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Informativo -7ª série A - Ano XIX - 24 de outubro de 2009 Colégio Antônio Vieira
A cultura do século XIX buscava copiar os cânones e estilos europeus, tanto como se adaptar a
cultura dos diferentes povos. Naquela época, predominava o antropocentrismo e os povos
estudavam a ciência, a fim de evoluir. No livro “O Alienista” de Machado de Assis, o médico
Dr. Simão Bacamarte fazia questão de estudar a ciência, evoluir e prestar serviço à humanidade.
Divirta-se com os jogos
mais loucos que você já
viu!
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de toda a independência do
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Informativo -7ª série A - Ano XIX - 24 de outubro de 2009 Colégio Antônio Vieira Pág.2
Editorial
O Alienista, famosa obra de
Machado de Assis, impressionou
a população de sua época, isto é
século XIX. O livro debate de
forma incrível e convincente a
loucura vista por trás da ciência,
que era dita como verdade
absoluta daquele tempo. A
história de Simão Bacamarte,
médico inquieto, morador de uma
vila fluminense chamada Itaguaí,
que vivia de perguntas e loucuras
envolve a “Casa Verde”,
manicômio o qual ele internou até
a esposa. Machado de Assis,
pioneiro do realismo, escreveu
esta obra em sua época de ouro,
uma grande narrativa que encanta
de idosos a jovens.
Este livro tem muitas
importâncias, como o abranger,
de uma forma diferenciada, um
período distantes do vivido agora.
Revela também uma forma de
agir e pensar a loucura, que é
escondida no estudo obsessivo da
ciência de Simão Bacamarte.
Os alunos da 7ª A
pretendem mostrar o quanto
aprenderam e enriqueceram sua
cultura com esta obra. Com
opiniões e conclusões próprias,
cada estudante interpretou de
maneira única o livro
machadiano. Machado de Assis
mostrou as várias faces da
loucura com drama e ironia e que,
de certa forma, podem ser
transportados para os tempos
atuais, basta cada um fazer sua
interpretação sobre esta obra, que
é uma verdadeira relíquia
nacional.
Flávia Soares e Isabela Macedo
Social do século XIX enfoca desigualdade
Sabe-se que, historicamente, em
alguns aspectos, o Brasil Império do século XIX não se diferencia muito da
nossa realidade atual. Naquela época, a
sociedade já era bem dividida e, assim como hoje, a ciência era sinônimo de
poder. Afirma-se que, dividida em
várias classes sociais, tendia-se a
favorece a alguns poucos „‟privilegiados‟‟. Pessoas com grande
poder aquisitivo tinham forte influência
em relação ao modo de pensar, vestir, falar e até mesmo o modo de se
comportar.
“A ciência, por exemplo, estava muito em moda na época, o que não se
diferencia dos dias atuais. No século
XIX, a palavra de um cientista era lei, devido à perda influência religiosa e a
aceitação de novas teorias científicas”,
declara a professora de literatura, Inês
Burgos. No livro “O Alienista”, segundo a professora Marise Portela,
Machado de Assis enfoca bem essa
problemática.
Fernanda Monteiro e Júlia Perez
O Alienista traz cultura da época
Afirma-se que, no século
XIX, a distância entre a cultura erudita e popular era bastante grande.
Enquanto a primeira buscava ser uma
cópia fiel dos cânones e estilos europeus, a segunda era formada pela
adaptação de culturas dos diferentes
povos que formaram o povo brasileiro
em um conjunto de valores, estéticas e hábitos mais próximos da realidade
popular e dos cidadãos humildes.
E certo que, naquela época, a
predominância era o
antropocentrismo; o homem é o
centro da terra. No antropocentrismo, os povos estudavam a ciência com o
objetivo de evoluir, exatamente como
Simão Bacamarte. Segundo pesquisadores e leitores, no livro “O
Alienista”, Machado de Assis revela a
vontade de Dr. Simão em estudar a
ciência, evoluir e prestar serviço à humanidade. “Simão é um cientista
louco, que é capaz de qualquer coisa
pelos estudos,” diz Carlos Félix, pesquisador da UFBA (Universidade
Federal da Bahia.)
