brasil de fato rj - 099

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Carioca utiliza artes urbanas para denunciar machismo da sociedade Anarkia: “Precisamos abrir o olho e exigir nossos direitos” Cultura | pág. 8 e 9 Divulgac a o A demolição de casas na favela do Metrô-Mangueira terminou em violência na semana passada e chamou a atenção para o problema da falta de moradia no Rio de Janeiro. De acordo a pesquisa do Senso 2010, são mais de 220 mil famílias sem habitação só na ci- dade do Rio. Para a defensora pública Maria Lúcia Pontes não existe política de moradia no Rio, mas sim política de remoção. 3 a 10 de junho de 2015 • distribuição gratuita Ano 3 | edição 99 Divulgac a o/Al Gahrafa Pablo Vergara/Brasil de Fato Ricos precisam pagar mais impostos Projeto de lei prevê taxação de grandes fortunas Brasil | pág.9 Forrozinho 0800 Grupo Caramuela se apresenta de graça ao lado do Teatro João Caetano nesta quarta-feira (3) Esporte | pág. 16 Blatter sai da FIFA, Zico quer entrar Quatro dias após reeleição, Blatter renuncia. Zico se anima a ocupar posto Divulgac a o Divulgação Cultura | pág.11 Cidades e Editorial | págs. 2 e 5 Remoção é marca da política de moradia no Rio

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Page 1: Brasil de Fato RJ - 099

Carioca utiliza artes urbanas para denunciarmachismo da sociedade

Anarkia: “Precisamosabrir o olho eexigir nossosdireitos”

Cultura | pág. 8 e 9

Divulgacao

A demolição de casas na favela do Metrô-Mangueiraterminou em violência na semana passada e chamoua atenção para o problema da falta de moradia noRio de Janeiro. De acordo a pesquisa do Senso 2010,

são mais de 220 mil famílias sem habitação só na ci-dade do Rio. Para a defensora pública Maria LúciaPontes não existe política de moradia no Rio, massim política de remoção.

3 a 10 de junho de 2015 • distribuição gratuita

Ano 3 | edição 99

Divulgacao/Al Gahrafa

Pablo Vergara/Brasil de Fato

Ricos precisampagar mais impostosProjeto de lei

prevê taxação degrandes fortunas

Brasil | pág.9

Forrozinho 0800Grupo Caramuela se apresenta de graça ao lado do Teatro JoãoCaetano nesta quarta-feira (3)

Esporte | pág. 16

Blatter sai da FIFA, Zico quer entrarQuatro dias após reeleição, Blatter renuncia.Zico se anima a ocupar posto

Divulgacao

Divulgação

Cultura | pág.11

Cidades e Editorial | págs. 2 e 5

Remoção é marcada política de moradia no Rio

Page 2: Brasil de Fato RJ - 099

Uma semana após o Bra-sil de Fato RJ noticiar umaparalisação na Universidadedo Estado do Rio de Janeiro(Uerj) por conta da falta depagamento de trabalhadoresterceirizados e péssimas con-dições de assistência paraestudantes-, um novo acon-tecimento tomou os noticiá-rios. Estudantes da univer-sidade se juntaram a um pro-testo de moradores da favelaMetrô-Mangueira contra aremoção forçada realizadapela prefeitura. Eles foramreprimidos com violênciapela PM e seguranças ter-ceirizados da universidade.

O Reitor da Uerj, em notado dia seguinte, justificou aviolência acusando a “asso-

ciação perigosa entre mem-bros da Uerj com pessoasestranhas à nossa universi-dade”. Dizia que assim estariaevitando que “o terror se ins-tale entre nós”. Declaraçõeslamentáveis.

O MOTIVO SÃO AS OLIMPÍADAS

A favela Metrô-Mangueirasurgiu na década de 1980como uma ocupação espon-tânea dos trabalhadores queconstruíram a linha dois dometrô e não tinham praonde ir após o trabalho. Elavem sendo removida desde2010 devido às obras dasOlimpíadas de 2016. Assim,o Rio vai se tornando umacidade modelo pra gringo

ver, sem o povo, que vai sen-do mandado pra cada vezmais longe. Essas seriam as“pessoas estranhas” que o

Reitor da Uerj menciona, eque, como diz a nota, o es-tariam aterrorizando.

Esse caso mostra uma facedo drama do povo trabalha-dor do Rio de Janeiro: aosolhos dos poderosos, são“pessoas estranhas”. Não temdireito à moradia digna. Nãopodem sequer entrar numauniversidade, que são acu-sados de levarem o “terror”.

ESTUDANTES HONRARAM HISTÓ-RICO DA UERJ

Ao se unirem à manifes-tação dos moradores, coubeaos próprios estudantes daUerj honrarem o históricoda instituição, de ser a pri-meira do país a implementarpolítica de cotas, para negrase negros e para estudantesde escola pública. De per-mitir assim, que o povo te-nha acesso à universidadepública, que quase semprefoi negada a ele por não po-der pagar caro por uma es-cola privada e um cursinhopré-vestibular.

Deram assim, o exemplodo que deveria ser o pa-

pel de todas/os estu-dantes: defender os di-reitos do povo, se re-conhecer como parte

dele. E fazer com que auniversidade brasileira

tenha cada vez mais acara e a cor do povo.

PREVISÃO DO TEMPO

Quarta-feira, 3 de junho • Rio de Janeiro, Brasil

26 ºC | F

Parcialmente nublado

Rio de Janeiro, 3 a 10 de junho de 2015 02 | Opinião

EDITORIAL

CONSELHO EDITORIAL:

Alexania Rossato,

Antonio Neiva (in memoriam),

Joaquín Piñero, Kleybson

Andrade, Mario Augusto

Jakobskind, Rodrigo Marcelino,

Vito Giannotti EDITORA:

Vivian Virissimo (MTb 13.344)

REPÓRTERES:

André Vieira, Bruno Porpetta,

Fania Rodrigues e Pedro

Rafael Vilela

COLUNA SINDICAL:

Claudia Santiago

FOTÓGRAFO:

Pablo Vergara

ADMINISTRAÇÃO:

Carla Guindani

DISTRIBUIÇÃO:

Kleybson Andrade

DIAGRAMAÇÃO:

Stefano Figalo

TIRAGEM MENSAL:

200 mil exemplares

Desde 1º de maio de 2013

O jornal Brasil de Fato circulasemanalmente em todo o paíse agora com edições regionaisem Minas Gerais e no Rio deJaneiro. Queremos contribuirno debate de ideias e na análisedos fatos do ponto de vista danecessidade de mudançassociais em nosso país e emnosso estado.

(21) 4062 [email protected]

30 de abril a 6 de maio de 2015 • distribuição gratuita

Ano 2 | edição 94

Ag

ênci

a/Pa

rana

PM reprime com violência

educadores no Paraná

Trabalhadores resistem contra mudanças

na previdência propostas por Beto Richa PSDB

Des

info

rmem

onos

Brasil pág.7

Trabalhadorescontra terceirização

Centrais sindicais e

movimentos sociais

convocam ato uni2cado

na Lapa para 1/5

Juventude contra reduçãoda maioridade

Movimentos 2zeram

intervenções em 23

estados brasileiros

contra mudança na lei

Cidades pág.4

Pab

lo V

erg

ara/

Bras

il d

e Fa

to

Divulação

Rafael Stedile

No dia 1º de maio de 2013 foi lançada a versão tabloide do Brasi

l de Fato no Rio de Janeiro.

