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(21) BR 1 O 2012 019095-8 A2 111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 * B R 1 O 2 O 1 2 O 1 9 O 9 5 A 2 *
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(22) Data de Depósito: 31/07/2012
(43) Data da Publicação: 13/01 /2015 (RPI 2297)
(54) Título: COMPOSTOS HIDRAZIDA-NACILIDRAZONAS, PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COMPOSTOS HIDRAZIDA-N-ACILIDRAZONAS, USO DE COMPOSTOS A PARTIR DE HIDRAZINA-NACILIDRAZONAS PARA TRATAMENTO DE LEISHMANIOSE E DOENÇA DE CHAGAS E COMPOSIÇÕES FARMACÊUTICAS OBTIDAS
(51) lnt.CI.: C07D309/38; C07D307/76; C07D317/64; C07C281 /14; A61 K31 /165; A61 K31 /175; A61 K31 /345; A61 K31/36; A61 P33/02
(73) Titular(es): Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
(72) lnventor(es): Aline Cavalcante de Queiroz, Amilcar Tanuri, Eliezer Jesus de Lacerda Barreiros, Hugo Eduardo Cerecetto Meyer, Magda Susana Alexandre Moreira, Maria Mercedes González Hormaizteguy, Marina Amaral Alves
Outros Medicamentos
1.535
(57) Resumo: COMPOSTOS HIDRAZIDA-NACILIDRAZONAS, PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COMPOSTOS HIDRAZIDA-N-ACILIDRAZONAS, USO DE COMPOSTOS A PARTIR DE HIDRAZINA-N-ACILIDRAZONAS PARA TRATAMENTO DE LEISHMANIOSE E DOENÇA DE CHAGAS E COMPOSIÇÕES FARMACÊUTICAS OBTIDAS. Particularmente descreve a obtenção de inibidores de cisteína proteinases envolvidas nos processos infecciosos causados pelos parasitas trypanossoma cruzi e leishmania sp. Ou seja, a invenção trata do planejamento da série de compostos hidrazida-Nacidrazonas com o objetivo de gerar um princípio ativo para composições farmacêuticas voltadas ao tratamento de leishmaniose e doenças de chagas;oplanejamentodasériedederivadoshidrazida-Nacilidrazona funcionalizados (série Ili e IV) é realizado madiante hibridação molecular entre os protótipos LASSBio-1111 (leishmanicida) e LASSBio-1064 (tripanomicida) mediante hibridação da subunidade arilhidrazida de LASSBio-1111 com a acilidrazona funcionalizada de LASSBio-1064, Obtendo-se um novo padrão molecular que conjugando as propriedades leishmanicida e tripanomicida.
18 Doenças Tropicais
1,3%
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COMPOSTOS HIDRAZIDARN-ACILIDRAZONAS, PROCESSO DE OBTENÇÃO DE
COMPOSTOS HIDRAZIDA-NRACILIDRAZONAS, USO DE COMPOSTOS A
PARTIR DE HIDRAZIDA-N-ACILIDRAZONAS PARA TRATAMENTO DE
LEISHMANIOSE E DOENÇA DE CHAGAS E COMPOSIÇÕES FARMACÊUTICAS
s OBTIDAS
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DESCRIÇÃO RESUMIDA
A presente solicitação de patente de invenção descreve a obtenção de inibidores de
cisteína proteinases envolvidas nos processos infecciosos causados pelos parasitas
Trypanossoma cruzi e Leishmania sp.
INTRODUÇÃO
A introdução tem por pretensão apresentar o escopo principal da invenção. Uma vez
que a invenção se desdobra em aplicações terapêuticas para dois tipos de
parasitose e, ainda, no desenvolvimento de novos compostos com atividade
1s específica, serão dedicadas subseções para cada um dos temas aqui sublinhados.
FUNDAMENTOS DA TÉCNICA
Doença de Chagas e Leishmaniose:
Cerca de três mil pessoas diariamente morrem no mundo vítimas de doenças
20 negligenciadas como leishmaniose, doença de Chagas, malária, e doença do sono.
São mais de 1 milhão de mortes por ano, de acordo com dados da FINEP. Esse
número elevado de óbitos é reflexo da precariedade no diagnóstico e tratamento
destas doenças. Os mais afetados por essa negligência são as populações mais
empobrecidas dos países menos desenvolvidos, e, portanto, não constituindo um
2s mercado lucrativo para as indústrias farmacêuticas. Apenas 1,3% dos medicamentos
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disponibilizados entre 1975 e 2004 foram para as doenças negligenciadas, o que
representa 21 medicamentos, apesar de representarem 12% da carga global de
doenças.
O Gráfico 1 representa o Percentual de medicamentos desenvolvidos entre 1975 e
5 2004.
De acordo com estudos realizados pelo Instituto George para Saúde Internacional,
os investimentos de instituições privadas na área de doenças negligenciadas
correspondem a apenas 5% dos recursos globais para pesquisa e desenvolvimento
(P&D), sobrando para as instituições filantrópicas (54%), e públicas (41%), que não
10 conseguem, na maioria das vezes, dar sustentabilidade a esses investimentos ao
longo dos anos.
No Brasil, em torno de R$ 75 milhões ao ano vem sendo gasto com incentivos
governamentais para P&D em doenças negligenciadas, devido aos incentivos feitos
pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio de suas duas principais agências
15 de fomento: o CNPq e a FINEP. Em 2008, elas investiram mais de R$ 25 milhões
em projetos de P&D para as doenças negligenciadas.
A doença de Chagas, também conhecida como tripanossomíase americana, teve
como seu descobridor o pesquisador brasileiro Carlos Chagas. É uma doença
parasitária causada pela infecção do protozoário hemoflagelado Trypanosoma cruzi,
20 cujos insetos triatomíneos são seus vetores. As formas mais importantes de
transmissão da doença de Chagas ainda são as vetoriais, que são aquelas ligadas
diretamente ao vetor, à transfusão de sangue, à via congênita, e mais recentemente,
as que ocorrem via oral, pela ingestão de alimentos contaminados, pela picada na
mucosa ocular ou oral, contudo apresentam também importância epidemiológica a
25 transmissão transfusional e congênita.
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Dados da OMS indicam a existência de 16-18 milhões de infectados pelo T. cruzi,
dentre eles, 12-14 milhões de indivíduos na América Latina, sendo ainda
encontrados indivíduos contaminados em países da Europa e América do Norte, na
maioria das vezes resultante da migração de indivíduos infectados em busca de
5 melhores condições de vida.
Entre as mais de 120 espécies de insetos vetores, 12 espécies da subfamília
Triatominae, são as mais importantes para a infecção humana, devido a sua
capacidade de invasão e procriação dentro das casas.
O diagnóstico, tanto na fase aguda quanto nas formas crônicas da doença de
10 Chagas, é realizado pela detecção do parasito por métodos parasitológicos (diretos
ou indiretos) e pela presença de anticorpos no soro, através de testes sorológicos
sendo os mais utilizados a imunofluorescência indireta (IFI), hemaglutinação (HAI) e
enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA). Poderão ser realizados também
testes moleculares, utilizando polymerase chain reaction (PCR) acoplado à
15 hibridização com sondas moleculares, e o Western blot (WB), como teste
confirmatório tanto na fase aguda como nas formas crônicas da doença. Após a
infecção, a maioria dos indivíduos apresenta fase aguda assintomática. Pacientes
desenvolvem formas sintomáticas da fase crônica da doença anos, ou mesmo
décadas, após a fase aguda da infecção em aproximadamente 40% dos pacientes.
20 O caso crônico pode permanecer assintomático durante dez a vinte anos. No
entanto, neste período, o parasita está se reproduzindo continuamente em baixos
números, causando danos irreversíveis em orgãos como o sistema nervoso e o
coração. Ja o fígado, por ser capaz de se regenerar, os problemas são raros. As
conseguencias poderão ser observadas após uma ou duas décadas de progressão,
25 com aparecimento gradual de demência (3% dos casos iniciais), cardiomiopatia (em
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30% dos casos), ou dilatação do trato digestivo (megaesófago ou megacólon (6%),
devido à destruição da inervação e das células musculares destes orgãos,
responsável pelo seu tónus muscular. No cérebro há frequentemente formação de
granulomas. Neste estágio a doença é frequentemente fatal, mesmo com
s tratamento, geralmente devido à cardiomiopatia (insuficiência cardíaca). No entanto
o tratamento pode aumentar a esperança e qualidade de vida.
1 - Doença de Chagas
A doença de Chagas constitui-se pela sua vasta distribuição, altos índices de
10 prevalência e gravidade de evolução, um dos maiores problemas de Saúde Pública
em países do cone sul das Américas (DIAS, 2001; REY, 2001). A tripanossomíase
americana, denominada doença de Chagas, é uma importante doença parasitária
resultante da infecção pelo protozoário parasito hemoflagelado. As formas mais
importantes de transmissão da doença de Chagas ainda são as vetoriais (seja via
15 lesão resultante da picada, seja por mucosa ocular ou oral), contudo apresentam
também importância epidemiológica a transmissão transfusional e congênita
(MINISTÉRIO DA SAÜDE, 2008). A doença é uma zoonose endêmica em 21 países,
com estimativa de 16 a 18 milhões de pessoas infectadas pelo Trypanosoma cruzi.
A etapa mais importante de transmissão do T. cruzi é efetuada por insetos da família
20 Reduviidae, incluindo as espécies Panstrongylus megistus, Triatoma infestans e
Rhodnius prolixus. No Brasil, o transmissor T. infestans é conhecido vulgarmente
como "barbeiro".
O ciclo de vida do T. cruzi compreende três estágios ou formas principais, dotadas
de características morfológicas e biológicas distintas: epimastigota (encontrada no
25 tubo digestivo do vetor), tripomastigota (encontrada no vetor e no sangue e espaço
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intercelular do hospedeiro vertebrado) e amastigota (encontrada no interior de
células do hospedeiro vertebrado) definidas com base na forma geral da célula
(esférica, piriforme, alongada), na posição relativa entre o núcleo e o cinetoplasto
(anterior, lateral e posterior) e na maneira da saída do flagelo da bolsa flagelar
s (central ou lateral) (SOUZA, 1999).
O ciclo biológico do T. cruzi no hospedeiro invertebrado inicia-se quando o sangue
de animais infectados é ingerido durante o repasto sanguíneo. Ao chegar ao
estômago, a forma tripomastigota transforma-se gradualmente em formas
arredondadas, algumas com um longo flagelo colado ao corpo e outras com um
10 curto flagelo, chamadas de esferomastigotas e epimastigotas respectivamente.
Em seguida, os parasitas migram para o intestino, onde se multiplicam como formas
epimastigotas. Após, migram para a parte mais posterior, atingindo o reto, e
transformam-se em tripomastigotas metacíclicos, que são eliminados junto com as
fezes e urina do triatomíneo (SOUZA, 1999). A infecção pelo T. cruzi no hospedeiro
1s vertebrado inicia-se quando os parasitas eliminados pelo inseto na forma
tripomastigota metacíclico, são inoculados na pele ou mucosas do vertebrado. A
maneira mais comum é a vetorial, através da picada do barbeiro, que, durante o
processo de ingestão do sangue, deposita suas fezes próximas ao local da picada
(SOUZA, 1999).
20 A doença de Chagas pode se manifestar de forma aguda, indeterminada e crônica.
Os primeiros sintomas da fase aguda se apresentam, geralmente, entre 7 a 1 O dias
após a infecção pelo parasita. No local de entrada do parasita ocorre um processo
inflamatório, nem sempre visível. No entanto, em infecções pela mucosa ocular,
observa-se um sinal característico da fase aguda da doença de Chagas,
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denominado sinal de Romanã que consiste no inchaço de ambas as pálpebras do
olho infectado (NEVES, 2002).
A fase aguda da doença pode durar de um mês a um ano, podendo o paciente
evoluir para a fase crônica ou indeterminada. A fase indeterminada trata-se de uma
s fase crônica com baixa parasitemia e alto teor de anticorpos, assintomática e sem
manifestações clínicas. Após a fase aguda, a maioria dos pacientes evolui durante
uma ou duas décadas nesta forma indeterminada, na qual, embora exista a infecção
ativa, praticamente não há lesões clinicamente demonstráveis e os órgãos e
sistemas se encontram preservados em sua anatomia e sua reserva funcional
10 (DIAS, 2001 ). Cerca de um terço dos casos agudos da doença de Chagas evolui
para a fase crônica. A fase crônica da doença em alguns casos segue
imediatamente o período agudo; em outros, instala-se depois de um intervalo
assintomático de duração variável (REY, 2001; BLACK, 2002).
A forma crônica da doença de Chagas é representada por diversas formas clínicas,
15 afetando um ou mais órgãos de forma irreversível, destacando-se as alterações
cardíacas como as principais. A cardiopatia crônica e o aparecimento dos megas,
megaesôfago e megacólon, principalmente, representam formas clínicas de
considerável gravidade (SZAJNMAN et ai., 2000; CAZZULO et al., 2001;
MONCAYO, 2003).
20 A prevalência das manifestações digestivas ou cardíacas na doença de Chagas
depende principalmente da região endêmica. É comum encontrar casos de
megaesôfago na região central do Brasil, sendo essa manifestação rara em outras
áreas. A forma cardíaca apresenta como principais sintomas a arritmia (75.000
casos/ano), a insuficiência cardíaca e o tromboembolismo. As manifestações
25 digestivas ocorrem pelo comprometimento das funções do órgão afetado. No caso
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do megaesôfago (45.000 casos/ano), observa-se o aumento do diâmetro do órgão e
alterações na motilidade, além de sintomas como dores epigástricas, regurgitação e
hipertrofia das glândulas salivares. O megacólon (30.000 casos/ano) apresenta
como principal característica a obstipação do órgão, que pode durar semanas
s (WENDEL et ai., 1992; MONCAYO, 2003).
2 - Leishmaniose
As leishmanioses são antropozoonoses consideradas um grande problema de saúde
pública, representam um complexo de doenças com importante espectro clinico e
10 diversidade epidemiológica.
Observa-se a existencia de tres perfis epidemiologicos: a) Silvestre - em que ocorre
a transmissão em áreas de vegetação primária (zoonose de animais silvestres); b)
Ocupacional ou lazer - em que a transmissão está associada a exploração
desordenada da floresta e derrubada de matas para construção de estradas,
15 extração de madeira, desenvolvimento de atividades agropecuárias, ecoturismo;
(antropozoonose) e e) Rural ou periurbana - em áreas de colonização (zoonose de
matas residuais) ou periurbana, em que houve adaptação do vetor ao peridomicilio
(zoonose de matas residuais e/ou antropozoonose).
Protozoários do gênero Leishmania apresentam duas formas durante o seu ciclo
20 evolutivo, as amastigotas que não possuem flagelo livre e são parasitas
intracelulares obrigatórios preferencialmente do sistema fagocítico mononuclear de
hospedeiros vertebrados, onde se dividem por divisão binária simples e nas formas
flageladas promastigotas que são encontradas no trato digestivo dos hospedeiros
invertebrados.
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As formas promastigotas possuem o cinetoplasto anteriormente à porção livre do
flagelo, que tem o mesmo comprimento do corpo. Outras organelas peculiares em
tripanossomatídeos são os glicosomas e os megasomas, que são encontradas em
ambas as formas. Os glicosomas compartimentalizam as enzimas da via glicolítica,
s enquanto que em eucariotos normalmente estão localizados no citoplasma. Os
megasomas são corpúsculos arredondados com pH ácido onde estão localizadas,
dentre outras enzimas, as cisteíno-proteinases e são abundantes nas formas
amastigotas. Estes parasitas pertencem à ordem Kinetoplastida, família
Trypanosomatidae e gênero Leishmania.
10 As Leishmanias diferem nos padrões de desenvolvimento nos hospedeiros
invertebrados naturais, o que foi usado de base para a revisão proposta por Lainson
e Shaw, permitindo a divisão do gênero Leishmania em dois grupos: o subgênero
Viannia e o subgênero Leishmania. As principais espécies do subgênero Viannia
estão distribuídas apenas no Novo Mundo e são L. braziliensis, L. guyanensis, L.
15 panamensis, L. peruviana, L. naiffi, L. lainsoni, L. shawi, L. colombiensis, L.
eq uatorensis.
As espécies do subgênero Leishmania distrubuídas no Novo Mundo são L.
amazonensis, L. mexicana, L. chagasi L. venezuelensis, L. pifanoi, L. hertigi, L.
enriettii, L. deanei, L. aristidei, L. garnhami, L. forattiniii, e as espécies do Velho
20 Mundo são L. donovani, L. tropica, L. infantum, L. major, L. aethiopica, L. arabica e
L. turanica.
A diferenciação entre as várias espécies de Leishmania dentro de um subgênero
inclui a morfologia na microscopia ótica e eletrônica, o comportamento nos
hospedeiros, a identificação tanto por anticorpos monoclonais como por isoenzimas
25 e a análise de DNA. Os hospedeiros invertebrados parecem estar limitados
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estritamente a insetos hematófagos. Os dípteros do gênero Lutzomya são os vetores
de transmissão de Leishmanias nas Américas e os dípteros do gênero Phlebotomus
estão envolvidos com a transmissão no Velho Mundo. Mais de 20 espécies de
Leishmania têm sido identificadas como causadoras de doenças em humanos e
5 cada uma apresenta fontes de infecção específicas.
A infecção do hospedeiro invertebrado ocorre quando a fêmea do vetor pica um
vertebrado infectado durante o repasto sanguíneo e, juntamente com o sangue,
ingere macrófagos parasitados. Durante o trajeto pelo trato digestivo, os macrófagos
se rompem liberando as amastigotas que se transformam em promastigotas,
10 multiplicam-se ainda no sangue ingerido que é envolto pela membrana peritrófica
secretada pelas células do estômago do inseto. Após a digestão do sangue, a
membrana peritrófica se rompe e as formas promastigotas ficam livres, dividem-se
intensamente e transformam-se em promastigotas metacíclicas sem a capacidade
de divisão binária, migrando então para a probóscida do inseto. Com a probóscida
15 bloqueada pelas Leishmanias, o inseto tem dificuldade de se alimentar e, quando
pica, regurgita os parasitas para o interior da pele do hospedeiro vertebrado,
inoculando-os no local da picada, ocorrendo assim a transmissão. Os flagelados
inoculados são fagocitados por macrófagos teciduais do hospedeiro formando,
assim, o vacúolo parasitóforo. Rapidamente os promastigotas diferenciam-se em
20 amastigotas e multiplicam-se no interior destes vacúolos, até que o macrófago se
rompe, liberando amastigotas no tecido, sendo novamente fagocitadas, iniciando no
local um novo ciclo intracelular e causando, assim, as leishmanioses.
Os parasitas do gênero Leishmania determinam doenças do sistema fagocítico
mononuclear que apresentam características clínicas e epidemiológicas diversas,
25 por isso foram reunidas em quatro grupos (Tabela 1):
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Tabela 1
Leishmaníase Tegumentar Americana Leíshmaníase Visceral
Cutânea Cutâneo-mucosa Cutâneowdífusa Americana
ComplexoBraziliensis ComplexoBrazlfiensis Complexomexicana ComplexoDonovan
L {V) braziliensis :1: L {V) brazlliensis.t: L (L) mexicana L (L) chagasi'r
L {V) pemviana L (L) pifanoí L {L) donovam·
L (V.) guyanensis.t: L L (L) infantum {L)amazonensis.t:
L {V) panamensis
Complexo.Mexicana
L. (L) mexicana
L (L) pifanoi
L (L) amazonensis z
L. (L.) wmezuelensts
-
• Leishmaníase cutânea - produz exclusivamente lesões cutâneas limitadas.
• Leishmaníase cutâneo-mucosa - freqüentemente se complicam pelo
aparecimento de lesões destrutivas em algumas mucosas.
