BREVE INTRODUÇÃO AO BREVE INTRODUÇÃO AO DIREITO DIREITO

CONSTITUCIONALCONSTITUCIONAL

CONCEITO E OBJETIVOCONCEITO E OBJETIVO- Em sentido estrito, o termo Em sentido estrito, o termo constituiçãoconstituição deve deve

ser entendido como sendo o significado de ser entendido como sendo o significado de “corpo”, de “estrutura”, de “constituir” um ser “corpo”, de “estrutura”, de “constituir” um ser que convencionou chamar-se que convencionou chamar-se EstadoEstado..

- Em sentido jurídico, CONSTITUIÇÃO é a lei Em sentido jurídico, CONSTITUIÇÃO é a lei fundamental do Estado. É a base sobre a qual fundamental do Estado. É a base sobre a qual se assenta o ordenamento jurídico do Estado.se assenta o ordenamento jurídico do Estado.

- De sua vez, Estado é a sociedade soberana, De sua vez, Estado é a sociedade soberana, surgida com a ordenação jurídica, cuja surgida com a ordenação jurídica, cuja finalidade é regular globalmente as relações finalidade é regular globalmente as relações sociais de determinado do povo fixo em dado sociais de determinado do povo fixo em dado território sob um poder.território sob um poder.

O Direito Constitucional tem por objetivo a O Direito Constitucional tem por objetivo a definição do Estado, a estruturação do poder definição do Estado, a estruturação do poder político, seus contornos jurídicos, limites de sua político, seus contornos jurídicos, limites de sua atuação e a definição dos direitos e humanos atuação e a definição dos direitos e humanos fundamentais, os deveres, direitos e obrigações fundamentais, os deveres, direitos e obrigações da sociedade e da Administração Pública.da sociedade e da Administração Pública.

- Para sua formação, o Estado exige a presença Para sua formação, o Estado exige a presença dos seguintes elementos: POVO, TERRITÓRIO e dos seguintes elementos: POVO, TERRITÓRIO e PODER POLÍTICO E SOBERANO.PODER POLÍTICO E SOBERANO.

- O Direito Constitucional estuda a Constituição. - O Direito Constitucional estuda a Constituição. Considerando a dicotomia do Direito em Considerando a dicotomia do Direito em PúblicoPúblico e e PrivadoPrivado, o Direito Constitucional pertence à , o Direito Constitucional pertence à categoria do Direito Público.categoria do Direito Público.

- O Direito Público versa predominantemente - O Direito Público versa predominantemente sobre o modo de ser do Estado, enquanto do sobre o modo de ser do Estado, enquanto do Privado cuida de regular, com mais atenção, o Privado cuida de regular, com mais atenção, o interesse de particularesinteresse de particulares

- Direito Público: Constitucional, Administrativo, - Direito Público: Constitucional, Administrativo, Penal, Processual Penal, Processual Civil, Penal, Processual Penal, Processual Civil, Tributário, Direito Eleitoral, etc.Tributário, Direito Eleitoral, etc.

- Direito Privado: Direito Civil, Direito Comercial, Direito Privado: Direito Civil, Direito Comercial, Direito Trabalhista.Direito Trabalhista.

- O Direito Constitucional, por cuidar da O Direito Constitucional, por cuidar da organização jurídica do Estado, fixando-lhe as organização jurídica do Estado, fixando-lhe as normas fundamentais, e por validar todo o normas fundamentais, e por validar todo o sistema jurídico, acaba por condicionar todos os sistema jurídico, acaba por condicionar todos os demais ramos do Direito Público e do Direito demais ramos do Direito Público e do Direito Privado: estrutura piramidal de Hans Kelsen.Privado: estrutura piramidal de Hans Kelsen.

FINS E FUNÇÕES DO ESTADOFINS E FUNÇÕES DO ESTADO- O Estado, como forma de organização política, O Estado, como forma de organização política,

existe para satisfazer as necessidades existe para satisfazer as necessidades humanas.humanas.

- Deve prover as necessidades básicas dos seus Deve prover as necessidades básicas dos seus cidadãos, dentre elas a segurança, a justiça, o cidadãos, dentre elas a segurança, a justiça, o bem-estar econômico e social.bem-estar econômico e social.

