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Sumário Executivo Seção 1: Quem Usa Terceiros na Atividade de Auditoria Interna? Buscando Terceiros para Atividades de Auditoria Interna Estratégias para Relacionamentos de Sucesso Fast Fact GESTÃO Dereck Barr-Pulliam PhD, CIA, CPA CBOK The Global Internal Audit Common Body of Knowledge Patrocínio Um dos maiores desafios que chief audit executives (CAEs) encaram é ter uma equipe suficiente para atender às demandas e obter as habilidades certas para completar seus planos de auditoria. Para vencer esse desafio, muitos CAEs buscam terceiros para parte de sua atividade de auditoria interna. Este relatório ajudará os praticantes, gerentes de auditoria interna e comitês de auditoria a gerenciar com maior eficácia esses relacionamentos. Você aprenderá: Os tipos de organizações que usam terceiros na atividade de auditoria interna As expectativas futuras de uso de “terceiras partes” Os serviços que terceiros normalmente prestam As melhores formas de buscar, supervisionar e manter relacionamentos com terceiros As lições aprendidas foram obtidas a partir de diversos CAEs, prestadores de serviços e membros de comitês de auditoria do mundo todo. Além disso, o relatório descreve as diferenças entre as regiões globais e indústrias, usando resultados da Pesquisa Global do Praticante de Auditoria Interna CBOK 2015, o maior estudo contínuo de profissionais de auditoria interna do mundo. Como parceiros de negócios em suas organizações, CAEs devem garantir que seus departamentos de auditoria interna tenham capacidade e habilidade de cumprir com seus papéis. Muitos CAEs usam serviços de terceiros para atender às suas necessidades de longo ou curto prazo. Para criar um cenário da prática atual nessa área, a pesquisa

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Page 1: Buscando Terceiros para Documents/Engaging-Third-Parties-Fo… · 3.052 participantes na Q31. 2.289 participantes na Q32. Intertrust Group Uma Observação sobre Terceirização Completa

Sumário Executivo

Seção 1: Quem Usa Terceiros naAtividade de Auditoria Interna?

Buscando Terceiros paraAtividades de Auditoria InternaEstratégias para Relacionamentos de Sucesso

Fast Fact

GESTÃO

Dereck Barr-PulliamPhD, CIA, CPA

CBOKThe Global Internal Audit Common Body of Knowledge

Patrocínio

Um dos maiores desa�os que chief audit executives (CAEs) encaram é ter uma equipe su�ciente para atender às demandas e obter as habilidades certas para completar seus planos de auditoria. Para vencer esse desa�o, muitos CAEs buscam terceiros para parte de sua atividade de auditoria interna. Este relatório ajudará os praticantes, gerentes de auditoria interna e comitês de auditoria a gerenciar com maior e�cácia esses relacionamentos. Você aprenderá:

Os tipos de organizações que usam terceiros na atividade de auditoria internaAs expectativas futuras de uso de “terceiras partes”Os serviços que terceiros normalmente prestamAs melhores formas de buscar, supervisionar e manter relacionamentos com terceiros

As lições aprendidas foram obtidas a partir de diversos CAEs, prestadores de serviços e membros de comitês de auditoria do mundo todo. Além disso, o relatório descreve as diferenças entre as regiões globais e indústrias, usando resultados da Pesquisa Global do Praticante de Auditoria Interna CBOK 2015, o maior estudo contínuo de pro�ssionais de auditoria interna do mundo.

Como parceiros de negócios em suas organizações, CAEs devem garantir que seus departamentos de auditoria interna tenham capacidade e habilidade de cumprir com seus papéis. Muitos CAEs usam serviços de terceiros para atender às suas necessidades de longo ou curto prazo. Para criar um cenário da prática atual nessa área, a pesquisa

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2 ● Buscando Terceiros para Atividades de Auditoria Interna

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Média Global

África Subsaariana

América Latinae Caribe

Leste Asiáticoe Pacífico

Europa

Sul da Ásia

Oriente Médio eÁfrica do Norte

América do Norte

38%

27%

29%

30%

38%

40%

43%

56%

Documento 1 Uso de Terceiras Partes na Atividade de Auditoria Interna

No ano-calendário anterior, algumas das atividades de auditoria interna de sua organização foram prestadas por uma terceira parte (seja interna ou externa à sua organização)?

do praticante CBOK 2015 fez aos CAEs participantes a seguinte pergunta:

Resultados das Regiões Globais

Resultados por Tipo de Organização

Uma média global de 38% dos CAEs disse usar terceiros na atividade de auditoria interna, sendo que a América do Norte teve a maior taxa entre as regiões (veja o Documento

1). Mais da metade dos CAEs norte-americanos relataram que usam terceiras partes, em comparação com uma faixa de 27% a 43% dos CAEs das demais regiões globais.