Em dois anos de existência nosso esforço é para

construir uma comunicação pautada

pelas demandas do povo, com a cara do povo. Um jornal que possibilite ao leitor uma

visão popular do Brasil e do mundo. Especial págs.8 e 9

Ingressos esgotados

para Botafogoe Vasco

Maracanã estará

lotado para grande

2nal do Carioca no

domingo (3)

“Sociedade ignora

racismo”, dizDanny Glover

Ator concedeu entrevista

exclusiva ao Brasil de Fato

Esporte pág.16

Cultura pág.11

Brasil pág.7

Divulgacao/CUT

Mundo pág.6

População se revolta contra

violência da PM nos EUA

Movimento negro se insurge contra racismo

da polícia que matou jovem em Baltimore

Brasil de FatoRJ comemora 2 anos nas ruas do Rio

Mar

celo

Sad

io/V

asco

EXPEDIENTE

Universidade deve se pintar de povo

“Estudantesda Uerj deramexemplo do quedeveria ser opapel de todas/osestudantes: defender os direitos do povo_________________

Page 3: Brasil de Fato RJ - 099

Policiais condenados porforjar flagrante

Dois policiais milita-res foram condenadosnesta terça-feira (2) a 36dias de prisão por forjarum flagrante duranteuma manifestação em2013, no Rio. O majorFábio Gonçalves e o te-nente Bruno César Fer-reira foram acusados deter atribuído a posse deum rojão a um manifes-tante, que foi preso porcausa disso. A pena, noentanto, foi suspensa pordois anos, em condiçõesa serem fixadas pelojuízo da execução penal.

Major acusadoda morte Amarildo têmprisão revogada

A Auditoria de JustiçaMilitar revogou a prisãodo major da Polícia Mi-litar Edson Santos, ex-comandante da UPP daRocinha acusado departicipar da tortura emorte do pedreiroAmarildo de Souza, em2013. No entanto, omajor continuarápreso, porque ele aindatem um mandado deprisão pela tortura emorte de Amarildo, emprocesso que corre na35ª Vara Criminal.

Rio de Janeiro, 3 a 10 de junho de 2015 Geral | 3

Professores e professoras em greve se acor-rentam às gradesda Secretaria Muni-cipal da Educaçãode São Paulo, napraça da República,no centro da capi-tal paulista, nestasegunda-feira (1º)

EM FOCO

mandoubem

O deputado federal WadihDamous (PT) sugeriu queo presidente da Câmara,Eduardo Cunha (PMDB),convoque um referendo paraque o povo decida sobre ofinanciamento empresarialde campanhas. Será que osempresários doam para ospolíticos por bondade?

Paulo Pinto/Fotos Públicas

Gustavo Lima/Câmara dos Deputados

mandoumal

Flagrado assistindo a um ví-deo pornográfico duranteuma importante sessão naCâmara dos Deputados, odeputado João Rodrigues(PSDC-SC) deu uma descul-pa bem esfarrapada para oflagrante: “Assisti, mas deletei”.Isso lembra aquele papo de“fumei, mas não traguei”...

Cla?udio Araújo

30 de abril a 6 de maio de 2015 • distribuição gratuita

Ano 2 | edição 94

Ag

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PM reprime com violência

educadores no Paraná

Trabalhadores resistem contra mudanças

na previdência propostas por Beto Richa PSDB

Des

info

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Brasil pág.7

Trabalhadorescontra terceirização

Centrais sindicais e

movimentos sociais

convocam ato uni2cado

na Lapa para 1/5

Juventude contra reduçãoda maioridade

Movimentos 2zeram

intervenções em 23

estados brasileiros

contra mudança na lei

Cidades pág.4

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Rafael Stedile

No dia 1º de maio de 2013 foi lançada a versão tabloide do Brasil de F

ato no Rio de Janeiro.

Em dois anos de existência nosso esforço é para constr

uir uma comunicação pautada

pelas demandas do povo, com a cara do povo. Um jornal que possibilite ao leitor uma

visão popular do Brasil e do mundo. Especial págs.8 e 9

Ingressos esgotados

para Botafogoe Vasco

Maracanã estará

lotado para grande

2nal do Carioca no

domingo (3)

“Sociedade ignora

racismo”, dizDanny Glover

Ator concedeu entrevista

exclusiva ao Brasil de Fato

Esporte pág.16

Cultura pág.11

Brasil pág.7

Divulgacao/CUT

Mundo pág.6

População se revolta contra

violência da PM nos EUA

Movimento negro se insurge contra racismo

da polícia que matou jovem em Baltimore

Brasil de FatoRJ comemora 2 anos nas ruas do Rio

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Você tem uma sugestão de pauta?Envie para: [email protected]

30 de abril a 6 de maio de 2015 • distribuição gratuita

Ano 2 | edição 94

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PM reprime com violência

educadores no ParanáTrabalhadores resistem contra mudanças

na previdência propostas por Beto Richa PSDB

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Trabalhadorescontra terceirização

Centrais sindicais emovimentos sociais convocam ato uni2cado na Lapa para 1/5

Juventude contra reduçãoda maioridadeMovimentos 2zeramintervenções em 23estados brasileiros contra mudança na leiCidades pág.4

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Rafael Stedile

No dia 1º de maio de 2013 foi lançada a versão tabloide do Brasil de Fato no Rio de Janeiro.

Em dois anos de existência nosso esforço é para construir uma comunicação pautada

pelas demandas do povo, com a cara do povo. Um jornal que possibilite ao leitor uma

visão popular do Brasil e do mundo. Especial págs.8 e 9

Ingressos esgotadospara Botafogoe VascoMaracanã estará lotado para grande 2nal do Carioca nodomingo (3)

“Sociedade ignora racismo”, dizDanny GloverAtor concedeu entrevistaexclusiva ao Brasil de Fato

Esporte pág.16

Cultura pág.11

Brasil pág.7

Divulgacao/CUT

Mundo pág.6População se revolta contra

violência da PM nos EUAMovimento negro se insurge contra racismo

da polícia que matou jovem em Baltimore

Brasil de FatoRJ comemora 2 anos nas ruas do Rio

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Câmara vota redução da maioridadepenal até o fim do mês, diz Cunha

“A juventude precisade mais cultura, mais educação e menoscadeia”disse Chico Buarqueem apoio à campanha amanhecer contra a redução.

FRASE DA SEMANA

Wikipedia

O presidente da Câmarados Deputados, Eduardo Cu-nha (PMDB-RJ), reafirmounesta segunda-feira (1°) quepretende votar em plenárioaté o fim deste mês a pro-posta de emenda à Consti-tuição (PEC), que reduz amaioridade penal de 18 para16 anos. No domingo (31),ele havia postado em seuTwitter que vai sugerir aorelator que seja feito um re-

ferendo sobre a redução damaioridade penal para pro-mover um “grande” debatesobre o tema.

Nesta segunda (1°), o mi-nistro da Secretaria de Co-municação Social da Presi-dência da República, EdinhoSilva, reforçou a posiçãodo governo, contrária àredução da maiori-dade penal. Edi-nho reiterou que

o governo não acredita quea redução da maioridade pe-nal vá reduzir a criminali-dade no Brasil.

Agência Senado

Page 4: Brasil de Fato RJ - 099

Cerca de 150 jornalistas eestudantes de jornalismoparticiparam, no final demaio, do II Fórum dos Jor-nalistas do Sul Fluminense,em Barra Mansa. Na ocasiãofoi realizada assembleia queaprovou a criação da Asso-ciação dos Jornalistas do SulFluminense e elegeu umacomissão provisória de 12membros responsável pelaelaboração do seu estatuto.Ele deverá ser aprovado emnovo encontro que aconte-cerá em um prazo de 90 dias.Ao final. O II Fórum aprovoua Carta de Barra Mansa. Nodocumento, os jornalistasdefendem a democratizaçãoda mídia e denunciam a vio-lência contra os profissionaisde comunicação.

