brasil de fato - 177

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RIO DE JANEIRO 12 a 15 de maio de 2016 distribuição gratuita Antonio Cruz / Agência Brasil ATAQUE À DEMOCRACIA: GOLPISTAS TOMAM O PODER Ano 4 | edição 177 O dia de ontem (11) ficará na memória do povo brasileiro como o dia em que o voto de 54 milhões de eleitores foi desprezado e, por meio de um golpe, a primeira mulher eleita presidente do Brasil foi afastada. Nem na Câmara nem no Senado foram apresentadas provas concretas que incriminem Dilma Rousseff e que a impeçam de exercer seu mandato até o final. Acusam-na pelas pedaladas fiscais, porém, se isso fosse considerado crime, o impedimento também seria para Temer e para 16 dos atuais governadores. Págs. 3,4 5 e 6

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RIO DE JANEIRO 12 a 15 de maio de 2016 distribuição gratuita

Antonio Cruz / Agência Brasil

ATAQUE À DEMOCRACIA: GOLPISTAS TOMAM O PODER

Ano 4 | edição 177

O dia de ontem (11) ficará na memória do povo brasileiro como o dia em que o voto de 54 milhões de eleitores foi desprezado e, por meio de um golpe, a primeira mulher eleita presidente do Brasil foi afastada. Nem na

Câmara nem no Senado foram apresentadas provas concretas que incriminem Dilma Rousseff e que a impeçam de exercer seu mandato até o final. Acusam-na pelas pedaladas fiscais, porém, se isso fosse considerado crime, o

impedimento também seria para Temer e para 16 dos atuais governadores. Págs. 3,4 5 e 6

EM FOCO

O Papa Francisco se reu-niu nesta segunda-feira

(9) com a atriz Letícia Sabate-lla e com a juíza Kenarik Bou-jikian Felippe, do Tribunal de Justiça paulista, para tratar da crise política brasileira. Letícia e Kenarik têm se posicionado contra o impeachment da pre-sidente Dilma Rousseff, clas-sificado como golpe. 

“Ele nos ouviu atentamen-te, nos disse que irá orar pelo povo brasileiro, que se preo-cupa com o Brasil. E pergun-tando a ele sobre a postura

Tomaz Silva/Agência Brasil

Papa recebe Letícia Sabatella para falar de golpe no Brasil

Divulgação

Divulgação

Divulgação

Os trabalhadores da empresa de ônibus Via-ção ficaram indignados com os pagamentos atrasados e resolveram fazer uma para-lisação no início desta sema-na. Só a luta muda a vida!

A apresentadora do SBT Patrícia Abravanel dis-se que não considera “nor-mal” a relação entre pes-soas do mesmo sexo. Ei, Pa-trícia, o que não é normal é o preconceito e a homo-fobia. Viva a diversidade!

de diálogo necessário sobre o nosso ponto de vista, ele reiterou que o diálogo é uma necessidade para a constru-

ção de um mundo melhor para todos”, afirmou a magis-trada em entrevista à Rádio França Internacional (RFI).

Também em entrevista à RFI, Letícia Sabatella desta-cou: “Esse clima de intole-rância é como uma doença, acho que é pertinente pe-dirmos o auxílio e levar ao papa o que está acontecen-do. Existe uma sombra, um ódio, uma busca pelo bode expiatório que não vai resol-ver a situação sistemática do país”. (RFI)

EDUCAÇÃONo primeiro dia, 506.660 estudantes fizeram a inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), de acordo com o Ministério da Educação. As inscrições podem ser feitas até o dia 20 e as provas serão aplicadas nos dias 5 e 6 de novembro.

FRASE DA SEMANA

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disse Dilma Rousseff, presidente afastada pelo Senado, nesta quarta-feira (11)

Agora, mais do que nunca, nós precisamos defender a democracia e lutar contra todo esse processo extremamente irregular que foi o meu golpe.

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VAI TER LUTAParalisações contra golpe em 17 estados

Organizadas pelas Fren-tes Brasil Popular e Povo Sem Medo, ações e mobi-lizações foram realizadas em, ao menos, 17 estados brasileiros na manhã des-ta terça-feira (10), “Dia Na-cional de Mobilização em Defesa da Democracia e dos Direitos Trabalhistas”. Os atos incluíram manifes-tações de rua, bloqueio de vias e paralisações em es-colas, faculdades e empre-sas. As organizações que articulam as atividades afirmam que os protestos indicam a disposição de resistência da classe traba-lhadora contra o impeach-ment da presidente Dilma Rousseff e a um possível governo do vice-presiden-te Michel Temer.

IMPEACHMENTOEA aponta ilegalidades

Em audiência pública nesta segunda (9), na Co-missão de Direitos Huma-nos e Legislação Participa-tiva (CDH), o secretário-ge-ral da Organização dos Es-tados Americanos (OEA), Luis Almagro, e o presiden-te da Corte Interamericana de Direitos Humanos, Ro-berto Caldas, criticaram a falta de base jurídica e a an-tecipação de votos no pro-cesso de impeachment da presidente Dilma.

Almagro reafirmou aos se-nadores a posição da OEA, manifestada em meados de abril: a denúncia contra a presidente não apresenta “qualquer juízo de indício de crimes de responsabilidade, quanto mais de certeza”.

Rio de Janeiro, 12 a 15 de maio de 20162 | Geral

EXPEDIENTE

Desde 1º de maio de 2013

CONSELHO EDITORIAL:Alexania Rossato,Antonio Neiva (in memoriam), Joaquín Piñero, Kleybson Andrade, Mario Augusto Jakobskind, Nicolle Berti, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti (in memoriam)

EDIÇÃO:Vivian Virissimo (MTb 13.344)

SUB-EDIÇÃO:Fania Rodrigues

REPORTAGEM:André Vieira, Bruno Porpetta, Mariana PItasse e Pedro Rafael Vilela

ESTAGIÁRIO: Victor Ohana

REVISÃO: Sheila Jacob

COLUNA SINDICAL: Claudia Santiago

ADMINISTRAÇÃO: Angela Bernardino e Marcos Araújo

DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade

DIAGRAMAÇÃO: Juliana Braga

TIRAGEM MENSAL: 200 mil exemplares/mês

(21) 4062 [email protected]

EDITORIAL

Quinta-feira, 12 de maio, Rio de Janeiro, Brasil

º C | F26Tempestades

com raios

PREVISÃO DO TEMPO

Font

e: G

oogl

e

O dia de ontem (11) fica-rá na memória do povo

brasileiro como o dia em que o voto de 54 milhões de eleitores foi desprezado e, por meio de um golpe, a pri-meira mulher eleita presi-dente do Brasil foi afastada.

Em cumprimento a um rito que agride nossa democra-cia, o então presidente da Câ-mara dos Deputados, Eduar-do Cunha (PMDB-RJ), enca-minhou o processo do impea-chment ao Senado. Lá, a deci-são da maioria foi favorável ao parecer do relator da Comis-são Especial, Antonio Anasta-sia (PSDB-MG), que dá conti-nuidade ao processo por con-siderar que Dilma praticou cri-me de responsabilidade. Com essa decisão, ela é afastada por até seis meses, até que haja a votação final, que decidirá pelo impeachment ou não.

No entanto, nem na Câma-ra nem no Senado se apre-sentaram provas concretas que incriminem Dilma Rous-seff e que a impeçam de exer-cer seu mandato até o final. Acusam-na pelas pedaladas fiscais, porém, se isso fosse considerado crime, o impedi-mento também seria para Te-mer e para 16 dos atuais go-vernadores. Se não bastasse, o próprio Anastasia também utilizou as pedaladas no go-verno de Minas Gerais. O que vem sendo orquestrado é tão absurdo, que quem acusa são os que cometeram os cri-

não permitir que o Brasil se desenvolva como nação so-berana e aumentar a explo-ração de maneira inédita.

