brasil rotário - dezembro de 2006

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Edição nº 1.014 da revista Brasil Rotário. Dezembro de 2006.

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Page 1: Brasil Rotário - Dezembro de 2006
Page 2: Brasil Rotário - Dezembro de 2006
Page 3: Brasil Rotário - Dezembro de 2006

Capa: Arte de Armando Santos

Sucessora de “Notícias Rotárias” e “Rotary Brasileiro”. Publicação mensal dedicada à divulgação do Ideal

de Servir. Revista regional oficial do Rotary International para os rotarianos do Brasil.

09 Rotarianos que são notícia15 Informe do RI aos rotarianos38 Interact e Rotaract40 Livros42 Distritos em revista54 Senhoras em ação55 Novos Companheiros

Paul Harris58 Coluna do Chairman da FR

Os 50 maisCartas e recados

59 Relax60 Convenção do RI

Formulário para a reserva de hotel

SEÇÕES

04 Primeiro distrito rotário da Rússia

05 Mensagem do PresidenteWilliam B. Boyd

06 Prece natalina de um rotarianoIvo Arzua Pereira

08 Ex-bolsista do Rotaryna reconstrução do SudãoJoseph Derr

10 Olá, Zélo, tudo bem?Paulo Ribeiro

11 Diante do fim de outro anoCarlos Enrique Speroni

12 A família e o RotaryArchimedes Theodoro

16 Ênfases presidenciaisno Instituto de AtibaiaNewton Camargo Moraes

18 Crescimento econômicoe gasto públicoEdson Cordeiro da Silva

20 Esperanto é um anseio de pazJosé Alves Fortes

22 Mutirão pela alfabetização

24 O idioma da paz edo desenvolvimentoGunter W. Pollack e Ricardo Conte

27 Bem-vindo ao Salt Palace

28 Sangue novoVanessa N. Glavinskas

31 Um Rotary com a cara delesEmily Hiser Lobdell

35 Pergunte a Rosemary

Pág. 2727272727

O IMPONENTE Salt

Palace Convention

Center, situado no

coração da capital

de Utah, sede da

convenção

internacional

do Rotary

ASSINALADOS EM

vermelho os

países que têm

o português como

língua materna

Pág. 2424242424

EGD FERNANDO

Quintella pediu

profissionalismo

e agressividade

para a promoção

da imagem pública

do Rotary

Pág. 1616161616

Sérgio Afonso

Page 4: Brasil Rotário - Dezembro de 2006

2 DEZEMBRO DE 2006

Um princípio que não pode ter fim. Campanha em prol de maiselevados padrões de ética. Apoio dos Rotary Clubs do BrasilÉTICA

GOVERNADORES DE DISTRITOS NO BRASIL 2006-2007CONSELHO DIRETOR2006-2007

ROTARY INTERNATIONALONE ROTARY CENTER 1560 SHERMAN AVENUE EVANSTON, ILLINOIS, USA

CURADORES DAFUNDAÇÃO ROTÁRIA,2006-07

CHAIRMAN

Luis Vicente Giay

CHAIRMAN-ELEITO

Bhichai Rattakul

VICE-CHAIRMAN

Mark Daniel Maloney

CURADORES

Carolyn E. JonesDong Kurn LeeGlenn E. Estess, Sr.Jayantilal K. ChandeJonathan B. MajiyagbeK.R. RavindranMichael W. AbdallaPeter BundgaardRobert S. ScottRon D. BurtonRudolf HörndlerSakuji Tanaka

PRESIDENTE

William B. Boyd

PRESIDENTE-ELEITO 2007-08

Wilfrid J. Wilkinson

VICE-PRESIDENTE

Jerry L. Hall

TESOUREIRO

Frank N. Goldberg

DIRETORES

Anthony F. de St. DalmasCarlos E. SperoniDonald L. MebusHorst Heiner HellgeIan H. S. RiseleyKjell-Åke ÅkessonKwang Tae KimMasanobu ShigetaMichael K. McGovernMilton O. JonesNoraseth PathmanandÖrsçelik BalkanRaffaele Pallotta d’AcquapendenteRobert A. Stuart, Jr.Yoshimasa Watanabe

DISTRITO 4310José Domingos ZancoRotary Club de Americana-Integração, SP

DISTRITO 4390Carlos Fernandes de Melo FilhoRotary Club de Aracaju-Norte, SE

DISTRITO 4410Pedro Carlos SabadiniRotary Club de Colatina-São Silvano, ES DISTRITO 4420Marcelo Demétrio HaickRotary Club de Santos-Praia, SP

DISTRITO 4430Paulo Eduardo de Barros FonsecaRotary Club de São Paulo-Liberdade, SP

DISTRITO 4440Adão Alonço dos ReisRotary Club de Várzea Grande-Centro, MT

DISTRITO 4470Gener SilvaRotary Club de Araçatuba-Oeste, SP

DISTRITO 4480Beninho DaltoRotary Club de Catanduva, SP

DISTRITO 4490Júlio Jorge D’Albuquerque LóssioRotary Club de Fortaleza-Meireles, CE

DISTRITO 4500José Jorge Indrusiak da RosaRotary Club de João Pessoa, PB

DISTRITO 4510Alonso Campoi Padilha Jr.Rotary Club de Bauru-Norte, SP DISTRITO 4520Domingos SoutoRotary Club de Belo Horizonte-Cidade Jardim, MG

DISTRITO 4530Luiz Gustavo Kuster PradoRotary Club de Brasília-Lago Norte, DF

DISTRITO 4540Nivaldo Donizete AlvesRotary Club de Franca-Imperador, SP

DISTRITO 4550Iracy Pereira SantosRotary Club de Guanambi, BA

DISTRITO 4560Huáscar Soares GomideRotary Club de Itaúna-Cidade Universitária, MG DISTRITO 4570Waldir Nunes RibeiroRotary Club de Nilópolis, RJ DISTRITO 4580José Eduardo MedeirosRotary Club de Juiz de Fora, MG DISTRITO 4590Anthony KasendaRotary Club de Atibaia, SP

DISTRITO 4600Marco Antonio Toledo PizaRotary Club de Aparecida, SP

DISTRITO 4610Clóvis Tharcísio PradaRotary Club de São Paulo-República, SP

DISTRITO 4620Valter ZamurRotary Club de Sorocaba-Manchester, SP

DISTRITO 4630Maria da Penha Oliveira SurjusRotary Club de Paranavaí-Moema, PR

DISTRITO 4640Dalva Figueiredo dos Santos RigoniRotary Club de Cascavel-União, PR

DISTRITO 4650Sergio dos Santos CorreaRotary Club de Herman Blumenau, SC

DISTRITO 4651Eloir André KuserRotary Club de Araranguá, SC DISTRITO 4660Jayme Maia PereiraRotary Club de Santa Maria-Sul, RS DISTRITO 4670Ana Glenda Viezzer BrussiusRotary Club de Canela, RS

DISTRITO 4680Antonio Carlos Pereira de SouzaRotary Club de Porto Alegre, RS

DISTRITO 4700Eronilde RibeiroRotary Club de Passo Fundo-Norte, RS

DISTRITO 4710Oswaldo Aparecido FavaroRotary Club de Bela Vista do Paraíso, PR

DISTRITO 4720Adélio Mendes dos SantosRotary Club de Ananindeua, PA

DISTRITO 4730Paulo Augusto ZanardiRotary Club de Curitiba-III Milênio, PR

DISTRITO 4740Clara Frida PereiraRotary Club de Otacílio Costa, SC

DISTRITO 4750Joel Rodrigues TeixeiraRotary Club de Niterói-Pendotiba, RJ

DISTRITO 4760Adauto Mansur ArabeRotary Club de Belo Horizonte-Santo Agostinho, MG

DISTRITO 4770Johannes Alphonsus Maria KasbergenRotary Club de Uberaba, MG DISTRITO 4780Antonio PlanellaRotary Club de Livramento, RS

Page 5: Brasil Rotário - Dezembro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 3

Ano 82 Dezembro, 2006 nº 1014

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2005-07Diretoria ExecutivaPresidente: Roberto Petis FernandesVice-Presidente de Operações:Jorge Costa de Barros FrancoVice-Presidente de Administração:Guilherme Arinos Lima Verde deBarroso FrancoVice-Presidente de Finanças:José Maria Meneses dos SantosVice-Presidente de Planejamento/Controle:Ricardo Vieira L. M. GondimVice-Presidente de Marketing:José Alves FortesVice-Presidente de RelaçõesInstitucionais:Carlos Jerônimo da Silva GueirosVice-Presidente Jurídico:Carlos Henrique de Carvalho FróesMembros Efetivos:Adelia Antonieta VillasAmérico Matheus FlorentinoAntonio HallageFernando A. Quintella RibeiroFernando A. P. MagnusFlávio A. Queiroga MendlovitzJosé Moutinho DuarteMembros Suplentes:Bemvindo Augusto DiasPedro Maes CastellainGerente Executivo:Edson Avellar da Silva

ASSESSORESAbel Mendes Pinheiro JúniorAry Pinto Dâmaso (Publicidade)Cleofas Paes de Santiago (CER)Edson Schettine de Aguiar (Cultural)Eduardo Álvares de S. Soares (Sul)Enrique Ramon Perez Irueta (Traduções)Geraldo Lopes de Oliveira (Especial)Jorge Bragança (Sudeste)José Augusto Bezerra (Nordeste)Valério Figueiredo R. de Souza(Nordeste)Waldenir de Bragança

CONSELHO FISCAL 2006-2007Membros Efetivos:Jorge Manuel R. Monteiro(Coordenador do CF)Antônio Vilardo (Secretário)Haroldo Bezerra da CunhaMembros Suplentes:Dulce Grünewald Lopes de OliveiraGeraldo da Conceição

CONSELHO CONSULTIVOMembros NatosEfetivos:Governadores 2006-07Suplentes:Governadores eleitos 2007-08

CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVOPresidente: Roberto PetisFernandesSecretário: Edson Avellar da SilvaMembros:Lindoval de OliveiraNuno Virgílio NetoLuiz Renato Dantas Coutinho

CONSELHO EDITORIAL CONSULTIVO● Roberto Petis Fernandes● Carlos Henrique de Carvalho Fróes● Carlos Jerônimo da Silva Gueiros● Guilherme Arinos Lima Verde

de Barroso Franco● Jorge Costa de Barros Franco● José Alves Fortes● José Maria Meneses dos Santos● Ricardo Vieira L. M. Gondim

DIRETOR RESPONSÁVEL: Roberto Petis Fernandes

EDITOR: Lindoval de Oliveira - Jorn. Prof. Mtb. 3.483/9/144

REDAÇÃO E DEPTO. DE MARKETING: Av. Rio Branco, 125 - 18ºandar - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20040-006 - Tel: (21) 2509-8142;Fax: (21) 2509-8130.

E-MAIL DA REDAÇÃO: [email protected]

REDAÇÃO: Armando Santos, Luiz Renato Dantas Coutinho, MariaCristina Andrade, Maria Lúcia Ribeiro de Sousa, Nuno Virgílio Neto eRenata Coré.

DIGITALIZAÇÃO: Maurício Teixeira

IMPRESSÃO: Gráfica Ediouro

HOMEPAGE: http://www.brasil-rotario.com.br

* As matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos seus autores.

Revista de Propriedade da Cooperativa Editora Brasil Rotário

CNPJ 33.266.784/0001-53 � Inscrição Municipal 00.883.425

Av. Rio Branco, 125, 18º andar CEP: 20040-006 – Sede própriaRio de Janeiro – RJ � Tel: (21) 2509-8142 / FAX: (21) 2509-8130

E-mail: [email protected]

Archimedes Theodoro(Belo Horizonte-MG)EDRI 1980-82Mário de Oliveira Antonino(Recife-PE)EDRI 1985-87

Gerson Gonçalves(Londrina-PR)EDRI 1993-95

José Alfredo Pretoni(São Paulo-SP)EDRI 1995-97

CONSELHO EMÉRITO

Hipólito Sérgio Ferreira(Belo Horizonte-MG)EDRI 1999-01Alceu Antimo Vezozzo(Curitiba-PR)EDRI 2001-03Luiz Coelho de Oliveira(Limeira-SP)EDRI 2003-05Carlos Enrique Speroni(Buenos Aires-Argentina)DRI 2005-07

LeiaCCCCCARO LEITORARO LEITORARO LEITORARO LEITORARO LEITOR,

COBRANÇAPara agilizar a comunicaçãocom o Departamento deCobrança, queiram utilizaro seguinte e-mail:

[email protected]

Imagine o Rotary em 2016. Mais de quatro milhõesde associados, os clubes mantendo reuniões virtu- ais, e um holograma representando Paul Harris bri-

lha onde antes existia a estátua do fundador de nossaorganização, defronte ao escritório central do RI. Osfundadores do Rotary jamais poderiam imaginar aon-de chegaria o Rotary de hoje, e até onde irá chegar é,ainda, o que todos pensam. E se você, caro leitorrotariano, tivesse uma bola de cristal? Observe bemos jovens de 20 e 30 e tantos anos que estão chegandoaos clubes atualmente; cabe a eles moldar o Rotary doamanhã. Você está monitorando o desenvolvimentodesses jovens? O seu clube tem recrutado jovens sufi-cientes para manter a continuidade da organização?Nesta edição perguntamos ao espelho: estamos enve-lhecendo? Resposta a partir da página 28.● O tema do mês – A família e o Rotary – émagnificamente focalizado pelo EDRI ArchimedesTheodoro, patrono do último Instituto Rotário. Fa-lando e escrevendo, Archimedes busca palavras quelevam imediatamente à reflexão, como estas: “Cabe àfamília assumir seu papel de principal responsável peloprimado de uma visão comprometida com a preser-vação dos valores fundamentais à vida”.● “O Rotary não foi criado para separar os sócios desuas famílias. Pelo contrário, foi idealizado para uni-los. Através de programas como Rotaract, Interact e oIntercâmbio de Jovens, nós trabalhamos para levar àsnovas gerações esse espírito rotário”, diz Bill Boyd naMensagem do Presidente.● A matéria de capa é sobre a data maior da cristanda-de: o Natal. E o sempre inspirado EGD Ivo Arzua,que foi ministro de Estado, demonstra como a nossaProva Quádrupla pode ser importante também noplano espiritual.● Não deixe de ler o depoimento simples e comoventede um jovem que se salvou por ter participado de umRyla, realizado em Caraguatatuba, SP.● Esta edição está lançando o 14º Concurso deMonografias para Professores, promoção da revistacom o apoio da Folha Dirigida, jornal dedicado à edu-cação, e que tem a coordenação do EGD Edson Avellarda Silva. Leia com atenção a matéria Mutirão pela Alfa-betização e junte-se aos companheiros de seu clubepara tornar ainda mais eficaz a sua participação nessamobilização nacional.● Destaques para: a análise da situação da economiaem Crescimento econômico e gasto público, feita pelocompanheiro Edson Cordeiro da Silva; novas infor-mações sobre o III Encontro dos Países de Língua Por-tuguesa e o formulário para reserva de hotel da con-venção de Salt Lake City. Confira!

“Ao homem, depois de limpar a poeira e os cacos de suavida, restará apenas uma pergunta clara e difícil: Foi umbem ou foi um mal? Agi bem ou mal?” John Steinbeck.

L. O.

Page 6: Brasil Rotário - Dezembro de 2006

4 DEZEMBRO DE 2006

PRIMEIRO DISTRITO

ROTÁRIO DA RÚSSIA

Em 1990, quando a GuerraFria começava a se dissolver,o Rotary International entrou

para a história ao fundar o primei-ro clube rotário da Rússia. Em 17de junho de 2006, ou seja, 16 anosdepois, outro marco foi celebrado.Contando com a presença de cen-tenas de rotarianos de cerca de 20países, foi criado o primeiro distritointeiramente russo, durante umaconferência do Rotary em Moscou.

Início difícilA Rússia e os rotarianos presen-

ciaram mudanças tempestuosas des-de que o primeiro clube foi criado.No ano seguinte à fundação do pri-meiro Rotary Club russo, a UniãoSoviética se desfez, e a Rússia pas-sou a ser um estado independente.

O novo distrito 2220 cobre os50 clubes russos a Oeste dos Mon-tes Urais, região que abriga Mos-cou e São Petersburgo e é lar de100 milhões de pessoas. Os clu-bes a Leste dos Urais permanecemno distrito 5010, juntamente comos clubes do Alaska, EUA, e do

PRIMEIRO DISTRITO

ROTÁRIO DA RÚSSIA

território do Yukon, no Canadá.O distrito 2220 é atípico, se consi-

deradas as suas dimensões – sua áreaé equivalente a mais de dois terços detodo o território norte-americano – eao pequeno número de sócios dosclubes – de 10 a 50 rotarianos. Antesda criação do distrito 2220, os clubesda região estavam espalhados por trêsdiferentes distritos, juntamente com osclubes da Finlândia e da Suécia.

As pessoas que defendem a pre-sença do Rotary na Rússia têm argu-mentado que a organização jamaisse desenvolverá no país se a sua ex-pansão não for dirigida pelos pró-prios rotarianos russos. O novo go-vernador, Andrei Danilenko, templanos de acrescentar pelo menos 30clubes ao distrito. Andrei, com ape-nas 39 anos, é empresário e rotaria-no há mais de uma década.

Os rotarianos russos têm uma sé-rie de desafios a vencer, como umaeconomia em fase de transição para osistema capitalista, as grandes distân-cias entre os clubes, uma sociedade ain-da não acostumada com a idéia e apresença do Rotary, e mesmo a falta

do hábito de prestar serviços volun-tários. É como Vladimir Donskoy,primeiro governador russo do dis-trito 5010, costuma afirmar: “Comoexplicar o significado de Dar de SiAntes de Pensar em Si a pessoas quedizem: ‘Sou pobre, todos aqui tam-bém, não posso fazer nada’”?

Durante esses 16 anos, os clu-bes russos apoiaram muitos proje-tos humanitários, além dos dois maisimportantes programas baseadosnos EUA: o Mundo Aberto do RI,operado pela Biblioteca do Congres-so, e o programa de Aumento daProdutividade, fundado e dirigidopor um rotariano da Califórnia.

Durante a conferência do Ro-tary na Rússia, os participantes co-nheceram Beslan, um cavalo paraterapia doado pelo Comitê Inter-países França-Rússia e pelo RC deMoscou-Renaissance ao Clube deEquitação de Moscou para pessoasportadoras de deficiências. Beslan aju-dará as crianças com autismo,síndrome de Down e outras doen-ças, e participará dos Jogos Paraolím-picos de 2008, em Beijing.

FUNDAÇÃOREUNIUrotarianos dediversos paísesem Moscou

Começa uma nova fase de nossa organização no país

Page 7: Brasil Rotário - Dezembro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 5

WILLIAM B. BOYD

Presidente 2006-07 do RI

Mensagem do

PresidenteCAROS COMPANHEIROS,

NA REDE

Para ler os pronunciamentos e

notícias do presidente

do RI Bill Boyd, visite sua

página no endereço

www.rotary.org/president/boyd

Lorna e eu vamos comemorar nosso 52° aniversário de casamento no pró-ximo mês de março. Ao longo da nossa vida em comum, tivemos a felici-dade de criar quatro filhos, que por sua vez nos deram 11 netos – o maisjovem, Emery, nasceu no início deste ano. Sempre que viajamos a serviçodo Rotary, levamos todos eles em nossos pensamentos. E não importa o

quanto essas viagens sejam boas: voltar para casa e reencontrar a família conti-nua sendo o nosso maior motivo de alegria.

Afinal de contas, é a família que transforma um lugar num lar. Ela é o querealmente importa nesta vida. Por isso damos tanta importância à Família Rotá-ria. Como tornei-me rotariano em 1971, a organização acabou fazendo parte domeu cotidiano familiar. E assim como acontece com a nossa própria família, nóssabemos que podemos contar com o Rotary em todos os momentos da vida, ecompartilhar com ele nossas alegrias e tristezas. Ser rotariano significa pertencerà maior família do mundo.

O Rotary é a reunião de pessoas que se importam – seja com o seu ambientefamiliar, com suas comunidades ou com os outros membros da organização. Eimportar-se, no fundo, é o verdadeiro significado de uma família.

A idéia central da Família Rotária é que ela integra as famílias de todos osrotarianos: seus pais, seus cônjuges, viúvos e filhos. O Rotary não foi criado paraseparar os sócios de suas famílias. Ele foi idealizado para uni-los. Através deprogramas como Rotaract, Interact e o Intercâmbio de Jovens, nós trabalhamospara levar às novas gerações esse espírito rotário. E através da ênfase que estamosdando à Família Rotária, nos esforçamos para assegurar a integração entre todosos seus membros, de modo que ninguém seja esquecido.

Em muitas culturas, o final do ano é um tempo de celebrações. Lorna e euqueremos aproveitar essa oportunidade para desejar nossos melhores votos enossas saudações a todos vocês que nos cumprimentam neste tempo de festas.Infelizmente, não poderemos responder pessoalmente a todos os que nos envia-ram as suas saudações, como gostaríamos de fazer. Mas vamos aproveitar parafazer uma contribuição à Fundação Rotária como forma de gratidão.

O sucesso do Rotary depende do apoio de cada rotariano e de cada membro daFamília Rotária. Numa família, ninguém é mais ou menos importante que nin-guém: todos têm o mesmo valor. Isso também se aplica à Família Rotária, ondetodos estamos trabalhando inspirados pelo mesmo objetivo: melhorar as con-dições de vida na nossa comunidade e no mundo. E todos nós sabemos queessa tarefa é melhor cumprida (e bem mais prazerosa) quando estamos traba-lhando lado a lado com nossos amigos – e nossas famílias.

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8 DEZEMBRO DE 2006

CREI○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Joseph Derr*

ntre 2003 e 2005, a cana-dense Susan Stigant estudouno Crei – Centro Rotary deEstudos Internacionais da Paz

e Resolução de Conflitos da Uni-versidade da Carolina do Norte,nos EUA. Depois de obter seu mes-trado em ciências políticas, ela foimorar no Sudão, país africano quefoi tese do seu trabalho de final decurso, e onde ela trabalha até hojepara o Instituto Nacional Demo-crático para Assuntos Estrangeiros,grupo norte-americano que apóiaa paz internacional.

Susan utiliza o que aprendeuno Centro Rotary para ajudar ossudaneses a reencontrar o cami-nho da paz. A missão dela é aju-dar o governo do sul do Sudão aelaborar sua primeira constituição.Por 21 anos, o paísesteve envolvidonuma guerra civilentre uma maioriaárabe muçulmanae os cristãos eanimistas do sul.Em 2005, o gover-no sudanês assi-nou um tratado depaz com os rebel-des sulistas, conce-dendo autonomiaao sul. Embora apaz prevaleça, mi-lhões de habitan-tes do Sudão – omaior país da Áfri-ca – ainda nãousufruíram dosseus resultados. A violência regio-nal impera na província ocidentalde Darfur, onde os desalojados pordécadas de luta moram em acam-

Ex-bolsista do Rotary nareconstrução do Sudão

Susan Stigant está participando da elaboração

da primeira constituição do sul do país

pamentos provisórios, dependendode ajuda externa para sobreviver.

