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" c: '" .= Conheça alguns modos de enfardamento e qual se adapta melhor para cada situação ~ conservação de forragens, na for- ma de feno, requer diversas ope- ações: o corte das plantas ver- des no momento em que apresentam ele- vado teor de água e de nutrientes, o seu revolvimento para acelerar a secagem pela ação da radiação solar, o enleiramento, o recolhimento e o posterior armazenamen- to, para futura utilização. A forragem seca, com menos de 20 % de água, constitui-se no feno, que está apto para ser recolhido e armazenado, tanto a granel, quanto na forma de fardos. Para o recolhimento e armazenamento a granel, podem ser utilizadas ferramentas manu- ais, ou mesmo máquinas denominadas car- --. Maquinas n .. retas autocarregadoras/transportadoras. O armazenamento do feno em fardos requer menos mão-de-obra, evita em grande par- te as perdas de folhas de forragens frágeis, como as leguminosas, diminui a exposição aos agentes atmosféricos e reduz a neces- sidade de espaço para armazenagem do ali- mento entre metade até um quarto do que seria necessário para forragem não enfar- dada. É importante destacar que deve-se evi- tar o armazenamento de forragem com umidade excessiva, uma vez que implica em risco de desenvolver mofos, deterioran- do a qualidade do feno, podendo até mes- mo ocorrer auto combustão. www.cultivor.inf.br . FINO A GRANa Para manuseio do feno a granel, além de garfos e ancinhos manuais, pode ser utilizada a carreta forrageira autocarregadora/transpor- tadora, tracionada por trator e acionada pela tdp (potência de acionamento de 18a 30 kW). A carreta eleva a forragem enleirada, através de um molinete "pick-up", até um mecanis- mo cortador, que se encarrega de cortá-Ia em fragmentos e de acomodá-Ia no interior da carroceria, com o auxílio de uma esteira. A montagem de um número maior de facas no mecanismo cortador permite a sua utilização na produção de silagem pré-secada, quando origina fragmentos de forragem medindo de Setembro / Outubro 2002

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Page 1: c:'.= - USP 2015/Molin..."c: '".= Conheça alguns modos de enfardamento e qual se adapta melhor para cada situação ~ conservação de forragens, na for- ma de feno, requer diversas

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Conheçaalgunsmodos deenfardamentoe qual seadapta melhorpara cadasituação

~conservação de forragens, na for-ma de feno, requer diversas ope-ações: o corte das plantas ver-

des no momento em que apresentam ele-vado teor de água e de nutrientes, o seurevolvimento para acelerar a secagem pelaação da radiação solar, o enleiramento, orecolhimento e o posterior armazenamen-to, para futura utilização.

A forragem seca, com menos de 20 %de água, constitui-se no feno, que está aptopara ser recolhido e armazenado, tanto agranel, quanto na forma de fardos. Para orecolhimento e armazenamento a granel,podem ser utilizadas ferramentas manu-ais, ou mesmo máquinas denominadas car-

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retas autocarregadoras/transportadoras. Oarmazenamento do feno em fardos requermenos mão-de-obra, evita em grande par-te as perdas de folhas de forragens frágeis,como as leguminosas, diminui a exposiçãoaos agentes atmosféricos e reduz a neces-sidade de espaço para armazenagem do ali-mento entre metade até um quarto do queseria necessário para forragem não enfar-dada.

É importante destacar que deve-se evi-tar o armazenamento de forragem comumidade excessiva, uma vez que implicaem risco de desenvolver mofos, deterioran-do a qualidade do feno, podendo até mes-mo ocorrer auto combustão.

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FINO A GRANa

Para manuseio do feno a granel, além degarfos e ancinhos manuais, pode ser utilizadaa carreta forrageira autocarregadora/transpor-tadora, tracionada por trator e acionada pelatdp (potência de acionamento de 18a 30kW).A carreta eleva a forragem enleirada, atravésde um molinete "pick-up", até um mecanis-mo cortador, que se encarrega de cortá-Ia emfragmentos e de acomodá-Ia no interior dacarroceria, com o auxílio de uma esteira. Amontagem de um número maior de facas nomecanismo cortador permite a sua utilizaçãona produção de silagem pré-secada, quandoorigina fragmentos de forragem medindo de