5 • Leishmaníase visceral ou Calazar - o parasito tem tropismo pelo sistema
fagocítico mononuclear de órgãos como o fígado, o baço e a medula, que se tornam
hipertrofiados.
• Leishmaníase cutânea difusa - formas cutâneas disseminadas.
Os antimoniais pentavalentes (Sb5+) têm sido utilizados no tratamento das
10 leishmanioses humanas desde o início do século XX e continuam sendo as drogas
de escolha para a doença cutânea e visceral. Em 1937, o estibogluconato de sódio
(A, Pentostan®, um derivado do ácido estibônico complexado ao Sb5+) foi utilizado,
também por via intramuscular, reduzindo os efeitos colaterais e a toxicidade e no
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Brasil, atualmente, o fármaco utilizado é o antimoniato de meglumina {B,
Glucantime®). O mecanismo de ação destes compostos é a inibição das enzimas da
via glicolítica e da j3-oxidação em amastigotas, mas sendo um metal pesado,
acredita-se que interfira em outras vias metabólicas da Leishmania, bem como com
s a do hospedeiro. Também foi observado que são capazes de inibir a topoisomerase
li de L. panamensis e de L. donovani.
Além das dificuldades de administração e do alto custo, os antimoniais
pentavalentes apresentam importantes efeitos colaterais que incluem mialgia,
artra!gia, aumento sérico das enzimas hepáticas, pancreatite, disfunção
10 gastrintestinal, dores musculares difusas, enrijecimento das articulações, arritmias,
pancitopenia, insuficiência renal reversível e cardiotoxicidade. A cura clínica não é
acompanhada de cura parasitológica, pois têm sido observados parasitas na cicatriz
de indivíduos clinicamente curados após tratamento. A anfotericina B, a
pentamidina, o miltefosine e a paramomicina têm sido as drogas alternativas nos
15 casos de resistência aos antimoniais, mas não possuem um índice terapêutico tão
favorável e também apresentam importantes reações adversas. A tabela 2 resume
as opções terapêuticas supra mencionadas.
Pcntíwafcnt antimony lntralcional íor CL"1
Parcnt~ralt'"1 •11 · ~"
ParOrllMlYCin Topk;ilfor CL
ParcntcralforVLm Miltcfainctic..i !>
A mphotericln a forVL''~')(
12/75
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Naus.ea, vomiting Ofdiarrll:>ea 1-l)~rg~c~em ia Card iot cr.d.:ity
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F~nt. t-ansícnt Vruyfrequent. Panaeatitis oftcn <!S)'mptonutk Fr!::1uent. Mild-mo:itrate frc~uem.1\Hld-mo:lerate
lnfiequent.Mild dc.::reascs lnf~tMild in O:L, mi!dto ~re(~en faul} inVL
!n fiequent, transient. R<.'.act ons vary by forrn1Jlatiot1 lnfre.qvcot.Nf:phrotO);idr;; notobservedt
Fre:t\.lcnt. ls.ua lly mild and :iansien: Fre;iuent Mild íncr~ Ü, infrcqu~nt; Vt, fr«jUMtMifd ln:reascs
Very freq umt lnf1cqucnt.Can be severe inVL lnf1cquent Can be: severc in VL
Véry rreq U<?nt
Fre:iuent lnf1c:qucnt
Adaptado de Lainson; Shaw, 1987; Mazorchi, 1989.
3. Tratamento da doença de Chagas/Leishmaniose e Desenvolvimento de
novas drogas
s Drogas para o tratamento da doença de Chagas não são do interesse de indústrias
farmacêuticas, estando na raiz do problema o alto custo dos investimentos e a falta
de um mercado potencial e seguro nos países em desenvolvimento. De um modo
geral, o desenvolvimento de uma quimioterapia antiparasitária ocorre (i) pelo
estabelecimento de princípios ativos de plantas utilizadas na medicina popular, (ii)
10 pela investigação de drogas já aprovadas para o tratamento de outras doenças, uma
vez que elas já foram submetidas a ensaios clínicos muito dispendiosos, ou, (iii)
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através da determinação de alvo(s) específico(s) identificado(s) em vias metabólicas
chave para o parasito.
Estudos recentes têm permitido a identificação de alvos potenciais em T. cruzi e que
incluem o metabolismo de esteróis, o DNA e diferentes enzimas.
5 Nifurtimox e benznidazol foram introduzidos na clínica no tratamento da doença de
Chagas nas décadas de 60-70, mas atualmente somente o benznidazol se encontra
disponíveis comercialmente no Brasil, apesar de apresentar sérios efeitos colaterais
e requererem administração por longos períodos de tempo sob supervisão médica.
Nas formas visceral e mucocutânea de leishmaniose, o tratamento medicamentoso é
10 indicado principalmente nos casos de lesões incapacitantes ou desfigurantes.
Existem vários esquemas terapêuticos baseados de forma geral em Antimônios,
Anfotericina B, Paromomicina, lmunoterapia e Pentamida. Cetoconazol e
ltraconazol, entre outros, também são usados.
3.1 Resposta imune nas infecções causadas por protozoários.
15 Os protozoários são agentes infecciosos intracelulares que habitualmente infectam o
hospedeiro por longo período de tempo, em virtude de possuir mecanismos que lhes
permitem escapar das agressões mediadas pelo sistema imune. Já foi observado
que as infecções causadas por protozoários não atingem toda a parcela da
população infectada, tendo o sistema imune um papel fundamental, impedindo a
20 multiplicação e a disseminação do vetor. A não ser que ocorra uma depressão
imune, onde seria desencadeado uma resposta imunológica, esses agentes podem
permanecer no hospedeiro por toda a vida.
Vários componentes da resposta imune inata podem participar do mecanismo de
defesa contra os protozoários, mas esses microorganismos escapam dessa defesa.
25 O Tripanosoma cruzi tem a propriedade de impedir ativação do complemento, desde
14/75
que se encubra com moléculas do hospedeiro como o fator acelerador da
degradação (DAF). Da mesma forma, as formas infectantes de Leishmania resistem
a sua ação do complemento, embora invitro as promastigotas de Leishmania sejam
altamente sensíveis ao complemento,. As leishmanias são também susceptíveis à
s ação de neutrófilos, células com grande potencial de produzir peróxido de hidrogênio
e NO, mas que, ao penetrar o hospedeiro, infectam os macrófagos, livrando-se do
ataque dos neutrófilos.
A resposta adaptativa contra os protozoários ocorre após a apresentação de
antígenos por macrófagos e células dendríticas, via MHC classe li para as células T.
10 Como outras células podem ser infectadas, e os macrófagos e células dendríticas
15
também expressam moléculas de MHC classe 1, nas infecções por protozoários há
também ativação das células TCD8+. A tabela 3 mostra os mecanismos
imunológicos de defesa contra alguns protozoários de importância clínica.
Tabela 3: Principais mecanismos de defesa contra protozoários.
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Células do SNC, alhos, rnúsculas, outro• SNC c•eib:~ eye.i.·. nws~.:le_.,._ r.Jlht:r.\'
Cy·tomxicity hrv CDS ceíJ~·? tU!tlwr.ti.fJ'n '?fnrt.tc·ri1plrages h~v CD4 celb: a1rd ."'10 pr•-üdut.11ion
Pr<><luçãa t.lo NO por macrófagos ativad<>s pda$ c<!lulas TCD4._ e TCD8+ J\:'O /H·oducrfon by nra.cr.opJiag.tNi acliv"t.ed by 'TCD4.J.. cuu.! TCDll+ c•edl.v
Cilotoxici.dade por co!ilulas TCD8+ e produçã<> de WN-y, TNF-o:e NO Cyu.tto.-d.ei~· by TCD.8- ~.,._,.n,., arid pn·Wv{:tlón t:J:( q( !F/\1
-
a!pha, TNF-afplw aml .VO
É fundamental a resposta imune celular na defesa contra infecções causadas por
protozoários. Embora uma resposta imune desviada para o pólo Th2 seja maléfica,
porque aumenta a susceptibilidade às infecções e permite a multiplicação e
15/75
disseminação do parasito, o conceito de que uma potente resposta Th1 seja
protetora deve ser visto com cautela. Em várias protozooses, é verificado que a
resposta imune exacerbada está envolvida no dano tecidual: na doença de Chagas
é mediado por células CD4+ e CDS+; uma maciça produção de TNF-a e NO, é
s observada na patogenia da malária cerebral. Tais fatos confirmam que uma atuação
equilibrada do sistema imunológico é muito importante para a contenção do parasita
sem destruição tecidual, fazendo com que, embora possa continuar presente, o
agente infectante não cause doença no homem. A patogênese das diversas formas
clínicas da leishmaniose exemplifica bem a importância da resposta Th1 tanto no
10 controle como na gênese da lesão tecidual. Após a inoculação da Leishmania na
pele e invasão macrofágica, nos indivíduos que não têm a capacidade de produzir
IFN-y e ativar macrófagos, a Leishmania dissemina-se e, na dependência da
espécie, causa a leishmaniose visceral (L. chagasi) ou a leishmaniose cutânea
difusa (L amazonensis). Devido a deficiência de IFN-y e alta produção de IL-10
1s ocorre o desenvolvimento da doença. A restauração da resposta imune in vitro na
leishmaniose visceral pode ser observada pela neutralização de IL-1 O ou pela adição
de IL-12 às culturas de células mononucleares de sangue periférico (CMSP).
Já na leishmaniose cutânea e na leishmaniose mucosa, onde é observado um forte
desvio Th1 e, embora o número de parasitas no tecido seja escasso ou até ausente,
20 há desenvolvimento de lesão. CMSP de indivíduos com leishmaniose cutânea e
leishmaniose mucosa estimuladas com antígeno de Leishmania produzem grande
quantidade de IFN-y, IL-2 e TNF-a, e pouca IL-10. Como habitualmente o sistema
imune não consegue destruir completamente as leishmanias, essa forte resposta
Th1 termina por levar a ocorrência de uma reação inflamatória muito intensa e a
2s dano aos tecidos próprios, resultando no aparecimento de úlceras na pele e na
16175
mucosa. Tem participação importante nesse dano tecidual a produção acentuada de
TNF-a e de NO. Evidências de que a resposta imune celular participa da patogenia
da leishmaniose cutânea e leishmaniose mucosa inclui: 1) o tratamento precoce da
infecção não impede o aparecimento da lesão; 2) existência de forte reação
5 inflamatória no tecido com expressão aumentada de TNF-a, IFN-y e poucos
parasitas na lesão; 3) associação de antimonial com droga inibidora de TNF-a cura
pacientes com leishmaniose mucosa que são refratários ao tratamento com
antimonial.
3.2: Relação parasita-hospedeiro:
10 Os cinetoplastídeos distinguem-se dos outros grupos principalmente pela presença
de cinetoplastos, um grânulo que contém ADN, o "kDNA". Tal estrutura está
localizada na mitocôndria, que é única nesse grupo de organismos, e está associada
com a base dos flagelos.
Trypanosomatidae possui citosomas reduzidos ou ausentes, alimentando-se
15 inteiramente por absorção, e cinetoplastos menores que os de outras espécies.
Normalmente possui complexos ciclos de vida, que compreendem mais de um
hospedeiro e com várias etapas morfológicas. A mais distintiva destas, é a fase de
Tripomastigota, cujo flagelo se estende ao longo do comprimento da célula e
conecta-se a membrana celular, formando uma membrana ondulante. As doenças
20 causadas pelos Trypanosomatidae incluem a doença do sono e a doença de
Chagas, causadas por espécies de Trypanosoma, e a leishmaniose, por espécies de
Leishmania.
A seqüência completa do genoma dos cinetoplastídeos T.brucei, T. cruzi e L. major,
foram publicadas em 2005. Como protozoários, Leishmania e Trypanosoma têm
25 genomas relativamente grande de 25-55 Mb, a codificação para 8-12,000 genes. A
17/75
principal característica é que seus genomas possuem um nível excepcionalmente
elevado de conservação entre eles, apesar de uma divergência evolutiva estimado
2.500 anos atrás. Na verdade, Leishmania e Trypanosoma compartilham cerca de
80-93% de seus genes, e apenas um número limitado de genes são espécie-
s específicos. Isto é ainda mais notável quando se comparam as três espécies de
Leishmania, que compartilham mais de 99% de seus genes, de modo que apenas 5
genes são específicos para L. major, L. infantum para 27 e 49 L. brasiliensis.
3.3 O papel das peptidases na biologia do parasita e na patogênese
Todos os parasitas devem infectar seu hospedeiro (s) para sobreviver e se propagar,
10 e as peptidases são componentes essenciais nestes processos.
Historicamente, peptidases são citadas como proteases, e são profundamente
estudadas em parasitologia por várias décadas. Peptidases permitem que os
parasitas perfurem barreiras celular, tecidual e a degradação de proteínas do
hospedeiro para a alimentação. Também são usados para manipular o sistema
15 imune de o hospedeiro e iludir a resposta imune. Além disso, peptidases parasitais
estão envolvidas no processamento de proteína que fazem modificações
secundárias e são usados como marcadores de imunodiagnóstico de infecção.
Tripanossomas e Leishnania contêm uma abundância de cisteína proteinases (CPs)
que são membros da superfamília da papaína. As enzimas com maior atividade
20 foram designados Tipo 1 CPs. Uma característica que distingue enzimas do tipo 1 de
tripanossomatídeos a partir de outros CPs da superfamília da papaína, é a presença
de uma extensão terminal carboxi-incomuns, a função dos quais ainda é
desconhecida. Em Leishmania mexicana esses CPs Tipo 1 são codificadas pelos
genes RPB, e tem sua expressão máxima na forma amastigota do parasita que vive
25 nos macrófagos do hospedeiro.
18/75
As CPs do Trypanossoma cruzi são geralmente conhecido pelo nome comum (ou os
sinônimos cruzipaína e gp57/51) e são expressos em todo o ciclo de vida do
parasita, embora sejam mais abundantemente expressas na fase de multiplicação,
especialmente na epimastigota.
s Os inibidores da cruzipaína provocam mudança na localização da enzima dentro do
complexo de Golgi, reduzindo em 70% o transporte desta para os lisossomos. Com
a diminuição da catalise e digestão desta, há acúmulo de cruzipaína no interior da
célula, diminuindo a mobilidade das membranas do complexo de Golgi, resultando
em distensões periféricas de suas cisternas. Tais alterações provocariam a morte do
10 parasita.
Estudos indicam que a catepsina, uma outra cisteína-protease presente em
Leishmania sp teria importância similar ao da cruzipaína, no ciclo de vida do
parasita.
Portanto, inibidores de cisteína-proteases representam um alvo interessante para
15 concepção de drogas tripanomicidas e leishmanicidas.
4 - Cisteina protease
Proteinases formam um grupo de moléculas biológicas que constituem,
aproximadamente, 2% de todos os produtos de genes identificados nos diversos
programas de sequenciamento do genoma. Elas estão envolvidas numa enorme
20 gama de processos biológicos, mediante seus efeitos pela clivagem de pontes de
amino peptídeos em diversas proteínas encontradas na natureza.
Esta ação hidrolítica é realizada pela identificação e posterior ligação a uma
superfície tridimensional particular, produzida pela proteína, que alinha a ponte para
clivagem precisamente dentro do site catalítico da proteinase. A hidrólise catalítica
25 então se inicia através do ataque nucleofílico da ponte de amido para ser clivada
19/75
pela cadeia de aminoácidos da própria proteinase ou através de ação de moléculas
de água ligadas a cadeia de aminoácidos e ativada pela proteinase.
Proteinases em que o resíduo é um Cis são classificadas como cisteína proteinases.
As cisteína-proteinases não são encontradas tão amplamente como as serina- e as
s aspártico-proteinases. Entretanto, em protozoários da família Trypanosomatidae elas
são muito distribuídas, assim como as metaloproteinases, já tendo sido detectadas
em vários gêneros como Crithidia, Phytomonas, Herpetomonas, Trypanosoma,
Leishmania e Endotrypanum. Neste grupo de microrganismos, estas enzimas estão
envolvidas na nutrição, ciclo de vida e na diferenciação morfológica destes parasitas.
10 As cisteína proteínases são classificadas em cinco clãs: CA, CB, CC, CD e CE
(Barrett, A. J. et ai, 1998). A proteínase do mamão forma o clã CA que contém mais
de 80 entradas distintas em bancos de sequências genéticas. Proteinases do clã
CA, da família C1 estão relacionadas com uma multitude de patologias, tals como
osteoporose, esclerose múltipla, doenças autolmunes e câncer.
15 O estado da arte atual destaca o recente desenvolvimento de alguns inibidores de
cisteína proteinase para uso humano (Deaton, D. N. and Kumar, S., Prog. Med.
Chem. 42, 245-375, 2004; Bromme, D. and Kaleta, J., Curr. Pharm. Des., 8, 1639-
1658, 2002; Kim, W. and Kang, K., Expert Opin. Ther. Patents, 12(3), 419-432, 2002;
Leung-Toung, R. et ai. Curr. Med. Chem., 9, 979-1002, 2002; Lecaílle, F. et ai.,
20 Chem. Rev., 102, 4459-4488, 2002; Hernandez, A A. and Roush, W. R., Curr. Opin.
Chem. Biai., 6, 459-465, 2002).
Estes estudos descrevem atividade potencial in vitro, mas revelam diversas
dificuldades no desenvolvimento de terapias que possam ser utilizadas no
tratamento de doenças em humanos.
20175
As patentes WO-A-9850533 e WO-A-0029408 relatam componentes que podem ser
referenciados como cetonas cíclicas, inibidoras de cisteina proteinases, com
particular referência para a família das proteínases da papaína e mais
especificamente a catepsina K. Em WO-A-9850533 compostos detalhados na
s literatura como potentes inibidores de catepsina K, com boa biodisponibilidade por
administração oral são detalhados (Witherington, J., 'Tetrahydrofurans as Selective
Cathepsin K lnhibitors', RSC meeting, Burlington House, London, 1999). Os mesmos
compostos são descritos em WO-A-9953039 como parte de uma ampla gama de
inibidores de cisteína proteinases associados a doenças causadas por parasitas, em
10 particular ao tratamento da malária para inibição da falcipaína.
4.a T. cruzi
T. cruzi possui uma cisteína proteinase semelhante a L-catepsina denominada de
cruzipaína (ou cruzaína), que é a principal responsável pela atividade proteolítica em
todas as fases do ciclo evolutivo do parasito. Inibidores irreversíveis de cruzipaína
15 do tipo peptidil tais como diazometilcetonas, fluorometilcetonas, alilsulfonas,
vinilsulfonas e vinilsulfonamidas, foram investigados como potenciais agentes anti-T.
cruzi. Em epimastigotas, inibidores do tipo peptidil bloquearam a maturação de
cruzipaína e seu transporte para lisosomas, levando ao acúmulo da sua proteína
precursora no complexo de Golgi e à interferência na via de secreção. Utilizando N-
20 piperazinil-F-Ala-homoF-Ala-vinilsulfona-fenila, Engel e colaboradores observaram
um aumento no número de vesículas que se dirigem do Golgi para a bolsa flagelar
do parasito, interferindo na função do Golgi.
Tratamento de camundongos infectados com a peptidil vinilsulfona, N
metilpiperazina-FhomoF-vinilsulfona-fenila, levou à redução da carga parasitária e
25 das lesões cardíacas. O mesmo composto foi utilizado em cães, sendo observada
21/75
uma regressão do dano do miocárdio induzido pela infecção por T. cruzi. Além disso,
outros inibidores de cruzipaína (não do tipo peptidil) que foram estudados incluem
acilhidrazidas, aril uréias, ariltiouréias e tiosemicarbazonas.
