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Brasil Colonial.....Invasões Francesas No Brasil - Resumo, História

História, Quando Aconteceu, Resumo, Contexto Histórico Das Invasões Francesas No Brasil Colonial, A Invasão De 1555, França Antártica E França Equinocial

Invasões Francesas - Partida de Estácio de Sá (Benedito Calixto)

Contexto histórico das invasões francesas

As descobertas territoriais feitas por portugueses e espanhóis no final do século XV e início do XVI e os lucros advindo da exploração colonial, deixaram outras nações europeias interessadas neste empreendimento. Após o Tratado de Tordesilhas, que dividiu as recém-descobertas terras entre espanhóis e portugueses, aumentou muito o descontentamento dos países que ficaram de fora como, por exemplo, Holanda, França e Inglaterra. Estes países começaram então investir na invasão das terras recém-descobertas,

entre elas as colônias portuguesas, principalmente o Brasil.

Embora tenha investido na colonização, principalmente através do estabelecimento de um sistema administrativo (governo-geral) e da cultura da cana-de-açúcar, Portugal teve dificuldades em proteger o extenso litoral brasileiro.

Os franceses no Brasil

Objetivos

- Os franceses tinham como objetivo principal fundar uma colônia em território brasileiro para poder participar ativamente do lucrativo e novo mercado da exploração colonial.

- Franceses protestantes queriam também fundar uma colônia no Brasil para viverem longe da perseguição religiosa que sofriam na França.

O contrabando de pau-brasil

Já na época da exploração do pau-brasil, início do século XVI, os franceses fizeram várias incursões no litoral brasileiro com o objetivo de fazer o contrabando desta madeira.

A França Antártica

Em 1555, franceses calvinistas invadiram o Brasil, na região do Rio de Janeiro. Estes franceses estavam fugindo da perseguição religiosa executada pela corte francesa. Liderados pelo almirante Nicolau Villegaignon, fundaram, na região do atual município do Rio de Janeiro, uma colônia francesa chamada de França Antártica. Os franceses obtiveram o apoio militar dos índios tamoios, que eram inimigos dos portugueses.

O governo-geral de Mem de Sá contou com o apoio dos jesuítas José de Anchieta e Manuel da Nobrega, que convenceram os índios tamoios a abandonarem a aliança que tinham com os franceses.

Mem de Sá conseguiu também reforços militares portugueses, liderados por Estácio de Sá. Desta forma, os portugueses conseguiram expulsar os franceses do Rio de Janeiro em 1567.

França Equinocial

Em 1612 os franceses fizeram sua segunda tentativa de invadir e fundar uma colônia no Brasil. Desta vez escolherem a região do Maranhão. Liderados pelo general Daniel de La Touche, os franceses invadiram e fundaram a França Equinocial. Para proteger a região conquistada, construíram um forte, chamado de Forte de São Luís.

As autoridades portuguesas organizaram várias e poderosas expedições militares para atacar e expulsar os franceses do Maranhão. A capitulação francesa ocorreu em novembro de 1615, quando eles foram expulsos da região.

Engenho Colonial No Brasil - Resumo, Partes, O Que Era

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Moenda: uma das principais instalações do engenho colonial

O que era o engenho colonial

Era a unidade de produção de açúcar no Brasil Colonial. Compreendia as terras cultivadas, instalações voltadas para a produção de açúcar e moradias. Eram propriedades dos senhores de engenho, ricos proprietários rurais que produziam açúcar para a exportação.

Partes do engenho colonial:

- Casa-grande: residência da do senhor de engenho e sua família. Era o centro de poder do engenho colonial.

- Senzala: moradia dos escravos que trabalhavam no engenho. Era, geralmente, um local rústico e pouco adequado a moradia humana em função de suas péssimas condições. Na maioria dos engenhos, havia correntes onde os escravos eram acorrentados a noite, para evitar fugas.

- Casa dos trabalhadores livres: pequenas residências simples que seriam de moradia para os empregados do engenho que não eram escravos. Habitavam estas casas

os funcionários do engenho como, por exemplo, capatazes, operadores das máquinas do engenho e outros funcionários especializados. Estes recebiam salários pelos serviços prestados e, geralmente, eram brancos ou mulatos.

- Moenda: maquinário usado no processo de fabricação do açúcar. Era uma espécie de triturador composto por rolos, que servia para esmagar a cana-de-açúcar a fim de se obter o caldo da cana. O moenda podia funcionar através da força (energia) gerada por bois, água (através de moinho de água) ou humana (escravos).

- Capela: local onde ocorriam as missas e outros rituais religiosos (casamentos, batismos e etc.). De origem portuguesa, a maioria dos senhores de engenho e sua família eram católicos. Em muitos engenhos, os senhores obrigavam os escravos a assistirem as missas.

- Canavial: correspondia a cerca de 20% do engenho colonial. Era o espaço destinado ao plantio da cana-de-açúcar.

- Curral: local onde eram criados os animais usados no engenho colonial. Os bois e cavalos eram usados no transporte de pessoas e mercadorias. Já as vacas e

porcos eram criados para a produção de carne voltada para o consumo interno do engenho.

- Plantações de subsistência: geralmente cultivadas pelos trabalhadores livres, eram destinadas a produção de verduras e legumes para o consumo no engenho.

