brasilec 27 abril2011

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36 Brasil Econômico Quarta-feira, 27 de abril, 2011 JUSTIÇA Ruy Barata Neto [email protected] Uma série de indefinições sobre o processo de renovação das concessões do setor elétrico que vencem entre 2013 e 2017 mobi- liza escritórios de advocacia es- pecializados em infraestrutura. Em jogo está a operação de 58 usinas hidrelétricas, 73 mil qui- lômetros de linhas de transmis- são e 41 concessionárias de dis- tribuição de energia, responsá- veis por uma potência energéti- ca na ordem de 20,5 gigawatts. Entre as concessionárias com contratos de concessão em vias de expirar estão três das maiores estatais elétricas do país: Cesp (São Paulo), Cemig (Minas Ge- rais) e Copel (Paraná). O governo federal ainda não definiu se fará renovação das concessões, mantendo os atuais concessionários, ou se retomará os ativos cedidos para promo- ver uma nova licitação para a escolha de parceiros, conforme determina a Lei 9074/95, que está em vigor. O problema é que a legislação é falha e tem inse- guranças jurídicas, segundo o advogado especializado Fer- nando Henrique Cunha, sócio- diretor do escritório FH/Cunha Associados. Embora a legisla- ção exija que os ativos dos con- cessionários sejam devolvidos à União após o vencimento dos contratos, a atual dona da ou- torga pode exigir compensa- ções pelos investimentos em ati- vos não recuperados como re- sultado da própria operação. “É necessário regulamentar como serão licitadas as concessões de usinas e linhas de transmissão que já foram amortizadas [que já obtiveram retorno com suas operações] e como deve ser a in- denização dos atuais concessio- nários pelos ativos não amorti- zados”, explica Cunha. Questões como essa acabam levando à necessidade de uma mudança na atual legislação, o que pode ser encaminhado por meio de uma medida provisória ou mesmo de um novo projeto de lei a ser discutido no Con- gresso. “O raciocínio deve ser dentro de um projeto de altera- ção de lei”, recomenda. Mas encaminhar essa discus- são não é tão simples. Segundo Kleber Luiz Zanchim, sócio de Souza Araujo Butzer Zanchim Advogados, no caso de a con- cessionária ter ativos não amor- tizados, o ideal seria concessão não onerosa [renova a conces- são sem que o comprador pre- cise pagar], pois a empresa ain- da não teve o retorno esperado. De outro lado, se os ativos foram amortizados pode ter lugar a concessão onerosa [mas cobrar da empresa pressupõe transfe- rência do custo para a tarifa de energia]. “A métrica é difícil, porque a outorga também gera recursos para o Estado e ofere- ce tratamento isonômico às atuais concessionárias em re- lação a outras empresas que, para ganharem uma conces- são, devem pagar”, explica Zanchim. “Para o Estado não cobrar nada terá que definir uma tarifa baixa que não crie vantagens competitivas para a empresa e ao mesmo tempo beneficie o consumidor”. O consenso entre os advoga- dos é que uma mudança na Lei viabilizaria a regulamentação mais clara do setor. “A vanta- gem é que se eliminaria os cus- tos para a União que seriam inerentes ao processo de uma nova licitação, o que poderia resultar na redução de tarifas de energia”, diz Fábio Moura, sócio da FH/Cunha. Investimentos parados O impasse causa problemas. Embora o horizonte até 2015 (quando vencem esses contra- tos) pareça distante, a indefini- ção jurídica do modelo de reno- vação já está inviabilizando in- vestimentos na expansão, mo- dernização e na própria manu- tenção das redes elétricas do país. Os recursos, em geral, são financiados e obtidos de acordo com os recebíveis que as em- presa terão no futuro com a venda de energia. Os créditos funcionam como lastros para o financiamento e como as con- cessionárias vão renovar os contratos em dois ou três anos, elas não conseguem oferecer garantias. “Não se sabe se as atuais concessionárias conti- nuarão, caso em que poderiam captar recursos vendendo par- ticipações no seu capital, por exemplo”, diz Zanchim. Ele diz que as atuais conces- sionárias já estão trabalhando em propostas de alteração das normas de modo a viabilizar as prorrogações de contratos. “O plano “B” é começarem a se organizar para eventual concorrência, caso as conces- sões em vigor sejam extintas”, alerta Zanchim. Impasse no setor elétrico atrasa investimentos Falhas na legislação atual exigem mudança em marco regulatório para reduzir custo de tarifas de energia sem comprometer operação de concessionárias A intenção do Conselho Nacio- nal de Justiça (CNJ), ao editar o Provimento 63/09, era a melhor possível: agilizar o rito proces- sual. Mas, como é sabido, abriu uma perigosa brecha ao permi- tir que inquéritos policiais tra- mitem diretamente entre a Po- lícia e o Ministério Público, ex- cluindo, assim, a necessária atuação do Poder Judiciário. Com isso, a norma do CNJ pode retirar do cidadão que por- ventura esteja envolvido em in- vestigação policial o direito de ter acesso aos procedimentos por meio da atuação do Poder Judi- ciário. Tanto o risco de ferir este direito existe que os desembarga- dores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiram re- jeitar a tramitação direta dos in- quéritos, inclusive determinando às Comarcas do interior do Esta- do que revertessem a prática, pleito também levado ao TJ-SP pela OAB-SP. O mesmo não ocorreu na Justiça Federal, le- vando o Conselho Federal da OAB a manifestar suas críticas e a As- sociação dos Delegados da Polícia Federal a ajuizar uma ação direta de inconstitucionalidade no Su- premo Tribunal Federal. A Secio- nal Paulista da OAB sempre este- ve atenta ao problema e impetra mandados de segurança contra as varas federais que insistem em manter a tramitação dos inquéri- tos policiais diretamente entre a Polícia e o Ministério Público. Mais grave: o Provimento afronta a Constituição Federal. Por exemplo, ao suprimir o con- trole jurisdicional na fase de in- vestigação policial, a norma, além de abrir espaço para arbitrarieda- des que podem ser cometidas por Desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo resolveram rejeitar a tramitação direta de inquéritos LUIZ FLÁVIO BORGES D’URSO Advogado criminalista, mestre e doutor pela USP, é presidente da OAB-SP Agilidade processual é válida, mas O vencimento das outorgas do setor de energia aparece como uma oportunidade para se repensar o modelo de concessões do estado Fernando Henrique Cunha, presidente da FH/Cunha Associados Editado por: Luciano Feltrin [email protected]