4.b Leishmania sp
s As cisteíno-proteases são as enzimas proteolíticas mais investigadas em
Leishmania e muitas delas possuem suas sequências depositadas em bancos de
dados e seus genes isolados. São enzimas que pertencem ao Clã A e superfamília
das proteases semelhantes à papaína. A papaína é uma cisteíno-protease com
cadeia polipeptídica única com 212 aminoácidos e três pontes de enxofre, isolada no
10 mamão papaya - Carica papaya. As cisteíno-proteases distribuem-se ainda em
entre a família C1 (semelhantes à papaína) e subfamílias das catepsinas L e B, e
também na família C2 (semelhantes às calpaínas). As cisteíno-proteases de
Leishmania ocorrem em grandes quantidades em volumosos lisossomas,
denominados de megassomas, particularmente abundantes em amastigotas. Estas
1s enzimas desempenham importantes funções na Leishmania como virulência,
manutenção da viabilidade e da morfologia do parasito, invasão do sistema
fagocítico mononuclear do hospedeiro e a modulação de sua resposta imune.
ESTADO DA TÉCNICA EM RELAÇÃO A PRESENTE INVENÇÃO
20 As pequisas revelaram a existência de estudos científicos e pedidos de patentes
relacionados ao assunto da invenção, particularmente ao estudo da semicarbozona
para os aplicativos aqui elencados, em especial em Doença de Chagas e
Leishmaniose sem, contudo, antecipar o uso de COMPOSTOS HIDRAZIDA-N
ACl LIDRAZONAS, PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COMPOSTOS HIDRAZIDA-N-
25 ACILIDRAZONAS, USO DE COMPOSTOS A PARTIR DE HIDRAZIDA-N-
22/75
ACILIDRAZONAS PARA TRATAMENTO DE LEISHMANIOSE E DOENÇA DE
CHAGAS E COMPOSIÇÕES FARMACÊUTICAS OBTIDAS. Dentre os vários
documentos e textos científicos encontrados, selecionam-se alguns:
- Patente Número: 20090203714.
s Título: Derivados de furo [3,2-b] pirrol-3-ona e a sua utilização como inibidores de
cisteínas proteinases:
Inclui uma formula (1), e seus sais farmacêuticos aceitáveis, onde: X é CH ou N; e
R.sup.4 é opcionalmente substituído por C.sub.3-8 alkyl ou opcionalmente
substituído por C.sub.3-8 cycloalkyl. A invenção ainda relata uma composição
10 farmacêutica compreendendo componentes da formula (1), e o uso do composto no
tratamento de doenças como osteoporose, doença de Chagas, alguns tipos de
câncer e outros. No entanto, não possui relevância de efeito anterioridade no
presente caso.
- Patente número: 20090197817/7,803,803
1s Título: Tetrahidrofuro [3,2-B] pirrol-3-ona como inibidores da catepsina K
Resumo: Inclui uma formula (1), e seus sais farmacêuticos aceitáveis, onde: X é CH
ou N; um dos R.sup.1 e R.sup.2 is H, e seus sais farmaceuticamente aceitáveis
sup.6, SR.sup.6, NR.sup.6R.sup.7, N.sub.3, Me, Et, CF.sub.3, SOR.sup.8 e
SO.sub.2R.sup.8; R.sup.3 é selecionado entre tert-butylmethyl, iso-propylmethyl,
20 sec-butyl, tert-butyl, cyclopentyl e cyclohexyl; R.sup.4 é opcionalmente substituído
C.sub.1-8 alkyl ou opcionalmente substituído C.sub.3-8 cycloalkyl; R.sup.6 e
R.sup.7 independentemente selecionados entre H, C.sub.1-8-alkyl e C.sub.3-8-
cycloalkyl, ou R.sup.6 e R.sup.7 são ligados para formar um grupo cíclico em
conjunto com o nitrogênio com o qual estão ligados; e R.sup.8 é C.sub.1-8-alkyl ou
23175
C.sub.3-8-cycloalkyl. Este documento não apresenta relevância no estudo de
anterioridades.
- Título: Inibidores de cisteínas proteases e métodos de utilização dos mesmos.
Patente número: 20090076076/8, 173,696
s Resumo: A presente invenção refere-se à semicarbazona ou tiosemicarbazona
inibidores de cisteínas proteases e métodos de utilização de tais compostos para
prevenir e tratar infecções por protozoários tais como a malária tripanossomíase e
leishmaniose. Os compostos também encontram utilização em inibir cisteína
proteases associadas com carcinogénese, incluindo as catepsinas B e L. Não
10 apresenta relevância como anterioridade à presente invenção.
- Patente Número: 20050182121
Título: Tiosemicarbazona e semicarbozona inibidores de cisteína proteases e
métodos da sua utilização.
A presente invenção relaciona-se com a tiosemicarbazona e semicarbazona
1s inibidoras de cisteína proteases e métodos de utilização de tais compostos para
prevenir e tratar infecções por protozoários tais como a malária tripanossomíase e
leishmaniose. Os compostos também encontram utilização em inibir cisteína
proteases associadas com carcinogénese, incluindo as catepsinas B e L. Este
documento também se refere à semicarbozona e não apresente relevância na
20 presente invenção.
- Patente número: 7,495,023
Título: Tiosemicarbazona e semicarbozone inibidores de cisteína proteases e
métodos da sua utilização.
Resumo: A presente invenção relaciona-se com tiosemicarbazona e semicarbazona
25 inibidores de cisteína proteases e métodos de utilização de tais compostos para
24175
prevenir e tratar infecções por protozoários tais como a malária tripanossomíase e
leishmaniose. Os compostos também encontram utilização em inibir cisteína
proteases associadas com carcinogénese, incluindo as catepsinas B e L. Este
documento também se refere à semicarbozona e não apresente relevância na
s presente invenção.
- Patente número: 6,897,240
Título: Tiossemicarbazona e semicarbazona inibidores de cisteína proteases e
métodos da sua utilização.
Este documento se referese também à tiosemicarbazona e semicarbozona e não
10 apresenta relevância na presente invenção.
- Patente Número: 6, 194,421
Título: Inibidores de proteases de parasitas metazoários.
Resumo: As composições e métodos descritas são para o tratamento de um
paciente infectado por um parasita metazoário inibindo a ação enzimática da
15 protease do parasita metazoário, em que é empregue pelo menos um composto de
fórmula 1 em que A é um sistema substituído ou não substituído de anel
heteroaromático compreendendo 1-3 anéis que se liga a pelo menos um dos S2, S1
e 81 subsitios; B é um sistema de anel substituído ou não substituído
homoaromátlco compreendendo um a três anéis que se liga a pelo menos um do
20 81', S1 e 82 subsites; e X é - C = C--C (=.) -. Estas composições e métodos têm
utilidade particular no tratamento da malária, esquistossomóse e outras doenças
infecciosas. Este documento não impõe anterioridade à presente invenção, que
emprega como composição básica para a formulação medicamentosa HIDRAZIDA
N-ACILIDRAZONAS.
2s - Patente número: 5,049,561
25175
Título: Anti-helmínticos acylhydrazonas, método de utilização e composições.
Resumo: Diz respeito a um processo para matar os parasitas internos,
especialmente nemátodos, trematódeos e cestódeos que afetam animais de sangue
quente, tais como ovelhas, gado, suínos, caprinos, cães, gatos, cavalos e seres
5 humanos, bem como de aves, por administração de uma quantidade eficaz de um
composto de Fórmula 1, sendo os compostos facilmente preparados por reacções
químicas convencionais. Este documento não impõe anterioridade à presente
invenção, que emprega como composição básica para a formulação medicamentosa
HIDRAZI DA-N-ACILI D RAZONAS.
10 - Patente número: PI06013419-0
Título: 2-ciano-pirimidinas e triazinas como inibidores de cisteína protease,
composição farmacêutica contendo as mesmas, processo para preparação dos
referidos compostos e usos relacionados.
Resumo: Refere-se a compostos da fórmula 1 e sais destes, a um processo para sua
15 manufatura, a seu uso no tratamento de doenças (especialmente cisteina protease,
tais como uch-13- e/ou usp-2 dependente), ou para a manufatura de formulações
farmacêuticas contra estas doenças; métodos de tratamento de animal de sangue
quente compreendendo administrar os compostos e/ou seus sais aos referidos
animais, e preparações farmacêuticas, especialmente para o tratamento das
20 doenças, compreendendo referidos compostos e/ou sais. Este documento não
impõe anterioridade à presente invenção, que emprega como composição básica
para a formulação medicamentosa HIDRAZIDA-N-ACILIDRAZONAS.
- Patente Número: Pl991438-5
Título: Novas composições e métodos para a prevenção e tratamento de doenças
25 de protozoários.
26175
Resumo: Trata de uma composição especialmente adaptada para administração
parenteral, por exemplo, intranasal, intramuscular, subcutânea, administração
transdérmica ou intravenosa, em que a composição é composta de, pelo menos, um
fármaco anti-protozoários em uma quantidade terapeuticamente eficaz para o
s tratamento ou prevenção de infecções por protozoários no homem e em animais.
Em uma forma de realização, a droga anti-protozoários é um agente de triazina-base
anticoccidiano, por exemplo, um triazinediona ou triazinetriona tais como diclazuril,
toltrazuril, sulfonotoltrazuril ou sais solúveis em água de sódio dos mesmos. Numa
forma de realização presentemente preferida, o agente de triazina-Base
10 anticoccidiano é sulfonototrazuril. Os métodos de tratamento de infecções
protozoárias no homem e animais são também fornecidos. Este documento não
impõe anterioridade à presente invenção, que emprega como composição básica
para a formulação medicamentosa HIDRAZIDAwN-ACILIDRAZONAS.
w Patente Número: W02007056464
15 Título: Compostos para Inibição de Enzimas.
Resumo: Compostos a base de peptídeos, incluindo heteroátomo que contém três
anéis membros eficientemente e seletivamente adotados para inibir as atividades
específicas de N-terminais nucleófilo (NTN) hidrolases associados com o
proteassoma. Os compostos com base em peptídeos incluem um epóxido ou
20 aziridina, e atuação no N-terminal. Entre outras utilidades terapêuticas, os
compostos com base em peptídeos são esperados para exibir propriedades anti
inflamatórias e inibição da proliferação celular. A administração oral destes inibidores
a base de peptídios proteassoma é possível devido a seus perfis de
biodisponibilidade. Este documento não impõe anterioridade à presente invenção,
27/75
que emprega como composição básica para a formulação medicamentosa
HIDRAZIDA-N-ACILIDRAZONAS.
- Patente número: WO 1998010779
Título: Método para tratar doenças parasitárias com inibidores de proteassoma.
s Resumo: Revelando métodos de tratamento de infecções parasitárias em
mamíferos por administração de quantidade eficaz de um agente seleccionado de
entre o grupo constituído de inibidores do proteassoma, inibidores da via da
ubiquitina e suas misturas. Embora este método se volte a aplicativos semelhantes,
não impõe anterioridade à presente invenção, que emprega como composição
10 básica para a formulação medicamentosa HIDRAZIDA-N-ACILIDRAZONAS.
O ESTADO DA TÉCNICA SEGUNDO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Título:
Estudo das propriedades físico-químicas e critérios para a obtenção e validação de
modelos QSAR de semicarbazonas similares criados com a atividade antichagásica,
1s selecionados da literatura.
Fonte: http: //www. academ icoo. com/artigo/study-of-physiochem ical-properties-and-
criteria-for-obtain ing-and-validation-of-qsar-models-of-similar-semicarbazonas-set
with-antichagasic-activity-selected-of-literature.
Título: Avaliação de tiosemicarbazonas e semicarbazonas como potenciais agentes
20 anti-Trypanosoma cruzi.
Fonte: http://www.academicoo.com/artigo/evaluation-of-the-activity-and-toxicity-of-
thiosemicarbazones-and-semi-carbazones-against-trypanosoma-cruzi-and-
leish man ia-1-amazonensis-in-vitro.
28/75
Título: Avaliação de tiosemicarbazonas e semicarbazonas como potenciais agentes
anti-Trypanosoma cruzi.
Fonte: Exp Parasitai; 129(4): 381-7, 2011 Dec.
Título: Nitrofurylsemicarbazona rênio e complexos de rutênio como agentes anti-
5 trypanosoma.
Fonte: EurJ Med Chem; 41(11): 1231-9, 2006 Nov.
Título: Síntese e atividade anti-tripanossoma de novo 5-nitro-2-furaldeído e
derivados 5-n itroth iopheno-2-carboxaldeido sem icarbazona.
Fonte: Farmaco; 53(2): 89-94, 1998 Feb.
10 Título: Síntese, desenho e avaliação bioquímica de novos inibidores cruzaína com
aplicação potencial no tratamento da doença de Chagas.
Fonte: Bioorg Med Chem Lett; 16(16): 4405-9, 2006 Aug 15.
Título: Avaliação da Toxicidade e Atividade de Derivados de tiosemicarbazonas e
semicarbazonas contra Trypanosoma cruzi e Leishmania (L.) amazonensis in vitro.
15 Fonte: Rio de Janeiro; s.n; 2007. ix, 131 p. ilus, tab, graf, mapas.
Título: Antichagásicos potenciais: Planejamento e Estudo da síntese de biosósteros
triazólicos imidazólicos.
Neste estudo, foram selecionados 22 derivados, dentre os quais o composto
imidazólico contendo semicarbazona, que está sendo sintetizado, mostrou-se com
20 maior capacidade de sofrer redução no grupo nitro. Dinâmica molecular associada
ao encaixe foi utilizada como ferramenta a fim de se avaliar o mecanismo de inibição
sobre a cruzaína. Assim, selecionaram-se o NFOH, além de outros sete bioisósteros,
dentre eles os quatro que foram propostos neste projeto. Após dinâmica molecular
de 3 ns, observou-se que a CYS25 da proteína se distanciou da carbonila do NFOH,
29175
sugerindo dificuldade ao ataque proposto na literatura para outros compostos
contendo esta região da molécula.
Título: Relações quantitativas estrutura-atividade para uma série de inibidores da
cruzaína de Trypanosoma cruzi: modelagem molecular, CoMFA e estudos CoMSIA.
5 Fonte: Journal of molecular graphics modelling (2009).
Título: Estudo complementar entre um encaixe e uma tela de alta taxa de
transferência em cruzaína Inibidores.
Fonte: Journal of Medicinal Chemistry (2010).
Título: Desenho, Síntese e atividade tripanocida de compostos de chumbo com
10 base em inibidores da glicólise do parasita.
Fonte: Bioorganic & Medicinal Chemistry (2008).
Título: Síntese, atividade tripanocida e estudos de modelagem molecular de 2-
alkylaminomethylquinolina derivados.
Fonte: European Journal of Medicinal Chemistry (2011 ).
15 Título: lsoformas de Cisteína protease de Trypanosoma cruzi, 2 cruzipaína e
cruzaína, a preferência de substrato diferente presente e suscetibilidade a inibidores.
Fonte: Molecular and Biochemical Parasitology (2001).
Título: Síntese de inibidores de cisteína protease macrocíclicas de trypanosoma.
Fonte: Bioorganic & Medicinal Chemistry Letters (2008).
20 Título: Síntese, concepção e avaliação de d-Homophenylalanyl Epoxysuccinato
Inibidores de cisteína protease cruzaína tripanossomal.
Fonte: Tetrahedron (2000).
AVALIAÇÃO DO ESTADO DA TÉCNICA EM RELAÇÃO AOS COMPOSTOS
25 DESTA INVENÇÃO.
30/75
A análise preliminar esclareceu ser conhecido do estado da técnica que:
a) Cisteína proteinases, bem como outras proteases, tem papel fundamental no
desenvolvimento das infecções causadas por parasitas.
b) T. cruzi e Leishmania sp são alvo de terapias combinadas de semicarbazonas
s (subtância e seus derivados), com demonstração de alta especificidade;
c) Uso de proteases lisossomais, a exemplo das catepsinas para o tratamento de
parasitemias é constante do estado da técnica, entretanto, as patentes estão
concentradas nas mãos de 02 grupos.
d) Inibidores de cisteína proteinases podem ser utilizados no tratamento de doenças
10 como HIV e tem sido alvo de pesquisas para o desenvolvimento de terapias
antiparas itoses;
e) Por sua vez, a literatura e documentos de patente relatam que, tiosemicarbazonas
e semicarbazonas, bem como hidrazidas são utéis no tratamento de infecções
causadas por Leishmania sp e T. cruzi;
1s f) Tiosemicarbazonas e semicarbazonas sintéticas já foram avaliadas em modelos
de infecção por T. cruzi;
g) Derivados de semicarbazonas e tiosemicarbazonas já testados apresentaram
baixa toxicidade quando comparados com o padrão-ouro;
h) A associação de tiosemicarbazonas e semicarbazonas com as drogas mais
20 comumente utilizadas tem demonstrado baixa toxicidade;
i) O desenvolvimento de derivados de tiosemicarbazonas e semicarbazonas com
perfil de inibição de enzimas tem aumentado em importância nos últimos 3-4 anos, a
julgar pelo aumento no número de depósitos de patentes nos bancos de PCT;
31/75
j) Existe uma discussão sobre a eficácia de inibidores nos diversos estágios de
desenvolvimento do parasito, durante o processo infeccioso.
Assim, resta claro que estudos envolvendo semicarbazonas no tratamento de
Doença de Chagas e Leishmaniose já são conhecidos; no entanto, as pesquisas
s conduzidas nesta invenção levaram, com grande eficácia, à utilização da Hidrazida
N-Acilidrazonas como composição altamente eficiente nestes tratamentos, com
resultados ainda não explorados pelo estado da técnica.
APLICAÇÃO DA INVENÇÃO
10 As composições resultantes da invenção se destinam ao uso como alternativa
terapêutica no tratamento da leishmaniose cutânea e/ou muco-cutânea e/ou visceral
em humanos e animais, bem como no tratamento da fase aguda e/ou crônica da
Doença de Chagas.
15 OBJETO RESULTANTE DA INVENÇÃO
Novas séries de derivados de hidrazida-N-acilidrazonas, obtidas a partir do estudo
de semicabazonas, com ação na inibição de cisteína proteinases envolvidas nos
processos infecciosos causados por Leishmania sp. E Trypanosoma cruzi;
Otimização do(s) composto(s) líder(es) para ajuste das propriedades
20 farmacocinéticas e farmacodinâmicas e geração de um candidato a fármaco.
CARACTERÍSTICAS DO OBJETO DA INVENÇÃO
Os inventores determinaram como características da investigação: sintetizar e
avaliar farmacologicamente, em modelos in vitro e in vivo, novas séries de derivados
25 hidrazida-N-acilidrazônicos, desenhados como inibidores de cisteinil proteases, entre
32175
elas a cruzaína ou cruzipaína e a catepsina importantes cistenil proteases
encontradas nas formas epimastigotas, amastigotas e tripomastigoras de T. cruzi e,
promastigota e amastigosta de Leishmania sp. e, realizar a etapa de otimização do
(s) protótipo (s) identificado (s) visando adequar suas propriedades
s farmacodinâmicas e farmacocinéticas, de modo a assegurar sua passagem ao
estágio de candidato a fármaco.
DESCRIÇÃO SINTÉTICA DO OBJETO DA INVENÇÃO
a) Planejamento da série de derivados hidrazida-N-acilidrazona funcionalizados,
10 aplicando-se a estratégia de hibridação molecular entre os protótipos LASSBio-1111
e LASSBio-1064. Neste processo foi proposta a hibridação da subunidade aril
hidrazida de LASSBio-1111 com a acilidrazona funcionalizada de LASSBio-1064,
visando a construção de novo padrão molecular que conjugue as propriedades
leishmanicida e/ou tripanomicida, identificadas para os protótipos selecionados.
15 A denominação LASSBio foi atribuída aos protótipos, para efeito de identificação dos
mesmos durante as várias etapas do desenvolvimento, os quais serão apresentados
a medida em que a descrição ocorrer.
DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
20 Para melhor entendimento da invenção, são destacadas as seguintes figuras, que
melhor orientam a descrição, sem criar ambientes limitativos:
Figura 1: Representa graficamente o percentual de medicamentos desenvolvidos
entre 1975 e 2004.