A volta da exigência do di-ploma de jornalismo para oexercício profissional e o re-

púdio ao projeto que ampliaa terceirização tambémconstam do texto. A Cartade Barra Mansa considerauma conquista a implanta-ção do piso regional dos jor-nalistas e denunciou as em-presas que estão demitindoprofissionais para não pa-garem o salário definido pelaLei estadual. ”O II Fórumfoi um sucesso e marcou ahistória da categoria na re-gião. O desafio agora é avan-çar na mobilização e forma-lizar a nossa associação”, co-

memorou o jornalista e pro-fessor Alvaro Britto, membroda comissão eleita.

O evento foi aberto porpalestra sobre "O empreen-dedorismo nas novas mí-dias", com o jornalista Migueldo Rosário, editor do blog OCafezinho, e a consultora doSebrae, Alcione Vilamil. Tam-bém foi prestada uma ho-menagem à jornalista aísTorres, que participou da or-ganização do I Fórum, mortapor atropelamento em SãoPaulo no ano de 2008.

Rio de Janeiro, 3 a 10 de junho de 2015 4 | Cidades

Sul Fluminense:repúdio a demissõesde jornalistas

de Barra Mansa

II Fórum regional da categoria tambémresultou na criação de uma associação

Em carta, jornalistas e estudantes defendem a democratização da mídia

Divulgacao

Legado AmeaçadoRoberto Stuckert Filho/ PR

Os governos do PT foramgovernos contraditórios. Aomesmo tempo em que fi-zeram imensas concessõesao grande capital nacionale internacional, adotaramdiversas políticas importan-tes, que favoreceram a po-pulação mais pobre e os tra-balhadores, em geral.

Um dos exemplos das po-líticas positivas para os tra-balhadores foi a expansãodas universidades federais.Através do programa REUNI,o governo aumentou o nú-mero de vagas, levou as uni-versidades para o interiordo país, contratou milharesde professores e permitiuque jovens das regiões maispobres passassem a ter aces-so ao ensino superior.

O governo tambémcriou programas e bolsasde pesquisa que permiti-ram a esses alunos perma-necer na universidade, semter que trabalhar para sesustentar. Quem conheceuas universidades federaisnos anos 90, na época deCollor e FHC, sabe que hou-ve muitas mudanças paramelhor, durante os gover-nos petistas.

SITUAÇÃO PRECÁRIAA atual política de ajuste

fiscal ameaça reverter boaparte desses avanços. A si-tuação das universidadestornou-se precária, devido

aos cortes de verbas. Os pro-blemas se manifestam, prin-cipalmente, nos atrasos dospagamentos de trabalhado-res terceirizados, que cuidam

da segurança, da limpeza eda manutenção das univer-sidades. Muitos não recebemhá meses. Mas também háproblemas com alguns tiposde bolsas e com a infraes-trutura das instituições.

GREVE DOS PROFESSORES

A manutenção do “ajus-te” irá aprofundar essa si-tuação. Neste momento, ogoverno já enfrenta umagreve de professores dasuniversidades federais porreivindicações que vão mui-to além dos salários e quedizem respeito ao financia-mento das universidades.Com o ajuste fiscal, o quehavia de positivo no legadodo governo está ameaçadode desaparecer.

Atual política de ajuste fiscal ameaça reverter avanços

Quem vai pagar a conta? | Darlan Montenegro

“Com o ajuste fiscal, o que havia de positivono legado do governo estáameaçado de desaparecer________________

A prefeitura do Rio terá que reduzir a tarifa dos ônibusmunicipais para R$ 3,25. Segundo oTribunal de Contas, asempresas não podemrepassar o custo dagratuidades de alunosda rede municipalpara os usuários. Oprefeito Eduardo Paesainda pode recorrer.

Pablo Vergara/Brasil de Fato

Page 5: Brasil de Fato RJ - 099

Remoções é a marca dapolítica de moradia no Rio

Rio de Janeiro, 3 a 10 de junho de 2015 Cidades | 5

A Câmara de Vereadoresdo Rio de Janeiro aprovou,no dia 19 de maio, uma leique prevê a desapropriaçãode imóveis por interessesocial no município. Autordo projeto, o vereador Rei-mont (PT) conta como issofuncionará na prática.

Brasil de Fato – Em quesituações esses imóveis po-derão ser desapropriados?Reimont - Poderão ser

desapropriados aquelesimóveis que estão vazios,sem nenhum uso, duranteo período de cinco anosou mais. Nossa intenção éque espaços sejam desti-nados para assentar pes-soas de baixa renda. Esseprojeto vem atender a ne-cessidade de milhares defamílias que estão semcasa no Rio de Janeiro.

Brasil de Fato – Qual opróximo passo?

A lei foi aprovada e en-viada ao prefeito EduardoPaes para ser sancionada.

Mas ainda existe a possi-bilidade de veto, pois o pre-feito pode barrar essa lei.Sabemos que a especula-ção imobiliária é grandena cidade. Nesse caso, aCâmara poderia votar no-vamente e derrubar o veto.

Brasil de Fato – Mas oprefeito tem apoio damaioria na Câmara. Comopretendem fazer isso?

Estamos convocandomovimentos sociais e va-mos pressionar os verea-dores para derrubar oveto, caso ele aconteça,e assim sancionar esseprojeto através da Câmarade Vereadores.

Ao pé do ouvido | Vereador Reimont (PT)

Projeto de lei prevêdesapropriação deimóveis vazios

Reimont: “Projeto ainda depende da sanção de Paes”

Cenário de destruição na favela Metrô Mangueira; moradores foram avisados da demolição no dia

Pablo Vergara/Brasil de Fato

Divulgacao/Camara de Vereadores do RJ

Um protesto contra a de-molição de casas na favelado Metrô-Mangueira, loca-lizada no Maracanã, termi-nou em violência na semanapassada e causou ainda maisrevolta nos moradores. Ofato chamou a atenção parao problema da falta de mo-radia no Rio de Janeiro.

De acordo a pesquisa doSenso 2010, são mais de220 mil famílias sem habi-tação só na cidade do Rio.No estado esse número che-ga a 515 mil, o que repre-senta 10% do saldo negativode casas no Brasil.

Para a defensora públicaMaria Lúcia Pontes nãoexiste política de moradiano Rio, mas sim política de

remoção. “É bom que sediga que desde o ano 2000não há programa de regu-larização fundiária nas fa-velas cariocas. As políticaspúblicas são sempre basea-das na remoção”, destaca adefensora, coordenadorado Núcleo de Terras e Ha-bitação da Defensoria Pú-blica do Rio de Janeiro.

Desde 2007, Maria Lúciaatua na defesa de moradoresda Vila Autódromo, locali-zada na zona oeste. “Na co-munidade Metrô-Mangueirao processo de remoção foidiferente da Vila Autódromo.Na Mangueira não houvenegociação e foi muito maisviolento. Já na Vila Autódro-mo a luta era mais antiga,desde 2003 os moradores lu-tam por reconhecimento deseus direitos. Então a táticado governo é jogar moradorcontra morador”, denunciaa defensora pública.

Os moradores da Metrô-Mangueira também criticama maneira como tudo foi fei-

to, já que só foram avisadosda demolição no dia. Muitosperderam tudo o que ti-nham, pois não houve tempopara retirar seus pertences.

