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UNIVERSIDADE DO MINHO PROPOSTA DE ADEQUAÇÃO DO MESTRADO EM EDUCAÇÃO, ÁREA DE ESPECIALIZAÇÃO EM ORGANIZAÇÕES EDUCATIVAS E ADMINISTRAÇÃO EDUCACIONAL A CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTE AO GRAU DE MESTRE EM EDUCAÇÃO ÁREA DE ESPECIALIZAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO EDUCACIONAL DOSSIÊ INTERNO ESCOLA PROPONENTE: INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E PSICOLOGIA (IEP) MARÇO DE 2008

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UNIVERSIDADE DO MINHO

PROPOSTA DE ADEQUAÇÃO

DO

MESTRADO EM EDUCAÇÃO,

ÁREA DE ESPECIALIZAÇÃO EM ORGANIZAÇÕES EDUCATIVAS E ADMINISTRAÇÃO EDUCACIONAL

A

CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTE AO GRAU DE MESTRE EM EDUCAÇÃO

ÁREA DE ESPECIALIZAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO EDUCACIONAL

DOSSIÊ INTERNO

ESCOLA PROPONENTE:

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E PSICOLOGIA (IEP)

MARÇO DE 2008

2

ÍNDICE

1. Enquadramento e Justificação do Ciclo de Estudos ....................................................................................... 3

2. Objectivos do Ciclo de Estudos ..................................................................................................................... 5

3. Perfil de Formação ....................................................................................................................................... 5

4. Resultados de Aprendizagem ........................................................................................................................ 5

5. Estrutura e Plano Curricular do Ciclo de Estudos .......................................................................................... 7

6. Recursos Humanos e Materiais .................................................................................................................... 8

7. Encargos ...................................................................................................................................................... 8

8. Programas das Unidades Curriculares .......................................................................................................... 8

ANEXOS

Anexo 1 – Mapa de afectação de docentes ao Ciclo de Estudos ................................................................. 46

Anexo 2 – Minuta da Resolução do Senado Universitário ........................................................................... 48

Anexo 3 – Plano de Estudos de acordo com o ponto 11 do formulário da DGES ........................................ 53

Anexo 4 – Condições de Candidatura e Critérios de Selecção .................................................................... 55

PARECERES INTERNOS

Departamento de Sociologia da Educação e Administração Educacional .................................................... 57

Departamento de Currículo e Tecnologia Educativa .................................................................................... 58

DELIBERAÇÃO DO CONSELHO ACADÉMICO ........................................................................................................ 60

3

1. ENQUARAMENTO E JUSTIFICAÇÃO DO CURSO

O Curso de Mestrado em Educação, na Área de Especialização em Administração Educacional, agora objecto

de adequação ao Processo de Bolonha, corresponde ao projecto de pós-graduação mais antigo em Portugal na área da

Administração Educacional. Com efeito, por proposta da então Área de Análise Social e Organizacional da Educação,

da Unidade Científico-Pedagógica de Ciências da Educação da Universidade do Minho, e ao abrigo do Decreto-Lei nº

263/80, de 7 de Agosto, foi criado em 1986 o Curso de Mestrado em Educação, na Área de Especialização em

Administração Escolar, através da Portaria nº 405/86, de 26 de Julho. Este Curso contemplava três áreas científicas

obrigatórias: Administração Escolar, Análise Social da Educação, Metodologia da Investigação em Educação (Anexo IV

da referida Portaria). Tendo uma parte escolar com a duração de três semestres lectivos, o Curso assumia objectivos

de formação de especialistas em Administração Escolar, não apenas tendo em vista a investigação e a carreira

académica (tendo de facto formado uma parte considerável dos docentes do ensino superior que hoje intervêm nesta

área em Portugal), mas sobretudo a intervenção qualificada de profissionais da educação e do ensino na

administração do sistema escolar, a nível central e regional, e das escolas. Docentes dos ensinos básico, secundário e

superior, inspectores, membros de órgãos de gestão das escolas e de departamentos centrais e regionais do ministério

da educação, autarcas e, mais tarde, docentes estrangeiros oriundos dos PALOP e do Brasil, têm constituído, desde

então, as principais categorias de estudantes participantes no Curso, cuja primeira edição foi iniciada em 1989.

Em 1993, após duas edições, procedeu-se à reestruturação do Curso, a qual viria a ser aprovada pela

Resolução do Senado nº SU-22/93, de 14 de Junho de 1993, derrogando por esta via a Portaria nº 405/86. A

reestruturação empreendida em 1993 consagrou alterações importantes, que vigoraram até ao presente, ao longo de

mais seis edições do Curso. Destaque, desde logo, para a alteração da designação da Área de Especialização,

passando de “Administração Escolar” para “Organizações Educativas e Administração Educacional“, correspondendo a

um relevante movimento de reconceptualização desta área científica e para o qual, de resto, muito contribuiu a

experiência pioneira da Universidade do Minho. Recorde-se que a proposta de designação de “Administração

Educacional” foi inicialmente apresentada e discutida no I Congresso da Sociedade Portuguesa de Ciências da

Educação (1990), tendo sido oficialmente adoptada por esta Sociedade e também pela Universidade do Minho (que a

havia proposto no referido Congresso) e pela Universidade de Lisboa, a que se seguiu um processo de generalização

pelas instituições de ensino superior e pelo próprio ministério da educação, que a consagrou em vários normativos.

Tratou-se de um processo de inclusão da “Administração Escolar” numa área mais ampla e diversa que passou a ser

designada por “Administração Educacional, não se restringindo ao estudo das organizações e dos fenómenos

administrativas de índole escolar, mas incluindo a análise de outras organizações educativas, ou com valências

educativas, de tipo não escolar (empresas, hospitais, prisões, organizações não governamentais, etc., designadamente

no quadro mais amplo da educação ao longo da vida). Tendo em consideração o Decreto-Lei nº 216/92, de 13 de

Outubro, o Curso passou a compreender quatro semestres, com uma escolaridade média de 12 horas/semana nos

dois primeiros semestres, contemplando ainda dois outros semestres para efeitos de elaboração da dissertação. As

áreas científicas obrigatórias incluíam: Organizações Educativas e Administração Educacional, Sociologia da Educação,

Metodologia da Investigação.

4

Aproveitando a necessidade de adequação das formações ao novo modelo de organização do ensino

superior, que vem sendo desenvolvida na Universidade do Minho por exigência das orientações do Processo de

Bolonha, de acordo com o artº 35º do Decreto-Lei nº 74/2006, de 24 de Março, sobre graus académicos e diplomas

do ensino superior, e ainda com o Despacho nº 7287-C/2006, sobre adequação de ciclos de estudos, publicado no

DR nº 65, 2ª série, de 31 de Março de 2006, entendeu-se oportuno ponderar alguns aspectos da organização do

Curso.

Assim, o presente processo de adequação tem em conta os seguintes princípios gerais:

a) Adopção do regime semestral em todas as unidades curriculares;

b) Reforço da componente específica de Administração Educacional, bem como da área científica de Metodologia de

Investigação;

c) Reconceptualização das unidades curriculares em termos de resultados da aprendizagem, âmbito, horas de

trabalho do aluno, de forma a tornar mais evidentes os seus contributos para o perfil de formação desejado;

d) Diversificação da tipologia de horas de trabalho do aluno, com destaque para o estudo independente, o trabalho

de grupo e o trabalho de projecto;

e) Manutenção da creditação global de 120 créditos, distribuídos em dois anos lectivos, de forma a garantir uma

formação teórica e metodológica aprofundada, assim como a realização de projectos de investigação com

qualidade.

O processo de atribuição de créditos às unidades curriculares do plano de estudos, num total de 120 créditos,

assim como a natureza das horas de trabalho do aluno que lhes correspondem, decorrem: da consideração da

natureza das competências exigidas para a obtenção do grau de mestre, previstas no Despacho nº 7287-C/2006,

publicado no DR nº 65, 2ª série, de 31 de Março de 2006 (Anexo III.B, nº 1); dos objectivos gerais do ciclo de estudos;

do peso relativo das áreas científicas do ciclo de estudos para a obtenção do grau de mestre na Área de Especialização

em Administração Educacional; da necessidade de assegurar uma formação teórica e metodológica que garanta

condições para o desenvolvimento da investigação conducente à dissertação. Do mesmo modo, este processo de

atribuição de créditos teve em conta um juízo formulado quer pelos docentes que intervêm na leccionação deste Curso,

quer pelos estudantes, através das suas avaliações, ocorridas em conversas informais e numa sessão organizada para

o efeito. Finalmente, optou-se pela designação “Administração Educacional”, já presente na anterior designação,

prescindindo agora de nomear as “Organizações Educativas”. Não se trata de qualquer mudança de tipo substantivo

em termos de vocação, objectivos, ou perfil de formação, uma vez que as organizações educativas, escolares e não

escolares, se mantêm como objectos de estudo centrais. Trata-se, porém, de adoptar uma designação agora mais

estabilizada em Portugal, com tradição noutros países (sobretudo de língua inglesa), mais clara e económica e,

especialmente, já consolidada na legislação portuguesa, designadamente no Estatuto da Carreira Docente dos

educadores e professores da educação básica e secundária.

5

Assim, e tendo presente a experiência acumulada, as diligências descritas, os resultados alcançados e os

requisitos legais em vigor, chegou-se a um plano estruturado em 4 semestres, tendo a parte curricular a duração de 2

semestres lectivos, com uma escolaridade média de 9 horas semanais, podendo algumas unidades curriculares vir a

ser ministradas em regime intensivo. As unidades curriculares variam entre de 6 e 10 ECTS, num total de 60.

Relativamente à unidade da dissertação, esta decorrerá durante o terceiro e quarto semestres e integrará já as sessões

de orientação, num total de 30 ECTS por semestre.

2. OBJECTIVOS DO CURSO

Este Curso tem como objectivos gerais:

a) Promover a aquisição e o desenvolvimento de saberes na área da Administração Educacional;

b) Aprofundar o desenvolvimento de competências investigativas, éticas e formativas;

c) Desenvolver capacidades da análise das organizações educativas;

d) Fomentar o espírito crítico e a compreensão dos fenómenos político-administrativos da educação;

e) Desenvolver capacidades de direcção e gestão educacionais, designadamente através do recurso a métodos de

administração educacional e de concepção e gestão de projectos educativos.

A formação proposta obedece a um perfil crítico, concedendo relevância às abordagens sociológicas da

educação e das organizações e administração educativas, bem como à análise das relações entre política e

administração da educação, a distintos níveis analíticos. Visa-se, desta forma, preparar os futuros mestres com

competências nas áreas das teorias da administração educacional, da sociologia das organizações educativas, da

política educativa, das metodologias de investigação e das técnicas de recolha e análise de dados, dotando-os de um

conhecimento actualizado e crítico sobre a investigação de referência internacional e portuguesa na área e

possibilitando a sua inscrição no respectivo campo, através do desenvolvimento de um projecto de investigação.

Em conformidade, as áreas científicas do Curso incluem: Administração Educacional (quatro unidades

curriculares), Metodologia da Investigação (duas unidades curriculares), Política Educativa (uma unidade curricular) e,

Educação (uma unidade curricular de opção, de entre três alternativas que serão oferecidas aos estudantes).

Finalmente, como contextos de intervenção profissional continuarão a privilegiar-se as escolas e outros

centros educativos, outras organizações educativas públicas e privadas, ou organizações dotadas de departamentos de

educação e formação, associações e outras organizações não governamentais, estruturas centrais, regionais ou locais

do ministério da educação, autarquias regionais e municipais.

3. PERFIL DE FORMAÇÃO

Tendo presente o enquadramento anterior, assim como os objectivos mencionados, espera-se que no final do ciclo de

estudos os estudantes sejam capazes de:

6

a) Analisar as principais orientações políticas relativas às organizações educativas e à administração educacional;

b) Conhecer os fundamentos, teorias, experiências e dimensões históricas da Administração Educacional;

c) Conhecer criticamente paradigmas sociológicos de análise organizacional;

d) Aplicar métodos e técnicas de Administração Educacional;

e) Desenvolver estudos teóricos e empíricos em Administração Educacional;

f) Gerar conhecimento relevante para a compreensão e a renovação de teorias e práticas profissionais e para o

avanço do domínio de especialização.