Outra diferença importante pode ser vista ao examinar os diferentes tipos de organização. Empresas do setor público e privado têm menor probabilidade de usar terceiros na atividade de auditoria interna do que as do setor �nanceiro, de capital aberto ou sem �ns lucrativos (veja o Documento 2).

(Vale notar que 47% dos participantes de empresas sem �ns lucrativos são da América do Norte.)

Seção 2: Quanto do Trabalho é Feitopor Terceiros?

Suficiência do Orçamento da Auditoria Interna

CAEs que percebem seu orçamento como “nem um pouco su�ciente” reportam uso signi�cativamente menor de terceiros (veja o Documento 3). Em outras palavras, orçamentos insu�cientes estão associados ao menor uso de terceiros na atividade de auditoria interna.

Vimos quantas organizações usam terceiros para apoiar ou aperfeiçoar a atividade de auditoria interna. Agora, vamos ver até que ponto as organizações dependem de terceiros. Os participantes da pesquisa que indicaram usar terceiros na atividade de auditoria interna responderam ao seguinte:

Qual porcentagem das atividades de auditoria interna de sua organização foi realizada por uma terceira parte no último ano-calendário?

Observação: Q31: No ano-calendário anterior, algumas das atividades de auditoria interna de sua organização foram prestadas por umaterceira parte (seja interna ou externa à sua organização)? CAEs apenas. 3.125 participantes.

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www.theiia.org/goto/CBOK ● 3

Seção 3: Quais São as Expectativaspara o Uso Futuro de Terceiros?

0% 10% 20% 30% 40% 50%

Privadas (exceto setor financeiro)

Orçamento de auditoria internasuficiente até certo ponto

Orçamento de auditoria internacompletamente suficiente

Setor público (incluindo agências governamentaise operações mantidas pelo governo)

Organização sem fins lucrativos

Capital aberto (exceto setor financeiro)

Setor financeiro (privadas ou de capital aberto) 45%

43%

42%

33%

33%

Documento 2 Uso de Terceiros na Atividade de Auditoria Interna (por Tipo de Organização)

0% 10% 20% 30% 40% 50%

27%

42%

41%

Documento 3 Uso de Terceiros na Atividade de Auditoria Interna (por Suficiência do Orçamento)

Observação: Q31: No ano-calendário anterior, algumas das atividades de auditoria interna de sua organização foram prestadas por umaterceira parte (seja interna ou externa à sua organização)? CAEs apenas. 3.126 participantes.

Orçamento de auditoria internanem um pouco suficiente

Observação: Q31: No ano-calendário anterior, algumas das atividades de auditoria interna de sua organização foram prestadas por umaterceira parte (seja interna ou externa à sua organização)? Comparada com a Q28: Em sua opinião, qual o nível de suficiência dofinanciamento de seu departamento de auditoria interna com relação à extensão de suas responsabilidades? Apenas CAEs nas duasperguntas. 3.046 participantes.

Em média, essas organizações usam terceiros para cerca de 23% de sua atividade de auditoria interna (veja o Documento 4). A maior porcentagem da atividade foi no Sul da Ásia e no Oriente Médio e África do Norte (ambas com mais de 35%). A menor foi na Europa (17%). Quando as respostas são comparadas entre os diferentes tipos de organização, é possível ver que o setor �nanceiro está abaixo da média global para a parte da atividade que é realizada por terceiros (veja o Documento 5).

A pesquisa do praticante CBOK 2015 também explorou o uso futuro de terceiros, perguntando aos CAEs:

Como você anteciparia a mudança de seu orçamento para recursos de auditoria interna de terceiras partes (internas ou externas à sua organização) no próximo ano?

