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REVISTA DA CÂMARA DE COMÉRCIO AMERICANA DO RIO DE JANEIRO DESDE 1921 nº286 MAI/JuN 2014 Vitória capixaba A melhor cidade para a abertura de negócios nova diretoria Conteúdo local entre as prioridades da AmCham Rio Especial Copa Fifa vai compensar 100% das emissões operacionais associadas ao torneio Diálogos comerciais, propriedade intelectual e energia merecem atenção minuciosa, de acordo com Liliana Ayalde, embaixadora americana no País, em entrevista exclusiva Relações bilaterais BRasil/EUa

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REVISTA DA CÂMARA DE COMÉRCIO AMERICANA DO RIO DE JANEIRODESDE 1921 nº286 MAI/JuN 2014

Vitória capixaba A melhor cidade para a abertura de negócios

nova diretoria Conteúdo local entre as prioridades da AmCham Rio

Especial Copa Fifa vai compensar 100% das emissões operacionais associadas ao torneio

Diálogos comerciais, propriedade intelectual e energia merecem atenção minuciosa, de acordo com Liliana Ayalde,

embaixadora americana no País, em entrevista exclusiva

Relações bilaterais BRasil/EUa

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A atuação da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janei-ro (AmCham Rio) está voltada à geração de oportunidades de negócios e ao desenvolvimento das relações comerciais do

Brasil com os Estados Unidos, além do networking de alto nível e das ações de advocacy da agenda do setor privado. Iniciativas como o Global Entry e o Visa Waiver Program (que, respectivamente, facilita a entrada nos EUA e elimina a exigência de visto), o Diálogo Estra-tégico de Energia e o acordo para evitar a bitributação estão entre as nossas prioridades.

Parceira estratégica da AmCham Rio nesta agenda, a embaixada dos Estados Unidos no Brasil é destaque nesta edição da Brazilian Business. Em entrevista exclusiva, concedida antes da cerimônia de posse da nova diretoria da AmCham Rio, no dia 5 de maio, em Copacabana, a embaixadora Liliana Ayalde diz que as empresas americanas continuam apostando no mercado brasileiro, com investimento em treinamento profissional e desenvolvimento de novas tecnologias. Somente em 2012, os americanos aportaram US$ 79 bilhões no Brasil.

A embaixadora ressaltou o fortalecimento das relações bilaterais entre os dois países em discurso na cerimônia de posse da nova diretoria da AmCham Rio, outro destaque desta edição, evento que também teve a presença do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e do vice-presidente do BNDES, Wagner Bittencourt.

A Copa do Mundo, que começa em junho e atrairá milhares de turistas de todo o mundo – inclusive, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden –, ganha análise qualificada, em artigos de opinião do cônsul-geral dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, John Creamer, do presidente da BP no Brasil, Guillermo Quintero, e do diretor executivo de Mercados Estratégicos da EY, Marcos Nicolas.

A coluna Rio também tem foco no esporte, muito além do que é disputado no Maracanã. Atletas amadores e profissionais se inspiram nas paisagens da Cidade Maravilhosa, praticando modalidades que vão desde o alpinismo nos nossos cartões-postais até as partidas de futebol que se espalham por pracinhas, quadras, campos e várzeas.

Boa leitura!

Conselho editorial Henrique Rzezinski

João César Lima Rafael Lourenço

Rafael Sampaio da Motta Roberto Prisco Paraíso Ramos

Robson Goulart Barreto

Gerente de Comunicação Eduardo Nunes

[email protected]

Editor-chefe e jornalista responsável Cláudio Motta (MTB 01001400/RJ)

[email protected]

Colaboraram nesta edição: Fábio Matxado (edição de arte),

Pedro Kirilos (foto), Luciana Maria Sanches (revisão) e Bernardo Guimarães (texto e foto)

Canal do lEitor [email protected]

Os artigos assinados são de total responsabilidade dos autores, não representando,

necessariamente, a opinião dos editores e a da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro

Publicidade Felipe Tavares

[email protected]

A tiragem desta edição, de 3.000 mil exemplares, é comprovada por EY

Impressão: Walprint

Uma publicação da Câmara de Comércio americana do rio de Janeiro

Praça Pio X, 15, 5º andar

20040-020 Rio de Janeiro RJ Tel.: (21) 3213-9200 Fax: (21) 3213-9201

[email protected] www.amchamrio.com

Leia a revista também pelo site amchamrio.com

Caso não esteja recebendo o seu exemplar ou queira atualizar seus dados,

entre em contato com Giuliana Sirena: (21) 3213-9227 ou [email protected]

editorial

28 VitóriaOs atrativos que fizeram a capital capixaba ser escolhida a melhor cidade do Brasil para novos negócios

30 Ponto de VistaA ferramenta de Comunicação Não Violenta (CNV) pode ser um diferencial nas relações corporativas

32 EntrevistaRobson Campos, presidente da Wärtsilä Brasil, comemora os 180 anos da matriz finlandesa

34 Startup rioPrograma investe em 50 projetos para desenvolvimento de novas plataformas digitais e tecnológicas

36 Ponto de Vista Augusto Sales, sócio da KPMG, analisa o cenário político e as perspectivas de novos investimentos estrangeiros

38 Saber FinanceiroEspecialista esclarece as dúvidas mais comuns sobre os investimentos em títulos públicos

39 Brasil UrgenteElbia Melo, presidente executiva da ABEEólica, faz projeções sobre o futuro energético do mundo

06 Coluna rioProfissionais e amadores aproveitam praias e montanhas da cidade para praticar esportes ao ar livre

14 PerfilIbeu leva sua experiência para a internet e lança um curso on-line de português para estrangeiros

16 CapaLiliana Ayalde, embaixadora dos EUA no Brasil, analisa as relações bilaterais em entrevista exclusiva à Brazilian Business

26 EntrevistaKasim Reed, prefeito de Atlanta, fala à Brazilian Business sobre as oportunidades de negócios na cidade

21 desafios Brasil x EUaO cônsul-geral dos EUA no Rio, John S. Creamer, comenta a euforia americana com a Copa do Mundo

22 Especial Especialistas da EY e da BP no Brasil analisam os legados estruturais e ambientais da Copa no País

40 amcham newsA nova diretoria da AmCham Rio tomou posse em evento com a presença de autoridades e mantenedores

roberto ramos, presidente da Câmara

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6_Edição 286_mai/jun 2014

Esportes urbanos exploram a beleza natural da cidadeAtletas profissionais e amadores aproveitam praias, montanhas e espaços livres do Rio para juntar atividades físicas e paisagens deslumbrantes

Divulgação/RocksinRio

Bernardo Guimarã[email protected]

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8_Edição 286_mai/jun 2014 Edição 286 Brazilian Business_9

Dia 13 de julho, 16h: o Maracanã servirá de palco para a finalís-sima da Copa do Mundo. Hoje,

provavelmente agora mesmo: craques de bairro e pernas de pau esforçados dispu-tam peladas em várzeas, praças e áreas de lazer. Não é só no Estádio Mário Filho nem apenas em campos de futebol que os cario-cas praticam esportes. A cidade é palco de atividades físicas ao ar livre que exploram a beleza de seus cartões-postais, sejam elas nos paredões do Pão de Açúcar, nas areias e nas águas das praias ou até pelo asfalto das ruas. O melhor? A maioria é de graça.

O contato direto com a natureza costu-ma ser uma excelente oportunidade para combater o estresse e aliviar as tensões do dia. Para Eduardo da Silveira Netto, do Conselho Regional de Educação Física da 1ª Região – Rio (Cref 1) e diretor técnico da academia A!Body Tech, a realização de exercícios físicos ao ar livre é uma ótima motivação para os que almejam alcançar o bem-estar agregando dinamismo e novas aventuras às atividades.

Levando em conta o bom desempenho na prática de esportes, Netto ressalta a im-portância de um acompanhamento profis-sional, mesmo que seja ao ar livre. “É muito importante e se faz necessária a adoção de algumas medidas de segurança, tais como cuidados com a temperatura ambiente, ou seja, com as condições climáticas. Além das precauções necessitadas em outras ativida-des físicas, consentimento médico, orienta-ção de um profissional habilitado (portanto, registrado no Conselho Regional de Edu-cação Física), cuidado com alimentação, vestimentas e hidratação”, afirma Netto.

Seja dia, seja noite, o futebol é praticamente onipresente na ci-dade. O Aterro do Flamengo é uma dessas áreas. Os seus quase 1.200.000 metros quadrados hospedam quadras que são domina-das por crianças em escolinhas de futebol ou pela já tradicional “pelada dos garçons”. Em 2011, a prefeitura do Rio deu início a um investimento de aproximadamente R$ 2,2 milhões para o processo de recuperação das quadras esportivas no Aterro. A projeção é de que o fluxo de pessoas e a diversidade dos esportes aumentem com mais espaços de lazer. E os investimentos não param. Em 2013, a Nike inaugurou na área um campo de futebol society para peladas no Rio de Janeiro. Contando com o pontapé inicial do ex-jogador Ronaldo “Fenômeno”, a empresa se comprometeu em reformar e manter os demais oito campos de futebol da área, desde os alam-brados até as redes de gol.

A corrida também tem sua vez na área. Competições interna-cionais do esporte são sediadas anualmente na região. Na Meia Maratona Internacional do Rio, a mais famosa corrida da cidade, o Aterro serve como ponto final dos 25 quilômetros de extensão da prova. Em 2013, o local também abrigou a Color Run. Iniciada, em 2012, na cidade de Phoenix, no Arizona (Estados Unidos), e realizada em várias cidades do mundo, a corrida consiste em um percurso de 5 quilômetros em que os “atletas” se vestem de branco e se divertem com bolas de tinta atiradas em sua direção a cada quilômetro percorrido.

Bem perto do Aterro, um dos cartões-postais mais famosos da cidade é um alvo adorado por aventureiros em busca de uma atividade um pouco mais ousada: escalar os quase 360 metros de altura do complexo rochoso do Pão de Açúcar, na Urca. Levando diariamente inúmeros grupos de escaladores profissionais e ama-dores ao local, os trajetos são separados de acordo com o nível de experiência do aventureiro. Para os iniciantes, as vias da Babilônia são sempre uma boa opção, já que a facilidade ao acesso e a incli-nação do morro facilitam a escalada. Para os mais experientes, a via Italianos é o foco. A subida tem como ponto final o cume do Pão de Açúcar. Percorrendo 100 metros da aresta oeste do morro em pequenas agarras, os desbravadores que conseguirem chegar ao fim da via terão como recompensa, além da vista panorâmica e invejável do Rio de Janeiro, a descida pelo bondinho até o Morro da Urca, que é isenta de cobrança.

“Antes de começar a atividade, o instrutor faz um briefing, relembra e/ou ensina procedi-mentos de segurança e, durante a escalada, vai na frente, faz a segurança e dá dicas para que todos tenham uma ótima experiência e se di-virtam curtindo o visual”, diz Gabriella Araújo, gerente de operações da agência RocksInRio.

Já no bairro da garota de Ipanema, entre os coqueiros enraizados nas areias da praia, cordas de nylon são presas e suspensas a uma altura de 30 cm do chão. Da calçada, pesso-as observam com atenção os praticantes do slackline demostrando técnicas e habilidade. Equilíbrio e muita concentração são os requi-sitos básicos para o atleta do esporte que vem conquistando adeptos a cada temporada.

Acostumado a caminhar na “corda bamba” desde 2010, Igor Zam-belli foi o primeiro brasileiro a conquistar o título mundial do esporte, no Campeonato Mundial de Slackline de 2012, na Áustria. Carioca de nascença, Zambelli era um praticante assíduo de skate antes de se apai-xonar pela modalidade. Para ele, ter a praia como local de treino é mui-to motivador. “A praia é um ótimo lugar para treinar. Não só pelo fato de a areia amortecer as quedas ou ter o cenário paradisíaco de Ipanema, mas também porque as pessoas que param para assistir aos treinos nos transmitem uma energia positiva! Isso me motiva muito!”, conclui.

