brasil rotário - junho de 2006

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Edição nº 1.008 da revista Brasil Rotário. Junho de 2006.

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Page 1: Brasil Rotário - Junho de 2006
Page 2: Brasil Rotário - Junho de 2006
Page 3: Brasil Rotário - Junho de 2006

PROFESSORAGLÓRIA Mariaaplicando ametodologiaCLE dealfabetização

Pág. 1616161616

Capa: The Rotarian

Pág. 2828282828

Sucessora de “Notícias Rotárias” e “Rotary Brasileiro”. Publicação mensal dedicada à divulgação do Ideal

de Servir. Revista regional oficial do Rotary International para os rotarianos do Brasil.

1 8 Interact e Rotaract

2 6 Mulher

3 3 Rotarianos que são notícia

3 8 Decoração

4 2 Informática

4 5 Livros

4 8 Informe do RI aos rotarianos

4 9 Distritos em revista

SEÇÕES

O CAFÉda manhãno resort

BourbonAtibaia

O COMPANHEIRISMO move o mundo rotário

04 Brasileira é professorade inglês nos EUA

05 Mensagem do PresidenteCarl-Wilhelm Stenhammar

06 CLE – uma proposta dealfabetização para paísesem desenvolvimentoGlória Maria Guiné de Mello

10 O permanentedesafio de crescerCarlos Enrique Speroni

12 Por onde passa a economiaLuiz Gonzaga Belluzzo

16 A pedra angular do RotaryFernando Reis de Souza

20 Aliados no ServiçoSusan Carey Dempsey

25 A importância daInformação RotáriaHermes Pereira da Silva

28 Atibaia vai surpreenderLindoval de Oliveira

34 “Bye bye” dívida externaGeorge Vidor

35 Clubes virtuais:Eles são mesmo uma realidade?

40 Rides, a nova parceriainternacional

44 Angola no roteiro da CIP-Plop

46 Conferência do Servirno Novo Século

Pág. 0606060606

6 1 Novos Companheiros Paul Harris

6 2 Senhoras em ação

6 3 Relax

6 4 Cartas e recados ■■■■■ Saudades

Contexto

CAPA

Page 4: Brasil Rotário - Junho de 2006

2 JUNHO DE 2006

Um princípio que não pode ter fim. Campanha em prol de maiselevados padrões de ética. Apoio dos Rotary Clubs do BrasilÉTICA

GOVERNADORES DE DISTRITOS NO BRASIL 2005-2006CONSELHO DIRETOR2005-2006

ROTARY INTERNATIONALONE ROTARY CENTER 1560 SHERMAN AVENUE EVANSTON, ILLINOIS, USA

DISTRITO 4310Paulo Gonçalves de AbreuRC Lençóis Paulista, SP

DISTRITO 4390José Firmino de OliveiraRC Arapiraca, AL

DISTRITO 4410Antonio Canuto NetoRC Vitória-Jucutuquara, ES

DISTRITO 4420Roberto HerreraRC Santo André-Campestre, SP

DISTRITO 4430Ari Sérgio Del-Fiol MódoloRC Mogi das Cruzes-Oeste, SP

DISTRITO 4440Neusa Yoshiko Hamakawa ItoRC Cuiabá-Taiamã, MT

DISTRITO 4470Oswaldo CasarottiRC Ivinhema, MS

DISTRITO 4480Israel Antonio AlfonsoRC Lins, SP

DISTRITO 4490Hermógenes Alves de Oliveira NetoRC Teresina-Iningá, PI

DISTRITO 4500Aldanira Ramalho Pereira SoutoBarretoRC Natal, RN

DISTRITO 4510José GiomettiRC Santo Anastácio, SP

DISTRITO 4520Geraldo Eustáquio AlvesRC Pedro Leopoldo, MG

DISTRITO 4530Sylvio SantinoniRC Brasília-21 de Abril, DF

DISTRITO 4540João Carlos CazúRC São Carlos, SP

DISTRITO 4550José Antonio Nascimento CunhaRC Salvador-Pituba, BA

DISTRITO 4560Antonio Élcio Coelho SartoRC Elói Mendes, MG

DISTRITO 4570Sebastião PortoRC Rio de Janeiro-Saara, RJ

DISTRITO 4580Roberto KamilRC Juiz de Fora-Sul, MG

DISTRITO 4590Temer FeresRC Campinas, SP

DISTRITO 4600Murilo Mario Pulig VeigaRC Três Rios-Beira Rio, RJ

DISTRITO 4610Darci Luiz Leite KirstRC São Paulo-Alto de Pinheiros, SP

DISTRITO 4620Gilberto Carvalho de OliveiraRC Sorocaba-Esplanada, SP

DISTRITO 4630Wilson IsolaniRC Campo Mourão, PR

DISTRITO 4640José Antonio UbaRC Toledo-Integração, PR

DISTRITO 4650Ernesto BremerRC Timbó-Pérola do Vale, SC

DISTRITO 4651Marilene Vargas SoutoRC Florianópolis-Trindade, SC

DISTRITO 4660Claudete Hintz MallmannRC Santa Rosa-Junior, RS

DISTRITO 4670Rubens Fernando Clamer dos SantosRC Porto Alegre-Passo D’Areia, RS

DISTRITO 4680João Moacir FerreiraRC Venâncio Aires, RS

DISTRITO 4700Valtoir Clarêncio PeriniRC Caxias do Sul-Imigrante, RS

DISTRITO 4710Álvaro Cláudio Amorim BrochadoRC Londrina-Nordeste, PR

DISTRITO 4720Arno VoigtRC Rolim de Moura, RO

DISTRITO 4730Jaroslaw HrebinnikRC Curitiba-Cidade Sorriso, PR

DISTRITO 4740Fernandes Luiz AndrettaRC Chapecó-Leste, SC

DISTRITO 4750Marcus dos Santos PaesRC Guarus, RJ

DISTRITO 4760Said SchillerRC Montes Claros-Oeste, MG

DISTRITO 4770Napoleão Alves NetoRC Jataí, GO

DISTRITO 4780João Pozo CamargoRC Quaraí, RS

PRESIDENTECarl-Wilhelm Stenhammar,Göteburgo, Suécia

PRESIDENTE-ELEITO 2006-07William B. Boyd,Pakuranga, Nova Zelândia

VICE-PRESIDENTESerge Gouteyron,Denain-Bouchain, França

TESOUREIROJocelyn I. Bolante,Parañaque South, Filipinas

DIRETORESAnthony F. de St. Dalmas, Southgate,Inglaterra; Carlos Enrique Speroni,Temperley, Argentina; David J. Hossler,Yuma, Ariz., EUA; David Linett, Somervilleand Bridgewater, N.J., EUA; Frank N.Goldberg, Omaha-Suburban, Neb., EUA; G.Kenneth Morgan, Chapel Hill, N.C., EUA;Horst Heiner Hellge, Hamburg-Blankenese,Alemanha; Jerry L. Hall, Reno, Nev., EUA;José Antonio Salazar C., Bogotá Occidente,Colômbia; Kwang Tae Kim, Seoul Gwanag,Coréia; Masanobu Shigeta, Takasaki North,Japão; Noraseth Pathmanand, Bangrak,Tailândia; Robert A. Stuart Jr., Springfield,Ill. EUA; Sölve Kernell, Kalmar, Suécia;Yoshikazu Minamisono, Hofu, Japão.

SECRETÁRIO-GERALEdwin H. Futa,East Honolulu, Hawaii, EUA.

CURADORES DAFUNDAÇÃO ROTÁRIA,2005-06

CHAIRMAN Frank J. Devlyn, Anáhuac, D.F., México;

CHAIRMAN-ELEITOLuis Vicente Giay, Arrecifes, Argentina;

VICE-CHAIRMANRay Klinginsmith, Kirksville, Mo., EUA;

CURADORESBhichai Rattakul, Dhonburi, Tailândia;Carolyn E. Jones, Anchorage East, Alasca,EUA; Dong Kurn Lee, Seoul-Hangang,Coréia; Fumio Tamamura, Tokyo, Japão;Gary C.K. Huang, Taipei, Taiwan; JayantilalK. Chande, Dar-es-Salaam, Tanzânia;Jonathan B. Majiyagbe, Kano, Nigéria;Mark Daniel Maloney, Decatur, Ala., EUA;Michael W. Abdalla, Orange, Calif., EUA;Peter Bundgaard, Ry, Dinamarca;Robert S. Scott, Cobourg, Ont., Canadá;Rudolf Hörndler, Nürnberg-Fürth,Alemanha.

SECRETÁRIO-GERALEdwin H. Futa, East Honolulu, Hawaii, EUA.

Page 5: Brasil Rotário - Junho de 2006

BRASIL ROTÁRIO 3

Ano 81 Junho, 2006 nº 1008

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2005-07Diretoria ExecutivaPresidente: Roberto Petis FernandesVice-Presidente de Operações:Jorge Costa de Barros FrancoVice-Presidente de Administração:Guilherme Arinos Lima Verde deBarroso FrancoVice-Presidente de Finanças:José Maria Meneses dos SantosVice-Presidente de Planejamento/Controle:Ricardo Vieira L. M. GondimVice-Presidente de Marketing:José Alves FortesVice-Presidente de RelaçõesInstitucionais:Carlos Jerônimo da Silva GueirosVice-Presidente Jurídico:Carlos Henrique de Carvalho FróesMembros Efetivos:Adelia Antonieta VillasAmérico Matheus FlorentinoAntonio HallageFernando A. Quintella RibeiroFernando A. P. MagnusFlávio A. Queiroga MendlovitzJosé Moutinho DuarteMembros Suplentes:Bemvindo Augusto DiasPedro Maes CastellainGerente Executivo:Edson Avellar da Silva

ASSESSORESAbel Mendes Pinheiro JúniorAry Pinto Dâmaso (Publicidade)Cleofas Paes de Santiago (CER)Edson Schettine de Aguiar (Cultural)Eduardo Álvares de S. Soares (Sul)Enrique Ramon Perez Irueta (Traduções)Geraldo Lopes de Oliveira (Especial)Jorge Bragança (Sudeste)José Augusto Bezerra (Nordeste)Valério Figueiredo R. de Souza(Nordeste)Waldenir de Bragança

CONSELHO FISCAL 2005-2006Membros Efetivos:Jorge Manuel R. Monteiro(Coordenador do CF)Antônio Vilardo (Secretário)Haroldo Bezerra da CunhaMembros Suplentes:Dulce Grünewald Lopes de OliveiraGeraldo da ConceiçãoLeonel Nunes Salgueiro

CONSELHO CONSULTIVOMembros NatosEfetivos:Governadores 2005-06Suplentes:Governadores eleitos 2006-07

CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVOPresidente: Roberto PetisFernandesSecretário: Edson Avellar da SilvaMembros:Lindoval de OliveiraNuno Virgílio NetoLuiz Renato Dantas Coutinho

CONSELHO EDITORIAL CONSULTIVO● Roberto Petis Fernandes● Carlos Henrique de Carvalho Fróes● Carlos Jerônimo da Silva Gueiros● Guilherme Arinos Lima Verde

de Barroso Franco● Jorge Costa de Barros Franco● José Alves Fortes● José Maria Meneses dos Santos● Ricardo Vieira L. M. Gondim

COMISSÃO DE INVESTIMENTOSAmérico Matheus Florentino (Vice-Coordenador)Jorge Costa de Barros FrancoJosé Maria Meneses dos Santos(Coordenador)Roberto Petis Fernandes

DIRETOR RESPONSÁVEL: Roberto Petis Fernandes

EDITOR: Lindoval de Oliveira - Jorn. Prof. Mtb. 3.483/9/144

REDAÇÃO E DEPTO. DE MARKETING: Av. Rio Branco, 125 - 18ºandar - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20040-006 - Tel: (21) 2509-8142;Fax: (21) 2509-8130.

E-MAIL DA REDAÇÃO: [email protected]

REDAÇÃO: Armando Santos, Luiz Renato Dantas Coutinho, MariaCristina Andrade, Maria Lúcia Ribeiro de Sousa, Nuno Virgílio Neto eRenata Coré.

DIGITALIZAÇÃO: Maurício Teixeira

IMPRESSÃO: Gráfica Ediouro

HOMEPAGE: http://www.brasil-rotario.com.br

* As matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos seus autores.

Revista de Propriedade da Cooperativa Editora Brasil Rotário

CNPJ 33.266.784/0001-53 � Inscrição Municipal 00.883.425

Av. Rio Branco, 125, 18º andar CEP: 20040-006 – Sede própriaRio de Janeiro – RJ � Tel: (21) 2509-8142 / FAX: (21) 2509-8130

E-mail: [email protected]

Archimedes Theodoro(Belo Horizonte-MG)EDRI 1980-82Mário de Oliveira Antonino(Recife-PE)EDRI 1985-87

Gerson Gonçalves(Londrina-PR)EDRI 1993-95

José Alfredo Pretoni(São Paulo-SP)EDRI 1995-97

CONSELHO EMÉRITO

Hipólito Sérgio Ferreira(Belo Horizonte-MG)EDRI 1999-01Alceu Antimo Vezozzo(Curitiba-PR)EDRI 2001-03Luiz Coelho de Oliveira(Limeira-SP)EDRI 2003-05Carlos Enrique Speroni(Buenos Aires-Argentina)DRI 2005-07

LeiaCCCCCARO LEITORARO LEITORARO LEITORARO LEITORARO LEITOR,

Sabemos que não será fácil, tal a paixão que devota- mos ao futebol, mas entre um jogo e outro da Copa

do Mundo, abra esta edição que lhe reserva boa eesclarecedora leitura sobre a nossa organização.

A capa, você viu, visualiza o tema do mês indicadopelo RI: companheirismo. O autor do artigo A pedraangular do Rotary, Fernando Reis, é sócio-honorário doRC do Rio de Janeiro e está emprestado ao RC do Reci-fe. Sabe tudo sobre a organização e, a nosso pedido,abordou com eficiência esse assunto primordial para osucesso das ações rotárias. Fernando faz algunsquestionamentos para nossa reflexão.■ Em sua página Mensagem do presidente, Stenhammardestaca a atuação do Conselho Diretor do RI, que nes-te ano rotário, demonstrando coragem e ousadia, fun-dou dois RCs provisionais na China – Pequim e Xangai– além das decisões de retornar a Cuba e de abrir clu-bes no Kosovo e no Vietnã.■ Com alegria, pautamos para esta edição o artigo deGlória Maria Guiné de Mello, CLE – uma proposta dealfabetização para países em desenvolvimento, com o qualiniciamos um ciclo de matérias sobre esse importantís-simo tema. O método CLE é dissecado com muita pro-priedade pela professora mineira, chefe de departamen-to na Universidade Federal de Ouro Preto. Alfabetiza-ção é uma das ênfases do presidente William Boyd.■ Na sua Coluna do diretor, Speroni aborda o desenvol-vimento do quadro social e, em determinado momen-to, após o levantamento da situação de 1945 até osdias atuais, pergunta: “O que fazer para crescer?”. Res-posta na coluna.■ Economia, assunto que mexe com a vida de todos osbrasileiros, foi o tema de excelente palestra do profes-sor Luiz Gonzaga Belluzzo no RC de São Paulo, queadaptamos e publicamos nesta edição. O doutor emeconomia pela Unicamp diz que as relações comerciaiscada vez mais intensas entre os EUA e a China ditam ocompasso do crescimento mundial.■ Veio de Evanston a interessante reportagem Aliadosno Serviço, que procura encorajar os RCs a buscar par-cerias com organizações não-governamentais, enti-dades ligadas à ONU e outras instituições. É comoestá no texto: “Duas cabeças geralmente pensam me-lhor que uma”.■ Aproxima-se o início do XXIX Instituto Rotário, queterá lugar em Atibaia, de 31 de agosto a 3 de setem-bro. Conheça um pouco mais dessa cidade que vairecebê-lo e encantá-lo. Ao final da matéria, preencha aficha de inscrição e reserve o hotel.■ Outras interessantes informações você encontra emmais artigos e nas seções permanentes. Obrigado pelasua atenção e boa leitura.

“Nenhum vento ajuda aquele que não direciona sua via-gem para nenhum ponto específico” – MICHEL DE MONTAIGNE

L.O.

Page 6: Brasil Rotário - Junho de 2006

4 JUNHO DE 2006

Um exemplo

Brasileira é professorade inglês nos EUA

Apaixão da carioca Zilda dePaula por outros idiomascomeçou bem cedo.Matriculada pela mãe

num curso de espanhol gratuitooferecido pela Embaixada da Ar-gentina, no Rio de Janeiro, logodepois ela também começou aestudar inglês, francês e italiano,outras línguas que domina –além, é claro, do português. Nãofoi difícil ver todo esse amor trans-formado em profissão: Zilda aca-bou tornando-se professora deidiomas, e no começo da déca-da de 70 foi morar na cidade deCharlotte, na Carolina do Norte,EUA, onde fundou um curso deidiomas numa faculdade localvoltado a imigrantes. Para formara turma, Zilda pesquisou toda alista telefônica da região, ondepinçou o endereço de 500 pes-soas com sobrenomes estrangei-ros (um sinal de que o inglês nãoera a primeira língua delas), paraquem mandou cartas falando so-bre o curso. Todo esse esforço foirecompensado, e em um ano aturma – no começo com apenasoito alunos – tinha 186 pessoasmatriculadas. “Quando querouma coisa, trabalho duro paraconsegui-la. Sou muito persisten-te”, ela admite, na reportagem deKathryn Daniel, publicada emabril de 2004 no jornal SouthCharlotte Weekly.

Em fevereiro deste ano, Zildade Paula – que também é sóciado RC de Charlotte-North, EUA(D.7680) – teve seu perfil focali-zado na The Rotarian, que des-tacou as homenagens que elavem recebendo da comunidadeao longo das últimas décadas. A

Brasileira é professorade inglês nos EUA

Há mais de 30 anos ajudando imigrantes na terra de Tio Sam,rotariana é homenageada pelo governo norte-americano

“Zilda de Paula integra uma comissão que assiste o presidente George W. Bush em

assuntos relacionados à educação e às condições de vida dos imigrantes nos EUA”

ZILDA COM a medalha que rece-

beu do governo norte-americano

mais importante delas foi, sem dúvi-da, a medalha de ouro que Zildarecebeu em outubro de 2003 dasmãos do vice-presidente DickCheney, que a condecorou por suaextraordinária liderança em servi-ços prestados às minorias latino-americanas e como consultora paranegócios internacionais no estadoda Carolina do Norte.

Servindo à comunidadeZilda chegou à América disposta a tra-balhar não apenas pelo bem-estar desua família, mas também dos outrosestrangeiros que, como ela, tinhamdeixado seus países de origem para irviver e trabalhar nos EUA. Por isso,além de ajudá-los com as aulas de in-glês, ela passou a colaborar em suaadaptação ao dia-a-dia no novo país.“Alguns têm medo até de ficar doen-tes por não saberem como explicaros sintomas a um médico”, ela conta.Por isso, Zilda costuma acompanhá-los nesses casos, ou quando precisamir a audiências em tribunais ou em en-trevistas junto ao serviço social. “Oenvolvimento pessoal dela com os alu-nos vai muito além da sala de aula”,diz Debra Gaddy, amiga da brasileirahá mais de 20 anos.

A homenagem do governo norte-americano veio acompanhada de umoutro trabalho que deixa Zilda muitoorgulhosa: ela foi selecionada para seruma das 100 pessoas que integramuma comissão que assiste o presiden-te George W. Bush em assuntos rela-cionados à educação nos EUA. A cadaquatro meses, a comissão se reúnecom o presidente para falar sobre asdificuldades enfrentadas pelos estran-geiros no país. Com um domínio me-lhor de inglês, ela argumenta, os imi-grantes podem conseguir empregos

melhores, e assim pagar mais im-postos e colaborar com a comu-nidade – um ciclo que começacom a educação. “Algumas pesso-as ainda acham que os estrangei-ros querem tomar os empregosdos americanos, e isso deve ser es-clarecido”, ela diz, falando a res-peito de um estereótipo que pre-tende ver quebrado.

Além do trabalho como profes-sora universitária, Zilda é proprie-tária de uma escola de inglês paragerentes e executivos. Ao lado domarido, o brasileiro William, elaopera ainda a Carolina Polyglot,uma empresa que faz traduções einterpretações. “Quanto mais euconheço outras línguas, mais euconheço gente”, ela diz. “E quan-to mais eu amo as pessoas, maiseu amo outros idiomas”.