Não é hora de desanimar! Neste cenário é fundamen-

tal não só mantermos, mas intensificarmos as mobili-zações contra o golpe pro-postas pela Frente Brasil Po-pular, pela Frente Povo sem Medo e por inúmeras inicia-tivas de artistas, estudantes, religiosos e intelectuais.

NOSSA LUTA SEGUIRÁO sentimento de que fomos traídos e golpeados se espalha e é nas ruas que travaremos grandes combates denun-ciando os golpistas e o mode-lo econômico anti-popular a ser adotado por Temer. Nossa luta segue e, com olhar altivo, seguiremos em alerta contra o retrocesso em nosso país!

mes dos quais a presidente é acusada! Ou seja, para ela vale, para eles não!

RETIRADA DE DIREITOSSe os fundamentos de acusa-ção são precários, a origem do golpe não é. Sustenta-se no realinhamento do Brasil com os interesses dos Esta-dos Unidos, na criminaliza-ção das lutas sociais e na re-tirada dos direitos dos traba-lhadores. O indicativo do que será o novo governo está de-senhado no programa “Pon-te para o Futuro” que reúne interesses do capital interna-cional e permite que ele faça o que sempre quis: privatizar,

IMPEACHMENT SEM CRIME AGREDIU DEMOCRACIAO jornal Brasil de Fato circula

semanalmente em todo o país e agora com edições regionais no Ceará,Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Pernambuco. O Brasil de Fato RJ circula todas as segundas e quintas-feiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais.

27° 20°

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26° 20°

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24° 19°

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24° 18°

SAB

Nem na Câmara nem no Senado se apresentaram provas concretas que incriminem Dilma Rousseff e que a impeçam de exercer seu mandato até o final

Rio de Janeiro, 12 a 15 de maio de 2016 Opinião l 3

Mídia Ninja

Rafael Tatemotode São Paulo (SP)

Não reconheceremos Temer, ele é o primeiro a assumir a Presidência como ficha suja e inelegívelLindbergh Farias (PT-RJ), senador

Após a primeira votação do Senado Federal, que

admitiu – por 55 votos favo-ráveis e 22 contrários – a ins-tauração do julgamento do impeachment contra Dilma Rousseff (PT) e afastou a pre-sidente por até 180 dias, mo-vimentos populares já organi-zam mobilizações contrárias à gestão interina de Michel Temer (PMDB). A decisão foi tomada na madrugada desta quinta-feira (12). O dia come-çou com ato de apoio à presi-denta com concentração em frente ao Palácio do Planalto, às 9h, na capital federal, con-forme convocação da Frente Brasil Popular.

FORA TEMERO Levante Popular da Juven-tude, em conjunto com outras entidades que se articulam na Frente Brasil Popular, organi-za manifestações – batizadas de “Cunha na cadeia e fora Temer” – em frente aos escri-tórios políticos do PMDB. Es-tão confirmadas manifesta-ções nas sedes da legenda em 16 estados: Amazonas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraí-ba, Pará, Pernambuco, Para-ná, Piauí, Rio de Janeiro, Ron-dônia, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, São Paulo, Paraíba e Distrito Federal.

“São duas ideias centrais: a primeira, denunciar o golpe institucional, que acaba de passar mais uma fase, e exi-gir a saída de Temer: ele foi eleito para ser vice, não pre-

Mobilizações devem aumentar após afastamento de DilmaCom aprovação do julgamento, presidenta ficará afastada por até 180 dias

sidente. A segunda, pedir a prisão de Eduardo Cunha, cuja corrupção é comprova-da”, explica Laryssa Sampaio, do Levante em São Paulo.

Durante a sessão de vota-ção no Senado, parlamenta-res críticos ao impeachment também prometeram uma “oposição dura” a Temer. “Eu não tenho dúvida de que, para a história, isso será tra-tado como um golpe parla-mentar contra a democracia brasileira. Estão dando esse golpe porque o programa de-les jamais ganharia uma elei-ção. Não reconheceremos Temer, ele é o primeiro a as-sumir a Presidência como fi-cha suja e inelegível”, afirmou Lindbergh Farias (PT-RJ), que comparou a situação de Dilma com a oposição sofri-da por Getúlio Vargas e Jus-celino Kubitschek.

RITOCom a decisão tomada nesta madrugada, o processo volta

à Comissão Processante do Impeachment na Casa, ini-ciando-se a fase de instrução do julgamento. A partir des-te momento, os procedimen-tos serão presididos pelo pre-sidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ministro Ricardo Lewandowski deve se en-contrar com o senador Rai-mundo Lira (PMDB-PB), responsável pela comissão. A reunião ocorrerá no gabi-

nete do presidente do Sena-do, Renan Calheiros (PM-DB-AL), por volta das 16h desta quinta-feira (12).

No decorrer dos trabalhos no Senado, qualquer questão de ordem ou dúvida que não seja suficientemente sana-da por Lira, deverá ter recur-so dirigido a Lewandowski.

Também cabe ao ministro presidir a sessão final, no ple-nário do Senado, em que a presidente será definitiva-mente julgada pelos senado-res – a segunda votação –, na qual os parlamentares se po-sicionarão sobre a cassação de Dilma. (Com informações da Agência Brasil)

Sociedade civil já denuncia ilegitimidade do presidente interino Michel Temer e cobertura parcial da mídia

Rio de Janeiro, 12 a 15 de maio de 20164 | Brasil

Marcelo Camargo / Agência Brasil

Lula Marques

Com o afastamento tem-porário de Dilma Rousseff

confirmado pelo Senado, o Bra-sil vive um dos capítulos mais dramáticos da atual crise po-lítica, mas que está longe de ser o último. A partir de ago-ra, tem início uma fase de maior instabilidade e mais in-certezas, o que pode agravar o quadro político e social. É o que avaliam cientistas políti-cos que acompanham o atual cenário brasileiro.

O principal aspecto desse ambiente tem a ver com a que-bra da ordem democrática, a partir do processo de impeach-ment. Para o cientista político Aníbal Pérez-Liñan, professor da Universidade de Pittsburgh, no Estados Unidos, a inexistên-cia de um fundamento sólido para a derrubada de uma presi-dente eleita democraticamen-te é a senha para uma instabi-lidade social sem precedentes. “O novo governo não vai ter le-gitimidade eleitoral porque não foi eleito, a economia vai seguir em crise, os escânda-los vão seguir existindo e afe-tando parte do novo governo, o que significa que a opinião pública vai seguir revoltada”, afirmou em entrevista ao jor-nal O Estado de S. Paulo.

O professor de Ciência Po-lítica Francisco Fonseca, da PUC/SP, vai na mesma linha. A questão da legitimidade se torna ainda mais frágil, ar-gumenta, porque Temer vai governar justamente com os partidos e as forças polí-ticas que foram derrotados nas eleições de 2014, como PSDB, DEM e PPS.

Governo Temer terá instabilidade e incertezasAcusado de liderar um golpe parlamentar, Michel Temer chega ao poder ameaçando direitos sociais

Pedro Rafael Vilelade Brasília (DF)

PONTE PARA O FUTURO?Fonseca cita os dois princi-pais programas de governo do PMDB – o “Ponte para o futuro” e o “Travessia social” - apresentados quando já es-tava em curso o processo de impeachment de Dilma Rou-sseff. “Parte da classe médias que saiu às ruas solicitando o impeachment rapidamen-te se arrependerá. Aos tra-balhadores organizados, não resta qualquer dúvida quan-to à ameaça real que esses programas representam em termos de redução de direi-tos sociais e trabalhistas”.