Já nas areias da praia de Copacabana, inúmeras bolas de vôlei voam pelos ares. O treinamento na área é intenso, e as redes estão presentes em praticamente todos os postos da orla. Tendo a visibilidade aumenta-da desde as vitórias conquistadas por brasileiros em torneios mundiais, como a medalha de prata da dupla Adriana Behar e Shelda na Olimpí-ada de Sydney, em 2000, o esporte é uma oportunidade de juntar o útil ao agradável: praticar exercícios à beira-mar. >

“TrEinar na praia é uma dElícia! podEr dar um

mErgulho no mar dEpois dE uma parTida dispuTada

não TEm prEço!”, FeRnanDa BeRti, jogaDoRa De vôlei

Vôlei de praia faz parte da paisagem cariocaDivulgação/ RiotuR/PeDRo kiRilos

Igor Zambelli, primeiro brasileiro ganhador mundial de slackline, durante treino na praiaDivulgação/guiDo santos

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10_Edição 286_mai/jun 2014 Edição 286 Brazilian Business_11

“o rio dE JanEiro TEm Espaço para quasE Todas as modalidadEs EsporTivas ao ar

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FeRnanDa cunha, ResPonsável aDministRativa Da escola caRioca De suRF

Foi seguindo essa linha que a jogado-ra Fernanda Berti decidiu mudar o rumo da carreira. Tida como um dos destaques da nova geração do vôlei de praia do Bra-sil, Fernanda teve passagens por grandes clubes de quadra como Pinheiros, Praia Clube, Cesena, da Itália, KT&G, da Co-reia, além das seleções brasileiras adultas e de base. O início da transição da jo-gadora entre a quadra e a areia não foi fácil, mas ela garante que o sacrifício foi válido. “Neste momento da minha vida, a praia está me dando mais prazer de jogar, sentimento que acho fundamen-tal para um atleta desenvolver suas ati-vidades com perfeição. Treinar na praia é uma delícia! Poder dar um mergulho no mar depois de uma partida disputada não tem preço!”

Falando em mar, nas águas salgadas da Barra da Tijuca a onda é outra. Lite-ralmente. Os aficionados pelo surfe dispu-tam os preciosos metros cúbicos da praia em busca das melhores ondas do Rio. Como mar é o que não falta na cidade, o esporte é praticado do Leme ao Pontal. Tido como um estilo de vida para muitos, o esporte influencia desde o vestuário até o jeito praieiro do carioca.

De pranchinhas a longboard, a Escola Carioca de Surf afirma que a procura pe-las aulas só vem aumentando com os anos, independentemente da época, verão ou inverno. Localizada no posto 8 da praia da Barra, a escola fornece aos alunos a Kom-bi "Carioca Móvel", veículo utilizado pela escola para locomoção coletiva em busca das melhores ondas da cidade, oferecendo diversão aliada à segurança a seus clientes. “O Rio de Janeiro tem espaço para quase todas as modalidades esportivas ao ar li-vre e tem, inegavelmente, uma paisagem sensacional. Praticar esportes ao ar livre se tornou a opção de milhares de cariocas. O cenário é um espetáculo à parte, tornando qualquer atividade mais agradável”, afirma Fernanda Cunha, responsável administra-tiva da Escola Carioca de Surf.

Pode ser em peladas valendo troféus baratos ou em campeonatos profissionais valendo a Taça do Mundo da Fifa: o espor-te faz parte da cultura no Rio de Janeiro. Na areia, no asfalto, na praia ou na mon-tanha, a atividade física é também peça de quebra-cabeça fundamental para comple-tar a paisagem da Cidade Maravilhosa.

Bodyboarders disputam campeonato na Praia de CopacabanaDivulgação/RiotuR/ alexanDRe macieiRa

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A flexibilidade é característica funda-mental. A proposta inicial é dar liberdade para cada um avançar no seu próprio ritmo, ou seja, os que têm mais tempo poderão fi-nalizar as aulas em um ano. O mais provável é que a maior parte dos alunos conclua cada módulo em até seis meses. Nesse ritmo, os três módulos se encerrariam, no máximo, em um ano e meio. “Os alunos também po-dem escolher um modelo híbrido, com uma parte presencial e outra on-line, já que aulas presenciais são oferecidas regular e conti-nuamente na bem localizada filial Ipanema do Ibeu. Isso vale tanto para quem estiver no Brasil ou fora, mas pretende passar uma temporada aqui”, diz Cristina.

A Copa do Mundo e a Olímpiada em 2016 devem impulsionar a procura pelo português. Mas os investimentos do Ibeu nesse novo mercado estão mais apoiados nas perspectivas de crescimento econômico do País e na chegada de novas empresas ao Brasil, sendo esta uma das principais fontes de alunos. “Os grandes eventos nos colocam em evidência, mas são temporários. O cres-cimento sustentado está associado ao nosso desempenho na economia, como a chegada de funcionários estrangeiros de empresas que se instalam no Rio de Janeiro para atuar na área de petróleo e gás, por exemplo”, afir-ma a superintendente-geral do Ibeu.

Para os alunos que decidem se aventu-rar na língua de Machado de Assis, o maior desafio costuma ser a conjugação dos tem-pos verbais. Tarefa que, no inglês, costuma ser muito mais simples.

Para dar um molho bem brasileiro às aulas, o curso também oferece noções de cultura. Há páginas com dicas de compor-tamento, como o hábito de cariocas darem dois beijinhos quando se encontram, en-quanto os paulistanos dão apenas um. “O Ibeu é muito carioca, só opera no Rio, onde funcionam 17 unidades, além de outras duas em Niterói. Fazemos parte de centros binacionais, mas Ibeu mesmo, só no Rio. E agora nosso produto vai para o mundo”, conclui Cristina.

perfil

Caipirinha, futebol, gol, campeão, turista, hotel, jogador, obrigado, samba. Faltando poucos dias para a Copa do Mundo, estas e outras

palavras provavelmente vão correr o planeta. Para as pessoas que quiserem ir bem mais além, o Ibeu lan-çou, em maio, um curso de português pela internet. Com a ferramenta, a escola de idiomas pretende aliar a experiência de quem ensina inglês há 77 anos, sendo o único curso do Rio com a qualidade reconhecida pela embaixada americana, e português para estrangeiros há mais de 40 anos com as facilidades tecnológicas de um mundo conectado.

Chamado Portuguese for Foreigners, o curso pode-rá ter alunos espalhados por todo o mundo, diz a supe-rintendente-geral do Ibeu, Cristina Daibert. “A internet quebra barreiras e o insere num contexto nacional e internacional. Há muitos cursos on-line, a maioria de inglês, mas os cursos de português oferecidos são, na verdade, aulas particulares por Skype. Nós estamos ali-cerçados numa abordagem pedagógica sólida e numa experiência de décadas.”

O aluno novo ingressa num dos três níveis possíveis: básico, intermediário e avançado. No primeiro momen-to, o curso enfoca as situações e palavras mais comuns do dia a dia, como as conversas necessárias para fazer reserva em hotéis, almoçar em restaurantes etc.

Em seguida, o processo de aprendizagem passa às situações que envolvem encontro entre pessoas, apre-sentações de trabalho e descrições de ambientes. Por fim, no terceiro nível, o aluno já é capaz de falar em português sobre planos futuros, expressar desejos, gos-tos e discutir problemas, entre outras coisas. “O aluno tem um tutor o tempo todo e ainda pode contratar aulas particulares”, explica Cristina.

Ao lançar o Portuguese for Foreigners on-line, o Ibeu se insere num mercado novo. A expectativa dos gestores do curso é de que essa modalidade de aula seja uma tendência. A projeção inicial é de que haja cerca de mil alunos no fim do primeiro ano de atividades.

“Cursos de português ofereCidos são, na verdade,

aulas partiCulares por skype. nós estamos aliCerçados numa abordagem pedagógiCa sólida

e numa experiênCia de déCadas”

Com 77 anos de experiência no ensino de inglês e mais de 40 de português, o Ibeu lança o curso Portuguese for Foreigners pela internet

Cristina Daibert, superintendente-

geral do Ibeu: alunos podem

escolher um modelo híbrido, com uma parte

presencial e outra on-line

a língua do carioca para o mundo

divulgação

Cláudio Motta [email protected]

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16_Edição 286_mai/jun 2014 Edição 286 Brazilian Business_17

entrevista

As empresas americanas continuam apostando no mercado brasileiro, disse a embaixadora dos Estados

Unidos no Brasil, Liliana Ayalde, em entre-vista exclusiva para a revista Brazilian Busi-ness. Elas investem em treinamento de mão de obra e em desenvolvimento conjunto de novas tecnologias, além de cooperar com os governos federal, estaduais e municipais. Somente em 2012, os investimentos bilate-rais atingiram cerca de US$ 100 bilhões, sendo que os americanos aportaram US$ 79 bilhões no Brasil.

Além da cooperação firmada para os grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo, temas como segurança, energia, educação, igualdade de gênero e raça estão entre as prioridades. “O interesse do governo americano no Brasil e o consequente com-prometimento entre os dois países é, real-mente, um desdobramento positivo e um in-dicador do futuro da relação Brasil-Estados Unidos. Esperamos que após as eleições, em outubro, nossa agenda se intensifique para que trabalhemos em prol de uma relação que já é profunda e mutuamente benéfica”, afirmou a embaixadora, durante discurso no evento de posse da nova diretoria da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio), realizado no dia 5 de maio.

No Rio de Janeiro, segurança, infraes-trutura e petróleo e gás estão entre os prin-cipais fatores de atração de novas empresas americanas. No de petróleo e gás, existem hoje, aproximadamente, 90 companhias ativas, e Liliana ressaltou: “O setor tem sido e continuará sendo um importante com-ponente de uma relação ampla e profunda entre Brasil e Estados Unidos”.

Mesmo os assuntos mais sensíveis, como os problemas envolvendo a Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) – razão pela qual a presidente Dilma Rousseff resolveu cancelar uma visita aos EUA no fim do ano passado – não ficam sem resposta nesta entrevista. De acordo com Liliana, aquele momento teve um im-pacto nas relações bilaterais, mas o futuro é promissor, com oportunidades do tama-nho do Brasil. E dos Estados Unidos.>

pedro kirilos

Embaixadora dos EUA no Brasil, Liliana Ayalde analisa as relações bilaterais entre os países e, em entrevista exclusiva para a Brazilian Business, aposta no surgimento de novas oportunidades de negócios

Liliana AyaldeEmbaixadora dos EUA no Brasil

Cláudio Motta e Bernardo Guimarã[email protected] [email protected]

não haverá crescimento sem desafios

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18_Edição 286_mai/jun 2014 Edição 286 Brazilian Business_19

BB: Quais são os principais pontos que podem ser melhorados entre ambos os países?LA: Na educação, os EUA recebem a maioria dos alunos do Ciência Sem Fronteiras. Atualmente, temos 22 mil alunos distribuídos em mais de 300 instituições americanas. Gostaríamos de fazer mais e há espaço para isso. No mais, há áreas que pedem uma atenção minuciosa, cer-tamente no lado comercial e dos diálogos comerciais, na questão da propriedade intelectual e no setor de energia. A pergunta agora é: o que podemos fazer antes da Copa do Mundo, já que o calendário deman-da uma presença grande do governo no evento, e, claro, ainda tem as eleições? Mutuamente, estamos fazendo o possível, agendando diálo-gos econômicos de parceria. Inovação e tecnologia estão na agenda dos próximos encontros entre nossos secretários e o Itamaraty.

BB: O inglês ainda é uma dificuldade para os brasileiros ingressarem no Ciência Sem Fronteiras?LA: Alunos tiveram que voltar ao Brasil por não falar o idioma, mas esse problema não envolveu significativamente universidades ame-ricanas. Para tentar contornar um pouco essa situação, foi criado o Inglês Sem Fronteiras. E acho que fizemos um bom trabalho com as autoridades locais selecionando e preparando bem os estudantes para que eles tivessem o nível adequado de inglês. Isso não significa que esse ainda não seja um desafio. Até porque queremos que o projeto seja inclusivo e não apenas destinado a pessoas de Brasília, do Rio de Janeiro e de São Paulo. É importante ter todos os Estados juntos, com mais diversidade racial e econômica. Entretanto, o desafio aumenta quando saímos da região em que está concentrada a maior quantida-de de pessoas que falam inglês.

BB: Voltando à agenda econômica, como podemos evitar a dupla tributação?LA: Não há dúvidas de que evitar a bitribu-tação seria um grande avanço. Temos que esperar os pedidos para poder avançar na agenda. Mas entendemos que seria um pas-so importante para a relação comercial dos dois países.

BB: A senhora é especialista em saúde pública. O que muda nos EUA com o Affordable Care Act, conhecido como ObamaCare, assinado pelo presidente americano no ano passado? E como a senhora analisa o Brasil nesse setor?LA: A assistência médica é um assunto de primeira importância. É o que as pessoas estão pedindo. O ObamaCare permite que a população receba suporte nas necessida-des básicas de saúde por um preço mais baixo, já que o custo por assistência médica nos EUA está aumentando muito, tornan-do difícil a adesão de cidadãos americanos aos planos de saúde. A promessa é que esse modelo seja capaz de englobar todas essas pessoas sem assistência. Já o Brasil tem ou-tros modelos, como o Mais Médicos, que eu entendo que seja temporário. Temos di-ferentes realidades, mas acho que podemos aprender um com o outro. Com mais de 8 milhões de inscrições, estamos apostando que o ObamaCare funcione bem.

