c, e o q u Í m i c a i.' o i.: m a .'* m c c e 3 ei (.: r. '. i; .) : 1 i, 1 c a...
TRANSCRIPT
i T U ' i ' 0 I ! . I ; k
••: ( ., :; li I r\ !*, C, E O Q U Í M I C A i.' O I.: M A .'* M C c E 3 EI
(.: r. '. i; .) : 1 I, 1 C A 1 'A D i S 1 P 1 R A — B A H I A
W }<[!'. ' 1 i iv> i A! U I ; t.'i. iVWidA
oALVADOK - 197J
TRABALHO APRESENTADO PARA CONCLUSÃO
DO MESTRADO EM GEOCIÊNCIAS
ESTE TRABALHO FAZ PARTE DO PROJETO DE GEOQÜIMICA,
FINANCIADO PELO CNPq. E RNEP
ORIENTADOR ••
Dr IAN McREATH
M-\>eui\jrq'&£. mJ'£Jfí*fr\
UNIVERSIDAOE FEDERAL ÚA BAHIA \. INSTITUTO DE GEOC ENCIAS DEPARTAMENTO DE GEOQÜIMICA
MARIA ALBA FARIAS TANNER DE OLIVEIRA
SALVADOR-1976 i
R E S U M O J
Os mármores e os diopsiditos da Serra das Panelas, Ipirã-Ba.,
foram submetidas a análises: petrográficas, químicas de ele
mentos maiores, traços eJferras_Raras, isotopicas de estrôn-
cio, carbono e oxigênio além de determinações geocronológicas.
As idades determinadas correspondem ao Ciclo Orogenético Trans_
amazônico, quando deu-se as intrusões de pegmatitos alcalinos
sieníticos, estos rcsponróvols pM,i formação dos dopfinitoa de
apatita, migmatização das rochas de composição graniitica, meta-
morfisrco a altura da fácies anfibolítica dos mármores, diopsi-
ditosvbiotita-grafita xistos. Estas rochas ocorrem sob a forma
de lentes alongadas e paralelas ã foliação dos granolitos e gra
noblastitos, concluindo-se que as idades encontradas são do me- %
tamorfismo trans amazônico, sendo fique Ias rochas polimetamõrfi-
caá% cujo metamorfismo inicial atinciu a fácies granulítica,j de 18
idade Arqueana, confirmada pelos '/alorns ncjntrados; para O,
ps quais conferem aos mármores idade absoluta em torno de
JI«500.._m._a.jL; j j
A mineralogia e as relações texturais conferem aos mármores as
pecto lnvulgar, chegando-se a pensar tratar-se de carbonatitps..
13 18 Os dados petroquímicos e a geoquímica de Isótopos de C e 0
i.ndicam que os mármores e os diopsiditos forarn formados» a partir
de carbonatos marinhos antigos; a geoquímica das Terras Raras
sugere que aquelas rochas estão muito mais relacionadas a rochas
alcalinas e carbonatíticas que á qualquer outro tipo de rocha;
já a geoquímica isotópica de Srr tirou a possibilidajde daquelas
rochas serem carbonatitos verdadeiros.
Desta forma propõe-se origem híbrida para essas rochas, onde
grupo lantanõide provém de fonte ígnea e o diõxído de carbon^
por remobilização de rochas catbonãticas antigas.
mmm mm CU..1 "È>! •nr ir í Í B H !
• A\
• * * *
Í N D I C E
pg.
1. INTRODUÇÃO | 1
2. LOCALIZAÇÃO E ACESSO 3
3. TRABALHOS ANTERIORES 4
4 » METODOLOGIA EMPREGADA 6
4.1. Mapeamento e amostragem 6
4.2. Métodos petrográficos 6
4.3. Métodos químicos 7
4.4. Cálculos petroquímicos 8
4.5. Métodos radiornetricôs,
4.6. Cintilometria. \
8
9Í
5. FISIOGRAFIA llj
6. GEOLOGIA REGIONAL '. . j. . . . j . 13Í
6.1. Complexo granulítico |. ... i • 13J
6.2. Complexo migmatítico J. .. ., .14* í
6 . 3 . Ir.trsglvss ,' 14
6 . 4 . Formação Capim Grosso. ; 14
7 .• GEOLOGIA DA fâF.h 1 16
8 . GEOCROMOLOGIA i 18 i
9. PETROGRAFIA E MINERALOGIA 20
9.1. Seqüência Anatexítica j 20
9.1.1. Migmatitos homogêneos , 20 i •
9.1.2. Mignatitos heterogêneos .26 9,2. Seqüência ectinítica
9.2 i l . Diopsídio-hiperatênio-labradorita granou t o . 27
9 .2*2. pi.opsídio-microclina-quartzo grano1>las;tito. .28
Ml!
27
pg
9 . 2 . 3 . Hiperstênio hornblendito 30
9 . 2 . 4 . Rochas s \ l i cos as 3i
9 . 2 . 5 . Rochas s í l i c o - f e r r n g i n c s a s 34
9 .2 .6 . Calcossl l i catadas 35
9 . 2 . 7 . Rochas carbonata cas 38
9 . 2 . 8 . Rocha carbonosa 44
•í. 3. Rochas intruslvas - pegmscito alcalino sienítico 45
"'.4. Depósitos de calcita e apatita «..47
9.4.1. Calcita 47
9.4.2. Apatita , 48
11 PETROQUÍMICA \ . . 51
10.1. Catanormas...- 51
10.2. Diagrama AC? 53
19.3. Yetraedro al-im-c-alk e representação no campo
Igneo. <• 56 i |
!*.. '- OQUÍMICA E PETROGENESE.- , 58
11.1. Geoquimica dos-elementos traços.. [ 58
11.2. Geoquimica isotopica ^o Sr 60 ]3 18
J1.3. Geoquimica isotopica de C e 0 64
11.3.1. Composição isotopica de C s O e o giê*u de
metamoifismo .....67
11.3.2. Isótopos de C e 0 e tempo geológico. 69
11.3.3. IsótODOfi de C e O em carhonatitos..J 71
11.4. Geoquimica das "jrras Raras \ 72
\1. 1ETAH0RFISM0. i 82
12 1. Dlópsiditos..... 83
u , . s t z ;.:..:...« ; l , ; ; :__..____;. L
pg. 13. CONCLUSÕES 87
14. BIBLIOGRAFIA 90
AGRADECIMENTOS 97
ANKVQS;
I - Mapa de Situação
II - Mapa Geológico Regional
III- Mapa Geclogico d* Area
IV - Mapa de Amostragem
V - Descrição Sumária de Rochas e Minerais
VI - Tabela de Análises Químicas I
1. INTRODUÇÃO
Na Serra das Panelas, Município de Ipira, Estado da 3ahia, ocor
rem rochas que fazem parte do complexo migmatítico-granulítico
considerado de idade Precambriana, onde se destacam lentes alon
gadas de rochas carbonáticas e calcossilicatadas, compostas
principalmente de caleita e diopsídio, respectivamente.
As rochas carbonáticas, por apresentarei»1 associação com depósi
tos de apatita e devido a sua própria mineralogia, levaram a
crer, de início, que aquelas rochas eram carbonatitos.
"Estes são rochas eruptivas con mais de 80% de carbonatos, tem
aspecto de calcário cristalino e, na sua composição entram al
guns minerais que não se encontram em rochas sedimentares e
seus correspondentes metamorfisados (BROUSSE, 1968). Englobam-
se nesta classificação tanto rochas dé composição simples como
complexas, desde os tipos monominerãlicos, constituídos quase
inteiramente de calcita ou dolomita, até variedades nas quais
os carbonatos comuns são acompanhados por silicatos, fosfatos,
sulfatos, minerais de oxido de ferro, carbonatos de Terras Ra
ras, sulfetos, fluoretos e óxidos especiais de niõbio
(HEINRICH, 1966). Quimicamente as calcitas de carbpnatitos dife
rem das calcitas sedimentares, metamõrficas e hidrotermais, par
ticularmente no seu alto teor de Ba, Sr e TR (QUON and HEINRICH,
1965, citado o» HEINRICH, op. cit.)."
As rochas carbonáticas em estudo apresentam mineralogia, textu
ra e química dos macro elementos que concordam maiá com mármore
do que qualquer outro tipo de rocha, a despeito do quimismo das
Terras Raras e de alguns elementos traços estarem muito ligados
a carbonatito. i
"Mármores são rochas que consistem predominantemente de calcita
e/ou dolomita recristalizada, não enriquecidas em elementos ra
ros, sendo produtos de metamorfismo isoquímico". i j
As rochas calcossilicatadas, de composição diopsídica, que
ocorrem em complexos Precambrianos associados a flogopita,
apatita e magnetita, apresentam diversidade de nomenclatura e
de origem. Assim, elas são chamadas piroxenito, diopsidito, me
tassomatito etc., sendo formadas a partir de metamorfismo re
gional, ou por ação de soluções pôs-magmaticas sobre rochas
carbonáticas, ou magmaticamente.
As rochas calcossilicatadas da área em estudo, são diopsiditos,
por vezes cortados por falhas onde se encaixam pegmatitos alca-
linos de composição sienítica, em cujas proximidades ocorrem
depósitos de apatita e calcita associadas a flogopita e magnetic .
ta; aquelas rochas foram denominadas rochas piroxênicas por
VEIGA e COUTO (1971).
P*elo exposto, a origem dos mármores e diopsiditos é a finalidade*
principal desta monografia.
2. LOCALIZAÇÃO E ACESSO
A área em estudo localiza-se na porção centro-Iaste do Esta
do da Bahia, na zona fisiográfica de Feira de Santana, estan
do compreendida entre as coordenadas de 11°00' a 13°00' de
latitude sul e 39°00' a 40°00' de longitude oeste, abrangen
do parcialmente os municípios de Riachão do Jacuípe e Ipirá.
A cidade de Ipirá dista de Salvador 184 km por rodovias pavi
mentadas, da seguinte forma: 106 km através da BR-324 e 78 km
através da BA-052, a "Estrada do Feijão".
A Serra das Panelas, onde foi realizado o mapeamento geológico
de-detalhe, está, aproximadamente, a 30 km a norte de Ipirá,
cujo acesso é feito por estrada carroçavel (vide Mapa de Loca
lização - Anexo I). ,
;
3 . TRABALHOS ANTERIORES 4
# w
Os autores estudam doze ocorrências de apatita e concluem,
por um controle litologico,'rochas piroxênicas e pegmatlto
sienítico em todas as ocorrências da área, atribuindo, desta
forma, uma origem sedimentar para as rochas piroxênicas.
4. METODOLOGIA EMPREGADA
4.1. Mapeamento e amostragem
O mapeamento foi feito ã prancheta e alidade, em escala 2
1:2.000, abrangendo uma area aproximada de 1 km , englobando
a Serra das Panelas (vide Mapa Geológico - Anexo III e Mapa
de Amostras - Anexo IV).
Não se fez altimetria na parte sul da área mapeada.
Coletou-se amostras de rochas e minerais em todos os aflora
mentos encontrados, num total de 110.
4.2. Métodos petrogrãficos ^
•Apôs a análise macroscópica, selecionou-se 66 amostras para
estudos cm scçiio delgada. Utilizou-se o microscópio potrogrfi-
fico marca Carl Zeiss, modelo S Standard WL, pol.
Sempre que a micrçscopia estabelecia dúvida na identificação
de algum mineral, este era determinado por difratometria de
raios X.
As modas foram calculadas de acordo com o método CHAYES (1949),
contando-se, em média, três mil c quinhentos pontos por lâmi
na. Com o intuito de utilizar a dolom;Lta como geotermômetro
conforme CAPEDRI et ai (1974) , assim como para a moda, fez-se
teste de coloração de acordo com as técnicas citadas em
• FRIEDMAN (1959). i,
A composição dos plagioclaslos foi determinada pelo mctodo de...,., ,.
ângulo de extinção dos grãos geminados, segundo a lei de albd
ta em secçõeo normais a (010), (MICHEL LEVY, citado cm \
ROGERS et ai, 1942). |
j . i.
4 Ô -
Nas rochas onde os feldspatos aparecem sem geminação fez-se
testes de coloração, seguindo .as técnicas descritas por
CHAYES (1952) para posterior determinação modal.
Os índices de refração das apatitãs (NO e NE) foram obtidos
utilizando-se o método de imersão, sendo o índice de cada
óleo aferido através do refratômetro tipo Abbé", ma^na Bausch
& Lomb, usando-se a luz de sódio a uma temperatura de 25°C.
*As densidades das apatitas foram encontradas usando-se picnô
metro, conforme as normas descritas em KRAUS et ai (1951).
4.3. Métodos químicos
No Laboratório de Geoquímica da Universidade Federal da Bahia,
foram feitas as determinações dos macro e micro elementos das
rochas, pelo método de espectrofotometria de absorção atômica,
em aparelho Perkim-Elmer modelo 403, seguindo as têchicas j
descritas por BERNAS (1968), modificadas em alguns detalhes.
Os elementos traços dos minerais calcita e apatita foran obti
dos por Fluorescência de raios-X, através análises realizadas
no Centro de Pesquisas Geocronologicas da Universidade de São
Paulo; neste mesmo local fez-se as determinações dasj razões 87 86
isotõpicas de Sr/ SriftJ;&iàw, usando-se espectrfietro de massa do tipo Varian-MAT C TH-5, normalizado para Sr/ Sr = 0,1194.
No Laboratório de Fraca Radioatividade da Universidade Federal
da Bahia, realizaram-se as análises isotõpicas de carbono e
oxigênio, num espectrômetro de massa de marca Nucleide (60),:
ccguindo on tâcnlcae doecritao por McCREA, (1950). í ! • ' i ' i !!•
No Departamento de Geologia da,Universidade de Western jf Ontario - Canada, foram analisados os elementos de Terra» Raft ras das" apat i tas , c a l e i t a s e b i o t i t a , pela técnica d|e trqca de íons emjpelícula fina-(FRYE^l, in p r e s s ) , i it i i izarido-se espectrômetro de fluorescência de raios-X, automático, marca
I I
i. i -d
Phillips-PW 1450 AHP, seqüencial.
A precisão das análises é a seguinte; La a Er + 10%, Yb +20%
e Y + 10%, porém, quanto ao Y, é, sistematicamente, 25% mais
baixa. ;
': !'
4.4. Cálculos petroquímicos
A partir das análises de macroelementos, calcularam-se os para
metros de NIGGLI e catanorm—s de acordo com as regras descri
tas em BURI, (1964).
Os valores ACF foram calculados de acordo com as regras -descil
tas em WINKLER, (1967).
As normalizações das análises de elementos de Terras Raras em
relação aos condritos foram feitas de acordo com AHREN&,
' ' ( 1 9 6 6 ) . • ' ; • ' - ,
4.5. Métodos radiométricos
(1 mm), flogopita grossa (8 mm)
radiométricas pelo método] K/Ar,
. u I
: i :
'I.
e a n ft Utilizou-se biotita fina * t:
bõlio para determinações radiométricas pelo método' K/Ar, reali
zadas.na Universidade de Leeds - Inglaterra. 0 K foi determina
do por emissão de chama e o Ar num espectrômetro de massa AEI
MS 10. '
Fez-se, também, determinação no Centro de Pesquisas Gjeocronolo
gicas da Universidade de São Paulo, pelo método Rb/Sri, utili-
.zando-se flogopita e carhonatos. Os teores de Kb e Srj foram
obtidos por fluorescência de raios~X, em aparelhos modelo
Phillips-PW 1540, de açor3o com métodos descritos por
REYNOLDS (1963).
Preparação das micas
Biotita fina: após a amostra ser reduzida a 6,4 mm foi tratada
com ácido ;acético a frio, durante mais ou menos 15> hpjras. ;Em
seguidp, foi la\ada com água destilada; depois de seca, foi no-' fí : ' i ' : I ií
i 5
l
-8
vãmente reduzida, em almofariz de ágata com álcool•, até uma
granulometria limite de 0,64 mm, para evitar maior perda de
argônio durante o processo de redução.
Posteriormente peneirou-se e, a fração mpreendida entre
0,?6 mm a 0,64 mm foi submetida a separação eletromagnética,
num separador de marca Frantz, nas seguintes condições: incli
nações horizontal e lateral de 15 e 20 , respectivamente. Se
parou-se as frações não magnéticas a 1,0 ampêre e magnética a
1,2 ampêre : a mica atingiu índice de pureza maior que 99%.
Flogopita grosseira: foi retirada com-..pinça da amostra de
mão, depois cortada com lâmina "gillet" e tratada, por uma
hora, com ácido acético a frio IN, em seguida levada ao liqüi
dificador com água para reduzir o tamanho, o material fino, em
suspensão, foi desprezado; o restante, depois de seco, foi pe
neirado e, a fração compreendida entre 0,16 mm a 0,64 mm leya-%.
da ao separador Frantz. Daí tomou-se duas alíquotas iguais.
Uma delas foi levada ao moinho de bola "Spex-Mixer-Mill" car-
boreto de tungstênio por 30 minutos, sendo depois analisada
como no esquema geral. A segunda alíquota foi reservada para
análise de K e Ar.
Preparação de anfibóllo
Apôs a desagregação da amostra, separou-se a hornblenda eletro
magneticamente. Em seguida, o concentrado de anfibõlio foi le-
vado a um separador vibratório c, depois, a uma scyunda separa
ção magnética. A pureza do concentrado foi superior a 95%.
4.6. Cintilomctria
Utilizando cintilônetro modele SPP3, doteminou-se o
"back-ground" com a amostra afastada, bem como outros objetos
que pudessem vir acusar medidas imprecisas, tais como: amos
tras com flogopita, pois a leitura seria devido 3 atividade 'do'""""
K.
.,9-
í
Fez-se van "scan" vagaroso, distante um a dois centímetros da
superfície da amostra. Atividade máxima foi localizada em zo
nas ao redor das apatitas. Nas amostras de caleita pura, re
duzida a pó, que ocorrem nas vizinhanças da apatita, o cinti.
lômetro nada acusou.
5. FISIOGRAFIA
Situada numa zona de transição entre a planície do embasamen
to cristalino e pedimonte da Chapada Diamantina, a área apre
senta extensas planícies e planaltos pouco elevados. Sobre as
planícies observam-se "inselbergs" que se encontram mais ou
menos orientados com a estrutura regional.
A ãrea apresenta uma variação de altitude entre 200 e 500 m
e, de acordo com KING (1965), é identificada como superfície
de amplainamento que corresponde ao ciclo "Velhas", Pig.* 1.
w
IPIRA
+ + Ciclo Velhos 4 \ +
t" FEIRA OE SANTANA
FIC- 1 >
Gr ótico compilado de (King-1956)
" 'i 1 1 S i 1
i
»•
i
1 « • ;
i ' : '
Qs r ios principais da ãrea são: r io Jacuípe e r i o S n.<o, que estão mais ou menos a 40 km de Ipirã , são pais afluentes do r io Paraguaçu, que compõe a bacia nome;'jâ os r ios Utiriga e São!José são afluentes do Antonio,
Na ãrea predomina um solo arenoso ácido sobre as rochas de composição granít ica e argi loso sobre as rochas cal c o s s i l i c a tadas, | 'ricas em piroxênio. ! •' ,
'• i : li: M - I ' ^ O clima da área é do""t"ipò Bsí ide Kopperi, conforme Ê \NTO$
e r í s t i c a s : o regime pluvijpmitri r
i •• • . . . . . . »
an to Antô cs pr inc i -de.mesmo r io Santo
I
I
co anual oscila nm torno do 600 mm, as chuvas ocorrem de no
vembro a abril, a temperatura varia de 13 a 36°C, tendo média
compensada de 28 C, sendo, portanto, um clima semi-árido.
A vegetação é controlada por parâmetros morfo e pedolóçico,
vez que a área está sob _afluência do mesmo clima.