- Rio: geralmente os engenhos de açúcar eram instalados em áreas próximas aos rios. Como não havia sistema de água encanada na época, os rios eram de fundamental importância para a irrigação dos canaviais e também para a obtenção de água para o consumo humano e animal. Em muitos engenhos havia uma roda d’água que servia para gerar energia e movimentar a máquina de moer cana.

- Reserva florestal: parte da vegetação nativa era preservada. Nestas matas, eram retiradas madeiras que serviam para abastecer os fogões a lenha do engenho.

Você sabia?

No começo da colonização do Brasil (segunda metade do século XVI), a palavra engenho era usada para designar apenas as máquinas usadas na produção de açúcar.

Revoltas Emancipacionistas No Brasil Colonial - Resumo, Causas, Exemplos

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Revolução Pernambucana: exemplo de revolta emancipacionista

O que foram

As revoltas emancipacionistas foram movimentos sociais ocorridos no Brasil Colonial, caracterizados pelo forte anseio de conquistar a independência do Brasil com relação a Portugal. Estes movimentos possuíam certa organização política e militar, além de contar com forte sentimento contrário à dominação colonial.

Causas principais

- Cobrança elevada de impostos de Portugal sobre o Brasil.

- Pacto Colonial - Brasil só podia manter relações comerciais com Portugal, além de ser impedido de desenvolver indústrias.

- Privilégios que os portugueses tinham na colônia em relação aos brasileiros.

- Leis injustas, criadas pela coroa portuguesa, que tinham que ser seguidas pelos brasileiros.

- Falta de autonomia política e jurídica, pois todas as ordens e leis vinham de Portugal.

- Punições violentas contra os colonos brasileiros que não seguiam as determinações de Portugal.

- Influência dos ideais do Iluminismo e dos movimentos separatistas ocorridos em outros países (Independência

dos Estados Unidos em 1776 e Revolução Francesa em 1789).

Principais revoltas emancipacionistas

Conjuração Mineira

Foi um movimento separatista ocorrido na cidade de Vila Rica (Minas Gerais) no ano de 1789. Teve como principal causa os altos impostos cobrados sobre o ouro explorado nas regiões das minas e também da criação da derrama. Teve como líderes intelectuais, poetas, militares, padres e até um alferes (Tiradentes). Tinha como objetivo, após a independência, implantar o sistema republicano no Brasil, criar uma nova Constituição e incentivar o desenvolvimento industrial. O movimento foi denunciado ao governo, que o reprimiu com violência. Os líderes foram condenados a prisão ou exílio. Tiradentes foi condenado a morte na forca. Saiba mais.

Conjuração Baiana

Foi uma rebelião popular, de caráter separatista, ocorrida na Bahia em 1798. Teve a participação de pessoas do povo, ex-escravos, médicos, sapateiros, alfaiates, padres, entre outros segmentos sociais. Teve

como causa principal exploração de Portugal, principalmente no tocante a cobrança elevada de tributos. Defendiam a liberdade com relação a Portugal, a implantação de um sistema republicano e liberdade comercial. Após vários motins e saques, a rebelião foi reprimida pelas forças do governo, sendo que vários revoltosos foram presos, julgados e condenados. Saiba mais.

Revolução Pernambucana

Foi um movimento separatista ocorrido em Pernambuco em 1817. Teve como causas principais a exploração metropolitana e a cobrança de impostos sobre os colonos brasileiros. Teve a participação da classe média, populares, padres, militares e membros da elite. Motivados pelos ideais iluministas (liberdade e igualdade), os revoltosos pretendiam libertar o Brasil do domínio português e instalar o sistema republicano no país. Assim como os outros movimentos, foi reprimido fortemente pelas forças militares do governo. Os líderes foram presos e alguns participantes condenados à morte. Saiba mais.

Expansão Territorial Do Brasil - Resumo, Período Colonial, História

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Bandeirantes: importante papel na expansão territorial do Brasil

Início da colonização

Até o começo do século XVII, os colonizadores se concentraram em cidades fundadas na região litorânea do Brasil, principalmente no Nordeste. A principal atividade era a produção de açúcar, e grande parte dos engenhos estava instalada nas capitanias da Bahia e Pernambuco.

Na segunda metade do século XVII, com o aumento da criação de gado extensiva, a ocupação do território nordestino avançou para o interior. Neste período começaram a surgir os currais, que eram grandes fazendas voltadas para a pecuária. Neste contexto, ocorreu a ocupação do vale do rio São Francisco e parte do sertão nordestino.

A ocupação da região amazônica

Com a presença de estrangeiros na região amazônica no século XVII, a coroa portuguesa organizou e enviou para a região várias expedições militares para expulsar os invasores. Vilas, que mais tarde dariam origem a cidades, foram fundadas na região amazônica por integrantes destas expedições.

A expansão pela região amazônica também foi favorecida por uma atividade econômica muito lucrativa no século XVII: a exploração das drogas do sertão (ervas medicinais e aromáticas, guaraná, pimenta, cravo e castanhas). Muitos se embrenharam pela floresta amazônica para coletar estas drogas e vender para comerciantes que as comercializavam na região nordestina e também na Europa.

