bonder e sorj - judaismo para o sec 21 rtf

7/24/2019 Bonder e Sorj - Judaismo Para o Sec 21 Rtf

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BIBLIOTECA VIRTUAL DE CIÊNCIAS HUMANAS

JUDAÍSMO PARA O SÉCULO

XXIO rabino e o sociólogo



ISBN 9!"!#"9!$"%&%"'

Centro Edelstein de Pesquisas Sociais

www.centroedelstein.org.br

http://www.centroedelstein.org.br/

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NiltonBonder



OBSERVÂNCIA NÃO RES!RI"ÃO #$Nilton Bonder

Obser%&ncia n'o ( restri)'o #$

Kashrut - *r+tica ou controle #,-

----/

012A3S4O RE5EVAN!E NO SC15O 66I

Nilton Bonder 4il7nio e S8abat5ibera)'o n'o ( liberta)'o

0uris*rud7ncia celesteA ditadura do bo9

:eno9a e Cabala:eno9a e a B;bliaSobre seguran)a

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/

/

///#/-

para o pós-

012A3S4O PS?4O2ERNO E 2IDSPORA

Bernardo SorjO uda;s9o 9oderno e9 *ers*ecti%a8istFrica

Do judaísmo rabínico ao judaísmo moderno Judaísmo modernoCorrentes do judaísmo modernoDo Holocausto ao Estado de Israel sociedade pós-moderna e a di!ícil passa"emGReH%i%er a di+s*ora GreHin%entar o uda;s9o# $m do judaísmo modernoSinais dos no%os tempos

Di&spora e pes'uisa e ensino judaicos

,

,90

,,

=

SOCIABI5I2A2E BRASI5EIRA E I2EN!I2A2E 012AICA

Bernardo SorjIntrodu)*o

+acismo e judeus no Brasil# pre)o da inte"ra)*o brasileiraEstudos judaicos no Brasil

# Brasil e o antissemitismo VI

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SUMARIO

VIII

VIII

1

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-

IN!RO21"ÃO

19 uda;s9o *eriJ(rico ou entre No%a KorL e 0erusal(9

SEN!A2OS M 4ESA NO SC15O 66I

Nilton Bonder Sentados 9esa no s(culo i

Crises

Sentados mesa

Ser udeu no s(culo 66I 0udeus uda;s9o

4E2I!A"ES PO53!ICO?E6IS!ENCIAIS =Bernardo Sorj

0uda;s9o e religi'o Judaísmo secular teísmo e transcend.ncia Judaísmo democr&tico

# !antasma da assimila)*o/ ou por um judaísmo semmedos

!O5ERÂNCIA E O O1!RO

Nilton Bonder O outro ( o 9es9o

Distin),es para o di&lo"o 0erusal(9 e o triunJo

A *raga do con%enci9ento4E2I!A"ES PO53!ICO?E6IS!ENCIAIS >

Bernardo Sorj 0uda;s9o e sionis9o di%ersidade e de9ocracia

Israel depois da "uerra !ria

012A3S4O E O NÃO 012E1 NA QA435IA

Nilton Bonder

Ca u ? o uinto l8o V



IN(RODU)*O

U+ ,-.a/s+o 0eri12rico3 o- en4re No5a 6or7 e

V i%er na *eriJeria do siste9a ne9 se9*re re*resentouu9a des%antage9.O uda;s9o da Euro*a central do nal do s(culo XIX e

in;cio dos(culo XX Joi u9 dos *olos culturais 9ais criati%os dos

te9*os 9odernos.O *roble9a do uda;s9o brasileiro reside e9 serdu*la9ente *eriJ(rico

Seria irrealista *ortanto i9aginar que o uda;s9o

brasileiro *udesse dis*ensar ou 9es9o n'o sera9*la9ente de*endente das contribui)Tes dos grandescentros do uda;s9o conte9*or&neosU o norte?a9ericano eo israelense. Ainda assi9 conscientes destas e de nossas*rF*rias li9ita)Tes indi%iduais acredita9os que a situa)'o*eriJ(rica cria u9 *equeno es*a)o de liberdade a dist&ncianecess+ria *ara relati%iar o que nos centros do9inantes

O uda;s9o se9*re te%e co9unidades 8ege9nicas.

Inclusi%e baseado nessa constata)'o o grande 8istoriadorSi9on 2ubnow construiu sua *eriodia)'o da 8istFria

udaica e9 to9o da ascens'o e queda desses centros 9as

e9 nen8u9a outra (*oca o 8orionte dessas co9unidadesJoi t'o autocentrado e *aroquialista co9o no caso do uda;s9o a9ericano ou t'o ati%a9ente coloniador e*arcial co9o no caso do uda;s9o israelense. E9 a9bas assitua)Tes o resultado ( a Jalta de di+logo co9 asco9unidades *eriJ(ricas. A 8ege9onia norte?a9ericana eisraelense ( *articular9ente desaadora *ois Estados1nidos e Israel al(9 de concentrare9 quase W do totalda *o*ula)'o udia 9undial si9bolia9 %isTes de 9undo

VIII



2EX 4AN2A4EN!OS PARA SER 012E1 NO SC15O 66I

==Nilton Bonder

VII



O estudo da estrutura social da %ida e9 di+s*ora e deseus 9ecanis9os de re*rodu)'o *oder;a ter sido u9acontribui)'o Junda9ental da e*eri7ncia 8istFrica do

uda;s9o critica da 9odernidade *resa s categorias doEstado nacional. 4as a i9*ort&ncia da %ida e9 di+s*ora Joi*ratica9ente negligenciada *ela sociologia durante u9s(culo sendo recon8ecida so9ente no li9iar deste 9il7niogra)as aos *rocessos de globalia)'o. Paradoal9ente*or(9 nu9 9o9ento e9 que o 9undo *assa a aceitar e%aloriar a condi)'o dias*Frica o uda;s9o corre o risco dese retrair e9 %isTes nacionalistas eYou *ro%incianas dasociedade e da 8istFria.

O di+logo do sociFlogo co9 o rabino encobre u9 outrodi+logo igual9ente necess+rio e co9*leoU aquele entre o

uda;s9o religioso e o uda;s9o laico. Co9o %ere9os estesdois uda;s9os con%i%era9 durante u9 s(culo de costas u9*ara o outro. O uda;s9o secular e9bora do9inante edecisi%o durante todo o s(culo c8egou ao 9 do 9il7nio? e9 *arte *or seu sucesso e9 *arte *orque os %entos9udara9 de dire)'o ? co9 sua %italidade etre9a9ente

enJraquecida. O uda;s9o religioso *or sua %e e9boraa*arente9ente %i%endo u9 retorno triunJal entrou nu9*rocesso de esgar)a9ento interno cuo Juturo ( diJ;cil de*re%er.

A9bos os *rocessos le%ara9 a no%os alin8a9entos noseio da co9unidade udaica onde a lin8a di%isFria deiou deser entre religiosos e ateus sionistas e antissionistas *arase colocar entre aqueles que aceita9 con%i%er co9 o

*luralis9o de correntes e deni)Tes de uda;s9o e os quebusca9 i9*or u9a %is'o Znica[ entre aqueles *ara que9 o

uda;s9o ( u9 ca9in8o *ara enriquecer sua *rF*ria8u9anidade e aqueles *ara que9 o uda;s9o aJasta isola edesu9ania outro[ entre os que acredita9 na constru)'ode u9 9undo solid+rio e os que *ensa9 que a solidariedadedo gru*o i9*lica des*reocu*ar?se co9 resto do 9undo.

A 8istFria recente do *o%o udeu Je co9 que ne9

X



Este li%ro reZne tetos de u9 rabino e de u9 sociFlogo.Al(9 da a9iade e da con%erg7ncia de %isTes do 9undo*elo 9enos sobre \este 9undo] eiste9 boas raTes *ara

a*roi9ar a %is'o sociolFgica e a %is'o rab;nica.O Junda9ento da grande tradi)'o rab;nica de

inter*reta)'o dos tetos tradicionais re*ousa%a no*rag9atis9o e na sensibilidade Jrente s transJor9a)Tes8istFricas e sociais do *o%o udeu. A arte de inter*retar ? at(a c8egada dos te9*os 9odernos quando ela se enriece ede certa Jor9a i9*lode ? consistia e9 colocar as Escriturase a tradi)'o a ser%i)o da %ida e da reno%a)'o *er9itindo

que o *assado dialogasse co9 o *resente e se *roetasse noJuturo. A *r+tica rab;nica era basica9ente a de u9 uico9unit+rio Ge n'o a de u9 sacerdoteY*astor co9 a qual8oe e9 dia 9uitas %ees ( conJundidaH dedicada a*lica)'o da lei consuetudin+ria e9 que a ca*acidade deada*ta)'o s no%as realidades sociais era Junda9ental. Aboa *r+tica rab;nica se9*re *ressu*s u9a boa dose desensibilidade sociolFgica.

As rela)Tes entre sociologia e uda;s9o s'oetre9a9ente co9*leas e enu9erar seus *roble9as 9aisrele%antes nos colocaria Jora das Jronteiras deste trabal8o.Aqui ( i9*ortante salientar que a enor9e contribui)'o dosudeus sociologia n'o se traduiu e9 geral nu9 esJor)osociolFgico de inter*reta)'o do uda;s9o. No 9el8or doscasos co9o e9 <eber o uda;s9o a*arece co9o u9 dos9ananciais que dese9boca na e contribui *ara a Jor9a)'odos te9*os 9odernos. 4aoritaria9ente seculares

uni%ersalistas e 9uitas %ees si9*atiantes do socialis9o4ar Si99el 2urL8ei9 4auss Boas Elias 4arcuseôrL8ei9er 5aarJeld 4erton Bendi 4ann8ei9 Etioni:ouldner 5(%i?Strauss :lulunann 5i*set S8ills Bell e:o_9an *ara 9encionar alguns dos 9ais con8ecidos n'oelegera9 a 8istFria udaica co9o obeto es*ec;co de suareè'o. uando ela ( assu9ida co9o obeto de an+liseco9o e9 ânna8 Arendt ou X 9unt Bau9an a reJer7ncia

IX



S8N(ADOS M8SA NO SÉCULO XXI

Nilton Bonder

Sen4a.os : +esa no s2c-lo ;;i

P ara *ensar uda;s9o no s(culo i n'o *ode9os*assar ao largo dano)'o de Ja9;lia. Isso *orque a 9el8or 9aneira dedenir o uda;s9o (

u9a Ja9;lia. A co9*leidade do uda;s9o est+ e9 ser u9*ouco de tudoque n'o (U n'o ( religi'o n'o ( losoa n'o ( cultura n'o( etnia n'o (estado e n'o ( terra. tudo ao 9es9o te9*o. 4ordec8aia*lan tentoue*ressar isso diendo que so9os u9a ci%ilia)'o. Adeni)'o no entantosea nos estatutos sea na 9e9Fria *o*ular ( que so9osu9a Ja9;lia.

Os estatutos s'o claros. So9os u9a Ja9;lia *orquenasce9os do ro9*i9ento de u9a Ja9;lia na busca decria)'o de u9a outra. Para a *sican+lise esta ( a *rF*riadeni)'o de identidade. Ro9*e9os *ara gerarinde*end7ncia indi%idualia)'o e *ersonalidade. O :7nesis( claroU *itadas de J;sica biologia e%olu)'o e as*ectos denossa es*(cie que n'o ocu*a9 9ais do que -W do teto. Os

,-W restantes s'o sobre Ja9;lia. Co9o sair de casa Co9oac8ar a 9ul8er certa Se %ai ter l8os co9o educ+?losCo9o n'o sacric+?los Co9o trat+?los de Jor9a igualCo9o lidar co9 ciZ9es Co9o *ensar e9 continuidadeCo9o aci9a de tudo Ja7?los iguais a nFs e ao 9es9ote9*o diJerentes e indi%idualiados

No cora)'o da Ja9;lia est+ seu dra9a sua trag(diaseu sus*ense e sua co9(dia ? de*endendo do gosto do

1



co9*artil8ada *ois caso contr+rio le%a soberba que ( oca9in8o direto *ara o isola9ento e a autodestrui)'o.

!anto a deJesa do direito de eist7ncia do Estado de

Israel co9 u9a identidade nacional *rF*ria co9o o direito eist7ncia de u9 Estado *alestino s'o causas ustas. 4asco9o e9 todas as causas 8u9anas suas lideran)as n'onecessaria9ente a*resenta9 *ro*ostas %i+%eis eadequadas. Recon8ecer a usti)a de u9a causa n'o signica*ortanto o alin8a9ento auto9+tico co9 seu *rogra9a*ol;tico e 9uito 9enos ustica detur*ar a 8istFria ea*resentar u9a %is'o antisse9ita do su*osto res*ons+%el

*ela inusti)a.Os con`itos nacionais n'o a*resenta9 solu)Tessi9*les e u9a atitude 8u9anista e de9ocr+tica n'o seconuga co9 leituras 9anique;stas. ue9 assi9 o erestar+ destruindo a Znica base que *ode conduir *aU orecon8eci9ento de que dois *o%os co9 tradi)TesdiJerentes cada u9 co9 seu Estado soberano de%e9a*render a con%i%er e res*eitar?se 9utua9ente. O

8u9anis9o real n'o ( *roduto da retFrica de intelectuaisilu9inados 9as te9 co9o base a ca*acidade de estender o

XI



4as sF os estatutos sF a !or+ ou sF o 9ito n'oseria9 sucientes *ara co9*ro%ar esse *onto. necess+riaa *ro%a dos no%e de qualquer 9itoU as *iadas. Co9o a

Ja9osa que conta sobre u9 go Gu9 Jora da Ja9;liaH que*ergunta o que ( mishpuche GJa9;lia e9 i;dic8eH. Res*ondeo udeuU \Voc7 sabe o que ( tsures Gdesgra)a trag(diasH] On'o udeu res*onde negati%a9ente e o udeu arre9ataU\Ent'o %oc7 n'o *ode entender o que ( mishpuche].

Se9 entender o que ( \desgra)a] %oc7 n'o *odeentender o que ( \Ja9;lia]. 4as o que ( \desgra)a] aquilo que di res*eito ao que ( *riorit+rio e %ital. 2i

res*eito sobre%i%7ncia no seu sentido 9ais transcendente? que n'o te9 a %er co9 o indi%;duo 9as co9 suacontinuidade. Esta identidade *ossui *ortantocaracter;sticas 9;sticas. !rata?se da i9ortalidade n'o daal9a 9as a i9ortalidade da identidade. A *er9an7ncia n'odaquilo que ineora%el9ente se %ai 9as de u9a %is'o de9undo da obra de cada u9. Nossa obra?*ri9a ( u9 neto

Crises

N'o ( de sur*reender que e9 u9a (*oca de tantosdesaos Ja9;lia o uda;s9o estea ta9b(9 t'o a9ea)ado.Por u9 lado 8+ a Ja9;lia no sentido biolFgico que enJrenta9odica)Tes consider+%eis. A no%a mits%& uni%ersal ?\crescei *ouco e *or Ja%or n'o 9ulti*licai] ? transJor9ou aJa9;lia e9 nZcleos *equenos. A entrada da 9ul8er no9ercado de trabal8o est+ redenindo as rela)TesintraJa9iliares. ^+ Ja9;lias co9 bab+s outras co9 crec8es

outras co9 *ai que ( 9'e outras co9 a%F que ( 9'e. A%olatilidade do casa9ento troue Ja9;lias agregadas Ja9;lia. A \9'e do 9eu ir9'o] ou a \9ul8er do 9eu *ai]s'o e*ressTes banais na linguage9 Ja9iliar.

^+ questTes 9ais *roJundas que die9 res*eito sJronteiras da Ja9;lia. Nu9a (*oca e9 que %e9os u9atend7ncia de troca de u9a \identidade encontrada] *oru9a \identidade Jeita] e9 lugar de ser9os u9a e*ress'o

de u9a dada cultura constru;9os nossa identidade a *artir

3



9(dico. Qil8o 9(dico quer dier a *erJei)'o. o l8o quenos a9a Gnossa co9ida nossa casa nossos 8+bitos...H e ao9es9o te9*o ( diJerenteU n'o %ai 8erdar a \loin8a]

Ga*esar de ser 9uitas %ees sustentado *ela 9es9aH %aiser doutor O doutor cuidou de si ( res*eitado *orque cuidados outros 9as sua ess7ncia ( *oder cuidar dos *ais.

N'o ( tolo dier que a !or+ registra a cria)'o do*ri9eiro udeu *elo registro be9?sucedido do ciclo daJa9;lia. E qual ( este ciclo O de traduir e9 realidade son8o de *roduir u9 igual?diJerente. Son8o este que n'oacontece na *ri9eira gera)'o 9as na segunda. Nen8u9

*ai ou 9'e be9? sucedido consegue u9 igual?diJerente.uando s'o be9?sucedidos consegue9 u9 diJerente. O9aster *iece só 0 eide e a bobe Ga% e a%FH conhecem1Esta ( a 8istFria b;blica da cria)'o do *ri9eiro udeu. Este

udeu ob%ia9ente n'o ( Abra'o 9as 0acF. N'o sF *orque ( 0acF que9 recebe o no9e de Israel Gque n'o ( no9e 9ast;tuloH e dele se cu9*re a *ro9essa de u9a *role nu9erosaG=> l8osYtribosH 9as *orque ali se encerra o li%ro do:7nesis. Est+ criado o *ri9eiro udeu. O *ri9eiro neto que%enera o a% Abra8'o que se entende9 co9o nuncaAbra'o e Isaque ou Isaque e 0acF se entendera9 *or queera9 Gde Jor9a be9?sucedidaH diJerentes. 4as eideAbra8'o ( u9 igual. 4el8or 0acF *er9anece na Ja9;liadiJerente9ente de Abra8'o que te%e que sair de sua Ja9;lia*ara *ro9o%er identidade. # se"redo est& em sair da casados pais e in"ressar na casa dos a%ós1 Est+ e9 %enerar oa% transgressor e ro9*edor dos la)os de Ja9;lia G*ortanto

u9a casa su*ort+%el *ara se estarH e e*eri9entar nele asensa)'o deliciosa de lar de n'o e;lio que na casa dos*ais n'o *ode9os sentir.

Portanto que9 ( udeu biblica9ente Jalando !odoaquele que te9 u9 neto udeu. Na %erdade que9 d+identidade udaica ( o neto a seus a%Fs. 2a; a angZstiaassociada ao deseo de que o uda;s9o n'o acabeU n'o est+e9 nossas 9'os de indi%;duos nos Jaer9os udeus 9as

nas 9'os de nossos netos. N'o ( ouco i9 ressionante o

2



continuidade e ta9b(9 da identidade do a% 9as dol8oGaH ? u9 diJerente e9 crise.

N'o ac8o que o *roble9a 9ais gra%e do s(culo 66Iestea sendo a quebra do ciclo *elos netos 9as *elos l8os.N'o ( *elos iguais a crise 9ais s(ria 9as *elos diJerentes.4es9o *orque %e9os at( u9a renascen)a no que dires*eito a netos. Eles s'o o Jen9eno dos o%ens que Jae9teshu%a - que reto9a9 deses*erada9ente e9 busca do lardos a%Fs Jugindo do e;lio da casa dos *ais. A crise 9aior (a de aus7ncia da reJer7ncia dos diJerentes. !entarei e*licar.

Sen4a.os : +esa2esde o ti2un Ga re*ara)'oH de 0acF que retorna casa de seu a%*ortanto n'o de*endendo de ro9*er co9sua cultura e ra;es originais *ara encontrar seu lugar no9undo recorre9os ao 9es9o c8a%'oU n'o *ode9os deiarde estar sentados 9es9a 9esa. Por 9ais distinta que seanossa %is'o de 9undo *or 9ais *articular que sea a terra*ro9etida de cada u9 de nFs de%e9os estar sentados

untos 9es9a 9esa. Essa ( a 9ensage9 transcendenteda ^agada Gteto lido durante a reJei)'oH de Pessac8atra%(s dos quatro l8os que se senta9 9esa. na%erdade o *acto original que 2eus Ja co9 Abra'oU tu queabandonaste tua terra tua cultura e tua *arentela ter+su9a *role nu9erosa co9o as estrelas do c(u e eles n'oJar'o contigo que este co9 os teus ancestrais ? ser'odiJerentes e ousados 9as n'o ter'o que abandonar seu*assado e sua 8eran)a.

Os quatro l8os distintos sentados 9esa de Pessac8s'o guras 9;ticas Junda9entais. 4ais do quesi9*les9ente sentados untos eles t79 u9a Jun)'oU*erguntar. ue9 *ergunta questiona. Sua qualica)'o del8os no uda;s9o est+ e9 assu9ir essa *ostura dequestionadores. Esta ( anal a gera)'o dos diJerentes. N'os'o os netos que questiona9. uando isso acontece n'o 8+

5



Percebo u9a Jaceta de nossos te9*os no Jato de ter9ais anidade co9 certos *adres e certos *astores do quecertos rabinos. 4as que n'o se Ja)a ironia. Essa *roi9idade

nada te9 a %er co9 o Jato de ser eu *arte de u9a correnteliberal do uda;s9o. sincera e %erdadeira ta9b(9 aanidade entre rabinos ortodoos e certos *adres e certos*astores.

Essa transJor9a)'o na 9etanarrati%a ( a causa 9aiorde aJasta9ento. O aJasta9ento e o casa9ento 9isto sF*oder;a9 ser e%itados se esti%(sse9os dis*ostos a abdicardo senso de nacionalidade de nossa delidade a gru*os de

interesses ans e ta9b(9 de nossa identidade *ol;tica. sFisso que nos *ede u9 co9*ro9isso inequ;%oco co9 o uda;s9o. Poucos querer'o *agar esse *re)o.

N'o quero dier co9 isso que ser udeu signique abrir9'o dessas outras delidades e identidades. 4as *ara issoser udeu i9*lica ada*ta)TesU algu9as delas conte9*ladas*ela *rF*ria din&9ica da tradi)'o que se9*re aceitou u9acerta 9edida de conJor9a)'o ao 9undo eterno e ta9b(9recursos de transJor9a)'o 9ais dr+sticos *ara os quaista9b(9 eiste9 *recedentes no decorrer da 8istFria.

Qico i9*ressionado co9 o i9*acto que u9a \tabela deassi9ila)'o] distribu;da *ela corrente ortodoa te9 sobre as*essoas. Rero?9e a gr+cos 9ostrando os *rognFsticos*ara cada corrente do uda;s9o a*Fs a *assage9 de u9a*ri9eira e segunda gera)'o. Enquanto nu9 etre9oa*arece a *o*ula)'o ortodoa est+%el ou e9 cresci9entoos de9ais gru*os se redue9. O outro etre9o a ReJor9aa*arece co9o u9a \es*(cie] dessas *ratica9ente e9etin)'o.

