçou a causa dos bombeiros portugueses.

A Direção, o Comando e res-tante Corpo Ativo querem aqui prestar uma justa homenagem ao Adjunto de Comando Joa-quim Fernando Rocha, um bom-beiro que sempre dignificou o lema “Vida por Vida”.

ALFANDEGA DA FÉ

Associação mais pobre

Os Bombeiros Voluntários de S. Pedro de Sintra acabam

de perder um dos seus mem-bros mais emblemáticos, o sub-chefe Rogério de Jesus Mar-ques, recentemente falecido, após 53 anos de vida, durante boa parte dos quais se dedicou aos bombeiros.

A propósito, o comandante dos Voluntários de S. Pedro de Sintra, Pedro Ernesto Nunes, “louvou a título póstumo, o sub-chefe do Quadro de Reserva, Rogério de Jesus Marques, pela sua conduta exemplar durante os 38 anos e 5 meses que serviu os Bombeiros de Portugal, 10 anos e 11 meses ao serviço dos Bombeiros Voluntários de Sintra e 27 anos e 5 meses ao serviço dos Bombeiros de São Pedro de Sintra.

Rogério de Jesus Marques, alistou-se nos Bombeiros Volun-tários de Sintra em 1974 como cadete. Em 1980 foi promovido a bombeiro de 3ª e em 1984 foi promovido a bombeiro de 2ª.

Em Novembro de 1985 o subchefe Rogério Marques pe-diu a transferência para os Bombeiros Voluntários de São

Pedro de Sintra, onde ingressa como bombeiro de 2.ª, sendo promovido a 1ª em 86 e ao pos-to de subchefe em 87.

Em 1989 Rogério Marques foi designado pelo comandante para organizar e orientar a fan-farra dos Bombeiros Voluntários de São Pedro de Sintra, tendo sido um dos principais impulsio-nadores para a sua concretiza-ção.

Em 31 de janeiro de 2012 de-vido á sua doença, pediu a pas-sagem ao Quadro de Reserva, onde se manteve até ao seu fa-lecimento.

No seu vasto curriculum é possuidor de 7 louvores conce-didos pelo Comando, pelos bons serviços prestados á cau-sa dos Bombeiros.

Ainda no seu curriculum constam também diversas con-decorações, da Câmara Munici-pal de Sintra de 10, 20 e 30 anos, da Liga dos Bombeiros Portugueses as medalhas de 15, 20 e 25 anos da Associação Humanitária de Bombeiros Vo-luntários de São Pedro de Sin-tra, as medalhas de 5, 10, 15 e 20 anos de bons serviços. É também possuidor da medalha comemorativa do centenário desta Associação e destaco a medalha grau prata de serviços distintos da Associação Huma-nitária de Bombeiros Voluntá-rios de São Pedro de Sintra, atribuída em Junho de 2012 nas comemorações dos 106 anos da Associação.

Segundo o comandante Pe-dro Ernesto, “Rogério de Jesus Marques, era um Homem de grandes valores na nobre causa que abraçou e á qual sempre se dedicou de alma e coração. Para ele esta era a sua segunda casa. É uma referência para to-dos os que com ele privaram, deixando em todos nós uma grande tristeza e uma grande saudade”.

S. PEDRO DE SINTRA

Faleceu o subchefe Rogério Marques

Faleceu, no dia 1 de abril, aos 76 anos de idade, Jorge Sequeira Ri-

beiro, comandante do Quadro de Hon-ra dos Voluntários de Proença-a-Nova.

Foi comandante dos bombeiros des-ta vila do distrito de Castelo Branco, onde nasceu, durante 46 anos, tendo ainda desempenhado várias missões ao serviço da instituição, quer a nível distrital, quer nacional, tendo em 2001 ingressado ao Quadro de Honra.

Em 2006, por ocasião da comemo-ração do 60.º aniversário da Associa-ção Humanitária dos Bombeiros Volun-tários de Proença-a-Nova, a Liga dos Bombeiros Portugueses, por proposta da associação, concedeu a Jorge Se-queira Ribeiro o Crachá de Ouro.

Em comunicado a associação la-menta a perda e endereça “um sentido e profundo voto de pesar à esposa, filhos e demais familiares do Comandante”.

PROENÇA-A-NOVA

Quartel perde QH

28 MAIO 2013

Os Bombeiros Voluntários de Almada apresentam-se,

pelo segundo ano, com uma equipa de cadetes no Concurso Nacionais de Manobras que se realizam em Fátima, já nos pró-ximos dias 25 e 26 de maio.

Refira-se que esta participa-ção integra as comemorações do centenário desta instituição do Distrito de Setúbal.

ALMADA

Equipa pronta para manobras

Com o intuito de sensibilizar os barreirenses mais jovens para a importância do volun-

tariado nos bombeiros, o Corpo de Salvação Pública reativou a escola de cadetes e infan-tes, dinamizando, em paralelo o “ambicioso projeto JUVE1510”.

Neste âmbito, os bombeiros barreirenses preparam-se para desenvolver com os mais novos, atividades que permitam envolver os mais novos na atividade do quartel e no dia a dia dos operacionais, tudo em prol do associa-

tivismo e do voluntariado nos bombeiros de Portugal, conforme adianta fonte da institui-ção.