BB: Vamos falar de esportes. Qual é a sua expectativa para a Copa do Mundo?LA: Estamos muito animados! Somos uma das 32 delegações participantes. Temos tra-balhado com diferentes autoridades para dividir algumas de nossas experiências so-bre como os grandes eventos foram reali-zados nos EUA, não apenas na segurança, mas em outros aspectos. Esperamos que as coisas aconteçam bem e que os fãs levem com eles os bons momentos da compe-tição. É muito trabalho, ainda mais que a competição acontece em 12 cidades. >

entrevista liliAnA AyAldE

Brazilian Business: Em outubro de 2013, a presidente Dilma cancelou uma visita aos Estados Unidos em decorrência da repercussão do caso envolvendo a NSA. Como reaquecer as relações entre o Brasil e o país?Liliana Ayalde: Definitivamente, aquele mo-mento não foi bom. Eu não quero minimizar o fato de que isso teve um impacto em nossas relações. Mesmo assim, elas continuaram ro-bustas. Mantemos encontros e compromissos de agenda em diversos setores, não só no co-mercial, mas em educação e outros assuntos de interesse em comum. Nossas relações estão avançando. Seja no aumento de turistas brasi-leiros nos EUA, na demanda de alunos brasi-leiros indo a instituições de ensino americanas ou nas relações comerciais entre os dois paí-ses. Politicamente, estamos avançando bem e temos um número de compromissos impor-tantes agendados. O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, virá ao Brasil para a Copa, entre outros visitantes de alto nível.

BB: O que falta para eliminar as exigências de visto para entrar nos EUA?LA: O Visa Waiver Program (que acabaria com a necessidade de visto) foi posto à mesa pelo setor privado e tem sido incluído constante-mente nos discursos diplomáticos dos dois países. Depois da exposição de mídia deriva-da da NSA, esse diálogo foi temporariamente adiado. Agora estamos voltando com esse as-sunto. Como você sabe, existem exigências le-gais para os países que desejam entrar no pro-grama. Precisamos nos encontrar, conversar e trocar informações acerca desse arcabouço legal necessário. É um processo. Atualmente, estamos em contato com o Itamaraty, traba-lhando em encontros para avançar e imple-mentar o Global Entry Program (que mantém a exigência do visto, mas agilizaria o processo de entrada nos EUA).

BB: E o que está faltando?LA: Existem exigências na legislação. Uma de-las é a taxa de aprovação de vistos. Atualmente, a do Brasil é de 96%, e o exigido é 97%. É um número positivo, mas há ainda sistemas que precisam ser implementados, como a troca de informações de passageiros, por exemplo. Pri-meiro é a decisão de fazer e, depois, a capacida-de técnica de implementar esse novo processo. Ou seja, há assuntos técnicos, mas os políticos também precisam estar alinhados. Para isso, é necessário ter um alto nível de comprometi-mento com as normas do programa.

estamos em contato com o itamaraty, trabalhando

em encontros para avançar e implementar o Global

entry proGram

BB: O Chile já chegou a esse estágio e está dentro do Visa Waiver Program. O que podemos aprender com eles para o processo?LA: Esse é um bom ponto. Acho que seria válido conversar com os chilenos sobre o assunto. Para o Chile, foi um processo que levou três anos. Não foi algo rápido, mas um compromisso de longo prazo.

BB: Como a senhora avalia as relações bilaterais entre o Brasil e os EUA?LA: Temos uma ótima plataforma de in-teresses em comum, seja no comércio ou em políticas globais. Nossas relações são bem robustas. Temos um número grande de companhias americanas aqui no Brasil, como na área de petróleo e gás. Há mui-tas oportunidades, podemos compartilhar nossas tecnologias e expandir nossas rela-ções nesse setor de energia.

Liliana Ayalde participa de atividade educacional com jovens pintando muros ao redor do consulado americano de São Paulod

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entrevista liliAnA AyAldE

BB: Milhares de torcedores americanos virão ao Brasil...LA: Estamos surpresos com a venda de in-gressos para americanos e, da última vez que chequei, o número já havia aumentado. Esperamos receber mais de 180 mil ameri-canos, o que é ótimo, porque eles terão a possibilidade de ver o País, aprender mais sobre a cultura do Brasil e conectar ainda mais as duas nações. Estamos organizando equipes consulares em cada cidade parti-cipante, providenciando ao cidadão ame-ricano informações e ajuda para lidar com problemas como perda de passaporte. Es-peramos ter americanos por todas as partes do Brasil. O vice-presidente (Biden) virá acompanhar os jogos em Natal.

BB: E a senhora tem algum palpite sobre quem irá ganhar o evento?LA: Essa é uma pergunta muito importan-te e um território muito perigoso para eu entrar (risos)! O que eu posso dizer é que eu espero que a delegação americana faça o melhor.

esperamos receber durante a copa mais de 180

mil americanos, o que é ótimo, porque eles terão a possibilidade de ver o país, aprender sobre a cultura do brasil e conectar ainda

mais as duas nações

BB: Sobre a Olimpíada, a senhora vislumbra oportunidades e parcerias do Brasil com os EUA?LA: Certamente. Temos dois projetos agora em execução no Nor-deste, organizando oficinas de futebol com fundações que traba-lham com meninas e outras com crianças carentes. Em São Paulo, fizemos um trabalho com membros das nossas seleções de futebol envolvendo as crianças com artes, mantendo-as ocupadas e propí-cias a exercer a criatividade, pintando grafites nos muros ao redor do consulado americano da cidade. No lado da segurança, mais parcerias serão estabelecidas com os governos locais que também serão benéficas para a Olimpíada. O Rio já hospedou vários eventos importantes, como a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude, vocês têm muita experiência. Claro que a Olimpíada está inserida num cenário diferente: muitos países, muitas pessoas, muitas logísticas. Há tempo para planejar e aumentar os investimen-tos. As alianças com os governos americanos e brasileiros também estão em andamento. O governador de Maryland veio ao Brasil e compartilhou sua experiência, que pode ser útil para a limpeza da Baía de Guanabara, por exemplo. São muitas as oportunidades e o interesse é grande. Tem espaço para tudo.

BB: Como a senhora vê a AmCham Rio, que completará 100 anos, em 2016?LA: O que me traz ao Rio é a importância dessa parceria. Ela vem de muitos anos e está mais importante agora. Tem uma nova onda de crescimento no Rio. Celebramos com prazer a liderança que a AmCham Rio exerceu durante todos esses anos e sabemos que iremos continuar garantindo de perto toda a assistência à institui-ção para continuar gerando novos negócios. É uma relação com vários fatores positivos, capaz de focar nos desafios e identificar os obstáculos para o crescimento. Não haverá crescimento sem desa-fios. Por intermédio da AmCham Rio, com todo o entendimento desses problemas, a trajetória e o quadro robusto de associados, acredito que continuaremos trabalhando juntos no futuro. Eu re-almente espero estar aqui para o centenário.

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desafios brasil//eua 2014

The Fifa World Cup is coming to Brazil for the first time since 1950, and there is a feeling among soccer fans all over the world that a tournament in the “país do futebol” will

be special. It is an honor to be the U.S. Consul General in the city hosting the final match.

Since Brazil’s selection as the host country for the 2014 Fifa World Cup, officials have been working to host an unforgettable event, while using the improvement of the 12 host cities as a plat-form to improve peoples’ lives. Rio has set the bar even higher, with the challenge of preparing for one world class sporting event this year, and at the same time planning and building for the 2016 Summer Olympics.

The United States believes in the positive influence soccer and other sports can play in building mutual understanding among na-tions and among diverse communities. The Department of State sends former university and professional athletes abroad through an initiative called SportsUnited, and these envoys deliver work-shops and motivational speeches primarily aimed at youth. They help increase dialogue and cultural understanding between people around the world. SportsUnited has touched thousands of people from over 100 countries, including Brazil.

And the idea that soccer is not popular among Americans is simply not accurate today. The U.S. Women’s National Team has won the World Cup twice. The U.S. Men’s National Team qualified for every World Cup since 1990. Americans have also topped all non-Brazilian ticket purchases for the 2014 Fifa World Cup, buy-ing an impressive 125,465 total tickets.

Perhaps the most recognizable American who will be visiting Brazil is Vice-President Joe Biden. On April 14, Vice-President Biden and Secretary Kerry hosted the actual Fifa World Cup Tro-phy at the Department of State in Washington, DC. Both Vice-President Biden and Secretary Kerry noted the value of sports as a means of transcending national differences, encouraging respect for diversity, and uniting people from disparate backgrounds. And the Vice-President, who in his remarks announced that he will be coming to Brazil to watch the U.S. team play, paid tribute to Brazil’s rich soccer history when he said, “It seems appropriate that the World Cup is going back to Brazil. And it’s a great honor. It shows the great faith that everyone has in your country.”

fifa World cup 2014: time to celebrateAmericans have topped all non-Brazilian ticket purchases for the 2014 Fifa World Cup

John S. Creamer_ U.S. Consul General Rio de Janeiro

The U.S. Mission to Brazil shares that faith. As we prepare to support the thou-sands of U.S. citizens, athletes, American corporate sponsors and businesspeople, and media, we are excited to share with all of them what we witness every day: that Brazil is a rich, diverse, welcoming, and beautiful place with a wealth of op-portunities for travel, education, and commerce. The Embassy and all of our Consulates stand ready to assist Ameri-cans coming to the country for the World Cup or at any other time. We will be pro-moting a campaign entitled Juntos Nesta Festa on our social media channels to cel-ebrate the event, and we encourage those coming to Rio to join the celebration on our Consulate Facebook page, www.face-book.com/consuladoeuarj.br.

As Vice-President Biden added dur-ing his remarks unveiling the World Cup trophy in Washington, “The world should know: we’re coming ready to play.” And we want everyone to know that the staff of U.S. Consulate Rio de Janeiro and of the entire U.S. Mission is ready to receive all of the fans, tourists, students, businesspeo-ple, and anyone else. I don’t know about you, but I can’t wait for the games to begin. See you at Maracanã!

the us believes in the positive influence soccer

and other sports can play in buildinG mutual understandinG amonG

nations and amonG diverse communities

The U.S. Men’s National Team: Fifa World Cup is coming to Brazil for the first time since 1950

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22_Edição 286_mai/jun 2014 Edição 286 Brazilian Business_23

especial

Marcos Nicolas_diretor executivo de Mercados Estratégicos da EY (anteriormente, Ernst & Young)

A Copa do Mundo vai começar! É hora de viver a segunda Copa no Brasil, que acontecerá em 12 cida-

des e traz a marca da integração nacional. Nosso mapa, hoje, confunde-se com o das arenas modernas e multiúso que repre-sentarão todos os Estados e municípios do País, mostrando nossas belezas naturais, hospitalidade e alegria. E um povo que está aprendendo o que quer, e que começa a entender que não mudamos a história de um país em um mês de torneio, mas, com ele, mostramos nossa capacidade de ace-lerar grandes transformações, que trarão impactos para as próximas décadas. Esses impactos podem acarretar um adicional em nossa economia de R$ 142 bilhões, re-sultado de investimentos realizados entre 2010 e 2014 para a organização e realiza-ção do megaevento Copa do Mundo.

Apaixonado por futebol, eu joguei por alguns times do Rio. Anos mais tarde, eu me envolvi profissionalmente na corajosa e árdua batalha para que o Brasil estivesse organizado para sediar a Copa em 2014. Sabíamos dos desafios e das oportunida-des que o evento poderia trazer e que co-meçou a tomar forma com a realização do Pan de 2007.

Começamos, no Pan 2007, a desenhar a década dos grandes eventos, com a realização dos Jogos Militares (2011), da Rio+20 (2012), da Jornada Mundial da Juventude (JMJ, em 2013) e do aperitivo da Copa, a Copa das Confederações (2013). Como evento teste, a competição do ano passado nos mostrou que está-vamos no caminho certo. Após a Copa de 2014, ainda teremos a Olimpíada do Rio, em 2016, e os Jogos Mundiais Universitários, em 2019, em Brasília. Estima-se que haverá uma movimentação econômica acima de R$ 250 bilhões, tendo como base a realiza-ção da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos.

A Copa, para muitos, parece ter começado agora em 2014, como se fosse simples organizar um evento que foi almejado por 18 cidades. Pelo caminho ficaram seis capitais, após o processo de seleção dos projetos que atendessem as exigências da Fifa e que resultou nas 12 cidades-sede que dão o alcance que todos nós brasileiros desejamos. Só após a escolha das 12 cidades começa-ram os ciclos de planejamento e execução dos Projetos de Infraes-trutura (2009-2010), Projetos Complementares de Infraestrutura (2011-2012) e, finalmente, Projetos de Operação (2012-2014).

Muitas coisas não saíram como deveriam, como pode aconte-cer em projetos de alta complexidade, múltiplos atores e longa du-ração. O mais importante é que o papel de catalisador de grandes investimentos, que vão além de 2014, está sendo cumprido, graças ao envolvimento cada vez maior da iniciativa privada e à formação de parcerias entre o setor público e o setor privado. Esse é um pas-so fundamental para que sejam obtidos os impactos socioeconô-micos duradouros nas cidades-sede e em todo o País.