De acordo com o profes-sor, devem avançar proje-tos como a precarização total das condições de trabalho, por meio da terceirização da mão-de-obra, fim da políti-ca de aumento real do salário mínimo, redução salarial, di-minuição de programas so-ciais para o acesso ao ensino superior e redução da pobre-za, entre outras medidas.

Além disso, Francisco Fon-seca prevê uma escalada de repressão social. “A governa-bilidade desse governo só vai se dar pela ilegalidade e vio-lência”. Tende a crescer a per-seguição a lideranças de movi-mentos populares e militantes políticos críticos ao governo.

ISOLAMENTO INTERNACIONALO professor fala ainda do “iso-lamento internacional” do

Brasil após esse golpe. “Até mesmo a Organização dos Es-tados Americanos (OEA) e a Corte Interamericana dos Di-reitos Humanos já sinalizam a preocupação da comunida-de internacional para com os acontecimentos antidemo-cráticos que vêm se suceden-do na vida política brasileira, com o silêncio estratégico dos EUA”. Para Fonseca, o gover-no norte-americano tem inte-resse direto na derrubada de

Dilma Rousseff para abrir ca-minho às petroleiras interna-cionais na exploração das re-servas do pré-sal. É quase cer-to que o governo Michel Te-

mer vai mudar a legislação para facilitar a venda das re-servas brasileiras para as em-presas estrangeiras, especial-mente as dos EUA, que conso-mem diariamente 25 bilhões de barris de petróleo, mais do que todas as demais nações do mundo somadas.

Parte da classe médias que saiu às ruas solicitando o impeachment rapidamente se arrependeráFrancisco Fonseca, professor da PUC/SP

Instabilidade pode agravar o quadro político e social com governo Temer

Direitos trabalhistas em risco no governo interino de Temer

Rio de Janeiro, 12 a 15 de maio de 2016 Brasil l 5

Mariana Pitassedo Rio de Janeiro (RJ)

Na última terça-feira (10), mobilizações de traba-

lhadores se espalharam por várias cidades do Brasil como parte do “Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Democracia e dos Direitos Trabalhistas”. Organizados pela Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, os atos incluíram manifes-tações de rua, bloqueio de rodovias de grande circula-ção e paralisações em esco-las, faculdades e empresas. Os protestos aconteceram como forma de mostrar re-sistência dos trabalhadores na luta pela democracia e contra o golpe expresso no impeachment da presidente Dilma Rousseff.

No Rio de Janeiro, várias categorias de trabalhado-res estiveram mobilizadas. Entre elas, os petroleiros, que, ao lado do Movimen-to dos Atingidos por Bar-ragens (MAB) e Movimen-to dos Pequenos Agriculto-res (MPA), realizaram um ato em frente à Refinaria Duque de Caxias. Durante o dia, junto com os profes-sores da rede estadual, os petroleiros realizaram uma panfletagem contra o golpe no centro da cidade.

No início da manhã, a ro-dovia Rio-Santos, na altura do porto de Itaguaí, foi blo-

Manifestações contra o golpe tomam conta do país na terça-feira No Rio, protestos aconteceram como resistência dos trabalhadores na luta pela democracia e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff

queada pelos portuários, com a ajuda dos moedeiros. Segundo a Polícia Rodoviá-ria Federal, manifestantes também bloquearam a Via Dutra na pista sentido Rio, pouco antes das 5h, na altu-ra de Nova Iguaçu.

Na capital carioca, funcio-nários da Eletrobrás fizeram paralisação ao longo dia. Os trabalhadores protestaram contra a terceirização e o pe-rigo que o golpe represen-

ta para a classe trabalhado-ra. Os bancários também pa-raram parcialmente o fun-cionamento das agências no centro da cidade na manhã de terça-feira. Entre as reivin-dicações estava o combate aos projetos de lei em trami-tação na Câmara dos Depu-tados e no Senado que atin-gem os trabalhadores.

“Os trabalhadores estão começando a perceber o que está em jogo. Os mes-mos que atacam a demo-cracia defendem o ataque aos direitos dos trabalhado-res. Existem 55 projetos de lei em tramitação nas casas

parlamentares que atacam os nossos direitos, como ampliação da terceirização e a prevalência do acordo sobre lei trabalhista. Se o golpe vingar, teremos que lutar novamente por direi-tos que já conquistamos com tanto esforço e hoje es-tão garantidos”, explica Adriana Nalesso, presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.

Ainda na terça-feira, acon-teceu uma ação unificada dos trabalhadores cariocas. A concentração do ato “Lu-zes contra as trevas e pela de-mocracia” foi em frente à As-sembleia Legislativa do Esta-do do Rio de Janeiro (Alerj). Antes de seguir em caminha-da até a Candelária, os mani-festantes encenaram o sepul-tamento da carteira de tra-balho e das leis trabalhistas, enquanto os trabalhadores, com lanternas, iluminaram o seu retorno simbólico.

Trabalhadores resistem na luta

pela democracia em todo o país

Mídia Ninja

Os trabalhadores estão começando a perceber o que está em jogo. Os mesmos que atacam a democracia defendem o ataque aos direitos dos trabalhadoresAdriana Nalesso, do Sindicato dos Bancários

Protestos se espalham por todo o Brasil

As manifestações também aconteceram em vários esta-dos espalhados pelo Brasil, entre eles Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia, Ron-dônia, Pernambuco, Paraí-ba, Espírito Santo, São Paulo, Pará, Piauí, Maranhão, Pa-raná e Rio Grande do Norte, além do Distrito Federal. Em mais de 17 estados, rodovias foram trancadas como forma de protesto de diversos movi-mentos populares organiza-dos, entre eles o Movimen-to dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Em Salvador, as aulas da Universidade Federal da Bahia (UFBA) foram para-lisadas em defesa da de-mocracia. Em Curitiba, no Paraná, balões em forma de coração com a men-sagem “Fica, querida” fo-ram espalhados pelo cen-tro da cidade. Já no inte-rior de São Paulo, em São Bernardo do Campo, tra-balhadores da Ford deci-diram paralisar a produ-ção por 24 horas, na se-gunda-feira, pela garantia dos empregos.

Rio de Janeiro, 12 a 15 de maio de 20166 | Cidades

André Richterda Agência Brasil

Agência Brasil

O governador do Rio de Ja-neiro, Luiz Fernando Pezão, prorrogou, mais uma vez, sua licença médica. De acordo com nota divulgada pela as-sessoria, Pezão ficará de licen-ça para tratamento de saúde, pelo menos, até 30 de julho.

Pezão foi diagnosticado, em março deste ano, com linfoma não-Hodgkin, um tipo de câncer raro e agres-sivo, porém curável. Desde então, ele já passou por duas sessões de quimioterapia. A

Fiscais punem com 900 multas empresas de ônibus do RioFiscalização de 30 empresas pela Operação São Cristóvão apontou diversas irregularidades

Representantes do Mi-nistério do Trabalho, do

Ministério Público do Tra-balho (MPT-RJ) e do Tribu-nal Regional do Trabalho (TRT) divulgaram nesta se-mana o resultado da Opera-ção São Cristóvão, que fisca-lizou empresas de ônibus do Rio de Janeiro.

Na operação, realizada de setembro de 2015 a abril de 2016, foram fiscalizadas 30 empresas. Várias irregu-laridades que resultaram em cerca de 900 multas fo-ram identificadas, além de débitos do Fundo de Ga-rantia por Tempo de Servi-ço (FGTS) e Contribuição

Social. Em 73% delas havia ilegalidades no pagamento de salários.

Os trabalhos identificaram ilegalidades principalmen-te quanto à jornada de tra-

balho dos motoristas. “A jor-nada habitual é de sete ho-ras por dia. Porém, havia al-gumas superiores a nove ho-ras e, em alguns casos, indo além, até 12 horas por dia. É

uma prática generalizada”, la-mentou o auditor fiscal do TRT, Jorge Mendes.