4. RESULTADOS DE APRENDIZAGEM

Os resultados de aprendizagem definidos para este ciclo de estudos são os seguintes:

a) Problematizar políticas e práticas de organização e administração da educação.

b) Conhecer criticamente os principais paradigmas sociológicos de análise organizacional.

c) Identificar problemas relevantes à construção de conhecimento no domínio da Administração Educacional.

d) Desenvolver projectos de investigação e intervenção no domínio da Administração Educacional.

e) Elaborar trabalhos de investigação em Administração Educacional.

7

5. ESTRUTURA E PLANO CURRICULAR DO CICLO DE ESTUDOS

SEM ÁREA CENTÍFICA DEPARTAMENTO

UNIDADES CURRICULARES

HORAS (TOTAL)

HORAS (CONTACTO)

CRÉDITOS

S1

Administração Educacional

Sociologia da Educação e Administração Educacional

Teorias de Administração Educacional

224 40 8

Administração Educacional

Sociologia da Educação e Administração Educacional

Sociologia das Organizações Educativas

280 60 10

Administração Educacional

Sociologia da Educação e Administração Educacional

Métodos de Administração Educacional

168 40 6

Metodologia da Investigação

Sociologia da Educação e Administração Educacional

Metodologia de Investigação em Administração Educacional

168 40 6

Subtotal 840 180 30

S2

Administração Educacional

Sociologia da Educação e Administração Educacional

Investigação Portuguesa em Administração Educacional

224 40 8

Política Educativa Sociologia da Educação e Administração Educacional

Temas de Política Educativa 224 40 8

Metodologia da Investigação

Sociologia da Educação e Administração Educacional

Análise de Dados e Projecto em Administração Educacional

224 60 8

Educação

Sociologia da Educação e Administração Educacional; Currículo e Tecnologia Educativa

Opção 168 40 6

Subtotal 840 180 30

S3 e

S4

Administração Educacional

Sociologia da Educação e Administração Educacional

Dissertação 1680 90 60

Subtotal 1680 90 60

TOTAL 3360 450 120

Nota: Dentro da Opção serão oferecidas as seguintes unidades curriculares: Educação, Justiça e Autonomia;

Temas de Sociologia da Educação; Projecto Curricular e Autonomia da Escola

8

6. RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

O Instituto de Educação e Psicologia, proponente do Ciclo de Estudos, dispõe de um corpo significativo de docentes

doutorados. No caso do IEP, estes docentes distribuem-se pelos diferentes departamentos do seguinte modo: 14

docentes do Departamento de Currículo e Tecnologia Educativa; 17 docentes do Departamento de Metodologias da

Educação; 8 docentes do Departamento de Pedagogia; 13 docentes do Departamento de Sociologia da Educação e

Administração Educacional e 33 docentes do Departamento de Psicologia. Considerando que nem todos estes

docentes participam de modo directo na leccionação de Unidades Curriculares do Ciclo de Estudos, prevê-se que nele

estejam envolvidos cerca de 15% do total destes docentes, conforme se apresenta em Anexo 1, no mapa de afectação

de docentes ao Ciclo de Estudos.

Em termos de recursos materiais, o Instituto de Educação e Psicologia possui condições materiais adequadas para

acolher o Curso. Especificamente, o Instituto de Educação e Psicologia possui um edifício recente com espaços

laboratoriais novos, dotados de mobiliários e equipamentos adequados e actualizados, com boas condições de

trabalho (extra aula) para os alunos – laboratórios, salas de informática e espaços para trabalho em grupo. Para além

da Biblioteca Geral da Universidade do Minho (BGUM), os mestrandos dispõem de uma biblioteca especializada em

Ciências da Educação (BCE), a qual se encontra integrada nas novas instalações, reunindo um acervo de monografias

e periódicos único no país.

7. ENCARGOS

O desenvolvimento do Ciclo de Estudos não acarretará encargos adicionais para a Universidade.

8. PROGRAMAS DAS UNIDADES CURRICULARES

[Ver páginas seguintes]

9

Unidade Curricular: Teorias de Administração Educacional

1. Apresentação e Objectivos

A Unidade Curricular Teorias de Administração Educacional emerge neste processo de adequação do anterior mestrado

às exigência da declaração de Bolonha, como uma unidade que procura reflectir sobre as principais abordagens que

têm vindo a constituir-se como preocupações dominantes nesta área do conhecimento. Assim, e depois de uma breve

introdução que visa iluminar as suas raízes, o programa configura-se de modo a sublinhar, num primeiro momento, a

dimensão mais política, com destaque para o papel do Estado, tipos de regulação e modelos de administração pública

que condicionam o lugar da administração educacional. Depois, numa visão mais teórica e abstracta, afloram-se as

várias perspectivas em que a administração educacional ganha sentido, para, em seguida, se destacarem as várias

racionalidades e ideologias de conveniência que campeiam no seu seio, assim como as propostas de novas agendas

no sentido de a regenerarem. Assim sendo, justifica-se que as dimensões axiológicas sejam também analisadas, com a

mobilização clara e criticamente assumida de valores como os da participação, democracia e justiça social, entre

outros. Face aos desafios da globalização e da transnacionalização da educação, esta unidade não podia deixar de

suscitar uma reflexão mais aprofundada sobre os impactos destes processos no modo de encarar a administração

educacional e a administração da educação.

2. Resultados de Aprendizagem

1. Analisar o papel do Estado, suas regulações e modelos de Administração Pública e de reformas educativas

2. Inventariar perspectivas de administração educacional, com destaque para as sócio-críticas

3. Discutir criticamente as diferentes racionalidades, ideologias e novas agendas que se vêm impondo na

administração educacional

4. Problematizar alguns valores dominantes na administração educacional

5. Compreender os desafios da globalização ao nível da administração educacional e da administração da educação.

3. Tópicos Programáticos

Introdução: Raízes fundadoras da administração educacional. Administração educacional: um problema educativo ou

empresarial?

I. Estado, Tipos de Regulação e Modelos de Administração Pública. Papel do Estado e reforma do sector público.

Reformas da educação e seus pressupostos. Tipos de regulação e administração educacional. Modelo administrativo e

empresarial de administração pública

II. Perspectivas de Administração Educacional. Administração educacional numa sociedade pluralista. Perspectivas

positivistas, interpretativas e críticas. Uma abordagem multiparadigmática

10

III. Racionalidades, “Ideologias de Conveniência” e Novas Agendas em Administração Educacional. Racionalidade

instrumental e administrativa versus racionalidade emancipatória. A nova gestão na administração educacional, o

problema burocrático e a dicotomia política/administração. Ideologias da modernização, da qualidade, da avaliação e

das competências. Gestão por resultados, cultura de responsabilização e cidadania. Novo tecnocratismo, controlo,

centralização e descentralização educativa, coordenação e desregulação. Parcerias interorganizacionais, competição

entre público-privado e as políticas de escolha.

IV. Valores e Ética na Administração Educacional. Participação, política e democracia. Igualdade, justiça social e

reconhecimento. Projectos de escola, culturas de autonomia e controlos por contratos. Liderança tecnocrática e

liderança transformadora. Ética e gestão educacional. Formação do gestor escolar.

V. Administração e Globalização. Políticas educacionais e políticas de mudança. Transnacionalização da educação e

administração educacional. Novas imagens de administração educacional. Administração educacional e justiça global.

4. Bibliografia Básica Barroso, João (2002). A investigação sobre a escola: contributos da administração educacional. Revista da Sociedade

Portuguesa de Ciências da Educação. Julho, vol. 1, nº 1, pp.277-325.

Demailly, Lise (2001). Enjeux de l'évaluation et régulation des systèmes scolaires. In Lise Demailly (Éd), Évaluer les politiques

éducatives. Sens, enjeux, pratiques. Bruxelles: De Boeck Université, pp. 13-30.

Estêvão, Carlos V. (1998). Redescobrir a escola privada portuguesa como organização. Na fronteira da sua

complexidade organizacional. Braga: Universidade do Minho.

Estêvão, Carlos V (2002). Globalização, Metáforas Organizacionais e Mudança Educacional: Dilemas e Desafios. Porto:

Asa.

Estêvão, Carlos V. (2004). Educação, justiça e autonomia. Porto: Asa editores.

Félix, M.F. C. (1984). Administração escolar: problema administrativo ou empresarial? S. Paulo: Cortez.

Júnior, Celestino Alves (2000). Administração educacional no Brasil: a municipalização do ensino no quadro das

ideologias de conveniência. In Revista Portuguesa de Educação, 13 (1), pp. 283-297.

Lima, Licínio C. (2007). Administração da educação e autonomia das escolas. In Conselho Nacional de Educação. A

educação em Portugal (1986-2006). Lisboa: CNE.

Paro, Vítor H. (1986). Administração escolar. Introdução crítica. S. Paulo: Cortez.

Weber, Max (1976). Economía y sociedad. México: Fondo de Cultura.

5. Organização do Processo de Ensino-aprendizagem

As horas de contacto desdobrar-se-ão em teóricas e teórico-práticas, no sentido de se aprofundarem algumas temáticas

de suporte à reflexão mais autónoma dos mestrandos, quando, nas últimas sessões, tiverem de elaborar e apresentar

publicamente um trabalho escrito sobre um tópico programático, contando para tal do apoio tutorial. Dada a natureza

11

eminentemente teórica da unidade curricular, as horas de estudo individual e as dedicadas aos trabalhos em grupo,

em número muito significativo, revelam-se fundamentais para o acompanhamento das temáticas a tratar.

6. Avaliação das Aprendizagens dos Alunos

Os mestrandos serão avaliados fundamentalmente pela apresentação pública, seguida de debate, de um pequeno

trabalho escrito sobre um dos tópicos do programa, sendo contabilizados ainda os contributos orais e outras

participações espontâneas que considerem relevantes.

12

CURSO: Mestrado em Educação, área de especialização em Administração Educacional

UNIDADE CURRICULAR: Teorias de Administração Educacional

ÁREA CIENTÍFICA: Administração Educacional

UC – ANUAL SEMESTRAL X TRIMESTRAL OUTRA

OBRIGATÓRIA X OPCIONAL

Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 8 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente

Horas de avaliação

Total

Listagem de RA

Colectivas Laborato-riais T. de campo

Seminário Tutórias Estágios Estudo

Trabº grupo

Trabº

projecto T TP PL TC S OT E

Analisar o papel do Estado, suas regulações e modelos de Administração Pública e de reformas educativas

2

3

--

--

--

0

--

20,5

5

--

0,5

31

Inventariar perspectivas de administração educacional, com destaque para as sócio-críticas

2 4 -- -- -- 1 -- 25,5 6 -- 0,5 39

Discutir criticamente as diferentes racionalidades, ideologias e novas agendas que se vêm impondo na administração educacional

3

4

--

--

--

2

--

45

15

--

1

70

Problematizar alguns valores dominantes na administração educacional

3 4 -- -- -- 1 -- 30 5 -- 1 44

Compreender os desafios da globalização ao nível da administração educacional e da administração da educação.

3

4

--

--

--

0

--

27

5

--

1

40

TOTAL 13 19 -- -- -- 4 -- 148 36 -- 4 224

13

Unidade Curricular: Sociologia das Organizações Educativas

1. Apresentação e Objectivos

Sociologia das Organizações Educativas é uma unidade curricular que visa contribuir para um sólida formação teórica

no domínio da análise sociológica-organizacional da educação, com destaque para as organizações escolares.

O programa está organizado em quatro unidades temáticas. Após uma breve apresentação e introdução à análise

sociológica das organizações educativas, a Unidade Temática II consistirá num olhar sociológico e num exercício crítico

sobre a produção de ideologias organizacionais e de modelos normativos com impacto na Educação, abordando

diacronicamente as principais escolas e teorias. Seguidamente, a Unidade Temática III incluirá o estudo das principais

abordagens teóricas na análise sociológica das organizações educativas, com especial referência à investigação

produzida em Portugal. Finalmente, a Unidade Temática IV procurará ensaiar alguns exercícios analíticos em torno da

escola portuguesa, a partir de uma análise sociológica multifocalizada.

Pretende-se, assim, que os formandos adquiram um conhecimento crítico sobre as teorias das organizações e sobre os

paradigmas sociológicos de análise organizacional, conferindo protagonismo à investigação das organizações

educativas ou com valências educativas, de tipo escolar ou não escolar.