A expansão territorial da região centro-sul do Brasil

Nos séculos XVII e XVIII, a expansão territorial no centro-sul do Brasil foi impulsionada pelas bandeiras. Estas expedições, organizadas pelos bandeirantes paulistas, tinham como objetivos principais o aprisionamento de índios, a busca de pedras e metais preciosos e a recuperação de escravos foragidos. Os bandeirantes entraram para o interior das regiões sudeste, sul e central do Brasil, indo além do estabelecido pelo Tratado de Tordesilhas, explorando e conquistando territórios. Neste contexto, várias vilas foram fundadas, favorecendo a ocupação destas regiões.

Em meados do século XVII, os bandeirantes encontram várias minas de ouro em áreas de Minas Gerais, Goiás e Matogrosso. Após estas descobertas, começou o Ciclo do Ouro, deslocando o eixo de desenvolvimento econômico do Nordeste para as regiões central e sudeste do Brasil. Várias cidades foram fundadas e se desenvolveram rapidamente com a renda gerada pela exploração do ouro.

A expansão territorial no sul do Brasil

Com o auge da exploração do ouro no século XVIII, a região sul também prosperou. A criação de gado para o abastecimento de carne para a região aurífera fez

com que várias vilas e cidades se desenvolvessem na região interior do sul do Brasil.

Crise Do Açúcar No Brasil Colonial - Resumo, Causas, História

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Concorrência holandesa foi principal causa da crise do açúcar

Introdução

A produção e exportação de açúcar para o mercado europeu foi a principal atividade econômica brasileira no século XVI e começo do XVII. Os engenhos de açúcar, instalados principalmente no Nordeste, fabricavam este produto que gerava muita riqueza para os senhores de engenho, para a coroa portuguesa (que recebia impostos) e também para os comerciantes

holandeses (responsáveis pelo transporte, refino e comercialização de açúcar).

Principais causas da crise do açúcar

- A União Ibérica (1580 a 1640), que estabeleceu o domínio da Espanha sobre Portugal e suas colônias. Este fato fez com que os espanhóis tirassem os holandeses da lucrativa atividade açucareira brasileira, expulsando-os do Nordeste brasileiro. Após este fato os holandeses passaram a produzir açúcar em suas colônias nas Antilhas.

- Os holandeses conheciam o processo de fabricação de açúcar e tinham o controle sobre a distribuição e comercialização deste produto. Logo, conseguiram conquistar os grandes mercados consumidores rapidamente, deixando o açúcar produzido no Brasil em segundo plano no mercado internacional. A concorrência holandesa foi, portanto, uma das principais causas da crise do açúcar brasileiro no período colonial, pois eles conseguiram produzir açúcar mais barato e de melhor qualidade do que o brasileiro.

Vale ressaltar que, apesar da crise, a produção e exportação de açúcar permaneceram como principais

atividades econômicas até o apogeu do Ciclo do Ouro (segunda metade do século XVIII).

Busca de novos recursos na colônia brasileira

A crise do açúcar reduziu drasticamente os lucros dos senhores de engenho do Nordeste e também diminuiu a arrecadação de impostos, provocando uma crise financeira em Portugal. A coroa portuguesa rapidamente agiu em busca de uma nova forma de exploração colonial.

Neste sentido, a coroa portuguesa estimulou a produção de outros gêneros agrícolas no Brasil como, por exemplo, tabaco e algodão. Incentivou também a busca pelas drogas do sertão na região da Amazônia. Estas nada mais eram do que especiarias (canela, ervas aromáticas e medicinais, cacau, castanha-do-pará, baunilha, cravo e guaraná) muito apreciadas na Europa. O rei de Portugal viu, nesta atividade, uma nova fonte de renda e desenvolvimento de sua principal colônia. As entradas e bandeira tiveram papel fundamental na busca por estas especiarias.

Sociedade Açucareira No Brasil Colonial - Resumo, Características

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Sociedade açucareira: patriarcal e escravista

Introdução

Denominamos de sociedade açucareira aquela referente ao Ciclo do Açúcar na História do Brasil. Esta sociedade se desenvolveu, principalmente, na área litorânea do Nordeste brasileiro (regiões produtoras de açúcar) entre os séculos XVI e XVII.

Principais características da sociedade açucareira:

- Sociedade composta basicamente por três grupos sociais: senhores de engenho (aristocracia), homens livres e escravos.

- Sociedade patriarcal: poder concentrado nas mãos dos homens, principalmente, dos senhores de engenho que controlavam e determinavam a vida dos filhos, esposa e funcionários.

- Uso, nos trabalhos pesados do engenho de açúcar, de mão-de-obra escrava africana. Os escravos eram comercializados como mercadorias e sofriam com as péssimas condições de vida oferecidas por seus proprietários.

- Posição social determinada pela posse de terras, escravos e poder político.

Divisão social (grupos sociais)

- Senhores de engenho: possuíam poder social, familiar, político e econômico. A casa-grande, habitação dos senhores de engenho e sua família, era o centro deste poder. Este grupo social tinha forte influência nas Câmaras Municipais, principal pólo de poder político das cidades na época colonial.

- Homens livres: eram em sua maioria funcionários assalariados do engenho (capatazes, por exemplo), proprietários de terras sem engenho, artesãos, agregados e funcionários públicos.