Segundo o estudo “Brasil sustentável – impactos socioeconô-micos da Copa do Mundo 2014”, realizado pela EY, estima-se que no período de 2010 a 2014 sejam gerados 3,63 milhões de novos empregos, proporcionando cerca de R$ 63 bilhões de renda adi-cional à população. Adicionalmente, a Copa pode impactar em R$ 64,5 bilhões o PIB nesse período, o que representa um cresci-mento de 2,17% do PIB em relação ao de 2010.

É hora de celebrar! Esse jogo não se ganha apenas dentro das quatro linhas. Estamos diante de um cenário completamente diferente de 2008 e devemos criar uma agenda positiva, que mos-tre os ganhos já percebidos e os que estão por vir, já que megae-ventos como a Copa podem ser um indutor do desenvolvimento urbano por até dez anos.

Espero que possamos criar uma marca Brasil. A marca da transformação! Desejo que possamos deixar às gerações futuras um legado que se materializará nas diversas esferas com a con-tinuidade dos investimentos de forma responsável, sustentável e profissional, consolidando o que começou há sete anos e po-tencializando o desenvolvimento socioeconômico das regiões. O que fizemos foi muito mais do que arenas modernas: estamos mostrando que não somos mais o país do futuro – finalmente, somos um país construindo o futuro.

Brasil, mostra tua copa!Não mudamos a história de um país em um mês de torneio, mas, com ele, mostramos nossa capacidade de acelerar grandes transformações

a copa pode impactar em r$ 64,5 Bilhões o piB nesse período, o que representa

um crescimento de 2,17% do piB em relação ao de 2010

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24_Edição 286_mai/jun 2014 Edição 286 Brazilian Business_25

especial

O Brasil, como país anfitrião da Copa do Mundo da Fifa 2014, está ansioso pelos benefícios econômicos que a competição poderá trazer. Porém, ao passo que se buscam alternativas

para maximizar esses benefícios, é importante que, como empresas e como cidadãos, não nos esqueçamos dos desafios que temos pela frente. Um deles é o impacto ambiental que um evento dessa magni-tude – a maior competição esportiva do mundo – é capaz de gerar.

A BP, que por meio da marca Castrol é patrocinadora oficial desta edição da Copa do Mundo, está unindo esforços em uma iniciativa que transforma esse desafio em uma oportunidade para conscientizar os torcedores de todo o mundo sobre a temá-tica do efeito estufa e convidá-los a agir de forma responsável. Por meio do BP Target Neutral, projeto sem fins lucrativos criado pela companhia em 2006, a BP fechou parceria com a Fifa, que lançou uma campanha para minimizar as emissões de carbono durante o evento. Os torcedores que adquiriram ingressos no website da Fifa podem compensar gratuitamente as pegadas de carbono resultantes de suas viagens de ida e volta aos jogos ao se cadastrar no site do programa, estimulados também pelo sorteio de dois ingressos para a grande final. Além disso, como parte do programa, a Fifa e o Comitê Organizador Local irão compensar 100% das emissões operacionais associadas ao torneio.

A preocupação ambiental faz parte do DNA da BP. Por atuar em uma indústria de alto risco, temos ciência de nossas responsa-bilidades e estamos acostumados a desenvolver ações e projetos que visam mitigar os impactos das nossas atividades no meio ambiente. E estendemos esse comprometimento a todas as relações e parcerias que construímos. Acreditamos muito no potencial desse programa como uma das formas de reduzir o impacto ambiental da Copa do Mundo da Fifa 2014 e, em longo prazo, suscitar uma preocupação e mobilização maior das pessoas com a questão das emissões de gases do efeito estufa. Para se ter uma noção, a quantidade de carbono compensada pelos espectadores dos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, por meio do BP Target Neutral, foi de 400 mil tonela-das, o que equivale a quase 86 mil carros fora das ruas por um ano. Cerca de dois terços do carbono emitido na atmosfera durante a Olimpíada de Londres estavam diretamente ligados às viagens dos torcedores.

O BP Target Neutral tem o objetivo de ajudar as pessoas a combater e compensar suas próprias emissões de carbono geradas pelos deslocamentos do dia a dia. Criado pela BP e gerido por um painel consultivo independente, formado por especialistas ambientais e da indústria, o programa tem uma abordagem que propõe formas para reduzir, substituir e neutralizar as pegadas de carbono. Para a Copa do Mundo da Fifa 2014, o programa já está mapeando projetos brasileiros de neutralização de carbono por meio de um rigoroso processo de concor-rência e adesão aos padrões estabelecidos pela Aliança Internacional de Compensação e Redução de Carbono (Icroa, na sigla em inglês), e a seleção final será feita por um painel de ONGs ambientais, de forma in-dependente. Ou seja, os resultados indiretos esperados são benefícios sociais e econômi-cos para as comunidades locais brasileiras em que esses projetos são executados.

Há mais de meio século no País, o Gru-po BP está presente, hoje, em 15 Estados brasileiros e no Distrito Federal. O Brasil é considerado estratégico para a companhia, como demonstram os crescentes investi-mentos em nossos negócios locais – explo-ração e produção de petróleo e gás natural, produção de etanol e de lubrificantes, distri-buição de combustível marítimo e de avia-ção. O patrocínio da BP e o programa BP

Target Neutral são demonstrações do compromisso que a BP vem estabele-cendo com o País nos últimos anos e que deseja manter em longo prazo.

copa do mundo ambientalmente responsável

Guillermo Quintero_presidente da BP no Brasil

para a copa do mundo da FiFa 2014, o programa já

está mapeando os melhores projetos Brasileiros de

neutralização de carBono

Os torcedores que adquiriram ingressos no website da Fifa podem compensar gratuitamente as pegadas de carbono resultantes de suas viagens de ida e volta aos jogos

sustentaBilidade

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26_Edição 286_mai/jun 2014

entrevista

Daqui a dois anos, o Rio de Janeiro sediará os Jogos Olímpicos de 2016. Exatos 20 anos antes, Atlanta, nos Estados Unidos, foi a casa da competição que levou milhares de aficionados

por esportes ao país e ajudou a transformar a cidade. Investimen-tos em serviços e infraestrutura fizeram a capital da Geórgia passar por mudanças notáveis, como destacou o prefeito de Atlanta, Kasim Reed, em uma visita de negócios à Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio), no dia 15 de abril.

Em entrevista exclusiva para a revista Brazilian Business, o pre-feito faz uma análise sobre o atual cenário de negócios de Atlanta, ressaltando os pontos positivos. Ele também apresenta um pano-rama sobre o legado que a Olimpíada deixou na cidade america-na. Durante sua passagem pela AmCham Rio, Reed revelou que espera firmar parcerias de longo prazo entre empresários cariocas e americanos.

Brazilian Business: Como o senhor avalia esse encontro entre representantes de governos e empresas de Atlanta e do Rio?Kasim Reed: Muito válido e necessário. Primeiramente, porque conseguimos discutir honestamente sobre a situação das duas cida-des. Segundo, porque, por meio desses encontros, podemos iden-tificar muitas oportunidades de negócios, o que nos dá uma dire-ção clara de como conseguir alcançar nossos objetivos em comum. Queremos firmar uma parceria de longo prazo com o Rio e também com São Paulo, tendo como foco os negócios entre os dois países.BB: Quais são as vantagens de negócios que o investidor brasileiro encontra em Atlanta?KR: São muitos os atrativos oferecidos. Se você pegar a lista das cinco melhores cidades para fazer negócios nos EUA, Atlanta cer-tamente será a melhor do sudeste. Somos a casa de grandes em-presas multinacionais, como Coca-Cola, Delta Airlines e UPS, que podem ajudar os investidores brasileiros a se engajar e se ambientar com o mercado americano. Temos uma excelente infraestrutura, uma grande facilidade na concretização de negócios, voos diretos para as principais cidades do Brasil, baixas taxas e altos índices de qualidade de vida. Atualmente, já temos 40 empresas brasileiras registradas no estado da Geórgia e, aproximadamente, 60 mil cida-dãos brasileiros que adotaram a cidade como casa. A receptividade para novos negócios é um dos nossos grandes diferenciais.

“a receptividade para novos negócios é um dos grandes diferenciais de atlanta”

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O prefeito de Atlanta, Kasim Reed, fala para a Brazilian Business sobre as oportunidades comerciais da cidade americana

Kasim ReedPrefeito da cidade de Atlanta

BB: Como a cidade do Rio pode contribuir para as relações comerciais com Atlanta?KR: O Rio e Atlanta são cidades com economias muito dinâmicas, o que é muito bom. As atenções do mundo estão voltadas para o Rio graças aos eventos internacionais que a cidade irá sediar. Levar empresas de pequeno e médio portes à cidade é uma grande opor-tunidade para saber, na prática, sobre as formas de negociação no País, estreitando ainda mais os laços com o Rio. Sabemos que não é fácil fazer negócios no Brasil, mas temos certeza de que o esforço valerá a pena.

BB: O Rio sediará a Olimpíada de 2016. Atlanta foi a casa dos jogos em 1996. Qual foi o legado que a competição deixou para a cidade? KR: Assim como o Rio, nós passamos pelas mesmas dificuldades que a cidade está enfrentando agora. Foram, aproximadamente, cin-co anos de muito planejamento e muita crítica vinda de todos os lados, mas sabíamos que íamos fazer um bom trabalho. Os investi-mentos em infraestrutura e logística feitos para os jogos foram altos, mas muito eficazes. Passada a Olimpíada, aproveitamos o legado estrutural e de serviços para melhorar a qualidade de vida da po-pulação. Hoje, podemos atestar o quão positivo foi esse processo de transformação, firmando Atlanta como uma das melhores cidades do mundo para se viver e fazer negócios.

Bernardo Guimarães [email protected]

Fim de tarde em Atlanta

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O setor de petróleo offshore tem um papel importante para a economia da cidade. Nos últimos anos, o Espírito Santo chegou ao patamar de segundo maior Estado produtor de petróleo do Brasil, perdendo apenas para o Estado do Rio de Janeiro. “Em-presas como Vale e Petrobras instalaram postos de operações no Espírito Santo e, até o ano de 2018, estima-se que R$ 60 bilhões serão aplicados no Estado, aquecendo não somente o setor pe-troleiro, mas também o mercado de trabalho, com 15 mil novas vagas”, afirmou Leitão.

O alto poder de compra da população em Vitória alavanca oportunidades. De acordo com dados divulgados pela prefeitura da capital, a cidade está na 44ª posição no Índice de Potencial de Consumo (IPC), atribuído a cada município com a participação percentual no potencial total de consumo do País.

Apesar das boas notícias, há desafios para serem superados na cidade, como a segurança, a mobilidade urbana e a infraestrutura aeroportuária. Em 2012, o aeroporto Eurico de Aguiar Salles foi apontado pelo presidente da Infraero, Gustavo do Vale, como “o pior aeroporto do País”. Desde lá, obras no local foram iniciadas e deverão estar concluídas em 2016.

Desatar nós, diminuindo a burocracia para auxiliar o empreen-dedor a se desenvolver, é uma das principais bandeiras da prefeitura de Vitória para dar continuidade ao sucesso econômico da cidade. De acordo com Leonardo Krohling, secretário municipal de Turis-mo, Trabalho e Renda de Vitória, a capacitação de profissionais e a criação de um centro de serviço ao empreendedor são algumas das medidas já implantadas. “Para centralizar os serviços de apoio ao empreendedor em um único lugar, criamos o Centro de Apoio ao Empreendedor, onde ele tem a oportunidade de captar informações importantes para seus negócios e utilizar serviços como o acesso ao microcrédito. Tudo isso com o apoio do Sebrae e com cursos de ca-pacitação disponíveis”, afirma Krohling.

A AmCham ES tem se posicionado de forma efetiva para a integração dessas novas empresas e empreendedores no cenário econômico da cidade. “O fortalecimento dos nossos comitês e a presença dos nossos chaipersons e diretores nas secretarias e sin-dicatos de Vitória fazem com que a AmCham ES se torne uma auxiliadora dessas empresas e empreendedores que buscam fazer sempre um bom negócio na cidade”, conclui Leitão.

reportagem

Vitória é uma ilha de oportunida-des para os investidores. A capital capixaba foi considerada pela con-

sultoria Urban Systems o melhor lugar para se abrir um negócio. O trabalho, publicado na reportagem de capa da revista Exame de 30 de abril, analisou 293 municípios brasi-leiros. Os especialistas avaliaram 27 indi-cadores, como crescimento populacional, população economicamente ativa e escola-ridade. “Características sociais, econômicas e geográficas de Vitória foram importantes para o bom desempenho da cidade”, diz o diretor executivo da Câmara de Comércio Americana do Espírito Santo (AmCham ES), afiliada à Câmara de Comércio Ame-ricana do Rio de Janeiro (AmCham Rio), Luiz Fernando Mello Leitão.