As *essoas ac8a9 que ao liar?se a u9a sinagogaortodoa *assa9 auto9atica9ente a entrar nessa no%ataa de baio risco. N'o O que as tabelas de9onstra9 (que aqueles que se segrega9 t79 9ais c8ance de*er9anecer distinguidos e diJerentes. u9 dado Fb%io esu ercial. N'o ( u9 beneJ;cio se9 custos e a rande

4



era9 \eruditas] *orque *ercebia9 a realidade de Jor9aconcreta ? 8+ u9 Znico 9o9ento re%erberante que sedesdobra e9 sa;da do Egito libera)'o de Israel da in%as'o

ro9ana e retorno dos udeus a u9a *+tria soberana udaica.E9 segundo a*arece a di9ens'o e9ocional. O tam/ o

ing7nuo ou o aJeti%o quer saber que9 est+ sentado 9esaque rela)Tes Ja9iliares nos coloca9 8oe u9 diante do outronessa 9esa es*ec;ca. A *ro*osta desse l8o nos Zlti9os=- anos Joi a *sican+lise. N'o a*enas *orque seusJundadores s'o de orige9 udaica e *orque ela carregaquestTes 9arcadas *ela *ers*ecti%a dessa cultura 9as

*rinci*al9ente *orque gan8ou o cora)'o e a al9a de >-Wdos udeus. Ser udeu *ara =Y# dos l8os assu9iu contorno destas *erguntas e dessa *ers*ecti%a. O tera*eutaque ( rabino a religi'o que ( a estrutura e o sensoco9unit+rio desta classe be9 co9o o 9essianis9o*resente na e*ectati%a de *roduir u9 no%o ser 8u9ano ?s'o as*ectos de ser udeu tam no Zlti9o s(culo e 9eio. Suas*erguntas n'o sF questionara9 co9o *roduira9identidade.

E9 terceiro na esJera intelectual surgiu o l8o quen'o sabia Jaer *erguntas dentro da tradi)'o. Nestes Zlti9os=- anos ocu*a esta cadeira o udeu acad79ico e cientista.Sea na gura de Einstein ou na des*ro*orcionalidade dedoutorandos e *r79ios Nobel a identidade de u9a *arcelados udeus cou *or conta dessa e*ress'o. O *o%o do 5i%roo *o%o do estudo e da inter*reta)'o conseguia n'o sFaudar a classicar o uni%erso 9as criar crit(rios *ara esse

9. Sabia estudar 9as co9o Einstein de9onstra sabiata9b(9 inter*retar. Isso signicaU sabia ol8ar tanto de Jora*ara dentro co9o de dentro *ara Jora. Para esses udeusJaer *arte das uni%ersidades e do 9undo acad79icore*resentou u9a Jor9a real de identidade udaicaU da%a?l8eso direito de sentar 9esa 9es9o que n'o soubesse99uito be9 o que *erguntar. Suas 9entes esta%a9 %oltadas*ara al(9 da 9esa 9as sua Jor)a e %italidade *ro%in8a9

de estar sentados a sua %olta. 7



O 2ha2ham/ o educado que sabe questionar a *artirdos 9eandros e linguagens da tradi)'o[ o tam/ o *uro queol8a a 9esa n'o *elo que est+ ser%ido 9as *elas rela)Tes

entre os que e9 torno dela est'o sentados e *ergunta9sobre a 9esa *ela *ers*ecti%a das cadeiras ocu*adas[ osheló iodea lishol/ aquele que n'o co9*reende a linguage9da tradi)'o e cua *ergunta crucial ( \co9o *erguntar sobreesta 9esa][ e *or Zlti9o o rasha/ o desaador quequestiona co9o se esti%esse Jora da 9esa Jor9ulando*erguntas que abala9 suas estruturas.

Esses *ersonagens *oder;a9 ser %istos co9o a *rF*ria

caricatura de seus eageros t'o *resentes no leque de*ersonagens udaicos. O 2ha2ham que sabe *erguntar *odese transJor9ar no nudni2 - no *edante[ os *uros ouing7nuos 3tam4 *ode9 ser os l8os shlima5els e shlemils -os *obres coitados e os que?quase?d'o?certo[ os que n'osabe9 *erguntar se transJor9aria9 e9 shmendri2s eshme"ue"ues - os broncos e os conJusos[ enquanto osdesaantes se tornaria9 chutspenilcs - os atre%idos eoJensi%os. Este tal%e sea o *re)o que se *aga *elasintensas rela)Tes Ja9iliares que rotula9 seus l8os e osdeia9 t'o 9arcada9ente *risioneiros de u9 Znico lugar 9esa. Suas *atologias s'o ao 9es9o te9*o Jonte desoJri9ento e riquea cultural. 4as esta ( outra quest'o.

:ostaria de analisar a Jor)a dos l8os nos Zlti9os =-anos e que resultou acredito eu nu9 dos *er;odos 9ais%ibrantes do uda;s9o e9 todos os te9*os. A*enas 9ais u9ele9ento *ara que *ossa9os usuJruir *lena9ente da

riquea si9bFlicaU a di%is'o e9 quatro di9ensTes ( *rF*riado tecido do cFdigo si9bFlico dos rabinos G%er adianteH.Co9o o 9undo ( co9*osto de terra +gua Jogo e ar da9es9a Jor9a o ser 8u9ano ( co9*osto *elo J;sicoe9ocional intelectual e es*iritual.

ue9 Jora9 *ortanto os l8os que nos questionara9e que sentara9 9esa nos Zlti9os =- anos arguindosobre o *assado

E9 *ri9eiro lugar o l8o re*resentado *elo sionis9o

6



%erdade que n'o ( J+cil *ara Abra'o *roduir l8os.Ele 9es9o os e*ulsa co9o Je co9 Is9ael e co9o quaseJe co9 Isaque ao le%+?lo ao sacriJ;cio. !al%e agisse *ela

ansiedade de saber que seus l8os *ara sere9 %erdadeirosl8os teria9 que ser diJerentes dele e n'o acreditar que *udesse9 ser se *er9anecesse9 a seu lado. Seus doisquereres ? u9 diJerente e u9a continuidade ? sF seJundir;a9 nu9 *rocesso que ainda n'o con8ecia e que Jariade seu neto u9 igual ? u9 Israel.

Co9 suas li9ita)Tes e soJri9entos Abra'o realiouu9a arte que nFs ta9b(9 gostar;a9os de realiar. N'o se

trata das guras dos gr+cos de \e%olu)'o da continuidade]a*resentados *ela ortodoia. Aquela *ir&9ide de iguaisquantitati%a9ente eca ( du*la9ente curiosaU n'o *rodu

udeus e ( t'o absurda9ente *Fs?9oderna que triunJo caa*enas *or conta do resultado e da ec+cia e n'o daqualidade.

ReJor)ar os alicerces da 9esa 9e *arece o segredo.E9 *ri9eiro lugar est+ alicerce de querer9os estarsentados 9es9a 9esa *or 9ais que as *erguntas sea9insu*orta%el9ente desestruturantes. E9 segundo est+ aconan)a nos diJerentes dos l8os e daqueles que t79 boas

Ser ,-.e- no s2c-lo ;;i

^+ > anos Reb Bune9 *re%iuU \Antes da c8egada do4essias eistir'o rabinos se9 !or+ c8ass;dicos se9c8assidis9o ricos se9 riqueas %erTes se9 calor in%ernosse9 Jrio e gr'os se9 gr'os@ Poder;a ele estar se reJerindo arabinos reJor9istas ins*irados 9ais na losoa do que na

!or+ a 9o%i9entos c8ass;dicos que n'o s'o sen'oe*ress'o de Junda9entalis9o aus7ncia de riqueas nosricos da econo9ia %irtual s transJor9a)Tes cli9+ticas queJar'o %erTes gelados e in%ernos inJernais ou 9es9o a

transg7nicos ? gr'os que n'o s'o gr'os

9



do co9unis9o. N'o se trata a*enas de querer energar4ar *ela descend7ncia udaica ou 9es9o *ela gura*roJ(tica e 9essi&nica que ele ocu*a no i9agin+rio de seus

conte9*or&neos 9as *ela inequ;%oca ades'o de 9assas de udeus s suas *ro*ostas. Os l8os Jaia9 *erguntas queabala%a9 a estrutura da 9esa e u9 bo9 =Y# deles sebandeou *ara a di9ens'o do rasha1 Para estes l8os aidentidade udaica se *rocessa%a *or Jaer *erguntas desdeessa cadeira. Sua es*iritualidade esta%a e9 querersanticar o ser 8u9ano Josse que9 Josse. Santic+?lo *ela%aloria)'o do direito e n'o *or 9(rito de qualquer orde9.

ue 9esa rica ue *erguntas se Jaia9 aos *aisEra9 diJerentes %erdadeiros l8os. E nen8u9 saiu da9esa. E *or incr;%el que *are)a a 9esa co9 todos osdesconJortos *ertinentes a essa di%ersidade acol8eu seusl8os. 2essa rela)'o surgira9 os netos de 8oe que lota9sinagogas e resgata9 seu retorno *ela casa dos a%Fs. Ali)'o 9e *arece ( que si9 %aleu a *ena con%i%er co9 adiJeren)a. Valeu a *ena estar sentado ao redor de 9esas

co9 l8os t'o estran8os co9 *erguntas t'o a*arente9enteal8eias a u9a boa 9esa de Seder.Esta ( a crise de 8oe. O sionis9o cu9*riu seus *a*(is

e desa*arece co9o u9a *ro*osta questionadora 9esa. A*sican+lise se dissol%e co9o *arte de nossa culturaabrangente. A acade9ia *erde Jor)a nu9 9undo que n'o se*ercebe ilu9inista e *ara o qual o *ensa9ento e a ec+ciase conJunde9. O socialis9o *or sua %e n'o ( 9ais u9aidentidade 9as u9 as*ecto do *rag9atis9o reinante e9nosso s(culo.

Nossas 9esas est'o re*letas de netos. S'o eles quecanta9 o 6ma nishtana7 G\o que 9udou] trec8o da^agada de Pessac8H. Os l8os n'o sabe9 cantar. Os l8osn'o sabe9 *erguntar *or que n'o s'o diJerentes. 199aras9o reacion+rio to9a conta de nossas 9esas e delasn'o se *rodu a sei%a de nossa continuidade ? osquestiona9entos. Esta ( a grande crise do uda;s9o e9

8



%erdade 8+ rabinos se9 !or+. N'o *or ilegiti9idade9as *orque as 9ensagens da !or+ est'o codicadas e9outros es*a)os. A (tica e conceitos de transcend7ncia Jae9

*arte do *atri9nio globaliado que ob%ia9ente inclui a !or+. Por sua %e os c8ass;dicos n'o s'o 9ais c8ass;dicos.E9 lugar de u9 9o%i9ento *o*ular e co9 ele9entoscontestatFrios busca9 8oe a9alga9ar as elites e s'o e9si bra)o Jorte do establishment ortodoo. Os ricos n'ot79 riquea *ois es*ecula9 nu9 9undo de %alores %irtuais.A irrealidade desses %alores de *osse do que n'o se te9 (direta9ente *ro*orcional ao %aio dos %alores internos dosindi%;duos. ^+ %erTes se9 calor e in%ernos se9 Jrio nodescuido co9 o \cor*o] 9ais si9bFlico que ( a nossa terra

!erra. ^+ gr'os que n'o s'o gr'os diante dos transg7nicos edas e*eri7ncias gen(ticas de nosso te9*o. Es*er9a quen'o ( es*er9a 8u9ano que n'o ( 8u9ano.

Reb Bune9 colocou *roJetica9ente os desaos de nossote9*oU

A uni%ersalidade Grabinos se9 !or+Y!or+ se9 udeusH[ o*rag9atis9o sel%age9 que Ja do c8assid u9 9arqueteiro[a globalia)'o e sua *er%ersa concentra)'o de rendaGricosYn'o ricosH[ o 9eio a9biente degradado *ro%ocado*elas 9udan)as cli9+ticas e suas consequ7nciascatacl;s9icas[ e a oni*ot7ncia cient;ca cua conquista9aior ( *roduir u9 gr'o que n'o ( gr'o. Esta Zlti9aconquista destitui o Criador que ( substitu;do *or nossa*rF*ria i9age9.

Este ( a%ilta9ento ontolFgico do uda;s9oU n'o sF*roduir u9a i9age9 9as que ela sea a nossa i9age9.

!e9*os diJ;ceis... !e9*os 9essi&nicos... !e9*os de reinicioou de 9.

!e9*os que se ultra*assados Jar'o cantar de amIsrael chai ainda 9ais signicati%o do que ( 8oe.

-.e-s ; -.a/s+o

11



identidades que dar'o lugar a outros conceitos Jor9as eidentidades. O uda;s9o ( se9 dZ%ida u9 dos *oucossobre%i%entes ur+ssicos da Zlti9a grande onda de c8oques

ci%iliatFrios que abalou a cultura 8+ >.?>.- anos. Na9udan)a *ara u9a no%a era surgira9 ConJZcio Pensadores:regos Buda 0esus e os rabinos. Os Zlti9os diJerentes dosde9ais n'o iniciara9 ne9 ro9*era9 co9 nada. SuareJor9a seu chanu2& ? re? inaugura)'o ? recriou u9

uda;s9o que 8a%ia i9*lodido co9 9undo da Antiguidade.As identidades n'o resistira9. Os *ersas os gregos oseg;*cios os ass;rios e outros tantos entrara9 *ara a9e9Fria. 4as nen8u9 *er9aneceu co9o 6am chai7 ? u9*o%o %i%o.

Este se9*re Joi o grito de guerra e asso9bro dos udeusU 6am Israel chai7 - o *o%o de Israel ( u9 *o%o co9%italidade. Vi%o n'o *or sobre%i%er a *ersegui)Tes 9as *orgerar u9a ci%ilia)'o e*eri9entada co9 *ertin7ncia eidentidade. Este grito ser+ ainda 9ais i9*ressionante se nos(culo n o uda;s9o ti%er resistido ao estilo de %ida sus8i?Nasdaq re%olu)'o silicone?sil;cio interati%idade se9

Jronteiras ao uni%ersalis9o globalia)'o 9iscigena)'odos *o%os e ao coquetel de culturas e 9itos deste s(culon.

Se sobre%i%er ao no%o conceito \de si] que n'o ( 9aisJor9ado *or u9a identidade \encontrada] na Ja9;lia ou nogru*o 9as *or identidades \Jeitas] que s'o constru;das ? eJrequente9ente reconstru;das ? *or 9uitas Jontes culturais[se resistir no%a 9oral que ta9b(9 n'o ( \encontrada]

9as \Jeita] *elo di+logo e *ela escol8a[ se resistir %olatilidade e *er9issi%idade que energa9 9argens eJronteiras quaisquer que sea9 co9o constru)Tes sociais*rontas *ara sere9 atra%essadas a*agadas ou reJeitas[ seo que e9ergir co9o uda;s9o *uder ser cantado co9o chaiG%i%oH e tra)ado co9o continuidade do que nFs 8oe aindac8a9a9os uda;s9o ent'o estes ser'o te9*os9essi&nicos.

IO



aco9odando enquanto era inel co9 o co9*ro9isso*assado de *reser%ar u9a Znica linguage9. O segundo elao co9*ro9isso co9 o *assado de *reser%a)'o da

linguage9 e dos costu9es e inel co9 a 8istFria Juturaco9 seu *rocesso e e%olu)'o.O s(culo i co9*lica ainda 9ais a situa)'o *orque

9odica esses dois estereFti*os. 2iria9os 8oe que o udeuque \esquece] o Juturo ao *ri%ilegiar o *assado ( aqueleque n'o te9 barba. Para ele o *assado ( u9a 8istFriaconstante de *erceber a Jor)a que *ro9o%e 9udan)as\Serei o que Serei]. Este ( o co9*ro9isso 9+i9o. O que

ser+ do Juturo isto cabe a 2@us. Assi9 sendo sere9os udeus 9es9o que o uda;s9o acabe. Por outro lado abarba se9 o udeu est+ escra%iada ao Juturo a u9 Juturoque te9 que acontecer. N'o i9*orta se 8ou%er uda;s9ose9 udeu. O Junda9ental ( *reser%ar nossa saga e cu9*rirnosso *acto. Para a barba se9 udeu n'o i9*orta *rocesso e sua obsess'o *or Juturo l8e Ja ob8terar o 2@usque ( a Jor)a que *ro9o%e 9udan)as \Serei o que Serei]e9 no9e da Jor)a do \Sou o que Sou].

E esta ( a grande conJus'o que as Zlti9as d(cadastrouera9 co9 a *olaria)'o entre assi9ilacionista e o9da9entalista. A quest'o se tornou ainda 9ais co9*leaao Jaer certos gru*os de udeus se *ensare9 a*enas

udeus se9 uda;s9o e alguns se entendere9 co9o liadosao uda;s9o se9 ser udeus.

Os ee9*los 9ais cl+ssicos s'o os dos udeussocialistas na Euro*a Oriental e dos udeus ortodoos. Os*ri9eiros %ira9 e9 ideais *ol;ticos de sua (*oca a 9ais eltradu)'o da *ro*osta udaica re%olucion+ria e *roJ(tica[ ao*asso que os segundos os udeus obser%antes se9ostrara9 \resistentes] a %+rios *rocessos inclusi%e o decria)'o do Estado de Israel. Os udeus obser%antes dosco9andos do uda;s9o esta%a9 sendo \udeus]. E os udeusn'o obser%antes dos co9andos do uda;s9o o esta%a9*raticando instinti%a9ente.

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Por 9ais de tr7s 9il anos esta Jrase condensa ae*eri7ncia dos udeus. Ela ( a 9ais *ura %erdade destiladada e*eri7ncia e ao 9es9o te9*o a 9aior *atologia e

desao. Patologia ? no sentido de ano9alia deri%a)'o da*ala%ra \*at8os] \*ai'o] ou \soJri9ento] ? cont(9 e9 sitanto a %italidade co9o desequil;brio[ 8eroico e 9+rtir9as ta9b(9 o inseguro e arrogante.

Ser udeu se transJor9ou nu9 ato de resist7ncia ?*ala%ra que sob o*ress'o signica *luralidade e liberdadesignicando e9 condi)Tes de nor9alidade \renitente]\tei9oso] e at( \reacion+rio].

O uda;s9o *or sua %e ( a 8istFria dodesen%ol%i9ento de u9 siste9a de *ensa9entore%olucion+rio. Sua *ro*osta era u9 co9*ro9isso socialbaseado na (tica deri%ada da re%ela)'o de u9 2@us quetin8a co9o *lataJor9a 9aior ideia de que a ^istFria n'o (c;clica 9as u9a es*iral. Seu no9e?t;tulo a*resentado a4ois(s era \Serei o que Serei] Aquele que concebia Juturon'o co9o u9a deter9ina)'o u9 destino 9as co9o a

*ossibilidade a ser 9oldada e a*erJei)oada *odendo e9teoria cul9inar e9 te9*os de *lenitude 9essi&nica. Sua*ro*osta eti9olFgica era de u9 Israel e9 transJor9a)'obrigando co9 8o9ens e co9 2@us entre si e consigo9es9o *ara se Jorar a Jogo e Jrio nu9 no%o ser 8u9ano.Para tal o instru9ento utiliado Joi a *rescri)'o de u9regi9e disci*linar de co9andos. Ou 9el8or o instru9entoJoi co9ent+rio e a inter*reta)'o dessas *rescri)Tesdisci*linares co9o *onto de *artida *ara a cria)'o do

8o9e9 e da no%a orde9 do Juturo. !rans*arecia aqui a*arceria entre ser 8u9ano e 2@us e9 u9a no%a Cria)'o.

Para al(9 das diJerentes leituras Jeitas atra%(s doste9*os do signicado de uda;s9o e de ser udeu arealidade ( que qualquer que ten8a sido a deni)'o ne9se9*re u9 se identica%a ou coincidia co9 outro. Esse*rocesso eigiu 9udan)as releituras e inter*reta)Tes *araa*roi9ar o uda;s9o do udeu be9 co9o a tentati%a G%ide

os *roJetasH de 9udar o udeu *ara se a*roi9ar do

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diriaU \Neste dia Gta9b(9H udeu e uda;s9o ser'o u9aZnica coisa@@ distante da inco9*atibilidade de nossos dias.

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*erturbadora dZ%idaU ser+ que isto ( uda;s9o E o uda;s9o%oltou *ara o se9 barba 9as ser+ que isso ( u9 udeu

19 udeu %isual9ente *erJeito ( a atra)'o que eerce

a ortodoia *rinci*al9ente *ara aqueles que n'o s'oortodoos. 4as a incoer7ncia de a*ostar e acreditar nu9ao*)'o que n'o ser%e *ara si ( de9onstra)'o dainadequa)'o deste \udeu *erJeito] s *rF*rias e*ectati%asdos udeus.

Os desaos s'o 9uitos e *roJundos. Qrases de eJeitoabsoluto e reJer7ncias incontest+%eis do uda;s9o do s(culo*assado tal co9o nFs so9os as \%;ti9as] e eles os

\carrascos] est'o se *ro%ando 9ais u9a %oca)'o do udeudo que seu destino. Essa transJor9a)'o coloca boa *arte denossa *erce*)'o coleti%a e9 eque.

2o 9o9ento e9 que 2a%id Jeriu 9ortal9ente a :oliasquando o indi%;duo 9ais Jraco se i9*s ao 9ais Jortesi9boliando a na)'o 9ais Jraca i9*ondo?se 9ais Jorteconstru;9os u9a e*eri7ncia 8istFrica udaica que 9uitas%ees Joi conJundida co9 a no)'o (tica dos sal9os. A %is'o

de 9undo atribu;da ao *rF*rio 2a%id atra%(s dos sal9os Jalade u9 2@us que a9a os ustos e que ( *rotetor doestrangeiro da %iZ%a e do FrJ'o. 19 2@us que est+ do ladodos Jracos era u9a no%idade *ara u9 9undo onde ser Jorteera *ro%a irreJut+%el de se estar do lado de 2@us.

No entanto 8+ grande diJeren)a entre a e*eri7ncia8istFrica de 2a%id e sua teologia. A e*eri7ncia 8istFrica Joica*a de 9oldar u9 su*erlati%o ao in%erso. Se o 9ais Jraco

se i9*Te ao 9ais Jorte o Jorte se Ja Jraco e ( ele quere*resenta \o estrangeiro a %iZ%a e o FrJ'o]. Acreditoser9os 8oe \%;ti9as] desta in%ers'o de su*erioridades enos torna9os \algoes].

Co9o ser udeu se9 *assar *or esta 9atri de\su*erioridade in%ertida] Co9o recon8ecer que a %is'o de*ri%il(gio do o*ri9ido ( (tica se9 buscar gerar *ara si u9aautoi9age9 `agelada *ara usuJruir deste *ri%il(gio Co9o

reunicar a e eri7ncia 8istFrica e os rinc; ios

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*enu9bra suas origens di%ersasU Jato de que o deus e astradi)Tes religiosas co9 os quais se esta%a brigando e dosquais *rocura%a?se distanciar n'o era9 *or %ees os

9es9os.N'o se trata de co9eter a inusti)a de co9 o insi"ht

do retros*ecto e sob no%as in`u7ncias des%aloriar o quenu9a (*oca re*resentou o senti9ento do9inante ou seaco9*artil8ar %alores que gerara9 u9a co9unidade que*retendia transcender os *articularis9os das cren)asreligiosas associadas a institui)Tes que eclu;a9 edesu9ania%a9 os que n'o *artil8a%a9 da 9es9a J(.

4as 8oe os te9*os s'o outros. A 8istFria 9ostrou queo ate;s9o *ode ser t'o inquisitorial e intolerante co9o areligi'o e que *ortanto o que est+ e9 ogo n'o s'o ascren)as de cada u9 sobre as di9ensTes transcendentais da%ida 9as a ca*acidade de aceitar o diJerente e de res*eitara di%ersidade dentro de institui)Tes de9ocr+ticas queassegure9 u9 es*a)o co9u9 de con%i%7ncia eco9unica)'o.

