BULLYING:BULLYING:

O QUE É ISSO?O QUE É ISSO?Conceitos e dados extraídos do livro Conceitos e dados extraídos do livro

Pedagogia da AmizadePedagogia da Amizade, de Gabriel Chalita, de Gabriel Chalita

ConceitoConceito

Bullying é um termo de língua inglesa ( bully = Bullying é um termo de língua inglesa ( bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.de forças ou poder.

Bullying: panorama MundialBullying: panorama Mundial

O bullying é tão antigo quanto a escola. É O bullying é tão antigo quanto a escola. É um fenômeno de grupo, em um fenômeno de grupo, em desequilíbrio, é claro.desequilíbrio, é claro.

As primeiras pesquisas surgiram a partir As primeiras pesquisas surgiram a partir de 1972, na Escandinávia.de 1972, na Escandinávia.

Bullying: retrato Bullying: retrato brasileirobrasileiro

Uma das primeiras investigações registradas sobre o Uma das primeiras investigações registradas sobre o bullying no Brasil data de 1997, por Marta Canfield, bullying no Brasil data de 1997, por Marta Canfield, professora da Universidade Federal de Santa Maria, professora da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.no Rio Grande do Sul.

Um estudo que merece destaque, foi realizado por Cleo Um estudo que merece destaque, foi realizado por Cleo Fante, em 2002 e 2003.Fante, em 2002 e 2003.

Pesquisa brasileiraPesquisa brasileira

A pesquisa envolveu 2 mil alunos em oito A pesquisa envolveu 2 mil alunos em oito escolas das redes públicas e particular, em escolas das redes públicas e particular, em São José do Rio Preto, São Paulo.São José do Rio Preto, São Paulo.

Revelou que 49% dos alunos estavam Revelou que 49% dos alunos estavam envolvidos com bullying: 22% como vítima, envolvidos com bullying: 22% como vítima, 15% agressores e 12% vítima-agressores.15% agressores e 12% vítima-agressores.

Índices sobre o Índices sobre o bullyingbullying

Uma pesquisa divulgada em fevereiro de 2009 Uma pesquisa divulgada em fevereiro de 2009 pelo pelo Núcleo de Análise do Comportamento Núcleo de Análise do Comportamento da Universidade Federal do Paranáda Universidade Federal do Paraná (UFPR) (UFPR) mostrou que 66% dos alunos do ensino mostrou que 66% dos alunos do ensino fundamental e médio sofreram ou cometeram fundamental e médio sofreram ou cometeram agressões contra seus colegas de escola nos agressões contra seus colegas de escola nos seis meses anteriores ao levantamento. É o seis meses anteriores ao levantamento. É o chamado bullying. "Nessa forma de brincadeira chamado bullying. "Nessa forma de brincadeira inadequada, só quem brinca tem prazer", inadequada, só quem brinca tem prazer", explica Lino de Macedo, professor do Instituto explica Lino de Macedo, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). (USP).

O que caracteriza o bullying?O que caracteriza o bullying?

Para que uma ação seja considerada bullying, Para que uma ação seja considerada bullying, ela precisa ter certas características:ela precisa ter certas características:

● ●Ser repetida contra uma mesma pessoa;Ser repetida contra uma mesma pessoa; ● ●Apresentar um desequilíbrio de poder que Apresentar um desequilíbrio de poder que

dificulte a defesa da vítima;dificulte a defesa da vítima;●●Não possuir razão aparente;Não possuir razão aparente;●●E contar com atitudes deliberadas e que tragam E contar com atitudes deliberadas e que tragam

prejuízo: material, físico, emocional ou de prejuízo: material, físico, emocional ou de aprendizado. aprendizado.

Há estudos sobre bullying entre alunos e Há estudos sobre bullying entre alunos e professores, porém, o mais conhecido é entre professores, porém, o mais conhecido é entre alunos, apenas. alunos, apenas.

Categorias do bullyingCategorias do bullying

O bullying se divide em duas categorias:O bullying se divide em duas categorias:

● ● Bullying diretoBullying direto: é a forma mais comum : é a forma mais comum entre os agressores masculinos;entre os agressores masculinos;

● ● Bullying indiretoBullying indireto: é a forma mais comum : é a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da característica o isolamento social da vítima.vítima.