JORNADANenhuma empresa vistoriada fornece água potável para hi-dratação de motoristas, des-pachantes ou fiscais, ou ba-nheiro químico para as neces-sidades fisiológicas. “Já ouvi relatos de motoristas que, em alguns casos, têm que fazer suas necessidades na própria roupa para não se prejudicar no trabalho. É algo que fere a dignidade do ser humano. A situação é triste, mas estou muito otimista de que os re-latórios ajudarão a regularizar essa situação”, disse o superin-tendente regional do Traba-lho, Robson Leite. (ABr)

A Justiça do Rio revogou parcialmente nesta terça-feira (10) a liminar que in-terditava toda a extensão da ciclovia Tim Maia, em São Conrado, zona sul da cida-de. No dia 21 de abril, um trecho de 20 metros da es-trutura desabou após ter sido atingido por uma for-te onda, devido à ressaca do mar, matando duas pessoas.

O juiz Marcelo Evaristo Martins da Silva, da Cen-tral de Assessoramento Fazendário do Tribunal de Justiça do Rio de Janei-ro, autorizou a liberação da circulação na ciclovia no trecho entre o número 318 da Avenida Niemeyer e a praia do Leblon. Os de-mais trechos da ciclovia continuam interditados.

Na última sexta-feira (6), o mesmo juiz havia decidi-do pela interdição total da ciclovia concedendo limi-nar baseada em uma ação popular que visa a impug-nação dos contratos cele-brados pela prefeitura do Rio com o Consórcio Con-temat-Concrejato e a Con-cremat Engenharia e Tec-nologia S/A para constru-ção da ciclovia Tim Maia.

Pezão estende licença médica até o final de julhoequipe médica acredita que Pezão precisará de seis a oito sessões do tratamento.

A licença foi comunicada na noite de segunda-feira (9) ao presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani. “O go-vernador em exercício, Fran-cisco Dornelles, pessoa do mais alto gabarito e merece-dor da minha total confian-ça, necessita de maior liber-dade para exercer a tarefa de governar o Rio de Janeiro em

Fernando Frazão/Agência Brasil

Pezão está afastado para tratamento desde o dia 28 de março

DESABAMENTOJustiça libera parte da ciclovia Tim Maia

um momento de grave cri-se no Brasil e no nosso esta-do”, diz a carta. Pezão está ofi-

cialmente afastado do gover-no do estado desde o dia 28 de março. (ABr)

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Operação São Cristóvão fiscalizou empresas de ônibus do Rio de Janeiro

Rio de Janeiro, 12 a 15 de maio de 2016 Cidades l 7

EM FOCO

Mariana Pitassedo Rio de Janeiro (RJ)

Fotos: Agência Brasil

Os teatros municipais do Rio de Janeiro têm hoje

um modelo de gestão que pri-vilegia as empresas privadas ao invés das companhias tea-trais. Dos nove teatros muni-cipais existentes na cidade, apenas dois são geridos pela Secretaria Municipal de Cul-tura, enquanto os outros são administrados através da “re-sidência artística”. Nesse mo-delo, uma chamada pública é aberta para concorrência de todos as companhias teatrais, empresas privadas ou orga-nizações sociais (OSs) inte-ressadas, tornando difícil a ocupação dos espaços cultu-rais pelas pequenas compa-nhias artísticas.

Uma das exigências para se candidatar à gestão de um teatro da rede municipal é de que o capital social ou o pa-

trimônio líquido do presta-dor de serviços seja igual ou superior a 10% do valor do espaço cultural que será ad-ministrado. Essa soma é mui-to alta e faz com que a con-corrência seja inviável para uma companhia teatral de pequeno porte, por exemplo.

O Teatro Municipal Serra-dor, Sala Brigitte Blair, na Ci-nelândia, é exemplo de um desses espaços hoje geridos por uma OS. Fechado desde 2013, o teatro, que pertence à atriz Brigitte Blair, foi rei-naugurado em janeiro des-te ano, quando passou a ser alugado pela Prefeitura do Rio. De acordo com a Secre-taria Municipal de Cultura, a revitalização custou R$ 600 mil e durou seis meses.

“Falar que isso é residên-cia artística é uma apropria-ção indevida do termo por-que pressupõe que o crité-rio de seleção seja a qualida-de artística do projeto. Isso não é verdade, pois o edital impede as pequenas com-panhias de, ao menos, te-rem a oportunidade de con-correr com suas propostas.

Os critérios não são artís-ticos, mas sim financeiros”, afirma Moacir Chaves, dire-tor da companhia Alfândega 88, que ocupou com ativida-

des artísticas o Teatro Serra-dor enquanto o local esteve fechado, entre 2013 e 2015.

EMPRESAS QUEREM LUCRARO diretor destaca ainda que o problema não está em uma empresa privada gerir um es-paço cultural público, mas sim que tenha interesses co-

Na França, na Alemanha e em todos os grandes teatros do mundo funciona assim. De forma nenhuma deve visar o lucro Aderbal Freire Filho, diretor de teatro

Iniciativa privada é privilegiada na gestão de teatros municipais do Rio Para Moacir Chaves, critérios de seleção não são artísticos, mas sim financeiros

merciais. “Essas empresas não podem entrar nos espa-ços públicos visando lucro. Se não, acontece como no Ma-racanã: a população não con-segue frequentar, fica caríssi-mo”, acrescenta.

Procurada pelo Brasil de Fato, a assessoria de impren-sa da Secretaria Municipal de Cultura afirmou que a re-sidência artística foi o mo-delo escolhido para ofere-cer à classe artística a opor-tunidade de gerir os espa-ços culturais. Nesse sentido, o processo de seleção é aber-to para quem quiser concor-rer. Quanto aos altos valores de capital social exigidos pe-los editais, a assessoria afir-mou que acredita serem jus-tos e não exorbitantes.

Para Aderbal Freire Filho, um dos mais consagrados di-retores de teatro no Brasil, o modelo ideal é aquele em que a companhia e os atores as-sumem a gestão dos teatros. “Na França, na Alemanha e em todos os grandes teatros do mundo funciona assim. Os artistas têm que assumir os teatros e terem meios para di-

fundir e aprofundar o conhe-cimento, a arte, a experimen-tação, os estudos. Esse é o pa-pel do teatro público. De for-ma nenhuma deve visar o lu-cro. É necessário um artis-ta que conheça o potencial do espaço para colocar em ação toda sua capacidade de criação”, afirma o diretor, que na década de 1990 ocupou o Teatro Glaucio Gill com a ino-vadora companhia Centro de Demolição de Construção do Espetáculo (CDCE).

UTOPIA FORA DOS PLANOSPor outro lado, para o teatró-logo Amir Haddad, fundador do grupo Tá na Rua, os grupos de teatro que assumem a fun-ção de gerir os espaços cultu-rais mal conseguem montar, produzir ou apresentar seus próprios espetáculos. “Acho que a iniciativa privada espe-cializada em terceirizações não seria capaz de fazer um planejamento administrativo que ajudasse a parte artística do teatro a implantar suas po-líticas culturais. A utopia não está em seus planos”, afirma.

Dos nove teatros, apenas dois são geridos pela Secretaria de Cultura

Rio de Janeiro, 12 a 15 de maio de 20168 | Cidades

EUA: jornal revela abusos sexuais em escolas privadasO Boston Globe, que reve-

lou, em 2002, dezenas de casos de pedofilia come-tidos por padres católicos nos Estados Unidos, essa se-mana fez uma nova denún-cia bombástica.