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4 ●

0% 10% 20% 30% 40%

39%

36%

30%

21%

21%

21%

17%

23%

Documento 4 Porcentagem Média da Atividade Realizada por Terceiras Partes(Entre Aqueles que Usam Terceiras Partes)

0% 10% 20% 30%

Média Global

Outro Tipo de Organização

27%

26%

24%

24%

21%

17%

23%

Documento 5 Porcentagem Média da Atividade Realizada por Terceiras Partes(Entre Aqueles que Usam Terceiras Partes) Comparada por Tipo de Organização

Média Global

América do Norte

Europa

Leste Asiático e Pacífico

América Latina e Caribe

Oriente Médio eÁfrica do Norte

África Subsaariana

Sul da Ásia

Observação: Q31a: Qual porcentagem das atividades de auditoria interna de sua organização foi realizada por uma terceira parte no últimoano-calendário? Esta pergunta foi respondida apenas por participantes que indicaram anteriormente o uso de serviços de terceiros naatividade de auditoria interna. 1.122 participantes.

Observação: Q31a: Qual porcentagem das atividades de auditoria interna de sua organização foi realizada por uma terceira parte no últimoano-calendário? Esta pergunta foi respondida apenas por participantes que indicaram anteriormente o uso de serviços de terceiros naatividade de auditoria interna. 1.136 participantes.

Buscando Terceiros para Atividades de Auditoria Interna

Privadas (exceto setor financeiro)

Organização sem fins lucrativos

Capital aberto (exceto setor financeiro)

Setor financeiro (privadas ou de capital aberto)

Setor público (incluindo agências governamentaise operações mantidas pelo governo)

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www.theiia.org/goto/CBOK ● 5

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Redução

Aumento

30% 12% 58%

23% 11% 66%

28% 10% 62%

28% 16% 56%

29% 8% 63%

42% 20% 38%

47% 10% 43%

65% 2% 33%

Média Global

África Subsaariana

América Latinae Caribe

Leste Asiáticoe Pacífico

Europa

Oriente Médio eÁfrica do Norte

América do Norte

Sul da Ásia

Entre os participantes, as regiões com maior probabilidade de esperar um aumento em seus orçamentos para terceiros no ano que vem são o Sul da Ásia e o Oriente Médio e África do Norte (ver Documento 6). Essas regiões também têm a maior porcentagem de atividades de auditoria interna conduzidas por terceiros (compare o Documento 4 com o Documento 6). O Documento 6 também mostra que, embora a África Subsaariana tenha uma porcentagem relevante que espera aumento em seus orçamentos para terceiros (42%), também tem a maior porcentagem que espera redução (20%). Por �m, para o resto do mundo, a maioria dos participantes espera que seus orçamentos para terceiros se mantenham.

Resultados por Porte do Departamento de AI

O porte de um departamento de auditoria interna tem uma relação interessante com o uso de terceiras partes. O Documento 7 compara o uso de terceiros no ano atual com o aumento esperado para o orçamento para terceiros para o ano que vem. Dentre os participantes, 32% dos menores departamentos reportaram o uso de terceiros, em comparação com uma faixa de 41% a 56% para grupos médios a grandes. Seu uso futuro esperado de terceiras

partes segue um caminho parecido. No entanto, em contraste, os maiores departamentos de auditoria interna reportam uso muito baixo de terceiros atualmente (apenas 28%), mas esperam um uso maior no futuro (37%).

Seção 4: Quais Tipos de ServiçosSão Prestados por Terceiros?

Serviços de terceiros são usados comumente para:

Fornecer habilidades especializadas indisponíveis no departamento de auditoria internaResolver a falta de pessoalSuplementar a equipe de forma contínuaCobrir locais de trabalho remotosConduzir projetos especiais

O tipo de uso difere de acordo com as características da organização. Para ilustrar, comparemos o uso de terceiros entre uma empresa Suíça de serviços �nanceiros e uma empresa petrolífera do Oriente Médio:

Manutenção

Documento 6 Mudança Esperada no Orçamento para Uso de Terceiros naAuditoria Interna no Próximo Ano

Observação: Q32: Como você anteciparia a mudança de seu orçamento para recursos de auditoria interna de terceiras partes (internas ouexternas à sua organização) no próximo ano? CAEs apenas. 2.319 participantes.