Page 7: Brasil Rotário - Junho de 2006

BRASIL ROTÁRIO 5

Mensagem do Presidente○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

NA REDE

Para ler os discursos e

notícias do presidente

de RI Carl-Wilhelm

Stenhammar, visite

sua página no endereço

www.rotary.org/president

Caros companheiros rotarianos

CARL-WILHELM STENHAMMAR

Presidente 2005-06 do RI

Durante a Assembléia Internacional de San Diego,realizada em fevereiro, o EPRI e curador da Funda-ção Rotária Bhichai Rattakul fez uma excelente

palestra sobre liderança e motivação, ressaltando a cora-gem e a ousadia.

Neste ano, o Conselho Diretor do RI demonstrou coragem eousadia. Apesar de uma legislação na Rússia que poderia difi-cultar a organização de Rotary Clubs no país, o Conselho deci-diu criar o primeiro distrito russo. A expansão para a China e a

fundação de dois clubes provisionais em Pequim e Xangai são outros exemplos decoragem e ousadia, assim como foram as decisões de retornar a Cuba e de abrirRotary Clubs em Kosovo e no Vietnã.

No entanto, a liderança não se limita à coragem nem à ousadia, mas tambéminclui a capacidade de adaptação à realidade e às circunstâncias. Por exemplo:algumas vezes, o presidente de um clube tem que acatar a decisão da maioriados sócios, mesmo não concordando com eles. Da mesma forma, para fazervaler o interesse do distrito, às vezes um governador precisa adotar decisões quenão são populares em seu próprio clube. O Conselho Diretor, então, carrega umfardo pesado: ainda que um diretor seja eleito para representar duas ZonasRotárias, ele deve procurar decidir pelo que é melhor para o Rotary Internationalcomo um todo, e não para aquelas duas zonas especificamente. Na sala de reu-niões do board, um diretor tem o pleno direito de falar em nome de suas zonas,mas na hora de decidir, é o interesse da organização que precisa ser levado emconta. Como presidente do RI, muitas vezes tive que me render a posições quenão eram exatamente as minhas preferidas. Mas sei que isso foi vital para ocrescimento de nossa organização.

Atualmente, existem muitas escolas de liderança no mundo. Sou favorável aosistema de liderança por objetivos, em que o líder decide em conjunto com aequipe quais são os objetivos, e então cada membro do grupo trabalha individual-mente em função deles. Outra técnica que me agrada é a da delegação de pode-res. O fato de confiar responsabilidades aos seus colegas demonstra que vocêacredita neles. Depois de delegadas as funções, os gerentes podem informar seucumprimento à medida que elas vão sendo executadas.

Um bom líder sabe olhar além de seus interesses ou aversões pessoais. E épreciso aprender a separar os negócios da vida privada para se atingir bonsresultados nas duas áreas.

Liderança e motivação são extremamente importantes no Rotary. E o suces-so baseia-se, com freqüência, na coragem e na ousadia. Obrigado por suaspalavras, EPRI Bhichai Rattakul!

Page 8: Brasil Rotário - Junho de 2006

6 JUNHO DE 2006

CLEProposta dealfabetizaçãopara países emdesenvolvimento

OCLE – ConcentratedLanguage Encounter, quetraduzo como Aborda-gem Lingüística Concen-

trada – começou a ser desenvolvidona Austrália, no início da década de80, quando a equipe da Traeger ParkSchool, no norte do país, iniciou umprojeto para combater os altos índi-ces de fracasso escolar entre as cri-anças aborígenes.

Na maioria dos casos, esse fracas-so costuma ser atribuído à origemdos alunos. Acredita-se que as cri-anças vindas da zona rural ou per-tencentes às camadas mais pobresda população terão maiores dificul-dades durante a aprendizagem por-que começam a freqüentar a escolacom pouquíssimo ou nenhum con-tato prévio com o mundo da escrita.As crianças cujos pais são alfabetiza-dos e que têm acesso a livros e ou-tros materiais impressos teriam a van-tagem de já conhecer algumas for-mas e convenções da língua escrita,

cutar o que lhes é pedido, foi criadaa metodologia CLE.

A primeira proposta do CLE émudar o procedimento na sala deaula tradicional, em que o profes-sor dirige todas as atividades e osalunos têm pouquíssimas oportu-nidades de interagir com ele e comos colegas. Foram então desenvol-vidas atividades em que os alunosaprendem a ler e a escrever aomesmo tempo em que adquiremhabilidades não-lingüísticas, úteispara sua vida cotidiana. Dessa for-ma, adquirem gosto pela leitura epela escrita e se tornam agentes daprópria aprendizagem.

CLEProposta dealfabetizaçãopara países emdesenvolvimentoSurgida para solucionar o fracasso escolar,esta metodologia é a base do Lighthouse,o projeto de alfabetização do Rotary

Glória Maria Guiné de Mello*

bem como sua utilidade, que aindaprecisam ser descobertas pelas ou-tras crianças.

Entretanto, Richard Walker,Saowalak Rattanavich e John OllerJr., autores de Teaching All TheChildren to Read, livro que apre-senta a metodologia CLE de ensi-no, acreditam – baseados na ex-periência australiana e no projetodesenvolvido na Tailândia – que osaltos índices de fracasso escolar sedevem mais ao que ocorre na salade aula do que à origem dos alu-nos e/ou à falta de contato préviocom a leitura e a escrita.

A partir da constatação de que –em qualquer parte do mundo, nãoimporta qual seja a origem dos alu-nos – há um enorme processo deexclusão daqueles que simplesmen-te não se ajustam aos métodos tra-dicionais de ensino, não compreen-dem o que acontece na sala de aulae não aprendem a aprender fora doambiente escolar, mas apenas a exe-

A alfabetização vem sendo um tema prioritário para o atualpresidente do Rotary International e os mais recentesEDRIs. O próximo dirigente, William B. Boyd, já declarou quea alfabetização será uma de suas ênfases para 2006-07[Brasil Rotário, edição de abril de 2006]

Page 9: Brasil Rotário - Junho de 2006

BRASIL ROTÁRIO 7

NO MÉTODOCLE, muitasatividades sãodesenvolvidasem grupo, oque estimula atroca de idéiase a cooperação

A metodologia CLE pode ser usa-da em qualquer parte do mundo eem qualquer língua para alfabetizarcrianças, jovens ou adultos. É organi-zada em três níveis, ao fim dos quaisos alunos estarão em condições deingressar no mercado de trabalho, que-brando o círculo vicioso de perpetua-ção da miséria pela ignorância.

Isso ocorre porque um programanão pode ser transportado de umlugar para outro. Cada programadeve ser desenvolvido no local ondeserá implantado – de preferência,pelos professores. Desta forma, asnecessidades e a cultura local são res-peitadas.

Passo a passoO ponto de partida é um texto

relacionado a necessidades reais, dodia-a-dia (como hábitos de higiene,por exemplo), ou a apresentação deuma atividade passo a passo. Comas crianças, são utilizadas históriassimples que, além de conterem oscomponentes de encanto e fantasia,ajudam na interiorização de concei-tos e valores para a vida.

No caso de principiantes, são pre-paradas unidades, apresentadas etrabalhadas em cinco passos:

� Primeiro passo: Leitura compar-tilhada

“Com o CLE, os

alunos adquirem

gosto pela leitura

e pela escrita

e se tornam

agentes da própria

aprendizagem”

NO MÉTODOCLE, muitasatividades sãodesenvolvidasem grupo, oque estimula atroca de idéiase a cooperação

Page 10: Brasil Rotário - Junho de 2006

8 JUNHO DE 2006

� Segundo passo: Relato e dra-matização da história

� Terceiro passo: Negociação dotexto

� Quarto passo: Confecção do Li-vro Coletivo

� Quinto passo: Atividades lingüís-ticas através de jogos

No primeiro passo, o professordeve utilizar todos os recursos possí-veis para que o texto seja compre-endido, começando pela explora-ção da capa do livro e das ilustra-ções, bem como expressão facial eentonação de voz.

No segundo passo, os alunoscontam a história e a representam.É o momento de se expressarem ede demonstrarem o que entende-ram. As crianças mais tímidas nãodevem ser forçadas a representarpapéis de destaque. Podem ser nar-radoras e assumir papéis mais sim-ples até se sentirem confiantes.

No terceiro passo, os alunos,com o estímulo do professor, con-tam a história como a compreen-deram, e o professor a escreve. Éimportante notar que o texto ne-gociado não é uma reprodução dahistória ouvida e representada. Istosignificaria uma falha na execuçãodo segundo passo.

No quarto passo, após diversasleituras do texto negociado, os alu-nos fazem o Livro Coletivo. O livro éconstituído do texto negociado, queos próprios alunos escrevem e ilus-tram, e que será a base das ativida-des do quinto passo.

O quinto passo é constituído deatividades lingüísticas através de jo-

gos, sempre a partir do texto do Li-vro Coletivo. Alguns exemplos dejogos são: a) Reconhecer palavrascontidas no Livro Coletivo com a uti-lização de fichas, bingo, caça-pala-vras etc. b) Ler sentenças que conte-nham palavras do Livro Coletivo, tra-balhando em duplas. c) Escrever pa-lavras do Livro Coletivo, fazer dita-do, brincar de forca.

Características e princípiosComo se pode notar, a dificuldade

das tarefas realizadas através de jogosvai aumentando até se atingir o pontoem que os alunos criam novos textos,oralmente e por escrito.

No caso de uma atividade passoa passo, somente o primeiro e o se-gundo passos são diferentes. Em pri-meiro lugar, demonstra-se como fa-zer a atividade – a germinação dofeijão, por exemplo – e, em seguida,os alunos a reconstroem. A ativida-

de também pode ser demonstradapor um profissional, como é o casodas noções de higiene e saúde oudos trabalhos manuais.

Não há uma duração preesta-belecida para as unidades. Elas de-vem durar o tempo necessário paraque os alunos aprendam os concei-tos, leiam e escrevam com desenvol-tura. A avaliação vai sendo feita àmedida que as atividades são reali-zadas. Calcula-se que durante umano sejam trabalhadas entre dez e15 unidades.

O CLE também é destinado a alu-nos de países onde é preciso apren-der uma segunda língua, como é ocaso da Austrália, da Índia e daTailândia, e baseia-se no processo deaquisição das quatro habilidades lin-güísticas: ouvir, falar, ler e escrever.O método utiliza, portanto, elemen-tos da Abordagem Natural e daAbordagem Comunicativa. Isso se re-flete em todos os passos, desde a lei-tura da história até as atividades lin-güísticas realizadas através de jogos,porque há uma ênfase no uso ade-quado da língua em diversos contex-tos sociais – e o professor e os alu-nos se utilizam também da expres-são facial e da expressão corporalpara negociar os significados.

O ensino da leitura é visto, por-tanto, como um processo interativoentre autor e leitor, em que o racio-cínio desempenha um papel central,estimulado pela língua falada e pelaexpressão facial.

Partindo de textos ou livros de his-tória ou de um texto passo a passo,o método CLE de ensino ativa cons-tantemente o raciocínio, utilizando-

“O Livro Coletivo

é constituído

do texto

negociado, que

os próprios

alunos escrevem

e ilustram”

A PROFESSORA

Glória Maria

e uma aluna:

jogos e canções

são utilizados

para dar

mais vida à

aprendizagem

Page 11: Brasil Rotário - Junho de 2006

BRASIL ROTÁRIO 9

se da língua falada (ouvir e falar) eda língua escrita (ler e escrever) como auxílio da expressão facial.

Isto nos remete a um princípiofundamental do CLE, chamadoscaffolding, que é o apoio através dacontextualização. Todas as atividadeslingüísticas têm origem em um textoou história que, inicialmente, é ou-vida, mas não de forma passiva. Aexploração das ilustrações estimulao raciocínio e já constitui uma pri-meira oportunidade de expressãooral. Esse é o passo inicial para acontextualização. Nos passos seguin-tes, todas as atividades são realiza-das a partir do contexto da históriaou da atividade passo a passo, o quepraticamente elimina a possibilidadede algum aluno ficar excluído pornão compreender o que está acon-tecendo.

Devemos lembrar, também, quea articulação clara das palavras é umapoio para a escrita correta, e as ati-vidades de escrita são precedidaspelo trabalho oral.

Mudanças nosprocedimentos

Como foi dito no início desta ex-posição, Richard Walker, SaowalakRattanavich e John Oller Jr. atribu-em grande parte do fracasso escolaraos procedimentos tradicionais emsala de aula. A metodologia CLE pro-põe mudanças nesses procedimen-tos. Uma descrição do que ocorreem uma sala de CLE deixará claro oponto de vista dos autores:

� as atividades dos alunos são sem-pre relacionadas a contextos davida real que sejam importantespara eles;

� os alunos são estimulados a tra-balhar de maneira independen-te, ao invés de apenas seguir ins-truções do professor;

� são utilizados jogos e canções paradar mais vida à aprendizagem;

� os alunos se habituam a ler e fa-zer atividades em que aprendema língua fora da escola;

� a aprendizagem ocorre através dainteração aluno-aluno e alunos-professor;

� a negociação de significados éconstante, com a mediação doprofessor;

� não se prescreve um ritmo deaprendizagem: os alunos partici-pam das atividades independen-temente de seu estágio de apren-dizagem;

� muitas atividades são desenvolvi-das em grupo, o que estimula atroca de idéias e a cooperação;

� os alunos se responsabilizam pe-las próprias atividades;

� a disciplina é positiva porque osalunos estão voltados para o tra-balho que estão realizando;

� ao assumir responsabilidades, osalunos desenvolvem a auto-confiança.

Esses procedimentos fazem comque a alfabetização aconteça rapida-mente porque os alunos estão cons-tantemente realizando atividades sig-nificativas ligadas à leitura e à escrita.Os objetivos que se busca atingir são:

� trabalhar as unidades até o fim,através dos cinco passos, paraque os alunos aprendam a agircom independência;

� promover a participação intensados alunos porque, quanto mai-or for o seu envolvimento, maisrápida será a aprendizagem;

� incentivar os alunos a desenvol-ver suas características pessoais,além da auto confiança e da dis-posição de fazer tentativas e cor-

Repetência escolar, outro grande problema

Aqualidade da alfabetização de um aluno é determinante para osucesso que ele vai ter ao longo de sua vida escolar, diminuindo ou

aumentando suas chances de repetência. No final de abril, num estudodivulgado pela Unesco – Organização das Nações Unidas para Educa-ção, Ciência e Cultura, o Brasil ficou em 126o lugar no ranking derepetência no ensino fundamental de 1a a 4a séries. A taxa brasileira, de20,6% de reprovação, é a mesma de Moçambique, na África, e nosdeixou atrás de países como o Haiti (15,4%), a nação mais pobre dasAméricas, e de vizinhos como Argentina (6,4%), Venezuela (7,3%) eParaguai (7,3%).

O ranking da repetência, que faz parte do estudo “Professores eEducação de Qualidade: Monitorando as Necessidades Globais para2015”, afirmou também que a situação do Brasil era ainda pior em2000, quando 25% dos alunos repetiam o ano.

O estudo tem o objetivo de avaliar a situação mundial frente às Me-tas do Milênio. Entre os oito compromissos assumidos pelos 191 paísesque assinaram o documento, está o de garantir, até 2015, pelo menoso ensino fundamental a todas as crianças e adolescentes.

rer riscos para dominarem umanova habilidade.

Também é importante lembrarque um programa CLE requer pou-cos recursos para ser implantado.São necessárias folhas de papel deaproximadamente 60cm X 40cmem que são escritos o texto negocia-do com os alunos e o Livro Coletivo,pincel atômico, lápis pretos, lápis decor, tesoura, cola, grampeador e ou-tros materiais simples para UnidadesPasso a Passo. Entre o quarto e o quin-to passos, os alunos podem fazer li-vros individuais que vão formar suapequena biblioteca. O custo anual domaterial para cada turma de 30 alu-nos é estimado em US$ 60.

Uma última observação: naTailândia, a metodologia CLE foi ado-tada na rede oficial de ensino quan-do o ministério da Educação consta-tou os resultados obtidos nos primei-ros projetos implantados em regiõesisoladas e com altos índices de anal-fabetismo e de fracasso escolar. Aolongo de pouco mais de dez anos, oanalfabetismo foi praticamenteerradicado naquele país – daí o lemado método: “Transformar o fracas-so em sucesso”.

* A autora é chefe do departamentode Letras e professora assistente de Tra-dução no Instituto de Ciências Huma-nas e Sociais da Universidade Federalde Ouro Preto, e professora de CLE,tendo estagiado na Tailândia. O RCde Ouro Preto, MG(D.4580) tem umconvênio com a UFOP para que a pro-fessora possa lecionar em qualquerlocal onde se fale português. E-mail decontato: [email protected]

Na Tailândia, ao

longo de pouco

mais de dez anos,

o analfabetismo

foi praticamente

erradicado

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10 JUNHO DE 2006

CARLOS ENRIQUE SPERONIColuna do Diretor do

Rotary International

Ao longo dos anos, poucos temas – ou pratica-mente nenhum outro, me atrevo a dizer – têm sido alvo de tantas opiniões e conseguido tan-

to espaço nos veículos de comunicação rotáriacomo o crescimento de nossa organização. Nosúltimos anos, porém, com a esperança do cresci-mento se desvanecendo diante das realidades docotidiano, esse debate foi intensificado.

Permitam-me fazer uma breve referência a al-guns números que são, por si sós, muito ilustrativos.Em 1935, ao completarmos 30 anos de história,tínhamos 153 mil associados e 3.350 clubes. Apartir de então, os registros foram os seguintes:

No ano rotário de 1996-97, durante a presi-dência de Luis Vicente Giay, chegamos a ter28.736 clubes e 1.213.748 sócios, ou seja: osmaiores índices registrados até então. A partirdessa data, e até 30 de junho de 2001, tínha-mos 30.149 clubes e 1.188.492 associados.Havíamos decrescido em número de sócios, masnão em número de clubes, o que fez com que oproblema se concentrasse, perigosamente, nafalta de retenção, e não na extensão. Esta, pelocontrário, aumentou em conseqüência da cria-ção de mais clubes com freqüência mista e deNovas Gerações.

Em julho de 2001, foi lançada a Iniciativa Mundial,cujos objetivos eram a criação de três novos clubespor distrito e um aumento mínimo anual de cinco sóci-os por clube, sem levar em consideração o tamanhodesses clubes. A meta era aumentar em 15% o nú-

O PERMANENTE DESAFIO DE CRESCERmero de sócios e em 4% o número de clubes.

A realidade, no entanto, foi outra: em 30 de junhode 2002, ao finalizarmos o ano rotário de 2001-02,os registros indicavam a existência de 31.256 clubescom 1.243.431 associados, o que representou umcrescimento de clubes e de sócios, respectivamente,de 3,6% e 4,6%. Ou seja: estávamos abaixo da meta,mas havíamos crescido.

A América LatinaOs anos seguintes, até 2005, ofereceram o seguin-te panorama: em 30 de junho de 2003, não houvegrande mudança, uma vez que, com 31.561 clubese 1.227.545 rotarianos, perdemos 1% dos associa-dos e ganhamos 1% na quantidade de clubes, ten-dências que se mantiveram até 30 de junho de 2004,com 31.936 clubes e 1.219.532 rotarianos. Em 30de junho de 2005, estávamos com 32.403 clubes e1.221.920 sócios, mostrando que as variações nãoforam significativas.

As cifras são tão claras que, lamentavelmente,abrem um caminho óbvio a outro comentário. En-quanto a média mundial de associados por clube éde 36, na América do Norte é de 50; na Europa, 43;e na Ásia, 36. A lista se encerra com os latino-ame-ricanos, com uma média de apenas 21 sócios porclube, atrás da África, com 26.

Os distritos argentinos e os compartilhados com oUruguai e o Paraguai atingem uma média de apenas17 sócios por clube, inferior à da América Latina. OBrasil, com 50.165 rotarianos e 2.281 clubes, atin-ge a média de 22 sócios por clube, seguido de pertopelo Equador – país que possui um único distrito e56 clubes – com uma média de 24. Os demais paí-ses latino-americanos registram médias ainda me-nores, que na sua maioria se aproximam dos 18 ou19 sócios por clube.

Atualmente, todos ou a maior parte dos distritosda Argentina, Bolívia, Colômbia, Peru e Venezuela seencontram diante do grave dilema – de acordo comas propostas do Plano 1 de Crescimento – de cres-cer ou admitir a consolidação com alguns de seusvizinhos. Embora nos doa, concordamos com JoséMartí, herói da independência cubana, que disse: “Averdade é para ser dita e não para ser ocultada”.

E a verdade é que, à exceção dos distritos 4320 e4340 (Chile), 4400 (Equador), 4910 e 4920 (Argen-tina), assim como o 4880 e o 4960, da Argentina e

● EM 30 DE JUNHO DE 1945,

5.441 clubes e 247.713 associados;

● EM 30 DE JUNHO DE 1960,

10.701 clubes e 498.616 associados;

● EM 30 DE JUNHO DE 1975,

16.520 clubes e 779.373 associados;

● EM 30 DE JUNHO DE 1990,

25.128 clubes e 1.121.230 associados;

● EM 30 DE JUNHO DE 1995,

27.446 clubes e 1.170.936 associados.

