bullying na escola_diretores
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BULLYING NA ESCOLA
Mary Anabel Rodríguez de DueraMary Anabel Rodríguez de DueraPSICOPEDAGOGA/ ASSISTENTE SOCIAL / PSICOPEDAGOGA/ ASSISTENTE SOCIAL /
ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃOESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO
BULLYING NA ESCOLA
“BULLY”: TRADUZIDO COMO TRADUZIDO COMO VALENTÃO, TIRANO, BRIGÃOVALENTÃO, TIRANO, BRIGÃO
O CONTEXTO SOCIAL CONTEMPORÂNEO
““vivemos toda uma situação de ansiedade, vivemos toda uma situação de ansiedade,
desconfiança, defesa, levando cada indivíduo desconfiança, defesa, levando cada indivíduo ao estresse físico e emocional permanente. (...) ao estresse físico e emocional permanente. (...) antes a psiquiatria lidava com manifestações de antes a psiquiatria lidava com manifestações de desequilíbrios de ordem desequilíbrios de ordem individualindividual; no atual ; no atual contexto histórico, o principal agente é contexto histórico, o principal agente é cultural.cultural.””
““A falta de pertencimento à vida, a desilusão A falta de pertencimento à vida, a desilusão e o individualismo estão impactando as e o individualismo estão impactando as diversas formas de fobias e surtos diversas formas de fobias e surtos psicóticos na sociedade mundialpsicóticos na sociedade mundial.”.”
((THOMÉ, THOMÉ, 2006)2006)
ERA DA IMAGEM E DA ESPETACULARIZAÇÃO
““(...) o mundo passa a se resumir àquilo que se vê em (...) o mundo passa a se resumir àquilo que se vê em imagens de computadores, jornais televisivos, Pods, imagens de computadores, jornais televisivos, Pods, celulares e similares. O que não se vê é considerado celulares e similares. O que não se vê é considerado inexistente.”(DEBRAY)inexistente.”(DEBRAY)
ESTAMOS NÃO SÓ NA ERA DA INFORMAÇÃO, MAS ESTAMOS NÃO SÓ NA ERA DA INFORMAÇÃO, MAS TAMBÉM NA CIVILIZAÇÃO DA IMAGEMTAMBÉM NA CIVILIZAÇÃO DA IMAGEM PELA PELA CRESCENTE PROLIFERAÇÃO DOS MEIOS CRESCENTE PROLIFERAÇÃO DOS MEIOS IMAGÉTICO-ELETRÔNICOS E DOS SISTEMAS IMAGÉTICO-ELETRÔNICOS E DOS SISTEMAS COMPUTADORIZADOS QUE VÊM COMPUTADORIZADOS QUE VÊM OCUPANDO OCUPANDO PARTE SIGNIFICATIVA DAS RELAÇÕES SOCIAISPARTE SIGNIFICATIVA DAS RELAÇÕES SOCIAIS..
CONVIVEMOS COM UMA CULTURA DE VIOLÊNCIA
VIOLÊNCIA SOCIAL...... DESIGUALDADE SOCIAL, VIOLÊNCIA SOCIAL...... DESIGUALDADE SOCIAL, DESEMPREGO, AUMENTO DE FAMÍLIAS EM SITUAÇÃO DE DESEMPREGO, AUMENTO DE FAMÍLIAS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIALVULNERABILIDADE SOCIAL
VIOLÊNCIA SIMBÓLICA: PERVERSIDADE DA MÍDIAVIOLÊNCIA SIMBÓLICA: PERVERSIDADE DA MÍDIA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA.....MAUS TRATOS, ABANDONO, VIOLÊNCIA DOMÉSTICA.....MAUS TRATOS, ABANDONO,
ABUSOABUSO PROSTITUIÇÃO INFANTIL....PEDOFILIA...EROTIZAÇÃO DA PROSTITUIÇÃO INFANTIL....PEDOFILIA...EROTIZAÇÃO DA
INFÂNCIA.....INFÂNCIA..... AS DROGAS DE FÁCIL ACESSO...... O NARCOTRÁFICOAS DROGAS DE FÁCIL ACESSO...... O NARCOTRÁFICO PORNOGRAFIA VIRTUAL......PORNOGRAFIA VIRTUAL...... SEXO VIRTUAL........SEXO VIRTUAL........ ASSÉDIO MORALASSÉDIO MORAL BULLYINGBULLYING
EM RELAÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS......