Entretanto, estão abertas as inscrições para a escola de cadetes e Infantes a crianças e jovens dos 6 aos 17 anos, podendo a ficha de inscrição ser levantada no quartel sede dos Bombeiros Voluntários do Barreiro - Corpo de Salvação Pública na Avenida Escola dos Fuzi-leiros Navais 2D, onde também serão disponi-bilizadas mais informações.

BARREIRO

Corpo de Salvação Pública mobiliza jovens para o voluntariado

O dia 1 de maio foi a data es-colhida para um passeio de

bicicleta, na quase concluída ecopista de Celorico de Basto, numa iniciativa dos Bombeiros Celoricenses

A iniciativa contou com a pre-sença de cerca de 30 bombeiros que aproveitaram a ocasião para o convívio e simultaneamente para a prática desportiva.

Segundo o comandante dos Celoricenses, António Marinho Gomes, este género de iniciati-vas é importante para incremen-tar o “espírito” de bombeiro e, simultaneamente manter a con-dição física dos operacionais.

A atividade que teve início no

quartel dos Voluntários Celori-censes e desafiou os participan-te a pedalar 34 quilómetros, contemplou uma visita ao Nú-cleo Ferroviário do Arco de Baú-

lhe, um animado almoço segui-do de uma tarde dedicada à prá-tica de várias atividades. O re-gresso ao quartel deu-se por volta das 17h.

CELORICO DE BASTO

Convívio e atividade física

BARREIRO

Sul e Sueste em peregrinação

Os Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste – Barreiro, promoveram mais

uma peregrinação a Fátima, que este ano contou com 60 participantes.

O momento da partida, registado no quartel dos bombeiros, foi marcado pela emoção e por uma fé inabalável, na certe-

za de que o espírito de entreajuda bem ca-racterístico da família dos bombeiros de Portugal tornaria o caminho menos peno-so.

Entre outros locais, estes peregrinos pernoitaram nos quartéis dos Bombeiros Voluntários de Pernes e de Minde.

A convite do Corpo de Bombeiros de Sever do Vouga, os Voluntários de Aveiro - Velhos parti-

ciparam num jogo de futebol com fins solidários, que visou a recolha de alimentos para as institui-ções que apoiam os mais carenciados, nomeada-mente a Fundação Mão Amiga.

As entradas para assistir ao jogo foram pagas

em bens de primeira necessidade, o que permitiu angariar dezenas de produtos para muitas famílias do concelho de Sever do Vouga.

O resultado foi o menos importante de um jogo marcado pelo espírito solidário, fair play e a cama-radagem entre os dois corpos de bombeiros que saiu, certamente, reforçada após esta atividade.

SOLIDARIEDADE

Jogo garante recolha de alimentos

Os Bombeiros de Sines parti-ciparam recentemente

numa recolha de sangue uma iniciativa do Infantário Pintai-nho organizada e desenvolvida pelo serviço de imuno-hemote-rapia, da Unidade Local de Saú-de do Litoral Alentejo

Disseram sim a este desafio solidário, entre outros elemen-tos do corpo ativo, o coman-dante em regime de substitui-ção, Vítor Pereira, e os bombei-ros António Mestre e Leonor Silva.

SINES

Bombeiros dão sangueO núcleo da Juvebombeiro de Mondim de Basto promoveu, recentemente, um passeio todo-o-

-terreno, iniciativa reuniu cerca de uma centena de pessoas e 46 viaturas.

No balanço desta organização, Rui Dinis, coorde-nador distrital da JuveBombeiro de Vila Real, salienta a satisfação dos participantes que nesta prova tive-ram como cenários Fisgas do Ermelo, o Parque do Alvão e Monte Farinha entre outras belezas paisagís-ticas da região.

Rui Dinis agradece ainda à equipa contribuiu para o sucesso da iniciativa, nomeadamente aos elemen-tos da juvebombeiro, ao comandante e ao presidente da direção dos Bombeiros de Mondim de Basto, e ain-da ao Grupo Chapa Velha e ao fotógrafo Hélder Basto.

Refira-se que, a convite de Rui Dinis, esta prova foi apadrinhado por Roger Puyal, o vencedor da 1.ª edi-ção de Trial 4x4 2013 em Valongo.

“Sabemos que os tempos são de crise mas são ati-vidades como estas que realçam a que de bom o nos-so País tem para oferecer” sublinha o coordenador da juve, comprometendo-se a avançar com a realização de um outro passeio “no final deste ano ou no início do próximo”.

MONDIM DE BASTO

Juve promove passeio todo-o-terreno

29MAIO 2013

O piquete dos Bombeiros de Sines contou, re-centemente, com o reforço de 10 elementos

da escola de infantes e cadetes. A manhã dos pequenos bombeiros começou

por volta das 8 horas, com a participação na ceri-mónia do hastear da bandeira. Durante o dia, o grupo colaborou nas operações de manutenção de equipamentos e veículos e realizou algumas outras tarefas no quartel sede e na nova Unidade de Socorro. O piquete teve ainda a oportunidade de se deslocar ao quartel da segurança da Admi-nistração do Porto de Sines.