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BRASIL ROTÁRIO 11

de parte do Uruguai, que se consolidaram formandoo distrito 4940, todos os demais têm prazos limita-dos para apresentarem um crescimento significativoou consolidarem-se com alguns dos seus vizinhos. OBrasil merece uma consideração especial, uma vezque somente dois dos seus 38 distritos estão na si-tuação a que me referi anteriormente.

A aplicação rigorosa dessa exigência pode reduzirà metade a maioria dos distritos mencionados, comtodas as conseqüências da relativa perda de repre-sentação perante os Conselhos de Legislação, e tam-bém no que se refere à designação de diretores doRotary International.

Cabe então a pergunta: o que fazer para crescer?Esse é um esforço necessário porque precisamos com-preender que a consolidação de um novo mapa rotárionão nos exime do compromisso de melhorarmos a po-sição do rotarismo latino-americano em comparaçãoàs médias mundiais.

Um caminhoPodemos encontrar umcaminho na citação deJohn Adams, que foi presi-dente dos EUA: “Em todoo mundo só existem duasclasses de pessoas quecontam: as que contraemcompromissos e as que oscumprem”. Se é mesmoassim – pelo menos deve-ria ser – teríamos chegadoao momento de deixarmosde nos perguntar “O quefazer para crescer?”, por-que estaríamos demons-trando, a nós mesmos eaos demais, que assumi-mos a premissa de quenossa responsabilidade égrande, por entendermosque o Rotary não é uma instituição apenas com finssociais, nem recreativa ou, muito menos ainda, um agru-pamento de amigos ou conhecidos.

O Rotary é muito mais que isso, e é exatamentepor esse motivo que não podemos incorporar pes-soas que não estejam qualificadas desde o aspectomoral até os pontos de vista profissional ou empre-sarial, e que é o mesmo que citar a antiga definiçãodo Direito Romano para a busca do arquétipo bonpater familiae, ou seja, o bom pai de família. Estaría-mos muito equivocados – e, de fato, temos nos equi-vocado muito – se encarássemos o crescimento doRotary como um fato matemático, ignorando o ne-cessário melhoramento qualitativo. Somente este –e nenhum outro – se refletirá como conseqüêncianatural geradora de um processo genuíno, localiza-do dentro das premissas do Decálogo do Crescimentoque, em seu devido momento, assinalou o caminho

por inspiração do EPRI Luis Vicente Giay.Permitam-me concluir relembrando parte de um

artigo que li, há muito tempo, em uma revista doantigo distrito 113: “No alto dos Alpes Suíços, umapequena aldeia conservava uma pequena jóia: asua igreja. Quando se aproximava a hora do servi-ço religioso, ao entardecer, os moradores saíamde suas casas levando uma lamparina. No come-ço, podia-se ver apenas um fraco resplendor naescuridão, mas à medida que os fiéis iam che-gando, a luz aumentava até que a igreja se punharesplandecente porque cada um deles fazia o pos-sível para espantar as trevas”.

É exatamente isso o que se passa no Rotary:começamos como uma luz pequena que foi se in-tensificando com o passar dos anos. Alguns denós carregam pequenas lamparinas, outros levamlamparinas mais fortes. Mas o que necessitamos

é de tantas lamparinas quantas sejam possíveispara que, quando as juntemos, sua luz possa ilu-minar o mundo. E o mundo que nos acolhe ne-cessita, e muito, dessa luz: a luz do coração, a luzdas preces, a luz da amizade, a luz da compreen-são, a luz da boa vontade, a luz das lealdades, aluz da ajuda aos nossos semelhantes.

Se todas essas luzes realmente nos acompa-nharem, é provável que esses simples pensamen-tos – que servem para expor a triste realidade quenos rodeia – passem a formar parte daquelas lem-branças que, por não poderem se apagar devido àsua gravidade, acabam demonstrando a nós mes-mos e aos demais que são apenas recordações –e que também servem para que, quando mais ma-duros, não tornemos a cometer os erros que noslevaram a transformá-los em preocupações, feliz-mente de outros tempos já passados.

NINJA

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12 JUNHO DE 2006

Luiz Gonzaga Belluzzo*

Nem é preciso dizer queo grande fenômeno daatualidade na economiamundial é a constitui-ção de um eixo de ex-

pansão entre a China e os EUA,também chamado de eixo sino-americano ou americano-asiático,por onde transcorrem as transfor-mações mais importantes e decisi-vas do período em que vivemos.Nas décadas de 1950 e 60, o Brasil

Por onde passa

a economiaRelações comerciais cada vez mais intensas entre EUA

e China ditam o compasso do crescimento mundial

desempenhou, como economiaperiférica, o papel que hoje cabeà China. Só que a Ásia desempe-nha essa função com uma inte-ração muito peculiar com a Chi-na, economia líder no continen-te. O Japão, por exemplo, ficouestagnado durante dez anos, con-tados do começo dos anos 1990até o início desta década, tendo re-cuperado seu crescimento apenaspor causa do impulso que a expan-são chinesa tem representado paraa economia japonesa.

Na verdade, o processo quechamamos de globalização ocorrede maneira assimétrica, concen-trando-se sobretudo em algumasregiões do mundo. Algumas econo-mias situadas nas imediações docluster manufatureiro do Leste Asi-ático, como a vietnamita, estão de-senvolvendo-se rapidamente. Essa“mancha industrial” espalha-se pelaÁsia, especialmente nos países vi-zinhos à China.

Mas qual é a peculiaridade doeixo sino-americano? É que nele

Keystone

A CHINA éo paísque maisinveste emtecnologiana indústriatêxtil ecentenasde novasfábricas sãoconstruídasem todo opaís acada ano

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BRASIL ROTÁRIO 13

se dá a metástase da indústria ma-nufatureira mundial. Hoje, a parti-cipação da indústria manufatureirano PIB americano está em torno de12%, pois houve uma transferên-cia de boa parte das unidades deprodução desse ramo para fora dosEUA. Mais ou menos metade dodéficit comercial dos norte-ameri-canos com a China é fruto de em-presas americanas que transferiramsuas fábricas para lá.

Observa-se que a Europa tam-bém sofre da mesma moléstia. Nãosomente sua indústria desloca-separa a China, mas também para ospaíses do Leste Europeu recém-in-gressados na União Européia. Issotem provocado um mal-estar tre-mendo na Europa, continente cujospaíses – especialmente no lado oci-dental – têm sistemas de proteçãosocial muito generosos e cujos prin-cípios vêm sendo solapados pelamigração dessas empresas.

Sem mágicaApesar disso, quem mais inves-

te na China são os taiwaneses, mo-radores da ilha considerada umaprovíncia rebelde pelos chineses –os três maiores exportadores loca-lizados na China são de Taiwan. Omovimento acaba transformando arelação de conflito entre estes doispaíses numa situação de inter-dependência. O mesmo fenôme-no é verificado com as empresas

coreanas e japonesas. Atualmente,os EUA são apenas o quarto maiorinvestidor na China.

E quais as conseqüênciastrazidas por isso para a economianorte-americana? Primeiro, algomuito positivo: a inflação baixa –e, ao contrário do que muita gentepensa, Alan Greenspan não fazianenhuma mágica quando estava àfrente do FED, o Banco CentralAmericano. Como a economia dosEUA crescia 4% ao ano, com infla-ção baixíssima, em torno de 2% aoano? Isso se devia ao fato de cercade 30% dos insumos e componen-tes utilizados pela indústria norte-americana serem produzidos naÁsia a uma taxa de câmbio bastan-te desvalorizada – e que, portanto,entram no mercado norte-america-no com preços baixos.

Por exemplo: um amigo meu,que mora nos EUA, me contou quecomprou um carrinho de golfe. Oprimeiro modelo que ele viu cus-tava US$ 7.500. Um outro, bastan-te parecido com o primeiro, saíapor apenas US$ 2.000. Motivo: eleera produzido na China. Então, ocrescimento dos salários reais nosEUA deve muito ao fato de os cus-tos de produção dos bens de con-sumo importados da Ásia serembastante baixos.

Enquanto isso, os chineses au-mentam suas reservas. Hoje, elesacumulam cerca de US$ 800 bi-lhões de reserva em moeda for-te. Provavelmente, chegarão em2006 a US$ 1 trilhão, o que não émuito confortável, pois esse ex-cesso pressiona muito a ofertamonetária interna chinesa, po-dendo, assim, produzir desequi-líbrios sérios na economia.

Na verdade, esses desequi-líbrios já existem, mas vêm sendoamortecidos, por enquanto, devi-do à rápida taxa de investimentoque os chineses e outros paísesasiáticos apresentam. Somente aChina investe 45% de seu PIBanual, permitindo a expansão dacapacidade produtiva muito rapi-damente.

E quem achava que os chine-ses eram como os japoneses – ex-portadores de bens de baixo va-lor agregado – enganou-se pro-fundamente. Eles estão avançan-do nas indústrias eletroeletrônicae automobilística. Até 2004, oschineses eram importadores líqui-

“Na verdade, oprocesso quechamamos deglobalizaçãoocorre de maneiraassimétrica,concentrando-sesobretudo emalgumas regiõesdo mundo”

“O crescimentodos saláriosreais nos EUAdeve muito ao fatode os custos deprodução dos bensde consumoimportados daÁsia serembastante baixos”

dos de autopeças. Hoje, são ex-portadores líquidos. Além disso,estão construindo capacidade nosetor siderúrgico a uma velocida-de espantosa. Atualmente, a Chi-na produz 350 milhões de tone-ladas de aço, ao passo que o Bra-sil produz apenas pouco mais de9% disso. Há empresas chinesasque, em apenas uma usina, pro-duzem 2/3 de toda a produçãobrasileira.

ConseqüênciasPor sua velocidade, o cresci-

mento da economia chinesa é umfenômeno inédito. A necessidadeque a China tem de levar mão-de-obra do campo para a cidade aobriga a crescer rapidamente. Essamassa populacional é incorporadaà produção com baixos salários.Mas não nos enganemos com osvalores em dólar da remuneraçãodos chineses: ela esconde um sa-lário real muito maior. Quem ga-nha US$ 100 na China, na verda-de, ganha US$ 400, se feita a con-ta da paridade do poder de com-pra. De qualquer forma, são salá-rios bastante menores que aque-les pagos aos trabalhadores dospaíses desenvolvidos.

Isso, como já foi dito, gera con-seqüências negativas nas economi-as européia e americana. Algo quecomeça a preocupar todo mundosão os empregos de baixa qualida-de na China, que vêm acabando

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14 JUNHO DE 2006

com os empregos melhores – so-bretudo do setor manufatureiro –dos países desenvolvidos.

Além disso, os salários mais ele-vados nos EUA cresceram muitopouco, ao mesmo tempo em queas relações de trabalho ficarammais precárias, com os emprega-dos não tendo nenhum direito,como, por exemplo, a assistênciamédica. A situação acabou porgerar um movimento sindical cha-mado Change to Win (Mudar paraVencer, em inglês), que busca dis-cutir as condições de trabalho ofe-recidas pelas empresas que pa-gam baixos salários e não ofere-cem proteção alguma a seus em-pregados.

Na minha opinião, a principalquestão hoje nos EUA é essaprecarização do trabalho, porque adistribuição de renda piorou mui-to, os salários de base deterioraram-se substancialmente e, apesar dis-so, as taxas de endividamento dasfamílias americanas são espantosas.Nos anos 1980, a relação dívida/renda disponível chegava a 80%,tendo ultrapassado os 100% na dé-cada seguinte. Hoje, em média, osamericanos têm 110% de dívidasem relação à renda disponível. En-tre os 40% mais pobres, o índice éainda maior: de 200% a 250%. Ouseja: a renda disponível crescemuito devagar enquanto oendividamento cresce muito rapi-damente.

É claro que o custo de endi-vidamento nos EUA é muito barato,até mesmo porque a China comprapapéis não apenas do governo nor-te-americano, mas também das em-presas dos EUA, deixando o merca-do financeiro do país muito inclina-do à expansão, concedendo emprés-timos a taxas muito baratas.

De qualquer maneira, o quevem fomentando a economia dosEUA é o consumo das famílias, gra-ças a um farto endividamento. Po-rém, os americanos vêm sendobeneficiados pelo chamado Efei-to Riqueza, fruto das baixas taxasde juros – praticadas desde 2001,numa ofensiva à recessão pro-vocada pelos atentados de 11 desetembro – e manifestado, sobre-tudo, no setor imobiliário, no qualverifica-se uma inflação de pre-ços, o que permite às famílias con-traírem mais dívidas, pois seusrespectivos imóveis passam a va-ler mais.

RiscosMas quais são os riscos que te-

mos hoje na economia internacio-nal? Primeiramente, a instabilidadegerada pelo Efeito Riqueza. Há orisco de que a bolha imobiliária es-toure, suscitando uma reduçãodrástica no consumo dos america-nos. Em relação ao Brasil, o riscomaior é a redução da renda obtidacom nossas exportações. O aumen-to dessa renda nos últimos anos foium benefício que recebemos semgrande esforço, pois o aumento depreços no mercado internacional,sobretudo das commodities, está li-gado ao dinamismo do eixo sino-americano. Apesar de nossa taxa decâmbio cada vez mais valorizada,continuamos a exportar bastante,embora alguns setores industriais játenham perdido competitividadedevido à depreciação do real.

Uma outra questão que gostariade mencionar é a grande liquidezda economia brasileira que propi-cia a valorização da taxa de câm-

“Há um eixo de

expansão que liga

umbilicalmente a

China aos EUA.

A separação das

fronteiras entre

estes países é,

neste momento,

quase que apenas

política”

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BRASIL ROTÁRIO 15

bio. Nós não sabemos quando, masessa liquidez certamente vai termi-nar, porque mercados mais estáveis,como o Japão, estão começando aelevar suas taxas de juros. Em bre-ve, os norte-americanos devem fa-zer o mesmo. Então, a idéia de queteremos permanentemente essa si-tuação extremamente fa-vorável é falsa.

É importante lembrarque essa é uma descriçãosumária e bastante reduzi-da do que está acontecen-do na economia mundial.Em resumo, há um eixo deexpansão que liga umbili-calmente a China aos EUA.A separação das fronteirasé, neste momento, quaseque apenas política, e euacho difícil que questõesdessa natureza façam com que, tan-to de uma parte como de outra,essa ligação venha a acabar.

A Europa aparece como o re-cheio desse sanduíche, porque é o

O autor é bacharel em direito e em ciências sociais pela USP, pós-graduado em economia industrial pelo Cepal – Instituto Latino-Ameri-cano de Planificação da Comissão Econômica das Nações Unidas paraa América Latina – e doutor em economia pela Unicamp, onde é do-cente do Instituto de Economia desde o final da década de 1960 e

professor titular desde 1985.Luiz Gonzaga Belluzzo já foi assessor da Secretaria da

Fazenda do Estado de São Paulo (1969-71), assessor deeconomia política da presidência do PMDB (1974-92),secretário de política econômica do Ministério da Fazen-da (1985-87) e secretário de Ciência e Tecnologia do Go-verno do Estado de São Paulo (1988-1990).

Na segunda metade dos anos 70, escreveu vários ar-tigos sobre o desenvolvimento brasileiro e suas relaçõescom a economia internacional, procurando discutir ossinais de crise do modelo de crescimento amparado pelaestratégia de endividamento externo. Autor e co-autorde vários livros, e colaborador da revista Carta Capital,em 2001 foi incluído no Biographical Dictionary ofDissenting Economists como um dos 100 economistas he-

terodoxos do século 20. Três anos depois, venceu o Prêmio Intelectualdo Ano (Troféu Juca Pato) com o livro “Ensaios sobre o Capitalismo noSéculo 20” (Editora Unesp).

ESTE ARTIGO é uma adaptação da palestra realizada pelo professorLuiz Gonzaga Belluzzo no RC de São Paulo e publicada no boletim doclube (nº 3.632)

continente com menor dinamismoe mais dificuldades, na medida emque seus países têm um estado debem-estar social bastante pesado,com compromissos importantes,mantido por meio de cargas tribu-tárias elevadas. Apesar disso, oseuropeus são superavitários na cor-rente de comércio com os ameri-canos. A Alemanha, por exemplo,é o segundo país que mais expor-ta, sendo especializada em setorescomo ótica, mecânica e químicafinas. Todos acham que ela precisaaumentar sua competitividade, emvirtude da estagnação das últimasdécadas. Mas o fato é que, se issoocorrer, o déficit dos americanoscom os alemães vai aumentar.

No geral, porém, a Europa temdificuldades em manter-se no atu-al contexto, quando a concorrên-cia é vencida por aqueles que ofe-recem os menores preços – e oschineses fazem isso. Basta entrarnuma loja de departamentos e per-ceber que há vários televisores fei-tos na China. Todos iguais e muitobaratos. Em 2007, os chineses vão

oferecer, no mercado norte-ame-ricano, um carro a US$ 3 mil. NoBrasil, o modelo mais barato não saipor menos de R$ 23 mil, o equiva-lente a pouco mais de US$ 10 mil.Então, nós estamos perdidos, já que,provavelmente, a China exportaráo tal carro para cá.

A indústria de móveis de SantaCatarina, por exemplo, vem sendoprofundamente afetada pela doVietnã. Os dinamarqueses com-pram madeira bruta aqui, proces-sam-na em seu país e, a partir dela,os vietnamitas produzem móveisque concorrem com aqueles feitosno Brasil. O que fomenta o cresci-mento é a capacidade de competirno mercado internacional, ou de sedefender da concorrência.

E nós não estamos fazendo nemuma coisa nem outra. Ao contrário:estamos deixando nossa moeda va-lorizar-se. Afinal, somos ricos, e as-sim fica parecendo que o real valemuito. E também não precisamosexportar nem concorrer com essesmaníacos chineses que insistem emter uma indústria manufatureira...

Keystone

AS EXPORTAÇÕESchinesas de calçadosaumentaram em maisde 800 milhões depares. Atualmente, aChina é responsávelpor mais de 60% daprodução mundial

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16 JUNHO DE 2006

No princípio, chamáva-mos nosso convívio decamaradagem – e che-gamos mesmo a esco-lher o seu rei, na pes-

soa do saudoso companheiroPacheco Moreira, sócio do RC doRio de Janeiro. Porém, cedo essevocábulo se tornou politicamenteincorreto, e o substituímos porcompanheirismo.

E ninguém definiu melhor ocompanheirismo que WilliamBoyd, o neozelandês que no pró-ximo mês será o presidente doRotary International: “Nossa gran-de vantagem é a capacidade quetemos de congregar mulheres ehomens íntegros, motivados a ser-vir, que se alegram por estar jun-tos, e que pensam além de si mes-mos” [Brasil Rotário, abril de2006, página 19]. E ao eleger aexpressão Mostremos o Caminhocomo seu lema inspirador, BillBoyd quis certamente dizer queo companheirismo é a pedra an-gular de todo o edifício rotário –e a maneira de se trilhar a Sendado Servir com muito mais provei-

to e eficácia. E se o Rotary esco-lheu o mês de junho para quecultuemos o companheirismo, érazoável que meditemos um pou-co sobre sua importância. Vale lem-brar que nossa organização, quecresceu exponencialmente duran-te tantos e tantos anos, encontroudificuldades para atingir o patamardos 1,2 milhão de rotarianos. E no-tem que, a partir de então, a curvade crescimento inflectiu, e já per-demos cerca de 39 mil sócios nosúltimos anos.

Tal inércia – que esperamos pas-sageira – não pode ser atribuídasomente ao surgimento de um es-pírito de companheirismo mais tê-nue entre nós. No entanto, é certoque não subimos mais a serra can-tando o hino do RC da Alegria, deCelso Macedo, como fazíamos an-

tigamente: “Companheiro, com-panheiro! Companheiro petro-politano! Quem a serra subiu no-vamente sentiu a alegria de serrotariano!” [boletim 45/1991 do RCdo Rio de Janeiro, pg. 396].

Alguns questionamentosCremos ser esta a hora de um

criterioso exame de consciência.Senão vejamos:� A nossa política de Desenvolvi-mento do Quadro Social está dan-do maior ênfase à quantidade depessoas a serem admitidas ou àssuas qualificações e aptidões? Seráque os padrinhos estão efetiva-mente acompanhando os primei-ros passos de seus afilhados na vidarotária, dando-lhes conselhos, ori-entações e uma adequada instru-ção rotária?