Democracia no arSusan Stigant divide seu tempo en-tre as cidades de Juba, no Sudão, eNairóbi, no Quênia, trabalhando aolado de outras organizações não-governamentais locais e estrangei-ras com o objetivo de ajudar os fun-cionários sudaneses a entender oarcabouço legal do tratado de paze a constituição do sul do país. Elatambém está produzindo um pro-grama de rádio voltado para a edu-cação cívica, levando para os ou-vintes noções de ideais democráti-cos. Alguns desses programas sãotransmitidos em cadeia nacional.“Acho fascinante participar do pro-cesso de estabelecimento de umgoverno em um país”, diz.

Mas a vida nem sempre é fácilno Sudão. Susandorme numa pe-quena tenda, nu-ma cama de cam-panha. Assim quechegou ao país, elacontraiu malária.“Sigo em frentepor causa das pes-soas com quem tra-balho, e por ver otremendo impactoda nossa atuação”,e la a f i rma. “Érecompensadorperceber que nãose tratava somentede uma tese mi-nha, e ter o co-nhecimento e a

compreensão de que posso contri-buir para ajudar outras pessoas”.

Andrew Reynolds, o ex-conse-lheiro acadêmico de Susan Stigant,

está entre os fãs dela. “Susan aliacuriosidade intelectual e empatiacom a capacidade prática de re-alização”, ele afirma.

A EGD Carol Allen, represen-tante principal do Rotary no Cen-tro Rotary da Universidade da Ca-rolina do Norte, também elogiaa ex-bolsista: “Os recursos quenós, rotarianos, investimos nosCentros Rotary, valem a pena porcausa de estudantes como Susan.Eles continuarão a fazer a dife-rença neste mundo”.

*O autor é colaborador da TheRotarian.

Apesar do fim

da guerra civil,

os moradores

de diversas

regiões do

Sudão ainda

não desfrutam

de um estado

de paz pleno

SUSAN STIGANT fez omestrado em ciências políti-

cas no Centro Rotary deEstudos Internacionais da

Paz e Resolução de Conflitosda Universidade da Caroli-

na do Norte, nos EUA

Alyce Henson/RI

E

Page 11: Brasil Rotário - Dezembro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 9

O CASAL EGD Arno Voigt e Soldi foi agraciado pelaCâmara Municipal de Rolim de Moura, em Rondônia, com

o Título de Cidadão Honorário do Município e com umaMoção de Aplauso, respectivamente. Na ocasião, o casalteve a companhia do genro, Sandro, dos filhos, Giovana

Angélica e Jean Carlo, e da neta, Beatriz.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Rotarianos que são notícia

O EGD José Carlos Carva-lho foi homenageado como Título de CidadãoRibeirãopretano, emcerimônia na CâmaraMunicipal local, com aspresenças do presidentedaquela Casa, vereadorSilvio Martins, da autora doprojeto, vereadora SilvaRezende, e do prefeitomunicipal WelsonGasparini.

SÓCIO DO Rotary Club deItajuípe, BA(D.4550), CarlosBotêlho recebeu da Câmara de Ve-readores local o Título de CidadãoItajuipense. Durante a cerimônia,no Salão Nobre, o companheiroesteve ladeado pelo rotariano JoséBenevides de Santana e pelo pre-sidente daquela Casa, vereadorAntônio Santana.

WILMARGARCIABarbosa, EGDdo distrito4570, recebeua medalhaPedro Ernesto,concedidapela Câmarade Vereadoresdo Rio, em

reunião do Rotary Club do Riode Janeiro-Jardim Botânico,RJ, do qual é sócio.

COMPANHEIRO DORotary Club deParanavaí,PR(D.4630), AntonioBatista da Silva assu-miu a presidência doConselho da Comuni-dade da Comarca deParanavaí.

ATTÍLIO STOPASSOLA, do RotaryClub de Canela, RS(D.4670),tomou posse como delegado doSindicato da Habitação (Secovi)para a região de Canela e Gra-mado. Ao lado dele na foto, opresidente do Secovi/Agademi(Associação Gaúcha de Empresasdo Mercado Imobiliário)-RS,Moacyr Schukster.

O GOVERNADOR dodistrito 4680, AntônioCarlos Pereira deSouza, foi homena-geado pela Socieda-de de Engenharia doRio Grande do Sul(Sergs) com umaplaca, entregue pelovice-presidentedaquela instituição,Paulo Reali. Ocompanheiro é ex-presidente da Sergs.

MILTON TAVARES, compa-nheiro do Rotary Club doRio de Janeiro,RJ(D.4570), foi eleitoBenemérito da AssociaçãoComercial do Rio deJaneiro.

Rotarianos eleitos em 2006

Câmara dos Deputados:Luiz Carlos Setim (PFL-PR), sóciodo RC de São José dos Pinhais,PR(D.4730)

Foto: Helio Augusto/Sergs

Page 12: Brasil Rotário - Dezembro de 2006
Page 13: Brasil Rotário - Dezembro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 11

CARLOS ENRIQUE SPERONIColuna do Diretor do

Rotary International

DIANTE DO FIM DE OUTRO ANO

Nos meses de dezem-bro, o Rotary nos pro-picia a oportunidade de

falar sobre a família – talvezsem se dar conta de que essaescolha acaba coincidindo comas celebrações de fim de ano,em que a família também é ofoco central. Dezembro é umtempo de serenidade e refle-xão, em que as diversas cren-ças e filosofias da humanida-de acabam conjugadas emuma mensagem universal:amai-vos uns aos outros – pa-lavras de uma dimensão infi-nita, simples como um ato deamor, mas que, no entanto,fazem tremer as colunas dotemplo da soberba humana.Palavras que, com a proximi-dade do Natal, convertem-sena nossa mensagem de espe-rança para a redenção moraldo homem, esse ser bom e ín-tegro que o Rotary idealiza para a construção de um mun-do melhor.

Diante da presença da tremenda crise que aflige ahumanidade, com opções de vida totalmente opostas,vamos reafirmar nossa convicção na liberdade do ho-mem e nos valores que constroem sua dignidade inte-grada à família. Honestidade, lealdade e sinceridade sãoparte importante de todos esses valores que aprende-mos no seio de nossa família. É na família também queaprendemos a ser otimistas, generosos e humildes, eonde aprendemos a ter sadios desejos de superação e arespeitar os direitos legítimos de nossos semelhantes –e a família continua sendo a melhor escola para todosesses valores, virtudes e princípios.

Escola de amorA família é, por excelência, o lugar destinado ao de-

senvolvimento do indivíduo, o ambiente onde ele é ama-do e aceito não apenas por seu rendimento ou eficiência,mas por seu valor interior e sua maneira de ser. A famíliaé a verdadeira e única escola de amor, que se convertenum lugar privilegiado onde aprendemos a encarar os gran-des e concretos desafios com que nos defrontaremos pe-los próximos anos se pretendemos nos desenvolver emfunção de ideais elevados, que nos permitam crescer emsintonia com o espírito solidário que nos vinculou ao Rota-ry, e que nos permite um crescimento de acordo com osprincípios solidários de nossa organização.

Quando o núcleo familiar se desintegra ou enfraquece,

o conjunto da sociedade começa a experimentar gravesdificuldades. Ao contrário, o gozo de uma boa saúde fa-miliar nos levará ao alcance do promissor destino comque sonhamos. Quando nossos clubes se desorientamou confundem seus rumos, começa o processo dos inevi-táveis fracassos e atitudes indiferentes que os convertemem frágeis expressões, até que desapareçam.

Os clubes integrados sob a forma de uma verdadeirafamília, que se mostrem e atuem como tal, constituirãouma trama de círculos concêntricos cada vez maiores,que preservarão os seus princípios e solidificarão o Rota-ry. Com esse fortalecimento, nos apresentaremos comouma opção natural, válida e confiável, que é oferecida àsociedade para que cada um dos seus membros encontrenela paz, solidariedade, compreensão e lealdade – todosestes valores indiscutíveis para aqueles que fazem do amai-vos uns aos outros uma prática consciente e não apenasuma expressão despida de conteúdo.

“A família é o ambiente onde oindivíduo é amado e aceito nãoapenas por seu rendimento oueficiência, mas por seu valorinterior e sua maneira de ser”

RODRIGO

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12 DEZEMBRO DE 2006

Tema do mês○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

m dos temas que têmsido mais destacados pelos últi-mos presidentes do Rotary In-ternational é a importância quenós, rotarianos, devemos dar àfamília. Como nossa organiza-ção orienta suas ações comenfoque no serviço voluntário eno cultivo de valores consagra-dos como sustentáculos da soci-edade, a família – como uma es-pécie de modelo hierárquico –assume sempre um relevo mai-or quando nos dispomos a tra-balhar por um mundo melhor.

Ao sermos despertados paraa importância da família, es-tamos procurando dar ao Rotaryuma sustentação marcada pelaampliação da nossa visão sobreos problemas que confrontamosno dia-a-dia. Com isso,todos passam a entenderque – além de progra-mas de caráter huma-nitário, cultural e dosnossos intercâmbios –estamos nos voltandopara a base de sustenta-ção de todo empreen-dimento voltado ao serhumano a partir dos va-lores absorvidos no seiofamiliar para chegarmos à com-preensão de que há uma ne-cessidade premente de quecada um sinta na profundida-de de seu íntimo as razões que

A família e o RotarySe trabalharmos juntos, chegaremos mais rápido ao

mundo de paz e de compreensão que tanto queremos

Archimedes Theodoro*

o induzem a servir comdesprendimento e ab-negação.

Sabemos, através dahistória, que a famíliatem sido a base da in-tegração do ser humanona sociedade, o lugaronde ele aprende a cul-tivar os princípios da ci-dadania plena. De acor-do com um relatório da

Organização das Nações Uni-das, a desagregação da famíliacontribui significativamentepara os maiores problemasenfrentados pela sociedade

atualmente, mostrandocom dados absoluta-mente claros que háuma forte relação entresua decadência e o con-sumo de drogas, o au-mento da violência e dagravidez em adolescen-tes, a paternidade irres-ponsável, e o cresci-mento do crime e dosuicídio entre os jovens.

Tudo isso nos mostraum panorama de desa-

certos que está desafiando asinstituições mais responsáveisa tentar minimizar seus efei-tos. Ninguém duvida queestamos vivendo um tempo de

riscos e opressão sobre os fundamen-tos da família. Isso tem sido debati-

U

NINJA

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BRASIL ROTÁRIO 13

Tema do mês○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

do com freqüência nos jornais, na televisão, no rádio enas associações voltadas para o bem-estar das pessoas,deixando-nos às vezes perplexos e desalentados comos rumos que a sociedade vem tomando.

Insistentemente, são relacionadas a essa discussãocomportamentos como a valorização do consumo, aliberação dos costumes e a ânsia do indivíduo em apa-recer mais que seus pares, além da competição desen-freada e sem escrúpulos – comportamentos que a mai-oria tem que tolerar como algo inevitável se desejarser alguém que se sobressaia no torvelinho das ambi-ções e na busca de prazeres sem medidas.

Uma nova família para um novo mundoÉ esse o perverso cadinho onde se fundem muitas frus-trações e a desesperança que parecem não ter maissolução. Quando se chega a esse estado de desânimo,nosso principal esforço é descobrir que tipo de famíliapode sustentar o processo de mudança que a socieda-de está exigindo, já que atualmente a família apresentamúltiplas fisionomias. Não é difícil notar que vivemosum incômodo paradoxo: ao priorizar o aumento daexpectativa de vida do ser humano, a velocidade dodesenvolvimento tecnológico não está trazendo maisfelicidade individual. Esse avanço da técnica vem ge-rando uma sensação de impotência, levando o ho-mem comum a pensar que não tem mais nada a di-zer e a fazer, permanecendo na tranqüilidade dodescompromisso, seguindo a corrente dos que ape-nas lutam para sobreviver e preferem deixar as coisase o mundo como estão.

No entanto, sabemos que é nos momentos de criseque o ser humano é despertado para resistir e procurarnovos caminhos, evitando ser destruído junto com asociedade que ele integra e que precisa reconstituirseus valores fundamentais. A família precisa se dar contade que ainda tem poder para reverter esse enfoquepessimista. A conhecida socióloga mineira AdelaideBaeta, uma estudiosa do assunto, mostra que “a famíliavem abrindo mão desse poder porque acha que háuma força externa maior que ela, e isso é falso. A visão

consumista da sociedade dos nossos dias, em que omercado invade as relações mais íntimas das pessoas etudo passa a ser uma questão de levar vantagem sem-pre, vem contribuindo para a perda de essência doser humano”.

É por isso que se torna urgente construir novos emais consistentes relacionamentos, e a família tem deassumir seu papel de principal responsável pelo pri-mado de uma visão do mundo comprometida com apreservação dos valores fundamentais da vida em so-ciedade, como a solidariedade, o respeito mútuo, aética, a disciplina, o respeito à autoridade dos pais e abusca do equilíbrio entre o ter e o ser.

Segundo o psicanalista Haim Grunspun, “o lugar-comum de que os valores da sociedade mudaramnos últimos anos não é verdadeiro. Os valores clássi-cos são os mesmos, o que mudou foram as atitudes eas opiniões”.

É justamente aí que o Rotary passa a atuar comseu reconhecido poder de persuasão. Sua trajetórianesses quase 102 anos de história tem mostrado que,ao aderir ao idealismo pragmático de nossa organi-zação, os homens e mulheres que se tornaram rotari-anos vislumbraram a existência das profundas raízesespirituais que orientaram o desenvolvimento doRotary para alcançar o prestígio e o respeito de quenossa organização desfruta. Sabemos ainda que ne-nhuma instituição atrai pessoas bem formadas e comresponsabilidade social evidente se não se mostrarsensível aos problemas decorrentes da derrocada dosvalores que dão estabilidade à sociedade – e não sepreocupar em formar cidadãos compromissados como bem-estar de todos.

Isso confirma o que apregoamos desde que o Rota-ry passou a desempenhar o papel de catalisador dasações que envolvem as comunidades onde ele estápresente: assumimos diante das pessoas que vivem nes-ses lugares uma responsabilidade que não figura emnenhum documento assinado formalmente, mas queressalta o nosso compromisso moral e voluntário decontribuir para que suas vidas sejam melhores.

Nosso principal esforço é descobrir

que tipo de família pode sustentar

o processo de mudança que a

sociedade está exigindo

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Tema do mês○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Se quisermos que os nossossucessores continuem man-tendo os valores que são in-dispensáveis para a constru-ção de suas próprias vidas,precisamos demonstrar(sem distorções em nosso es-tilo de viver) como estamosdispostos a contribuir para amelhoria da qualidade devida à nossa volta.

Para atingir esse objetivo,é necessário que aproxime-mos ao máximo nossa famí-

lia do Rotary, trazendo nossas mulhe-res, nossos filhos, genros e noras, alémdos demais familiares que comun-guem desse sentimento de boa von-tade e de compromisso que deve ca-racterizar nossa atuação dentro da or-ganização, para ajudar-nos a consoli-dar os nossos objetivos de rotarianos.Alguns deles inclusive poderão tornar-se rotarianos também, outros pode-rão aderir aos nossos programas volta-dos para a juventude, como o Interact,o Rotaract ou o programa de Inter-câmbio de Jovens, e ainda o progra-ma Voluntários do Rotary.

Essa aproximação tem que partirdo próprio rotariano, que precisa le-var para dentro de sua casa informa-ções que valorizem e justifiquem ofato de ele ser rotariano, e que mos-trem à sua família o que ele e outrosassociados fazem em todo o mundo.Uma das formas de se fazer isso épromover o acesso de toda à famíliaà literatura rotária disponível, come-çando pela nossa Brasil Rotário.

Também é preciso deixar de ladouma tendência comum em muitos clu-bes de restringir o universo rotário aospróprios rotarianos. Esses clubes reali-zam esporadicamente reuniões festi-vas com a presença das mulheres e

dos familiares, sem prolongar essesrelacionamentos na vida diária atra-vés de encontros domiciliares eeventos de companheirismo ondeseja possível fortalecer os laços deamizade que identificam as pessoascom os propósitos do Rotary.

Os encontros e as chamadasreuniões domiciliares tiveram gran-de sucesso nos clubes onde foramincorporados e criaram entre seussócios um salutar entrosamento queresultou no fortalecimento dos pró-prios clubes, além de mobilizar re-cursos humanos para campanhasque eles desenvolveram posterior-mente. O apoio às Casas da Ami-zade e Associações de Senhoras deRotarianos – um movimento quesempre existiu no Brasil – não podese restringir a contribuições em di-nheiro para que elas sobrevivam. Énecessário acompanhar mais deperto sua atuação, correlacionar otrabalho que realizam com o espí-rito do Rotary e valorizar o serviçovoluntário à comunidade que elasdisseminam generosamente.

Como vêem, há muita coisa queprecisamos fazer para atrair a famí-lia para nossa messe e cumprir onosso compromisso de correspon-der ao que se espera de nós dentroe fora dos nossos quadros. Compro-misso que só terá consistência seconsiderarmos a família como a de-finiu o grande poeta inglês sirWalter Scott: “Um elo de prata, laçode seda, que coração a coração, emente a mente, no corpo e na almapode atar”.

* O autor é EDRI, sócio do RC deBelo Horizonte, MG (D.4520) emembro do Conselho Emérito daBrasil Rotário.

Uma das formas de aproximar a família

do Rotary é levar aos seus familiares

a literatura rotária disponível,

começando pela Brasil Rotário

A família dorotarianoCostumamos dizerque a Família Rotáriaé uma ampliação denossa própria família.O fato é que as duas encontram afelicidade quando cada um dos seusmembros, independente de sua ida-de ou nível de maturidade, age comconsideração e respeito em relaçãoà natureza individual e específica detodos os outros. Como acontece emcasa, a Família Rotária também seajusta quando promove a interaçãode todos os seus membros, aprimo-rando os sentimentos que uns têmpelos outros e vivificando os laçosque a integram na vida cotidianapara dar-lhes sentido e utilidade.

Os valores espirituais com osquais o Rotary alavanca suas açõesdizem respeito à lealdade, ao forta-lecimento da família, ao serviço àscomunidades local e internacional.Significam dedicação e compromis-so com as causas que fazem o mun-do melhor, como a generosidadepara com os que têm necessidadesque não podem superar sozinhos,com a humildade e o sacrifício paracriar em torno de cada ser humanoa aura de respeito mútuo e compre-ensão que são as bases da paz socialque tanto almejamos.

Isso tudo nos leva a considerarseriamente os nossos compromis-sos com os que irão nos suceder.

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BRASIL ROTÁRIO 15

Escritório do RI no BrasilHome page:http://www.rotary.org.br

EndereçoRua Tagipuru, 209 São PauloSP – Brasil – CEP 01156-000Tel: (11) 3826-2966Fax: (11) 3667-6575Horário: 2ª a 6ª,de 8h00 às 17h00

GerenteCelso Fontanelli [email protected]

Quadro Social (Assistênciaaos Governadores deDistrito e aos Clubes)Carlos A. Afonso [email protected]

Supervisor daFundação RotáriaEdilson M. Gushiken [email protected]

Supervisora FinanceiraSueli F. Clemente [email protected]

Encomendas dePublicações, Materiais eProgramas AudiovisuaisElton dos Santos [email protected].: (11) 3826-2966Fax: (11) 3667-6575

Rotary InternationalSecretaria (Sede Mundial)1560 Sherman Avenue,Evanston,Il 60201 USAPhone: 00-21-1847 866-3000Fax: 00-21-1847 328-8554Horário: 8h30 às 16h45 (horáriode Washington)

A Seu ServiçoA Seu Serviço

Informe do

RI aos

rotarianos

Informe do

RI aos

rotarianos

Próxima convenção do RI: SaltLake City, EUA, de 17 a 20 dejunho de 2007.

Possíveis locais de futurasconvenções: Los Angeles, EUA,2008; Seul, Coréia do Sul,2009; Montreal, Canadá, 2010;Nova Orleans, EUA, 2011; Ban-coc, Tailândia, 2012; e Sydney,Austrália, 2014.

A soja muda o HeratCom somente um ano de existência, o RC de Herat –

localizado na cidade que lhe dá nome, no sudoeste doAfeganistão – vem desenvolvendo com sucesso um pro-jeto agrícola que está beneficiando dezenas de milharesde pessoas e mudando a economia da região. O projetoconsiste em reduzir a má nutrição da população e aju-dar os fazendeiros locais a adquirir competitividade in-ternacional.

No início, o ex-presidente do clube, Sadiq Tawfik, em-pregou recursos próprios no projeto. Mais tarde, o clubeobteve o apoio do ministro da Agricultura do Afeganistãoe da ONG norte-americana NEI – Nutrition and EducationInternational – numa concorrência para introduzir a sojacomo novo tipo de alimento e geradora de lucros. A NEIé uma das entidades líderes no esforço de reduzir osalarmantes índices de desnutrição no Afeganistão, e seupapel tem sido conferir o apoio técnico e material aoprojeto do Rotary.

Em abril, especialistas em nutrição e no cultivo desoja da NEI e da Universidade de Illinois promoveram otreinamento de 80 fazendeiros e agrônomos afegãos du-rante um seminário patrocinado pelo Rotary. O RC deHerat fez um adiantamento em dinheiro aos produtores,entregou certificados de freqüência e distribuiu 15 tone-ladas de sementes de soja adquiridas no vizinhoPaquistão.

Outra importante iniciativa ruralAgora é o Rotaract do Panamá que está executando

um ambicioso projeto humanitário: proporcionar o au-mento de atividades geradoras de renda em cinco co-munidades rurais economicamente muito pobres do país.Nos fins de semana, sócios do clube deixam a capital, aCidade do Panamá, e atravessam as montanhas paraentregar materiais de construção para fazendas auto-sustentáveis nas cidades de Las Huacas, Luisa, Los Vallesde Cañazas, Los Guarumos e Llanas Arriba. Além disso,o clube já forneceu fertilizantes, sementes e ferramen-tas para facilitar o plantio no início da estação chuvosa,em junho.

Quando o projeto estiver concluído, cada uma daspequenas fazendas permitirá que os participantes culti-vem seu próprio alimento e vendam o excedente para

fazer caixa. A iniciativa de apoiar o projeto é um des-dobramento da missão médica anual do Rotaract. De-pois de muitos anos patrocinando visitas de agentesde saúde na área rural do Panamá, os rotaractianosconcluíram que seus projetos de serviço causariammais impacto se voltados para aliviar a pobreza. Tudoisso foi possível porque o clube se emparceirou com oRotaract Club de South Perth, da Austrália e – com aajuda de outro clube australiano, o RC de Mill Point –obteve um Subsídio Equivalente de US$ 33,347.00da Fundação Rotária.