2. Resultados de Aprendizagem

a) Conhecer criticamente os principais marcos teóricos das escolas de administração e gestão desde o início do século

XX e respectivos autores e obras de referência.

b) Analisar alguns impactos das teorias organizacionais e da administração na organização e administração dos

sistemas educativas e das escolas.

c) Compreender os principais paradigmas, modelos teóricos e imagens organizacionais convocáveis para o estudo das

organizações educativas.

d) Reconhecer os conceitos centrais, problemas teóricos e questões de investigação que são característicos das

distintas perspectivas teóricas estudadas.

e) Problematizar os resultados da investigação portuguesa à luz dos paradigmas socilógicos de análise organizacional

das organizações educativas.

3. Tópicos Programáticos

I. Apresentação: a análise sociológica das organizações educativas

A Sociologia das Organizações Educativas no contexto do ensino e da investigação em Administração Educacional em

Portugal: a escola como objecto de estudo e outras organizações educativas não escolares. As teorias organizacionais e

administrativas como narrativas racionalizadoras e a análise sociológica das ideologias gerencialistas em Educação

II. Um olhar sociológico sobre a produção de ideologias organizacionais e de modelos teóricos normativos com impacto

na Educação

Introdução: a emergência da sociedade organizacional e a construção social e institucional das organizações formais.

O projecto de modernidade industrial e a defesa de uma "Administração Científica". Da sociologia Weberiana à Teoria

14

da Burocracia e seus desenvolvimentos. Relações Humanas, organização cooperativa e integração. As abordagens

sistémicas, a Teoria da Contingência, o Desenvolvimento Organizacional e outras correntes contemporâneas.

III. Abordagens teóricas na análise sociológica das organizações educativas

Introdução: o movimento de renovação, os paradigmas sociológicos de análise organizacional e o pluralismo teorético

feito de novas metáforas. A perspectiva burocrática-racional e as abordagens formais, estruturais e sistémicas. As

perspectivas políticas e a análise estratégica. As perspectivas cultural, simbólica e subjectiva. As perspectivas da

ambiguidade e suas metáforas. A perspectiva institucional e as abordagens neoinstitucionais.

IV. Para uma análise sociológica multifocalizada das organizações educativas

Investigando a organização das escolas portuguesas. Problemas de investigação

4. Bibliografia Básica ALVESSON, M. & WILLMOTT, H. (1996). Making Sense of Management. A Critical Introduction. London: Sage.

BACHARACH, S. B. & MUNDELL, B. (Eds.) (1995). Images of Schools. Structures and Roles in Organizational Behavior.

California: Corwin Press.

BARROSO, J. (1995). Os Liceus: Organização Pedagógica e Administração. Lisboa: FCG/JNICT.

BURRELL, G. & MORGAN, G. (1979). Sociological Paradigms and Organisational Analysis. Guilford: Gower.

BUSH, T.(1986). Theories of Educational Management. London: Harper & Row.

COSTA, J. A.(1996). Imagens Organizacionais da Escola. Porto: Asa.

ESTÊVÃO, C. V. (1998). Redescobrir a Escola Privada Portuguesa como Organização. Braga: Universidade do Minho.

LIMA, L. C. (2001). A Escola como Organização Educativa. Uma Abordagem Sociológica. São Paulo: Cortez.

LIMA, L. C. (Org.) (2006). Compreender a Escola. Perspectivas de Análise Organizacional. Porto: Asa.

MORGAN, G. (1986). Images of Organization. Beverly Hills, Sage.

5. Organização do processo de ensino-aprendizagem

As sessões de trabalho serão organizadas de forma a contemplar a intervenção activa dos participantes no curso. Para

além das exposições pelo docente serão propostos trabalhos de grupo e haverá lugar à apresentação e discussão de

casos, experiências e testemunhos considerados relevantes para as matérias em estudo.

6. Avaliação das aprendizagens dos alunos

Propõe-se a apresentação de um trabalho em grupo (guião escrito com apresentação oral e discussão) que incidirá

sobre uma investigação realizada em Portugal e a entrega de um trabalho individual (final) sobre um tema a definir,

com regras de apresentação, extensão, etc., a acordar com os participantes.

15

CURSO: Mestrado em Educação, área de especialização em Administração Educacional

UNIDADE CURRICULAR: Sociologia das Organizações Educativas

ÁREA CIENTÍFICA: Administração Educacional

UC – ANUAL SEMESTRAL X TRIMESTRAL OUTRA

OBRIGATÓRIA X OPCIONAL

Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 10 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente Horas de avaliação

Total Listagem de RA

Colectivas Laboratoriais T. de

campo Seminário Tutórias Estágios

Estudo Trabº grupo

Trabº projecto

T TP PL TC S OT E

Conhecer criticamente os principais marcos teóricos das escolas de administração e gestão desde o início do século XX e respectivos autores e obras de referência.

10 4 0 0 0 0 0 40 2 0 0 56

Analisar alguns impactos das teorias organizacionais e da administração na organização e administração dos sistemas educativas e das escolas.

5 3 0 0 0 0 0 20 4 0 1 33

Compreender os principais paradigmas, modelos teóricos e imagens organizacionais convocáveis para o estudo das organizações educativas.

12 4 0 0 0 0 0 80 4 0 0 100

Reconhecer os conceitos centrais, problemas teóricos e questões de investigação que são característicos das distintas perspectivas teóricas estudadas.

6 4 0 0 0 0 0 30 2 0 1 43

Problematizar os resultados da investigação portuguesa à luz dos paradigmas sociológicos de análise organizacional das organizações educativas.

5 3 0 0 0 0 0 28 10 0 2 48

TOTAL 38 18 0 0 0 0 0 198 22 0 4 280

16

Unidade Curricular: Métodos de Administração Educacional

1. Apresentação e Objectivos

Este programa aborda questões ligadas às teorias, concepções, modelos e práticas de administração e gestão escolar

a partir da compreensão das características sócio-organizacionais do sistema educativo e da escola, e faz uma análise

sociológica de alguns processos organizacionais tais como a motivação, a liderança, o conflito, a negociação, a

estratégia, a tomada de decisões, a participação, a inovação, o controlo, o poder, a autoridade, a dinâmica de grupos,

etc., que acontecem no interior dessas organizações.

O estudo destes processos visa desenvolver e fundamentar uma concepção mais heurística e dialéctica de

administração das organizações educativas (enquanto teoria e prática) considerando a especificidade e complexidade

estrutural destas e perceber criticamente a função e a necessidade dos modelos e processos de gestão e

administração das organizações enquanto sistemas de regulação e pilotagem. Pretende-se com esta unidade curricular

abordar algumas concepções e modelos teóricos que dão conta da complexa topografia organizacional, explorar e

aprofundar a compreensão da natureza dos processos de administração e gestão de organizações educativas à luz das

teorias sócio-organizacionais, analisar criticamente modelos, técnicas e dispositivos de intervenção e gestão

educacional e desenvolver nos formandos competências de análise crítica de contextos educativos e de avaliação das

possibilidades e limites das técnicas de administração e gestão.

2. Resultados de Aprendizagem

a) Conhecer teorias organizacionais e métodos alternativos de administrar em contexto educativo;

b) Analisar criticamente modelos, dispositivos, práticas e processos de administração educativa;

c) Conhecer métodos e processos de direcção, planeamento, organização, controlo e avaliação em contexto escolar;

d) Conceber soluções para problemas de índole administrativa no campo educativo, com base nos métodos

estudados;

e) Adquirir conhecimentos e competências relativos aos processos de gestão educacional e às práticas de gestão

escolar

3. Tópicos Programáticos

1. Teorias Organizacionais. Modelos organizacionais normativos, descritivos e interpretativos.

2. Funções Administrativas nas Organizações Escolares: Planear: planeamento estratégico e táctico; Organizar:

centralização e descentralização. Dirigir: direcção e gestão; modelos e estilos de gestão; planeamento, recrutamento e

selecção de pessoal. Controlar: mecanismos e princípios de controlo; métodos de avaliação do desempenho.

3. Processos de Gestão Educativa. Papéis do gestor educativo. Escolas eficazes. Liderança. Tomada de decisões.

Relações de poder e gestão de conflitos. O clima organizacional. Inovação estratégica. Gestão da Qualidade Total

(GQT). Comunicação organizacional. O mercado educativo.

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4. Análise de Práticas de Gestão Escolar: Gestão de grupos e equipas. Gestão de reuniões. Avaliação institucional.

Delegação de competências. Redacção de relatórios e curricula vitae. Técnicas de análise das práticas de gestão:

entrevistas, brainstorming, círculos de estudo, estudo de caso, método de simulação, autoscopia, portefólio.

4. Bibliografia Básica

Barnabé, C. & Girard, H. C. (dir.). (1987). Administration Scolaire. Théorie et Pratique. Chicoutimi (Québec): Gaëtan Morin Éditeur.

Battes, R. et al. (1989). Práctica Crítica de la Administración Educativa. Valência: Universidade de Valência.

Ciscar, C. & Uria, M. E. (1988). Organización Escolar y Acción Directiva. Madrid: Narcea.

Costa, J. A. (1991). Gestão Escolar: Participação, Autonomia, Projecto Educativo de Escola. Lisboa: Texto Editora.

Delgado, M. L. & Barrio, O. S. (1995). Organización Escolar. Una Perspectiva Ecológica. Alcoy: Editorial Marfil.

Estêvão, C. V. (1994). Inovação e Mudança nas Organizações Educativas Públicas e Privadas. Revista Portuguesa de Educação, 7 (1 e 2), pp. 95-11.

Estêvão, C. V. (1998). A Gestão Estratégica nas Escolas. Lisboa: Ministério da Educação/Instituto de Inovação Educacional.

Gerbier, J. (1990). Organização. Métodos e Técnicas Fundamentais. Lisboa: Publicações Europa-América.

Rego, A. (1998). Liderança nas Organizações. Teoria e Prática. Aveiro: Universidade de Aveiro.

Silva, E. A. (2000). Gestão Estratégica e Projecto Educativo. in: J. A. Costa, A. N. Mendes & A. Ventura. Liderança e

Estratégia nas Organizações Escolares. Aveiro: Universidade de Aveiro, pp. 217-237.

5. Organização do Processo de Ensino-aprendizagem

As sessões terão carácter teórico e teórico-prático permitindo uma abordagem dos conteúdos com base em processos

de exposição, exemplificação, exercitação ou debates, a partir de situações, textos ou exercícios convocados. Pretende-

se aliar a conceptualização teórica com a análise de situações e problemas para favorecer uma compreensão mais

significativa do conteúdo.

Haverá sessões de apresentação e discussão de temas tratados e apresentados pelos formandos, em pequenos

grupos.

6. Avaliação das Aprendizagens dos Alunos

Constará de 3 elementos: uma reflexão individual escrita, sobre um dos temas do programa; um trabalho de grupo

sobre um tema, com apresentação oral e discussão nas sessões; a participação dos alunos nas actividades teórico-

práticas, assim como a sua assiduidade.

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CURSO: Mestrado em Educação, área de especialização em Administração Educacional UNIDADE CURRICULAR: Métodos de Administração Educacional ÁREA CIENTÍFICA: Administração Educacional UC – ANUAL SEMESTRAL X TRIMESTRAL OUTRA OBRIGATÓRIA X OPCIONAL Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 6 créditos (ECTS) Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente

Horas de avaliação

Total Listagem de RA

Colectivas Laboratoriais T. de

campo Seminário Tutórias Estágios

Estudo Trabº grupo

Trabº projecto

T TP PL TC S OT E

Conhecer teorias organizacionais e métodos alternativos de administrar em contexto educativo;

2 1 5 0 0 8

Analisar criticamente modelos, dispositivos, práticas e processos de administração educativa;

5 3 20 6 1 35

Conhecer métodos e processos de direcção, planeamento, organização, controlo e avaliação em contexto escolar;

6 4 25 6 1 42

Conceber soluções para problemas de índole administrativa no campo educativo, com base nos métodos estudados;

4 4 25 10 1 44

Adquirir conhecimentos e competências relativos aos processos de gestão educacional e às práticas de gestão escolar

4 3 25 6 1 39

TOTAL 21 15 100 28 4 168

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Unidade Curricular: Metodologia de Investigação em Administração Educacional

1. Apresentação e Objectivos

A presente unidade curricular introduz os participantes nos universos da investigação em educação e da produção

académica, abordando questões metodológicas e considerando especificamente recursos e instrumentos de

investigação utilizados na análise sociológica-organizacional dos fenómenos educativos.