Ipirá está inclusa na região ecológica da caatinga, onde os
representantes principais da vegegaçao são catingueira, jurema,
-ouricuri, macambira e angico. Sobre os solos das rochas carbo-
náticas aparecem as cactãceas xiquexique e mandacaru.
.19.
fi. v"! iLOGIA REGIONAL
A -jfiologia regional e^ui c'escrita ê um resumo da compilação
co.~ trabalhos realizados pelos seguintes autores: SEIXAS
9t ai, vl976), MASCARENHAS et ai, (1975), PEDREIRA et ai,
Í1S75J, DULTRA et ai, (1975), NUNES et ai, (1975), (vide Ma
pa Geológico Regional - Anexo III). ! I ^ i:
Regionalmente as. rochas fazem parte do embasamento Pre-Espi-
nhaçu, de idade Precairbriana, cujo grau de metamorfismo est'.
compreendido desde a fácies almandina anfibolito até a fãcies
granulitica da série barroviana.
6.1. Complexo Granulltico
ten Compreende a unidade p£gl, que e a predominante na área,' es ten
dendo-se numa larga faixa de direção NS, ocupando aí porção les_
te da área. Esta unidade (p£gl) é formada por piroxênio jfgrânu • • * ' -•: r MI
lito", chamoquitos e enderbitos com intercalaçoes ae r **
calcossilícataclas - em forma de lentes na direção Nff - dj
posição principalmente diopsídica, as quais estãp lLgad a Serra das
Altas nas
tamente â mineralização de apàtita ocorrendo desde
Panelas, ao norte de Ipirã, até o povoado de Pedras
proximidades da estrada Pedras Altas-Alecrim.
Ainda nesta unidade ocorrem as intrusivas: biotita jgranito
(pfjbgr) , hornblenda granito (pShgr) e hornblenda biotita grani-
to (pfcbhgr).
A borda oeste está em contato com os diatexltos a biotita
(dtxb) é a piroxênio (dtxp); no contato leste ocorrem cnarn<
quitos> piroxênio "granulitos?, biotita gnaissíis, (p|í
hornbléndá-piroxênio "granúlito" comtextura aüg^mí
• ! " , . • • ! •
i|! . ':
i i
:! \«M
m
> ' • $ ,
-h- -
ech)
(pCadr)
i! !i
4Í
6.2. Complexo Migmatlnico
E constituído de diatexitos e metatexitos. Os diatexitos
(pEdtx) ocorrem com direção NS estando concentrados na parte
sudoeste da área estudada. São rochas ã hornblenda e ã bioti
ta com níveis de anfibolitos (af); aí se encontra grande nú
mero de falhas em várias direções, sendo predominante a dire_
ção N30°W.
Na parte norte da área 05 diatexitos passam n mctatcxito3
(p£mtx), a hornblenda e/ou biotita gnaisses também com níveis
do anfibolitos (af) o cnlconsi]icatadas (cn) além du interca-
lações de gnaisses quartzo-feldsnaticos (p£gf). !
6.3. Intrusivas
As intrusivas, que ocorren no coirplexo migratítico, são rochaS
ultrabãsicas em forma de lentes, controladas pelo sistema de
falhas de direção N30°W a N45°W.
Os complexos granulítico e nigrr.atítico foram considerados como
grupo Caraíba de idade Precarabriana Média a Inferior, por
MASCARENHAS et ai, (1973); NUNES et ai, (1975) consideram io
Complexo Caraíba de idade Precambriana Inferior As idades
serão discutidas no capítulo 8 deste trabalho. j
6.4. Formação Capim Grosso í
A Formação Capim Grosso (TQcg) recobre o complexo metamorfico,
principalmente nas extremidades da área a N-NW e a SVJ. Esta
Formação c const i tu ída por ura conglomerado banal sobre o qual
jazem areias quartzosas mal selecionadas. Sua idade é conside
rada Quaternário-Terciário.
Estruturalmente parece e x i s t i r concordância ent re dos complexos g ranu l í t i co e migmatítico.
1
as fo l i ações
-14-
Ocorrem dobras normais - apertadas - de pequenos raios de cur vatura; a orientação geral da foliaçao ê noroeste-sudeste com forte inflexão para nordeste.
A foliaçao do coirplcxo mstartórfico está truncacia oo norte pelo grupo Jacobina através das falhas de I t a i t u e Jacobina.
i
7. GEOLOGIA DA AREA
Litologicamente, a Serra das Panelas ê muito semelhante ã área de Luclides da Cunha, onde se encontram d i o p s i d i t o s comuns, d i o p s i d i t o s a e s c a p o l i t a , mármores, m e t a j a s p i l i t o s e t c .
As rochas da Serra das Panelas podem ser assim agrupadas:
Seqüência ana tex í t i ca
- Migmatitos homogêneos (P£migho): Granito c inza Granito rosa Brecha c a t a c l á s t i c a • Augem-gnaisse gran í t i co Augem-gnaisse s ienXt ico
- Migmatitos heterogêneos (P£might) : Neossoma - quarjtzo-fèlds-pá t i co
Paleossoma - b i p t i t a - d l o p -cí t l ico
Seqüência e c t i n í t i c a
- Diops íd io-h iperstênio- labradori ta grano l i to (p£glb)
- Diopsídio-microcl ina-quartzo granoblas t i to (P6gla)
- Hiperstênio hornblcndito (P£hyh)
- Rochas s i l i c o s a s (PCq): Cumingtonita quar tz i to _ Quartzito ca lcedor'co
Quartzito f e ldspá t i co
- Rocha s í l i c o - f e r r u g i n o s a (s-hm): Metajasp i l i to
- Rochas c a l c o s s i l i c a t a d a s ( c s ) : Diops id i tos
- Rochas carbonáticas: Mármores (m)
! Metamicrito
- Rocha carbonosa: Grafita xisto (gx)
Rochas intrusivas
•- Pegmatitos Alcalinos Sienítícos
t w m mmm
Nos migmatltos homogêneos (Pfcmigho), na direção NW-SE, inter
calam-se faixas contínuas de*granoblastito«(P£gla), granoli-
tos (P£glb) e quartzitos (P£q).
Principalmente na parte central da área mapeada (vide mapa,
Anexo III) ocorrem lentes de: mármore (m), calcossilicatadas
(cs), grafita xisto (gx), metamicrito e migmatito heterogêneo
(Pfmight). Essas lentes estão dispostas de forma regular,
guardam paralelismo, obedecem a mesma direção das rochas supra
citadas, levando-nos a admitir a hipótese de que elas tenham
sido formadas durante o processo de migmatização onde teriam
sido tensionadas.
O hiperstênio hornblendito (P£hyh) ocorre em contata com as
calcossilicatadas, próximo a casa da Fazenda das Panelas, se
guindo o caminho no sentido sul; esta rocha é uma das associa
das ã mineralização de apatita. !
i
A área encontra-se falhada transversalmente segundo duas dire
ções principais (N80 E e N63°E), em cujos planos de falhas se
encaixam pegmatitos alcalinos de composição sienítica (Pfpegs)
além de concentrações de metajaspilito (s-hm) , ambos também
ligados às mineraiizações de apatita;
Veios de quartzo lei toso ocorrem em contato com as : rochas cal
ços si li ca tad as. i
As unidades litoestratigrãficas encontradas, estão de acordo
com as descritas como complexos granulítico e migmatítico, do
Grupo Caraíba, entretanto, os quartzitos e grafita xisto não
foram citados na bibliografia.
í
8. GEOCRONOLOGIA
As determinações de idades radiométricas foram feitas em bio-
tita de granulaçao fina, flogopita de granulaçao grossa e anfi-
bólio de granulaçao fina. As micas foram coletadas num corpo
pegmatítico, associadas a calcita e apatita, localizado numa
trincheira, seguindo a picada ao sul da segunda casa da Fazen
da das Panelas. 0 anfibólio (hornblenda) da rocha hiperstênio
hornblendito, também foi coletado no mesmo local, vez que é a
rocha encaixante do pegmatito acima citado. As determinações
apresentaram os seguintes resultados:
Método K/Ar
Ar radiogênico % Idade (m.a.)
>
C,Bi-Biotita
C,Flpg-Flogopi ta
C?-Anfibolio
Método Rb/Sr
Vol cc/g x 10~4
K%
8,784
8,816
0,237
*
4Qx 40R Ar Ar r
11,9934 99,2
12,3872 98,6
0,3387 97,0
CjFlog-Calcita-Flogopita
Rb ppm Sr ppm 87Rb/86Sr 87Sr/86Sr Idade (m.a.)
476,0 11,1 Íl3,l + 3,1 4,37 + 0,019 2165 4 60
Aqui se utilizou A.r = 1/47 x 10 ano" como constante de
•desintegração e se admitiu um valor de 0,710 nos carbonatos.
As idades obtidas são aproximadamente concordantes, podendo-se
concluir que os corpos discordantes (carbonatos e apatitas| e j
o metamorfismo regional, relacionado com o Ciclo Orog^nético 1;
Transamazônico, (CORDANI, 1973), sâo contemporâneos. Este Ciclo
foi um evento importante não sõ com relação a intrusões asj |
quais são bem datadas tendo 2000 m.a., mas também como evento
térmico devido ao reajuste das idades determinadas pelo pro
cesso K/Ar.
No Complexo Caralba, CORDAHI (1969) indica para rochas de
Gavião 2090 + 60 m.a.. Ainda CORDANI (1973) determinou idade
de 2700 m.a. para rochas de Jequié-Ba..
Nos migmatitos de Itaheraba, SA (1976) fez amostragem a peque
nas distâncias, obtendo variação nas idades aparentes daquelas
rochas.
Assim, a maioria das rochas datadas nelo método K/Ar, forneceu
idades correspondentes ao Ciclo Orogenético Transamazônico;
entretanto, as nesmas rochas datadas pelo método Rb/Sr, indica
ram idade mais velha,- ressaltando-se, todavia, a falta de equi
líbrio isotõpico, o qual impede exatidão na interpretação das
idades.
Pode-se sugerir que o Complexo Caraíba apresenta partes mais
velhas que as consideradas de idade correspondente ao Cie}.o
Orogenético Transamazônico. '!
!
»
9. PETROGRAFIA E MINERALOGIA
As rochas, em quase toda extensão, sofreram metamorfismo re
gional da série barroviana, atingindo características de alto
grau.
Para a nomenclatura das rochas utilizou-se WINKLER (1974), on
de aparecem termos novos como granoblastito e granollto para
rochas da fãcies granulltica.
As rochas situadas próximas ãs falhas, sofreram metamorfismo
cataclãstico, cujos detalhes são dados nas descrições petrogra
ficas.
De caráter intrusivo aparecera os pegmatitos alcalinos encaixa
dos nos planos de falha, localizados próximos ãs calcossilica-
tadas e aos mármores, estando associados a depósitos de apatita
e calcita.
'. t
esen
tam as médias das modas determinadas. No Anexo V, sao dadas descrições microscópicas sumárias das
amostras de rochas e"minerais, além da macroscopia destes.
9.1. Seqüência anatexitica
9.1.1. Migmatitos homogêneos (P£migho)
Os migmatitos homogêneos estão representados pelas seguintes
fãcies:
Granito cinza
«Granito rosa ,'
Brecha catadas A ca
Augem-gnaisse granitico
Augem-gnaisse1 sienltico "T
. Ort_
Granito Cinza
A rocha i hiperleucocrãtica, de cor cinza, com textura xeno-
blãstica; quanto â granulação, pode-se dividi-la em duas vari
edades: fanerítioa média com os grãos minerais em torno de
2,6 mm, e fanerítica grossa com tamanho médio de 10,7 mm. A
mineralogia, bem como a relação mútua entre os grãos, são se
melhantes nas duas variedades.
A microclina é anédrica, micropertítica a pertítica, com in
clusões de apatita euedrica e quartzo em forma de gotas metais
somáticas; Fig. 2; está fraturada e alterada em argilo-minerais;
icm.
Fig. 2 - Microclina com quortzo em formo de gotos N +
esta alteração é também observada nos raros grãos de oligocla
sio que ocorrem a ela associados. Por vezes a microclina apa-
rece inclusa no plagioclasio sem, entretanto, caracterizar a
textura "rapakivè". Interstieialmente observou-se quartzo em
contato penetrante nos feldspatos indicando refusão. Raros
grãos de diopsídio, alterados nos planos de c li vagem enj oxido
de ferro amorno e traços de muscovita, foram, também, obscrVa
dos. I *
-2Í I /
Moda (%)
Microclina 75,2
Quartzo 23,7
Oligoclásio 0,7
Diopsídio, apatita e muscovita 0,4
Granito rosa
Da mesma forma que o grani to cinza, aqui ocorre du&:> varieda
des granulométricas: fanerítica média com grãos em;torno de
2,8 mm e fanerítica grossa com grãos de tamanho em•torno de
6,7 mm.
A rocha é hiperleucocrática, de coloração rosa e textura xeno-
blãstica. Observou-se extinção ondulante na maioria dos grãos
rtinerais; a microclina c pertítica e exibe feições de refusão
em relação ao quartzo tais como: contato penetrante . ora inclu
sa no quartzo em forma de meia lua ora é o quartzo que ê o in
cluso, e o faz em forma de gotas, ou de vênulas, contornando-a,
Fig. 3, muito embora apareça na sua forma típica irtersticial.
Fio. 3* Microclina ptrtítíco ore inclu -ia no quartzo em formo de meio lua, oro o quartzo e o incluso em forma de gotas ou vênulas. N +
-V-
De maneira subordinada encontrou-se muscovita, biotita - em
parte cloritizada - apatita euédrica e opacos possivelmente
magnetita e ilmenita.
Moda (%)
Microclina 72,9
Quartzo 25,2
Biotita, muscovita, apatita e
magnetita/ilmenita 1,9
Brecha cataclãstica
A rocha ê hiperleucocrática de cor cinza claro, bastante fra
turada, com fenoclastos de forma angular, os quais estão imer
sos numa matriz subordinada de granulação afanítica,: Fig. 4.
Fig. 4 - Brecha CotoclóstícOj ospecto geral.
Os fenoclastoa exibem extinção ondulante, são constituídos de
quartzo e microclina com planos de gemi nação encurvados e mi-
crofalhados, tendo diâmetro maior variando entre 3,8!e 24,9 mm.
Alguns £enoclastos de quartzo encontram-se sob a forma de; mi-
croagregados, rcgistrando-se contato fortemente suturado.JA mi
croclina está alterada em argilo-minerais.
f
-2|-
Moda (%}
Microclina I 79,6%
Quartzo 20,4-*
Augem-gnaisse nranítico
Ocorrem duas variedades granulométricas desse tipo de rocha:
uma de granulação grosseira e outra de granulação fina, ambas •
hiperleucocráticas, cor de rosa e com textura cataclástica.
Os fcnoclastos com diâmetro médio de 7 mm, são constituídos de
quartzo e microclina, ocorrendo como lentes alongadas em forma
de olhos, Fig. 5, que se intercalam â matriz formando bandamen-
fig. 5 - Augen Gnoisse Gronítico, aspecto geral. N+
t o s . Estas feições sõ são observadas na variedade de granula-! çâo fina ao microscópio; aqui, na maioria das vezes, o quartzo apresenta-se rr.icrocristalino recr i s ta l izado , constituindo jlen-| tes .de tamanho que varia de 0,7 a 1,4 mm; já a microcLina vai de 1,5 a 3,6 mm. ' 1
A matriz é fanerí t ica fina, na fãcies mais grosseira , e afanli t i c a microcristal ina, na fácies mais f ina, cendo Jcomposta Süe ! microclina, Quartzo, alénrde- b i o t i t a e puscovita jeiji f:.nas pia-, quetas que acompanham a orientação dos grãos minerais. e magn t i t ã . • ! • . • . .
-24L
Moda (%)
Microclina '. 78,2
Quartzo 20 ,6
Mi cas e magneti ta 1,2
Augem-gnaisse sienítico
A rocha é leucocrãtica, de cor cinza escuro, granulação afa-
nítica, com extinção ondulante na maioria dos grãos maiores,
apresenta planos de deslizamento onde se concentram oxido de
ferro amorfo, biotita o serieita; esses planos, por vezes, con
tornam os fenoclastos de tamanho que varia entre 0,9 e 1,5 mm,
os quais exibem textura augem, imprimindo ã rocha estrutura
gnãissica, Fig. 6.
Fig. 6" Augem Gnoisse Sienítico, ospecto geral Nil
~ / * A composição mineralogies e ortoclasio e andesina alterados
em argilo-minerais, e um material não identificado decor
escura, sob a forma de minúsculas inclusões orientadas.
Os constituintes menores são: biotita em finíssimas piaque-
tas, hornblenda verde, e algumas concentrações de opaco, pro-
vavelmenv magnetitã.
r2ü
Moda (%)
Ortoclãsio....'. 72,5
Andesina 12,1
Biotita 9,2
Hornb lenda 4,8
Esfeno e magnetita 1,4
9.1.2. Migmatitos heterogêneos (P&night)
Ocorrem sob a forma de lentes, quantitativamente insignifican
tes em relação aos migmatitos homogêneos. Em afloramento obser
vam-se feições estruturais distintas, Fig. 7.
T^^- - ^^'^^'^r^^^-/^/^ ~ 7.--
Z x**-rt Neossomo -;=_ —^i
0 30cm i
Fig 7- Afloramento de Mígmolitr Heterogêneo
i f
O neossoma apresenta estrutura de dilatação (surreica) 1
MEHNERT (1971) muitas vezes chegando a formar boudinagem ,
indicando um estágio piático durante sua formação; por vezes
o neossoma corta a foliação do paleossoma. A composição é
essencialmente quartzo-feldspática.
O paleossoma tem textura orientada, havendo locais onde se
observa maxor mobilização, em estrutura dobrada, muitas ve
zes chegando a formar pequenas dobras de arrasto; a composição
i principalmente biotita com forte pleocroísmo e diopsídio es-
verdeado.
9r2. Seqüência ectínxtica
9.2.1. Diopsídio-hiperstênio-labradorita granolito (P£glb)
Esta rocha á da subfacies ortopiroxenio-plagioclasio granulito
(WINCLER op. cit.); é mesocrãtica, de cor verde acinzentado e
tem granulação fanerítica média com textura granul£tica, Fig. 8,
Fig. 6 - Diopsídio - híperslênio-lobro-doríto gronoljto, aspecto fltrol N*
i ! I
; Í
-27-
O plagioclâsio é labradorita com An = 61%, geminado segunde
as leis albita e albita-Carlsbad, com ângulo óptico 2V *= 85°.
Alguns grãos aparecem 2onados com o núcleo de composição
An = 63% e a periferia tendo An - 58%; os minerais ferromagne-
sianos presentes são hiperstênio com pleocroísmo X = rosa,
Y = esverdeado e Z = verde muito claro, com ângulo óptico
2V = 70 . Associado, ocorre diopsídio, com extinção zAc = 40
e ângulo óptico 2V = 60 , ora incluso no plagioclâsio, ora in-
cluindc-o. Ambos os piroxênios tem diâmetro maior em torno de
1,4 mm.
Como acessórios ocorrem: apatita euédrica, inclusa na labrado
rita e opaco provavelmente iragnetita, subédrica, inclusa nos
piroxênios.
A alteração é incipiente. Assim, observa-se oxido de ferro
amorfo nos planos de clivagem dos piroxênios e argilo-minerais *
na labradorita.
Moda (%)
Labrador i ta 50,2 Hipers tên io 127,3 Diops"ídio : 21,4 j Apatita, magnetita 1,1 '
9.2.2. Diopsídio-microclina-quartzo granoblastito (p£gla)
Esta rocha é da subfácies clinopiroxêrio-almandina-granulito
(WINKLER, 1967)"; é leucocrática, de cor cinza claro esverdea-
do e tem granulação fanerítica média com textura granulítica.