Seja apresentador na convençãoMais um motivo para você ir à 98ª Convenção In-

ternacional do Rotary, que será realizada entre 17 e20 de junho de 2007 nalinda capital do estado nor-te-americano de Utah,Salt Lake City: ser umapresentador de Grupo deDiscussão.

Ainda existem algunsespaços livres para clubes,distritos e Grupos de Inter-conexão Global para aapresentação de gruposde discussão sobre saúdee fome; alfabetização; ad-ministração de recursoshídricos e família rotária.

GRUPO DEafegãosque estãolucrandocom oprojetoagrícola doRotary

O CENTRO deConvenções de Salt Lake,bem no centro da cidade,oferece espaços amplose alta tecnologia

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16 DEZEMBRO DE 2006

Ênfases presidenciaisno Instituto de Atibaia

Newton Camargo Moraes*

Imagem Pública e Alfabetização foram dois dos temas abordados

Ao abordar esse tema na plenária de abertura, ocoordenador do RI da Comissão de Imagem Públicado Rotary para a América Latina, EGD Fernando Anto-nio Quintella Ribeiro, com a experiência de seus 38anos de jornalismo, deixou claro que ainda estamosmuito longe do ponto ideal nesse cam-po. Para ele, ainda agimos com um certoamadorismo.

O resultado é que, mesmo tendo emmãos bons projetos, perdemos grandesoportunidades de buscar o apoio da mídia,onde seria fácil mostrar e valorizar o quesomos e o que fazemos. Temos ainda di-ficuldade para lidar com ações ou fatosque atingem negativamente a imagem doRotary, onde nos falta, na maioria dos ca-sos, capacidade de analisar, decidir eadotar respostas rápidas e contundentes,sem deixar a dúvida instalar-se na cabe-ça do público externo. Precisamos deixar claro o nosso po-sicionamento desde os primeiros momentos do problema.Só assim manteremos a credibilidade junto às comunida-des onde atuamos.

Ao falar sobre a boa notícia, ele destacou a inérciada maioria dos clubes e distritos no contato com a mídia.“Todos conhecemos os excelentes trabalhos desenvolvi-dos pelos Rotary Clubs em todos os quadrantes do Bra-sil”, ele disse. “No entanto, muitos dirigentes preferemimpor um silêncio indevido na divulgação junto às comu-nidades sobre o quanto eficazes nós somos em nossotrabalho voluntário. Com isso, deixamos de sensibilizarfuturos rotarianos e não motivamos nosso próprio qua-

dro social”, esclarece Quintella. “Precisamos acabar comessa visão prejudicial de humildade e partir para a comuni-cação agressiva sempre que tratarmos do que realizamosem benefício da sociedade”, sentenciou o dirigente.

No caso de problemas que tragam prejuízos à imagemde nossa organização, a receita é simples:só um porta-voz qualificado deve falar com amídia. Caso contrário, a situação poderá seagravar. “Devemos ter muita cautela ao lidarcom situações embaraçosas – e elas às ve-zes aparecem”, lembrou o expositor. “Antesde qualquer declaração oficial, os fatos pre-cisam ser apurados com rapidez, e a partirde fontes confiáveis. Uma palavra indevidapode tornar o reparo impossível”, afirmouFernando Quintella.

Ao final de sua palestra, ele sugeriu acriação de um Comitê Nacional de Relacio-namento com a Mídia, integrado por profissio-

nais da área, cujo trabalho seria tratar com profissionalismoas situações de crise. No grupo de discussão, 58 rotaria-nos de 24 distritos, inclusive um de Portugal, se fizerampresentes, e tomaram parte nos debates sob a presidênciado EDRI José Alfredo Pretoni, tendo como moderador o EGDNaylor André C. Lima. Atuaram como secretários os EGDsMaura Amábile Queiroz e José Luiz Toro da Silva.

Ficou claro que o Rotary goza de bom conceito perantea sociedade. Somos éticos e respeitados. No entanto, nãosomos bons vendedores e, por isso, será necessário recru-tar novos sócios na área da comunicação social. Sem dúvi-da, uma boa imagem pública do Rotary propiciará um au-mento do quadro social.

As ênfases do presidente William B. Boyd para 2006-07 – Ima-gem Pública do Rotary, Saúde e Fome, Preservação dos Recur-sos Hídricos, Alfabetização e Família Rotária – mereceram umtratamento diferenciado no XXIX Instituto Rotário do Brasil. Naparte da manhã, cada expositor dispôs de 20 minutos, e àtarde ocorreram os grupos de discussão, com duas horas deduração. Nesta edição, vamos nos ocupar da Imagem Públicado Rotary e de Alfabetização.

IMAGEM PÚBLICA DO ROTARY: COMO INTERAGIR COM A MÍDIA

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BRASIL ROTÁRIO 17

Esse tema foi desenvolvido peloEGD Jório Coelho, que tem se dedi-cado com afinco nessa área divul-gando o método CLE, base do nos-so conhecido Lighthouse. O pales-trante começou dizendo que o pro-blema da alfabetização é sério epreocupante, e toda vez que umaeleição se aproxima, um rosário depropostas vagas sobre educaçãoaparece. Se algum dia o Rotay In-ternational pretender abraçar essacausa, que é gigantesca, necessi-tará estar bem preparado.

Na sua opinião, “um programa de combate ao analfa-betismo tem por base o princípio de que a alfabetização é,essencialmente, tornar-se capaz de ler e escrever textos eutilizá-los de maneira eficaz”. “Considero esse o primeiro efundamental princípio que temos que adotar. Caso contrá-rio, estaremos apenas aumentando as fileiras dos analfa-betos funcionais”, disse.

Em segundo lugar, pode-se afirmar que a maioria dosrotarianos desconhece a realidade educacional brasileira.Jório Coelho apresentou a pesquisa “A Escola Vista porDentro”, realizada por João Batista Araújo e Oliveira, ex-secretário-geral do ministério da Educação, e por SimonSchwartzman, ex-presidente do IBGE, que tentou descobriro que é considerado normal entre professores, escolas esistemas de ensino, destacando que:

� no Brasil, é normal o aluno não cumprir o ano letivo,como também é normal perder de 30% a 40% dos alu-nos sem que eles adquiram os conhecimentos para pros-seguir os estudos;� é normal colocar alunos em classes onde eles nãoconseguem acompanhar o conteúdo e o ritmo dos tra-balhos, bem como passar dever de casa que necessiteda ajuda dos pais, mesmo sabendo que eles não po-dem ajudar;� é normal começar o ano letivo sem professores de-signados para as turmas, e culpar os alunos e os paispelo fracasso na escola.

Como vemos, essa é uma tarefa de difícil solução eque requer uma mudança dura e ampla, com uma aborda-gem técnica e específica por parte de quem atua do ramoda educação. Pesquisas mostram que 78% da populaçãocom 15 anos ou mais têm, no máximo, o ensino funda-mental completo; que apenas 14% completaram algumano do ensino médio, e que somente 7,5% cursaram (semnecessariamente completar) o ensino superior. Além dea média de estudo no Brasil – 4,9 anos – ser muito

Decisões do grupo

ALFABETIZAÇÃO, UM CAMINHO PARA A PAZ

baixa quando comparada com a de outros países.Com gráficos e tabelas, o EGD Jório Coelho apresen-

tou resultados de pesquisas avançadas nesse campo,que definem os contornos do problema: “Ainda há muitoo que se fazer no Brasil, pois tanto as escolas públicascomo as privadas têm falhado no processo de alfabe-tização”.

O livro “Teaching All The Children to Read” (“Ensinan-do Todas as Crianças a Ler”, em inglês), que apresenta ametodologia CLE, destaca o fato de que os altos índicesde fracasso escolar se devem mais ao que ocorre na salade aula do que à origem dos alunos e/ou à falta de con-tato prévio deles com a leitura e a escrita. É por isso quea primeira proposta da metodologia CLE é mudar a rotinatradicional da sala de aula, através do desenvolvimentode atividades em que os alunos aprendem a ler e a es-crever ao mesmo tempo em que adquirem habilidadesnão-lingüísticas úteis para sua vida cotidiana. Dessa forma,eles adquirem gosto pela leitura e pela escrita e se tornamagentes da própria aprendizagem – este é o segredo.

Ainda é pequeno o envolvimento de rotarianos nessatarefa que exige muita dedicação e persistência para queos resultados apareçam. O total de projetos Lighthouserealizados ou em andamento é pequeno: apenas quatro.

1 – Convidar profissionais da área de comunicação paraintegrarem os quadros do Rotary

2 – Criarmos nos distritos rotários um bureau de comuni-cação local, preferencialmente com um jornalista con-tratado, e buscar acesso aos meios de comunicação

3 – Aproveitar eventuais espaços oferecidos pela mídia,seja através de colunas em jornais, participações emprogramas de rádio ou TV locais, a fim de divulgarmosnossas ações

4 – Evitarmos que o Rotary esteja presente em colunassociais ou em espaços que exacerbem o culto ao

personalismo, pois deve ser dada mais ênfase àsações da instituição em lugar das pessoas

5 – Estimular os clubes a serem eficazes, pois somen-te eles podem produzir notícias que contribuam paraa melhoria da imagem pública da nossa organiza-ção

6 – Criarmos nos clubes e distritos uma vitrine de boasrealizações

7 – Dar maior apoio à Comissão da Imagem Pública doRotary International e que seus membros tenhamum mandato de três anos

1 – Buscar parcerias e convênios com o MEC, com os gover-nos estaduais e municipais, e as empresas

2 – Localizar os analfabetos adultos, usando a justiça elei-toral para obter a relação de analfabetos com mais de16 anos

3 – Identificar o público-alvo4 – Criar locais para a formação de professores e assis-

tentes preparados para a aplicação do método CLEque possam funcionar como um centro para essasatividades

5 – Traduzir e divulgar o livro base da metologia CLE (o jácitado “Teaching All the Children to Read) para que elesirva de suporte técnico para os professores

Foram essas as conclusões do grupo presidido pelo EDRIMário de Oliveira Antonino, moderado pelo EGD NadirZacarias e secretariado pelos EGDs Raimundo Lobato eAlcides Serzedelo, que contou ainda com a participaçãoespecial do Coordenador da Área 19, da Argentina, EGDDaniel Gonzales.

* O autor é EGD, sócio do RC de São José dos Campos-Oeste, SP(D.4600) e foi diretor de Programas do XXIXInstituto Rotário do Brasil.

Decisões do grupo

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18 DEZEMBRO DE 2006

Crescimentoeconômico egasto públicoEdson Cordeiro da Silva*

Quando se pretende relacionar o crescimentodo Brasil com o gasto público do país, é ne-cessário considerar, pelo menos, quatro va-riáveis: o ônus tributário, que vem aumen-

tando constantemente; a burocracia; os juros da dívi-da pública; e o desperdício e a má aplicação dos nos-sos recursos financeiros, parte dos quais envereda porcaminhos indesejados.

Grande parcela da renda nacional total, conhecidacomo PIB – o Produto Interno Bruto, que representa asoma de toda a riqueza produzida no país – tem sidoutilizada diretamente pelo governo para custear seufuncionamento. Atualmente, 39% do nosso PIB (sob aforma de carga tributária) são despendidos para man-ter a máquina administrativa governamental em mar-cha. Consultando dados e informações sobre as des-pesas do governo, verificamos que elas equivalem acerca de 42% do PIB. Ou seja: o governo gasta maisdo que arrecada, e acaba cobrindo essa diferença coma emissão de títulos da dívida pública, e naturalmentepagando os respectivos juros.

Assim, tem ocorrido o inevitável aumento da dívidae, como conseqüência, da dificuldade para contarmoscom recursos destinados a investimentos na produção,infra-estrutura e logística do país. Falando em núme-ros, não podemos negar que a dívida pública brasilei-ra decuplicou em pouco mais de dez anos, passandode R$ 96 bilhões em 1994 para R$ 1 trilhão recente-mente – o equivalente a 50,3% do nosso PIB. Para opagamento dos juros dessa dívida foram gastos, em2005, R$ 160 bilhões, aproximadamente 8% do nossoPIB. Sabe-se que os juros nominais brasileiros, de acor-do com o Banco Central, são atualmente de 13,75%ao ano, o que corresponde, em termos reais, descon-tando-se a inflação, a 9,3% ao ano. São juros bastan-te elevados em termos internacionais.

Na verdade, embora seja divulgado que alguns se-tores do governo trabalham fortemente para desen-volver o processo de crescimento econômico do país,parece-nos da maior importância assinalar que estecrescimento poderia ser muito mais rápido e eficaz namedida em que fosse possível promover o corte nosgastos correntes (como pessoal, custeio, terceirizaçãoe previdência), bem como um forte combate ao des-perdício e à burocracia administrativa e fiscal. Com isso,estaríamos privilegiando um maior orçamento para in-

vestimentos em educação, saúde, infra-estrutura e empolíticas de geração de emprego e renda em massapara a população.

Reforma tributáriaO atual modelo econômico, objeto das mais varia-

das considerações por parte de especialistas e não es-pecialistas, leva a crer que o governo poderia estabe-lecer um plano de metas para a redução dos gastospúblicos, de modo que o país pudesse contar com umaumento significativo de recursos financeiros para in-vestir em produção, infra-estrutura, logística, segurançapública, habitação popular e transporte de massa.Muito ouvimos sobre a reforma tributária, uma provi-dência tão discutida e solicitada pelos agentes que podese responsabilizar pelo crescimento econômico com pro-moção de justiça social. O ajuste da ordem tributária,todos sabemos, deve contar necessariamente com um

Crescimentoeconômico egasto público

País precisa reduzir dívida interna, equilibrar as contas e priori-

zar investimentos em áreas como educação e infra-estrutura

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BRASIL ROTÁRIO 19

grande esforço de autoridades, políticos e do setor em-presarial. É preciso haver uma vontade coletiva nessesentido.

Parece-me que esta compreensão vem ocorrendocom maior ou menor intensidade nos últimos anos,confirmando a complexidade da melhor solução. En-quanto as discussões e negociações da reforma tribu-tária prosseguem (e não se pode afirmar quando esta-rão concluídas), seria muito desejável se contássemos comum possível alívio na carga de impostos. Isso não é pedirmuito às nossas autoridades e políticos. Seria apenas oreconhecimento que esse país merece.

Continuando a destacar números importantes nocontexto deste trabalho, lembro, por exemplo, quenossa carga tributária alcançou 39,8% do PIB no pri-meiro semestre de 2006, o que aumentou a arrecada-ção em R$ 33 bilhões em comparação ao mesmo pe-ríodo em 2005. Um estudo elaborado pelo InstitutoBrasileiro de Planejamento Tributário mostra que aarrecadação federal atingiu um crescimento real de4,95% em 2005 (o equivalente a R$ 127 bilhões dereais), enquanto que a arrecadação dos estados apre-sentou um aumento real de 5,1% (R$ 5 bilhões) nomesmo ano.

No primeiro semestre de 2006, os tributos federais

totalizaram R$ 269,5 bilhões, representando 69% detoda a tributação arrecadada no país. Os tributos es-taduais chegaram a um total de R$ 103 bilhões (26%do total), e os municipais, R$ 20,3 bilhões (5% do to-tal). Constata-se, assim, que o crescimento real da ar-recadação tributária tem sido superior ao crescimentodo PIB, significando – como nos mostram os númeroscitados – que cada cidadão brasileiro está trabalhan-do, em média, mais de quatro meses para pagar ostributos de sua responsabilidade.

A possibilidade de se controlar as despesas gover-namentais, diminuir a carga tributária, atenuar a bu-rocracia administrativa – tanto para o mercado inter-no como para o externo, quando o assunto é exporta-ção – e a redução da nossa atual taxa básica de juros(que poderia estar em torno de 12% ao ano) permitiri-am ao Brasil crescer com o vigor desejado.

Em 2006, o Banco Central fez a estimativa de queterminaríamos o ano com uma taxa de inflação de4,5%. No entanto, ela será inferior a 4% . O índice decrescimento nacional projetado, previsto para 4% em2006, deverá ser de no máximo 3%. Apenas para efei-to de comparação, levando-se em conta um relatóriodivulgado recentemente pelo Fundo Monetário Interna-cional, o crescimento médio mundial em 2006 deverá serde 5,1%, e o crescimento dos chamados países emer-gentes deverá alcançar 6,4% no mesmo período. A Chi-na lidera a classificação geral, devendo crescer 9,5%; aArgentina, 7,5%; a Índia, 7,3%, e o Chile, 5,5% de cresci-mento. Lamentavelmente, concluímos que o Brasil nãoestá numa situação favorável, em que pesem as notáveiscondições de crescimento oferecidas pelo nosso país.

Crescimento com educaçãoTodos nós temos a convicção de que nosso país

pode crescer muito mais. Para isso, basta trabalhar-mos bem e sempre. É da maior importância planejar-mos adequadamente os nossos empreendimentos eexecutá-los a tempo e a hora, honrando com todo ocuidado os contratos firmados e administrando comseriedade os recursos públicos. A promoção e o incen-tivo às Parcerias Público-Privadas – ainda em compas-so de espera, carecendo de um processo regulatórioconfiável – poderia significar um alento para o nossodesenvolvimento. É inquestionável que a educação (en-tendida como ensino fundamental, médio, técnico esuperior) deverá ser sempre o objetivo primordial dequalquer governo. Prestigiá-la em toda sua extensão éa garantia segura de um bom futuro. Um grande paísse constrói com um pesado e contínuo investimentoem educação de qualidade.

O estabelecimento de metas de crescimento para opaís, com medidas práticas e imediatas para o indispen-sável corte de gastos e a instituição de objetivos claros narelação entre dívida líquida e PIB (que poderia estar emtorno dos 40% do Produto Interno Bruto), seguramentepossibilitaria muito mais desenvolvimento e criação deempregos e renda em massa (o que é fundamental parao atual momento do país), permitindo que o Brasil final-mente tivesse condições para decolar.

O primeiro problema que precisamos resolver, ecom urgência, é o do crescimento econômico combases sustentáveis, sem que fiquemos na rabeira dosdemais países da América Latina e de tantas outrasnações em relação às taxas de crescimento.

*O autor é economista e sócio do RC do Rio de Ja-neiro, RJ (D. 4570).

RODRIGO

Page 22: Brasil Rotário - Dezembro de 2006

20 DEZEMBRO DE 2006

Aumenta de

importância, a

cada dia, a língua

criada por Zamenhof

no final do século 19

José Alves Fortes*

Em algum lugar de um passado longínquo, o pode-roso rei Nemrod, para provar sua incomensurávelforça, mandou construir uma torre que, de tãoalta – posto que infinita – haveria de ser o cami-

nho para instalar seu reino no céu, de onde passaria adominar os povos da Terra: a Torre de Babel. A certaaltura, ele pegou seu arco e arremessou uma flecha deouro contra Deus, desafiando o senhor de todas as coi-sas, aquele que arquitetou o Universo.

Imediatamente, os raios cruzaram o firmamento e,como castigo a tamanha insanidade e desrespeito, o Cri-ador fez com que as centenas de obreiros e escravosenvolvidos na construção da torre começassem a falarlínguas diferentes, impossibilitando assim qualquer com-preensão entre eles. Os encarregados pediam água elhes traziam pedra, pediam madeira e recebiam barro,e assim por diante, até que tudo se desmoronou.

Desde então, a humanidade vem refletindo a Torrede Babel, tais os conflitos e divergências culturais enrai-zados há séculos nas mentes, nos espíritos e nos cora-ções dos homens.

CL 2004 e o EsperantoO Conselho de Legislação – que é o parlamento do

Rotary International – é convocado a cada três anos.Em 2004, ele aconteceu na histórica cidade de Chicago,nos EUA, berço de nossa organização. Um dos delega-dos brasileiros, o EGD José Marques Zago, intérpretedas aspirações do distrito 4530, defendeu um Projetode Resolução propondo que a língua esperanto fossereconhecida pelo board do RI como mais um instru-mento de aproximação entre as nações rotárias. Decidiapoiá-lo, indo também à tribuna do conclave. Não lo-

Esperanto é umanseio de paz

gramos o êxito esperado. Entretanto, jamais me arre-pendi daquele gesto por conhecer, em muitos distritosdo nosso país, a crescente prática e simpatia por esseidioma, por insignes personalidades, rotárias ou não,e figuras públicas portadoras de inquestionávelcredibilidade.

Em Minas Gerais, citaria o EDRI Hipólito Sérgio Ferreira,o ex-reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora JoséPassini, que oficializou o esperanto no Curso de Letras, oprofessor Maurício Santiago Couto, matemático de reno-me, e o líder esperantista Elio Lopes de Oliveira.

ZAMENHOF (1859-1917) CRESCEU

na cidade de Bialystok, na qual se

falavam muitas línguas, gerando

dificuldades de compreensão entre

as diversas comunidades

Page 23: Brasil Rotário - Dezembro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 21

Para minha alegria de professor de inglês e simpati-zante do esperanto, deparei com um excelente artigona página 32 da The Rotarian de fevereiro, mês da com-preensão mundial, parte de uma ampla reportagem so-bre a necessidade de se aprender algum idioma, alémdo nativo, como instrumento capaz de aproximar aspessoas e as nações na busca da paz. O texto detalha otrabalho que rotarianos amantes do esperanto vêm de-senvolvendo desde 1928, quando foi criado o Grupode Companheirismo Mundial de Esperantistas. Meu gran-de interesse pelo assunto levou-me a traduzir este artigopara o português.

Uma língua comumDesde que foi criado em 1928, o Grupo de Compa-

nheirismo Mundial de Esperantistas tem trabalhado parafavorecer o entendimento entre as pessoas de diferen-tes origens. Aproximadamente 100 membros desse gru-po – o primeiro no Rotary – usam o esperanto paraestabelecer amizades e cultivar a compreensão e a boa-vontade internacionais. Membros do grupo falam emRotary Clubs, publicam um jornal informativo e organi-zam estandes nas convenções internacionais.

O esperanto foi desenvolvido como idioma em 1887pelo médico Ludwig Lazar Zamenhof, que estava trans-tornado pelo ódio racial entre os alemães, judeus, rus-sos e poloneses em sua cidade natal, hoje conhecidacomo Bialystok, na Polônia. Zamenhof escreveu em umacarta: “Este lugar onde eu nasci e passei minha infânciadeu a direção para todos os meus esforços futuros. Nes-ta cidade, mais que em qualquer lugar, um indivíduoobservador sente a forte carga das diferenças lingüísticase é convencido, todo o tempo, de que a diversidade daslínguas é a única ou, pelo menos, a principal causa quesepara a família humana e a divide em gruposconflitantes. Eu continuei dizendo a mim mesmo que,quando fosse crescido o bastante, certamente lutaria paradestruir esse mal”.

