revoltas do brasil colonial

16
{ Revoltas e Rebeliões do Período Colonial. Aula do dia 12/06 Prof. Rodrigo Mothé S2 Feliz dia dos namorados S2

Upload: rodrigo-historiageografia

Post on 19-Jun-2015

316 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Revoltas do brasil colonial

{

Revoltas e Rebeliões do Período Colonial.

Aula do dia 12/06

Prof. Rodrigo MothéS2 Feliz dia dos namorados S2

Page 2: Revoltas do brasil colonial

Quando pensamos no período colonial geralmente nos vem em mente a obrigatoriedade da colônia em comercializar apenas com a sua metrópole (pacto colonial). Quando chocam-se os interesses entre os colonos e a metrópole presenciamos algumas revoltas.

Pacto Colonial

Page 3: Revoltas do brasil colonial

Observação: A historiografia exclui as revoltas indígenas e negras do período, atendo-se apenas as revoltas de colonos contra os abusos da metrópole.

Page 4: Revoltas do brasil colonial

Para facilitar os estudos, dividimos as revoltas do período colonial em dois grupos:

REVOLTAS NATIVISTAS Possuem questionamentos imediatos, como um imposto abusivo ou uma lei incômoda, ou seja, não possuíam propostas de independência. Eram revoltas elitistas e regionais.

REVOLTAS EMANCIPACIONISTA Possuem caráter emancipatório, visando uma independência política, porém sem perspectiva nacional, ou seja, sofre influência do Iluminismo francês somente no âmbito da liberdade, mas não no culto ao nacionalismo.

Tipos de Revoltas:

Page 5: Revoltas do brasil colonial

REVOLTAS NATIVISTAS

Page 6: Revoltas do brasil colonial

União Ibérica: Bandeirantes ganham a permissão de aprisionar índios e vende-los como escravos, gerando um alto lucro. Com o retorno da monarquia Coroa Portuguesa, este comércio foi proibido (para não influenciar o lucro do comércio de escravos africanos). Revoltados os bandeirantes expulsam Jesuítas de São Paulo e buscam a liderança do fazendeiro Amador Bueno, que por medo de represália portuguesa não adere ao movimento, enfraquecendo os bandeirantes.

Aclamação de Amador Bueno

(1641 – São Paulo)

Page 7: Revoltas do brasil colonial

Também conhecida como Revolta Filipe dos Santos, formou-se contra a criação das Casas de Fundição em MG. A metrópole reage rapidamente, matando e esquartejando o líder Filipe dos Santos.

Revolta de Vila Rica(1720 – Minas Gerais)

Page 8: Revoltas do brasil colonial

Os colonos do Maranhão lutaram contra o monopólio da CIA de comércio do Maranhão, que além de pagar pouco pelos produtos maranhenses, não conseguia atender a demanda de mão-de-obra escrava. Como solução os revoltosos queriam a liberação da escravidão indígena (jesuítas eram contrários). Governo de Portugal manda um governador para o Maranhão, prendendo os líderes, irmãos Beckman e Jorge Sampaio, e condenando à forca.

Revolta de Beckman( 1684 – Maranhão)

Page 9: Revoltas do brasil colonial

Bandeirantes Paulistas X Forasteiros

(emboabas) pelo direito da exploração do ouro em MG.

Grande massacre dos paulistas que retiram-se na sua grande maioria e descobrem novas jazidas em Goiás e Mato Grosso.

Guerra dos Emboabas(1707 / 1709 – Minas Gerais

Page 10: Revoltas do brasil colonial

REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS

Page 11: Revoltas do brasil colonial

O ouro de MG estava mostrando indício de esgotamento, contudo a crise econômica portuguesa exigia a exploração abusiva (impostos, derrama, proibição de produção de manufaturados). A elite mineira (influenciada pelo Iluminismo), composta por Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto e Joaquim José da Silva Xavier, tinham como objetivo proclamar a República Mineira, acabando com o pacto colonial, estimular o desenvolvimento de manufaturas e criar uma Universidade.