Ao microscópio, o quartzo aparece em forma de placas, ãs vezes
reagindo com a microclina, Fig. 9, ora incluso nela, ora inclu-
indo-a; seu diâmetro maior varia de 0,4 a 7,1 mm com predominân
cia de 2,8 mm; sua extinção e dos demais minerais éjbastante
ondulatória; associada ocorre microclina pertitica. O mineral
ferromagnesiano ê diopsídio subedrico; tem o mesmo tamanho da
-9fi-
microclina (0,9 mm), é esverdeado quando inalterado e os *
grãos, que encontram-se parcialmente alterados era tremol i ta , são i n c o l o r e s .
Fíg. 9" Diopsidio-microclina'quartzo granoblastito, exibindo quartzo em forma de placas N+
Rara apatita ocorre inclusa no quartzo.
ri-d •
Moda {%)
Quartzo 49,5
MjLcroclina 25,4
Diopsidio 25 ,1
Apatita traços
..;.._ ..i i í - 2 0 .
9.2.3. Hiperstênio hornblendito (P£hyh)
A rocha é hipermelanocrática, de granulaçao fanerítica fina,
com orientação incipiente e textura granoblãstica. Fig. 10.
icm.
Fig. 10-Hiperstênio Hornblendito, aspecto gerol. Nil
A ndneralogia é muito restrita. Constitui-se de hornblenda
de tamanho variando entre 0,4 e 2,5 mm, predominando 0,9 mm,
fortemente pleocróica, tendo X = verde amarelado, Yi= verde
e Z = verde escuro, extinção Zf\c = -29 e ângulo óptico
2V = 85°. Associado ã hornblenda está o hiperstênio de tama
nho em torno de 0,9 mm, com pleocroísmo distinto, sendo
X B rosa, Y = osverdcado c Z = verde claro; a sua forma c
anédrica e o ângulo óptico 2V = 65 . Digno de nota á a ausen
cia de minerais acessórios.
Moda (%)
Hornblenda 90,1
Hiperstênio .9,9
atH •Jfm iim * *
1-30-
mãíÊÊÊÊÊB
9.2.4. Rochas si li cos as (Pfq).
Na área ocorrem três tipos de quartzitos: um com granulaçao
fina, acinzentado e quantidade razoável de cumingtonita;i t
outro de cor rosa atingindo um teor de sílica superior a 95% e o terceiro com granulaçao média, acinzentado, tendo
microclina em sua composição.
1 Macroscopicamente a orientação é incipiente.
I i
li Cuminqtonita quartzito i
— a i - - I
. :; ' - |- í Os grãos ôe quart, i, com tamanho predominante 1,4 mm, cujos limites inferior e superior sao, respectivamente, 0,4mm á
2,8 mm, ligam-se através de contatos reentrantes, sendo por
além de vezes suturado; ele exibe fraca extinção ondulante ajlim
certa orientação dos seus eixos ópticos.
A cumingtonita, guardando um certo paralelismo, é incoloií,
anédrica, de tamanho que varia entre 0,4 mm a 1,1 mm ligei
tem 130 % A
ramente a l t e r a d a em mineral não i d e n t i f i c a d o (argilol-mine^ r a l ? ) ; opticamente p o s i t i v a com ângulo óp t i co 2V = 75 , ângulo de ejxtinção Zftc « 416° e b i r r e i r i n g ê n c i a i g u a l a 0,025. Estais propriedades indicam que a cumingtonita da molécula da "kupfgeri te" e 70% da molécula de gruneritia (WINCHELL e t a i , 1951). I |
En menor quantid*ad2 aparece microcl ina <üe tamanho medio { 1,4 mm com geminação t í p i c a a l b i t a - p e r i c l i n a , por vezes i h -t e r e r e s c i d a oonT cumingtonita, sem continuidade ó p t i c a , onde a cumingtonita at inge 21,3 mm e a microcl ina va r i a de 0,7 a
3,6 mm, P ig . 11. \ \ '•\ í
Esfeno, z i r eão arredondado e opaco, provavelmente magnet i ta , são os c o n s t i t u i n t e s menores. '
h3>
Fig. I I - Intercrescimenlo de microclr no com cumingtonilo sem continuidade optica. N+
Moda (%)
Quartzo 85,4
Cumingtonita.. 11,8
Microclina |.1,9
Esfeno, zircão, opaco .0,9
Quartzito calcedõnico
Os grãos de quartzo, de tamanho predominante 1,1 mm, cujos 1:L
mites inferior e superior são 0,1 e 2,3 mm respectivamente,
apresentam contato fortemente reentrante sem, entretanto, che
gar a suturado; a extinção é ondulante e intergranularir.ente en
contram-se faixas de calcedônia de forma maciça, com núcleo fi
broso, cujas fibras tem opticnmente o comprimento lento, sendo i :
identificadas como quartzina; as faixas de calcedônia dispoem-
se de forma paralela, e imprimem ã* rocha uma certa orientação,
Fig. 12. j Em quantidade i n s ign i f i can t e ocorre microcl ina , parlei almente
í
a l t e rada em a rg i lo -mine ra i s , de tamanho em torno de 1,3 mm, e < geminfida alcgundo on loin do nlhi l.o o por ic l inn j uTui vnni t i tu in*
-32-
Fig. 12 - Foixos de Colcêdonio intercala
dos a quartzo. N +
tes menores: biotita e muscovita, en finíssimas plaquetas *
mais ou menos orientadas, além de apatita cuédrica e zireão
arredondado.
Moda (%)
'Quartzo. 86,8
CalcedÔnia , 8,0
Microclina 4,7
Biotita, muscovita, zireão e
apatita. '..0,5
Quartzito feldspãtico
Os grãos de quartzo,, de tamanho que varia entre 3,6 e 12,8 mm,
predominando 10,3 mm, encontram-se fraturados, seus conjtatos
são curvos e a extinção forteirente ondulente.
A microclina de aspecto metassomãtico, Fig. 13, estando; em
contato reentrante no quartzo, ora inclusa nele, ojjra incluin-
dc-o em forma de gotas, Esta geminoda segundo as leis de albi
ta e periclinr. e sua granulacão varia entre 0,4 e 1,8 mm, com
predominância de 0,7 mm. Como" acessório ocorre raro zireão ar
redondado.
• 'i
..i.,- i 1 433^
Fig. 13 * Microclino exibindo reação
com quartzo. N"*
Moda (%)
Quartzo 84,8
Microclina 15,2
9.2.5. Rochas sílico-ferruginosas (s-hn)
Metajaspilito
Ocorre sob a forma de pequenas concentrações nos migmatitos
homogêneos e diopsiditos; tem granulação afanítica, onde fi
níssimos "estratos" de hematitã intercalam-se a icêntícos es
tratos de sílex; este aspecto não é constante, pois há ocorrên
cia onde a hematita aparece disccicinada ou sob a forma de len
tes, as quais atingem até 2 cm. 0 sílex é de coloração cinza í • '
claro a cinza escuro contrastando com o castanho avermelhado da hematita. 1
Ao micro3<iõpio observou-se calcedônia que se disbõe sob ia forma i f 1
de esferulitos e de bandas fibrosas cujas fibras' apreserjtam, opticamente,-comprimento rápido (alongaçâo negativa); a ta , vermelha em luz re f le t ida , encontra-se parcialmente nltizadá, Pig. 14. * ]''""" . •
hemoti-limo-
:í ! I
i \
| 3 4 -
ht wall to
Fig. 14-Espirulitos de colcedõnio e con centrações de hematita. N1"
Associada ao me ta jasp i l i to acha-se a p a t i t a c r i s t a l i z a d a , de
tamanho grosse i ro de 0,5 a 3 cm; e l a é microfraturada, tendo
calcedônia preenchendo as f r a t u r a s . i
. 9 . 2 .6 . Calcoss i l ica tadas (cs)
Pi ops i dl tos I
São rochas hipermelanocrâticas, de cor verde escuro quando
frescas, e verde claro, exibindo certa orientação quando alte
rada, sugerindo acamãmento relíquia (?); a textura e xenoblás-
tica com granulação fanerÜtica fina a média.
Algumas amostras., tem caráter monomineralico sendo compostas de
diopsídio com raro plagioclãsio por vezes associado ã clinozoí-
clta e escapolitizado; nas amostras mais inalteradas o diopsí
dio apresenta pleocroísmo distinto, onde X = verde amarelado,
Y » esverdeado e Z = verde claro; nas ar..ostras alteradas ele é
incolor a ligeiramente esverdeado.. com impregnação da óxitlo de
ferro amorfo nos planos de clivagem; observou-se variação no
tamanho dos grãos os quais medem 0,4 a 3/4 mm, com predominân
cia de l,2|mm; o ângulo de extinção Z Ac = -38° e o| 2V /=' 60°.
Nas várias Cantinas dolgadas estudadas encontrou-sà: CG capo lit a
do tipo meionitâ, metassomática, com birrefringêneia maior qije .,
' J ' &'' ' 0,04, com cor de interferência variando de vermej.no de 3-» ordem
•• íi ' •; ! i ' í \ i
mmmiÊÈtÊüamB^Êm
a verde de 4- ordem; nos planos de clivagem observa-se ligei
ra alteração para argiio-mineral; a meionita foi confirmada
por difratometria de raios-X. Nos contatos diopsídio-meionita
ocorre esfeno anédrico por vezes arredondado. Fig. 15.
Fig.15 * Esfeno arredondado no contoto escopolifo-díopsidio NU
Flogopita de tamanho que varia de 1,1 a 2,8 mm, é pleocrõica
com X = incolor e Y = Z = amarelo acastanhado e Engulo óptico
2V = 5 ; esta -ligeiramente alterada em material amorfo de cor
• amarelada, não identificado, além de oxido de ferroí amorfo nos
planos de clivagem; a olivina (Fo = 80%) ocorre associada, in
tergranularmenue e em pequena quantidade.
Nas amostras mais alteradas aparece tremolita, Fig. 16, substi
tuindo o diopsídio qua.se totalmente; este por vezes em inter-
crescimento com quartzo, o qual também ocorre intersticial.
Apatita euédrica, aparece inclusa no diopsídio, sen<3o envolvida
por filme dü oxido de ferro amorfo.
Nos locais onde as calcossilicatadas ocorrem em contato com
quartzitos e migmatitos homogêneos de fãcies granitica, elas
apresentam mineralogia bastante diversa; assim, quando em con
tato com quartzito, a rocha 5 composta de diopsídio, quartzo
em grande quantidade, este de forma anédrica, tamanl>o quç varia
Fig. 16 " Diopsídio tremolitizodo com quartzo no contato N i l
entre 0,7 a 9,2 mm, incluindo diopsídio, Fig. 17, e associado
a plagioclásio por vezes sob a forma de intercrescimento;; o
plagioclásio alterado em argilo-minerais, um ou outro grão ! 1 ' I ' apresenta geminaçao albita incipiente, daí não ter sido possí
vel sua determinação exata. Quando em contato com rocha grarií - i I i,
tica, a composição mineralogica é restrita a diopsídio ei mi7 _ j ( i '"•""
croclina onde esta atinge uma quantidade superior a 30%;| tem
] 1
í [
Fig. 17 ' Diopsídio incluso no quort-zo e ologioclosfo, este em intercrescimento com o quortzo Ht
11
í
í!
.<
f
l f-.:
forma anédrica i n t e r s t i c i a l , seu tamanho varia entre 0,8 a 2,1 mm, apresenta geminação 'combinada segundo as le i s de alb L ta e per ic l ina ; ora ela ocorre inclusa no diopsídio, ora é o diopsídio que ocorre incluso. Nas amostras estudadas foi possível d is t inguir as seguintes . associações mineralógiccs:
Associações metamõrficas
Diopsídio »>fo r s t e r i t a Diopsídio» flògòpita> forsterit í i D iops íd io» plagioclásio D i o p s í d i o plagioclásio = quartzo Diopsídio? microclina
Associações metassomáticas
Diopsídio ?>>escapolita Diopsídio>> escapolita> esfeno Diopsídio?^>escapolita>flogopita = apat i ta Diopsídio> escapolita >flogopita = apat i ta = tremolita TremolitaJ^escapoli ta - quartzo > flogopita
! •
Na tabela li são dadas as modas encontradas.
9 .2.7. Rochas ^arbonáticas
Mármores (m)
A rocha tem granulaçao fanerítica média a fina, coloração
rosa, verde claro ou escuro e cinza esverdeado; essas cares
são controladas pela presença de minerais ferromagnesianes e
pela cor da caleita; a textura ê granoblástica não se obser
vando macroscópica ou microscopicamente , qualquer orientação.
Os minerais comuns em todas as lâmi:ias estudadas! são calei ta
e diopsídio. A calcita varia de 0,5 a 4,9 mm, com predomlnân-
| -38-
iM_ IM1»II I I—l i|T| a ii m< num j f " f T ' í l ~ iii : '"'SSS
T A B E L A . I
' 'VsAMOSTRA
M I N E R A L ^ V ^
Diopisidio
Escopolíto
P log ioc lós io
M i e r o c t t n a
Q u a r t z o
Tremo lit o
Flo go pit a
Ol iv ino
Hor nb l e n d a
C l i n o z o í c i t a
Esfeno
A p o t i t o
H-18
IOO.O
$
t
C-18-b
98,1
1.9
i
t -
t
C - 9
98,2
1.8
-
C-IO
91,5
7.8
0.7
t
C- l l
90.2
8.9
0.9
H-13
94.5
5.5
t
t
1 1
59,2
40.8
t
t
t
C-16
89,5
8 , 2
2 , 3
„ 97.6
t
2 .4 ;
; j
C-18-o
t
4,4
1.4
94,2
t
t
t
t
10
69.5
14.1
16,4
3
65
3 4
«.
Analise modal dos diopsiditos
Minerais são dados em percentaoens-
Amostra|lO> Contato colcossilicatodo-quort zito
A m o o t r o l l ' Contoto colcossil icotoda-granlto
cia de 1,4 mm; em sua maioria, apresenta-se geminada segundo
as duas diagonais; os grãos não geminados, ocorrem em cris
tais tabulares que se dispõem em padrão triangular ou angular,
indicando formação de alta temperatura (ZHABIN, 1971), e como
grãos isolados ou, ainda, de forma intersticlal. Nas rochas
que ocorrem próximo aos planos de falha, a caleita apresenta
planos de gemi nação encurvados, microfraturamento, extinção
ondulante e, por vezes, aparece inclusa no piroxenio em forma
arredondada ou de meia lua. Fig. 18.
Fig. is ~ Colcito orredondodo e em formo de meio lua incluso no diopsidlo. Da mesmo forma o diopsidio está incluso •na colcito- N l t I:
0 diopsidio, de tamanho que varia de 0,5 a 6,0 mm, cóm pre
dominância de 2,-6 mm e raros grãos atingindo 8,5 mm, 5 pleo-
crôico, tendo X = verde, Y ~ verde claro e Z = esverdcádo,
com ângulo de extinção 'l(\ c = -38°; este mineral foi confir
mado por difratometria de raios-X. Está associado ã magnetí-
ta incluindo-a e ã calcita onde exibe contato côncavo-con-
vexo, sugerindo reação metassomática; ocorre por vezes intjer-
crescido ou envolvido por labradorita, com geminação segundo
a lei da albita, tendo composição An..; nja maioria das vestes,
a labradorita aparece como grãos isolados
... í ! i •• ; • •! I ' |:' , .• >
',••'•• i. j ' i' . ' • í í
r40-F
üü ÉM*
Observou-se anfibolização do diopsídio, quando este fassa a
hornblenda verde azulada, Fig. 19, indicando reação autometas;
somática.
Fig. 19" Oiopsidio onfibolitizodo. N +
Algumas amostras exibem granada bastante fraturada, de cor
amarelo-castanho, forma irregular, exibindo alguma bírrefrin-
gencia; é poiquiloblãstica incluindo calcita; foi identifica
da como grossularita-andradita. Nas lâminas onde ocorre grana
da, também ocorro olivina de composição Fo «= 80%, de cor ver-
de-r limão, forma mais ou menos granular equidimensional, com
dispersão fraca r< v. A microclina está presente em algumas
amostras, de forma anédríca, não geminada, tendo, um ou outro
grão, geminação incipiente albita-periclina; também epidoto
ocorre em algumas amostras, sendo esverdeado, opticamente
% negativo, com 2V = 80°, identificado como pistaclta. A sua
granulação é geralmente fina, ocorre de forma intergrânula^
com calcita e, por vezes, envolvendo não só a granada, como
também a labradorita,
Escapolita tipo meionitá, apatita, quartzo, monazita, zireão,
esfeno e magnetita constituem os acessórios, ocorrendo em pe
quena quantidade ou raros grãos. Estes minerais estão dissenti-
nados na rocha, inclusos ou ainda intersticiais.
mÊM
Uma das amostras encontra-se turmalinizoda. Nesta, a turma-
lina apresenta forma subédrica e anédrica, com pleocroísmo
forte tendo 0 = verde escuro azulado e E = rosa acastanha^o,
identificada como shorlita-dravita.
Além de anfibolização e turmalinização, observou-se labrado-
rita alterada em epidoto, diopsídio em clorita mais oxido de
ferro amorfo e forsirrita em clinocloro
Os mármores foram submetidos a testes de coloração, não se re
gistrando a presença de outro carbonato além da caleita.
Nas amostras estudadas foi possível distinguir as seguintes
associações:
Associações metamõrficas
Calcita5^diopsídio>>quartzo> (apatita = magnetita) .
. Caleita^ diopsídio> microclina> labradorita.
Caleita> diopsídio3> grossularita *= epidoto> microclina> labrado-
rita. 1 |
Caleita^diopsídio^>grossularita> forsterita = epidoto !
Caleita> diopsídio^ forsterita> (magnetita) i
Associações metassomaticas
Calcita^ diopsídio)^ hornblenda^ labradorita.
Calcita^) diopsídio ~ microclinaJ> labradorita> (grossularita -
hornblenda) .
Caleitayy diopsídio = turmalina) epidoto = hornblenda? magnetita.
Na tabela II são dadas as modas encontradas,
-42-
" " ^ ^ A M O S T R A
MINERAL ^ " \
co lc l to
dtopsidfo
1 obrodori to
grossttlorlto
fo r t to r i t a
hornblonda
mlcrocl lna
•pldoto
opar l to
guor t to
monoi l to
zlre'STo
e s f o n o
•scopol l to »
ttirmalino
moanofl fa
C - 8
8 0,5
16,5
0 , 9
1,5
0 , 9
0 , 2
*
0 ,0
'"
C - 1 3
59 ,2
39,3
' . 2
3 , 6
0 , 3
'::•
0 , 4
Ana I I M mo
• Mineral* oft
'• i
! • ! : ! • • ' V i i
• 'v.. L U^v-r . i , . , iJ
•
TABELA I I
t
8 9 , 8
3 >
1,8
0 ,9
0 , 4
0 , 5
3,1
t
t
f
t
ir
89 ,0
11,9
«,"
0 , 3
2.1
t
f
16-1
3 4 , 9
37,8
3,1
2 , 2
t
2 , 0
t
•'
• t
1 6 - 2
37,5
31, 8
0 , 8
4 , 2
' . 9
3 , 8
t
•
t
»
16-C
5 4 , 2
17,3
5 , 4
9 , 6
t
15,2
2 , 3
foi dot moVmoros dloptfdlcot.
» do dot tin ptrconfagom. v í
f ; 1 '' i ! ' - '" ÍÍ
[ J *• • • ! i l •• ! i. ii
E J, ; ii í i. '' i t u—u —-U ' t.-.'tt
t
1 6 - d
9 3 , 4
4 4 , 2
1.4
-
r
0 , 2
,
0 1
j
i
8
./
I 6 - 0
36 ,6
4 0 , 2
1,8
i t
j 0,6
I
;.
1 .'
•••k 1 j
.! i
Ü ! 1
1
; ( \ i Si
?• l i
Metamicrito
A rocha é afanítica, de cor cinza claro, com textura maciça,
apresentando alguns vazios; em uma das amostras encontrou-se
apatita nodular. £ constituída quase totalmente de calcita
microcristalina de tamanho predominante 0,09 mm.
