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Brasília, 28/10/2011 - Boletim Interno do ICMBio, nº 169 - Ano IV 1 ICMBio EM FOCO Brasília, 28/10/2011- Boletim Interno do ICMBio, n° 169 - Ano IV Governo assina acordo para viabilizar projetos de PPP em unidades de conservação Para aprimorar a gestão, avidades e serviços exercidos nas unidades de conserva- ção federais, as ministras do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e do Planejamento, Miriam Belchior, assinaram no úlmo dia 20, em Bra- sília, acordo de cooperação para a realização de Parcerias Público-Privadas - PPP nas uni- dades de conservação federais. A iniciava vai possibilitar a realização de estudos deta- lhados de viabilidade das avidades econô- micas permidas em cada UC. Em caso de viabilidade, o processo licitatório será condu- zido pelo Instuto Chico Mendes. O projeto-piloto será direcionado, priori- tariamente, a dez parques nacionais já iden- ficados pelo alto potencial turísco e que poderão adotar esse modelo de gestão. Entre eles estão os parques nacionais de Jericoaco- ara e de Ubajara (CE), de Sete Cidades e da Serra das Confusões (PI), Marinho de Fernan- do de Noronha (PE), da Chapada dos Guima- rães (MT) e dos Lençóis Maranhenses (MA). De acordo com a ministra Izabella Tei - xeira, os estudos vão indicar em que locais o processo de gestão adotado deve ser de PPP ou concessão, ou onde haverá apenas a intervenção do Governo. “Não se trata de privatização, e sim de implementação de serviços e busca de instrumentos de ges- tão inovadores em áreas que pertencem à União, respeitadas as viabilidades ambien- tal e econômica. Temos que avançar nas estratégias de conservação da biodiversi - dade, modernizar os modelos de gestão e permitir o acesso da população a estas áre- as. Os estudos vão mostrar como é possível trabalhar os atrativos e negócios turísticos da nação com maior biodiversidade do pla- neta, além de pesquisas. Os primeiros le- vantamentos devem ser entregues antes da Rio+20”, explica a ministra. Miriam Belchior informa que uma das prioridades da presidenta Dilma é trabalhar a melhoria de gestão da Administração Públi- ca Federal e, por isso, foi criada a Câmara de Gestão e Compevidade, instância que dis- cute as iniciavas bem sucedidas adotadas pelo Governo Federal. “Queremos priorizar ações de melhoria de gestão em cada um dos órgãos federais. O acordo de hoje segue esta lógica. Além do turismo, pretendemos inves- r em educação ambiental e pesquisa cien- fica nestas UCs. O potencial natural é enorme e com certeza pode ser melhor aproveitado.” Nosso presidente Rômulo Mello explica que também é possível desenvolver o mode- lo de PPP em florestas nacionais e reservas extravistas. “A ideia é desenvolver também modelos que contemplem concessões e par- cerias em vários níveis, de pequeno a grande porte. A realidade de cada UC é que vai de- terminar a gestão adequada”, afirma. Os estudos necessários à estruturação dos projetos serão realizados com recursos doados pelo Banco Interamericano de Desen- volvimento - BID, por meio do Programa Na- cional de Desenvolvimento de Parcerias Públi- co-Privadas, com a ulização de recursos do Fundo Mullateral de Invesmentos - Fumin. Parques da Copa Izabella Teixeira disse ainda que, para a Copa do Mundo, o MMA está desenvolven- do, em parceria com o Ministério do Turismo, o programa Parques do Brasil, que prevê a definição de um modelo de gestão adequa- do para os parques nacionais presentes em cidades-sede. "Vamos trabalhar a moderni- zação das instuições e promover estudos e pesquisas. A intenção é também avaliar me- canismos que possam oferecer, por exemplo, geração e melhoria de renda para popula- ções que vivem nestas áreas e seus entornos, e promover a visitação do público brasileiro e internacional nestes locais. As pessoas só preservam e protegem o que elas conhe- cem", ressalta. A ministra acrescentou que pretende negociar o aumento dos recursos desnados aos parques nacionais. Ela explica que, nos EUA, o invesmento do governo nestas áre- as é de cerca de U$ 75 por cada quilômetro quadrado. Na Argenna, a média é de U$ 15 por km², e no Brasil, cerca de U$ 4 a U$ 6. "O objevo é dobrar esse valor e chegar a, pelo menos, U$ 10 por km².” Jefferson Rudy/MMA Ministra Izabella discursa ao lado do presidente Rômulo

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Brasília, 28/10/2011 - Boletim Interno do ICMBio, nº 169 - Ano IV

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ICMBioEM FOCO

Brasília, 28/10/2011- Boletim Interno do ICMBio, n° 169 - Ano IV

Governo assina acordo para viabilizar projetos de PPP em unidades de conservação

Para aprimorar a gestão, atividades e serviços exercidos nas unidades de conserva-ção federais, as ministras do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e do Planejamento, Miriam Belchior, assinaram no último dia 20, em Bra-sília, acordo de cooperação para a realização de Parcerias Público-Privadas - PPP nas uni-dades de conservação federais. A iniciativa vai possibilitar a realização de estudos deta-lhados de viabilidade das atividades econô-micas permitidas em cada UC. Em caso de viabilidade, o processo licitatório será condu-zido pelo Instituto Chico Mendes.

O projeto-piloto será direcionado, priori-tariamente, a dez parques nacionais já iden-tificados pelo alto potencial turístico e que poderão adotar esse modelo de gestão. Entre eles estão os parques nacionais de Jericoaco-ara e de Ubajara (CE), de Sete Cidades e da Serra das Confusões (PI), Marinho de Fernan-do de Noronha (PE), da Chapada dos Guima-rães (MT) e dos Lençóis Maranhenses (MA).

De acordo com a ministra Izabella Tei-xeira, os estudos vão indicar em que locais o processo de gestão adotado deve ser de PPP ou concessão, ou onde haverá apenas a intervenção do Governo. “Não se trata de privatização, e sim de implementação de serviços e busca de instrumentos de ges-tão inovadores em áreas que pertencem à União, respeitadas as viabilidades ambien-tal e econômica. Temos que avançar nas estratégias de conservação da biodiversi-dade, modernizar os modelos de gestão e permitir o acesso da população a estas áre-as. Os estudos vão mostrar como é possível trabalhar os atrativos e negócios turísticos da nação com maior biodiversidade do pla-neta, além de pesquisas. Os primeiros le-vantamentos devem ser entregues antes da Rio+20”, explica a ministra.