“Vitória é uma ilha com um espaço li-mitado. Concentradas nesse pequeno es-paço, grandes empresas estão operando, trazendo uma classe média alta capacitada para a cidade. Além da qualidade de vida, Vitória também tem uma posição geográfi-ca muito privilegiada para negócios, já que há uma proximidade grande com os maio-res centros empresariais do Brasil, como São Paulo e Rio de Janeiro”, analisa Leitão.

Logo depois da capital capixaba, que recebeu 17,36 pontos, surge Parauape-bas (PA), com 16 pontos. O município é seguido por Curitiba (PR), com 15,53. A primeira cidade fluminense no ranking é Niterói, na sexta posição, com 15,14 pon-tos. O Rio de Janeiro ficou em nono lugar (15 pontos), enquanto São Paulo amargou um 18º (com 13,77).

Com uma população de 330 mil ha-bitantes e o maior PIB per capita do País (quase R$ 86 mil por ano), Vitória demons-trou, com altos índices em infraestrutura e educação, que é possível a construção de um ambiente favorável à produtividade. Outro ponto positivo são as normas fiscais: a cidade acumula os 40% de impostos arre-cadados na região metropolitana, embora abrigue apenas 20% da população, ressalta a análise publicada na Exame.

“Criamos o Centro de apoio ao empreendedor, onde ele tem a oportunidade de Captar

informações para seus negóCios e utilizar serviços Como o aCesso ao miCroCrédito”,

Leonardo KrohLing, secretário municipaL de turismo, trabaLho e renda de Vitória

uma ilha cercada de oportunidades

Yuri barichiVich

Bernardo Guimarães [email protected]

Vitória é eleita a melhor cidade do Brasil para se abrir negócios

logístiCa e infraestrutura

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30_Edição 286_mai/jun 2014

ponto de vista

Qual a importância do uso da Comunicação Não Violenta (CNV) no mundo corporativo? Segundo

Éric Albert, médico psiquiatra, consultor e referência das maiores corporações francesas no campo do estresse e comportamento, a degradação das relações entre colabora-dores constitui o primeiro fator de estresse nas empresas.

Quantos conflitos criam um ambiente de trabalho improdutivo, causam tensão excessiva, provocando doen-ças e desânimo, prejudicam as tomadas de decisões e aca-bam resultando em desperdício de tempo e energia para as equipes?

Encontramos nas organizações um vasto campo para exercitar a comunicação compassiva. No mundo atual, pode parecer paradoxal associar compaixão a resultados, principalmente em ambientes de alta competitividade e muita pressão, porque o termo é, muitas vezes, confundido com falta de firmeza ou assertividade.

Entretanto, o uso das ferramentas da CNV permite que os líderes sejam mais assertivos e deixem de passar por situ-ações extremas e geradoras de tensão nociva para a saúde e os relacionamentos, como “engolir sapos” e “explodir de raiva”. Os resultados rapidamente percebidos são mais clare-za na comunicação, confiança nas relações, menos conflitos, menos estresse, mais eficácia, mais satisfação no trabalho e equilíbrio emocional.

A CNV pode ser praticada nos relacionamentos com equipes, pares, superiores, clientes, fornecedores e parceiros em diversas situações, como dar e receber feedback, realizar avaliações de desempenho, reuniões estratégicas e negocia-ções comerciais.

Na Be Coaching, acreditamos que um líder eficaz sabe se comunicar de forma a desenvolver relacionamentos de confiança em que as pessoas decidem agir por vontade própria e querem genuinamente contribuir para a reali-zação de objetivos comuns.

Segundo Marshall B. Rosenberg, Ph.D em psicologia e autor do livro Comunicação Não Violenta, é de nossa natu-reza gostar de dar e receber de forma compassiva. Paradoxalmente, somos todos violentos e com frequência não reconhecemos essa característica porque nossa visão da violência é aquela de matar, espancar e guerrear.

Ferramentas da Comunicação não violenta

Marie Bendelac e Wanda Quadra

ExEcutivE & WEllnEss coachEs da BE coaching

A violência “passiva”, verbal ou não verbal, usada na nossa forma comum de nos comuni-car seria mais insidiosa do que a violência físi-ca. Ela gera raiva e respostas violentas, agressi-vas, mesmo que sejam de defesa. Dizer algo como “você é completamente maluco, deveria procurar um bom psiquiatra!” pode magoar muito mais do que bater fisicamente e gerar danos irreversíveis na relação.

Na comunicação compassiva, aprendemos a estabelecer empatia, fazer observações sem julgar, expressar como nos sentimos, do que necessitamos e do que gostaríamos que o outro fizesse de forma extremamente precisa e obje-tiva. Julgamentos são geralmente recebidos como críticas, despertam comportamentos defensivos ou agressivos e afastam as possibili-dades de um acordo ou entendimento.

Um consenso pode ser alcançado muito mais rapidamente se deixamos a nossa mente livre de preconceitos e focamos nossa atenção no que o outro está precisando e como está se sentindo naquela situação. Após expressar nossa compaixão e compreensão em relação ao que estamos ouvindo e observando, pode-mos compartilhar as nossas próprias necessi-dades e sentimentos, gerando um clima de confiança mútua.

A fim de facilitar e acelerar a obtenção de resultados com a prática da CNV, os executi-vos podem participar de workshops e sessões individuais de coaching, beneficiando-se, assim, de uma atenção exclusiva e totalmente personalizada.

um líder eFiCaz sabe se ComuniCar de Forma a desenvolver

relaCionamentos de ConFiança

PRACTICE AREAS

Administrative Law

Corporate Law

Financial and Capital Markets

Competition Law

Energy Law

Tax Law

Judicial and Administrative Litigation

Arbitration

Contracts

Real-Estate Law

Labor Law

Pension Law

Environmental Law

Election Law

Intellectual Property

International Law

ÁREAS DE ATUAÇÃO

Direito Administrativo, Regulação e Infraestrutura

Direito Societário

Mercado Financeiro e de Capitais

Direito da Concorrência

Direito da Energia

Direito Tributário

Contencioso Judicial e Administrativo

Arbitragem

Contratos

Direito Imobiliário

Direito do Trabalho

Direito Previdenciário

Direito Ambiental

Direito Eleitoral

Propriedade Intelectual

Direito Internacional

Rua Dias Ferreira 190, 7º andar

Leblon – Rio de Janeiro – RJ

22431-050 – Brasil

T 55 21 3543.6100 F 55 21 2507.0640

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Centro – Rio de Janeiro – RJ

20050-005 – Brasil

T 55 21 3543.6100 F 55 21 2507.0640

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conjunto 132,

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32_Edição 286_mai/jun 2014 Edição 286 Brazilian Business_33

entrevista

No dia 12 de abril, a Wärtsilä completou 180 anos de ativi-dades. Uma longa história, que chegou formalmente ao Brasil em maio de 1990. Há pouco mais de duas déca-

das, Robson Campos fez parte da primeira equipe de funcionários, pioneirismo expresso pelo número de inscrição de seu crachá: 2. Campos começou a trabalhar como boy e hoje é o presidente da Wärtsilä no Brasil (WBR), que, desde então, projetou e instalou 25 usinas no País, gerando mais de 2.500 MW em 14 cidades.

Fornecedora líder em soluções para maquinário naval (pro-pulsão e manobrabilidade) e de plantas do mercado de geração descentralizada de energia, a companhia tem grandes planos para os próximos anos no Brasil. Em fevereiro de 2013, a Wärtsilä inau-gurou sua nova oficina, em Barreto, em Niterói, com 4.600 me-tros quadrados de área construída. Com investimento de R$ 15 milhões, a unidade tem localização estratégica, está entre os prin-cipais eixos de serviços offshore no Brasil. E, em setembro, a em-presa deverá inaugurar uma fábrica no Porto do Açu.

O segredo do sucesso é a aposta em inovação e modernização, explica Robson Campos. Veja, abaixo, a entrevista exclusiva que o presidente da Wärtsilä no Brasil concedeu à Brazilian Business.

Brazilian Business: Quais foram os principais desafios para a Wärtsilä no Brasil nestes 24 anos de atividade?Robson Campos: A questão política no Brasil sempre foi mui-to complicada. A Wärtsilä chegou ao mercado para substituir os estaleiros, num cenário em que a construção naval estava decli-nando. O Brasil já era considerado um mercado importantíssimo, por isso a companhia decidiu abrir um escritório no País. Veio um finlandês com mais duas pessoas – uma secretária e um gerente de vendas. No total, o escritório tinha seis pessoas – eu era o boy, fui o funcionário número 2 – hoje temos quase 700. Temos operações em dez Estados e estamos construindo uma fábrica no Açu, que será finalizada em julho e inaugurada em setembro.

BB: Com o declínio de Eike Batista, os negócios do Porto do Açu correm risco?RC: O projeto é “too big to fail”. Há muito dinheiro investido ali, tanto capital próprio quanto emprestado. E esse é um projeto de que o Brasil precisa. O canal voltou a ser dragado, deverá ficar pronto até o fim do ano. Agora é só começar a operar o porto e encher o local de indústrias.

BB: Como foram os primeiros anos da Wärtsilä no Brasil?RC: Primeiro foi uma aposta. Nos seis anos iniciais, a Wärtsilä no Brasil não teve praticamente nenhum negócio. Para qualquer ou-tro investidor que não acreditasse no potencial do negócio, ele po-deria ter sido interrompido, mas apostamos no País. Nossas duas principais áreas de atuação, geração de enérgica elétrica e mercado naval, cresceram muito no Brasil. Na primeira, temos um produto que se adequou ao mercado brasileiro: térmicas altamente eficien-tes a gás e a óleo. Para se ter uma ideia, o crescimento do consumo de energia costuma ser o dobro do PIB. Mas, com o crescimento da renda observado a partir do governo Lula, o consumo disparou. E a gente também.

inovação para se manter moderna aos 180 anos

divulgação

A Wärtsilä, que chegou ao Brasil em 1990, deverá inaugurar, em setembro, sua fábrica no Porto do Açu, diz Robson Campos, presidente da companhia

Robson Campospresidente da WBR BB: E quanto ao setor naval?

RC: Essa foi a segunda área de negócios da Wärtsilä no Brasil: pro-dutos de propulsão para embarcações. O renascimento da cons-trução naval no Brasil, que deve ter uns dez anos, gerou muitos negócios, que decolaram com o pré-sal. A fábrica que estamos construindo (no Porto do Açu) é basicamente para atender as exi-gências de conteúdo nacional que vieram com o pré-sal.

BB: E qual é a expectativa para os próximos anos?RC: Os próximos anos serão muito promissores. O que leva a Wärt-silä a ter esse tempo todo é a preocupação em ser sustentável. O conceito não está restrito ao meio ambiente, mas reflete a nossa pre-ocupação com a inovação. Estamos olhando o negócio lá na frente, construindo cenários de dez, 15, 30 anos. Então, vamos nos mol-dando, com restruturação a cada dois ou três anos: novas formas de trabalhar, novos caminhos, aquisições para se adequar ao mercado etc. Nossa empresa é muito preocupada com a sobrevivência, isso está no DNA do finlandês, que sofreu ao longo de sua história com invasões e guerras. E foi um país europeu que só começou a se re-construir da década de 1970 para cá.

BB: Como fica o jeito brasileiro numa empresa com o DNA finlandês?RC: Sou o primeiro presidente brasileiro da Wärtsilä. Comecei na empresa em 1990, mas saí em 2009. Quando voltei, em 2010, assu-mi a presidência. A companhia continua apostando no colabora-dor. É gratificante e motivador saber que vamos olhar para dentro – e até assumir um pouco de risco – para preencher posições, em vez de buscar funcionários novos no mercado. Entretanto, estamos com um crescimento pujante, sempre com dois dígitos nos últimos dez anos. Somente no ano passado, contratamos 110 pessoas. É impossível ter esse crescimento apenas enchendo a base. Temos que contratar gente nova para a gerência média, por exemplo. Nem sempre conseguimos fazer a escadinha, mas ela é o foco. Temos cinco diretores, todos brasileiros. O mais novo tem seis anos de casa. Os demais, mais de 15. Além disso, ficamos entre as 20 em-presas melhores para trabalhar no Rio de Janeiro, no ranking do ano passado.

BB: A grafia finlandesa Wärtsilä causa alguma confusão entre brasileiros?RC: A Wärtsilä é muito conhecida no mercado, sobretudo no setor de óleo e gás. Mas fizemos um vídeo com os filhos dos funcio-nários no qual as crianças fingiam que estavam trabalhando. E o mote foi justamente este: muitas pessoas não conseguem falar o nome da empresa. É normal ter alguma confusão, tratamos a ques-tão com bom humor.