Figura 2: Diagrama de Venn de genomas de cinetoplastideos indicando o número de
25 genes compartilhados e espécie-específica entre as espécies (A). Comparação entre
33/75
T.brucíe, T. cruzíe, L. major (B). Comparação entre L. brasilienses, L. ínfantum e L.
major.
Figura 3: Avaliação de derivados hidrazido-N-acilidrazônicos e miltefosina nas
concentrações de 100 µM (A) e 1 O µM (B) no ensaio de viabilidade do parasito L.
5 major (106 células /poço). Os resultados referem-se à média ± erro padrão de
triplicatas de um experimento representativo. Os valores foram considerados
significativos quando #p < 0,05, ##p < 0,01 em relação ao controle negativo (células
cltivadas apenas com meio); e *p< 0,05, **p < 0,01 quando comparado ao grupo de
células cultivadas com meio e veículo.
10 Figura 4: Efeito dos derivados sobre o curso da lesão da orelha de camundongos
Balb/c infectdos com L. major. Os animais foram infectados com 105 promastigotas
de L. major na derme da orelha durante o tratamento (35 dias) com Veículo (PBS),
antimoniato de meglumina (A, 30 µmol/kg/dia, i.p.), LASSBio-1491 (B, 10
µmol/kg/dia, i.p.).) e LASSBio-1492 (C, 1 O µmal/kg/dia, i.p.). Os resultados referem-
15 se à média da variação da espessura da lesão da orelha em mm ± erro médio
padrão. Os valores foram considerados significativos quando *p < 0,05 quando
comparado com o grupo veículo.
Figura 5: Efeito dos derivados sobre a carga parasitária ne orelha (A) e linfonodo
drenante (B) de camundongos Balb/c infectados com L. major. Os animais foram
20 infectados com promastigotas de L. major tratados com Veículo (PBS), antimoniato
de meglumina (30 µmol/kg/dia, i.p.), LASSBio-1491 e LASSBio-1492 (10
µmol/kg/dia, i.p.). Os resultados referem-se à media± erro padrão de quadruplicatas
de um experimento representativo.
25 DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
34/75
O COMPOSTOS HIDRAZIDA-N-ACILIDRAZONAS, PROCESSO DE OBTENÇÃO
DE COMPOSTOS HIDRAZIDA-N-ACILIDRAZONAS, USO DE COMPOSTOS A
PARTIR DE HIDRAZIDA-N-ACILIDRAZONAS PARA TRATAMENTO DE
LEISHMANIOSE E DOENÇA DE CHAGAS E COMPOSIÇÕES FARMACÊUTICAS
s OBTIDAS, objeto desta Patente de Invenção, consiste de compostos que, para
efeito de estudo, foram divididos em derivados semicarbazônicos série 1 e série li e
derivados hidrazida-N-acilidrazona série Ili e série IV.
Planejamento dos derivados semicarbazônicos série 1 e série li:
O planejamento da série de derivados semicarbazônicos la-1 foi realizada aplicando-
10 se a estratégia de aza-homologação sobre a estrutura do protótipo tripanomicida
LASSBio-1064, representada pela inserção do grupo NH como espaçador entre as
subunidades aromática e acilidrazona de LASSBio-1064.
Posteriormente, foi proposta a troca bioisostérica do átomo de cloro, presente nos
derivados da série la-1, pela unidade metilenodioxila, permitindo o desenho dos
15 derivados semicarbazônicos da série li (Fórmula 1). Ressalte-se que este tipo de
bioisosterismo foi previamente identificado em nosso laboratório quando da
descoberta do safrolobano a partir do daltrobano (Lima, L M (1997) Dissertação de
Mestrado, IQ, UFRJ).
35/75
Fórmula 1: Gênese das séries 1 e li a partir da aplicação da estratégia de aza-
homologação sobre o protótipo LASSBio-1064.
Planejamento dos derivados hidrazida-N-acilidrazona série Ili e série IV:
s O planejamento da série de derivados hidrazida-N-acilidrazona funcionalizados foi
realizado aplicando-se a estratégia de hibridação molecular entre os protótipos
LASSBio-1111 e LASSBio-1064. Neste processo fol proposta a hibridação da
subunidade aril-hidrazida de LASSBio-1111 (A, Fórmula 2) com a acilidrazona
funcionalizada de LASSBio-1064 (B, Fórmula 2), visando a construção de novo
10 padrão molecular que conjugue as propriedades leishmanicida e tripanomicida,
identificadas para os protótipos selecionados. A eleição dos grupos 4-nitrofurano e
2-hidroxibenxeno como substituintes da função imina foi proposta considerando
resultados prévios que indicaram a maior relevância destes substituintes para a
atividade desejada, quando comparado aos demais substituintes exemplificados na
15 Fórmula 2.
Cl
LASSBio-1111 (40)
Ar·W•
~ ~A)
(a)
JCI
~
'
36175
Série li (42 a-f)
(b) OH
'· ..e-r-W= , / . / .....
(e)
..... ,, '
LASSBio-1064 (39)
I
OH
)
37/75
Ar-W ;;:: aromáticos ou heteroaromáticos substituídos em diferentes posições com
grupos elétron retiradores e/ou elétron doadores. Os radicais a-e exemplificam
algumas possibilidades, mas não limitam os exemplos possíveis.
Fórmula 2: Gênese das séries Ili e IV a partir da aplicação da estratégia de
s hibridação mole cu lar entre os protótipos LASSBio-1111 e LASSBio-1064.
Pode-se assim, dividir a metodologia sintética em 4 séries, que possuem em comum
reações de interconversão de grupos funcionais baseadas em reações de
condensação e hidrazinólise.
Resultados e discussão:
10 Resumo séries 1 e li (Fórmula 3):
X=H; Z=O; Y=CI (série 1) X=O; 7rCl12; Y=O (série Il)
CHCIJ; t.a.11 h
(B>-r<~yº~ z,v~ º V
X=H; Z=O; Y=CI (série 1) 72% LASSBio-.1481 X=O; Z=CH:z; Y=O (série li) 98%
!EtOH; Nili.i."20 t.a./12h
(D)
/XX)~Y~"'N~ W-A<CH:) lX)~YNHNH2 z Ar-W ...: EtOH; ~Clcat Z 1
\ O 30 mm \Y ,,,::? O
Síntese Série 1:
X=H; 7?0; Y"'CI (série l) 40% LASSBio-1482 X=O; Z=CH2; Y=O (série Il) 85%
Síntese do phenyl 4-chlorophenylcarbamate: LASSBio-1481 (Fórmula 4):
38/75
Em um balão de 125 mi contendo 30 mi de clorofórmio, foram adicionados 11,8
ml(0,093 mols(1,2eq)) de cloroformato de fenila. Em seguida foi adicionada uma
solução, de 1 Og de 4-cloroanilina(0,078mols) em 50 mi de clorofórmio, lentamente
com uma pipeta. No termino da adição já havia precipitado e a reação era
s exotérmica, porém após 32 horas foi verificado total consumo do produto de partida.
O volume de solvente foi diminuído no rotaevaporador e foi adicionado 50 mi de
hexano, deixando a reação em agitação por 1 O minutos.
A reação foi filtrada a vácuo, sendo lavado com hexano, obtido-se um sólido branco
com 72% de rendimento.
10 Síntese da N-(4-chlorophenyl)hydrazinecarboxamide: LASSBio-1482 (Fórmula
5):
CI
CI
EtOH ...
N2H4; t.a.
o
N)lNHNH, H
Em um balão de 500 mi contendo 6,8g(0,032mols) de phenyl 4-
chlorophenylcarbamate, foi adicionado 20 mi de etanol e 45 ml(0,93 mol(30eq)) de
15 hidrato de hidrazina 64%. Após 4 horas foi diminuído o volume do solvente e
adicionado gelo, sendo verificada a precipitação do produto, com 41 % de
rendimento.
Síntese da série semicarbazona (Fórmula 6):
CI
o li EtOH; HCI
~ W-ArCHO;t.a. N NHNH2 H CI
39175
Em um balão de 25 mi contendo 0,259(0,00135 mols) de semicarbazida, sob
agitação e temperatura ambiente, foi adicionado 15 mi de etanol e 1,35mmol de
aldeído(previamente selecionado), seguida da adição de 1 gota de HCI concentrado.
A solução permaneceu sob agitação por 30-240 min, quando CCF foi verificado o
s termino da reação. Após a adição de gelo a solução foi filtrada a vácuo, sendo
obtidos os seguintes compostos, conforme Fórmula 7 abaixo:
H
H H ~ N N'-. ~ y N Ar·W
CI O
Ar~w =
~N02 ~N02 ~ LASSBio-1699 LASSBio·1483
C02H LASSBio-1484
~ CF3 ~ j) HO
LASSBio· 1485 LASSBio-1486 LASSBin·1487
/lcr:º'cH, OH
,,.<º N02 ::D 02N
LASSBio-1488 LASSBio-1489 LASSBio-1490
!y OH
lo OH
10 LASSBio-1.700 LASSBio-1701
40175
Após a caracterização estrutural através das técnicas de Ressonância Magnética
Nuclear de Carbono e Hidrogênio, o grau de pureza das substâncias foi medida,
resultando nos resultados abaixo, conforme tabela 4:
LASSBio-1481 72% 189-192 <0,4%
LASSBio-1482 41% >250 <0,4%
LASSBio-1699 64% 247-250 >0,4%
LASSBio-1483 80% 180-184 <0,4%
LASSBio-1484 80% >250 <0,4%
LASSBio-1485 86% 216-220 <0,4%
LASSBio-1486 61% 136-140 <0,4%
LASSBio-1487 87% 196-200 <0,4%
LASSBio-1488 90% 218-220 <0,4%
LASSBio-1489 52% <0,4%
LASSBio-1490 84% 200-203 <0,4%
LASSBio-1700 85°/o 175-177 98,56%
LASSBio-1701 79% 204-206 98,18%
s Critério de pureza: CHN <0,4%; HPLC>98%
41/75
Série li:
Síntese do phenyl benzo[d][1,3]dioxol-5-ylcarbamate (Fórmula 8):
< o
f enilclorof ormato ... < o
Em um balão de 50ml, contendo 10ml de clorofórmio foi adicionado 0,27ml (0,00218
s mais) de fenilcloroformato , e em seguida uma solução de 0,3g (0,00218mols) de
amina em 7 mi de clorofórmio, e por fim, foi adicionado 0,3ml de trietilamina. A
solução reagiu durante um hora, em temperatura ambiente e por CCF(dic:met2%)
indicou o termino da reação.
O volume do solvente foi diminuído, e com -5ml foi adicionado éter de petróleo
10 aquecido por 50ºC, que ficou agitando por 1 O min. A reação foi filtrada e lavado a
seco com hexano fornecendo 95% de rendimento.
Sintese do N-(benzo[d][1,3]dioxol-5-yl)hydrazinecarboxamide (Fórmula 9):
N2H4 ..... EtOH:t.a.
Em um balão de 250 mi contendo 2,5g (0,011mols) do carbamato, foi adicionado
1s 60ml de etanol e 24m1 (0,44mols) de hidrazina aquosa 59%. Foi deixado em
agitação por 24 horas, sendo observado a precipitação de um sólido bege, onde
CCF (di:met2%) indicou o termino da reação.
Para o isolamento, a reação foi colocada sob um Becker contendo gelo e
posteriomente, filtrada a vácuo, obtendo rendimento de 85%
42175
Acoplamento dos aldeídos funcionalizados (Fórmula 1 O):
<o:u~ O W-ArCHO li EtOH;HClr~~
O # N~NHNH H 2
Em um balão de 50 mi contendo 0,2g de semicarbazida, foi adicionado, sob agitação
e temperatura ambiente, 1 Oml de etanol e 1, 025mmol de aldeído previamente
s selecionado, seguido de 1 gota de ácido clorídrico.A solução permaneceu sob
10
agitação por 30 minutos, quando CCF(dic:met2%) indicou o termino da reação.
Para o isolamento foi adicionado gelo e filtrado a vácuo, obtendo os seguintes
rendimentos, conforme fórmula 11 abaixo:
~::o~ LASSBio-1197 LASSBio-1198 LASSBio-1199 LASSBio-1200 LASSBio-1201 LASSBio-1202
~~~º'"1Uº" !Q, 6J LASSBio-1203
........__
LASSBio-1209
LASSBio-1204 LASSBio-1205 LASSBio-1206 LASSBio-1207 LASSBio-1208
o LASSBio-121 O LASSBio-1302 LASSBfo· 1303 LA SSBio-1304
43/75
Após a caracterização estrutural através das técnicas de Ressonância Magnética
Nuclear de Carbono e Hidrogênio, o grau de pureza das substâncias foi medida
através do CHN, assim, as substâncias que obtiveram resultados inferiores a 0,4, foi
possível o cadastramento e posterior análise farmacológica. Tabela 5:
LASSBio1197 85,5% 206-211 <0,4%
-·---·--·------LASSBio1198 94% >250 <0,4%
LASSBio1199 92% 242-245 <0,4%
· LASSBio1201 89%
~LÃssiiiõ1-2õ2 ________ 98% ----------· 203-205 <0,4%
203-206 <0,4%
----------~-----·-·--------
LASSBio1203 87,5% >250 <0,4%
----·--------------LASSBio1204 86,6% >250 <0,4%
r .. LASSBio12ÕS____ 84% -----------202-2~-- <0,4% 1 !---------·~------· -------·------ -----
~--A~SBio120~---- 55% 133-138 <0,4%
LASSBio1207 83% 204-206 <0,4%
·---------------------.. ·-·-·------~------! ~ LASSBio1208 97% 192-197 <0,4%
1 LAS;::::: ~::: _ -------~~::~: ___ ::_::_:_:_~ 5
Resumo séries Ili e IV (Fórmula 12):
5
44175
.liº" i\1cOH;H?i.04 70"CJ 241i
(CJXO ,...NH2 ~
X y
X=Y=Cl(séric 111) X=Cl; Y=ll(séric IV)
X=V=Cl(séric III) 82°/,, X=Y=Cl(seric III) 77% X=CI; Y""H(séric IV) 82% X .. CI: Y"'H(séric IV) 69%
lc1J0 .Ph (E) ~
X--(\-)-~>--NHNH, JOIOH; N,H, '==( \ t.a./3b
y X"'Y=Cl(séric lll) 49% LASSBlo-1493 X=CI; Y=H(sérlc IV) 40%
\\' . ··CHOtEtOH; HClcat H (F) " t.aJ30min XYr NÀ' 1"'
V
1
H r\Í•ilr
~ N,NAO y o
H
X=Y..Cl(sérle Ili) X=Cl; Y=H(série IV)
(D) H f CHCb; t.a.J3h
~~:(1ºD xMy
X=Y=Cl(série lll) 51 % LASSBio-1492 X=CI; Y=H(séric IV) 45%
Série Ili:
Síntese do methyl 2,4-dichlorobenzoate (Fórmula 13):
o o
OH OCH3
CI CI
Foi adicionado, num balão de 500ml, 1 Og (0,052 mais) do ácido 2,4 diclorobenzóico
em 200 mi de metanol e 50 gotas de ácido sulfúrico. O balão foi acoplado a um
aparelho de DeanStak, e colocado em agitação vigorosa em refluxo à temperatura
de aproximadamente 70ºC por aproximadamente 24 horas, onde CCF(hex/acet30%)
10 indicou o término da reação.
45175
O volume do metanol foi reduzido, e o pH elevado até 8, onde após a extração com
acetato de etila e concentrado no rotaevaporador, foi obtido um óleo com rendimento
de 81%.
s Síntese da 2,4-dichlorobenzohydrazide (48) (Fórmula 14):
o o
º ............ _____ ,...._ t.a./ 6h / 63%
CI CI
(47) (48)
Um balão contendo 2,5g (12mmol) de 2,4-diclorobenzoato de metila (47) foram
adicionado 25 mi de etanol e 7.3 mi (0.146mols; 12eq) de N2H464%. A mistura foi
submetida a agitação em temperatura ambiente por 6 horas, quando indicou término
10 da reação acompanhado por CCF (eluente: diclorometano: metanol 10%). O volume
foi reduzido a vácuo e adicionado gelo para precipitação do produto, que foi filtrado à
vácuo e lavado com água. Aspecto físico: sólido branco; rendimento: 63%; PF=
• RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6): o 9,62 ( s, 1 H, Hb); 7,62 (d, 1 H, H6', J= 2Hz);
7,46 (d, 1H, H5', J= 2Hz); 7,43 (s, 1H, H3'); 4,52 (s, 2H, NH2)
15 • RMN 13C (50 MHz, DMSO-d6) 8 (ppm): D 164,73 (Ç=O); 134,61 (C2'); 134,45
(C4'); 131,57 (C6'); 130,48 (C1 '); 129, 13 (C3'); 127,23 (C5')
• IV (KBr) cm-1: 3309 (D NH); 1663 (D C=O); 1616 (õ N-H)
• Pureza (HPLC): 98.67%
Síntese do phenyl 2-(2,4-dichlorobenzoyl)hydrazinecarboxylate LASSBio-
20 1492 ; 49 (Fórmula 15):
CI
o
(48)
CHICl:J t.a/ 7h 80%
46175
o
3' 5
{49)
Em um balão de 50 mi, foram adicionados 20 mi de clorofórmio e 4,9ml de
fenilcloroformato (6mmol; 1.2eq). A solução foi agitada a temperatura ambiente e
adicionado, vagarosamente, uma suspensão de 1 g (5mmols) de 2,4-
s diclorobenzohidrazida em 50 ml de clorofórmio. Após 7 horas de agitação foi
observado total consumo do produto de partida, acompanhada por CCF
(eluente:diclorometano:metanol 5%). A seguir foi adicionado 1 O mi hexano na
reação, mantendo-a sob agitação por 1 O min. Em seguida esta foi filtrada a vácuo e
lavado com hexano obtendo-se o produto 49 (LASSBio-1492). Aspecto físico: sólido
10 branco; PF=180-184ºC; Rendimento: 80%
• RMN 1H (200 MHz, DMSO-d5): o 10,49 (s, 1H, Hb); 10,05 (s, 1H, Hc), 7,74 (d,
1H, H6', J=2Hz); 7,58-7,14 (m, 5H, H3', H5', H2, H4 e H6); 6,89 (d, 2H, H3 e
H5, J=6 Hz)
1s • RMN 13C (50 MHz, DMSO-d6) o (ppm): õ 163,12 (Cd, C=O), 154,24 (Ca,
20
C=O); 150,61 (C2'); 135,42 (C4'), 133,15 (C6'); 131,71 (C1'); 130,54 (C1);
129,51 (C2 e C6); 129,45 (C3 e C5); 127,48 (C3'); 125,44 (C5'); 121,50 (C4)
• IV (KBr) cm·1: 3247 (D NH); 1741e1661 (D C=O); 1033 (D Ar-CI)
• Pureza (HPLC): 98.45%
47/75
Reação de hidrazinólise da hydrazinecarboxylate LASSBio-1493 (Fórmula 16):
o CI
CI o
Foi adicionado em um balão de 50ml 0,3g de produto de partida, 7 mi de etanol, até
total solubilização e então foi colocado 3,84 mi de hidrazina hidrato 80%(30 eq).
s Após 32 horas foi constatado o fim da reação. O volume reacional foi diminuído, e
após adição de gelo e a formação de precipitado, a solução filtrada a vácuo sendo
obtido com um rendimento de 65%.
Metodologia geral de obtenção dos derivados hidrazida-N-acilidrazonas série
10 li (42 a-f) (fórmula 17):
o
(50) w-ArCOH/ t.a.