Os formandos, envergando equipamento de proteção individual, realizaram vários exercícios na casa escola, num dia em cheio que terminou por volta das 20 horas com tradicional o arrear das bandeiras ao pôr-do-sol.

Refira-se que infantes e cadetes estão impedi-

dos de prestar serviços de socorro, podendo ape-nas participar nas atividades programadas no contexto da sua formação. Futuramente, segun-do fonte do comando, outros elementos vão inte-grar estes piquetes, em pequenos grupos, possi-bilitando a melhor integração destes bombeiros de palmo e meio.

SINES

“Bombeiritos” de piquete operacional

Os Bombeiros Voluntários de Sines realizaram no passa-

do dia 11 de maio, uma visita de estudo à Segurex e à Fraga-ta D. Fernando II e Glória. A co-mitiva de 60 elementos inte-grou meia centena de crianças e jovens da escola de infantes e cadetes.

De manhã esta representa-ção dos Voluntários de Sines vi-sitou a Feira de Segurança – Segurex, na FIL, no Parque das Nações em Lisboa. Após o al-moço, em Cacilhas o grupo es-teve na a Fragata D. Fernando II e Glória.

Refira-se que a escola de in-fantes e cadetes teve início em fevereiro último contando com cerca de 50 formando que constituem uma garantia de fu-turo para este corpo de bom-beiros, que muito aposta na ju-ventude.

SINES

Cadetes e infantes em visita de estudo

A academia de bombeiros dos Voluntários de Brasfemes e a escola de infantes e Cadetes

da Pampilhosa da Serra reuniram num intercâm-bio que permitiu o convívio mas também novas aprendizagens.

Neste âmbito, cerca de 60 crianças e jovens visitaram uma exposição de veículos e puderam ainda praticar técnicas de grande ângulo e de uti-lização de ferramentas manuais no âmbito do

combate aos incêndios florestais, numa “aula” promovida pelo Grupo de Intervenção Proteção e Socorro da GNR.

A iniciativa contemplou ainda um simulacro de incêndio urbano com resgate de uma vítima, de-senvolvido pelos formadores destas escolas. No final, os comandantes Marco Alegre e Acácio Mon-teiro entregaram lembranças aos participantes.

Sérgio Santos

PAMPILHOSA DA SERRA

Jovens em formação

No passado dia 25 de abril os Bombeiros da Pampilhosa exibiram orgulho na apresenta-

ção oficial da sua primeira escola de infantes que acolhe crianças dos 7 aos 14 anos.

Na mesma ocasião, a instituição deu a conhe-cer ao município a nova escola de estagiários.

Em dia de festa, e a convite do presidente da junta de freguesia da Pampilhosa, os bombeiros estiveram representados numa feira da vila, onde efetuaram vários rastreios gratuitos à po-pulação.

PAMPILHOSA

Bombeiros apresentam escolas

Os Bombeiros Voluntários de Linda-a-Pastora asseguraram este ano, mais uma vez, o apoio diário à realização do Portugal

Open, prova internacional de ténis realizada no complexo do Jamor que reúne há vários anos muitos milhares de espetadores, jogado-res e pessoal de apoio.

As provas decorreram entre 27 de abril e 5 de maio últimos e os bombeiros estiveram presentes, em permanência, com uma ambu-lância de socorro e uma equipa de primeira intervenção num total de 4 elementos.

LINDA-A-PASTORA

Operacionais no Portugal Open

30 MAIO 2013

ANIVERSÁRIOS1 de junhoBombeiros Voluntários de Paredes . . . . . . . . . .129Bombeiros Voluntários da Moita . . . . . . . . . . . . .80Bombeiros Voluntários de Lagares da Beira . . . . .67Bombeiros Voluntários de Penalva do Castelo . . .642 de junhoBombeiros Voluntários de Pinhão . . . . . . . . . . . .373 de junhoBombeiros Voluntários de Sousel . . . . . . . . . . . .34Bombeiros Voluntários de São Vicente e Porto Moniz. . . . . . . . . . . . . . .194 de junhoBombeiros Voluntários de Miranda do Douro . . . .535 de junhoBombeiros Voluntários do Soito . . . . . . . . . . . . .326 de junhoBombeiros Voluntários de São Pedro de Sintra . . . . . . . . . . . . . . . . . .107Bombeiros Voluntários de Almeirim . . . . . . . . . .637 de junhoBombeiros Voluntários de Chaves. . . . . . . . . . . .778 de junhoBombeiros Voluntários de Pataias. . . . . . . . . . . .3510 de junhoBombeiros Voluntários da Arruda dos Vinhos. . .124Bombeiros Voluntários da Pontinha . . . . . . . . . .3412 de junhoBombeiros Privativos das OGMA. . . . . . . . . . . . .1713 de junhoBombeiros Voluntários de São Martinho do Porto . . . . . . . . . . . . . . . .106Bombeiros Voluntários da Lousada . . . . . . . . . . .8314 de junhoBombeiros Voluntários de Minde . . . . . . . . . . . .4015 de junhoBombeiros Voluntários de Arrifana . . . . . . . . . . .86