Segundo o jornal, centenas de casos de abuso sexual acon-teceram durante décadas em várias escolas privadas do nor-deste dos Estados Unidos e, em muitos deles, seus responsá-veis reagiram tardiamente, após ignorar as acusações de mais de 200 supostas vítimas.

Jesse Costa/WBUR

Divulgação

Divulgação

ÁFRICA Bicicletas estão salvando vidas em países como Uganda, Ruanda, Burkina Faso e Quênia, onde são transformadas em ambulâncias. As bicicletas também estão melhorando a vida de muita gente ajudando no transportes de produtos agrícolas e de pessoas que vivem em lugares distantes.

Nessa semana, a Rús-sia comemorou o Dia da Vitória, no 71º aniver-sário da derrota do na-zismo. No dia 9 de maio de 1945, o exército russo ocupava Berlim, pon-do fim à Segunda Guer-ra Mundial e derrotando o sangrento governo de Adolf Hitler.

Durante as comemora-ções, a Praça Vermelha de Moscou ficou reple-ta de 10 mil militares de mais de cem veículos de guerra, 71 helicópteros e aviões. Durante o des-file militar, o presidente russo, Vladimir Putin, fez uma comparação entre a luta contra os nazistas e o novo desafio do mun-do contra o terrorismo internacional.

“Neste momento, a ci-vilização enfrenta uma nova ameaça. Por isso, estamos dispostos a construir um novo bloco de segurança internacio-nal para derrotar o terro-rismo”, disse. (Abr)

Argentina: Justiça investiga presidente Macri

VITÓRIA SOVIÉTICARússia comemora a derrota do nazismo

O juiz federal Sebastián Ca-sanello pediu informações aos governos do Panamá e das Bahamas, essa semana, sobre a relação do presidente argen-tino Mauricio Macri com em-presas offshore nesses países, de acordo com denúncias do escândalo que ficou conhecido como “Papéis do Panamá”.

Fontes judiciais informa-ram que o objetivo do juiz é averiguar se Macri usou em-presas fantasmas para en-

Depois de adultas, vítimas de abuso sexual nas escolas fazem denúncias

viar dinheiro para o exterior, com o objetivo de sonegar imposto e lavar dinheiro.

A investigação é feita a pe-dido do procurador fede-ral Federico Delgado, por ha-ver suspeita de “omissão” por parte do presidente argenti-no, que não teria declarado ao fisco a existência de em-presas e recursos no exterior.

Em abril, a imprensa divul-gou que Macri figura como vi-ce-presidente da empresa Ka-gemusha, registrada no Pana-má. A companhia, que está ativa, possui atualmente um capital de US$ 10 mil (mais de R$ 36 mil). (OperaMundi)

A Justiça recebeu denún-cia em muitos desses episódios ocorridos na Nova Inglaterra, re-gião ao norte de Boston. O jornal afirma que mais de 90 ações ju-diciais diferentes foram abertas nessa localidade. Muitas delas já prescreveram e podem ser alvo apenas de processos civis.

Mais de 67 instituições pri-vadas foram alvo de acusações de abuso sexual, ou de assédio, desde 1991, segundo dados co-letados pela equipe da Spotli-ght. Esse é o nome da unida-de dentro do jornal Boston Glo-

be responsável por essa inves-tigação e também pelas reve-lações sobre padres pedófilos nos anos 2000. O trabalho dos jornalistas repercutiu em jor-nais do mundo inteiro. O caso no ano passado chegou às telas do cinema, ganhando o Oscar de melhor filme esse ano.

A escola St. George, no esta-do de Rhode Island, é a princi-pal instituição que aparece na investigação do Boston Globe. Em 2003, um treinador dessa escola foi acusado por 11 es-tudantes de tocá-los e assediá-los. O profissional foi demitido, mas, depois de uma investiga-ção, a conclusão foi de que os atos não constituíam abuso se-xual. O treinador acabou sen-do reconduzido ao cargo.

Presidente argentino mantinha contas

no exterior sem declarar ao fisco

Rio de Janeiro, 12 a 15 de maio de 2016 Mundo l 9

O quê: Cineclube exibe filme “Geraldinos”, sobre os torcedores de futebol desde quando o Maracanã foi construído. Onde: Biblioteca Parque de Manguinhos – Avenida Dom Helder Câmara, 1184.Quando: Quinta, sexta e sábado (12, 13 e 14), de 12h30 às 15h50.Quanto: 0800

O quê: Festa de Charme comemora 26 anos de existência. Com muita animação recebe o grupo Jet Samba Black e Chacal do Sax. Onde: Viaduto de Madureira – Rua Carvalho de Sousa, s/n, sob o Viaduto Prefeito Negrão de Lima.Quando: Sábado (14), 22h.Quanto: R$ 15 O quê: Festa com muito

batuque convida Ba Kimbuta, Nyl MC, Flávio XL, Mano Teko, Família Zero Bala, Nina Rosa, entre outras figuras do cenário musical.Onde: Hangar da Ilha – Rua Octávio Castanhede, Ilha do Governador. Quando: Sábado (14), 23h.Quanto: R$ 10

O quê: Roda de samba “retrô” com muita feijoada anima público no domingão com o grupo Puro Romance e os principais DJs do cenário do samba carioca. Onde: Imperial Beer Club – Estrada Marechal Alencastro, 3763, Anchieta.Quando: Domingo (15), 13h.Quanto: R$ 10

O quê: Espetáculo de teatro mergulha na história recente do Brasil e faz uma expedição pelas cinco regiões do país, vivenciando as pluralidades da nação.Onde: Galpão Gamboa – Rua da União, 279, Santo Cristo. Quando: Sábado (14), 21h. Domingo (15), 20h.Quanto: R$ 20

O quê: Banda de blues brasileiro “Facção Caipira”, que já participou do programa SuperStar, apresenta músicas autorais.Onde: Centro Municipal de Referência da Música Carioca Artur da Távola – Rua Conde de Bonfim, 824, Tijuca.Quando: Sexta (13), 19h30. Quanto: R$ 1

O quê: Noite com muito rock’n’roll apresenta bandas independentes que agitam a cena roqueira da cidade, com muito heavy metal e hard rock.Onde: Arena Carioca Dicró – Parque Ary Barroso, Penha. Entrada pela Rua Flora Lobo.Quando: Sábado (14), 16h.Quanto: R$ 20

Rock no Parque

Cine Manguinhos

Projeto Brasil

Facção Caipira

Noite Pretitude Quilombo Favela Rua

Feijoada in Samba

Baile Charme Viaduto de Madureira

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O quê: Evento reúne a velha guarda do funk carioca, como parte do projeto “Circuito Saideira Musical”, que promove shows a preços populares.

Onde: Centro Cultural Municipal Professora Dyla Sylvia de Sá – Rua Barão, 1180, Praça Seca.

Quando: Terça (17), 18h.

Quanto: R$ 1

Encontro da Velha Guarda do Funk

AGENDA CULTURAL DA SEMANA

RECEBA O BRASIL DE FATO RJ POR E-MAIL WWW.E.EITA.ORG.BR/ASSINEBRASILDEFATORJ

Rio de Janeiro, 12 a 15 de maio de 201610 | Cultura

Victor Ohana do Rio de Janeiro (RJ)

Pedro Farina

Depois de ter virado filme, agora a dança do passi-

nho também está no teatro. A peça “Suave” retrata a ex-plosão cultural dessa famosa dança urbana que surgiu do funk carioca e que fez sucesso nas redes sociais. O espetácu-lo está no Teatro Angel Vian-na, na Tijuca. A apresentação acontece nas sextas-feiras e sábados, às 20h, e nos domin-gos às 19h, até 22 de maio. O preço do ingresso é R$ 10.