Respondendo à necessidade de estabelecer uma articulação entre a análise teórica dos problemas educacionais e a

pesquisa empírica das realidades que traduzem, o programa será desenvolvido tendo por base os seguintes objectivos:

desenvolver competências de investigação teórica e empírica dos problemas da educação e das organizações

educativas, sob consideração das exigências metodológicas e epistemológicas; proporcionar o domínio, através da

análise de pesquisas produzidas e da exercitação, de técnicas e instrumentos de investigação educacional mais

utilizados na prática investigativa.

2. Resultados de Aprendizagem

a) Reflectir criticamente sobre as questões de ordem epistemológica e metodológica mais características dos diferentes

paradigmas de investigação em ciências sociais.

b) Compreender a natureza e as características do processo de investigação em administração educacional e as

particularidades de alguns métodos e técnicas de recolha e tratamento de dados.

c) Utilizar de forma adequada os processos e os métodos de trabalho científico referentes à realização de projectos de

investigação no domínio da administração educacional.

d) Conceber e aplicar métodos e técnicas de investigação em administração educacional.

e) Analisar criticamente o desenho, processo, métodos e técnicas de investigação utilizados numa pesquisa concreta, a

partir de respectivo relatório.

3. Tópicos Programáticos

1. Introdução: a investigação em educação; questões de natureza ontológica, epistemológica e metodológica

2. O processo de investigação: pergunta de partida e formulação do problema, exploração, construção da problemática,

modelo de análise, observação, análise de dados, conclusões

3. A proposta de investigação

4. Abordagens quantitativas: investigação por levantamento, investigação de correlatividade, investigação ex post facto,

investigação experimental, investigação documental

5. Abordagens qualitativas: o enfoque fenomenológico, a investigação-acção, a etnografia

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6. A recolha de dados: inquérito por questionário, entrevista, observação, análise de conteúdo

7. O estudo de caso

8. A produção do relatório científico e as regras da produção académica

9. Questões de natureza ética

4. Bibliografia Básica

ALMEIDA, J. F. & PINTO, J. M. (1983). A Investigação nas Ciências Sociais. Lisboa: Presença.

BELL, J. (1997). Como Realizar um Projecto de Investigação. Lisboa: Gradiva.

BELL, J. et al. (Eds.). (1984). Conducting Small-Scale Investigations. in: Educational Management. London: Harper &

Row.

BOGDAN, R & BIKLEN, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação. Uma Introdução à Teoria e aos Métodos.

Porto: Porto Editora.

GHIGLIONE, R. & MATALON, B. (1993). O Inquérito. Teoria e Prática. Oeiras: Celta.

LIMA, M. Pires de. (1981). O Inquérito Sociológico. Problemas de Metodologia. Lisboa: Editorial Presença.

LÜDKE, M. & ANDRÉ, M. E. D. A. (1986). Pesquisa em Educação: Abordagens Qualitativas. São Paulo: Editora

Pedagógica e Universitária.

QUIVY, R. & CAMPENHOUDT, L. V. (1997). Manual de Investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva Editores.

SILVA, A. S. & PINTO, J. M. (Orgs). (1986). Metodologia das Ciências Sociais. Porto: Edições Afrontamento.

TUCKMAN, B. W. (2000). Manual de Investigação em Educação. Como Conceber e Realizar o Processo de Investigação

em Educação. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

5. Organização do Processo de Ensino-aprendizagem

A maioria das sessões terá carácter teórico-prático, ou seja, os temas do programa serão teoricamente abordados, com

suporte nos autores referenciados na bibliografia, e depois exemplificados, exercitados ou discutidos tendo por base

situações, textos ou exercícios criados e/ou convocados para o efeito. Pretende-se com esta estratégia aliar uma

conceptualização mais teórica com a abordagem empírica de situações e problemas apropriados, o que favorece uma

compreensão mais profunda e significativa do conteúdo. Para o efeito, as sessões destinarão cerca de dois terços do

tempo para uma abordagem eminentemente de cariz teórico e um terço para a exercitação e discussão de situações

e/ou exemplificação. Poderão ser realizadas sessões essencialmente de exercitação e discussão de situações reais ou

simuladas.

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Haverá sessões específicas de apresentação e discussão de temas tratados e apresentados pelos formandos, em

pequenos grupos, que serão previamente marcadas pelo docente (tendo em conta o calendário lectivo) com a indicação

(e distribuição, quando necessário) do respectivo material de análise (textos, obras).

Estas sessões de apresentação e discussão de trabalhos dos formandos destinam-se ao tratamento dos métodos e

técnicas de investigação, constantes no programa, e serão estruturadas em 3 momentos, relativamente a cada

apresentação. Assim, obedecerão à seguinte organização: 30 minutos para apresentação oral do tema, pelo grupo; 30

minutos para discussão e debate, na base de questões colocadas; 15 minutos para apreciação e síntese pelo docente.

6. Avaliação das Aprendizagens dos Alunos

O dispositivo de avaliação adoptado compreenderá a apreciação crítica de uma investigação em educação produzida em Portugal,

realizada sob a forma de trabalho em pequenos grupos, com entrega de um texto/guião escrito. Está ainda prevista a apresentação e

discussão dos métodos/técnicas de recolha de dados, constantes no programa, baseadas na entrega de um trabalho individual.

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CURSO: Mestrado em Educação, área de especialização em Administração Educacional UNIDADE CURRICULAR: Metodologia de Investigação em Administração Educacional ÁREA CIENTÍFICA: Metodologia da Investigação UC – ANUAL SEMESTRAL X TRIMESTRAL OUTRA OBRIGATÓRIA X OPCIONAL Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 6 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente Horas de avaliação

Total Listagem de RA

Colectivas Laboratoriais T. de

campo Seminário Tutórias Estágios Estudo Trabº

grupo Trabº

projecto T TP PL TC S OT E

Reflectir criticamente sobre as questões de ordem epistemológica e metodológica mais características dos diferentes paradigmas de investigação em ciências sociais.

4 2 0 0 0 0 0 20 2 0 0 28

Compreender a natureza e as características do processo de investigação em administração educacional e as particularidades de alguns métodos e técnicas de recolha e tratamento de dados.

6 3 0 0 0 0 0 26 4 0 1 40

Utilizar de forma adequada os processos e os métodos de trabalho científico referentes à realização de projectos de investigação no domínio da administração educacional.

2 5 0 0 0 0 0 20 6 0 1 34

Conceber e aplicar métodos e técnicas de investigação em administração educacional.

2 5 0 0 0 0 0 16 6 0 1 30

Analisar criticamente o desenho, processo, métodos e técnicas de investigação utilizados numa pesquisa concreta, a partir de respectivo relatório.

2 3 0 0 0 2 0 22 6 0 1 36

TOTAL 16 18 0 0 0 2 0 104 24 0 4 168

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Unidade Curricular: Investigação Portuguesa em Administração Educacional

1. Apresentação e Objectivos

Esta unidade curricular, do Mestrado de Educação - Área de Especialização em Administração Educacional, propõe-se analisar,

a partir de um ponto de vista eminentemente interpretativo e crítico, os trabalhos mais marcantes da investigação em

Administração Educacional em Portugal, apresentados na sequência lógica da evolução da disciplina, mas com um destaque

particular para as problemáticas mais actuais.

Apresenta-se a investigação em Administração Educacional em Portugal, num quadro de inteligibilidade que leve em conta um

conjunto de critérios de análise significativos: o percurso evolutivo; as grandes temáticas e linhas de investigação em presença; a

organização em escolas, centros de investigação, comunidades institucionais e informais; a distribuição da investigação de

acordo com as metodologias preferenciais e com as referências teóricas e disciplinares de base.

Também se analisam os momentos significativos, os pontos de viragem, e os períodos de alguma estabilidade no percurso da

Administração Educacional acompanhando, nomeadamente, os movimentos de reforma do ensino, pelas suas conexões às

teorias, às práticas, e à investigação no campo, permitindo ainda relacionar os desenvolvimentos ocorridos ao nível da

investigação, com o contexto mais global das políticas educativas. Deste modo, procura-se ir para além de uma análise da

investigação como fenómeno insularizado, problematizando continuamente as relações entre a investigação e as outras

componentes da Administração Educacional, a prática administrativa e a formação na área, e questionando as implicações da

investigação, e dos seus resultados, ao nível técnico e político. Consequentemente, propõe-se uma investigação das práticas,

sempre atenta às dimensões sociológicas, organizacionais e políticas

A unidade curricular procura igualmente desocultar as condicionantes envolvidas no conjunto dos processos que dizem respeito

à investigação na área, considerando as especificidades do caso português, mas numa análise aberta a um estudo comparativo

da situação internacional neste campo, que permita contextualizar melhor as limitações, mas também os êxitos alcançados e os

desafios actuais; isto porque não se deseja posicionar o estudante numa atitude passiva perante o conhecimento produzido e os

resultados alcançados, mas sim incentivá-lo a participar como investigador, assumindo parte activa nessa tarefa exigente, mas

desafiante, que é a investigação em administração educacional.

2. Resultados de Aprendizagem

1) Compreender o papel da componente investigação no quadro geral da Administração Educacional e da sua circulação

de saberes, identificando as diferentes condicionantes políticas e técnicas;

2) Conhecer as principais reformas do ensino em Portugal, em resultado do estudo das suas orientações de base e das

suas repercussões no campo da Administração Educacional em geral e, em especial, na sua componente de investigação;

3) Caracterizar a investigação produzida em Administração Educacional, segundo diferentes critérios de análise;

4) Identificar os principais centros, autores, temáticas e trabalhos, que constituem os exemplos mais significativos da

investigação em Administração Educacional em Portugal, num quadro comparativo com a investigação produzida em

países de referência na área;

5) Avaliar os resultados da investigação produzida e as suas repercussões ao nível das políticas educativas e das práticas

de administração educativa;

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6) Reconhecer os desafios que se colocam à investigação em Administração Educacional em Portugal, enquanto análise da

práticas existentes e meio para a promoção de novas práticas.

3. Tópicos Programáticos

1. A investigação como componente da Administração Educacional

A circulação de saberes entre a prática, a formação e a investigação. Abordagens à Administração Educacional e suas

manifestações ao nível da investigação.

2. O desenvolvimento da investigação em Administração Educacional

O New Movement e a moderna investigação em Administração Educacional. Critérios de análise da investigação produzida em

Administração Educacional.

3. A origem da investigação portuguesa em Administração Educacional

Os primeiros trabalhos de investigação na área. A investigação em Administração Educacional em Portugal, como fenómeno

decorrente do 25 de Abril.

4. O 25 de Abril, a nova realidade política, as reformas do ensino, e suas repercussões no desenvolvimento teórico e investigativo

A gestão democrática das escolas e os trabalhos da Comissão de Reforma do Sistema Educativo. A autonomia das escolas e os

Agrupamentos: novas problemáticas abertas à investigação.

5. Investigação em Administração Educacional: análise da produção portuguesa

Algumas experiências de investigação mais significativas. Condicionantes actuais, e novos desafios para a investigação

portuguesa na área.

4. Bibliografia Básica

ANDERSON, Gary L. & JONES, Franklin (2000). Knowledge Generation in Educational Administration From the Inside Out:

The Promise and Perils of Site-Based, Administrator Research, in Educational Administration Quarterly. Vol 36, nº 3,

428-464.

BARROSO, João (2002). “A investigação e a Formação em Administração Educacional. Reflexões sobre a Situação

Portuguesa”, in II Congresso Luso-Brasileiro de Política e Administração da Educação: Investigação, Formação e

Práticas. Braga: Centro de Estudos em Educação, Universidade do Minho.

BARROSO, João (2002). A Investigação Sobre a Escola: Contributos da Administração Educacional, in Investigar em

Educação. Vol. 1, nº 1, 277–325.

CAMPBELL, Roald & FLEMING, Thomas & NEWELL, L. Jackson & BENNION, John W. (1987). A History of Tought and

Practice in Educational Administration. New-York: Teachers College Press.

DONMOYER, Robert & IMBER, Michael & SCHEURICH, James Joseph (Eds.) (1995). The Knowledge Base in Educational

Administration: Multiple Perspectives. Albany: State University of New York Press.

ESTÊVÃO, Carlos V. (1998). Redescobrir a Escola Privada Portuguesa Como Organização. Braga: Universidade do Minho,

Instituto de Educação e Psicologia.

ESTÊVÃO, Carlos V. (2000). A Administração Educacional em Portugal: Teorias Aplicadas e Suas Práticas, in Revista de

Administração Educacional. Vol. 2, nº 20, 9-20.