“Quem a serra subiu novamente

sentiu a alegria de ser rotariano”

TRECHO DO HINO DO RC DA

ALEGRIA, DE CELSO MACEDO

Fernando Reis de Souza*

No mês dedicado ao companheirismo,

a importância do relacionamento entre

os rotarianos merece uma reflexão

Capa

A pedraangulardo Rotary

A pedraangulardo Rotary

A pedraangulardo Rotary

Page 19: Brasil Rotário - Junho de 2006

BRASIL ROTÁRIO 17

� Em nossas reuniões semanais,sentamos aleatoriamente aqui e aliou temos o hábito de ocupar sem-pre a mesma cadeira, junto dosmesmos amigos, com quem con-versamos normalmente sobre asmesmas coisas? Conhecemos efe-tivamente todos os companheirosdo nosso clube e sabemos exata-mente quais são as suas profissõesou o ramo de seus negócios, asatividades que exercem, as espe-cialidades que praticam ou a quese dedicam? Vale lembrar que,desde 1987, o Rotary Internationalvem recomendando que conhe-çamos melhor os nossos compa-nheiros – para o bem do Rotary ede nós mesmos.� As reuniões domiciliares decompanheirismo estão sendo pro-gramadas para acontecer em nos-

sas casas ou nos salões de festa dosedifícios em que moramos? Esteseventos são revestidos de simpli-cidade ou prevalecem o aparatoe a ostentação, inibindo aquelesque com eles não podem arcar?Uma alternativa viável para esseproblema seria a realização des-ses eventos em clubes sociais oucasas de festas, em regime de ade-são, contornando assim as dificul-dades socioeconômicas do mun-do de hoje.� E os torneios esportivos? Eles es-tão sendo programados para con-gregar também nossos filhos e oscompanheiros de outros clubes?Nenhum outro evento é capaz deatrair tantos participantes e espec-tadores como esses.� Os rotarianos mais jovens têmsido convidados para dar palestras

ou expor suas idéias em nossasreuniões plenárias, nas reuniõesdo Conselho Diretor ou em even-tos de maior abrangência, comoassembléias, interclubes, confe-rências distritais ou seminários?� Tratamos todos os nossos compa-nheiros de igual maneira ou somosmais atenciosos com os mais bem-sucedidos na vida? É bom lembraro que o escritor colombianoGabriel García Márquez disse cer-ta vez: “Somente temos o direitode olhar o outro de cima para bai-xo quando vamos ajudá-lo a le-vantar-se”.� Será que o modelo de planeja-mento centralizado, tão intensa-mente adotado hoje em dia pornossas maiores lideranças – elaspróprias se propondo a instituir pro-jetos e a implantar programas emnível distrital, como se acima dosclubes houvesse um megaclube –não está inibindo excessivamen-te a atuação dos clubes,estatutária e regimentalmenteconstituídos, e apagando assim suaimagem no seio das comunidadesem que estão inseridos? Esta prá-tica, bem intencionada por umlado, mas profundamenteinibidora por outro, já foi analisa-da com equilíbrio e sabedoriapelo EGD José Moutinho Duarteem seu artigo “Sobrevivência doRotary” [boletim 36/1998 do RCRio de Janeiro, pg. 145]. Reco-mendamos sua leitura.� E, por fim, será que os compa-nheiros que, a cada ano, são con-vidados a integrar a equipe dagovernadoria – na verdade, àsdezenas – estão se descuidandodas responsabilidades que têmjunto aos seus clubes? Não estaráessa prática enfraquecendo pordemais as atividades dos clubes,desfalcando-os daqueles rota-rianos que certamente são os maisdedicados, entusiasmados e com-petentes?

Prezados companheiros, estaexposição não tem a pretensão detraçar um diagnóstico preciso deum problema conhecido por todosnós, mas apenas alinhar alguns pon-tos que podem ser analisados e de-vidamente considerados, contribu-indo para que o Rotary volte a cres-cer – como todos nós, do fundo docoração, desejamos.

“Será que os

padrinhos estão

efetivamente

acompanhando

os primeiros

passos de seus

afilhados na

vida rotária?”

“Os rotarianos

mais jovens têm

sido convidados

para dar

palestras ou

expor suas idéias

em nossas reuniões

plenárias?”

* O autor é sócio do RC do Reci-

fe, PE(D.4500).

Contexto

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18 JUNHO DE 2006

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Interact & Rotaract

PARA COMEMORAR a Semana Mundial do Rotaract, clubesde todo o Brasil se uniram e realizaram o Projeto Multidistrital2006 Paz, Por Que Não? A Organização Multidistrital deInformação de Rotaracts (Omir-Brasil) incentivou a troca deinformações entre os clubes. Além disso, pela segunda ges-tão consecutiva, foi fechada parceria com a Agência Infor-mativa Rotaractiana Argentina, Uruguaia e Paraguaia, ex-pandindo o projeto para outros países.

OS ROTARACTIANOS do distrito 4310 realizaram, nacidade de Pardinho, em São Paulo, a 1ª ConferênciaDistrital de Rotaract Clubs do Verão. O casal governadorPaulo Cesar de Abreu e Rita e o casal EGD EduardoCoelho e Suely prestigiaram o evento.

O ROTARACT Clubde Praia Grande,SP(D. 4420) sediou areunião conjuntacom o Rotaract Clubde Praia Grande-Forte Itaipu, quandoos jovens recebe-ram a visita do re-presentante distritalde Rotaract Clubsdo distrito, ThiagoFonseca Sasaki, doRotaract Club de

Praia Grande-Caiçara. A reunião de companheirismo e uniãoentre os dois clubes também teve o objetivo de mostrar ostrabalhos realizados pelos integrantes e projetos futuros. Es-tiveram presentes também a representante distrital deInteract Clubs Cinthia Leão e sócios de outros Rotaract eInteract Clubs locais.

EM PARCERIA com a Subprefeitura Santana-Tremembé, oInteract Club de São Paulo-Jaçanã, SP(D.4430) realizouo projeto Interact no Zôo e levou 63 crianças da crecheAmas-Tucuruvi para conhecer o zoológico. Com o passeio,os jovens esperam ter conseguido conscientizar as criançasa respeito de questões ambientais, como a utilização derecursos naturais, preservação do meio ambiente, coletaseletiva do lixo e combate ao tráfico de animais silvestres.

NA TERCEIRA ediçãodo Projeto Padrão,que comemora aSemana Mundial doRotaract, o RotaractClub de Paulista-Janga, PE(D.4500)levou a Turma doFon-Fon – umprojeto de educaçãono trânsito daprefeitura e doDetran – para oCentro do Recife. OProjeto Padrão érealizado por todos

os clubes da Região Metropolitana.

EM CONJUN-TO, o InteractClub de Ipuã,SP(D.4540) e o

NRDC localpromoveram

uma confrater-nização para

crianças caren-tes, na sede

deste último,no ConjuntoHabitacional

João P. Tavares.As crianças

receberam almoço e ganharam brinquedos.

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BRASIL ROTÁRIO 19

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

APÓS UMA campanha de arrecadação, oInteract Club de Visconde do Rio Bran-co, MG(D.4580) doou material escolar aalunos da Escola Estadual Padre AntônioCorrêa. O material foi colocado em bolsascom o símbolo do Interact Club.

O ROTARACT Club de São João da Boa Vista,SP(D.4590) entregou livros infantis à Casa da Criança.

A doação é resultado do projeto Doe Um Livro, quecomeçou há mais de três anos e arrecada exemplares

novos ou usados, visando à criação de núcleos deestudos. Desde então, já foram doados mais de 4.000

livros para cinco núcleos, sendo três no município edois na cidade vizinha Águas da Prata.

JUNTO COM oclube local, o

Rotaract Clubde Guaíra,PR(D.4640)

promoveu umatarde de lazerpara os idosos

do Lar SãoJosé. Três

músicos anima-ram a visita e

também foioferecido um

café da tarde,patrocinado

pelas empresas Planegue Planejamento e ConsultoriaAgropecuária e Zenga Turismo.

O ROTARACT Club de Rio Branco-PaulHarris, AC(D.4720) promoveu um aulãode Química para vestibulandos de baixarenda. A aula foi ministrada por uma equi-pe do curso de Engenharia Agronômica eFlorestal da Universidade Federal do Acre,no anfiteatro da própria instituição.

O INTERACT Club deCuritiba-Cristo Rei,PR(D.4730) ofereceuum curso deinformática básica aalunos do ColégioEstadual ProfessorElias Abrahão. Ocurso foi ministradopelo rotaractianoFrancisco José Tumsonde Campos Carvalhoe coordenado pelapresidente do InteractClub, FernandaRobazza Pinow.

EM PARCERIA com o Interact Club e o RC locais ecom apoio da rede Rio Móveis, o Rotaract Clubde Peixoto de Azevedo, MT(D.4440) distribuiu600 brinquedos, 120 kg de carne e 200 litros deleite a crianças carentes.

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20 JUNHO DE 2006

Duas cabeças geralmente pensam melhor que uma, diz o ditado. É isto o que ocorre quan- do o Rotary International e os Rotary Clubs es-tabelecem parcerias com organizações não-

governamentais, entidades ligadas à ONU e outras ins-tituições. Essas alianças permitem aos rotarianos au-mentar sua eficiência, obter acesso a valiosos re-cursos e divulgar melhor os objetivos e o trabalhode nossa organização. E acima de tudo: essas par-cerias permitem aos rotarianos alcançar um grandepotencial de serviço, maior do que se estivessem

trabalhando sozinhos. Nas páginas a seguir, você vaiconhecer o exemplo de rotarianos que aumentaramo impacto de suas ações através desse tipo decolaboração, e encontrará informações práticassobre como encontrar parceiros, navegar na redede corporações ligadas à ONU e reunir forças comoutras entidades. Esperamos que com isso você seinspire a encontrar novos recursos dentro e fora doRotary.Pronto para fazer uma parceria? Junte sua cabeça à dealguém e veja que assim vocês podem fazer bem mais.

ALIADOS NO SERVIÇO

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BRASIL ROTÁRIO 21

Fazendo aliançasConheça quatro casos de parcerias bem-

sucedidas entre rotarianos e o setor privado

Encontreparceiros nasua vizinhança

1O Grupo de AçãoRotária RFFA, siglapara Rotarians ForFighting Aids (Ro-

tarianos pela Luta contra aAIDS) é um exemplo de“como pegar o touro pelochifre”. Desde que se for-mou, em 2003, o RFFAconseguiu o apoio de trêsoutras organizações, inclu-indo a operadora africanada Coca-Cola e sua Fun-dação África.

A fundadora do gru-po, Marion Bunch, sóciado RC de Dunwoody,EUA (D.6900) iniciou essacooperação pioneira de-pois da morte de seu filho,vítima da Aids. “Comoacontece com todo mun-do que passa por essa si-tuação, eu tinha que fazeralguma coisa para seguirem frente”, ela conta. “Co-mecei então a fazer umaextensa pesquisa junto aosmaiores especialistas emAids, perguntando a eles oque o Rotary poderia fa-zer. Quando encontrei o

Susan Carey Dempsey*

Pode parecer difícil convencer uma grande empresa a colaborar com um projeto de seu clube. Mas acredite: isto é possível. Veja como estes RCs tiveram sucesso ao criar parceri-as com o McDonald’s, a Merck & Co., o Wal-Mart e a Coca-Cola Company, e saiba como oimpacto dos serviços prestados por seu clube podem ser ampliados com a participaçãodo setor privado.

doutor Mark Ottenweller,diretor africano da HopeWorldwide, uma ONG in-ternacional especializadano tratamento de doentescom Aids, pensamos numaforma de parceria público-privada que pudesse fazera diferença”.

Marion então criou aRFFA, com o objetivo dereunir os rotarianos inte-ressados em colaborarnum projeto de combateà Aids em parceria com aHope. O projeto, que seconcentra em aliviar o so-frimento dos órfãos da

Aids na África e no restodo mundo, ganhou onome de Rede Africanapara Crianças Órfãs ouem Situação de Risco (ouAnchor, a sigla em inglês).Na África, as operações daHope Worldwide levamconforto às crianças e trei-nam voluntários rotarianospara ajudar nesses esfor-ços. Uma escola de enfer-magem local monitora eavalia os resultados.

Em busca de algumapoio corporativo, MarionBunch entrou em contatocom a sede da Coca-Cola,localizada em Atlanta, nosEUA. “Fui convidada parauma reunião onde eu po-deria ser apresentada àtoda a equipe de executi-vos da empresa na África,

OS ROTARIANOSvêm trabalhandopara garantir àscrianças daÁfrica do Sul umfuturo melhor,livre da Aids

Page 24: Brasil Rotário - Junho de 2006

22 JUNHO DE 2006

numa ocasião em que elesestavam nos EUA”, elalembra. Jennifer Jenkins,uma companheira de clu-be de Marion que haviaprestado consultoria àCoca-Cola, foi a responsá-vel pelas apresentações.

No encontro, MarionBunch mostrou como oprojeto da Anchor se ali-nhava aos interesses daCoca-Cola. No papel demaior empregadora docontinente africano, a em-presa firmou um compro-misso público de comba-ter o HIV/Aids. Marion ini-ciou uma campanha depersuasão dos executivos,mostrando que a colabo-ração traria um impactopositivo, gerando uma pu-blicidade favorável – tudoisso por um investimentorelativamente modesto.Foi aí que ela e o doutorMark Ottenweller promo-veram um lobby junto aogoverno norte-americano,em Washington, para con-seguir apoio financeiro àiniciativa da Anchor. Osdois decidiram concentrarseus esforços junto ao em-baixador Randall Tobias,coordenador global decombate à Aids da CasaBranca, a quem apresen-taram um plano propon-do a Hope Worldwide

como concessionária doprojeto.

“Aquela era a primeirareunião de Randall Tobias,em seu primeiro dia detrabalho, logo assim queele assumiu o cargo”, re-lembra Marion a respeitodo encontro com o em-baixador, indicado em2003 pelo presidenteGeorge W. Bush para co-ordenar as atividades doDepartamento de Estadoreferentes ao HIV/AIDS.Depois de um ano de in-sistência, Marion e o dou-tor Ottenweller consegui-ram uma doação de US$8,1 milhões da Usaid –Agência Norte-Americanapara o DesenvolvimentoInternacional, um valorque persuadiu a Coca-Colaa apoiar a Anchor. “Depoisde um ano e meio falan-do com todo mundo naCoca-Cola, acabamos ga-rantindo o nosso maiorfinanciador: o governodos EUA”, ela conta.

A Fundação África, daCoca-Cola, concordou emdoar US$ 50 mil para tiraro projeto do papel, e aempresa, no continenteafricano, continuou a a-poiar o projeto com suaexperiência de marketing esua rede de contatos. Osfundos recebidos ajuda-

ram os rotarianos da Áfri-ca a promover sessões deplanejamento estratégico,discutir as operações e re-alizar treinamentos.

“Você tem que traba-lhar as suas relações enão pode desistir”, afirmaMarion Bunch. “O Rotaryé a mais poderosa orga-nização humanitária domundo. Como alguémpode abrir mão disso? Éassim que eu ajo”.

Que tal umadoação emprodutos?

2 Em 1998, o RC deBonds Meadow,E U A ( D . 7 6 2 0 )doou US$ 375 a

uma entidade assistencialchamada IMA – Inter-church Medical Assistance,que reúne doações deempresas destinadas àcompra de suprimentosde saúde utilizados emprogramas baseados empaíses em desenvolvi-mento.

Aquela pequena doa-ção abriu as portas paraduas organizações na lutacontra a oncocercose –também conhecida comocegueira do rio ou mal dogarimpeiro, uma doençaprovocada por um parasi-ta que causa perda da vi-são em países do TerceiroMundo. O valor do proje-to multiplicou-se diversasvezes devido a uma ten-dência que vem sendoobservada entre as empre-sas: as doações em produ-tos. Neste caso, a Merck &Co. doou o Mectizan, me-dicamento que previne acegueira do rio.

De acordo com a Giftsin Kind (Doações em Espé-cie, em inglês) uma orga-nização sem fins lucrativosespecializada nesse tipo decolaboração, as doaçõestornaram-se um impor-tante instrumento de aju-da por parte das empre-sas. De fato, uma pesqui-sa realizada no ano pas-sado demonstrou que em2004 as doações de pro-dutos, em vez de dinhei-

ro, totalizaram 56% de to-das as contribuições feitaspor empresas privadasnos EUA. Sócio do RC deBonds Meadow, Jan Flo-ra diz que uma etapa crí-tica do projeto foi assegu-rar um Subsídio 3H daFundação Rotária paradesenvolver uma formade distribuir os medica-mentos doados nas regi-ões afetadas.

Atualmente, o clube deBonds Meadow trabalhaem conjunto com dois clu-

AO LADO e abaixo, à

direita: rotarianos na

Tanzânia ministrando o

Mectizan, remédio doado

pela Merck, utilizado na

prevenção da cegueira

do rio. Abaixo, à esquer-

da: dois integrantes da

RFFA abraçam uma

criança assistida pelo

programa Anchor

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BRASIL ROTÁRIO 23

bes de Dar-Es-Salaam, naTanzânia, onde distribuemo Mectizan com a ajuda devoluntários da IMA. “Nãopoderíamos combater aoncocercose sem a doa-ção do remédio”, afirmaJan Flora.

O projeto cobre umaárea com um índice deinfecção de 46%, e ondemora cerca de 1% dasquase 18 milhões de pes-soas afetadas em todo omundo pela cegueira dorio. O tratamento envol-

ve a aplicação de umaúnica dose anual do me-dicamento. A contribui-ção da Merck para com-bater a doença na ÁfricaOcidental deve chegar aUS$ 30 milhões.

Conheça as

suas responsa-

bilidades

3 O RC de São Paulo- Barra Funda, SP (D.4610) realiza sua

campanha anual de arre-cadação de alimentos numlocal onde o que não faltaé comida: uma loja doWal-Mart. Em 27 de no-vembro do ano passado,os clientes doaram mais deuma tonelada de alimen-tos. A facilidade de com-prar e fazer as doações nomesmo local foi o segre-do do sucesso da iniciati-va. “É uma grande vitória”,afirma Celso Fontanelli,organizador do evento egerente do escritório do RI

no Brasil. Embora forneçao espaço, o Wal-Mart es-pera que os rotarianos as-sumam uma responsabili-dade maior em relação aoevento. “Nós ajudamos aloja inclusive com o plane-jamento prévio do que osclientes vão comprar –como arroz, feijão, óleo –de forma a prevenir o es-gotamento dos estoques”,explica Celso Fontanelli.

Ele acrescenta aindaque a empresa pediu aoclube que treinasse pro-

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24 JUNHO DE 2006

motores para induzir osclientes a colaborar com oprojeto – mas sem forçá-los. “O Wal-Mart nos for-nece uma lista sobre o quepode e o que não pode serfeito”, conta.

Da mesma forma quea competição por apoiojunto às empresas priva-das vem crescendo, ascorporações esperam queas organizações sem finslucrativos ajam de formacompreensiva e responsá-vel. Antes de estabelecerqualquer acordo coopera-tivo com uma empresa,discuta detalhadamente asexpectativas em relaçãoaos resultados.

Não seesqueça doque o Rotarypode oferecer

4Os rotarianos daAustrália mantêmum antigo e valiosore l ac ionamen to

com o McDonald’s. “Hámuitos anos, os RotaryClubs australianos têmapoiado as Casas RonaldMcDonald, onde criançasportadoras de câncer sãoacolhidas, juntamente comsuas famílias, em locaispróximos aos hospitaisonde fazem o tratamen-to”, conta Robert Aitken,sócio do RC de LowerBlue Mountains, Austrália(D.9690). Em retribuição,durante duas semanas porano o McDonald’s austra-liano divulga uma causaabraçada pelos RotaryClubs do país, veiculando-a na cobertura das bande-jas onde são servidas asrefeições – um númeroque ultrapassa os 7 mi-lhões de unidades.

A escolha do tema éfeita em parceria pelasduas organizações, expli-ca o gerente geral do Pro-grama de Alianças Cor-porativas dos Rotarianosda Austrália, John Thorne,sócio do RC de NorthHobart (D.9830). No iní-cio de 2005, as cober-turas das bandejas aju-daram a aumentar a

conscientização sobre osesforços dos rotarianos daAustrália em obter fundospara as vítimas do tsunami.“Recebi muitos telefone-mas de pessoas dizendoque não sabiam que oRotary estava tão enga-jado, e que aquela erauma boa notícia”, afirmaJohn Thorne. “Essa consci-entização só foi possível gra-ças ao McDonald’s”. Eleestima que a impressão domaterial tenha custado aoMcDonald’s algo em tor-no de 300 mil dólares aus-tralianos (aproximada-mente R$ 480 mil).