Aos 19 anos de idade, Zamenhof tinha criado suaprópria língua como uma forma de unir as pessoas dediferentes origens raciais. Com base no latim e nas lín-guas derivadas dele – as chamadas línguas românticas –no esperanto cada palavra é pronunciada exatamenteda forma como é escrita, e não há letras surdas. Os subs-tantivos não têm gênero e terminam em o; há somenteuma conjugação verbal; todos os plurais são formadosda mesma maneira; e um prefixo pode ser adicionado

a qualquer palavra para transformá-la em seu oposto.O número de pessoas que falam o esperanto não é

preciso. Estimativas oscilam entre 100 mil e 8 milhões,com um levantamento fixando o número em 2 milhões.Entre as pessoas notáveis que falam o esperanto, estãomuitos vencedores do Prêmio Nobel, a campeã do Mun-dial Feminino de Xadrez, ZsuZsa Polgar, e Tivadas So-ros, pai do financista George Soros. Em 1965, o astro daTV William Shatner – o Capitão Kirk do seriado norte-americano “Jornada nas Estrelas” – trouxe essa línguapara a indústria cinematográfica ao protagonizar um fil-me de terror (que acabou tornando-se cult) todo faladoem esperanto: “Incubus”. No front literário, livros como“O Senhor dos Anéis” e “Cem Anos de Solidão”, assimcomo as peças teatrais de Shakespeare, foram traduzi-dos para o idioma.

E quase todo ano, desde 1905, um congresso inter-nacional de esperanto tem sido realizado em algumacidade do mundo – em 2006, o encontro aconteceu emFlorença, na Itália. No primeiro congresso, ocorrido na Fran-ça, Zamenhof discursou para 688 falantes de esperanto,oriundos de 20 países. “Nós mostraremos ao mundo queo entendimento entre as pessoas de diferentes nações éperfeitamente possível”, ele disse. “Deixemos que venhamaté nós aqueles que afirmam que uma língua neutra, pro-duzida pela inteligência, não pode prosperar. Eles muda-rão de idéia – e se converterão”.

*O autor é EGD, sócio do RC de Além Paraíba, MG(D.4580), vice-presidente de Marketing da CooperativaEditora Brasil Rotário e Country Representative do pro-jeto-piloto Novos Modelos de Rotary Clubs no Brasil.

No esperanto, a

palavra é pronunciada

exatamente da forma

como é escrita, e

não há letras surdas

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22 DEZEMBRO DE 2006

Mutirão pelaalfabetização

Mutirão pelaalfabetização

Posição incômodaSetenta e cinco por cento desses analfabetos adultos

vivem em 12 países: Brasil, Bangladesh, China, Egito, Etiópia,Índia, Indonésia, Irã, Marrocos, Nigéria, Paquistão e Re-pública Democrática do Congo. Essa posição incômodado nosso país – contribuindo com cerca de 16 milhões deadultos analfabetos – pode ser revertida. Aliás, isso podecomeçar agora com a escolha da alfabetização como temado 14º Concurso de Monografias para Professores, pro-moção da revista em parceria com a Folha Dirigida, queestá sendo lançado nesta edição.

A largada“Todos sabemos da grande força multiplicadora dos

professores e não poderíamos ter um início melhor parao nosso mutirão pela alfabetização”, declarou com oentusiasmo que lhe caracteriza o coordenador do con-

curso, EGD Edson Avellar da Silva, ao grupo de rotaria-nos que estão colaborando na promoção deste ano.“Convoco os companheiros de todos os Rotary Clubsdo Brasil para se juntarem nesse esforço. O mutirão éde todos nós e sei que o nosso chamamento será aten-dido, pois conheço de perto a capacidade de ação ea determinação dosrotarianos desde 1993,quando exerci a go-vernadoria do distrito4570”, acrescentouEdson Avellar, que tam-bém é o gerente-exe-cutivo da CooperativaEditora Brasil Rotário.

Avellar dá várias su-gestões aos leitorespara a materializaçãodo mutirão, partindoda divulgação do con-curso de monografiasjunto a cada um dos professores das escolas das redespública e privada de sua cidade, passando pela pesqui-sa de um local para reunir os adultos – pode ser até nolocal de trabalho deles – e distribuindo largamente omaterial de promoção nas entidades de classe eagremiações das comunidades. Esse material é constitu-ído por cartazes e o regulamento do concurso, e deveser solicitado à Brasil Rotário através de:

e-mail: [email protected]: (21) 2509-8130

telefone: (21) 2509-8142, ramal 211 epelo Correio: Av. Rio Branco, 125, 18º andar,

Rio de Janeiro, RJ – CEP 20040-006

ColetâneaEstá em fase final de produção o livro que é uma

coletânea de textos referenciais. A BR informará quan-do ele poderá ser solicitado.

LighthouseEdson concluiu sua exposição ao grupo de companhei-

ros recomendando a aplicação da metodologia CLE(Concentrated Language Encounter) – base do nosso co-nhecido Lighthouse – na tarefa de alfabetização, por sermais prática, econômica e rápida. Todos os passos dametodologia estão na matéria “CLE, proposta de alfabeti-zação para países em desenvolvimento”, de autoria da pro-fessora Glória Maria Guiné de Mello, publicada na ediçãode junho deste ano, páginas 6 a 9. Não encontrando oexemplar em seu clube, solicite uma cópia à Brasil Rotário.

Mutirão pelaalfabetizaçãoA alfabetização tem sido uma das ênfases devários presidentes do Rotary International, entreeles o atual, William B. Boyd. O assunto é sério eo desafio é grande. Segundo a Unesco (Organi-zação das Nações Unidas para a Educação, aCiência e a Cultura), mais de 770 milhões de adul-tos no mundo são analfabetos, sendo a maioriamulheres. Acrescente-se a esse número cerca de100 milhões de crianças.

“Conto com vocês – professor,

governador de distrito,

presidente de clube e demais

leitores – para o sucesso do

Mutirão da Alfabetização.

Vamos ganhar essa guerra!”

MENSAGEM FINAL DOEGD EDSON AVELLAR DA SILVA

NINJA

Page 25: Brasil Rotário - Dezembro de 2006

REGULAMENTO

Período Rotário 2006-2007

14o Concurso de Monografias Brasil Rotário para Professores

Informações e subsídios no Rotary Club da sua cidade ou na Brasil Rotário: Av. Rio Branco, 125 - 18º andar, Rio deJaneiro, RJ, CEP 20040-006 Tel.:(0XX) 21 2509-8142 Fax:(0XX) 21 2509-8130/e-mail:[email protected]

I. OBJETIVOCorreto entendimento, apreço e o apoiodos professores e da comunidade aosobjetivos de Rotary e a seus projetos, pro-gramas e realizações.

II. TEMA“ROTARY e a Alfabetização”.

III.MATÉRIAA matéria deverá expressar o pensa-mento do autor sobre a contribuição doRotary efetivada através de projetos, pro-gramas e realizações dos clubes rotáriose seus parceiros.A matéria deverá, também, sugerir ca-minhos, posições e indicar projetos paraos clubes rotários e seus parceiros, comênfase para as áreas de alfabetização fun-cional.

IV. PARTICIPANTESProfessores em atividade ou que já te-nham comprovadamente exercido o ma-gistério, não podendo concorrer aque-les que sejam associados de clubesrotários.

V. INFORMAÇÕES E SUBSÍDIOSPoderão ser obtidos nos clubes de Rota-ry ou em outras instituições rotárias comoRotaract, Interact e Casa da Amizade,locais.Se necessário, contatar a revista BrasilRotário: Av. Rio Branco, 125/18º andar,Cep: 20040-006, Rio de Janeiro - RJ -Telefone: (21) 2509-8142 - Fax: (21)2509-8130 - e-mail: [email protected] - que poderá fornecer osendereços das unidades rotárias e sub-sídios.

VI. APRESENTAÇÃOEm língua portuguesa, gramaticalmentecorreta, datilografada ou digitada, emespaço simples, corpo 12, devidamentenumeradas, com no mínimo 10 (dez)laudas e no máximo 20 (vinte) laudas(excluindo, às relacionadas com a bibli-ografia, tabelas, gráficos, ilustrações eanexos).

VII. SIGILO1 - Os trabalhos deverão ser remetidosem duas vias, sob pseudônimo, para:Brasil Rotário - Av. Rio Branco, 125/18º

andar, Cep: 20040-006, Rio de Janeiro– RJ, constando no envelope os dizeres:“14º Concurso de Monografias”.OBS: Qualquer ação que permita a iden-tificação do concorrente implicará na suaeliminação sumária do concurso.

2 - Em um envelope grande, além dasduas vias da monografia, deverá ser ane-xado outro envelope menor, devidamen-te lacrado, contendo um breve currículodo autor(a) da monografia com nomecompleto, endereço, telefones, e-mail eo seu pseudônimo; nome da pessoa quemotivou o autor(a) a participar do Con-curso, assessorou-o(a) ou intermediou aremessa do trabalho, seu nome e ende-reço. Sendo essa pessoa membro doRotary, Rotaract, Interact ou Casa da Ami-zade, o nome da unidade rotária à qualpertença.

VIII. PREMIAÇÃO1º LugarPrêmio Senador José Ermírio de MoraesR$ 5.000,00 (Cinco mil reais)2º LugarPrêmio Doutor Guilherme ArinosR$ 3.000,00 (Três mil reais)3º LugarPrêmio Doutor Jorge Gertum CarneiroR$ 2.000,00 (Dois mil reais)4º LugarPrêmio Professora Neli MendesR$ 1.500,00 (Hum mil e quinhentos reais)5º LugarPrêmio Governador Luiz MurgelR$ 1.000,00 (Hum mil reais)

DiplomasSerão conferidos Diplomas a todos os tra-balhos inscritos e que tiverem preenchi-do todos os requisitos do Regulamentodo Concurso.

Prêmios para os ClubesPara cada um dos Rotary Clubs do qualfaçam parte os rotarianos que motiva-ram, assessoraram os candidatos e/ouintermediaram a remessa dos trabalhosclassificados, serão concedidos prêmi-os para serem utilizados em projetos doclube.

1º Prêmio ................... R$ 2.000,00(Dois mil reais)

2º Prêmio ........................ R$ 1.500,00(Hum mil e quinhentos reais)

3º Prêmio ........................ R$ 1.000,00(Hum mil reais)

4º Prêmio ........................ R$ 800,00(Oitocentos reais)

5º Prêmio ........................ R$ 500,00(Quinhentos reais)

Prêmio Governador José Alves FortesSerá concedido um prêmio de R$2.000,00 (Dois mil reais) ao Rotary Clubque tiver intermediado a remessa do mai-or número de monografias. Ocorrendoempate, a premiação se fará pelo crité-rio da qualidade dos trabalhos.

IX. PRAZO1 - Os trabalhos devem chegar a BrasilRotário – ou serem postados –impreterivelmente, até o dia 30 de abrilde 2007.

X. JULGAMENTOOs trabalhos que atenderem aos requisi-tos deste Regulamento serão registradose julgados por uma Comissão constituí-da por rotarianos de todo o Brasil. O jul-gamento da Comissão é soberano, nãocabendo recurso.

XI. OUTORGA DOS PRÊMIOSO resultado do Concurso será anunciadoaté o dia 30 de maio de 2007. A outor-ga dos prêmios será realizada na institui-ção onde o professor/a lecione e/ou emum evento distrital do Rotary, com a pre-sença do governador do distrito e/ou re-presentante da Brasil Rotário, doprsidente do Rotary Club patrocinador, dodiretor do estabelecimento de ensino, alu-nos, rotarianos, rotaractianos, interactia-nos, meios de comunicação e, se possí-vel, em ato solene.

XII. DISPOSIÇÕES GERAISOs trabalhos remetidos e destinados aoConcurso não serão devolvidos.A critério da direção da revista, eles po-derão ser, oportunamente, publicados naRevista Brasil Rotário e na FolhaDirigida. Nesse sentido, os respectivosautores serão solicitados a preparar umaversão reduzida.Os casos omissos serão resolvidos pelaComissão Julgadora.

APOIOS:

BRASIL ROTÁRIO 23

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24 DEZEMBRO DE 2006

Apresença de autoridadesdiplomáticas no III Encon-tro de Rotarianos de Paísesde Língua Portuguesa, rea-

lizado simultaneamente ao Institu-to Rotário de Atibaia, resultou noreconhecimento da convergênciados objetivos e do potencial doRotary International com a CPLP– Comunidade de Países de Lín-gua Portuguesa, órgão de coope-ração sociocultural e político-eco-nômica dos países onde o portu-guês é falado. Motivado pela de-terminação demonstrada pornossa organização em prol damelhoria das condições de vidanos países da comunidade lusofô-nica, o secretário executivo adjun-to da CPLP, embaixador José Ta-deu Soares, incentivou a candida-tura da CIP/Plop – Comissão In-terpaíses Brasil-Portugal e demaisPaíses de Língua Oficial Portugue-sa – ao estatuto de ObservadorConsultivo na CPLP. A FRSP – Fun-dação de Rotarianos de São Pau-lo, apoiadora da CIP/Plop, forma-lizou uma solicitação nesse senti-do uma semana após a CPLP co-mentar tal parecer em sua home-page, no começo de setembro, des-tacando que a adesão poderá tra-zer “importantes contributos nosdomínios da cooperação para odesenvolvimento e da língua por-tuguesa”.

O idioma da

paz e do

desenvolvimento

Maior integração entre o Rotary e a CPLP vai criar

benefícios para todos os países que compõem

a comunidade de língua portuguesa

Gunter W. Pollack e Ricardo Conte*

A declaração do embaixador in-clui também o reconhecimento dosesforços do Rotary por meio deações efetivas, concentradas princi-palmente nos atuais grandes desafi-os dos rotarianos: a alfabetização, ocombate à fome e às doenças e oincentivo ao uso racional dos recur-sos hídricos.

A essa importante declaração,somou-se a manifestação do diretorda Divisão África II do ministério dasRelações Exteriores, ministro JoãoInácio Padilha, responsável pela áreaque inclui os países africanos de lín-

gua portuguesa, que destacou a im-portância do diálogo franco einterativo com a CPLP.

Esforços na área de saúdeA segunda sessão do III Encontro

de Rotarianos de Países de LínguaPortuguesa foi aberta pelo presiden-te da CIP, o EGD Eduardo de BarrosPimentel. Ele apresentou um audio-visual abordando os grandes desa-fios do Rotary na atualidade eensejou a discussão das experiênciascolhidas ao longo do período rotáriode 2005-06. Dentre os trabalhos

JOÃO INÁCIO Padilha, diretor da DivisãoÁfrica II do ministério das Relações Exteriores,ao lado do cônsul-geral honorário de Cabo Verde,Aguinaldo Paulo da Silva Rocha

Fotos: Sérgio Afonso

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BRASIL ROTÁRIO 25

de sucesso, foi destacada, na áreada saúde, a participação da CIP/Plop no I Encontro de MedicinaTropical dos Países de Língua Por-tuguesa, que aconteceu em marçodeste ano em Teresina, capital doPiauí [leia mais sobre o evento naspáginas 40 e 41 da edição 1008da Brasil Rotário].

Como resultado, a CIP/Plop assi-nou um protocolo para a criação daRides – Rede de Investigação e De-senvolvimento em Saúde Tropical –junto com um grupo de cientistas epesquisadores. A CIP/Plop foi convi-dada para participar do próximoCongresso de Medicina Tropical, quevai acontecer em Campos do Jordão,em São Paulo, em março de 2007 –e assim conjugará esforços junto àCPLP para desenvolver projetos naárea de saúde.

Somos mais de220 milhões

A mensagem da CIP/Plop foi en-dossada, em outubro, pela publica-ção de um artigo em um dos maisrespeitados jornais do mundo, o TheNew York Times, intitulado “Final-mente, uma língua negligenciada vaipara o pedestal”. Assinado pelo jor-nalista Larry Rohter, corresponden-te do jornal em São Paulo, o artigocomeça destacando: “A língua por-tuguesa é mais utilizada como idio-ma materno do que o francês, ale-mão, italiano ou japonês. Para as 230milhões de pessoas que falam por-tuguês, deve ser irritante constatarque o resto do mundo freqüen-temente considera o idioma que elasfalam como uma língua menor, e queseus romancistas, poetas e composi-tores passem despercebidos aosolhos do mundo”.

Outra publicação, a revista bra-sileira Língua Portuguesa, da Edito-ra Segmento – visite <www.revistalingua.com.br> – acompanha deperto os passos da CIP/Plop. Em suaedição de outubro, a revista publi-cou uma reportagem intitulada“Um clube à luz do idioma”, sobreo encontro de Atibaia. Assinadapelo editor da revista, Luiz Costa,a reportagem explica que 54 mildos 1,2 milhão de rotarianos es-palhados pelo mundo (cerca de 5%do total) falam português, forman-do uma tropa respeitável de for-madores de opinião. Criada emjulho de 2005, a revista foi levadapara o II Encontro de Rotarianosde Países de Língua Portuguesa,

Mais falado que o francês, o alemão e

o italiano como língua materna, o

português merece ter sua importância

reconhecida, assim como a obra de

seus romancistas, poetas e compositores

realizado na cidade de Tomar, emPortugal, em novembro do anopassado. Como os brasileiros cons-tituem a maioria absoluta dos 220milhões de pessoas que falam por-tuguês, coube ao nosso país ser o

berço de uma publicação inova-dora, espirituosa e criativa.

A revista Língua Portuguesaoferece um desconto de 15% naassinatura para os rotarianos detodo o mundo. �

REPRODUÇÃO DE trecho da matéria doThe New York Times sobre a língua portuguesa

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26 DEZEMBRO DE 2006

� A troca de correspondênciasentre as escolas do Brasil e do TimorLeste, proposta pelo companheiroJosé Maria Meneses dos Santos,presidente do RC do Rio de Janei-ro-Saúde, RJ (D.4570) e vice-pre-sidente de Finanças da Cooperati-va Editora Brasil Rotário.� A proposta do EGD EdsonAvellar da Silva, gerente executivoda cooperativa, de tornar a revistacomo o meio de comunicação en-tre todos os rotarianos dos paísesde língua portuguesa.� A proposta do EGD portuguêsFrederico Nascimento para, emconjunto com a CIP Portugal-Bra-sil, somar esforços na realização deprojetos como o Angola Agora, deautoria do EGD José Manoel Perei-ra e o apoio do governador ArturAlmeida e Silva (ambos do D.1960,Portugal), e de fazer o mesmo comrelação ao Timor Leste no ensinoda língua portuguesa.� A colaboração da Divisão Áfri-ca II e, eventualmente, da AgênciaBrasileira de Cooperação (ambas doministério das Relações Exteriores)na interação com a CIP/Plop e oenvio da newsletter da Divisão aosclubes e distritos interessados.� A extrema boa vontade de-monstrada pelo representante diplo-mático angolano, o ministro con-selheiro Oliveira Francisco JoaquimEncoge, quanto à interação do Ro-tary com a CPLP, principalmente noque diz respeito às múltiplas de-mandas para o desenvolvimento deAngola.� O reconhecimento expressopelo cônsul-geral honorário deCabo Verde, Aguinaldo Paulo daSilva Rocha, em relação às açõesdo Rotary em seu país, como o LarRotary, implantado na cidade dePraia, e outras atividades ligadas àeducação.� A encorajadora mensagem doEGD de Portugal José Carlos Estor-ninho, presidente da CIP Européia– englobando 18 países que tam-bém interagem com países africa-nos – que considera o Rotary umagrande CIP em escala mundial.

Outros destaques do encontro

As quatro horas de intensas atividades da sessão vespertina do III En-

contro de Rotarianos de Países de Língua Portuguesa deram lugar auma seqüência extremamente rica de intervenções que mereceriam

destaque. Porém, nossas limitações de espaço nos impõem mencio-nar somente algumas delas, com as nossas desculpas pelas prováveisomissões:

� A mensagem igualmente enco-rajadora do governador Artur Almeidae Silva (D.1960, Portugal), que deuuma importante contribuição e exem-plos do funcionamento das Comis-sões Interpaíses.� O destaque dado pelo EGD e vice-presidente de Marketing da Coope-rativa Editora Brasil Rotário, JoséAlves Fortes, à valorização do cinemaproduzido nos países que compõema CIP/Plop, expressa em eventoscomo o Cineport – Festival de Cine-ma de Países de Língua Portuguesa<www.festivalcineport.com>� A abordagem do coordenador re-gional da Fundação Rotária e diretorda CIP/Plop, EGD Gedson JunqueiraBersanete, a respeito do papel e dosobjetivos da Fundação em auxiliar ospaíses em desenvolvimento da comu-nidade lusofônica através de projetosde Subsídios Equivalentes.� A palavra do coordenador distritalda CIP/Plop, EGD Luiz Freire, no quediz respeito ao ensino profissional como auxílio das escolas técnicas daFatec, geridas pelo Centro Paula Sou-za. Freire também trouxe a oferta es-pontânea do companheiro e médico-cirurgião Antonio Neto Bertolucci, cri-ador de um processo cirúrgico e deuma prótese bucal laringectomiza-

dora, colocada à disposição dospaíses africanos de língua portu-guesa.� O EGD Salvador Strazzeri, quelevantou a relevância do intercâm-bio de jovens e dos IGEs entre ospaíses de língua portuguesa, inclu-sive com os recursos do FundoDistrital de Utilização Controlada.� A relevância dos aspectos cul-turais (como artesanato, música eliteratura) para integrar os países lu-sofônicos e a respectiva participa-ção do rotariano exposta pela com-panheira Maria Stela JunqueiraGomide, sócia do RC de São Pau-lo-9 de julho, SP (D.4420).� As palavras de estímulo docompanheiro Luís Carlos Lenza,vice-presidente da Expo-Brasil In-tercâmbio de Jovens e chairman dodistrito 4610, focalizando o poten-cial do programa de intercâmbiocom Portugal e mostrando o papeldos intercambiados como embai-xadores entre os clubes e distritosbrasileiros e portugueses.

* Gunter é sócio do RC de São Pau-

lo-Perdizes, SP (D.4610) e membrodo Departamento de Relações Inter-nacionais da Fundação de Rotarianosde São Paulo; Ricardo é jornalista.