MOVIMENTOS COBRAM SOLUÇÃO

Movimentos sociais quelutam pela moradia reivindi-cam a ampliação e a demo-cratização do programa Mi-nha Casa Minha Vida. O di-retor da Central de Movimen-tos Populares (CMP), MarceloEdmundo, explica que “agran de maioria, cerca de 80%,das famílias que não têm casavivem com menos de três sa-lários mínimos. E está pio-rando, porque as empreiteirascontratadas pelo ProgramaMinha Casa Minha Vida cons-tróem poucas casas para essafaixa de renda e quando o fa-zem, constróem em lugaresdistantes”. Isso cria outros pro-blemas, como dificuldadesno acesso à escola, serviçose trabalho, assim como o caosno transporte urbano.

Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)

De acordo com o Senso 2010 mais de220 mil famílias nãotêm habitação no Rio

Page 6: Brasil de Fato RJ - 099

Caetano e Gildevem cancelarshows em Israel, pedeRoger Waters

Roger Waters, ex-Pink Floyd,enviou uma carta para o co-mitê nacional palestino daBDS (campanha global deboicote, desinvestimento esanções) em que pede queos músicos brasileiros Cae-tano Veloso e Gilberto Gil nãose apresentem em 28 de julhoem Tel Aviv, em Israel.

Na internet, a coordenaçãoda BDS no Brasil está por trás

de um movimento chamado"Tropicália não combina comapartheid", que já coletoumais e 10 mil assinaturas peloboicote dos concertos.

Na carta, o compositor bri-tânico recorda o “ataque brutalde Israel à população palestinade Gaza”, quando mais de 2.200palestinos morreram na opera-ção israelense “Margem Prote-tora” em 2014. (Opera Mundi)

Cuba sai de lista de países patrocinadores do terrorismo

Rio de Janeiro, 3 a 10 de junho de 2015 6 | Mundo

Cuba saiu da lista de paísespatrocinadores do terrorismona última sexta-feira (29). Oanúncio foi realizado pelachancelaria do Departamentode Estado. A saída de Cubada lista de patrocinadores doterrorismo – onde permane-cem apenas Irã, Síria e Sudão –se baseia no fato de que a ilha“não proporcionou nenhumsuporte ao terrorismo interna-cional nos últimos seis meses”e, além disso, “deu garantias deque não os apoiará no futuro”.

A medida foi renovada pe-los EUA ao longo de 33 anos,sob o protesto de Havana ede diversos blocos integra-cionistas da região.

A manutenção de Cuba nalista era o mecanismo jurí-dico que legitimava a impo-sição de sanções, como aproibição da venda e expor-tação de armas, e impediaque o país tivesse acesso aosrecursos do Banco Mundiale de outros órgãos interna-cionais. (Opera Mundi)

EUA retiram Cuba da lista de países terroristas

Mais de 4.200imigrantes são resgatados no Mediterrâneo

Ao menos 4.243 imigrantesque tentavam chegar à Europaforam resgatados em embar-cações no Canal da Sicília,que separa o norte da Áfricado sul da Itália, somente noúltimo sábado (30), informoua Guarda Costeira italiana.

Trata-se de um dos maisintensos dias registrados detráfego de imigrantes em2015. Para resgatar essas pes-soas, foram necessárias 22operações que envolveramItália, Irlanda, Alemanha, Bél-gica e Grã-Bretanha.

Divulgação/Cuba Debate

MAIS AMOR Milhares decadeados colocadospor casais na ponte"Pont des Arts"começaram a serretirados nestasegunda-feira (1º),em Paris. O peso dossímbolos românticosestava deteriorandoa ponte do século 19.

Sophie Robichon

Atentadosuicida noIraque

Pelo menos 40 poli-ciais iraquianos e mili-tantes xiitas foram mor-tos e 25 ficaram feridosna explosão de um car-ro-bomba perto da ci-dade de Faluja, no centrodo Iraque, nesta segun-da-feira (1º).

As forças iraquianase as milícias xiitas lan-çaram recentementeuma ofensiva em Al An-bar para recuperar Ra-madi, a capital da pro-víncia. Ramadi foi toma-da pelos jihadistas nodia 17 de maio em umaoperação relâmpago queforçou a fuga dos solda-dos iraquianos. A perdade Ramadi foi vista comoum duro revés para ogoverno de Bagdá.

Caetano e Gil pressionados para não fazer show em Israel

Stringer-IRAQ

EM FOCO

Divulgação

Page 7: Brasil de Fato RJ - 099

Na última semana, o go-verno federal conseguiu apro-var boa parte das medidas deajuste fiscal no Congresso, queincluíram regras mais duraspara concessão de direitos tra-balhistas e previdenciários,como o acesso à pensão pormorte e ao seguro-desemprego.Agora, cresce a pressão paraque os setores mais ricos dopaís também assumam umaparte significativa do arrochonas contas públicas, o que atéagora não ocorreu. Por causadisso, ganhou força novamentea proposta de regulamentaçãodo imposto sobre grandes for-tunas (IGF). Esse imposto éum dos sete tributos previstosna Constituição Federal de1988, mas único que, até hoje,não foi regulamentado.

Países como França eSuíça aplicam essa cobran-ça para corrigir distorçõestributárias e garantir maisigualdade entre os cidadãosque pagam impostos. “Nãose faz justiça social somenteatravés do gasto público,mas também através do sis-tema de arrecadação tribu-tária. E por isso defendoeste movimento de refor-mas tributárias progressivasno Brasil”, analisou o sena-dor Lindberg Farias (PT-RJ), em entrevista recenteao jornal O Globo.

POBRE PAGA MAISNo Brasil, cerca de 40% da

carga tributária é compostapor impostos indiretos, quesão aqueles embutidos nosprodutos, que acabam pe-sando mais no bolso dos maispobres ao fazer compras nosupermercado, por exemplo.Como resultado, a populaçãode mais baixa renda com-promete 32,8% dos seus ren-dimentos com impostos, en-quanto os 10% mais ricosgastam 22,7% da sua rendacom tributos.

“As classes médias e os mais

pobres pagam, proporcional-mente, muito mais impostosque os mais ricos. E é por issoque acho que são os ricos,prioritariamente, que devemarcar com o ônus do reequi-líbrio fiscal”, afirma o senadorLindberg Farias (PT-RJ).

JUSTIÇA TRIBUTÁRIAMestre em Finanças Pú-

blicas e ex-secretário de Fi-nanças na gestão da prefeitaLuiza Erundina em São Pau-lo, Amir Khair é especialistano assunto. Em março, du-rante entrevista concedida àrevista Carta Capital, Khairestipulou que o governo po-deria arrecadar mais de R$100 bilhões de reais em im-postos se implantasse a ta-xação das grandes fortunas.Esse valor é muito superiorao que o governo Dilma quereconomizar esse ano (cercade R$ 66 bilhões) como partedo ajuste fiscal.

Na avaliação do econo-mista, se os patrimônios aci-ma de R$ 1 milhão fossemtaxados (com uma alíquotabaixa, de até 1%), no máximo5% da população brasileiraseria atingida e, como resul-tado, o governo poderia ali-viar a carga tributária sobreo consumo, que no Brasil éuma das mais altas do mun-do. O reequilíbrio tributáriopoderia não só ampliar a ar-recadação, como ativar oconsumo, exatamente o con-

trário do que ocorre atual-mente com a economia emdepressão e os cortes sobre-carregando os trabalhadores,ressalta Khair.

PROJETO DE LEIA própria base do governo

está liderando o movimentoem favor do imposto sobregrandes fortunas. O senadorPaulo Paim (PT-RS) proto-colou na semana passada,um projeto de lei (PLS315/2015), que institui a ta-xação sobre patrimônio ouherança apenas de quempossuir acima R$ 50 milhões.A medida, de acordo com oparlamentar, poderia rendermais de R$ 50 bilhões em ar-recadação para o governo.“Vários países importanteso utilizam, e não se com-preende a resistência encon-trada para sua instituição noBrasil”, observa Paim na jus-tificativa do projeto.