O prOjetO (dO pOrtO dO açu) é “tOO big tO fail”. Há muitO dinHeirO investidO ali, tantO capital

própriO quantO emprestadO. e esse é um prOjetO de que O brasil precisa

Cláudio Motta [email protected]

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34_Edição 286_mai/jun 2014

reportagem

Um antigo casarão estudantil da Uerj, no Catete, será a base para o desen-volvimento dos 50 projetos apro-

vados, em abril, pelo programa Startup Rio. Realizada pela Secretaria de Ciência e Tec-nologia do Governo Estadual do Rio e finan-ciada pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Ja-neiro (Faperj), a iniciativa promete fomentar o crescimento do empreendedorismo tecno-lógico das startups com o financiamento de suas ideias, além de proporcionar um espaço todo modernizado propício ao desenvolvi-mento de pesquisas na área.

O escritório compartilhado terá mil metros quadrados de estrutura montada. Haverá lounges, Skype rooms e um auditó-rio multimídia, num investimento total de R$ 1,5 milhão. A ideia é que empreendedo-res tenham a possibilidade de desenvolver projetos em um ambiente inovador e mais propício à elaboração de protótipos em tec-nologia digital. Cada projeto receberá R$ 100 mil, totalizando R$ 5 milhões gastos só com os ganhadores.

Bernardo Kircove será um dos contem-plados pelo projeto. Com 24 anos, o mora-dor de Niterói e estudante de comunicação social da PUC-Rio é um dos idealizadores do projeto ganhador Edools, uma plata-forma web para publicação, gestão e co-mercialização de cursos on-line. Contando com a ajuda dos sócios Maurilio Alberone e Rafael Carvalho, a startup tem como ob-jetivo criar um produto modular e flexível, ideal para atender de modo seguro tanto pequenas empresas de treinamento quanto grandes instituições de ensino.

escritório compartilhado e r$ 5 milhões para 50 startups

divulgação

Novos empreendedores da área tecnológica terão a oportunidade de desenvolver projetos e protótipos pelo programa Startup Rio

Kircove acredita que o Rio de Janeiro pode se tornar um polo de tecnologia no Brasil. “O programa permite que o empreen-dedor se dedique em tempo integral ao projeto, mesmo antes de ele gerar receita suficiente para se sustentar. O Startup Rio pode diminuir a lacuna evidente no ecossistema de startups brasileiro. Como resultado do investimento, nossa expectativa é consolidar o Edools em 2014 como um dos principais players nacionais do mercado de ensino a distância”, concluiu Kircove.

Idealizador do Startup Rio, Gustavo Tutuca diz que o progra-ma irá proporcionar aos selecionados uma combinação de conhe-cimento, inteligência e experiência para o mercado. “A criação de startups não é um mar de rosas e os riscos existem. Porém, errar e aprender com os erros faz parte do processo. As gigantes do mercado começaram como startup. É o caso do Google, só para ficar na mais famosa. Vamos trabalhar em parceria com grandes empresas, e os jovens terão a oportunidade de absorver todo o conhecimento e a experiência de quem já passou por esse pro-cesso de se estabelecer no mercado e crescer”, afirmou Tutuca. Outras informações sobre o programa podem ser encontradas no site startuprio.org.

O termo startups já era usado nos Estados Unidos, mas se popularizou entre 1996 e 2001, época da chamada “bolha da internet”. Não existe apenas uma definição para o termo, mas, sim, algumas características que estão inseridas na terminologia. Geralmente, são empresas de custo baixo – quando são empre-sas formais – mas com potencial de crescer rapidamente e gerar lucro com a mesma velocidade. Enquanto os investidores, muitos vindos do mercado financeiro, estão atrás de grandes margens de lucro em pouco tempo, o Estado financia projetos que podem trazer retornos sociais ou de melhor gestão.

Bernardo Guimarães [email protected]

Empreendedores selecionados pelo programa vão desenvolver seus projetos em um escritório compartilhado

CHEVRON, a logomarca CHEVRON e ENERGIA HUMANA são marcas registradas da Chevron Intellectual Property LLC. ©2011 da Chevron U.S.A. Inc. Todos os direitos reservados.

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Project Manager: Emily Werboff

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Dr. John Kelly III Vice-presidente Sênior IBM Research IBM

John McDonald Vice-presidente e Diretor de Tecnologia Chevron

Nosso futuro depende de inovação

para operarmos de forma mais limpa,

mais segura e mais inteligente.

A cada ano, investimos bilhões

em tecnologias mais inteligentes

para o desenvolvimento de petróleo e gás,

introduzimos novas formas de energia

no mercado, e investimos

em projetos inovadores com

ideias brilhantes para o futuro.

Portanto, não apenas pensamos

como uma empresa de tecnologia —

somos uma empresa de tecnologia.

Saiba mais em chevron.com/weagree

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Dr. John Kelly III Vice-presidente Sênior IBM Research IBM

John McDonald Vice-presidente e Diretor de Tecnologia Chevron

Nosso futuro depende de inovação

para operarmos de forma mais limpa,

mais segura e mais inteligente.

A cada ano, investimos bilhões

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para o desenvolvimento de petróleo e gás,

introduzimos novas formas de energia

no mercado, e investimos

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36_Edição 286_mai/jun 2014

ponto de vista

Ao longo do ano passado, o País foi palco de inúmeras manifestações de

brasileiros que foram às ruas em busca de seus direitos, pleiteando, principalmente, mais transparência e melhores serviços públicos. Na lista de reivindicações esta-vam questões como aumento da passagem de ônibus, falta de investimentos nas áreas da saúde e educação, gasto do governo com a Copa do Mundo e corrupção. Com cobertura em larga escala tanto pela mídia nacional quanto pela internacional, os atos ganharam grande repercussão, as imagens correram mundo afora e acende-ram a luz amarela para analistas e investi-dores estrangeiros.

Por essas e outras questões é que o tema “ambiente político” aparece, pela primeira vez, na lista das maiores preocupações dos investidores estrangeiros que procuram o País para abrir um negócio, de acordo com uma pesquisa feita pela KPMG com 400 executivos. Antes encarado como fator periférico nas discussões com os empresá-rios, com a aproximação das eleições e a maior exposição (e cobertura) do Brasil para o mundo, esse item se destaca como um dos potenciais entraves para os execu-tivos que buscam oportunidades de negó-cios. O País tem mantido indicadores não tão atraentes como de dois anos atrás: vola-tilidade da moeda, aumento consistente da taxa de juros, inflação persistente e PIB em desaceleração. Ou seja, a percepção geral é de que a máquina estagnou e não gira no ritmo desejado.

ambiente político: luz amarela para os investidores estrangeiros

Augusto sAles

Sócio da KPMG

Não há dúvida de que as decisões políticas podem ter gran-de influência nos planos de investimento das empresas. É de suma importância para os investidores o desenrolar das elei-ções do país em que pretendem injetar seu capital, pois o resul-tado das urnas, muitas vezes, pode implicar em alterações (ou manutenção!) na política econômica, no ambiente regulatório, na intervenção maior ou menor do Estado, e consequentemen-te impactar nos resultados dos negócios. A incerteza quanto a esse aspecto causa certa insegurança, reduz a confiança empre-sarial, aumentando a percepção de risco, fatores que podem ser responsáveis pela queda no volume de investimento no país.

Por outro lado, existe uma lista extensa de fatores positivos que mantém o Brasil na mira dos investidores. Temos uma indústria diversificada, o País tem abundância de recursos natu-rais e há uma esperança de que os investimentos em infraestru-tura ganharão mais força com a ajuda do capital privado. Nosso mercado interno é visto como bem atrativo e o aumento do poder aquisitivo do brasileiro ainda desperta o interesse de investidores que estão em busca de uma nova base de clientes. Outro fator que vai revigorar o apetite de quem pretende aplicar dinheiro aqui é a convergência das normas de contabilidade bra-sileira para o padrão internacional de contabilidade (IFRS).

No contexto capitalista, investir é apostar na habilidade de se obter lucros no futuro. Olhar o desempenho histórico pode ser importante, mas não garante o sucesso de amanhã. Em algumas situações, mais vale colocar dinheiro numa empresa menor com grande perspectiva de crescimento e lucratividade do que num negócio gigante, mas estagnado e com possibili-dades limitadas de melhoria de margens. Numa economia glo-balizada, esse mesmo racional pode ser aplicado a empresas e países. Hoje, investidores questionam se seremos capazes de repetir e sustentar o desempenho que tivemos no passado. Cabe ao País provar que sim, e dizer como. Tendo em vista as incertezas e os riscos, mas também possibilidades de retorno ao se investir no Brasil, cabe aos executivos fazer suas escolhas, o que nem sempre é fácil.

É de suma importância para os investidores o desenrolar das eleições do país em que pretendem injetar seu capital

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38_Edição 286_mai/jun 2014 Edição 286 Brazilian Business_39

Nas últimas semanas tenho recebido perguntas de leitores da Saber Finan-

ceiro, e algumas delas foram as seguintes: devo investir todo meu capital em títulos públicos no cenário atual? Quais são as vantagens? Então, vamos falar de títulos públicos, aqueles cujo emissor é o Gover-no Federal.

Antes da resposta, é preciso elucidar que não existe o “melhor investimento”, mas aquele em que você buscará “confor-to financeiro”. Este é um paradigma bra-sileiro: identificar de maneira ágil qual a aplicação mais acessível, porém, perder, ou melhor, investir 30 minutos a mais na escolha do seu investimento será decisivo no planejamento individual. Gosto de fa-lar em reuniões e palestras que “investir da maneira correta é investir naquilo de que conhecemos detalhes e riscos envolvidos; investir errado é não saber em que esta-mos investindo”. Dito isso, investir no que você conhece é um elemento fundamental no processo decisório.

Atualmente, títulos públicos têm mí-dia bastante difundida, principalmente por comentaristas de rádio e televisão, e assim como os títulos privados, são uma excelente ferramenta de investimento para curto, médio ou longo prazos. Da mesma maneira que as instituições financeiras cap-tam recursos para se financiar com títulos privados, os títulos públicos têm a finalida-de primordial de captar recursos para o fi-nanciamento da dívida pública, bem como para financiar atividades do Governo Fede-ral, como educação, saúde e infraestrutura.

Os papéis mais negociados são as No-tas do Tesouro Nacional (NTN), as Letras Financeiras do Tesouro (LFT) e as Letras do Tesouro Nacional (LTN). São títulos que têm diferentes características de pra-zo e remuneração, mas que, na essência, cumprem a missão básica de rolagem da dívida interna pelo Tesouro Nacional.

O recente relatório divulgado pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC), em 9 de abril, em um primeiro momento con-

trasta com o relatório anual do Painel Intergovernamental de Mu-danças Climáticas (IPCC), divulgado no dia 13 de abril, em Berlim.

O ponto central colocado pelo IPCC é o apelo para o uso global de energia solar e eólica, triplicando estas fontes até o ano de 2030. Esses cientistas afirmam que, caso os investimentos em energias renováveis não ocorram na proporção do recomendado e outras medidas mitigatórias de clima não sejam tomadas, a temperatura média anual no planeta vai subir mais de 2 graus Celsius. Além disso, fazem duras críticas ao uso de combustíveis fósseis, princi-palmente pelos países em desenvolvimento.

A despeito da aparente má notícia sobre os investimentos em fontes renováveis no mundo, podemos afirmar que essa trajetória também está em desacordo com o que vem ocorrendo nos países em desenvolvimento, em destaque para Brasil, China, Índia, África do Sul e México, além de outras economias na América do Sul.

O caso do País é emblemático, uma vez que, segundo o pró-prio GWEC, o Brasil integrará, muito em breve, o ranking dos dez maiores países produtores de energia eólica. Com relação às previsões para 2014 até 2018, o relatório aponta que o País terá um crescimento exponencial nos próximos dois anos, liderando a performance da América Latina.

Com o total de 14 GW instalados em 2018, esse montante ul-trapassa os R$ 50 bilhões em investimentos. Nesse sentido, não há dúvida de que a energia eólica tem um futuro promissor no País e se tornou parte fundamental na composição da matriz elétrica bra-sileira. Tivemos um ano excepcional em 2013, no que se refere às contratações da fonte nos leilões, e nossa perspectiva continua muito positiva para 2014. Além disso, o setor eólico vai colocar em opera-ção, neste ano, cerca de 4 GW.

Um aspecto fundamental que explica o crescimento dessa fon-te no País é sua competitividade. O Brasil produz hoje a energia eólica mais competitiva do mundo. No mercado brasileiro essa fonte é a segunda mais competitiva, atrás apenas dos grandes em-preendimentos hidrelétricos.

Títulos públicos, perguntas particulares Daniel Moraes* Energia renovável e mais competitivaOs títulos públicos de maior liquidez, ou seja, maior disponi-

bilidade para compra e venda no open market, são as LTN (prefi-xadas) e as LFT (pós-fixadas, corrigidas pela Selic). A modalidade permite investimentos a partir de R$ 30, as taxas de administração e de custódia são baixas e o Imposto de Renda só é cobrado no momento da venda ou do vencimento do título (quanto aos títu-los que pagam cupom de juros, também é descontado Imposto de Renda no pagamento do cupom).