Robert Aitken observaque, por outro lado, a par-ceria também traz vanta-gens ao McDonald’s. “Elesvêem no Rotary uma or-ganização responsável, econcluem que essa parce-ria também ajuda a melho-rar a imagem pública daempresa”.

Embora apresentemcaracterísticas diferentes,esses quatro exemplos deparceria mostrados na re-portagem guardam algu-mas semelhanças que têmsido decisivas para que elestenham sucesso. Atravésde uma pesquisa cuidado-sa, do engajamento e daconscientização por partedos envolvidos, essas par-cerias podem trazer resul-tados positivos para todos,funcionando como ummecanismo poderoso paramanter ações equilibradase provocar mudanças sus-tentáveis.

* A autora é editora-chefeda onPhilanthropy.com,dedicada a entidades semfins lucrativos e profissio-nais voltadas à filantropia.Tradução de Eliseu ViscontiNeto.

O que vai beneficiar mais o seu projeto? Dinhei-ro? Ajuda voluntária? Doação de produtos? Quetal sua divulgação? Uma corporação possui aces-so à mídia e experiência em marketing capazes deprojetar seu clube na comunidade. Aqui estão al-guns passos para você começar:

Ao fazer seu dever de casa, asse-gure-se de que existem afinidades

entre seu clube e a corporação a ser contatada em pelomenos um destes aspectos:

REGIÃO GEOGRÁFICA> As empresas geralmente ele-gem algumas regiões para estarem mais presentes

MISSÃO> Identifique os objetivos comuns entre seu clu-be e o possível parceiro

HISTÓRIA> Procure saber se a empresa em questão jáfez doações a organizações como o Rotary ou se mani-festou algum interesse em colaborar em projetos comoo seu

Pense bem sobre que tipo de par-ceria você vai propor. Para facilitar,

faça antes um inventário do que o seu clube pode ofe-recer.

Identificado o melhor parceiro empotencial, veja que companheiro

poderia fazer esse contato entre seu clube e a empresa,iniciando assim as negociações.

Identifique se existe algum aspec-to negativo na organização alvo que

poderia prejudicar o projeto.

Formule propostas adequadas. Paraque seu projeto possa ser analisa-

do, você precisa evitar que ele vá para uma pilha depapel com outras propostas pouco interessantes.

Forneça tudo aqui lo que acorporação pedir ao seu clube, seja

visibilidade na mídia, relatórios de andamento do proje-to ou resultados que possam ser mensurados.

Uma regra de ouro nas relaçõescom seus parceiros: agradeça a co-

laboração, mas sem exageros.

Como começarComo começar

ETAPA 1

ETAPA 2

ETAPA 3

ETAPA 4

ETAPA 5

ETAPA 6

ETAPA 7

COM A PARCERIA

do Wal-Mart, os

rotarianos do

RC de São Paulo-

Barra Funda reali-

zam anualmente

uma campanha de

doação de

alimentos

Page 27: Brasil Rotário - Junho de 2006

BRASIL ROTÁRIO 25

Transferência de conhecimentoHermes Pereira da Silva*

A base forte de um Rotary gran-dioso está na InformaçãoRotária. Ela nos proporciona aoportunidade de sabermos o

que é nossa organização, qual a suagrandeza e como ela funciona. É a In-formação Rotária que nos oferece aoportunidade de sabermos ondeestamos e o que podemos fazer. En-quanto não for assim, estaremos sem-pre perdendo sócios.

É inadmissível que busquemos no-vos sócios sem lhes dar as devidas in-formações sobre a organização em queestão ingressando. Devemos pensarseriamente antes de admiti-los se issofor apenas para engrossar a estatísticarotária. Esses novos companheiros pre-cisam receber a atenção que mereceme devem ser preparados, acompanha-dos e valorizados pelos demais sóciosdo clube. O rotariano que tiver apenascompromissos financeiros (como percapita do RI, fundo distrital, revista re-gional e refeições) e nenhuma noçãode onde está, por que está num RotaryClub e o que pode e deve fazer comosócio, jamais será um bom rotariano.Quando estive na Assembléia Interna-cional, em 2001, aprendi com o entãopresidente entrante do RI Richard Kingque “o rotariano é o maior patrimôniodo Rotary, e por isso deve ser respeita-do e valorizado”.

A importância da Informação RotáriaAntes de buscarmos novos sócios, devemos

informá-los sobre nossa organização

Um jardim só é belo se for bem cuida-do, se suas flores forem adubadas e

podadas na época certa. Se regadas comregularidade, elas serão capazes de re-velar sua verdadeira obra divina, alegrandonossos olhos com sua beleza e satisfa-zendo-nos com seu agradável perfume.Nós, que somos rotarianos há algum tem-po e tivemos a oportunidade de aprenderum pouquinho mais sobre nossa organi-zação, temos que dividir esse conheci-mento com os novos companheiros. Fa-çamos com que essas flores sejam be-las entre as que são cuidadas no nossojardim. Há muitos bons rotarianos poraí que gostariam de ser mais atuantese mais úteis, e que acabam não o sen-do porque às vezes nem sabem poronde começar. Nesse caso, de quem éa culpa?

É nossa, que esquecemos de trataradequadamente essas flores. Façamoscom que elas sejam belas, pois elas po-dem – apenas dependem de bons jardi-neiros. Sejamos esses jardineiros, faça-mos com que nossa organização cresçacada vez mais em número e qualidade,principalmente. Só assim o “ralo” da eva-são de sócios será fechado.

É uma questão de encararmos o as-sunto com realidade: os rotarianos sãopessoas de destaque em sua comunida-de, e um Rotary que não funciona bempor causa do descuido de seus membrosacaba comprometendo as pessoas que ocompõem. Vale lembrar que o Rotary

Transferência de conhecimentoInternational é rico em literatura, a co-meçar pelo Manual de Procedimento,onde estão todas as diretrizes. Há tam-bém a página de Rotary na internet –acesse-a: www.rotary.org.br – que está ànossa disposição com todas as informa-ções necessárias.

Essa deficiência em relação à Infor-mação Rotária preocupa diversas de nos-sas lideranças. A solução deve começarpelos próprios clubes, através de seus pre-sidentes e conselhos diretores e de suaparticipação ativa nos Pets, nas Assem-bléias Distritais, nos seminários e emoutros eventos. Esses companheiros pre-cisam encarar com responsabilidade arealidade e a função que assumem, e paraisso há a necessidade de uma prepara-ção sólida. A roda denteada do Rotarynos coloca no sério e honroso compro-misso do trabalho humanitário. Mas nósdevemos estar preparados para isso.

Que fique bem claro: essa é apenasuma opinião pessoal – alicerçada, emtermos, na minha experiência como go-vernador. Se houver críticas em relaçãoao meu ponto de vista, espero que elassejam feitas. Também quero aprender. Cer-tamente outras opiniões irão surgir, e eugostaria de conhecê-las. É preciso quehaja franqueza entre nós para atingirmoso nosso objetivo: praticar um Rotary maisforte. Vamos pensar nisso.

* O autor é EGD e sócio do RC de SãoLourenço do Sul, RS(D.4680).

RODRIGO

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Page 30: Brasil Rotário - Junho de 2006

28 JUNHO DE 2006

Atibaia vai sImagine uma cidade bonita, tranqüila, a apenas 50 km da

capital de São Paulo, com um dos melhores climas do mundo

e um hotel resort de nível internacional. Assim é Atibaia e o

seu hotel Bourbon, sede do XXIX Instituto Rotário do Brasil.

Vá e leve a família à Atibaia. Você prometeu fazê-lo em Institutos anteri-

ores mas por uma razão ou outra não pôde cumprir. Chegue antes do

evento, que será realizado de 31 de agosto a 3 de setembro, e passe

dias inesquecíveis ao lado da família e de outros rotarianos com seus

cônjuges. Mesmo nos dias em que você estiver participando ativamente

do Instituto, sua mulher e as crianças irão cumprir muitas atividades pro-

porcionadas por equipes de especialistas em recreação no Bourbon e

certamente em outros hotéis. Isso sem falar nos passeios por pontos

turísticos atraentes e bem cuidados de Atibaia. E que tal dedicar um dia

para umas comprinhas na cidade vizinha de São Paulo?

A FESTA

da Flor em

Atibaia é

aguardada

com o

maior

interesse

Lindoval de Oliveira*

Page 31: Brasil Rotário - Junho de 2006

BRASIL ROTÁRIO 29

surpreender

É o antigo Clube de Campo, rebatizado com onome de um ex-prefeito da cidade. Em sua área de38.700m2, abriga o Salão do Artesão, o Museu deHistória Natural, um pavilhão de exposições,playground e lanchonete. Tudo isso em meio aextensos gramados, bosques, viveiros de pássarose um lago com pedalinhos, patos e gansos.

PARQUE MUNICIPAL EDMUNDO ZANONI

MUSEU MUNICIPAL JOÃO BATISTA CONTI

o prédio foiconstruído em 1836para sediar a Cadeiae o Fórum Municipal.Tornou-se museu em1952. Possui umvalioso arquivo dedocumentos do BrasilColônia e do Império,além de fotos antigasda cidade.

Page 32: Brasil Rotário - Junho de 2006

30 JUNHO DE 2006

* O autor é jornalista, sócio do RC do Rio de Janeiro, RJ(D.4570) e editor da Brasil Rotário.

PEDRA GRANDE É, talvez, o principal pontoturístico da cidade devido ao vôolivre, um esporte muito praticadoem Atibaia. Mesmo para quemnunca voou de asa delta, valeuma subida até a Serra deItapetinga, pois de lá sãoavistados seis municípios:Bragança Paulista, Piracaia,Nazaré Paulista, Bom Jesus dosPerdões, Jundiaí e São Paulo.

Bourbon Atibaia Resort, SPA & Convention, sede do Instituto – (11) 4414-4700e toll free 0800-703-4041;e-mail: [email protected] Eldorado Atibaia – (11) 4411-0533Park Hotel Atibaia – (11) 4414-2501

Ipatinga Plaza Hotel – (11) 4411-4249Bartolo Plaza Hotel – (11) 4411-1278Atibaia Residence Hotel – (11) 4412-9033Grande Hotel Atibaia – (11) 4411-0055Hotel Estância Lynce – (11) 4411-1733Atibaia Hotel Panorama – (11) 4412-3436

Reservas em hotéis

BOURBON ATIBAIA

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SALA DE jogoseletrônicos

ALÉM DAS quadrasde tênis, há tam-bém as de futebol,poliesportiva e umcampo de futebolprofissional

DENTRO DO spa,espaço para astécnicas orientaisde bem-estar erelaxamento

Page 33: Brasil Rotário - Junho de 2006

BRASIL ROTÁRIO 31

Para alegria nossa, todos os anos nos defronta-mos não apenas com a oportunidade de com-partilharmos e desfrutarmos Rotary, mas tam-

bém de nos inspirarmos, motivarmo-nos einformarmo-nos reciprocamente, como conseqüên-cia da realização dos Institutos em cada uma das 34zonas em que se divide o mundo rotário.

A relevante presença do Brasil nesse mundo fazcom que o seu Instituto seja único e convocatóriode todo o seu rotarismo, assentado nas Zonas 20 eem parte da 19, já há quase 30 anos, quando se reu-niu pela primeira vez, em 1978, tendo comoconvocador Paulo Viriato Corrêa da Costa e comocoordenador, Maximiliano Ferber, dois amigos sem-pre lembrados com muita saudade.

Toda a rica geografia brasileira tem servido paraque os Institutos sejam conhecidos e lembrados comoexpressões genuínas do pensamento regional, abar-cando um amplo espectro territorial com diferentescaracterísticas e uma só visão: construir um Rotarymelhor e para todos.

Atibaia será uma nova destinação, nunca anteri-ormente visitada, assim como o foi, no ano passado,a bela Cuiabá, seu Pantanal e suas ricas flora e fauna.Para nos receber, Atibaia oferece um presente es-pecial: o segundo melhor clima do mundo – segun-do a Unesco – com suas flores, seus morangos, aprática de esportes que inclui uma das melhores ram-pas para vôo livre do Brasil, seus tapetes artesanais esua gente, tudo servindo de moldura para uma ex-cepcional sede que é o Bourbon Resort.

Pelo que descrevi acima, me permiti dar a esta

Mensagem do DRI e convocador do IRB Carlos Enrique Speroni

ATIBAIA, A PORTA DO PARAÍSO

apresentação o título de “Atibaia, a porta do pa-raíso”, porque será nesse local de excepcional be-leza que se desenvolverão, de 31.08 a 03.09, assessões do XXIX Instituto Rotário do Brasil, queserão honradas com as presenças do presidenteBill Boyd e de sua mulher Lorna, do representan-te da Fundação Rotária, Dong Kurn Lee, do EPRIe presidente do Conselho de Curadores da Fun-dação Rotária, nosso querido Luis Vicente Giay esua encantadora Célia, dos diretores e governa-dores do Brasil e da região, como também deoutros líderes do Rotary de anos anteriores, atu-ais e futuros.

A Comissão Organizadora, presidida por An-tônio de Paiva Diniz, e uma qualificada equipede dirigentes do distrito, garante o sucesso destaconvocação, que recebeu o apoio das autorida-des por intermédio do prefeito de Atibaia, sr. JoséRoberto Trípoli.

Cabe a cada um de nós prestigiar esse eventocom nossa presença e nossa participação, para queo brilhantismo das jornadas faça o título “Atibaia,a porta do paraíso” ter sido, realmente, uma ex-pressão feliz.

Falta pouco tempo para nos encontrarmos epodermos compartilhar, com grande proveito, umaconvocação que nos levará a aperfeiçoar o quefazemos, projetar o que pensamos e oferecernossas habilidades no âmbito do Dar de Si Antesde Pensar em Si como base do compromisso as-sumido de Mostrar o Caminho para esta etapainicial do Segundo Centenário.

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32 JUNHO DE 2006

NOME (completo): ____________________________________________________________________________

Aniversário: dia ___________ mês _________________

Nome para o crachá: __________________________________________________________________________

RC de _______________________________________________________________________________________

Profissão: ___________________________________________________________________________________

Classificação: ________________________________________________________________________________

Nome do Cônjuge (completo): __________________________________________________________________

Aniversário: dia ___________mês __________________

Nome do Cônjuge para o crachá: _______________________________________________________________

Endereço:_________________________________________________________ nº: ________ Aptº. ________

Bairro: __________________________________ Cidade: ____________________________________________

Estado: _________________________________________________ CEP _________________ — ___________

Telefones:

Residencial: (______) __________________ Comercial: (______) ____________________________________

Celular: (_____) _____________________________ Fax: (______) ____________________________________

e-mail: ______________________________________________________________________________________

FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO Nº __________________________

DISTRITO: _____________ ANO DA GOVERNADORIA: _________ / _________

CIDADE: _______________________ ESTADO: __________________________

HOTEL BOURBON ATIBAIA � Rodovia Fernão Dias

FORMA DE PAGAMENTO

Valores:

R$ 400,00 (quatrocentos reais) parcela-

dos nos meses de: março, abril, maio e

junho, em quatro cheques de R$ 100,00

(cem reais) cada.

R$ 450,00 (quatrocentos e cinqüenta

reais) – A partir do mês de julho e até

a realização do evento, em um só

pagamento.

Como se inscrever

Cheques em nome de Fúlvio Abrami Stagi.

Remessa da ficha de inscrição e dos

cheques para o tesoureiro:

FÚLVIO ABRAMI STAGIRua Luca Signorelli, 121

Jardim Martinelli – PenedoItatiaia – RJ – CEP: 27531-180

Para contatos:

E-mail: [email protected]

Tels.: (24) 3351-1321

(24) 3355-8182 – Telefax

FICHA DE INSCRIÇÃO

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BRASIL ROTÁRIO 33

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Rotarianos que são notícia

O COMPANHEIRO IvoSanches (à esquerda), doRotary Club de Santos-Ponta da Praia,SP(D.4420), assumiu aDelegacia do ConselhoRegional dos Corretoresde Imóveis de Santos.

MARIA SILVA Ferreira, sóciado Rotary Club de

Aparecida do Taboado,MS(D.4470), foi homenagea-

da pela Câmara Municipallocal com o título de Mulher

Cidadã Eleonora CamargoQueiroz. Ela recebeu o título

nas presenças de compa-nheiros, autoridades munici-

pais e familiares.

COMPANHEIRODO RotaryClub deItajubá-Oeste,MG(D.4560),Francisco CarlosRibeiro recebeuuma MençãoCongratulatóriada CâmaraMunicipal local,pelo trabalho àfrente do curso

preparatório para o vestibular desenvolvido na Associaçãode Apoio ao Menor Aprendiz de Itajubá. A homenagem foientregue pelo gerente da associação, Carlos Leite, e porum dos alunos aprovados no vestibular Roberson Wanderde Oliveira.

COMPANHEIRODO Rotary Club

de São Paulo-Perdizes,

SP(D.4610),Paulo da Rocha

Camargo foicondecorado com

a comenda SolNascente,

outorgada pelogoverno japonês. A homenagem foi entregue nas presen-

ças do cônsul geral do Japão em São Paulo, MasuoNishibayashi, e da mulher, a consulesa Ikuko (de pé), dofilho, Walter da Rocha Camargo, da mulher do homena-

geado, Carmen, e do empresário Shunji Nishimura.SÓCIO DO Rotary Club deJuquitiba, SP(D.4610), Marcos MitioTakayama (centro) foi agraciado coma Medalha de Emancipador daCidade, em Sessão Solene noPlenário da Câmara Municipal local.Na mesma cerimônia, o companhei-ro José Jarbas Ferreira (à direita)recebeu a Medalha de Honra aoMérito, pelo trabalho na ONGCanarinhos de Juquitiba, da qual épresidente. Eles posaram ao lado dopresidente do clube, PedroSchmickler, que recebeu homenagemde Honra ao Mérito em nome do RC.

O EGD do distrito 4570 MauroRibeiro Viegas foi reconduzidoao posto de membro titulardo Conselho Nacional deRecursos Hídricos.

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34 JUNHO DE 2006

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George Vidor*

Desde os tem-pos do Impé-rio, as crises

mais graves da eco-nomia brasileira esti-veram associadas adesequilíbrios nocâmbio. E a últimapela qual o Brasil pas-sou foi exatamenteem 2002, ano deeleições gerais. Emoutubro de 2006 te-remos novas eleiçõesgerais, mas a conjun-tura econômica emnada se comparacom a de quatro anosatrás. De lá para cá asexportações deram um grande sal-to (praticamente dobraram), permi-tindo que o país acumulasse eleva-dos saldos na balança comercial. Osfluxos de capitais financeiros tam-bém se restabeleceram e há sobrade moeda estrangeira no mercadobrasileiro.

O câmbio se apreciou, ajudan-do a derrubar os índices de infla-ção, de modo que o Banco Centraldeverá atingir a meta bem na mos-ca (4,5%), e com as taxas de jurosem trajetória de queda. Os analis-tas das instituições financeiras che-gam a projetar para o fim de 2006uma taxa básica de juros nominalinferior a 14%, que será a mais bai-xa desde o lançamento do real. Seessa redução nos juros de fato seconcretizar, as finanças governa-mentais terão um alívio considerá-vel e possivelmente a dívida públi-ca diminuirá, enfim, como propor-ção do PIB – Produto Interno Bru-to. A Secretaria do Tesouro Nacio-nal calcula que essa relação dívidapública/PIB, que permaneceu esta-cionada em 50%, chegará a 2010em torno de 40%.

“Bye bye” dívida externa

Hora do adeusO mais surpreendente, porém, é

a reviravolta na dívida externa. Emabril, o Tesouro resgatou os títulos re-manescentes da renegociação dadívida brasileira após a moratória dadécada de 80. E outros papéis da dí-vida com vencimento previsto até2010 também estão sendorecomprados. Com isso, a dívida ex-terna do setor público, que foi daordem de US$ 120 bilhões, está ca-indo pela metade e, em dezembro,pelas previsões do Tesouro, ficará nafaixa de US$ 60 bilhões, o mesmo

valor das reservas em moeda estran-geira à ordem do Banco Central.Nesse caso, podemos dizer adeuspara a dívida externa, que tantasdores de cabeça causou à econo-mia brasileira, já que a outra parce-la é de responsabilidade do setorprivado e de companhias estataisque têm receita em moeda estran-geira e não terão dificuldades paracumprir com seus contratos.

Em conseqüência desse adeus,há abundante oferta de créditopara o Brasil no mercado financei-ro internacional a taxas de jurosdeclinantes, o que contribui paraque os juros também caiam aquidentro, em algum momento.