Não é a primeira vez queum projeto como este é apre-sentado no Congresso. O pró-prio senador Paim já teveuma proposta parecida en-gavetada há dois anos. Ou-tros partidos, como PSOL,também propuseram a re-gulamentação do imposto.Pesquisa de um site de notí-cias, realizada em janeiro, re-velou que 58% dos deputadosfederais da atual legislaturasão a favor da taxação degrandes fortunas.

Rio de Janeiro, 3 a 10 de junho de 2015 Brasil | 7

A presidenta Dilma Rousseffsancionou o projetode lei que regulamen-ta o trabalho das em-pregadas domésticasnesta terça-feira (2). O empregador somente passará a ter obrigações decumprir a lei após a regulamentação.

EBC Memorias

Ricos também devempagar pelo ajuste fiscal

Pedro Rafael VilelaBrasília (DF)

Regulamentação do imposto sobregrandes fortunaspoderia render bilhões de reais em arrecadação

Brasileiro com mais de R$ 1 milhão deveriam pagar mais impostos

Divulgação

Page 8: Brasil de Fato RJ - 099

Nascida e criada no su-búrbio carioca, PanmelaCastro utiliza o grafite comoferramenta na luta pelaigualdade entre homens emulheres. Espalhadas pordiversos países e assinadaspor Anarkia, seu nome ar-tístico, suas obras mostramo universo feminino numaperspectiva da não submis-são ao homem, da luta con-tra o machismo e da liber-dade para as mulheres.“Precisamos colocar ele-mentos na arte que abramespaço para o debate de gê-nero”, pontua a artista.

Um desses trabalhos po -de ser visto na esquina daRua do Lavradio com aRua Visconde do Rio Bran-co, em frente à DelegaciaEspecial de Atendimentoa Mulher (DEAM), no cen-

tro do Rio. Em um murode 336 m², Panmela fezem 2014 um grafite em co-memoração ao 8º aniver-sário da Lei Maria da Pe-nha, lei que aumentou origor das punições contracrimes domésticos prati-cados contra as mulheres.

GRAFITE CONTRA A VIOLÊNCIA

Em 2008, a artista iniciouo “Grafite contra a ViolênciaDoméstica”, projeto desen-volvido em favelas cariocascom o objetivo de chamaratenção para as agressõespraticadas contra as mu-lheres. Já em 2010, fundoua ong Rede Nami, coletivoque utiliza as artes urbanaspara dar visibilidade aos di-reitos das mulheres. Açõesque levaram Panmela a serescolhida em 2012 comouma das “150 mulheres queagitam o mundo” pelo siteestadunidense Daily Best.

André Vieirado Rio de Janeiro (RJ)

Grafite como resistênc

Rio de Janeiro, 3 a 10 de junho de 2015 8 | Cultura

Na madrugada de terça (2), um adolescente confessoua participação no assassinato do médicoJaime Gold, na Lagoa.A Divisão de Homicí-dios já havia encerra-do o caso. O suspeitoinocentou o jovem de 16 anos apontado pela polícia como o autor do crime.

Fernando Frazão/ABr

Criz Murr

Divulgação

Jaime Rojos

SERVIÇOExposição “EVA” – Panmela Castro // 7 de julho a 19 de agosto //Galeria Scenarium (Rua do Lavradio, nº 15). // Quanto? 0800

Arte de Panmela retrata maças em referência a Eva próximo à Estação Leopoldina

Page 9: Brasil de Fato RJ - 099

cia feminista

Rio de Janeiro, 3 a 10 de junho de 2015 Cultura | 9

A partir do dia 7 de julho,Panmela Castro estrearásua nova exposição no Rio:“Eva”. Reunindo 14 pintu-ras, as obras fazem partede uma pesquisa que re-trata a luta pela autoafir-mação das mulheres emum mundo ainda domi-nado pelo machismo. Ementrevista ao Brasil deFato, a grafiteira fala sobreo sentido político de suaarte e manda um recadoàs leitoras do jornal.

Brasil de Fato - O que po-demos esperar da exposi-ção “Eva”?Panmela Castro - É uma

pesquisa que eu faço sobreo mito de Eva. A exposiçãonão aborda religião, elafala sobre transgressão.Fala sobre a mulher quenão obedece. E hoje emdia, do jeito que as coisasestão, nós temos que nãoobedecer mesmo pra tentarmudar o que está aí. Porquese as mulheres ficarem sóobedecendo, de forma sub-missa, nós estamos ferra-das. Eu fiquei obcecada poressa história da maçã, damordida. Em todos essesséculos, a história de Evafoi usada pra dizer que amulher não é confiável,para botar a mulher em se-gundo plano.

Brasil de Fato - E comofoi enfrentar o machismodentro do mundo do gra-fite?

No início era fácil, porque,como eu não era tão femi-nista, eu não via as coisas.Eu sofria muito preconceito,mas passava despercebido.Depois que eu comecei aidentificar, a entender, eufiquei revoltada, de sacocheio dos caras. Por isso re-solvi que eu mesma iria fazerminhas próprias paradas.Faço minhas exposições,chamo quem eu quero, façoo grupo das meninas, paranão precisar depender doscaras. A gente faz tudo dojeito que a gente quer semprecisar do aval deles.

Brasil de Fato - Qual o re-cado que você manda àsleitoras do Brasil de Fato?

Muito mais que encararo preconceito e as desi-gualdades de frente, é pre-ciso entender e perceberesses preconceitos. Às vezesa gente passa por diversassituações que não consegueidentificar as razões daquiloacontecer. Precisamos abriro olho para as situações eexigir os nossos direitos. Amulher é muito exploradano trabalho, tem muito as-sédio e às vezes a gentedeixa passar as coisas.

Ao pé do ouvido | Panmela Castro

“Estamos ferradas se as mulheres ficarem sóobedecendo”

Panmela em encontro feminista em Cochabamba

ay

Divulgação

Divulgação

Mural na Rua do Lavradio em frente à Delegacia da Mulher simboliza Leia Maria da Penha

Anarkia divulgou sua arte em Nova York em prédio que é referência para grafite e Hip Hop

Page 10: Brasil de Fato RJ - 099
Page 11: Brasil de Fato RJ - 099

A Bíblia tambémvirou novela

Rede Record

Recebi uma carta de umadistribuidora do jornal, aElaine Ribeiro, na últimasemana e ela critica queescrevo muito das novelasde um canal só. Ela tem ra-zão! É sempre bom revernossos conceitos. O entre-tenimento realmente é di-verso. Obrigado pelo toque,é sempre construtivo dia-logar com o leitor, ter certezade que a gente é lido...

Já aproveitando o tema,tenho assistido à novela “OsDez Mandamentos”, daRede Record, no ar há doismeses. Para mim ela é umainovação. Não apenas porser o primeiro folhetim ba-seado na Bíblia, mas tam-bém por trazer uma dra-maturgia alternativa aos en-redos já desgastados.

ANTIGO TESTAMENTOOs casos da vida de Moi-

sés, de seu nascimento atéa chegada do povo hebreuà Terra Prometida, passandopela fuga do Egito atravésdo Mar Vermelho e o en-contro com Deus no MonteSinai, é o fio condutor datrama. Mas de 100 anos dahistória narrada por algunslivros do Antigo Testamentosão contados nas quatro fa-ses da novela.