H H l ~/NYN'N~Ar-w
o (42 a-f)
H H N N
N/ °'V '-NH H li 2
O EtOHI HCl001 ... Cf
CI
Em um balão contendo 0,1g do intermediário 50, foi adicionado, sob agitação
e temperatura ambiente, 1 Oml de etanol e 0,30mmol (1 eq) de aldeído previamente
selecionado, seguido da adição de 1 gota de ácido clorídrico concentrado. A solução
15 permaneceu sob agitação por 1-4 horas, quando CCF (diclorometano:metanol 5-
10%) indicou o termino da reação. O volume do meio reacional foi reduzido (2/3 do
volume) em rotaevaporador, e após a adição de gelo foi verificado a precipitação do
produto, que foi filtrado a vácuo e lavado com água gelada.
48/75
Metodologia de obtenção do (E)-1-(2-hidroxibenzilideno)-5-(2,4-
diclorobenzoil)carbonohidrazida (LASSBio-1705); (42a) (fórmula 18):
o
CI {50)
EtOH/ HClr.•tl t.a. 78%
ftOce~H2
~/~y~·-......NÚ 1 ~ 3
b o 1 Cl 4 CI d HO 6 # 4
~ 5 \42a}
s O composto 42a foi obtido a partir da condensação da hidrazida 50 com 2-
hidroxbenzaldeído com rendimento de 78%. Aspecto físico: sólido branco. PF= 210-
213ºC
• RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6) ô (ppm): ô 10,66 (s, 1Hb); 10,16 (s, 1Hc);
10,03 (s, 1 H, OH); 9, 11 (s, 1 H, He); 8,23 (s, 1 H, N=CH); 7,92 (d, 1 H, H6', J=
10 8); 7,73 (s, 1 H, H3'); 7,60 (m, 2H, H2 e H5'); 7,20 (t, 1 H, H4, J=6); 6,90-6,80
(m, 2H, H3 e H5)
• RMN 13C (50 MHz, DMSO-d6) õ (ppm): 165,3 (Cd, C=O); 155,9 (Ca, C=O);
154,8 (N=CH); 139,1 (C6); 135,1 (C2'); 133,5 (C4'); 131,7 (C6'); 130,8 (C2);
130,5 (C1'); 129,4 (C4)127,3 (C3'); 127,1(C5');120,3 (C1); 119,1(C5);116,0
1s (C3)
• IV (KBr) cm-1: 3436-1852 (D OH); 3232 (D NH); 1708 (D C=O); 1655 (õ N-H);
1046 (DC-CI)
• MS (m/z): 365
49/75
Pureza (HPLC): 99.83%
Metodologia de obtenção do (E)-1-(3-hidroxibenzilideno)-5-(2,4-
diclorobenzoil)carbonohidrazida (LASSBio-1708); (42b) (fórmula 19):
o e e H
H H /Nyd N'-.. # 1
~ N
b o CI
(42b) OH 5
O composto 42b foi obtido a partir da condensação da hidrazida 50 com 3-
hidroxibenzaldeído em rendimento de 95%. Aspecto físico: sólido branco. PF= 223-
225ºC
• RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6) ô (ppm): ô 10,62 (s, 1Hb); 10,12 (s, 1Hc); 9,48
10 (s, 1 H, OH); 9,05 (s, 1 He); 7,80 (s, 1 H, N=CH); 7,71 (s, 1 H3'); 7,70-7,50 (m,
2H, H5'e H6'); 7, 18 (t, 3H, H2, H3 e H4); 6,76 (d, 1 H6)
• MS (m/z): 365
Pureza (HPLC): 98.58%
15 Metodologia de obtenção do (E)-1-(4-hidroxibenzilideno)-5-(2,4-
diclorobenzoil)carbonohidrazida (LASSBio-1707); (42c) (fórmula 20):
50175
o _Jy~--- .. ~º 1 /, N" 'NH H 2
'"OH
o - .... CI CI EtOHI Hei,./ t.a.
(50} 90%
e H e H H
/N"tN'- ~,,.. 1 N N H b o 4
3· 5 OH
(42<:)
O composto 42c foi obtido a partir da condensação da hidrazida 50 com 4-
hidroxibenzaldeído em rendimento de 90%. Aspecto físico: sólido branco. PF= 225-
227ºC
s • RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6) 8 (ppm): õ 10,53 (s, 1 H, Hb); 1O,16 (s, 1 H,
Hc); 9,83 (s, OH); 9,05 (s, 1 He); 7,84 (s, 1 H, N=CH); 7,76 (s, 1 H, 1 H3'); 7,67
(d, 2H, H2 e H6, J=10 Hz); 7,58 (m, 2H, H5'e H6'); 6,82 (d, 2H, H3 e H5,
J=10Hz)
• RMN 13C (50 MHz, DMSO-d6) õ (ppm}: 165,3 (Cd, C=O); 158,7 (Ca, C=O);
10 155.0 (N=CH); 141,2 (C4); 135,1 (C2')133,6 (C4'); 131,7 (C6'); 130,8 (C1 ');
129,4 (C1); 128,5 (C2 e C6); 127.3 (C3'); 125,5 (C5'); 115,41 (C3 e C5)
• IV (KBr) cm-1: 3362 (D NH); 1694 (D C=O); 1651 (õN-H); 1098 (DC-CI)
• MS (m/z): 365
Pureza (HPLC)= 99,84%
15
Metodologia de obtenção do (E)-1-(4-(trifluormetil)benzilideno)-5-(2,4-
diclorobenzoil)carbonohidrazida (LASSBio-1736); (42d) (fórmula 21):
51/75
e e H H H
58%
/Nyd N'-. ,,-:P 1 N N H b o 4
CI {80)
EtOH/ Hclca11 t.a. {42d) 5
O composto 42d foi obtido a partir da condensação da hidrazida 50 com 4-
triflorometilbenzaldeído em rendimento de 58%. Aspecto físico: sólido branco. PF=
213-216ºC
s • RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6) õ (ppm): õ 10,93 (s, 1H, Hb); 10,17 (s, 1H,
Hc); 9,34 (s, 1 H, He); 8,07 (d, 2H, H3 e H5, J=1 OHz); 7,97 (s, 1 H, N=CH); 7,77
(s, 1H, H3'), 7,74 (m, 2H, H2 e H6); 7,55 (m, 2H, H5'e H6')
• RMN 13C (50 MHz, DMSO-d6) õ (ppm): 165,33 (Cd, C=O); 154,71 (Ca,
C=O); 139.19 (N=CH); 138,54 (C4); 135,20 (C3 e C5); 133,59 (C2 e C6);
10 131,77 (C2'); 130,80 (C4'); 128,68 (C6'); 128,05 (C1');127,45 (C3'); 127,36
(C5'); 125,38 (C1); 121,47 (Cf3)
• IV (KBr) cm-1: 3555 (D NH); 1703 (D C=O); 1655 (õN-H); 1015 (DC-CI); 1164-
1105 (C-F)
• MS (m/z): 417
15 • Pureza (HPLC): 99.84%
Metodologia de obtenção do (E)-1-(2,4-diclorobenzoil)-5-((5-nitrofuran-2-
il)metileno)carbonohidrazida (LASSBio-1703); (42e) (fórmula 22):
CI
o
(50) EtOH/ Hcl001/ t.a. 87%
52175
o e e H H H
,.,...-Nyd N'-. g. N N H b o
3 {42e)
O composto 42e foi obtido a partir da condensação da hidrazida 50 com 2-
nitrofuraldeído obtendo rendimento de 87%. O composto foi recristalizado com
etanol. Aspecto físico: sólido amarelo. PF= 222-225ºC
s • RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6J 8 (ppm): 11.22 (s, 1 H, Hb) 10,22 (s, 1 H, Hc);
9.18 (s, 1H, He); 7.86 (s, 1H, N=CH); 7.79 (d, 1H, H3, J= 4Hz); 7.71 (s, 1H,
H3'); 7.57 (m, 2H, H5'e H6'); 7.32 (d, 1H, H4, J=4 Hz)
• RMN 13C (50 MHz, DMSO-d6) ô (ppm): 165,2 (Cd); 154,0 (Ca); 152.7 (C2);
151,2 (N=CH); 135,1(C2');133,3 (C4'); 131,7 (C1); 130,7 (C6'); 129,3 (C5');
10 129,1(C1');127,2 (C3'); 115,0 (C3); 112,5 (C4)
• IV (KBr) cm·1: 3387 (D NH); 1727 (D C=O); 1667 (õN-H); 1015 (DC-CI); 1244
e 1281 (N=O)
• MS (m/z): 384
Pureza: 99.33%
1s Série IV:
Síntese da methyl 4-chlorobenzoate (Fórmula 23):
53175
o o
H
MeOH/t.a. CI
CI
Em um balão de 500 mi, foi adicionado 1 Og de 4-clorobenzaldeído(0,071 mols), 250
mi de metanol, 18g(0,356 mal) de NaCN e 15g(0,44mols) de Mn02 ativado,
permanecendo sob agitação vigorosa sob temperaturaambiente. Após 8 horas, foi
s verificado por c.c.f.(Hex:Acet 30%) o termino da reação. Esta foi filtrada em filtro de
vidro sinterizado, com sílica gel e Celite, onde no filtrado foi adicionado sulfato de
sódio e concentrado no rotaevaporador, gerando um óleo amarelado, com
rendimento de 69%.
10 Metodologia de obtenção da 4-clorobenzohidrazida (LASSBio-1108) (52)
(fórmula 24):
o
t.a./ 5h/80%
CI (51)
CI
(52)
/NHa N H b
Em um balão contendo 5g (29mmol) de 4-clorobenzoato de metila (51) foram
adicionados 50rnl de etanol e 14.2 mi (0.29mol; 10eq) de N2H4.H20 64%. A reação
1s foi submetida a agitação em temperatura ambiente por 5 horas, onde o término
reacional foi acompanhado por CCF (eluente: diclorometano:metanol 10%). O
volume foi reduzido em rotaevaporador, e adicionado gelo para precipitação do
54175
produto, que foi filtrado à vácuo e lavado com água. Aspecto físico: sólido branco;
rendimento: 80%
• IV (KBr) cm·1: 3310 (D NH); 1656 (D C=O); 1591(õN-H);1008 (DC-CI);
• MS (m/z): 169
s Pureza (HPLC): 98.67%
Metodologia de obtenção do 2-(4-clorobenzoil)hidrazidacarboxilato de fenila
(LASSBio-1702) (53) (fórmula 25):
o
CI (52)
(551
CHCl 3f ta. 1 51% 3' (53) 5
10 Em um balão foram adicionados 5 mi de clorofórmio e 0.7ml de
fenilcloroformato (55) (5.3mmol; 1eq), a solução resultante foi agitada a temperatura
ambiente. Vagarosamente foi adicionado uma suspensão de 1 g (5.3mmol) de 4-
clorobenzohidrazida em 50 ml de clorofórmio. Após 5 horas foi observado por
acompanhamento em CCF (eluente:diclorometano:metanol 10%) total consumo do
15 produto de partida. A seguir foi adicionado 5 ml hexano na reação, mantendo-a sob
agitação por 10 min. O precipitado formado foi filtrado a vácuo e lavado com hexano,
obtendo o produto 53 com 51 % de rendimento.
Aspecto físico: sólido branco; PF=182-185ºC
55175
• RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6J: ô 10,66 (s, 1 H, Hb); 9,92 (s, 1 H, Hc); 7,91 (d,
2H, H2'e H6', J=10 Hz); 7,60 (d, 2H, H3'e H5', J=10 Hz); 7,40 (d, 2H, H2 e
H6, J=B Hz); 7,26 (d, 1H, H4, J=6 Hz); 7,18 (d, 2H, H3 e H5, J=8 Hz)
• IV (KBr) cm-1: 3277 (D NH); 1730 e 1661 (D C=O); 1010 (õ Ar-CI)
s • MS (m/z)= 389
Pureza (HPLC): 97,02%
Metodologia de obtenção do (LASSBio-1710) (54) (fórmula 26):
o o e H H H
~/·yºD N2Hi EtOH a ·/·y·, ~ e NH2
o 1 # ..... CHCl~J t.a. /32h o
CI 62% 10
(53) 3· (54)
Foram adicionados em um balão 50ml 0,3g (1 mmol) do intermediário 53, 7 mi de
etanol, e 1.20ml de hidrazina hidrato 80% (0.03mol; 30 eq). Após 32 horas foi
constatado o fim da reação por CCF (eluente: diclorometano:metanol 5%). O volume
15 reacional foi reduzido em rotaevaporador e após adição de gelo ocorreu a formação
de precipitado, o qual foi filtrado a vácuo, sendo obtendo-se o produto em
rendimento de 62%. Aspecto físico: sólido branco; PF=187-190ºC
56175
• RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6J: õ 10,24 (si, 1 H, Hb); 8, 17 (s, 1 H, Hc); 7,89 (d,
H2'e H6', J=8); 7,63 (s, 1H, He); 7,55 (d, 2H, H3'e H5', J=8); 4,17 (si, 2H,
NH2)
• RMN 13C (50 MHz, DMSO-d6J õ (ppm): 165,7 (Ca, C=O); 160,3 (Cd, C=O);
s 136,9 (C4'); 132,0 (C1');129,9 (C2'e C6'); 128,9 (C3'e C5')
• IV (KBr) cm"1: 3328 (D NH); 1676 e 1597 (D C=O); 1o13 (o Ar-CI)
• MS (m/z): 227
• Pureza (HPLC): 97,89%
10 Metodologia de obtenção dos derivados hidrazida-N-acilidrazonas da série Ili
(43 a-f) (fórmula 27):
o o H
H H 1
/Nl(N'-~ N N Ar·w H
()
(43 a-f)
CI w-ArCOH/t.a.
(54) CI
Em um balão 50 mi contendo O, 1g do intermediário 54, foram adicionados, sob
agitação em temperatura ambiente, 1 Oml de etanol e 0.43mmol (1eq) de aldeído
15 previamente selecionado, seguido de 1 gota de ácido clorídrico concentrado.A
solução permaneceu sob agitação por 1-4 horas, quando CCF
(diclorometano:metanol 5-10%) indicou o termino da reação. O volume do meio
reacional foi reduzido a pressão reduzida (2/3 do volume), e após a adição de gelo
57175
foi verificado a precipitação do produto, que foi filtrado a vácuo e lavado com água
gelada.
Metodologia de obtenção do
s clorobenzoil)carbonohidrazida (LASSBio-1704); (43a) (fórmula 28):
CI (54)
EtOHI Hclcatl t.a.
3hl53%
O composto 43a foi obtido a partir da condensação da hidrazida 54 com 2-
hidroxibenzaldeído com rendimento médio de 53%. Aspecto físico: sólido branco.
PF= >250ºC
10 • RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6J: 8 10,65 (s, 1H, Hb); 10,30 (s, 1H, Hc); 10,02
(si, 1 H, OH); 8,98 (s, 1 H, He); 8,22 (s, 1 H, N=CH); 7,91 (d, 2H, H2'e H6',
J=8Hz); 7,84 (d, 1H, H2); 7,57 (d, 2H, H3'e H5', J=8Hz); 7,17 (t, 1 H, H4,
J=6Hz); 6,88-6,81 (m, 2H, H3 e H5)
• RMN 13C (50 MHz, DMSO-d6J ô (ppm): 165,2 (Cd, C=O), 156,0 (Ca, C=O);
15 155, 1 (N=CH); 136,5 (C6); 131,5 (C4'); 130,4 (C1 '); 129,3 (C2'e C6'); 128,5
(C3'-C5'e C2); 127,1(C4);120,2 (C1); 119,17 (C5); 116,0 (C3)
• IV (KBr) cm·1: 3309 (D NH); 1701 e 1545 (D C=O); 1664 e 1484 (õ N-H);
1011 (õ Ar-CI)
• MS (m/z): 331
CI
58/75
• Pureza (HPLC): 98,02%
Metodologia de obtenção do (E)-1-(3-hidroxibenzilideno)-5-(4-
clorobenzoil)carbonohidrazida (LASSBio-1709); (43b) (fórmula 29):
(54) EtOH/ Hcl0./ ta.
4h/91%
o e e H
H H ,......-Nyd N......_4
N N H
b o
(43b}
O composto 43b foi obtido a partir da condensação da hidrazida 54 com 3-
hidroxibenzaldeído em rendimento de 91 %. Aspecto físico: sólido branco. PF= 225-
227°C
• RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6): õ 10,62 (s, 1 H, Hb); 10,28 (s, 1 H, Hc); 9,47 (s,
10 1H, OH); 9,12 (s, 1H, He); 7,90 (d, 2H, H2'e H6', J=4Hz); 7,80 (s, 1H, N=CH);
7,57 (d, 2H, H5'e H3', J=4Hz); 7,17 (m, 3H, H3, H4 e H5); 6,77 (d, 1H, H2)
• IV (KBr) cm·1: 3342 (D NHCO); 1692 (D C=O); 1655 (D N-H); 1015 (D Ar-CI)
• MS (m/z):331
• Pureza (HPLC): 98.93%
15
Metodologia de obtenção do (E)-1-(4-hidroxibenzilideno)-5-(4-
clorobenzoil)carbonohidrazida (LASSBio-1706); (43c) (fórmula 30):
59175
ffº ~-)V~'""• ·~ d· ~' ~ ~_j'iY~'·U" ' :_ ' li 0~ 1 2· b g l 4
CI O ... Cl 4· # 6 # OH (54) EtOHI Hcl.a1/ ta. :r 5
3h/ 86% (43C)
O composto 43c foi obtido a partir da condensação da hidrazida 54 com 4-
hidroxibenzaldeído obtendo rendimento de 86%. Aspecto físico: sólido branco. PF=
223-225ºC
s • RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6J: õ 10,49 (s, 1 H, Hb); 10,28 (s, 1 H, Hc); 9,77 (s,
1 H, OH); 8,92 (s, 1 H, He); 7,90 (d, 2H, H2'e H6', J=8Hz); 7,79 (s, 1 H, N=CH);
7,59 (m, 4H, H3'-H5' e H2 e H6); 6,77 (d, 2H, H3 e H5)
• RMN 13C (50 MHz, DMSO-d6) õ (ppm): 165,2 (Cd, C=O); 158,7 (Ca, C=O);
155,3 (N=CH); 141,2 (C4); 136,5 (C4'); 131,5 (C2'e C6'); 129,3 (C2 e C6);
10 128,5 (C3-C5 e C1 '); 125,6 (C3'e C5'); 115,4 (C1)
• IV {KBr) cm·1: 3369 (D NH); 1701 (D C=O); 1651 (D N-H); 1014 (D Ar-CI)
• MS {m/z): 331
• Pureza {HPLC): 99.67%
1s Metodologia de obtenção do {E)-1-(4-(trifluormetil)benzilideno)-5-(4-
clorobenzoil)carbonohidrazida (LASSBio-1737); (43d) (fórmula 31):
CI (54)
EtOHf HclcatÍ t.a.
4h/84%
60175
O composto 43d foi em a partir da condensação da hidrazida 54 com 4-
triflorometilbenzaldeído obtendo rendimento de 84%. Aspecto físico: sólido branco.
PF:;: 201-204ºC
s • RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6J: ô 10,95 (s, 1H, Hb); 10,34 (s, 1H, Hc); 9,24 (s,
1 H, He); 8,05 (d, 2H, H2 e H6, J:;: 8Hz); 7,96 (d, 2H, H2'e H6', J=8Hz); 7,90
(s, 1H, N=CH); 7,35 (d, 2H, H3 e H5, J=8Hz); 7,59 (d, 2H, H3'e H5', J=8Hz)
• RMN 13C (50 MHz, DMSO-dG) õ (ppm): 165,2 (Cd, C=O); 155,0 (Ca, C:;:Q);
139, 1 (N=CH); 138,5 (C4); 136,5 (C3 e C5); 131,4 (C2 e C6); 129,30 (C2'e
10 C6'); 128,5 (C3'e C5'); 127,3 (C4'); 125,3 (C1); 125,3 (C1'); 121,4 (ÇF3)
15
• IV (KBr) cm-1: : 3338 (D NH); 1701 (D C:;:Q); 1663 (D N-H); 1015 (D Ar-CI);
1131 e 1100 (C-F)
• MS (m/z): 383
• Pureza (HPLC)= 99, 12%
Metodologia de obtenção do (E)-1-(4-clorobenzoil)-5-((5-nitrofuran-2-
il)metileno)carbonohidrazida (LASSBio-1491); (43e) (fórmula 32):
61/75
o e e H H H /Nyd N......._ _,,?