A ideia é explorar essa ma-nifestação artística que veio das favelas do Rio de Janei-ro, com influência do funk, frevo, samba e hip hop. Para dançar o passinho, o espetá-culo traz muita movimenta-ção com dez dançarinos: Ga-briel Tiobil, Gbzinho Dança-rino Brabo, Kinho JP, Nyan-dra Fernandes, Pablo Poison, Rodrigo Ninja, Romulo Gal-vão, Sanderson Dançarino Brabo, Thamires Candida e VN Dançarino Brabo.

Segundo a diretora do es-petáculo, a coreógrafa Ali-ce Ripoll, a intenção é mos-trar toda a riqueza de cultu-ra que o passinho pode ofe-recer. “Levar o passinho para um espetáculo longo é des-

Peça ‘Suave’ se inspira na dança do passinho

dobrar a linguagem dessa dança em várias possibilida-des”, conta a coreógrafa.

APRESENTAÇÕES NO EXTERIORAntes de chegar na Tijuca, o espetáculo passou pelas are-nas cariocas Fernando Tor-res, em Madureira, Jovelina Pérola Negra, na Pavuna, e Dicró, na Penha. Além disso, participou de festivais inter-

Suponhamos que o que estamos vivendo agora, ago-rinha mesmo nesses primei-ros meses do ano de 2016, fosse fictício. E se você fos-se um escritor de novela e ti-vesse que escrever a sinopse dessa história, como seria?

Você pode falar sobre os núcleos da trama, sobre aquilo que nem todos os personagens sabem, so-bre o desfecho da história. Solte a imaginação, já que o que está acontecendo neste momento crítico de nossa história recente pa-rece ser mais criativo que roteiro de novela.

Já está na cara para todo brasileiro que um conjunto de forças antidemocráticas está criando uma engenho-sa farsa para tirar do poder, antes do término da vigên-cia de seu mandato, sem motivo substantivo e com-provado, uma representan-te eleita democraticamente.

VOTAÇÃO ABSURDAPara aguçar sua reflexão, assista às sessões da co-missão do impeachment no Senado para perceber o quão frágeis são os argu-mentos dos relatórios que querem justificar o golpe. E o pior, são representan-tes eleitos pelo povo e al-guns deles até especialis-

SEMPRE VI NOVELA | Joaquim Vela

Novela triste da vida real

Antonio Augusto

tas da lei que estão contri-buindo com esse absurdo.

Mais um ingrediente para a reflexão é lembrar a medonha votação do afas-tamento de Dilma na Câ-mara dos Deputados, num triste domingo de abril.

Mas apesar de tudo es-tar tão na cara, tenho certe-za de que muitas interpre-tações equivocadas da “no-

vela” da vida real ainda vão pintar por aí. “Estão salvan-do o Brasil da corrupção” é um desses enredos que es-tão repetindo sem parar. Já deu pra cansar, né?

A vida é assim: cada um expressa o que pensa e vota livremente. Mas so-mos responsáveis pelo que pensamos e por todas as decisões que tomamos, in-clusive sobre o voto. Vale sempre se arrepender de-pois. Eu me arrependi.

nacionais em países da Eu-ropa, como Alemanha, Suíça e Holanda. “Suave” também foi apresentado no projeto Ocupa Cacilda, no Teatro Ca-cilda Becker, e no Centro Cul-tural Justiça Federal.

A apresentação faz parte do projeto Circuito Cultural Rio, idealizado pela Secretaria Municipal de Cultura e pela Prefeitura do Rio. São mais de 700 atrações apresentadas em cerca de 100 espaços cul-turais espalhados por toda a cidade. O Circuito conta com peças de teatro, exposições, shows, espetáculos de dan-ça, atrações circenses, sa-raus, bailes e manifestações de rua. A programação vai até setembro deste ano.

O que está acontecendo neste momento crítico de nossa história recente parece ser mais criativo que roteiro de novela

Espetáculo conta com 10 dançarinos numa apresentação cheia de movimento

Peça sobre o passinho já esteve na Alemanha, Suíça e Holanda

Companhia de dança se inspira em

ritmo da periferia

A realidade da política supera qualquer roteiro de novela

Rio de Janeiro, 12 a 15 de maio de 2016 Cultura l 11

12 | Opinião

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Agência Senado

A FIM DE PAPO | MC Leonardo

Nos últimos meses te-nho ouvido e lido inú-meras opiniões de gente contra e a favor do golpe que está em andamento, dizendo que a culpa de o Brasil estar passando por tudo isso é do povo.

Uns dizem que o Con-gresso Nacional é o re-trato da nossa sociedade e que foi o povo que co-locou cada senador e de-putado que lá está. Ou-tros dizem que, se o povo soubesse reconhecer o que representou o gover-no do PT nesses 14 anos, uma maioria estaria per-manentemente nas ruas para defender esse gover-no. E tem aqueles que di-zem que o povo é mere-cedor de todo retrocesso que o Brasil pode vir a ter com essa crise.

Vamos lá. Não concor-do que o congresso é a cara do povo, pelo simples fato dos parlamentares terem chegado ali por um siste-ma econômico e político que não favorece a demo-cracia. As regras estabele-cidas nas eleições fazem com que o Congresso seja qualquer coisa, menos a cara do povo.

Nesta quarta-feira o Sena-do votou o afastamento

provisório da presidente Dil-ma Rousseff por até 180 dias. Esse é o penúltimo passo para golpear o governo da petista. Entretanto, há algo podre no currículo de alguns senado-res que julgaram a presidente.

De acordo com levanta-mento do Atlas Político, entre os 81 senadores eleitos pelo menos 49 deles (60%) são al-vos de processos na Justiça.

Entre os parlamentares fa-voráveis ao impeachment, o percentual é ainda maior: 61% dos golpistas estão en-volvidos em ações judiciais. As acusações variam, mas as mais comuns são lavagem de dinheiro, crimes contra a or-dem financeira, corrupção e crimes eleitorais.

“O Senado não pode ser considerado uma Casa mo-ralmente superior à Câma-ra dos Deputados se levado em conta o nível de corrup-ção dos seus integrantes”, afirma Andrei Roman, cien-tista político formado em Harvard e um dos idealiza-dores do Atlas.

Roman critica ainda o fato de que atualmente 11 senado-

O povo mais uma vez leva a culpa

AUTOCRÍTICAAos que dizem que o povo é mal agradecido, é bom lembrar que os 14 anos de governo do PT por si só não são capazes de fazer o povo vir em massa para as ruas. Um pouco de auto-crítica às vezes cai bem.

Para finalizar, quero que você, leitor, repare como a tur-ma que destila o ódio está cres-cendo. Quem diz que o brasi-leiro é merecedor das coisas ruins que o Brasil tem, ou pos-sa vir a ter, está fazendo (mes-mo que sem querer) o traba-lho de base da extrema direi-ta e dos grupos conservadores.

Jogar a culpa no povo não me causa estranheza, a violência com que isso está acontecendo é que me deixa em alerta.

res atuantes são suplentes. “Ge-ralmente os suplentes do Sena-do não receberam voto algum, diferente do que acontece na Câmara. Muitas vezes eles são escolhidos apenas por serem grandes doadores de campa-nha”, afirma. Para Roman isso gera um déficit de representa-tividade “sensível” e prejudicial “em um momento como esse”.

OPOSIÇÃO CORRUPTAO próprio senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), relator da Comissão Especial do Im-peachment que recomendou o afastamento de Dilma, chegou a enfrentar questionamentos por ter supostamente cometi-do o mesmo tipo de irregulari-dade atribuído à presidenta.

Entre 2010 e 2014, perío-do no qual ocupou o Gover-no de Minas Gerais, Anasta-sia teria editado decretos de suplementação orçamentá-ria sem aval do Legislativo, o que configuraria uma “peda-lada” nos moldes das que são imputadas à presidenta.

