Brasscom-DOC-2017-011 (PP&N Rel. Lab. e Terceirização) v13 1/4

DIREITO TRABALHISTA PARA O TRABALHADOR DO CONHECIMENTO NA ERA DA

ECONOMIA DIGITAL

POSICIONAMENTO NO SEMINÁRIO BRASSCOM POLÍTICAS PÚBLICAS & NEGÓCIOS

Brasília, 15 de março de 2017

A ERA DA ECONOMIA DIGITAL, BASEADA NO

CONHECIMENTO E NOS DADOS, VEM SE INTENSIFICANDO E

PRODUZINDO TRANSFORMAÇÕES NA OFERTA DE BENS E SERVIÇOS,

TANGÍVEIS E INTANGÍVEIS. AS FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS DE

HARDWARE E SOFTWARE SE TORNAM COMPANHIAS INSEPARÁVEIS

NAS NOSSAS VIDAS E A INTERNET O GRANDE ESPAÇO DE TROCA E

COLABORAÇÃO ENTRE INDIVÍDUOS E EMPRESAS COM VELOCIDADE

ATÉ ENTÃO INIMAGINÁVEIS.

DIANTE DESTE CENÁRIO, HÁ O SURGIMENTO DE UM NOVO

TRABALHADOR COM PERFIL DIVERSO DO TRABALHADOR DA ERA

INDUSTRIAL. ORIENTADO PELA CONSECUÇÃO DE OBJETIVOS AO

INVÉS DE ROTINAS FIXAS E REPETITIVAS SUAS ATIVIDADES SÃO

CENTRADAS NA CRIAÇÃO DE SOLUÇÕES PARA A RESOLUÇÃO

PROBLEMAS. O TRABALHO TAMBÉM DEIXA DE ESTAR ADSTRITO A

UM AMBIENTE FÍSICO DETERMINADO. O NOVO PROFISSIONAL NÃO

VÊ JORNADAS DE TRABALHO DIFERENCIADAS COMO UM

PROBLEMA, MAS ALMEJA TAMBÉM FLEXIBILIDADE E EQUILÍBRIO

ENTRE PROFISSÃO E VIDA PESSOAL.

O ATENDIMENTO DESSAS EXPECTATIVAS REQUER UM

APERFEIÇOAMENTO DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA PARA

INCENTIVAR OS PROFISSIONAIS DO FUTURO E GARANTIR RELAÇÕES

CONTRATUAIS SAUDÁVEIS ENTRE TRABALHADOR E EMPRESA. A

COMPETITIVIDADE DO BRASIL DEPENDE DA REDUÇÃO DO ÔNUS

SOBRE O TRABALHO E DE MEDIDAS MODERNIZANTES TAIS COMO:

RECONHECER A NÃO HIPOSSUFICIÊNCIA DO TRABALHADOR DO

CONHECIMENTO

Brasscom-DOC-2017-011 (PP&N Rel. Lab. e Terceirização) v13 2/4

ESSES PROFISSIONAIS PERCEBEM SALÁRIO MÉDIO 51,2%

ACIMA DA MÉDIA NACIONAL E 43,7% POSSUEM SUPERIOR

COMPLETO. SÃO URBANOS E ATUAM EM EMPREENDIMENTOS

INOVADORES INTENSIVOS EM CAPITAL INTELECTUAL. O

TRATAMENTO LEGAL DEVE SER CONDIZENTE COM SUA REALIDADE

LABORAL E COM O GRAU DE ESPECIALIZAÇÃO QUE POSSUEM,

AFASTANDO-SE, DESTA FORMA, DISPOSIÇÕES LEGAIS QUE OS

IMPUTEM COMO VULNERÁVEIS.

GARANTIR SEGURANÇA JURÍDICA NAS RELAÇÕES DE TRABALHO

REMOTO E HOME OFFICE

AS MODALIDADES DE TRABALHO REMOTO POSSIBILITAM A

INSERÇÃO DE MILHÕES DE TRABALHADORES NO MERCADO DE

TRABALHO, REPRESENTAM ALTERNATIVA PARA A INCLUSÃO DE

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, MELHORAM A SUSTENTABILIDADE DE

CENTROS URBANOS E AUMENTAM A PRODUTIVIDADE DO

TRABALHADOR. O HOME OFFICE DEVE ESTAR CLARAMENTE

DEFINIDO EM LEI. OS REQUISITOS DE SEGURANÇA, MEDICINA E

HIGIENE NO LOCAL DE LABOR REQUEREM REGRAS COM

RESPONSABILIDADES COMPARTILHADAS ENTRE EMPREGADO E

EMPREGADOR. E, POR FIM, A LEI DEVE GARANTIR SEGURANÇA

JURÍDICA EM QUESTÕES ATINENTES A SALÁRIO IN NATURA PARA

ESTAS REALIDADES.