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36 Brasil Econômico Quarta-feira, 27 de abril, 2011

JUSTIÇA

Ruy Barata [email protected]

Uma série de indefinições sobreo processo de renovação dasconcessões do setor elétrico quevencem entre 2013 e 2017mobi-liza escritórios de advocacia es-pecializados em infraestrutura.Em jogo está a operação de 58usinas hidrelétricas, 73 mil qui-lômetros de linhas de transmis-são e 41 concessionárias de dis-tribuição de energia, responsá-veis por uma potência energéti-ca na ordem de 20,5 gigawatts.Entre as concessionárias comcontratos de concessão em viasde expirar estão três dasmaioresestatais elétricas do país: Cesp(São Paulo), Cemig (Minas Ge-rais) e Copel (Paraná).

O governo federal ainda nãodefiniu se fará renovação dasconcessões, mantendo os atuaisconcessionários, ou se retomaráos ativos cedidos para promo-ver uma nova licitação para aescolha de parceiros, conformedetermina a Lei 9074/95, queestá em vigor. O problema é quea legislação é falha e tem inse-guranças jurídicas, segundo oadvogado especializado Fer-nando Henrique Cunha, sócio-diretor do escritório FH/CunhaAssociados. Embora a legisla-ção exija que os ativos dos con-cessionários sejam devolvidos àUnião após o vencimento doscontratos, a atual dona da ou-torga pode exigir compensa-ções pelos investimentos emati-vos não recuperados como re-sultado da própria operação. “Énecessário regulamentar comoserão licitadas as concessões deusinas e linhas de transmissãoque já foram amortizadas [que jáobtiveram retorno com suasoperações] e comodeve ser a in-denização dos atuais concessio-nários pelos ativos não amorti-zados”, explica Cunha.

Questões como essa acabamlevando à necessidade de umamudança na atual legislação, oque pode ser encaminhado pormeio de uma medida provisóriaou mesmo de um novo projetode lei a ser discutido no Con-gresso. “O raciocínio deve serdentro de um projeto de altera-ção de lei”, recomenda.

Mas encaminhar essa discus-são não é tão simples. SegundoKleber Luiz Zanchim, sócio deSouza Araujo Butzer ZanchimAdvogados, no caso de a con-

cessionária ter ativos não amor-tizados, o ideal seria concessãonão onerosa [renova a conces-são sem que o comprador pre-cise pagar], pois a empresa ain-da não teve o retorno esperado.De outro lado, se os ativos foramamortizados pode ter lugar aconcessão onerosa [mas cobrarda empresa pressupõe transfe-rência do custo para a tarifa deenergia]. “A métrica é difícil,porque a outorga também gerarecursos para o Estado e ofere-ce tratamento isonômico àsatuais concessionárias em re-lação a outras empresas que,para ganharem uma conces-são, devem pagar”, explicaZanchim. “Para o Estado nãocobrar nada terá que definiruma tarifa baixa que não crievantagens competitivas para aempresa e ao mesmo tempobeneficie o consumidor”.