Miriam Belchior informa que uma das prioridades da presidenta Dilma é trabalhar

a melhoria de gestão da Administração Públi-ca Federal e, por isso, foi criada a Câmara de Gestão e Competitividade, instância que dis-cute as iniciativas bem sucedidas adotadas pelo Governo Federal. “Queremos priorizar ações de melhoria de gestão em cada um dos órgãos federais. O acordo de hoje segue esta lógica. Além do turismo, pretendemos inves-tir em educação ambiental e pesquisa cientí-fica nestas UCs. O potencial natural é enorme e com certeza pode ser melhor aproveitado.”

Nosso presidente Rômulo Mello explica que também é possível desenvolver o mode-lo de PPP em florestas nacionais e reservas extrativistas. “A ideia é desenvolver também modelos que contemplem concessões e par-cerias em vários níveis, de pequeno a grande porte. A realidade de cada UC é que vai de-terminar a gestão adequada”, afirma.

Os estudos necessários à estruturação dos projetos serão realizados com recursos doados pelo Banco Interamericano de Desen-volvimento - BID, por meio do Programa Na-cional de Desenvolvimento de Parcerias Públi-co-Privadas, com a utilização de recursos do Fundo Multilateral de Investimentos - Fumin.

Parques da CopaIzabella Teixeira disse ainda que, para a

Copa do Mundo, o MMA está desenvolven-do, em parceria com o Ministério do Turismo, o programa Parques do Brasil, que prevê a definição de um modelo de gestão adequa-do para os parques nacionais presentes em cidades-sede. "Vamos trabalhar a moderni-zação das instituições e promover estudos e pesquisas. A intenção é também avaliar me-canismos que possam oferecer, por exemplo, geração e melhoria de renda para popula-ções que vivem nestas áreas e seus entornos, e promover a visitação do público brasileiro e internacional nestes locais. As pessoas só preservam e protegem o que elas conhe-cem", ressalta.

A ministra acrescentou que pretende negociar o aumento dos recursos destinados aos parques nacionais. Ela explica que, nos EUA, o investimento do governo nestas áre-as é de cerca de U$ 75 por cada quilômetro quadrado. Na Argentina, a média é de U$ 15 por km², e no Brasil, cerca de U$ 4 a U$ 6. "O objetivo é dobrar esse valor e chegar a, pelo menos, U$ 10 por km².”

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Ministra Izabella discursa ao lado do presidente Rômulo

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Pesquisa atualizará Atlas da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção em UCs

A Coordenação de Análise e Prognós-tico do Risco à Biodiversidade - Coapro está trabalhando na atualização do Atlas da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção em Unidades de Conservação Federais. A primeira edição, lançada em abril deste ano, tratou apenas de espécies da fauna. Na nova versão, a proposta é incluir tam-bém as espécies da flora.

Para o coordenador-geral de Manejo para Conservação, Ugo Eichler Vercillo, o Atlas é uma publicação de suma importân-cia para o Brasil, pois mostra como as nos-sas unidades de conservação estão con-tribuindo para a proteção das espécies da biodiversidade brasileira. “Esta publicação compõe um dos principais indicadores de biodiversidade do Painel Nacional de Indi-cadores Ambientais a ser apresentado na Rio+20”, afirma.

Para a sua atualização, a Coapro está realizando uma pesquisa com as unidades de conservação. A coleta dos dados será feita em duas etapas, uma para a fauna e outra para a flora. Esta semana o ques-tionário foi disponibilizado por meio da ferramenta Google Docs e encaminhado por e-mail para todas as UCs. A solicitação também está sendo enviada por memo-rando circular.

O primeiro questionário, das espécies da fauna, segue a lista do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção e das informações levantadas na primei-ra versão do Atlas. Ele está separado por

classes taxonômicas, em páginas de fá-cil visualização e preenchimento. Nossos centros de pesquisa e conservação tam-bém devem participar, em uma segunda etapa, recebendo os dados, analisando-os e validando-os.

É importante lembrar que informa-ções sobre espécies ameaçadas em uni-dades de conservação são utilizadas pela Coordenação de Compensação Ambiental, já que esse é um dos critérios utilizados na determinação das unidades beneficia-

das com recurso.O objetivo é que a nova versão do

Atlas seja lançada no aniversário do Insti-tuto, em agosto de 2012. As unidades de-vem preencher o questionário até 30 de novembro deste ano e, se possuírem fo-tografias das espécies, enviá-las para que ilustrem a nova versão.

Dúvidas podem ser esclarecidas com a Coapro pelo e-mail [email protected] e pelos telefones (61) 3341-9529 e 3341-9003.

Atividade Mês

2011 2012

Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago

Coleta fauna

Coleta flora

Apresentação dos dados aos Centros

Análise e organização

Montagem do Atlas

Entrega

Cronograma das atividades para atualização do Atlas

Capa da edição lançada em abril

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Cenap participa de simpósio de mustelídeosNa próxima semana, no dia 3 de novem-

bro, será realizado, na cidade de Balneário Camboriú, litoral de Santa Catarina, o I Sim-pósio Brasileiro de Pesquisa e Conservação de Mustelídeos. O objetivo é chamar a aten-ção dos diferentes públicos para o status de pesquisa e conservação desta família, em es-pecial as espécies semi-aquáticas, dentre as quais as lontras (Lontra longicaudis).

Durante o evento serão abordados te-mas que vão desde metodologias aplica-das até eficiência de unidades de conser-vação na preservação da biodiversidade. Nossa colega Livia Rodrigues, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros - Cenap, profere a palestra “O papel do Cenap na conserva-ção de mustelídeos brasileiros”.