Nas paredes dos vazios ocorrem concentrações ferruginosas; âs
vezes aqueles vazios são preenchidos por calcita recristaliza
da em forma de lentes irregulares, outras incluindo quartzo,
ambos com extinção ondulante, Fig. 20.
Fig. 20-Lentes de colcito e quartzo re-cristalizados. N *••
Raros grãos de apatita microfraturada aparecem dispersos na
rocha. ___
Devido à granulação não se determinou a moda.
9.2.8. Rocha carbonosa
* i !
Grafita xisto !
A rocha tem granulação fanerítica fina, estrutura xistosa, tex
tura lepdoblástica. í
A composição mineralógica ê principalmente grafita a qual oeor re como flocos çscamosos orientados, ou sob a forma de concen-
-44-
trações irregulares, ou, ainda, como pequenos filonetes; está
intimamente associada ã biotita 'com planos de clivagem encur-
vados, extinção ondulante, pleocróica, tendo X = amarelo acas-
tanhado, Y = Z = castanho escuro. Quartzo, com granulação em
torno de 0,6 mm, aparece intercalado aos minerais acima cita
dos. Nos planos de falhas a rocha apresenta-se como um matiz
de cor cinza-branco, formado por grafita e calcita. Esta pre
enche fraturas ou substitui minerais preexistentes, neste ca- ,
so adquirindo formas micro-oolíticas, Fig. 21.
Fig. 2l-6rofita Xisto, ealcito oolítíco * preenchendo a fratura. NU
Moda (%)
Grafita 40 ,9
Biotita 38,8
Quartzo 20 ,3
$.3, Rochas intrusivas - pegmatito alcalino sienítico (p£pegs)
A rocha tem granulação muito grossa, maior que 2,5 cm, é hiper
leucocrática e tem cor cinza claro. As lâminas delgadas foram i
feitas em amostras que apresentavam granulação inferior; a 2,5 cm. I
Ao microscópio observou-se que a rocha é c o n s t i t u í d a , pprínci
H-4. í±rlr;
palmente, de microclina; esta apareço dominada segundo ar» leis
de albita e periclina, havendo grãos sem geminarão e, neste ca
so, ocorre extinção ondulante; está microfraturada e as fraturas
encontram-se preenchidas por quartzo, que também aparece em in
ter crês ei men to grosseiro sem continuidade óptica e extinção on
dulante. Em algumas amostras, a microclina inclui apatita eué-
drica, está com minúsculas inclusões de caleita, e plagioclãsio
totalmente sericitizado.
Características invulgares são exibidas pelo pegmatito que ocor
re cortando o granoblastito próximo ao metamicrito, aqui são
grãos grosseiros de microclina pertitizada em padrão losançular,
formando ângulos de 64 e 116 , respectivamente, onde as fãculas
de albita que se apresentam como cordões encontram-se sericitiza
das, ocorrendo também vernáculas de quartzo; estes grãos são en
volvidos por microclina <?e granulação nenor, inalterada, uns com
geminação em padrão'ortoconai e outros com padrão de geminação
•losangular, porem, com ângulos de 57° e 123 , respectivamente!,
Fig. 22. |
Fig. 2 2 - Microclina pertítico eericítizodo incluindo vênulos de quartzo, en volvido por microclino com geminação em padrões losangutor e refgnaular . N t
- 4 6 -
i
A microclina, devido a quantidade de nertita e forma de ocor
rência, foi originada por exsoluçao do plagioclásio onde o sis
tema deve ter ultrapassado, ou polo menos alcançado, a tempera
tura do máximo do "solvus" ou seja 660° - 715°C (MEHNERT, 1971).
A microclina inalterada que também envolve raros grãos de quart
zo com extinção ondulante, Fig. 23, 6 mais nova e deve ter sido
originada por processo de recristalização com realimentação a
uma temperatura mais baixa, quando da formação do pegmatito si-
enítico, sendo, também, responsável pela serieitização da perti
ta.
Fíg. 23 - Microclino envolvendo quortzo com extincõo ondulante. N*
9.4. Depósitos de caleita e apatita
9.4.1. Calcita
Próximo à casa antiga da Fazenda das Panelas, ocorre depósito
de calcita, sob a forma de veios. i ' ! .' v ; ; • • . : « I'
A calcita ê de granulação muito grossa variando desde 4 mm até ^
6 cm e de coloração esbranquiçada, alaranjnda ou averr.ielhadai !
por vezes estas variações encontram-se numa mesma amostra, Oçor;
re associada a apatita, flogopita e magnetita.
tf* - —•" «" 4—
- 4 7 -
.i.:!Ír_
Submetida a exame microscópico, a caleita mostra-se geminada
de granulação cm torno de 2,7 cnl embora, nos contatos dos
grãos ocorra uma granulação menor; inclui quartzo e apatita,
apresenta vazios que estão totalmente ou parcialmente preen
chidos por minerais perfeitamente cristalizados, sob a forma
de drusas, tais como: quartzo ou quartzina-quartzo-calcedõnia
ou quartzina-apatita ou ainda quartzina-quartzo. Fig. 24.
— • a w f i l M
Fig. 24 * Colcíto exibindo vozio, parcialmente preenchido por quartzina-quartzo
9 . 4 . 2 . Apatita
A apatita está diretamente relacionada com os pegmatitos siel-
níticos os quais se encaixam nos planos de falhas, muitas ve
zes cortando as roehas calcossilicatadas; ela varia desde di
mensões milimétricas (5 mm) até centimétricas (8 cm)i; à colo
ração varia de azulada a azul, esverdéada a verde; ocorre em
cristais translúcidos e transparentes, alguns bastante fratura
dos e outros com raras fraturas. Ocorre inclusa na calei ta cju
incluindo-a, associada a rochas como mármore, diopsiditos e
metajaspilito, e a minerais como escapou ta e principalmente
flogopita.
A microscopiá mostrou apatita com minúsculas inclusões,! tantjo
de minerais transparentes como opacos e vazios.
-4 Haam •fea Msdàn
- ! • » -
8-
A fim do re lacionar as a p a t i t ã s ,da Fazenda das Pane las com as que ocorrem em áreas próximas, coletou-se amostras: na Fazenda Retiro (amostra MAT-3) a mais ou menos 1 km ao su l da Fazenda das Panelas, na mina João Carr i lho (amostra MAT-5) a sudoeste da Vila de Gavião, na local idade de Pedra Branca (amost r a MAT-8-1) a 4 km a oeste da es t rada de Ip i ra-Pé de Serra na a l tu ra de Bonfim de Ip i r ã "e na mina Apolinário (amostra GI-2) ao sul da Vila de Gavião.
Na Fazenda Ret i ro , e l a ocorre associada a um mater ia l pbroso l imonitizado, de tamanho em torno de 8 mm, de coloração azul ; na mina João Carri lho a a p a t i t a também é de cor azu l , e n t r e t a n t o , ocorre em c r i s t a i s gigantes 1 m x 0,35 m; em Pedra Branca e l a ê azul t ransparente , a t ingindo 2,5 cm, inclusa na c a l e i t a cas ta nho escuro e , na mina Apol inár io , e l a é azu l , de tamanho 5 mm, inclusa na escapo l i t a .
Determinação por d i f ra tometr ia de raios-X revelou t r a t a r - s e de •^ \ apa t i t a carbonãtica.
Índices de refração NO e NE com prec isão de + 0 ,001, b i r r e f r i n gencia e densidades são dados na tabela I I I .
NO var ia de 1,629 a 1,635 e NE va r i a de 1, 628 a 1,634; e s t a variação é independente da b i r r e f r i ngenc i a , vez que e s t a ê constan t e e não mostra nenhuma relação com as densidades.encontradas. A variação de densidade, provavelmente, deve-se mais â presença das inclusões e vazfos que â variação na composição química das a p a t i t ã s .
A associação íntima ent re os d iops id i tos e os depósitos de apa-t i ' ta acompanhados por mica sugere que soluções pegmatl t icas foram responsáveis pela deposição daqueles minerais (CURRIE, 1951); trabalhos experimentais mostram que numa dada quantidade de fósforo, mais do que 2/3 s e r i a d i s t r i b u í da. nó. fração r i c a em s i l i -catos; da í , fluidos pegmatít icos carregariam grande quantidade de fósforo (CURRIE op. c i t . ) .
'• • i '
Evidências do quo ri uputita foi assim formada são tambómiac in- j
clusões e vazios por ela epresentados. j j
V ! i. -Í9-
— < — • — t m \ in iiiii—iii liiiiTWMiii'iifflinMmtLntii
TABELA H E
"**^s^PROPR 1EOADES
LOCALIDADES'"'—^ AMOSTRAS * - ^ _
SERRA DAS PANELAS -MAT * 2
FAZ. RETIRO -MAT- 3
FAZ. DAS PANELAS -MAT-4
MINA JOÃO CARRILHO -MAT-5
PEDRA BRANCA MAT-6-1
FAZ. OAS PANELAS -MAT- 9
FAZ. DAS PANELAS MAT-10 J
MINA' APOLINARIO -3 1 - 2
NO
1.634
1,630
1,630
1,635
1,629
1,6 45
' 1,631
1,630
NE
1,633
1,6 39
1,629
1.634
1,628
1,634
1,630
1,629
NO-NE
0,001
0,001
0,001
0.001
0,001
0,001
0,001
0,001
DENSIDADE
• 2,618
3,664
2,555
3,606
—
2,611
3,821
2,725
índices de refrocõo NO e NE Blrrefrlginclo NO-NE Densidade-
10. PETROQUÍMICA
A partir de análises químicas de macroelementos no Anexo VI,
calculou-se as catanormas, (BURI, 1964) e (BARTH, 1969), os
parâmetros fundamentais de NIGGLI, citados em BURI op. cit.
e os números ACF propostos por ESKOLA seguindo as regras ci
tadas em WINKLER (1964) e MIYASHIRO (1973).
10.1. Catanormas
As CATANORMAS foram determinadas para as seguintes rochas:
migmatitos homogêneos, granolito, granoblastito e diopsiditos;
os resultados são apresentados na tabela IV.
A composição normativa dos migmatitos é compatível com a compo
sição mineralógica encontrada,destacando-se, entretanto, o cara
ter aluminoso da amostra c-12, onde ocorre corindom normativo.
No diosidio-microclina- quartzo granoblastito aparece plagioclã t.
sio normativo que pao foi observado na rocha como grãos minerais
.isolados, entretanto,-a iiicroclina é pertítica; no diopsídiof-
hiperstênio-labradorita granolito há pequena quantidade de quart
zo normativo, que não foi visto em lâmina delgada. 1
Quanto aos diopsiditos cabe criticar isoladamente as amostras
analisadas quimicamente. As amostras C-17 e C-lÕ-b são rochas
quase monominerãlicas onde o diopsídio atinge 97,6% e 98,1%,
respectivamente; a composição normativa da C-18-b, apesar de
nâo apresentar piroxênio em percentagem tão elevada, apresenta
uma certa compatibilidade com a moda; jã a C-17 contem forste-
rita « metassilicato de cálcio normativos, somando 15,t75%;. les
tes minerais não foram observadosiem lâmina delgada; a pobreza
em sílica é responsável pela computação desses minerals. A
amostra C-ÍO apresenta moda e catanonr.a concordantes; o plagio
clásio normativo deve-se ã presença de escapolita na rocha.
I li:
ffiíiifirrfií '••I-' ~ÍS^±-~••
a t : . .__U_
3E2
- .SI-
T A B E L A - IV
^ - ^ A M O S T R A S
CATANORMÀV*»^
Q
Or
Ab
An
NO
C
Oi
Wo
Hy
Fo
C s
II f
II
Hm
Ap
Sub Totol •
H2 0 Total
TOTAL
C-14
27 ,84
49 ,48
15,20
3 ,34
2,10
0,11
-
0 , 7 0
0 , 3 0
9 9 , 0 7
0 , 7 6
9 9 , 6 3
C-12
10,02
11,67
2 2 , 0 0
2 9 , 7 4
4 , 4 6
7,10
1
1,65
3 ,34
5,60
1,00
9 6 , 8 0
3 , 9 4
100 ,70
H-07
4 7 , 4 0
18,90
1,05
4,17
24,51
1,01
1,16 '
9 8 , 2 0
3 , 6 0
101,80.
H-37
7,14
1,67
10,48
27,80
19,02
19,41
11,83
1,22
9 8 , 5 7
1 ,30
9 9 , 8 7
C - 10
1,67
1,18
14 ,73
2 . 4 8
68 ,81
1,43
4 ,18
1,01
96,71
4 , 6 6
101,37
C-17
6.3 9
0 . 8 5
7 3 , 5 5
7,95
7,80
3 , 0 2
•
9 9 , 5 6
1,16
100,72
C-18-b
4 , 3 8
2,7 8
2,67
10,01 <
6 3 , 5 0
6 , 4 8
:
i i
6,03
96,26
si 2,42 \ 96,68 1
mmm^r^wa
C-12 0 C-14 - Mlgmotltoe HomogSneos - gronítlco* H-07 • plopsIdio-Mlcroclino-Quartzo granoblostito H-37- DiopsIdío-HiperstSnio*-lobroàorita gronolito C-IO, C-17, C-18-b - Díopsldlfo
•M r * ;ürstet : |SS-
- & 2 -
10.2. Diagrama ACF
MIYASHIRO (1973) e WINKLER (19 74) apresentar, diagrama ACF com
campos delimitados para as rochas originais.
Na tabela V são dados os valores ACF das rochas analisadas
quimicamente.
T A B E L A - Y
Parâmetros A C F
^VAMOSTRAS
A CF > v
A
C
F
C-12
67 ,3
17,5
15,2
C-14
67.5
19,2
13,3
H-07
7 . 9
4 6 , 0
46,1
H-37
22 ,4
28.0
4 9 , 6
C-IO
6,5
47,0
41 ,5
C-17
2 , 4
47,1
5 0 , 5
C-I3P
8 , 3
45.3
4 6 , 4
C-8
2,1
6 9 . 3
8 ,6
C-13
9 . 9
5 9 , 3
30.8
i
1,3
9 6 . 4
2,3
16-1
12.7
83,5
3 ,6
16-2
16,7
77,9
5 .4
Volei2
1,3
96,6
2,1
C-12 © C-14 - Migmotitos homogêneos - granfticos H - 0 7 - Diopsidío - microclino-quortzo gronoblootito H - 3 7 - Dlopsidio-hiperstênio-labrodorlta gronolito C-10, C-17 o C- I8 -D- Díopsfditos C - 8 , C-13, 1 , 16-1 o 16-2 - Mármores díopsfriicos Vale- 12 - Motomícrito
A partir dos dados encontrados, locaram-ne as rochas no dia
grama ACF, Fig. 25.
Os migmatitos homogêneos caem no campo das rochas pellticas e
grauvacas, com maior tendência a pellticas, vez que ém ambasJ
se encontrou A> 67; o diopsídio-hiperstênlo-labradorita |grano-
lito situa-se no campo dos basaltos e andesitos; o diopsídio-
microclina-quartzo granoblastito encontra-se no limite do cam
po basãltico e rocha carboriãtica, o que pode ser considejrado !
iCMBBeÉíJBtttÜlMMliá BflBBKftlÉ&Cf L 2 Q = C U B £ Z :
A
m-,
fig.25" Diagrama-ACF com compos delimitados para os rochas originais. ' Em linho contínua compilado do MIYASHIRO (1973M X - folhelhos e grouvocos, Y — ba&oltos e ondesitos e 2— colcdrios. Em linha tracejado compilado de WINKLER (1974): I A — argilos e folhelhos ricos cm alumínio, XB—orgilo» e folhelhos ou livre de corbonoto ou contendo corbonoto ate' 3 5 % , I£—grouva -ces, 1—rochas ultrabásícas e 2—bosaltos e onde-sitos .
C- I2 ,£- I4—Migmat i tos homogêneos - gronítíco$
H - 0 7 — Oiopsidio- microcl ína- q u a r t z o - gronoblastíto
H-37 — Oiops id io-h ipers tên io- lobrodor i to g rano l i to
, C-IO.C-17 d C-18-b—Diops id i tos j
JC-8,C-I3,1,16-1 e 16-2—Mármores díopsiaícot
(VALE-12— Metomicr i to !
- 5 4 -
m wSsssÊÊÊÊÊÊm < \
i ' . I
a
TA B E L A V I
V A L O R E S DE N I 6 6 L I
^ A M O S T R A
VALOR E ^ v
al
fm
C
a Ik
c/fm
c+fm
C-12
36,8
32 ,4
20 .0
10,8
0.617
52.4
C-14
44 .4
7.5
7.9
40.5
1,053
15,4
H-07
15.9
39.6
36.2
10.1
0.914
75.8
n-sr
15.9
56,4
24.5
3.2
0,434
80,9
C-IO
8.2
42.3
47.0
1.7
1.130
90.1
C-17
2.6
50,3
46,0
0,3
0,930
97,1
C-18-b
5 ,8
50.3
<?2.6
1.3
0,847
92,9
C-08
18
9.7
68,1
0,4
9,082
97,8
C-13
7.1
35.4
56.8
0.7
1,604
92.2
1
1.9
3.3
93.7
I.I
26,393
97,0
16-1
9.5
8,7
79,3
2,5
9.114
ee.o
( 6 - 2
12.2
11.9
73,2
2,7
6.151
85.1
Vale-l
0.8
2.5
96^6
0.1
38.6
99.
C-12 e C - 1 4 - M igmot i tos h o m o g ê n e o s - g r a n í t í c o
H - 0 7 - Diopsidio - m i c r oclíno- q u a r t z o gro noblas t i t o
H-37 - Diopsidi'O - n ipersrenio - lo bra d o r i t a g r o n o l i t o
C- lO, C-17 e C-18-b - D i o p s i d i o s
C-8 ,C-13 , I , 16-1 e 16-2 - M á r m o r e s d í o p s í d i c o s
V o l e - 1 2 - M e t a m i c r i t o
estranho mas, na verdade, não o é pois, a alta percentagem de
quartzo tanto modal como normativo, não é representada no dia
grama o, quantidades de feldspatos 25,Al modal e 24,1% normati
vo conferem ã rocha um valor A = 7,9 justificando-se desta for
ma a posição do ponto na figura.
Os diopsiditos, os mármores e o metamicrito situam-se no campo
das carbonáticas, concluindo-se que os diopsiditos têm como
.rocha original dolomitos e, os mármores originaram-se de cal
cários, sendo ambos (dolomitos e calcários) impuros,
10.3. Tetraedro al-fm-c-alk e representação do campo ígneo
Os quatro valores de NIGGLI, citados em BURI op. cit., são co
locados nos vértices do tetraedro. Para facilitar a representa
ção no plano, o lado c-fm foi dividido em dez partes, cujas ra
zões c/fm correspondentes são: 9/1, 8/2, 7/3 etc. Posteriorraen
te, o tetraedro ê seccionado segundo planos que passam através
de al-alk e respectivas razões c/fm, dividindo-se em dez partes
tridimensionais em forma de cunha.
Os pontos são marcados nos triângulos correspondentes a razão
c/fm encontrada, considerando a_l = 100, alk = 100 e c + fin = 100.
Na tabela VI apresentam-se os valores utilizados para locação
dos pontos na figura.
Na Fig. 26 observam-se que os mármores, o metamicrito, os diop
siditos caem no canipo dos sedimentos químicos, cujos pontos es
tão pempre próximos ao vértice c/fm; já os migmatitos, o grano-
lito e o granoblastito situam-se no campo ígneo.