Destacamos a Destacamos a ONUONU (Organização das Nações Unidas) e (Organização das Nações Unidas) e
as leis internas de cada sistema nacional como a as leis internas de cada sistema nacional como a Constituição brasileiraConstituição brasileira e o e o ECAECA (Estatuto da Criança e (Estatuto da Criança e do Adolescente). As leis defendem o respeito a todas do Adolescente). As leis defendem o respeito a todas as necessidades até os 18 anos: as necessidades até os 18 anos: o direito a vida, saúde, educação, convivência, lazer, profissionalização, liberdade, dignidade e outros.....
MUDANÇAS JURÍDICAS E SOCIAIS APÓS A LEGISLAÇÃO ABAIXO CITADA:
Constituição Federal de 1988Constituição Federal de 1988 ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente
(1990)(1990) LDB - LEI DE Diretrizes de Base LDB - LEI DE Diretrizes de Base Código Civil de 2002 (evolução dos direitos da Código Civil de 2002 (evolução dos direitos da
família e conceituação de família e conceituação de ““Novos Arranjos Novos Arranjos Familiares”. Familiares”.
Lei de Maria da Penha(2006) Ampara a mulher Lei de Maria da Penha(2006) Ampara a mulher contra a violência doméstica e familiar e contra a violência doméstica e familiar e disciplina as uniões homoafetivas.disciplina as uniões homoafetivas.
A partir da A partir da Constituição Federal de 1988Constituição Federal de 1988 pela pela primeira vez na história brasileira se aborda a primeira vez na história brasileira se aborda a
criança como prioridade absolutacriança como prioridade absoluta. .
Sendo a sua proteção dever da família, do estado Sendo a sua proteção dever da família, do estado
e da sociedade. e da sociedade.
Pais e educadores devem preservar a Pais e educadores devem preservar a infância como período de desenvolvimento infância como período de desenvolvimento com características específicas para, desta com características específicas para, desta forma, preservar a adolescência e a vida forma, preservar a adolescência e a vida adulta. adulta.
O O ECAECA - Estatuto da Criança e do - Estatuto da Criança e do Adolescente - traz a concepção de todas as Adolescente - traz a concepção de todas as
crianças e adolescentes como:crianças e adolescentes como:
““sujeitos de direito universalmente sujeitos de direito universalmente reconhecidosreconhecidos”.”.
NOVOS ARRANJOS FAMILIARES
FAMÍLIA NUCLEAR FAMÍLIA NUCLEAR
Formada por pai, mãe e filhos se houver, Formada por pai, mãe e filhos se houver, instituída através do casamento;instituída através do casamento;
FAMÍLIA MONOPARENTALFAMÍLIA MONOPARENTAL
Este formato é originado por separação, Este formato é originado por separação, falecimento de um dos cônjuges, moradias falecimento de um dos cônjuges, moradias separadas por diversas circunstâncias como o separadas por diversas circunstâncias como o trabalho em cidades/países diferentes, e as trabalho em cidades/países diferentes, e as chamadas produções independentes. chamadas produções independentes.
FAMÍLIA ANAPARENTALFAMÍLIA ANAPARENTAL CONVIVÊNCIA entre parentes dentro de uma estrutura organizada CONVIVÊNCIA entre parentes dentro de uma estrutura organizada
com identidade de propósito (afetividade ou em função de com identidade de propósito (afetividade ou em função de necessidades financeiras) como seria o caso de: irmãos, tios e necessidades financeiras) como seria o caso de: irmãos, tios e sobrinhos, avôs e neto(s)....sobrinhos, avôs e neto(s)....
FAMÍLIA EUDEMONISTA FAMÍLIA EUDEMONISTA Formada pela convivência entre pessoas por laços de amizade e Formada pela convivência entre pessoas por laços de amizade e
solidariedade mútua.solidariedade mútua.
FAMÍLIA RECONSTITUÍDAFAMÍLIA RECONSTITUÍDA É formada quando dois adultos se unem tendo pelo menos um deles É formada quando dois adultos se unem tendo pelo menos um deles
um filho de uma relação anterior. A maternidade ou paternidade é um filho de uma relação anterior. A maternidade ou paternidade é sempre uma experiência anterior à relação conjugal atual.Também sempre uma experiência anterior à relação conjugal atual.Também chamado de RECASAMENTOchamado de RECASAMENTO
..FAMÍLIA HOMOAFETIVAFAMÍLIA HOMOAFETIVA
É uma relação afetiva entre pessoas do mesmo sexo É uma relação afetiva entre pessoas do mesmo sexo que pode vir a ser caracterizada como união estável nos que pode vir a ser caracterizada como união estável nos termos de lei.termos de lei.