A INTEGRAÇÃO pela cultura:máscaras e esculturas africanasexpostas no estande Mundo Étnico,instalado no Pavilhão da Integra-ção durante o encontro de Atibaia

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BRASIL ROTÁRIO 27

Bem-vindo ao

Salt PalaceBem-vindo aoMuito espaço e alta tecnologia para receber a Convenção de 2007

dispõe de quase 10 mil m2 de espaçopara reuniões, incluindo 53 salas, comcerca de 46 m2, e um grande salãocom mais de 4.000 m2. O salão podeser dividido em dez salas de reuniões,cada uma em forma de teatro, comcapacidade para 448 pessoas. Umaparede de vidro, com 175 metros decomprimento, permite aos assistentesuma atraente visão do espaço de qua-se 34 mil m2 contínuos para feiras eexibições, que pode ser facilmente di-vidido em oito diferentes espaços, to-dos com pé direito de mais de 10metros, para facilitar a exibição de ob-jetos de variadas dimensões, delaptops a helicópteros.

O salãoCom seus 4.200 m2, e apoiado por

uma cozinha com 1.200 m2, o grandi-oso salão é um dos maiores do Oestenorte-americano. As paredes são de-coradas com delicados motivos quelembram flocos de neve, e o chão é

coberto por três exclusivos carpetescom imagens inspiradas no choupocanadense. Os lustres, também emforma de flocos de neve, poderão trans-formar qualquer evento numa pacíficanoite de inverno.

Pontos de suspensãoO salão dispõe de pontos de sus-

pensão onde podem ser penduradasluzes de palco, plataformas suspensasou qualquer outro arranjo parecido.

TelecomunicaçõesO Salt Palace dispõe de uma rede

sem fios que permite a comunicaçãoem qualquer parte, sem perda dequalidade nas conexões de voz e natransmissão de dados. O complexode comunicação é provido de quilô-metros de fibra ótica tipo T-1 ecabeamento CAT 5, assim como 44linhas ISDN, para otimização de co-nexões de voz e dados de alta velo-cidade. Além disso, encontra-se dis-ponível um equipamento de vídeopara todas as necessidades.

ACIMA, TUDO é muito amplo: o pé

direito das paredes tem cinco metros.

Abaixo: o majestoso Salt Palace

Convention Center, em Salt Lake City

Salt Palace

BEM-VINDO À CONVENÇÃO DE SALTLAKE CITY – Você encontra o for-mulário para a reserva de hotelna página 60 desta edição.

Situado bem no coração da ca-pital do estado norte-america-no de Utah, o Centro de Con-venções Salt Palace é o local

perfeito para reuniões de todos os ti-pos e platéias. Desde os seus lustresdelicados, em forma de flocos de neve,passando pelo carpete em padrão dechoupo canadense, até o pé direito dohall de entrada – que corresponde àaltura de um prédio de cinco andares– o Salt Palace é a um só tempo umexemplo arquitetônico e uma escultu-ra de arte moderna. É nesse majesto-so local que vai acontecer a Conven-ção Internacional do RI, de 17 a 20 dejunho de 2007.

Os módulosNão importa se você está planejan-

do um evento para centenas de em-pregados ou para milhares de pesso-as: a instalação modular do centro ofe-rece espaços confortáveis para qual-quer tamanho de evento. O Salt Palace

Page 30: Brasil Rotário - Dezembro de 2006

28 DEZEMBRO DE 2006

uando vou aos Ro-tary Clubs e vejo asfotos, eu penso: ‘Oque foi que aconte-ceu para que não

Sangue novoPor que o Rotary precisa dele e como vamos consegui-lo

Vanessa N. Glavinskas*

Os ex-bolsistas do Rota-ry raramente tornam-se ro-tarianos, o que pode ser con-siderado como uma opor-tunidade perdida. Afinal decontas, os participantes deprogramas como Interact,Rotaract, RYLA, Intercâmbiode Jovens e dos IGEs são es-colhidos justamente por re-presentarem o que há demelhor na sua faixa etária.Muitos deles recebem o pa-trocínio de Rotary Clubs ouda Fundação Rotária para vi-ajar ao exterior, ocasião emque aprendem sobre a or-ganização e desenvolvemtécnicas excepcionais de li-derança. Cerca de 84% dosparticipantes de programasdo RI e da Fundação decla-ram que gostariam de se tor-nar rotarianos um dia, masa maioria deles sequer é con-vidada para ingressar em al-gum clube.

“Na Inglaterra, há muitosclubes que dizem: ‘Por queeles gostariam de se juntar anós? Não trabalhamos mais,somos idosos e insistimos nanossa forma de ser’. Em vezdisso, deveríamos tornar os

nossos clubes atrativos paraos mais jovens”, diz oRRIMC John Hockin, sóciodo RC de Woodhall Spa, In-glaterra (D.1270).

Alguns rotarianos da Euro-pa e do Japão acreditam queos jovens não têm a experi-ência profissional necessáriapara se tornarem rotarianos.“Existem clubes que afirmamque aos 25 anos ninguém estáno ápice”, diz a RRIMC argen-tina Modesta Genesio de Sta-bio, rotariana de uma regiãoque conta com uma porcen-tagem relativamente alta dejovens rotarianos. “Mas preci-samos identificar os jovens lí-deres das nossas comunida-des e convidá-los para se jun-tar a nós.”

Em 2001, o RC de Biri-gui, SP(D.4470) fez exata-mente isto. Depois de te-rem sido bem-sucedidos norecrutamento de jovens, ossócios resolveram criar umnovo clube, e fizeram dosjovens líderes comunitáriosos seus fundadores.

Maurício Barbeiro, ana-lista de sistemas de 28 anose sócio do novo clube, o RC

“Onos pareçamos mais comaqueles jovens homens denegócios do primeiro clubede Paul Harris?’”, conta Ro-semary Barker Aragon, coor-denadora regional do Qua-dro Social para a Zona 23(EUA). Um estudo recenterevela que a maioria dos ro-tarianos encontra-se na fai-xa que vai dos 50 aos 59anos, e que somente 11%dos rotarianos têm menos de40 anos de idade.

“Caso não admitamosjovens em número suficien-te, o Rotary vai acabar”, afir-mou o presidente do RI, BillBoyd, aos novos coordena-dores regionais do Rotary In-ternational para o quadrosocial (os RRIMCs) durante oseminário de treinamento,em março. “Nós recrutamosos jovens, damos-lhes expe-riência através do Rotaract eentão dizemos: ‘Vocês po-dem ir embora e voltar da-qui a 10 anos’”.

ÁfricaMenos de 30 anos 30-39 40-49 50-59 60-69 Mais de 70 anos

2% 17% 28% 27% 17% 9%

Américas Central e do SulMenos de 30 anos 30-39 40-49 50-59 60-69 Mais de 70 anos

4% 14% 26% 24% 18% 14%

Austrália e Nova ZelândiaMenos de 30 anos 30-39 40-49 50-59 60-69 Mais de 70 anos

1% 6% 17% 34% 26% 16%

CoréiaMenos de 30 anos 30-39 40-49 50-59 60-69 Mais de 70 anos

0% 11% 44% 25% 15% 5%

EUA e CanadáMenos de 30 anos 30-39 40-49 50-59 60-69 Mais de 70 anos

3% 11% 23% 28% 19% 16%

DEMOGRAFIA POR REGIÃO

As porcentagens estão baseadas na média dos clubes por

região em 2002. Fonte: Pesquisa do Rotary International, 2002.

EuropaMenos de 30 anos 30-39 40-49 50-59 60-69 Mais de 70 anos

0% 5% 18% 31% 26% 20%

FilipinasMenos de 30 anos 30-39 40-49 50-59 60-69 Mais de 70 anos

6% 15% 30% 30% 13% 6%

ÍndiaMenos de 30 anos 30-39 40-49 50-59 60-69 Mais de 70 anos

5% 27% 30% 22% 12% 4%

JapãoMenos de 30 anos 30-39 40-49 50-59 60-69 Mais de 70 anos

0% 2% 17% 36% 28% 17%

Page 31: Brasil Rotário - Dezembro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 29

Menos de 30 anos

Distribuição mundial dos rotarianos por faixa etária40-4930-39 50-59 60-69 Mais de 70

2% 9% 21% 29% 22% 17%

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30 DEZEMBRO DE 2006

de Birigui-Cidade Pérola, foiconvidado por ter demons-trado liderança quando ain-da estava no Interact. “Atu-almente, trabalhamos emparceria com nosso clubepadrinho”, ele conta. “Pode-mos atingir outros grupossociais se promovermos oRotary em lugares onde aspessoas mais idosas normal-mente não vão, como umadiscoteca, por exemplo. Osmoradores da minha cida-de não relacionam o Rotarya pessoas idosas. Eles associ-am o Rotary a serviço.”

Em outras partes domundo, os jovens estão for-jando uma nova realidadeno mundo dos negócios,um grande incentivo paraque eles sejam recrutados.“Na Índia, é crescente a en-trada dos jovens no mun-do dos negócios”, contaRamachandran Ganapathi,membro do Comitê para oDesenvolvimento do Qua-dro Social e Retenção e só-cio do RC de Madras-T.Nagar, Índia (D.3230). Eleobserva que essa tendên-cia – combinada com o rá-pido crescimento econômi-co – levará, no futuro, àexistência de um maior nú-mero de jovens líderes. “Àmedida que o setor deTecnologia da Informaçãose expande, procuramosfazer do Rotary um atrati-vo para os seus líderes.”

Sam F. Owori, do RC deKampala, Uganda (D.9200)afirma que os clubes do seudistrito encaram o Rotaractcomo uma ferramenta parao recrutamento. “Muitosrotaractianos conhecem oRotary melhor que os pró-prios rotarianos”, ele garan-te. Os rotaractianos quechegam aos 30 anos de ida-de começam a visitar os

Rotary Clubs para esco-lher em qual deles se sen-tem melhor. “Eles entrampara o Rotaract com aperspectiva de se torna-rem rotarianos no futuro”,diz Sam Owori.

Embora o recrutamen-to de jovens seja crucialpara assegurar o futuro doRotary, muitos RRIMCs res-saltam que os sócios madu-ros ainda constituem ocerne de nossa organiza-ção, contribuindo com suaexperiência e recursos paraos clubes. Além disso, ossócios mais idosos, especial-mente os aposentados, dis-põem de mais tempo queos jovens para tocar os pro-jetos de serviços, sem falarna valiosa experiência quepodem transmitir.

Como a distribuição de-mográfica e as normas vari-am de região para região,não existe uma receita úni-ca para atrair os jovens. Masse você está ligado no futurodo Rotary na sua região,examine as características desua comunidade empresariallocal e compare-a com o seuclube. Será que os dois têmo mesmo perfil? Se não, pro-ponha aos seus companhei-ros a discussão deste assun-to, e estudem a possibilida-de de apoiar um dos pro-gramas do Rotary voltadospara a juventude ou de darmais atenção ao programade bolsas de estudo, pen-sando num recrutamentofuturo. Esteja atualizado emrelação às tendências dovoluntariado e às outras or-ganizações não-governa-mentais de sua região.

Existe algum grupo dejovens profissionais que po-deria trazer rotarianos empotencial para o seu clube?Finalmente, tente imaginaro seu clube nos próximos10 anos. Quem estará porlá? O seu clube ainda seráum pilar em sua comunida-de? Faça com que todos seenvolvam para manter arelevância de seu clube. Afi-nal de contas, os próximos100 anos dependem so-mente de você.

*A autora é editora associ-ada da The Rotarian.

A Divisão de Desenvolvi-mento do Quadro Social doRI é uma grande fonte de infor-mações para suas apresenta-ções e trabalho de assessoria.Veja o que existe disponível em<www.rotary.org/membership>e não se esqueça de baixar osnovos resultados dos estudossobre o assunto que foram reali-zados em dezembro de 2005.

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BRASIL ROTÁRIO 31

MÚLTIPLAS TAREFAS:Frank Rosenberg trabalhacomo enfermeiro, corretorde imóveis, agente deviagem e piloto de avião

Um Rotarycom a cara deles

Jovens rotarianos encontram uma formade se adaptar à nossa organização

Emily Hiser Lobdell*

s jovens rotarianoscostumam ser umtipo bem arisco. Vocêsempre quis saber oque os motiva? É só

nada. O pouco que lhe res-ta ele aproveita para pas-sar ao lado da mulher e dafilha de nove anos.

Sendo assim, as tradicio-nais reuniões semanais doRotary são inviáveis paraele. Por causa disso, Frankpassou a se informar sobreos e-clubes – os clubesrotários virtuais, que se re-únem pela internet – de-pois de ter ouvido falardeles durante uma confe-rência do distrito 5510(Arizona, EUA), à qualcompareceu na compa-nhia do pai. “Eles estavamentregando prêmios aossócios dos clubes virtuais,e então eu perguntei comoeles funcionavam”, contaFrank Rosenberg. “Quan-do a conferência termi-nou, procurei me informarum pouco mais a respeitodos e-clubes”.

O resultado: ele aca-bou encontrando o Rota-ry E-club de Southwest,um clube virtual onde ossócios podem trocar idéi-as, traçar planos para pro-jetos locais, conectar-seatravés de reuniões onlinee participar de discussõesem qualquer parte domundo. As reuniões doclube duram uma semanainteira, começando sempreàs 8h das segundas-feiras.“Posso acessar a reuniãonos momentos mais con-venientes para mim, e ain-da posso ir como convida-do ao clube do meu pai”,ele explica.

Oencontrar três deles reuni-dos e eles vão lhe explicarcomo aderiram ao Rotary,como encontraram o seuespaço nos clubes e o queacham que nossa organi-zação pode oferecer à ju-ventude.

Se você quer ter umaconversa franca com a pró-xima geração, continue len-do esta matéria.

FRANK ROSENBERGCom pouco mais de 20

anos de idade, Frank já sa-bia que queria ser um ro-tariano. Afinal de contas,ele tinha passado umagrande parte de sua vidafreqüentando o Rotary porcausa do pai, um rotaria-no, e estudando na Suéciacomo intercambiado. “Euqueria entrar para um clu-be como o do meu pai,mas simplesmente não ti-nha tempo disponível paraisso, não tinha como mecomprometer a estar todasemana num mesmo lugarpara participar das reuni-ões”, ele conta. Tendo quecompatibilizar suas múlti-plas atribuições diárias –Frank divide seu tempo tra-balhando como enfermei-ro, corretor de imóveis,agente de viagens autôno-mo e piloto de avião – estejovem de 30 anos acabanão tendo tempo para

MÚLTIPLAS TAREFAS:Frank Rosenberg trabalhacomo enfermeiro, corretorde imóveis, agente deviagem e piloto de avião �

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32 DEZEMBRO DE 2006

ASSUMINDO A liderança:apesar de ser muitojovem para os padrõesalemães, HeidrunRosendorn ingressou noRotary e abriu caminhopara outros jovens

Embora se reúna pelainternet , o c lube deSouthwest mantém umaintensa atividade comunitá-ria. “Os nossos fóruns co-munitários prevêem algu-mas seções exclusivas paraos sócios e outras abertas àcomunidade,” conta Frank.“Na seção exclusiva para ossócios, incluímos a agendamensal, as discussões emgeral, anúncios do clube,projetos e temos acesso aose-mails de todos os com-panheiros para fazer con-tatos”. Ao contrário dosclubes tradicionais, idadenão é problema num E-club. “Não sei a idade deninguém. Sei apenas quemuitos deles usam regular-mente o computador”, dizFrank Rosenberg.

Os sócios do Rotary E-club de Southwest ajudamos clubes tradicionais nosseus projetos e já patrocina-ram um intercambiado eum bolsista. Durante umaviagem de avião a BatonRouge, na Lousiana, umadas áreas castigadas pelofuracão Katrina em agostodo ano passado, Frankaproveitou sua filiação aoclube virtual para utilizarrecursos do Rotary no au-xílio às vítimas. Após fazercontato com alguns clubesvirtuais da Costa do Golfo,ele conseguiu falar comJanice Bradshaw, secretária-geral do distrito 6200, quecobre a região de BatonRouge. Janice, que vive acerca de 100 quilômetrosdali, em Lafayette, hospe-dou Frank até que ele en-contrasse um lugar para fi-car e servir como voluntá-rio. “Durante os oito diasem que estive na Louisianatrabalhando como volun-

tário no Pete MaravichAssembly Center, abrigamoscerca de 15 mil pessoas,das quais mais de 6.000receberam assistência mé-dica”, conta.

Embora o e-clube cum-pra bem a sua agenda,Frank não deixa de se en-contrar pessoalmente comoutros rotarianos duranteas reuniões do clube de seupai. “Tenho muito a apren-der com os rotarianos maisvelhos”, ele admite. “Elessão um modelo para mim,e parecem estar bem ani-mados em ver os jovensentrarem para o Rotary,mesmo que não seja paraclubes tradicionais”.

MARIA STALLONEQuando ingressou no

Rotary Club de Jaipur MidTown, Índia (D.3050) em2005, Maria Stallone sabiaque iria se sentir deslocada.Hoje, com 35 anos de ida-de, ela é uma das mais jo-vens entre os cerca de 80sócios do clube, além de sera única norte-americana –e uma das duas mulheres.“Falando francamente, oquadro social não está bemequilibrado”, ela observa.

Atualmente, Maria dirigeas operações na Índia daWorld Learning, uma socie-dade sem fins lucrativos quepromove a compreensãomundial através da educaçãoe de projetos de campo. “Porcausa da cultura local e doperfil do clube, tenho umafunção difícil e peculiar”. Elaconfessa que não se sente“em casa”, mas diz que ficafeliz ao desempenhar o pa-pel de elo de ligação entre seuclube indiano e o RC de suamãe, em Fairfield, no estadonorte-americano de Iowa.

Quando o clube de JaipurMid Town desenvolve algumprojeto – seja construindocasas em aldeias pobres ouoferecendo auxílio em ope-rações de catarata – Mariatrabalha para firmar parceri-as em Subsídios Equivalentesque envolvam o distrito desua mãe e a FundaçãoRotária. “Todos os envolvidosno projeto ficam muito orgu-lhosos pelo emparceiramen-to entre dois clubes desconhe-cidos, mas com uma pessoaque viaja regularmente entreeles”, ela afirma.

Ao contrário do queocorre na maioria dos ou-tros clubes rotários, os só-cios do Jaipur Mid Townnão se encontram num es-paço fechado: as reuniõesocorrem no local dos pro-jetos, seja numa campanhapara doar sangue ou numprojeto de construção – acada semana os sócios de-senvolvem um projeto di-ferente. Embora tenha umperfil bastante diferentedos demais companhei-ros, Maria Stallone não sen-te qualquer sentimento ne-gativo por parte deles, masapenas curiosidade. Ela jáfez palestras em clubes detoda a Índia, Malásia,Paquistão e Tailândia paracontar sua experiênciacomo rotariana estrangeira.

“Tenho dedicado a mi-nha vida a construir pon-tes de entendimento entrediferentes culturas”, elaconta. “Depois de uma in-teressante experiênciacomo intercambiada naSuécia, concluí que gosta-ria de me tornar uma ci-dadã do mundo. Em to-dos os lugares em que che-go para morar, procurologo um Rotary Club”.

“Depois de uma interessante experiência como

intercambiada na Suécia, concluí que gostaria de me

tornar uma cidadã do mundo”– MARIA STALLONE

ASSUMINDO A liderança:apesar de ser muitojovem para os padrõesalemães, HeidrunRosendorn ingressou noRotary e abriu caminhopara outros jovens

HEIDRUN ROSENDORNTornar-se rotariana não

foi uma coisa simples paraHeidrun Rosendorn. Aos20 anos, ela era rotaracti-ana em Mainz, na Alema-nha. Aos 30, estava pen-sando no que iria fazer:ela já estava velha para serrotaractiana, mas na Ale-manha não é comum al-guém entrar para o Ro-tary antes dos 45 anos,

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BRASIL ROTÁRIO 33

ainda mais sendo mulher.Ainda que Heidrun e

alguns de seus amigos dostempos de Rotaract se en-contrassem regularmentecom outros jovens da co-munidade e executassemalguns projetos de serviços,eles não eram considera-dos como integrantes domovimento rotário. Essarealidade acabou provo-cando um debate entre

Rotary Clubs alemães. Al-guns rotarianos defendiama idéia de criar uma orga-nização para abrigar aque-le tipo de jovens em idadeintermediária antes delesserem admitidos como ro-tarianos. Outros optavampor acolher os jovens nosclubes. Por fim, alguns ro-tarianos simplesmente pre-feriam ignorar a situação.

Em 2000, o Conselho

Diretor do RI entrou na dis-cussão e incentivou os Ro-tary Clubs a admitir rota-ractianos qualificados emseus quadros sociais. Alémdisso, o Conselho reiteroua posição anterior de nãopermitir a criação de enti-dades não-oficiais entre osRotaracts e os Rotary Clubs.

Determinações à parte,Heidrun Rosendorn aindadesejava fazer parte da or-

ganização que tantas opor-tunidades lhe proporcio-nara como rotaractiana oucomo intercambiada nosEUA. “Ficou claro que oConselho Diretor não iriaadmitir a criação de umaorganização intermediária,por isso a maioria de nóspreferiu ingressar num Ro-tary Club”, ela conta.

Em 2001, juntamentecom outros ex-rotaractia- �

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34 DEZEMBRO DE 2006

nos e jovens membros dacomunidade, Heidrun foireconhecida como sóciaem potencial de um novoclube localizado nos arre-dores da cidade alemã deFrankfurt, formando as-sim a base inicial de seuquadro social. O EGD JulesSchroeder fundou o clubee então passou a presidên-cia para a jovem compa-nheira. “Lutei para criar estenovo clube por saber queoutras unidades rotárias re-sistiam à idéia de admitir jo-vens – e estes ex-rotaractia-nos eram pessoas muitoqualificadas”, disse o EGD.

É normal que um sóciodo clube padrinho seja oprimeiro presidente de umRC. Naquele caso, porém,era mais do que justo queHeidrun assumisse essafunção, já que ela desem-penhou um papel funda-mental ao liderar o proces-so de fundação do clube eao recrutar os sócios.

O clube de HeidrunRosendorn – o RC deKelsterbach-Rhein-Main In-ternational (D.1820) – é oque tem o perfil mais jo-vem entre todos os clubesrotários da Alemanha. A ida-de média de seus sócios é38 anos. “Um terço do nos-so quadro é formado pormulheres”, conta Heidrun,atualmente com 41 anos.

Ela acredita que os clu-bes deveriam diversificar,misturando jovens e ido-sos, homens e mulheresque possam trabalhar om-bro a ombro. “O que im-porta é o diálogo”, senten-cia. “O que acontece mui-tas vezes é que vivemos emambientes em que as pes-soas têm a mesma idade,exercem as mesmas pro-fissões e geralmente são domesmo sexo. O segredo éolhar para fora dos seuspróprios limites. Sempreque tivermos mais do queuma perspectiva, consegui-remos ir mais adiante doque se estivéssemos olhan-do as coisas somente porum ponto de vista”.

*A autora é uma escritorafreelancer que vive e tra-balha em Chicago.