25

LIMA, Licínio C. (1991). “O Ensino e a Investigação em Administração Educacional em Portugal: Situação e Perspectivas”,

in Ciências da Educação em Portugal: Situação Actual e Perspectivas. Sociedade Portuguesa de Ciências da

Educação, 91-117.

LIMA, Licínio C. (1998). “A Administração do Sistema Educativo e das Escolas (1986/1996)”, in Ministério da Educação,

A Evolução do Sistema Educativo e o PRODEP. Estudos Temáticos, vol. 1. Lisboa: Ministério da Educação/DAPP, 15-

95.

SILVA, Guilherme R. (2006). Modelos de Formação em Administração Educacional: Um Estudo Centrado na Realidade

Portuguesa. Braga: Universidade do Minho, Instituto de Educação e Psicologia.

5. Organização do Processo de Ensino-aprendizagem

Trata-se de uma unidade curricular semestral, tendo atribuídas duas horas lectivas semanais. A unidade curricular está

organizada em sessões de trabalho que privilegiam a leitura e análise de textos, a participação do docente no

acompanhamento e orientação de trabalhos, desde a fase da concepção à redacção escrita dos mesmos, e a

apresentação oral desses trabalhos à turma, nas sessões lectivas, com o consequente debate alargado dos mesmos.

6. Avaliação das Aprendizagens dos Alunos

A avaliação constará, de uma recensão escrita a um dos textos indicados pelo professor e discutida na aula. A participação

nas sessões de trabalho também será tida em conta na ponderação da classificação final.

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CURSO: Mestrado em Educação, área de especialização em Administração Educacional UNIDADE CURRICULAR: Investigação Portuguesa em Administração Educacional ÁREA CIENTÍFICA: Administração Educacional UC – ANUAL SEMESTRAL X TRIMESTRAL OUTRA OBRIGATÓRIA X OPCIONAL Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 8 créditos (ECTS) Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente

Horas de avaliação

Total Listagem de RA

Colectivas Laboratoriais T. de

campo Seminário Tutórias Estágios Estudo Trabº

grupo Trabº

projecto T TP PL TC S OT E

Compreender o papel da componente investigação no quadro geral da Administração Educacional e da sua circulação de saberes, identificando as diferentes condicionantes políticas e técnicas

5 1 10 9 0,5 25,5

Conhecer as principais reformas do ensino em Portugal, em resultado do estudo das suas orientações de base e das suas repercussões no campo da Administração Educacional em geral e, em especial, na sua componente de investigação

5 1 15 9 0,5 30,5

Caracterizar a investigação produzida em Administração Educacional, segundo diferentes critérios de análise

4 2 10 20 1 37

Identificar os principais centros, autores, temáticas e trabalhos, que constituem os exemplos mais significativos da investigação em Administração Educacional em Portugal, num quadro comparativo com a investigação produzida em países de referência na área

4 2 20 20 1 47

Avaliar os resultados da investigação produzida e as suas repercussões ao nível das políticas educativas e das práticas de administração educativa

3 2 15 10 1 31

Reconhecer os desafios que se colocam à investigação em Administração Educacional em Portugal, enquanto análise da práticas existente e meio para a promoção de novas práticas

4 2 20 12 14 1 53

TOTAL 25 10 90 80 14 5 224

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Unidade Curricular: Temas de Política Educativa

1. Apresentação e Objectivos

Tendo como referência mais ampla a área de especialização em Administração Educacional do Mestrado em Educação, a

unidade curricular Temas de Política Educativa configura-se predominantemente como um espaço de problematização dos

níveis macro e mega de análise sociológica, isto é, procura encontrar, quer ao nível do Estado nacional, quer ao nível do

que podemos designar como agenda da globalização, alguns dos factores condicionantes das decisões políticas relativas à

Educação. Procurando convergir com outras disciplinas que privilegiam ou têm como dominância outros contextos de

análise (micro e, sobretudo, meso), a unidade curricular Temas de Política Educativa pretende ajudar a construir sinergias

e pontes teórico-conceptuais que permitam a complexificação analítica a partir da abordagem de políticas educativas

concretas e sugiram (novos) objectos de estudo, directa ou indirectamente relacionáveis com o campo de inscrição próprio

deste Mestrado e com a Educação, em geral.

2. Resultados de Aprendizagem

1. Adquirir conceitos fundamentais para a análise sociológica das políticas educativas;

2. Compreender alguns processos de globalização e europeização da Educação;

3. Discutir perspectivas e teorias sobre a construção das agendas políticas;

4. Analisar mutações no papel do Estado e alguns vectores das reformas da administração pública e da administração da

educação;

5. Perceber a natureza de políticas educativas contemporâneas em alguns países;

6. Conhecer a evolução recente das políticas educativas portuguesas.

3. Tópicos Programáticos

Globalização(ões), Estado-nação e políticas educativas. Educação ao Longo da Vida e Espaço Europeu de Educação. A nova

ordem educacional e o(s) novo(s) modelo(s) educativo(s) mundiais. A União Europeia e a educação: percursos, processos

e metamorfoses. Cidadanias e educação: novos espaços, contextos e projectos. A educação e a escola entre o global e o

local. Governação e reinvenção do Estado em educação: novas configurações e actores institucionais. O Estado de Bem-estar

e a educação em Portugal após a integração europeia. O neo-liberalismo educacional mitigado no período de governação

social-democrata (1985-1995). Do pacto educativo reinventado aos reajustamentos neo-reformistas nos governos do

partido socialista (1996-2000). A reforma do Estado, a nova gestão pública e a agenda globalmente estruturada para a

educação em Portugal. Educação e diversidade(s): escola pública e construção da cidadania democrática. Políticas de

igualdade e diferença: actores, processos e resultados. Educação e sociedades multiculturais e multiétnicas. Educação

inclusiva, diferença e direitos humanos e sociais. Género e educação: cidadania(s), reconhecimento e igualdade.

4. Bibliografia Básica

AFONSO, Almerindo J. (1998). Políticas Educativas e Avaliação Educacional. Para uma Análise Sociológica da Reforma

Educativa em Portugal (1985-1995). Braga: Universidade do Minho.

28

AFONSO, Almerindo J. & RAMOS, Emílio Lúcio-Villegas (2007). Estado-nação, educação e cidadanias em transição. Revista

Portuguesa de Educação, 20/1, pp. 77-98.

ANTUNES, Fátima (2004). Políticas Educativas Nacionais e Globalização. Novas Instituições e Processos Educativos. O

Subsistema de Escolas Profissionais em Portugal (1987-1998). Braga: Universidade do Minho.

ANTUNES, Fátima (2006). Governação e Espaço Europeu de Educação: regulação da educação e visões para o projecto

‘Europa’. Revista Crítica de Ciências Sociais, nº 75, pp. 63-93.

BARROSO, João (org.) (2006). A Regulação das Políticas Públicas de Educação: Espaços, Dinâmicas, Actores. Lisboa:

Educa/UIDCE.

DALE, Roger (2005). A globalização e a reavaliação da governação educacional. Um caso de ectopia sociológica. In António

Teodoro & Carlos Alberto Torres (orgs.), Educação Crítica e Utopia. Perspectivas para o Século XXI. Porto:

Afrontamento, pp. 53-69.

ESTEVÃO, Carlos V. (2007). Direitos Humanos, Justiça e Educação. Educação, Sociedade & Culturas, nº 25, pp. 43-81.

LIMA, Licínio C. & AFONSO, Almerindo J. (2002). Reformas da Educação Pública. Democratização, Modernização,

Neoliberalismo. Porto: Afrontamento.

NOVOA, António (2005), “Les états de la politique dans l'espace européen de l'éducation”, in M. Lawn & A. Nóvoa

(coords.), L'Europe réinventée. Regards critiques sur l'Espace Européen de l'Éducation. Paris: L'Harmattan, 197-

224.

ROBERTSON, Susan L. (2007). ‘Refazendo o mundo’. Neoliberalismo e transformação da educação e do trabalho dos

professores. Revista Lusófona de Educação, nº 9, 13-34.

STOER, Stephen R.; CORTESÂO, Luiza & CORREIA, José A. (2001) (orgs.). Transnacionalização da Educação. Da Crise da

Educação à “Educação” da Crise. Porto: Afrontamento.

5. Organização do Processo de Ensino-aprendizagem

A metodologia pedagógica relativa á organização das sessões pressupõe, numa primeira parte, o desenvolvimento de aulas

expositivas a cargo do docente da unidade curricular e, numa segunda parte, a discussão de textos previamente

distribuídos ou a apresentação de trabalhos dos estudantes.

6. Avaliação das Aprendizagens dos Alunos

A avaliação desta unidade curricular é contínua, baseando-se em elementos relativos à participação durante as aulas (de

acordo com uma grelha previamente estabelecida com os mestrandos), na exposição/discussão de textos ou trabalhos, e

ainda na elaboração individual de uma síntese final relativa a aspectos temáticos e metodológicos das sessões.

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CURSO: Mestrado em Educação, área de especialização em Administração Educacional UNIDADE CURRICULAR: Temas de Política Educativa ÁREA CIENTÍFICA: Política Educativa UC – ANUAL SEMESTRAL X TRIMESTRAL OUTRA OBRIGATÓRIA X OPCIONAL Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 8 créditos (ECTS) Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente

Horas de avaliação

Total Listagem de RA

Colectivas Laboratoriais T. de

campo Seminário Tutórias Estágios

Estudo Trabº grupo

Trabº projecto

T TP PL TC S OT E

Adquirir conceitos fundamentais para a análise sociológica das políticas educativas

5 1 2 20 12 1 41

Compreender alguns processos de globalização e europeização da Educação

4 1 20 10 1 36

Discutir perspectivas e teorias sobre a construção das agendas políticas

5 1 20 10 1 37

Analisar mutações no papel do Estado e alguns vectores das reformas da administração pública e da administração da educação

4 1 22 10 1 38

Perceber a natureza de políticas educativas contemporâneas em alguns países

4 1 20 10 1 36

Conhecer a evolução recente das políticas educativas portuguesas

4 1 20 10 1 36

TOTAL 26 6 2 122 62 6 224

30

Unidade Curricular: Análise de Dados e Projecto em Administração Educacional

1. Apresentação e Objectivos

A unidade curricular de Análise de Dados e Projecto em Administração Educacional, pretende constituir-se como um

espaço de trabalho em torno da produção e análise de dados, procurando fornecer aos mestrandos todo um quadro

reflexivo sobre os métodos e as técnicas mais utilizados em ciências sociais e em administração educacional e alguns

instrumentos que permitam a recolha e o tratamento da informação empírica produzida nos mais variados processos e

contextos de investigação.

Estabelecendo pontes, inicialmente, com alguns conteúdos leccionados no âmbito da área da metodologia de investigação,

com particular incidência nos conteúdos que remetem para a construção do modelo de análise, a unidade curricular

organizar-se-á tendo presente as principais técnicas de pesquisa qualitativa, destacando-se aqui a entrevista, desde a

produção do guião, à realização e à subsequente transcrição da mesma, para nos debruçarmos no final, com mais

pormenor, na análise do texto.

Esta unidade curricular pretende constituir-se, também, num espaço de reflexão e de intercomunicação, em que os mestrandos

disporão de relatos e análises de experiências de investigadores e de profissionais a desenvolverem a sua acção na área da

educação e, particularmente, na área de administração educacional. Esta Unidade propiciará, ainda, debates em torno de

dissertações de mestrado entretanto defendidas neste âmbito, assim como possibilitará o aprofundamento de vertentes ligadas à

realização de projectos individuais de investigação, com ênfase particular na definição de objectivos, na formulação de hipóteses

de trabalho, no aprofundamento do enquadramento teórico, no respeito por aspectos formais, bibliografia e calendarização.

Torna-se claro, por conseguinte, que esta unidade curricular, alocada no segundo semestre do Curso, constituir-se-á numa

unidade fundamental para guiar e estimular os mestrandos na senda investigativa, disponibilizando-lhes ao mesmo tempo um

leque variado de problemáticas que poderão vir a ser objecto de pesquisa nos seus pré-projectos de dissertação.

2. Resultados de Aprendizagem 1. Reflectir criticamente sobre as características do paradigma quantitativo e do paradigma qualitativo na investigação em

ciências sociais / ciências da educação.

2. Reflectir criticamente sobre contextos e práticas de investigação em administração educacional.

3. Seleccionar e aplicar procedimentos adequados de tratamento de dados.

4.Conhecer experiências de investigação no campo específico da administração educacional.