- O bem-estar econômico e social, como sendo O bem-estar econômico e social, como sendo uma das finalidades do Estado, objetiva a uma das finalidades do Estado, objetiva a promoção de condições dignas de vida aos promoção de condições dignas de vida aos indivíduos, garantindo-lhes acesso aos bens indivíduos, garantindo-lhes acesso aos bens econômicos que permitam a elevação das econômicos que permitam a elevação das camadas sociais mais pobres, contemplando-as camadas sociais mais pobres, contemplando-as com educação, saúde, habitação, transporte, com educação, saúde, habitação, transporte, cultura, lazer etc.cultura, lazer etc.

- Da separação entre Estado e IgrejaDa separação entre Estado e Igreja

- Estado Laico e Estado ReligiosoEstado Laico e Estado Religioso

ORIGENS DO DIREITO ORIGENS DO DIREITO CONSTITUCIONALCONSTITUCIONAL

- Magna Carta Libertarum: 1215 x Rei João Sem Magna Carta Libertarum: 1215 x Rei João Sem Terra (Inglaterra)Terra (Inglaterra)

- Independência Americana: 1776 x Treze Independência Americana: 1776 x Treze Colônias x Constituição de 1787 (E.U.A)Colônias x Constituição de 1787 (E.U.A)

- Revolução Francesa: 1789 x Declaração dos Revolução Francesa: 1789 x Declaração dos Direitos do Homem (França)Direitos do Homem (França)

- As Constituições brasileiras- As Constituições brasileiras

Carta Magna, João Sem Terra, 1215Carta Magna, João Sem Terra, 1215Art. 39 – Nenhum homem livre será preso ou Art. 39 – Nenhum homem livre será preso ou

privado de sua propriedade, de sua privado de sua propriedade, de sua liberdade ou de seus hábitos, declarado liberdade ou de seus hábitos, declarado fora da lei ou exilado ou de qualquer forma fora da lei ou exilado ou de qualquer forma destruído, nem o castigaremos nem destruído, nem o castigaremos nem mandaremos forças contra ele, salvo mandaremos forças contra ele, salvo julgamento legal feito por seus pares ou julgamento legal feito por seus pares ou pela lei do país.pela lei do país.

- 5ª Emenda da Constituição dos E.U.A5ª Emenda da Constituição dos E.U.A

- - Due process of law Due process of law (devido processo legal), (devido processo legal), garantia fundamental, artigo 5º, inciso, LIV: garantia fundamental, artigo 5º, inciso, LIV: “Ninguém será privado da liberdade ou de “Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”seus bens sem o devido processo legal”..

FONTES DO D. CONSTITUCIONALFONTES DO D. CONSTITUCIONAL- Por fontes do Direito entende-se, em sentido Por fontes do Direito entende-se, em sentido

técnico-jurídico, os modos de formação, o local técnico-jurídico, os modos de formação, o local de onde provêm as regras jurídicas.de onde provêm as regras jurídicas.

- As fontes formais do Direito em geral, isto é, a As fontes formais do Direito em geral, isto é, a LEI, o COSTUME e a JURISPRUDÊNCIA se acham LEI, o COSTUME e a JURISPRUDÊNCIA se acham presentes no Direito Constitucional.presentes no Direito Constitucional.

- A A LeiLei constitui a principal fonte de produção do constitui a principal fonte de produção do Direito Constitucional, já que triunfou sobre os Direito Constitucional, já que triunfou sobre os costumes, em decorrência da centralização do costumes, em decorrência da centralização do poder.poder.

- Na Inglaterra fala-se, por aplicação do sistema Na Inglaterra fala-se, por aplicação do sistema common lawcommon law, que o costume é a principal fonte , que o costume é a principal fonte de orientação constitucional. Lá se tem o único de orientação constitucional. Lá se tem o único modelo de Constituição baseada nesta fonte do modelo de Constituição baseada nesta fonte do Direito (Direito dos Costumes = Direito Direito (Direito dos Costumes = Direito Consuetudinário).Consuetudinário).