O desafio agora tem sido o deevitar uma maior apreciação docâmbio, pois a valorização do realtem prejudicado em especial oagronegócio brasileiro – literalmen-te, a nossa galinha dos ovos de ouro.Mas, se comparado com os outrosque o país enfrentou, esse é umbom problema.

*O autor é colunista do jornal O Glo-bo e comentarista da Globonews.

NINJA

Economia

“Os analistaschegam aprojetar para ofim de 2006uma taxabásica dejuros nominalinferiora 14%”

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38 JUNHO DE 2006

Decoração � Angela Barquete & Cristiane Dornelles○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

O living é um local onde nós, e as visitas, devemos nossentir bem à vontade – um

templo para a alma. O desejo de im-pressionar outras pessoas nunca deveser mais importante que o estilo devida pessoal do morador, sem esque-cer o seu conforto.

Um living é mais do que o ajunta-mento dos elementos para uma de-coração. É necessário discernir quaisdesses elementos são os mais interes-santes, verificando se eles se adaptamao tipo de vida do cliente. Devemosobservar bem a arquitetura da sala, oespaço disponível e o que queremosdo ambiente a ser decorado. Em ou-tras palavras: antes de representar umasimples reunião de objetos, o livingprecisa responder a estas perguntas:será um lugar para se ficar mais duran-

te o dia ou mais durante a noite?Deve ser claro, aberto e arejado ou àmeia-luz e aconchegante?

Obtidas as respostas e colocadosos móveis e estofados, é chegada ahora da distribuição dos demais ele-mentos. O principal deles, o pontode atração, é – seguramente – a TV.

Talvez o morador veja muita TVmas não quer que os outros saibam;talvez veja pouco mas não deseja queo receptor domine o ambiente. Olocal da TV, como informamos naedição anterior, deve ser integrado aoliving e proporcionando o necessárioconforto aos espectadores.

Mesmo sendo um lugar de des-canso, o living deve ser organizadopara se alcançar a tranqüilidade espe-rada. Tenhamos em mente que osambientes são capazes de alterar pro-

LIVING – PARTE II

Tranqüilidadedeve orientar a

composiçãodo ambiente

ANGELA BARQUETE (sócia doRC do Rio de Janeiro-Ipanema)

e CRISTIANE DORNELLES

www.transitions-design.com

Tels.: (21) 2259-7348(21) 2239-3375

Na edição de abril, publicamos a primeira

parte desta matéria em que as colunistas fo-

calizam o living. Nesta edição, estamos com-

pletando esse magnífico trabalho.

fundamente o nosso comportamento,mesmo de forma inconsciente. Oslivings que são a expressão do estilode vida do dono instantaneamente noscolocam à vontade.

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BRASIL ROTÁRIO 39

Decoração○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

LIVINGCONTEMPORÂNEOde um apart hotelem tons de brancoe com detalhesde madeira

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40 JUNHO DE 2006

Fundada em 1962 com o objetivo de reunir pro-fissionais da saúde e pesquisadores interessadosno estudo de doenças tropicais, a Sociedade Bra-sileira de Medicina Tropical organiza anualmente

um congresso voltado à divulgação dos resultados depesquisas científicas e o intercâmbio de experiênciasentre seus associados. Neste ano, o Congresso deMedicina Tropical foi realizado entre os dias 4 e 8de março em Teresina, no Piauí. Presidido pelo pro-fessor doutor Carlos Henrique Nery Costa, da Uni-versidade Federal do Piauí, o evento teve a partici-pação de diversos pesquisadores estrangeiros, vin-dos de países como EUA, Inglaterra, Alemanha, Ar-gentina e Peru, e contou ainda com a presença docientista italiano Andrea Gambotto, responsável pelodesenvolvimento da vacina contra a gripe aviária.

Um grupo, no entanto, mereceu um destaque espe-cial: o dos congressistas originários de países de línguaportuguesa – 19 no total: seis do Brasil, seis de Portugal,quatro de Moçambique, dois de Cabo Verde e um deAngola – que participaram do I Encontro de MedicinaTropical dos Países de Língua Portuguesa, realizado jun-tamente com o congresso e organizado pela CIP/Plop –Comissão Interpaíses Brasil-Portugal e demais Países deLíngua Oficial Portuguesa, ação do Rotary voltada à de-fesa e valorização da língua portuguesa. No Brasil, a co-missão é representada pela FRSP – Fundação deRotarianos de São Paulo, presidida pelo companheiroEGD Eduardo de Barros Pimentel, também presidenteda seção brasileira da CIP/Plop [conheça melhor esta ini-ciativa na entrevista com Pimentel publicada na ediçãode maio da Brasil Rotário].

AtividadesCom a presença do secretário-executivo da CIP/

Plop, o companheiro Gunter Pollack, gerente de Re-

Rides,a novaparceriainternacionalRede de Investigação e Desenvolvimento em Saúde Tropical nos

Países de Língua Portuguesa vai combater a malária e outras doenças

lações Internacionais da FRSP, o encontro abrangeuduas sessões. Numa delas, foi discutida a importânciada colaboração da sociedade com a medicina, seguin-do o exemplo do Rotary. Na outra, foram analisadas asações a serem desenvolvidas com a parceria de ins-titutos e sociedades de medicina tropical dos paísesde língua portuguesa, trabalho que resultou na ela-boração de um protocolo para a constituição daRides – Rede de Investigação e Desenvolvimentoem Saúde Tropical nos Países de Língua Portuguesa,reunindo Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau,Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, eTimor Leste.

Através da seção brasileira da CIP/Plop, o Rotary

O SECRETÁRIO-EXECUTIVO da CIP/Plop,Gunter Pollack, e o governador do distrito4490, Hermógenes Alves de Oliveira Neto

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BRASIL ROTÁRIO 41

foi convidado para a Comissão de Gestão da Rides.Entre os objetivos da rede, estão o aumento da produ-tividade científica nos países membros e o desenvol-vimento de programas integrados de colaboração, como estabelecimento de estações de trabalho comuns,além de programas de formação e capacitação.

Durante o congresso, a Comissão Interpaíses dodistrito 4490 (Maranhão, Piauí e Ceará) ofereceu umalmoço aos participantes do Brasil e do exterior. Setedos 10 RCs de Teresina estiveram representados, ten-do à frente o governador Hermógenes Alves de Oli-veira Neto, o EGD Sebastião Beethoven Brandão (co-ordenador distrital da CIP/Plop) e o EGD Edílson deCarvalho.

A CIP/Plop foi convidada para participar do próxi-mo Congresso de Medicina Tropical, marcado paraocorrer em março do ano que vem na cidade paulistade Campos do Jordão.

PARCIAL DA mesa diretora do congresso:

Fernando Correia Lima, representante da

Regional Teresina da Sociedade Brasileira

de Medicina Tropical; Rejane Dias,

primeira-dama do Estado do Piauí,

seguida pelo marido, o governador

Wellington Dias; Carlos Henrique Nery

Costa, presidente do 42o Congresso de

Medicina Tropical; Marcelo Simão Ferreira,

presidente da Sociedade Brasileira de

Medicina Tropical; Jarbas Barbosa,

secretário de Vigilância em Saúde do

ministério da Saúde; Hindrich Sudeck,

representante da Sociedade Alemã

de Medicina Tropical; e

Tatiana Chaves, secretária

de Saúde do Piauí

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44 JUNHO DE 2006

Excedeu as mais otimistas expectativas o II Seminário Rotário dosPaíses de Língua Oficial Portuguesa (Plop), realizado em Luanda,capital de Angola, entre 14 e 16 de abril. O evento teve porobjetivo estreitar as relações entre os rotarianos dos países de lín-

gua portuguesa, tratando, especificamente, do desenvolvimento dos tra-balhos da CIP – Comissão Interpaíses Brasil/Portugal – e a cooperação doRotary. O seminário teve a coordenação conjunta da CIP-Portugal/Ango-la, nas pessoas do chairman EGD Carlos Lança, sócio do RC do Porto(D.1970) e da companheira Isabel Fontes Pires, presidente do RC deLuanda, (D.9350), cujo trabalho foi fundamental para que o semináriotenha obtido tamanho sucesso. O evento aconteceu no aldeamento tu-rístico Roça das Mangueiras, na península Luanda-Mussolo.

Do importante encontro participaram rotarianos do Brasil, Portugal,Angola e Espanha, contando com a presença do embaixador deMoçambique em Angola. O RC de São Paulo (D.4610) esteve repre-sentado pelo chairman da CIP-Plop no Brasil, EGD Eduardo de BarrosPimentel, e sua mulher, Maria Tereza; e pelo coordenador da CIP-PLOP

ANGOLA NO

ROTEIRO DA

CIP-PLOPAlém da defesa da língua portuguesa,

seminário debateu temas como saúde,

alfabetização e recursos hídricos

no distrito 4610, EGD SizenandoAffonso, acompanhado da mulher,Daniela. A delegação brasileira ain-da contou com a presença dasrotarianas Maria Aparecida Perei-ra, do RC de São Paulo-Cantareira(D.4430); Vera Lúcia Pitoni, com-panheira do RC de Porto Alegre-Moinhos de Vento, RS (D.4670); ede Nadeje Gandur, do RC deTaubaté-Joana Martins Castilho, SP(D.4600). A delegação brasileira foia de maior representação.

Além da ênfase na defesa da lín-gua portuguesa, foram abordadosassuntos de interesse da comunida-de local, em cuja avaliação oRotary pode propor projetos noâmbito dos programas da organiza-ção, em áreas como educação, saú-de, meio ambiente, paz mundial eoportunidades de intercâmbio deprojetos entre o Brasil e Angola.Enfocando essas áreas, foram dis-cutidos aspectos da alfabetização;a problemática dos recursoshídricos e a gestão da água potávelem Angola; temas relacionadoscom o combate à malária e ou-tros assuntos de interesse da saú-de pública em Angola. Vários pro-tocolos de intenção e de projetosrotários foram celebrados duran-te o evento.

Os companheiros EGDs Eduar-do de Barros Pimentel e SizenandoAffonso foram palestrantes. Elesabordaram, respectivamente, ostemas Fundação de Rotarianos deSão Paulo e Fundação Rotária, eoportunidades de intercâmbio deprojetos entre o Brasil e Angola.Visando futuras atividades da CIP-Plop no Brasil, Pimentel manteveentrevista pessoal em Luanda como embaixador brasileiro em Ango-la, Marcelo Vasconcelos. Na estei-ra dos assuntos tratados no Semi-nário, Eduardo Pimentel mantevenegociações conclusivas para a cri-ação da Comissão Interpaíses Bra-sil/Angola, com a finalidade de darcontinuidade às propostas apresen-tadas, tendo sido indicada a com-panheira Sylvia Nagy, do RC deLuanda, para representante ango-lana na comissão.

O SEMINÁRIO reuniu MariaTereza, Vera Lúcia Pitoni,Eduardo de Barros Pimentel,o casal Daniela e SizenandoAffonso, Maria Aparecida Pereira(Cidinha) e Nadeje Gandur

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BRASIL ROTÁRIO 45

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Livros

Vale a pena ler

Frei Joe

Tony HendraObjetiva

Trata-se de umlivro de memóriasem que o hu-morista britânicoTony Hendra – damesma geração doMonty Python –conta como suavida foi determi-nada pela influên-cia do frei JosephWarrillow, um fradebeneditino desen-gonçado e gago, mas de extraordináriasabedoria. No livro, o comedianteretraça sua trajetória pessoal desde osanos 1950, quando revelou um desejojuvenil de ingressar no sacerdócio, pas-sando pelo fracasso profissional e emo-cional, marcado por problemas com ál-cool e drogas, até chegar à felicidadede seu segundo casamento.

Memórias de uma gueixa

Arthur GoldenImago

Década de 20,Kyoto, Japão. Umpescador v iúvooferece as filhas –uma delas comapenas sete anos– para que se tor-nem gueixas. Odestino parecia es-tar traçado, aindaem plena infância,para as duas ir-mãs. No entanto, otempo mostrará que mais forte foi a de-terminação de uma menina mulher emse tornar uma das gueixas mais famo-sas da época.

O escritor conheceu sua musainspiradora, Mineko, mãe de um amigocom quem trabalhou em Tóquio. Comoum fantoche, Chyio-Sayuri – persona-gem principal do livro – ganhava voz.Aulas de comportamento, dança,maquiagem estão na saga da japone-sa. A perda da virgindade vem comouma conseqüência natural, com o au-tor mostrando que, para uma gueixa,este momento fazia parte da tarefa só-cio-político-cultural da época.

Sayuri ganha destaque por sua be-leza. Amores frustrados e amizades sin-ceras dão autenticidade ao enredo. Orelato detalhista dessa saga transportao leitor pelo tempo e faz com que cadaum se sinta numa das famosas casas-de-chá do pós-guerra, à mercê de aro-mas orientais e de uma cultura ímpar.

Orgulho e preconceito

Jane AustenCivilização Brasileira

A chegada dedois jovens – orico e promissorCharles Bingley eseu amigo, o alti-vo e ainda maisrico FitzwilliamDarcy – à vila deLongbourn causaum grande alvoro-ço entre as moçasda região. Especi-almente na famí-lia Bennet, cujas cinco filhas – a belaJane, a sensata Elizabeth, a culta Mary,a imatura Kitty e a desvairada Lydia –foram criadas com um único propósitona vida: encontrar um bom marido. Tudoo que elas desejam são os interminá-veis compromissos sociais, bailes e jan-tares, oportunidades perfeitas paracumprirem seu destino.

O que não parece muito difícil apósa chegada dos dois rapazes, poisBingley logo se interessa por Jane. JáElizabeth, ao conhecer Darcy, imedia-tamente o acha arrogante e convenci-do. Darcy, por sua vez, também nãose encanta pela inteligência e a pers-picácia de Elizabeth. Para se casar, elesterão que lutar contra os sentimentoscontraditórios que oscilam entre a pai-xão, o orgulho e o preconceito.

Uma breve história de quase tudo

Bill BrysonCompanhia das Letras

Ao constatar que ignorava o porquêdos oceanos serem salgados, o escri-tor e cronista Bill Bryson percebeu,com certo desagrado, que tinhapouquíssimo conhecimento sobre oplaneta em que vivia. A indagação opropeliu à tarefa épica de entender –e explicar – tudo o que sabemos sobreo mundo.

Bryson parte da origem do universoe segue até os dias de hoje, tratandode assuntos relacionados à física, geo-logia, paleontologia e todas as outras

disciplinas queconsiderava “ma-çantes” na esco-la. Antítese do tex-to didático tradi-cional, sua prosafoge dos jargõestécnicos sem nun-ca abrir mão daprofundidade. Apreocupação doautor está em en-tender como oscientistas realizam suas descobertas.

A Sombra do Vento

Carlos Ruiz ZafónObjetiva

Tudo começaem Barcelona, em1945. No dia emque Daniel Sem-pere está comple-tando 11 anos,seu pai lhe dá umpresente inesque-cível: em uma ma-drugada fantas-magórica, leva-o aum misterioso lu-gar no centro his-tórico da cidade, o Cemitério dos LivrosEsquecidos. O lugar, conhecido de pou-cos barceloneses, é uma biblioteca se-creta e labiríntica que funciona como de-pósito para obras abandonadas pelomundo, à espera de que alguém as des-cubra. É lá que Daniel encontra umexemplar de A Sombra do Vento, do tam-bém barcelonês Julián Carax.

O livro desperta no jovem e sensívelDaniel um enorme fascínio por aqueleautor desconhecido e sua obra, que eledescobre ser vasta. Obcecado, Daniel co-meça então uma busca pelos outros li-vros escritos por Carax e, para sua sur-presa, descobre que alguém vem quei-mando sistematicamente todos osexemplares por todos os livros que oautor já escreveu. Daniel logo irá enten-der que, se não descobrir a verdade so-bre Julián Carax, ele e aqueles que amapoderão ter um destino terrível.

� A ARTE DA POLÍTICA – A história que vivi – Fernando HenriqueCardoso – Civilização Brasileira

� MENTIRAS NO DIVÃ – Irvin D. Yalom – Ediouro

� UMA LONGA QUEDA – Nick Hornby – Rocco

� UM VELHO QUE LIA ROMANCE – Luis Sepúlveda – Relume Dumará

� O FAZ-TUDO – Bernard Malamud – Record

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46 JUNHO DE 2006

Distrito 4530

Conferência

do Servir no

Novo Séculoensando em vocês,pessoas muito especi-ais que são, na suacondição de integran-tes da grande família

rotária, escolhemos para símbolodesse encontro o próprio símboloda Harmonia: a Lira, materializa-da em um belo trabalho do artistaplástico Felix Valois”. Palavras doGD Sylvio Santinoni, presidente da51ª conferência do distrito 4530– a Conferência do Servir no NovoSéculo – em sua mensagem deboas-vindas aos cerca de 1.300rotarianos, cônjuges e convidadosque lotaram a sala Villa-Lobos, noTeatro Nacional, em Brasília, nodia 20 de abril, local da sessãosolene de abertura. Vale lembrarque o distrito compreende os RCsdo Distrito Federal e dos estadosde Tocantins e parte de Goiás.

O representante pessoal dopresidente do Rotary Internationalno evento foi o EGD Edson Avellarda Silva, sócio do RC Rio de Janei-ro-Ramos e gerente-executivo daCooperativa Editora Brasil Rotário.Edson iniciou seu pronunciamen-to dizendo:

“Tenho uma gratificante tarefaa cumprir nesta noite: represen-tar o presidente Carl-WilhelmStenhammar e sua mulher Moni-ca nesta Conferência do Servir noNovo Século. Missão árdua,desafiante e gratificante. Árduapor ter que interpretar a açãoinspiradora desse grande líder doRotary International; desafiantepelo fato da conferência desenro-lar-se em Brasília, capital do nos-so país, repositório dos nossos so-nhos de desenvolvimento e igual-dade social; desafiante porqueneste solo fértil e generoso, em1958 – portanto dois anos antes

da fundação da capital – a sementedo Rotary foi lançada com a funda-ção do Rotary Club de Brasília, e gra-tificante pela oportunidade do con-vívio fraterno com os queridos ami-gos do distrito 4530, os quais reve-rencio na pessoa do aide EurípedesJunqueira e sua mulher, Gení”.

Nos dias seguintes – 21 e 22– foi cumprido um programa de tra-balho com muitas atividades, inclu-sive – e principalmente – palestrasinspiradoras, informativas e escla-recedoras de convidados como obispo dom Guilherme AntonioWerland e o ministro da AgriculturaRoberto Rodrigues; de autoridadesrotárias como os EGDs Geraldo Rosa,Eurípedes B. Junqueira, Osvaldo DiasCarvalho, William Leyser O’Dwyer,César Augusto dos Reis, José MarquesZago, Carlos de Laet Azevedo Braga,além do chairman Sylvio Santinoni,dos governadores indicados 2006-07

Luiz Gustavo Kuster Prado e2007-08 Moacir Lázaro deMelo; do companheiro do RC deBrasília-5 de dezembro, VicenteNogueira Filho.

Destaques, também, para ospresidentes dos Grupos de Tra-balho, EGDs Flávio AntonioQueiroga Mendlovitz e HelierPrado Silva; para o apresenta-dor do IGE, governador indica-do 2008-09 Ronaldo Carneiro;os que trabalharam na reta-guarda, como os EGDs AdélioAlves de Mendonça e Othon Piode Abreu, e os companheirosCícero Marques Costa, OsvaldoJoaquim de Souza e Tenison Pe-reira da Silva. Foram tambémaides de Edson: Huelder Alvese sua mulher, Nice.

A 51ª conferência do distrito4530 teve no seu encerramentoum animado jantar dançante noHotel Nacional de Brasília.

O CENTRO da mesa diretora da 1ª plenária: companheiro VicenteNogueira Filho, ministro Roberto Rodrigues, GD Sylvio Santinoni,presidente da conferência, e o EGD Edson Avellar da Silva,representante pessoal do presidente do RI Carl-Wilhelm Stenhammar

“P

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BRASIL ROTÁRIO 47

CONTABILIDADE – DESPACHANTES

LEGALIZAÇÃO DE FIRMASImp. de renda p/Física e JurídicaRua Álvaro Alvim, 31 - 16º andar - CentroFone: (21) 2533-3232 � Fax: (21) 2532-0748Cep: 20031-010 - Rio de Janeiro - RJDireção: Joaquim Silva e José Soares

Escritório

Contábil Nova

Visão Ltda.