5. Elaborar e defender uma proposta de investigação no domínio da administração educacional.

3. Tópicos Programáticos 1.Caracterização de contextos e práticas de investigação em administração educacional

2.Tratamento e análise interpretativa de dados qualitativos

3.Tratamento e análise descritiva de dados quantitativos.

4.Aspectos metodológicos a respeitar na elaboração dos pré-projectos de dissertação de mestrado em educação, na área de

administração educacional, tendo presente as diversas temáticas tratadas na unidade curricular de Metodologia de Investigação

em Administração Educacional.

31

4. Bibliografia Básica

ALMEIDA, J. F. & PINTO, J. M. (1990). A Investigação nas Ciências Sociais. Lisboa: Ed. Presença, 4ª ed.

BACHELARD, G. (1985). O Novo Espírito Científico. Rio de Janeiro.

BELL, J. (1997). Como Realizar um Projecto de Investigação. Lisboa: Gradiva.

BOGDAN, R. & BIKLEN, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação. Uma Introdução à Teoria e aos Métodos. Porto:

Porto Editora.

ERASMIE, T. & LIMA, L. C. (1989). Investigação e Projectos de Desenvolvimento em Educação. Braga: U. E. A./Universidade do

Minho.

FODDY, W. (1996). Como Perguntar. Teoria e Prática da Construção de Perguntas em Entrevistas e Questionários. Oeiras:

Celta.

GHIGLIONE, R. & MATALON, B. (1992). O Inquérito. Teoria e Prática. Oeiras: Celta Editora.

HILL, M. M. & HILL, A. (2002). Investigação por Questionário. Lisboa: Ed. Sílabo, 2ª edição.

MARTINEZ, L. & FERREIRA, A. (2007). Análise de Dados com SPSS. Primeiros Passos. Lisboa: Escolar Editora.

TUCKMAN, B. W. (2000). Manual de Investigação em Educação. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

5. Organização do Processo de Ensino-aprendizagem Atendendo às especificidades desta unidade curricular, em que o tempo de contacto com o docente é de 30 horas e em

que a lógica da organização das actividades lectivas tenderá a privilegiar o regime de aulas teórico-práticas e seminário, as

propostas pedagógicas orientar-se-ão para um registo menos centrado no docente, portanto, menos expositivo, mais

dialogante e mais reflexivo. Os mestrandos serão chamados a participar activamente no desenrolar das actividades, muito

embora caibam ao docente as tarefas de facultar os instrumentos teórico-conceptuais e de orientar os mestrandos na

concepção e estruturação de projectos de investigação. Quanto às aulas teórico-práticas, elas poderão ser orientadas por

especialistas da área de administração educacional ou incidir na análise crítica de dissertações de mestrado já defendidas.

Finalmente, cada mestrando desenvolverá progressivamente, e com apoio tutorial, um projecto de investigação, individual,

centrado numa problemática de investigação relevante para a área.

6. Avaliação das Aprendizagens dos Alunos A avaliação na unidade curricular de Análise de Dados e Projecto em Administração Educacional incidirá sobre a

apresentação escrita e oral do pré-projecto de investigação individual. Terá também em conta a participação dos

formandos nas actividades desenvolvidas nas várias sessões lectivas, quer se desenrolem individualmente ou no seio de

um grupo de trabalho.

32

CURSO: Mestrado em Educação, área de especialização em Administração Educacional

UNIDADE CURRICULAR: Análise de dados e Projecto em Administração Educacional

ÁREA CIENTÍFICA: Metodologia da Investigação

UC – ANUAL SEMESTRAL X TRIMESTRAL OUTRA

OBRIGATÓRIA X OPCIONAL Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 8 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho

independente Horas de avaliação

Total

Listagem de RA

Colectivas Laboratoriais T. de

campo Seminário Tutórias Estágios

Estudo Trabº grupo

Trabº projecto

T TP PL TC S OT E

Reflectir criticamente sobre as características do paradigma quantitativo e do paradigma qualitativo na investigação em ciências sociais / ciências da educação.

3 5 0 0 0 0 0 15 0 0 1 24

Reflectir criticamente sobre contextos e práticas de investigação em administração educacional

0 5 0 0 0 0 0 20 0 0 1 26

Seleccionar e aplicar procedimentos adequados de tratamento de dados

0 10 5 0 0 0 0 24 30 0 1 70

Conhecer experiências de investigação no campo específico da administração educacional

3 5 0 0 0 0 0 15 0 0 1 24

Elaborar e defender uma proposta de investigação no domínio da administração educacional

0 17 0 0 0 2 0 60 0 0 1 80

TOTAL 6 42 5 0 0 2 0 134 30 0 5 224

33

Unidade Curricular: Educação, Justiça e Autonomia

1. Apresentação e Objectivos

A unidade curricular opcional Educação, Justiça e Autonomia começa a impor-se ao nível dos cursos de pós-graduação em

que se integra como uma área que progressivamente vem suscitando cada vez mais interesse dos alunos no sentido de os

fazer reflectir sobre temáticas novas no campo da sociologia política e da sociologia das organizações educativas, que

abrangem não apenas as questões tradicionais da educação, igualdade e autonomia, mas também da justiça, ética e

formação, confrontadas na esfera da educação e mais particularmente no campo da organização educativa, tendo sempre

presente o contexto mais amplo das políticas públicas e os desafios da globalização, quer no sentido mais neoliberal quer

no sentido mais democrático e cosmopolítico. Nesse sentido, e partindo explicitamente de experiências educativas a

ocorrerem actualmente nas escolas portuguesas, os mestrandos terão a oportunidade de mobilizar os seus conhecimentos

na desmontagem crítica quer de princípios insertos em determinadas medidas legislativas do ministério da educação, quer

também de práticas e regulações concretas que se vão impondo nas nossas escolas, frequentemente no sentido de

potenciarem aspectos regulatórios e não tanto a emancipação.

Assim, e como objectivos, esta unidade curricular visa:

1. Dar a conhecer as principais teorias da justiça no campo da sociologia política e sua relação com a liberdade e

igualdade, tendo presente sobretudo o campo da educação e das organizações educativas

2. Mostrar as abordagens actuais ao princípio da igualdade com reflexos no campo da educação

3. Inventariar lógicas e racionalidades que atravessam o mundo escolar e seus impactos no conceito de justiça escolar e

no de autonomia

4. Inventariar concepções de autonomia e sua relação com práticas de participação, de gestão e de ética

5. Integrar as problemáticas anteriores nos desafios da(s) globalização(ões)

2. Resultados de Aprendizagem

1. Conhecer as teorias da justiça relacionada com as concepções de Estado e democracia

2. Relacionar as concepções de justiça com as noções de igualdade e equidade

3. Compreender as implicações da justiça na autonomia escolar, gestão participação, formação e cidadania

4. Distinguir diferentes tipos de éticas que se cruzam no contexto escolar

5. Integrar a problemática da justiça na era da globalização

6. Analisar experiências educativas do ponto de vista da justiça

3. Tópicos Programáticos

1. Teorias da Justiça, Concepções de Estado e Tipos de Democracia 2. Esferas de justiça, Igualdade complexa e Educação 3.

Justiça organizacional, Cidadania e Escola como lugar de vários mundos 4. Justiça e pedagogia crítica 5. Justiça, Autonomia e

Participação 6. Justiça, Pluralidade de éticas e Gestão escolar 7. Justiça, Formação e Cidadania 8. Justiça, mercado de

34

aprendizagem e ideologia das competências 9. Justiça, Globalização e Educação 10. Justiça e Experiências educacionais em

Portugal.

4. Bibliografia Básica BOBBIO, N. (1993). Igualdad y Libertad. Barcelona, Paidós.

DEROUET, J.-L. (2000)(Dir.). L'École dans Plusiers Mondes. Bruxelles, De Boeck Université, pp. 5-22.

ESTÊVÃO, C. V. (2004). Educação, Justiça e Autonomia. S. Paulo: Cortez Editora.

ESTÊVÃO, C,. V. (2007). Educação, justiça e direitos humanos. In Educação e Pesquisa (S. Paulo), vol. 32, nº 1, Jan/Abril, pp.

85-101.

FRASER, N. (1997). Justice Interruptus: Critical Reflections on the 'Postsocialist' Condition. London, Routledge.

FREIRE, P. (1975). Pedagogia do Oprimido. Porto, Afrontamento.

GIROUX, H. (1983). Teoria Crítica e Resistência em Educação. Rio, Vozes.

LIMA, L., (2000). Organização Escolar e Democracia Radical. Paulo Freire e a Governação Democrática da Escola Pública. S.

Paulo: Cortez Editora.

RAWLS, J. (1993). Uma Teoria da Justiça. Lisboa, Editorial Presença.

YOUNG, I. (1990). Justice and the Politics of Difference. Princeton, Princeton Univ. Press.

5. Organização do Processo de Ensino-aprendizagem

As sessões presenciais assumem o formato de seminários, incidindo em problemáticas relacionadas com a investigação

em educação, justiça e autonomia. Os temas a apresentar pelos mestrandos nas últimas sessões serão objecto de debate

em grande grupo e serão escolhidos a partir dos tópicos do ponto oitavo do programa relativo a experiências educativas em

Portugal.

6. Avaliação das Aprendizagens A avaliação desta unidade curricular consistirá de uma reflexão escrita sobre uma experiência educativa relacionada com a

temática desta unidade curricular, apresentada e debatida em grande grupo (turma).

35

CURSO: Mestrado em Educação, área de especialização em Administração Educacional

UNIDADE CURRICULAR: Educação, Justiça e Autonomia

ÁREA CIENTÍFICA: Educação

UC – ANUAL SEMESTRAL X TRIMESTRAL OUTRA

OBRIGATÓRIA OPCIONAL X Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 6 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente

Horas de avaliação

Total

Listagem de RA

Colectivas Laborato-riais

T. de campo

Seminário Tutórias Estágios Estudo

Trabº grupo

Trabº

projecto T TP PL TC S OT E Conhecer as teorias da justiça relacionada com as concepções de Estado e democracia

2

1

--

--

3

-

--

10

5

--

0,5

21,5

Relacionar as concepções de justiça com as noções de igualdade e equidade

2 1 -- -- 3 1 -- 10 5 -- 0,5 22,5

Compreender as implicações da justiça na autonomia escolar, gestão participação, formação e cidadania

2

1

--

--

3

1

--

10

5

--

0,5

22,5

Distinguir diferentes tipos de éticas que se cruzam no contexto escolar

2 1 -- -- 3 1 -- 10 5 -- 0,5 22.5

Integrar a problemática da justiça na era da globalização 2

1

--

--

3

-

--

10

5

--

0.5

21.5

Analisar experiências educativas do ponto de vista da justiça

-- -- -- -- 3 1 -- 33 20 -- 0,5 57.5

TOTAL 10 5 -- -- 18 4 -- 83 45 -- 3 168

36

Unidade Curricular: Temas de Sociologia da Educação

1. Apresentação e Objectivos

A unidade curricular temas de sociologia da educação consistirá na apresentação e debate de um conjunto de temas

que se consideram de grande relevância para a formação, para o desenvolvimento profissional, para a intervenção

social e para a prática profissional quotidiana dos professores. A unidade assume como principais objectivos: dotar os

alunos (mestrandos) de conhecimentos teórico-conceptuais, no campo da sociologia e da sociologia da educação; dotar

os mestrandos de competências de análise sociológica de concepções, discursos e práticas no campo da educação

dotar os mestrandos de competências sociológicas de intervenção crítica e construtiva nos seus específicos contextos

de acção social educacional.