Setembro/ Outubro2002

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10 a 12 cm de comprimento. Quando todo ovolume útil da máquina (10 a 30 m3) estiverocupado com feno, a carreta desloca-se até olocal de armazenamento do alimento, onde

descarrega a carga por meio do acionamentode uma esteira localizada na base da carroce-

ria. O feno é depositado em moegas, alimen-tando transportadores pneumáticos ou outrostipos de elevadores, responsáveis pela eleva-ção e distribuição do feno dentro de galpõesapropriados. No interior destes galpões,o fenoarmazenado a granel pode ser manuseado como auxílio de garras metálicas fixadas em pon-tes rolantes. Esta modalidade de manuseiodo feno não é comum no Brasil, mas sim em

alguns países da Europa, como Áustria e Suí-ça, onde a fenação é tradição secular. No en-tanto, para a produção de silagem pré-secada,este tipo de máquina vem sendo utilizada, maisespecificamente, na região dos Campos Ge-rais, Estado do Paraná.

ENFARDAMENTODE FENO

As máquinas utilizadas para a confecçãodos fardos são denominadas enfardadoras e

podem ser classificadas em convencionais ouprensas-enfardadoras, que produzem fardosprismáticos com dimensões de 40 a 60 cm delargura x 30 a 40 cm de altura x 50 a 130 cmde comprimento, ou ainda rotoenfardadoras,que produzem fardos cilíndricos com largurade 1,50 m a 1,70 m e diâmetro de 1,60 m a1,80 m (ORTIZ-CANAVATE, 1984). Esteautor classifica as prensas-enfardadoras embaixa pressão, média pressão e alta pressão(Tabela 1). As enfardadoras podem ser utili-

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Setembro/ Outubro2002

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Prensa.enlardadoraé a maiscomum,porémvemsendosubstituídapor máquinascommecanismosmaissimples

zadas para enfardar restos de culturas (palhas)para diversas finalidades, como por exemploalimentar animais, servir de cama para ani-mais confinados, ou para fins energéticos emsecadores ou mesmo em centrais termelétri-

caso Na Tabela 1 são apresentadas algumascaracterísticas comparativas entre diferentesmodelos de enfardadoras.

PRENSA.ENFARDADORA

É a máquina mais comum, porém devidoà complexidade e às exigências de manuten-ção de alguns dos seus mecanismos, vem sen-do substituída por outros modelos mais sim-ples. Os mecanismos que constituem a pren-sa-enfardadora são montados em um chassi

apoiado sobre rodas, sendo a máquina tracio-nada pela barra de tração e acionada pela tdpdo trator. O primeiro mecanismo que entraem contato com o feno é o mecanismo reco-

www.cultivor.inLbr

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lhedor, composto por um molinete de dedosretráteis (pick-up), cuja altura em relação aosolo pode ser ajustada às necessidades. Osdedos retráteis giram em sentido oposto aoavanço dos rodados da máquina e elevam aleira de feno, introduzindo-a no mecanismode alimentação do canal da prensa. O meca-nismo de alimentação situa-se acima do me-canismo recolhedor, conduz o feno até o ca-

nal da prensa e pode ser composto por umtransportador helicoidal em combinação comgarfosque se deslocam lateralmente ou somen-te por um par de garfos. Os garfos introdu-zem a forragem no canal da prensa, através deuma janela lateral, no momento em que oêmbolo está próximo do seu máximo cursopara frente (ponto morto inferior), afastan-do-se no momento em que o êmbolo é deslo-cado para trás, comprimindo o feno. A com-pactação do feno e a forma do fardo depen-dem da ação do êmbolo, que se desloca no q~

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Máquinasr

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.u' interiordo canaldaprensacomfreqüênciade65 a 100 ciclospor minuto. Na parte inferiordo canal da prensa, na região de compressãodo feno, existem duas aberturas longitudinaisque permitem a subida das agulhas até o me-canismo nosador, no momento em que o far-do deve ser amarrado. Para conformar as pa~redes laterais do fardo, o êmbolo dispõe de umalâmina que corta o material ao quzar com umacontra-faca fixa localizada na parede verticalda janela de entrada de feno do canal da pren-sa. A compressão do feno ocorre pela resistên-cia ao deslocamento dos fardos já amarrados,na saída do canal da prensa, e pelo afunila-mento da saída do canal da prensa, que podeser regulado através da alteração da tensão demolas localizadas na parte posterior da enfar-dadora. O mecanismo de amarração é o res-ponsável pela amarração dos fardos com fiosde sisal e é composto por agulhas, nosador,órgãos de acionamento, transmissão e estrelamedidora do comprimento dos fardos. Os ro-los de sisal são mantidos em um comparti-mento ao lado do canal da prensa e as extre-midades de cada fio são presas no mecanismonosador, passando pelos orificios localizadosnas pontas das agulhas, mantidas abaixo docanal da prensa. O deslocamento do feno nointerior do canal, para trás, é medido por uma"estrela" medidora do comprimento do fardoe quando o comprimento estabelecido atra-vés de regulagem é alcançado, as agulhas por-tando os fios de sisal são deslocadas para cimae o mecanismo nosador é acionado, amarran-