FAMÍLIA INSTITUÍDA PELA UNIÃO ESTÁVELFAMÍLIA INSTITUÍDA PELA UNIÃO ESTÁVEL
União estável duradoura, pública sob o mesmo teto com União estável duradoura, pública sob o mesmo teto com prole e dependência econômica de sexos diferentes ou prole e dependência econômica de sexos diferentes ou do mesmo sexo..do mesmo sexo..
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
HUMILHAÇÃO MEDO AGRESSÃO FÍSICA E PSICOLÓGICA
ONU APONTA A VIOLÊNCIA COMO PRINCIPAL CAUSA DE LESÕES EM
MULHERES DE 15 A 44 ANOS
DADOS DE OCORRÊNCIAS ANUAIS DE CAXIAS DO DADOS DE OCORRÊNCIAS ANUAIS DE CAXIAS DO SUL REGISTRADAS NA DELEGÂCIA DA MULHERSUL REGISTRADAS NA DELEGÂCIA DA MULHER
ANO 1997 1998 1999 2000 2001 2002
Nº 2838 3403 3981 3673 3325 4463
ANO 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Nº 4466 5212 5505 5474 5135 5661
A ESCOLA ATUALA ESCOLA ATUALCOMO INSTITUIÇÃO SOCIALCOMO INSTITUIÇÃO SOCIAL
A escola tem, hoje, a necessidade de ser um espaço que necessariamente deve A escola tem, hoje, a necessidade de ser um espaço que necessariamente deve envolver promoção da saúde e prevenção da doença. envolver promoção da saúde e prevenção da doença. É possível que muitas É possível que muitas crianças e adolescentes encontrem, na escola, a segunda chance - e talvez crianças e adolescentes encontrem, na escola, a segunda chance - e talvez a última a última - de conhecer um ambiente favorável ao seu desenvolvimento: a - de conhecer um ambiente favorável ao seu desenvolvimento: a primeira sempre será a família.primeira sempre será a família.
José OuteiralJosé Outeiral
FUNÇÃO SOCIAL
A ESCOLA NÃO É UMA INSTITUIÇÃO DE RELAÇÕES A ESCOLA NÃO É UMA INSTITUIÇÃO DE RELAÇÕES PREVISÍVEIS, ESTÁVEIS E EM CONTÍNUA PREVISÍVEIS, ESTÁVEIS E EM CONTÍNUA HARMONIA.HARMONIA.
A ESCOLA É UMA INSTITUIÇÃO A ESCOLA É UMA INSTITUIÇÃO
PLURICULTURAL, HIERARQUIZADA QUE ENFRENTA PLURICULTURAL, HIERARQUIZADA QUE ENFRENTA SITUAÇÕES IMPREVISÍVEIS E CONFLITOS SITUAÇÕES IMPREVISÍVEIS E CONFLITOS COTIDIANOS COMO OUTRA ORGANIZAÇÃO DA COTIDIANOS COMO OUTRA ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADESOCIEDADE
A ESCOLA TÊM UMA FUNÇÃO SOCIAL A ESCOLA TÊM UMA FUNÇÃO SOCIAL ESPECÍFICA, QUE SOFREU MODIFICAÇÕES ESPECÍFICA, QUE SOFREU MODIFICAÇÕES SEGUNDO OS DIFERENTES CONTEXTOS SEGUNDO OS DIFERENTES CONTEXTOS HISTÓRICOS.HISTÓRICOS.
HOJE A META DA EDUCAÇÃO SEGUNDO HOJE A META DA EDUCAÇÃO SEGUNDO PERRENOUD É : PERRENOUD É :
“ QUE OS JOVENS CHEGUEM À IDADE ADULTA COM CULTURA E COMPETÊNCIA,
TANTO NO MUNDO DO TRABALHO COMO NA VIDA.”
OS QUATRO PILARES que NORTEIAM A EDUCAÇÃO
APRENDER A SER APRENDER A CONHECER APRENDER A FAZER APRENDER A CONVIVER
UNESCO – UNESCO – ““Organização das Nações Unidas para a Educação, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura”, instituição especializada da ONU, constituída em Ciência e a Cultura”, instituição especializada da ONU, constituída em 1946 para proteger as liberdades humanas e incentivar o 1946 para proteger as liberdades humanas e incentivar o desenvolvimento cultural. Sede, em Paris.desenvolvimento cultural. Sede, em Paris.