- De seu turno, a Jurisprudência (De seu turno, a Jurisprudência (juris juris + + prudência = repetição de julgados, com o prudência = repetição de julgados, com o mesmo entendimento, feito pelos Tribunaismesmo entendimento, feito pelos Tribunais) ) transforma-se em importante fonte de transforma-se em importante fonte de produção do Direito Constitucional, vez que produção do Direito Constitucional, vez que expressa o pensamento predominante nas expressa o pensamento predominante nas esferas do Poder Judiciário, que tem por esferas do Poder Judiciário, que tem por obrigação interpretar e aplicar as leis e a obrigação interpretar e aplicar as leis e a Constituição.Constituição.

MODELOS CONSTITUCIONAISMODELOS CONSTITUCIONAIS- Do ponto de vista material, a Constituição é Do ponto de vista material, a Constituição é

conjunto de normas pertinentes à organização conjunto de normas pertinentes à organização do poder, à distribuição de competência, ao do poder, à distribuição de competência, ao exercício da autoridade, à forma de governo, exercício da autoridade, à forma de governo, aos direitos da pessoa humana. Tudo quanto for, aos direitos da pessoa humana. Tudo quanto for, enfim, conteúdo básico referente à composição enfim, conteúdo básico referente à composição e ao funcionamento da ordem política exprime o e ao funcionamento da ordem política exprime o aspecto material da Constituição.aspecto material da Constituição.

- Constituições Rígidas e Constituições FlexíveisConstituições Rígidas e Constituições Flexíveis- Constituições Costumeiras e Constituições Constituições Costumeiras e Constituições

EscritasEscritas- Constituições Codificadas e Constituições LegaisConstituições Codificadas e Constituições Legais- Constituições outorgadas, pactuadas e Constituições outorgadas, pactuadas e

populares ou democráticaspopulares ou democráticas

- - Constituições concisas e prolixasConstituições concisas e prolixas

FORMAS E SISTEMAS DE GOVERNOFORMAS E SISTEMAS DE GOVERNO1) - República ou Monarquia Constitucional 1) - República ou Monarquia Constitucional

(forma de governo)(forma de governo)Artigo 1º - A República Federativa do Brasil, Artigo 1º - A República Federativa do Brasil,

formada pela união indissolúvel dos Estados e formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do D. Federal, constitui-se em Municípios e do D. Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem com Estado Democrático de Direito e tem com fundamentos: fundamentos:

I – a soberaniaI – a soberaniaII – a cidadaniaII – a cidadaniaIII – a dignidade da pessoa humanaIII – a dignidade da pessoa humanaIV – os valores sociais do trabalho e da livre IV – os valores sociais do trabalho e da livre

iniciativainiciativaV – o pluralismo políticoV – o pluralismo político§ único – Todo poder emana do povo, que o exerce § único – Todo poder emana do povo, que o exerce

por meio de representantes eleitos ou por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.diretamente, nos termos desta Constituição.

PLEBISCITO x REFERENDUM x PROPOSTA DE LEIPLEBISCITO x REFERENDUM x PROPOSTA DE LEI

Art. 2º - São Poderes da União, independentes e Art. 2º - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.o Judiciário.

2) – Presidencialismo ou parlamentarismo 2) – Presidencialismo ou parlamentarismo (sistema de governo) (sistema de governo)

Art. 76 – O Poder Executivo é exercido pelo Art. 76 – O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado.Ministros de Estado.

ADCTADCTArt. 2º - No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado Art. 2º - No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado

definirá, através de plebiscito, a forma (república definirá, através de plebiscito, a forma (república ou monarquia) e o sistema de governo ou monarquia) e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que (parlamentarismo ou presidencialismo) que devem vigorar no País.devem vigorar no País.

PODER CONSTITUINTEPODER CONSTITUINTE- O O poderpoder constituinteconstituinte é o instituidor do Estado. É é o instituidor do Estado. É

ele quem CONSTITUI O ESTADO e cria a a ele quem CONSTITUI O ESTADO e cria a a estrutura jurídica que possibilita a convivência estrutura jurídica que possibilita a convivência do homem em sociedade ( O Contrato Social = do homem em sociedade ( O Contrato Social = Jean-Jacques Rosseau).Jean-Jacques Rosseau).