Para quem não se lembradas aulas de ensino religio-so, por volta dos anos 1300a.C, o poderoso Faraó Seti

(interpretado por ZécarlosMachado), inimigo do povohebreu, manda matar todosos bebês israelitas. Mas umbebê é salvo por sua família

e colocado num cesto debambu no Rio Nilo. A prin-cesa, filha do Faraó, encon-tra a criança. Batizado Moi-sés (Guilherme Winter), eleé criado como príncipe dacorte egípcia.

FILIAÇÕES RELIGIOSAS    

A crítica aponta que anovela ganhou parte da au-diência da polêmica “Ba-bilônia”, pois dividem umperíodo do mesmo horário.Dizem também que a Re-cord vem investindo naprodução, já que está ali-nhada às suas filiações re-ligiosas. O figurino, carac-terização e cenografia tam-bém são elogiados.

Figurino, caracterização e cenografia receberam elogios

Do Jongo ao Caxambu:Reverências e UmbigadasO que? Encontro entreatuantes, pesquisadores ebrincantes do Caxambu edo Jongo, com objetivo derealizar atividadesculturais e artísticas.

Onde? Quadra Raízes Da Tijuca - Morro doSalgueiroQuando? Sábado (6) edomingo(7), das 9h às 20hQuanto? 0800

Sambastião JuninoO que? Roda de samba aovivo comandada porAtaulpho Alves Jr. Égarantida a cerveja gelada,além de caldos e petiscos.Quando? Sábado (6), das

15h às 22hOnde? Rua do Russel –GloriaQuanto? 0800

Baile Popular do Caramuela

O que? O grupoCaramuela promete um“forrozinho gostoso” comrepertório que inclui LuizGonzaga, Sivuca, HermetoPascoal, Jackson doPandeiro, Marinês e outros.Onde? Largo ao lado doTeatro João Caetano -CentroQuando? Quarta-feira(3), às 20h.Quanto? 0800

Ipiabas Blues Jazz FestivalO que? Quinta ediçãodo festival apresenta uma seleção deintérpretes e

instrumentistas nacionaise internacionais. Aprogramação 2015 trazsons e ritmos que se

misturam ao jazz e aoblues tradicional.Onde? Praça da Estaçãode Ipiabas, distrito deBarra do Piraí Quando? De 4 a 7 dejunho

Quanto? 0800

Banda FilarmônicaO que? A Sala CecíliaMeireles recebe a BandaFilarmônica do Rio deJaneiro, sob a regência domaestro Antonio Seixas. Norepertório, Stravinsky, NeyRosauro e Gustav Holst.Quando? Domingo (7), às 11hOnde? Sala CecíliaMeireles (Largo da Lapa,47- Lapa)Quanto? R$ 5

Circo no ParqueO que? Ator e acrobataBruno Carneiro encena‘Tempo’, um solocircense com acrobacia,contorcionismo e trapézioOnde? Parque das RuínasSanta TeresaQuando? Sábado (6),às 16hQuanto? 0800

Rio de Janeiro, 3 a 10 de junho de 2015 Cultura | 11

AGENDA DA SEMANA

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Novela | Joaquim Vela

“Mas de 100 anosda histórianarrada por alguns livros do Antigo Testa-mento são conta-dos nas quatrofases da novela________________

Page 12: Brasil de Fato RJ - 099

Um dos maiores ataquesaos direitos dos trabalha-dores está em curso no Con-gresso Nacional. A Câmarados Deputados, chefiada porEduardo Cunha (PMDB –RJ), aprovou no dia 8 deabril o texto base do Projetode Lei 4330 (agora PLC 30no Senado), o PL DAS TER-CEIRIZAÇÕES, com o apoiode grandes empresas e dosmeios de comunicação.

TRABALHO PRECARIZADO

Com o discurso de com-bater o desemprego e regu-lamentar os direitos de 12milhões de trabalhadoresterceirizados, na verdadeesta iniciativa pretende apro-fundar o trabalho PRECA-RIZADO no país. Prova dissoé a possibilidade das em-presas privadas e públicasterceirizarem também a “ati-vidade-fim”, ou seja, toda e

qualquer atividade laboralpoderá ser terceirizada.

Segundo dados do Minis-tério do Trabalho e do DIEE-SE, hoje no Brasil mais de25% da mão de obra já é ter-

ceirizada. Em média essestrabalhadores possuem umsalário 28% menor e sua per-manência no emprego é deapenas 2,8 anos, contra 5,2do contratado direto. Soma-

se a isso, o fato de que paracada dez acidentes de traba-lho, sete são de funcionáriosterceirizados.

PRESTAÇÃO DE CONTAS

O que fica claro é que osparlamentares favoráveis atal projeto estão prestandocontas com aqueles que fi-nanciam suas campanhasmilionárias: empreiteiras,empresas de transporte,bancos, agronegócio, etc.,em detrimento aos direitostrabalhistas conquistadosao longo da história atravésde muita luta.

Só a partir da unidade en-tre as Centrais Sindicais, Mo-vimentos Populares e com oapoio de toda a sociedadepoderemos derrotar o PL dasTerceirizações.

Pedro Silva é militanteda Consulta Popular

Rio de Janeiro, 3 a 10 de junho de 2015 12 | Opinião

A fim de papo | Mc Leonardo

A coisa que eu mais es-cuto daqueles que são a fa-vor da redução da maiori-dade penal é que se eu ti-vesse um parente assassi-nado por um menor de ida-de eu mudaria de opinião.

Segundo o resultado daspesquisas feitas (por em-presas que são a favor daredução), mais de 80% dapopulação brasileira é a fa-vor que menores cumprampenas em presídios.

Bom, será que mais de120 milhões, de brasileirostiveram parente assassinadopor menores?

Claro que não.E então porque que aque-

les que são contra reduçãoda maioridade penal deve-riam passar por isso paramudar de ideia?

SOLUÇÃO ERRADAVejo hoje o que sempre

vi no Brasil quando se tratade assuntos complexos. Vejouma grande mídia encarre-gada de formar opiniões semo devido debate. Vejo a opi-nião pública ser o resultadode opinião publicada e nãodiscutida. O resultado dissoé o de sempre, soluções rá-pidas, fáceis e erradas.

O Presidente da Câmara

dos Deputados (Eduardo Cu-nha), ignorando todas as nor-mas que possibilitariam adiscussão do assunto em ple-nário (já que uma possívelredução irá modificar a Cons-tituição), quer botar o projetopara ser votado de uma ma-neira no mínimo covarde.

Como é que podemosexigir aos nossos jovensum comportamento queseja dentro da lei, se temuma votação histórica aser feita sobre o futuro de-les e o maior responsávelpela votação está queren-do fazer isso de uma ma-neira fora da lei?

É por essas e muitas outrasque sou contra a redução!

Até semana que vem e“Vamu que vamu”!

Redução não!!Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados

Projeto que prevê redução da maioridade precisa de mais discussão

Vitor Teixeira

“Será que mais de 120 milhões, de brasileiros tiveram parenteassassinado por menores?Claro que não________________“Em média

trabalhadoresterceirizadospossuem um salário 28%menor e sua permanência no emprego_________________

Terceirizaçãonão é a solução

Page 13: Brasil de Fato RJ - 099

Bom dia Jorge! Uma que-da de cabelo de cerca de100 fios ao dia é normal,faz parte do processo derenovação dos cabelos. Issonão provoca redução devolume do cabelo. Casoseja uma situação mais gra-ve, com redução de volumeou áreas despeladas, é ne-cessário consultar um mé-dico para investigar a causa.

Pode estar relacionada comalgumas doenças comoanemia, alterações hormo-nais, alguns distúrbios nu-tricionais ou infecções docouro cabeludo. Além dis-so, sol em excesso, cigarroe alguns tratamentos ca-pilares como alisamentose tinturas são agressivos epodem provocar danos equeda dos cabelos.