-56-
a Ik
frn --2,3-4
S-50-0,11 - f - :4 -9
3 1 1 1 ^ ^ Resistoto \ £ T argiloso sedimentor
OIK
_£__-, U^-0,43-0,6 7-^^0-1,5 -£-«L
TST ••0.25^43
^--0,11-0,25
H-OfV^ C
rig.26- Tetraedros de concentração oi - fm-c-a lk , stccionados segundo o plono al-alkt aora ÍPü*trnrttn t • A M A I
11. GEOQUÍMICA E PETROGENESE
Minerais e rochas de difícil homogeneização foran submetidas
as seguintes análises: Elementos traços: Ba, Sn, Zr, Nb, Sr,
Rb, Y, Pb, Ar, Zn, Cu, Ni, Cr.
T.T o tópica de Sr.
Isotõpica de C e O.
Terras Raras: La, Ce, Pr, Nd, Sm, Eu, Gd, Dy, Er, Yb e Y.
11.1. Geoquímica dos elementos trnços
Os valores encontrados para os elementos traços analisados
são dados em ppm e apresentados na tabela VII.
Os resultados analíticos mostram que há grande dispersão de-
Ba nos minerais e rochas analisadas; a concentração maior ê
dada pelo mármore diopsídico (C-8), cujo teor igual a
1.500 ppm, também SIGHINOLFI (1974) encontrou para calcita
associada a apatita er. Capim Grosso-Ba. igual a 1.100 ppm;
são resultados típicos dos carbonatitos. Nas caleitas e
apatitas a quantidade"de Ba encontrada 5 relativamente baixa
em relação aos valores registrados em carbonatos marinhos.
Sr ao contrário é relativamente concentrado nas cnlcitas e
apatitas em relação aos mármores; o metamicritô não metamer-
fizado (Vale-10) apresenta um teor bastante elevado de Sr;
provavelmente o teo"r baixo registrado nos mármores c relacio
nado ã sua perda durante o metnmorfifcino; os te c um fcnômro
freqüente observado por vários autores.
Zr, Nb, Ti, íli e Cr apresentam-se em geral em concentrações
muito baixas, freqüentemente menores do que o limite de deteçr
ção, excetuando-se as apatitas quanto ao Nb e ao Zr, este
em uma delas, os quais deram altos valores. Baseado em cpncen 5 + 4 + """'
trações cristalcquímicas de apatita, Nb e Zr devido fts
suas altas cargas e raios iônicos desses íons, não 3e espera
a entrada fácil deles na estrutura das apatitas; teores
-58
»—«• aim i m n w W l t » — . r^j'V^Mfí*^.*li*m^.*.i^**i»*-^^<-T*"mmÊntsw
TABELA V I I •
r S sNNA MOSTRAS
E L E M E N T O ^ , tppm) \
BO
Sn
2 r
Nb
- 8 r
Rb
Y
Pb
A*
Zn
Cu
Ni
Cr
, T i 0 2 %
C A L C I T A
MAT-6
145
<20
<20
<IO •
5 4 0
3
4 5
10
< 3
6
:; 5
15
< 2 0
•cO.0 5
MAT-7
110
<20
< 2 0
<»0
3 9 0
4
3 0
10
V:3
3
5
!0
< 2 0
< 0 . 0 5
MAT-8-2
290
<20
<T2 0
< I 0
565
3
5 0
2 0
<:3
18
9 0
6 5
<í2 0
<-0,0 5
APATITA
MAT-8-1
2 0
£2 0
35
15
4 0 3
nd
0 5
4 4
10
10
15
15
<2 0 -
< 0 , 0 5
M AT-2
140
42 0
iT2 0
17
256
nd
90
! 0 0
l«t
9
2
10
< 2 0
< 0 . 0 3
MÁRMORE OIOPSÍDICO
C-8
15 0 0
<:2 0
<2 0
6
21 0
nd
17
10 •
3
. 3 0
nd
18
< 2 0
< 0 . 0 5
C-13
135
<2 0
i 2 0
i , o
1
I " i
6
2 0
5 i
I » 1
7 7
7
| «
3 0
<r0,;30
META-MICRITO
Vote-IO
110
cZO
•£20
< I 0
5 1 0 <
5
3 5
5
\ « 3
!' '1°
!; is
1 0
< 2 0
kro.os
Amostras da Serro da» Pane la *
nd - e lemento não detectado
desta ordem podem ner interpretados como sendo relacionados
a concentrações relativamente elevadas nos fluidos
relacionados com estes corpos, fluidos estes de possível
afinidade alcalina. Note-se que na área ocorre apatita
associada a calcita e flogopita e, quando ocorre altos teores
de Nb acompanhada de flogopita, flogopitizaçao e carbonataçao,
isto ê devido a soluções alcalinas e carbonatíticas, que
transportam Ions complexos de niôbio, de alta mobilidade
fclEINRICH^ 1966).
Se estas rochas são de origem sedimentar, os elementos Zr,
Nb, Ti, Ni e Cr pertenceriam ã fração detrítica de rochas
carbonatadas e, neste caso, deveriam ter-se formado em bacia
sedimentar na qual a sedimentação carbonática deve ter sido
praticamente homogênea, sem impurezas apreciáveis de material
detrítico. ' -\
Quanto aos Pb o Zn, aquele c mais encontrado nas apatitas
enquanto este predomina nos mármores.
A origem destes elementos é difícil de discutir porque esses
metais tanto podem estar ligados a fração detrítica, como
serem coprecipitados com a calcita nas águas do mar, sendo
muitos dos carbonatos desses elementos menos solúveis do que
a calcita (CROCKET nnd WINCHESTER, 196G) .
11.2. Geoquímlca isotõpica do Sr
Levando-se em conta a petrogênese, snbe-se atualmente que os
basaltos de cadeias meso-oceanicas e ilhas oceânicas apresentam 87 86 ''
razões Sr/ Sr na faixa 0,702 - 0,706, havendo maior
freqüência dos valores 0,703 - 0,704, sendo o valor médio de
aproximadamente 0,7035. Assim, a teoria mais adequada para
explicar a orig. ia de tais basaltos, é o manto superior como fonte. Por outro lado, oo mettsoritos acondríticon bauãlticos, nem
condrulas (ou .icja: pequenos nõdulos de minerais ferro-mag-87 Rfi
nesianos), geralmente acusam razões iniciais de Sr/ Sr
aproximadamente igual a 0,G998 e* idades de 4.400 m.a.
(YORK et ai, 1972). Hoje ê grande a aceitação, de um modelo
do manto homogêneo da terra primitiva, a partir de estudos
deste tipo de meteoritos. Outros estudos, entretanto, indi
cam a idade de 4.600 m.a., como idade da formação da Terra.
Utilizando estes dados, pode-se construir modelos da evolu
ção de composição do manto durante a vida da Terra.
Na Fig. 27 é apresentado o modelo lir.ear, onde os pontos são
ligados por linhas retas, dando uina faixa de valores prová
veis para material derivado do manto.
M O D E L O LINEAR
0,699 4fi 40 3J5 3,0 2,5 2fl l£ 1,0 0,5
idad* «m b.a.
Fífl.- 27
Í-61-Í
Embora este modelo seja inadequado devido ao comportamento
geoquimico do rubídio, cuja tendência é de rápida diferenciação
para as rochas crostais, a diferença para o modelo não linear,
proposto por FAÜRE e POWELL (1972), é pequena. Fig. 28.
MODELO NÃO LINEAR PROPOSTO POR
( FAURE AND POY/ELL 1972)
0,699
• I * M > ii i m i m L>
As rochas com razões Iniciais muito acima da faixa
0,698 - 0,708 devem ser interpretadas como tendo sido originadas
em um ambiente mais rico em Rb, ou com razão Rb. . ,/Sr^ , , total' total
maior que a apresentada pelo manto superior ou, pelo menos,
que durante a ascenção do manto através da crosta para a
superfície, o magma deve ter reagido com rochas crostais
que possuíam estas, características químicas. 87 86
Os carbonatitos exibem razões Sr/ Sr na faixa de 0,7075 - 0,7015, tenao maior incidência a faixa 0/7045 - 0,7015
e valor médio de 0,7034 (FAURE and POWELL, 1972). Estas razões
acusam uma origem no manto superior. Por outro lado, interpretar
a origem de carbonatito com base somente na razão inicial de 87 86 ~
Sr/ Sr, não é suficiente; principalmente em terrenos
geológicos antigos, cujas rochas originais são sedimentares.
Admitem-se razões iniciais, bem próximas âs de origem, nó
manto superior, em calcário marinho antigo. No caso de
.carbonatitos antigos é necessário considerar a composição
de elementos traços.
— — 87 86 I
Fez-se determinações da razão Sr/ Sr em 3 amostras de calcita
recristalizadas, 2 amostras de calcita em mármore diopsídico,
1 amostra de calcita em*metamicrito e 2 amostras de apatita,
cujos resultados são.dados na tabela VIII.
Os valores encontrados situam-se na faixa 0,709 - 0,712 + 0,002;
é, portanto, pouco provável uma origem no manto superior,;
cuja razão, em 2.000-m.a. cai na faixa 0,701 - 0,704.
Os verdadeiros carbonatitos, os quais tem sua origem no manto,
exibem razões naquela faixa, com maior freqüência em torno
de «aproximadamente 0,703 (FAURE and POWELL op. cit.). Além
disso, não hã possibilidade de uma origem através remobilização
de carbonatos marinhos antigos, tendo em vista que, estes '
também apresentam razão em torno de 0,704 (FAURE and POWELL i"
op. cit.), levando-se cm conta a idade mínima para
aquelas rochas. Desta forma conclui-se: a) o estrondo ;
derivou-se por>meio de metamorflsmo de alto grau; b) ou pòr
-£l
T A B E L A V I U
AMOSTRA
MAT-»
MAT-7
MAT-8-2
C - 8
C- .3
VALE -10
MAT- 2
MAT-8 -1
DESCRIMIMAÇÃO
CALCITA ALARANJADA
CALCITA BRANCA
CALCITA CASTANHA
MÁRMORE DIOPSIOICO
MÁRMORE DIOPSÍDICO
METAMICRITO
APATITA
APATITA INCLUSA HA CALCITA CASTANHA
eTSr / M S r
0 , 7 0 9 3
0 ,7094
0,7118
0,7114
0,7139
0,7124
0,7036
0,7120
• 0 , 0 0 0 8
+ 0 ,00 15
t 0 , 0 0 0 5
* 0,0012
+ 0,0014
í 0 ,0009
t- 0,0007
• 0 ,0020
Rorõo 87Sr/ ÍCSr Inicial Amostras da Serra das Panelas
anatexia de rochas' si li catadas do embasar.ento; c) ou o
estrôricio é proveniente de fluidos magmáticos com origem no
manto os quais interagiram com rocha? da crosta. Em qualquer
das possibilidades a razão isotopica Sr/ Sr inicial é
maior que a do manto.
1 ** IP 11.3. Geoquímica Isotopica de C e 0
Pez-se análise isotopica de carbono n oxigênio para quatro
amostras de calcita e uma amostra de mármore diopsídico.
18 ' 13 ' Os valores foram expressos como SMOW para 0 e PDB paria C, de acordo com CRAIG, (1957). Desta forma/ o dióxido de I carbono padrão de Chicago o CO, produzido por vim, carbonato
de cálcio pela reação com 100% de H-^O. a 25,2 C. PDB é um
fóssil Cretáceo, Belemnetlla americana, da formação Peedee
do Carolina do Sul; o carbonato •' quebrado, pulverizado o,
posteriornente, tratado apenas o m o ácido, u (desvio padrão),
expresso em partes por mil, é a razão de enriquecimento
isotopico da amostra em relação ao padrão, de acordo com a
seguinte fórmula:
& (W = R amostra
R padrão - I X 1.000
As razões de isótopos de oxigênio são uniformemente
moleculares, isto e: R refere-se sempre a O 0/ O O IR 1 fi
mais do que a 0 / 0 .
0 erro analítico estimado foi de + 0,5%/, tanto para o
oxigênio como para o carbono.
Na tabela IX são dados os resultodos analíticos encontrados
para C e O, bem como descrição sumária das amostras.
TABELA IX
AMOSTRA
C - 8
M A T - 6
C« BI
MAT-6-1 «
MAT-T
DESCRIÇÃO SUMARIA •
Ca 80% dl, ab, K-fd tremolito
Ca alaranjada d» granulacao grosso
Ca grossa 9 0 % e Bi 10%
Ca grossa alaranjada ossoefoda oap
Ca branco
o"3c
f 6 , 34
• 0,38
- 1, 4 6
- 1 , 35
- 2 , 1 7
•f
+
t
•»
4-
S"0
1 4 , 9 2
12,65
12,69
13,10
12, 69
Valor** d* t i " c • 6 ' e 0 «ncontradoc nas omostro* da Serro do* •
Pan*lo*.
Ca'colc i ta , dl» dlop»ldlo, k-fd* feldspafo pota*slco, bl» blotlta, ap«apo'
tito.
As amostras MAT-6, MAT-6-1 e MAT-7 apresentam oò C
variando de + 0,38%» a - 2,17%, vs I'DB cuja média é - 1,15%» e
desvio padrão 0,76. Estes valbres são bastante baixos em
relação aos carbonatos marinhos atuais, onde o C é em torno
de 0,00%9 vs PDB; coincidem com OÍÍ valores encontrados por
SCHIDLOWSKI et ai (1975) para a série dolomltica do Transvaal
do Precambriano Médio; a diferença entre a composição isotõpica
das calcitas recristalizadas não é de fácil interpretação;
"talvez aquela diferença esteja relacionada com o aumento do
grau de metamorfismo.
0 v * o varia do 12,65*. a 13,101:, vs SMOW, tendo como media
12,83%o e desvio padrão igual a 0,20; estes valores são muito
baixos em relação aos carbonatos marinhos atuais onde o
S1 0 está em torno de 24,001* SMOW.
Não concordam com os valores do Precambriano Médio encontrados
por SCHIDLOWSKI op. cit; entretanto, coincidem com os valores
do Precambriano Inferior, e com os resultados encontrados por
SIGHINOLFI (1976) para os carbonaton do complexo Jequjõ-Ba.,
datados por CORDANI (19 7 3), que atribue a estas rochas idade
de 2.700 m.a.
'£ importante salientar que os carbonatos que predominam no
Precambriano são dolomíticos e, na Serra das Panelas, o
carbonato encontrado foi calcita, não se registrando a
presença de dolomita.
No mármore diopsídico (amostra C-8) oü C = +6,34%3 vs PDB, i
este valor talvez possa vir a ser explicado pela correlação
positiva que parece existir entre o ò C e a quantidade de
magnésio presente na calcita; neste caso, o magnésio seria
do diopsídio.
Os nossos resultados não podem ser correlacionados cóm rochas
carbonáticas cujos valores considerados característicos são
S 13C - - 4,9%0 VS PDB e (5 1 80 = 10,1%„ vs SMOW, DEIXES and
GOLD (1969). i
-66-
Faz-se necessário algumas considerações sobre a geoquímica
dos isõtopos de carbono e oxigênio.
11.3.1. Composição isotopica de C e O e o grau de metamorfismo
Tem-se observado que o metamorfismo, em geral, tende a
deslocar o 613c dos carbonatos para valores negativos. DEINES
and GOLD op. cit. demonstraram que a composição isotopica de.
carbono e oxigênio nos calcários metamórficos de contato de
Trenton Canadá exibem uma mudança progressiva em relação ao
calcário sedimentar.
0 mesmo tem sido observado quando se trata de metamorfismo
regional.
Durante o metamorfismo progressivo de rochas carbonatadas
dã-se descarbonatação por dois processos: destruição do
carbonato ou reações de troca entre o carbonato e material
não carbonático.
No primeiro processo ambos C e O libertados pelo C0? são
isotopicamente mris pesados, vez que eles tornam-se mais ricos 12 16
em C e 0 (B0TTING7\, 1968); vale ressaltar que isso ocorre
quando há equilíbrio de temperatura. O segundo processo leva
a resultados semelhantes, consistindo em trocas entre •'; '
carbonatos e componentes silicosos ou a uma fase de carbono
reduzido de origem orgânica (CRAIG, 1953).
A Fig. 29 apresenta as composições isotópicas de C e 0 dos
dolomites do Precambriano Superior das províncias de Vermont
e Grenville, de rochas carbonatadas do Precambriano Médio da
Serra das Panelas e do Arqueano-Protorozõico Superior de
Jequié. | * í
Em Vermont as rochas estão metamorfizadas ã a l tura da fácies xis to verde, nas zonas da c lo r i t a e b i o t i t a , e fácies almandina-anfibolítica na zona es t au ro l i t a -c ian i t a ; em Granville o metamorfismo atinge a fácies anf ibol í t ica em \ níveis infer ior e superior . . • \ Em Jequié as rochas são da fácies granul í t ica e, na Serra daí
-67-
Panelas, são da fácies almandina-nnfibolítica.
o 5 tf> li-
o 5 < \-ÜJ 5 lü O
15 < o: o
•—•p- -
to 5 .
2 <
cr . 9 t »-* o: _J
3 5s
s< o: w u- 0 S < u. o
.t: • *• c •2 ui y o . . . » O Vil '
* O o *-
. t » o x E
V) O Ui
-=£ o ,<
. BAHIA , (ARCH.-L.PROT)
* 1
* * * 1 1 GRENVILLE
• (UPPER PREC)
*
• VERMONT
(UPPER PREC)
• •
• •
•
i . i l .
1
a K * * • » * •
. «• • • • •
•
•• • •
• • • • • •
• . . • • •
• • • •
| * •
-_l l i i i L_ . _
12 16 20
f 0 l°/o 24
O0SM0WJ,
28 -4 0
6 C l /OOPDBJ
+4
Fig.29- Vorioçõo de 6 , e 0 e 613 C com o gro'u de metomorfismo. Grófico compilado de SI6HIN0LFI ei oi (1976)
(x—K)-SERRA DAS PANELAS- Amostros. Mof-6 , CiBi, &J0T-6-Í e Mot-
íia figura, observa-se que a composição isotõpica dp carbono
não parece ser correlacionada "in totum" ao grau de
jnetamorfismo. SCHIDLOWSKI et ai op. cit. atribui uma! certa
constância nos valores b C desde o Prccambriano Infprior
até o recente, que se explica pela constância da razão ,
C org/C inorg. no ambiente de sedimentação dos carbonatos
marinhos. Considerando carbonatos,da mesma idadft, notam-se
flutuações no» valores & 0, que(parecei depender mais das^
- » -
feições pre e pór.-mctamõrfica, do que de mudanças do gradiente
metamórfico (SIGHINOLFI op. cit.).
A pequena variação dos valores da Serra das
Panelas deve-se possivelmente a homogeneização sob condições
de alto grau de metamorfismo (SHIEH and Scm7AP.CZ, 1974).
11.3.2. Isõtopos de C e O e tempo geológico i
SCHIDLOWSKI et ai op. cit. estudaram os isõtopos de carbono!
e oxigênio relacionanco-os com o tempo geológico.
(13 Na Fig. 30, excetuando-se alguns valores anormais deu" C, a
composição isotópica do carbono, desde o Argueano até o I
Recente, ê inalterada não só nos carbonatos sedimentares bem
conto nos carbonatos metamorfizados.
•
0 O
a 0
o IO
12
IO
8
6
4
2
0
-2
-4
cnos
Fig.30- Voríocõo de 6 , 3 C dada em [ % © P D B ] COT» o ídode geológico. Gráfico compilido de SCHIDLOWSKI et oi (1975) i\ ) SERRA DAS PANELAS j — Amostras M o t - 6 , C l B i , M o t - 6 - i e Mot-7." !
-69 r
£»< Os valores ° *~ C encontrados para os carbonatos da Serra das Panelas quando relacionados com a média das idades encontradas
(2.027 m.a.) coincidem com o què foi estabelecido por aquele
autor. C 18 0 mesmo estudo foi f e i t o em re lação ao ^ O, conforme é v i s t o
na F ig . 31; aqui observa-se una tendência de aumento nos va lores
de 6 O desde o Arqueano a t é o Recente.