- Escravos: formavam a base dos trabalhadores nos engenhos de açúcar. Tinham como origem o continente africano, sendo comercializados no Brasil. Era o grupo mais numeroso da sociedade açucareira. Em função das péssimas condições em que viviam, dos castigos físicos e da ausência de liberdade, possuíam baixa expectativa de vida (no máximo até 35, 40 anos). Resistiram à escravidão através de revoltas e fugas para a formação dos quilombos.

Crise da sociedade açucareira

A desestruturação deste modelo social começou com a crise da economia açucareira, ou seja, com a concorrência holandesa no comércio de açúcar mundial (final do século XVII).

No século XVIII, com o início do Ciclo do Ouro, a região das minas transformou-se no principal pólo de desenvolvimento econômico do Brasil. Um novo modelo social mais dinâmico passou a vigorar, porém, várias características da sociedade açucareira permaneceram ainda por muito tempo no Nordeste.

Sertanismo De Contrato - O Que Foi, Resumo, História

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Domingo Jorge Velho: exemplo de sertanismo de contrato

O que foi (definição)

O sertanismo de contrato foi uma atividade exercida pelos bandeirantes paulistas no período colonial. Surgido no século XVII, consistia na organização de expedições (bandeiras de contrato) lideradas por bandeirantes que partiam para o interior do Brasil para capturar negros foragidos e combater tribos indígenas rebeladas e quilombos. Estas bandeiras de contrato eram financiadas por autoridades coloniais, grandes fazendeiros e senhores de engenho, principalmente da região nordeste do Brasil. Além de pagamentos em espécie, muitos destes bandeirantes

receberam lotes de terra como recompensa por suas atividades.

Contexto histórico do surgimento

O Sertanismo de contrato surgiu no contexto da crise das bandeiras apresadoras de indígenas. Com a forte oposição da Igreja Católica ao aprisionamento, comercialização e escravidão de indígenas, muitos bandeirantes buscaram novas atividades.

O sertanismo de contrato foi importante no processo de povoamento e expansão da atividade pecuária no sertão nordestino.

Objetivos principais do sertanismo de contrato:

- Os sertanistas de contrato buscavam atacar e combater tribos de índios que ofereciam resistência à colonização ou que resistiam a tomada de suas terras;

- Atacar e destruir quilombos formados por negros (ex-escravos) foragidos das fazendas. Além de destruir os quilombos, os bandeirantes deviam recapturar os

negros para que eles fossem reintegrados ao sistema escravista das fazendas e engenhos coloniais;

- Perseguir, localizar e capturar negros foragidos das fazendas e engenhos.

Exemplo de sertanismo de contrato

O mais relevante exemplo foi a bandeira de contrato organizada e liderada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho na primeira metade do século XVII. Esta bandeira combateu várias tribos de índios rebelados no interior dos estados do Ceará e Rio Grande do Norte. O evento ficou conhecido como “A Guerra dos Bárbaros”.

Foi também a bandeira de Domingo Jorge Velho que, em 1649, combateu e destruiu o Quilombo de Palmares.

Brasil Pré-Colonial - Características, História, Resumo

História Do Brasil Pré-Colonial, Resumo, Características, Expedições, Exploração Do Pau-Brasil, Fim Do Período

Exploração do pau-brasil no Brasil Pré-Colonial

O que é (introdução)

É chamado de pré-colonial o período da história do Brasil entre os anos de 1500 a 1530. Este nome é devido ao fato de que nestes 30 anos não houve colonização portuguesa no Brasil. Da chegada dos portugueses ao Brasil (1500) até a vinda da primeira expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza (1531), o Brasil recebeu expedições portuguesas voltadas para a exploração do pau-brasil, defesa e reconhecimento territorial.

Principais características do Brasil Pré-Colonial:

- Neste período o Brasil era habitado por diversas nações indígenas. Pesquisadores calculam que havia de 3 a 4 milhões de indígenas no Brasil em 1500.

- Os portugueses enviaram, neste período ao Brasil, expedições guarda-costas e de reconhecimento territorial.

- As expedições de reconhecimento tinham como objetivo principal encontrar metais preciosos, principalmente ouro.

- Não houve interesse por parte da coroa portuguesa, nestes 30 anos, de colonizar o Brasil.

- Os portugueses construíram, neste período, diversas feitorias no litoral. Estas tinham como função armazenar madeira (pau-brasil), facilitando o transporte para as caravelas.

- Os portugueses usaram mão-de-obra indígena na exploração do pau-brasil. Em troca de espelhos, chocalhos, facas e outras bugigangas, os índios eram convencidos a trabalharem no corte e carregamento do pau-brasil para os navios. Esta troca de trabalho por objetos é conhecida como escambo.

- A exploração do pau-brasil, principal atividade econômica desta época, era monopólio da coroa portuguesa. Esta podia conceder a exploração à particulares em troca do pagamento de 1/5 da madeira extraída.

- Nestes 30 anos de exploração do pau-brasil, houve devastação de grande parte da vegetação litorânea nativa. O pau-brasil foi praticamente eliminado das matas entre o litoral do Rio de Janeiro até o do Rio Grande do Norte.