16 de junhoBombeiros Voluntários de Entre-os-Rios . . . . . . .90Bombeiros Voluntários de Peniche . . . . . . . . . . .8420 de junhoBombeiros Privativos Robinson . . . . . . . . . . . .110Bombeiros Voluntários de Ermesinde . . . . . . . . .9221 de junhoBombeiros Voluntários da Covilhã . . . . . . . . . .138Bombeiros Voluntários da Amora . . . . . . . . . . . .1422 de junhoBombeiros Voluntários de Colares . . . . . . . . . .121Bombeiros Voluntários do Barreiro . . . . . . . . . . .8124 de junhoBombeiros Voluntários de Sintra . . . . . . . . . . .123Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis . .107Bombeiros Voluntários de Nelas . . . . . . . . . . . . .93Bombeiros Voluntários de Barcelinhos. . . . . . . . .92Bombeiros Voluntários de Viana do Alentejo . . . .3125 de junhoBombeiros Voluntários da Trafaria . . . . . . . . . . .82Bombeiros Voluntários de Terras do Bouro . . . . .28Bombeiros Voluntários de Fátima . . . . . . . . . . . .1026 de junhoBombeiros Voluntários de Loures . . . . . . . . . . .126Bombeiros Municipais de Loulé . . . . . . . . . . . . .8627 de junhoBombeiros Voluntários de Valença . . . . . . . . . . .94Bombeiros Voluntários de Vila Viçosa . . . . . . . . .7628 de junhoBombeiros Voluntários de São Pedro da Cova . . .3529 de junhoBombeiros Voluntários de Odivelas. . . . . . . . . .116Bombeiros Voluntários Famalicenses . . . . . . . . .86Bombeiros Voluntários de Paços de Ferreira. . . . .82Bombeiros Voluntários de Paços de Sousa. . . . . .75Bombeiros Voluntários de Vila Velha de Rodão. . .64

Fonte: Base de Dados LBP

Passou-se precisamente um mês sobre a catástrofe no

Porto Judeu. Muita informação foi veiculada através dos órgãos de comunicação social sobre o assunto. No entanto, a verda-deira informação só pode ser transmitida por quem viveu por dentro tal tragédia.

Os acontecimentos ocorridos antes e durante a tragédia, se-rão transmitidos na primeira pessoa, fruto de quem viveu toda a envolvência da mesma.

No dia 13 de Março do cor-rente ano, cerca das 23.30h, houve uma chamada para este Corpo de Bombeiros da linha de atendimento 112, a solicitar a intervenção do mesmo. Situa-ção: inundação numa habitação no Porto Judeu de Cima. Como não havia informação detalhada sobre a mesma, optei por diri-gir-me na viatura Auto Coman-do, à casa sinistrada para ava-liar a situação com a finalidade de optar por uma estratégica técnica que fizesse drenar a água da habitação.

A freguesia do Porto Judeu, situa-se a 8,5 km de Angra do Heroísmo. Entre estes dois pon-tos, encontramos as freguesias da Ribeirinha e da Feteira.

Dirigi-me então com a celeri-dade habitual para a referida habitação. Ao chegar, à entrada do Porto Judeu de Cima, depa-rei-me com um quadro de chu-vas torrenciais que mais pare-ciam um dilúvio. Então, optei por comunicar à Central de Co-municações que a situação era grave e solicitei o envio de to-dos os meios para o local.

Quando cheguei ao local re-ferenciado, o quadro era catas-trófico. Habitações inundadas, estradas submersas e degrada-das. A causa era visível. A ribei-ra que passa no centro da fre-guesia, não tinha capacidade para drenar o volume de água da chuva. O caudal da água era imenso, de tal forma que se for-mou uma segunda ribeira, numa estrada paralela à mes-ma. Sabíamos que todo aquele volume de água iria confluir no

Porto Judeu de Baixo, dado que o nível da zona é muito mais baixo do que o Porto Judeu de Cima.

Foi num ápice que observa-mos as forças da natureza no

Catástrofe no Porto Judeu

em maio de 1993

seu percurso natural, levarem à sua frente casas, pedras e terra. Assistíamos impotentes à situação, como quem não consegue controlar a mesma.

Sabíamos que a todo o mo-mento iríamos ser chamados a intervir. A demora não se fez esperar. O alerta soou. As pes-soas queriam salvar as suas vi-das e dos seus familiares. As pessoas queriam salvar os seus pertences.

Como é apanágio nos Corpos de Bombeiros, primeiro salvar as vidas e depois se possível os pertences.

Chovia torrencialmente mas também havia em simultâneo uma chuva de informações e de solicitações. Pessoas acama-

das, pessoas isoladas, pessoas em perigo de vida. Habitações degradadas, habitações em pe-rigo de desmoronamento colo-cando em perigo vida humanas e outras habitações.

Não havia mãos a medir. O volume de trabalho era imenso. As equipas de socorro aten-diam todas as solicitações, es-tabeleciam prioridades. Era prioritário, retirar rapidamente das casas as pessoas depen-dentes acamadas. Era prioritá-rio, retirar as pessoas isoladas das habitações. Era prioritário, ter atenção especial com as crianças e idosos.