Coordenado pelo Instituto Ekko Brasil e com apoio da Petrobras, por meio do Progra-ma Petrobras Ambiental, o evento contará, ainda, com a participação de especialistas do Instituto Ekko Brasil e das universidades federais de Rio Grande - FURG, do Rio de Ja-neiro - UFRJ e do Rio Grande do Sul - UFRS.

O I Simpósio Brasileiro de Pesquisa e Conservação de Mustelídeos será realizado em conjunto com a 14ª edição do Congresso Latino-Americano de Ciências do Mar – Cola-cmar 2011, no período de 31 de outubro a 4 de novembro, e promovido pela Associação Latino-Americana de Pesquisadores em Ciên-cias do Mar - Alicmar e pela Associação Bra-sileira de Oceanografia - Aoceano. A progra-mação do simpósio pode ser obtida em www.ekkobrasil.org.br/pt_BR/site/news?id=78.

Delegação do Equador visita sede do ICMBio

O presidente Rômulo Mello recebeu nesta segunda-feira (24), em seu gabinete, delegação da Embaixada do Equador, com-posta pelo embaixador Horácio Sevilla Bor-ja; ministro de Talento Humano, Guilhermo Solórzano; e ministro de Planejamento, René Ramírez. Também estiveram presentes a coordenadora-geral de Pesquisa e Monitora-mento do ICMBio, Marília Marini; a coorde-nadora de Apoio à Pesquisa, Katia Torres; e o assessor da Presidência, Bernardo Issa.

Na reunião, Rômulo detalhou o trabalho do ICMBio e explicou como é feita a gestão das 310 unidades de conservação federais, que juntas somam aproximadamente 77 mi-lhões de hectares, quase 8,5% do território nacional. “O ICMBio é uma instituição dire-cionada para unidades de conservação e es-pécies ameaçadas, com uma visão ampla do processo de gestão, tendo a pesquisa como uma área de grande importância”, destacou.

Para o presidente, o trabalho de pesqui-sa nos faz aproximar da comunidade científi-ca. “Talvez esse seja um dos maiores avanços da instituição nos últimos quatro anos. Hoje o esforço é para atrair e levar pesquisadores para as unidades de conservação. Fazemos pesquisa diretamente a partir dos centros de pesquisa e competência técnica nas unida-

des de conservação”.Marília Marini lembrou que o ICMBio

conta com mais de 20 mil pesquisadores ca-dastrados realizando pesquisas nas unidades de conservação com as espécies ameaçadas. “Isso é um envolvimento da comunidade científica de uma maneira geral. Temos tam-bém 11 centros de pesquisa e, dentro das UCs, pesquisadores que realizam estudos com maior foco na gestão das nossas unida-

des, muitos deles para manejo e utilização de recurso”, concluiu.

Na ocasião, o ministro de Talento Huma-no do Equador falou sobre a biodiversidade na região amazônica e citou a preservação do Parque Nacional Yasuni, situado na região, como uma delas. Cientistas afirmam que a unidade tem a maior biodiversidade da Flo-resta Tropical do mundo e também uma das zonas de terra mais biodiversas.

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Embaixador Horácio, ministro Guilhermo e ministro René são recebidos pelo presidente Rômulo

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CPB comemora 10 anos de atividadesNo último dia 18, nosso Centro Nacional

de Pesquisa e Conservação de Primatas Bra-sileiros - CPB celebrou seus 10 anos de cria-ção com seminário comemorativo realizado no auditório do Hotel Ouro Branco, em João Pessoa, na Paraíba.

O evento promoveu, ao longo do dia, pa-lestras e mesas-redondas sobre o histórico de conquistas da entidade durante a última década e o impacto de sua atuação para a conservação de uma parcela tão significativa da fauna, especialmente por meio dos Planos de Ação Nacional – PANs dos Muriquis, dos Mamíferos da Mata Atlântica Central e do Sauim-de-coleira, todos desenvolvidos pelo CPB e instituições parceiras.

Na ocasião, foi inaugurada a exposição itinerante “Primatas Brasileiros: Diversidade, Pesquisa e Conservação” e lançada a nova marca do centro, inspirada no macaco Alou-atta, gênero conhecido por encontrar po-pulações em todos os estados do país, com exceção de Sergipe, onde foi extinto. Além disso, a fundação da entidade foi motivada pelo sucesso de um projeto de repovoamen-to de indivíduos do gênero na Reserva Bio-

lógica Guaribas, situada nos municípios de Mamanguape e Rio Tinto, na Paraíba.

A cerimônia contou com convidados rele-vantes do cenário conservacionista dos prima-tas no Brasil. Participaram da mesa de honra Marcelo Marcelino, diretor da Dibio; Leandro Jerusalinsky, coordenador do CPB; Carla Mar-con, coordenadora regional; e Fátima Pires, coordenadora dos Planos de Ação Nacional.

Encerrando a série de eventos comemo-rativos do CPB no Hotel Ouro Branco, ocorreu de 19 a 21, a oficina de elaboração do PAN dos Primatas do Nordeste, que atenderá a cinco espécies ameaçadas de extinção em áreas que englobam Rio Grande do Norte, Paraíba, Per-

nambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Sob a coordenação do CPB, serão identifi-

cados os problemas que ameaçam a existên-cia do macaco-prego-galego (Cebus flavius), guariba (Alouatta belzebul), guigó (Callicebus barbarabrownae), guigó-de-coimbra-filho (Callicebus coimbrai) e macaco-prego-do-peito-amarelo (Cebus xanthosternos). Tam-bém serão traçados objetivos e ações para alcançar metas de cunho conservacionista.

Com o novo plano, o centro comemora a façanha de contemplar, por meio de quatro PANs, todas as espécies de primatas ameaça-das de extinção na Mata Atlântica – que cor-respondem a 50% dos mamíferos brasileiros considerados criticamente ameaçados.

Participaram da oficina as universidades dos estados de Goiás e São Paulo, polícias ambientais de Pernambuco, órgãos estadu-ais do meio ambiente, Centros de Triagem de Animais Silvestres, CNPq, Codevasf, Embra-pa, Funai, Ibama, Incra, Instituto Nacional do Semi-Árido - Insa, Ministério Público, ONGs ambientais, Sociedade de Zoológicos do Bra-sil e unidades de conservação onde ocorrem as espécies contempladas.