- Neste período houve contrabando de pau-brasil praticado por europeus, principalmente franceses. A coroa portuguesa precisou enviar ao Brasil expedições de caráter militar para proteger a costa brasileira. Cristóvão Jacques comandou uma das principais expedições deste tipo, entre os anos de 1516 a 1526.

O fim do período Pré-Colonial

Em 1530, o rei de Portugal D. João III resolveu dar início a colonização do Brasil, fixando pessoas no território colonial. A diminuição dos lucros com a exploração do pau-brasil e as constantes presenças de

estrangeiros no litoral brasileiro preocupou o monarca português.

A primeira expedição colonizadora, chefiada por Martin Afonso de Souza, partiu de Portugal em dezembro de 1500 e chegou ao Brasil no começo de 1531. Com cerca de 400 homens, a expedição tinha como objetivo principal dar início a colonização do Brasil. Martin Afonso de Souza distribuiu lotes de terras (sesmarias) e deu início ao plantio da cana-de-açúcar ao criar o primeiro engenho.

Economia Açucareira No Brasil Colonial

A Economia Brasileira No Ciclo Do Açúcar, Características Principais, Resumo, História Econômica Do Brasil Colonial, Escravidão, Mão-De-Obra

Engenho: centro da economia açucareira

Introdução e contexto histórico

Na História do Brasil, a fase açucareira corresponde ao período em que a produção e exportação do açúcar foram as principais atividades econômicas. Cronologicamente, esta fase está situada entre os séculos XVII e XVIII.

Em meados do século XVI, a coroa portuguesa resolveu colonizar o Brasil e, para fixar o homem na terra e obter lucro, deu início ao processo de cultivo de cana-de-açúcar no Nordeste do Brasil. O principal objetivo de Portugal era colonizar o território brasileiro, principalmente a faixa litorânea, para evitar o ataque de outros países. A região nordestina foi escolhida, pois seu solo e clima eram favoráveis ao cultivo da cana-de-açúcar.

Principais características da econômica açucareira

- Cultivo da cana-de-açúcar nos engenhos com o objetivo de produzir açúcar para, principalmente, vender no mercado europeu.

- Uso, principalmente, de mão-de-obra escrava de origem africana. Havia também trabalhadores livres remunerados nos engenhos, porém, em menor quantidade.

- Estabelecimento dos engenhos em grandes propriedades rurais (latifúndios), que eram propriedades dos senhores de engenho.

- Poder econômico concentrado nas mãos dos senhores de engenho (formação da aristocracia rural).

- Transporte e comercialização do açúcar no mercado europeu realizados pelos holandeses.

- Neste período, o tráfico negreiro também gerou elevados lucros para os comerciantes de escravos. Esta atividade também era fonte de renda, através de impostos, da coroa portuguesa.

- Sistema econômico da colônia definido e fiscalizado pela Coroa Portuguesa.

- Existência do Pacto Colônia, fazendo que todo comércio da colônia fosse praticado somente com a

Metrópole (Portugal). Desta forma, os produtos manufaturados não eram produzidos no Brasil, mas sim importados da metrópole.

Crise da economia açucareira

A crise da economia açucareira teve início no Brasil em meados do século XVII, quando os holandeses foram expulsos do Nordeste e passaram a cultivar e produzir açúcar em suas colônias nas Antilhas. O produto holandês ganhou grande espaço no mercado europeu, deixando o açúcar brasileiro para trás. Portanto, essa concorrência fez com que o cultivo e produção de açúcar no Brasil diminuísse significativamente. Em meados do século XVIII, as atenções se voltam para a região das Minas Gerais (exploração de ouro), colocando de vez a economia açucareira em segundo plano.

Governo De Nassau Em Pernambuco - Resumo, Características

História, Características Do Governo De Maurício De Nassau, Resumo, O Que Fez, Principais Ações Políticas, Econômicas E Culturais No Nordeste Brasileiro, Contexto Histórico

Nassau: governador do Brasil Holandês

Contexto histórico

Em 1630, os holandeses invadiram e dominaram Pernambuco. Interessados na produção de açúcar do nordeste brasileiro, os holandeses permaneceram na região até 1654, ano em que foram expulsos.

Governo de Nassau (1637 – 1644)

João Maurício de Nassau foi um conde holandês, enviado ao nordeste brasileiro, em 1637, pela Companhia das Índias Ocidentais. Sua função era governar as terras dominadas pelos holandeses na região de Pernambuco. Seu governo durou sete anos e foi responsável por várias transformações, principalmente urbanísticas, em Recife.

Principais características do Governo Nassau (ações):

- Investimentos na infraestrutura de Recife como, por exemplo, construção de pontes, diques, drenagem de pântanos, canais e obras sanitárias.

- Estabelecimento de aliança política com os senhores de engenho de Pernambuco.

-p Incentivo ao estudo e retratação da natureza brasileira, principalmente com a vinda de artistas e cientistas holandeses.

- Adoção de melhorias nos engenhos, visando o aumento da produção de açúcar.

- Criação do Jardim Botânico no Recife, assim como o Museu Natural e o Zoológico.

- Melhoria da qualidade dos serviços públicos em Recife, investindo na coleta de lixo e nos bombeiros.

- Redução dos tributos cobrados dos senhores de engenho de Pernambuco.

- Estabelecimento da liberdade religiosa aos cristãos.