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6 ●

Emirates National Oil Company

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Maior Uso EsperadoUso Atual

300 ou mais50 a 29925 a 4910 a 244 a 91 a 3

32%

27%

43%

31%

42%

32% 31%

41%

56%

42% 37%

28%

Buscando Terceiros para Atividades de Auditoria Interna

Observação: Q31: No ano-calendário anterior, algumas das atividades de auditoria interna de sua organização foram prestadas por umaterceira parte (seja interna ou externa à sua organização)? Comparada com a Q32: Como você anteciparia a mudança de seu orçamentopara recursos de auditoria interna de terceiras partes (internas ou externas à sua organização) no próximo ano? CAEs apenas.3.052 participantes na Q31. 2.289 participantes na Q32.

Intertrust Group

Uma Observação sobre Terceirização Completa

Klaas Westerling, chefe do grupo de auditoria interna e riscos do Intertrust Group (Genebra, Suíça), tem um gerente de auditoria e um auditor na equipe. Como tem uma equipe pequena, ele utiliza terceiras partes para uma grande porção de sua atividade. Prestadores internos de serviços auxiliam com cerca de 40% dos trabalhos de avaliação e consultoria do plano de auditoria. (Por exemplo, funcionários do departamento �nanceiro cobrem as áreas de �nanças internas ao escopo de uma auditoria.) Ele também busca terceiros externos aproximadamente uma vez ao ano, para concluir outros 10% do plano de auditoria.

Aley Raza, chefe de ética e conformidade e diretor de auditorias internas na Emirates National Oil Company (ENOC) (Emirados Árabes Unidos), conta com dois gerentes e 16 membros na equipe. Por ter uma equipe maior, ele não precisa de tanto apoio dos

prestadores internos de serviços; no entanto, precisa de terceiros para ter as competências linguísticas e a expertise de petróleo e gás necessárias. Ele usa as �rmas Big Four de auditoria ou outros prestadores de serviços para completar aproximadamente 10% do plano de auditoria.

Em alguns casos, uma organização pode não ser capaz de contratar auditores internos em período integral para a equipe. Então, precisará terceirizar toda a sua atividade de auditoria interna. Nesses casos, o �e IIA enfatiza que “a supervisão e a responsabilidade pela atividade de auditoria interna não podem ser terceirizadas”. Em outras palavras, um indivíduo que seja interno à empresa deve reter a responsabilidade e supervisão da atividade de auditoria interna, mesmo que todo o trabalho seja desenvolvido por terceiros. (Veja a Declaração de Posicionamento do �e IIA, �e Role of Internal Auditing in Resourcing the Internal Audit Activity, de Janeiro de 2009.)

Documento 7 Atividade Atual e Aumento Esperado do Uso de Terceiros na Auditoria Interna(Em Comparação com o Porte do Departamento de Auditoria Interna)

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Documento 8 Principais Perguntas a Fazer Sobre Serviços de Auditoria Interna de Terceiros

Considerações Anteriores ao Trabalho

1. Quais são seus objetivos ao buscar a terceira parte?

2. Qual tipo de relacionamento com a terceira parte melhor atenderá aos seus objetivos?

3.

4. Qual nível de expertise é necessário para atingir seus objetivos?

Identificação do Prestador de Serviços e Assinatura do Contrato de Trabalho

5.

6. Os objetivos e métricas de desempenho foram claramente delineados e acordados entre as partes relevantes?

Supervisão da Atividade do Prestador de Serviços

7.

8.Como você garantirá que a terceira parte atenda ou tenha atendido às suas expectativas (comrelação às métricas documentadas no contrato de trabalho)?

9.

Manutenção de um Relacionamento (Atual e de Longo Prazo) com o Prestador de Serviços

10.

A gerência do prestador de serviços? A gerência e executivos organizacionais? O comitê de auditoria? O conselho de administração?

11. A terceira parte está ciente e é capaz de atender às suas necessidades de curto e longo prazo?

Quais são as limitações financeiras (ex., orçamento) que poderiam afetar o escopo dos serviçosprestados por sua terceira parte?

Você conduziu um processo eficaz e aberto de proposta?

Qual nível de supervisão é necessário para garantir um trabalho eficaz e eficiente da terceira parte?