___ 0,5 0
IDADE X IO9 Anos
Fig. 3 i - Vorioçõo de 6 , 8 0 dado em C %» S M O W ] com o idade
geológico ©rófico compilado de SCHIDLOWSKI et oi (1975).
( J ) SERRA DAS PANELAS — Amostros Mot -6 , Clbi, Moí -6 -1 e Mot-7.
-Í70-I
t 18 Os valores de 0 o, (nédia de 12,83%a vs SMOW) , encontrados
nos carbonatos da Serra das Panelas, quando relacionados
com a média das idades determinadas, não coincidem com o que
ficou estabelecido por SHIDLOWSKI et ai op. cit., ou sejn,
para idade em torno de 2.000 m.a., « O varia de 17%, a 24%»
vs SMOW, mas coincidem com valores de idade superior a C 18
2.500 m.a. (Arqucano). Aqueles valores tão baixos de u O,
podem ser devido a trocas isotópicas que ocorrem pós-deposi-
cionalmente (DEGENS and EPSTEIN, 1962) na superfície das
águas "leves", ou então devido a perda de O da rocha,
causada por trocas entre esta e águas termais (CLAYTON and STEINER, 1975).
11.3.3. Isótopos de C e O em carbonatitos
613 (18 C e 0 O constata
dos têm sido bastante distintos dos encontrados para calca-' rios sediraentares e seus correspondentes metamorfizados.
TAYLOR et ai (1965), encontraram em calcitas do carbonatito
Ó13 C = -6 ,6%» a- 8,4%» VS PDB; BAERTSCHI, 1957 citado em TUTTLE and GITTINS (1966) ,
apresenta os seguintes valores para o carbonatito de
Kaiserstuhl, Alemanhat C = - 8,8 a - 9,3%, e O = - 21,l%o.>
DEINES (1970), estudando o complexo carbonatítico de Oka -<13
Canada, achou a seguinte distribuição: O C = *- 5%<> vs PDB
e ò O - 7,4%o vs SMOW; já para os carbonatitos do Leste Afri
cano, a média é de-o 13C = - 5,1%. + 1,4%, vs PDB, DEINES
(1973).
Dos dados apresentados pelas amostras da Serra da3 Panelas e,
tias considerações feitas levando-se em conta o grau de meta-
morfismo, o tempo geológico e relação de dados encontrados em
carbonatitos, pode-se deduzir que aquelas rochas: |
! I - tiveram sua'origem a iirtir de carbonatos marinhos de idade
Precambriana Inferior Fig. 30;
- dificilmente poderão ser correlacionadas a rochas carbonatí-
ticas.
11.4. Geoquímica das Terras Raras
Biotita, apatitas e calcitas foram submetidas a análise de
elementos das Terras Raras tais como: La, Ce, Pr, Nd, Sm, Eu,
Gd, Dy, Er e Yb além de Y, cujos resultados são dados em par
tes por milhão (ppm),
0 grupo lantanóide mostra, alternadamente, a abundância ma.is
elevada dos elementos de números atômicos pares e, menos ele- •
vadas, dos elementos de números atômicos ímpares. Na crosta —3 a abundância absoluta varia aproximadamente entre 10 % no
caso do Ce e 10 % no caso do Tin.
Tendo em vista a utilização de meteoritos silicatados (condri
tos) , como num modelo da composição do manto superior e, como
naqueles meteoritos as abundâncias observadas variam da mesma
forma quanto aos elementos de números atômicos pares e ímpares,
eles são utilizados para normalização das concentrações obser
vadas em rochas terrestres, a fim de evitar alternância entre
aqueles elementos, citado em HASKIM et ai (1966) como efeito
da regra ODDO-HARKINS.
Fez-seoa normalização .dividindo-se o valor de cada elemento
pelo seu valor médio nos condritos. Na tabela X são apresentados,
não sõ os valores absolutos, bem como os valores normalizados
para condritos dos vários elementos analisados nas apatitas,
calcitas e biotita.
Nos vários gráficos que são apresentados Y foi colocado em
lugar do Ho, tendo em vista que, os dados do Y são mais preci
sos e os raios iônicos dos dois elementos são idênticos.;
A Pig. 32 mostra curva padrão de distribuição das Terras Raras
na biotita normalizada para condrito, onde se observa enrique
cimento nas Terras Raras leves em relação âs pesadas, e anomalia
negativa do Eu. Na biotita não foi detectado o Yb.
-72r
La
Ce
P r
N d
S m
E u
Gd
D y
Er
V b
Y
BIOTITA
d B i |
6 0 . 2
8 5 . 8
8 . 5 8
2 1 , 3
2 . 5 6
0 . 3 9
1.81
l .OO
0 . 5 1
—
7.1
A P A T 1 T A S
C 8 A p i
9 5 9
1 4 9 1
1 4 6
4 5 0
7 2 . 5
1 8 . 1
5 1 . 4
3 8 , 7
1 6 , 7
i e . 3
2 0 0
Cj A p 2
5 7 6
1107
1 0 2
3 6 1
5 4 . 3
1 2 . 0
3 8 . 7
27 , i '
1 5 . 7
1 4 , 1
1 4 9
Cs Ap 2
3 7 2
7 3 0
6 8 , 8
2 6 3
3 9 , 5
5 . 8 1
2 7 . 0
1 9 . 3
1 0 , 7
5 .7
113
MAT-5
2 5 9
6 1 8
5 5 . 7
2 3 3
4 1 . 9
8 . 8
2 9 . 8
2 2 . 3
11, G
—
116
MAT-3
4 81
1131
1 1 6
4 8 5
7 9 . 3
1 3 . 4
6 1 , 3
4 2 , 3
1 8 . 5
1 1 . 2
1 9 9
MAT-8-1
7 6 8
1 4 5 0
1 3 2
4 8 9
7 0 . 9
1 2 . 7
5 0 . 7
3 7 , 2
19 .6
II. 7
2 0 4
C A L C 1 T A S
Cs COt
5 2 . 7
7 3 . 6
5 . 6 5
1 9 . 0
2 . 6 9
0 . 1 0
3 . 6 5
2 , 5 0
1 . 3 9
0 . 9 2
2 5 . G
C&Coi
1 7 8
3 6 2
3 3 . 6
1 3 0
2 0 . 6
3 . 6 5
1 5 . 7
1 2 , 8
G.72
U.B
7 5 . 4
C 4 C 0 3
1 4 3
2 6 7
2 4 , 0
8 8 , 5
1 3 , 1
2 . 5
1 0 . 2
8 . 0 7
5 . 2 4
'í.f)
57 ,7
C4C0 2
2 5 7
4 6 0
39 .1
1 4 4
2 0 . 4
3,76
14 .7
11,6
5 , 6
3 . 3
6 6 . 9
0 . 3 3
0 . 8 8
0.112
0 . 6 0
0.181
0 . 0 6 9
0.2 4 9
0 . 3 1
0 , 2 0 *
O.20
1 . 9 6
E L E M E N T O S DE T E R R A S RARAS NORMALIZADOS PARA CONDRITOS
L o
Ce
Pr
N d
S m t
Eu
Gd
Oy
Er
Yb
Y
1 8 2 , 4
9 7 , 5
7 6 . 6
3 5 . 5
1 4 . 1
5 ,C
7.3
3 .2
2 , 6
—
3 . 6
2 9 0 6
1 6 9 4 , 3
1 3 0 3 , 6
7 5 0
4 0 Q 5
2 6 2 , 3
2 0 6 , 4
1 2 4 , 8
8 3 , 5
8 1 , 5
1 4 2 , 8
1 7 4 5 . 5
1 2 5 7 , 9
9 1 0 , 7 -
6 0 1 , 6
3 0 0
1 7 3 , 9
1 5 5 , 4
8 7 . 4
7 6 , 5
7 0 , 5
7 6 . 0
1127, 2
8 3 0 , 1
6 1 4 , 4 •
4 3 8 , 2
2 1 6 , 1
8 4 . 2
1 0 8 , 6
6 2 , 4
5 3 , 3
2 6 , 6
5 7 , 5
7 8 5 , 9
7 0 2 , 5
4 9 6 , 8
3 8 8 , 1
2 3 1 , 5
1 2 7 , 5
1 1 9 , 5
7 1 . 8
5 7 , 9
—
5 9 , 0
1 4 5 7 1
1 2 8 5 , 5
1 0 3 3 , 5
8 0 8 , 5
4 3 8 , 0
1 9 3 , 0
2 4 6 , 1
1 3 6 . 6
9 2 , 4
5 6 , 1
1 0 1 , 4
2 3 2 6 0
1 6 4 8 , 1
1 1 7 5 , 6
6 1 4 , 2
3 9 1 , 6
1 0 4 , 2
2 0 3 , 4
1 2 0 , 0
9 8 , 0
5 5 , 8
1 0 3 , 9
1 5 9 . 7
8 3 , 6
5 0 , 4
3 1 , 6
1 4 , 9
1 .5
1 4 , 7
8,1
7 . 0
4 , 9
1 3 , 1
5 3 5 , 7
4 1 1 . 4
2 9 9 , 9
2 1 6 . 9
113,6
5 2 . 9
6 3 . 0
4 1 . 3
3 3 . 6
4 9 , 1
3 8 , 5
4 3 4 , 0
3 0 2 , 9
2 1 4 , 0
1 4 7 , 6
7 2 , 3
3 5 , 9
4 1 , 0
2 6 . 0
1 1
26 2 , ,,.; i 23,0
29,4
7 79,8
5 2 2 , 8
3 4 9 , 2
2 3 9 . 3
112.5
5 4 , 5
5 9 , 0
37,4
28 ,1
1 1 6 , 6
3 4 . 1
/
/
/
/
/
/
« ' !
/
/ , - , -, „
i / 1
j ' 1 --..-.^.,:—^aes.. •^•^^-.'.^stsssiit^^ ,«».,ri m »_^j—t aé=**3
1000
o H ir o z o o 100
DIA
lu 2 »•*
1 0 <i H
? O m
i
I ^ v
1. .1 . 1
\ f' Bíi ' \
\i
' i i i i i i i
-
-m
--
_ --" ~ „
• •
*j -
— * s ^ _
"
1 1 1 1 • i « c» rr N< ( • t . •< DT T (• T I l i «T M «I «1 (S (T »» TI
NÚMERO ATÔMICO OE TERRAS RAIVAS
Fig.32 " Padrão de distribuiçõo dos TERRAS RARAS normolizodos por condrito poro amostra de biotita (Cl 8i) * Serro dos Panelas .
A Fig. 33 mostra curvas padrão de distribuição das Terras '
Raras nas calcitas normalizadas para condrito, observando-se
forte enriquecimento*nas Terras Raras leves, anomalia negati
va do Eu, sendo mais acentuada na amostra C-Ca.. (calcita in-
tercrescida com apatita), e um pequeno enriquecimento do Yb
em relação ao Er na-amostra CrCa, (calcita avermelhada).
A anomalia do Eu, provavelmente, dcve-sc 5 troca no estado de
oxidação cm condições ígneas, por separação em meio aquoso
envolvido porecarbono e material fosfático HASKIN et ai, op.
cit. j
POULiOT (1970) e EBY (1975) atribuem a anomalia positiva do ;
Eu, nas calcitas dos carbonatitos de OKA - Quebec, a entrada* 2+ 2+ « do Eu na estrutura da calcita em lugar do Sr devi)do a
i
similaridade dos raios c cargas iônlcas daqueles íonsi; o mest
mo autor determinou cerca de 1 a 2% de Sr nas calcitas de
-74-
Oka. As calcitas da Serra das Panelas apresentaram uma vari
ação de 0,039 a 0,058% de Sr.
ITO
CE O 2 O O
< O UJ S N.
< 1-
ü _l < O
1000
100
10
1
-
-
-
I,
C/j Co2
/ , C 5 Co4
X. c<>co y v y ^^^
C3 Coí N .
•\ /
.i i i i i i i i
•
•
_
l -„
-_ -_ : ; : Í 5 ^ ; ^ ^ ^ ^ *
s. _^$^3T*^^ ^ * * ^ ^ — * * •
^•A S*K
^--^ \ -*"*"*,",*»»J
-
1 1 1 1 1 1 L« C . r, Há « • ( • C4 O] T Lt Tk U
ST St t i • ) t » *T «» TI
NÚMERO ATÔMICO DE TERRAS RARAS
Fig. 3 3 " Podrõo de distribuicõo dos TERRAS RARAS normalizados por condrito poro os amostres de calcito Serra dos Ponelos.
A Fig. 34 mostra curvas padrão de distribuição das Terras Ra
ras nas apatitas. A título de comparação, apresentam-se cur
vas para as apatitas da Mina João Carrilho, da Fazenda Retiro
e. da localidade de Pedra Branca.
Todas as apatitas mostram forte enriquecimento das Terras Ra
ras leves, em relação ãs Terras Raras pesadas, anomalia negati.
vâ do Eu, exceto as amostras MAT-5 da Mina João Carrilho e
C2Ap2 da Serra das Panelas.
A despeito de apresentarem valores absolutos diferentes, as
curvets guardam mais ou menos a mesma inclinação, (
Aqui não se observa enriquecimento do Yb em relação ao Br.
Comparando as apatitas da Serra das Panelas com as apatitas
das localidades acima citadas, as curvas sugerem uma mesma
população.
Ç 2 A P |
1000
a o z o ü
«I õ
•Ul
2
100
10
< a <
MAT-3
MAT8-I
i I J L J I I 1 I ! I I l l a C. ST
• • t . ca I I , 1 Cr T i • 1 •» «T • • TI
NUMERO ATÔMICO DE TERRAS RARAS
Fig. 3 4 " Podrõe de distribuição dos TERRAS RARAS normalizados por condrito para amostras de opatito.
C2Apj , C2 Ap2 . C3 Ap2 Serro tías Panelas
MAT-5 —* Mino João Carrilho
MAT-3 Fozendo Retiro
MAT-8-1 Pedra Branco
Na tabela XI apresentam-se as médias dos valores absolutos
das Terras Raras paira as amostras das apatitas e calcitas,
os valores absolutos das Terras Raras da biotita, as razões
médias das apatitas/media das calcitas, média das calcitas/
biotita e biotita/média das apatitas.
Na Fig. 35 os pontos representam razão média das apatitas/
média das calcitas. Aqui não se registra enriquecimento das
Terras Raras leves em relação âs pesadas, não se observando
o mesmo padrão de distribuição encontrado para calcitas e
apatitas; abundância máxima é exibida pelo Eu entretanto,
não chega a caracterizar anomalia. Quanto ã preferencia, a
curva sugere equivalência das Terras Raras tanto pa^a apatitas
como para calcitas.
TABELA XI
La
Cd
Pr
Nd
Sm
Eu
3 d
Dy
Er
Yb
Y
Medio Ap
5 6 9 , 2
1087,8
103 ,4
380 ,2
59,7
1 1,6
4 3 . 2
31 ,2
15,5
9 .8
176,8
M e d i a Ca .
157,7
290.7
25,6
• 9 5 , 4
14,2
2 ,5
U . 1
8 .7
4 ,7
4,7
R6.4
Bi
6 0 , 2
85 .8
8 , 5 8
21,3
2 ,56
0 .39
1,81
1,00
0 ,5 1
-
7,1
Média Ap Media Ca
3 , 6
3.7
4 . 0
3 .9
4.2
4 .7
3 . 9
3 , 6
3.3
2,1
3 , i
M e d i a Ca Bi
2 . 6
3 . 4
3 . 0
4 . 5
5 , 5
6 . 4
6 , 1
8 , 7
9,2
-
7,9
Bi Media Ap
0,10 5
0 , 0 7 8
0 . 0 8
0 , 0 5 6
0 . 0 4 2
0 , 0 3 3
0 , 0 4 1
0 , 0 3 2
0 , 0 3 3
—
0 , 0 4 0
Apsapal i ta, Ca*ca lc i to e Bf-biot i to
o -tu 2
100
< 1000
o to <t o < D Ul S
\ w
ü í < </> «i o
10
»7
Ca »r «4 t . •1
"1 1 [> «7
NUMERO ATÔMICO DE TERRAS HARAS
Fig. 35 - Podrõo de distribuição dos TE.-íRAS RARAS, razão mécSia dos opotitos ; médio dos colciíos.
Na Flg. 36 os pontos -representam a razão média caleita/bioti
ta. A curva mostra um enriquecimento gradativo das Terras Ra
ras mais pesadas devido â preferência destas pela caleita em
relação ã biotita.
Na Fig. 37 os pontos representam a razão biotita/médiajdas
apatitas. As razões encontradas para os vários elementps
das Terras Raras, são muito baixas; a. curva mostra enriqueci
mento das Terras Raras leves em relação as pesadas, e,um i * '! „ •' i ' i
certo fracionamento após o Eu. •' ' •• í • ' - i ' ! ;i
Os nossos resultados não concordam com os que se tem encontra do para rochas de origem sedimentar de ambiente marinho. j
PIPER (1974) estudando os elementos das Terras Raras no ciejo
sedimentar, des taça o comportamento anômalo do Ce, Este elemen
!
478-
1000: CO
í r-o CO
in
< O
100
o •Ul
2 \
o _i < Ü
3
3
10-
57 fm
«1
s. Ck
*3 « 10
I S
»T Y
«7
C, T »
« t
T» L .
11
NUMERO ATÔMICO DE TERRAS RARAS
Fig. 36* Padrão de disti *>uicão dos TERRAS RARAS, rozõo médio calcitas; biotito
< r-
I < <t O
o • U ' "2
< r-
<D
L« Cf •< 17 e»
M4 I ' * »» t . 0» T» », «I «1 C*
Cr Tu Y» Lu « • 71
NUMtRO ATÔMICO OE TFURAS RARAS
Fíg.37* Podrão de distribuição dos TERRAS RARAS, rozõo biolíto; medio opotita3
-Í9-.
tof em rochas ígncas e sedinentores continentais, está em
estado tripositivo, entretanto, en ambiente marinho ele é 4+ oxidado devido ao fracionamento, passando a Ce
Quanto ao Eu, em ambiente sedimentar, o seu estado triposi
tivo faz com que ele tenha o mesmo comportamento que os ou
tros vinte elementos trivalentes do grupo.
Quanto â concentração, excetuando-se o Ce, o comportamento
do grupo é mais ou menos constante e semelhante entre si,
isto quando se faz análises do sedimentos recentes de oriyer.
marinha.
LAJOKI (1975), estudando apatita e caJcita, encontrou para
formações ferríferas de idade Precambriana, na formação fer-
rífera de Paãkkò" cm Vayrylànkyla (Finlândia), teor relativa
mente alto dos elementos de Torras Raras, e "depleção" no
Ce, atribuindo a isto a presença de apatita de origem mari
nha; os resultados por ele encontrado:: foram comparados a
rochas ricas em ferro, portadoras de P, observ.-ndo-se compO£
tamento idêntico nos sedimentos metaliferos do oceano PacífJL
co não só quanto ao teor, bem como a "depleçac" do Ce; igual
"depleção" no Ce, foi encontrado pelo mesmo autor, na
fãcies carbonãtica da formação ferrífera de Iso Vuorijarvi.
A "depleção" do Ce parece ser correlacionada ã presença de
P nas rochas analisadas, as quais são de origem marinha.
Quanto ã origem Ignea, as rochas ricac em silica apresentam
maior concentração dos lantanóides pesados; as pobres em
silica e as ricas em carbonatos apresentam maior concentra
ção dos lantanóides leves (FLEISCHER and ALTSCHULE1?, 1969).
Enriquecimento nos lantanóides leves (Eu até La) ê apresen
tado por rochas alcalinas, caleitas e apatitas a elas asso
ciadas, quando normalizadas para condrito (HASKIN, 1966).
Ainda, em condições ígneas, pode ocorrer fracionamento in
terno do gruço de lantanóides, com a formação de complexos
químicos estáveis com fluoreto e carbonato, na fase hidto-
• - I • . ; l
termal, da seguinte forma:
M (C03)n Fm
Onde: M = lantanóides
n = 3
m » 1
x = 4
Estes complexos solúveis, são mais estáveis quando formados
por elementos mais pesados que os complexos formados por
elementos mais leves (ALEHSAHDROV et ai , 1969).