Bom dia! Minha esposa está com uma queda decabelos muito forte. O que pode ser a causa?

Jorge Brito

Rio de Janeiro, 3 a 10 de junho de 2015 Variedades | 13

BOA E BARATA

30 de abril a 6 de maio de 2015 • distribuição gratuita

Ano 2 | edição 94

Agê

ncia

/Par

anaPM reprime com violência

educadores no Paraná

Trabalhadores resistem contra mudanças

na previdência propostas por Beto Richa PSDB

Des

info

rmem

onos

Brasil pág.7

Trabalhadorescontra terceirização

Centrais sindicais e

movimentos sociais

convocam ato uni2cado

na Lapa para 1/5

Juventude contra redução

da maioridade

Movimentos 2zeram

intervenções em 23

estados brasileiros

contra mudança na lei

Cidades pág.4

Pab

lo V

erga

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rasi

l de

Fato

Divulação

Rafael Stedile

No dia 1º de maio de 2013 foi lançada a versão tabloide d

o Brasil de Fato no Rio de Janeiro.

Em dois anos de existência nosso esforço é

para construir uma comunicação pautada

pelas demandas do povo, com a cara do povo. Um

jornal que possibilite ao leitor uma

visão popular do Brasil e do mundo. Especial págs.8 e 9

Ingressos esgotados

para Botafogoe Vasco

Maracanã estará

lotado para grande

2nal do Carioca no

domingo (3)

“Sociedade ignora

racismo”, dizDanny Glover

Ator concedeu entrevista

exclusiva ao Brasil de Fato

Esporte pág.16

Cultura pág.11

Brasil pág.7

Divulgacao/CUT

Mundo pág.6

População se revolta contra

violência da PM nos EUA

Movimento negro se insurge contra racismo

da polícia que matou jovem em Baltimore

Brasil de FatoRJ

comemora 2 anos nas ruas do Rio

Mar

celo

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30 de abril a 6 de maio de 2015 • distribuição gratuita

Ano 2 | edição 94

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Trabalhadorescontra terceirização

Centrais sindicais emovimentos sociais convocam ato uni2cado na Lapa para 1/5

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Divulação

Rafael Stedile

No dia 1º de maio de 2013 foi lançada a versão tabloide do Brasil de Fato no Rio de Janeiro.

Em dois anos de existência nosso esforço é para construir uma comunicação pautada

pelas demandas do povo, com a cara do povo. Um jornal que possibilite ao leitor uma

visão popular do Brasil e do mundo. Especial págs.8 e 9

Ingressos esgotados

para Botafogoe Vasco

Maracanã estará lotado para grande 2nal do Carioca no

domingo (3)

“Sociedade ignora

racismo”, dizDanny Glover

Ator concedeu entrevistaexclusiva ao Brasil de Fato

Esporte pág.16

Cultura pág.11

Brasil pág.7

Divulgacao/CUT

Mundo pág.6

População se revolta contraviolência da PM nos EUAMovimento negro se insurge contra racismo da polícia que matou jovem em Baltimore

Brasil de FatoRJ comemora 2 anos nas ruas do Rio

Mar

celo

Sad

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Todas as semanasnas ruasdo Rio

(21) 4062 7105Dúvidas sobre saúde? Encaminhe e-mail para [email protected]

AMIGA DA SAÚDE

Tempo de preparo40 minutos

Rendimento4 porções

Divulgação

Sopa de lentilhaDivulgação

Modo de preparo

Em uma panela de pressão

aquecer o óleo ou azeite e

refogar o alho e a cebola.

Acrescentar a lentilha, o sal e

3 xícaras de água quente.

Deixar no fogo até amolecer

a lentilha, aproximadamente

20 minutos. Acrescente a

batata, a cenoura, a

calabresa, manjericão,

pimenta e mais 2 xícaras de

água quente. Deixar por 10

minutos após pegar pressão.

Desligar o fogo e colocar a

salsinha e cebolinha.

Ingredientes

1 e 1/2 xícaras de lentilha3 batatas descascadase cortadas em cubos1 cenoura grande em cubos2 linguiças calabresa em cubos1 pimenta dedo-de-moçasem sementes picadinha (opcional)sal, manjericão, salsinha e cebolinha a gosto1 cebola picada2 dentes de alho espremidos2 colheres (sopa) de óleo ou azeite

Page 14: Brasil de Fato RJ - 099

FASES DA LUA

Rio de Janeiro, 3 a 10 de junho de 2015 14 | Variedades

LUA DA SEMANACHEIA

HORÓSCOPO SEMANAL

A conjuntura traz uma mensagempositiva de progresso através daaproximação de pessoas certas.

Pode deparar-se com a necessidadede ter de fazer algumas opções parao seu futuro.

Durante esta semana deve agircom muita cautela, não fuja decompromissos.

A conjuntura envolve sérios riscos,em particular no plano material. Tenha mais firmeza.

Esta semana traz compensaçõese benefícios que são inteiramentemerecidos. Prepare-se.

Semana de evoluções lentas,embora não se possa falar emestagnação ou apatia.

Conjuntura forte e de vitórias. Estra-tégias devem ser adequadas, poisnada poderá falhar.

Você se sentirá mais calmo e em algunscasos mais preparado para enfrentar situações difíceis.

Semana muito favorável aos nativos de Sagitário. Problemas serão contornados.

Amadureça bem as ideias epropósitos, antes de avançar emqualquer domínio.

Mudanças globais conduzirão suavida. Aproveite as oportunidadesque surgirão.

Será necessário saber aproveitar osmovimentos. Terá grande empenhoe energia.

Novadia 16/6

Crescentedia 24/6

CheiaAté 8/6

Minguantedia 9/6

Page 15: Brasil de Fato RJ - 099

De uns tempos para cá,a palavra “gratidão” vemsendo fartamente utiliza-da nas redes sociais. Emtoda postagem mais pes-soal, contando um acon-tecimento mais compli-cado na vida, lá vem a“gratidão” a ninguém emespecífico. O negócio é ar-rumar um jeito da tal “gra-tidão” entrar no texto.

No futebol, a gratidão,em geral, é a Deus. De modoque o Todo Poderoso per-mite que milhares de pes-

soas se matem, pretensa-mente em nome Dele, por-que Ele está muito ocupadomarcando gols ou fazendodefesas milagrosas.

O ponto fora da curvadesse festival de gratidão éo centroavante do Flumi-nense. Fred pode até agra-decer a Deus por seus 107gols no Brasileirão na era

dos pontos corridos, mastambém agradece ao sujeitomais esquecido pelo arti-lheiro na hora do gol: o ho-mem do passe.

O BOM PASSE É MEIO GOL

Em geral, quando o go-leador estufa a rede, esco-rando uma bola já pratica-mente definida ou muitoperto disso, o movimentonatural do sujeito é correrpara a galera.

Ver seu nome estampadonos placares eletrônicos dosestádios pelo Brasil afora,gritado pelas gargantas doslocutores de rádio e TV, can-tado pela torcidas, é tudo oque o sujeito precisa parasatisfazer seu narcisismo.

É como se um espelhose plantasse no gramado,com o artilheiro plantadodiante dele dizendo: “Vejacomo eu sou lindo”.

O homem do passe, emgeral, vem correndo atrásdo artilheiro para dar-lheum abraço. Às vezes é atérepelido pelo goleador e suadança indigna dos 10 pausde Aracy de Almeida.

Fred é diferente. Ajoe-lha-se diante do passador,engraxa suas chuteiras, oreverencia. Sabe que nãofez o gol sozinho, até por-que quando está sozinhoé o Fred da Copa. Sem bo-las e sem gols.