2. Resultados de Aprendizagem

a) Conhecer a sociologia como ciência social;

b) Aprender a usar a perspectiva sociológica na análise de fenómenos sociais;

c) Conhecer a sociologia da educação como sociologia especializada;

d) Aquisição da capacidade de leitura e interpretação sociológica das múltiplas realidades sociais e educativas.

e) Aprender a usar a sociologia da educação nas práticas profissionais

3.Tópicos Programáticos

Introdução à Sociologia (mudança no mundo moderno, sociologia e “senso comum”, sociologia e acção humana,

estrutura e acção, significado prático da sociologia, perspectiva do conflito, perspectivas da acção social, situações

sociais, diferenças culturais, estruturas sociais, as classes nas sociedades ocidentais da actualidade, a experiência

social e acção); Correntes teóricas na Sociologia da Educação (perspectivas: funcionalistas, marxistas e neo-

marxistas, as teorias críticas, as perspectivas fenomenológicas e interaccionistas, a perspectiva weberiana); O Ensino

como Profissão (perspectivas teóricas na sociologia das profissões, o poder das profissões, conceito de

profissionalização, profissões e organizações, o profissionalismo docente); Educação e cidadania democrática

(valores em educação, teorias da democracia, conceitos de cidadania e cidadania democrática, escola e construção da

cidadania democrática, temas da cidadania); Processos Sociais na Sala de Aula (poder e autoridade na sala de

aula, conflito e cooperação na relação pedagógica, estratégias dos professores e dos alunos, a interacção selectiva na

sala de aula); A Relação Escola/Família (problematização sociológica da categoria “pais”, a ‘crise’ da função

integradora da família, dinâmicas e tensões na relação escola/pais, família e estruturas sociais, estratégias das famílias

face à escola, fontes de legitimidade e de poder dos pais na escola e no sistema educativo, as organizações de pais

como grupos de pressão);Multiculturalismo e Educação (diversidade cultural, identidade cultural e etnocentrismo,

grupos étnicos, minorias e raça nas sociedades pluralistas: antagonismo étnico, preconceito e discriminação, universais

culturais, culturas e educação, diferenças e racismo).

37

4. Bibliografia Básica

Afonso, Almerindo, J. (1991). “Relações de poder no quotidiano da escola e da sala de aula”. Cadernos de Ciências

Sociais, nº 10/11, pp. 135-155.

Bourdieu, P. (1998). A Escola conservadora: as desigualdades frente à escola e à cultura. In Escritos de Educação

(organizado por M. A. Nogueira & A. Catani). Petrópolis: Vozes, pp. 39-64;

Costa, A Firmino da (1993). O que é a sociologia. Lisboa. Difusão Cultural.

Giddens, Anthony (1997). “As classes nas sociedades ocidentais da actualidade”. In Sociologia. Lisboa. Fundação

Calouste Gulbenkian, pp. 272-281.

GOMES, Cândido A. (1989). A Educação em Perspectiva Sociológica. São Paulo: E.P.U.

Gomes, Carlos Alberto (1987).“A Interacção Selectiva na Escola de Massas”, in Sociologia, Problemas e Práticas, nº3,

pp.35-49.

Gomes, Carlos Alberto (2003).“Democracia Política e Cidadania Democrática no Ensino Secundário”. In José Ferreira

Silva & Carlos Vilar Estevão (orgs). A Construção de uma Escola Cidadã. Público e Privado em Educação. Ruílhe,

Braga. Externato Infante D. Henrique, pp. 43-51.

Rodrigues, Maria de Lurdes (1997). Sociologia das Profissões. Oeiras Celta Editora.

Sartori, Giovanni (2001). La Sociedad multiétnica: pluralismo, multiculturalismo y extranjeros. Madrid. Taurus

Silva, Pedro (1991). "A Sociologia da Educação e a Relação Escola-Família". in O Professor, 22.

5. Organização do Processo de Ensino-aprendizagem

Aulas teóricas. Aulas teórico-práticas.

6. Avaliação das Aprendizagens dos Alunos

Trabalho de grupo. Trabalho individual.

38

CURSO: Mestrado em Educação, área de especialização em Administração Educacional

UNIDADE CURRICULAR: Temas de Sociologia da Educação

ÁREA CIENTÍFICA: Educação

UC – ANUAL SEMESTRAL X TRIMESTRAL OUTRA

OBRIGATÓRIA OPCIONAL X Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 6 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente

Horas de avaliação

Total Listagem de RA

Colectivas Laboratoriais T. de

campo Seminário Tutórias Estágios

Estudo Trabº grupo

Trabº projecto

T TP PL TC S OT E

Conhecer a sociologia como ciência social

6 3 0 0 0 0 20 10 0 0.5 39.5

Aprender a usar a perspectiva sociológica na análise de fenómenos sociais

2 2 0 0 0 0 0 10 8 0 1.5 23.5

Conhecer a sociologia da educação como sociologia especializada

6 3 0 0 0 0 0 20 10 0 1 40

Saber interpretar sociologicamente a realidade educativa

4 2 0 2 0 0 0 10 20 0 1 39

Aprender a usar a sociologia da educação nas práticas profissionais

2 1 0 2 0 0 0 10 10 0 1 26

TOTAL 20 11 0 4 0 0 0 70 58 0 5 168

39

Unidade Curricular: Projecto Curricular e Autonomia da Escola

1. Apresentação e Objectivos

O programa desta unidade curricular tem como principal finalidade analisar o conceito de projecto curricular, quer como

meio de contextualizar o currículo nacional, quer como instrumento privilegiado de decisão e acção educativas, quer,

ainda, como eixo estruturante da autonomia curricular da escola e do professor. Para cumprir tal desiderato, serão criadas

condições para que os formandos (i) questionem as políticas curriculares vigentes, de forma a desocultar os propósitos, as

lógicas, os valores e os interesses que lhes subjazem e que condicionam o desenvolvimento curricular e a construção da

autonomia, (ii) reconheçam a concepção, gestão e avaliação de projectos curriculares como espaços de tomada de

decisão e como instrumentos de acção dos professores, (iii) se apropriem de atitudes e procedimentos que concorram

para transformar o processo de ensino-aprendizagem num campo de investigação-acção permanente e (iv) desenvolvam

uma opinião fundamentada sobre as mudanças curriculares em Portugal. Assim, para além de promover espaços de

reflexão e de análise, de índole mais teórica, em torno de um conjunto de questões pertinentes do foro curricular, pretende-

se contribuir para a formação de profissionais da educação capazes de participarem activa e criticamente nas mudanças

que urge implementar no terreno educativo, em particular ao nível das suas instituições escolares.

2. Resultados de Aprendizagem

1. Compreender os conceitos de currículo, projecto curricular, política curricular, cultura docente, profissionalidade

docente, liderança e autonomia curriculares;

2. Problematizar os discursos e as lógicas subjacentes aos processos e práticas de decisão curricular em contextos

escolares;

3. Reconhecer a centralidade do professor no processo de desenvolvimento curricular;

4. Manifestar atitudes reflexivas que permitam questionar as práticas curriculares (como campo de intervenção, de

pesquisa e de inovação permanente);

5. Relacionar projectos de escola e autonomia curricular;

6. Mobilizar competências nos domínios da concepção, gestão e avaliação de projectos.

3. Tópicos Programáticos

1. Enquadramento conceptual da unidade curricular

2. Discursos e práticas curriculares. Complexidade e ambiguidade do conceito de currículo. Currículo como instrumento de

escolarização e como construção cultural e social. Currículo como campo de intersecção de práticas e como praxis

3. Políticas curriculares. Referentes e lógicas de construção das políticas curriculares. Políticas curriculares como texto,

como discurso e como prática de poder. Currículo como processo político. Políticas de flexibilização, diferenciação e

integração curriculares

4. Projecto curricular e autonomia da escola. Centralidade do projecto curricular de escola. Autonomia curricular do

professor. Os projectos como organizadores curriculares

40

5. Papel do professor no desenvolvimento do currículo. Novos discursos sobre aprendizagem e profissionalidade docente.

Modelos de profissionalidade docente. Importância da(s) cultura(s) docente(s). Papel dos mediadores curriculares.

Liderança escolar e mudança educativa

4. Bibliografia Básica

ALTET, M. (2000). Análise das Práticas dos Professores e das Situações Pedagógicas. Porto: Porto Editora.

BEYER, L. & LISTON, D. (1996). Curriculum in conflict: social visions, educational agendas, and progressive school reform.

New York: Teachers College Press.

GIMENO, J. (1988). El Curriculum: una reflexión sobre la práctica. Madrid: Morata.

GIMENO, J. (1989). Proyectos curriculares. Posibilidad al alcance de los profesores? Cuadernos de Pedagogía, 172, pp. 14-

18.

GOODSON, Ivor (1997). A construção social do currículo. Lisboa: Universidade de Lisboa.

MORGADO, J. (2000). A (des)construção da autonomia curricular. Porto: Asa Editores.

MORGADO, J. (2005). Currículo e profissionalidade docente. Porto: Porto Editora.

PACHECO, J. (2002). Políticas Curriculares. Porto: Porto Editora.

PACHECO, J. & MORGADO, J. (2003). Construção e Avaliação do Projecto Curricular de Escola. Porto: Porto Editora.

STENHOUSE, L. (1987). Investigación y desarrollo del curriculum (2ª Ed.). Madrid: Morata.

5. Organização do Processo de Ensino-Aprendizagem

As estratégias e desenvolver para organizar e operacionalizar o processo de ensino-aprendizagem norteiam-se pelos

seguintes princípios globais de orientação metodológica: (i) Prioridade na clarificação de conceitos e suas relações; (ii)

Recurso a uma constante interligação teoria-prática; (iii) Recurso a uma diversidade metodológica que permita colocar os

formandos perante diferentes modelos de abordagem; (iv) Criação de condições que propiciem a participação activa dos

mestrandos; (v) Permitir aos formandos uma análise crítica e sistemática.

6. Avaliação das Aprendizagens dos Alunos

Avaliação contínua que terá como elementos basilares a assiduidade, a participação e a pertinência das intervenções dos

alunos nas sessões presenciais, bem como a apresentação de um trabalho escrito (individual). O trabalho, cuja extensão

não deverá exceder as 15 páginas, incidirá sobre um (ou vários) dos pontos programáticos e deverá incluir uma análise

crítica do mestrando sobre a temática abordada.

41

CURSO: Mestrado em Educação, área de especialização em Administração Educacional UNIDADE CURRICULAR: Projecto Curricular e Autonomia da Escola ÁREA CIENTÍFICA: Educação UC – ANUAL SEMESTRAL X TRIMESTRAL OUTRA OBRIGATÓRIA OPCIONAL X Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 6 créditos (ECTS) Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente

Horas de avaliação

Total Listagem de RA

Colectivas Laboratoriais T. de

campo Seminário Tutórias Estágios Estudo Trabº

grupo Trabº

projecto T TP PL TC S OT E

Compreender os conceitos de currículo, projecto curricular, política curricular, cultura docente, profissionalidade docente, liderança e autonomia curriculares

3 3 12 9 1 28

Problematizar os discursos e as lógicas subjacentes aos processos e práticas de decisão curricular em contextos escolares

3 3 15 7 0,5 28,5

Reconhecer a centralidade do professor no processo de desenvolvimento curricular

3 3 13 6 0,5 25,5

Manifestar atitudes reflexivas que permitam questionar as práticas curriculares

3 3 13 7 0,5 26,5

Relacionar projectos de escola e autonomia curricular

3 3 15 7 0,5 28,5

Mobilizar competências nos domínios da concepção, gestão e avaliação de projectos

3 3 15 9 1 31

TOTAL 18 18 83 45 4 168

42

1. Unidade Curricular: Dissertação

1. Apresentação e objectivos

A Unidade Curricular Dissertação, a decorrer no terceiro e quarto semestres, mobiliza e aprofunda conhecimentos

adquiridos no 1º ano do ciclo de estudos e tem como finalidade promover o desenvolvimento de competências de

investigação supervisionada na área de Administração Educacional e gerar conhecimento nessa mesma área.

Concretiza-se na concepção, desenvolvimento e avaliação de um projecto de investigação.

2. Resultados Aprendizagem

a) Evidenciar conhecimentos teóricos e metodológicos aprofundados no domínio da Administração Educacional.

b) Discutir trabalhos de investigação em Administração Educacional.

c) Desenvolver projectos de investigação relevantes no domínio da Administração Educacional.

d) Produzir conhecimento e analisar implicações da investigação em Administração Educacional.

3. Tópicos Programáticos

Desenvolvimento de projectos de investigação.

4. Bibliografia Básica

Dependente do tema a investigar.

5. Organização do Processo de Ensino-aprendizagem

A Unidade Curricular inclui trabalho independente e sessões de orientação tutorial que visam a supervisão do

desenvolvimento do projecto de investigação.

6. Avaliação das Aprendizagens dos Alunos

A avaliação será feita com base na análise e discussão da dissertação, em provas públicas, não deixando de ter em

consideração as classificações obtidas no primeiro ano nas diferentes unidades curriculares.