Há oportunidades de transferência de conhecimento entre o prestador e a equipe de auditoria interna?

Você comunicou com eficácia a estrutura do trabalho, objetivo, protocolo e raciocínio por trás do usoda terceira parte para:

A gerência e equipe de auditoria interna?

Seção 5: Quais as Melhores Práticaspara Relacionamentos com Terceiros?

Garantir a gestão bem-sucedida de relacionamentos com terceiros é de suma importância. Embora terceiras partes possam lidar com a gerência e/ou com o comitê de auditoria, o CAE é o verdadeiro responsável pela e�cácia da terceira parte. Portanto, os CAEs devem 1) ter entendimento su�ciente dos objetivos com os quais o prestador de serviços cumprirá, 2) comunicar e documentar

su�cientemente esses objetivos durante o processo do trabalho e 3) fazer a supervisão adequada do prestador de serviços, para garantir o cumprimento com os objetivos. O Documento 8 mostra as perguntas mais importantes que precisam ser respondidas ao iniciar relacionamentos com terceiros. Esta lista é baseada em insights das entrevistas conduzidas com diversos CAEs, prestadores terceiros de serviços e membros de comitês de auditoria.

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8 ●

3. Acorde quanto à responsabilidade porreparação e acompanhamento.

4. Aproveite a transferência de conhecimentos.

Mais Lições Aprendidas

1. Avalie proativamente a necessidade de terceiros.

2. Defina expectativas claras de desempenho noacordo de terceirização.

Buscando Terceiros para Atividades de Auditoria Interna

Quando se trata de buscar terceiros para a atividade de auditoria interna, a experiência é uma professora e�caz. Aqui vão quatro recomendações de líderes de auditoria interna que ofereceram insights a partir de suas carreiras.

As partes interessadas esperam que os CAEs avaliem continuamente se precisam buscar terceiros, diz David Landsittel, ex-presidente do Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO) e presidente do comitê corporativo de auditoria. “Comitês de auditoria valorizam o tino comercial e as habilidades informais que os CAEs possuem. O CAE deve ser proativo em desenvolver essas habilidades em sua equipe, abordando necessidades emergentes do negócio e entregando valor por meio do uso de terceiros em áreas nas quais as habilidades não existam atualmente.”

Você pode melhorar muito o seu relacionamento com os prestadores terceiros, estabelecendo expectativas claras de desempenho, diz Tania Stegemann, gerente executiva de auditoria do CIMIC Group Ltd. (Melbourne, Austrália). “Em um de meus papéis anteriores como gerente de qualidade de auditoria, revisamos nossa abordagem de recurso a terceiros depois que um longo relacionamento com um prestador, ao qual tínhamos terceirizado totalmente nossa auditoria interna, deixou de atender às nossas expectativas. Na abordagem revisada, desenvolvemos um protocolo rígido de como o trabalho seria conduzido e key performance indicators com foco na qualidade, tempestividade e nas atividades de valor agregado. Notamos melhora signi�cativa em nosso relacionamento com o prestador seguinte e incluímos esses indicadores no novo acordo contratual.”

Um aspecto especialmente importante do acordo de prestação de serviços é um entendimento comum sobre a parte responsável por reparação e acompanhamento, diz Dick Anderson, sócio aposentado da PricewaterhouseCoopers e ex-CAE de um banco global. “É crítico que tanto o CAE quanto o prestador de serviços terceirizado tenham um entendimento do processo de reparação e acompanhamento de questões indicadas no relatório da terceira parte. Se a responsabilidade é do cliente (ex., CAE) ou do terceiro deve estar acordado e incluído no acordo de trabalho, para minimizar con�itos entre o cliente e a terceira parte.” Os CAEs devem estar preparados para abordar o prestador de serviços terceirizado para reparação ou acompanhamento se necessário, diz Joe Bell, chief audit o�cer no Ohio School Employees Retirement System. “Se a natureza da tarefa em questão vai além das habilidades da equipe existente de auditoria e o relacionamento entre a empresa e a terceira parte é de curto prazo, pode ser necessário abordá-la para conduzir uma revisão pós-implementação.”