NAS RELAÇÕES SOCIAIS NAS RELAÇÕES SOCIAIS ESCOLARES COMO ACONTECE O ESCOLARES COMO ACONTECE O
FENÔMENO CHAMADO DE FENÔMENO CHAMADO DE “BULLYING“BULLYING”?”?
O QUE É BULLYING?
O BULLYING É DIFERENTE DE UMA BRINCADEIRA INOCENTE SEM INTENÇÃO DE FERIR; NÃO SE TRATA DE UM ATO DE VIOLÊNCIA PONTUAL, DE TROCA DE OFENSAS NUMA DISCUSSÃO OU BRIGA CORRIQUEIRA MAS........
SE TRATA DE ATITUDES HOSTIS QUE ACONTECEM REPETIDAMENTE FERINDO O DIREITO À INTEGRIDADE FÍSICA, PSICOLÓGICA E A DIGNIDADE HUMANA
Pode acontecer de Pode acontecer de forma individual ou grupalforma individual ou grupal. . Os estudos científicos são recentes e Os estudos científicos são recentes e praticamente se sitúam nas últimas 3 décadaspraticamente se sitúam nas últimas 3 décadas
UM POUCO DE HISTÓRIA
O BULLYING NAS ESCOLAS É UM O BULLYING NAS ESCOLAS É UM FENÔMENO FENÔMENO MUNDIALMUNDIAL QUE VEM AUMENTANDO ASSIM COMO A QUE VEM AUMENTANDO ASSIM COMO A VIOLÊNCIA SOCIAL, DOMÊSTICA OU FAMILIAR. VIOLÊNCIA SOCIAL, DOMÊSTICA OU FAMILIAR.
NO BRASIL.NO BRASIL.
EM 2006 FOI REALIZADO O 1º FÓRUM BRASILEIRO EM 2006 FOI REALIZADO O 1º FÓRUM BRASILEIRO RESULTANDO NA RESULTANDO NA CARTA ABERTA DE BRASÍLIA COMO DENÚNCIA E MARCO DE LUTA, SENDO CONSIDERADO FENÔMENO DE INTERESSE PÚBLICO.
O BULLYING O BULLYING nasce do nasce do desrespeito da intolerância, da desrespeito da intolerância, da necessidade de poder frequênte necessidade de poder frequênte na sociedade tão divulgada nos na sociedade tão divulgada nos
meios de comunicação. meios de comunicação.
ALGUNS DADOS ALGUNS DADOS
2000 -20032000 -2003 pesquisa pioneira com 2000 estudantes de escolas públicas e pesquisa pioneira com 2000 estudantes de escolas públicas e privadas de São José de Rio Pretoprivadas de São José de Rio Preto
49%49% envolvidos em casos de Bullying. envolvidos em casos de Bullying. 22%22% vítimas, vítimas, 15%15% agressores e agressores e 12%12% vítimas agressoras vítimas agressoras..
2002 RJ 2002 RJ Pesquisa da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância Pesquisa da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência com 5875 estudantese à Adolescência com 5875 estudantes
40,5%40,5% envolvidos em casos de bullying, envolvidos em casos de bullying, 17%17% vítimas, vítimas, 13%13% agressores e agressores e 11%11% vítimas agressoras vítimas agressoras
MAIOR ÍNDICE EM MENINOS
COMO IDENTIFICAR O BULLYING
CRITÉRIOS PARA IDENTIFICAÇÃO DO BULLYING:
1.1. BRINCADEIRAS OU ATITUDES VIOLENTAS BRINCADEIRAS OU ATITUDES VIOLENTAS
2.2. AÇÕES REPETITIVAS CONTRA A MESMA PESSOA AÇÕES REPETITIVAS CONTRA A MESMA PESSOA (VÍTIMA)(VÍTIMA)
3.3. DESEQUILIBRIO DE PODER DESEQUILIBRIO DE PODER
4.4. AÇÕES NUM PERÍODO PROLONGADO DE TEMPO AÇÕES NUM PERÍODO PROLONGADO DE TEMPO
5.5. AUSENCIA DE MOTIVOS QUE JUSTIFIQUEM OS AUSENCIA DE MOTIVOS QUE JUSTIFIQUEM OS ATAQUESATAQUES
6.6. SENTIMENTOS NEGATIVOS MOBILIZADOS NA VÍTIMASENTIMENTOS NEGATIVOS MOBILIZADOS NA VÍTIMA