O consenso entre os advoga-dos é que uma mudança na Leiviabilizaria a regulamentaçãomais clara do setor. “A vanta-gem é que se eliminaria os cus-tos para a União que seriaminerentes ao processo de umanova licitação, o que poderiaresultar na redução de tarifasde energia”, diz Fábio Moura,sócio da FH/Cunha.

Investimentos paradosO impasse causa problemas.Embora o horizonte até 2015(quando vencem esses contra-tos) pareça distante, a indefini-ção jurídica do modelo de reno-vação já está inviabilizando in-vestimentos na expansão, mo-dernização e na própria manu-tenção das redes elétricas dopaís. Os recursos, em geral, sãofinanciados e obtidos de acordocom os recebíveis que as em-presa terão no futuro com avenda de energia. Os créditosfuncionam como lastros para ofinanciamento e como as con-cessionárias vão renovar oscontratos em dois ou três anos,elas não conseguem oferecergarantias. “Não se sabe se asatuais concessionárias conti-nuarão, caso em que poderiamcaptar recursos vendendo par-ticipações no seu capital, porexemplo”, diz Zanchim.

Ele diz que as atuais conces-sionárias já estão trabalhandoem propostas de alteração dasnormas de modo a viabilizaras prorrogações de contratos.“O plano “B” é começarem ase organizar para eventualconcorrência, caso as conces-sões em vigor sejam extintas”,alerta Zanchim. !

Impasse no setor elétricoatrasa investimentosFalhas na legislação atual exigem mudança em marco regulatório para reduzircusto de tarifas de energia sem comprometer operação de concessionárias

A intenção do Conselho Nacio-nal de Justiça (CNJ), ao editar oProvimento 63/09, era a melhorpossível: agilizar o rito proces-sual. Mas, como é sabido, abriuuma perigosa brecha ao permi-tir que inquéritos policiais tra-mitem diretamente entre a Po-lícia e o Ministério Público, ex-cluindo, assim, a necessáriaatuação do Poder Judiciário.

Com isso, a norma do CNJpode retirar do cidadão que por-ventura esteja envolvido em in-vestigação policial o direito de teracesso aos procedimentos pormeio da atuação do Poder Judi-ciário. Tanto o risco de ferir estedireito existequeosdesembarga-dores do Tribunal de Justiça deSão Paulo (TJ-SP) decidiram re-jeitar a tramitação direta dos in-quéritos, inclusive determinandoàs Comarcas do interior do Esta-

do que revertessem a prática,pleito também levado ao TJ-SPpela OAB-SP. O mesmo nãoocorreu na Justiça Federal, le-vandooConselhoFederal daOABa manifestar suas críticas e a As-sociação dosDelegados da PolíciaFederal a ajuizar uma ação diretade inconstitucionalidade no Su-premo Tribunal Federal. A Secio-nal Paulista da OAB sempre este-ve atenta ao problema e impetramandadosde segurançacontra asvaras federais que insistem emmanter a tramitação dos inquéri-tos policiais diretamente entre aPolícia e oMinistérioPúblico.

Mais grave: o Provimentoafronta a Constituição Federal.Por exemplo, ao suprimir o con-trole jurisdicional na fase de in-vestigaçãopolicial, anorma, alémde abrir espaço para arbitrarieda-des que podem ser cometidas por

Desembargadores doTribunal de Justiça deSão Paulo resolveramrejeitar a tramitaçãodireta de inquéritos

LUIZ FLÁVIOBORGES D’URSO

Advogado criminalista,mestre e doutor pela USP,é presidente da OAB-SP

Agilidade processual é válida, mas

“O vencimentodas outorgas dosetor de energiaaparece comouma oportunidadepara se repensaro modelo deconcessõesdo estado

Fernando Henrique Cunha,presidente da FH/Cunha Associados

Editado por: Luciano Feltrin [email protected]

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Quarta-feira, 27 de abril, 2011 Brasil Econômico 37

Allied Advanced Tecnologies S.A.CNPJ nº 04.416.818/0001-40Demostrações Financeiras