PERMITIR A ADOÇÃO DE JORNADAS FLEXÍVEIS

AS FORMAS COLABORATIVA E ASSOCIATIVA, O USO

INTENSIVO DOS MEIOS TELEMÁTICOS, A NATUREZA DAS

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS, ORIENTADAS PARA A CONSECUÇÃO

DE TAREFAS, VIABILIZAM O DESEMPENHO LABORAL EM HORÁRIOS

E AMBIENTES DIVERSOS DAQUELES CONVENCIONADOS COMO

ORDINÁRIOS PELA LEGISLAÇÃO ATUAL. A FLUIDEZ DA CRIATIVIDADE

DESCONHECE HORÁRIO E LOCAL E PODE SE DAR EM MOMENTOS E

LUGARES DIVERSOS. PROPOMOS QUE, ATENDIDAS

CARACTERÍSTICAS OBJETIVAS COMO QUALIFICAÇÃO ACADÊMICA,

NÍVEL SALARIAL E MODALIDADE DE ATUAÇÃO, POSSA O

TRABALHADOR DESEMPENHAR SUAS ATIVIDADES EM HORÁRIOS

Brasscom-DOC-2017-011 (PP&N Rel. Lab. e Terceirização) v13 3/4

FLEXÍVEIS RESPEITANDO-SE AS LATITUDES ESTABELECIDAS PELA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

RECONHECER A SAZONALIDADE DO DESENVOLVIMENTO DE

PROJETOS TECNOLÓGICOS

A NATUREZA CÍCLICA DO DESENVOLVIMENTO DOS

PROJETOS DE TECNOLOGIA IMPÕE A NECESSIDADE DE CRIAÇÃO DE

NOVAS MODALIDADES DE CONTRATO DE TRABALHO A EXEMPLO

DA CONTRATAÇÃO POR TRABALHO INTERMITENTE ONDE O

EMPREGADO ATUA PARA O EMPREGADOR EM MOMENTOS

ESPECÍFICOS PODENDO, NOS INTERVALOS, OFERECER SUA FORÇA

LABORAL PARA OUTROS CONTRATANTES E SER REMUNERADO COM

BASE NO TEMPO EFETIVAMENTE TRABALHADO.

AMPLIAR O PRAZO DO CONTRATO DE EXPERIÊNCIA

A COMPLEXIDADE CRESCENTE DAS ATIVIDADES DA ERA DA

ECONOMIA DIGITAL REQUER A AMPLIAÇÃO DO PRAZO DE

ADEQUAÇÃO DOS TRABALHADORES PARA GARANTIR A

ADAPTAÇÃO DESSES PROFISSIONAIS E O DOMÍNIO MÍNIMO

NECESSÁRIO AOS NOVOS PRODUTOS. ESSA REALIDADE NÃO SE

IMPÕE APENAS AOS SETORES INTENSIVO EM TECNOLOGIA, MAS É

TRANSVERSAL COM O APROFUNDAMENTO DA AGRICULTURA DE

PRECISÃO, DA MANUFATURA 4.0, DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E

GOVERNO DIGITAL, DENTRE OUTROS.

FORTALECER OS ACORDOS E CONVENÇÕES COLETIVAS DE

TRABALHO

A CONSTITUIÇÃO RECONHECE OS ACORDOS E CONVENÇÕES

COLETIVAS DE TRABALHO COMO INSTRUMENTOS IDÔNEOS PARA

ESTABELECER DIREITOS E OBRIGAÇÕES ENTRE EMPREGADORES E

TRABALHADORES. NESTE SENTIDO, PROPÕE-SE A NÃO PRESUNÇÃO

DE HIPOSSUFICIÊNCIA DE TRABALHADOR CUJO EVENTUAL LITÍGIO

FUNDE-SE SOBRE CLÁUSULA COLETIVAMENTE NEGOCIADA. A

NATUREZA COLETIVA DA NEGOCIAÇÃO REPELE EVENTUAL NOÇÃO

DE FRAGILIDADE DO TRABALHADOR. A PROPOSTA BUSCA

Brasscom-DOC-2017-011 (PP&N Rel. Lab. e Terceirização) v13 4/4

GARANTIR SEGURANÇA JURÍDICA A TODAS AS PARTES E RETOMAR

A CONFIANÇA ENTRE TRABALHADORES E EMPREGADORES.

LEGITIMAR A TERCEIRIZAÇÃO COMO PRÁTICA LÍCITA NO ÂMBITO

TRABALHISTA

NO QUE CONCERNE AO SETOR DE TECNOLOGIA, A

TERCEIRIZAÇÃO É DECORRÊNCIA DO ELEVADO GRAU DE

ESPECIALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS. É IMPORTANTE

TORNAR LÍCITA A TERCEIRIZAÇÃO E RECONHECÊ-LA COMO PRÁTICA

LEGÍTIMA DE GESTÃO EMPRESARIAL, SEM DISTINÇÃO ENTRE

ATIVIDADE-MEIO E ATIVIDADE-FIM, E SEM PREJUÍZO AOS DIREITOS

DO TRABALHADOR.