- O poder constituinte é a fonte de produção das O poder constituinte é a fonte de produção das normas constitucionais. É o poder responsável normas constitucionais. É o poder responsável por elaborar uma Constituição e editar as por elaborar uma Constituição e editar as normas fundamentais que organizam e normas fundamentais que organizam e disciplinam os poderes do Estado.disciplinam os poderes do Estado.

- Como função de soberania nacional, tem o Como função de soberania nacional, tem o poder de constituir, reconstruir ou reformular a poder de constituir, reconstruir ou reformular a ordem jurídica de um determinado Estado.ordem jurídica de um determinado Estado.

- - É poder político que antecede à própria É poder político que antecede à própria formação do Estado.formação do Estado.

- Sua titularidade é atribuída ao próprio POVO.Sua titularidade é atribuída ao próprio POVO.- É poder superior, distinto dos demais poderes.É poder superior, distinto dos demais poderes.

PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO (DE PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO (DE 1º GRAU OU GENUÍNO, DE FATO)1º GRAU OU GENUÍNO, DE FATO)

- O poder constituinte originário distingue-se do O poder constituinte originário distingue-se do poder constituinte constituído ou derivado e poder constituinte constituído ou derivado e com ele não se confunde.com ele não se confunde.

- O poder constituinte originário é pleno, O poder constituinte originário é pleno, absoluto e irrestrito. Não se prende a limites absoluto e irrestrito. Não se prende a limites formais ou materiais.formais ou materiais.

- Politicamente é considerado como sendo um Politicamente é considerado como sendo um poder poder supra legemsupra legem. Ou seja, um poder a que . Ou seja, um poder a que todos os poderes constituídos hão todos os poderes constituídos hão necessariamente de dobrar-se ao exercer ele a necessariamente de dobrar-se ao exercer ele a tarefa extrajurídica de criar a Constituição.tarefa extrajurídica de criar a Constituição.

- Surge a partir de uma revolução ou de um Surge a partir de uma revolução ou de um golpe de Estado. Manifesta-se na criação de um golpe de Estado. Manifesta-se na criação de um novo Estado ou do rompimento com o sistema novo Estado ou do rompimento com o sistema jurídico ou de governo anterior.jurídico ou de governo anterior.

- A revolução, como força constituinte, consiste A revolução, como força constituinte, consiste em mudança rápida e profunda da estrutura de em mudança rápida e profunda da estrutura de uma sociedade e do seu sistema de poder, com uma sociedade e do seu sistema de poder, com a destruição da Constituição: Revolução de a destruição da Constituição: Revolução de 1889, Perestroika, Revolução Cubana, etc.1889, Perestroika, Revolução Cubana, etc.

- Golpe de Estado é o que se caracteriza quando, Golpe de Estado é o que se caracteriza quando, por meio inconstitucionais (usurpação), um por meio inconstitucionais (usurpação), um grupo ou movimento derruba o governo anterior grupo ou movimento derruba o governo anterior e assume o poder.e assume o poder.

PODER CONSTITUINTE DERIVADO OU PODER CONSTITUINTE DERIVADO OU CONSTITUÍDO (DE 2º GRAU, PODER DE CONSTITUÍDO (DE 2º GRAU, PODER DE DIREITO)DIREITO)

- Encontra seu nascedouro dentro na própria Encontra seu nascedouro dentro na própria ordem constitucional. Surge após a manifestação ordem constitucional. Surge após a manifestação do poder constituinte originário e está inserido do poder constituinte originário e está inserido dentro da Constituição.dentro da Constituição.

- Diferentemente do que ocorre com o poder Diferentemente do que ocorre com o poder constituinte originário – que surge a partir de constituinte originário – que surge a partir de revoluções e golpes de Estado – atua sempre revoluções e golpes de Estado – atua sempre atado ao Direito e é previsto no ordenamento atado ao Direito e é previsto no ordenamento jurídico.jurídico.

- É derivado porque provém do poder constituinte É derivado porque provém do poder constituinte originário e é a ele subordinado.originário e é a ele subordinado.