7.7. SEQUÊLAS EMOCIONAIS COMO ( MEDO, RAIVA SEQUÊLAS EMOCIONAIS COMO ( MEDO, RAIVA REPRIMIDA, CONSTRANGIMENTO SOCIAL, ANGÚSTIA)REPRIMIDA, CONSTRANGIMENTO SOCIAL, ANGÚSTIA)
8.8. SÍNTOMAS PSICOSSOMÁTICAS (DORES DE CABEÇA, SÍNTOMAS PSICOSSOMÁTICAS (DORES DE CABEÇA, DIFICULDADES ALIMENTARES. ALTO NÍVEL DE DIFICULDADES ALIMENTARES. ALTO NÍVEL DE ANSIEDADE, DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM, ANSIEDADE, DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM, DESINTERESSE ESCOLAR, DESATENÇÃODESINTERESSE ESCOLAR, DESATENÇÃO ))
MAUS-TRATOS USADOS NO BULLYING
FÍSICOS: bater, chutar, beliscar, machucar, isolarFÍSICOS: bater, chutar, beliscar, machucar, isolar
VERBAL: apelidar, xingar, zoar, discriminarVERBAL: apelidar, xingar, zoar, discriminar
SEXUAL: abusar, assediar, insinuarSEXUAL: abusar, assediar, insinuar
PSICOLÓGICO: intimidar, ameaçar, perseguir, provocar PSICOLÓGICO: intimidar, ameaçar, perseguir, provocar sofrimento, excluir, discriminar, amedrontar, aterrorizar, sofrimento, excluir, discriminar, amedrontar, aterrorizar, dominar, dominar,
MATERIAL: furtar, roubar, destruir pertencesMATERIAL: furtar, roubar, destruir pertences
VIRTUAL (telefone, internet): discriminar, difamar, humilharVIRTUAL (telefone, internet): discriminar, difamar, humilhar
Observação: Geralmente as agressões são conjugadas
A FAIXA ETÁRIA • ESTE FENÔMENO ACONTECE EM
QUALQUER NÍVEL DE ESCOLARIDADE.
• PORÉM É MAIS COMUM À PARTIR DA 6ª
SÉRIE. A MÉDIA DE IDADE É DE 13 A 14 ANOS PARA OS AGRESSORES E DE 11 PARA AS VÍTIMAS MAS, MAS,
• SE SE PROPAGA RAPIDAMENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NO ENSINO FUNDAMENTAL.
TIPOS DE BULLYING
CIBERBULLYING
NNo passado as ações o passado as ações de “BULLYING” estavam estavam relacionadas em geral a ameaças, tomar os relacionadas em geral a ameaças, tomar os
pertences, o lanche dos colegas ou dinheiro... pertences, o lanche dos colegas ou dinheiro...
Atualmente se Atualmente se acrescenta a utilização de fotos, acrescenta a utilização de fotos, afetando a própria imagem dos alvos.
Os s agressores ficam no anonimato agressores ficam no anonimato o que permite uma o que permite uma expansão rápida da violência virtual.expansão rápida da violência virtual.
CIBERBULLYING
BULLYING HOMOFÓBICO
A DISCRIMINAÇÃO COMUM NA NOSSA SOCIEDADE A DISCRIMINAÇÃO COMUM NA NOSSA SOCIEDADE CONTRA GÉNERO, SEXO E RAÇAS CONTRA GÉNERO, SEXO E RAÇAS NEM SEMPRE NEM SEMPRE
SIGNIFICA BULLYING. NESTE CASO É NECESSÁRIO SIGNIFICA BULLYING. NESTE CASO É NECESSÁRIO O TRABALHO FORMATIVO NO AMBIENTE ESCOLAR O TRABALHO FORMATIVO NO AMBIENTE ESCOLAR COMEÇANDO COM OS PRÓPRIOS EDUCADORES.COMEÇANDO COM OS PRÓPRIOS EDUCADORES.
QUANDO AS AGRESSÕES E HUMILHAÇÕES QUANDO AS AGRESSÕES E HUMILHAÇÕES ACONTECEM EM PERÍODO PROLONGADO PASSA A ACONTECEM EM PERÍODO PROLONGADO PASSA A
SE TRANSFORMAR EM ASSÉDIO OUSE TRANSFORMAR EM ASSÉDIO OU
BULLYING HOMOFÓBICO..