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BRASIL ROTÁRIO 35

ARAGON TEMfeito os clubesrefletirem sobretrabalhocomunitário e orecrutamentodos jovens

R osemary Barker Ara-

gon acredita que os Rotary Clubs que desejam ter vida lon- ga precisam se pla-

nejar. Como coordenadoraregional do Rotary Interna-tional para Desenvolvimen-to do Quadro Social naZona 23 (que cobre o esta-do de Washington e partedos estados da Califórnia,Idaho, Nevada e Oregon,nos EUA), ela faz do lemaSeja Jovem Outra Vez a suacruzada pessoal. Depois defazer uma pesquisa sobre asdiferenças entre gerações,ela colocou a mão na mas-sa, apresentando suasconclusões em semináriosmultidistritais, conferênciasdistritais e seminários deDQS voltados ao treina-mento de presidentes e go-vernadores-eleitos.

Em suas palestras, Ro-semary desafia os clubes aconhecerem melhor suascomunidades e a promo-ver a atração de sócios empotencial em variadas fai-xas etárias. É justamentenesse ponto que ela come-ça a fazer as perguntasmais instigantes: Será quevocê vai escutar os sóciosmais novos depois deconquistá-los? Será que arotina do seu clube vai so-frer alterações para seadaptar a esses rotarianosmais jovens?

Quando não está escre-vendo sobre o desenvolvi-mento do quadro social,

ela trata do recrutamentode pessoas mais jovens nacoluna que mantém nacarta mensal de um distri-to. Representante da Ge-ração Baby Boom [NE: operíodo entre o fim da Se-gunda Guerra e os anos60 marcado por um gran-de aumento na taxa de na-talidade nos EUA], Rose-mary Aragon é sócia do RCde University District ofSeattle, EUA (D.5030).

A seguir, leia o que eladisse a rotarianos dosEUA e do Canadá sobrealgumas questões relati-vas ao desafio de se re-crutar sócios mais jovens.

No nosso clube, pare-ce que estamos tranqüi-los demais em relação aessa situação. Como po-demos motivar nossos só-cios a recrutar pessoasmais novas?

JOYCE CAMPBELL, 62,RC DE MIDLAND, CANADÁ

Os números mostramque não podemos relaxar.No esporte, na vida pro-fissional e nos negócios, épreciso ter um banco dereservas forte. Todos nósprecisamos desenvolver ageração seguinte para queas nossas organizaçõespossam continuar existin-do. Para se ter uma idéia,pela primeira vez na his-tória nós temos quatro ge-rações trabalhando lado a

lado no mercado de tra-balho norte-americano:os tradicionalistas (comosão chamadas as pessoascom 60 anos de idade oumais), os filhos da GeraçãoBaby Boom (que estão nacasa dos 40 até os 60anos), a Geração X (forma-da por aqueles que estãoentre os 30 e os 40 anos)e a Geração do Milênio, ouGeração Y, das pessoasque estão no começo desua segunda década devida ou mais novas.

Nos próximos 25 anos,80 milhões de pessoasnascidas durante o BabyBoom vão se aposentarnos EUA, mas haverá so-mente 46 milhões de re-presentantes da Geração Xpara ocupar seus lugares.Em outras palavras: tere-mos que recrutar tantagente da Geração X quan-to formos capazes paramanter o quadro social denossos Rotary Clubs nosníveis atuais. Por outrolado, os sucessores da Ge-ração X – ou seja: da cha-mada Geração do Milênio– são em número seme-lhante ao da GeraçãoBaby Boom. Por que igno-raríamos um grupo tãogrande e importante?

Não sei se a situação doquadro social no Canadáé parecida com a dos EUA,mas sugiro que vocês es-tudem a questão e subme-tam o resultado aos seusclubes. Para que o Rotary

Pergunte a RosemaryCoordenadora regional do RI para o

Desenvolvimento do Quadro Social ensinacomo os clubes podem atrair sócios mais jovens

ARAGON TEMfeito os clubesrefletirem sobretrabalhocomunitário e orecrutamentodos jovens

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36 DEZEMBRO DE 2006

mantenha sua importâncianos próximos 100 anos, asolução passa pela juven-tude. Se isso não motivaro nosso esforço em rela-ção ao recrutamento depessoas mais novas, o quemais poderia fazê-lo?

Vivo numa região ondeas pessoas mais idosas sãoa maioria da população.Como vamos fazer para re-crutar sócios mais jovens?

PEGGY SCOTT, 53,RC DE BENSON, EUA

A primeira coisa a fazeré examinar sua comunida-de de negócios. Verifiquecomo é a distribuiçãoetária nela, procurandosaber a idade daquelesque dirigem os restauran-tes e os bancos, ou qual éa idade dos médicos e dosadvogados de sua região.Quando me engajei nessacampanha para renovar-mos nosso quadro social,comecei a prestar atenção

nos jornais e nos boletinsdas associações e entidadesfilantrópicas. Em Washing-ton, por exemplo, o jornal“Puget Sound Business”publica uma coluna chama-da “Quarentões abaixo dos40”, que apresenta empre-sários que estão na casa dos40 anos de idade. Eu sem-pre leio a coluna, e procu-ro saber se os empresáriosque aparecem nela sãorotarianos. Portanto, sugiroque você examine, em pri-meiro lugar, a sua comuni-dade. Mas se no fim dascontas você constatar que amaioria dela é realmentecomposta por idosos, bem:tomara que eles sejam aomenos jovens de espírito...

Acho que os sóciosmais idosos deveriam co-nhecer melhor os proble-mas e os desafios enfren-tados pelos jovens em seudia-a-dia. Você poderiame ajudar nessa tarefa?

JOHN BURPEE, 38,RC DE DALLAS, EUA

Como estão no come-ço de suas carreiras, aspessoas mais jovens costu-mam dedicar muito tem-po à sua vida profissional.Mas não existe apenasisso: elas também praticamesportes, dedicam tempoa suas famílias e outros in-teresses, e ainda assim de-sempenham atividades fi-lantrópicas. Além disso, osjovens costumam dar mui-to valor ao equilíbrio en-tre vida e trabalho – e elesgeralmente colocam a vidaem primeiro lugar, à fren-te do trabalho. Tenho vis-to e lido que as pessoas,independentemente daidade, sempre reservamuma parcela do seu tem-po para as coisas em queacreditam, mesmo queeste tempo seja escasso.Tenha em mente que osclubes deveriam valorizarcada momento de umareunião, de um projeto deserviços e de lazer. Se umareunião se arrasta pormuito tempo, você certa-mente está correndo o ris-co de perder seus compa-nheiros mais jovens.

Como o Rotary podereter os sócios mais jo-vens se as prioridadespessoais deles não são asmesmas dos rotarianosmais idosos?

LYDIA BENETT, 46, RC DEBELLINGHAM SUNRISE, EUA

A saída é: pense em cri-ar um “clube dentro doseu clube” para os mais jo-vens. Promova a admissão

simultânea de oito deles,e em seguida deixe-os de-senvolver e implementarseus próprios projetos(com o apoio de todo oclube, é claro). Expliquecomo o clube teria quemudar sua cultura para seadaptar ao seu ritmo eseus interesses. Essa estra-tégia pode ser útil, porexemplo, se a idade mé-dia do seu clube for de 60anos e você estiver tentan-do admitir jovens com ida-des entre 20 e 30 anos.Sócios mais jovens corremo risco de deixar rapida-mente o clube por nãoconseguirem estabelecerlaços de companheirismoentre os demais rotarianos.O que precisamos, emsuma, é proporcionar opor-tunidades de serviço queeles possam aproveitar.Para saber mais sobre essaalternativa do “clube den-tro do clube”, acesse o site<www.clubinaclub.com>

Existe uma outra op-ção, que é criar novos clu-bes que tenham por mis-são recrutar pessoas commenos de 35 anos de ida-de. Os jovens líderes e só-cios saberão conduzir umclube que atenda melhoros seus interesses de tem-po e motivação. Criados osclubes, nós – os “mais ma-duros” – poderemos nosjuntar a eles e nos adaptaràs suas características.

Vamos pensar, final-mente, no processo deaconselhamento mútuoque pode haver entre osrotarianos mais jovens e osmais idosos. Um compa-nheiro do Oregon, aquinos EUA, contou-me queos sócios mais jovens doseu clube viam com bonsolhos a possibilidade dereceber assistência e con-selhos dos mais idosos. Ossócios mais idosos, por suavez, poderiam pedir ajudaaos mais jovens em assun-tos como novas tecnologi-as e marketing voltadopara a juventude.

Como podemos equi-librar as prioridades dosmais idosos com as dosmais jovens? Alguns só-

“Conscientize sua comunidade

para o fato de que o Rotary é

uma organização formada por

diversos tipos de pessoas”

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BRASIL ROTÁRIO 37

cios mais maduros gostamde cantar hinos patrióticose recitar orações, mas achoque o pessoal mais novonão se emociona muitocom isso...

JAY VAUGHT, 53, RC DEEVANSTON LIGHTHOUSE,

EUA

Acredito que a músicaé um elo entre as gerações.O problema não está nascanções dos anos 30 ou40, mas no fato de o clu-be somente cantar essetipo de música. Há algumtempo, durante um semi-nário para treinamento depresidentes eleitos ao qualcompareci, foram canta-dos alguns hinos rotáriostradicionais. Quando fui àtribuna para falar sobreessas diferenças entre asgerações, pedi que tocas-sem a música “Gangsta’sparadise”, do cantor derap Coolio. Terminado oencontro, um jovem pre-sidente-eleito veio até mime contou: “Sabe, na aber-tura do seminário, quando

as pessoas estavam cantan-do aquelas canções anti-gas, telefonei para minhamulher e disse: ‘Querida,você acreditaque estamos can-tando essas mú-sicas?’, e coloqueio celular sob amesa para queela escutasse”.

Bom, diantede tudo isso, oque eu poderiasugerir? Que areação da pla-téia fosse observada. Vocêverá quem está se identifi-cando ou não com as can-ções. E há casos especiais,como o do “Pledge ofAllegiance” [NT: uma ora-ção patriótica norte-ame-ricana], que nós já costu-mamos recitar em umasérie de ocasiões. O fatoé que os clubes devemquestionar quantos dosseus sócios ainda se atêmàs velhas tradições.

Como desfazer a im-pressão da maioria das

pessoas de que o Rotary éum clube de velhos e ricos?

JUDY BYRON, 60,RC DE SIDNEY, CANADÁ

Esse assuntopertence à esfe-ra das relaçõespúblicas. Portan-to, é importanteque os clubesprestem atençãona aparênciaque estão dandoaos seus folhetos,escolham com

cuidado quem dá palestraspara o público em geral eselecionem bem as fotogra-fias utilizadas em sua divul-gação. Conscientize sua co-munidade para o fato deque o Rotary é uma organi-zação formada por diversostipos de pessoas. Quanto àimpressão de que só os ri-cos participam do Rotary,avalie como os seus proje-tos de serviços são conduzi-dos. As famílias estão envol-vidas? O seu clube se limitaa assinar cheques ou tam-bém coloca a mão na mas-

sa? No meu clube, quandoum sócio faz uma doaçãopara se tornar Companhei-ro Paul Harris, nós costu-mamos perguntar-lhe quala razão daquele ato. Umdeles declarou: “Não soucapaz de executar pessoal-mente muitos projetos porcausa da minha idade e domeu estado de saúde, porisso faço doações em di-nheiro”. Então ele apontoupara algumas pessoas e dis-se: “Dôo para que outroscompanheiros possam tra-balhar em projetos. Eles es-tão em condições de exe-cutar os projetos que o meudinheiro ajuda a executar”.Achei aquela afirmação fa-bulosa. É o que poderíamosfazer. Este é um grandeexemplo de como um clu-be pode reunir pessoas dediferentes idades e níveis derenda, permitindo que cadaum encontre o seu nicho ea sua oportunidade paraservir.

Tradução de Eliseu ViscontiNeto.

NA REDESaiba como entrarem contato comseu coordenador

regional paraDesenvolvimento do

Quadro Socialacessando o site<www.rotary.org/

jump/rimc>

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38 DEZEMBRO DE 2006

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Interact & Rotaract

OS JOVENSdo Rotaract

Club deLivramento-

Sul,RS(D.4780)plantaram

mais de cemmudas de

árvoresfrutíferas e

ornamentaisno Parque

Batuva. Naocasião, também auxiliaram o RC padrinho em uma

campanha de vacinação. Os rotaractianos vêm ainda sededicando ao projeto Olhando Além de Si Mesmo, quevisa a embelezar o portal de entrada da cidade e criar

um pomar comunitário na vila Simón Bolívar, quebeneficiará as famílias carentes daquela área.

EMPARCE-

RIA como RC

local, oRotaractClub de

JoãoPessoa-Bancá-

rios,PB(D.4500)

promo-veu umafeijoadaem prol do bebê Lucas Bezerra Ávila, que teve deser submetido a um transplante de medula. Com

a renda obtida no evento, os jovens puderamauxiliar a família do menino na compra de medi-

camentos e do leite especial de que ele necessita.

OS INTEGRANTES do Rotaract de Patos, PB(D.4500) ins-talaram uma barraca e trabalharam na festa em home-nagem à padroeira da cidade, Nossa Senhora da Guia,com o objetivo de arrecadar fundos para o projetoBrinquedoteca, que funcionará na sede do RC e da Casada Amizade locais.

PARA ALEGRAR ospacientes do hospital domunicípio, os jovens doRotaract Club deCândido Mota,SP(D.4510) idealizaram oprograma Doutor Alegriae realizaram uma visitaanimada. Em outraocasião, os rotaractianos,na companhia do gover-nador do distrito, AlonsoCampoi Padilha Jr.,entregaram uma gibitecae biblioteca às criançasdo centro vocacional FreiPaulino.

COM A presença de companheiros dos clubes patrocina-dores – os dois RCs locais – foi fundado o Interact Clubde Cachoeirinha, RS(D.4670). Também estiveram pre-sentes integrantes dos Interact Clubs de Canela, Taquara,Campo Bom e Porto Alegre-Aeroporto, RS.

OS INTEGRANTES do Interact Club deSanta Rita do Araguaia, GO e AltoAraguaia, MT(D.4770) realizaram umacampanha contra as drogas, entregandoadesivos para os carros.

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BRASIL ROTÁRIO 39

CONTABILIDADE – DESPACHANTES

LEGALIZAÇÃO DE FIRMASImp. de renda p/Física e JurídicaRua Álvaro Alvim, 31 - 16º andar - CentroFone: (21) 2533-3232 � Fax: (21) 2532-0748Cep: 20031-010 - Rio de Janeiro - RJDireção: Joaquim Silva e José Soares

Escritório

Contábil Nova

Visão Ltda.

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40 DEZEMBRO DE 2006

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Livros

Vale a pena ler

Pelo fundo da agulha

Antônio TorresRecord

Totonhim, pro-tagonista do livro,está sozinho nomundo. Embaladopela imagem damãe velhinha, masainda com uma vi-são boa para enfi-ar a linha pelo fun-do da agulha semusar óculos, ele re-passa vários lancesde sua vida, comose a olhasse poresse buraco. Totonhim está em uma novaencruzilhada. O homem fora de combatedeita na cama e pensa no sentido detudo. Não há ninguém para consolá-lo eele se sente perseguido pelas históriasde amigos e parentes que se suicidaram.Quer voltar para a sua cidade, mas elanão existe mais.

“Tentei, neste livro, fazer uma refle-xão sobre este crepúsculo do mundo emque vivemos. Um mundo pós-utópico,pós-modernista, pós-tudo. Entendo quepor trás dos impasses do personagemTotonhim não estão apenas os meus pró-prios. Nem apenas da minha geração. Oque me parece é que de repente nosvemos todos – jovens, adultos e velhos– numa espécie de encruzilhada do tem-po, em busca de uma saída para o futu-ro. E onde está esta saída? Eis a ques-tão”, conta o autor.

A fuga do Bremen

Peter A. HuchthausenRecord

Na noite de 30de agosto de 1939,o Bremen levantouâncora a oeste deManhattan, seguin-do para a Europa.A tripulação man-teve-se na popa,entoando a mar-cha nazista “HorstWessel”, o hino na-cional, e a sauda-ção Heil Hitler, en-quanto passava pela Estátua da Liber-dade. O navio rumou para uma grandeaventura épica, na qual abandonou toda aprudência – renunciando aos alarmes denevoeiro, radares, e às luzes de navega-ção – evadindo navios de guerra e subma-rinos britânicos que pretendiam interceptá-lo em disparada rumo à segurança.

Para a Grã-Bretanha, vencer oBremen seria a propaganda da vitória,cuja importância poderia prover à Mari-nha um necessário navio para transpor-te de tropas. Mas as manobras evasivas

do navio se sobrepuseram à potênciabritânica, tornando-se o símbolo da es-perança para uma nova Alemanha. Olivro coloca o leitor em meio à ação e oconduz dos navios americanos e britâ-nicos até o próprio Bremen.

O homem que sorria

Henning MankellCompanhia das Letras

Neste quartoromance protago-nizado por KurtWallander, o autorconfronta o inspe-tor-chefe da polí-cia de Ystad como sempre sorri-dente Alfred Har-derberg. Avesso àpublicidade, Har-derberg é dono deum imenso impé-rio em que ban-cos, indústrias farmacêuticas, socieda-des de investimento, plantações de cháe de café, manufaturas, construtoras eaté, quem sabe, tráfico de órgãos hu-manos se mesclam e se confundem.

O pedido para investigar um aciden-te fatal que levou à morte uma pessoaque lhe pedira ajuda leva Wallander adesistir da aposentadoria e voltar à ati-va. Após quase dezoito meses de afas-tamento, o inspetor retoma as ativi-dades com ânimo renovado para em-preender uma batalha emocionantecontra o poderoso Alfred Harderberg.Narrada com ritmo impecável, a açãose condensa nos dois últimos mesesdo ano, sob intensas ventanias, mui-to nevoeiro e chuva incessante.

Tamanho 42 não é gorda

Meg CabotRecord

Heather Wells, cantora pop que setransforma em detetive, é a nova heroí-na de Meg Cabot. Neste livro, Heatherestá no fundo do poço: perdeu seu na-morado, nenhuma gravadora se interes-sa por suas músicas, ganhou peso e sóentra em roupas tamanho 42, o pai estáatrás das grades e a mãe fugiu paraBuenos Aires com suas economias – eseu agente! Até que, aos poucos, as coi-sas parecem que vão se ajustar: ela conse-

gue um novo em-prego como inspe-tora em uma facul-dade de Nova Yorke está feliz com seunovo manequim.

De uma horapara outra, porém,uma estudantemorre misteriosa-mente no poço doelevador do cam-pus. Os policiais ea diretoria estãoprontos para declarar a morte como aci-dental, mas Heather conhece os ado-lescentes, e sabe que meninas nãobrincam com elevadores. Ainda queninguém esteja muito interessado emouvir suas suposições – mesmo queoutras estudantes apareçam mortas demaneiras igualmente corriqueiras e su-tilmente sinistras – Heather decide en-trar numa enlouquecida caçada paradescobrir a verdade.

Raro mar

Armando Freitas FilhoCompanhia das Letras

Os poemas queabrem o livro ver-sam sobre a fatu-ra literária: “Outrareceita” fala do“resultado final daoficina” como umconserto de pala-vras, em que a car-pintaria poéticanão tem hora paraterminar. As influ-ências do moder-nismo, na precisãoconstrutiva e no lirismo, se fazem sentirem alusões a Mário de Andrade, Manu-el Bandeira e João Cabral de Melo Neto.

Ao ideário modernista, o autor acres-centa o experimentalismo e o à-vonta-de estético aprendido no convívio com apoesia marginal e os poetas da nova ge-ração. A transformação social e urbanado Rio de Janeiro também está presen-te no livro. O processo histórico fez comque o mar carioca se tornasse “raro”.O Rio se espraiou, e o mar que con-serva o esplendor da cidade convivehoje com a multidão, o consumo, as ar-mas, o tráfico, a automação.

� O QUE TODA MULHER INTELIGENTE DEVE SABER – Steven Carter – Sextante� A VOZ DO ESCRITOR – A. Alvarez – Civilização Brasileira� ADORADA – Tilly Bagshawe – Record� SEIS RAZÕES PARA CUIDAR BEM DA ÁGUA – Nilson José Machado e Silmara

Cadesi – Escrituras� GOVERNANÇA CORPORATIVA NAS EMPRESAS – Edson Cordeiro da Silva –

Atlas

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Quantos SomosNO MUNDORotarianos: 1.209.580; Clubes: 32.613; Distritos: 530; Países:168. Rotaractianos: 162.679; Clubes: 7.073; Países: 157.Interactianos: 249.343; Clubes: 10.841; Países: 120. NúcleosRotary de Desenvolvimento Comunitário: 6.206; Voluntários:142.738; Países: 73. Número de Rotarianas: 169.758.

NO BRASILRotarianos: 50.713; Clubes: 2.317; Distritos: 38. Rotaractianos:15.203; Clubes: 661; Interactianos: 15.900; Clubes: 695; Nú-cleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 257; Voluntá-rios: 5.865; Número de Rotarianas: 8.283.

Fonte: Escritório do Rotary International no Brasil.

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42 DEZEMBRO DE 2006

OS RCs de JoãoPessoa-Norte, PB, e

Petrolina, PE, organizaram mutirõesde ação social em benefício de co-munidades carentes. No municípiode Cabedelo, os companheirosparaibanos beneficiaram mais decem pessoas, com serviços de clí-nica médica e prevenção da hiper-tensão arterial, dosagens de glicose,atendimento jurídico, cortes de ca-belo e terapias naturais para trata-mento de dores na coluna, musculares e estresse.Foi realizado também um bazar em que roupas,calçados e outros utensílios foram vendidos pelopreço simbólico de R$ 1. A ação contou com aparceria do Rotaract Club de João Pessoa-Norte edos maçons do Grande Oriente da Paraíba.

O mutirão do RC de Petrolina aconteceu no bair-ro São Gonçalo. Os companheiros providenciaramatendimentos médico e odontológico, exames, as-sessoria jurídica, cortes de cabelo, distribuição demedicamentose palestra paraa comunidade.Para a ação, oclube fechouparcerias com aPastoral Familiardo Bairro SantaLuiza, Senac,Sesi e Corpo deBombeiros lo-cais, e secreta-ria municipalde Saúde, en-tre outros.

Serviços ao alcance dapopulação carente

Dois Rotary Clubs do distrito promovem ações sociais

D.D.D.D.D. 45004500450045004500

O RC de João Pessoa-Norte realizou dosa-gens de glicose

OS PARTICI-PANTES tam-

bém receberamterapias

naturais nomutirão em

Cabedelo

O CORPO deBombeiros local

trabalhou na açãosocial no bairro

São GonçaloOS CORTES de cabelo foram um dos servi-ços oferecidos pelo RC de Petrolina

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BRASIL ROTÁRIO 43

D.D.D.D.D. 43104310431043104310

QUARENTA Eseis jovens e22 compa-nheirosparticiparamdo Rylarealizado emRafard, sob acoordenaçãoda área nove

do distrito. Além do clube local, o evento envolveu osRCs de Capivari, Elias Fausto, Rio das Pedras eSaltinho, SP. Estiveram presentes o prefeito municipalVicente Sampaio de Almeida Prado Júnior e o governa-dor do distrito, José Domingos Zanco.