Que tipo de trauma o bullying pode Que tipo de trauma o bullying pode gerar às vítimas?gerar às vítimas?

A curto e longo prazo, o bullying interfere na auto-A curto e longo prazo, o bullying interfere na auto-estima, na concentração, na motivação para os estudos, estima, na concentração, na motivação para os estudos, no rendimento escolar e nos males psicossomáticos no rendimento escolar e nos males psicossomáticos (diarréia, febre, vômito, dor de estômago e de cabeça) (diarréia, febre, vômito, dor de estômago e de cabeça) da vítima. A longo prazo, a vítima pode desenvolver da vítima. A longo prazo, a vítima pode desenvolver transtornos de ansiedade e de alimentação (bulimia, transtornos de ansiedade e de alimentação (bulimia, anorexia, bruxismo, alergias, depressão e ideias anorexia, bruxismo, alergias, depressão e ideias suicidas). Se não houver intervenção, pode haver efeitos suicidas). Se não houver intervenção, pode haver efeitos para o resto da vida. A vítima pode ser sempre insegura. para o resto da vida. A vítima pode ser sempre insegura. Alguns têm resiliência, o poder de resistir e superar Alguns têm resiliência, o poder de resistir e superar situações difíceis, mas outros penam. situações difíceis, mas outros penam.

E aos agressores?E aos agressores?

O agressor sofre, de imediato, um O agressor sofre, de imediato, um distanciamento dos objetivos distanciamento dos objetivos escolares. Ele passa a ficar o tempo todo planejando o que fazer escolares. Ele passa a ficar o tempo todo planejando o que fazer e se esforçando para manter o jogo de poder com a vítima. Aliás, e se esforçando para manter o jogo de poder com a vítima. Aliás, ele pode ter várias vítimas, isso é o mais comum. O agressor, ele pode ter várias vítimas, isso é o mais comum. O agressor, então, pode sofrer queda no rendimento escolar e até evasão – então, pode sofrer queda no rendimento escolar e até evasão – como ele deixa de aprender, pode ser reprovado e perder a como ele deixa de aprender, pode ser reprovado e perder a motivação para estudar. A longo prazo, ele pode cair na motivação para estudar. A longo prazo, ele pode cair na delinquência e no uso ou tráfico de drogas. Além disso, pode delinquência e no uso ou tráfico de drogas. Além disso, pode praticar o bullying em outros ambientes, como o trabalho e a praticar o bullying em outros ambientes, como o trabalho e a família, tendo problemas nas relações profissionais e sociais e família, tendo problemas nas relações profissionais e sociais e até nos relacionamentos afetivos e amorosos – prejudicados pela até nos relacionamentos afetivos e amorosos – prejudicados pela questão do poder, que tenderá a acompanhar o agressor.questão do poder, que tenderá a acompanhar o agressor.

O que leva uma criança ou O que leva uma criança ou adolescente a praticar o bullying?adolescente a praticar o bullying?

Nos estudos com que me envolvi, identificou-se que 80% dos Nos estudos com que me envolvi, identificou-se que 80% dos agressores eram vítimas de violência em casa ou na própria agressores eram vítimas de violência em casa ou na própria escola. Eles reproduziam essa violência. Outras fontes apontadas escola. Eles reproduziam essa violência. Outras fontes apontadas pelas pesquisas são a permissividade e a falta de imposição de pelas pesquisas são a permissividade e a falta de imposição de limites para crianças e adolescentes, a ausência de afeto e a limites para crianças e adolescentes, a ausência de afeto e a influência da mídia, videogames e jogos virtuais. É um equívoco influência da mídia, videogames e jogos virtuais. É um equívoco dizerem que bullying é coisa da idade, que com o tempo passa, dizerem que bullying é coisa da idade, que com o tempo passa, que é brincadeira ou que os alunos superam sozinhos. Estamos que é brincadeira ou que os alunos superam sozinhos. Estamos falando de uma forma de violência que é deliberada, intencional, falando de uma forma de violência que é deliberada, intencional, que é tramada, planejada. O bullying não pode ser explicado pela que é tramada, planejada. O bullying não pode ser explicado pela insegurança da adolescência. insegurança da adolescência.