Reconstruir uda;s9o secular 8oe i9*lica retornarsobre os *assos e ca9in8os obscurecidos e re*ri9idos *elo%el8o ate;s9o entender co9 que deus est+%a9osdiscutindo co9 que e*ectati%as GJrustradasH de reden)'oest+%a9os lidando que *assado dese+%a9os enterrar eque riqueas de nossa tradi)'o e9 nossa *reci*ita)'odeia9os de lado. 19 retorno que *er9ita re*isar %el8as*egadas se9 abdicar de 9anter a cabe)a aberta aos ares

do 9undo.A4e/s+o e 4ranscen.=ncia

A crise de ate;s9o desencarnado isto ( do ate;s9oque enJatia%a suas di9ensTes uni%ersais ( a crise dascren)as dentro das quais o ate;s9o surgiu e se desen%ol%euna 9odernidade. !ais cren)as sea e9 suas %ersTes liberaisou socialistas re*ousa%a9 na conan)a no 8o9e9 e e9sua ca*acidade de do9inar a naturea e organiar a

sociedade no sentido ro ressista da 8istFria e no otencial

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M8DI(A)>8S POLÍ(ICO"8XIS(8NCIAIS ?

Bernardo Sorj

J-.a/s+o e religi@o

C

o9o ( *oss;%el ser agnFstico ou ateu e udeu ao 9es9ote9*o Esta

*ergunta que ou)o re*etida9ente su*Te que o uda;s9o seredu au9a religi'o. E*lico ent'o que o uda;s9o inclui u9atradi)'o religiosa co9u9a di%ersidade de correntes 9as que a *artir do in;cio doste9*os

9odernos ele se di%ersicou criando %ersTes seculares ou9es9o9ilitante9ente ateias que transJor9ara9 e9 algo quecertos autoresdesignara9 co9o u9a tradi)'o cultural nacional e outrosco9o u9aci%ilia)'o.

Esta res*osta se9 dZ%ida correta 9e *er9itia

encobrir u9 *roble9a de Jundo que sF 8oe no ocaso dasideologias que sustentara9 9eu uda;s9o secular co9e)aa 9e *arecer Fb%ioU ate;s9o ( se9*re *arte de u9atradi)'o. Para 9in8a gera)'o o ate;s9o *arecia re*resentaro uni%ersalis9o Jrente ao *articularis9o e *ro%incianis9oda %is'o religiosa. Continuo acreditando que ate;s9o ?tanto do udeu co9o do crist'o ou do 9u)ul9ano ?signicou *elo 9enos *ara %+rias gera)Tes u9a busca de

8oriontes 9ais %astos de solidariedade e identidade co9 ocon unto da 8u9anidade 9as ta9b(9 assei a ener ar

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interno das co9unidades co9o de 9o%i9entos sociaisreno%adores na sociedade 9ais a9*la que no 9o9enton'o est'o clara9ente delineados.

Enquanto a 8u9anidade n'o enca9in8ar no%asuto*ias o desao *ara o uda;s9o secular consiste e9reconstruir o di+logo co9 a tradi)'o udaica ? inclusi%e e e9*articular co9 a tradi)'o religiosa que aceita os %alores da9odernidade ? *ara criar u9 uda;s9o e9 que aco9unidade sea u9a *onte *ara o 9undo e9 que aidentidade n'o sea u9a Jor9a de ecluir e9 que a tradi)'osea u9a Jonte de sabedoria e n'o de dog9as e9 que o

sionis9o se 9anten8a el s suas origens e continue sendou9a ideologia *ol;tica e n'o u9a teologia. Nesse sentido o uda;s9o secular te9 tudo a co9*artil8ar co9 as tradi)Tesreligiosas co9o a reJor9ista e a conser%adora. 4enos deus.

O uda;s9o secular tal%e se diJerencie ta9b(9 dastradi)Tes religiosas e9 seu recon8eci9ento e*l;cito de queo uda;s9o n'o det(9 o 9ono*Flio e ta9*ouco constituinecessaria9ente a 9el8or Jonte de res*ostas *ara 9uitos

dos *roble9as e desaos deste no%o 9il7nio. As tend7nciasreno%adoras da religi'o udaica desde o s(culo 6I6 era9u9 tour de Jorce *ara traduir a tradi)'o nos %alores da9odernidade *ara 9ostrar co9o o uda;s9o *ode ser9oderno e a 9odernidade %i%enciada e9 Jor9a udaica.Esse esJor)o te%e sentido no conteto das lutas culturais noseio da coleti%idade udaica 9as 9uitas %ees estendera9de9ais o uda;s9o e *ouco agregara9 sabedoria9oderna. ue9 sabe *elo 9enos 8oe e9 dia audaria

9ais recon8ecer que o uda;s9o n'o *ossui res*ostas *aratodos os *roble9as e que ao contr+rio co9o u9a tradi)'oque se desen%ol%eu e9 outras (*ocas cont(9 9uitosele9entos que n'o se conuga9 co9 u9a *ers*ecti%ade9ocr+tica e radical9ente 8u9anista.

O renasci9ento do uda;s9o secular eigir+ u9 esJor)oenor9e *ara su*erar o i9*acto cultural do ^olocausto n'o*er9itindo sua transJor9a)'o nu9 instru9ento de

e9*obreci9ento do uda;s9o nu9a barreira que se*are

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de transcend7ncia e de oni*ot7ncia Gou usando u9 conceitoque + entrou *ara o %ocabul+rio e ainda carece de u9a boatradu)'o de empo8erment41 ^oe *ode9os seguir sendo

ateus 9as trata?se de u9a cren)a *essoal u9 senti9enton'o associado a nen8u9a ideologia que oJere)a orienta)Tessobre o 9undo social ne9 ao senti9ento de estar9osligados a outra Jor9a de controlar nosso destino indi%idual ecoleti%o.

Co9o resgatar o senti9ento de transcend7ncia*erdido Co9o re*roduir a sensa)'o de *oder que nosda%a a cren)a de ser *arte da ^istFria O %el8o ate;s9o

tin8a ocu*ado o lugar de deus 9as 8oe e9 lugar de*ensar que se deus est+ 9orto tudo ( *er9itido resta osenti9ento de que se deus est+ 9orto tudo *ode ser*ensado 9as nada ( Gcoleti%a9enteH *oss;%el.

O senti9ento de transcend7ncia *roduido *elo uda;s9o secular esta%a associado a u9a i9ers'o e9grandes causas sociais e n'o conJronta%a direta9ente oste9as do lugar do indi%;duo no uni%erso do sentido da %idade co9o enJrentar o soJri9ento *essoal ou co9o ritualiaros grandes 9o9entos de *assage9 Gnasci9entocasa9ento 9orte *ara 9encionar os *rinci*aisH. Para osenti9ento de estar no 9undo da sociedade atualorientado *ara o interior *ara a subeti%idade a religi'o*ossui u9a linguage9 e 9et+Joras que *er9ite9 *reenc8er%aios e co9unicar senti9entos *ara os quais o discurso daci7ncia est+ 9al a*etrec8ado a*esar dos beneJ;cios que oProac ou a *sican+lise G*rodutos do 9undo secularH *ossa9

oJerecer.

J-.a/s+o .e+ocr4ico

O uda;s9o do s(culo Joi u9 uda;s9o reJor9ulado*elo socialis9o e o nacionalis9o ? es*ecial9ente na Euro*a? e *elo liberalis9o ? e9 *articular na Ale9an8a e*osterior9ente nos Estados 1nidos. !odas essas ideologias*er9itira9 reno%ar e reconstituir as co9unidades e9 suas

orienta)Tes diante do 9undo eterior e do *rF*rio uda;s9o. ?

18



ortodoo[ se ortodoo c8ass;dico ou n'o c8ass;dico[ sec8ass;dico escol8er entre as di%ersas seitas ? que 9al seJala9 entre si ? ou ainda ser sionista ou n'o sionista[ se

sionista religioso ou n'o religioso de direita ou deesquerda e assi9 *or diante.4as ent'o *or que Jalar de assi9ila)'o O Znico

9o9ento da 8istFria udaica e9 que o conceito deassi9ila)'o *ode ser a*licado no sentido estrito de u9aatitude consciente de negar e abandonar o uda;s9oocorreu na Euro*a Central *articular9ente na Ale9an8a nos(culo i e nas *ri9eiras d(cadas do s(culo quando a

con%ers'o ao cristianis9o era u9a estrat(gia de ascens'osocial nu9 conteto e9 que as *osi)Tes na esJera *Zblicaesta%a9 %edadas ? legal9ente ou de Jato ? aos udeus. 4as8oe tal situa)'o n'o eiste e9 *ratica9ente nen8u9 lugardo 9undo e *ortanto o *roble9a n'o se coloca.

Os udeus do s(culo usara9 e abusara9 do conceitode assi9ila)'o basica9ente co9o u9a estrat(gia *aradesqualicar e de9oniar outras tend7ncias das quaisdiscorda%a9. Assi9 era9 denidos co9o assi9ilados os

udeus n'o religiosos *elos religiosos os conser%adores ereJor9istas *elos ortodoos ou os n'o sionistas *elossionistas *ara dar alguns ee9*los. ^oe a *ers*ecti%a8istFrica nos ensina que todos esta%a9 errados no sentidode que nen8u9a Jor9a de uda;s9o esgota todas as suas*ossibilidades e que cada ino%a)'o ? co9o *or ee9*lo osionis9o e9 sua (*oca ? re*resenta u9a contribui)'o queJortalece o uda;s9o.

Nos te9*os atuais Jantas9a da assi9ila)'o ainda (utiliado *elas lideran)as co9unit+rias *ara assustar a si9es9as e aos 9e9bros da coleti%idade Juncionando co9o9ecanis9o de 9obilia)'o de 9edos e recursos. u9aestrat(gia 9as u9a estrat(gia *obre u9a %e que distanteda e*eri7ncia das no%as gera)Tes e de tudo o que a8istFria udaica ensina. A sobre%i%7ncia do uda;s9o noBrasil de*ende de sua ca*acidade de ser cada %e 9ais

\assi9ilado] de integrar a escola de sa9ba no Puri9 de ?

2í



E9bora na deJensi%a o uda;s9o secular te9 *ara9obiliar al(9 de u9 enor9e ca*ital 8istFrico e culturalu9a tradi)'o de *artici*a)'o nos grandes desaos *ol;ticos

da 8u9anidade *elo ati%is9o e *artici*a)'o nas lutas *ela usti)a social e *or u9 9undo 9ais solid+rio. Portanto odi+logo entre o uda;s9o religioso 8u9anista e secular sei9*Te *ara a9bosU *ara o *ri9eiro no sentido de e*andirseus 8oriontes e n'o ter seu ol8ar reduido ao u9bigo da%ida co9unit+ria ou a u9 9isticis9o indi%idualista enarcisista[ *ara segundo no sentido de restaurar tecidoque o liga s Jontes da tradi)'o udaica. Esse di+logo +eistiu de Jor9a e*l;cita ou i9*l;cita tendo sido destru;do*elo ^olocausto e re*ri9ido *elo co9unis9o. ue9 ler 8oeos grandes %ultos do uda;s9o secular ? co9o *or ee9*loC8ai9 X8idowsL ou A8ad Aa9 ? car+ i9*ressionado *elocon8eci9ento que *ossu;a9 da tradi)'o religiosa assi9co9o 8oe ca9os i9*ressionados diante de o%ens cuareligiosidade ortodoa se constrFi na ignor&ncia de toda atradi)'o de solidariedade e luta *or u9 9undo 9el8or quecaracteriou o uda;s9o 9oderno.

O 1an4as+a .a assi+ila@o3 o- 0or -+ ,-.a/s+o se++e.os

O con8eci9ento e a *r+tica do uda;s9o de !8eodor^ertl era9 co9o sabe9os quase ineistentes. Por(9se9 ele *ro%a%el9ente n'o 8a%er;a Estado de Israel. Na9es9a situa)'o encontra%a9?se Albert Einstein Sig9undQreud e *ratica9ente todos os udeus do s(culo dos

quais 8oe tanto nos orgul8a9os. 2o *onto de %ista do uda;s9o ortodoo a quase totalidade dos l;deres sionistasGassi9 co9o o autor deste teto e a 9aioria de seusleitoresH seria9 denidos co9o udeus assi9ilados.

O uda;s9o sobre%i%eu desde os te9*os b;blicos at(8oe *or sua ca*acidade de assi9ilar as 9ais di%ersasculturas. Co9o 9ostra 4artin Buber e9 4ois(s o udeu (u9 *o%o n9ade isto ( u9 *o%o que %iaa entre asculturas e que n'o te9 9edo de interagir e que descobriu

20



(OL8RNCIA 8 O OU(RO

Nilton Bonder

O o-4ro 2 o +es+o

Dis4ines 0ara o .ilogo

Este arti"o !oi inspirado num pe'ueno incidente1 9ui procurado por uma pessoa 'ue %iajara aos Estados :nidos eme tra5ia um !olheto de uma sina"o"a 'ue %isitara1

pessoa em 'uest*o achara o !olheto interessante e um bommodelo para a di%ul"a)*o de uma sina"o"a1 ;uando ti%eoportunidade de ler com mais aten)*o o tal !olheto/ %i 'uen*o se trata%a de um in!ormati%o de uma sina"o"a/ mas deum templo do "rupo 'ue se autodenomina 6judaísmomessi<nico=al "rupo/ 'ue j& conta com institui),es no +io eem S*o >aulo/ se apresenta como uma corrente judaica 'ue%. em Jesus o ?essias e no No%o =estamento uma !onte

canoni5ada1

O intoler+%el ( se9*re u9a 9edida 9uito interessante.Re*resenta atransgress'o de u9a Jronteira que na %erdade sF se

A 9odernidade nos troue u9a insu*ort+%elca*acidade de conJundir toler&ncia co9 aliena)'o. 4udar deto9 no 9eio de u9a 9elodia ( algo desagrad+%el aosou%idos e9bora n'o queira dier que u9 to9 sea 9el8ordo que outro. O que ( intoler+%el n'o ( a diJeren)a 9as aindiJeren)a ? a ca*acidade de se esquecer do co9*ro9issoco9 a 9elodia. A toler&ncia n'o ( u9a 9edida absoluta eeigir?l8e tal naturea ( estar de Jora eterno e indiJerente.O que ( intoler+%el de%eria ser entendido lu de u9aorde9 de toler&ncia inaceit+%el e n'o *or 9eio de u9a

Os 9o%i9entos religiosos que eiste9 8oe dentro do

uda;s9o s'o ee9*los de u9 9es9o que ( diJerente. Suas*atologias *ode9 se e*ressar *ela aliena)'o dos 9ais

23



conceito e u9a 9+ 9edida. 2+?nos a ilus'o de que nosdistancia9os de u9 9undo ideal ao qual de%e9os retornarretirando o *rinci*al instru9ento

ca*a de assegurar a re*rodu)'o de u9a co9unidadeU suareno%a)'o atra%(s da *artici*a)'o e absor)'o criati%a dacultura local. A quest'o *ortanto n'o ( qu'o assi9iladoss'o os udeus do Brasil + que ningu(9 est+ e9 *osi)'o deser ui de seu rFi9o 9as ual ( a ri uea do uda;s9o

22



Acredito que n'o. Esse gru*o n'o ( u9 9es9odiJerente ( u9 outro. Poder;a se assu9isse istoestabelecer?se at( u9a rela)'o de a*recia)'o ? *oder;a

8a%er 9uita con%ersa se Josse u9 outro. Sua i9*robidade (querer *assar?se co9o *arte de u9 gru*o 9inorit+rio co9os'o os udeus co9 u9 longo *assado de sub9iss'o acatequeses e ao *roselitis9o %iolento e9 u9 9o9ento e9que *assa *or *roJunda transJor9a)'o de sua identidade. 8ora dos tolerantes sere9 *roJunda9ente coerentes co9sua ess7ncia e eercere9 sua intoler&ncia. u9 9o9ento*roJundo de e*ressar?se n'o co9o u9 alienado ou u9indiJerente. u9 9o9ento de resistir s tenta)Tes daindiJeren)a que se dissi9ula9 na toler&ncia e que n'orecon8ece9 que o uda;s9o ( u9a 9elodia. N'o acreditoque ten8a que ser a Znica 9elodia ? se9 *ossibilidades decon%ersas ? 9as ( u9a 9elodia *rF*ria. O uda;s9o su*ortaqualquer a 9as n'o o desanar.

!riste a 8istFria deste gru*o que e9 %e de Jaer a a*artir da tradi)'o crist' %e9 desanar o uda;s9o. sus*eita tal necessidade de Jaer?se u9 9es9o sendo?seoutro. Essa Jalta de trans*ar7ncia *arece atender a u99ercado das conJusTes 9ais do que abrir no%as*ers*ecti%as 9elFdicas *ara este 9undo t'o necessitadodelas.

Ao 9es9o te9*o %i%e9os u9 9o9ento i9*ortante*ara que os udeus recon8e)a9 suas *rF*rias Jronteiras.

!rata?se de certo 9odo de u9a o*ortunidade *ara lidarco9 nossas *rF*rias *atologias. ue o liberal tolerante

con8e)a suas intoler&ncias e que tradicionalistaintolerante con8e)a suas %erdadeiras toler&ncias.

ue os ditos udeus 9essi&nicos des*erte9 *ara o atode agressi%idade que co9ete9 ao se Jaere9 *artes de u99es9o e que busque9 o di+logo do diJerente co9 aquelesque die9 res*eitar ? os udeus. ue a tradi)'o crist' n'o sereubile nessa 9aniJesta)'o religiosa co9o a cristiania)'odos udeus 9as que a co9*reenda co9o u9a %ariante

25



ser tolerado ou *ela intoler&ncia dos 9enos tolerantes e9rela)'o quilo que de%eria ser tolerado. 5iberais *ortanto*ode9 ter sido condescendentes e *luralistas co9 o

intoler+%el e ortodoos i9*lac+%eis co9 o toler+%el.Alcan)ar esse discerni9ento sF ( *oss;%el atra%(s dealgu9a deni)'o de Jronteira. Se9 Jronteiras que dena9 oque ( u9 9es9o ou o que ( u9 outro n'o eiste qualquer*ossibilidade de toler&ncia ne9 de a*recia)'o.

uando duas ou 9ais tradi)Tes encontra9?se e9es*a)os ecu97nicos seu trata9ento 9Ztuo n'o consegueultra*assar a di9ens'o da toler&ncia. S'o tradi)Tes tratadas

co9 u9a 9es9a deJer7ncia s'o *artes de u9 9es9o eco9o diJerentes *artes de u9 9es9o sF *ode9 se tolerar.Se no entanto esse encontro se d+ na di9ens'o do outrona linguage9 ou no es*a)o do outro onde n'o se te9qualquer dZ%ida de que o outro ( o outro ent'o 8+ es*a)o*ara a a*recia)'o.

Ou co9o a 9+i9a c8ass;dica diU \Se eu sou eu*orque %oc7 ( %oc7 e %oc7 ( %oc7 *orque eu sou eu ? ne9eu sou eu e ne9 %oc7 ( %oc7[ 9as se eu sou eu *orque eusou eu e %oc7 ( %oc7 *orque %oc7 ( %oc7 ent'o eu sou eu e%oc7 ( %oc7 e nós podemos con%ersar ]. Se eu sou eu*orque %oc7 ( %oc7 e %ice?%ersa ent'o o que 9ais *ode9osal9ear ( a toler&ncia. Se eu sou eu *orque eu sou eu e%ice?%ersa ent'o ( *oss;%el a*reciar?nos e enriquecer?nosco9 nossa con%ersa. No ecu9enis9o s'o Jacil9entediscern;%eis os es*a)os onde se *ratica a di*lo9acia e ondese *ratica o enriqueci9ento no di+logo.

Surge 8oe nas grandes ca*itais onde 8+ *resen)audaica o cada %e 9ais %is;%el \uda;s9o 9essi&nico]. Estegru*o se assu9e co9o *arte da J( udaica que recon8eceesus enquanto 4essias e *ratica o uda;s9o e9 sua Jor9acultural e tradicional. !e9 cor*o de udeu ? *ro*Te?se asmit5%ot/ circuncis'o 2ashrut/ Shabat/ te$l&/ c8a9a seu9entor es*iritual de rabino e sua casa de ora)Tes desinagoga ? e al9a crist' ? Jala de Ios8ua o sal%ador que

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O argu9ento do rabino era no 9;ni9o interessante. Elediia que o triunJo re*resenta%a a 9ais eJ79era dasseguran)as e usa%a da *rF*ria 8istFria dos udeus *ara

9ostrar que o triunJo dos ass;rios gregos ro9anosbiantinos cruados e oto9anos era u9a 9et+Jorarecorrente de que o %encedor de 8oe ( o derrotado dea9an8'. N'o *ela Jor)a 9as *elo es*;rito ? *ara colocar nas*ala%ras 9ilenares dos *roJetas de Israel. ue9 %ence*rodu u9 %encido e se coloca na cadeia sucessi%a einter9in+%el da %iol7ncia.

!al%e no Juror e euJoria de u9 *o%o que duas d(cadas

antes esta%a sendo aniquilado e9 c&9aras de g+s cassediJ;cil n'o dar a essa carta o 9 que *ro%a%el9ente te%e ? ode ser ignorada. 4as ela contin8a algo 9erecedor dere`e'o *articular9ente 8oe quando israelenses e*alestinos coloca9 a *a co9o irredut;%el a u9 Estado seade que lado Jor se9 0erusal(9 co9o ca*ital 9et+Jora dotriunJo.

ue9 %isitasse 0erusal(9 antes da \intiJada]

encontraria a cidade %el8a sob e%identes \controles] que seorganiara9 na *r+tica. Os 9u)ul9anos controla%a9 aregi'o das 9esquitas os udeus a regi'o do 4uro oscatFlicos as igreas e seus 9onu9entos santos algo que sen'o era *ac;co n'o esta%a t'o longe na *r+tica co9o noscora)Tes. Essa *r+tica 8a%ia sido u9 interessante resultadode con%;%io e ob%ia9ente de u9 relati%o estado deliberdade e de9ocracia que be9 ou 9al o Estado de Israeltroue co9o no%idade quele canto do 9undo. A solu)'o

co9 certea *assa *or estes tr7s ingredientesU con%;%io estado de liberdade e 9 do triunJalis9o. Algo 9uitodiJerente do que as lideran)as de a9bos os lados est'oJaendo.

0erusal(9 9in8a ou sua %otos *ela internet *ara %erque9 GGgan8a] e atitudes ans n'o a*roi9a9 ningu(9 deu9a *oss;%el ca*ital?9et+Jora da *a. ^+ u9a *roJundairres*onsabilidade e9 colocar que9 quer que sea na

*osi)'o de \*erder] 0erusal(9.

27



A 8eresia n'o ( da di9ens'o do outro 9as do 9es9o.ReJor)ar as identidades Jaer?se 9ais outro ( o ca9in8o da*a e da a*recia)'o. ue crist'os sea9 9ais crist'os que

udeus sea9 9ais udeus e9 *articular assu9indo sualeg;ti9a di%ersidade. \E naquele dia 2@us ser+ 19 e SeuNo9e 19] ( o dia das 9uitas 9elodias que se a*recia9.N'o ser+ o dia do enJadon8o canto un;ssono ne9 do cantoatra%essado dos 9es9os que s'o outros. Ser+ o dia e9 quea diJeren)a Jor sagrada e a indiJeren)a u9a 8eresia.