Prestadores de serviços terceirizados podem ser uma fonte bem-vinda de novas ideias ou conhecimento, diz Justin Pawlowski, gerente de auditoria da KPMG (Alemanha). “Um benefício importante de buscar uma terceira parte é a possível transferência de conhecimentos para a equipe de auditoria interna. Trabalhos em que o terceiro e a equipe de auditoria interna trabalham colaborativamente em uma equipe frequentemente facilitam essa transferência de conhecimentos.” Em especial, prestadores terceiros podem ser capazes de oferecer uma perspectiva importante sobre os riscos emergentes, diz Brian Christensen, vice-presidente executivo de auditoria interna global da Protiviti. “Em vez de uma abordagem reativa, os CAEs podem usar os prestadores de serviços para ajudá-los a atender às necessidades do conselho de administração e do comitê de auditoria, antecipando e criando um plano de auditoria com base em riscos que aborde os riscos emergentes.”

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Conclusão

A Pesquisa Global do Praticante de Auditoria Interna CBOK 2015 oferece uma valiosa perspectiva do uso de serviços de terceiros internos e externos para aperfeiçoar as habilidades ou a capacidade de um departamento de auditoria interna. Em média, 1 em cada 3 departamentos de auditoria interna do mundo todo diz utilizar serviços de terceiros até certo ponto. Os resultados quanto às expectativas do uso futuro de terceiros são parecidos. Cerca de 1 em cada 3 participantes da pesquisa no mundo todo espera que seu orçamento para serviços de terceiros aumente, com maiores níveis no Sul da Ásia, Oriente Médio e África do Norte, e na África Subsaariana. O uso de terceiros é maior no setor �nanceiro e entre organizações de capital aberto, e menor em organizações do setor público e organizações privadas. Entre aquelas que utilizam serviços de terceiros, o nível médio de atividades terceirizadas no mundo é de 23%, com níveis mais altos no Sul da Ásia e no Oriente Médio e Norte da África. Departamentos de auditoria interna muito pequenos reportam o menor uso de terceiros (cerca de 1 em cada 4), enquanto departamentos de médio a grande porte (50 a 300 pessoas) têm o dobro da taxa. Os maiores departamentos (com mais de 300 pessoas) tendem à direção oposta. Seu uso atual de terceiros é baixo, mas têm maiores porcentagens de expectativa de aumento do uso de terceiros no próximo ano. Para garantir relacionamentos de sucesso com terceiros, os CAEs devem esclarecer os objetivos, escolher o prestador apropriado, supervisionar a atividade e manter, proativamente, o relacionamento.

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10 ● Buscando Terceiros para Atividades de Auditoria Interna

Sobre a Equipe do Projeto

Sobre o Autor

Comitê de Revisão do Relatório

Dick Anderson (Estados Unidos) Deborah Poulalion (Estados Unidos) Joe Bell (Estados Unidos) Alay Raza (Emirados Árabes Unidos) Emmanuel Johannes (Tanzânia) Francisco Ramon Arauz Rodriguez Michael Parkinson (Austrália) (Nicarágua)Justin Pawlowski (Alemanha)

Agradecimentos

Dick Anderson (Estados Unidos) Justin Pawlowski (Alemanha)Joe Bell (Estados Unidos) Aley Raza (Emirados Árabes Unidos)Brian Christensen (Estados Unidos) Tania Stegemann (Austrália)David Landsittel (Estados Unidos) Anton van Wyk (África do Sul) Carey Oven (Estados Unidos)

Patrocínio

Dereck Barr-Pulliam, PhD, CIA, CPA, é professor assistente do Departamento de Contabilidade e Sistemas de Informação da Wisconsin School of Business, na University of Wisconsin – Madison. Obteve seu doutorado na University of Mississippi em 2014. Antes da academia, passou quase seis anos atuando como auditor interno sênior na Federal Express, em operações domésticas e internacionais. Sua pesquisa tem duas áreas principais de foco: fatores que afetam a governança corporativa e a interação estratégica entre auditores e gerentes. Ele usa teorias de psicologia e economia, assim como dados experimentais e de arquivo, para examinar tópicos como auditoria com base em riscos, con�ança e expertise do auditor, reporte �nanceiro e análise de dados.

Klaas Westerling (Holanda)

O autor agradece aos seguintes líderes de auditoria interna por terem sido entrevistados para este projeto:

A �e IIA Research Foundation reconhece, com gratidão, o patrocínio deste relatório, oferecido pelo �e IIA–Chicago.