Nem o presidente do Se-nado, Renan Calheiros (PM-DB-AL), escapa das acusa-ções de corrupção. O sena-dor é alvo de nove inquéri-tos da Lava Jato.

Em alguns casos, as ações judiciais alcançam pai e fi-lho. É o caso do presidente da Comissão e Justiça da Câ-mara, Arthur Lira (PP-AL), e seu pai, o senador Benedi-to de Lira (PP-AL). Os dois são investigados pela Polícia Federal por suspeita de cor-rupção passiva no âmbito da Lava Jato.

Aécio Neves (PSDB-MG) é outro senador que pode se ver em apuros devido às in-vestigações da Lava Jato. O procurador-geral da Repúbli-ca, Rodrigo Janot, pediu que o Supremo Tribunal Federal autorize a abertura de inves-tigação do tucano. (Com in-formações do El País)

Mais da metade dos senadores são acusados de corrupção

As regras estabelecidas nas eleições fazem com que o Congresso seja qualquer coisa, menos a cara do povo

População tende a ser responsabilizada por erros na política

De acordo com levantamento do Atlas Político, entre os 81 senadores eleitos pelo menos 49 deles (60%) são alvos de processos na Justiça

Maioria dos senadores eleitos respondem processos na Justiça por crimes de corrupção

Rio de Janeiro, 12 a 15 de maio de 2016

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Na educação dos filhos, usar palmadinhas e castigo parece inevitável. Isso pode causar algum mal para a criança?

Luiza Vitória, 33 anos, nutricionista

Dúvidas? [email protected] Sofia Barbosa | Coren MG 159621-Enf

Cara Luiza, nós vivemos numa sociedade que se

acostumou a bater nos filhos como forma de educação, naturalizando a agressão. A violência física e também a psicológica (gritos, ameaças, castigo) estão presentes no dia a dia da maioria das famí-lias. Não é mera coincidên-cia que crianças agredidas se tornem adultos violentos ou aceitem um lar violento mais tarde.   É um grande desafio aprendermos a disciplina positiva, educar sem agre-dir, respeitando a criança aci-ma de tudo. Para isso, é pre-ciso entender as fases do de-senvolvimento da criança e

dores tenham paciência para compreender que educar é acima de tudo orientar com amor e persistência.

os motivos que a levam a fazer birras, testar seus limites, deso-bedecer. É necessário, princi-palmente, que os pais e cuida-

Ingredientes• Cabeça ou outras partes de peixe não

aproveitadas

• Abóbora

• Couve

• Salsa

• Manjericão

• Limão

Modo de preparoEsta receita é feita para reaproveitar restos após fazer um peixe assado, ensopado, ou retirar um filé. Cozinhe os restos de peixe em água, e depois separe os pedaços de carne e descarte as espinhas. Nesta água, cozinhe os pedaços de abóbora e jogue a couve e a salsa. Depois da abóbora cozida, amasse-a e misture ao caldo para dar consistência. Adicione sal a gosto, e esprema meio limão depois de desligar o fogo.

DICAÉ possível colocar outros legumes (cenoura, batata) e folhas (coentro, almeirão), e o peixe pode ser substituído por frango. O importante desta receita é prestar atenção no aproveitamento completo dos alimentos. De acordo com a agência das Nações Unidas para Alimentação (FAO), 1/3 de todos os alimentos produzidos no mundo é desperdiçado. Muitas vezes, apenas por não terem boa aparência, alimentos bons para o consumo vão para o lixo. Portanto, a dica é aproveitar a comida ao máximo e não desperdiçar!

Divulgação

Caldo de Peixe

Rio de Janeiro, 12 a 15 de maio de 2016 Variedades l 13

DICAS MASTIGADAS | Alan Tygel ANDRÉ DAHMER | malvados.com.br

AMIGA DA SAÚDE

14 | Variedades

Áries (21/3 a 20/4)Neste período, você terá algumas ilusões e muitas preocupações, mas com luta e equilíbrio as superará.

Touro (21/4 a 20/5)Você passará por crescimento e progresso desde que saiba observar, esperar e programar todos os passos.

Gêmeos (21/5 a 20/6)Vai sentir-se com algumas limitações que serão criadas apenas na sua cabeça, pois haverá progressos.

Câncer (21/6 a 22/7)Estará bastante empenhado e concentrado no seu trabalho, mas não se esqueça da sua vida afetiva.

Leão (23/7 a 22/8)Terá um mês positivo em que poderá obter a realização que deseja em vários setores da sua vida.

Virgem (23/8 a 22/9)Terá um período protegido, com alguns riscos, mas poderá fazer mudanças significativas.

Libra (23/9 a 22/10)Não dê grande importância a alguns períodos de ansiedade que tende a ter, fique calmo e persevere.

Escorpião (23/10 a 21/11)Deve colocar para fora o que está no seu interior. Tente coisas que não tentou antes. Arrisque mais.

Sagitário (22/11 a 21/12)Você vai ter um período muito positivo em tudo. Vai se dar bem, terá facilidades e bons resultados.

Capricórnio (22/12 a 20/1)Esta época é de grandes responsabilidades, mas também terá as capacidades necessárias para tal.

Aquário (21/1 a 19/2)Terá possibilidades de realizar coisas novas ao longo deste período, podendo até mudar de emprego.

Peixes (20/2 a 20/3)Estará diante de situações que vão te levar a mudanças profundas, mas positivas na sua vida.

HORÓSCOPO FASES DA LUANova 12/5

Cheia 21/5

Crescente 13/5

Minguante 29/5

Rio de Janeiro, 12 a 15 de maio de 201614 | Variedades

Condições de trabalho causam embargo em obras olímpicasÓrgão do Ministério do Trabalho interditou parte das obras do Parque Olímpico

A etapa do Rio do Mundial de Surfe da WSL (sigla em in-glês para Liga Mundial de Sur-fistas), que começou na últi-ma terça-feira (10), pode não se repetir a partir de 2017. Os competidores reclamam da violência, do zika vírus e da poluição das águas cariocas.

Este ano, a etapa é dispu-

Etapa carioca do Mundial de Surfe pode ser a últimaInúmeros problemas na cidade assustam surfistas de outros países

tada na praia de Grumari, na zona oeste, mas até o ano passado acontecia no Pos-to 2 da Barra da Tijuca, onde vários surfistas tiveram pro-blemas estomacais devido à sujeira da água. Este ano, os surfistas se assustaram com um tiroteio próximo ao hotel onde eles estão, que culmi-

nou com uma morte. Outra preocupação dos

competidores e organiza-dores é a proliferação do ví-rus zika, que se tornou as-sunto frequente na impren-sa de outros países. Seja como for, a etapa carioca está sob observação cuida-dosa da WSL. (BP)

Política e ‘topless’

Muita gente se surpreen-deu ao ver o presidente do Flamengo, Eduardo Ban-deira de Mello, na mesa da convocação para a seleção brasileira. Ele ocupava a cadeira de Marco Polo Del Nero, entre Dunga e Gilmar Rinaldi. Até mesmo grande parte da diretoria do clube foi pega de surpresa.

Segundo o próprio, pos-teriormente explicitado em nota oficial, o Flamengo busca o diálogo até mesmo com setores divergentes, o que não reduz as críticas do clube contra a atual situa-ção do futebol brasileiro.

Primeiro, se foi necessá-ria uma nota oficial para justificar, é porque não tem explicação. Até porque ela só saiu depois de Bandeira de Mello apanhar muito na mídia e no clube.

Segundo, o que faz um chefe de delegação em uma competição com a seleção brasileira? Nada, seu papel é irrelevante.