Os carbonatitos mostram forte enriquecimento das Terras P.a-
ras leves, ocorrendo maior concentração nas apatitas (EBY,
1975); no carbonatito de Oka - Quebec ocorre também anoma
lias do Eu, positiva nas calcitas e negativa nas apatitas,
acreditando-se ser o resultado de competição em sistema fe-2+ chaâo entre os vários minerais para o Eu (EBY, op. cit.).
Os resultados obtidos nas apatitas e calcitas da Serra das
Panelas, o forte enriquecimento das Terras Raras leves em
reüação âs pesadas, além das concentrações absolutas eleva
das nas apatitas, indicam uma relação muito mais forte com
rochas alcalinas e carbonatitos do que com outro tipo de
rocha; a anomalia negativa do Eu, que também foi encontrado
em rochas da região de Poço de Fora (FIGUEIREDO, 1976) , pode
ser interpretada cümo um líquido de fase tardia derivado de
magma alcalino, após a cristalização do fcldspaton, ou or, flui
dos foram derivados por refusao de rochas ígneas alcalinas
em que o feldspato ficou no resíduo sólido. i
Rochas alcalinas ocorrem em Pé de Serra localidade próxima $
Serra das Panelas.
12. METAMORFISKO
Era várias regiões de escudos geológicos, tais como em Aldan e
Baykal, na ünino Soviética, na Coréia, Canadá, Madagascar,
ocorrem rochas diopsídicas metassomatizadas, associadas a rai-
neralizações de flogopita-magnetita, flogopita-lazulita, flo-
gopita, flogopita-apatita e flogopita-torianita, respectiva
mente .
Aquelas rochas diopsídicas estão, contidas en terreno.-» "recam-
brianos, onde o metamorfismo inicia] dos complexos corresponde
a fácies granulítica, excetuando-se as da Coréia onde estão
associadas a rochas eclogítiras.
Em todas as áreas ficou constatado que a formação dos metasso-
itfatitos diopsídicos não dependeu do met amor fism.o regional ini
cial, de idade Arqueana (MIKHAYLOV, 1973) , mas estão diretamen
te relacionadas a episódios orogenéticos, onde intrusões mag
ma ticas ou o próprio metamorfismo, forneceram soluções que i
"interagiram sobre rochas carbonãticas. Em todas aquelas regiões,
observou-se que o'tempo de formação dos metassomatitos coincide
"com a última reorganização estrutural e metarcõrfica dos comple
xos antigos profundamente metamorfisados. Assim os escudos
Para-Aldan, Baykal e Sino-Coreiano, estão associados â orogenia
do Proterczõico Inferior onde os depósitos de flogopita apresen
tara idade isotópica 1900 m.a.; o escudo Canadense está associ
ado ã orogenia Grenville onde os depósitos de flogopita e apat:L
ta apresentam idade isotópica igual a-1060 m.a. e o escudo de
Madagascar está associado â zona de Moçambique de diastrofismo
Proterozóico Superior cuja idade isotópica dos depósitos de
flogopita é de 530 m.a..
Desta forma og metassomatitos diopsídicos, que são responsáveis i \-
pela formação os depósitos de apatita, flogopita e piagnetita,
são considerados resultados de efeitos de processos metamórficos»
superportos da fácioo anfibolítica nas seqüências antigay pro
fundamente metamorfisadas, fácies granulítica, as quais conti-
-ei-
nharo mármore d o l o m í t i c o (M1KIIAYL0V op . c i t . ) .
Existe uma semelhança muito acentuada das condições geológicas
(litologia e mineralização) da Serra das Panelas comparadas ãs
regiões supracitadas.
Na Serra das Panelas, as rochas originalmente sedimentares do
tipo pelítica, intercaladas com rochas carbonatadas, calcários
e dolomitos impuros, foram no Arqueano submetidas a metamorfis-
jno de alto grau na altura da fácies granulitica; posteriormente,
e concomitante ao Ciclo Orogenético Transamazônico, as ro
chas sofreram um outro episódio de metamorfismo sob condições
inferiores ao primeiro evento metamórfico, dando-se migmatiza-
ção das rochas de composição granitica, e o tensionamento dos
diopsiditos, dos mármores, conforme indicam as suas formas de
ocorrência; os granolitos, os granobIasti tos e o hiperstênio
bornblendito não foram afetados. K esta época o metamorfismo *
atingiu a fácies almandina anfibolítica.
Os pegmatitos alcaiinos que ocorrem na área foram colocados
durante aquele último processo de metamorfismo regional, os
quais forneceram soluções que interagiram sobre os diopsiditos
e mármores, metássomatisando-os, sendo responsáveis pela mine
ralização de apatita-calcita.
12.1. Diopsiditos
Os estudos petroquímicos mostraram que as calcossilicatadas
sao rochas provenientes de sedimentos químicos impuros do tipo
dolomito. Macroscopicamente observou-se acamamento relíquia o
que vem ratificar esta hipótese para a rocha original. í
A presença de diopsídio e forsterita e a ausência de wolastoni^
ta indicam metamorfismo de alta pressão (MIYASHIROL 1973)., Tra
balhos experimentais mostrar, que o diopsídio, mineral da fjãcies
anfibolítica, forma-se a partir da reação: '
1 tremolita + 3 calcita + 2 quartzo = 5 diopsídio + 3 CO^ +
1 H20 (1)
.1 : H
esta reação ocorre numa pequena variação de temperatura e numa
ampla variação de X Q . Desta forma, a pressão de 5 kb a tempe
ratura varia de 620°C a 655 C e a X varia entre 0,20 a 0,98
(WINKLER, 1974). Nas mesmas condições, com o aumento da tempe
ratura de 50°C a 60 C da reação do diopsídio (1), ocorre a
formação da forsterita da seguinte forma:
1 tremolita + 11 dolomita = 8 forsterita + 13 calcita + 9 C02 +
1 H20 (2)
0 diopsídio é um mineral constante nas associações encontradas.
Sua formação, possivelmente, deve-se ãs condições da reação (1).
Onde ele ocorre associado a forsterita, uma vez que não encon
trou-se calcita, provavelmente a forsterita não formou-se como
é mostrado na reação (2). Desta forma possivelmente a associa
ção diopsídio-forstcrita originou-se da reação:
3 tremolita + 5 calcita = 11 diopsídio + 2 forsterita + 5 CO, +
3 H20 (3)
Esta reação ocorre em altas temperaturas, as quais ainda não
foram determinadas experimentalmente (WINKLER op. cit.).
A presença de plagioclásio, flogopita, microclina e quartzo,
deve-se a impurezas, talvez intercalações pelíticas contendo
A1203, K20, Na20 e Si02.
A escapolita e tremolita, de acordo com informações petrogrã-
ficas, ocorrem devido a processo metassomãtico: a tremolitiza-
ção do diopsídio e escapolitização do plagioclãsic, conforme
«as respectivas reações:
(H20 + ... + 3 Ca2+ + 3 02") 2H + 5 diopsídio —» 1 tremolita +
2 quartzo
2+ 2—
Ca + 1/2 Ot + CO~ + 3 plagioclásio (anortita) -*> escapolita
(meionitja)
As associações de metamorfismo progressivo bem como as metasso
matizadas são representadas na Fig, 38.
-844
(NO K) Al Ot
Microcoria
Plagiociosio Associações pobres em K*
com «• —*• No
(Esfeno (Apotitc)
Escopolita Flogopito
Olivino
CaO Diopsidio Tremotita Mg O
Fig.38" Oiagramq, (No KlAlOj -CaO- Mg O.
x— Representam assqciações metossomátícos. «— Representam ossociocões de metomorfismo progressivo
1 2 . 2 . Mármores
Os estudos petroquímicos revelaram que também os mármores são
rochas proverientes de sedimentos químicos impuros do tipo cai-
cario. ' ! ;
Devido a presença de grossularita, além de outros alúmino-mine-
rais como; labradorita, microclina e epidoto, pode-se sugerir
como rocha original um calcário pelxtico; esta possibilidade é
ratificada pelas análises químicas de elerentos maiores (An^xo
VI) onde foram encontrados valores bastante baixos de MgO.
X83-J
De acordo com as associações minerológicas encontrada.',, a gros_
sularita formou-se, talvez, a partir da reação (4) dada abaixo,
comprovada petrografxcamente, porém, sem comprovação experimen
tal:
4 calcita + 3 anortita + 2 diopsídio <=* 3 grossularita + 1 fors-
terita + 4 C02 (4)
As reações dad?s por WINKLER op. cit. e MIYASHTtK) op. cit. para
formação da grossularita que poderiam ser aplicadas aos mármores
da Serra das Panelas são:
2 zòicita + 5 calcita + 3 quartzo 3 grossularita + 5 CO. +
1 H20
4 zoicita + 1 quartzo 77» 1 grossularita + 5 anortita + 2 H-O
São reações realizadas em altas temperaturas e pressão moderada,
de acordo coro WINKLER (1974), daí não ter sido encontrada a
wolastonita, o que teria sido possível em baixa pressão.
Observa-se, portanto, que as condições de metamorfismo foram
semelhantes às determinadas para os diopsiditos; o alto teor
de anortita do plagioclásio, presença de microclina e demais
minerais indica"», para os mármores, a fÁcies anfibolítica de
alto grau.
Soluções metassomatizantes hidratadas, alcalinas, e ricor. em B,
interagiram com os mármores, originando anfibolização e turma-
linização, respectivamente.
-8&L
13. CONCLUSÕES
1. A similaridade das condições entre a área que engloba a
Serra das Panelas com outras regiões de escudos geológicos,
indica que as rochas calcossilicatadas e os mármores são ro
chas polimetamõr ficas, cujos metainorfismos, inicial e final,
atingiram as fãcies granulítica e anfibolítica, respectiva
mente .
2. Os granolitos, granoblastitos e hioerstênio hornblcndito
não foram afetados pelo último episôd o metair.õrfico.
3. Os valores encontrados para O nas calei tos, indicam ida
de absoluta em torno de 2.500 m.a., que corresponde ao Arque-
ano (Precambriano Inferior). As idades determinadas pelos mé
todos K/Ar e Rb/Sr êm micas e hornblenda são em média
.2.027 m.a., e coincidem com a idade do Ciclo Orogenético
Transamazonico. Durante este Ciclo, houve remobilizaçao das ro
chas, originando os migmatitos, e o tensionamento dos diopsidi-
tos e mármores, além de intrusões de pegmatitos alcalinos sienl
ticos«.
Desta forma as idades obtidas pelos métodos K/Ar e Rb/Sr são
correspondentes ao metamorfismo transamazonico, sendo portanto
as rochas da fãcies granulítica, mais velhas, provavelmente de
idade Arqueana.
4. 0 controle litológico entre os diopsiclitos e os depósitos
de apatita, a associação com flogopita, as altas concentrações
de niõbio e as inclusões e vazios apresentados pela apatita,
indicam que aqueles depósitos foram formados por soluções peg-
matíticas de afinidade alcalina.
Estas soluções interagiram com as rochas calcossilicatadas e
mármores metassomatizando-as, sendo responsáveis pela escapp-
litizaçao do plagioclãslo, anfibolizaçao e turmalinízaçio dos
piroxênios.
-87- \ X_JL
5. As altas concentrações dos valores absolutos dos elementos
das Terras Raras, o forte enriquecimento dos Inntar.õides le
ves encontrados nos minerais analisados, além de altas concen
trações de Ba encontradas nos mármores, sugerem estar aquelas
rochas muito mais iortemento relacionadas a rochas alcalinas
e carbonatíticas do que a outro tipo de rocha.
Ratificando a atividade ígnea, a anoiralia negativa do Eu indica
a derivação de um líquido de fase tardia, proveniente de magma
alcalino, após a cristalização de feldspato, ou os fluidos fo
ram oriundos através processo de refusão de rochas Igneas alca
linas em que o feldspato ficou no resíduo sólido.
6. Os resultados icotópicos de Sr/ Sr. . . , indicam haver * inicial
pouca probabilidade daq.ielas rochas terem origem através remo
bilizaçao de carbonatos marinhos e, muito menos, de serem c/>.r-
bonatitos verdadeiros os quais têm origem no manto superior. Desta forma, os valores altos encontrados para razão ' 87 86 i Sr/ SriniCiai' P°de ser justificado por enriquecimento de
estrôncio devido a anatexia das rochas silicatadas do embasà- j
mento, ou por meio.de metamorfismo de alto grau ou ainda prove- '
niente de fluidos magmâticos com origem no manto os quais inter
agiram com rochas da crosta; considerando a última possibilida-I
de como a mais provável a origem através remobilizaçao de carbo-1
natos marinhos poderia ser considerada. !
I i 7. Os valores petroquímicos e resultados analíticos de isõtopos ;
13 18 "~
de C e O indicam que os mármores e diopsiditos tiveram ori
gem a partir de carbonatos marinhos antigos, sendo dificilmente
correlacionáveis a rochas carbonatíticas. | * • ; Ü !!
8. Os diopsiditos e os mármores foram submetidos ao metamorfi smol, regional sob is condições mínimas correspondentes a fáciec arifi-;;
I ' • o ' ''
bolítica, onde a temperatura abrangeu a faixa de 62Ç a 655 C^
em pressões de 5 a 6 kb e Xc- alcançou valores entre, 0,20 a|
0,98 (WINKLER, 1974). _2 t í ;
!
—1....
-(8
9. Levando em conta todos os fatores expostos, propõe-se para
as rochas em estudo, origem híbrida, onde o grupo lantanoide
provém de fonte ígnea e o diôxido do carbono por remobilização
de rochas carbonáticas antigas.
14. BIBLIOGRAFIA
AHRENS, L. 11. et ai (1966) - Physics and Chemistry oi the
Earth; Pergamon Press. New York.
©ALEHSANDROV, I. V., SIN'KOVA, L. A., IVANOV, V. I. (1969) -
« Experimental study of tne behavior or Rare Earth elements
and Yttrium as applied to hydrothermal process. In Problems
of Geochemistry. N. I. KHITANOV; Jerusalem.
BARTH, T. F. W. (1969) - Theoretical Petrology, 2 — Edition;
John Wiley & Sons, INC., Nev; York, London.
BERNAS, B. (1968) - A new method for decomposition and
comprehensive analysis of silicates by atomic absorption
spectrometry; Analytical Chemistry; V. 40, N9 11, p.
1682-1686.
BOTTIWGA, J. (1968) ~ Calculation of fractionation factors
for carbon and oxygen isotopic exchange in the system
calcite-carbon dioxide-water. J. Phys. Chem., V. 72, p.
800-808.
BROUSSE, R. (19C8) - Precis de Geologie, Tome 1. Petrol ogle
Dunod, Paris. t
BURI, C. (1964) - Petrochemical calculations. Based on
equivalents, (methods of Paul Niggli) , Israel Prog rara for
Scientific Translations, Jerusalem.
CAPEDRI, S. and RIVALENTI, G. (1974) - A chemical method for
• major element determination in calcita coexisting v/ith other
carbonate and its bearing on geothermometry (In press).1
CHAYES, P. (1949) - A simple point counter for thin sections ,
analysis; Amer. Min., V. 34, p.l-ll. ; |
CHAYES, F. (1952) - Notes of the staining of potash feldspar
with sodium cobaltinitrite in the section. Amer. Min. V.
37, p. 337.
CLAYTON, R. N. and STEINER, A. (1975) - Oxygen isotope
studies of the geothermal system at Wairakei, New Zealand.
Geoch. et Cosmoch. Acta, V. 39, p. 1179-1186.
CORDANI, U. G. et alii, (1969) - Reconhecimento geocronológico
do embasamento da região oriental do Estado da Bahia, In
Congresso aras, de Geologia, XXIII, Salvador-Ba., Anais,
p. 159-165.
(1973) - Evolução geológica Precambriana
da faixa costeira do Brasil entre Salvador-Vitõria. são
Paulo, USP, Depart. Mineral, e Petrol, do Instituto de
Geociências - Tese de LIVRE DOCÊNCIA.
CRAIG, H. (1953) - The geochemistry of the stcble carbon
isotopes. Geoch. e^ Cosmoch. Acta, V. 3, p. 53-92.
(1957) - Isotoplc £tanders for carbon and oxygen
and correction factors for mass spectrornetrie analysis of
carbon dioxide. Geoch. et Cosmoch. Acta, V. 12, p. 133-119.
CROCKET, J. H., WINCHESTER, J. W. (1966) - Coprecipitation of
zinc v/ith calcium carbonate. Geoch. et Cosmoch. Acta, V. 34,
p. 1093-1109.
CURRIE, J. D. (1951) - The occurence and relationships of some
mica and apatite deposits in southeastern Ontario, Eco.
k Geol., N9 46, p. 765-778.
DEGENS, E. T. and EPSTEIN, S. (1962) - Relationships between
0 / 0 rations in coexisting carbonates, cherts and
dolomites. Bull. Amcr. Ass. Pgtrol. Gcol., V. 44, p. '
534-F.42. [. | a
DEINES, P. F. (1970) - The carbon and oxygen isotopic
composition of carbonates from the Oka carbonatite complex,
Quebec, Canada; Geoch. et Cosmoch. Acta, V. 34, p.
1199-1225.
(1973) - The isotopic composition of carbonatite
and kimberlite carbonates and their bearing on the isotopic
composition of deep-seated carbon; Geoch. et Cosmoch. Acta,
V. 37, p. 1709-1733.
DEINES, P. F. and GOLD, D. P. (1969) - The change in carbon anc.
oxygen isotopic composition during contact metamorphism of
Trenton limestone by Lhe Mount Royal pluton; Geoch. et
Cosmoch. Acta, V. 33, p. 421-424.
DULTRA, E. J. T. et al (1975) - Projeto de Cadastramento de
Ocorrências Minerais do Estado da Bahia; Secretaria das
Minas e Energia-Ba.; Coordenação da Produção Mineral,
Convênio SME-CBPM; V. IV. Relatório final.
*EBY; G. N. (1975) - Abundance an<l distribution of the Rare-Earth
elements and Yttrium in the rocks and minerals of the Oka
/wv carbonatite complex, Quebec. Geoch. et Cosmoch..Acta, V. 39,
.. p. 597-620. ' |
ERICHSEtl, A. e GUIMARÃES, D. (1936) - Distrito Petrográfico !
de Camisão, Estado da Bahia; Mineração e Metalurgia, N9 1, j
p. 17-21. ; I
FAURE, G. and POWELL, J. L. (1972) - Strontium isotope
geology. Springer - Verlag, Heidelburg, 188p.
FENTON, M. D. and FAURE, G. (1969) -The isotopic evolution
of terre&trial strontium: Geol. Soc. Amer. Absts. 1, N9 7,
p. 64.
FIGUEIREDO, M. C. H. de (1976) - Geologia e geoqnlmica da
Região dei Poço de Fora - Vale do rio Curaçá-Da.; Tese de
Mestrado em Geoqulmica, UFBa.
•li i
^FLEISCHER, M. and ALTSCIiULEK, Z. S. (1969) - The relationship
of the Rare-Earth composition of minerals to geological
^ " environment; Ccoch. et Cosmoch. Acta, V. 33, p. 725-732.
FRIEDMAN; G. M. (1959) - Identification of carbonate minerals
by staining methods; Journ. of Sedim. Petrol, V. 29, N9 1,
p. 87-97?
<S>FRYER, B. J. (1976) - Rare Earth evidence in iron formations
for changing Precair' rian oxidation states; Geoch. et Cosruoch.
Acta; In Press.
HASKIN, L. A. et al (1966) - Meteoritic, solar and terrestrial
Rare-Earth distributions, in Physics and Chemistry of the .
Earth; Pergamon' Press, London, New York.
HEINRICH, E. W. (1966) - The geology of carbonatltes; Rand
McNally £ Company, Chicago.»