PAPÉIS NO BULLYING
Alvos de Bullying - são os alunos que só sofrem - são os alunos que só sofrem BULLYING;BULLYING;
Alvos/autores de Bullying -- são os alunos que ora são os alunos que ora sofrem, ora praticam BULLYING;sofrem, ora praticam BULLYING;
Autores de Bullying - são os alunos que só praticam - são os alunos que só praticam BULLYING;BULLYING;
Testemunhas de Bullying - são os alunos que não - são os alunos que não sofrem nem praticam Bullying, mas convivem em sofrem nem praticam Bullying, mas convivem em um ambiente onde isso ocorre. um ambiente onde isso ocorre.
AUTORES DE BULLYINGAUTORES DE BULLYING
OS AUTORES SÃO, COMUMENTE, PESSOAS QUE OS AUTORES SÃO, COMUMENTE, PESSOAS QUE
TÊM POUCA EMPATIA. FALTA RELACIONAMENTO TÊM POUCA EMPATIA. FALTA RELACIONAMENTO AFETIVO COM OS PAIS E MONITORAMENTO DOS AFETIVO COM OS PAIS E MONITORAMENTO DOS COMPORTAMENTOS E ATIVIDADES. COMPORTAMENTOS E ATIVIDADES. O MODELO O MODELO FAMILIAR PARA SOLUCIONAR CONFLITOS E O FAMILIAR PARA SOLUCIONAR CONFLITOS E O COMPORTAMENTO AGRESSIVO OU EXPLOSIVO.COMPORTAMENTO AGRESSIVO OU EXPLOSIVO.
ALVOS DE BULLYING OS ALVOS SÃO PESSOAS OU GRUPOS SEM HABILIDADES OS ALVOS SÃO PESSOAS OU GRUPOS SEM HABILIDADES
SOCIAIS PARA REAGIR. TÊM POUCOS AMIGOS, SÃO SOCIAIS PARA REAGIR. TÊM POUCOS AMIGOS, SÃO PASSIVOS, QUIETOS, PODEM APRESENTAR BAIXO PASSIVOS, QUIETOS, PODEM APRESENTAR BAIXO DESEMPENHO ESCOLAR E ADOECER MAIS FACILMENTE. DESEMPENHO ESCOLAR E ADOECER MAIS FACILMENTE.
UM FORTE SENTIMENTO DE INSEGURANÇA OS IMPEDE DE UM FORTE SENTIMENTO DE INSEGURANÇA OS IMPEDE DE SOLICITAR AJUDA AO GRUPOSOLICITAR AJUDA AO GRUPO. A SUA BAIXA AUTOESTIMA . A SUA BAIXA AUTOESTIMA É É AGRAVADA POR INTERVENÇÕES CRÍTICAS OU PELA AGRAVADA POR INTERVENÇÕES CRÍTICAS OU PELA INDIFERENÇA DOS ADULTOS SOBRE SEU SOFRIMENTO. INDIFERENÇA DOS ADULTOS SOBRE SEU SOFRIMENTO.
TESTEMUNHAS DO BULLYINGTESTEMUNHAS DO BULLYING
AS TESTEMUNHAS, REPRESENTADAS PELA GRANDE MAIORIA AS TESTEMUNHAS, REPRESENTADAS PELA GRANDE MAIORIA DOS ALUNOS, CONVIVEM COM A VIOLÊNCIA E SE CALAM EM DOS ALUNOS, CONVIVEM COM A VIOLÊNCIA E SE CALAM EM RAZÃO DO TEMOR DE SE TORNAREM AS "PRÓXIMAS RAZÃO DO TEMOR DE SE TORNAREM AS "PRÓXIMAS VÍTIMAS". VÍTIMAS".
Compactuam com a Compactuam com a “lei do silêncio” “lei do silêncio”
TODOS OS PAPÉIS: AGRESSORES, ALVOS E
TESTEMUNHAS DOS ENVOLVIDOS NO BULLYING
GERAM SOFRIMENTO
O BULLYING PODE LEVAR AO SUICÍDIO
POR QUÊ?POR QUÊ?
AS EXPERIÊNCIAS DE BULLYING SÃO EM GERAL SUPERDIMENSIONADAS NO REGISTRO DE MEMÓRIA DAS
PESSOAS, EM FUNÇÃO DA FORTE CARGA EMOCIONAL DA(S) SITUAÇÃO(OES) VIVIDAS.