Jer-sal2+ e o 4ri-n1o

Co9 certea n'o eiste ;cone 9aior da diculdade decon%i%7ncia 8u9ana do que a cidade de 0erusal(9. Qundada8+ tr7s 9il anos *elo rei 2a%i *ossi%el9ente + ent'o sobreu9 s;tio sagrado arcaico da regi'o 0erusal(9 era u9*roeto. Seu no9e o re%ela%aU Ierushalem/ a cidade da*lenitude ou a cidade da *a. E o *roeto deu certo. N'oeata9ente *or ter traido *a e9 sua 8istFria 9uito *elo

contr+rio 9as *or ter sintetiado a diculdade 8u9ana deobt7?la. 0erusal(9 se transJor9ou e9 s;9bolo de triunJo ese 8+ algo que a *a n'o (... ( ser Jruto do triunJo.

E9 un8o de =,$/ *oucos dias a*Fs a :uerra dos Seis2ias e a conquista da cidade %el8a de 0erusal(9 *eloe(rcito israelense a gura *ol;tica e a lideran)a 9ais*roe9inente do no%o Estado de Israel 2a%id Ben :urionrecebia u9a carta. Era de u9 re9etente relati%a9entedescon8ecido u9 rabino de no9e Xal9an Sc8ac8ter. E9sua carta o rabino alerta%a *ara a grandea 8istFricadaquele 9o9ento. A*Fs = s(culos se9 soberania sobreseu 9aior 9onu9ento o 4onte do !e9*lo *lantado nocora)'o da cidade %el8a os udeus n'o sF tin8a9 acesso9as ta9b(9 controle do local.

Enquanto os udeus se e9ociona%a9 co9 as Jotos desoldados reando unto ao 4uro das 5a9enta)Tes enquantoa e eri7ncia do 9aior eilo e dis ers'o da 8istFria 8u9ana

26



4ais i9*ortante tal%e do que a 9e9Fria e o ulga9ento do *assado sea a ca*acidade de identicar e9nosso te9*o as atitudes que ainda 8oe re*resenta9 as

Jor)as do con%enci9ento. Elas est'o *or todas as *artestra%estidas de intoler&ncia.Os que \*recisa9 con%encer@@ s'o aqueles que

acredita9 que a %ida ( u9a ca9in8ada que de%e c8egar aalgu9 lugar onde suas %i%7ncias e seus %alores ser'oco9*arados s %i%7ncias e aos %alores dos outros. Os que\n'o *recisa9 con%encer] n'o *ercebe9 a %ida co9o u9\9ega%estibular]. N'o 8+ *ri9eiros colocados ne9 sequer

a*ro%ados e re*ro%ados *or *ar&9etros eternos eecludentes. N'o 8+ sal%os e *erdidos. Eiste si9 a*ossibilidade de n'o soJrer de deses*ero *ara todos os que%i%a9 suas %idas co9 re%er7ncia integridade e intensidade.

^+ neste 9undo os que \%i%e9 e deia9 %i%er] e 8+no 9undo os que *recisa9 ar9ar suas certeas *ro%andoe a*ontando o \outro] co9o errado. 19 dia ire9osconcordar que sF eiste u9 *ar&9etro eterno *ara denir o\certo] e o \errado]U certo ( qualquer coisa que n'o queiracon%encer ou i9*or a %ontade de u9 sobre o outro[\errado] ( a *ostura do con%enci9ento.

!anto con%encido quanto o que con%ence s'o*erdedores. O ulga9ento da %ida se baseia e9 duas listasde acusa)'oU as ocasiTes e9 que Jo9os con%encidos e asocasiTes e9 que con%ence9os. Nossa identidade e nossosenso de *resen)a s'o e*eri9entados quando n'oesta9os ne9 na condi)'o de con%encidos ne9 na decon%encer. A *rF*ria alegria de*ende do quanto so9oscon%encidos *elos outros e do quanto con%ence9os osoutros. uanto 9ais con%encidos e con%ence9os 9aistristes e insatisJeitos nos to9a9os[ 9aior nosso senso deinadequa)'o[ 9aior nossa inseguran)a e 9aior o nosso9edo.

O con%enci9ento nos rouba a %italidade Junda9entalde nossa *rF*ria rai e nos Ja de*endentes do outro *ara

denir a nFs 9es9os. O con%enci9ento ( u9a in%ea

29



deseo de triunJo teolFgico que 9arcou as guerras entrecrist'os e 9u)ul9anos nos Zlti9os dois 9il7nios *elaconquista de 0erusal(9. N'o a*enas u9 triunJo *ol;tico 9as

teolFgico. E quando triunJo ( teolFgico e si9bFlico ent'on'o se trata de saber co9 que9 ca 0erusal(9 9as que9ca co9 2@us. E a; as negocia)Tes *assa9 a ser de orde9*sicolFgica tendo co9o quest'o b+sicaU 2e qual dos l8osVoc7 gosta 9ais

N'o 8a%er+ *a enquanto a9bos ou 9el8or todos oslados interessados n'o Jore9 derrotados. 19a derrota nae*ectati%a de triunJo de todos ( a Znica es*eran)a da *a.

Se9*re Joi.

A 0raga .o con5enci+en4o

Entra9os neste s(culo co9 o *a*a tocando nu9aantiga Jerida do 9undo ocidental. Pedia *erd'o *elos cri9esco9etidos e9 \no9e de 2@us]. Nunca cou t'o*olitica9ente claro o signicado do terceiro 9anda9ento

\n'o to9ar+s no9e de teu 2@us e9 %'o@@. E9 *articularJora9 le9brados os cri9es co9etidos a ser%i)o da\%erdade]U a intoler&ncia e %iol7ncia contra dissidentesguerras religiosas[ %iol7ncia e abusos dos cruados e os9(todos cru(is utiliados *ela Inquisi)'o.

19a das lutas Junda9entais dos \direitos 8u9anos] (contra o deseo de \con%encer] e \con%erter]. A ideia quenorteia nossa ci%ilia)'o ocidental ( que *ara u9 lado ter

ra'o o outro te9 que necessaria9ente estar errado.Conta?se que u9 rabino Joi certa %e consultado sobre

u9 lit;gio. 19a das *artes en%ol%idas a*resentou seu caso eo rabino aquiesceuU \%oc7 te9 ra'o]. A outra *arte ta9b(9a*resentou sua argu9enta)'o e o rabino recon8eceuU \%oc7ta9b(9 te9 ra'o]. Seu assistente que o aco9*an8a%aatnito questionou o 9estreU \isto ( u9 lit;gio co9o *odeser que este ten8a ra'o e aquele ten8a ra'o]. O rabino

\ ]

28



Joi constru;da e9 torno de u9a 9itologia nacional queenJatia%a os la)os co9 *er;odo antigo *ulando dois 9ilanos de %ida dias*Frica.

O ôlocausto e os senti9entos de solidariedade e9rela)'o ao Estado de Israel etinguira9 ou ogara9 *ara as9argens gru*os seitas e indi%;duos que *ro*un8a9 Jor9asn'o nacionalistas de conceituar uda;s9o. O Znico centroco9 %italidade *ara reconstruir %isTes alternati%as de

uda;s9o os Estados 1nidos ( total9ente autorreJerenten'o reètindo ne9 se reètindo na *r+tica co9o *arte deu9a di+s*ora. O sionis9o a*esar dos esJor)os de

reno%a)'o de suas rela)Tes co9 as co9unidades udaicasna di+s*ora continua *reso a u9a %is'o da 8istFria e9 queIsrael ( Znico centro aut7ntico de *rodu)'o de cultura

udaica.Neste in;cio de s(culo 66I co9e)a9 a surgir sinais de

*luralia)'o do uda;s9o de u9a di%ersidade que cou na*enu9bra durante quase 9eio s(culo calada *elo trau9ado nais9o e *elo senti9ento de que a solidariedade *ara

co9 Estado de Israel era a *rioridade da %ida udaica nadi+s*ora.4as se sionis9o triunJou *olitica9ente ? e 8oe o

Estado de Israel ( de u9a Jor9a ou outra *arte daidentidade e do senti9ento de seguran)a Ge inseguran)aHontolFgica da grande 9aioria dos udeus? ele se 9ostroutotal9ente inadequado e9 seu diagnFstico e suasteoria)Tes sobre as di9ensTes sociais e culturais do *o%o

udeu. E9 deJesa do sionis9o na *ri9eira 9etade do s(culo66 *oder?se?ia argu9entar que ele te%e de enJrentar *ontosde %ista concorrentes nu9a Euro*a que ca9in8a%a *ara abarb+rie 9as seguir ar9ando 8oe a %is'o sionista da8istFria ( u9 desser%i)o e u9 e9*obreci9ento inaceit+%eisda cultura udaica.

Paradoal9ente ( e9 Israel que a %is'o sionista est+tendo o custo 9ais alto *or u9 *rocesso t;*ico de reto9odo recalcado.

31



M8DI(A)>8S POLÍ(ICO"8XIS(8NCIAIS $

Bernardo Sorj

J-.a/s+o e sionis+o3 .i5ersi.a.e e.e+ocracia

C o9o e*licar s no%as gera)Tes que certos Jen9enosFb%ios *araelas n'o eistia9 *oucas d(cadas atr+s co9o ( ocaso *or ee9*lo

dos co9*utadores ou da internet E se + ( diJ;cil i9aginaru9 9undo se9certos obetos ainda 9ais diJ;cil ( i9aginar 9undos cuosdebates e cren)asque os sustenta%a9 desa*arecera9 de cena co9o adiscuss'o sobre aeist7ncia ou n'o de u9 *o%o udeu.

Pois ( durante boa *arte do s(culo 66 gera)Tes de

intelectuais e ideFlogos ? entre os quais 4ois(s ^ess e 5eonPinsLer Beer Boroc8o% e Si9on 2ubnow 5enin e Rosa5ue9burgo ? argu9entara9 a Ja%or e contra a eist7nciade u9a na)'o udaica *artindo do Jato de que os udeusn'o *ossu;a9 u9a base territorial co9u9. O sionistasinclusi%e deJendendo a eist7ncia de u9 *o%o udeurecon8ecia9 que a %ida na di+s*ora se trata%a de u9a\anor9alidade] e se *ro*un8a9 corrigi?la.

A luta *ela ar9a)'o de u9a na)'o udaica na*ri9eira 9etade do s(culo deu?se *articular9entecontra a %is'o do9inante no 9o%i9ento co9unista 9asta9b(9 contra a 9aioria das correntes no seio do uda;s9o.Para u9 grande nZ9ero de udeus ? religiosos ortodoos oureJor9istas ou 9es9o socialistas ligados ao Bund que*ro*un8a9 autono9ia cultural ou territorial na *rF*riadi+s*ora Gsustentando u9a identidade Jundada na culturai;dic8eH ? o sionis9o esta%a Jadado ao Jracasso e o uda;s9o

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Israel .e0ois .a g-erra 1ria

A guerra Jria enquadrou durante quatro d(cadas as

estrat(gias das elites dirigentes dos *a;ses +rabes e deIsrael. N'o que ela ten8a real9ente congelado a îstFria9as deniu as *ossibilidades ? ou u9 ca9*o de*ossibilidades ? sobre as quais os %+rios gru*os dirigentesbuscara9 concretiar que considera%a9 ser os interessesnacionais a*ro%eitando?se dos conìtos estrat(gicos das*ot7ncias 9ilitares 8ege9nicas Estados 1nidos e 1ni'oSo%i(tica Ge sendo *or elas utiliadosH.

A lFgica da guerra Jria su*un8a u9a luta *or *osi)Testerritoriais *articular9ente adequada a u9 conìto co9o +rabe?israelense e9 que a %itFria de uns era %i%ida co9osendo aniquila9ento do outroU son8o de u9 lado era *esadelo do outro.

O 9 do co9unis9o e *or conseguinte da guerra Jriadesorientou e in%iabiliou as antigas estrat(gias. Enquantodurou a guerra Jria boa *arte das elites dirigentes de IsraelGsea *or u9a %is'o ultranacionalista sea *or u9a ideologiade seguran)a 9ilitarH considerou que seria *oss;%el anear*arte ou todos os territFrios ocu*ados e9 =,$/. Na 9edidae9 que a guerra Jria era %ista co9o u9 conìto se9 9 eque *ortanto a *a nunca c8egaria trata%a?se de a%an)aros interesses e gan8os i9ediatos coloniando os territFriosocu*ados. Co9 o 9 da guerra Jria essa *ol;tica se 9ostroucontra*roducente e etre9a9ente cara gerando u9a Jontede instabilidade *ol;tica *ara o conunto da sociedade as

colnias e os colonos nos territFrios ocu*ados e9 =,$/.A9bas as lFgicas era9 si9(tricas e antagnicas. O

9undo +rabe *or sua %e ulgou que *or 9eio da luta9ilitar co9 a*oio so%i(tico conseguir;a eli9inar Israel. O*ri9eiro *a;s +rabe a Jaer a *a co9 Israel o Egito Joita9b(9 o *ri9eiro a ro9*er co9 a lFgica da guerra Jria ou9el8or a 9odicar sua *osi)'o dentro dessa lFgicaescol8endo u9a alian)a co9 os Estados 1nidos e da; auJerir

todas as de%idas consequ7ncias custos e beneJ;cios.

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udeus do 9undo +rabe identica9?se co9 u9 *artidoreligioso o S8as que renega o sionis9o co9o u9 Jen9enodo uda;s9o euro*eu que os le%ou a u9a sociedade e9 que

ocu*a9 *osi)Tes subordinadas e que des%aloriou suacultura dias*Frica.A identidade udaica se9*re Joi 8iJeniada Gisto (

uda;s9o? es*an8olY ?*olon7sY ?ale9'oY ?*ortugu7sY?babilnicoY ? ro9anoY ? brasileiro etc.H e continua sendo e9Israel Gudeu?israelenseY ?iraquianoY ?russoY ? brasileiroY?Jranc7sY ?georgiano etc.H. Israel que de%eria *roduir u9ano%a cultura nacional transJor9ou?se nu9a na)'o de

di+s*oras e o Estado nacional no re*resentante ead9inistrador dos conìtos de u9 9undo de identidadesJrag9entadas. Isso n'o ( u9 de9(rito *ara o Estado deIsrael ne9 *ara *roeto sionista contanto que estes sea9ca*aes de desen%ol%er institui)Tes de9ocr+ticas dentrodas quais os interesses e conìtos gerados *ela di%ersidadecultural *ossa9 ser elaborados e substitua9 atual rateiode recursos *Zblicos e9 Jun)'o de alian)as *ol;ticascircunstanciais. Esse recon8eci9ento da di%ersidade culturale a cria)'o de institui)Tes de9ocr+ticas s'o *arte doca9in8o de *acica)'o da regi'o na 9edida e9 que ir'oao encontro de outra cultura 8iJeniada e que constituiquase u9 quarto da *o*ula)'o do *a;sU os israelenses?+rabes Gou israelenses?+rabes?*alestinosH.

4as se o ca9in8o da constru)'o de institui)Tesde9ocr+ticas e9 Israel + ( c8eio de es*in8os e9 Jun)'o doconìto co9 o 9undo +rabe ta9b(9 ( %erdade que a

*rF*ria tradi)'o dias*Frica que enriqueceu o uda;s9o e9tantas di9ensTes n'o desen%ol%eu a arte de go%ernar ne9o es*;rito *Zblico 9oderno. 0+ nos anos - Ben :urion sequeia%a da Jalta de mamlachtiut dos cidad'os de Israel oque na linguage9 da ci7ncia *ol;tica *ode ser traduidoco9o Jalta de e*eri7ncia de "o%ernance e de sensibilidadeJrente s ei 7ncias da o%ernabilidade. Os udeus

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JUDAÍSMO 8 O N*O JUD8U NA EAMÍLIA

Nilton Bonder

Ca,- " o F-in4o GlHo

A tradi)'o rab;nica Ja uso de u9a interessante Jor9a dedial(tica a\tetral(tica]. Ao in%(s de u9 *ensa9ento desen%ol%idoa *artir de

o*osi)Tes na busca de unir contr+rios ? tese e ant;teseatingindo u9aco9*reens'o su*erior ? a s;ntese ? os rabinos ressaltara9 o\centro entre os*olos] co9o Jor9a de atingir a s;ntese *lena. O centro (se9*re Jor9ado*or duas categorias 9oderadoras ? o centro 9ais *rFi9o deu9 *olo e ocentro 9ais *rFi9o do outro *olo. Os ee9*los s'o Jartos.Para re`etirsobre a *osse *or ee9*lo os rabinos recon8ece9 acategoria dos que*ensa9 \o que ( 9eu ( 9eu e o que ( teu ( 9eu] Goa*egadoH e dos que*ensa9 \o que ( 9eu ( teu e o que ( teu ( teu] Godesa*egadoH. 4as entreessas categorias eiste9 \os 9al resol%idos] ? \o que ( 9eu

( 9eu o que (teu ( teu] e \o que ( teu ( 9eu o que ( 9eu ( teu].O *ri9eiro ( centro 9ais *rFi9o do *olo a*egado.

A*esar de conter ele9entos de 9enor a*ego se9 dZ%idaainda *ertence a esta categoria. A segunda categoria decentro ainda que *rFi9a tolice conJundindo no)Tes de*ro*riedade e contendo ele9entos de a*ego est+ 9ais*rFi9a ao *olo do des*rendi9ento.

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9undo +rabe *ri9eiro e9 4adri e de*ois direta9enteentre *alestinos e israelenses e9 Oslo. Por(9 enquanto os*ol;ticos 9ais *rag9+ticos e boa *arte dos 9ilitares

*rossionais se ada*tara9 ra*ida9ente no%a situa)'o asrealidades ideolFgicas culturais e sociais ali9entadasdurante d(cadas 9ostrara9 grande in(rcia. Co9o resultadono%as e %el8as elites 9obilia9 a*oios *ara *ro*ostas deconJronta)'o 9ortal. E9bora essas estrat(gias n'o 9ais sesustente9 e9 realidades geo*ol;ticas 9undiais n'o *ode9ser consideradas irrele%antes co9o 9ostra ee9*lo daIugosl+%ia.

Os gru*os dirigentes do 9undo +rabe e de Israel quebusca9 8oe u9a solu)'o negociada *ara o con`ito de%e9con%i%er co9 os Jrutos que eles 9es9os *lantara9*rotegera9 ou nutrira9 ? son8os nacionalistas irredentistase gru*os religiosos Jan+ticos que geral9ente t79 co9obase de sustenta)'o os gru*os 9ais eclu;dos da sociedade.

4ais cedo ou 9ais tarde o Estado de Israel de%er+de%ol%er todos os territFrios ocu*ados e9 =,$/ e aceitar adi%is'o de 0erusal(9 ? na %erdade tr7s cidadesU u9a +rabeoutra udia e a antiga u9 es*a)o uni%ersal. 4as co9o di7?

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Os udeus brasileiros sabe9 que o \cau] tra*roble9as. E9 *articular *orque este ter9o 9uitas %eesutiliado de Jor9a *eorati%a re*resenta os l8os de

casa9entos 9istos. 2eri%ado das s;labas iniciais de\catFlicos] e \udeus] o \cau] re*resenta todos os l8os decasa9entos entre udeus e *essoas de qualquer outrareligi'o. ue9 ( o cau Seria u9a gura eterna que est+dentro ou seria u9a gura de dentro que est+ Jora Co9oencai+?lo no *aradig9a %igente N'o 8+ dZ%idasU \cau]tra *roble9as *ara a tetral(tica. Ali+s tudo que est+ Jora do*ensa9ento ou da teoria tra *roble9as ? ou seria9desaos

Se9 saber ou sabendo os udeus brasileiros ele%ara9o cau a u9a *e)a 9;tica ? o quinto Jruto.

O cau ( Junda9ental *ara co9*reender9os a *rF*riano)'o de dial(tica ou \tetral(tica]. A dial(tica nada 9ais (do que a tentati%a de lidar co9 o \outro]. O di+logo que (8oe esteio da (tica e do entendi9ento 8u9ano baseia?seno Jato de recon8ecer na ant;tese do outro a *ossibilidade

de u9a s;ntese que sea a de*ura)'o de nossa *rF*ria tese.Os rabinos ta9b(9 busca%a9 isto co9 suas quatrocategorias. Recon8ecer o outro e ta9b(9 as nuances noco9*orta9ento 8u9ano era *ro9o%er u9 ser 8u9ano9el8or co9 9aior co9*reens'o de si e de seu se9el8ante.O cau *ode se9 dZ%ida le%ar esse *rocesso u9 *asso Jrente. O %erdadeiro \outro] ( que n'o est+ no di+logo eque de certa Jor9a questiona tanto tese co9o ant;tese. aquele que n'o se encaia na s;ntese e *ortanto a

\des*ro%a]. Por u9 lado o cau ( \a9ea)a] *or outro (\desao]. 4as todos sabe9os que ignorar a eist7nciadesse \quinto Jruto] n'o sal%a a s;ntese 9uito *elocontr+rio acelera seu *rocesso de desintegra)'o. N'o 8+outra Jor9a de 8onrar o esJor)o intelectual e es*iritual do*assado se9 conduir a a9ea)a categoria de desao.

Na ^agada de Pessac8 os rabinos ee9*licara9atra%(s de sua \tetral(tica] quatro categorias de

*ertin7ncia a u9 gru*o. O l8o que se sente *arte da

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\esquerda] e u9a \direita] e que te9 seus centros na\centroesquerda] e \centrodireita].

Para a e*eri7ncia eistencial o cor*o e o es*;rito est'onos *olos. Seus centros s'o a \e9o)'o]? u9 centro 9ais*rFi9o do cor*o ? e o \intelecto] ? u9 centro 9ais *rFi9odo es*;rito.

Na inter*reta)'o co9o nos 9ostra a lenda do Pardeseiste9 os *olos daqueles que se 9ant79 ;ntegros edaqueles que se *erde9. Entre o s+bio e o 8erege est'o ascategorias do centros+bio Gautodestruti%o ? *er9anece;ntegro %erdade ao custo de sua *rF*ria integridade J;sicaH

e o centro?8erege Go louco ? n'o *er9anece ;ntegro %erdade *ara *reser%ar sua integridade J;sicaH.

^oe esse *aradig9a da tetral(tica encontra?se e9eque *or conta do cau. 4as onde entra o \cau] nissotudo

Na celebra)'o de !u?Bi@s8e%at o ano?no%o relati%o s+r%ores nos *ri9eiros ind;cios de quebra do in%erno e in;cioda *ri9a%era os rabinos criara9 u9 \ogo si9bFlico]atra%(s dos Jrutos. Para 9arcar a \tetral(tica] a*resentara9a ideia de que os Jrutos ? gra)a 9aior concedida *elo reino%egetal ? eiste9 e9 quatro categorias. Os Jrutostotal9ente resguardados Gcascas e caro)os n'o co9est;%eis? abacate 9anga...H e os total9ente entregues Gcascas ecaro)os co9est;%eis ? 9orango go...H re*resenta9 osetre9os no reino dos Jrutos. Os centros ca9 *or contados Jrutos \centrodeJendidos] Gcascas n'o co9est;%eis e

caro)os co9est;%eis ? banana abacaiH e dos\centroentregues] Gcascas co9est;%eis e caro)os n'oco9est;%eis ? a9eia oli%a...H.