~ N
b o 3 CI
~,.,~I(~'""' ·3u--. s· 1
o ..... EtOH/ Hcl0 atl t.a. CI 4·
3•
(54) 4hl87% {43e)
O composto 43e foi obtido a partir da condensação da hidrazida 54 com 2-
nitrofuraldeído em rendimento de 87%. O composto foi recristalizado com etanol.
Aspecto físico: sólido amarelo. PF= 217-220ºC
s • RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6): 3 11,24 (s, 1 H, Hb), 10,39 (s, 1 H, Hc); 9, 12 (s,
1 H, He); 7,91 (m, 3H, N=CH e H2'e H6'); 7,80 (d, 1 H, H3, J=4); 7,58 (d, 2H,
H3'e H5', J=8); 7,31 (d, 1H, H4, J=4)
• RMN 13C (50 MHz, DMSO-d6) ô (ppm): 165,32 (Cd, C=O); 154,57 (Ca, C=O);
152,84 (N=CH); 152,40 (C2); 136,69 (C4'); 131,38 (C1 '); 129,38 (C2'e C6');
10 129,22 (C1); 128,62 (C3'e C5'); 115, 16 (C3); 112,62 (C4)
• IV (KBr) cm-1: 3246 (D NH); 1659 e 1504 (D C=0);1596 e 1351 (õ Ar-N02);
1015 (õ Ar-CI)
• MS (m/z): 350
• RMN 1H com troca por 0 20(500 MHz, DMSO-d6): 7,96 (m, 3H, N=CH e H2'e
15 H6'); 7,81(s, 1H, H3); 7,66 (d, 2H, H3'e H5', J=10Hz); 7,32 (s, 1H, H4)
• Pureza( HPLC): 98.31 %
62175
Considerando que a novidade da presente invenção está conteplada nas séries
Ili e IV, apresentamos a fórmula geral abaixo:
Formu1a 1 (isômeros E e/ou Z)
1. Sendo X= O; S; NH; X1 =O; S: NH;
s Ar= arila ou heteroarila com substituintes W1 e/ou W2 nas posições orlo, e/ou
meta e/ou para; sendo W1 e W2 = grupos elétron retiradores e/ou elétron
doadores, sendo preferencialmente um grupo H, F, Cl, Br, OCH3, OCH3,
OC2H5, OCH(CH3)2, OC(CH3)3; OCF3; N02; C02H; CN; CF3; CHF2; CHF2;
NH2, NHCH3, NHC2H5, NHCH(CH3)2, NH(CH3)3, N(C2H5)2, N(CH3)2, CH3;
10 etila, propila, isopropila, butila, sec-butila e ter-butila.
15
20
Resultados Farmacológicos:
Atividade tripanomicida:
Metodologia Utilizada:
Culturas de T. cruzi. Para o ensaio de atividade antiproliferativa, epimastigotas de
T. cruzi (cepa Tulahuen 2) foram cultivadas a 28 ºCem meio axênico consistindo de
infusão de cérebro coração (33 g / L), triptose (3 g I L), hemina (0,02 g I L), D-(+ )
glicose (0,3 g / I), estreptomicina (0,2 g / I) e penicilina (200.000 UI L), suplementado
com 10% de soro fetal bovino. [14] Todas as culturas e todos os testes foram
realizados em condições aeróbias. Em todos os testes foi trabalhado com parasitas
em fase de crescimento exponencial (culturas utilizadas 5-7 dias de crescimento,
5
10
15
63175
começando no dia O de um anel de 5 milhões de parasitas I mL). Todos os
resultados são a média de pelo menos três experimentos independentes.
Medida da atividade antiproliferativa [15]. Foi preparado uma suspensão de
parasitas (cepa Tulahuen 2) com uma concentração de 4 milhões de células I mL e
inoculado 0,6 mL I poço em 24 poços da placa. Realizou-se também diluições do
composto em estudo em DMSO a partir de uma solução estoque 200 mM preparada
na hora e imediatamente adicionado a cada poço (5 uL I poço). Os parasitas foram
incubados com os compostos a 28 º C durante 5 dias. O crescimento dos parasitas é
monitorada medindo-se o aumento da absorvância a 61 O nm, que é proporcional ao
número de células [1]. A inibição percentual é calculado como:% ::; {1 - [(Ap - AOp) I
(Ac - AOc)]} x 100, onde p é A61 O da cultura contendo o composto no dia 5; AOp é
A61 O da cultura contendo o composta imediatamente após a adição do composto
(dia O), Ac é A610 da cultura na ausência de composto (controle negativo) no dia 5;
AOc é A61 O, na ausência do composto no dia O. O IC50 corresponde à concentração
de composto capaz de causar uma inibição de 50% de crescimento. Isso é
determinado pela plotagem% de inibição de crescimento em comparação Log
(concentração), ajustando os pontos de uma curva sigmoidal de Boltzmann. Cada
experimento foi repetido três vezes interdias e IC50 é calculado como o empregado
com o crn-1.
20 - Foi realizado teste de atividade tripanomicida dos novos derivados das séries Ili e
IV, onde todos compostos foram testados ín vitro contra as formas epimastigotas de
cepas Tulahuen 2 de T.cruzí. Sua capacidade de inibir o crescimento do parasita foi
avaliada em 25µM, em comparação com o padrão da droga nifurtimox, onde foi
64175
calculada a porcentagem de inibição do crescimento e posterior determinação da
potência tripanomicida, obtendo os seguintes resultados:
Série Ili Série IV
Compostos ICso ,., '
LASSBio· 1493 >>>25
LASSBio-1705 >>>25
LASSBio-1708 >>25
LASSBio-1707 >>>25
LASSBio-1736
A avaliação dos compostos das séries Ili e IV, conforme tabela 8A acima, mostrou
s atividade tripanomicida para os compostos testados em concentrações superior a 25
DM. LASSBio-1703 e LASSBio-1491, foram selecionados para determinação da
potência tripanomicida apresentando valores de Cl50 de 56,7 e 62, 3 DM,
respectivamente.
10 Estudo da atividade leishmanicida
A citotoxicidade é um dos parâmetros biológicos mais comumente avaliado após a
manipulação experimental, visto que pode ser facilmente medido, além de seguir ao
paradigmada dose-dependência de Paracelso (Cho et ai., 2008) e predizer o grau de
toxicidade para a célula indicando a real possibilidade de uso. No presente trabalho,
1s foi investigado a citotoxicidade das séries de derivados hidrazida-N-acilidrazônicos
sobre as células de mamíferos pelo método de dosagem de lactato desidrogenase
em culturas de macrófagos da linhagem J77 4 e sobre as formas promastigotas e
65175
amastigota de Leishmania sp, tratadas com as substâncias testes por um período de
48 horas.
Metodologia Utilizada:
Determinação da viabilidade celular: Macrófagos da linhagem J774 foram
s cultivados em triplicatas em placas de 48 poços, na concentração de 1,5 x 105
células/poço e incubadas em estufa a 37 ºC com atmosfera úmida contendo 7% de
C02 por 4 horas, para adesão dos macrófagos ao plástico. Em seguida, os poços
foram lavados para remoção das células não aderentes e foram acrescentadas as
diferentes concentrações das substâncias a serem testadas. Os poços controles
10 foram células cultivadas somente com meio de cultura e 2 mM de L-glutamina
(Rache) ou células cultivadas na presença do diluente das substâncias (DMSO,
Sigma). A viabilidade celular foi determinada pelo ensaio do MTT (Hussain et ai.,
1993).
Manutenção de macrófagos: Macrófagos da linhagem J774 foram mantidos em
15 garrafas de cultura em 5 mi de meio DMEM com soro. No momento do uso, as
células foram contadas, ajustadas em meio DMEM suplementado com 10% de SFB
na concentração de 3 x 105 células/ml e 500 µL dessa suspensão foi distribuída em
placa de 48 poços (Nunc, Denmark) para realização de ensaios do MTT (Hussain et
ai., 1993). Macrófagos foram obtidos também de lavado peritoneal de camundongos
20 Balb/c estimulados com tioglicolato 3%. Macrófagos peritoneais foram plaqueados
na proporção de 3 x 105 células /poço de placa de 24 poços com lamínulas. Os
macrófagos peritoneais foram infectados com formas promastigotas na fase
estacionária de crescimento, numa proporção de 1 O parasitas: 1 macrófago. A placa
foi incubada por 12 horas em estufa de a 37 ºC com atmosfera úmida contendo 7%
2s de C02 . Após 12 horas de infecção, os macrófagos foram "lavados" com solução
66175
salina com fosfatos (PBS, pH 7,2), para remoção dos parasitas não interiorizados.
Os macrófagos foram cultivados com RPMI suplementado com 2 mM del-glutamina,
na presença ou não de diferentes concentrações do(s) composto(s) e foram
mantidas em estufa a 37 ºC com atmosfera úmida contendo 7% de C02 por 1 dia.
s O "screening" das substâncias com atividade leishmanicida foi feito por método de
cultura direta sobre o parasita, inicialmente em promastigota, pois a avaliação em
amastigota é mais demorada e trabalhosa. Os derivados foram avaliados nas
concentrações de 100 µM (A) e 1 O µM (B) sobre o crescimento de formas
promastigotas de L. major (106 células/poços), conforme demostrado na figura 3.
10 A partir dos dados obtidos, a substância LASSBio-1491 foi selecionada como
representativa das séries (Figura 3) para a realização dos demais experimentos
sobre formas amastigotas e efeito leishmanicida in vivo.
Tabela 11. Efeito dos derivados hidrazida-N-acilidrazona da série Ili sobre a
viabilidade de macrófagos da linhagem J77 4 no ensaio de MTT e sobre formas
15 promastigotas de L. major.
Promasti otas de L~ rna or
Substância Citotóxicidade Ci11:otóxi cid:aid lndicede
CLSO e IC95º/,~ Máxima e Máxima (µM)' ( .. lo ;:t; erro (º/o± er-r"ô Seletivi;d.::u::le
adrão • CL50 -e IC95º/ori, adrão b
M~ltefosin.:~ > 100 NT 3.1 (2.3--3.8µM) 88.1±0.1·- 32
Pentiml idin;;::1 > 100 NT 0,8 (0,3 - 1 .3µM) 72,6 ± 2,0·· 125
Nffurt~mox > 100 NT 0.9(0,7-1,1µM) 94,1 ± 0,6--""' 111
74.1 (62.3-Nítrofur<>1zona 85,9) 77,8 ± 1.e- 0•100 NA
67175
A avaliação da atividade leishmanicida na forma promastigota do L. major dos
compostos da série Ili, indicou que LASSBio-1493, LASSBio-1703, LASSBio-1705,
LASSBio-1707, LASSBio-1708, LASSBio-1736, tiveram um alto índice de
seletividade para as células parasitárias, com destaque para a atividade de
s LASSBio-1493 e LASSBio-1705, que foram ativos na ordem de nM (nanomolar).
Tabela 12. Efeito dos derivados hidrazida-N-acilidrazona da série IV sobre a
viabilidade de macrófagos da linhegem J774 no ensaio de MTT e sobre formas
promastigotas de L. major.
Macrófa os
Substâricra CL5GeJC95%{~Ml'
Mil!efosina >100
Pentamidina > 100
Nifurtirnox .'> 100
Crtotoxicidade Máxima
%±erro adrão ~
NT
tlJT
NT
Nitrofurazona 74,1(62,3-85,9} 77,8± 1,9·~
LASSBio 1064 > 100 NT
Promas i otasd L ma·or
CL50 e fC95%•
3,1(2,3-3,8µM)
0,8 (0,3 - 1,3µM)
0,9(0,7-1,1µM)
>100
>100
Cltotóxicldade Máxima
%±erro adrão b
88,1±0,1''*
72,6± 2,0*'
94,1 ± O,ô"
NA NA
lridicede
Seletlvidade
32
125
111
68/75
Analisando os resultados encontrados para os compostos da série IV, podemos
destacar a atividade leishmanicida de LASSBio-1491, LASSBio-1706 e LASSBio-
1709, que possuíram eficácia similar aos padrões Miltefosina e Pentamidina.
De acordo com os resultados obtidos, os novos derivados hidrazida_N--
s acilidrazônicos apresentaram pronunciada atividade anti-promastigota contra L.
major, destacando-se os derivados LASSBio-1489, LASSBio-1490, LASSBi- 1699,
LASSBio-1493, LASSBio-1705, LASSBio-1706, LASSBio-1707, LASSBio-1708,
LASSBio-1709, LASSBio-1736, que apresentaram eficácia anti-leishmania similar ao
fármaco miltefosina, com destaque aos compostos LASSBio-1493 e LASSBio-1705
10 elevada potência leishmanicida na ordem de nM.
N itrofuzarona
1s Nitrocompostos podem exercer a sua ação leishmanicida por uma via de redução do
grupo nitro e à subseqüente interação dos produtos formados com biomoléculas
essenciais do parasito, gerando desta forma dano causado por estresse oxidativo. A
formação dos radicais livres provenientes do processo de biorredução do grupo nitro
pode resultar em peroxidação de membranas biológicas e proteínas, inibição de
20 enzimas e danos ao DNA (Paula et ai., 2009; Rando et ai., 201 O).
Observou-se que a nitrofuzarona apresenta toxicidade para macrófagos da linhagem
J774 (Tabela 10) com CL50 de 74, 1 (62,3 - 85,9) µMe efeito tóxico máximo de 77,8
± 1,9%, e não possui atividade leishmanicida contra formas promastigotas de L.
69175
major até a concentração de 100 µM, fato que evidencia a importância da porção
clorofenila e da subunidade aril-hidrazida de LASSBio-1491 para atividade anti
promastigota contra L. major. Além disso, o derivado LASSBio-1491 não possui a
mesma ação deletéria que a nitrofuzarona para célula hospedeita (Tabela 12).
s O nifurtimox é um 5-nitrofurano que tem sido uma das alternativas farmacológicas
para o tratamento da doença de Chagas e outras tripanosmiases. No entanto, o
mecanismo de ação deste fármaco está parcialmente desvendado e envolve a
indução de estresse oxidativo (Wilkinson, 2011) devido à formação de radicais
nitroanion por nitroredutases, que na presença de oxigênio, gera intermediários
10 ativos tóxicos para o Ttypanosoma cruzi. A atividade leishmanicida do nifurtimox é
conhecida desde a década de 70 (Mattock & Peters, 1975). Como esperado, neste
trabalho observou-se a elevada potência e eficácia contra formas promastigotas de
contra L. major deste fármaco, com Cl50 de 0,9 (O, 1 - 1, 1) µM e efeito máximo de
94, 1±0,6%.
1s Após seleção de LASSBio-1491 como representaivo das séries de novos derivados
hidrazida N-acilidrazona foii avaliada seu efeito leishmanicida frente a outras
espécies de lelshmania. Para este fim, determinou-se sua concentração inibitória
50% (Cl50) (Tabela 12), no ensaio de viabilidade sobre formas promastigostas de L.
amazonensis, L. braziliensis e L. chagasi em várias concentrações (100, 50, 25, 1 O,
20 1, O, 1, 0,01, 0,001 e 0,0001 µM).
Para a realização dos experimentos de avaliação da atividade anti-promastigota das
substâncias, utilizou-se como fármacos de referência a miltefosina e pentamidina
para os ensaios com L. major e a pentamidina para as espécies de L. amazonenses,
L. brazi/iensis e L. chagasi. A miltefosina, uma análogo da lecitina, foi o primeiro
70175
fármaco a ser ativo por via oral para duas formas clínicas de leishmaniose (cutânea
e visceral) e seu mecanismo de ação parece envolver a inibição da biossíntese de
fosfatidilcolina no parasito e as reações adversas mais comuns associadas a
intervenção terapêutica inclui severa toxicidade gastrointestinal e aumento nos
s níveis de aspartato aminotransferase, alanina aminotransferase e creatinina
(Berman, 2005; Bhattacharya et ai., 2007). Pentamidina tem sido usada como a
segunda linha de tratamento para as leishmaniones desde os anos 40. O
mecanismo de ação antileishmania da pentamidina, possivelmente inclui inibição da
biossíntese de poliaminas, ligação ao DNA, efeitos no potencial de membrana
10 interno mitocondrial, no entanto ainda não foi claramente definido (Bray et ai., 2003).
A alta toxicidade deste fármaco é um fator limitante de seu emprego terapêutico.
Dentre seus principais efeitos adversos e colaterais, estão a hipoglicemia,
hipotensão, alterações cardiológicas e nefrotoxicidade (Rath et ai., 2003).
Tabela 13. Determinação da potência e eficácia de derivados contra formas
15 promastigotas de L. major, L. amazonensís, L. brazílíensise L. chagasi.
Substãn- Ciso do crescimento e IC 95% (µM)ª Efeito Máximo± erro padrão(%
e concentração)b e ias Lm La Lb Lc Lm La Lb Lc
3, 1 (2,3 88,1 ±
Miltefosina -3,8 - - - 0,1** - - -µM)
0,8 (0,3 95,7 (84,4 25,5 11,9 74, Pentamidin
-1,3 -106,9 (20,3- (8,8- 72,6 ± 94,9± 68,8 ± 6±
a µM) nM) 30,7 15,0 2,0 ** 0,2 ** 0, 1** 0,2 µM) µM) **
7,5 (6,2 8, 1 (73,5 31,4 19,9 75,
LASSBio (17,2 - (19,4- 68,4 ± 80,0 ± 78,0 ± 7± 1491
-8,7 -88,4 45,6 20,4 0, 1 ** 1,4 ** 0,2** 0,4 µM) nM) µM) µM) **
3,7 (3,4 25, 1 LASSBio -4,0 0,8 (0,6 - (24,3- > 100 67,5 ± 94,6 ± 58,9 ± NA
1492 µM) 0,9 µM) 25,9 µM 0, 1 ** 0,4** 1,9** µM)
ª Concentração Inibitória de 50% calculada através de curvas concentração-resposta e o intervalo de confiança de 95%; b média do efeito ± erro padrão da média em triplicatas de um experimento representativo. Os valores de efeito máximo foram considerados significativos quando*p < 0,05, **p <
71/75
0,01 em relação ao grupo DMSO O, 1 %; NA: substância não apresenta atividade leishmanicida significativa até a concentração de 100 µM em relação ao grupo DMSO O, 1 %.
Lm (L. major), La, (L amazonenses), Lb(L. brazi/íensis); Lc (L. chagasí)
5 Os resultados obtidos sugerem que a substância apresentam um padrão de
atividade leishmanicida concentração independente. Tal atividade pode ser devido a
perda de seletividade e conseqüente interação com sistemas do parasito que
atenuem a atividade leishmanicida destes compostos. Além disso, LASSBio-1491
apresentou maior potência leishmanicida para as formas promastigotas das
10 espécies de L. major, L. amazonensis e L. chagasi. Para L. amazonensis LASSBio-
1491 apresentou maior potência leishmanicida que o fármaco pentamidina.
Sabe-se que diferenças de sensibilidade de compostos a várias espécies de
Leishmania têm sido relatadas na literatura. Escobar e colaboradores (2002), por
exemplo, demonstraram diferenças de sensibilidade analisando miltefosina,
15 edelfosina e anfotericina B em diferentes espécies desse parasito. Os autores
verificaram que as formas promastigotas e amastigotas de L. panamensis, L.
mexicana e L. major possuem menor sensibilidade à miltefosina e edefolsina do que
L. tropica, L. aetiopica, L. panamensis e L. donovani. Machado e colaboradores
(2007) observaram valores de lC5o de pentamidina contra formas promastigotas de
20 L amazonensis (strain MHOM/BR/77/LTB0016), L. braziliensis (MCAN/BR/98/R619),
L. chagasi (MCAN/BR/97/P142) e L. major (amostra de cachorro) de 4,7 ± 1,6, 13,4
± 1,4, 34,2 ± 2,5 e 11,5 ± 0, 1 µg/ml (determinação em câmara de Neubauer). Neste
estudo, verificamos que a pentamidina mostrou a seguinte ordem decrescente de
atividade contra formas promastigotas do parasito: L. amazonensis>L. major>L.