Desde a história do man-to de Nossa Senhora, que motivou a seleção de 58 a disputar a final contra a Suécia, na Copa do Mun-do, com camisas azuis, con-tada por Paulo Machado de Carvalho, os chefes de dele-gação não fazem nada além de compras nos países pe-los quais a seleção jogou.

Bandeira de Mello acu-

mulou um capital políti-co e moral ao longo de sua trajetória como dirigente, reduzindo uma dívida que, anos atrás, seu pagamen-to era só um sonho, além de ter um papel destaca-do na aprovação do Profut, um micronésio de morali-zação do nosso futebol.

No fim das contas, o que fez foi emprestar esse capital a Marco Polo Del Nero, um cara que sequer pode sair do país, senão vai preso.

Del Nero não pode ter um minuto de sossego. Deve ser denunciado a todo instante, até que vista o uniforme lis-trado de uma penitenciária.

O que Bandeira de Mello fez é indesculpável e, ao invés de legitimar algum diálogo com a CBF, só frustrou quem ainda sonha com alguma mudança real no nosso fu-tebol, o que está longe de acontecer com essa turma.

O anúncio da ginasta que representará Trini-dad e Tobago nos Jogos Olímpicos do Rio 2016 está cercado de polêmi-cas. A escolha de Mari-sa Dick para competir no Rio está dando uma dor de cabeça para a Federa-ção de Ginástica do país

Marisa é pivô de um escândalo que indica in-terferência política da fe-deração na escolha dela. Na competição classifi-catória para os Jogos, a ginasta Thema Williams foi a melhor colocada e, depois de muita en-rolação, indicada para a vaga. Mas se envolveu em polêmicas fotos de “topless”, o que serviu de justificativa para a fede-ração chamar Marisa em seu lugar.

No entanto, Marisa tam-bém apareceu de “to-pless” em fotos na inter-net, mas, devido ao fim do prazo, acabou indica-da mesmo assim, contra a maioria da opinião públi-ca do país, que preferia a primeira atleta.

Rafael Ribeiro/CBF

Cidade Olímpica PCRJ

A Superintendência Re-gional do Trabalho e

Emprego (SRTE) do Rio de Janeiro, órgão ligado ao Mi-nistério do Trabalho, interdi-tou parte das obras do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, por problemas trabalhistas e de segurança dos operários.

Dentre os problemas iden-tificados pelo órgão estão tra-balhadores sem vínculo em-pregatício, com horários pré-

Se queimando por nada

marcados de trabalho, fal-ta de condições de seguran-ça, em altura não permitida e sem os equipamentos de proteção necessários.

A Torre de TV foi embar-gada, ou seja, a obra fica paralisada até a solução dos problemas. Já os de-mais locais foram interdi-tados parcialmente, com interrupção do trabalho no setor de serviços. (BP)

Irregularidades trabalhistas e

em segurança paralisam obras

do Parque Olímpico

O que Bandeira fez foi emprestar seu capital político e moral a Marco Polo Del Nero, um cara que sequer pode sair do país, senão vai preso

Bandeira de Mello, entre Dunga e Rinaldi, durante convocação

Rio de Janeiro, 12 a 15 de maio de 2016 Esportes l 15

TOQUES CURTOS | Bruno PorpettaBINÓCULO

O Vasco foi a Maceió (AL) enfrentar o CRB, em um duelo entre campeões esta-duais, pelo jogo de ida da se-gunda fase da Copa do Bra-sil. O jogo acabou marcado por uma queda de energia e pela péssima arbitragem.

O CRB contou com o re-torno de Dakson ao time ti-tular, revelado pelo Vasco. Por sua vez, o cruzmaltino jogou desfalcado de Martin Silva e Luan, escalando Jor-di e Jomar para seus lugares.

Aos seis minutos, Jomar fa-lhou feio e parou o lance com falta, levando cartão ama-relo. Logo após, o estádio fi-cou completamente às escu-ras. Uma queda de energia no bairro do Trapiche, onde fica o estádio Rei Pelé, ou Tra-pichão para os torcedores lo-cais, interrompeu a parti-da por cerca de 30 minutos.

O gol saiu apenas no final do primeiro tempo, aos 42 minu-

Vasco vence CRB, com apagão e arbitragem ruimVitória por 1 a 0, com gol de Rodrigo, dá boa vantagem ao cruzmaltino em São Januário

Rodrigo fez, de falta, o gol que decidiu a partida

tos. Rodrigo, em cobrança de falta de longa distância, dian-te de uma barreira com ape-nas três homens, não teve di-ficuldades em botar a bola lá dentro com uma bomba que Juliano não pôde segurar.

O segundo tempo foi de amplo domínio do CRB, e aí a arbitragem começou a apa-recer negativamente. Além de interromper dois ataques do time da casa, marcan-do impedimentos inexisten-tes, também interrompeu um ataque do Vasco onde

Thalles sairia livre pela es-querda, marcando lateral por uma bola que não saiu.

Porém, nada superou uma falta marcada para o Vas-co, sobre Yago Pikachu, onde o zagueiro Jussini pas-sa a cerca de um metro do vascaíno, que caiu no chão. O árbitro ainda deu car-tão amarelo para o beque.

A vitória por 1 a 0 não evi-ta o jogo de volta, na próxi-ma semana em São Januá-rio, mas o Vasco traz uma boa vantagem para casa.

Na última terça-fei-ra (10), o América proto-colou um mandado de garantia junto ao Tribu-nal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro contra Marcelo Vianna, diretor de competições da FERJ, contestando a fórmula da competição neste ano.

América vai ao TJD-RJ contra o rebaixamentoO clube usa como argu-

mento dois artigos do re-gulamento do Campeona-to Carioca: o artigo 23, que se refere à classificação geral da competição, e o artigo 19, que, em seu parágrafo único, diz que a pontuação das se-mifinais, finais e da Taça Rio não são computadas para a

classificação das equipes.Se o tribunal confirmar o

entendimento do América, que leva em conta o desem-penho apenas da primeira fase para definir a classifica-ção geral do Carioca, ao invés de Friburguense e América, os rebaixados serão Tigres e Bonsucesso. (BP)

América se opõe à classificação com base no regulamento

Depois de cinco meses após ser contratado junto ao América-MG, finalmen-te o atacante Richarlison estreará pelo Fluminen-se nesta quinta-feira (12) diante da Ferroviária de Araraquara (SP), em Vol-ta Redonda (RJ), no jogo de volta da segunda fase da Copa do Brasil. O Flu pode até empatar em dois gols para se classificar para a próxima fase.

O tricolor pagou R$ 9,5 milhões pelo atacante. Ele treinou com o restante do elenco durante a pré-tem-porada, mas fraturou o quinto metatarso do pé es-querdo no dia 30 de janeiro. Retornou aos treinamen-tos e acabou se lesionando novamente, quando sofreu uma torção com edema ós-

Raffa Tamburini/América Rio

Carlos Gregório Jr/Vasco

Mailson Santana/Fluminense FC

Confirmada a estreia de Richarlison no Flu

seo no mesmo pé.O atacante chegou a ser

relacionado duas vezes na temporada, mas não saiu do banco de reservas. Se-gundo o treinador Levir Culpi, em coletiva, existe uma grande expectativa de todos no clube pelo futebol de Richarlison.

MARACANÃ SEM GRAMADO

Nesta terça-feira (10), co-meçou a ser retirado o gramado do Maracanã por conta dos preparativos pa-ra a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio 2016. O estádio está cedi-do ao Comitê Organizador dos Jogos e foi “empresta-do” à FERJ para a disputa das finais do Carioca. (BP)

Richarlison será titular do Flu em jogo contra a Ferroviária

16 | Esportes

Bruno Porpetta do Rio de Janeiro (RJ)

Rio de Janeiro, 12 a 15 de maio de 2016