brasília, 23de maio de 2011
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Seminário Sindifisco – Dieese – Ipea Progressividade da Tributação e Desoneração da Folha de Pagemento. Desoneração da Folha de Pagementos: justificativas e consensos, propostas e riscos Mesa: Desoneração da Folha de Pagemento Fernando Gaiger Silveira Técnico de Planejamento e Pesquisa - PowerPoint PPT PresentationTRANSCRIPT
Brasília, 23de maio de 2011.
Seminário Sindifisco – Dieese – IpeaProgressividade da Tributação e
Desoneração da Folha de Pagemento
Desoneração da Folha de Pagementos: justificativas e consensos, propostas e riscos
Mesa: Desoneração da Folha de Pagemento
Fernando Gaiger SilveiraTécnico de Planejamento e Pesquisa
Diretoria de Estudos Sociais
Estrutura da Apresentação
1) Justificativas e Racionalidades da Desoneração da Folha
2) Histórico Recente das Propostas de Desoneração da Folha
3) Resultados das políticas de inclusão previdenciária: Simples, Plano Simplificado, Benefício no IRPF do Empregador Doméstico, Microempreendedor Individual.
4) Impactos da Desoneração na Formalidade, no Emprego, na Desigualdade e na Arrecadação
5) O consenso em torno da desoneração, sua atual racionalidade e seus riscos
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(1) Justificativas e Racionalidades da Desoneração da Folha
• Informalidade no Mercado de Trabalho e Erosão da Base de Arrecadação do RGPS
– Ampliação da solidariedade no financiamento do RGPS
• Contribuições pesam mais nas empresas intensivas em trabalho
– Desoneração compensada por tributo sobre o consumo possivelmente favoreceria as empresas intensivas em trabalho
• Informalidade é decorrente, em grande medida, do montante das contribuições previdenciárias
– Curva de Lafer
Essas racionalidades surgiram no contexto dos anos 90
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(2) Histórico Recente da Desoneração da Folha
• EC n° 41/2003– permitiu a susbstituição total ou parcial das contribuições
previdenciárias por contribuição não cumulativa sobre receita ou faturamento
• Fórum Nacional da Previdência Social– um dos poucos pontos – senão o único – de consenso no
FNPS
• PEC n° 233/2008– queda gradual de 20% para 14% compensada por meio do
novo IVA-Federal
• Estudo SAE-PR e Política Industrial
• A proposta em discussão- redução de 20% para 10% com compensação via
contribuição específica para a Previdência sobre receita ou faturamento.
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(3) Resultados das políticas de inclusão previdenciária
• Simples- efeitos positivos no emprego em estudo para firmas
industriais
• Plano Simplificado- estudo – TD IPEA – concluiu que cresce a chance de contribuir
dos trabalhadores com rendimentos proximos a 1 S.M.
• Desconto IRPF de Cont. Patronal Emprego Doméstico
- artigo recente – RBE – conclui pela ineficácia da política.
• Microempreendedor Individual
voltadas às camadas onde a informalidade é maior e que são o “foco” da desoneração
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(4) Impactos da Desoneração na Formalidade, no Emprego, na
Desigualdade e na ArrecadaçãoDesoneração X Formalidade
– Elementos conceituais: NERI – Curva de Laffer
– Painéis de Países e Anos:• incremento de 0,3% na informalidade para cada aumento em 1% na
alíquota previdenciária total, mas o crescimento de 1% do PIB per capita implica queda de 1,7% na informalidade – N. Bordonado, com dados de latino-americanos;
• resultados semelhantes para países europeus;• exemplo chileno aponta para mudanças nos salários e não na formalidade.
– Modelos de Equílibrio Geral:• depende dos pressupostos, sendo comum a idéia de que o trânsito para a
formalidade é uma opção do trabalhador e do empregador para elidir (Laffer)
• segmentação formal X informal coloca em xeque esse pressuposto• encontraram-se efeitos modestos sobre a formalidade e um pouco mais
expressivos no emprego, mas quando se considerou haver rigidez salarial os efeitos concentraram-se sobre os salários.
efeitos sobre salários significam impactos negativos na desigualdade
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(4) Impactos da Desoneração na Formalidade, no Emprego, na
Desigualdade e na ArrecadaçãoDesoneração: custos e possíveis compensações
Custos
• cada 1 ponto percentual de desoneração = custo aproximado de R$ 5 bilhões
• para dados de 2006, a desoneração de 6 pontos percentuais requeria que a massa salarial passasse de 12,5% para 15,9% do PIB para não haver queda na arrecadação
Ampliação e alteração da base de arrecadação• PEC 233
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(4) Impactos da Desoneração na Formalidade, no Emprego, na
Desigualdade e na ArrecadaçãoDesoneração e Desigualdade
Desproteção previdenciária e financiamento• Financimento regressivo do gasto previdenciário
Incidência das contribuições e do PIS-Cofins – fontes do RGPS
• compensação EC 43 implica regressividade - de um imposto neutro para um regressivo
Proposta de redução de riscos, no caso distributivo
desoneração da contribuição do empregado para todo o primeiro salário mínimo
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Participação das contribuições previdenciárias e do PIS-Cofins na renda, segundo décimos e
centésimos de renda – Brasil, 2009
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2002-2003
0,0
1,5
3,0
4,5
6,0
7,5
9,0
10,5
12,0
13,5
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 mediadécimos de renda monetária familia per capita
% re
nda
outros
renda
automoveis e imoveis
contr. prev.
2008-2009
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 médiadécimos de renda monetária familiar per capita
Comportamento da incidência da tributação direta sobre a renda, por tipos de tributos e segundo décimos de renda monetária familiar per
capita – Brasil, 2002-2003 e 2008-2009.
Comportamento da incidência da tributação indireta sobre a renda total, por tipos de tributos e segundo décimos de renda monetária final (descontados os
tributos) familiar per capita – Brasil, 2002-2003 e 2008-2009.
(5) Racionalidade atual e riscos
–Real motivação da desoneração• Desempenho recente do emprego formal
–Compensação por meio de contribuição sobre receita ou faturamento isenta as exportações
• relação com a valorização cambial e sua efetividade• imputa-se o custo do ajuste regressivo ao mercado interno
–Comportamento da receita previdenciária e PIB• elevada elasticidade receita previdenciária PIB
–E o Sistema “S”, o salário educação
–Outras formas de compensação
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Obrigado pela atenção!
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