POR ISSO, E DEPENDENDO DA ESTRUTURA PSICOLÓGICA INDIVIDUAL, AS CONSEQUÊNCIAS PODEM SER ALTAMENTE COMPROMETEDORAS .
BULLYING NÃO É INDISCIPLINA
INDISCIPLINA x ATO INFRACIONAL
INDISCIPLINA:INDISCIPLINA: ações de desrespeito/descumprimento das ações de desrespeito/descumprimento das normas de convivência da escolanormas de convivência da escola
Procedimentos: Procedimentos: atitudes socioeducativas atitudes socioeducativas previstas nas normas previstas nas normas escolaresescolares
ATO INFRACIONAL: ATO INFRACIONAL: ato ilícito descrito na legislação penal ato ilícito descrito na legislação penal como crimecomo crime
Procedimentos: conforme a idade o ECA determina a aplicação Procedimentos: conforme a idade o ECA determina a aplicação de de medidas protetivas de responsabilidade dos pais ou a medidas protetivas de responsabilidade dos pais ou a inclusão em programas comunitários inclusão em programas comunitários de auxílio à família à de auxílio à família à criança ou ao adolescente. criança ou ao adolescente.
BULLYING/ VIOLÊNCIA SOCIAL
O BULLYING ESTÁ DIRETAMENTE O BULLYING ESTÁ DIRETAMENTE
LIGADO A FORMAÇÃO DE GANGUES, LIGADO A FORMAÇÃO DE GANGUES, AO USO DE DROGAS E ARMAS, A AO USO DE DROGAS E ARMAS, A
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E SEXUAL, VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E SEXUAL, AOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO E AOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO E
A DELINQUÊNCIA.A DELINQUÊNCIA.
“PREVENÇÃO” DEVE SER META EDUCATIVA
A INTERVENÇÃO NÃO É SUFICIENTE
A PREOCUPAÇÃO DOS ESTUDIOSOS PELA RÁPIDA EXPANSÃO DESTE
FENÔMENO É COM A
PREVENÇÃO DESDE A 1ª INFÂNCIA .
BULLYING e possíveis SEQUÊLAS FUTURAS
NA SAÚDE MENTAL (COMPROMETIMENTO DA NA SAÚDE MENTAL (COMPROMETIMENTO DA AUTOIMAGEM)AUTOIMAGEM)
TENDÊNCIA A COMPORTAMENOS DEPRESSIVOS TENDÊNCIA A COMPORTAMENOS DEPRESSIVOS OU COMPULSIVOSOU COMPULSIVOS
ENVOLVIMENTO COM VIOLÊNCIA DOMÊSTICA E OU ENVOLVIMENTO COM VIOLÊNCIA DOMÊSTICA E OU SOCIALSOCIAL
RELAÇÕES INTERPESSOAIS COMPROMETIDASRELAÇÕES INTERPESSOAIS COMPROMETIDAS DIFICULDADES DE ESTABELECIMENTO DE DIFICULDADES DE ESTABELECIMENTO DE
VÍNCULOS AFETIVOSVÍNCULOS AFETIVOS
O PAPEL DA ESCOLA
Pais e educadores devem estar informados e preparados para identificar e tomar providências contra este fenômeno
Capacitação dos educadores de toda a comunidade Capacitação dos educadores de toda a comunidade escolar (conhecimento científico sobre bullying)escolar (conhecimento científico sobre bullying)
Acompanhamento de todas as situações de violência e das Acompanhamento de todas as situações de violência e das pessoas envolvidas buscando alternativas caso a casopessoas envolvidas buscando alternativas caso a caso
Informação aos pais dos envolvidos em agressões mesmo Informação aos pais dos envolvidos em agressões mesmo “pontuais” “pontuais”
Informação e sensibilização contra este fenômeno para Informação e sensibilização contra este fenômeno para educadores, alunos e pais educadores, alunos e pais
Possibilitar a presença dos pais na escola em programas Possibilitar a presença dos pais na escola em programas formativos e informativosformativos e informativos
Elaboração de políticas e programas preventivos para toda Elaboração de políticas e programas preventivos para toda
a escola sinalizando ações viáveis no dia a dia na sala a escola sinalizando ações viáveis no dia a dia na sala de aula, no recreio, na entrada e saída dos alunos,em de aula, no recreio, na entrada e saída dos alunos,em atividades e eventos.atividades e eventos.