Prestigie osanunciantesdesta revista.Você os conhece:sãocompanheirosrotarianos

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48 JUNHO DE 2006

Escritório do RI no BrasilHome page:http://www.rotary.org.br

EndereçoRua Tagipuru, 209 São PauloSP – Brasil – CEP 01156-000Tel: (11) 3826-2966Fax: (11) 3667-6575Horário: 2ª a 6ª,de 8h00 às 17h00

GerenteCelso Fontanelli [email protected]

Quadro Social (Assistênciaaos Governadores deDistrito e aos Clubes)Carlos A. Afonso [email protected]

Supervisor daFundação RotáriaEdilson M. Gushiken [email protected]

Supervisora FinanceiraSueli F. Clemente [email protected]

Encomendas dePublicações, Materiais eProgramas AudiovisuaisElton dos Santos [email protected].: (11) 3826-2966Fax: (11) 3667-6575

Rotary InternationalSecretaria (Sede Mundial)1560 Sherman Avenue,Evanston,Il 60201 USAPhone: 00-21-1847 866-3000Fax: 00-21-1847 328-8554Horário: 8h30 às 16h45 (horáriode Washington)

A Seu ServiçoA Seu Serviço

Informe do RIaos rotarianos

Mais rotarianos no Chipre

Os rotarianos estão entre o crescente número de resi-dentes do Chipre empenhados em neutralizar as de-savenças entre os enclaves grego e turco que têm divi-dido essa ilha mediterrânea por mais de quatro déca-das. Uma reunião realizada em Nicósia contou comas presenças dos companheiros dos 18 Rotary Clubslocais e a honrosa participação do presidente do RICarl-Wilhelm Stenhammar, o qual, em seu pronunci-amento, destacou os esforços humanitários e de pazdesenvolvidos pelos rotarianos da região.

Há séculos, as culturas do Sul da Europa e do Ori-ente Médio se cruzam no Chipre. Entretanto, pela mai-or parte dos últimos 43 anos, o misto de violência econstante estado de tensão frustraram o sonho da ins-tauração de uma nação unida e multicultural. Feliz-mente agora a cooperação entre rotarianos cipriotasde origens grega e turca abre uma porta de esperançaa esse país tão polarizado.

Rotarianos locais têm trabalhado com líderesseniores da organização para evitar que as divisõespolíticas e separatistas não levem os Rotary Clubs deroldão, separando-os por etnia. Dois dos 18 clubesestão localizados no setor turco, politicamente sepa-rado do resto do país.

“Demonstramos o compromisso rotário de apoiarpessoas de boa vontade para trabalhar através da or-ganização com vistas ao benefício comunitário, inde-pendente de religião, idioma e cultura”, diz JohnStrongylos, governador do distrito 2450 e sócio doRC de Kyrenia.

Doros Jeropoulos,ex-governador do dis-trito e sócio do RC deLimassol-Amathusia,explica que, apesar dasdiferenças políticas, oscipriotas gregos e turcoscomeçaram a travarcontato. “Está aumen-tando o número de vi-sitas entre eles, e gru-pos como partidos po-líticos, associações cul-turais, agremiações dejovens, entre outros,

estão colaborando para a resolução de problemas”,disse. “Procuramos deixar de fora questões delicadas,e até o momento temos logrado o intento de nos con-centrarmos principalmente no trabalho rotário”.

Próximas convenções do RI: simultaneamente emMalmö, Suécia, e Copenhague, Dinamarca, de 11 a14 deste mês; Salt Lake City, EUA, em 2007.Possíveis locais para futuras convenções:Los Angeles, EUA, 2008; Seul, Coréia, 2009; Mon-treal, Canadá, 2010; Nova Orleans, EUA, 2011; eBancoc, Tailândia, 2012.

De trenó, o presidente do RI Carl-Wilhelm Stenhammar passeia pelo rioChena durante sua visita a Fairbanks, noAlasca, EUA, após a sua estada no Chipre.Julie Fougeron, sócia do clube local, ex-plicou-lhe rapidamente alguns conceitosbásicos de como manejar o trenó puxadopelos cães huskies. A foto mostra que eleaprendeu bem...

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BRASIL ROTÁRIO 49

Clube doa secadorapara papéis reciclados

Equipamento é para o Centro Assistencial Cruz de

Malta, onde os companheiros desenvolvem campanha

de preservação do meio ambiente

D.D.D.D.D. 44204420442044204420RC DE São Paulo-Nove de Julho, SP– Preocupados com as questões

ambientais, os companheiros criaram sua Campa-nha de Preservação do Meio Ambiente e encami-nham vários tipos de material reciclável, especial-mente papéis, ao Centro Assistencial Cruz de Malta.Para aumentar o potencial de trabalho dos jovensque assistem ao curso profissionalizante de arte empapel, o clube doou ao centro uma secadora parapapéis reciclados.

Na inauguração do equipamento, os rotarianosdesenvolveram uma atividade educacional, tanto com

os jovens como com as mãesdeles. A companheira TaísTesser, que trabalha comoadvogada ambientalista, mi-nistrou uma aula em que ex-plicou a importância dareciclagem, ressaltando aquestão da não poluição domeio ambiente e do uso ra-cional da água, evitando odesperdício. Mais do queobservar as medidas aborda-das, os participantes assumi-ram o compromisso de setornar também divulgadores.

O lado recreativo não

ficou fora do evento. Artista plástica, a companheiraMaria Stela Gomide trabalhou com as crianças de setea nove anos de idade a pintura de porta-lápis feitoscom partes de garrafas pets, onde foram colocadosovinhos de chocolates. Já os mais velhos, de dez a 14anos de idade, ganharam camisetas e as estamparamlivremente.

Depois da parte recreativa, a presidente do clu-be, Maria Magnólia Gomyde Pretoni, comandou osorteio de duas bicicletas. No final do evento, oscompanheiros serviram lanche aos presentes.

A SECADORA parapapel recicladoaumentará o poten-cial de trabalho dosjovens

O CLUBE desenvolve a Campanha de Preservação doMeio Ambiente com o Centro Assistencial Cruz de Malta

PRESIDENTE DO clube, Maria Magnólia GomydePretoni comandou o sorteio de duas bicicletas

DURANTE Arecreação,as criançasestampa-

ram cami-setas

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50 JUNHO DE 2006

RC DE Salto, SP – O clube patrocinou o 3º Torneio de Pesca.A renda obtida com o evento foi destinada à FundaçãoRotária e, através de um Subsídio Equivalente, em parceriacom o RC de Ironbridge, Inglaterra (D.1210), os compa-nheiros entregaram uma Kombi para a Casa de Belém,que abriga 22 menores abandonados. Numa outra oca-sião, o prefeito da cidade, José Geraldo Garcia, visitou oclube para conhecer a secretaria-executiva e a biblioteca.

O CHAIRMANdo Intercâmbiode Jovens dodistrito, EGDJamesLandmann (àdireita),participou daUSA-CanadaRotary YouthExchangeConference, emHouston, no

Texas, Estados Unidos. Na festa de encerramento, o EGD,na companhia do chairman do Intercâmbio de Jovens dodistrito 4500, Leandro de Araújo, posou ao lado do presiden-te indicado 2007-08 do RI, o canadense Wilfrid Wilkinson.

D.D.D.D.D. 43104310431043104310 D.D.D.D.D. 43904390439043904390

RC DE Estância, SE – Ofereceu um almoço e presenteouos idosos do asilo Santo Antônio. Acompanhados das se-nhoras da Casa da Amizade local, os companheiros tam-bém distribuíram mais de 1.400 brinquedos para criançasde três bairros da periferia.

D.D.D.D.D. 44104410441044104410

RC DEGuarapari,ES – O clubefoi escolhidopara fazer a

abertura localda Campanha

daFraternidadede 2006 daConferência

Nacional dosBispos do Brasil, cujo tema é Fraternidade e Pessoas

Deficientes. A reunião contou com a presença dogovernador do distrito, Antonio Canuto Neto.

RC DE Vitória-Oeste, ES – Emnome do clube, o presidente

José Gomes Filho e os compa-nheiros David Evaristo Zanotti,

Jacob Ayub e Milton Beckerentregaram 210 latas de leite

em pó e 120 kits de higienebucal ao Asilo dos Velhos.

D.D.D.D.D. 44204420442044204420

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

JUNTO COMo cônsul geralda Itália emSão Paulo,Gian LucaBertinetto, ogovernadorassistente dodistrito,GenésioVivanco,assentou apedra funda-

mental da Escola Profissionalizante Esperança FreiGiorgio Callegari, no bairro da Pedreira, na zona sulde São Paulo. A construção e manutenção da escolasão patrocinadas pelo RC de Milano Est e pelo RC deTreviglio e della Pianura Bergamasca, Itália (D.2040),além da comunidade italiana da Lombardia.

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BRASIL ROTÁRIO 51

D.D.D.D.D. 44304430443044304430

D.D.D.D.D. 44204420442044204420RC DE São Paulo-Interlagos, SP – Oscompanheiros en-tregaram presentespara as mais de cemcrianças do Clube deMães (foto). Tam-bém serviram lanchee doaram alimentosnão-perecíveis. Emoutra ocasião, o clu-be trabalhou no

projeto Ação Global, que teve a participação de 2.956voluntários e a realização de 176.084 atendimentos. Noevento, os rotarianos mantiveram barracas de alimenta-ção e um estande onde foram apresentados shows demágicos. O ex-ministro da Educação Paulo Renato Souzae o presidente da Federação das Indústrias do Estado deSão Paulo, Paulo Skaf, estiveram presentes.

RC DECubatão-

JardimCasqueiro,SP – Como SubsídioEquivalen-

te daFundação

Rotária – eem

parceriacom os

RCs de Manhattan e Helena Sunrise, EUA (D.5390) –o clube doou um forno a gás, um exaustor, duas

serras elétricas, uma esmerilhadeira, uma batedeirae um liquidificador industriais, um bebedouro e um

aparelho de DVD para a Casa do Povo de Deus,entidade de recuperação de dependentes químicos.

RC DE São Paulo-Vila Carrão, SP – Homena-geou todas as companheiras e visitantes com umapalestra sobre estética e saúde, proferida pelamédica Tammara Luigi Giaccio. Outra ação do clubefoi a realização do tradicional almoço Frango comPolenta, no Espaço Gilson Barreto. A verba arreca-dada no evento será destinada a projetos desen-volvidos pelo RC, como Sorriso e Rumo.

RC DESanta

Isabel-Centená-

rio, SP –Realizou a

Campa-nha da

Saúde eda Cidadania, coordenada pelo companheiro

Newton Castro e com a colaboração de todos ossócios do clube. Foram oferecidos serviços como

emissão de documentos, exames médicos eodontológicos, orientação jurídica e cursos de

panificação e artesanato, entre outros, totalizando5.848 atendimentos.

D.D.D.D.D. 44404440444044404440

PARA CELEBRAR o aniversário doRI, o distrito veiculou outdoors, em15 municípios, e distribuiu mate-rial de divulgação para rádios ejornais impressos, em todo o Es-tado de Mato Grosso.

EM CONJUN-TO, os trêsclubes da

cidade – RCsde

Rondonópolis,Rondonópolis-

Leste eRondonópolis-Rondon, MT –

comemoraramos 101 anos

do RI, noMarco Rotário

local. Acompanhados pela Banda de Música daPolícia Militar, os companheiros soltaram balões

brancos e, mais tarde, se reuniram em uma festiva.

Page 54: Brasil Rotário - Junho de 2006

52 JUNHO DE 2006

D.D.D.D.D. 44704470447044704470

RC DE Ivinhema,MS – Para comemo-

rar os 101 anos doRI, o companheiroOsmar Paulo Dias,

em nome do clube,doou oito violões

para a EscolaMunicipal Professor

Sideney CarlosCosta, que desen-

volve o projetoMúsica na Escola. Os instrumentos foram adquiridos por

meio de Subsídio Simplificado da Fundação Rotária.

D.D.D.D.D. 44804480448044804480

RC DEPirajuí, SP –O clube vemdesenvolven-do um traba-lho de prote-

ção dasárvores do

município e,para tanto,

coloca estacasde madeira junto a elas, quando

ainda são pequenas.

D.D.D.D.D. 44904490449044904490

RC DE Picos, PI – Nas presenças dapresidente da Casa da Amizade local,Silvana Castro, e da companheira LúciaVeloso, distribuiu óculos para as senho-ras que participaram do mutirão decirurgia de catarata. O clube possuiainda um projeto permanente, que é amanutenção e administração da EscolaRicardina Neiva, onde são alfabetizadas168 crianças carentes.

D.D.D.D.D. 45004500450045004500

RC DE João Pessoa-Norte, PB – Junto com lideran-ças do distrito, companheiros do clube entregaramóculos a alunos beneficiados pelo projeto De Olhono Futuro. Em parceria com a instituição maçônicaGrande Oriente da Paraíba, o RC desenvolve o pro-grama na Escola Municipal Dumerval Trigueiro Men-des, Escola Padre Pedro Serrão e Escola Rotary Fran-cisco Edward de Aguiar.

RC DEGaranhuns-

SeteColinas,PE – Em

solenidadeno Palácio

CelsoGalvão, o

prefeito deGaranhuns,Luiz Carlosde Olivei-

ra, entregou à presidente do clube, GirleyCarneiro dos Santos, a escritura pública de

doação gratuita de um terreno de 1.160 m2. Nolocal, será construído o Centro Rotary Sete

Colinas de Voluntariado, projeto que tem porobjetivo a prestação de serviços humanitários,

realização de atividades socioculturais, educacio-nais, artísticas e esportivas, além de cursos de

capacitação e treinamentos profissionalizantes.O assistente da governadoria do distrito,

Fernando Luna (à esquerda) e o companheiro esecretário municipal de Planejamento João

Guido presenciaram a solenidade.

D.D.D.D.D. 45104510451045104510

RC DE Marília-Pioneiro, SP –Reuniu utensíliosdomésticos, comocopos, tigelas,talheres, bandejas epratos, entre outros,em benefício daDelegacia dosDireitos da Mulherde Marília. A doaçãofoi entregue duranteuma tarde deconfraternização, emque os companhei-ros puderam conhe-

cer melhor as atividades da delegaciae do Conselho Municipal dos Direitosda Mulher e, ao mesmo tempo,divulgar o RI.

Page 55: Brasil Rotário - Junho de 2006

BRASIL ROTÁRIO 53

D.D.D.D.D. 45104510451045104510

RC DEMarília deDirceu, SP –Doou aoHemocentrode Marília4.500 curati-vos paraseremutilizadosapós retirada

de amostra de sangue de quem se candidata adoar medula óssea. Para ajudar a divulgar acampanha, o clube também patrocinou dezoutdoors, colocados na cidade.

RC DE Peder-neiras, SP –Os compa-nheirosdoaram umtelevisor de 29polegadas,toalhas debanho,bebedouro deinox e produ-tos de limpezapara o AsiloSão Vicente

de Paulo, da Assistência Vicentina local. A verbautilizada na doação foi adquirida com o 10º Encon-tro de Jipeiros de Pederneiras e Região, realizadoem parceria com o RC.

D.D.D.D.D. 45204520452045204520

RC DEParaopeba-

Caetanópolis,MG – Entregouequipamentospara a prática

de vôlei àAssociação

Comunitáriado bairroChamps

Elysées. Com oapoio do clube, mais de 150 crianças e adolescentes

estão participando de atividades esportivas e culturais.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

D.D.D.D.D. 45304530453045304530

RC DE Sobradinho, DF – Os companheiros realizaramuma campanha de arrecadação de alimentos, em be-nefício de entidades assistenciais da comunidade. A açãoteve a parceria do supermercado Comper, que se com-prometeu a dobrar a doação. Com isso, a arrecadaçãototalizou 5.906 kg de alimentos.

RC DE Taguatinga-Ave Branca, DF – Realizou o 1º RotaryComunidade, oferecendo serviços de cabeleireiro, recrea-ção infantil e lanches. Para reunir a verba necessária àrealização do evento, os companheiros promoveram a 1ªGalinhada.

D.D.D.D.D. 45404540454045404540

RC DE Santa Rita do Passa Quatro, SP – Em nomedo clube, o presidente Carlos Augusto Romero Cardenase os companheiros Nelson Andreghetto e Mauricio deAssis entregaram 2.200 telhas para serem utilizadas nacobertura da ampliação do albergue do centro espíritaAmor e Caridade. A doação foi recebida pelo membrodo conselho deliberativo da instituição, José Carlos deCastro. Os companheiros destacam que a doação foipossível graças a colaboradores que apóiam o trabalhodo RC.

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54 JUNHO DE 2006

D.D.D.D.D. 45604560456045604560

D.D.D.D.D. 45404540454045404540

RC DEJaboticabal,SP – Comoparte doprojetoReflorestandoas Nascentes– desenvolvi-do emparceria coma PolíciaMilitar Flores-

tal, Cooperativa dos Plantadores de Cana,Coordenadoria de Assistência Técnica Integral e aunidade local da Universidade Estadual Paulista –, oscompanheiros realizaram o primeiro plantio deárvores, na fazenda Palmital, de propriedade dePedro Sitta. A ação contou com a participação dealunos da rede municipal, do presidente do clube,Wagner Orlando Cappatto e do prefeito da cidade,José Carlos Hori.

D.D.D.D.D. 45504550455045504550

RC DE Simões Filho-Aratu, BA –O clube organizou um bazar e

destinou a renda obtida acreches do município.

RC DECampo Belo,MG – Organi-zou o 5ºTorneio dePesca, com oobjetivo deobter verbapara aaquisição de40 cadeiras

de rodas e banho e, desta maneira, ampliar obanco mantido pelo RC. O presidente José DilbertoFigueiredo posou com os vencedores do torneio.

RC DEItaúna-Cidade

Educativa,MG – Emparceria

com acreche

Branca deNeve, queampara 69

crianças,promoveu a rifa de uma moto e

arrecadou cerca de R$ 10 mil.

D.D.D.D.D. 45704570457045704570

RC DO Rio deJaneiro, RJ –Recebeu a visita dopresidente doComitê RotárioInterpaíses Brasil-Alemanha, AloisLukatsch, e damulher, Anke.Acompanhados docasal Gottfried Franze Gerhild, do RC de

Hümmling zu Sögel, Alemanha (D.1850), eles vieramconhecer os projetos realizados com a participação declubes alemães e procurar intensificar as relações entreos dois países, no que diz respeito a projetos humani-tários e de intercâmbio. Os visitantes estiveram naEscola Padre Francisco da Motta, maior projeto rotáriocom financiamento alemão. Ex-presidente do RC doRio de Janeiro, Christa Bohnhof-Grühn foi convidadapara participar do Comitê Rotário Interpaíses no Brasil.

FORMADA PORquatro integrantes, a

equipe 2005-06 doIGE viajou para a

Índia, com destino aodistrito 3260. O

intercâmbio do grupocomeçou pela cidade

de Raipur.

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BRASIL ROTÁRIO 55

D.D.D.D.D. 45704570457045704570

RC DO Rio de Janeiro-Braz de Pina, RJ – Oscompanheiros presentearam com edredons eserviram lanche para as vovós do asilo SagradosCorações de Jesus e Maria.

RC DO Rio deJaneiro-Recreiodos Bandeiran-tes, RJ – Noprimeiro sábadode cada mês, oclube realizaoperações desaúde bucal, comaplicação de flúor,escovação eatendimentobásico, emgabinetes

odontológicos montados nas comunidades de baixarenda da região. Após seis operações, 800 criançasde quatro a 14 anos de idade já foram atendidas.Cada uma delas recebeu uma escova de dentes,um tubo de creme dental e instruções para ahigienização da boca. O projeto é desenvolvido emparceria com a secretaria estadual de Defesa Civil.

D.D.D.D.D. 45804580458045804580RC DE Ubá-Ary

Barroso, MG – Acompanheira epromotora de

Justiça Enide FariaPadovani ministrou

no clube umapalestra com o

tema “MinistérioPúblico, o Promotor

de Justiça”.

D.D.D.D.D. 45904590459045904590

RC DE Jundiaí-Oeste, SP – Em um único dia, oscompanheiros, com a ajuda de suas respectivas mulhe-res e amigos, produziram e venderam mil pizzas. Olucro obtido com a ação será destinado ao Banco deCadeiras de Rodas do clube e à Fundação Rotária.

D.D.D.D.D. 46004600460046004600

RC DE São José dos Campos-Urupema, SP – Oclube doou alimentos para a Sociedade dePromoção Humana Alex Ivan e para a crecheSanta Inês (foto). Para arrecadar os gênerosalimentícios, o RC realizou uma campanha emparceria com a Rádio Jovem Pan local.

RC DE Iguape, SP – Realizou o 8º Mutirão Rotarianoda Cidadania, no bairro rural de Ilha Grande. Foramoferecidos atendimentos médico, odontológico, fisiote-rápico e psicológico, orientações jurídica, ambiental ede pesca, sobre abertura de empresas e consumo deenergia elétrica, além de recreação infantil. A ação foiencerrada com um almoço oferecido pela comunidade.