!udo 9uito be9 at( que a*are)a o cau.O cau ( u9a quinta categoria. %erdade que 9uitos

gostaria9 de enquadr+?lo co9o u9 Jruto de cascaco9est;%el e caro)o n'o co9est;%el. 4as esta seria u9atriste si9*lica)'o do cau. N'o 9e rero a*enas ao Jato de

que a Jruta do cau te9 a estran8a Jor9a de eternar seu

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identidade udaica 9oderna. insu*ort+%el *ara a grande9assa de udeus n'o *raticantes e absor%idos *elacidadania e *ela globalia)'o *erceber que 8+ *ouca quase

nen8u9a ou nen8u9a diJeren)a entre eles e os n'o udeus.Au9entar o %alor do t;tulo *ara *reser%ar a qualidade doclube se9 u9a real benJeitoria no conteZdo e na qualidadedo 9es9o ( indicati%o de decad7ncia.

A*arente9ente resol%idos estaria9 os etre9os ? aortodoia e os udeus *lena9ente assi9ilados. O *ri9eiroassu9e ser \diJerente] dos outros sea e9 sua 9iss'o8istFrica ou sob Jor9a 9;stica e9 sua Jun)'o cFs9ica. O

segundo assu9e ser \u9 igual] e *ortanto questTes co9oa con%ers'o ou con%en)Tes de *ertenci9ento *oucoi9*orta9.

No entanto a9bas as *osturas a*enas dissi9ula9u9a resolu)'o deniti%a. A ortodoia *ri9eira9ente %i%eseu dra9a *articular tendo que adotar *osturas cada %e9ais radicais de diJeren)a nu9 9undo de iguais. N'o sF atele%is'o Jala de iguais 9as a 9oral a (tica a cultura a

arte a ci7ncia os 9itos e os 9isticis9os. A ortodoiausuJrui dessa igualdade de*ende dessa igualdade Ja usodela e *recisa ao 9es9o te9*o constante9ente sereassegurar de que ela n'o eiste. A %esti9enta as *r+ticase as id(ias t79 co9o Jun)'o 9aior n'o tanto ser%ir aoCriador 9as *roteger o udeu. O segundo gru*o assu9eares de resol%ido *ara descobrir na *ri9eira ou segundagera)'o que seus descendentes to9a9?se conJusos n'oidenticando e9 sua *ostura u9a o*)'o co9unit+ria 9as

u9a desist7ncia.A *ala%ra "uer ? con%erso ? a*arece no teto b;blico

co9 o sentido de \estrangeiro]. Sua rai de signicado\residir 8abitar] trans9ite u9a sensa)'o detransitoriedade. \4oradores te9*or+rios %oc7s Jora9 noEgito] di o teto b;blico gerando u9a das 9ais Jortesidentica)Tes udaicas ? %oc7s Jora9 estrangeiros %oc7s

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\eterno] *rF*rio caro)o diJ;cil de se engolir sea tal%e a9aior iguaria. ue 9ais que Jruto sua i9*ort&ncia est+naquilo que ( eterno e e9 seu *oder de construir e

reconstruir o que ( interno. !al%e a grande sur*resa sea usta9ente essaU o que8oe ( n'o co9est;%el intrag+%el *ode ser a 9aior iguariase tratado adequada9ente. Co9o a cultura brasileira se Jacon8ecer 9ais *ela castan8a de cau do que *elo Jruto quea 9aioria descon8ece ou a9ais %iu n'o se asso9bre9 seeste Jor no%o *aradig9aU da \castan8a] *ode surgir noJuturo 9uito da identidade de u9a cultura que o Jruto e9 si

n'o produ5@

Con"5erses e 1a4os

A quest'o das con%ersTes ao uda;s9o 9ais do que*ol79ica entre os di%ersos 9o%i9entos udaicos re%elai9*ortantes tend7ncias da autoi9age9 dos udeus nosZlti9os s(culos. A Jrequente desconan)a dos udeus

quanto sinceridade dos con%ersos se baseia e9 *arte note9or da corros'o *ela assi9ila)'o e e9 *arte no te9or dautilia)'o do uda;s9o *ara \interesses *rF*rios]. A9bas asconsidera)Tes s'o relatadas desde os *ri9eiros tetosrab;nicos sobre o assunto. ^+ no entanto u9 terceiroele9ento de car+ter bastante subeti%o e que ( u9a !reshmutation/ u9 desen%ol%i9ento 9oderno da quest'o.

2i res*eito e%olu)'o da ideia de que \ser udeu] (

u9a condi)'o trans9iss;%el a*enas *elo \sangue]. Paracolocar e9 linguage9 contetualiada n'o esta9os Jalandode u9a carga gen(tica ter9inologia 9uito recente 9as deu9a \al9a] que retrocede at( o 4onte Sinai. Este pedi"reees*iritual consiste nu9a Jor9a de racis9o que se e*ressa*ela cren)a n'o de u9 cor*o diJerenciado 9as de u9aal9a diJerenciada. 4ais *o*ular9ente essa Jor9a deteologia ocu*a o i9agin+rio co9o sendo \i9*oss;%el *arau9 n'o udeu entender o dra9a a trag(dia a saga e a

e*o*eia do uda;s9o]. SF u9a \al9a] 9oldada *ela \ ]

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O *rocesso de dicultar as con%ersTes assu9indoas*ectos cada %e 9ais r;gidos ( bastante 9oderno. Nos(culo 6VII os consel8os udaicos da 5itu&nia e da 4or+%ia

i9*usera9 se%eras *enalidades *ara o ato de *roselitis9o e*ara guarida oJerecida a con%ersos. A ra'o *ara tal deri%ade Jatores eternos e internos. O eterno de%ia?se a %+riasacusa)Tes tanto na 5itu&nia co9o na Polnia de que os

udeus era9 *roselitistas. N'o sabe9os se estas era9 Jalsasacusa)Tes ou se real9ente re*resenta%a9 u9a atitude daco9unidade. No ca9*o interno *or sua %e 9undo9oderno Je recrudescer deseo *or Jronteiras n;tidas edenidas entre os 9e9bros do gru*o dos udeus e osoutros. A a9ea)a traida *ela e9anci*a)'o *elaassi9ila)'o e *ela 9iscigena)'o acabara9 *or *roduireig7ncias cada %e 9ais estritas no que di res*eito con%ers'o. 4ais recente9ente a %olatilidade co9 que osindi%;duos crua9 as Jronteiras de tradi)Tes e culturasadicionou sus*eita ao *rocesso de con%ers'o ao uda;s9o.

interessante notar que essa atitude 9ais se%era *araco9 as con%ersTes ( de orige9 nitida9ente as8Lenai. O

9undo seJaradita at( 8+ *oucas d(cadas agia de Jor9abastante *rag9+tica *ara co9 a con%ers'o ad9itindo sua*r+tica co9o u9a necessidade intr;nseca a u9 *o%o de\9oradores e estrangeiros] co9o se sentia9 os udeus.

(acHlis3 na 0r4ica

A rigide na con%ers'o e o abandono de atitudes 9ais*rag9+ticas s'o nitida9ente u9 re`eo de senti9entos de

inseguran)a e Jalta de controle sobre os destinos do uda;s9o. interessante notar que a literatura rab;nica trataa quest'o da con%ers'o co9 toda a sua riquea e\di%ersidade]. N'o 8+ a e*ectati%a atual de u9a delidadeb+sica que sea absoluta. Qidelidades *arciais era9 ta9b(9recon8ecidas o que de9onstra grande interesse nu9trata9ento 9ais *rag9+tico. Vea9os os ter9os usados*ara distinguir as di%ersas atitudes dos con%ersosU

Auer =osha% G*ros(lito residenteH ? aquele que *ara

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E9 certos casos a quest'o ( de sensibilidade diJeren)a. 4arcar a realidade de unia orige9 e de u9aJa9;lia eterna ao uda;s9o ta9b(9 a*arece e9 discussTes

do ti*oU \Co9o de%e u9 con%erso se dirigir aos ancestrais udaicos Nas ora)Tes de%eria o con%erso dier Nosso 2@use 2@us dos seus ante*assados@ ou Nosso 2@us e 2@us denossos ante*assados@]. A *ergunta ( leg;ti9a do *onto de%ista obeti%o. 2ier que ( 2@us de seus ante*assadosGto9ando ob%ia9ente \2@us] *or u9a Jor9a es*ec;ca derela)'o co9 2@usH seria u9a 9entira. No entanto4ai9nides *ercebe a 9al;cia i9*l;cita nesta \%erdade] esentencia e9 carta a u9 a9igo con%ertido GRa9ba9Res*onsa #>? ed. Qrei9anHU \19 con%erso de%e dier Nosso2@us e 2@us de nossos ancestrais@ ou que nos escol8eu@ ouque nos deu@ ou que nos Je 8erdar@ *orque ao escol8er setornar u9 con%erso *assou a ser u9 disc;*ulo u9 l8o deAbra'o. 19a %e que se con%erte n'o 8+ diJeren)a entre9i9 e %oc7..].

Na %erdade nen8u9a outra tradi)'o ( t'o 9arcada*ela ideia de con%ers'o co9o a udaica. Seu Jundador n'o (

u9 *roJeta u9 %ision+rio que recebe i9*ortantesre%ela)Tes 9as algu(9 que se associa a outro *actodiJerente daquele de seus *ais e de sua orige9. Abra'o (u9 *ersonage9 distinto de 4ois(s de Buda de 0esus ou9es9o de 4ao9(. Abra'o ( u9 con%erso quegradati%a9ente con%erte ta9b(9 sua 9ul8er e as 9ul8eresde seu l8o e de seus netos.

N'o sF a tradi)'o tra)a a orige9 de i9*ortantes

*ersonalidades co9o Rabi ALi%a Rabi 4eir S8e9aia eA%talion at( a con%ers'o 9as os a*onta co9odescendentes dos *er%ersos Sanc8eri% Sisera ^a9an eNero G:it. -$bH. Isto de9onstraria que a con%ers'o ( u9 atode \nasci9ento] no%o inde*endente do *assado sea doindi%;duo ou de sua ancestralidade. Si9bolica9ente isto see*ressa *elo Jato de ser o 4essias descendente decon%ersos. Rut8 a 9oabita Ja *arte da lin8age9 direta do

rei 2a%i o ual or sua %e ( ancestral do 4essias. E9

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4as ( i9*ortante *erceber que esses estilos de "uer s'ocon8ecidos a*enas de*ois do ato de con%ers'o Jor9al. At(ent'o todos os "uerim ter'o que se a*resentar co9o

candidatos a "uer t5ede2 GustosH ou no 9;ni9o "uer tosha% GresidentesH. Esse Jen9eno ( *arecido co9 a inter%en)'oreligiosa no casa9ento *or ee9*lo. 19 casal *ode estarse casando *or a9or e co9 *lena consci7ncia do signicadode u9 casa9ento. Ou ent'o se9 a9or *ara angariar*ro%eitos 9ateriais sF *ara cu9*rir a %ontade dos *aisa*enas *or querer u9a casa aJeti%a que n'o tin8a co9 os*ais e assi9 *or diante. At( que *onto o rabino de%einterJerir *ara que o casa9ento sea Jeito a*enas entre u9

5u" t5ede2 Gu9 casal de ustosH Anal se a chup& ( u9co9*ro9isso nas esJeras celestes *or que querer;a u9rabino en%ol%er 2@us nu9a situa)'o que n'o Josse se9*re\absoluta] certa e incontest+%el Sabe9 *or qu7 Porquen'o 8a%er;a casa9entos.

Fb%io que e9 casos *at(ticos e9 que *rocessos9aliciosos sea9 detectados *or u9 rabino este de%e seen%ol%er at( o *onto de se negar a ociar \tal casa9ento].

Recordo?9e de u9 casal de \crian)as] a9bos co9 = anosque 9e *rocurou *ara realiar seu casa9ento. !in8a9certea do que queria9 e tin8a9 a b7n)'o de seus *ais. Nacon%ersa co9 a9bos quei i9*ressionado co9 suai9aturidade e de acordo co9 9eus *ar&9etros n'ode%er;a9 se casar *elo 9enos naquele 9o9ento. Aoquestion+?los sobre %+rios as*ectos %i que esta%a9 segurosde seu deseo. Por instantes sa; de 9in8a sala *ara re`etir

*ois esta%a conJusoU qual era o 9eu *a*el Seu deseo eragenu;no *or raTes que eu ulga%a erradas. 4as que9 eraeu *ara querer controlar Juturo Acaso o *rF*rio erro n'o*ode ser o ca9in8o escol8ido *or algu(9 Sabe?se l+ qual aJun)'o que o erro Gad9itindo?se que eu ti%esse ra'oH teriana %ida dessas *essoas Co9o di u9 ditado udaicoU\Nunca retire Jardo das costas de u9a *essoa *orque %oc7n'o sabe a Jun)'o que este *ode ter. Aude?a si9 co9 o

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Auer Aerurim Gu9 con%erso autorrealiadoH ? n'oJor9al9ente ad9itido e con%ertido 9as que ( recebidoinJor9al9ente *ela co9unidade GA%. Xara bH

Auer riot G*ros(lito *or 9edoH G^ull bH ? aquele que (*ressionado direta ou indireta9ente *ara a con%ers'o. Oee9*lo cl+ssico s'o os \guerei 4ordec8ai %e?Est8er] ?con%ersos de Est8er GEst8er VIII =/H

Auer Chamolot G*ros(lito *or son8oH ? con%erso *orconsel8o 9;stico *or son8o ou *or inter*retador de son8osGSan. -bH

Auerin =oin G*ros(litos e9 erroH ? con%ersos que n'o

segue9 os direciona9entos do uda;s9o 9es9o se9 tra;?los *or outros *receitos GIe%. >-aH

A*Fs 9ais de u9a d(cada atuando co9o u9 rabinoque realia con%ersTes co9o u9a Jor9a de con%i%er co9Jen9enos inerentes realidade dos udeus do Brasil *ossodistinguir todos os diJerentes gru*os denidos *elos rabinosdo *assado. ^+ os que se con%erte9 de Jor9a *lena e s'oee9*los *ara os *rF*rios udeus de u9 uda;s9o %i%o e

co9 %alores intr;nsecos que 9uitos descon8ece9. ^+ osque s'o a*enas \residentes] que con%i%e9 be9 co9 ouda;s9o 9as se9 de9onstrar *or ele interesse intelectualou es*iritual. S'o sinceros na sua ado)'o do uda;s9o cria9seus l8os co9o udeus e acaba9 Juncionando de Jor9ase9el8ante grande 9assa de udeus aculturados que9es9o assi9 *reser%a9 sua identidade e *ertin7ncia. ^+os que se con%ertera9 *or 9edo. 4edo do cnuge ou da

sogra ou *ressionados *or seus *rF*rios *reconceitos G\a9ul8er de%e seguir o 9arido]H ou *elo deseo de *enetra)'oe9 gru*os sociais udaicos. ^+ cada %e 9ais os \*ros(litos*or son8o] que Jae9 do 9isticis9o u9 substituto *ara aJalta de identidade *rF*ria. ^+ *ros(litos 9entirosos que9ani*ula9 o ato de con%ers'o *ara a obten)'o deJa%oreci9entos aJeti%os e 9es9o 9ateriais. ^+ oscon%ersos e9 \erro] que diJerentes dos \residentes] quecu9*re9 co9 *r+ticas destitu;das de *ai'o n'o renega9 uda;s9o a esar de este ter ouca resen a e9 sua %ida.

42



orienta)'o Jore9. 4as se 8+ custos 8+ beneJ;cios ta9b(9e9 n'o se controlar *rocessos. E isto di res*eito ssur*resas e s b7n)'os ines*eradas.

N'o 9e considero *roselitista ne9 *ara os n'o udeuse ne9 *ara os udeus. Na %erdade n'o acredito nocon%enci9ento. 4as res*eito o deseo e a inten)'o do outroat( *ro%a e9 contr+rio. En9 acredito na dignidade de u9

uda;s9o se9 9edo se9 segrega)'o e rece*ti%o.Real9ente a quest'o das con%ersTes n'o de%eria estar

na agenda ne9 da ortodoia ne9 dos udeus assi9ilados.Para os diJerentes ( diJ;cil \*roduir] diJerentes. Para os que

n'o *recisa9 de qualquer con%en)'o da linguage9 e daliturgia *ara iguais absolutos ( *erda de te9*o.4as *ara todos aqueles que se sente9 co9o iguais e

ao 9es9o te9*o identicados co9 costu9es *r+ticas etradi)Tes de u9a cultura e de %is'o de 9undo es*ec;casJronteiras se9*re eistir'o. N'o eistir'o co9o barreiras

45



E dessas uniTes + surgira9 9uitas b7n)'os 9es9o*orque b7n)'os n'o s'o *roduto de acertos 9o9ent&neosque deter9ina9 destinos 9as si9 *rodutos da intera)'o

constante dos indi%;duos co9 sua %ida. A incertea est+*resente e9 todas as certeas e n'o recon8ec7?lo ( quereri9*or?se ao Juturo. Nossa res*onsabilidade inclui ta9b(9co9*reender a *artir de que *onto n'o so9os res*ons+%eis.

Retornando s con%ersTes acredito que ( Junda9entalter seriedade e co9*ro9isso nessa quest'o. Nossacongrega)'o *ossui u9 *rocesso de con%ers'oetre9a9ente eigente no que di res*eito a

co9*ro9eti9ento de te9*o *artici*a)'o doa)'oquestiona9ento e9ocional intelectual e es*iritual. Noentanto *rodui9os todos os ti*os de "uerim descritosaci9a. Re*ito n'o os *rodui9os se9 a eig7ncia de ser"uerei t5ede2 GustosH e 9uitos Gu9a quantidadegraticanteH se torna9 9as ta9b(9 todos os de9ais ti*osse re%ela9 co9 o *assar do te9*o.

^+ con%ersos ustos que n'o *roduir'o u9a

continuidade udaica e 8+ con%ersos 9entirosos que nostrar'o Rabi ALi%as e Rabi 4eirs. O *roble9a n'o s'o oscon%ersos o *roble9a s'o os udeus. ual ( o uda;s9o e9que os udeus acredita9 e qual quere9 *raticar So9enteeste *ode ser o uda;s9o eigido daqueles que quere9 ser

udeus. Alguns t79 *ro*osto u9a con%ers'o n'o religiosa que *arece *ri9eira %ista 9ara%il8oso. Eu adoraria quetodos os de9ais "uerim que n'o Josse9 t5ede2 GustosH quen'o quisesse9 ser udeus obser%antes se dirigisse9 a u9

cartFrio ou a u9 consulado que Jaria sua con%ers'o ci%il.4as 9uito 9enos *or u9a quest'o de *oder ou interesserab;nico *ercebo que isto ( u9 engodo.

2a 9es9a Jor9a que acredito nu9 casa9entoreligioso n'o sF *ara os obser%antes do uda;s9o ? 9as %eoneste ato de casa9ento religioso u9a Jor9a e9 si deobser%&ncia ? i9agino o 9es9o *ara as con%ersTes.Acredito que uda;s9o n'o ( a*enas u9a cidadania ci%il e

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A *rF*ria ess7ncia da mit5%&/ de que a priori ( u9aobriga)'o tende a interJerir co9 a *ossibilidade de ser daorde9 da !elicidade1 Isso encerraria a quest'o n'o Josse o

Jato de o discerni9ento 8u9ano ser li9itado e de a mit5%&/o Jeito a e*eri7ncia traer lu ao que o discerni9ento n'o*ode ilu9inar. O Jaer da mit5%& ( ta9b(9 *or deni)'odescobrir u9 sentido que ( libertado desde u9 lugar n'oracional.

Os co9ent+rios rab;nicos e9 *roJus'o ar9a9 que amit5%& sF *ode ser realiada co9o u9a obriga)'o. Sealgu(9 ( %egetariano *or ee9*lo e co9o consequ7ncia

disso obser%a todas as restri)Tes da 2ashrut/ esta *essoan'o ( 2asher - a 2ashrut *ressu*Te u9 sagrado que acomanda1 Se9 esse senso a*enas co9 o discerni9entoG%egetarianis9oH n'o *ode9os dar conta de algo do 9undodo co9*ro9isso. No entanto o senso de sagrado *odeincluir outras restri)Tes ainda 9ais a9*las desde que*reser%e9os a cone'o co9 ato de ser9os mandados1

Poder;a discerni9ento traer no%os co9*ro9issosque n'o esti%esse9 esti*ulados no *rF*rio co9*ro9isso2ir;a a tradi)'o udaica que si9 desde que estes no%osco9*ro9issos n'o Josse9 da orde9 da abstin.ncia e daautoa"ela)*o1 Essas *r+ticas de sacriJ;cio que eistira9 e9todos os 9o9entos da 8istFria Jora9 criticadas e 9uitas%ees ironiadas *elos rabinos. 2@us n'o *recisa deabsten)Tes de coisas boas. A %ida ( *ara ser %i%ida e9 todaa sua *lenitude.

Assi9 sendo os co9*ro9issos etras assu9idos e9u9a obser%&ncia sF seria9 aceitos *ela tradi)'o se Josse9da orde9 da !elicidade e n'o da orde9 *ura e si9*les darestri)'o e sF *oder;a9 ser co9*ro9issos se n'o Josse9discerni9entos racionais.

Se seguir9os essas regras *ercebere9os que aautoridade *ara tornar algo 2asher/ *ara reduir ou a9*liarsuas Jronteiras G\( *roibido au9entar e di9inuir *ara aesquerda ou direita]H n'o *ode se dar no &9bito indi%idual

e si9 no coleti%o. Se u9a dada coleti%idade 9es9o ue

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OBS8RNCIA N*O É R8S(RI)*O

Nilton Bonder

Obser5Kncia n@o 2 res4ri@o

1 9 dos conceitos que nor9al9ente associa9os obser%&ncia ( desacriJ;cio. Obser%ar ( sinni9o de restringir?se nas 9ais

Recente9ente nu9 debate sobre (tica ou%i a

deni)'o de duas +reas de busca da %ida 8u9anaU aJelicidade e o de%er. A *ri9eira diria res*eito luta *ara n'oabrir 9'o de tudo aquilo que desea9os. A segundainterJerindo na *ri9eira seria res*ons+%el *or adequar ete9*erar a ditadura do i9ediatis9o na busca da Jelicidade.O de%er seria *roduto da consci7ncia de 9etas a 9(dios elongos *raos.

O diJ;cil conceito das mit5%ot/ dos 9anda9entos e da

obser%&ncia *ro*Te u9a %is'o 9enos dicoto9iada dosinteresses 8u9anos. As mit5%ot Jora9 dadas *ara sere9obedecidas[ s'o o cerne do sagrado 9as delas de%eria o

\2e qualquer 9aneira a mit5%&/ *ara que *ossa gerar

pra5er/ de%e *roduir u9 certo discerni9ento. E ( isto queos n'o obser%antes t79 diculdade e9 co9*reenderU que9obser%a discerne e *ortanto n'o se restringe agindo assi9*or escol8a deliberada.

O lFsoJo 4artin Buber ao discutir a rela)'o do 8o9e9co9 os 9anda9entos utilia dois conceitos i9*ortantesU

co9*ro9issoediscerni9ento. O discerni9ento ( obtido *ela ra'o e oco9*ro9isso co9 a tradi)'o. !odo o %erdadeirodiscerni9ento de%eria le%ar a u9a Jor9a de co9*ro9isso.

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uando u9a gera)'o consegue sentir?se comandada/cabe a ela *erguntar?seU de que 9aneira 8onrando a*erce*)'o de mandados dos ancestrais nFs nos senti9os

9andadosA Jor9ula)'o dessa res*osta ( o que de 9aisi9*ortante u9a gera)'o te9 a legar *ara seu Juturo.