- Cabe ao poder constituinte derivado a função de Cabe ao poder constituinte derivado a função de alterar a Constituição, mediante acréscimos e alterar a Constituição, mediante acréscimos e reforma, agregando algo novo ao já existente, bem reforma, agregando algo novo ao já existente, bem como substituir um texto por outro, ou suprimi-lo.como substituir um texto por outro, ou suprimi-lo.

- Encontra limitações de ordem material, formal e - Encontra limitações de ordem material, formal e temporal.temporal.

LIMITAÇÕES IMPOSTAS AO PODER LIMITAÇÕES IMPOSTAS AO PODER CONSTITUINTE DERIVADOCONSTITUINTE DERIVADO

- Por não ser poder originário, mas derivado, recebe Por não ser poder originário, mas derivado, recebe limitações de ordem material, formal e temporal. É limitações de ordem material, formal e temporal. É dizer que não goza da mesma liberdade que é dizer que não goza da mesma liberdade que é reservada ao poder constituinte originário.reservada ao poder constituinte originário.

- ARTIGO, ARTIGO, CAPUTCAPUT, PARÁGRAFO (§), INCISO (I, II) e , PARÁGRAFO (§), INCISO (I, II) e ALÍNEA (a, b).ALÍNEA (a, b).

1) – Limitações circunstanciais1) – Limitações circunstanciais- Vêm expressas no artigo 60, parágrafo (§) 1º, Vêm expressas no artigo 60, parágrafo (§) 1º,

da CF, 1988. Impedem a alteração válida no da CF, 1988. Impedem a alteração válida no texto constitucional durante intervenção texto constitucional durante intervenção federal (art. 34), estado de sítio (art. 137) e federal (art. 34), estado de sítio (art. 137) e estado de defesa (art. 136).estado de defesa (art. 136).

2) – Limitações formais2) – Limitações formais

- Estão previstas no artigo 60, incisos I, II e III, c/c - Estão previstas no artigo 60, incisos I, II e III, c/c (combinado com) os §§ (parágrafos) 2º e 5º. (combinado com) os §§ (parágrafos) 2º e 5º. Vinculam o poder de reforma constitucional à Vinculam o poder de reforma constitucional à observância de determinado procedimento, observância de determinado procedimento, próprio das próprio das ConstituiçõesConstituições rígidasrígidas, cuja , cuja supremacia formal reside justamente na supremacia formal reside justamente na maior dificuldade para sua alteração.maior dificuldade para sua alteração.

3) – Limitações temporais3) – Limitações temporais- São aquelas que vedam a alteração São aquelas que vedam a alteração

constitucional por um prazo determinado. constitucional por um prazo determinado. Justificam-se pela necessidade de assegurar Justificam-se pela necessidade de assegurar certa estabilidade às instituições constitucionais. certa estabilidade às instituições constitucionais. A Constituição do Império, de 1824, em seu A Constituição do Império, de 1824, em seu artigo 174, vedava nos quatro anos de vigência artigo 174, vedava nos quatro anos de vigência mudanças no seu texto. A Constituição mudanças no seu texto. A Constituição portuguesa de 1976 preceitua espaço temporal portuguesa de 1976 preceitua espaço temporal de cinco anos que deve mediar entre as revisões de cinco anos que deve mediar entre as revisões ordinárias da Constituição.ordinárias da Constituição.

4) – Limitações materiais4) – Limitações materiais

- São as chamadas - São as chamadas cláusulas pétreascláusulas pétreas ou ou imodificáveisimodificáveis. Na Constituição brasileira, . Na Constituição brasileira, constam do artigo 60, § 4º.constam do artigo 60, § 4º.

Artigo 60, § 4º - Não será objeto de deliberação a Artigo 60, § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:proposta de emenda tendente a abolir:

I – a forma federal de Estado;I – a forma federal de Estado;

II – o voto direto, secreto, universal e periódico;II – o voto direto, secreto, universal e periódico;

III – a separação dos Poderes;III – a separação dos Poderes;

IV – os direitos e garantias individuais (art. 5º).IV – os direitos e garantias individuais (art. 5º).