D.D.D.D.D. 46104610461046104610

Page 58: Brasil Rotário - Junho de 2006

56 JUNHO DE 2006

D.D.D.D.D. 46204620462046204620D.D.D.D.D. 46104610461046104610

RC DE Juquitiba, SP – Em Sessão Solene no plenárioda Câmara Municipal de Juquitiba, o presidentePedro Schmickler, representando o clube, recebeuuma homenagem de Honra ao Mérito. O prefeito domunicípio, Roberto Rocha, o presidente da CâmaraMunicipal Pedro Sandri, a intercambiada do MéxicoGabriela Sanches e demais autoridades políticaslocais estiveram presentes na solenidade.

RC DEItapetininga,

SP – Juntocom a Associ-

ação dasFamílias de

Rotarianos deItapetininga,

Corpo deBombeiros

Voluntários eOAB locais, os

companheiros promoveram o Mutirão da Cidada-nia, no bairro Taboãozinho. Com a ação, o clube

ofereceu à comunidade esclarecimentos sobresaúde pública, higiene pessoal e bucal, palestras

sobre câncer de mama e próstata, e realizoutestes de diabetes, aferição de pressão arterial e

cortes de cabelo, entre outros serviços.

RC DE Tatuí, SP – O clube homenageou seus trêsfundadores vivos: Milton Stape, Simeão JoséSobral e Paulo Ribeiro. Ainda atuantes, os compa-nheiros estão no RC há 58 anos.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

RC DEParanavaí-FazendaBrasileira, PR– Através doPrograma deInclusãoDigital, oCentro deEducaçãoInfantil RotaryAntonia Ayres

de Oliveira recebeu dez computadores usados,doados pela Caixa Econômica Federal (CEF). Funcio-nários e a presidente da creche, Lindamir Franco, e ogerente geral da CEF local, Aparício Junior, participa-ram da entrega. A Creche Rotary, como é conhecidaa instituição, é mantida pela Associação de Senhorasde Rotarianos de Paranavaí e atende a 150 criançasde até cinco anos de idade.

RC DEMamborê,PR – Oscompanhei-ros entrega-ram materialdidático aalunoscarentes doCentro deEducaçãoInfantil JesséMurback.

D.D.D.D.D. 46304630463046304630

A FAMÍLIARotária de Pato

Branco, noParaná, serviu

refeição dearroz à

galponeira, nosalão de festas

da Fundaçãoda UnidadeRotária Pato

Branco (Furp).A renda obtida

com o evento está sendo aplicada no término dasobras da sede e nas atividades comunitárias da insti-tuição, criada pelos clubes da cidade e pela Casa daAmizade local, em 1989. Entre os objetivos da Furp

estão a criação, no município, de programas deassistência social e bolsas de estudos, promoção de

atividades culturais e educacionais, e consolidação domovimento rotário.

D.D.D.D.D. 46404640464046404640

Page 59: Brasil Rotário - Junho de 2006

BRASIL ROTÁRIO 57

D.D.D.D.D. 46704670467046704670

D.D.D.D.D. 46404640464046404640

COM APOIO do RC de Guarapuava-Guairacá,PR, a Comissão Distrital realizou um Ryla para 61jovens de 14 a 17 anos.

D.D.D.D.D. 46504650465046504650

RC DEBlumenau,

SC – ORotary Kids

de Blumenaudistribuiu

presentes elanche paraas 67 crian-

ças assistidaspelo Centro

de Educação Infantil Prof. Paulo Freire. A renda neces-sária para a ação foi obtida com a Festa Maluca,

também realizada pelo Rotary Kids, na danceteriaD’lay, cedida pelo companheiro Raulindo Rothermel e

a filha dele, Joseane. Em outra ação, os pequenossócios ainda doaram dois ventiladores ao Abrigo

Nossa Casa, que ampara crianças e adolescentesretirados de suas famílias.

D.D.D.D.D. 46514651465146514651

RC DE SãoJosé-

Kobrasol,SC – As

intercambiadasMaricarmen

PerezGerrero, do

distrito4160, noMéxico, e

Eva Baldwin, do distrito 6000, nos EUA,ministraram no clube uma palestra sobre a

experiência do intercâmbio e sobre seuspaíses de origem. As jovens posaram entre o

presidente da Comissão de Serviços Internacio-nais Dionever Pacheco Pereira e o presidente

do clube, Luiz Antonio Lehmkuhl.

RC DE Gra-mado, RS –Os compa-nheirosreceberam apresidente doConselhoMunicipal dosDireitos da

Criança e do Adolescente Bianca Schubert Gollopara uma palestra sobre as atividades e a composi-ção do órgão.

RC DE Canela, RS – Os compa-nheiros conseguiram, junto à

rede de lojas CR Mentz, adoação de um violão novo paraas aulas de música das crianças

da Casa da Mãe. Em outra ação,o clube promoveu uma homena-

gem às mulheres.

D.D.D.D.D. 46804680468046804680

RC DE Santa Cruz do Sul-Avenida, RS – O cluberepassou, para o Lar da Menina, alimentos arrecadadospela Associação Tradicionalista Santa Cruzense durantea Semana da Paz.

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58 JUNHO DE 2006

D.D.D.D.D. 47104710471047104710

D.D.D.D.D. 47004700470047004700

RC DEErechim-TrêsVendas, RS –Em parceriacom o RC deConegliano,Itália(D.2060), oscompanheirosentregaramummicrocomputadorà Sociedade

Fraternal Cantinho da Luz. O EGD Ademir EugenioNovello, o presidente Clóvis Varlei dos Santos ecompanheiros do clube estiveram presentes na entregaà representante da instituição Alzira Zambonatto.

RC DE Farroupilha-NovaVicenza, RS – O clube doou novecomputadores e inaugurou a Sala

de Informática Casa da CriançaOdete Zanfeliz.

RC DE Califórnia, PR – Realizou a 1ª ProvaRotary de Califórnia. Cerca de 300 atletas,

inclusive de outros municípios e estados,disputaram a competição.

RC DE Londrina-Sudeste, PR –

Intercambiado do RC deSouth Miami, EUA

(D.6990) e hóspede doclube, Eric Newman

conheceu a cidade deCuritiba. Ao fundo, a

estufa do JardimBotânico, um dos

pontos turísticos nacidade.

D.D.D.D.D. 47204720472047204720RC DE Macapá-Sul, AP –Realizou a 6ªPescaria Solidá-ria, evento quefaz parte docalendário dacidade e contoucom a presençade mais de trêsmil participantes.Em parceria coma prefeitura,

governo do Estado, empresas privadas e organizaçõesgovernamentais e não-governamentais, foi colocadaquase uma tonelada de peixes no lago da Praça FlorianoPeixoto. Os vencedores nas categorias maior peixe,maior quantidade de peixes, menor peixe, pescadormais velho, pescador mais novo e mulher pescadoraque pegou mais peixes foram homenageados comtroféus. A programação da festa incluiu shows artísticos,teatro, brincadeiras para as crianças e música regional.

D.D.D.D.D. 47304730473047304730

RC DE Curitiba-Santa Felici-dade, PR – Entregou materialaudiovisual para a secretaria

municipal de Educação, regionalde Santa Felicidade.

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BRASIL ROTÁRIO 59

D.D.D.D.D. 47304730473047304730

RC DECuritiba-

Sul, PR – Oclube

recebeucomo

hóspede ointercambiado

AlexandreMassa,

patrocinado pelo RC de Herve, Bélgica (D.1630).

RC DE Curitiba-Água Verde, PR –Representado pelopresidente IlimarKasper, o clubeparticipou daTerceira Reuniãodas Partes doProtocolo deCartagena sobreBiossegurança eda Oitava Reuniãoda Conferênciadas Partes daConvenção sobreDiversidade

Biológica, realizadas em Curitiba, em que tambémestiveram presentes o governador do Paraná,Roberto Requião, e o prefeito da cidade, CarlosAlberto Richa. Como parte do programa Rotary nasEscolas, em uma outra ocasião, Kasper ministrou umapalestra sobre biodiversidade, na Escola MunicipalArapongas. O clube também realizou uma ação, emparceria com o RC de Curitiba-Sul, e homenageou ospracinhas da Força Expedicionária Brasileira.

RC DE Curitiba-Cidade Sorriso, PR – Um grupode 50 pessoas, coordenado pelo clube, trabalhouem um mutirão de plantio de sementes de palmi-to, na Reserva Ambiental da Sociedade de Pesqui-sa em Vida Selvagem e Educação Ambiental. Ogovernador Jaroslaw Hrebinnik liderou a equipe.

D.D.D.D.D. 47404740474047404740

A 25ª Conferência Distrital, realizada na cidade de Mara-vilha, em Santa Catarina, reuniu 347 pessoas e 39 dos12 clubes do distrito. O representante do presidente doRI, o EGD Alfonso Leppes Navarrete, do Chile (D.4320)prestigiou o evento, em que quatro novos clubes recebe-ram o Certificado de Admissão, entre outras atividades.

D.D.D.D.D. 47504750475047504750

RC DE Nova Friburgo-Caledônia, RJ – O clubeadquiriu 70 cadeiras e ampliou seu Banco de

Cadeiras de Rodas para 370 unidades.

D.D.D.D.D. 47604760476047604760

RC DE Pompeu, MG – Em parceria com a associaçãocomercial local, o Lions e a Ordem Demoley, além de

empresas, a família rotária distribuiu mais de cincotoneladas de alimentos e mil brinquedos para famílias

carentes.

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60 JUNHO DE 2006

Como usar a BRPara que osprojetos de seuclube ou distri-to virem notíciana Brasil Rotá-rio, é funda-mental que ascartas e e-mailsenviados à re-dação incluamo nome com-pleto do clube,o local e a dataonde foramrealizadas as

ações e um breve relato sobre a importância delaspara a comunidade. Não esqueça de informar o nomecompleto dos parceiros – clubes, entidades ou em-presas do Brasil ou do exterior – que tenham partici-pado dos projetos.

Para que possamos entrar em contato com vocêno caso de qualquer dúvida, forneça também umtelefone de contato ou e-mail.

Dê preferência às fotos que demonstrem ação. Asimagens precisam ser coloridas, ter foco e devem es-tar bem identificadas, trazendo o nome completo detodos os fotografados. Não escreva no verso das foto-grafias, protegendo-as bem ao enviá-las pelo correio.Quando o evento for muito importante, uma boa dicaé contratar um fotógrafo profissional para fazer a co-bertura.

No caso das fotos digitalizadas – enviadas por e-mail, disquete ou CD – é indispensável que elas te-nham pelo menos 300 DPIs de resolução. Não publi-camos fotos com resolução inferior a essa. Salve suasimagens em TIF ou JPG e envie anexos com, no má-ximo, 1M.

O nosso e-mail é [email protected] eo endereço da revista é Av. Rio Branco, 125 – 18ºandar, CEP: 20040-006, Rio de Janeiro, RJ.

O PREFEITO deItuiutaba, FuedJosé Dib,sancionou umalei instituindo odia 23 defevereiro comoDia Municipal doRotaryInternational.Uma Sessão

Solene, realizada na Câmara Municipal, reuniu expressivonúmero de companheiros, além de autoridades civis emilitares e representantes da comunidade. Na foto, a partirda esquerda, estão a EGD e coordenadora regional eleita daFundação Rotária, Aldair de Queiroz Franco, o autor doprojeto, vereador Adalberto Abdo Martins, o rotariano epresidente da Fundação Cultural da cidade, Rerivaldo deSouza Marques, o companheiro Joarez Rezende, o presidentedo RC de Ituiutaba, João de Deus Pereira, e o presidente doRC de Ituiutaba-16 de Setembro, Youssef Gergi Sabbagh.

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RC DE Bagé-Campanha, RS– No DiaMundial deCombate à Aids,o clube, com oapoio doRotaract Club deBagé-Campa-nha e a colabo-ração da secre-taria municipal

de Saúde e Meio Ambiente, distribuiu folhetosexplicativos para mais de mil pessoas.

D.D.D.D.D. 45204520452045204520RC DE Bagé-Sul, RS –Organizou oQuintoSimpósio doRotary Club deBagé-Sul, emque foramdebatidostemas como umclube eficaz,companheirismo,a mulher noRotary e as

perspectivas da eficiência do Rotary nos próximos cemanos. EGDs e companheiros de todos os RCs da cidadeestiveram presentes. Em outra ocasião, o ex-presidenteda Comissão de Serviços da Comunidade IderaldoRodrigues entregou à cirurgiã-dentista Raquel Oliveiraum certificado, em forma de agradecimento, pelaparticipação na atividade educativa de saúde bucal queo clube promoveu na Escola Municipal Visconde deRibeiro Magalhães.

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RC DE Lagoa Santa, MG – Organizou uma festa naCreche Instituto Educacional Alegria do Saber. Oscompanheiros presentearam com brinquedos as 93crianças assistidas pela instituição e distribuíram bolsascom alimentos para as famílias. Foi servido lanchepara todos os presentes e houve sorteio de brindes.

RC DE Toledo-Integração, PR – Em homenagem aoDia da Água e para divulgar o clube e o RI, veiculououtdoors em pontos estratégicos da cidade. O painelfoi criado por uma agência local e patrocinado porempresas de Toledo.

RC DE Balneário Camboriú-Atlântico, SC – O clubeentregou doces e brinquedos para as crianças daCreche e Pré-Escola Municipal São Judas Tadeu.

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Faça sua doação à Fundação Rotária do Brasil

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Novos Companheiros Paul Harris

BRASIL ROTÁRIO 61

Faça sua doação à Fundação Rotária do Brasil

AGRACIADA:IVONE Cle-mente, com-panheira doRC de SeteLagoas-BoaVista, MG.ENTREGUEPOR: governa-dor GeraldoEustáquioAlves e pelo

presidente José Roberto da Silva.

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AGRACIADO: ATHOS Alves de Carvalho.ENTREGUE POR: presidente do RC de Boa Esperança,

MG, Maria Teresa Freire Figueiredo Rodrigues.

AGRACIADO: BRUNO, de três anos de idade, netode Carmen e Jorge de Barros Franco, ex-presiden-te do clube e seu atual secretário, e vice-presiden-te de Operações da Cooperativa Editora BrasilRotário. O título foi entregue ao orgulhoso vovôpela companheira Christa Bohnhof-Grühn, ex-presidente do clube.

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AGRACIADO: SILVIO Cesardos Santos Rosa, sócio do

RC de São José-Kobrasol, SC,na presença do presidente

Luiz Antonio Lehmkuhl.ENTREGUE POR: EGD do

distrito 4470 e coordenadorregional da Fundação Rotária,

Gedson JunqueiraBersanete (à direira), e pela

governadora do distrito 4651,Marilene Vargas Souto.

AGRACIADO: MARCOAntonio Minikoski,presidente do RC deBalneário Camboriú,SC.ENTREGUE POR:governador assistenteValmir Grein.

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62 JUNHO DE 2006

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Senhoras em Ação

EM NOME daCasa daAmizade deBauru,SP(D.4510), apresidenteSandra HelenaBresolinPaulucci (àdireita) e aintegrante IlkaMaria SilveiraBonachelaentregaramdois cheques aovice-presidente

da Legião Mirim de Bauru, Murilo Martha Aiello, paracolaborar na construção do novo pavilhão da entida-de. Fundada em 1960 pelo clube local, a instituição édestinada à formação profissional de jovens carentesde 16 e 17 anos, além de auxiliar o ingresso nomercado de trabalho.

A CASA da Amizade de Carmo do Cajuru,MG(D.4560) levou os idosos do lar Vila Vicentina paraum passeio na Lagoa da Mobiliadora Líder, onde eles

pescaram, ouviram músicas, dançaram e se alimentaram.

EM PARCERIA coma Ótica 3ª Visão eo oftalmologistaMario Medeiros, aAssociação dasFamílias deRotarianos deItapetininga,SP(D.4620)realizou a campa-nha Óculos naEscola, no Lar dasMeninas CéliaTereza. Todas asalunas e funcio-nárias da institui-

ção foram submetidas a exames de acuidade visual eaquelas em que foi diagnosticada alguma deficiênciareceberam óculos.

A ASSOCIAÇÃO das Senhoras de Rotarianos de Maringá,PR(D.4630) ofereceu um almoço de Páscoa para as 54 crian-ças da creche Allan Kardec. Também houve distribuição desorvetes e ovos de chocolate. As senhoras realizam o almoçohá 18 anos e, há dez, têm a parceria do RC local.

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BRASIL ROTÁRIO 63

RODRIGO

☺ A empresa percebeu que estavana hora de mudar o estilo de sua ges-tão e resolveu contratar um novo ge-rente geral, que chegou determina-do a agitar as bases e tornar a em-presa mais produtiva. No primeiro dia,acompanhado de seus principais as-sessores, ele fez uma inspeção em to-dos departamentos. No armazém, to-dos trabalhavam – menos um rapazque estava encostado na parede comas mãos no bolso. Vendo ali umaoportunidade de demonstrar suanova filosofia de trabalho, o novo ge-rente perguntou ao rapaz:

– Quanto você ganha por mês?– Trezentos reais. Por quê? – res-

pondeu o rapaz, sem saber do quese tratava.

O gerente tirou os R$ 300 do bolsoe entregou a ele, dizendo:

– Aqui está o seu salário destemês. Agora desapareça e nunca maisvolte aqui!

O rapaz guardou o dinheiro e saiuconforme as ordens recebidas.

O gerente então, enchendo o pei-to, perguntou a um grupo de funci-onários:

– Alguém aí sabe o que aquele tipofazia na empresa?

– Sim, senhor – responderam atô-nitos os operários – Ele veio entregaruma pizza e estava esperando a gor-jeta.

Colaboração do RC de Duque deCaxias, RJ – D.4570.

☺Toca o telefone e um menino detrês anos atende. A pessoa do ou-tro lado da linha percebe que éuma criança e pede:

– Oi, meu anjinho... Tem outrapessoa em casa?

– Tem sim, peraí – responde omenino.

Depois de um bom tempo, elevolta:

– Olha, tem a Mariazinha, mas eunão consegui tirar ela do berço!

☺A moça ingênua entra em casa

correndo e grita:– Papai, papai! Eu vi dois ladrões

roubando nosso carro!– E você é capaz de reconhecê-

los, filha?– Não, mas eu anotei a placa!

☺Uma família estava jantando emum restaurante. Terminada a refei-ção, o pai pediu ao garçom:

– Embrulhe a carne que sobrou.A gente vai levar para o nosso ca-chorro.

Imediatamente, as crianças grita-ram, felizes:

– Oba! O papai vai comprar umcachorro pra gente!

☺Um amigo comenta com o outrona escola:

– Cara, detesto as professoras quechamam a gente pelo sobrenome.

– Por quê?– Porque eu me chamo Carlos

Brito.Nesse meio tempo, a professora

chama:– Vem cá, Brito!

☺Na saída da escola, dois garotosconversam:

– Meu avô trabalha na Faculdadede Medicina há oitenta anos!

– Oitenta anos? – pergunta o ami-go, assustado – Ele é professor?

– Não, é esqueleto!

☺A madame pede ao cirurgiãoplástico:

– Doutor, eu gostaria de remoçaruns dez anos!

O médico a examina superficial-mente e diz:

– Sem problemas! É só tirar a pa-pada, eliminar os pés de galinha, es-ticar um pouco o queixo, levantaros lábios, repuxar a pele da maçãdo rosto e diminuir um pouquinhoo nariz.

– E quanto vai custar isso, doutor?– Doze mil reais!– Doze mil?! – espanta-se a mu-

lher – Que absurdo! Não dá pra re-duzir esse valor?

– Dá sim, mas aí a gente vai terque diminuir o tempo da cirurgia...Quanto a senhora pretende gastar?

– Uns seis mil reais!– Bom, nesse caso, o máximo que

eu posso fazer é deixá-la com a carada semana passada!

Extraídas da internet.

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Cartas

& Recados

A adaptação jorna-lística da palestra “A éti-ca e a mídia”, do jor-nalista Adolfo Mar tins –publicada na ediçãode abril da BR – agra-dou os leitores:

Parabéns pela publicaçãoda palestra de Adolfo Mar-tins, que veio enriquecerainda mais o conteúdo danossa revista ao mostrar aimportância da ética na im-prensa. No momento emque vivemos uma crise ética tão séria em nossasociedade, é de fundamental importância discu-ti-la também nos meios de comunicação.

Marluce Viegas, governadora assistente do dis-trito 4500.

SaudadesSaudades

Edson Fábio Mauad, ex-presidente e sócio honorário doRotary Club de Itajubá, MG (D. 4560).

■ ■ ■

Joaquim Leão Cruvinel, companheiro do Rotary Club deRio Verde, GO (D. 4770).

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