KEGEL, W. (1963) - A estrutura geológica da Serra de Jacobina,
Bahia-Brasil; DNPM-DGM, Rio de Janeiro, Boi. N9 207, 21 p.,
il.
KING, L. C. (1956) - -A geomorfologia do Brasil Oriental; Rev.
Bras. Geog., Rio de Janeiro; V. 118, N9 2, p. 1-119.
KRAUS, E. H., HUNT, W. F. and RAMSDELL, L. S. (1951) -
Mineralogy - An Introduction to the Study of Minerals and
Cristais; Mc Gnaw-Hi11 Book Company, Ire. Nev York.
^.LAAJQKI., K. (1975) - Rare-Earth elements in Precambrian iron
formation in Vâfyry lanky la, South Poulanka area, Finland;
* Bull. Geol., Soc. Finland, N9 47, p. 93-107.
MAHRHOLZ, W. W. (1966) - Coleção de dados para investigação
geológica e exploração mineral no Estado da Bahia, lirasil;
Secretaria de Planejamento, Comissão de Planejamento
Econômico. i
; i ; i
; i , '
MASCARENHAS, J. F. et al (1975) - Projeto Bahia, Ministério das Minas e Energia,- Convênio DNPM-CPRM, V. V, Relatório Final.
McCREA, J. M. (1950) - On the isotopic chemistry of carbonates
and a paleotemperature sc^le; The Jour, of Chemical
Physics, V. 18, No 6, p. 849-857.
MEHNERT, K. R. (1971) - Migmatites and the origin of granitic
rocks; Elsevier Publishing Company Amsterdam, London, Nev;
York.
MIKHAYLOV, D. A. (1973) - Geological conditions of formation of Fe-Mg-Ca metasomatites in Precambrian complexes; Intern. Geolog. Review, V. 15, N9 2, p. 154-154.
MIYASHIRO, A. (1973) - Metamorphism and Metamorphic Belts;
George Allen Unwin Ltd., London, 492p.
MONTE FLORES, M. M. (19 37) - Geologia do Estado da Bahia; Inst.
Geog. e Hist, da Bahia, Salvador; |s. ed.), 41p. il. .
NEVES, B. B. B. e FEITOSA, E. C. (1969) - Proposição e estudos
geológicos da'Formação Capim Grosso; Cong. Bras. Geol.
XXXIII. Salvador, Ba. Boi. Esp_. N9 1, p. 60.
NUNES, A. B. et al (1975) - Projeto Radam, Levantamento de
recursos naturais de parte do Estado da Bahia; Ministério
das Minas e Energia - DNPM, V. £. Relatório preliminar.
OLIVEIRA, J. F. et al (1969) - Depósitos de apatita em Riachão
de Jacuípe; In XXIII Congr. Bras. Geol. Boi. Esp. N9 1,
p. 35-36.
| i
OLIVEIRA, A. I. e LEONARDOS, O. H. (1943) - Estado da pahiíi, In: Geologia do Brasil; 2- ed. Rio dc Janeiro, Ministério de Agricultura; Serv. de Jnf. Agrícola p. 67-73.
PEDREIRA, A. J. et ai (19 75) - Projeto Bahia, Ministério das
Minas e Energia; Convênio DNPM-CPRM, V. 1 Relatório Final.
45*PIPER, D. Z. (1974) - Rare-Earth elements in the sedimentary
a cycle: a sumary; Chem. Geol., N9 14, p. 285-304.
POULIOT, G. (1970) - Study of carbonatitic calcites from Oka,
Quebec; Can. Mineral. V. 10, p. 511-540.
REYNOLDS, R. C. (196 3) - Matrix corrcctiona in trace clement
analysis by X-ray fluorescence: estimation of the mass
absorption coefficient by compton scattering; Amer. Min.
V. 48, p. 1133-1143.
ROGERS, A. F. and KERR, P. F. (1942) - Optical Mineralogy.
McGraw-Hill Book Company, Inc. New York, 433p.
SA, E. F. J. de (1976) - Geologia e geoquímica das rochas
efusivas da Bacia do Paramirim-Ba.; Monografia de Mestrado
em Geoquímica. Instituto de Geociências da Universidade,
Federal da Bahia. !
SANTOS, R. F. A. do? (1962) - Chuvas na Bahia máximas e j
mínimas; Minis'terio 'te Viação e Obras Públicas, DNOCS, 49
Distrito, Salvador. * '' !s
SCHIDLOWSKI, M. et ai (1975) - Precambrian sedimentary
carbonates: carbon and oxygen isotope, geochemistry and
implications for the terrestrial oxygen budget. Prccambrian
Research, V. 27 p. 1-69. i
SCORZA, E. P. (1950) - Mineralização pirometassoinStica de :i
% calcários impuros e sua importância econômica no Brasil;
Mineração e Metalurgia; V. XV, N9 87, p. 101-104L
i i t; SEIXAS, S. R. M. et al (1974) - Projeto Bahia II; Ministério _;,
das Minas e Energia. Convênio DNPM-CPRM V. I, Partes I e! II.
Relatório*de Progresso.
£5-
SHIEH, Y. N. and SCHWARCZ, H. P. (1974) - Oxygen isotope
studies of granite and migmatite, Grenville province of
Ontario Canada; Geoch. et Cosmoch. Acta, V. 38, p. 21-45.
SIGHINOLFI, G. P. (1974) - Geochemistry of Precambrian
carbonate rocks from the brazilian shield: implications
for Archean carbonate sedimentation; Contr. Mineral, and
Petrol. V. 46> N9 3, p. 189-200.
SIGHINOLFI; G. P. and TORQUATO, J. R. (1976) - Carbon and
oxygen isotope geochemistry of Precambrian carbonates:
considerations on the early, evolution jf biomass on the
Earth; Geoch. et Cosmoch. Acta (In press).
TAYLOR, H. P. Jr. et *al (1965) - Oxygen and carbon isotope
studies of carbonatites from Laacher See distric, Germany;
(abs) Geol. Soc. Am. Spec. Paper; N9 82, p. 205-206.
TUTTLE, 0. F. and GITTINS, J. (1966) - Carbonatites; Intorr-cicnce
Publishers a division of John Wiley £ Sons Nev; York.
VEIGA, P. e COUTO, P. A. (1971) - Projeto apntita. Ministério
das Ninas e Energia. Convênio DHPK-CPRM, V. I, Relatório
Final.
WINCHELL, A. N. and WINCHELL, H. (1951) - Elements of
optical mineralogy, Part II - Descriptions of minerals;
4 — Ed. John Wiley £ Sons, Inc. New York, 551p.
WINKLER, H. G. F. (1967) - Petrogenesis of metamorphic rocks;
2 — Ed., Springer-Verlag Berlin, Heidelberg, Hew York, 237p.
» (1974) - Petrogenesis of metamorphic rocks;
3- Ed., Springer-Verlag Berlin, Heidelberg, Nev; York, 320p. i
YORK, D, and FARQUHAR, R. M. (1972) - The Earth's age a*id i is
Geochronology; Bergmon Presa, Oxford, 178p. j
ZHABIN, A. G. (1971) - Primary textural-ctructural features
of carbonatites and their metamorphic evolution; Intern.
Geolog. Review. V. 13, 119 7, p. 1087-1095. j |
AGRADECIMENTOS
A autora agradece ao Dr. IAN McREATH a orientação e críti
cas; ao Dr. GIANPAOLO SIGHINOLFI a realização das análises
isotópicas de carbono e oxigênio, além da orientação na inter
pretação da geoquímica daqueles isótopos; aos Drs. D. C. REX 12)
e BENJAMIN B. DE BRITO NEVES1 ' as determinações radiométricas; (2)
ao Dr. KOJI KAWASilITA as analise:; isotópicas de estrôncio e-
elementos traços; ã Geoquímica MARIALVA ANDRÉA SANTOS PEREIRA*4
as análises de elementos maiores; aos Geólogos GILBERTO JOSÉ
MACIIADO{5) e RONALDO M. BARBOSA(4) a colaboração dada nos tra
balhos de campo; aos Profs. RAYMÜMDO JOSÉ B. FRÕES, MARIA TEREZA
T. ROCHA e JACIRA ORNÉLIA N. OLIVEIRA a revisão do manuscrito;
à Prof. ADELAIDE M. SANTOS( ' Coordenadora do PROJETO GEOQUÍMICA;
às estagiárias ELISABETE SILVA FERNANDES e ELIZABETH ESTEVES
GAMA, a ajuda nos cálculos, r^T'-'—•--> de mapas, etc. e ã univer
sitária AMALVINA BARBOSA a datilografia desta monografia.
(1) - Profs, do Departamento de Geoquímica da Ü.F.Ba..
(2) - Profs, da Universidade de São Paulo. «
(3) - Prof, da Universidade de Leeds - Inglaterra.
(4) - Técnicos áo Instituto de Geocíências da U.F.Ba..
(5) - Mestrando em Geoquímica.
•97-
DE SITUAÇÃO ANEXO— l
42- «0«
ANEXO V
DESCRICAC SUMARIA DE ROCHAS E MINERAIS
São dadas abaixo descrições sumárias das lâminas delgadas
de rochas e minerais, além de macroscopia dos minerais de
-caleita e apatita.
Rochas
C - 14 Granito cinza grosseiro - microclina-quartzo-
oligoclásio- (magnotitã,
muscovita).
C - 15 Granito cinza grosseiro - microclina-quartzo-
oligoclásio- (magnotita).
14 - Granito cinza grosseiro - microclina-quartzo-
(oligoclasio, muscovita).
31 Granito cinza grosseiro - microclina-quartzo-
(diopsídio, magnetita).
Vale - 2 Granito cinza gran. média - microclina-quartzo-
oligoclásio- (diopsídio,
magnetita).
23 Granito_cinza gran. média - microclina-quartzo-
oligoclásio- (magnetita)
32 Granito cinza gran. média - microclina-quartzo-
oligoclásio- (diopsídio)
37 Granito cinza gran. média - microclina-quartzo-
oligoclãsio-diopsídio-
(magnetita).
r
""?
39 Granito cinza gran, media - microclina-quartzo-
oligoclásio- (muscovita,
magnetita).
2 Granito rosa grosseiro - microclina-quartzo-biotita-
(muscovita, apatita, magne
tita) .
•^Í3 Granito rosa grosseiro - microclina-quartzo-
(blotita, muscovita, apatita)
6 Granito rosa grosseiro - microclina-quartzo-
(muscovita, magnetita,
apatita).
_____> 38 Granito rosa gran. média - microclina-quartzo-
(biotita, muscovita,
magnetita).
Vale - 13 Brecha cataclástica - microclina-quartzo.
8 Augem-gn granítico gross. - microclina-quartzo-
(clorita, magnetita). i
C - 12 Augemrgn granítico fino - microclina-quârtzo-biòtita-muscovita- (magnetita).
12 Augem-gn sicnítico fino - ortoclssio-andcsina-
biotita-hornblenda-
(esfeno, rtagnetita) .
H - 06 Granoblastito - quartzo-nicroclina-diopsídio-
(wagnetita, apatita).
H - 07 Granoblastito - quartzo-nicroclina-diopsídio-
% (apatita). I
15 Granoblastito - quartzo-microclina-diopsídio-
(apatita).
22 Granoblastito - quartzo-rnicroclina-diopcídio-
(plagioclásio, apatita).
-99h
H - 37
21
C - 7
18
19
H 13
9
Vale -
Vale -
Vale -
26
4
25
-1
10
11
12
»
H -
C -
27 33
35 18
18--b
C - 9
Granolito - labradorita-hiperstênio-diopsídio-
quartzo-magnetita- (apatita).
Cumingtonita quartzito - quartzo-cumingtonita-
microclina- (esfeno, zircão,
opaco).
Quartzito calcedõnico - quartzo-calcedônia-
microclina- (biotitn,
muscovita, zircão, apatita).
Quartzito feldspãtico - quartzo-roicroclina.
Hiperstênio hornblendito - hiperstênio-hornblenda.
Grafita xisto - grafita-biotita-quartzo.
Grafita xisto - grafita-bloti to-íjuartzo.
Grafilc) xisto - grafita-calcita-biotita-quartzo*
Metamicrito - calcita- (quartzo).
Metamicrito - calcita- (quartzo).
Metamicrito - calcita- (apatita).
Metamierito - calcita- (apatita, quartzo).
Pegmatito alcalino sienltico - microclina- (quartzo).
Pegmatito alcalino sienxtico - microclina- (quartzo),
apatita). j;
Metajaspilito - calcedônia-hematita- (apatita).
Metajaspilito - calcedônia-her.atita- (apatita) .
Metajaspilito - calcedônia-hematita- (apatita).
Metajaspilito - calcedônia-hematita- (apatita). ;
Diopsidito - diopsidio- (apatita),
Diopsidito - diopsídiq-plagioclásio- (hornblenda,
if clinozoicita, magnetita). •i ' 5 f . ' '
Diopsidito - diopsídio-escapolita- (esfeno, apat i ta) .
! \
-i(oo-j
- 10 Dicpsidito - diopsídio-escapolita- (esfeno,
apatita).
- 11 Diopsidito - diopsídio-escapolita- (esfeno).
- 13 Diopsidito - diopsídio-escapolita- (esfeno, apatita).
11 Diopsidito - diopsídio-cocapolita- Xtremolita,
esfeno, apatita).
- 16 Diopsidito - diopsídio-flogopita-olivina.
- 17 Diopsidito - diopsídio-olivina- (flogopita, magnetita).
- 16-a DiopsicV te. - tremolita-c scapolita- (quartzo,
esfeno, apatita).
1C Diopsidito - diopsídio-quartzo-plagioclásio.
34 Diopsidito - diopsídio-microclina.
- 8 Mármore - calcita-diopsídio-quartzo- (apatita, j
monazita, escapolita, magnetita).
- 13 Mármore - calcita-diopsídio-hornblenda-.
labradorita- (magnetita, apatita). !i
1 Mármore - calcita-diopsíd^o-microclina- i |
labradorita- (grossularita, forsterita,
hornblenda>.apatita, zircão, escapolita,
magnetita).
17 Mármore - calcita-diopsídio-microclina-labradoritaT
(hornblenda, magnetita, apatita).
16-1 Mármore - calcita-diopsídio-grossularita-forsterita-
epidoto- (microclina, apatita, magnetita).
16-2 Mármore - calcita-diopsídio-grossularlta-epidot<j>-
microclina- (labradorita, apatita/ osíenò>
magnetita).
16-c Mármore - calcita-diopsídio-turmalina-microclin*-
hornblenda-magnetita- (apatita).
Ji A 1 _
16-d Mármore
16-e • Mármore
- calcita-diopsídio-forsterita-
(magnetita, apatita, epidoto),
- caleita-diopsídio-forsterita-
(magnetita, apatita, epidoto),
Calcitas
Lâminas : C6/3
C6/4
Amos tras: MAT-6
*
>
7»patitas
MAT-7
MAT-8-2
C3Cal
C4Cal -
C4Ca2
C4Ca3
C5CSL1
calcita - quartzo - apatita.
calcita - quartzo - apatita - quartzina -
calccdõnia.
calcita alaranjada, grãos centimétricos
incluindo apatita azul cristalina.
calcita branca inclusa na apatita azul.
calcita castanho escuro incluindo apatita
azul transparente.
calcita branca mostrando xntercrescimento
com apatita. : i
f
calcita esbranquiçada. 'i
•calcita parcialmente esbranquiçaóa. i
calcita alaranjada. I
calcita avermelhada.
Lâminas : C^-A. 6 l
VA2
36
GI-2
apatita com minúsculas inclusões de calcita
e opaco não identificado. j
apatita com minüscuias inclusões de cai.cita
e opaco não identificado. !
apatita fraturada com oxido de jferro
amorfo nas fraturas.
apatita - escapolita.
hioi-
Amostras: MAT-2 apatita a2ul associada a mármore.
MAT-3 apatita azul inclusa em rocha porosa
limonitizada.
MAT-4 apatita azulada alter, i associada a
jaspilito.
MAT-5 apatita azul tendo 1 metro de comprimento
e 0,35 metro de espessura.
. . MAT-8-1 apatita azul transparente inclusa em
caleita castanho escuro.
MAT-9 apatita azul cristalina - hematita.
MAT-10 apatita azul transparente incluindo
calcita branca.
C2Ap apatita verde, euédrica, 1 centímetro de
comprimento, inclusa na calcita.
C-Ap- cristal grosseiro de apatita verde
zonado incluso na calcita branca.
C3Ap. cristal grosseiro de apatita, pouco
cizalhado.
C3Ap_ cristal grosceiro de apatita intercrescida
com calcita branca.
'i
4l03t-
A N E X O V I
TABELA DE ANALISES QUÍMICAS
"\AMOS-NyTRAS
OXIOOSS^
S i 0 2
AI2O3
CoO
Mgo
MnO
F e 2 0 3
F « 0 ;
Ti 0 2
f*°5
NOgO
K20
FF
H20
TOTAL
C-12
49 ,84
21.08
6.53
2.87
0 . 0 6 5
6 .90
2,15
1,78
0 .44
2,64
1,95
2 ,80
1,14
100.97
C-14
73.12
13 ,24
1,29
0 ,39
0 . 0 4 5
0 ,53
0 .36
0,13
0,018
1,78
8 , 3 6
0 ,36
0 ,40
100,02
H-07
76 .7 B
5,19
7,32
4 . 8 7
0,10
0 ,84
0,72
0 ,05
0,15
0,14
3.21
1,76
1.84
101,14
H-37
49 .36
12,56
10,61
9 , 7 8
0,25
8.12
6,33
0,65
Df!
1,22
0 2 6
0 , 4 4
O.CS
100,44.
c-:o
47.89
6.G5
2 2 , 0 4
9 . 9 4
0.T3
2,83
3.95
0.63
0,25
0 ,688
•Q26
0,94
3,72
100,7 l
C-17
50,13
2 . 6 4
2 5 , 6 0
1 8 , 2 3
0 ,285
2 , 0 6
0 ,65
0.11
nd
0,18
0,012
0,36
0 .80
101,05
C-18-b
5 3 . 0 0
4,67
18,88
12.43
0 ,83
4.12
2,01
0,26
0 ,005
0.317
-0.51
1.00
1,42
99,25
C - 8
8.71
1.60
49,18
2 , 5 0
0 ,49
1.03
1,06
0,15
0 .25
0,216
0 ,036
33.12
0 .76
99,30
C-13
38 .04
6.37
2 7 , 9 8
8 , 7 0
0 , 5 8
4,14
2.51
0 . 8 4
0 ,30
0 ,26
0,21
10,12
0 ,96
101,01
1
7,60
2.33
62 .75
0 .98
0 .07
0,92
0,14
0,06
0,05
0,78
0,09
17,30
0 ,40
93,02
16-1
2 3 . 9 5
9 ,56
4 3 . 7 2
Í,I5
0.09
4.03
0 . 3 6
0,32
0,12
1.5)
0 . 4 4
3 . 2 0
0 ,40
94 ,4$
16-2
27.67
I I . 3 7
37.36
1.42
0,12
5 , 0 0
0.65
0,36
0,11
1,50
0,15
13,8 0
0 ,50
9 9 . 4 3
VALE-12
2 .82
0 , 8 5
5 3 , 7 3
0 , 4 2
0 , 0 8
0 .67
0.3C ^
nd
0 , 0 7
0 , 0 3 3
0 , 0 4 8
1
40 ,08
0,52
99 ,68
C-12 c C-14 - Migmotíto» homogêneo*
% H - 0 7 - Di opsidio - microclína - quartzo gronoblostíto
H - 3 7 - Oiopsídío - híperstênio-lobrodorita granolífo
C-IO,C-l7e C-18-b - Díopsidifo»
C-8, C-13,1,16-1 e 16-2 - Mármoree diopsi'dico»
VALE-12 - Mítomícrito
n d - não detectado ! ; : 1 *