A LTN é um título que se assemelha muito a um CDB: tem rentabilidade definida no momento da compra (prefixado) e res-gate do valor do título (R$ 1 mil) na data do vencimento. Cada título é adquirido com deságio (desconto) e não há pagamento de juros intermediários.

A LFT é um título com rentabilidade diária vinculada à taxa Selic. O resgate do principal e dos juros se dá no vencimento do título ou na negociação diária via corretora em que você detém títulos. As NTNs são títulos pós-fixados (somente o de tipo NTN-F é prefixado) com cinco tipos de emissão, cada uma com o pró-prio índice de correção: 1) NTN-B (IPCA); 2) NTN-C (IGP-M); 3) NTN-D (dólar); 4) NTN-F (prefixado); 5) NTN-H (TR).

Os preços dos títulos são divulgados diariamente no site Te-souro Direto (https://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt/tesouro-di-reto). No site também é possível saber mais sobre compra e venda de títulos públicos.

Respondendo as perguntas dos leitores, o ideal seria entender quais as necessidades e/ou os objetivos de curto, médio e longo prazos para encaixar esses investimentos em sua estrutura atual. A decisão do investidor estará condicionada a três variáveis, como liquidez, segurança e rentabilidade.

Será praticamente impossível ter acesso ao investimento que lhe dê liquidez, segurança e rentabilidade ao mesmo tempo – é neces-sário abrir mão de um a dois desses vetores. Logo, a sugestão é criar três cestas, ou níveis de investimento, a primeira pensando em caixa de segurança ou emergência, em que você pode alocar de seis a 12 meses de suas despesas. A segunda em objetivos de médio prazo, como curso no exterior, viagem ou casamento. E a terceira, pensan-do em aposentadoria, um montante ajustado a sua qualidade de vida na maturidade. Claro, todas essas cestas podem acomodar investi-mentos tanto em títulos privados quanto em títulos públicos.

Segundo o empresário e escritor Eduardo Moreira: “As pessoas deveriam se preocupar em fazer as perguntas corretas, pois é impos-sível obter respostas corretas realizando perguntas erradas”. A verda-de é que não existem respostas certas. Existem apenas as melhores respostas, que podemos colher a partir das informações que estão disponíveis naquele instante. Ao dominar os conceitos corretos, a ca-pacidade de avaliar um investimento, por exemplo, e fazer com que ele esteja de acordo com as expectativas cresce exponencialmente.

Mande sua dúvida para nós. Será um prazer compartilhá-la em nossa coluna bimestral. Um forte abraço a todos.

* Daniel Moraes é planejador financeiro pessoal e tem certificação Certified Financial Planner (CFP), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF).

sabEr financEiro brasil urgEnTE

Contribuição da consultoria financeira Geração Futuro

sErá praTicamEnTE impossívEl TEr acEsso ao invEsTimEnTo quE lhE dê liquidEz,

sEgurança E rEnTabilidadE ao mEsmo TEmpo – é nEcEssário abrir mão dE um

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Elbia Melo_economista, doutora pela Universidade Federal de Santa Catarina e presidente executiva da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica)

o brasil inTEgrará, Em brEvE, o ranking dos

dEz maiorEs produTorEs dE EnErgia Eólica

O potencial eólico brasileiro, de cerca de 350 GW, a inovação tecnológica e o modelo competitivo dos leilões são os pilares da com-petitividade brasileira. E vale a pena destacar que o Brasil tem um dos melhores ventos do mundo. Além disso, melhorias tecnológicas fazem aparecer potenciais eólicos que antes não faziam parte do nosso mapa, como é o caso de São Paulo, de Minas Gerais, do Espí-rito Santo e do Rio de Janeiro.

O modelo de leilão competitivo, sem sub-sídios, faz com que ocorra uma busca para a exploração dos melhores potenciais dentro do território nacional e uma independência dessa fonte de políticas governamentais de incentivos. Enquanto países desenvolvidos utilizam políticas de subsídios para o desen-volvimento das fontes renováveis, as nações em desenvolvimento vêm explorando e in-vestindo nessa fonte por meio de mercado.

Entretanto, a Comissão Europeia adotou, também em abril, novas regras que restrin-gem a ajuda pública às energias renováveis para “introduzir progressivamente meca-nismos baseados no mercado” e, com isso, “limitar as distorções” nas tarifas elétricas. Além de incluir no mix energético a volta dos combustíveis fósseis.

Esses fatores demonstram uma forte mudança do eixo da política energética, que troca a sustentabilidade ambiental, como pedra fundamental, pela competiti-vidade. Isso ocorreu por um motivo muito simples: a pressão dos preços da energia, em contraste com a competitividade dos Estados Unidos, onde a descoberta do sha-le gas obrigou a Europa a reequilibrar sua orientação energética.

No fim das contas, ao se falar em inves-timentos em fontes de energia, olhando a história das economias mundiais, os fatores motivadores são os mesmos: independência e segurança energética, competitividade e crescimento econômico. As demais variáveis são meras consequências.

susTEnTabilidadE

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40_Edição 286_mai/jun 2014 Edição 286_Brazilian Business_41

Nova diretoria da AmCham Rio toma posse

Posse da nova diretoria

entre as prioridades para o biênio 2014-2015, a necessidade de ajustes na regulamentação de conteúdo local e de criação de um tratado que evite a bitributação entre o Brasil e os estados Unidos

FOTOS pedrO kirilOS

news

A mais antiga câmara de comércio da Amé-rica Latina elegeu e deu posse à nova dire-

toria no dia 5 de maio, em cerimônia realizada no hotel Windsor Atlântica, em Copacabana. O corpo diretivo da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio) para o biênio 2014-2015 tem Roberto Ramos, diretor-presidente da Odebrecht Oléo e Gás, na presidência da instituição. O evento de posse teve a presença de autoridades como o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde, e o vice-presidente do BNDES, Wagner Bittencourt.

Entre as prioridades para 2014, Ramos – que está no segundo ano de mandato – destacou a necessidade de ajustes na regulamentação de conteúdo local em determinados segmentos da indústria, como óleo e gás e mineração. O pre-sidente da AmCham Rio também apontou para a necessidade de avanços nas discussões para a criação de um tratado que evite a bitributação entre o Brasil e os EUA.

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, apontou os EUA como o melhor parceiro comercial para o Brasil. Citando o modelo do governo americano como referência, ele defendeu mais auto-nomia para Estados e municípios brasi-leiros: “A gente tem que discutir as nossas leis, os Estados precisam ter mais autono-mia, principalmente o Rio de Janeiro na questão de segurança pública”.

O combate à criminalidade, para o go-vernador, é fundamental para o ambiente de negócios do Estado. Pezão afirmou que os avanços na segurança, sobretudo com a pacificação de comunidades, permitiu que o Rio de Janeiro se tornasse o maior desti-no de investimentos do Brasil. “O Estado do Rio está com a menor taxa de desem-prego, 3,5%, crescendo neste momento o dobro do que o resto do País, porque esta-mos fazendo segurança pública, dando se-gurança a quem vem para o nosso Estado fazer negócios.”>

“O RiO Está COm A mENOR tAxA dE dEsEmpREgO,3,5%, CREsCENdO NEstE mOmENtO O dOBRO

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42_Edição 286_mai/jun 2014

CoMitÊ eXeCUtivo Para 2014

Presidente: roberto prisco paraíso ramos – Odebrecht Óleo & Gás

1º vice: rafael Sampaio da Motta – Grupo Case Benefícios e Seguros

2º vice: Antonio Carlos da Silva dias – iBM Brasil

3º vice: Marcelo Mancini – prudential do Brasil

diretor financeiro: André luiz Castello Branco – pwC

Conselheiro jurídico: luiz Claudio Salles Cristofaro – Chediak Advogados

diretor-secretário: Steven Bipes – Albright Stonebridge Group

diretores Para 2013 e 2014

André luiz Castello Branco – pwC

Antônio Carlos da Silva dias – iBM Brasil

Carlos Henrique Moreira – embratel

Cassio Zandoná – Amil

Guillermo Quintero – Bp energy do Brasil

João Geraldo Ferreira – Ge Óleo e Gás

luiz Carlos Costamilan – Firjan

Marco André Coelho de Almeida – kpMG

Maurício Felgueiras – MXM Sistemas

Mauro Moreira – eY

Osmond Coelho Júnior – petrobras

patricia pradal – Chevron Brasil petróleo

rafael Sampaio da Motta – Grupo Case Benefícios e Seguros

raïssa lumack – Coca-Cola Brasil

roberto prisco paraíso ramos – Odebrecht Óleo e Gás

Steven Bipes – Albright Stonebridge Group

diretores Para 2014 e 2015

Álvaro Cysneiros – Totvs

Antônio Cláudio Buchaul – Banco Citibank

Carlos Alexandre Guimarães – SulAmérica Seguros

dilson Verçosa – American Airlines

José Firmo – Schlumberger Serviços de petróleo

leandro Azevedo – Odebrecht infraestrutura

luiz Claudio Salles Cristofaro – Chediak Advogados

Manuel domingues e pinho – domingues e pinho Contadores

Marcelo Mancini – prudential do Brasil

Marco Antônio Gonçalves – Bradesco Seguros

rafael Benke – Vale

roberto Braga Mendes – Thermo Fisher Scientific

robson Campos – Wärtsilä Brasil

newsPezão também ressaltou a importância das parcerias com o setor

privado: “Hoje, dos 20 centros de pesquisa que estão se instalando no País, 19 ficam no Estado do Rio. E 11 na Ilha do Fundão, inclusive o da GE, um investimento de mais de R$ 850 milhões. É a volta dos cérebros, a inteligência retornando para o Rio de Janeiro”.

A educação foi um dos temas explorados pela embaixadora dos EUA, Liliana Ayalde. Discursando em português, ela destacou a impor-tância da relação comercial dos EUA com o Brasil nos últimos anos e citou a AmCham Rio como uma parceira fundamental para alavancar novos negócios. “Estou feliz em constatar que o relacionamento com a AmCham Rio se intensificou nos últimos anos, muito em função do crescimento da economia do Rio de Janeiro”, afirmou.

Outra maneira de avaliar o desempenho econômico do Estado do Rio é observando os números do BNDES. De acordo com dados apre-sentados pelo vice-presidente do banco, Wagner Bittencourt, a tendên-cia é de crescimento dos investimentos. Ele citou infraestrutura, energia, logística, óleo e gás, aeroportos, portos e estradas como prioridades.

“No ano passado, as aprovações de novos projetos para o Estado do Rio de Janeiro chegaram a R$ 42 bilhões: 25% acima do que aconteceu no ano anterior. Os desembolsos do BNDES até março deste ano foram da ordem de R$ 6,3 bilhões, contra R$ 2 bilhões até março de 2013. Isso mostra que não apenas as aprovações do banco têm crescido, mas tam-bém o desempenho efetivo dos desembolsos”, enumerou Bittencourt.

A meta do BNDES é chegar a investimentos sobre o PIB da ordem de 22% a 25%. Porém, o vice-presidente do banco considera funda-mental fazer as concessões previstas para chegar a esse patamar. “A concessão do aeroporto do Galeão, por exemplo, é fundamental para fazer do Rio uma entrada adequada para o País, principalmente se con-sideramos a Olimpíada de 2016.”

A cerimônia de posse da diretoria da AmCham Rio teve como pa-trocinador máster a Odebrecht Óleo e Gás S.A. e copatrocínio de Wärt-silä Brasil Ltda. e Garcia & Keener Advogados. O evento teve apoio de Prudential do Brasil Seguros de Vida S.A., PwC e Gaia, Silva, Gaede & Associados. Mesas corporativas: Bradesco Seguros S.A., Chediak Ad-vogados, KPMG, Veirano Advogados e American Airlines.

“NO ANO pAssAdO, As ApROvAçõEs dE NOvOs

pROjEtOs pARA O EstAdO dO RiO dE jANEiRO

ChEgARAm A R$ 42 BiLhõEs, wAgNER BittENCOuRt,

viCE-pREsidENtE dO BNdEs

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44_Edição 286_mai/jun 2014 Edição 286_Brazilian Business_45

A mais antiga câmara de comércio da América Latina tem uma nova diretoria. No dia 5 de maio, tomou posse a nova

diretoria da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio), em cerimônia realizada no Windsor Atlântica, em Copacabana. Roberto Ramos, presidente da AmCham Rio, em seu segundo ano de gestão, elenca seus principais desafios para esta, em um ano marcado pela realização da Copa do Mundo e de eleições. Engenheiro mecânico formado pela UFRJ, com extensão fora do país, Roberto Prisco Paraíso Ramos é diretor-presidente da Odebrecht Óleo e Gás.