Leandro, Marcelo, Fátima e Carla discursam

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A Estação Ecológica de Tamoios, loca-lizada na Baía da Ilha Grande, no estado do Rio de Janeiro, concluiu neste mês a primeira etapa da campanha em comemoração aos seus 20 anos de criação. Essa é a primeira campanha de divulgação da UC, que, apesar de ter sido criada há mais de duas décadas, é bastante desconhecida pela população local e pelos turistas.

A campanha, produzida com recursos de compensação ambiental da Usina Nuclear de Angra II, além de informar às comunida-des e aos turistas sobre a existência da área protegida marinha e insular, foca na impor-tância da UC como local de monitoramento da qualidade ambiental da Baía, na manuten-ção dos recursos pesqueiros da região e na preservação da biodiversidade.

Segundo a analista ambiental e coorde-nadora da campanha, Sílvia Peixoto Amorim, a equipe instalou 23 banners nas marinas de Paraty e Angra dos Reis, distribuindo também

cartazes e folders sobre a unidade. Com apoio da empresa de transportes EVAL, estão em veiculação 20 busdoors nas frotas de ônibus desses municípios. Na sede foram instalados painéis informativos e adesivos de vidros so-bre a estação ecológica e sua biodiversidade.

A campanha também foi veiculada em dois eventos nesses municípios em comemo-ração à Semana do Meio Ambiente, realizada no mês de junho. No início deste mês foram instaladas três placas informativas sobre a Esec nos principais locais de embarque e de-sembarque de turistas e produtos de pesca na região de Paraty. A previsão é de que mais duas placas sejam instaladas ainda este mês.

A segunda fase, prevista para ter início ainda este ano, contará com o lançamento de dois vídeos sobre a unidade, que serão utiliza-dos em atividades educativas em escolas e ins-tituições regionais. Acredita-se que essa fase da campanha será fortalecida com recursos oriundos de outras atividades de licenciamen-

to ambiental relacionadas à estação ecológica.Com a implantação da campanha e a

sinalização da unidade por meio das placas colocadas nas ilhas, a Estação Ecológica de Tamoios tem se tornado cada vez mais co-nhecida entre as comunidades locais e turis-tas. Outras informações sobre a campanha podem ser obtidas por meio do telefone (24) 3362-9885 ou e-mails [email protected] e [email protected].

Tamoios conclui primeira fase da campanha em comemoração aos seus 20 anos

Instalação de placas da UC em Paraty

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APA Guapimirim e Esec Guanabara promovem seminário

Na última sexta-feira, oito escolas do município de Guapimirim, no estado do Rio de Janeiro, participaram do Seminário de Educação Ambiental, que reuniu 66 pesso-as entre professores, coordenadores peda-gógicos e diretores. O evento faz parte do projeto Diagnóstico sobre os profissionais da educação nas escolas da região da Área de Proteção Ambiental de Guapimirim e da Estação Ecológica Guanabara em relação à educação ambiental, aprovado para o Pro-grama de Iniciação Científica do Instituto Chico Mendes – 2011/2012.

O projeto visa aproximar as escolas das unidades, diagnosticar o perfil dos docentes e levantar as principais demandas dos docen-tes para que temas ambientais sejam melhor trabalhados no ensino formal. Os municípios de Guapimirim, São Gonçalo, Itaboraí e Magé – que se encontram parcialmente inseridos na área das duas unidades de conservação – foram contemplados.

No evento, os participantes fizeram ca-dastramento e receberam material e questio-nário sobre o perfil profissional além de outros itens. O seminário consistiu numa apresenta-ção sobre crise civilizatória do planeta, meio ambiente, educação ambiental formal e infor-mal e unidades de conservação.

Vídeo sobre a APA Guapimirim e a Esec Guanabara foi apresentado e, em outro mo-mento, os participantes foram divididos em grupos para que elencassem as principais de-

mandas para melhor trabalharem a questão ambiental nas escolas e de que forma APA Gua-pimirim, Esec Guanabara, prefeituras locais e secretarias municipais de educação/coordena-dorias regionais de educação podem ajudá-los.

Seminários como esse já foram realiza-dos com as escolas municipais e estaduais dos municípios de Itaboraí e Magé. Parte dos dados dos questionários já foi analisada e organizada estatisticamente, sendo algumas demandas identificadas como, por exemplo, a necessidade de materiais didáticos, ofici-nas e minicursos para professores. Simulta-neamente estão sendo propostas parcerias com instituições para viabilizá-las. Além dis-so, a consulta de referenciais teóricos sobre experiências semelhantes tem auxilado as equipes das unidades para a confecção de ar-tigo para o V Seminário Brasileiro sobre Áreas Protegidas e Inclusão Social, que será apre-sentado em novembro deste ano, no estado do Amazonas.

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Intercâmbio entre reservas extrativistas dá início à revisão de plano de utilização

Após 6 anos de criação, o plano de uti-lização da Reserva Extrativista Marinha de Maracanã foi revisto e discutido em ofici-na do Conselho Deliberativo. A atividade contou com a participação de lideranças comunitárias e órgãos ambientais, além de sindicatos, associações, Universidade Federal do Pará - UFPA e Emater. Participa-ram também o analista ambiental Mauro Braga e o extrativista Antônio “Berruga”, ambos oriundos da Reserva Extrativista Marinha de Soure.

O intercâmbio proporcionou a troca de experiência com diferentes olhares, o que tornou ainda mais rica a discussão. O objeti-vo foi dar início ao debate sobre o plano de utilização, tendo em vista a necessidade de mudanças e maior divulgação, garantindo, assim, o uso dos recursos naturais de for-

ma justa e equilibrada. Dentre as principais contribuições, foram sugeridas novas regras para utilização de artes de pesca fixas já que a grande quantidade de “currais de pesca” acaba dificultando a navegação de embar-cações. Outra contribuição encaminhada foi o zoneamento de locais que vêm sofrendo pressão antrópica, como a praia da Marieta, ilha do Cumaru e comunidade do Aricuru.