Felizmente e em tempo útil, tudo isto foi executado. Os idosos dependentes acama-dos, as pessoas isoladas, as crianças foram socorridas de imediato e realojadas em ca-sas de familiares e amigos. A onda de solidariedade nestas situações é enorme. As pes-soas esquecem o seu bem-es-tar para colaborarem no bem--estar dos outros. É lindo de se

ver. Tomara que sempre fosse assim.

Pessoas atendidas. Faltavam os pertences. Salvou-se e reti-rou-se das habitações o que foi possível.

Foi um trabalho árduo e por vezes violento. Recordo apenas um episódio. Houve o desaba-mento de uma habitação. Tive-mos uma equipa de bombeiros isolada. Foram retirados pelos colegas com ajuda de espias.

O nosso dever foi cumprido. A nossa missão terminou.

Regista-se e não é mais do que um registo, os agradeci-mentos do Senhor Presidente do Governo Regional dos Açores, do Senhor Secretário Regional dos Açores, do Senhor Presiden-te do Serviço Regional de Prote-ção Civil e Bombeiros dos Aço-res.

Regista-se para ser registado, o agradecimento da população.

Luís PicançoComandante do Corpo

dos Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo

31MAIO 2013

“… é que eu gostava muito de ser bombeiro”Professor Eurico A. Patrício

Ao som da sirene, na sua expressão infantil, mas já denotadora de personalidade forte, costu-mo notar-lhe uma mudança brusca, como que se todo o seu íntimo fosse abalado por frenesim que lhe transmite vida, ânimo, movimento.

A atenção desvia-se-lhe e o seu olhar fita-se para além da janela, abstracto, longínquo, como se aquele som, que nos fere os ouvidos, o chocas-se irresistivelmente, o obrigasse a fugir da sua carteira de escola e o atraísse, qual poderoso íman, para o som estridente que se prolonga para além do rio, galga montes e leva a má nova ares além.

Fica inquieto, longe de mim e dos companhei-ros tão próximos. Noto, porém, que no palmito de cara não há manifesto de medo. Não lhe vislum-bro no olhar o estigma do receio, antes lhe brilha na expressão algo corajoso que me diz existir no íntimo daquele meu aluno uma necessidade de ir algures, ajudar, salvar, acudir a quem precisa.

Que sei eu? Nestes momentos tenho a convic-ção, e que prazer indefinível sinto nisso, que aquele rapaz nervoso, irrequieto, mas bom, há-de um dia ser um homem.

Não o será apenas no corpo, que este é mera e fugaz passagem cá por baixo. Há-de sê-lo em es-pírito, sentimentos, coragem e humanismo, al-truísmo.

Há-de renunciar muitas vezes ao prazer, à co-

modidade e até à segurança pessoal, para correr ágil, apressado, aflito até, à chamada do toque aflitivo que não o convida à alegria nem ao prazer, mas sim, e ele compreende-o bem, ao sacrifício, à abnegação e até, quantas vezes, à dádiva da pró-pria vida.

Frequenta a 3ª classe o miúdo. Não é um aluno brilhante, excepcional, mas não é todavia um mau aluno.

É regular, um pouco acima da mediania. As suas qualidades impõem-no aos condiscípulos que o admiram e respeitam. É pontual, metódico, or-denado e está sempre pronto a resolver qualquer dificuldade ao seu alcance e que um colega menos dotado lhe apresente para solução. É altruísta.

Não se envaidece com a superioridade manifes-ta em relação a uns, nem se amofina que outros mais dotados o excedam. É modesto.

Sente-se bem nas suas possibilidades, mas procura aperfeiçoar-se e progredir lutando teimo-sa e persistentemente para alcançar os seus ob-jectivos. Gosto muito dos meus alunos. Mas, per-doe-se-me a franqueza por me sentir um pouco mais inclinado para este a que me venho referin-do. As suas qualidades granjearam-lhe do seu professor um lugar de primazia e uma admiração particular.

No quartel dos nossos bombeiros soou há dias, forte como sempre, e a chamar os nossos briosos Soldados da Paz à sua humanitária missão, a atroadora sirene.

Como que pressentindo que algo de anormal se iria passar com o pequeno, observei-o dissimula-damente. A reacção habitual manifestou-se, mas desta vez mais forte, mais excitante e mais inti-mativa.

Eu, que quase adivinhava o que se passava no íntimo do Joaquim, é este o seu nome, para me certificar de que não me enganava, perguntei-lhe se estava doente, se se sentia mal, se queria ir até lá fora. Que não, que estava bem, dizia-me ele. Dizia-o de boca, que a expressão e o corpo traíam-no sem ele o poder evitar.

Os outros miravam-no atentos e pairava no ar uma expectativa que os mantinha presos ao seu companheiro. Propus-me aproveitar o momento, que tão oportuno se deparava, e interroguei nova-mente o Joaquim.