Fim do governo Nassau

No começo da década de 1640, a Companhia das Índias Ocidentais passou a tomar uma série de medidas visando o aumento dos lucros com a economia açucareira no Brasil. Entre estas medidas estavam o aumento de impostos, cobrança de dívidas atrasadas dos senhores de engenho e pressão para aumentar a produção de açúcar. Estas medidas causaram grande insatisfação nos senhores de engenhos e não foram aceitas por Maurício de Nassau, que resolveu deixar o cargo de governador em 1644.

A saída de Nassau do governo rompeu o clima harmonioso entre holandeses e senhores de engenho. Muitos destes últimos passaram a se organizar, formando exércitos e buscando apoio de colonos, com o objetivo de expulsar os holandeses do nordeste brasileiro. O objetivo foi conquistado em 1654 através da Insurreição Pernambucana.

Conclusão

No geral, o governo de Nassau foi positivo para Pernambuco em função das boas realizações implantadas que proporcionaram um certo grau de modernidade e desenvolvimento à região. Como a comparação geralmente é feita com o governo português no Brasil, que estava muito mais preocupado com a exploração econômica, muitos estudiosos afirmam que a região dominada pelos holandeses seria muito mais desenvolvida atualmente caso estes tivessem permanecido por mais tempo.

Porém, vale lembrar que os aspectos positivos estão relacionados diretamente ao governo Nassau, já que à Companhia das Índias Ocidentais interessava em primeiro lugar o lucro advindo da produção de açúcar na região.

Conjuração Baiana - O Que Foi, Resumo, Causas, LíderesHistória Da Conjuração Baiana, Revolta Dos Alfaiates, O Que Foi, Causas, Motivos, Resumo, Líderes, Objetivos, Bibliografia

Praça da Piedade em Salvador

O que foi Também conhecida como Revolta dos Alfaiates, a Conjuração Baiana foi uma revolta social de caráter popular ocorrida na Bahia em 1798. Teve uma importante influência dos ideais da Revolução Francesa. Além de ser emancipacionista, defendeu importantes mudanças sociais e políticas na sociedade. Causas - Insatisfação popular com o elevado preço cobrado pelos produtos essenciais e alimentos. Além disso, reclamavam da carência de determinados alimentos.

 - Forte insatisfação com o domínio de Portugal sobre o Brasil. O ideal de independência estava presente em vários setores da sociedade baiana. Objetivos - Defendiam a emancipação política do Brasil, ou seja, o fim do pacto colonial com Portugal; - Defendiam a implantação da República; - Liberdade comercial no mercado interno e também com o exterior; - Liberdade e igualdade entre as pessoas. Portanto eram favoráveis à abolição dos privilégios sociais e também da escravidão; - Aumento de salários para os soldados. 

Líderes - Um dos principais líderes foi o médico, político e filósofo baiano Cipriano Barata. - Outra importante liderança, que atuou muito na divulgação das ideias do movimento, foi o soldado Luís Gonzaga das Virgens. - Os alfaiates Manuel Faustino dos Santos Lira e João de Deus do Nascimento. Quem participou - O movimento contou com a participação de pessoas pobres, letrados, padres, pequenos comerciantes, escravos e ex-escravos. A Revolta 

A revolta estava marcada, porém um dos integrantes do movimento, o ferreiro José da Veiga, delatou o movimento para o governador, relatando o dia e a hora em que aconteceria. O governo baiano organizou as forças militares para debelar o movimento antes que a revolta ocorresse. Vários revoltosos foram presos. Muitos foram expulsos do Brasil, porém quatro foram executados na Praça da Piedade em Salvador. Você sabia? - A Conjuração Baiana é também chamada de Revolta dos Alfaiates, pois muitos destes profissionais participaram do movimento.

Descobrimento Do Brasil - História Do BrasilHistória Do Brasil Colônia, A História Do Descobrimento Do Brasil, Os Primeiros Contatos Entre Portugueses E Índios, O Escambo, A Exploração Do Pau-Brasil

Primeiros contatos entre portugueses e índios

História do Descobrimento do Brasil Em 22 de abril de 1500 chegava ao Brasil 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral. A primeira vista, eles acreditavam tratar-se de um grande monte, e chamaram-no de Monte Pascoal. No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil. Após deixarem o local em direção à Índia, Cabral, na incerteza se a terra descoberta tratava-se de um continente ou de uma grande ilha, alterou o nome para Ilha de Vera Cruz. Após exploração realizada por outras expedições

portuguesas, foi descoberto tratar-se realmente de um continente, e novamente o nome foi alterado. A nova terra passou a ser chamada de Terra de Santa Cruz. Somente depois da descoberta do pau-brasil, ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil.  A descoberta do Brasil ocorreu no período das grandes navegações, quando Portugal e Espanha exploravam o oceano em busca de novas terras. Poucos anos antes da descoberta do Brasil, em 1492, Cristóvão Colombo, navegando pela Espanha, chegou a América, fato que ampliou as expectativas dos exploradores. Diante do fato de ambos terem as mesmas ambições e com objetivo de evitar guerras pela posse das terras, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas, em 1494. De acordo com este acordo, Portugal ficou com as terras recém descobertas que estavam a leste da linha imaginária (370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde), enquanto a Espanha ficou com as terras a oeste desta linha.  