Balanço Patrimonial - Exercício 2010

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido para os exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e de 2009 (Em Reais) Capital social Reserva de lucros Aj. de avaliação Retenção Ações em Lucros (prejuízos) Integralizado patrimonial Legal de lucros tesouraria acumuldos TotalSaldos em 31/12/2009 6.000.000 - - 5.747.206 - - 11.747.206 Aumento de capital 5.700.000 - - (5.700.000) - - - Constituição da reserva legal - - 1.345.538 - - (1.345.538) - Distribuição de lucros - - - - - (15.000.002) (15.000.002) Juros s/Capital Próprio - - - - - (704.832) (704.832) Variação cambial de investidaslocalizadas no exterior - - - - - - - Lucro líquido do exercício - - - - - 26.910.761 26.910.761 9.860.389 (9.860.389) Saldos em 31/12/2010 11.700.000 - 1.345.538 9.907.595 - - 22.953.133

Demonstração de Resultado Exercício Findo em 2010 e 2009 Demonstrações dos fl uxos de caixa para os exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e de 2009 (Em Reais)Ativo 2010 2009

Circulante 332.601.834 213.472.634 Disponivel 10.811.841 4.215.125 Duplicatas a Receber 166.893.889 114.544.062 Outros Créditos 2.787.464 376.030 Despesas A Apropriar 200.596 63.098 Impostos A Recuperar 5.847.087 4.478.893 Estoques 146.060.957 89.795.426 Ativo Não Circulante 636.000 131.918 Ativo Permanente 1.781.264 2.416.039 Investimentos - 773.325 Intangível 89.726 90.859 Imobilizado 1.691.538 1.551.855 Total do Ativo 335.019.098 216.020.591 Passivo 2010 2009Circulante 305.609.404 202.816.607 Empréstimos 123.830.106 86.141.223 Fornecedores 156.196.247 102.285.920 Impostos A Recuperar 11.198.522 6.732.648 Obrigações Trabalhistas 851.926 424.823 Outros Créditos 13.532.603 7.231.993 Passivo Não Circulante 6.456.561 1.456.778 Patrimônio Líquido 22.953.133 11.747.206 Capital 11.700.000 6.000.000 Reserva e Capital 1.345.538 - Reserva de Lucros 9.907.595 5.747.206 Total do Passivo 335.019.098 216.020.591

2010 2009Vendas Brutas 847.952.613 530.464.720 (-) Deduções (155.181.717) (96.287.941)(=) Vendas Líquidas 692.770.896 434.176.779 (-) CMV (586.428.274) (381.090.214)(-) Despesas com Pessoal (3.830.972) (2.049.448)(-) Encargos Trabalhista (2.026.853) (1.372.962)(-) Despesas com Vendas (14.709.343) (10.801.572)(-) Despesas Tributárias (813.049) (125.990)(-) Depreciação/Amortização (175.444) (139.864)(-) Despesas Mat. De Consumo (960.745) (543.207)(-) Despesas com Serviços (10.601.485) (6.453.294)(-) Despesas Gerais (14.051.948) (7.526.719)(-) Outras Despesas Operacionais (3.219.570) (3.587.925)(-) Despesas Indedutiveis (65.048) (3.293)(-) Despesas Financeiras (22.599.748) (16.364.144)(+) Receitas Financeiras 6.358.477 6.327.026 (+) Outras Receitas Operacionais 188 1.458 (+) Receitas nâo Operacional 5.950 - (-) Provisão Imposto de Renda (9.867.988) (2.508.952)(-) Provisão CSLL (3.579.115) (911.815)(=) Resultado Líquido 26.205.929 7.025.864

Das atividades operacionais 2010 2009Lucro líq. antes do IR e da contribuição social 40.357.865 10.871.589 Aj. para conciliar o result. às disp. geradas pelas atividades operacionais: Depreciações e amortizações 152.494 139.864 Encargos fi nanceiros sobre fi nanciamentos 14.423.881 8.371.180 Decréscimo (acréscimo) em ativos Contas a receber (52.349.827) (43.294.913) Estoques (56.265.531) (53.003.489) Tributos a recuperar (1.368.195) (1.020.383) Créditos diversos (3.053.013) 543.048 (Decréscimo) acréscimo em passivos Fornecedores 53.910.327 38.784.951 Obrigações trabalhistas 638.103 197.176 Obrigações Trubutárias (2.501.720) 6.456.612 Verbas de Fabricantes a Repassar (2.760.437) 3.748.612 Adiantamento de clientes (335.226) 622.302 Outros passivos 1.597 (543.606)Caixa proveniente das operações (9.149.682) (28.127.057) Imposto de renda e contribuição social pagos (6.050.608) (2.678.824)Caixa líq. prov. das (aplic. nas) ativ. operac. (15.200.290) (30.805.881) Acréscimo de investimentos - (773.325) Acréscimo do imobilizado (291.044) (284.709) Recebimento pela venda de Imobilizado - - Caixa líq. aplicados nas ativ. de investimento (291.044) (1.058.034)Fluxo de caixa das ativ. de fi nanciamento Ingressos de empréstimos 27.624.883 35.402.817 Caixa líq. prov. das (aplic. nas) ativ. de fi nanc. 27.624.883 35.402.817 Das atividades de fi nanc. com acionistas Distribuições de lucros (4.920.118) (2.216.958) Contas a receber de partes relacionadas - - Juros s/Capital Próprio (616.715) (63.744) (5.536.833) (2.280.702)Aum. (Red.) líquido de caixa e equiv. de caixa 6.596.716 1.258.200 No início do exercício 4.215.125 2.956.925 No fi m do exercício 10.811.841 4.215.125 Aum. (Redução) líq. de caixa e equiv. de caixa 6.596.716 1.258.200