- Que tens rapaz, pareces tão aflito?- Nada sr. Professor, mas…é que eu gostava

muito de ser bombeiro.Que grande lição de amor ao próximo nos deu

nesse dia o pequenito! E eu, cuja missão é guiar crianças para no fu-

turo serem homens na verdadeira acepção da pa-lavra, senti que a escola pode e deve, ao mesmo tempo, indicar-lhes o espinhoso, mas tão nobre caminho que os eleva acima de todos os egoís-mos:

O caminho que conduz às fileiras dos Bombei-ros.

Peso da Régua, 6 de Maio de 1968

José Alfredo AlmeidaNota: Esta deliciosa crónica – e ainda muito

actual no seu tema – a apelar ao sentimento grandioso de humanismo dos bombeiros foi pu-blicada no jornal “Vida por Vida, órgão oficial da A. H. dos Bombeiros da Régua, em 6 de Maio de 1968. O seu autor, um grande professor do ensi-no primário, um talentoso jogador de futebol do Sport Clube da Régua, um homem bom, que foi um grande e anónimo benemérito da nossa insti-tuição, faleceu, com 80 ano de idade, no dia 14 de Abril de 2013. Ao Professor Eurico, como cari-dosamente o tratávamos, esteja onde agora esti-ver, os bombeiros da Régua reconhecem a sua maior gratidão pela ajuda que lhes prestou em toda a sua vida. Que na Eternidade, a sua Alma descanse em Paz.

Um meu aluno

Professor Eurico e esposa

Desde a criação do Serviço Nacional de Saúde nos anos de 80 do século passado, que os

transportes de doentes em Ambulância foram en-tregues prioritariamente aos bombeiros, que já antes praticavam essa tarefa, com eficiência e qualidade.

A partir dessa data, os bombeiros portugue-ses, através das Associação Humanitárias de Bombeiros Voluntários, apetrecharam-se de Am-bulâncias e outros meios de apoio para servirem a população, e igualmente formaram pessoal com cursos de especialidade para socorrerem as pessoas que necessitavam e necessitam da sua preciosa ajuda e apoio.

Sim pois os bombeiros não prestam só a ajuda ocasional que é necessária, como também são um apoio nas horas amargas e são o conforto em zonas onde só os bombeiros chegam e são o om-bro amigo sempre disponível.

Não é só, o transporte de doentes, que os bombeiros fazem. O transporte de doentes é uma das tarefas que lhes está cometida, mas a base da sua essência enquanto bombeiros e enquanto voluntários é o socorro prestado às populações, em caso de incêndio, inundações ou catástrofes de toda a ordem e dimensão.

Por isso, eles (bombeiros) são de facto reco-nhecidos pela população.

Mas voltemos ao transporte de doentes para dizer que os bombeiros se substituíram ao estado para transporte de doentes e se foram apetre-chando de viaturas e qualificando pessoal para prestar esse serviço à comunidade e requerido pelas entidades da saúde integradas ou não no Serviço Nacional de Saúde.

É assim que surge o Dec.-Lei nº 38/92 para disciplinar quem é que pode fazer esse serviço e de que forma o pode e deve fazer. Com base nes-se diploma saíram posteriormente várias porta-rias que normalizavam, por um lado, as viaturas ambulâncias que transportavam doentes, e por outro definiam e definem as regras de qualifica-ção dos tripulantes dessas viaturas, ou seja, o pessoal passou a ter cursos direccionados para a área da saúde, nomeadamente do socorro.

Os comportamentos de riscos passaram a ficar minimizados com estes normativos e a especiali-zação do pessoal.

Acresce salientar que estas obrigatoriedades legais são assim para todos os transportadores de doentes, nomeadamente a Cruz Vermelha Portuguesa, as Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários e outras entidades priva-das onde não se incluem os táxis, por não possuí-rem Alvará, nem viaturas destinadas ao efeito nem pessoal habilitado.

Note-se que entretanto, a Assembleia da Re-pública reconhecendo o papel extremamente im-portante da Cruz Vermelha e dos Bombeiros Por-tugueses, isentou uns e outros do pedido de Al-vará, e já em 2013 reconheceu idêntica valia às IPSS e Autarquias Locais.

O real valor de uns e outros penso que não é, nem pose ser questionável.

Aqui chegados, é necessário dizer que em 2012, por despacho conjunto dos Ministérios da Administração Interna e da Saúde foi criado um Grupo de Trabalho, composto por representantes dos Ministérios da Saúde e da Administração In-terna e da Liga dos Bombeiros Portugueses, para produzirem um novo Regulamento de Transporte de Doentes, onde fosse claramente definido o Normativo Comunitário sobre essas matérias.

Começou-se exactamente por definir princípios e conceitos nomeadamente das viaturas afectas ao transporte de doentes, e quais as entidades que o podiam praticar.

Igualmente se definiram responsabilidades e a quem cabe a fiscalização e licenciamento das via-turas.

Definiram-se igualmente o que é o veículo De-dicado ao Transporte de Doentes, que não sendo ambulância, tem que ter qualidade para o trans-porte da pessoa humana enquanto utente e doentes do Serviço Nacional de Saúde.