COMO É A VÍTIMACOMO É A VÍTIMA

"Desde que a Cris** entrou no colégio, minha vida virou um inferno. Ela é "Desde que a Cris** entrou no colégio, minha vida virou um inferno. Ela é a típica menina que faz sucesso só por causa da beleza e não liga nem um a típica menina que faz sucesso só por causa da beleza e não liga nem um pouco para os sentimentos dos outros. Mesmo achando que seria pouco para os sentimentos dos outros. Mesmo achando que seria impossível existir uma amizade entre a gente, tentei me aproximar, mas impossível existir uma amizade entre a gente, tentei me aproximar, mas claro que o esforço foi em vão. A zoação começou por causa do meu claro que o esforço foi em vão. A zoação começou por causa do meu cabelo, muito curto e armado. De início, eu não ligava, pensava que aquilo cabelo, muito curto e armado. De início, eu não ligava, pensava que aquilo era apenas uma brincadeira, mas a coisa foi tomando um rumo totalmente era apenas uma brincadeira, mas a coisa foi tomando um rumo totalmente insuportável. Primeiro, ela levou uma vassoura para a escola e apelidou o insuportável. Primeiro, ela levou uma vassoura para a escola e apelidou o objeto com meu nome. Depois, ela fez um vodu meu e ficava mostrando objeto com meu nome. Depois, ela fez um vodu meu e ficava mostrando para o menino do qual eu era a fim. Chegou uma hora em que não dava para o menino do qual eu era a fim. Chegou uma hora em que não dava mais para suportar a situação. A coisa que eu mais queria na vida é sair da mais para suportar a situação. A coisa que eu mais queria na vida é sair da escola e nunca mais ter que olhar para cara da Cris. Confesso que, às escola e nunca mais ter que olhar para cara da Cris. Confesso que, às vezes, tenho dó dela. Acho que daqui uns anos ela estará sozinha. vezes, tenho dó dela. Acho que daqui uns anos ela estará sozinha. Acredito que ela toma essas atitudes porque acha que se garante por ser Acredito que ela toma essas atitudes porque acha que se garante por ser bonita. O problema é que beleza não dura pra sempre. Humildade, sim!", bonita. O problema é que beleza não dura pra sempre. Humildade, sim!", Priscila**, 15 anosPriscila**, 15 anos

Identificação da vítimaIdentificação da vítima

1-Desinteresse pela escola;1-Desinteresse pela escola;

2-Abandono dos estudos;2-Abandono dos estudos;

3-Medo da escola;3-Medo da escola;

4-Marcas da intimidação;4-Marcas da intimidação;

5-Sinais de isolamento;5-Sinais de isolamento;

6- Mudança de comportamento.6- Mudança de comportamento.

COMO É A AGRESSORACOMO É A AGRESSORA

"A Priscila precisa crescer. Isso que ela tem é puro complexo! Nós brincamos com "A Priscila precisa crescer. Isso que ela tem é puro complexo! Nós brincamos com todo mundo e só ela pede para parar. Duvido que exista no mundo uma turma em todo mundo e só ela pede para parar. Duvido que exista no mundo uma turma em que ninguém zoa ninguém. Sem contar que ela exagera. Nunca fiz com que ela que ninguém zoa ninguém. Sem contar que ela exagera. Nunca fiz com que ela passasse vergonha na frente dos outros. Tenho certeza absoluta disso. Tudo o que passasse vergonha na frente dos outros. Tenho certeza absoluta disso. Tudo o que eu falo é sem maldade nenhuma. É verdade que, às vezes, pego um pouco eu falo é sem maldade nenhuma. É verdade que, às vezes, pego um pouco pesado, como quando levei a vassoura pra aula ou fiquei falando pra todo mundo pesado, como quando levei a vassoura pra aula ou fiquei falando pra todo mundo do menino superfeio que ela tinha beijado. Mas vai dizer que não é engraçado? do menino superfeio que ela tinha beijado. Mas vai dizer que não é engraçado? Todo mundo sempre ri e a Priscila devia fazer o mesmo em vez de ficar triste e Todo mundo sempre ri e a Priscila devia fazer o mesmo em vez de ficar triste e brava. No outro colégio em que eu estudava, era exatamente a mesma coisa. Só brava. No outro colégio em que eu estudava, era exatamente a mesma coisa. Só que ninguém ficava estressando, então o pessoal pegava bem menos no pé. Na que ninguém ficava estressando, então o pessoal pegava bem menos no pé. Na verdade, acho que a Pri devia era me agradecer! Falar sempre dela é um jeito de verdade, acho que a Pri devia era me agradecer! Falar sempre dela é um jeito de deixá-la mais popular. Uma vez ela pediu para que eu me colocasse no lugar dela. deixá-la mais popular. Uma vez ela pediu para que eu me colocasse no lugar dela. Eu juro que não teria problema. Sou do tipo que prefere que falem mal, mas falem Eu juro que não teria problema. Sou do tipo que prefere que falem mal, mas falem de mim.", Cris**, 15 anosde mim.", Cris**, 15 anos