Abrir 9'o de nossos co9*ro9issos *or conta dodiscerni9ento ( ro9*er co9 u9a rela)'o Junda9ental entreo *assado e o Juturo que nos *er9itiu tanta riquea culturale %italidade. Por outro lado abrir 9'o do discerni9ento *orconta do co9*ro9isso ( u9 suic;dio cultural e ci%iliatFrio

de iguais *ro*or)Tes. A !or+ ( a9bos co9*ro9isso ediscerni9ento. Se9 u9 destes *ode ser qualquer coisa 9asn'o ( !or+.

Nunca co9o nesta %irada *ara o s(culo XXI3

encontra9os co9 ro9isso e discerni9ento t'o olariados.

Kashrut - 0r4ica o- con4role

^+ algu9 te9*o inaugura9os u9a Jeira de *rodutosse9 agrotFicos co9o Jor9a de ar9ar nossa cren)a nu9aobser%&ncia %i%a das leis diet(ticas udaicas. claro que2ashrut continua sendo a colet&nea de leis cua Jun)'o al(9de ritual indica ta9b(9 e9 algu9 9o9ento u9a*reocu*a)'o co9 a saZde. Sabe9os disso n'o *elo ee9*loque co9u9ente %e9os utiliado *ara de9onstrar tal ideiaU

a \carne de *orco]. E9bora esse ti*o de carne trans9itadoen)as ela n'o ( *ri%ilegiada co9o u9a *roibi)'o naIsrael antiga. Ela ( se9 dZ%ida u9a das carnes *roibidas*ela 2ashrut/ 9as sua Ja9a sF surgiu *or ser u9a Jonte*ri9+ria de ali9enta)'o na Euro*a. Qoi esse as*ecto desegrega)'o entre os udeus e a *o*ula)'o e9 geral que l8econJeriu sua Ja9a.

Sabe9os no entanto da *reocu*a)'o co9 a saZde na

49



Eis o co9*onente de tanta discFrdiaU o sagrado ( u9aorde9 da con%en)'o e n'o da ra'o 9as a con%en)'o (i9*actada *elo *rocesso de co9*reens'o 8u9ana do

9undo. Qoi isto que os rabinos da 4is8n+ e do !al9udera9 ? eles 9es9os co9o coleti%idade instaurara9co9*ro9issos 9arcados *elo discerni9ento de seus dias.

Co9*ro9issos e discerni9entos cria9?se uns aosoutros. Nu9 local li9;troJe recndito co9o o innitesi9alinstante?es*a)o onde os ele9entos subat9icos se9istura9 eiste u9 co9*ro9isso que ( *uro discerni9entoe u9 discerni9ento que ( *uro co9*ro9isso. 2este local

2@us e9ana sua %ontade. Este local teFrico ( !sion ? de l+ see*edir+ a !or+. este lugar da identidade de u9a dada gera)'o Gou

gru*os signicati%os de u9a dada gera)'oH que se e*ri9ena obser%&ncia do dia1 S8abat ser+ se9*re S8abat ? o diaque 2@us descansou. 4as tshulent ser S8abat n'o ser+eterno. As rou*as n'o ser'o eternas as cidades os rabinose nu9 te9*o 9aior as id(ias de descanso n'o ser'o as9es9as. 2@us e as id(ias acerca 2eleY2ela n'o ser'o as9es9as. 4as 8a%er+ S8abat e 8a%er+ quero crer udeu.

uando *ela i9agina)'o do midrash 4ois(s ( le%ado*or 2@us a con8ecer o Juturo e coloca9 na sala de aula deRabi ALi%a 9il7nio e tanto *osterior a ele n'o entende oque Rabi Alti%a Jala. A n'o ser *ela reJer7ncia a u9a lei queRabi ALi%a atribu;a a 4ois(s desde os dias do Sinai 4ois(sn'o consegue recon8ecer a *rF*ria J( da qual era Jundador.

O sagrado ( que 8a%er+ S8abat no Juturo *ois 2@usdescansou. Sua obser%&ncia ter+ que *reser%ar o senso deque 2@us 9andou e algu(9 de%er+ 9uito al(9 de seudiscerni9ento se sentir co9*ro9etido a cu9*rir estamit5%&1

O grande desao *ara nossas gera)Tes t'o*roJunda9ente laicas ( resgatar a no)'o de que sermandado 3metsu%(4 ( u9 co9*onente i9*ortante do

sentido[ de que a obser%&ncia n'o ( u9a restri)'o 9as u9discerni9ento de outra orde9U u9 co9*ro9isso.

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Corantes subst&ncias co9 taas de colesterol absurdas ecancer;genos recebe9 a*ro%a)'o rab;nica *ara deleite deantisse9itas. Isto se9 Jalar das questTes 9orais relati%as a

*re)os e gan8os. En9 n'o 8+ qualquer ol8ar dediscerni9ento al(9 do co9*ro9isso da mit5%& e 9e*ergunto se a obser%a9os correta9ente. Esta9os es*erade restaurantes e loas de *rodutos 2asher que al(9 deseguir a bula das reco9enda)Tes rab;nicas ele9 *elasaZde e li9*ea de seus *rodutos. InJeli9ente os rabinosde 8oe n'o t79 a 9es9a *reocu*a)'o co9o os do *assado*ara que os ali9entos 2asher re*resente9 o 9ais cuidadoso*rocesso dis*on;%el *ara oJertar ali9entos *rF*rios aoconsu9o. ^+ algo n'o 9uito 2asher no cuidado co9 a2ashrut e co9 a e*lora)'o econ9ica que dela se Ja.

Outra *ergunta i9*ortante ( se esta9os Jaendo usoda 2ashrut co9o instru9ento *ara a9*liar \controle]. ^+ o*erigo de idolatrar9os a Jor9a *erdendo contato co9 seuconteZdo. Onde est'o os *roJetas do *assado que n'odenuncia9 esse risco Para 9uitos a 2ashrut se tornou u9%;cio de elei)'o. Veo s %ees e9 a%iTes u9 certo orgul8o

no ol8ar daqueles que se ser%e9 de reJei)Tes 2asher1 S'odiJerentes n'o sF *orque o s'o 9as se ali9enta9 destadiJeren)a co9 u9 *raer que n'o *arece e9 si 9uito2asher1 0+ ou%i Jalar de *essoas nos Estados 1nidos que*ratica9 u9 \!reiJ 2a] u9 dia e9 que se *ro*Te9desres*eitar as leis diet(ticas *ro*osital9ente co9o u9a*r+tica *ara n'o se sentire9 t'o orgul8osas e %irtuosas. N'ode%e9os transJor9ar nossos 8+bitos e9 Jor9as 8i*Fcritas

*ara nos sentir9os 9ais *uros do que os outros.19 dos 9aiores 9(ritos do uda;s9o ( ter se9*re u9

ele9ento sub%ersi%o *lantado no seio de tudo o que *are)aabsoluto e dog9+tico. As leis de *roibi)Tes de trabal8o doS8abat die9 os s+bios se sustenta9 *or u9 o de cabelo[a gura do 4essias *ossui u9 pedi"ree Ja9iliar bastanteirregular[ e 9es9o nossa no)'o de \elei)'o] te9 que sesustentar a *artir de u9a orige9 co9u9 co9 os outros

*o%os atra%(s de Ad'o e E%a.

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ritual;stica so9ente 9as %isa%a *reser%ar a integridade docor*o?es*;rito ou sea da saZde.

Essa *reocu*a)'o *arece ter?se *erdido co9 te9*o.

Os rabinos buscara9 atuali+?la 9as seu con8eci9ento\cient;co] diJeria 9uito *ouco daquele dis*on;%el e9te9*os b;blicos e as ada*ta)Tes Jora9 relati%a9ente*equenas. Por(9 a e%olu)'o nos Zlti9os s(culos Joii9*ressionante. E a *ergunta %aleU n'o de%eria9os estaratualiando a 2ashrut

Acredito que si9. ^+ u9 i9*ortante 9o%i9ento nosEstados 1nidos con8ecido co9o Eco?Las8rut que se *ro*Te

a a9*liar as leis diet(ticas udaicas de sorte a *roibir *oree9*lo a ingest'o de subst&ncias cancer;genas 8;bridostransg7nicos e agrotFicos.

4as n'o ac8o que essa atualia)'o de%a *arar *or a;. A2ashrut te9 se tornado cada %e 9ais u9 ele9entodeliberado de controle e segrega)'o. Co9er diJerenciadote9 \*er9itido] ao udeu obser%ante n'o se 9isturar co9outros *o%os. Esta tal%e ten8a sido u9a estrat(gia

%itoriosa quando a na)'o udaica se ac8a%a a9ea)ada *elasculturas %iin8as no *assado. ^oe no entanto essaestrat(gia ( arcaica diante da cidadania e da baseuni%ersaliante da cultura ocidental. Para as co9unidadesJora de Israel ( necess+ria u9a tradi)'o diet(tica que*reser%e nossa identidade 9as que n'o sea u99ecanis9o *ara a segrega)'o. A identidade ter+ que se*reser%ar se9 lan)ar 9'o desse \recurso].

Segregar signica ter que se *ri%ar de co9er na casade a9igos udeus ou n'o udeus. Signica n'o co9er e9restaurantes e %i%er u9a %ida distanciada da sociedade daqual se Ja *arte. Acredito que *reser%ar a tradi)'o e n'oconsu9ir qualquer *roduto *roibido 9antendo as leis den'o se 9isturar leite e carne s'o Junda9entais *ara essaidentidade. 4as a *rF*ria identidade se enJraquece quandousada *ara u9 co9*orta9ento deJendido e inseguro. Se a2ashrut ser%e *ara este 9 ent'o ela carrega algo deanacrnico. 19 anacronis9o ue ( cul a nossa ? desta e de

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JUDAÍSMO R8L8AN(8 NO SÉCULO XXI

Nilton Bonder

Mil=nio e SHaba4

dia = de dee9bro do Zlti9o ano do 9il7nio nocalend+rio ocidentalcoincidiu co9 u9a seta?Jeira noite quando co9e)a

OS8abat ( o conceito que *ro*Te descanso ao nal do

ciclo se9anal de *rodu)'o ins*irado no descanso di%ino nos(ti9o dia da Cria)'o. 4uito al(9 de u9a *ro*ostatrabal8ista + conquistada e9 grande *arte das sociedadesdo *laneta o S8abat entende a *ausa co9o Junda9ental*ara a saZde de tudo que ( %i%o. A noite ( *ausa o in%erno( *ausa 9es9o a 9orte ( *ausa. Onde n'o 8+ *ausa a%ida lenta9ente se etingue.

Para u9 9undo no qual Juncionar ># 8oras *or dia

*arece n'o ser suciente[ onde 9eio a9biente e a terrai9*lora9 *or u9a Jolga u9a *ausa[ onde nFs 9es9os n'osu*orta9os 9ais a Jalta de te9*o ? o S8abat ( u9a

^oe o te9*o de \*ausa] ( *reenc8ido *or di%ers'o e

aliena)'o. 5aer n'o ( Jeito de descanso 9as de ocu*a)Tes*ara n'o nos ocu*ar9os. A *rF*ria *ala%ra \entreteni9ento]indica o deseo de n'o *arar. a busca de algo que nosdistraia *ara que n'o *ossa9os estar total9ente *resentes.

Esta9os cansados 9es9o quando descansados. E ainca*acidade de *arar ( u9a Jor9a de de*ress'o. O 9undo

Nossas cidades se *arece9 arquitetonica9ente cada

%e 9ais co9 a 2isnel&ndia e o ti*o de e9o)Tes que

5ongas las *ara a*ro%eitar e*eri7ncias *oucointerati%as. Qi9 de u9 dia co9 gosto de %aio[ u9 di%ertidoque n'o ( ne9 rui9 ne9 bo9. 2ia *ronto *ara ser

esquecido n'o Josse9 as Jotos e a 9e9Fria de u9a

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sea na gordura de sua 9'e. N'o ( claro que as *essoasusasse9 o leite *ara coer da 9es9a Jor9a que usa%a9gordura ani9al *ara Ja7?lo.

ue os co9*ro9issos se sustente9 *or os de cabelon'o ( *roble9a tal%e sea esta a Jonte de belea desseincr;%el teleJone?se9?o que ( a linguage9. 4as odiscerni9ento inerente no co9*ro9isso este n'o *odeeistir seguro *or os de cabelo.

Preser%ar a linguage9 unto co9 as id(ias ( u9a artediJ;cil e9 nossos te9*os. ^oe as linguagens cria9 suas*rF*rias id(ias e as id(ias suas *rF*rias linguagens. !al%e

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9ortal9ente. E este ( o grande \radical li%re] queen%el8ece nossa alegria ? o son8o de Jaer do te9*o u9a9ercadoria u9 artigo.

E9 te9*os de 9il7nio te9os que resgatar coisas ques'o 9ilenares. A *ausa ( que tra a sur*resa e n'o o que%e9 de*ois. A *ausa ( que d+ sentido ca9in8ada.

A *r+tica es*iritual deste 9il7nio ser+ %i%er as *ausas.N'o 8a%er+ 9aior s+bio do que aquele que souber quandoalgo ter9inou e quando algo %ai co9e)ar. Anal *or que9es9o o Criador descansou !al%e *orque 9ais diJ;cil doque iniciar u9 *rocesso do nada sea d+?lo co9o conclu;do.

Libera@o n@o 2 liber4a@o

O Pessac8 a P+scoa udaica ( aci9a de tudo u9a li)'odo inacabado.

A celebra)'o recordando a liberta)'o dos escra%os noEgito na %erdade sF consolidou seu signicado quando e99eio a u9 no%o *er;odo de o*ress'o cerca de 9il anos

de*ois. O *rocesso reincidente de subuga)'o deia%a claroque a escra%id'o n'o se etingue co9 a libera)'o. Aescra%id'o n'o se etingue quando sa;9os dela 9asquando ela sai de nFs. *or isso que 9es9o liberadoscontinua9os a Jaer *arte Gou esta9os *rontos a JaerHdaqueles que escra%ia9. *or isso que 9ais cedo ou 9aistarde torna9os a encontrar a o*ress'o diante de nFs.

Esta inc9oda %erdade est+ na nossa 9esa. Pensa9os

que a liberdade e o res*eito ao ser 8u9ano n'o eiste9 *orconta \deles]U dos torturadores dos inquisidores dosassassinos dos ladrTes dos escra%agistas dose*loradores dos 9aosos dos corru*tos dos Jascistas dosterroristas e dos ego;stas. En9 estes seria9 os ini9igosU\Eles] e n'o \eu]. No entanto te9 se tornado cada %e9ais diJ;cil e9 nosso 9undo identicar as Jor)as eternasque *ossa9 re*resentar a Jonte do \9al]. A Jalta de JaraFs

est+ \de9ocratiando] o 9al Jaendo de cada u9 de nFsu9 JaraF *reocu*ado e9 construir suas *ir&9ides. Vi%e9os

55



Esta9os entrando o 9il7nio nu9 9undo que ( u9grande s8o**ing. A internet e a tele%is'o n'o dor9e9. N'o8+ 9ais insnia solit+ria[ solit+rio ( que9 dor9e. As bolsas

do Ocidente e do Oriente se re%ea9 Jaendo do gan8ar e*erder das inJor9a)Tes e dos ru9ores ati%idade incessante.A CNN in%entou u9 te9*o linear que sF *ode *arar no 9.

^oe n'o se consegue *arar a n'o ser que sea no 9.4as as *aradas est'o *or toda a ca9in8ada e *or todo o*rocesso. Se9 acosta9ento a %ida *arece `uir 9ais r+*idae eciente 9as ao custo JFbico de u9a *aisage9 que*assa. Os ol8os n'o t79 9uito te9*o *ara %er e recorre9

9e9Fria *ara recu*erar o que a retina a*reendera. O Juturo( t'o r+*ido que se conJunde co9 o *resente.As 9ontan8as est'o co9 ol8eiras os rios *recisa9 de

u9 bo9 ban8o as cidades de u9a coc8ilada o 9ar deu9as J(rias o do9ingo de u9 Jeriado a noite de *enu9brae o si9*les de u9a li*o.

Nossos artistas sF sabe9 Jaer instala)Tes ? dis*or*ara Juncionar. Nossos na9orados quere9 \car] trocando

o \ser] *elo \estar].Sa;9os da escra%id'o do s(culo i *ara o leasin" dos(culo 66 ? u9 dia sere9os nossos. 2o esca9bo *or carin8oe te9*o e%olu;9os *ara a co9*ra de carin8o e te9*o.ue9 te9 te9*o n'o ( s(rio que9 n'o te9 te9*o (i9*ortante. Nunca e9os tanto e realia9os t'o *ouco.Nunca corre9os tanto e deia9os tanto inacabado. Nuncatantos era9 tanto *or t'o *oucos.

Parar n'o ( interro9*er. 4uitas %ees continuar ( u9ainterru*)'o. 4as isto nos *arece diJ;cil de entender. E assi9o Sol n'o *ara de nascer e a se9ana de acabar. O 97s*assa r+*ido ? 9enos que o sal+rio ? 9as quando se %iu oano + *assou. 2o eito que esta9os n'o tarda 9uito o9il7nio + Joi.

S8abat ( *ausa. O dia de n'o se trabal8ar n'o ( o diade se distrair ? literal9ente \to9ar desatento]. u9 dia de

54



que quere9os ent'o so9os li%res. Poderia9os dier queliberado ( aquele que Ja o que quer. 5i%re ( o que Ja quequer e que n'o quer ? liberto at( 9es9o da escra%id'o de

seu querer.O liberado te9e a escra%id'o i9inente *orque %i%e

nu9 lugar estreito re*leto de 9edos do outro de seu%erdadeiro sel!e1 de *erda de controle. O liberto recon8ece eassi9ila seu Fdio sua tristea sua Jrustra)'o e sua in%ea eaceita a si e aos outros co9o 8u9anos. A *a se Ja delibertos[ o con`ito de liberados ou dos que busca9 serliberados.

O *'o +i9o Gn'o Jer9entadoH que ( s;9bolo destacelebra)'o te9 u9 gosto que des*erta u9a 9e9Fria9ilenar. P'o que ( a ess7ncia 9as *'o se9 Jer9ento. P'ose9 o \ego] da ess7ncia. Se9 in`ar?se na sua 8u9ildadeeste ( u9 *'o se9 \eu]. S;9bolo de u9a batal8a 9ilenarda ci%ilia)'o este *'o a*onta *ara a liberta)'o do 9aiordos tiranos ? deste \eu] que libera co9 co9*ro9isso den'o libertar.

*'o inacabado de u9 *rocesso inacabado.5e9bran)a daquilo que n'o *ode9os Jalar.

J-ris0r-.=ncia celes4e

!al%e interessasse a*enas aos uristas u9a an+lise deco9o o Su*re9o !ribunal Celeste S(C soluciona suasquestTes de direito. No entanto co9o a lei celeste + diJere

Junda9ental9ente da terrestre Jaendo?nos a todosauto9atica9ente r(us at( que se *ro%e o contr+rio tal%eesta sea 9at(ria de interesse geral.

Escre%o isto e9 te9*os do 2ia do Perd'o dos udeusu9a %e que este anteci*a o ulga9ento do dia de nossa9orte *ara *equenas 9ortes a *rao o que te9 co9o%antage9 ineg+%el a *ossibilidade de e9endas e de sea9ortiar as d;%idas antes que seus uros se torne9

inJernais. 57



ir'o dor9ir co9 Jo9e. 9orte na DJrica e no 9undo%;ti9as da aliena)'o que se dissi9ula de \*rogresso].

interessante le9brar que antar do Pessac8 o

antar da hlti9a Ceia n'o era u9 antar de *essoas li%resco9o queria si9boliar. Era u9 ato sub%ersi%o de *essoasno%a9ente subugadas co9 o obeti%o de ocultar Fb%io ? que n'o *oder;a ser dito. O \n'o dito] era o +*ice dacelebra)'o e *or isso a noite de Pessac8 ter9ina%a co9*risTes e re*ress'o co9o aconteceu ta9b(9 co9 udeu

0esus. O que n'o se *odia Jalar naquela (*oca e ta9b(9nos dias de 8oe ( que a crueldade n'o ( destino e que a

9aneira co9o as coisas s'o n'o ( a 9aneira co9oobrigatoria9ente te9 que ser. A liberta)'o co9e)a se9*reco9 recon8eci9ento de que 8+ *ossibilidade de outras*ossibilidades.

iberar-se ( deiar de ser escra%o[ libertar-se ( deiarde ser escra%o e escra%agista. Vi%e9os nu9 9undo 9uito9ais liberado 9as 9uito *ouco libertado. E co9o di u9ditado i;dic8eU a 9aldi)'o n'o ( u9 telegra9a n'o c8ega

assi9 t'o r+*ido. E quanto 9ais liberados 9as n'o libertos9aior a 9aldi)'o. !rata?se da 9aldi)'o de cair9os *resatodos das rela)Tes de escra%id'o de u9 9undo n'olibertado sabendo e a*reciando a %ida de u9 liberado.

Co9o c8egar ent'o liberdade Co9o %encer o 9aisterr;%el de todos os gril8Tes ? a *orta Jec8ada e a aliena)'o

!al%e sea necess+rio dar?nos conta de algunsinteresses *rF*rios que nos le%e9 a n'o querer escra%iar.

Interesses \9esquin8os] atra%(s dos quais *rodui9os%erdadeira liberdade.Eu sF POSSO S8R LIR8 S8 OC EOR LIR8 ? Posso ser liberado

se9 que o outro sea 9as n'o *osso ser li%re. 4artin 5ut8ering bril8ante9ente a*ontou essa de*end7ncia aodes*ertar 9utua9ente brancos e negros diendoU \O negronecessita do 8o9e9 branco *ara libertar?se de seus 9edos[e o 8o9e9 branco *recisa do negro *ara libertar?se de sua

cul*a]. O que escra%ia ? 9edo e cul*a ? sF *ode serlibertado elo outro. ual uer outra tentati%a trar+ 9ais

56



criadores dessa inst&ncia udici+ria su*erior. Ela n'o eistir;ase n'o Josse *or nossa *rF*ria censura e aliena)'o.

Fb%io que a deJensoria Ja uso do 9es9o recurso

que a *ro9otoria. !odas as %ees que n'o *assa9os ulga9ento e9 situa)Tes se9el8antes que a *ro9otoriaarrola teste9un8os contra nFs ser%e9 co9o atenuantes.

4as se todo este quadro to9a contornos de *esadelo ede sadis9o o *ior ainda est+ *or %ir. Se so9os r(us*ro9otores e deJesa tudo ao 9es9o te9*o *erguntoUque9 ( o Zri que deter9ina a senten)a

A se%eridade de nosso *rF*rio ulga9ento ultra*assaqualquer outra 9edida eterna. Se algu(9 nos agride*ode9os nos deJender ou at( 9es9o correr *ara longetentando nos *reser%ar. 4as quando nFs 9es9os nosagredi9os trata?se de u9 ato su*re9o de %iol7ncia *oisn'o te9os co9o nos deJender ne9 *ara onde Jugir. !oda ano)'o de inJerno ( constitu;da da i9*ossibilidade de seli%rar da agress'o constante incessante e eterna.

19 dia do *erd'o ser%e *ara *erdoar?nos a nFs

9es9os 9as isto n'o ( Jeito se9 u9 co9*ro9isso *or u9ano de 9ais ousadia e9 que Jare9os 9ais que n'oJar;a9os e u9 ano de 9ais toler&ncia e carin8o *ara co9 o9undo a nossa %olta. E se n'o er9os isso *elasensibilidade de que ( a 9el8or 9aneira de %i%er9os co9qualidade que sea *or terror de nos %er9os en%ol%idos e9lit;gios co9 nossa consci7ncia.