Como resultado da oficina, verificou-se a necessidade de maior divulgação e discussão do plano de utilização junto aos maiores interessados, os usuários dos re-cursos pesqueiros. Os representantes do conselho gestor encaminharam proposta de realização da Semana de Campo, com divulgação e revisão do plano de uso, e atividades de educação ambiental nas co-munidades da Resex Marinha de Maracanã

com a participação de extrativistas da Re-sex Marinha de Soure.

As atividades conjuntas entre o NGI de Curuçá e a Resex Marinha de Soure, dentre outras atividades de integração, são essen-ciais para o fortalecimento da gestão nas UCs da região do salgado paraense.

A oficina teve apoio financeiro do Pro-jeto PNUD BRA/023 e do Programa Áreas Protegidas da Amazônia - ARPA.

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Docentes de Guapimirim no seminário

Atividade na oficina do Conselho Deliberativo

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Aniversário de 4 anos da Reserva Extrativista Acaú-Goiana

A Reserva Extrativista Acaú-Goiana, locali-zada nos estados da Paraíba e de Pernambuco, completou, no dia 26 de setembro, 4 anos de criação. Para comemorar a data, entre os dias 17 e 19 de outubro, as seis comunidades que fazem parte da Resex receberam um ciclo de palestras e debates sobre a unidade de con-servação e formação do conselho deliberativo.

Participaram do evento aproximadamen-te 400 pessoas, dentre pescadores, estudan-tes, professores e comunitários. Buscando apoiar a cultura da região, após as explana-ções um grupo de cultura local fez sua apre-sentação. Entre as manifestações, coco-de-roda e frevo com crianças quilombolas de São Lourenço e um teatro sobre os mangue-zais, com o grupo da melhor idade de Acaú. Em Tejucupapo foi apresentado vídeo sobre a história das heroínas de Tejucupapo, evento histórico no qual as mulheres expulsaram os invasores de suas terras durante o período de ocupação holandesa em Pernambuco.

“Este momento marca o início de uma nova etapa na Resex Acaú-Goiana, que é a sen-sibilização das comunidades para a formação do conselho deliberativo, que será de grande importância para a gestão da unidade ”, diz Pa-trícia Greco Campos, chefe da UC.

As principais atividades econômicas da região estão relacionadas à pesca e coleta de recursos estuarinos e marinhos, princi-palmente a exploração de mariscos, sururu, sururu-de-mangue, taioba, unha-de-velho, ostra-de-mangue, ostra-de-mergulho, cata-pu, caranguejo-uça, aratu-do-mangue, goia-mum, siris, camarão-branco e camarão-rosa, que são explorados por cerca de 1.500 pes-soas das comunidades de Carne de Vaca, Po-voação de São Lourenço, Tejucupapo, Baldo do Rio Goiana, no estado de Pernambuco, e Caaporã e Acaú, na Paraíba.

A equipe gestora tem investido na pro-teção dos recursos naturais e no estímulo à organização social para o empoderamento

da população e no entendimento da impor-tância dela, que tradicionalmente utilizou o estuário dos rios Goiana e Megaó. O evento foi organizado pela equipe gestora da UC em conjunto com as colônias de pescadores de Tejucupapo e Baldo do Rio, associações de marisqueiras de Acaú e de pescadores e pes-cadoras de Carne de Vaca, Comissão Pastoral dos Pescadores do Nordeste e Comissão de Pescadores de Caaporã.

Parceria em oficina de capacitação sobre Programa de Aquisição de Alimentos

A Reserva Extrativista do Lago do Capa-nã Grande, no Amazonas, a Companhia Na-cional de Abastecimento - Conab e a Hands do Brasil foram parceiros na realização de oficina de capacitação sobre o Programa de Aquisição de Alimentos - PAA, do Governo Federal. A oficina, com duração de dois dias, foi organizada pelo Instituto Internacional de Educação do Brasil - IIEB.

Aproximadamente 70 pessoas de várias comunidades de Manicoré e de Novo Aripua-nã participaram. Também estiveram presen-tes comunitários da Reserva Extrativista do Capanã, RDS Estadual do Rio Madeira e RDS do Rio Amapá, além de assentados do PAE Jenipapo, de Manicoré, da Secretaria de Pro-dução de Novo Aripuanã e representantes da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Ca-caueira - Ceplac Manicoré.

Segundo Roberta Amaral, do IIEB, o ob-jetivo da oficina foi “familiarizar e treinar

as comunidades a acessarem programas de Governo voltados para a agricultura familiar, com ênfase no PAA”. Além de apresentações sobre o PAA, ministrado pelo representante da Conab Manaus, José Bittencourt, foram realizadas apresentações sobre o Programa de Regionalização da Merenda Escolar - PRE-ME, do governo do estado do Amazonas, representado pela servidora da Agência de

Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, e brevemente sobre o Programa Nacional de Merenda Escolar - PNAE. Representante do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazo-nas - Idam Manicoré falou sobre os tipos e formas da Declaração de Aptidão ao Pronaf - DAP. Os comunitários também aprenderam na prática a acessar e trabalhar no PAAnet, que é o programa de acesso ao PAA.

Outros cursos semelhantes estão pre-vistos pela Reserva Extrativista do Lago do Capanã Grande para o ano que vem. Um dos programas socioambientais do plano de manejo, que está em fase final de elabora-ção, tem como objetivo “garantir e ampliar o acesso ao Programa de Aquisição de Ali-mentos, ao Programa Nacional de Alimenta-ção Escolar e à Política de Garantia do Preço Mínimo”, conforme destaca o analista da Resex, Cleiton Signor.

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Nossa colega faz palestra aos comunitários da Resex

Um dos momentos da oficina

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Floresta Nacional de Ritápolis realiza operação bem sucedida

Entre os dias 11 e 18 de outubro foi reali-zada na Floresta Nacional de Ritápolis, em Mi-nas Gerais, operação de fiscalização com foco principal em ilícitos cometidos na beira do rio das Mortes. O local tem importante trecho na zona de amortecimento e nos limites da UC e sofre há anos intensa pressão antrópica, com ocupação irregular de APPs, pesca ilegal com uso de redes ou sem autorização, mineração de areia, poluição, entre outros.