Mesmo com a descoberta das terras brasileiras, Portugal continuava empenhado no comércio com as Índias, pois as especiarias que os portugueses encontravam lá eram de grande valia para sua comercialização na Europa. As especiarias comercializadas eram: cravo, pimenta, canela, noz moscada, gengibre, porcelanas orientais, seda, etc. Enquanto realizava este lucrativo comércio, Portugal realizava no Brasil o extrativismo do pau-brasil, explorando da Mata Atlântica toneladas da valiosa madeira, cuja tinta vermelha era comercializada na Europa. Neste caso foi utilizado o escambo, ou seja, os indígenas recebiam dos portugueses algumas bugigangas (apitos, espelhos e chocalhos) e davam em troca o trabalho no corte e carregamento das toras de madeira até as caravelas.  Foi somente a partir de 1530, com a expedição organizada por Martin Afonso de Souza, que a coroa portuguesa começou a interessar-se pela colonização da nova terra. Isso ocorreu, pois havia um grande receio dos portugueses em perderem as novas terras para invasores que haviam ficado de fora do tratado de Tordesilhas, como, por exemplo, franceses, holandeses e ingleses.

Navegadores e piratas destes povos, estavam praticando a retirada ilegal de madeira de nossas matas. A colonização seria uma das formas de ocupar e proteger o território. Para tanto, os portugueses começaram a fazer experiências com o plantio da cana-de-açúcar, visando um promissor comércio desta mercadoria na Europa.

 Escravidão No Brasil Colonial - ResumoResumo Da História Da Escravidão No Brasil, Escravos No Brasil Colonial

Escravos trabalhando num engenho de açúcar ( Debret)

Resumo

 - A escravidão começou no Brasil no século XVI. Os colonos portugueses começaram escravizando os índios, porém a oposição dos religiosos dificultou esta prática. Os colonos partiram para suas colônias na África e trouxeram os negros para trabalharem nos engenhos de açúcar da região Nordeste.  - Os escravos também trabalharam nas minas de ouro, a partir da segunda metade do século XVIII.  - Tanto nos engenhos quanto nas minas, os escravos executavam as tarefas mais duras, difíceis e perigosas. - A maioria dos escravos recebia péssimo tratamento. Comiam alimentos de péssima qualidade, dormiam na senzala (espécie de galpão úmido e escuro) e recebiam castigos físicos. - O transporte dos africanos para o Brasil era feito em navios negreiros que

apresentavam péssimas condições. Muitos morriam durante a viagem. - Os comerciantes de escravos vendiam os negros como se fossem mercadorias. - Os escravos não podiam praticar sua religião de origem africana, nem seguir sua cultura. Porém, muitos praticavam a religião de forma escondida. - As mulheres também foram escravizadas e executavam, principalmente, atividades domésticas. Os filhos de escravos também tinham que trabalhar por volta dos 8 anos de idade. - Muitos escravos lutaram contra esta situação injusta e desumana. Ocorreram revoltas em muitas fazendas. Muitos escravos também fugiram e formaram quilombos, onde podiam viver de acordo com sua cultura. 

- A escravidão só acabou no Brasil no ano de 1888, após a decretação da Lei Áurea.

 Capitanias Hereditárias - ResumoAs Capitanias Hereditárias, Resumo, Criação, Objetivos, Donatários, Administração Colonial

Mapa das Capitanias Hereditárias

As Capitanias Hereditárias e a Administração colonial As Capitanias hereditárias foi um sistema de administração territorial criado pelo rei de Portugal, D. João III, em 1534. Este sistema consistia em dividir o território

brasileiro em grandes faixas e entregar a administração para particulares (principalmente nobres com relações com a Coroa Portuguesa). Este sistema foi criado pelo rei de Portugal com o objetivo de colonizar o Brasil, evitando assim invasões estrangeiras. Ganharam o nome de Capitanias Hereditárias, pois eram transmitidas de pai para filho (de forma hereditária). Estas pessoas que recebiam a concessão de uma capitania eram conhecidas como donatários. Tinham como missão colonizar, proteger e administrar o território. Por outro lado, tinham o direito de explorar os recursos naturais (madeira, animais, minérios). O sistema não funcionou muito bem. Apenas as capitanias de São Vicente e Pernambuco deram certo. Podemos citar como motivos do fracasso: a grande extensão territorial para administrar (e suas obrigações), falta de recursos econômicos e os constantes ataques indígenas.

 O sistema de Capitanias Hereditárias vigorou até o ano de 1759, quando foi extinto pelo Marquês de Pombal. Capitanias Hereditárias criadas no século XVI: Capitania do Maranhão Capitania do Ceará Capitania do Rio Grande Capitania de Itamaracá Capitania de Pernambuco Capitania da Baía de Todos os Santos Capitania de Ilhéus

 Capitania de Porto Seguro Capitania do Espírito Santo 

Capitania de São Tomé Capitania de São Vicente Capitania de Santo Amaro Capitania de Santana  

Revoltas Nativistas No Brasil Colonial - Resumo, HistóriaContexto Histórico, Causas, Principais Revoltas, Resumo, História, Líderes

Revolta

de Filipe dos Santos: uma das revoltas nativistas

 Introdução As revoltas nativistas foram aquelas que tiveram como causa principal o descontentamento dos colonos brasileiros com as medidas tomadas pela coroa portuguesa. Ocorreram entre o final do século XVII e início do XVIII. A maior parte destas revoltas foi reprimida com violência pela coroa portuguesa, como forma de controlar seu domínio sobre a colônia brasileira. Principais causas:

- Monopólio português do comércio de mercadorias.