A .i4a.-ra .o bo+A a9ea)a que *aira e9 nossos dias sobre ser

8u9ano ( t'o grande *ara \8u9ano] co9o o ( *ara \ser]. No entanto dedica9os 9aior aten)'o ao \ser]a9ea)ado *ela *olui)'o su*er*o*ula)'o e *obrea do queao \8u9ano] a9ea)ado *ela indiJeren)a e *elo deseo decontrole e *re%isibilidade.

19 dos *ilares da (tica e do 8u9anis9o no Ocidente ( \ ]59



conta do *otencial de cada u9 daquilo que cada u9*oder;a ter Jeito 9uda *or co9*leto o dese9*en8o de*obres 9ortais. ^+ indi%;duos que realia9 \9al] co9

*ouco *otencial *ara o \be9] e se classica9 9el8or doque outros que Jae9 o \be9] co9 u9 enor9e *otencial*ara Jaer o \be9] e9 escala 9aior. Co9o a *reocu*a)'odo s+bio Reb Xussia que di te9era derradeira *ergunta da*ro9otoria celesteU \Reb Xussia *or que %oc7 n'o Joi RebXussia].

4ais co9*lea ca a quest'o quando recon8ece9osque entre as coisas que *oderia9os ter Jeito est+ a

categoria do \n'o Jaer]. uantos 9o9entos de *ausa e*a *oderia9os ter gerado e9 nossas %idas 9as *or cul*aobsess'o ou neurose sa;9os *or a; Jaendo 9ais do quede%eria9os. N'o so9os ulgados ent'o *ela qualidade doque Joi Jeito 9as *ela inca*acidade de *erceber a*ro*riedade de nada Jaer e9 certos 9o9entos.

A regra nZ9ero dois ( que so9os acusados se9*reco9 u;os que nFs 9es9os e9os. uando ou%i9os a

ideia \ulgue os outros se9*re Ja%ora%el9ente] n'o nosda9os conta de que a *ro9otoria celeste sF *ode usar uris*rud7ncia criada *elo *rF*rio r(u. Va9os esclarecer.2iga9os que e9os algo de errado que *reudique algu(9.Esta n'o ( e%id7ncia qualicada *ara Zri celeste. 4as se%i9os outra *essoa Jaer a 9es9a coisa e a ulga9osent'o esta *e)a de direito *or nFs ulgada *assa a %alerco9o ulga9ento *ara todas as %ees que agi9os de Jor9ase9el8ante. So9os ulgados *or nosso *rF*rio ulga9ento.

Se *ass+sse9os *ela %ida toda se9 *assar ulga9entosobre ningu(9 n'o *oderia9os ser acusados de nada.InJeli9ente a grande 9aioria de nFs continua ulgando osoutros e acrescentando no%os itens *elos quais no%os*rocessos *ode9 ser abertos contra nFs 9es9os. Bastanteassustador.

Na %erdade ( essa *ro*osta que d+ sustento aoconceito de que todos s'o cul*ados at( *ro%are9 o

contr+rio. 0+ que 8+ ulga9entos *or nFs e9itidos que

58



O 9undo da ecel7ncia e da co9*eti)'o te9 queresgatar seu a9or ao diJerente ao eFtico ao Jeito 9'oao indi%idualiado ao n'o *erJeito sur*resa ao

descontrole e ao i9*re%is;%el. O culto de nossa ci%ilia)'ote9?nos aJastado de \a9ar nosso rui9 co9o *arte de nFs9es9os]. Co9o *odere9os tolerar os outros e a9+?los sen'o tolera9os e9 nFs o que ( \outro] o que ( Jora de*adr'o e de e*ectati%as

N'o 8+ identidade se9 o outro n'o 8+ bo9 se9 o rui9e n'o 8+ be9 se9 o 9al. Esta ( a 9aneira co9 que o ser8u9ano energa a tens'o da %ida. ualquer tentati%a de

engen8aria que %ise etir*ar o \outro?rui9] corre o risco dein%entar u9 \bo9] 9onstruoso que sea desagrad+%el8orrendo e destruti%o. Co9 certea o %erbo dessa no%aJrase Jundadora do Juturo n'o seria 9ais o 9es9o. Anala9ar ( o senti9ento ca*a de a*reciar diJerente. SF*odere9os integrar nosso \rui9] a nFs se *uder9os*rocess+?lo atra%(s do senti9ento de a9or.

Nu9 9undo sF bo9 n'o 8+ es*a)o *ara o 8u9ano.Entender9os isso ( grande desao de nossa ci%ilia)'o.4as se9 dZ%ida eige coisas 9uito diJ;ceis tal co9o a9arou acol8er nosso \rui9]. E9 nossa Jraquea est+ nossagrandea. isto que c8a9a9os de consci7ncia 8u9ana ?u9a terceira %ia entre a ingenuidade ani9al e a ignor&nciada do9ina)'o.

eno+a e Cabala

Co9 o anZncio do *ri9eiro rascun8o do geno9a8u9ano tanto os cientistas co9o os l;deres *ol;ticos %79e%ocando u9a 9et+Jora bastante 9ais antiga do que tal%e*erceba9. Se esti%er9os descobrindo as letras co9 que2@us Jorou a %ida se esti%er9os no in;cio de 9ontar*ala%ras e descobrir a Realidade co9o co9*osta de u9teto ent'o esta9os lidando n'o a*enas co9 9ist(rios doJuturo 9as ta9b(9 do *assado. ^+ alguns 9il7nios a

tradi)'o 9;stica dos 8ebreus 9ais con8ecida co9o a

61



^+ u9 as*ecto desta Jrase entretanto que 9e *arece*articular9ente i9*ortante diante dos desaos de nossoste9*os. !rata?se da *ossibilidade de se ler no 8ebraico

original e9 %e de \*rFi9o] Gl.-reechaH u9a outra *ala%rade graa id7ntica e cuo signicado ( \rui9] Gl.-raechaH. AJrase se leria ent'oU \A9a teu rui9 co9o a ti 9es9o].

A*render a a9ar o que 8+ de \rui9] e9 nFs co9o*arte de nFs 9es9os n'o ( u9a a*ologia co9*lac7ncia resigna)'o ou i9*erJei)'o. Perceber que a *ala%ra \outro]G*rFi9oH te9 a 9es9a rai que a *ala%ra \rui9] (entender u9 *ouco de nossa *sique. O que ( diJerente (

auto9atica9ente %isto co9o \rui9]. A9ar %erdadeira9ente \outro] ( t'o diJ;cil e %iolento co9o se *ro*us(sse9osa9ar \rui9] ou o i9*erJeito. O s(culo con8eceu be9 aequa)'o na qual \outro] ( igual ao \rui9]. O nais9o JoicirZrgico ao se %er a9ea)ado tanto *elo \outro] cultural ?*elos udeus e ciganos ? co9o *elo \outro] J;sico ? *elosgas e *ortadores de deci7ncia. Erradic+?los signica%ainiciar u9a no%a era 9ais est(tica na qual n'o ter;a9os quea9ar o \outro]. Se9 o \outro] ? se9 \rui9] ? o 9undo

seria 9el8or 9ais (tico e 9enos %iolento. 4as esta ( a 9aisignorante das ideologias ? a ideologia da do9ina)'o. Ignoraa naturea n'o sF do ser 8u9ano 9as da *rF*ria %ida. A%ida carrega e9 si a 9uta)'o a transJor9a)'o de igual e9diJerente. A %ida ( e9 si di%ersa ao *asso que a 9orte (8o9og7nea.

A 9ais recente %ers'o dessa cren)a se e*ressa 8oeno desen%ol%i9ento de tecnologias de *re%en)'o e controle

do 9al. O 9il7nio da gen(tica e do c8i* est+ *ro*ondo u9no%o ser 8u9ano no qual a sele)'o n'o natural %en8a adeter9inar os seres %i%os do Juturo. O *roble9a n'o ( aerradica)'o dos 9ales ou dos soJri9entos 8u9anos 9as do*rF*rio 9al. O *roble9a ( o oculto deseo 8u9ano de seli%rar do \outro] que identica se9*re co9o \rui9]. Acria)'o de u9a (tica *ara as no%as conquistas gen(ticasque nos garanta \a9ar o nosso rui9 co9o a nFs 9es9os] (

60



Pode9os ler u9 teto se9 con8ecer seu autor. 4as*ense no seu autor Ja%orito no seu 9estre da escrita.Perceba que *ode9os todos usuJruir da obra e *or ela

ser9os i9*actados. 4as quando se trata de anasar talobra *ergunte?se a que n;%el de *roJundidade se *odec8egar se9 con8ecer a 8istFria do autor o seu 9undo e ara'o de ter escrito o que escre%eu entre tudo que *oder;ater escrito.

O con8eci9ento %erdadeiro ( aquele que *roduentendi9ento do que co9*reende9os e ta9b(9 daquiloque n'o co9*reende9os. Va9os rear *ara que esse no%o

9a*a \de terras nunca d@antes na%egadas] nos traga osbeneJ;cios do saber e a 8u9ildade de u9 saber que 9el8ora%alie e a*roJunde o con8eci9ento de sua ignor&ncia.

eno+a e a B/blia

As re%ela)Tes do geno9a 8u9ano resgata9 u9asensa)'o inJantil. ue9 de nFs n'o cou i9*ressionado ao

%er seu *ri9eiro raio X re%elar u9 esqueleto Jr+gil re*leto dedobradi)as Salas de 9(dicos que contin8a9 desen8os daanato9ia 8u9ana ? %eias 9Zsculo e Frg'os ? ir'ogradati%a9ente Jec8ar o Joco e substitu;?las *or essasestruturas 8elicoidais co9 *l+sticas Jutur;sticas co9o asre*resenta)Tes 9ais (is de que9 so9os. Por u9 ladoesta9os nos %endo 9enos co9o o *roduto de %+l%ulas etransistores e 9ais co9o estruturas de c8i*s e bites al(9de nos sentir9os 9ais resgatados co9o entidadessosticadas. Por outro esta9os c8ocados e9 saber queratos e baratas que se9estral9ente aniquila9os e9dedetia)Tes s'o *arentes estruturais be9 9ais *rFi9osdo que i9agin+%a9os. Ol8ando *elas lentes que nose*lica9 co9o tran)ados *Fs? 9odernos ca9os todos*arecidos. E isso ( u9 c8oque n'o sF eistencial 9asta9b(9 ideolFgico.

A estrutura de nossa sociedade ( antro*oc7ntrica e

\outro 5i%ro da Vida] Ga B;bliaH *arece deiar isto bastante

63



co9entaristas tenta%a9 co9*reender os di%ersos &ngulos*elos quais as Jrases *oder;a9 ser entendidas. !al co9onossa ci7ncia *recisou analisar dados sob %+rias Fticas sea

da sociologia da antro*ologia ou da *sicologia antes deatestar signicados \biolFgicos] os co9entaristasbuscara9 entre as alusTes e as 9et+Joras u9a Jor9a 9aisa*roi9ada de u9a leitura %erdadeira do que si9*les9enteatra%(s do literal. 4as coube aos \cabalistas] estudo n'otanto das Jrases 9as das *ala%ras e das letras.

Co9o u9 geneticista do teto o cabalista se dedica%aa entender a 9ontage9 das *ala%ras *ercebendo a

es*ecicidade das letras que as constru;ra9. A tentati%a de9ontar u9 \geno9a] do teto b;blico 9a*eando todas asletras e oJerecendo 8u9anidade este cFdigo deciJrado*er9itir;a *rogressos 8u9anos incalcul+%eis. Os te9*os9essi&nicos se Jaria9 *oss;%eis atra%(s dessa \c8a%e] quedestrancaria a *orta que se*ara Criador e criaturacolocando?os Jrente a Jrente. 4as co9o di o ditado e9i;dic8e \o 8o9e9 *ensa e 2@us ri]. Os cabalistas acabara9Jaendo u9a descoberta i9*ressionante e que tal%e

%alesse a *ena c8egar at( os nossos cientistas.19a %e Jeito \9a*a] c8ega?se a u9a *roJunda

co9*reens'o de car+ter Jrustrante. O teto n'o est+ escritoa*enas co9 as letras.

Os cabalistas c8a9ara9 isso de \Jogo branco] e \Jogonegro]. O Jogo negro teria sido o Jogo que escre%eu o tetoJeito de letras e9 tinta no *erga9in8o. No entanto o Jogobranco escre%eu todo o entorno de cada letra e9 branco.Se9 o branco que circunda as letras e9 negro elas n'oseria9 *erce*t;%eis ne9 sequer se *restaria9 a u9aleitura. E9 outras *ala%ras o 9a*a n'o ( a*enasconstitu;do do que est+ escrito 9as ta9b(9 e*rinci*al9ente do que n'o est+ escrito.

O 9o9ento ( se9 dZ%ida algu9a *ara grandecelebra)'o e regoio. 4uito se Jar+ co9 o \9a*a] que sedesen8a e9 nossa gera)'o. No entanto %a9os aguardar os

62



que o rato ou a bact(ria 9as que res*onde9 *elo Jato de abact(ria e rato n'o con8ecere9 seu geno9a Jace a Jace.Pelo Jato de que n'o *ode9 energar e co9*reender sequer

as costas da Cria)'o Ge quando *assar 9in8a glFria.. e%er+s 9in8as costas 9as 9eu rosto n'o ser+ %istoH.O 9a*ea9ento do geno9a 8u9ano ( u9a conquista

biolFgica se9el8ante conquista J;sica de Newton. A\relati%idade] que ir+ surgir nos *rFi9os te9*os co9ose9*re nos Jar+ sair das descobertas co9 9ais 9ist(rio en'o 9enos. Ob%ia9ente que ca9os 9ais *oderosos e que9uitas \conquistas] ser'o e9*reendidas co9 esses

a%an)os. Anal \conquistar] o ardi9 e tornar?seres*ons+%el *or sua 9anuten)'o ( u9a *ro*osta do:7nesis.

Acredito que quanto 9ais \barro] 8u9ano se *arecerao \barro] de qualquer outra es*(cie 9ais se Jortalece a*ro*osta b;blica. uanto 9enos *uder9os e*licar *orconta das estruturas as diJeren)as[ quanto 9ais eistire9*rinc;*ios e intera)Tes que rege9 as diJeren)as 9ais*rFi9os estare9os da conce*)'o b;blica. A *onto de que9sabe u9 dia descobrir9os que o que nos Ja 8u9ano e n'ou9 rato n'o ( o cor*o 9as a ca*acidade n'o sF deobedecer a des;gnios de nossa naturea 9as*rinci*al9ente de transgredi?los. Qoi este li%re?arb;trio queinaugurou E%a e Ad'o co9o 9atries do que so9os e quenos *s e9 di+logo co9 a Cria)'o e Criador. 2iJeren)aessa que nos Ja ler os li%ros ? sea os do geno9a ou os daB;blia.

Sobre seg-rana

A quest'o da seguran)a ( u9a *reocu*a)'o crescentenas grandes cidades e9 nosso *a;s. Isso le%ou as elitesbrasileiras a %ascul8ar o 9undo e9 busca de solu)Tesecaes e criati%as. A contribui)'o \udaica] te9 cado *orconta das engen8ocas *roduidas *ela indZstria israelense e

dos ser%i)os oJerecidos *or egressos do 4ossad. Estes 65



nosso *roeto estrutural ( 9ostrado da 9es9a Jor9a. 4asat( que *onto isso tudo ( sur*reendente

Acaso o *r(dio da NASA ea9inado co9 9icroscF*io

eletrnico n'o 9ostrar+ que ( co9*osto de sil;cio ecarbono tal co9o u9a oca abor;gine ( constru;da de argilae Jol8as N'o estare9os descobrindo algo se9el8ante aoJato de que o 9undo %egetal e 9ineral e9 sua di%ersidadees*antosa n'o ( a*enas a co9bina)'o de u9a centena dediJerentes ele9entos da tabela *eriFdica que entre si te9diJeren)as el(tricas e de 9assa a*enas de orde9quantitati%a 2e que a +gua 9ole e sol%ente ( e9 seu

esqueleto 9assa?energia 9uito *arecida ao Jerro duro einsol%ente^+ no entanto *ara al(9 da 9ani*ula)'o ideolFgica

que quis nutrir? nos de legiti9idade e9 nossa ca9*an8a deconquista sobre as outras es*(cies e sobre o *laneta u9outro ol8ar que *ouco ressalta9os. A B;blia ar9a as*ecto9atri de nossa es*(cie deiando?nos u9a *lataJor9aantirracial inJeli9ente *ouco utiliada ao a*resentar

E%aYAd'o co9o *ais de todos. 2e negros e brancos dearianos e se9itas de g7nios e retardados de atletasca9*eTes e *ortadores de deci7ncias. 4ais quis deiarclaro que estrutural9ente 8o9e9 Joi Jor9ado do \*F daterra] esse 9es9o *F que 8oe con8ece9os sob esta9ulti*licidade de .. Esse 9es9o *F que ( estruturab+sica do ser que a*arece 8+ $ 9il8Tes de anos co9o aE%aYAd'o do barro que nos constitui.

O grande desao n'o ( ao antro*ocentris9o que co9oideologia a ecologia + questiona sob a *lataJor9a de nossasobre%i%7ncia. O grande desao ( banalia)'o de nossa8u9anidade. 19 desao que ( 9ais *ara a conce*)'ocient;ca do que *ara a religiosa. Isso *orque *ara a ci7nciao barro e o que ins*irou?se no 8u9ano ? o que so*rou?sesobre o *F ? ( u9a 9es9a coisa. O desao ser+ o de ter9osu9a ci7ncia que nos tratar+ cada %e 9ais co9o i9age9 ese9el8an)a de \ratos] *ossibilitando toda u9a *erce*)'o

(tica que sF te9*o nos 9ostrar+ ser 9ais renada ou n'o 64



indi%;duos n'o se Ja de u9 teto de u9 acordo. Junda9ental que as *aredes sea9 abertas. uanto 9ais*aredes 9ais in%ea e 9ais desconan)a. Na %erdade sF

eiste u9 teto r;gido e co9*acto sobre a cabe)a quando (*oss;%el a ineist7ncia de *aredes. O teto se Ja sFlido *oraquilo que ele n'o eclui.

A li)'o ( claraU a seguran)a ( u9a rela)'o. O que nos*reser%a na naturea ( u9a rela)'o entre as gra)as que*er9ite9 a %ida e a di%ersidade daqueles que inclu;9osco9o *arceiros *ara delas co9*artil8ar. O ecossiste9a esua di%ersidade 9;ni9a re*resenta9 o *er;9etro *ara que o

teto da su2& *ossa nos su*rir a seguran)a necess+ria. O quenos *reser%a e9 sociedade *or outro lado ( u9a rela)'ode chup& entre os nossos co9*ro9issos e as nossasliberdades. O %aio das *aredes laterais ( o requisito 9;ni9o*ara que a cobertura ten8a u9a solide que re*resenteseguran)a.

Nosso 9undo social ( u9 9undo que de*ende dasquedas dos 9uros e de 9enos grades *ara o

estabeleci9ento de u9a grande chup&

sobre os seres8u9anos. 0+ na di9ens'o da sobre%i%7ncia se eige acria)'o de no%as Jronteiras que de9arque9 co9 *aredes ainclus'o de todos os seres e ele9entos necess+rios *araque u9 teto *ro%ea *rote)'o e e*osi)'o ao 9es9o te9*o.A chup& ( u9a lente ou u9a antena ? intensica ae*eri7ncia 8u9ana e a trans9ite ao Criador. A su2& ( u9

?

Ein chadash tachat ha-shamesh111 n*o h& nada deetraordinariamente no%o sob o sol/ di Eclesiastes Aquele?que?sabe. O que 8+ se9*re de no%o s'o os a*licati%os a9aneira *ela qual aquilo que se sabe *ode ser colocado aser%i)o do 8u9ano e da 8u9anidade. ue9 recon8ecesa*i7ncia nesta ar9a)'o guarda co9 carin8o seu chumeshGb;bliaH e sua mishna Gensina9entos dos ancestraisH. 5+est'o contidos ensina9entos que se re*roduir'o co9

diJerentes a*licati%os e9 diJerentes eras.

67



8u9ano co9 2@us Gben-adam la-ma2om4F a segunda darela)'o entre seres 8u9anos Gben-adam lecha%eróH.

A su2& ( u9a estrutura que de%e ter *aredes denidas

9as cua cobertura de%e ser Jr+gil e *er9itir que atra%(sdela se %ea9 as estrelas do c(u e os raios do sol. A chup&/*or sua %e n'o *ode ter *aredes denidas 9as suacobertura ( co9*acta.

A su2& re*resenta a rela)'o co9 o Criador e a*erce*)'o de que a sobre%i%7ncia n'o ad%(9 de estruturasr;gidas 9as de u9a `eibilidade que nada te9 de Jr+gil.Co9o se nu9a 8istFria s a%essas dos \!r7s *orquin8os@@ a

casa que cai co9 o so*ro do lobo ( usta9ente a que (r;gida. A su2& *er9ite a *assage9 do so*ro[ to9ba *ara u9lado e *ara outro e se a*ru9a no%a9ente. A 9ensage99etaJ;sica de sua cobertura sF agora co9e)a a serco9*reendida co9 os no%os a%an)os cient;cos. Sobre nFsse estende u9a enor9e su2& de ar u9a at9osJera que (cobertura e ( *er9e+%el ao 9es9o te9*o. O Criador Jaco9 que sobre nossas cabe)as coleti%a9ente 8aa u9 ltro

e que suas qualidades de conter e *er9ear sea9a*ro*riadas ? caso *er9eie de9ais essa su2& Gse9 onio*or ee9*loH n'o ( 2asherG caso reten8a de9ais essa su2&GeJeito estuJa *or ee9*loH n'o ( 2asher1

A 9ensage9 ( claraU a seguran)a ad%(9 do equil;brioque a*arenta ser Jr+gil 9as que ( na %erdade J(rtil e %iril.O bun2er/ *or 9ais *roJundo que sea n'o *rotege. Suacobertura r;gida n'o ( si9bFlica de *rote)'o 9as dedesequil;brio e *recariedade. A seguran)a ad%(9 da9aneira *ela qual deni9os nossas *aredes. Se nossas*aredes n'o inclue9 todos os que de%e9 incluir ent'o asu2& da qual Jala9os n'o *ossui o ta9an8o 9;ni9o *ara ser2asher1 2enir as *aredes e o que estas inclue9 te9 rela)'odireta co9 a ca*acidade da cobertura re*resentar u9equil;brio a*ro*riado.

A chup&/ *or sua %e de*ende de u9 teto r;gido. Elasi9bolia u9a inti9idade que na esJera do indi%;duonecessita de u9a certa densidade *ara *oder denir e

66



E9 u9 de seus ensina9entos sobre a liturgia o Bes8tto9a o %ers;culo b;blico no qual 2@us instrui No( *ara aconstru)'o da arca. =soar taass( la-te%ah - E Jar+s u9a

anela e9 tua arca ( a instru)'o di%ina. =soar ( na %erdadeu9a *ala%ra que a*arece u9a Znica %e e9 toda a !or+.Seu signicado ( de u9a abertura ou de u9a anela co9o (co9u9ente traduida. A no%idade do Bes8t no entanto ca*or conta da *ala%ra te%ah - arca. E9 8ebraico arcaico esta9es9a *ala%ra signica \%oc+bulo].