Hugo Ettore e Thiago Aguiar
Brasil independente
Em 7 de setembro de 1822, O Brasil tornou-se independente de Portugal.
Conta-se que isso ocorreu quando D. Pedro viajava e recebeu uma nova carta de Portugal que anulava a Assembléia Constituinte e exigia a volta imediata dele para
a metrópole. “Próximo ao riacho do Ipiranga levantou a espada e gritou:
“Independência ou Morte”! Ainda existem marcas do antigo mandato de Portugal no Brasil, já que este era muito explorado,” afirma a historiadora da UFBA,
Marineusa, 34. Depois de independente, o país vem até hoje se reerguendo e
evoluindo da tamanha exploração. Sabe-se que, ainda, é comemorado com um
desfile a data de 7 de setembro, já que esta é marcante.“ Eu desfilo todo ano e acho muito lindo e interessante.” Beatriz, 13.
. No livro “O Alienista”, ainda se vê marcas da política do século XIX. No
decorrer da história, vemos também o absolutismo, já que o ilustre médico, Dr. Simão Bacamarte mandava em tudo e em todos, devido a sua profissão. Sabe-se
que até hoje ainda existem médicos que pensam que podem mandar e, muitas
vezes, fazem muitas coisas de errado, porque se acham no direito, assim como Simão que internava no manicômio, todos aqueles que julgava ser louco. “Perdi a
minha irmã, devido a um remédio receitado incorretamente,” afirma Isabela, (44).
Isabela Gomes e Beatriz Lobão
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Expediente
Colégio Antonio Vieira
Diretor: PE. Domingos Mianulli
Coord. Geral: Mariângela
Coord. Pedagógica: Léa Pontes
Orientadora: Rosânia
Editoras: Marise e Karina
Diagramação: Flávia Soares, Isabela
Gomes, Isabela Macedo e Rafaela Landim
Professores: Ana Fátima, Angel, Carlos
Félix, Júnior, Lívia, Marise, Sandra, Suzana
e Verônica
Colaboradores: Gráfica CAV (Nilson);
Informática Educacional: Suzana
Monitoras de Inf.: Josy e Graziela
Textos: 7ª A
A associação da ciência com a política
No século XIX, era alarmante a associação da
ciência com a política. Muitos
escritores criticaram este fato, e
Machado de Assis é um deles. O referido autor escreve “O
Alienista” que critica
intensamente a política e a ciência do século XIX. Mesmo
escrita neste século, essa obra se
reflete em muitos fatos que acontecem nos dias de hoje.
Este clássico da literatura
brasileira não é fácil de ser
interpretado. No mesmo século em
que o livro foi escrito, o
Imperialismo predominava e as autoridades das capitanias ainda
eram subordinadas à autoria do
vice-rei. A política era vista de
duas formas: uma associada ao acúmulo de conhecimento
científico e a outra estimulada
às grandes artes européias, “O Alienista” e seu realismo mudou
a forma de as pessoas pensarem
em todo o mundo.
Lysandro Costa e Gabriel
Ramos
Salvador - Bahia
Viagem da Mente
Há poucos dias, li um
clássico de Machado de Assis, “O Alienista”. É um livro muito
interessante de personagens
únicos. Na história, Simão Bacamarte, o personagem
principal, é um renomeado
doutor conhecido em toda
Europa, que volta à sua cidade natal, Itaguaí, no interior do Rio
de Janeiro, para pesquisar e
estudar mais a fundo a loucura. Esse médico decide fundar um
hospício no lugar, “A Casa
Verde”, para poder aprofundar
seus estudos sobre a loucura. O livro é um retrato da
época, elaborado por um dos
maiores escritores brasileiros de todos os tempos. O Alienista é
uma obra maravilhosa, que eu
recomendo a todos. Além de apresentar uma história intrigante
e instigante, apresenta também
informações riquíssimas, como o
valor que é atribuído à ciência antigamente. Essa obra nos leva a
uma reflexão mais profunda
sobre valores e o que é loucura afinal.