O Grupo de Trabalho, criado no âmbito do des-pacho Conjunto, dos Ministérios da Administra-ção Interna e da Saúde, chegou a consenso sobre o documento que aguarda decisão final desses

mesmos Ministérios e ouvida a Liga dos Bombei-ros Portugueses sobre o andamento do processo

1. O referido documento (Regulamento) enfa-tiza, desde logo a questão das responsabilidades que cabem a cada uma das entidades, ou seja, em primeiro lugar ao Ministério da Saúde e de todas as entidades por si tuteladas e em segundo lugar aos agentes transportadores de doentes, ou seja, às Associações Humanitárias de Bombei-ros, à Cruz vermelha Portuguesa e às empresas privadas detentoras de Alvará de Transporte de Doentes.

2. Foi alargado por decisão da Assembleia da Republica a isenção de Alvará às I.P.S.S. e às Au-tarquias Locais.

3. A Liga dos Bombeiros Portugueses através dos seus representantes no Grupo de trabalho, teve desde sempre a maior abertura para anali-sar e discutir com profundidade todo o processo, pelo que se propôs introduzir um novo veículo de transporte de doentes não urgente, que se deno-mina Veiculo Dedicado ao Transporte de Doentes (VDTD) indo de encontro ao normativo comunitá-rio sobre a matéria.

4. Sempre afirmámos em sede de Grupo de Trabalho e fora dele, que os táxis não são nem nunca foram entidades transportadoras de doen-tes, pois não possuem Alvará para o efeito, já que existem uma série de condições no normativo le-gal, que não lhe conferem esse direito; nomea-damente no que atrás fica afirmado.

5. A Lei 38/92, estipula quem pode e deve ter Alvará para o efeito, e nesse normativo legal não coube os táxis

6. Os veículos para transporte de doentes têm que ter várias características, nomeadamente cor, habitáculo, cela sanitária e tripulação, ou seja, 1 condutor do veículo ambulância e 1 ma-queiro para suporte. Só o novo veículo (VDTD) terá um só tripulante.

7. Convém referir que até no preço a situação afirmada pelos taxistas é extremamente incor-recta, pois o transporte feito pelos bombeiros é pago ao preço de 0.51€ km e a partir da segunda

hora de espera é paga a quantia de 5.00€/hora, enquanto que os táxis

Recebem 0,47€ o km até às 21.00 horas e 0,54€ a partir das 21.00 horas e nos bombeiros é sempre paga a 0.51€.

Acresce que os táxis recebem a partir da 2ª hora a quantia de 14,80€/hora, ou seja o triplo do que recebem os bombeiros.

A finalizar:No âmbito do Grupo de Trabalho foram ouvidas

várias entidades, nomeadamente o IMT, a ACSS a ANTRA e a LPA que fizeram propostas no senti-do de melhorar o texto em que foram aceites pela Liga dos Bombeiros Portugueses.

O IMT propôs nomeadamente que “O transpor-te de doentes não urgentes pode ser efectuado por empresas titulares de Alvará de Transporte de Passageiros e que obtenham cumulativamen-te o Alvará de Transporte de Doentes”.

Fica claro que para situações iguais tem de ha-ver igualdade de tratamento na Lei.

Os táxis estão completamente fora do Regula-mento do Transporte de Doentes que estipula que a entidade, tem que possuir Alvará de Transporte de Doentes e os veículos têm de obedecer ao normativo estipulado no regulamento.

Chama-se a atenção da proposta do regula-mento nomeadamente a alínea 2 do art.º 5º onde se clarifica quem é que pode transportar doentes não urgentes, ou seja, são as Ambulân-cias tipo A e C e Veículos Dedicados ao Transpor-te de Doentes (VTDTD).

Acresce salientar que a proposta de regula-mento cria uma série de normas e responsabili-dades às entidades transportadoras, nomeada-mente fardamento do pessoal, responsável e fro-ta, limpeza das viaturas e licenciamento, visto-rias e concomitantemente as penalizações aplicadas pelo INEM por falta delas.

Por tudo o que fica afirmado, não restam quaisquer dúvidas, o transporte de doentes pelos táxis é ilegal.

Rodeia MachadoVice-presidente

da Liga dos Bombeiros Portugueses

O transporte de doentespelos táxis é ilegal

32 MAIO 2013

FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses – Director: Rui Rama da Silva – Redacção: Patrícia Cerdeira, Sofia Ribeiro – Fotografia: Marques Valentim – Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes – Propriedade: Liga dos Bombeiros Portugueses – Contribuinte: n.º 500920680 – Sede, Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 – 1700-151 Lisboa – Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 83 – E-mail: [email protected] e [email protected] – Endereço WEB: http://www.bombeirosdeportugal.pt – Grafismo/Paginação: Elemento Visual – Design e Comunicação, Lda. – Apartado 27, 2685-997 Sacavém – Telef.: 302 049 000 – Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Morelena – 2715-029 Pêro Pinheiro – Depósito Legal N.º 1081/83 – Registo no ICS N.º 108703 – Tiragem: 11000 Exemplares – Periodicidade: Mensal

A Crónicado bombeiro Manel

Quem te manda a ti sapateiro to-car rabecão, como diz aí o

povo. Que eu saiba os bombeiros não vão para a praça de táxis ou de carros de aluguer para apanhar passageiros. Por que razão, então, os táxis andarem a transportar doentes.