Contando com apoio de fiscais de outras UCs, a operação foi um grande sucesso. Fo-ram emitidos mais de 15 autos de infração devido à pesca sem licença e notificados mais de 20 proprietários com imóveis em áreas ir-regulares. Mais de 20 varas de pescar com molinetes, linhadas e grande quantidade de petrechos de pesca foram apreendidos.

Segundo o coordenador da operação, Fá-bio André Faraco, as notificações irão permitir um encaminhamento apropriado do proble-ma de ocupação das APPs ao MPF. “Uma vez que muitos dos proprietários já foram ante-

riormente autuados por diversos órgãos am-bientais, teremos uma real ideia do problema e critérios para a resolução definitiva”, afirma.

Faraco também observa que desde o início da operação houve uma grande dimi-nuição da presença de pescadores no rio, o que já reflete de modo imediato seu suces-so. “O local, importante rio de Minas Gerais, apresenta sérios problemas históricos, com drástica diminuição da população de peixes, o que, para a Flona, causa grandes danos a fauna e flora. Com o mapeamento dos prin-cipais pontos de pesca será possível melho-rarmos muito a fiscalização, ainda mais com a aproximação da temporada do defeso, programada para 1º de novembro”, destaca o analista ambiental. Ainda segundo Faraco, também é preocupante a ocupação desorde-nada, degradação das margens do rio e gran-de quantidade de lixo encontrado nos pontos utilizados para a pesca.

Para o chefe da UC, Fábio Vellozo, com a operação de fiscalização e o mapeamento das

áreas de pesca e dos proprietários de imóveis em situação irregular, a Flona de Ritápolis dá um grande passo em sua proteção e consoli-dação. Ele também ressalta a enorme impor-tância da operação, pois muitos dos pescado-res flagrados sem licença são de municípios distantes ou até mesmo de outros estados. “Queremos deixar bem claro nossa atuação bem como presença institucional na região, o que irá permitir uma grande área de refúgio para a fauna no rio das Mortes”, completa.

APA Petrópolis faz balanço de incêndios florestais

Finalmente, o período de incêndios flo-restais terminou na Área de Proteção Am-biental Petrópolis, no estado do Rio de Ja-neiro. A UC, que conta com uma brigada de combate a incêndios florestais sediada no Parque Nacional da Serra dos Órgãos contra-tada geralmente de maio a outubro, este ano, excepcionalmente, foi de junho a novembro.

Luiz Felipe Pimentel, técnico em suporte da brigada, explica que “são 35 combatentes, sendo cinco chefes de esquadrão e 30 bri-gadistas”. A principal medida preventiva é a limpeza de aceiros que cercam praticamen-te todo o parque nacional e fazem fronteira com a APA. O local teve 21 ocorrências, atin-gindo mais de 250 hectares, segundo infor-mações da brigada. Além disso, dois focos de incêndio na região do Caxambu não tiveram condições de combate e não há registro da

área atingida. “A maior causa foi a limpeza de terrenos, mas este ano também tivemos um incêndio provocado por vela de oferenda re-ligiosa”, destaca Pimentel.

As queimadas são utilizadas como prática agrícola no processo de “limpeza” – elimina-ção de sobras de culturas agrícolas anteriores

e de pragas. Realizada sem controle suficien-te, áreas bem maiores do que as necessárias são devastadas com destruição do solo e da biomassa. Pimentel afirma que muitas vezes o fogo vai na direção das florestas e incêndios de grandes proporções são comuns em toda a Mata Atlântica. “Essa é uma realidade que se repete na região da APA Petrópolis e do parque nacional provocando destruição da nossa rica, mas fragilizada, biodiversidade. Este ano alguns animais silvestres foram víti-mas do fogo, além da vegetação”, conta.

Foram registradas pelo Prevfogo/Ibama as mortes de um ouriço cacheiro, um juruti e uma cobra jararaca, mas sabe-se que mi-lhares de animais foram mortos pelo fogo. “A colaboração de todos é extremamente im-portante para ano que vem termos esta triste realidade revertida”, enfatiza Pimentel.

Equipe de fiscalização aborda pescadores irregulares

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Fogo criminoso em pasto localizado na APA e próximo ao Parna da Serra dos Órgãos

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Excursão pelo entorno do Parna Montanhas do Tumucumaque

Durante oito dias, equipe formada por três analistas do ICMBio e um jornalista do WWF-Brasil percorreram o entorno do Par-que Nacional Montanhas do Tumucumaque. O objetivo foi conhecer as necessidades da região e as oportunidades para desenvolver e apoiar projetos que contribuam para a con-servação ambiental da unidade de conserva-ção, seu entorno e as comunidades que vi-vem próximas a elas.

A unidade de conservação de 3,8 mi-lhões de hectares, localizada no bioma Amazônia, no norte do Amapá, ocupa 27% do território do estado. A equipe percorreu a distância de 1.500 km de carro e de bar-co, enfrentando estradas de terra e trechos de rio de difícil navegação, até chegar ao entorno da UC. Os destinos visitados foram os municípios de Oiapoque e Serra do Na-vio, portas de entrada do Parque Nacional

Montanhas do Tumucumaque, e Vila Brasil, vilarejo localizado em seu interior.

O roteiro da excursão era extenso. De Brasília a Macapá foram aproximadamen-te 2.500 km de avião com 4 horas de via-gem; de Macapá até Serra do Navio foram mais 200 km feitos em caminhonete 4x4 durante 4 horas; de Serra do Navio até Oiapoque a equipe percorreu mais 650 km

em caminhonete 4x4 por 12 horas; e do Oiapoque até a Vila Brasil foram de voa-deira por mais 6 horas de viagem.

Marcela de Marins, chefe substituta da unidade e moradora de Serra do Navio desde 2003, explicou que é preciso que a população entenda o que é o parque, qual o seu papel e quais benefícios ele pode gerar. “Pelo fato de o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque estar num lugar muito isolado, ele fica um pouco dis-tante das pessoas, e elas não o conhecem muito. Temos que adotar uma estratégia para mudar um pouco a visão das pesso-as em relação à natureza. Não precisamos usar todos os recursos até o fim. É possí-vel procurar uma forma de ter desenvolvi-mento com o Parna no município. A ideia é mostrar que não são coisas incompatí-veis”, completou a gestora.