D.D.D.D.D. 44104410441044104410

RC DEGuarapari, ES– Em parceriacom o Senai,Petrobras eOrganizaçãoBrava Gente, oclube pôs emprática oProjetoCapacitação Profissional e está oferecendo cursos a 500jovens de comunidades carentes. A foto mostra umadas turmas de mecânica. Os companheiros vêmrealizando ainda outras ações. Junto com a Pastoral daTerceira Idade e a Pastoral da Criança da ParóquiaNossa Senhora da Conceição, proporcionaram umatarde de lazer a mais de 150 crianças da comunidadeInvasão do Lameirão, com brincadeiras, lanche ebrinquedos.

D.D.D.D.D. 44204420442044204420

RC DESantos,SP –Juntocom aacademiaUnique 1,lançou oprojetoEsporte éVida,com oobjetivo

de garantir vantagens terapêuticas e pedagógicas eincentivar o desenvolvimento das atividades motorase respiratórias de alunos da Apae local, que farãoaulas de hidroterapia. Os companheiros tambémpromoveram o espetáculo cênico de moda Pérolas daVida, no teatro Coliseu, para arrecadar fundos para oprograma Polio Plus.

RC DESãoPaulo-SantoAmaro,SP – Como SubsídioEquivalen-te daFundaçãoRotária –e emparceriacom o RCde Berlim-Schloss Köpenick, Alemanha (D.4420) – além doSistema Municipal de Bibliotecas de São Paulo, oclube entregou as salas de pesquisa Rotary Internationale John F. Kennedy, reformadas e reequipadas, para aBiblioteca Municipal Prefeito Prestes Maia, que recebediariamente cerca de 300 estudantes. O RC tambémorganizou uma festa de Dia da Criança na crechemunicipal Jardim Maria Alice.

D.D.D.D.D. 44304430443044304430RC DE SãoPaulo-VilaCarrão, SP –Em parceriacom a NossaEscola, oscompanheirospromoveram aencenação dapeça “O Mágicode Oz”, emapoio ao projeto Integrar, da governadoria. A peça foiencenada por crianças portadoras de síndrome de Down,no teatro Paulo Setúbal, cedido pelo subprefeito munici-pal Vicente Marques, e foram arrecadados 66 brinquedose 100 kg de alimentos, repassados às instituições RecantoAbraço da Águia e Lar Judite A. Paganini Corcelli. Emuma outra ocasião, o clube realizou nova edição doprojeto Sorriso, junto com o Sepa AssistênciaOdontológica, e atendeu 230 crianças de seis a 11 anos.

RC DE São Paulo-Liberdade, SP – Companheiros,integrantes do Rotaract Club e do Rotakid locais doa-ram brinquedos para a Fundação Orsa, o que permitiua criação de uma brinquedoteca. Em uma outra iniciati-va, o clube, junto com os demais RCs do distrito, enviouuma equipe de IGE para o distrito 2620, no Japão.

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44 DEZEMBRO DE 2006

D.D.D.D.D. 44704470447044704470

D.D.D.D.D. 44404440444044404440

OS RCs deRondonópolis-Rondon eRondonópolis-Leste, MT,trabalharam nacampanha devacinação contraa poliomielite.Os companheirosentregarambalas para ascrianças.

RC DERondonó-

polis, MT –O clube

inaugurousua primeira

biblioteca,que recebeu

o nome deLuz do

Saber e é destinada a crianças carentes do bairro BoaEsperança. Em outras oportunidades, os companheiros

doaram tintas para o Hospital Psiquiátrico Paulo deTarso, adquiridas com a verba do 1º Porco no Rolete, etrabalharam em uma barraca de pamonha, espetinho

e bebidas no evento Liquidaqui, promovido pelaAssociação Comercial, Industrial e Empresarial de

Rondonópolis.

RC DE Andradina, SP – O RC vem realizando diversasações: montou a praça de alimentação do dia de AçãoSocial, promovido pelo Grupo JBS-Friboi, e, com isso,conseguiu subsídios para atender a cinco entidadesassistenciais locais (foto); participou da campanha devacinação no município; e promoveu o Dia da Farinha,quando distribuiu à comunidade carente uma toneladade farinha de mandioca, obtida junto a produtores.

RC DE Campo Grande-São Francisco, MS – Como Subsídio Equivalente da Fundação Rotária – e emparceria com o RC de Dronfield, Inglaterra (D.1220)– o clube entregou um gabinete odontológicocompleto para o Lar das Crianças com Aids deCampo Grande. O casal governador Gener Silva eRosa esteve presente.

D.D.D.D.D. 44804480448044804480

RC DE Fernandópolis, SP – Com a colaboração doRotaract Club local e do RC de Fernandópolis-Nova Era,promoveu uma quermesse beneficente, em prol do orfa-nato Nosso Lar. Durante o evento, os companheiros lei-loaram leitoas assadas.

EM VISITA Oficial aos clubes dacidade de Votuporanga, em SãoPaulo, o casal governadorBeninho Dalto e Lourdinhaparticipou da campanha devacinação contra a poliomielite.

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BRASIL ROTÁRIO 45

D.D.D.D.D. 45004500450045004500

RC DECampinaGrande-Sul, PB –Companhei-ros inaugu-raram, noNúcleoRotary deDesenvolvi-mento

Comunitário recém-fundado, instalações na reativaçãodo poço tubular, localizado no Sítio Tambor.

RC DE João Pessoa, PB – Para comemorar oDia do Jornalista e o Dia do Médico, o clubehomenageou, respectivamente, os profissionaisGiovanni Meireles (foto) e Gilson EspínolaGuedes. Na foto, o jornalista recebe o Certifi-cado de Excelência das mãos do presidente LuizGonzaga Guimarães Correia, na presença docompanheiro Zenildo Bezerra.

RC DE Esperança, PB –Trocou flâmulas com aintercambiada KarlaAlejandra, do RC deMérida-NuevasGeneraciones, México(D.4200).

RC DEAfogadosdaIngazeira,PE – Juntocom a Casada Amizadelocal, o cluberealizou umbazar benefi-cente etrabalhou nacampanha de vacinação contra a paralisia infantil.Em outra ocasião, a família rotária participou dascomemorações pelos dez anos do Grupo Renascer,celebrados com missa em ação de graças e feijoadadançante.

D.D.D.D.D. 45104510451045104510

RC DEMarília, SP– Com oSubsídioEquivalenteda Funda-ção Rotária– e emparceriacom o RCde Richland,EUA(D.5080) – o

clube entregou dois caminhões destinados à coletaseletiva para a Cooperativa de Trabalho Cidade Limpa(Cotracil). A ação também contou com o apoio daCoca-Cola, que vendeu os veículos, reformados epreparados para atender às necessidades da cooperati-va, a preço abaixo de mercado. Além de doar oscaminhões, os companheiros viabilizaram a regulariza-ção da Cotracil como cooperativa.

RC DE Tupi Paulista, SP – Participoumais uma vez da Feira das Nações deTupi Paulista, servindo seu tradicionalmacarrão. Os companheiros destinarqma renda obtida no evento à FundaçãoRotária e a instituições locais.

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46 DEZEMBRO DE 2006

D.D.D.D.D. 45204520452045204520

RC DEAimorés,MG – Emparceriacom aAssocia-ção dosMunicípi-os daMicror-região doMédio RioDoce e asecretariamunicipal

de Ação Social, realizou o projeto Mãos à Obra, nodistrito de Penha do Capim. Foram oferecidos serviçoscomo emissão de carteiras de trabalho e identidade,aferição de pressão arterial, dosagem de glicose eassistência jurídica. Em outra ocasião, para comemoraro Dia do Soldado, o clube prestou homenagem a oitomilitares da 49ª Cia. de Polícia Militar do Estado deMinas Gerais.

RC DE Coronel Fabriciano-Norte, MG – Para celebrar o Diado Radialista, o clube homena-geou Ademir Cunha, da RádioEducadora. Ao lado da mulher,

Fátima, o profissional recebeu ahomenagem das mãos do

presidente Gerson Soares Barbo-sa, na presença do companheiro

Lúcio André.

D.D.D.D.D. 45304530453045304530

RC DECeilândia, DF –Em Visita Oficial,o governadorLuiz GustavoKuster Prado,junto com opresidenteAmadeu Batistade Amorim e ogovernadorassistente AloísioManzan, plantouuma carnaúbana sede do RC.

D.D.D.D.D. 45404540454045404540

RC DEAraraquara-Santa Angeli-na, SP – Emnome do clube,o ex-presidenteAdemir AntonioTravensolo(esquerda)entregou 150fraldas geriátri-cas ao represen-tante do Hospi-tal PsiquiátricoEspírita Cairbar Schutel, Sergio Carrascosa. As fraldasforam confeccionadas pelo banco mantido pelo RC.

RC DEBebedouro-Solidarie-dade, SP –O clube deuinício aoprojetoTrânsito, como objetivo desalvar vidas,por meio daeducação econscientiza-ção decrianças epré-adolescentes. O projeto visa a implantação doEspaço Rotary de Educação para o Trânsito, que teráuma cidade mirim permanente com mobiliário esistema viário em escala reduzida, além de auditóriopara a realização de palestras.

D.D.D.D.D. 45604560456045604560

RC DE Carmo doCajuru, MG –Com o SubsídioEquivalente daFundação Rotária– e em parceriacom o RC deRampart Range,EUA (D.5470) – o

clube inaugurou a Escola deCostura da Casa do Menor DonaHortência Aparecida Ribeiro. Oespaço foi equipado com 17máquinas de costura, mesas eacessórios.

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BRASIL ROTÁRIO 47

Desde 2003, voluntários de diversospontos do país mobilizam-se em um

mesmo dia e com um objetivo em comum: realizarações sociais simultâneas. É o Dia de Fazer a Dife-rença no Brasil, que já foi abraçado por cerca de 1milhão de participantes em mais de 300 cidadesbrasileiras, desde que começou a ser promovido.Este ano, clubes do distrito 4610, de São Paulo, ade-riram à data.

No Dia de Fazer a Diferença, os projetos realizadospodem ser os mais variados possíveis, indo desde açõesestruturais, como reforma, construção, revitalização elimpeza, a doações de alimentos e móveis, passandopor atividades de recreação e campanhas deconscientização. O que importa é que, ao fim do dia,os voluntários tenham conseguido fazer a diferençana vida dos beneficiados.

O Dia de Fazer a Diferença surgiu em 1992, quan-do foi idealizado pelo jornal americano USAWeekend e pela maior organização mundial volta-da ao voluntariado, Points of Light Foundation (Fun-dação Pontos de Luz). Nos Estados Unidos, o even-to acontece em outubro e, no ano passado, mobili-zou 3 milhões de voluntários.

Companheirismo no Diade Fazer a DiferençaDistrito de São Pauloadere à data quemobiliza voluntáriosem todo o Brasil

O RC de SãoPaulo-Itaim deusuporte ao projetoAsa Branca, emque mutirões demoradores traba-lham no acaba-mento de casasde famíliascarentes

O RC de Santana de Parnaíba-Centro Históricoorganizou atividades lúdicas de recreaçãojunto a entidades do município que atendem apessoas com necessidades especiais

O RC de Cotia-Granja Vianabeneficiou osmoradores da VilaVicentina, quepertence à Socieda-de São Vicente dePaulo e abriga 24pessoas carentes.Os moradoresganharam pizzas,doações de alimen-tos não-perecíveis epuderam receber

sessões de massagem, enquanto algumas reformaseram realizadas no local

D.D.D.D.D. 46104610461046104610

O RC de São Paulo-Alto de Pinheiros promo-veu o 1º Pedágio Solidário e arrecadou maisde 1,5 tonelada de alimentos não-perecíveis,brinquedos e roupas

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48 DEZEMBRO DE 2006

D.D.D.D.D. 45704570457045704570

POR OCA-SIÃO daVisita Oficialdo casalgovernadorWaldirNunesRibeiro eNelly aosRCs dePetrópolis,

Petrópolis-Cidade Imperial e Petrópolis-Itaipava, RJ, companheiros dos três clubesse reuniram em frente ao monumento emhomenagem a Paul Harris.

RC DECampo

Grande, RJ– Os com-panheiros

têm desen-volvido

diversasações, entreelas: realizaram uma campanha de saúde bucal com acomunidade, em Santíssimo (foto); confeccionaram um

outdoor para divulgar o clube; doaram alimentos ematerial de higiene pessoal e limpeza para a Associa-

ção Aliança dos Cegos; reinauguraram seu MarcoRotário; e receberam o coordenador de educação do

Detran local, Gilberto Cetrin, para proferir uma palestrasobre educação no trânsito.

D.D.D.D.D. 45904590459045904590

OS DISTRITOS4590 e 4310promoveram,na cidade dePiracicaba, emSão Paulo, oSeminárioMultidistrital daFundaçãoRotária e doDesenvolvimen-to do QuadroSocial. Na foto,

o diretor do RI, Carlos Henrique Speroni (2º à direita),está acompanhado do EDRI Luiz Coelho de Oliveira, doEGD do distrito 4590 Rubismar Stolf e do casal presi-dente eleito do RC de Santa Cruz das Palmeiras, SP,Natal Aparecido Del Santo e Rosângela.

D.D.D.D.D. 46004600460046004600

RC DE VoltaRedonda, RJ– O clubecompletou 50anos defundação e adata foicomemoradacom festiva,SessãoSolene naCâmaraMunicipal local, e um baile. Os companheirosaproveitaram a ocasião para homenagear ossócios fundadores Ludovico Leonardo Molica,Renato Frota Rodrigues de Azevedo e FranciscoCruz Júnior, acompanhados de suas respectivasmulheres, Maria, Emmy e Adélia.

RC DE Guaratinguetá-Norte, SP – O grupoescoteiro Sarça Ardente,mantido pelo clube,participou de desfile cívicona cidade.

RC DE Engenhei-ro Paulo de

Frontin, RJ – Emparceria com oRotaract Club

local e a Associa-ção Ciclística de

Engenheiro Paulode Frontin, o

clube realizou oDia D Brincar,

com atividades como corrida do saco, dança da cadeira, cabode guerra, corrida com ovo e amarelinha, entre outras. O

evento foi aberto com queima de fogos e, para o encerra-mento, os participantes assistiram a uma apresentação da

fanfarra Comag. Para o lanche, os companheiros distribuíramcachorros-quentes, refrigerantes, pipoca e doces. O Dia D

Brincar também teve como parceiros instituições e comercian-tes locais, além de moradores do município.

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BRASIL ROTÁRIO 49

D.D.D.D.D. 46404640464046404640

D.D.D.D.D. 46204620462046204620 D.D.D.D.D. 46304630463046304630

D.D.D.D.D. 46504650465046504650

RC DE Avaré-Jurumirim, SP– Entregoucestinhas dedoces para as150 criançasatendidas pelainstituiçãoVoluntáriosAnônimos deAvaré. Emoutra ocasião,

o clube, em comemoração ao mês dasNovas Gerações, premiou os líderes desete escolas da rede estadual de ensino.

RC DE MoreiraSales, PR – Em

homenagem aoDia do Agricultor,os companheirosentregaram um

Certificado deReconhecimento

Profissional aAntonio Perandré. Os rotarianos doclube também celebraram o Dia do

Psicólogo, o Dia do Funcionário Público eo Dia da Vovó.

RC DE Ivaiporã, PR – Com oSubsídio Equivalente da Fundação

Rotária – e em parceria com o RC de Arida, Japão(D. 2640) – o clube adquiriu e doou umdesfibrilador portátil para o Corpo de Bombeiroslocal. Os companheiros também promoveram a 8ªCostelada Rotary, em prol da creche ComunidadeInfantil Rotary, mantida pela Associação deSenhoras de Rotarianos local, e participaram dacampanha de vacinação contra a poliomielite.

RC DE Cafelândia, PR – O clube deu início a umprojeto de clorificação a baixo custo da água depequenas comunidades rurais, com o objetivo detorná-la própria para consumo.

RC DE Timbó,SC – Com oSubsídio Equiva-lente da Funda-ção Rotária – eem parceriacom o RC deLohr-Marktheidenfeld,Alemanha(D.1950) – oclube doou umatesoura hidráuli-ca importada para o Corpo de Bombeiros local. Oequipamento é utilizado no resgate a vítimas deacidentes automobilísticos. O ex-presidente IngoRubens Gütz, o prefeito municipal Oscar Schneider, oEGD Ernesto Bremer e o companheiro Horst GüntherGütz participaram da entrega ao sargento Gilmar Korc.

RC DE Salto doLontra, PR –Promoveu, maisuma vez, o játradicionalPasseio Ciclístico,em comemora-ção ao Dia dasCrianças. Oevento ocorreuparalelamenteao projeto AçãoCriança, realiza-do em parceriacom a Associação de Senhoras de Rotarianos local e oSesc de Francisco Beltrão, com apoio da secretaria munici-pal de Educação, Cultura e Esportes. Este ano, o passeiorecebeu 411 inscrições e foram arrecadadas mais dequatro toneladas de alimentos, repassadas a creches dosbairros Olaria e Itaipu. Em outra ocasião, os companheirosentregaram uniformes e material escolar aos alunos daEscola Municipal Estudante Luiz José Penso Baggio.

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50 DEZEMBRO DE 2006

D.D.D.D.D. 46604660466046604660 RC DE Palmitinho, RS – Compa-nheiros do clube na Câmara de

Vereadores, onde homenagearam com umacomenda os educadores mais antigos do município.

D.D.D.D.D. 46704670467046704670

RC DECanela, RS –A governado-

ra AnaGlenda

Viezzer, sóciado clube,ajudou os

companheirosna campanhade vacinação

contra aparalisia infantil. Ao lado da Casa da Amizade e do

Interact, eles também participaram do desfile emcomemoração ao Sete de Setembro; organiza-ram uma reunião dedicada ao mês das Novas

Gerações, com a participação de liderançasjuvenis da cidade; e homenagearam o delegadoLuis Rogério Carvalho de Lima como Profissional

Destaque de 2006.

RC DE Montenegro, RS – O clube cons-truiu e entregou uma capela mortuária àcomunidade de Vila Esperança, regiãocarente do município.

D.D.D.D.D. 46804680468046804680RC DE Porto Alegre-GlóriaTeresópolis, RS – Realizou a 4a

Caravana de Comunicação Social,projeto que visa dar publicidade às causas e obrassociais assistidas pelos Rotary Clubs da capital gaúcha,e que teve apoio de entidades como a AssociaçãoMédica e a Associação dos Juízes do Rio Grande doSul e a OAB do estado. Durante o jantar em queaconteceu o evento, foram arrecadados R$ 800,revertidos à Apae e à Casa de Passagem do Idoso.

D.D.D.D.D. 47004700470047004700O DISTRITOrecebeu a visitade um grupo de

intercambiados portugueses,que encerraram sua viagemparticipando da 1a ConferênciaBidistrital do Rio Grande do Sul.

D.D.D.D.D. 47104710471047104710RC DE Astorga-Rainhada Amizade, PR – Come-morando a Semana da

Pátria, distribuiu kits entre as escolas dacidade contendo um CD e as letras doshinos Nacional, da Bandeira e do municí-pio, entre outros.

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BRASIL ROTÁRIO 51

D.D.D.D.D. 47504750475047504750

RC DE Belo Horizonte-Venda Nova,MG – Companheiros que participaram

do desfile de Sete de Setembro na capital mineira. Àdireita, o presidente da Câmara de Vereadores de BeloHorizonte, Silvinho Rezende.

D.D.D.D.D. 47104710471047104710

D.D.D.D.D. 47204720472047204720

RC DE Primeirode Maio, PR –Durante ascomemoraçõesdo Dia daIndependência,o clube organi-zou um passeiociclístico esorteou duasbicicletas entreas crianças da

cidade. Leandro Silva foi um dos premiados. Ainiciativa contou com o apoio de empresas locaise da Polícia Militar. Durante a festa, também foidivulgado o resultado do concurso de redaçãopromovido pelo RC nas escolas da cidade. Otema deste ano foi “Como mostrar um caminhopara um Brasil melhor”.

RC DE Ananindeua, PA –Todos os sábados, o clube

oferece um curso de orientaçãovocacional para 180 alunos da redepública, com palestras de profissionaisem diversas áreas e encaminhamentopara o mercado de trabalho. Os parti-cipantes ganham material e uniforme.

D.D.D.D.D. 47304730473047304730 RC DE SãoJosé dos

Pinhais, PR – Os companhei-ros divulgaram sua atuaçãona comunidade instalando umoutdoor em comemoração aos60 anos do clube.

RC DE Maricá, RJ –Com o apoio da Se-cretaria Municipal de

Saúde, que cedeu uma de suas uni-dades móveis, os companheiros fize-ram aplicações de flúor em mais de120 crianças da comunidade. Elas ga-nharam escovas de dente e assistiram,ao lado dos pais, a palestras sobre asaúde bucal.

JUNTAMENTE COM a OAB da cidade,os RCs de Niterói-Praias Oceânicas,Niterói-Leste e Niterói-Icaraí, RJ,realizaram o Dia da Cidadania.

D.D.D.D.D. 47604760476047604760

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52 DEZEMBRO DE 2006

D.D.D.D.D. 44304430443044304430

Mutirão de Cataratachega à quinta edição

Projeto de sete clubes atendeu 21 mil pacientes este ano

SETE CLUBES de São Paulo sereuniram para combater a cata-

rata na quinta edição do Mutirão de Cirurgia.O evento recebeu mais de 6.000 inscriçõesprévias e foi realizado no estacionamento doCentro Comercial Leste Aricanduva, sob a co-ordenação do companheiro Gilson Barreto, doRC de São Paulo-Tatuapé. De acordo com aestimativa da Polícia Militar do Estado de SãoPaulo, mais de 21 mil pessoas estiveram pre-sentes. Após os exames, 1.825 cirurgias foramagendadas.

Além do clube citado, também trabalharamno mutirão os RCs de São Paulo-Água Rasa,São Paulo-Artur Alvim, São Paulo-Itaquera, SãoPaulo-Piqueri Novas Gerações, São Paulo-VilaFormosa, e São Paulo-Vila Matilde Centenário. Oevento mobilizou 1.100 voluntários, entre médicosoftalmologistas e técnicos da área, auxiliares de en-fermagem, estudantes de medicina e de cursosprofissionalizantes da área de saúde, e movimentoescoteiro, entre outros. A ação contou também como apoio de 30 empresas e instituições públicas eprivadas locais, como Asa Remoções, Associação Ligadas Senhoras Muçulmanas para o Centro CulturalÁrabe Islâmico do Brasil, Associação dos Delegadosda Polícia Federal em São Paulo, Centro Universitá-rio Metropolitano de São Paulo e Companhia deSaneamento Básico do Estado de São Paulo.