Encaminhamentos externos conforme as diversas Encaminhamentos externos conforme as diversas situações, após trabalho socioeducativo e situações, após trabalho socioeducativo e psicopedagógico interno (para psicólogos, Assistentes psicopedagógico interno (para psicólogos, Assistentes Sociais, Conselho tutelar, Promotorias públicas, Vara da Sociais, Conselho tutelar, Promotorias públicas, Vara da infância e da Adolescência) infância e da Adolescência)
E......TRABALHAR A ÉTICA DAS E......TRABALHAR A ÉTICA DAS RELAÇÕES SOCIAIS NO RELAÇÕES SOCIAIS NO AMBIENTE ESCOLAR E AMBIENTE ESCOLAR E
FAMILIARFAMILIAR
O PAPEL DO EDUCADOR
Registros de condutas salientes e frequêntes de Registros de condutas salientes e frequêntes de submissão, isolamento e ou agressãosubmissão, isolamento e ou agressão
Registros de horários e locais onde acontecem atos de Registros de horários e locais onde acontecem atos de intimidação, humilhação agresssão verbal ou físicaintimidação, humilhação agresssão verbal ou física
Avaliação dos comportamentos observados com outros Avaliação dos comportamentos observados com outros educadoreseducadores
Encaminhamento interno aos setores escolares Encaminhamento interno aos setores escolares responsáveisresponsáveis
A observação é um instrumental educativo na sala de aula para a prática profissional:
Observação dos relacionamentos sociais, em tarefas escolares, em organização de atividades
Identificação do perfil social e comportamental dos alunos
Análise de atitudes e reações
O PAPEL DOS PAIS
Parceria dos pais com a escola (a escola deve buscar Parceria dos pais com a escola (a escola deve buscar momentos de aproximação e orientação)momentos de aproximação e orientação)
A observação dos comportamentos, da vida social e das A observação dos comportamentos, da vida social e das mudanças dos filhos deve fazer parte do exercício da mudanças dos filhos deve fazer parte do exercício da paternidade/maternidade no cotidianopaternidade/maternidade no cotidiano
Busca de ajuda profissional para os filhos uma vez Busca de ajuda profissional para os filhos uma vez informados e encaminhados informados e encaminhados
Responsabilidade de formar filhos/cidadaõs e pessoas Responsabilidade de formar filhos/cidadaõs e pessoas sadias física e mentalmentesadias física e mentalmente
Participar de programas informativos e formativos Participar de programas informativos e formativos extensivos à famíliaextensivos à família
Tomar conhecimento dos registros escolares de Tomar conhecimento dos registros escolares de violência, Bullying ou suspeita do mesmo quando o violência, Bullying ou suspeita do mesmo quando o filho está envolvidofilho está envolvido
Não negligenciar o atendimento, ajuda externa ou Não negligenciar o atendimento, ajuda externa ou acompanhamento familiar periódico quando acompanhamento familiar periódico quando necessárionecessário
O acompanhamento dos pais em relação a vida escolar O acompanhamento dos pais em relação a vida escolar deve ser sistemático e complementar a formação e deve ser sistemático e complementar a formação e informação que corresponde a educação formal da informação que corresponde a educação formal da escola escola
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARIÈS, Philippe. ARIÈS, Philippe. História social da criança e da famíliaHistória social da criança e da família. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.
http://www.religare.com.br/mural.php?materia=94.. Entendendo as famílias do século XXI. Entendendo as famílias do século XXI. Aceso em 20 jun.2008 Aceso em 20 jun.2008 http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/2002/GT_Gen_PO11_Medeiros_texto..
Artigo de Hintz Helena.: Artigo de Hintz Helena.: Novos tempos, novas famílias?Novos tempos, novas famílias? Da modernidade a pós-modernidade Da modernidade a pós-modernidadehttp://www.domusterapia.com.br/pdf/PF3HelenaHintz.pdf..
FONTE ,Cleo et PEDRA ,José Augusto. Bullying FONTE ,Cleo et PEDRA ,José Augusto. Bullying escolarescolar: perguntas e respostas. Porto : perguntas e respostas. Porto Alegre: Artmed; 2008.Alegre: Artmed; 2008.
CARTER, B& Mc Goldrich, M. CARTER, B& Mc Goldrich, M. A família contemporâneaA família contemporânea no ciclo de vida familiarno ciclo de vida familiar. 2ª . 2ª ed. Porto Alegre: Artes médicas, 1995.ed. Porto Alegre: Artes médicas, 1995.