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www.theiia.org/goto/CBOK ● 11

Sobre o CBOK

Pesquisa do Praticante CBOK 2015: Participação das Regiões Globais

Observação: As regiões globais são baseadas nas categorias do Banco Mundial. Para a Europa, menos de 1% dos participantes era da Ásia Central. As respostas da pesquisa foram coletadas entre 2 de Fevereiro de 2015 e 1º de Abril de 2015. O link da pesquisa online foi distribuído via listas de mailing dos institutos, sites do IIA, newsletters e redes sociais. Pesquisas parcialmente preenchidas foram incluídas na análise, desde que as perguntas demográficas tivessem sido completadas. Nos relatórios CBOK 2015, perguntas específicas são chamadas de Q1, Q2 e assim por diante. Uma lista completa das perguntas da pesquisa está disponível para download no CBOK Resource Exchange.

Common Body of Knowledge (CBOK) Global de Auditoria Interna é o maior estudo contínuo global no mundo sobre a pro�ssão da auditoria interna, incluindo estudos sobre os praticantes de auditoria interna e suas partes interessadas. Um dos componentes principais do CBOK 2015 é a pesquisa global do praticante, que fornece uma perspectiva abrangente das atividades e características dos auditores internos do mundo todo. Este projeto tem como base as duas pesquisas globais do praticante anteriores, conduzidas pela �e IIA Research Foundation em 2006 (9.366 respostas) e 2010 (13.582 respostas). Os relatórios serão lançados mensalmente até Julho de 2016 e podem ser baixados de graça, graças às contribuições generosas e ao apoio de indivíduos, organizações pro�ssionais, �liais do IIA e institutos do IIA. Mais de 25 relatórios foram planejados em três formatos: 1) core reports, que abordam tópicos gerais, 2) closer looks, que exploram mais a fundo as principais questões, e 3) fast facts, com foco em uma região ou ideia especí�ca. Esses relatórios exploram diferentes aspectos de oito áreas de conhecimento, incluindo tecnologia, riscos, talento e outras. Visite o CBOK Resource Exchange em www.theiia.org/goto/CBOK para download das perguntas da pesquisa e dos relatórios seguintes, conforme forem disponibilizados.

OFATOS DA PESQUISA

Participantes 14,518*

Países 166

Idiomas 23

NÍVEIS DOS FUNCIONÁRIOS

Chief audit executive (CAE) 26%

Diretor 13%

Gerente 17%

44%Equipe

*As taxas podem variarpor pergunta.

8%

6%

14%

19%

5%

25%

23%

Américado Norte

AméricaLatina & Caribe

ÁfricaSubsaariana

Oriente Médio& Áfricado Norte

Europa& ÁsiaCentral

Sul daÁsia

Leste Asiático& Pacífico

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Sobre a The IIA Research Foundation

Áreas de Conhecimento do CBOK

Futuro Governança Risco Talento

PerspectivaGlobal Gestão

Normas &Certificações Tecnologia

O CBOK é administrado pela The IIA Research Foundation (IIARF), que fornece pesquisas inovadoras para a profissão de auditoria interna há quatro décadas. Por meio de iniciativas que exploram questões atuais, tendências emergentes e necessidades futuras, a IIARF tem sido uma força propulsora por trás da evolução e do avanço da profissão.

Co-Presidentes do CBOK: Dick Anderson (Estados Unidos) Jean Coroller (França)

Presidente do Subcomitê da Pesquisa do Praticante:Michael Parkinson (Austrália)

Vice-Presidente da IIARF: Bonnie Ulmer

Analista de Dados Primários: Dr. Po-ju ChenDesenvolvedora de Conteúdo: Deborah PoulalionGerente de Projeto: Selma Kuurstra e Kayla Manning

Editora Sênior: Lee Ann Campbell

Equipe de Desenvolvimento do CBOK

Limitação de Responsabilidade

A IIARF publica este documento para propósitos informativos e educacionais apenas. A IIARF não dá orientações jurídicas ou contábeis ou qualquer garantia de resultados jurídicos ou contábeis por meio da publicação deste documento. Quando questões jurídicas ou contábeis surgirem, assistência profissional deve ser buscada e obtida.

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