No primeiro ano de mandato, a diretoria construiu e definiu a agenda da AmCham Rio para a realização de ações diferenciadas e estratégicas. “Com elas, assumimos o compromisso público de desenvolver iniciativas que proporcionem saltos de competitivi-dade, sobretudo em setores que já temos uma vantagem compa-rativa em relação aos demais Estados da federação”, disse Ramos, fazendo referência às seis bandeiras estratégicas da AmCham Rio: energia, entretenimento, logística e infraestrutura, seguros e resseguros, sustentabilidade e turismo, que são vocações da cida-de e do Estado do Rio de Janeiro.

Brazilian Business: Quais foram as atividades mais marcantes da primeira gestão? Roberto Ramos: Sem dúvida, entre as diversas atividades que promovemos, o destaque foi a 11.ª edição do Brazil Energy and Power, realizado com grande sucesso pela primeira vez no Rio de Janeiro, em agosto do ano passado. Esse evento foi muito bem-sucedido, com a participação de importantes especialistas da área discutindo sobre planejamento e competitividade no setor ener-gético. Outro destaque em 2013 foi a visita do vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ao Brasil. A AmCham Rio foi convidada a apresentar Biden a empresários brasileiros, em en-contro promovido em maio, no Píer Mauá.

“Estamos empenhados no fortalecimento de setores estratégicos”Roberto Ramos é reeleito para mais um ano de mandato na presidência da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro e destaca foco de atuação da instituição nos setores de energia, infraestrutura e logística, seguros e resseguros, sustentabilidade, entretenimento e turismo

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BB: De que forma a AmCham Rio facilita a troca de informações entre seus associados? RR: O networking de alto nível é uma das marcas da AmCham Rio. Promovemos diversos encontros de aproximação de li-deranças empresariais e políticas dos EUA e do Brasil para estimular as relações co-merciais entre os dois países. Desta forma, estamos cumprindo a missão de fomentar a criação de um ambiente favorável para o desenvolvimento de negócios e de apri-morar as relações bilaterais. Em 2013, nós organizamos, em conjunto com o Sistema Firjan, um almoço com o embaixador Ro-berto Azevêdo. Foi em agosto, pouco antes de ele ser nomeado diretor-geral da Orga-nização Mundial do Comércio, com a mis-são de preparar o terreno para a retomada das negociações da rodada de Doha.

BB: No papel de porta-voz dos interesses de seus associados, quais ações da AmCham Rio o senhor destacaria no primeiro ano de mandato? RR: A carta conjunta que assinamos sobre o Marco Civil da Internet, alertando para os pontos críticos da proposta, que exigia o armazenamento, no Brasil, de dados das empresas que operam no País e dos cida-dãos brasileiros foi um posicionamento estratégico. Essa exigência ficou fora do texto final do Marco Civil, e, certamente, foi uma conquista muito importante. Nós também assinamos uma carta conjunta com o Encontro Coalização Empresarial Brasileira, o Brazil-U.S. Business Council, a Confederação Nacional da Indústria e a U.S. Chamber of Commerce, direcionada aos presidentes Obama e Dilma, com os pleitos prioritários do setor privado, que preveem medidas para a criação de em-pregos, crescimento econômico, desenvol-vimento e inovação em ambos os países.

Para 2016, ano do cEntEnário da amcham rio, vamos rEalizar uma

sériE dE açõEs E ProjEtos. o oBjEtivo é PromovEr um grandE Encontro EntrE

Brasil E Eua nos âmBitos da cultura E dos nEgócios

Cláudio Motta e Eduardo [email protected] [email protected]

BB: E quais as expectativas para este ano? RR: Os desafios que temos pela frente são mui-tos, mas também se traduzem em oportunida-des de novos negócios, seja no Rio de Janeiro ou no Espírito Santo, onde estamos fortalecendo as relações empresariais por meio da nossa afiliada. Para este ano, marcado pela realização da Copa do Mundo e pelas eleições para presidente e go-vernador, bem como pela renovação da Câmara e de parte do Senado, a AmCham Rio está em-penhada no fortalecimento de setores vistos hoje como estratégicos para o empresariado brasilei-ro e para o Estado do Rio de Janeiro. Portanto, os segmentos de energia, infraestrutura e logística, entretenimento, seguros e resseguros, sustenta-bilidade e turismo permanecem com um foco especial, pois estão diretamente relacionados ao desenvolvimento econômico e social.

BB: E quais são as prioridades para 2014? RR: Entre as prioridades para 2014, há a necessi-dade de ajustes na regulamentação de conteúdo local em determinados segmentos da indústria, como óleo e gás e mineração, e de avanços nas discussões para a criação de um tratado que evite a bitributação entre o Brasil e os EUA. Também precisamos caminhar para eliminar a obrigato-riedade de visto para o país. Neste caso, estamos trabalhando em prol do lançamento do U.S. Bra-zil Global Entry Pilot, programa de livre trânsi-to de pessoas entre os dois países. Esse será um primeiro passo importante para chegar ao Visa Waiver Program. Ainda em 2014, lançaremos a décima edição do Prêmio Brasil Ambiental, que reconhece e valoriza as melhores práticas socio-ambientais. E, no segundo semestre, vamos reu-nir novamente os principais representantes da área de petróleo e gás para discutir temas como os desdobramentos das atividades em Libra.

BB: E como a AmCham Rio está se preparan-do para o centenário, em 2016? RR: Às vésperas de completar 100 anos de história, a mais antiga câmara de comércio da América Latina se renova mais uma vez como uma importante porta-voz do setor empresa-rial, parceira dos governos e da sociedade civil na construção de um país melhor para todos. Para 2016, ano do centenário da AmCham Rio, vamos realizar uma série de ações e projetos, que serão apresentados ao longo deste ano. O objetivo é promover um grande encontro entre Brasil e Estados Unidos nos âmbitos da cultura e dos negócios. Será o maior evento em 2016 no País, depois dos Jogos Olímpicos.

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48_Edição 286_mai/jun 2014

COMITÊ EXECUTIVO

PRESIDENTE Roberto Prisco Paraíso Ramos_Diretor-presidente, Odebrecht Óleo e Gás

1º. VICE-PRESIDENTE Rafael Sampaio da Motta_CEO, Grupo Case Benefícios e Seguros

2º. VICE-PRESIDENTE Antonio Carlos da Silva Dias_Executivo, IBM Brasil

3º. VICE-PRESIDENTE Marcelo Mancini Peixoto_CFO e VP, Prudential do Brasil Seguros de Vida S.A.

DIRETOR FINANCEIRO André Luiz Castello Branco_Sócio, PwC

CONSELHEIRO JURÍDICO Luiz Claudio Salles Cristofaro_Sócio, Chediak Advogados

DIRETOR-SECRETÁRIO Steven Bipes_Diretor, Albright Stonebridge Group

EX-PRESIDENTES Henrique Rzezinski, Robson Goulart Barreto e João César Lima

PRESIDENTES DE HONRA

Mauro Vieira_Embaixador do Brasil nos EUA Liliana Ayalde_Embaixadora dos EUA no Brasil

DIRETORES

Álvaro Emídio Macedo Cysneiros_Diretor de Operações de Mercado Internacional, Totvs

André Luiz Castello Branco_Sócio, PwC

Antonio Carlos da Silva Dias_Executivo, IBM Brasil

Antônio Cláudio Buchaul_Segment Head, Banco Citibank

Carlos Alexandre Guimarães_Diretor Regional Rio de Janeiro e Espírito Santo, SulAmérica Companhia Nacional de Seguros

Carlos Henrique Moreira_Presidente do Conselho, Embratel

Cassio Zandoná_Superintendente Amil Rio de Janeiro, Amil - Assistência Médica Internacional Ltda.

Dilson Verçosa Junior_Diretor Regional de Vendas – Brasil, American Airlines Inc.

Guillermo Quintero_Presidente, BP Energy do Brasil Ltda.

João Geraldo Ferreira_Presidente, GE Óleo e Gás para América Latina

José Firmo_Presidente, Schlumberger Serviços de Petróleo Ltda.

Leandro Andrade Azevedo_Diretor-superintendente, Construtora Norberto Odebrecht S.A.

Luiz Carlos Costamilan_Firjan

Luiz Claudio Salles Cristofaro_Sócio, Chediak Advogados

Manuel Domingues e Pinho_Presidente, DPC

Marcelo Mancini Peixoto_CFO e VP, Prudential do Brasil Seguros de Vida S.A.

Marco André Coelho de Almeida_Sócio, KPMG

Marco Antônio Gonçalves_Diretor-gerente, Bradesco Seguros S.A.

Maurício Felgueiras_Diretor, MXM Sistemas e Serviços de Informática S.A.

Mauro Moreira_Sócio, Ernst & Young Terco - EY

Osmond Coelho Junior_Gerente Executivo da Área Internacional, Petrobras

Patrícia Pradal_Diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações Governamentais, Chevron Brasil Petróleo Ltda.

Rafael Benke

Rafael Sampaio da Motta_CEO, Grupo Case Benefícios e Seguros

Raïssa Lumack_Vice-presidente de Recursos Humanos, Coca-Cola Brasil

Roberto Braga Mendes_Vice-presidente e Gerente-Geral da América Latina, Thermo Fisher Scientific

Roberto Prisco Paraíso Ramos_Diretor-presidente, Odebrecht Óleo e Gás S.A.

Robson Pinheiro Rodrigues de Campos_Presidente, Wärtsilä Brasil Ltda.

Steven Bipes_Senior Advisor, Albright Stonebridge Group

DIRETORES EX-OFÍCIO

Andres Cristian Nacht | Carlos Augusto C. Salles | Carlos Henrique de Carvalho Fróes | Gabriella Icaza | Gilberto Duarte Prado | Gilson Freitas de Souza | Henrique Rzezinski | Ivan Ferreira Garcia | João César Lima | Joel Korn | José Luiz Silveira Miranda | Luiz Fernando Teixeira Pinto | Omar Carneiro da Cunha | Peter Dirk Siemsen | Robson Goulart Barreto | Ronaldo Camargo Veirano | Rubens Branco da Silva | Sidney Levy

PRESIDENTES DE COMITÊS

Assuntos Jurídicos - Julian Chediak

Propriedade Intelectual - Andreia de Andrade Gomes

Tax Friday - Richard Edward Dotoli

Energia – Manuel Fernandes

Entretenimento, Esportes e Cultura - Steve Solot

Logística e Infraestrutura - Álvaro Palma de Jorge

Marketing - Noel De Simone

Meio Ambiente - Kárim Ozon

Recursos Humanos - Claudia Danienne Marchi

Relações Governamentais - João César Lima

Responsabilidade Social Empresarial - Silvina Ramal

Saúde - Gilberto Ururahy

Seguros, Resseguros e Previdência - Luiz Wancelotti

Tecnologia da Informação e Comunicação - André Bertrand

DIRETORIA AMCHAM ESPÍRITO SANTO

PRESIDENTE Otacílio José Coser Filho_Membro do Conselho de Administração, Coimex Empreendimentos e Participações Ltda.

VICE-PRESIDENTE Maurício Max_Diretor do Departamento de Pelotização, Vale S.A.

DIRETORES

Bruno Moreira Giestas_Diretor, Realcafé Solúvel do Brasil S.A.

Carlos Fernando Lindenberg Neto_Diretor-geral, Rede Gazeta

João Carlos Pedroza da Fonseca_Superintendente, Rede Tribuna

Liberato Milo_Diretor-geral, Chocolates Garoto

Márcio Brotto Barros_Sócio, Bergi Advocacia – Sociedade de Advogados

Marcos Guerra_Presidente, Findes

Marcelo de Oliveira_Gerente-geral Industrial, Fibria Celulose

Ricardo Vescovi Aragão_Presidente, Samarco Mineração

Rodrigo Loureiro Martins_Advogado-sócio Principal, Advocacia Rodrigo Loureiro Martins

Simone Chieppe Moura_Diretora-geral, Metropolitana Transportes e Serviços

Victor Affonso Biasutti Pignaton_Diretor, Centro Educacional Leonardo da Vinci

Negócios Internacionais Marcilio Rodrigues Machado

Relações Governamentais Maria Alice Paoliello Lindenberg

LINHA DIRETA COM A AMCHAM RIO

Diretor-superintendente: Rafael Lourenço (21) 3213-9205 | [email protected]

Administração e Finanças: Ednei Medeiros (21) 3213-9208 | [email protected]

Produtos e Serviços: Lívia Corti Tavares (21) 3213-9231 | [email protected]

Jaqueline Paiva | (21) 3213-9232 | [email protected]

Comunicação: Eduardo Nunes (21) 3213-9239 | [email protected]

LINHA DIRETA COM A AMCHAM ES

Diretor executivo: Luiz Fernando Mello Leitão (27) 99972-5933 | leitã[email protected]

Assistente: Keyla Corrêa (27) 3324-8681 | [email protected]

expediente

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