Floresta Nacional de Contendas do Sincorá comemora aniversário

As comemorações do aniversário de criação da Floresta Nacional de Conten-das do Sincorá iniciaram em setembro e foram terminar somente em outubro. Na programação, desde oficinas até visitas à unidade e festa.

Em setembro, foram realizadas pales-tras, oficinas, visitas de escolas da região à UC, reunião do Conselho do Território de Identidade do Sertão Produtivo, quando a Flona foi eleita coordenadora-executiva, ca-pacitação de brigadistas e conselheiros, ofici-nas de teatro e de educação ambiental, feira de artesanato e apresentação do grupo de teatro Dobradores de Arte.

Na noite do dia 5 de outubro, a equipe gestora da Floresta Nacional de Contendas do Sincorá e colaboradores planejaram uma grande festa, que iniciou com a mesa de hon-ra composta pelo prefeito de Contendas do Sincorá, Joad Teixeira, pelas secretárias de Educação e Cultura e de Assistência Social, Roseni Reis e Helena Teixeira, pelo nosso co-

ordenador regional, Leonardo Brasil, e pela chefe da Flona, Rosa Lia.

O prefeito Joad Teixeira homenageou em seu discurso os trabalhos realizados pela gestora e equipe da UC, os parceiros e comu-nidade, e falou sobre a importância da con-servação do meio ambiente e da unidade de conservação para o município. Leonardo Bra-sil também elogiou a equipe da Flona e agra-deceu as parcerias que contribuem para o sentimento da comunidade de pertencimen-to da unidade, tão importante para a gestão de sucesso que acontece na UC.

A noite continuou com homenagem a co-laboradores, que receberam placas de agra-decimento de apoio à gestão 2009 a 2010. Na sequência foi apresentada peça teatral que homenageou personagens ilustres de Contendas pela passagem dos 50 anos de emancipação política e também a floresta nacional. As comemorações se estenderam até o dia 6 quando educadores locais organi-zaram um desfile cívico e apresentaram uma

ala homenageando o ICMBio e a Flona pela passagem dos 12 anos.

A Floresta Nacional de Contendas do Sin-corá foi criada em 21 de setembro de 1999, com o objetivo de proteger amostras impor-tantes de ecossistemas da Caatinga e promo-ver o uso múltiplo sustentável dos recursos e o desenvolvimento sustentável das comuni-dades sertanejas da região. Ela está situada no município de mesmo nome, na região su-doeste da Bahia, e tem 11.034 hectares.

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Trecho do rio Oiapoque dentro do Parna

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Desfile cívico homenageia Flona

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CURTASNas Ondas do AmbienteO nosso boletim ICMBio em Foco e ou-tras ações da Assessoria de Comunica-ção do ICMBio foram temas de maté-rias do programa de rádio Nas Ondas do Ambiente, no último dia 22. Foram entrevistados Lísias de Moura, um dos editores do boletim interno semanal, e Cláudia Camurça, chefe da Ascom. Nas Ondas do Ambiente é um programa de cunho ambiental da Rádio Universitária Cesumar, a RUC FM 94,3, com duração de 20 minutos, levado ao ar todos os sábados, às 9h, em www.radiocesumar.com.br, com produção e apresentação de Carlos Alberto Ferraresi De Giovanni, chefe da Reserva Biológica das Perobas, localizada nos municípios de Cianorte e Tuneiras D’Oeste, no Paraná. Nas Ondas do Ambiente nº 29 está postado, assim como todos os anteriores, em www.car-losdegiovanni.blogspot.com e www.con-selhoperobas.blogspot.com.

em 31 de maio e a próxima ocorrerá na segunda quinzena de novembro. É impor-tante ressaltar que a documentação deve estar completa conforme disposto no Ma-nual de Capacitação, item 2.2, disponível no Portal CGGP – www4.icmbio.gov.br/portal/paginas/educacao/index.php.

Analistas em congresso de educação ambientalO II Congresso Nacional de Educação Am-biental ocorreu em João Pessoa, no período de 12 a 15 de outubro, nas instalações da Universidade Federal da Paraíba. O evento teve como objetivo disseminar conhecimen-tos relacionados à promoção da educação ambiental no Brasil. Estima-se que cerca de 1.500 pessoas participaram, entre pesquisa-dores, professores, estudantes e cidadãos de todos os setores da sociedade. Na ocasião o analista ambiental Paulo Russo, do Par-que Nacional Montanhas do Tumucumaque, apresentou o trabalho “Uma Experiência de Capacitação de Professores da Rede Pública em Educação Ambiental - O Curso Pedagogia de Projetos em Temas Ambientais no Muni-cípio de Serra do Navio”, em conjunto com a professora da Universidade Federal do Ama-pá, Cristiane Menezes, também autora do trabalho. E os analistas Mariella Butti e Ivan Vasconcelos, respectivamente da Floresta Nacional do Amapá e do Parque Nacional do Cabo Orange, apresentaram “Oficina Sobre Unidades de Conservação: Uma Abordagem para Formação de Professores”.

Participação em eventos de longa duração A CGGP informa que o prazo para envio dos processos de solicitação de partici-pação em eventos de longa duração (Es-pecialização/Mestrado/Doutorado/Pós-Doutorado) é até dia 11 de novembro de 2011. O prazo tem como base a Portaria Normativa n° 24, que atribui ao Comitê Gestor de Capacitação - CGCAP deliberar sobre os processos com duas reuniões ao ano, sendo que a primeira ocorreu

Xingu, no Pará, a convite da Secretaria Municipal de Educação, que promoveu o evento. “O Momento é Verde!” foi o tema deste ano. Participaram 22 esco-las da rede municipal da sede e da zona rural, integrantes de programas sociais voltados para jovens e terceira idade e a comunidade indígena. Cerca de 5 mil vi-sitantes foram estimados. O ICMBio par-ticipou com um estande, onde também distribuiu panfletos e expôs publicações do próprio instituto. Foram ministradas palestras para professores e alunos, den-tre as quais “ICMBio e o papel das UCs”, pelo chefe da APA do Igarapé Gelado, Manoel Delvo Bizerra, e “Importância da Água e Reciclagem”, pela colaboradora Nivia Silva em conjunto com Manoel Bi-zerra. Os alunos fizeram apresentações culturais, em sua maioria com apelos à preservação ambiental.