43

CURSO: Mestrado em Educação, Área de Especialização em Administração Educacional UNIDADE CURRICULAR: Dissertação ÁREA CIENTÍFICA: Administração Educacional UC – ANUAL X SEMESTRAL TRIMESTRAL OUTRA

OBRIGATÓRIA X OPCIONAL Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 60 créditos (ECTS) Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente (acompanhante) Horas de trabalho

independente

Horas de avaliação

Total

Listagem de RA

Colectivas Laborato- riais

T. de campo

Seminário Tutórias Estágios

Estudo

Trabº grupo

Trabº

projecto T TP PL TC S OT E Evidenciar conhecimentos teóricos e metodológicos aprofundados no domínio da Administração Educacional

0 0 0 0 0 12 0 160 0

0 0 174

Discutir trabalhos de investigação em Administração Educacional

0

0

0

0

0

8

0

20

0

0

3

29

Desenvolver projectos de investigação relevantes no domínio da Administração Educacional

0

0

0

0

0

35

0

250

0

350

0

635

Produzir conhecimento e analisar implicações da investigação em Administração Educacional

0

0

0

0

0

35

0

600

0

207

0

842

TOTAL 0 0 0 0 0 90 0 1030 0 557 3 1680

44

ANEXOS

45

ANEXO 1

MAPA DE AFECTAÇÃO DE DOCENTES AO CICLO DE ESTUDOS

46

Instituição

Unidade Orgânica

Denominação

N.º D.Exclusiva Integral Parcial14 14 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 00 0 0 0

UNIVERSIDADE DO MINHO

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E PSICOLOGIA

Áreas de Especialização dos Docentes (*) TotalRegime de Serviço

142 - Ciencias da Educaçao

Áreas Científicas Predominantes do Ciclo de Estudos

0

14

Mestre

Doutor

142 - Ciencias da Educaçao

142 - Ciencias da Educaçao

ESTUDOS EDUCACIONAIS, ÁREA DE ESPECIALIZAÇÃO EM AVALIAÇÃO

MESTRECiclo de Estudos conducente ao grau de

Grau

142 - Ciencias da Educaçao

Licenciado

Especialista

0

0

142 - Ciencias da Educaçao

47

Área de Exercício Duração

Sociologia das Organizações EducativasDoutor Organização e Administração Escolar 17 anos Análise de Dados e Projecto em Administração Educacional

Dissertação

Teorias da Administração EducacionalDoutor Organização e Administração Escolar 11 anos Educação, Justiça e Autonomia

Dissertação

Temas de Política EducativaDoutor Sociologia da Educação 10 anos Dissertação

Metodologia de Investigação em Administração EducacionalDoutor Organização e Administração Escolar 5 anos Dissertação

Sociologia das Organizações Educativas Doutor Organização e Administração Escolar 5 anos Dissertação

Métodos de Administração EscolarDoutor Organização e Administração Escolar 5 anos Dissertação

Investigação Portuguesa em Administração EducacionalGuilherme Rego da Silva Doutor Organização e Administração Escolar 3 anos Dissertação

Temas de Sociologia da EducaçãoCarlos Alberto Gomes Doutor Sociologia da educação 10 anos Dissertação

Projecto Curricular e Autonomia da EscolaDoutor Desenvolvimento Curricular 5 anos

UNIVERSIDADE DO MINHOInstituição

Virgínio Isidro Martins Sá

Estabelecimento INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E PSICOLOGIA

Ciências de Educação (142)

Exclusividade

ExclusividadeCiências de Educação (142)

Curso

ExclusividadeCiências de Educação (142)

MESTRADO EM EDUCAÇÃO, ÁRA DE ESPECIALIZAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO EDUCACIONAL

José Carlos Bernardino Morgado Exclusividade

Almerindo Janela Gonçalves Afonso

Carlos Alberto Vilar Estêvão Ciências de Educação (142)

Licínio Carlos Viana Silva Lima

ExclusividadeCiências da Educação (142)

ExclusividadeCiências de Educação(142)

ExclusividadeCiências da Educação (142)

Leonor Maria Lima Torres

ExclusividadeCiências de Educação (142)

ExclusividadeCiências da Educação (142)Eugénio Adolfo Alves Silva

Mapa do corpo docente afecto ao ciclo de estudos

Prática ProfissionalDocente Área de EspecializaçãoGrau Regime de

Serviço

Ciclo de Estudos 2º Ciclo

Unidade Curricular

48

ANEXO 2

MINUTA DA RESOLUÇÃO DO SENADO UNIVERSITÁRIO

49

RESOLUÇÃO SU-XX/2008

Sob proposta do Instituto de Educação e Psicologia;

Sob proposta do Instituto de Educação e Psicologia;

Ouvido o Conselho Académico, nos termos da alínea g) do n.º 2 do artigo 24.º dos Estatutos da Universidade

do Minho;

Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 7.º da Lei n.º 108/88, de 24 de Setembro; no n.º 1 do artigo 1.º do

Decreto-Lei n.º 155/89, de 11 de Maio; no Decreto-Lei n.º 42/2005, de 22 de Fevereiro; no Decreto-Lei nº

74/2006, de 24 de Março, e no n.º 2 do artigo 20.º dos Estatutos da Universidade do Minho:

O Senado Universitário da Universidade do Minho, em sessão plenária de __ de ______ de 2008, determina:

(Adequação de curso e mudança de designação)

1- O curso de Mestrado em Educação, área de especialização em Organizações Educativas e Administração

Educacional, criado pela Portaria nº 405/86, de 26 de Julho e reestruturado pela Resolução SU-22/93, de 14 de

Julho de 1993, é adequado de acordo com a presente resolução.

2- O curso de Mestrado em Educação, Área de Especialização em Administração Educacional, passa a designar-

se por Ciclo de Estudos Conducente ao Grau de Mestre em Educação, Área de Especialização em

Administração Educacional.

(Organização do curso)

O Ciclo de Estudos Conducente ao Grau de Mestre em Educação, área de especialização em

Administração Educacional, adiante simplesmente designado por Ciclo de Estudos, organiza-se pelo sistema

europeu de unidades de crédito (ECTS).

50

(Estrutura curricular)

A estrutura curricular do Ciclo de Estudos consta em anexo à presente Resolução.

(Plano de estudos)

O plano de estudos do Ciclo de Estudos será fixado por despacho do Reitor, sob proposta do Conselho

Académico, a publicar na II série do Diário da República.

(Habilitações de acesso)

1 — Podem candidatar-se ao ingresso no Ciclo de Estudos Conducente ao Grau de Mestre em Educação, área de

especialização em Administração Educacional aqueles que satisfaçam as seguintes condições:

a) Sejam titulares de Licenciatura em Ciências da Educação ou de Licenciatura em Educação;

b) Sejam titulares de Licenciatura ou curso superior equivalente e educadores de infância, professores

profissionalizados do ensino básico ou secundário, inspectores da educação ou docentes do ensino superior.

c) Sejam candidatos, nacionais ou estrangeiros, detentores de um currículo escolar, científico ou profissional, que

seja reconhecido pelo conselho científico da escola como atestando capacidade para a realização deste ciclo de

estudos.

(Condições de acesso)

1 - A matrícula e inscrição no Ciclo de Estudos estão sujeitas a limitações quantitativas a fixar anualmente

por Despacho Reitoral.

2 - O despacho a que se refere o n.º 1 deste artigo estabelecerá o número mínimo de inscrições

indispensável ao funcionamento do Ciclo de Estudos.

(Certificado do curso)

1 - Os alunos que obtenham aprovação nas unidades curriculares que integram o Plano de Estudos do

Curso de Mestrado e na Dissertação têm direito a uma carta magistral que certifica o grau de Mestre.

51

2 – Têm direito a um diploma de especialização os alunos que terminem com aproveitamento o Curso de

Mestrado.

(Início do funcionamento)

O início do funcionamento do Ciclo de Estudos será fixado por despacho do Reitor depois de verificada a

existência de recursos humanos e materiais necessários à sua concretização.

Universidade do Minho, em xx de xxxxxxxx de 2008

O Presidente do Senado Universitário,

António Guimarães Rodrigues

52

ANEXO

RESOLUÇÃO SU-XX/2008

1. Área científica do Curso

Administração Educacional

2. Duração normal do Curso

4 Semestres

3. Número de unidades de crédito necessário para a obtenção do grau

120 créditos (ECTS)

4. Áreas Científicas e distribuição das unidades de crédito

Áreas científicas obrigatórias

Administração Educacional 92 créditos (ECTS)

Metodologia da Investigação 14 créditos (ECTS)

Política Educativa 8 créditos (ECTS)

Áreas Científicas Opcionais

Educação 6 créditos (ECTS)

5. Taxa de matrícula e propinas

Estes montantes serão fixados pelo Conselho Académico nos termos dos Estatutos da Universidade do Minho.

53

ANEXO 3

PLANO DE ESTUDOS DE ACORDO COM O PONTO 11 DO FORMULÁRIO DA DGES

54

Plano de estudos: UNIVERSIDADE DO MINHO

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E PSICOLOGIA

MESTRADO EM EDUCAÇÃO, ÁREA DE ESPECIALIZAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO EDUCACIONAL QUADRO N.º 2

Unidades curriculares Área científica Tipo Tempo de trabalho (horas)

Créditos Observações Total Contacto

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7)

Teorias de Administração Educacional AE S1 224 T: 13; TP: 19; 0T: 4;

Total: 36 8

Sociologia das Organizações Educativas AE S1 280 T: 38; TP: 18; Total: 56 10

Métodos de Administração Educacional AE S1 168 T: 21; TP: 15; Total: 36 6

Metodologia de Investigação em Administração Educacional MI S1 168 T: 16; TP: 18; 0T: 2;

Total: 36 6

Investigação Portuguesa em Administração Educacional AE S2 224 T: 25; TP: 10; Total: 35 8

Temas de Política Educativa PE S2 224 T: 26; TP: 06; OT: 2;

Total: 34 8

Análise de Dados e Projecto em Administração Educacional MI S2 224 T: 6; TP: 42; PL: 5; 0T: 2;

Total: 55 8

Educação, Justiça e Autonomia E S2 168 T: 10; TP: 15; S: 18; OT: 4;

Total: 37 6 Optativa

Temas de Sociologia da Educação E S2 168 T: 20; TP: 11; TC: 4;

Total: 35 6 Optativa

Projecto Curricular e Autonomia da Escola E S2 168 T: 18; TP: 18; Total: 36 6 Optativa

Dissertação AE S3 E S4 1680 OT: 90; Total: 90 60

55

ANEXO 4

CONDIÇÕES DE CANDIDATURA E CRITÉRIOS DE SELECÇÃO

56

CONDIÇÕES DE CANDIDATURA

1 - Podem candidatar-se ao ingresso no Ciclo de Estudos Conducente ao Grau de Mestre em Educação, área de

especialização em Administração Educacional, aqueles que satisfaçam as seguintes condições:

a) Sejam titulares de Licenciatura em Ciências da Educação ou de Licenciatura em Educação;

b) Sejam titulares de Licenciatura ou curso superior equivalente e educadores de infância, professores

profissionalizados do ensino básico ou secundário, inspectores da educação ou docentes do ensino superior.

c) Sejam candidatos, nacionais ou estrangeiros, detentores de um currículo escolar, científico ou profissional, que seja

reconhecido pelo conselho científico da escola como atestando capacidade para a realização deste ciclo de estudos.

CRITÉRIOS DE SELECÇÃO

A selecção dos candidatos à frequência do Ciclo de Estudos terá em consideração os elementos seguintes:

1. Habilitações académicas;

2. Currículo científico e técnico;

3. Currículo profissional.

57

PARECERES INTERNOS

58

59

60

DELIBERAÇÃO DO CONSELHO ACADÉMICO

61

Conselho Académico

Campus de Gualtar

4710-229 Braga – P

DELIBERAÇÃO DO CONSELHO ACADÉMICO

O plenário do Conselho Académico da Universidade do Minho, no âmbito da competência que lhe é conferida pela

alínea f) do artigo nº 24º dos Estatutos, reunido ordinariamente no dia xx de xxxxxx de dois mil e oito, tendo apreciado a

proposta de adequação do Ciclo de Estudos Conducente ao Grau de Mestre em Educação, área de especialização em

Administração Educacional, deu parecer favorável, por xxxxxxxxxxxxxxx, à proposta apresentada, a qual vai ser presente

ao Senado Universitário.

O Vice-Presidente do Conselho Académico

Rui Manuel Costa Vieira de Castro

(Professor Catedrático)