Desde o primeiro mutirão,em 2002, o projeto recebeu45.994 inscrições, que resulta-ram em 1.990 cirurgias realiza-das e no diagnóstico de 4.805casos de outras doenças ocula-res. Considerado a maior açãode saúde ocular da região, oprojeto do Mutirão de Cirurgiade Catarata já recebeu trêsprêmios de responsabilidadesocial.

FILA PARA o atendimento: o mutirão é omaior do gênero na região

O EVENTO foiapoiado por 1.100

voluntários

APÓS OS exa-mes, 1.825pacientes tiveramcirurgiasagendadas

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BRASIL ROTÁRIO 53

A BR é uma dasrevistas rotárias

que mais dedicamespaço às açõesrealizadas pelosclubes e distritos.Todos os meses,publicamos diver-sas páginas comfotos que ilus-tram o que vemacontecendo nosRotary Clubs, Ca-sas da Amizade, Rotaracts e Interacts de todo o país.

Para que isso aconteça, nós contamos com a suacolaboração, leitor. É fundamental que suas cartas ee-mails sejam enviados à redação de forma correta,incluindo o nome completo do clube, o local e a dataem que foram realizados os projetos e um breve rela-to sobre a importância deles para sua comunidade.Lembramos que a Brasil Rotário não publica possesou fatos que possam obter o merecido destaque noboletim do clube.

Se o seu projeto foi feito com a ajuda de parceiros,envie seu nome completo – sejam eles outros RotaryClubs, entidades ou empresas públicas e privadas doBrasil e do exterior. No caso das siglas, explique-nos oque elas significam.

Um detalhe muito importante: envie um telefonede contato (com o código de DDD) para que possa-mos falar com você em caso de dúvida.

FOTOS

Dê preferência às imagens que demonstrem movi-mento. Quanto menos posada a foto, melhor. É in-dispensável que as fotos tenham foco e nitidez (cuida-do com a contraluz!) e estejam completamenteidentificadas, contendo o nome e o sobrenome detodos os fotografados (no caso dos grupos de até seispessoas, nominados a partir da esquerda). Uma boadica é que seja contratado um fotógrafo profissionalpara fazer a cobertura dos eventos mais importantes.

Se a sua foto for de papel, não escreva nada noverso, e tenha o cuidado de protegê-la bem ao enviarpelo correio. Quando as fotos forem digitais – envia-das por e-mail, disquete ou CD – é necessário queelas tenham pelo menos 300 DPIs de resolução. Se oenvio for feito por e-mail, pedimos que o tamanhodos anexos não supere 1 MB.

Se você tiver alguma dúvida, entre em contato com aredação:

e-mail: [email protected]: 21-2509-8142endereço: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar CEP: 20040-006 Rio de Janeiro – RJ

Nós e os rotarianos de todo o Brasilestamos esperando para ver o seu clube na revista.

VEJA SEU CLUBE NA

BRASIL ROTÁRIO

D.D.D.D.D. 47704770477047704770

RC DE Alto Taquari,MT – Com a torcida dosfamiliares e de inte-grantes do Interact –que formaram a Cara-vana Mais Numerosa eganharam um troféu –os companheiros joga-ram futebol durante o

encontro interclubes realizado na cidade de Mineiros, GO.Essa união tem ajudado a Família Rotária de Alto Taquari adesenvolver diversos projetos comunitários, como as visitasmensais feitas às escolas da cidade para incentivar a fre-qüência às aulas, inclusive com a entrega de prêmios aosalunos mais assíduos. O clube participou da última etapa devacinação contra a paralisia infantil, organizou o 3o Festivalde Massas com Vinhos (que teve a renda revertida à Festadas Crianças, organizada em parceria com a prefeitura) edeu a partida em um projeto que fornece verduras a umaentidade assistida pela Pastoral da Criança.

RC DE Rio Verde, GO –O companheiro GeraldoMartins e o presidenteMagnaldo de Rezende aolado das 50 novascadeiras de rodas adquiri-das com a venda dechaveiros promocionais.

D.D.D.D.D. 47804780478047804780RC DE Bagé-Sul, RS – ASanta Casa de Caridade foium dos hospitais e escolasda cidade que receberam aslixeiras destinadas à coletaseletiva que vêm sendo do-adas pelo clube. Os compa-nheiros também trabalha-ram na última etapa da

Campanha Nacional de Vacinação.

RC DE Bagé-Campa-nha, RS – Com a ren-da do 1o Jantar Cam-peiro, doou catorzemesas-de-cabeceira aoInstituto Geriátrico Josée Auta Gomes. O Insti-tuto Caminho da Luztambém foi beneficia-do pela ação.

RC DE Aracaju-Novas Gerações, SE –Doou três estantes com livros à Casa de

Apoio O Bom Samaritano, que cuida de pacientessoropositivos. A iniciativa faz parte do projeto MultiplicandoConhecimento.

RCs DE São Paulo-Novas Gerações eSão Paulo-Sudeste , SP – Fizeram uma

festa para cerca de 800 crianças alunas de 18 Escolas daFamília. O evento teve atividades recreativas, shows e dis-tribuição de lanches.

D.D.D.D.D. 43904390439043904390

D.D.D.D.D. 44204420442044204420

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54 DEZEMBRO DE 2006

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Senhoras em Ação

AS SENHORAS da Casa da Amizade de Salto,SP(D.4310) promoveram o jantar beneficente

Primavera Luso-Brasileira – Lembranças de Portugalpara 200 participantes. Na celebração, além da

comida e música típicas, houve a presença doCorpo de Baile Cidade de Salto, que apresentou adança corridinho português. A renda obtida com o

evento será destinada à Casa de Belém.

A ASSOCIAÇÃO de Famílias de Rotarianos de SantoAndré-Norte, SP(D.4420) realizou sua tradicional feijoa-da beneficente, em prol das entidades por ela assistidas.

AS INTEGRANTESda Casa daAmizade de SantaRita do PassaQuatro, SP(D.4540)realizaram um chácolonial com direitoa sorteio de brindes.Na foto, a presiden-te Glaucia DelsinCassago ao lado deTereza CristinaStocco Giaretta,que ganhou umaparelho de DVD.

APROXIMADA-MENTE 300

pessoascompareceram

à 16ª ediçãodo chá anualbeneficente

oferecido pelaAssociação

de Rotarianosde Salto do

Lontra,PR(D.4640).

Música aovivo, números

teatrais e dedança do ventre animaram o evento, em que também

foram exibidos vídeos de projetos mantidos ou apoiadospelas senhoras ou pelo RC local, e material enviado

pela intercambiada Suellen Warmling, que está naTurquia. A mãe da jovem, Arlete, ofereceu pratos típicos

daquele país para serem degustados no chá.

EM PARCERIA com os RCs de Porto Alegre-São João, RS(D.4670), Porto Alegre-Glória Teresópolis, ColégioSalesiano Dom Bosco e Centro de Integração Empresa-Escola local, a Casa da Amizade de Porto Alegre,RS(D.4680) deu início ao Curso para Alfabetização de Adul-tos. A iniciativa já beneficiou uma turma de 17 alunos de21 a 75 anos de idade.

A CASAda Amiza-

de deCachoeira

do Sul,RS(D.4780)

ofereceumais uma

vez seutradicional

CaféColonial.

As própriassenhorasprepara-

ram todos os quitutes do evento e destinaram a rendaobtida a entidades assistenciais.

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Novos Companheiros Paul Harris

BRASIL ROTÁRIO 55BRASIL ROTÁRIO 55

Faça sua doação à Fundação Rotária do BrasilFaça sua doação à Fundação Rotária do Brasil

D.D.D.D.D. 44304430443044304430

AGRACIADO:RICARDORastrello,sócio do RC deSão Paulo-Freguesia doÓ, SP.ENTREGUEPOR: ex-presidenteRoseli

Buonano e presidente Vera Lucia Penteado Borges.

D.D.D.D.D. 44704470447044704470

AGRACIADOS:JOSÉ Carlos

Salgado eWlamir Pontes,

ex-presidentesdo RC de Birigüi-

XIX de Abril, SP.

AGRACIADO:PAULO CezarTamanini, ex-governadorassistente eex-presidentedo RC deIvinhema, MS.ENTREGUEPOR: EGDOswaldoCasarotti.

D.D.D.D.D. 44904490449044904490

AGRACIADO:MAXIMILIANOLoureiro, doRC de Impera-triz-Entronca-mento, MA.ENTREGUEPOR: governa-dor JúlioD’AlbuquerqueLóssio, na

presença do presidente Ronaldo Tomaz de Aquino.

AGRACIADA:VALÉRIACarvalho

Weyne, mulherdo EGD José

Háteras e Silva.ENTREGUE

POR: governa-dor Júlio

D’AlbuquerqueLóssio.

AGRACIADO:MARCOSPina, compa-nheiro do RCde Fortaleza-Oeste, CE.ENTREGUEPOR: governa-dor JúlioD’AlbuquerqueLóssio.

D.D.D.D.D. 45004500450045004500AGRACIADA: ZÉLIA Corrêa deOliveira Moraes, companheirado RC do Recife-Espinheiro, PE.

ENTREGUE POR: casal EGD e ex-presidente JoséAlbert Van Drunen e Liana.

AGRACIADA: TELMA Maria Barreto Biscontini,ex-presidente do RC do Recife-Frei Caneca, PE.

ENTREGUE POR: EGD Alberto de FreitasBrandão Bittencourt.

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Novos Companheiros Paul Harris

56 DEZEMBRO DE 2006

D.D.D.D.D. 45104510451045104510D.D.D.D.D. 45004500450045004500AGRACIADO:MANOELRibeiroVarejão,companheirodo RC doRecife-Espi-nheiro, PE.ENTREGUEPOR: casalEGD e ex-

presidente José Albert Van Drunen e Liana.

AGRACIADO:RICARDOAparecido dosReis, governa-dor assistente ecompanheirodo RC de TupiPaulista, SP, napresença dopresidente

Rogério Calazans Plazza.

AGRACIADO:ALON, filho do

governadorAlonso Campoi

Padilha Jr.ENTREGUE

POR: Vania,mãe do agraci-

ado e mulherdo governador.

D.D.D.D.D. 45804580458045804580

AGRACIADO:JOSÉ Carlos

Dias, sócio doRC de Ponte

Nova-Piranga,MG, ladeadopelos compa-

nheiros MaríliaFialho Gomes,

Maura Maria da Silveira Salgado e Juan Tumba Noé.

AGRACIADOS:JOSÉ BasilioBeltrame eBeatrizTerezinhaCoradi, sócios doRC de CerqueiraCésar, SP, comuma safira e um

título Paul Harris, respectivamente.ENTREGUE POR: casal governador Valter Zamur e Márcia.

D.D.D.D.D. 46204620462046204620

AGRACIADA:MARIA LuizaMoechelMilano,companheirado RC deSorocaba, SP,acompanhadado marido,Carlos Milano,tambémrotariano, enas presenças

do EGD Gilberto Carvalho de Oliveira, do ex-presidenteHélio Sola Aro e do companheiro Vanderlei Duarte.

D.D.D.D.D. 46604660466046604660

AGRACIADO:MARIO AntonioRibas Alegretti,companheiro doRC de SantaMaria-Dores, RS.ENTREGUE POR:Themístocles A. C.Pinho, diretor

2007-09 do RI, na presença do ex-presidente Nelson Greff.

D.D.D.D.D. 46704670467046704670AGRACIADO:SILVÉRIOUtzig, sócio doRC deMontenegro,RS, na compa-nhia da mulher,Elira.ENTREGUEPOR: governa-dora Ana Glenda Viezzer Brussius, na presença dogovernador assistente e ex-presidente Adelírio Faleiro.

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Novos Companheiros Paul Harris

BRASIL ROTÁRIO 57

D.D.D.D.D. 47804780478047804780

D.D.D.D.D. 47004700470047004700

AGRACIADO: LUIZAntonio Colussi,companheiro do RCde Passo Fundo, RS.ENTREGUE POR: ex-presidente JonesGabriel Guedes,afilhado do agracia-do.

D.D.D.D.D. 47404740474047404740

AGRACIADO:HERMINDOOrsatto, do RCde Xanxerê, SC,ladeado porVanessa e MateusZanella e pelocasal presidenteSergio LuizZanella e Vânia.

D.D.D.D.D. 47704770477047704770

AGRACIADOS:LORENA GouvêaGonçalvesRodrigues eValdir AntonioNiedermeier, comsafiras, e MiltonPessoa Morbeck,Maria AliceRibeiro e JardelAdonisNiedermeier, com

títulos Paul Harris, no RC de Santa Rita do Araguaia,GO-Alto Araguaia, MT.

AGRACIADA: SHIRLEYCarnielo Louzada Lunardi,integrante da Casa daAmizade de Alto Taquari, MTe coordenadora assistentedas Casas da Amizade daárea IX do distrito.ENTREGUE POR: VivianeJoice Briancini Machado,ex-coordenadora assistentedas Casas da Amizade daárea IX do distrito.

AGRACIADO:ROBERTO

Carlos Lunardi,governadorassistente e

companheiro doRC de Alto

Taquari, MT.ENTREGUE POR:

ex-governadorassistente

Zulmiel Barbo-sa Machado.

AGRACIADOS: DELVEAUX Vieira Prudente eMaria Mont’Serrat, casal ex-presidente do RC deGoiânia, GO.ENTREGUE POR: casal presidente Paulo TadeuMachado e Elisa.

AGRACIADO: PAULORoberto Farias, ex-presidente do RC deLivramento-Integração, RS.ENTREGUE POR:presidente JoséZart.

AGRACIADO:EDUARDODomingues,acompanha-do damulher,Claudia, enas presen-ças do casalpresidentedo RC deUruguaiana,RS, Renato Carpes da Costa e Izabel, de Eliane Florese do governador assistente Roberto Custodio.

Page 60: Brasil Rotário - Dezembro de 2006

58 DEZEMBRO DE 2006

ALFABETIZAÇÃOParabéns pelas matérias sobre alfabetizaçãoque foram publicadas este ano. Isso mostraque nós, rotarianos, estamos cada vez maisconscientes que é de nossa responsabilida-de cobrar das autoridades ações concretaspara educar o povo brasileiro.

Nelia Menezes Tortorelli, sócia do Ro-tary Club de Campo Grande-Pantanal, MS(D.4470).

● ● ●

HISTÓRIA RECONTADANunca é tarde para aprender, diz um adá-gio popular. Já ultrapassando a casa dos 70anos, ao ler a edição 1011 da Brasil Rotá-rio chamou-me a atenção o artigo “Datada Independência: 7 de setembro ou 2 dejulho?” (do historiador e rotariano Franciscode Souza Brasil). Até então, não sabia que aBahia comemora a Independência em outradata... Parabéns ao autor e à revista.

Hernani José de Castro, sócio do Ro-tary Club de São Gonçalo do Rio Abaixo,MG (D.4520)

● ● ●

IGEFiquei muito feliz ao ler a matéria sobre aviagem do grupo de IGE do distrito 4600 àColômbia (“O IGE e as lições sociais apren-didas na Colômbia”, edição 1011). O jor-nalista Roberto Bretanha descreveu exata-mente aquilo que senti em relação ao povocolombiano quando participei do mesmointercâmbio em 2005.

Ricardo Witte, sócio do Rotary Club deCarapicuíba, SP (D.4610)

● ● ●

OUTRAS CORRESPONDÊNCIASA revista recebeu mais correspondênciascumprimentando o companheiro RobertoParaíso Rocha, sócio do Rotary Club doRio de Janeiro, RJ (D.4570) pelo artigo“Advocacia no século 21”, publicado naedição de agosto. Entre elas, destacam-se as cartas do jurista e professor AlbertoVenâncio Filho, membro da AcademiaBrasileira de Letras, e do advogado Fran-cisco Massá Filho.

● ● ●

Parabenizo a todos pela excelente qualida-de da revista.

Fábio Almeida, sócio do Rotary Clubde Presidente Prudente-Sudoeste, SP(D.4510)

Coluna do chairmanda Fundação Rotária

São muitas as razões que levam as pessoas a contribuir com aFundação Rotária. Mesmo que elas não tenham a intenção de

serem reconhecidas, ainda assim é importante divulgar o seuato. O programa de reconhecimento formal da Fundação teveinício em 1957, com a criação do título Companheiro Paul Harris.O primeiro agraciado foi Allison G. Brush, um EDRI norte-ame-ricano que doou US$ 1.000 à Fundação Rotária naquele ano.Atualmente, já existem mais de 1 milhão de Companheiros PaulHarris em todo o mundo – e o prêmio tem sido uma das maispoderosas fontes de contribuição à nossa entidade.

Em 1983, foi criado o Companheiro Paul Harris por DoaçõesMúltiplas, destinado aos que já têm o título mas pretendem ele-var o seu nível de contribuição. Em 1987, criamos a categoriaMajor Donor – ou Doador Extraordinário – voltada às contribui-ções ao Fundo Anual de Programas, que incluiu outros fundos,como o Fundo Permanente, criado em 1991, quando tambémfoi criada a categoria de Benfeitor. Em 1999, foi a vez de lançar-mos a Sociedade de Legados, que tem o objetivo de assegurardoações futuras e possui hoje, surpreendentemente, a marca demais de 5.000 membros.

No entanto, muitos doadores não desejam que suas doaçõessejam publicadas, o que é respeitado pelo Rotary, uma organizaçãointernacional que congrega pessoas de diferentes culturas e, porisso mesmo, respeita hábitos e costumes diferentes.

Poucas entidades ostentam um sistema de reconhecimentoaos seus doadores tão completo e bem administrado como aFundação Rotária. Nós gostaríamos de agradecer profundamen-te todos aqueles que vêm nos apoiando.

LUIS VICENTE GIAYEPRI e presidente do Conselho de Curadores

da Fundação Rotária

Comoagradecemos

ROTARIANODESDE 1949, ocompanheiroJosé SilvanoPortes, de 96anos de idade,é sócio do RCde Taguatinga,DF (D.4530).Companheiro

Paul Harris, nestes 57 anos devida rotária ele foi presidentede clube por duas vezes eajudou na fundação de quatroRCs. Portes é o autor da“Cartilha Rotária”, hoje em sua10a edição.

COM Apresençadas filhas,do genro edos netos,o EGD AryAdreazza,sócio do RCde PortoAlegre-Leste, RS (D.4670) ganhoudos companheiros de clubeuma festa em homenagemaos seus 90 anos de idade e63 de vida rotária. Em umdiscurso inesquecível, eleagradeceu o presente: “É umdos momentos mais emocio-nantes da minha vida”.

Companheiro, se você tem 50 anos de Rotary ou mais,envie sua foto para a Brasil Rotário:

● E-mail: [email protected]ço postal: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andarCentro – Rio de Janeiro – CEP: 20040-006

Cartas& Recados

Page 61: Brasil Rotário - Dezembro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 59

Q

☺A velhinha entra no quartel e vaidireto para o escritório dos oficiais.

– Capitão, eu vim visitar meu neto,Sérgio Ricardo. Ele serve no seu regi-mento, não é?

– Até ontem, sim!– Por que só até ontem?– Porque hoje ele pediu licença

para ir ao enterro da senhora...

☺Durante o jantar, a patricinhaanuncia para toda a família:

– Mamãe... papai... estou grávida!– Como?! – pergunta o pai, preo-

cupado.– Estou grávida! – repete a menina.– E quem é o pai? – pergunta a

mãe, atônita.– Eu sei lá! Vocês nunca me dei-

xaram namorar firme!

☺Mais de meio século de harmoniatotal naquele casamento. Aí ele mor-re, e não demora muito, ela tambémvai para o céu. Lá encontra o maridoe corre até ele:

– Querido! Que bom te encon-trar.

– Não vem não, assombração! Otrato foi: “Até que a morte nos sepa-re”.

☺O Quim, o Zé e o Joca estavamtrabalhando numa obra, quando oQuim caiu do 15º andar e morreu.

O Zé disse:– Alguém devia ir dizer à mulher

dele.Ao que o Joca respondeu:– Eu sou bom com essas coisas,

eu vou.Passada uma hora, o Joca estava de

volta com um engradado de cerveja.O Zé perguntou:

– Onde arranjou isso?– Foi a viúva do Quim que me deu

– respondeu o Joca.– Como? Você fala que o marido

morreu e ela te dá uma caixa de cerve-ja? – pergunta o Zé. Então o Joca co-meça a explicar:

– Não foi bem assim. Quando elaabriu a porta eu disse:

– Você deve ser a viúva do Quim.E ela respondeu:– Não, eu não sou viúva.E eu disse:– Quer apostar um engradado de

cerveja?Colaboração do companheiro Hertz

Uderman.

☺Desesperado, o chefe olha para orelógio, e já não acreditando que umfuncionário chegaria a tempo de forne-cer uma informação importantíssimapara uma reunião, liga no celular parao tal:

– Alô! – atende uma voz de crian-ça, quase sussurrando.

– Alô. Seu papai está?– Tá... – ainda sussurrando.– Posso falar com ele?– Não – diz a criança bem baixinho.Meio sem graça, o chefe tenta falar

com algum outro adulto:– E a sua mamãe? Está aí?– Tá.– Ela pode falar comigo?

– Não. Ela tá ocupada.– Tem mais alguém aí?– Tem... – sussurra.– Quem?– O “puliça”.Um pouco surpreso, o chefe con-

tinua:– O que ele está fazendo aí?– Ele tá conversando com o pa-

pa i , com a mamãe e com o“bombelo”.

Ouvindo um grande barulho dooutro lado da linha, o chefe pergun-ta assustado:

– Que barulho é esse?– É o “licópito”.– Um helicóptero!?– É. Ele “tlosse” uma equipe de

busca.– Minha nossa! O que está acon-

tecendo aí? – o chefe pergunta, jádesesperado.

E a voz sussurra com um risinho:– Eles tão me “puculando”.

☺Joãozinho, ao descobrir quenasceu no Brasil, seu pai na Ale-manha e sua mãe no Japão, per-gunta:

– Nossa, e como foi que nos co-nhecemos?

☺Joãozinho estava vendo um anti-go álbum de fotografias, quando viuuma foto e foi perguntar para suamãe:

– Mãe, quem é esse homembonitão ao seu lado?

A mãe respondeu:– É o seu pai.E Joãozinho disse:– Então quem é aquele gordo ca-

reca sentado ali no sofá?Extraídas da internet.

Rodrigo

2007Que em 2007

venhamos a colher

um mundo melhor.

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