Ricardo Radomysler - Diretor PresidenteVlamir Piccoli Sampaio - CRC 1SP130136/O-6

Diretoria

Fernando Henrique Cunha: mudançana lei para obter tarifas de energia

menores de empresas que retomaraminvestimentos feitos em ativos

MercosulA OAB SP criou um grupo deestudos com o objetivo de elaborarum projeto de normas penais, paraaplicação na Corte de Justiça doMercosul, que teve sua criaçãoaprovada em dezembro de 2010.

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Divulgação

agentes do Estado, deixa ao Mi-nistério Público a competênciaexclusiva para ditar e fiscalizar oandamentodos inquéritos.

Ora, tal atribuição, exclusivaporque feita sem o exame do Po-der Judiciário, é inadmissível noEstado de Direito, uma vez que oMinistério Público é parte inte-ressada nos processos penais. As-sim, por mais isenta que seja suaatuação — e na imensa maioriados casos, o é—, a imparcialidadequedeve reger todaa investigaçãoficacomprometida.

Qualquer decisão, por maisbem intencionada, que atentecontra este pressuposto básico,corrompe o texto constitucional,mais especificamente o artigo133, que todos conhecemos e noqual se consagra o princípio in-dissociável do Estado de Direito:“o advogado é indispensável à

administração da justiça, sendoinviolável por seus atos e mani-festações no exercício da profis-são, nos limites da lei”.

Limitar o múnus advocatício àlei foi sábiadecisãodoconstituin-te de 88. Mas lei alguma, menosainda um Provimento como o63/09, pode suprimir a devidaproteção do Poder Judiciário aoscidadãos e suas garantias consti-tucionais, sendoqueumadelaséade justamente franquear ao advo-gado o inquérito no qual alguém,eventualmente, esteja envolvido.

Por tais razões, a OAB-SP se-guirá propugnando pela volta docontrole jurisdicional sobre os in-quéritos policiais. E apoiará todasas medidas que objetivem darmaior agilidade à Justiça, desde,claro, que não entrem em desa-cordo com os princípios básicosdoEstadodeDireito. !

PONTOS FORTES Entre 2013 e 2015vencem concessões de

58 hidrelétricas, 73mil quilômetrosde linhas de transmissão eum terço dos contratos dedistribuidores de energia.

As estatais elétricas Cesp(São Paulo), Copel (Paraná)

e Cemig (Minas Gerais) játrabalham com um grupo detrabalho para definir agendaconjunta em novos contratos.

As outorgas de operaçãodo setor elétrico precisam

ser definidas em novo projetode lei que autorize renovaçãode concessões para reduzircusto das tarifas ao consumidor.

NOTÍCIAS DA OAB

Grupo do Trabalho

A nova Corte de Justiça deve serinstalada para resolver conflitosde ordem comercial dentro doBloco, “diante desta situação,estamos sugerindo também acriação de normas penais a seremaplicadas na jurisdição dos paísesmembros do Mercosul, em face daexistência de infrações penais decaráter transnacional”, explicouo advogado Laertes de MacedoTorrens, que irá presidir o grupode trabalho formado na OAB SP.O advogado Roberto DelmantoJúnior será o vice-presidentee o advogado Flávio Markman,o primeiro secretário.A primeira reunião de trabalhosserá realizada em maio.

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Crimes Transnacionais“De forma pioneira, o grupo detrabalho instituído pela Ordemvisa colher subsídios, com juristasdos países componentes do bloco,para dar um passo significativo nocombate aos crimes transnacionais”,explica o presidente da OAB SP,Luiz Flávio Borges D’Urso.

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sem ferir direitos