Fernanda Monteiro e Júlia Perez
Salvador-Ba
O domínio científico Sou uma cidadã indignada, pois no século XIX, até hoje os
que dizem serem médicos tentam controlar a vida dos outros. No
livro “O Alienista”, Machado de Assis faz uma denúncia ao domínio da ciência, por meio do personagem Simão Bacamarte,
que era um cientista e criador de um manicômio; ele abrigava no
local todos que julgava ser “louco”.
Na atualidade, por exemplo, as pessoas vão ao psiquiatra por uma simples depressão no intuito de curar-se e este especialista
receita remédios fortes que podem até matá-las. A cada sessão, esse
médico recebe uma quantia alta para conversas com o seu paciente e ouvir sobre seus problemas. Esse tratamento, que é essencial á
saúde mental, deveria ser mais acessível à população e feito com
maior responsabilidade, uma vez que muitas pessoas dele precisam.
Rafaela Landim e Pedro Dias
Salvador - Bahia
A ciência em discussão
Conversava com um amigo sobre
um tema muito curioso:
- Pedro, li um livro muito
interessante do tão maravilhoso autor Machado de Assis, O Alienista. Depois de
lê-lo, entendo por que ele é tão respeitado e
porque suas obras não se apagam com o
decorrer do tempo, até mesmo porque esse livro foi escrito em 1882, época em que a
escravidão nem havia sido abolida ainda.
- Meu Deus! Já ouvi falar muito nesse escritor, mas nunca parei para ler
nenhuma de suas obras.
- Leia, meu amigo! Você não vai se arrepender.
- Fala exatamente sobre o quê? –
perguntou ele com interesse.
- Ah, fala de um médico, chamado Simão Bacamarte, que escolheu a vila de
Itaguaí para seu Universo, julgando a todos
dessa pequena cidade como loucos por motivos fúteis. Ele chegou a prender sua
própria esposa por estar em dúvida entre
dois colares! E no final... Ah, não vou te
contar o final. - Nossa que absurdo!
- Pois é! A ciência naquela época era
tida como verdade absoluta. O poder que ela exercia sobre a sociedade era um absurdo!
Tudo que era dito pelos médicos estava certo
e pronto, fim de papo. Ainda bem que, nos dias de hoje, o diálogo já é aberto.
- É ainda bem. Irei ler o livro, agora
fiquei curioso.
-OK! Leia mesmo, garanto que é muito bom. Agora tenho que ir.
Amanda Carvalho, Camila Souza e
Monine Trigo
Informativo -7ª série A - Ano XIX - 24 de outubro de 2009 Colégio Antônio Vieira Pág.4
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TRANSLATE THE WORDS
FOR ENGLISH!
O Alienista
Assim que Simão em Itaguaí chegou,
A casa verde ele criou,
Essa em pouco tempo lotou,
E o negócio com isso decolou,
Loucos não pararam de chegar,
Com isso Simão só fazia estudar
Dona Evarista não conseguia suportar
E no Rio de Janeiro quis passear.
Após um tempo Simão, perdeu quatro
quintos da população
O que gerou uma grande confusão
O vereador deu a solução:
Todos os presos seriam soltos por Simão.
Simão estudou, estudou e estudou,
Com isso constatou
Que louco se tornou,
Então, rapidamente, se internou.
Leonardo Libonatti e Hélio Neto.
A LEITURA NOS DEIXA VIAJAR POR
MUNDOS DESCONHECIDOS.
EMBARQUE
NESSA TAMBÉM! Raphaela Lisbôa Fernanda Monteiro e Júlia Perez
Isabela Macedo
Flávia Soares e