  

  

  

Identificação do agressorIdentificação do agressor

1- Ar de superioridade;1- Ar de superioridade;

2-Sinais suspeitos;2-Sinais suspeitos;

3-Agressividade;3-Agressividade;

4-Habilidade;4-Habilidade;

5-Dominação.5-Dominação.

COMO É A PLATÉIACOMO É A PLATÉIA "Eu nunca achei certo o que a Cris faz com a Priscila. Não entendo por "Eu nunca achei certo o que a Cris faz com a Priscila. Não entendo por

que alguém sente prazer em humilhar os outros. Na maioria das vezes, a que alguém sente prazer em humilhar os outros. Na maioria das vezes, a situação é tão chata, mas tão chata que chego a ter pena da menina. Já situação é tão chata, mas tão chata que chego a ter pena da menina. Já tive que consolá-la no meio da sala quando, após uma das brincadeiras, tive que consolá-la no meio da sala quando, após uma das brincadeiras, ela começou a chorar. Até pensei em falar com a Cris, dizer que aquilo é ela começou a chorar. Até pensei em falar com a Cris, dizer que aquilo é de muito mau gosto e não tem graça nenhuma, mas é óbvio que não farei de muito mau gosto e não tem graça nenhuma, mas é óbvio que não farei isso. Eu sei que, se eu falar alguma coisa, a zoação vai se voltar contra isso. Eu sei que, se eu falar alguma coisa, a zoação vai se voltar contra mim. Então, não faço bullying, mas também não colaboro para ele mim. Então, não faço bullying, mas também não colaboro para ele acabar. Acredito que seja por isso que as pessoas dão risada: para que acabar. Acredito que seja por isso que as pessoas dão risada: para que estejam dentro do grupo que zoa os outros. Já vi várias vezes as colegas estejam dentro do grupo que zoa os outros. Já vi várias vezes as colegas que andam com a Priscila serem zoadas só por estarem ao lado dela. que andam com a Priscila serem zoadas só por estarem ao lado dela. Assim, ela acaba ficando sozinha. Sinceramente, acho que a Cris faz isso Assim, ela acaba ficando sozinha. Sinceramente, acho que a Cris faz isso por inveja. Tenho certeza de que ela gostaria de ser tão inteligente e por inveja. Tenho certeza de que ela gostaria de ser tão inteligente e interessante quanto a Pri. O problema é que, como ela é uma pessoa interessante quanto a Pri. O problema é que, como ela é uma pessoa bonita por fora e feia por dentro, precisa apelar para chamar a atenção.", bonita por fora e feia por dentro, precisa apelar para chamar a atenção.", Sandra**, 16 anosSandra**, 16 anos