do o fardo e cortando o fio, voltando as agu-lhas para a sua posição original. Esta opera-ção é considerada a parte mais crítica do fun-cionamento de uma prensa-enfardadora. Osfardos produzidos por estas enfardadoras ne-cessitam ser recolhidos e transportados paraum local de armazenamento, ao abrigo dachuva, sob pena de o feno perder qualidade.Existem enfardadoras que dispõem de meca-nismos destinados a arremessar os fardos pro-duzidos para cima de uma carreta agrícola

~-- .' ---, - --. ~ãqulnas

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Fardos enrolados com filme plástico podem ser

armazenados no campo por alguns meses

adaptada para o transporte de feno enfarda-do, acoplada na parte traseira do seu chassi.Com o auxilio de uma pessoa, os fardos po-dem seradequadamente empilhados sobre estacarreta, ocupando menor espaço e facilitandoo descarregamento no local de armazenagem.

Uma alternativa aos fardos prismáticostradicionais são fardos com dimensões de 1,6m x 0,7 m x 1,2 m e volume aproximado de1,35 m3. A máquina que produz este tipo defardo é a prensa-enfardadora hidráulica, e suacapacidade é para enfardar o feno de 2,5 a 3,5hectares em uma hora de operação. Os far-dos, por sua ve?:,tem de ser manuseados como auxílio de garras montadas na parte frontaldo trator, facilitando a mecanização integraldo processo de fenação.

FARDOSCILíNDRICOSOU REDONDOS

Estas máquinas também facilitam a me-canização integral do processo de fenação,desde o corte da forragem até a distribuiçãodo feno aos animais, o que não é plenamenteatingido pelo sistema de enfardamento com autilização dasprensas-enfardadoras conven-cionais. As enfardadoras de fardos cilindricos

oportunizam uma redução no tempo da ope-

www.cultivor.inf.br

ração de enfardamento de 25 a 50 % em rela-ção às prensas-enfardadoras, podendo-se re-colher os fardos produzidos até duas ou trêssemanas após o enfardamento, sem prejuízopara a qualidade da forragem armazenada. Asrotoenfardadoras são tracionadas pela barrade tração e acionadas pela tdp do trator, pos-suindo menor número de mecanismos do queas enfardadoras convencionais e podem ser decâmara variável ou de câmara fixa. O meca-nismo recolhedor de feno é semelhante ao das

enfardadoras convencionais, constituído porum molinete com dedos retráteis, apoiado so-bre rodas calibradoras. Para um adequado fun-cionamento das rotoenfardadoras (alimenta-ção uniforme e formação de fardos aproxima-damente cilíndricos), é necessário que as lei-ras de feno apresentem a mesma largura domecanismo recolhedor (variaentre 1,20e 1,80m). Quando a largura da leira for menor doque a largura do fardo a ser "enrolado", a má-quina deve ser conduzida em ziguezague so-bre a leíra, de forma a possibilitar a formaçãode um fardo com diâmetro semelhante ao lon-

go da sua largura. Pela ação do mecanismorecolhedor, o feno é deslocado do solo até omecanismo transportador inferior, onde a ca-mada de forragem é encaminhada até o trans-

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Setembro/ Outubro2002

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portador superior, que apresenta sentido degiro oposto e tem a função de enrolar a cama-da, como se fosse um tapete. Nas enfardado-ras de câmara variável, o transportador supe-rior é composto por uma série de correias pla-nas paralelas ou por um par de correntes in-terligadas por barras tubulares muito próxi-mas umas das outras, tensionadas por mola,ssituadas nas paredes laterais da máquina. Amedida que o fardo vai sendo enrolado, au-menta a tensão das correias ou das correntes

com barras transversais sobre a forragem, atéque o diâmetro do fardo alcance o tamanhomáximo possível, o que é indicado por umaseta que se desloca ao longo de um quadran-te. Neste momento, o operador deve estacio-nar o trator e proceder o amarrio do fardo.Nas enfardadoras de câmara fixa, a forragemé transportada para o interior de uma câmaracircundada por cilindros ou rolos com diâme-tro aproximado de 25 em. Estes cilindros gi-ram sobre seus próprios eixos, fazendo comque a massa de feno adquira u~ movimentorotativo no interior da câmara. A medida queaumenta o volume de feno no interior da câ-

mara, o furmato vai se aproximando mais docilíndrico, sendo que a camada externa apre-

Prenso-enfordodora IIAltopressõoI

EnfordodorodeFardosredondos

Coraderísticos

Conol:

Ik~rg~r(J(cni)

Altura(em)

J [ 65:]00

30-35

Densidadedofardo (kg/m3)! [ 50-75

Velocidade(km/h)

[Capacidadetrab.(h(J(I1L.