A ala Iziane, após duasOlimpíadas afastada da se-leção brasileira de basquetefeminino, pode voltar a in-tegrar a equipe nos JogosOlímpicos do Rio 2016. Elamarcou 433 pontos em 21jogos pela LBF (Liga de Bas-quete Feminino) e voltou achamar a atenção da comis-são técnica da seleção.

Com talento inegável e pa-pel destacado em 11 anos

de WNBA (liga de basquetefeminino dos EUA), Izianefoi importante na campanhado Brasil na Olimpíada deAtenas, em 2004. No entan-to, problemas disciplinaresa deixaram de fora nas duasOlimpíadas seguintes.

Enquanto a situação deIziane não se define, a atletacontinua se preparandopara uma possível convo-cação, embora ela não quei-ra comentar o assunto. A alaterá 34 anos nos Jogos doRio 2016. (BP)

Rio de Janeiro, 3 a 10 de junho de 2015 Esporte | 15

Toques curtos | Bruno PorpettaIziane pode voltar aseleção nos Jogos Gratidão

Bruno Haddad/Fluminense F.C

Daniel Ochoa de Olza

Pequim sai na frente para Jogos de Inverno em 2022

A Comissão de Avaliaçãodo COI para os JogosOlímpicos de Inverno em2022 divulgou um relató-rio sobre as duas cidadesque disputam o direito asediar o evento na últimasegunda-feira (1º).

Apesar de não estabe-lecer critérios de classifi-cação entre Pequim (CHN)e Almaty (CAZ), o docu-mento revela certo favori-

tismo da capital chinesa,que já sediou os Jogos deVerão em 2008.

As únicas objeções comrelação ao projeto chinêsdizem respeito ao cumpri-mento do orçamento deUS$ 1,55 bilhão, além dequestões ambientais.

Sobre a cidade cazaque,os avaliadores não encon-traram garantias efetivas porparte dos patrocinadorespara arcar com o custo deUS$ 1,75 bilhão do evento.

A escolha da sede seráem Kuala Lumpur, no pró-ximo dia 31 de julho. (BP)

Relatório do COIrevela favoritismo da capital chinesana disputa

“Fred pode até agradecer a Deus por seus gols, mas também agradece ao esquecidohomem do passe_________________

Fred derrubou o recorde de Paulo Baier no Fla-Flu

Iziane cometeu atos de indisciplina em 2008 e 2012 e acabou cortada

BINÓCULO

Brasil venceCuba

A equipe brasileira deWrestling, ou Luta Olím-pica, venceu o DesafioInternacional disputadoem Duque de Caxias con-tra Cuba. Os brasileirosobtiveram quatro vitóriasno confronto, contra ape-nas uma dos cubanos.

David Albino e AlineSilva venceram seus due-los por encostamento,enquanto Giullia Penal-ber e Joice Silva derrota-ram as adversárias porsuperioridade técnica. Ocubano Oscar Marin ven-ceu o brasileiro Pedro Ro-cha por pontos, pelo pla-car de 7 a 5.

Renato Sette/CBLA

Ala brasileira se destacoupelo Maranhão Basquete na LBF

Page 16: Brasil de Fato RJ - 099

16 | Esporte Rio de Janeiro, 3 a 10 de junho de 2015

Brasileirão 20155º RODADA

X

VAS PON

CAP FIG

CHA JEC

SAO SAN

GRE COR

CRU FLA

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FLU CFC

PAL INT

SPO GOI

X Qua. 03/0619h30m

XQua. 03/0619h30m

X Qua. 03/0619h30m

XQua. 03/06

21h

XQua. 03/06

22h

XQua. 03/06

22h

XQua. 03/06

22h

XQui. 04/06

16h

XQui. 04/06

21h

Qui. 04/0621h

O Botafogo conquistou umaimportante vitória, fora decasa, contra o Paraná Clube.Mesmo que o futebol não fos-se nenhuma maravilha foi osuficiente para derrotar o tri-color paranaense por 2 a 1.

Em um jogo de poucaschances, o alvinegro abriuo placar aos 27 minutos doprimeiro tempo, com Bill. OParaná Clube partiu paracima do Botafogo, com apoiode sua torcida, e conseguiuarrancar o empate ainda na

etapa inicial, aos 40 minutos,com Fernando Viana.

No segundo tempo, o Bo-tafogo recuou demais e per-mitiu que o Paraná fossemais perigoso. Ficou piorainda com a expulsão in-fantil de William Arão, com

dois amarelos em sequênciapor reclamação.

No entanto, nos acrésci-mos, o Botafogo conseguiudesempatar, aos 47, com Ro-

drigo Pimpão. Com o empatedo Bahia contra o Macaé,no Moacyrzão, o Botafogoassumiu a liderança da SérieB, com 13 pontos. (BP)

Pimpão dá vitória e liderança ao Botafogo no fim do jogoGol da vitória saiu aos 47 minutos do se-gundo tempo; Macaée Bahia só empataram

Blatter mete o pé da FIFA,Zico quer assumir

Vitor Silva/SSpress

Pimpão decidiu o placar em Curitiba

Flamengo e Fluminen-se, em guerra com a FERJdesde o início do ano,não compareceram à pri-meira reunião do Grupode Trabalho que discuteo aprimoramento da dis-puta da Série A do Cam-peonato Carioca.

Ao término da reunião,que contou com a presençade representantes de Vasco,Botafogo, Cabofriense, Boa-vista e Madureira, o presi-dente do Vasco, Eurico Mi-randa, comentou a ausênciada dupla Fla-Flu.

“É normal. A gente já se

habituou. É uma ausênciaque nem é notada”, disse odirigente ao site Globoes-porte.com.

Uma nova reunião estámarcada para 15 de julhoe os mesmos sete clubesestão convidados a parti-cipar. (BP)

Na FERJ, Fla e Flu faltam e Eurico “nem nota”

O presidente da FIFA Jo-seph Blatter anunciou nestaquarta-feira (2) que chamaránovas eleições para a enti-dade e não continuará emseu comando, onde está des-de 1998. As eleições estãoprevistas para acontecer en-tre dezembro deste ano emarço do ano que vem.

À medida que avançamas investigações do FBI,cada vez mais o nome deBlatter se torna central noesquema de corrupção quedefiniu a escolha das sedesdas Copas de 2018, na Rús-sia, e de 2022, no Catar.

O Secretário-Geral da en-tidade, Jérôme Valcke, braçodireito de Blatter, já teve seunome envolvido no paga-mento de propina por parte

de dirigentes da organizaçãoda Copa de 2010, na Áfricado Sul. Ele ocupava papelcentral, por exemplo, na con-dução dos preparativos para

a Copa do Mundo realizadano Brasil, no ano passado.

GALINHO QUER A “BUCHA”

Após a renúncia de Blatter,quem manifestou interesseem ocupar o posto mais altoda entidade que comandao futebol mundial foi o ídolorubro-negro Zico.

Em uma rede social, o Ga-linho publicou que pensouna hipótese enquanto jan-tava com sua esposa e contacom seu apoio e dos filhospara o intuito.

“Minha vida sempre foidentro do futebol. Uma pai-xão que exerci com serieda-de e respeito no Brasil e emoutros países”, publicou Zico.

Ele cita na publicação suaexperiência como Ministrodos Esportes, no governo Col-lor, além de sua atuação comodirigente no CFZ e no Japão.

Quatro dias após sua reeleição, Joseph Blatter anuncia renúncia

Bruno Porpettado Rio de Janeiro (RJ)

Divulgação/FIFA

Blatter abandona seu quinto mandato consecutivo à frente da FIFA