Eu até conheço alguns taxistas aqui da zona e até são gente boa mas o que está em causa não é isso. Eu bem sei que o transporte

de doentes lhe deu jeito até porque alguns até só assim conseguiram mudar de carro ou comprar mais para por na praça. Eles dizem que estão a defender o Estado e os doentes e por outro lado dizem que sem os doentes vão à falência. Nós bombeiros provamos o contrário, ou seja, que sai mais barato o transporte dos doentes pelos bom-beiros e ainda por cima com mais qualidade dado que os bombeiros

têm a formação própria para isso. Irem no táxi tem sido um remedeio.

Não percebo por isso a razão dos táxis nalguns sítios ainda andarem a transportar os doentes. Aí para a zona de Lisboa e noutros sítios isso já não acontece.

Os taxistas ao insistirem em trans-portar doentes será que é para con-tinuarem a passá-los aos bombeiros quando vão a meio do caminho e as coisas correm mal? Os doentes des-

compensam e eles não sabem que fazer? Não foi a primeira nem a últi-ma vez que isso aconteceu como to-dos sabemos. Tenho ouvido muitas histórias dessas. Não é por mal que o digo. É que cada um sabe da sua arte e quando se quer meter na do vizinho o mais certo é correr mal e aqui pelos vistos as coisas tem sido assim.

E apagar fogos, será que os táxis também querem fazer? Como diz o

povo, quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão!

[email protected]

Sapateiro a tocar rabecão

LOUVOR/REPREENSÃOÀ Comunidade Intermunici-

pal do Algarve (AMAL) pelo re-forço diário de 15 euros a cada bombeiro que integre o DECIF, de que recebe 45 euros, totali-zando assim 60 euros.

Aos representantes dos ta-xistas pela forma reprovável como tentam denegrir e difa-mar a imagem dos bombeiros com o objectivo de defende-rem os seus interesses a qual-quer preço.

Com o ano letivo a termi-nar, o presidente da dire-ção da Associação Huma-

nitária dos Bombeiros Voluntá-rios de Alfândega da Fé, Dia-mantino Lopes, faz um balanço “muito positivo” do serviço de transporte de alunos, um desa-fio que a instituição assumiu em setembro de 2012, de forma pioneira, mas que já serviu de exemplo a outros corpos de bombeiros do distrito, nomea-damente Vinhais que também já efetua circuitos escolares.

Diamantino Lopes recorda que o processo de candidatura, lançado pela autarquia, obrigou a investimentos vários, tanto na certificação e licenciamento das viaturas, como na formação dos bombeiros, mas garante que esta foi uma aposta ganha.

Refira-se que este serviço era assegurado em regime de ex-

pais em tranquilidade e o muni-cípio que com esta solução “conseguiu poupanças signifi-cativas”.

“Não demoramos mais que 10 ou 15 minutos a fazer o per-curso mais longo”, afiança o presidente da direção, assegu-rando uma melhoria muito sig-nificativa em relação ao que se verificava ao passado.

Por outro lado, comando e di-reção declaram que os alunos se mostraram muito entusias-mados com o facto de serem transportados para a escola pe-los bombeiros por quem “têm uma grande admiração, fruto talvez das muitas ações de pro-ximidade efetuadas pela asso-ciação”, segundo revela o co-mandante.

“Normalmente as empresas colocam os piores autocarros ao serviço do transporte de

ALFÂNDEGA DA FÉ

Transporte de alunos “faz escola”Os Voluntários de Alfândega da Fé asseguram o transporte de alunos para as escolas do concelho, uma missão assumida em

setembro do ano passado com reconhecido sucesso e que já está a “fazer escola” e a ser seguida por outras associações de

bombeiros do distrito de Bragança.

Texto: Sofia Ribeiro

clusividade por uma transporta-dora privada em circuito único, com óbvios incómodos para os alunos obrigados, em muitos casos, a cumprir muitos quiló-metros, “a sair muito cedo de cada e regressavam muito tar-de”, conforme sublinha o co-mandante João Martins.

Na prática, a câmara munici-

pal optou por criar mais circui-tos, cabendo aos bombeiros fa-zer a recolha e a entrega das crianças e jovens nos percursos Saldonha - Alfândega da Fé e Cabreira – Gouveia – Alfânde-ga.

Na ótica do comandante ga-nharam as crianças em horas de descanso e comodidade, os

crianças” denunciam os porta--vozes da associação de Alfân-dega da Fé, assegurando que os “bombeiros garantem con-forto e toda a segurança aos miúdos”, o que na realidade deixa “os pais tranquilos”.

“Sentimo-nos gratificados com a satisfação dos pais e das crianças”, sublinham.

Esta nova missão veio, por

outro lado, garantir alguma es-tabilidade financeira aos Vo-luntários de Alfândega da Fé apanhados, também, na “he-catombe” provocada pelos cor-tes drásticos na receita do transporte de doentes. O acor-do firmado com a autarquia permitiu “equilibrar contas e evitar despedimentos na asso-ciação”.