O movimento foi traído por Joaquim Silvério dos Reis e os líderes foram presos e degradados para a África. Tiradentes é morto e esquartejado para ser usado como exemplo.

Inconfidência Mineira(1789 – Minas Gerais)

Page 12: Revoltas do brasil colonial
Page 13: Revoltas do brasil colonial

Devido à extrema pobreza e desigualdade social na Bahia, a Revolta dos Alfaiates contou com a presença da classe média e do povo. Queria a independência da Bahia, liberdade de comércio e igualdade em todos os níveis, inclusive defendendo a abolição da escravidão. Seus líderes, João de Deus do Nascimento, Luís Gonzaga das Virgens, Lucas Dantas Amorim Torres eram todos pobres. A repressão portuguesa foi intensa

Inconfidência Baiana(1798 – Bahia)

Page 14: Revoltas do brasil colonial

Com a transferência da capital para o Rio de Janeiro, a crise de Pernambuco, iniciada com o declínio da açúcar, piorou com os aumentos dos impostos e dos privilégio concedidos aos comerciantes portugueses. Rebeldes tomam a cidade por dois meses, proclamando a independência de Pernambuco, permitindo a liberdade de expressão e de religião, abolindo impostos sobre gêneros básicos, mas permanecendo com a escravidão. Repressão forte da coroa portuguesa.

Conjuração Pernambucana

(1817 – Pernambuco)

Page 15: Revoltas do brasil colonial

(Mackenzie) "A coalizão de magnatas comprometidos com a revolução mineira não era monolítica, tendo na multiplicidade de motivações e de elementos envolvidos uma debilidade potencial. Os magnatas esperavam alcançar seus objetivos sob cobertura de um levante popular". (Kenneth Maxwell - "A devassa da devassa"). Assinale a interpretação correta sobre o texto referente à Inconfidência Mineira. 

a) A Inconfidência Mineira era um movimento de elite, com propostas sociais indefinidas e que pretendia usar a derrama como pretexto para o levante popular. b) O movimento mineiro tinha sólido apoio popular e eclodiria com a adesão dos dragões: a polícia local. c) Os envolvidos não tinham motivos pessoais para aderir à revolta, articulada em todo o país através de seus líderes. d) A conspiração entrou na fase da luta armada, sendo derrotada por tropas metropolitanas. e) A segurança perfeita e o sigilo do movimento impediram que delatores denunciassem a revolta ao governo. 

Page 16: Revoltas do brasil colonial

(Fgv 2006) Antunes voltou ao capão e transmitiu a seus companheiros as promessas de Bento. Os paulistas saíram dos matos aos poucos, depondo as armas. Muitos não passavam de meninos; outros eram bastante velhos. Sujos, magros, cambaleavam, apoiavam-se em seus companheiros. Estendiam a mão, ajoelhados, suplicando por água e comida. Bento fez com que os paulistas se reunissem numa clareira para receber água e comida. Os emboabas saíram da circunvalação, formando-se em torno dos prisioneiros. Bento deu ordem de fogo. Os paulistas que não morreram pelos tiros foram sacrificados a golpes de espada.  (Ana Miranda, O retrato do rei) 

O texto trata do chamado Capão da Traição, episódio que faz parte da Guerra dos Emboabas, que se constituiu a) em um conflito opondo paulistas e forasteiros pelo controle das áreas de mineração e tensões relacionadas com o comércio e a especulação de artigos de consumo como a carne de gado, controlada pelos forasteiros. b) em uma rebelião envolvendo senhores de minas de regiões distantes dos maiores centros - como Vila Rica - que não aceitavam a legislação portuguesa referente à distribuição das datas e a cobrança do dízimo. c) no primeiro movimento colonial organizado que tinha como principal objetivo separar a região das Minas Gerais do domínio do Rio de Janeiro, assim como da metrópole portuguesa, e que teve a participação de escravos. d) no mais importante movimento nativista da segunda metade do século XVIII, que envolveu índios cativos, escravos africanos e pequenos mineradores e faiscadores contra a criação das Casas de Fundição.