Chamada Interna da DibioA Dibio está recebendo até o próximo dia 27 de novembro propostas de pro-jetos para condução durante o ano de 2012. Maiores informações em www.icmbio.gov.br/intranet/download/index.php?modulo=arquivos/dibio/index.php.

Dia do Servidor O ponto facultativo de hoje, alusivo ao Dia do Servidor Público Federal, foi transferido excepcionalmente para o dia 14 de novembro, conforme a Portaria nº 870/2011 do Ministério do Planejamen-to, Orçamento e Gestão. A Coordenação-geral de Gestão de Pessoas recomenda que o funcionamento dos serviços es-senciais afetos às respectivas áreas de competência sejam preservados.

Nosso colega Carlos De Giovanni é o apresentador do programa semanal

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Apresentação do nosso colega Paulo Russo em conjunto com Cristiane Menezes

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Estande do ICMBio na feira cultural

III Fecuart No período de 13 a 15 de outubro, a Flo-resta Nacional Tapirapé-Aquiri e a APA do Igarapé Gelado participaram da III Feira Cultural e Artística de São Felix do

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Sete passos fundamentais no SGDOC

No ICMBio em Foco nº 167 foram publicadas, nesta coluna, as atribui-ções do SGI, área do Centro de Docu-mentação que gerencia a tramitação de informações no SGDOC e oferece suporte técnico ao usuário na execu-ção dessa ação. Após quase dois anos de funcionamento, a adesão do usu-ário ao sistema evoluiu satisfatoria-mente, favorecida pelo conjunto inte-resse do usuário e aprimoramento do sistema. As dificuldades do passado quase não existem mais, ainda assim, pequenos deslizes permanecem. Lei-tores atentos demonstraram interesse em saber quais seriam os principais erros e as orientações para evitá-los.

De acordo com a equipe responsá-vel, os erros de maior incidência não são decorrentes do desconhecimento do funcionamento do sistema, mas sim de uma possível desatenção na tramitação dos documentos. Como regra geral, a sugestão é que no mo-mento de envio o usuário esteja aten-to para os sete passos a seguir.

O primeiro é trabalhar com o do-cumento original. Porém, algumas unidades ainda fazem cópia de se-gurança da documentação antes de enviar o original ao destinatário. Até este ponto tudo bem. A questão é que às vezes o usuário envia a cópia, tra-mitação que não é válida. O segundo passo é a verificação da assinatura do documento. É necessário certificar-se de que o documento está devidamen-te assinado, lembrando das compe-tências legais para assinatura. Ela não poderá em hipótese alguma ficar em

separado do texto, devendo na sua formatação ajustar o conteúdo de for-ma que ao menos um parágrafo ou fra-se fique junto à assinatura.

O terceiro passo é cadastrar a digi-tal. A etiqueta contendo seu número deverá ser afixada no canto superior direito do documento e cadastrada no sistema. Nesse ato todos os campos deverão ser preenchidos. Quanto mais dados, mais simples será a busca no sis-tema. Cadastrar o despacho é o quarto passo fundamental. É importante que despacho e comentários, se houver, e assinaturas sejam sempre cadastrados.

O quinto refere-se à tramitação propriamente dita. O usuário cumpre todas as orientações acima, mas se es-quece de tramitar o documento no sis-tema. Quando o físico chega ao Proto-colo Geral, por exemplo, não há como proceder com os encaminhamentos necessários. O documento ficará sob a guarda do SGI, que fará contato com a área e aguardará que os usuários efe-tuem as ações necessárias.

Os dois passos finais estão relacio-nados ao envio do documento físico. Ora encaminha-se o documento oficial que faz menção a um anexo, mas que não acompanha o documento. Ora en-caminha-se apenas o documento, com características de anexo, e que neces-sariamente precisará de documento oficial para encaminhá-lo.

Um bom exemplo é o envio de rela-tório de viagens. Ele é um anexo e deve necessariamente ser encaminhado por memorando ou oficio, no caso de via-gens patrocinadas por outros órgãos, que oriente sobre seu destino e ações.

Seguindo os sete passos o documen-

to chegará ao destinatário em segurança.Vale lembrar que o suporte no SGI é

dividido por coordenação regional:

Gestão DocumentalCDOC e suas áreas – Parte II/Continuação

Dúvida dos leitoresNa minha unidade não há SGDOC,

como faço para acessar a ferramenta?O chefe da unidade pode enviar a

solicitação para [email protected] ou por memorando. Na mensagem deve constar nome, função, CPF e contato dos usuários que serão cadastrados no sis-tema. O usuário receberá login e senha de acesso, link do sistema, versão digital do manual de instruções e treinamento à distância para uso da ferramenta.

Na minha unidade há SGDOC, mas não somos unidade protocolizadora. É essencial que sejamos?

Não. A criação de uma nova uni-dade protocolizadora depende da de-manda de documentos e processos que determinada unidade tramita. Aquelas que não possuem demandas, quando necessário, poderão de comum acordo utilizar os serviços de unidades próxi-mas ou da sua coordenação regional. Importante lembrar que nas instru-ções normativas do ICMBio consta a informação de que o cidadão poderá protocolar seu documento em todas as nossas unidades e que todas podem autuar seus documentos. Assim, po-tencialmente todas as unidades são ou serão unidades protocolizadoras.

CR Responsável Ramal

1/3/11 Nataniel 9438

9/10 Sherlys 9593

2/4 Eliana 9568

7/8 Neide 9565

5/6 Andressa 9564

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No Foco

Assessoria de Comunicação Social - AscomInstituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio

Complexo Administrativo Sudoeste - EQSW 103/104 - Bloco B - Térreo - CEP: 70670-350 - Brasília/DF Fone +55 (61) 3341-9280 [email protected] - www.icmbio.gov.br

Imagem do céu de Brasília, em fim de dia na APA do Planalto Central. Foto de autoria do nosso colega Arthur Brant Pereira, coordenador de Monitoramento da Biodiversidade.