O QUE FAZER PARA DEIXAR DE O QUE FAZER PARA DEIXAR DE SOFRERSOFRER

Assim como a Pri, a vítima é zoada por causa do seu comportamento ou Assim como a Pri, a vítima é zoada por causa do seu comportamento ou por algo em sua aparência. Costuma ser uma pessoa com baixa por algo em sua aparência. Costuma ser uma pessoa com baixa autoestima. Mesmo que disfarce, parece ter escrito na testa: "Tirem sarro autoestima. Mesmo que disfarce, parece ter escrito na testa: "Tirem sarro de mim. Não vou revidar!" A solução do problema começa na própria de mim. Não vou revidar!" A solução do problema começa na própria pessoa. Ela é zoada por que não é descolada? Está fora do padrão? É pessoa. Ela é zoada por que não é descolada? Está fora do padrão? É importante se questionar se tal "problema" a incomoda. Se perceber que importante se questionar se tal "problema" a incomoda. Se perceber que não, a insegurança vai diminuir. Agora, se o motivo de ser zoada a irrita, não, a insegurança vai diminuir. Agora, se o motivo de ser zoada a irrita, deve encará-lo com a ajuda dos pais e até de psicólogos. Mudanças deve encará-lo com a ajuda dos pais e até de psicólogos. Mudanças físicas - como operar orelhas de abano - são até mais simples de serem físicas - como operar orelhas de abano - são até mais simples de serem resolvidas. Mas, com empenho, rola vencer problemas como timidez e resolvidas. Mas, com empenho, rola vencer problemas como timidez e complexo de inferioridade. Na escola, a vítima deve ser orientada a complexo de inferioridade. Na escola, a vítima deve ser orientada a procurar a direção da escola e contar como se sente. Se quiser, pode procurar a direção da escola e contar como se sente. Se quiser, pode chamar outra vítima de bullying para ir junto. Trata-se de um problema da chamar outra vítima de bullying para ir junto. Trata-se de um problema da escola e a solução jamais é expor a vítima.escola e a solução jamais é expor a vítima.

O QUE FAZER PARA NÃO AGREDIR O QUE FAZER PARA NÃO AGREDIR MAISMAIS

Lembra? A Cris começou o bullying de um jeito simples: uma piadinha, Lembra? A Cris começou o bullying de um jeito simples: uma piadinha, uma brincadeira com a menina da turma que tinha cabelo armado. Ela uma brincadeira com a menina da turma que tinha cabelo armado. Ela queria chamar a atenção, nem que, para isso, tivesse que ridicularizar queria chamar a atenção, nem que, para isso, tivesse que ridicularizar outra pessoa. Vale a pena: a galera sempre acha engraçado! Segundo outra pessoa. Vale a pena: a galera sempre acha engraçado! Segundo especialistas, os autores de bullying normalmente são pessoas sem especialistas, os autores de bullying normalmente são pessoas sem noção de limites. Por isso, acham que não há nada de errado em tirar noção de limites. Por isso, acham que não há nada de errado em tirar sarro dos outros. Ao fazer isso, a agressora prejudica a si mesma. Além sarro dos outros. Ao fazer isso, a agressora prejudica a si mesma. Além de correr o risco de ficar sem amigos (quem se arriscaria a ficar perto de correr o risco de ficar sem amigos (quem se arriscaria a ficar perto dela?), está tão preocupada em praticar o bullying que não presta dela?), está tão preocupada em praticar o bullying que não presta atenção em suas notas (e pode acabar repetindo de ano). Se não atenção em suas notas (e pode acabar repetindo de ano). Se não entender a gravidade do que anda fazendo, vai ter problemas quando entender a gravidade do que anda fazendo, vai ter problemas quando adulta. Afinal, é fácil controlar e mandar na galera da escola, mas não adulta. Afinal, é fácil controlar e mandar na galera da escola, mas não será sempre assim. O agressor deve receber orientação no sentido de será sempre assim. O agressor deve receber orientação no sentido de usar sua capacidade de liderança para fazer algo legal para seus usar sua capacidade de liderança para fazer algo legal para seus colegas e pela escola.colegas e pela escola.