 - Preços elevados cobrados pelos produtos comercializados pelos portugueses. - Medidas da metrópole que favoreciam os portugueses, principalmente os comerciantes. - Conflitos culturais, políticos e comerciais entre colonos e portugueses. - Altos impostos cobrados pela coroa portuguesa, principalmente sobre a extração de ouro realizada pelos colonos brasileiros. - Exploração colonial praticada por Portugal. - Rígido controle, através de leis, imposto pela metrópole sobre o Brasil. Principais revoltas nativistas:

Revolta de Beckman Ocorreu no Maranhão em 1684. Liderada por Manuel Beckman, teve como causa principal a falta de mão-de-obra escrava e o desabastecimento e altos preços das mercadorias comercializadas pela Companhia Geral de Comércio do Estado do Maranhão, criada pela coroa portuguesa em 1682. Guerra dos Emboabas Ocorreu em Minas Gerais entre os anos de 1708 e 1709. Os bandeirantes paulistas queriam exclusividade na exploração das minas de ouro descobertas por eles. Porém, portugueses e colonos de outros estados (chamados de emboabas pelos paulistas) também queriam o direito de exploração. O conflito ocorreu pela disputa de exploração do ouro entre estes dois grupos. Guerra dos Mascates

 Ocorreu em Pernambuco entre 1710 e 1711. Teve como principal causa a disputa política entre os senhores de engenho de Olinda e os mascates (comerciantes portugueses) pelo controle de Pernambuco. Revolta de Filipe dos Santos

Também conhecida como Revolta de Vila Rica, ocorreu em Vila Rica (Minas Gerais), atual Ouro Preto, no ano de 1720. Liderada por Filipe dos Santos, teve como causas: - A cobrança de altos impostos e taxas pela coroa portuguesa sobre a exploração de outro no Brasil. - A criação das Casas de Fundição, criada para controlar e arrecadar impostos sobre o ouro encontrado na colônia. 

- Proibição da circulação do ouro em pó, com punições severas para quem fosse pego com o ouro nesta condição. - Monopólio das principais mercadorias pelos comerciantes portugueses. Outras revoltas nativistas: - Revolta do Sal (São Paulo e Minas Gerais - 1710)- Revolta da Cachaça (Rio de Janeiro - 1660 a 1661)- Motins do Maneta (Salvador-BA - 1711)

Guerra Guaranítica - Resumo, Causas E ConsequênciasO Que Foi, Causas E Consequências, Resumo, História, Tratado De Madri, Sete Povos Das Missões, Contexto Histórico

Guerra Guaranítica: resistência indígena aos colonizadores

 O que foi A Guerra Guaranítica foi um conjunto de conflitos militares entre índios guaranis e as tropas portuguesas e espanholas. Ocorreu na região sudoeste do Brasil entre os anos de 1754 e 1756. É considerado o principal levante indígena brasileiro contra o domínio dos colonizadores europeus. Contexto histórico

 Em 1750, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Madri. Este tratado redefinia a divisão das terras da América do Sul entre portugueses e espanhóis. De acordo com ele, a região dos Sete Povos das Missões (atual região oeste do RS), que era da Espanha, deveria ser entregue aos portugueses. Em troca, a Espanha ficaria com a Colônia do sacramento. Os jesuítas espanhóis, que atuavam na área, não aceitaram o acordo e armaram os indígenas da região. Quando os portugueses foram tomar posse da região, em 1754, houve conflito militar entre estes e os índios, que não aceiraram deixar suas terras. Teve início então a Guerra Guaranítica. Tropas espanholas também entraram na batalha, ao lado dos portugueses, e combateram os indígenas na tentativa de expulsá-los das terras, fazendo assim cumprir o Tratado de Madri. Causas: 

- Tratado de Madri (1750) que estabelecia a entrega da região dos Sete Povos das Missões, controlada por jesuítas espanhóis, a Portugal. - Armamento dos indígenas da região pelos jesuítas espanhóis, para que estes resistissem aos portugueses e defendessem a posse da terra na região. - Disputas territoriais entre Portugal e Espanha em meados do século XVIII. - Poder dos jesuítas nas regiões que faziam a catequização dos índios, assim como a forte influência sobre estes nativos. - Forte desejo dos índios guaranis em permanecer em suas terras, não obedecendo aos acordos feitos pelos governantes europeus. Ou seja, o sentimento de resistência ao domínio dos colonizadores europeus estava presente entre os guaranis. 

Consequências:

- Morte de mais de vinte mil índios guaranis da região dos Sete Povos das Missões. - Destruição dos Sete Povos das Missões em 1756. - Diminuição da influência dos jesuítas na região sul do Brasil. Curiosidade:

O principal líder indígena guarani, durante a Guerra Guaranítica, foi Sepé Tiaraju. É considerado até hoje uma espécie de herói e símbolo da resistência indígena contra a opressão dos colonizadores europeus.