25 chagasi e L. braziliensis. A discordância entre os resultados encontrados neste
estudo e os dados observados por Machado e colaboradores (2007) com relação a
72/75
resposta leishmanicida da pentamídina contra L. major, L. amazonenses, L.
braziliensis e L. chagasi se deve ao uso de cepas diferentes e por diferenças
metodológicas no ensaio de avaliação da viabilidade de formas promastigotas.
Evidenciou-se que LASSBio-1491 possue atividade anti-promastigota contra todas
s as espécies (L major, L. amazonensis, L. braziliensis e L. chagas1): com efeito
máximo de 68,4±O,1, 80,0 ± 1,4, 78,0 ± 0,2, 75,7 ± 0,4 e potência de Ciso 7,5 (6,2 -
8,7 µM), 8, 1 (73,5 - 88,4 nM), 31,4 (17,2 - 45,6 µM), 19,9 (19,4 - 20,4 µM),
respectivamente.
Uma vez, tendo sido ativa contra as formas promastigotas de pelo menos três das
10 quatro espécies de Leishmania (L. major, L. amazonensis, L. braziliensis e L.
chagas1), a substância LASSBio-1491 foi selecionada para avaliação da atividade
leishmanicida em várias concentrações (100, 50, 25, 1 O, 1 e O, 1 µM) em modelo de
infecção em lamínula para mensurar a possível inibição sobre a forma intracelular do
parasito (amastigota) de L. major, visto que essa são as formas presentes no
15 hospedeiro vertebrado. A Tabela 14 expõe a Ciso bem como a eficácia máxima da
substância-teste em estudo contra formas amastigotas de L. major e para
diminuição do número de macrófagos infectados.
Tabela 14. Determinação da potência e eficácia máxima do derivado LASSBio-1491
20 e do padrão pentamidina no ensaio de viabilidade de formas amastigotas de L.
major.
Cl50 e IC 95% Efeito Máximo (l..1M)ª (% ± erro padrão)b
Substâncias Amastigotas de Macrófagos Amastigotas Macrófagos L. major infectados de L. major infectados
Pentamidina 11,8 (0-56,3) >100 63,2 ± 12,9* 42,5 ± 4,5*
LASSBio 1491
LASSBio 1492
7,9 (O- 18,7)
>100
73175
27,4 (O - 59,7)
>100
60,8 ± 1,9* 53,5 ± 2,5*
NA NA
ª Concentração Inibitória de 50% calculada através de curvas concentração-resposta e o intervalo de confiança de 95%; b média do efeito± erro padrão da média na respectiva concentração na qual se observou a resposta máxima em triplicatas de um experimento representativo. Os valores de efeito máximo foram considerados significativos quando*p < 0,05, **p < 0,01 em relação ao grupo DMSO
5 O, 1 %; NA: substância não apresenta atividade leishmanicida significativa até a concentração de 100 µM em relação ao grupo DMSO.
No ensaio para avaliar a taxa de infecção dos macrófagos, a substância LASSBio-
1491 apresentou-se muito eficiente em reduzir a infecção de macrófagos, bem como
10 número de amastigotas por macrófago com IC5o (IC95%) de 27,4 (O - 59,7) µM e
efeito máximo de 53,5 ± 2,5%. Além disso, essa substância-teste apresentou
eficácia contra amastigotas de L. major (porcentagem de inibição do crescimento de
amastigota de 60,8 ± 1,9%) similar a da pentamidina (63,1 ± 12,9%).
A substância LASSBio-1491, é uma hidrazida-N-acilidrazona nitrada (presença do
15 substituinte 4-nitrofurano na função imina). Por ser um nitrocomposto, é importante
considerar que essa substância também pode exercer a sua ação por uma via de
redução do grupo nitro (em meio aeróbico ou anaeróbico) e à subseqüente interação
dos produtos formados, a partir desta reação, com biomoléculas essenciais de
bactérias, fungos e parasitas. Assim, devido ao aumento da concentração
20 intracelular de nitrocompostos, maior quantidade de radicais livres é gerada e,
conseqüentemente, maior é o dano causado pelo estresse oxidativo. A formação
dos radicais livres provenientes do processo de biorredução do grupo nitro pode
resultar em peroxidação de membranas biológicas e proteínas, inibição de enzimas
e danos ao DNA (Paula et ai., 2009; Rando et ai., 201 O), não descartando-se a
25 possibilidade de eventos estarem correlacionados ao mecanismo de ação de
LASSBio-1491.
74175
Para verificar a real aplicação terapêutica das séries de derivados hidrazida-N
acilid razonas foi selecionado LASSBio-1491, como represenativo das séries
estudadas, para determinar seu efeito leishmanicidain vivo. Para tanto, este
composto foi estudado em modelo murino de leishmaniose, utilizando como
s fármaco-padrão o antimoniato de meglumina (Glucantime®; 30 µmal/kg/dia, i.p.),
visto que o mesmo é conhecidamente ativo neste modelo e é um fármaco de
primeira escolha para o tratamento clínico da leishmaniose (Pereira et ai., 201 O). A
despeito do extenso uso do antimoniato de meglumina com continente americano
seu mecanismo de ação, da mesma forma que de outros antimanias pentavalentes,
10 como o estibogluconato de sódio, ainda permanece obscuro. Tem sido sugerido que
os antimoniais pentavalentes são pró-fármacos que são ativados a sua forma
trivalente através de redução intracelular (Baiocco et ai., 2009).
A Figura 4 mostra o resultado do tratamento na progressão da lesão na orelha
infectada com 105 promastigotas de L. major de camundongos Balb/c tratados com
15 PBS, antimoniato de meglumina (30 µmal/kg/dia, i.p.), LASSBio-1491 e o
intermediário de síntese: LASSBio-1492 (1 O µmal/kg/dia, i.p.).
Como pode ser observado na figura 4, a evolução das lesões do grupo submetido
apenas ao tratamento com LASSBio 1492 se mantém igual às do grupo controle
durante todo o experimento. Camundongos tratados com o antimoniato de
20 meglumina (30 µmol/kg/dia, i.p.) ou com LASSBio-1491 (1 O µmol/kg/dia, i.p.)
apresentaram uma redução no tamanho da lesão na terceira semana após o início
do tratamento (quarta semana de infecção, respectivamente).
Após 35 dias de tratamento os animais foram sacrificados e a carga parasitária foi
determinada nas orelhas infectadas e nos linfonodos drenantes dos animais tratados
75/75
com PBS, antimoniato de meglumina (30 µmol/kg/dia, i.p.) LASSBio-1491 e
LASSBio-1492 (ambos10 µmol/kg/dia, i.p.) (Figura 5A e 58).
Com relação à carga parasitária, observou-se que o antimoniato de meglumina e a
substância LASSBio-1491 foram capazes de diminuir o número de parasites na
s orelha, e que todos os tratamentos (antimoniato de meglumina, LASSBio-1491 e
LASSBio-1492) foram capazes de reduzir a carga parasitária no linfonodo drenante.
Os resultados obtidos no modelo de infecção in vivo mostram ainda que a despeito
de LASSBio-1492 não ter apresentado diminuição da espessura da lesão (resultado
da resposta pró-inflamatória), além de não ter sido evidenciada atividade anti-
10 amastigota em modelo de infecção de macrófagos em lamínula com L. major
(Tabela 14), ainda assim apresenta expressiva redução da carga parasitária no
linfonodo drenante.
Em conjunto estes resultados, permitiram destacar a substâncias LASSBio-1491
como um promissor protótipo a fármaco leishmanicida, pois apresentou atividade
15 anti-promastigota direta contra quatro espécies de Leishmania (L. major, L.
amazonensis, L. braziliensis e L. chagas1) e anti-amastigota contra L. major, também
foi capaz de diminuir o número de macrófagos infectados in vitro e aumentar a
produção de óxido nítrico por esses macrófagos, além de apresentar pronunciada
atividade leishmanicida in vivo contra L. major.
1/15
REIVINDICAÇÃO
1) COMPOSTOS HIDRAZIDA-N-ACILIDRAZONAS, particularmente do
planejamento da série de compostos hidrazida-N-acidrazonas com o objetivo de
s gerar um princípio ativo para composições farmacêuticas voltadas ao tratamento de
Leishmaniose e/ou Doença de Chagas, CARACTERIZADO POR a substância
LASSBio-1491ser uma hidrazida-N-acilidrazona nitrada, presença do substituinte 4-
nitrofurano na função imina e pelo composto LASSBio-1492 ser 2-(2,4-
diclorobenzoil)hidrazidacarboxilato de fenila; obtém-se um novo padrão molecular
10 que conjuga as propriedades leishmanicida e tripanomicida, conforme representado
na estrutura molecular:
Formula 1 (isômeros E e/ouZ) , sendo x =O; s; NH; X1 =o; S:
NH; Ar= arila ou heteroarila com substituintes W1 e/ou W2 nas posições orto, e/ou
meta e/ou para; sendo W1 e W2 = grupos elétron retiradores e/ou elétron doadores,
15 sendo preferencialmente um grupo H, F, CI, Br, OCH3, OCH3, OC2H5, OCH(CH3)2,
OC(CH3)3; OCF3; N02; C02H; CN; CF3; CHF2; CHF2; NH2, NHCH3, NHC2H5,
NHCH(CH3)2, NH(CH3)3, N(C2H5)2, N(CH3)2, CH3; etila, propila, isopropila, butila,
sec-butila e ter-butila.
2) COMPOSTOS HIDRAZIDA-N-ACILIDRAZONAS de acordo com a reivindicação
20 1, CARACTERIZADO POR um nitrocomposto capaz de exercer a sua ação por uma
2115
via de redução do grupo nitro e à subseqüente interação dos produtos formados, a
partir desta reação, com biomoléculas essenciais de bactérias, fungos e parasitos; o
aumento da concentração intracelular de nitrocompostos, gera maior quantidade de
radicais livres.
s 3) COMPOSTOS HIDRAZIDA-N-ACILIDRAZONAS, de acordo com as
reivindicações 1 e 2, CARACTERIZADO POR os compostos LASSBio-1111
(leishmanicida) e LASSBio-1064 (tripanomicida), após hibridação da subunidade aril
hidrazida de LASSBio-1111 com a acilidrazona funcionalizada de LASSBio-1064,
gerar um novo padrão molecular produzindo um composto que conjuga as
10 propriedades leishmanicida e tripanomicida.
4) PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COMPOSTOS HIDRAZIDA-N
ACILIDRAZONAS, CARACTERIZADO POR o processo incluir o planejamento da
série de derivados hidrazida-N-acilidrazona funcionalizados, realizado mediante
hibridação molecular entre os protótipos LASSBio-1111 (leishmanicida) e LASSBio-
15 1064 (tripanomicida), mediante hibridação da subunidade aril-hidrazida de LASSBio-
1111 com a acilidrazona funcionalizada de LASSBio-1064, obtendo-se um novo
padrão molecular que conjuga as propriedades leishmanicida e tripanomicida,
5) PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COMPOSTOS HIDRAZIDA-N
ACILIDRAZONAS, de acordo com a reivindicação 4, CARACTERIZADO POR
20 eleição dos grupos 4-nitrofurano e 2-hidroxibenxeno como substituintes da função
imina em virtude da maior indicação destes substituintes para a atividade
farmacológica inferida, quando comparado aos demais substituintes,
3/15
6) PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COMPOSTOS HIDRAZIDA-N
ACILIDRAZONAS, de acordo com as reivindicações 4 e 5, CARACTERIZADO
POR substituições por grupos isóstericos ou por grupos doadores e/ou retiradores
de elétrons conectados a um sistema aromático ligada a função imina da
s subunidade N-acilidrazona.
7) PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COMPOSTOS HIDRAZIDA-N
ACILIDRAZONAS, de acordo com as reivindicações 4, 5 e 6, CARACTERIZADO
POR as substâncias LASSBio1491 e LASSBio-1492 serem avaliadas quanto a
atividade leishmanicida em concentrações de 100, 50, 25, 10, 1 e 0, 1 µM, em
10 modelo de infecção em lamínula para mensurar a possível inibição sobre a forma
intracelular do parasito (amastigota) de L. major.
8) PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COMPOSTOS HIDRAZIDA-N
ACILIDRAZONAS, de acordo com as reivindicações 4, 5, 6 e 7,
CARACTERIZADO POR a substância LASSBio-1491, e derivados, com
15 estéreoquímica E ou Z, ou ainda mistura de ambas, reduzir a infecção de macrófagos,
bem como número de amastigotas por rnacrófago.
9) PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COMPOSTOS HIDRAZIDA-N
ACl LIDRAZONAS, de acordo com as reivindicações 4, 5, 6, 7 e 8,
CARACTERIZADO POR a metodologia de obtenção da 2,4-
20 diclorobenzohidrazida (48), de acordo com a fórmula molecular representada
abaixo incluir as seguintes etapas e parâmetros, ampliados ou reduzidos na
mesma proporção:
4/15
o
t.a./ 6h I 63%
CI CI 3'
(47) (48)
- 2,5g (12mmol) de 2,4-diclorobenzoato de metila (47);
- 25ml de etanol;
- 7.3 mi (0.146mols; 12eq) de N2H464%;
s - agitação em temperatura ambiente por 6 horas, ou até a indicação do término da
reação acompanhado por CCF (eluente: diclorometano:metanol 10%);
- redução do volume a vácuo;
- meio de precipitação;
- filtragem a vácuo;
10 - lavagem;
- o processo gera um produto sólido, com rendimento: 63%; PF=
• RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6): o 9,62 ( s, 1 H, Hb); 7,62 (d, 1 H, H6', J= 2Hz);
7,46 (d, 1 H, H5', J= 2Hz); 7,43 (s, 1 H, H3'); 4,52 (s, 2H, NH2);
• RMN 13C (50 MHz, DMSO-d6) õ (ppm): õ 164,73 (C=O); 134,61 (C2'); 134,45
1s (C4'); 131,57 (C6'); 130,48 (C1'); 129,13 (C3'); 127,23 (C5');
• IV (KBr) cm·1: 3309 (D NH); 1663 (D C==O); 1616 (õ N-H);
• Pureza (HPLC): 98.67%.
1 O) PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COMPOSTOS HIDRAZIDA-N-
ACILIDRAZONAS, de acordo com as reivindicações 4, 5, 6, 7 e 8,
20 CARACTERIZADO POR metodologia de obtenção do 2-(2,4-
diclorobenzoil)hidrazidacarboxilato de fenila (LASSBio-1492) (49) de acordo
5115
com a fórmula molecular representada abaixo incluir as seguintes etapas e
parâmetros, ampliados ou reduzidos na mesma proporção:
o o e:
H 2
N_,.....NH2 ()ºYc1 ~/"YºD, H I ~ o ... b o 61 #4 CI CI CHCls/ t.af 7h
80% 3· 5
(48) [49)
- 20 mi de clorofórmio;
s - 4,9ml de fenilcloroformato (6mmol; 1.2eq).
- agitação e adição vagarosa de, suspensão de 1 g (5mmols) de 2,4-
diclorobenzohidrazida em 50 mi de clorofórmio.
- agitação por 7 horas com total consumo do produto de partida,
acompanhada por CCF (eluente:diclorometano:metanol 5%).
10 - adição de 1 O mi hexano na reação, mantendo-a sob agitação;
- filtragem a vácuo e lavagem com hexano obtendo-se o produto 49 com
aspecto físico sólido PF=180-184ºC e Rendimento: 80%:
• RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6J: õ 10,49 (s, 1H, Hb); 10,05 (s, 1H, Hc), 7,74 (d,
1 H, H6', J=2Hz); 7,58-7,14 (m, 5H, H3', H5', H2, H4 e H6); 6,89 (d, 2H, H3 e
1s H5, J=6 Hz);
• RMN 13C (50 MHz, DMSO-d6) õ (ppm): õ 163,12 (Cd, C=O), 154,24 (Ca,
C=O); 150,61 (C2'); 135,42 (C4'), 133,15 (C6'); 131,71 (C1'); 130,54 (C1);
129,51 (C2 e C6); 129,45 (C3 e C5); 127,48 (C3'); 125,44 (C5'); 121,50 (C4);
• IV (KBr) cm-1: 3247 (D NH); 1741e1661 (D C=O); 1033 (D Ar-CI);
20 • Pureza (HPLC): 98.45%.
11) PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COMPOSTOS HIDRAZIDA-N-
ACILIDRAZONAS, de acordo com as reivindicações 4, 5, 6, 7 e 8,
CARACTERIZADO POR a metodologia de obtenção do LASSBio-1493, (50),
6115
representada de acordo com a fórmula molecular abaixo incluir as seguintes
etapas e parâmetros, ampliados ou reduzidos na mesma proporção:
- 0,3g do intermediário 49, 7 mi de etanol, (até total solubilização);
s - 0.6ml de hidrazina hidrato 80% (18mmols;20 eq);
- após o fim da reação por CCF (eluente: diclorometano:metanol 5%);
- redução do volume reacional em rotaevaporados;
- formação de precipitado,que foi filtrada a vácuo sendo obtido o produto com
rendimento de 62%; Aspecto físico sólido e PF=190-194ºC;
10 • RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6): õ 1O,17 (si, 1 H, Hb); 8,24 (s, 1 H, Hc); 7,70 (d,
1H, H6'); 7,60-7,50 (m, 3H, H3', H5'e He); 4,15 {s, 2H, Nl:hl;
• RMN 13C (50 MHz, DMSO-d6) õ (ppm): 165,08 (Ca, C=O); 159,38 ( Cd, C=O);
135,05 (C2'); 133,57 (C4'); 131,75 (C6'); 130,89 (C1 '); 128,38 (C3'); 127,21
(C5');
15 • IV (KBr) cm·1: 3297 (D NH); 1698 (O C=O); 1651 (óN-H); 1041 (DC-CI);
• Pureza (HPLC): 97,56%.
12) PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COMPOSTOS HIDRAZIDA-N-
ACILIDRAZONAS, de acordo com as reivindicações 4, 5, 6, 7 e 8,
CARACTERIZADO POR a metodologia de obtenção do (E)-1-(2-
20 hidroxibenzilideno)-5-(2,4-diclorobenzoil)carbonohidrazida (LASSBio-1705)
(42a), de acordo com a fórmula molecular abaixo, incluir as seguintes etapas e
7/15
parâmetros, ampliados ou reduzidos na mesma proporção:
o
CI (501
EtOHI Hclc•tl t.a. 78%
- obtenção do composto 42a a partir da condensação da hidrazida 50 com 2-
hidroxbenzaldeído com rendimento de 78% com aspecto físico sólido e PF= 210-
s 213ºC;
• RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6J õ (ppm): o 10,66 (s, 1 Hb); 1O,16 (s, 1 Hc);
10,03 (s, 1 H, OH); 9, 11 (s, 1 H, He); 8,23 (s, 1 H, N=CH); 7,92 (d, 1 H, H6', J=
8); 7,73 (s, 1H, H3'); 7,60 (m, 2H, H2 e H5'); 7,20 (t, 1H, H4, J=6); 6,90-6,80
(m, 2H, H3 e H5);
10 • RMN 13C (50 MHz, DMSO·d6) õ (ppm): 165,3 (Cd, C=O); 155,9 (Ca, C=O);
154,8 (N=CH); 139,1(C6);135,1(C2');133,5 (C4'); 131,7 (C6'); 130,8 (C2);
130,5 (C1'); 129,4 (C4)127,3 (C3'); 127,1(C5');120,3 (C1); 119,1(C5);116,0
(C3);
• IV (KBr) cm-1: 3436-1852 (D OH); 3232 (D NH); 1708 (D C=O); 1655 (õ N-H);
15 1046 (DC-CI);
• MS (m/z): 365;
• Pureza (HPLC): 99.83%.
13) PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COMPOSTOS HIDRAZIDA-N·
ACILIDRAZONAS, de acordo com as reivindicações 4, 5, 6, 7 e 8,
20 CARACTERIZADO POR a metodologia de obtenção do (E)-1-(3·
hidroxibenzilideno)·5-(2,4·diclorobenzoil)carbonohidrazida LASSBio·1708)
(42b), de acordo com a fórmula molecular abaixo, incluir as seguintes etapas e
parâmetros, ampliados ou reduzidos na mesma proporção:
CI
8/15
e e H
H H /Nyd N'- # N N
H
b o
1601 EtOH/ Hclca1f t.a.
r 95% (42b) OH
- obtenção do composto 42b a partir da condensação da hidrazida 50 com 3-
hidroxibenzaldeído em rendimento de 95%, resultando em produto de aspecto físico
sólido e PF= 223-225ºC;
s • RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6J õ (ppm): õ 10,62 (s, 1Hb); 10,12 (s, 1Hc); 9,48
10 14)
(s, 1 H, OH); 9,05 (s, 1 He); 7,80 (s, 1 H, N=CH); 7,71 (s, 1 H3'); 7,70-7,50 (m,
2H, H5'e H6'); 7,18 (t, 3H, H2, H3 e H4); 6,76 (d, 1H6);
• MS (m/z): 365;
• Pureza (HPLC): 98.58%.
PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COMPOSTOS HIDRAZIDA-N-
AClLIDRAZONAS, de acordo com as reivindicações 4, 5, 6, 7 e 8,
CARACTERIZADO POR a metodologia de obtenção do (E)-1-(4-
hidroxibenzilideno)-5-(2,4-diclorobenzoil)carbonohidrazida (LASSBio-1707)
(42c), conforme fórmula molecular abaixo, incluir as seguintes etapas e
15 parâmetros, ampliados ou reduzidos na mesma proporção:
Cl
9/15
- obtenção do composto 42c a partir da condensação da hidrazida 50 com 4-
hid roxibenzaldeído em rendimento de 90%, resultando em produto de aspecto físico
sólido e PF= 225-227°C;
• RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6) õ (ppm): õ 10,53 (s, 1H, Hb); 10,16 (s, 1H, Hc);
s 9,83 (s, OH); 9,05 (s, 1 He); 7,84 (s, 1 H, N=CH); 7,76 (s, 1 H, 1 H3'); 7,67 (d,
2H, H2 e H6, J=1 O Hz); 7,58 (m, 2H, H5'e H6'); 6,82 (d, 2H, H3 e H5,
J=10Hz);
• RMN 13C (50 MHz, DMSO-d6) õ (ppm): 165,3 (Cd, C=O); 158,7 (Ca, C=O);
155.0 (N=CH); 141,2 (C4); 135,1 (C2')133,6 (C4'); 131,7 (C6'); 130,8 (C1 ');
10 129,4 (C1); 128,5 (C2 e C6); 127.3 (C3'); 125,5 (C5'); 115,41 (C3 e C5);
• IV (KBr) cm-1: 3362 (D NH); 1694 (D C=O); 1651 (õN-H); 1098 (DC-CI);
• MS (m/z): 365;
• Pureza (HPLC)= 99,84%.
15) PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COMPOSTOS HIDRAZIDA-N-
1s ACILIDRAZONAS, de acordo com as reivindicações 4, 5, 6, 7 e 8,
CARACTERIZADO POR a metodologia de obtenção do (E)-1-(4-
(trifluormetil)benzilideno)-5-(2,4-diclorobenzoil)carbonohidrazida LASSBio-
1736) (42d), conforme fórmula molecular abaixo, incluir as seguintes etapas e
parâmetros, ampliados ou reduzidos na mesma proporção:
o e e H H H
EtOHI Hei'"/ t.a. (50) 58%
/Nyd N......_ .Q 1 ~ N b o 4
CI
(42d) 5
20
10115
- obtenção do composto 42d a partir da condensação da hidrazida 50 com 4-
triflorometilbenzaldeído em rendimento de 58%, resultando em produto com aspecto
físico sólido e PF= 213-216ºC;
• RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6J õ (ppm): õ 10,93 (s, 1H, Hb); 10,17 (s, 1H, Hc);
s 9,34 (s, 1 H, He); 8,07 (d, 2H, H3 e H5, J=1 OHz); 7,97 (s, 1 H, N=CH); 7,77 (s,
1 H, H3'), 7,74 (m, 2H, H2 e H6); 7,55 (m, 2H, H5'e H6');
• RMN 13C (50 MHz, DMSO-d6) õ (ppm): 165,33 (Cd, C=O); 154,71 (Ca, C=O);
139.19 (N=CH); 138,54 (C4); 135,20 (C3 e C5); 133,59 (C2 e C6); 131,77
(C2'); 130,80 (C4'); 128,68 (C6'); 128,05 (C1'); 127,45 (C3'); 127,36 (C5');
10 125,38 (C1); 121,47 (CF3);
• IV (KBr) cm·1: 3555 (D NH); 1703 (D C=O); 1655 (õN-H); 1015 (DC-CI); 1164-
1105 (C-F);
• MS (m/z): 417;
• Pureza (HPLC): 99.84%.
1s 16) PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COMPOSTOS HIDRAZIDA-N-
ACILIDRAZONAS, de acordo com as reivindicações 4, 5, 6, 7 e 8,
CARACTERIZADO POR a metodologia de obtenção do (E)-1-(2,4-
diclorobenzoil)-5-((5-nitrofuran-2-il)metileno)carbonohidrazida (LASSBio-1703)
(42e), conforme fórmula molecular abaixo, incluir as seguintes etapas e
20 parâmetros, ampliados ou reduzidos na mesma proporção:
o
CI [50) EtOHI Hcl 001 / t.a.
87%
o e e H
3 (42e)
11115
- obtenção do composto 42e a partir da condensação da hidrazida 50 com 2-
nitrofuraldeído obtendo rendimento de 87%;
- recristalização com etanol, gerando produto de aspecto físico sólido e; PF= 222-
225ºC
s • RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6) õ (ppm): 11.22 (s, 1 H, Hb) 10,22 (s, 1 H, Hc);
9.18 (s, 1 H, He); 7.86 (s, 1 H, N=CH); 7.79 (d, 1 H, H3, J= 4Hz); 7.71 (s, 1 H,
H3'); 7.57 (m, 2H, H5'e H6'); 7.32 (d, 1H, H4, J=4 Hz);
• RMN 13C (50 MHz, DMSO-d6) õ (ppm): 165,2 (Cd); 154,0 (Ca); 152,7 (C2);
151,2 (N=CH); 135, 1 (C2'); 133,3 (C4'); 131,7 (C1); 130,7 (C6'); 129,3 (C5');
10 129,1(C1');127,2 (C3'); 115,0 (C3); 112,5 (C4);
• IV (KBr) cm·1: 3387 (D NH); 1727 (D C=O); 1667 (õN-H); 1015 (DC-CI); 1244
e 1281 (N=O);
• MS (m/z): 384;
• Pureza: 99.33%.
1s 17) PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COMPOSTOS HIDRAZIDA-N-
20
ACILIDRAZONAS, de acordo com as reivindicações 4, 5, 6, 7 e 8,
CARACTERIZADO POR a metodologia de obtenção dos derivados hidrazida-N-
acilidrazonas da série Ili (43 a-f), conforme fórmula molecular abaixo, incluir as
seguintes etapas e parâmetros, ampliados ou reduzidos na mesma proporção:
o
Cl
(54)
H li .......... NYlll' N NH2
H O EtOHI HCl~•t __....,. w-ArCOH/ta. CI
- O, 1g do intermediário 54, foram adicionados;
H
~/~'-1(~'-NA_Ar•W o {43 a-f)
- agitação em temperatura ambiente, 10ml de etanol e 0.43mmol (1eq) de aldeído;
12/15
- ácido clorídrico concentrado;
- solução sob agitação por 1-4 horas, quando CCF (diclorometano: metanol 5-10%),
ou até indicar o termino da reação;
- redução do volume do meio reacional a pressão reduzida (2/3 do volume);
s - adição de gelo e precipitação do produto;
- filtragem a vácuo e lavagem com água gelada.
18) PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COMPOSTOS HIDRAZIDA-N-
ACILIDRAZONAS, de acordo com as reivindicações 4, 5, 6, 7 e 8,
CARACTERIZADO POR a metodologia de obtenção do (E)-1-(4-clorobenzoil)-5-
10 ((5-nitrofuran-2-il)metileno)carbonohidrazida (LASSBio-1491) (43e), conforme
fórmula molecular abaixo, incluir as seguintes etapas e parâmetros, ampliados
ou reduzidos na mesma proporção;
o
{-~y~' •• , ·3tr--. 1
o ...... EtOHI l-lcl""t/ t.a. CI 4'
3.
o e e H
H H /Nyd N....._ _,ç:. ~ N b o
Cl
(54) 41\/87% (43e)
- obtenção do composto 43e a partir da condensação da hidrazida 54 com 2-
15 nitrofuraldeído em rendimento de 87%;
- recristalização do composto com etanol, gerando produto de aspecto físico sólido e
PF= 217-220ºC;
• RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6J: õ 11,24 (s, 1H, Hb), 10,39 (s, 1H, Hc); 9,12 (s,
1 H, He); 7,91 (m, 3H, N=CH e H2'e H6'); 7,80 (d, 1 H, H3, J=4); 7,58 (d, 2H,
20 H3 'e H5', J=8); 7,31 (d, 1 H, H4, J=4);
13/15
• RMN 13C (50 MHz, DMSO-d6) õ (ppm): 165,32 (Cd, C=O); 154,57 (Ca, C=O);
152,84 (N=CH); 152,40 (C2); 136,69 (C4'); 131,38 (C1 '); 129,38 (C2'e C6');
129,22 (C1); 128,62 (C3'e C5'); 115, 16 (C3); 112,62 (C4);
• IV (KBr) cm-1: 3246 (D NH); 1659 e 1504 (D C=O); 1596 e 1351 (ó Ar-N02);
5 1015 (o Ar-CI);
• MS (m/z): 350;
• RMN 1H com troca por D20(500 MHz, DMSO-d6): 7,96 (m, 3H, N=CH e H2'e
H6'); 7,81(s, 1H, H3); 7,66 (d, 2H, H3'e H5', J::::10Hz); 7,32 (s, 1H, H4);
• Pureza( HPLC): 98.31%.
10 19) USO DE COMPOSTOS A PARTIR DE HIDRAZIDA-N-ACILIDRAZONAS,
CARACTERIZADO POR a avaliação dos compostos revelar atividade tripanomicida
para os compostos LASSBio-1703 e LASSBio-1491, das séries Ili e IV.
20) USO DE COMPOSTOS A PARTIR DE HIDRAZIDA-N-ACILIDRAZONAS, de
acordo com a reivindicação 18, CARACTERIZADO POR a avaliação da atividade
1s leishmanicida na forma promastigota do L. major dos compostos da série Ili,
assinalar que LASSBio-1493, LASSBio-1703, LASSBio-1705, LASSBio-1707,
LASSBio-1708, LASSBio-1736, possuem alto índice de seletividade para as células
parasitárias.
21) USO DE COMPOSTOS A PARTIR DE HIDRAZIDA-N-ACILIDRAZONAS, de
20 acordo com as reivindicações 18 e 19, CARACTERIZADO POR a atividade de
LASSBio-1493 e LASSBio-1705 serem na ordem de nM.
22) USO DE COMPOSTOS A PARTIR DE HIDRAZIDA-N-ACILIDRAZONAS, de
acordo com as reivindicações 18, 19 e 20, CARACTERIZADO POR a avaliação
da atividade leishmanicida na forma promastigota do L. major dos compostos da
14/15
série IV, revelar atividade leishmanicida de LASSBio-1491, LASSBio-1706 e
LASSBio-1709, semelhantes aos padrões Miltefosina e Pentamidina.
23) USO DE COMPOSTOS A PARTIR DE HIDRAZIDA-N-ACILIDRAZONAS, de
acordo com as reivindicações 18, 19 e 20, CARACTERIZADO POR o derivado
s LASSBio-1491 possuir_atividade anti-promastigota contra todas as espécies (L
major, L. amazonensis, L braziliensis e L. chagas1).
24) USO DE COMPOSTOS A PARTIR DE HIDRAZIDA-N-ACILIDRAZONAS, de
acordo com as reivindicações 18, 19 e 20, CARACTERIZADO POR LASSBio-
1491 apresentar potência maior que a pentamidina contra promastigotas de L.
10 amazonensís.
25) USO DE COMPOSTOS A PARTIR DE HIDRAZIDA-N-ACILIDRAZONAS, de
acordo com as reivindicações 18, 19 e 20, CARACTERIZADO POR atividade anti
promastigota do derivado LASSBio-1492, intermediário sintético, ativo para as
espécies de L major, L. amazonensis e L. braziliensis.
1s 26) USO DE COMPOSTOS A PARTIR DE HIDRAZIDA-N-ACILIDRAZONAS, de
acordo com as reivindicações 18, 19 e 20, CARACTERIZADO POR o composto
LASSBio-1492, intermediário sintético, apresentar eficácia máxima anti-promastigota
para L. major, L. amazonensis e L. braziliensis, correspondente aos dos fármacos
padrões miltefosina e pentamidina.
20 27) USO DE COMPOSTOS A PARTIR DE HIDRAZIDA-N-ACILIDRAZONAS, de
acordo com as reivindicações 18, 19, 20, 23, 24 e 25, CARACTERIZADO POR
serem ativas contra as formas promastigotas de pelo menos três das quatro
15/15
espécies de Leishmania (L. major, L. amazonensis, L. braziliensís e L. chagas1), as
substâncias LASSBio-1491 e LASSBio-1492.
28) USO DE COMPOSTOS A PARTIR DE HIDRAZIDA-N-ACILIDRAZONAS, de
acordo com as reivindicações 18, 19, 20, 23, e 26, CARACTERIZADO POR a
s substância LASSBio-1491 e derivados com estéreoquímica E ou Z, ou ainda mistura
de ambas diminuir o número de macrófagos infectados in vítro e aumentar a
produção de óxido nítrico por esses macrófagos, além de apresentar pronunciada
atividade leishmanicida in vivo contra L. major.
29) COMPOSIÇÕES FARMACÊUTICAS PARA TRATAMENTO DE
10 LEISHMANIOSE E DOENÇA DE CHAGAS, CARACTERIZADO POR a substância
LASSBio-1491 e derivados congêneres (Formula 1), com estéreoquímica E e/ou Z,
ou ainda mistura de ambas ser um protótipo a fármaco leishmanicida, em virtude da
atividade anti-promastigota direta contra quatro espécies de Leíshmania (L. major, L.
amazonensis, L. braziliensis e L. chagas1) e anti-amastigota contra L. major.
Outros Medicamentos
1.535
1/5
FIGURA 1
18 Doenças Tropicais
Tuberculose
3
1,3°/o
A.
B.
T.cruzi 55 Mb
12. 000 genes
L.brasiliensis 32 Mb
8.153 genes
215
FIGURA 2
3.736
49
910
L.major 33 Mb
8.298 genes
1.392
27
71
5
L.major 33 Mb
8.298 genes
T.brucei 25 Mb
9.068 genes
L.infantum 32 Mb
8.154 genes
Nº de promastigotas x 106/ml
o
1 Controle
DMS00,1% Miltefosina
Pentamidina LASSBio 1481 LASSBio 1482 LASSBio 1483 LASSBio 1484 LASSBio 1485 LASSBio 1486 LASSBio 1487 LASSBio 1488 LASSBio 1489 LASSBio 1490 LASSBio 1197 LASSBio 1198 LASSBio 1199 LASSBio 1201 LASSBio 1202 LASSBio 1203 LASSBio 1204 LASSBio 1205 LASSBio 1206 LASSBio 1207 LASSBio 1208 LASSBio 1210 LASSBio 1213 LASSBio 1302
LASSBio 1303
-->.
o 1
[\,) o
(j) CD· ...... CD
(;,,) o
(j) CD' ~CD
-OJ -
Nº de promastigotas x 106/ml
o -->.
o [\,) o
Controle ~=======:;--;--:;:-----' DMS00,1% H:it
Miltefosina Pentamídína
LASSBío 1481 F= '
LASSBlo 14821 1
LASSBio 1483: H LASSBio 1484 \-4 LASSBio 1485
LASSBio 1486 r-------=u , LASSBio 1487 ~ 1
LASSBio 1488 r----,
LASSBio 1489 hJ , LASSBio 1490 ~* LASSBio 1197 ' * LASSBio 11981 1
LASSBio 1199 : )-1 LASSBio 1201 H LASSBio 1202 I======;-;-" -LASSBio 1203 , LASSBio 1204 LASSBio 1205 I========-._, LASSBio 1206 I========-.:.----, LASSBio 1207 LASSBio 1208
1
, , LASSBio 121 O : ] LASSBio 1213 H L LASSBio 1302
LASSBio 1303 !-----------'
(j) CD· ~CD
w o
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(j) CD• ~CD
11 -G) e ;a )> (..V
w --01
4/5
Q)
Q) -a c.n ro Q) ~ !.... Q) o '
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o z
-a o C/) "C Q) o '-e .9 o 2 ·--""' (/) = "" ro - e ro º ~ e. ·rn-c Q) E -a .
o _J
z
(A)
1000000
750000
500000
250000
o
(B)
150000
100000
50000
o
515
FIGURAS
CJ Veículo
r::zz:z21 Antimoniato de meglumina (30 µmo/kg, i.p.)
~ LASSBio 1491 (30 µmo/kg, i.p.)
lillTI] LASSBio 1492 (30 µmo/kg, i.p.)
:::::::::: ::::::::::
CJ Veículo
ººººº ººººº ººººº ººººº o o o o o QOOOO
ººººº
r::zz:z21 Antimonista de meglumina (30 µmo/kg, i.p.)
~ LASSBio 1491 (30 µmo/kg, i.p.)
lill:TIJ LASSBio 1492 (30 µmo/kg, i.p.)
00000 o o o o o 00000 00000
1/1
RESUMO
COMPOSTOS HIDRAZIDA-N-ACILIDRAZONAS, PROCESSO DE OBTENÇÃO DE
COMPOSTOS HIDRAZIDA-N-ACILIDRAZONAS, USO DE COMPOSTOS A
PARTIR DE HIDRAZIDA-N-ACILIDRAZONAS PARA TRATAMENTO DE
s LEISHMANIOSE E DOENÇA DE CHAGAS E COMPOSIÇÕES FARMACÊUTICAS
OBTIDAS, particularmente descreve a obtenção de inibidores de cisteína
proteinases envolvidas nos processos infecciosos causados pelos parasitas
Trypanossoma cruzi e Leishmania sp. Ou seja, a invenção trata do planejamento da
série de compostos hidrazida-N-acidrazonas com o objetivo de gerar um princípio
10 ativo para composições farmacêuticas voltadas ao tratamento de Leishmaniose e
Doença de Chagas; o planejamento da série de derivados hidrazida-N-acilidrazona
funcionalizados (séries Ili e IV) é realizado mediante hibridação molecular entre os
protótipos LASSBio-1111 (leishmanicida) e LASSBio-1064 (tripanomicida) mediante
hibridação da subunidade aril-hidrazida de LASSBio-1111 com a acilidrazona
1s funcionalizada de LASSBio-1064, obtendo-se um novo padrão molecular que
conjugando as propriedades leishmanicida e tripanomicida.