O QUE FAZER PARA IMPEDIR QUE O QUE FAZER PARA IMPEDIR QUE ROLEROLE

Quem está na platéia sabe de toda a história. Conhece a garota que sofre Quem está na platéia sabe de toda a história. Conhece a garota que sofre de bullying, a que apavora a outra e os motivos disso. Pode até dar risada de bullying, a que apavora a outra e os motivos disso. Pode até dar risada da tiração de sarro. Mas, no fundo, tem dó da vítima porque se coloca no da tiração de sarro. Mas, no fundo, tem dó da vítima porque se coloca no lugar dela. Só que morre de medo de ser a próxima a ter um alvo nas lugar dela. Só que morre de medo de ser a próxima a ter um alvo nas costas e, por isso, prefere não fazer nada. A atitude parece esperta! Só costas e, por isso, prefere não fazer nada. A atitude parece esperta! Só que as testemunhas têm um papel decisivo para que a zoação maldosa que as testemunhas têm um papel decisivo para que a zoação maldosa não aconteça mais na escola. Justamente por ser a pessoa menos não aconteça mais na escola. Justamente por ser a pessoa menos envolvida, é ela que deveria ter mais coragem de dizer a uma pessoa que envolvida, é ela que deveria ter mais coragem de dizer a uma pessoa que comete bullying o quanto ela é mala e dar um chega pra lá para que ela comete bullying o quanto ela é mala e dar um chega pra lá para que ela pare. Acredite: ao atirar a primeira pedra, quem faz parte da platéia vai pare. Acredite: ao atirar a primeira pedra, quem faz parte da platéia vai ganhar a simpatia de um monte de gente, que estará ao lado dela caso ganhar a simpatia de um monte de gente, que estará ao lado dela caso passe a ser a vítima de bullying. Anonimamente, também vale denunciar o passe a ser a vítima de bullying. Anonimamente, também vale denunciar o que rola para um coordenador/orientador ou professor (e cobrar que uma que rola para um coordenador/orientador ou professor (e cobrar que uma atitude seja tomada!).atitude seja tomada!).

  

O LADO RUIM DA REDEO LADO RUIM DA REDE

   A variante de bullying que tem dado mais trabalho para escolas, A variante de bullying que tem dado mais trabalho para escolas,

pais e estudantes é o virtual, também chamado de cyberbullying. pais e estudantes é o virtual, também chamado de cyberbullying. “Na faixa dos 13, 14 anos, a mais crítica de todas, é freqüente o “Na faixa dos 13, 14 anos, a mais crítica de todas, é freqüente o desrespeito pela internet. Os alunos criam comunidades no Orkut, desrespeito pela internet. Os alunos criam comunidades no Orkut, entram de forma anônima ou não e falam mal de outros”, diz entram de forma anônima ou não e falam mal de outros”, diz Fábio Aidar, vice-diretor-geral do colégio do Santa Cruz, em São Fábio Aidar, vice-diretor-geral do colégio do Santa Cruz, em São Paulo. “Para prevenir, fazemos um trabalho verbal, orientando os Paulo. “Para prevenir, fazemos um trabalho verbal, orientando os alunos para o bom uso da internet e lembrando a importância do alunos para o bom uso da internet e lembrando a importância do respeito ao próximo.” respeito ao próximo.”

De modo geral, os colégios particulares vetam o uso de celular em De modo geral, os colégios particulares vetam o uso de celular em sala de aula - o que evita que se filme alguma cena sala de aula - o que evita que se filme alguma cena constrangedora para depois jogá-la na web, um tipo possível de constrangedora para depois jogá-la na web, um tipo possível de cyberbulling. Em algumas instituições, ele é liberado no recreio e cyberbulling. Em algumas instituições, ele é liberado no recreio e nos intervalos, ou quando há uma ligação importante a ser feita nos intervalos, ou quando há uma ligação importante a ser feita pelo aluno (desde que ele avise antes a direção da escola). Em pelo aluno (desde que ele avise antes a direção da escola). Em algumas redes estaduais, como na do Paraná, há orientação para algumas redes estaduais, como na do Paraná, há orientação para as escolas proibirem o celular, mas cabe a cada uma vetar as escolas proibirem o celular, mas cabe a cada uma vetar concretamente ou não.concretamente ou não.

Fica sempre um pouco de perfume, Fica sempre um pouco de perfume,

nas mãos que oferecem rosas,nas mãos que oferecem rosas,

nas mãos que sabem nas mãos que sabem

ser generosas.ser generosas.

Judith Junqueira VilellaJudith Junqueira Vilella