ProduçõomédioU/hl

Pesoporfardo(kg)

] [

4-8

1'2

3-6

~oPotênciano Idp (kW) 20-25

priada. Como alternativa ao fio de sisal,existeUma tela de material sintético que envolve edá firmeza ao fardo e ajuda a proteger contraa umidade do ambiente. Para extrair o fardo

do interior da máquina, há necessidade de des-ligar a tdp do trator e acionar os cilindros hi-dráulicos de controle remoto que elevam uma

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\'~ I

Enfardadorascilfndricasfacilitamo processo,desdeo corteaté a distribuiçãodo fenoaosanimais

senta-se mais adensada do que a interna.Quando a pressão do fardo sobre os cilindrosatinge um nível escolhido como adequadoatravés da regulagem da máquina, esta dispa-ra um alarme alertando o operador para a ne-cessidade de estacionar o trator e proceder oamarrio do fardo. Para ambos os modelos de

máquinas, o amarrio do fardo requer que otrator pare e a tdp continue funcionando a540 rpm. Através de um cordão ou de umáalavanca, o operador do trator comanda o des-locamento de um fio de sisal que é enroladoao longo do fardo inteiro e, posteriormente,cortado com o auxílio de uma navalha apro-

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/

espécie de comporta até que a abertura sejasuficiente para dar passagem ao fardo, que édeslocado para fora da máquiná átravés dotransportador inferior, tão logo a tdp ~a aci-onada novamente. Qs fardos cilíndricos pe-sam de. 400 a 700 kg, quando são defeno, ede 250 a 400 kg, quando são de palha e o seumanuseio e transporte requerem ferramen~tas especiais (esPécie de garros) montàdas aotrator.

No mercâdo brasileiro de máquinas agrí-colas é oferecidauma rotoenfardadora quepro-duz fardos cilíndrieos com dimensões de 60

em x 65 em e peso de 20 a 35 kg, própria para

www.wltivar.inf.br

] [h 40-50 . . I [ 40-60. ] [ 150-170

160-]8030-40 35-45

] 175-120.. 11100-200I

2-7 2-7

1I ],5-2 I [4-6 6-9

] 1]0-20h IEJ25.35 35-40

] [h1,5-2

I

pequenos estabelecimentos. Segundo infor- I

mações do fabricante, esta máquina requer po-tência de acionamento mínima de 11 kWe os

fardos são enrolados com Uma espécie de telaou rede. II

Para armazenar fardos cilíndricos no cam-

po durante alguns meses, convém imperme- Iabilizá-los, enrolando-os com um filme plás-

tico. para esta finalidade, existem máquinas Ique apanham os fardos cilíndricos, deposi-tando-os sobre uma plataforma rotativa, en-volvendo-os com algumas camadas de filmede polipropileno e depositando-os novamente Isobre o solo. Este equipamento também vemsendo utilizado para conservar forragem naforma de silagem para ser armazenada nocampo, desde que a forragem seja enfardadacom teor de água adequado para ocorrer afermentação.

CONCLUSÃO

A fenação é uma excelente alternativa paracon~rvar forragens de boa qualidade, em épo-cas de abundância, para suprir as necessida-des dos rebanhos, nas épocas de escassez. Asua utilização, na prática, é uma das mais im-portantes ferramentas para melhorar os índi-ces ZciOtécnieosdo Brasil, porém deve sempreser precedida de estudos de viabilidade eco-nÔmica. Sob o ponto de vista da utilização daspropriedades rurais, a fenação consiste emuma das chaves para a implantàção da inte-gração lavoura-pecuária, podendo contribuirdecisivamente para o sucesso desta prática.

A quantidade de máquinas envolvidas nafenação eo elevado custo fixo das mesmas su-gerem que, em estabelecimentos de pequenoporte, esta atividade tenha de ser terceirizadaou viabilizada através de cooperativas ou gru-posde mE!canização. rn

Walter Boller,Universidade de Passo Fundo

Méqulnas.-

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2-3 I4-]2 !:i"

,400-700(feno)250-450 (palha)

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