O Bes8t Ja ent'o a seguinte leituraU =soar taass( la-te%ah - E abrir+s anelas s tuas *ala%ras. Sua e*lica)'o (

de que 2@us secreta9ente instru;a *ara que a*rend(sse9osa ol8ar o teto litZrgico co9o se *or tr+s de cada *ala%ra decada ideia e*ressa no teto *ud(sse9os abrir no%as

anelas. Essas anelas de que 8oe dis*o9os %isual9enteatra%(s de telas que se su*er*Te9 e que ( a grande ideiagr+ca do *rogra9a <indows Jora9 i9aginadas 8+duentos anos *elo Bes8t. Ele co9 certea gostaria de %eru9 sidur Gli%ro de ora)TesH onde cada *ala%ra *udesse seru9 site G*onto de teia que irradia *ara todos os outros

*ontosH Jaendo da matbea te$lah/ do teto litZrgico u9*onto de *artida *ara todos os cantos do uni%erso ? u9acon%ersa co9 o Criador.

69



trans9itida na 9ais sosticada 9;dia da (*oca ? a escrita.As Escrituras se utilia%a9 de letras i9*ressas e9 *edra e*a*iro. O hard8are/ *or 9ais rudi9entar Joi e*lorado ao

9+i9o atra%(s do conceito de u9 teto que di o que di eque ta9b(9 di o que n'o di. Inaugura%a?se n'o a*enas oteto 9as o co9ent+rio. 4ais adiante na Jeitura do !al9uda 9;dia *ara *assage9 da tradi)'o gan8aria u9a Jant+sticaino%a)'o. Ainda dis*ondo de hard8ares 9uito se9el8anteso !al9ud Joi concebido co9o a *ri9eira *+gina interati%a da8istFria 8u9ana. Nu9a da! G*+ginaH encontra9?se anelas*ara co9entaristas de %+rias gera)Tes e s(culos distintos.Al(9 das o*iniTes registradas nos tratados e9 si osdi%ersos co9ent+rios ao redor da *+gina s'o di+logos entreindi%;duos que %i%era9 e9 (*ocas distintas que a9ais seencontraria9 no 9undo J;sico 9as no 9undo %irtual que o

!al9ud estabelecera. Al(9 disso o roda*( e as 9argensGtoolsH de cada Jol8a trae9 u9 crua9ento de inJor9a)Tesque torna *oss;%el identicar interJaces de u9 assuntotratado no !al9ud co9 outras Jontes do *rF*rio tetotal9Zdico ou do teto b;blico.

O !al9ud re*resenta u9 trabal8o de design gr+coetre9a9ente arroado que *er9ite a abertura si9ult&neade %+rias \telas] GanelasH que se sobre*Te9. A 9;dia aqui*er9ite n'o a*enas o co9ent+rio 9as o co9ent+rio doco9ent+rio. Assi9 sendo *ossibilita aco9*an8ar o *rF*rio*rocesso 9ental de deciJrar e co9entar. A euJoria de u9estudante de eshi%ah que se conecta co9 o !al9ud (se9el8ante de que9 na%ega 8oe *elas redes da internet.

Este *ode acessar 9entes do *assado de %+rias diJerentes(*ocas se9 sair de sua *+gina. 19a 9ente *ode le%ar aoutra u9 assunto a outro... A teia Jant+stica que se tecede%e?se n'o a*enas ao conteZdo do teto 9as Jor9ata)'o no%a que deu u9a no%a di9ens'o ao *rF*rioteto.

Se isso n'o ( o bastante teto das ora)Tes datradi)'o 8ebraica Jora9 i9aginados de Jor9a ainda 9ais

@

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& Passan.o a ser ,-.e-s " ale+@es3 1ranceses3 e4c< " .e 12 +osaicaQ<# Os .eba4es sobre a-4ono+ia c-l4-ral 1ora+ 0ra4ica+en4e esF-eci.os3 e+boraHo,e 4enHa+ si.o re4o+a.os e reconHeci.os 0elos 0a/ses .a Uni@o 8-ro02ia<

Cons-l4ar in4eressan4/ssi+o li5ro .e M< arris JaT3 How Do We Know This "Midrash and the Fragmentation of Modem Judaism, on.e +os4ra as co+0le;asnegociaes e os +alabaris+os " e+ ca.a gera@o .e rabinos3 a42 os 4e+0os+o.ernos " -sa.os 0ara .ar s-s4en4a@o nos 4e;4os b/blicos a 0r4icasorigina.as na 5i.a social<

de continuidade co9 o 9undo crist'oU o dia de descansocontinuou sendo o do9ingo assi9 co9o as datas da9aioria dos Jeriados e *rF*rio calend+rio Gn'o ( casual

que o esJor)o de descristiania)'o da Re%olu)'o Qrancesaten8a cul9inado na cria)'o de u9 calend+rio *rF*rio assi9co9o a Jesta *o*ular 9ais le9brada *elos udeus sea oano?no%o que sinalia a %ontade de auto*reser%a)'o *elaar9a)'o de u9 te9*o *rF*rioH.

Eistencial9ente os te9*os 9odernos signicara9u9 con`ito constante entre %alores tradicionais e no%osentre *articularis9o e uni%ersalis9o entre lealdade

coleti%idade (tnica e lealdade ao Estado nacional ? ou 8u9anidade. Intelectual9ente o esJor)o de traduir atradi)'o udaica nos ter9os discursi%os da 9odernidadedeu?se e9 duas grandes dire)Tes a9bas redutoras esi9*licadoras da riquea do uda;s9o. A *ri9eira consistiue9 transJor9ar o uda;s9o nu9a religi'o# eli9inando osconteZdos nacionais e 9;sticos da tradi)'o rab;nica *araintegr+?la de Jor9a n'o con`iti%a ao discurso liberal e cidadania nacional. A outra tend7ncia Joi transJor9ar os

udeus nu9a na)'o e o uda;s9o nu9 nacionalis9o. Para ossionistas a \nor9alia)'o] do *o%o udeu se daria atra%(sda cria)'o de u9 Estado nacional que reunir;a os udeusdis*ersos nu9 territFrio *rF*rio e *ara os idic8istasGgeral9ente associados ao BundH *elo recon8eci9ento dedireitos de autono9ia cultural ? baseada na l;ngua i;dic8e*ara as 9inorias nacionais nos res*ecti%os *a;ses onde9orasse9.-

O uda;s9o 9oderno ? incluindo co9o %ere9os os

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? 8s4e ar4igo 2 -+a 5ers@o +o.iGca.a3 a4-alia.a e corrigi.a3 .e con1er=nciaa0resen4a.a e+ Br-;elas no colóF-io Le J-.ais+e a- 0l-riel .ans la ci42Q3 ?$"?&no5 ?9993 e .e 4rabalHo 0-blica.o e+ B< Sor, e M< rin3 Judaísmo e modernidade.

$ C1< D< Ee-erVer7er3 UÉmanciation des Juifs en France.' Para -+ s/n4ese a His4ória socio0ol/4ica .o 0o5o ,-.e- nos 4e+0os +o.ernos3 c1< S<844inger3 To!dot"m #srae! $aet Hachadasha.

JUDAÍSMO PWS"MOD8RNO 8 DISPORA

Bernardo Sorj

O ,-.a/s+o +o.erno e+ 0ers0ec4i5a His4órica

Do ,-.a/s+o rab/nico ao ,-.a/s+o +o.erno?

O uda;s9o 9oderno corres*onde aos di%ersos esJor)osde traduir atradi)'o udaica rab;nica e9 conceitos e %alores da

9odernidade. Estatradu)'o n'o Joi so9ente intelectual 9as Junda9ental9ente*r+tica.Signicou abandono da auto?organia)'o co9unal e daautono9ia culturale udici+ria dos udeus que o rolo co9*ressor do Estado9oderno n'o *odia

E9bora a e9anci*a)'o ten8a gerado con`itos no seioda co9unidade udaica entre deJensores da tradi)'o e da9udan)a a ra*ide e a dis*osi)'o co9 que a 9aioria dosudeus se dis*s a aceitar a 9odernidade se e*lica9 *eloss(culos de o*ress'o e 8u9il8a)'o que *recedera9 o^u9inis9o. N'o ( casual que 9uitos udeus ten8a9

!raduir o uda;s9o rab;nico *ara a *r+tica da %ida

9oderna i9*licou a se*ara)'o entre o do9;nio *Zblico e

*ri%ado G*ara o qual era relegada a %ida udaicaH e nalealdade ao Estado nacional e suas institui)Tes. Essaidentica)'o era es*ecial9ente *enosa *ara os udeus *ois

70



transitar *or %+rios 9undos estar no centro e nas bordas decada sociedade inclusi%e co9o %ere9os na sociedade

J-.a/s+o +o.ernoO uda;s9o 9oderno corres*onde ao *er;odo 8istFrico

que se estende do 1u9inis9o e a Re%olu)'o Qrancesa at( o^olocausto e a cria)'o do Estado de Israel. 19 *er;odo quedurou a*roi9ada9ente dois s(culos e que se nutriu douni%ersalis9o secular do Ilu9inis9o e da cidadania nacionalda Re%olu)'o Qrancesa os grandes %alores que os udeusde%er;a9 absor%er *ara se beneciare9 do 9 da Idade4(dia.

Co9o Jen9eno sociocultural o uda;s9o 9oderno JoiJunda9ental9ente u9a cria)'o dos udeus as8Lenai9 e9*articular da Euro*a oriental e central. Para grande *arte do

uda;s9o seJaradita a 9odernidade c8egou co9 a i9igra)'o9aci)a *ara Israel e co9 o 9 do colonialis9o na d(cadade -.

uais as caracter;sticas centrais do uda;s9o 9oderno

O uda;s9o 9oderno *ode ser caracteriado e9 Jor9asint(tica *elosseguintes ele9entosU

j busca de absor)*o/ inte"ra)*o e le"itima)*o doudaísmo nos %alores modernos/ 9ostrando que o

uda;s9o ( ca*a de con%i%er e se e*ressar e9ter9os \uni%ersais]. Nesse sentido o uda;s9o

9oderno assu9iu constante9ente u9 car+terautousticatFrio no qual *rocura%a abandonar todoconteZdo que *udesse i9*licar a n'o aceita)'o *elo\outro] !odos os uda;s9os 9odernos Jora9estrat(gias de autonega)'o. Inclusi%e o sionis9o u99o%i9ento a*arente9ente *articularista tin8a co9o

\ ]

Para.o;al+en4e F-an4o +ais os an4isse+i4as aGr+a5a+ a .i1erena3

+ais os ,-.e-s 0roc-ra5a+ neg"la3 geran.o assi+ -+a .ial24ica 0er5ersana F-al o ,-.e- se aGr+a5a a-4onegan.o"se e o an4isse+i4a nega5a o

73



O car4er .e assi+ila@oYreelabora@o .o ,-.a/s+o 2 a0resen4a.o .e 1or+abrilHan4e 0or

Esse conunto n'o coerente de criati%idadear9aenada reinter*retada *elas sucessi%as gera)Tes ? quereal)a9 certos ele9entos e9 detri9ento de outros dando

no%os sentidos a conteZdos desgastados ou abandonados ?Joi transJor9ado *elo uda;s9o 9oderno e9 \teorias]losoas ou ideologias do que seria a \ess7ncia] do

uda;s9o[ e *ela ortodoia religiosa nu9 siste9a r;gido denor9as Jor9ais nu9a 9ural8a que isola e9 lugar de ltraras in`u7ncias do 9eio a9biente destruindo sua ca*acidadede ada*ta)'o e criati%idade.

!oda cultura ( *roduto de u9 du*lo bricola"e/ no

sentido e9 que *or u9 lado acu9ula e sedi9enta as9Zlti*las e*ressTes \internas] de u9 *o%o e *or outrointegra absor%e e redi9ensiona as e*eri7ncias de outrasculturas. N'o seria eagero ar9ar que uda;s9o consistee9 boa 9edida co9o qualquer outra cultura nareelabora)'o e ada*ta)'o criati%a de in%en)Tes culturaisrealiadas *or outros *o%os./ k

A tradi)'o rab;nica 9ante%e car+ter bricoleur da

cultura udaica ao aceitar e9 seu boo a con%i%7ncia deinter*reta)Tes di%ersas e sustentar?se nu9 tri*( inst+%el dees*eran)a 9essi&nica obedi7ncia aos 9anda9entosdenidos *elos tetos sagrados tal co9o reinter*retados*elos rabinos e a auto?organia)'o co9unal ou sea elanunca *retendeu ne9 deseou ser reduida a u9 conuntode dog9as ou a u9a doutrina racional. O uda;s9o rab;nicoera autorreJerente n'o *rocurando u9a coer7ncia lFgica ediscursi%a ? a coer7ncia de suas inter*reta)Tes e *r+ticas era

dada *ela *rocura de 9anter e re*roduir o uda;s9o.E9 contra*artida o uda;s9o 9oderno ? tanto o

secular co9o o religioso ? quis ser siste9+tico e coerentecentrado no outro e n'o e9 si 9es9o isto (autousticatFrio. Qoi i9*ulsionado *or u9a Jorte tend7nciaa querer legiti9ar sua eist7ncia *ela \contribui)'o do

Mar4in B-ber3 emMoíse. A in4era@o en4re 0o5o ,-.e- e se- con4e;4o3 c1< S<Baron3 " %ocia! and &e!igious Histor' ofthe Jews.

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9 N@o no sen4i.o .e absor5er ele+en4os .o +eio circ-n.an4e " F-e se+0reacon4ece- +as no sen4i.o .e -+ es1oro 0ara ser assi+ila.o3 .igeri.o e acei4o0elos o-4ros co+o ig-al< C1< Z< Ba-+an3 8;i4 5isas an. en4rT 4ic7e4s[ 0ara.o;es o1

JeVisH assi+ila4ionQ<

con%i%7ncia co9 a 9odernidade *or outro a8eterogeneidade social do *o%o udeu ali9enta%a anidadese conJrontos internos e eternos que era9 reelaborados e9

escala continental.No &9bito *ol;tico?cultural uda;s9o 9oderno *ode

ser subdi%idido e9 duas grandes correntesU a religiosa e anacionalista a9bas *retendendo integrar o uda;s9o %idasocial e *ol;tica 9oderna. Por(9 enquanto os 9o%i9entosde reno%a)'o religiosa continuara9 a to9ar co9o reJer7nciaa tradi)'o e a autoridade rab;nica ? e9bora buscando relaaras eig7ncias e disci*lina? o uda;s9o nacionalista i9aginou

u9a no%a cultura udaica secular a*oiada e9 elitesdirigentes n'o religiosas. Enquanto os 9o%i9entos dereno%a)'o religiosa tin8a9 e9 geral u9a colora)'o liberalo 9o%i9ento nacionalista era 9aoritaria9ente socialista.

Do oloca-s4o ao 8s4a.o .e Israel

Para os udeus no in;cio do s(culo 66 a Jragilidade dos%alores 8u9anistas e a incertea da %ida 9oderna reètida

na conJronta)'o co9 o antisse9itis9o real ou *otencialgerara9 inicial9ente u9a %ontade ainda 9aior de i9ita)'ode ser \igual] *ara ser aceito., A din&9ica eJeti%a dasociedade 9oderna e9 sua %ers'o ca*italista ou co9unista9ostrou que a ideologia da igualdade liberdade eJraternidade *odia ser ra*ida9ente negada *or Jor)as*ol;ticas ca*aes de 9obiliar senti9entos enFJobos e oterroris9o de Estado co9 a9*lo a*oio social.

O ôlocausto acabou co9 as es*eran)as e deseos deintegra)'o total que se 9ostrara9 n'o sF ilusFrios co9otr+gicos. O Estado 9oderno nos quais os udeus sea*oiara9 e se escudara9 *ara alcan)ar a igualdadetransJor9ou?se e9 seu carrasco. O uda;s9o *Fs?ôlocaustoainda que 9anten8a co9o *ar&9etro os %alores ilu9inistas

75



discursi%a era colocar o uda;s9o dentro das correntesideolFgicas da 9odernidade.

j # judaísmo moderno !oi um judaísmo político/

enquadrado nos grandes 9o%i9entos *ol;ticos de sua(*oca ? liberalis9o socialis9o e nacionalis9o quetin8a9 co9o obeti%o central a Jor9ula)'o de*roetos de reJor9a social.

j # ponto central da ree*o do judaísmo moderno (uma problem&tica essencialista identicar e9 quereside a ess7ncia do uda;s9o o que ( ser udeu. Estaquest'o te9 co9o *ano de Jundo o dile9a entre o

quanto se *ode abandonar do uda;s9o tradicionalse9 que se deie de ser udeu e in%ersa9ente qualo 9;ni9o a ser 9antido *ara se continuar sendo

udeu. Este 9;ni9o *or sua %e de%eria ser traduidoe legiti9ado e9 ter9os 9odernos. Assi9 *oree9*lo no uda;s9o reJor9ista o ideal 9essi&nico (etir*ado dos seus conteZdos 8istFrico?*ol;tico?nacionais Gde reden)'o do *o%o udeu na terra deIsraelH *ara adquirir u9 car+ter de *rinc;*io (tico de%alor uni%ersal ? uto*ia de usti)a *ara toda a8u9anidade ? ou no sionis9o *ara o qual o uda;s9oJoi reduido a u9 nacionalis9o.

j # judaísmo moderno/ ao ní%el indi%idual/ !oi %i%idocomo uma crise de identidade entre tradi)'o e9odernidade entre lealdade aos la)os *ri9+rios e aoconunto da sociedade entre o *ri%ado e o *Zblicoentre senti9ento e ra'o entre querer ser igual equerer ser diJerente entre estar dentro e 9anter u9ol8ar de que9 est+ Jora entre querer ser ogado *araJora e querer estar dentro.

Corren4es .o ,-.a/s+o +o.erno

E9bora as di%ersas correntes do uda;s9o 9odernoco9*artil8e9 as caracter;sticas enu9eradas aci9a aquantidade e qualidade de tend7ncias internas n'o *ode9

ser esquecidas a*resentando u9a riquea cuo

74



8ebraica co9o no%a l;ngua Jranca do *o%o udeu ? *oise9bora ten8a 8a%ido durante d(cadas u9a *ol;tica sionistade substituir o i;dic8e *elo 8ebraico i;dic8e es%aiou?se no

No%o 4undo *or causas naturais tendo sido na Euro*aoriental destru;do *elo ^olocausto e *elo stalinis9o. O8ebraico se9 c8egar a ter na di+s*ora u9 uso co9*ar+%elao do i;dic8e ou do ladino transJor9ou?se na base de u9l(ico co9u9 *ara os udeus do 9undo todo. 0unto co9 al;ngua Israel reno%ou a %ida art;stica do *o%o udeu e9*articular a 9Zsica e a literatura. Os no%os centrosacad79icos gerara9 u9a no%a *rodu)'o sobre uda;s9oreno%ando a *esquisa 8istFrica sobre *er;odo b;blico e doSegundo !e9*lo.

E9bora identicada co9 destino de Israel a 9aioriados udeus *er9aneceu na di+s*ora nu9 conteto deascens'o social e *artici*a)'o na cultura global. O sionis9oainda que con%i%endo co9 esse Jato n'o c8egou a elabor+?lo e aceit+?lo *lena9ente. A i9age9 da di+s*ora continua aser re*resentada co9o negati%a n'o e*ressando a %i%7nciaeJeti%a geral9ente *ositi%a que os udeus t79 dos *a;ses

e9 que se estabelecera9.A no%a cultura udaica israelense 9ostrou?se li9itada

tanto e9 ter9os da inca*acidade de aceitar e integrar a%i%7ncia dos udeus da di+s*ora co9o e9 sua diJus'o entreos 8abitantes de Israel. A c8egada constante de ondas dei9igrantes co9 sua cultura *rF*ria enJraqueceu o esJor)ode secularia)'o nor9atia)'o e nor9alia)'o da ideologiasionista das *ri9eiras gera)Tes de *ioneiros. 0unto co9 a

c8egada de no%os i9igrantes a sociedade israelense Joiadquirindo u9 car+ter 9ais urbano e ca*italista corroendoassi9 o sentido agro*astoril e trabal8ista que a culturacoloniadora *rocurou dar s Jesti%idades e %alores udaicos.

Paradoal9ente o con`ito co9 o 9undo +rabe e anecessidade de a*oio do uda;s9o da di+s*ora in%iabiliara9a *ossibilidade do desen%ol%i9ento de u9a cultura

77



?% C1< B< Sor,3 A .ial24ica .o oloca-s4oQ< Sobre os .ile+as .e a-4o"organia@o0ol/4ica .o ,-.a/s+o e s-as relaes co+ Israel3 cons-l4ar o e;celen4e 4rabalHo .e D<

Biale3 (ower and (ower!essness in Jewish Histor'.

conunto da sociedade e a consci7ncia de *oder ser cassadoa qualquer 9o9ento e9 seus \*ri%il(gios] entre a %ontadede integra)'o e *artici*a)'o social e a consci7ncia de que

sua sobre%i%7ncia de*ende de sua ca*acidade deautodeJesa.O ôlocausto destruiu *arte da base social e di%ersos

dos argu9entos dos uda;s9os 9odernos ? assi9 co9o *ara9uitos a *ossibilidade e os Junda9entos de u9a cren)a e92@us. Ele le%ou cria)'o e identica)'o do *o%o udeuco9 Estado de Israel *ro*iciando ao sionis9o a co9*leta8ege9onia sobre *o%o udeu.= diJ;cil trans9itir a

intensidade e %ariedade de signicados que a cria)'o doEstado de Israel re*resentou *ara u9a gera)'o de udeusrec(9?sa;dos do ôlocausto. A recu*era)'o daautoconan)a e da dignidade a %aloria)'o da corage9 edo trabal8o o \retorno naturea] e a ca*acidade deautodeJesa signicara9 u9a re%olu)'o na auto*erce*)'odos udeus se9 a qual a sobre%i%7ncia ao trau9a doôlocausto seria diJ;cil de ser i9aginada.

Se a i9*ort&ncia do Estado de Israel ( central naconsci7ncia udaica conte9*or&nea suas li9ita)Tes nosentido de reno%ar a cultura udaica s'o cada %e 9aisa*arentes.

O sionis9o e os *ri9eiros colonos era9 u9 esJor)odesco9unal *ara recriar u9a cultura udaica e9 no%asbases seculares descon8ecendo *ratica9ente os dois 9ilanos de e;lio ? ao a*resent+?lo co9o u9 *er;odo *ura9entenegati%o de *ersegui)Tes e 8u9il8a)Tes e enJatiando a8istFria b;blica at( o *er;odo do Segundo !e9*lo e asdi9ensTes do ciclo natural e agro*astoril das Jesti%idadesreligiosas. A estes as*ectos acrescentou?se a*Fs oôlocausto a 7nJase e9 Israel co9o Zlti9o baluarte contrao antisse9itis9o e garantia da seguran)a J;sica dos udeus

76



consu9ista e sua *erda de %is'o 8istFrica i9*lode9qualquer esJor)o de unica)'o da e*eri7ncia udaica.

No 9undo *Fs?9oderno o uda;s9o n'o sF deiou de

ser u9a *resen)a constante na %ida cotidiana da 9aioriados udeus co9o o era no *er;odo rab;nico 9as ta9b(9*erdeu a %ontade racionaliadora doutrin+ria e discursi%a do

uda;s9o 9oderno. O udeu *Fs?9oderno Junda suaidentidade nu9a du*la dial(ticaU de u9 lado sua identidade( de%ida a seus *rogenitores e ao senti9ento deco9unidade de destino que o ^olocausto e o Estado deIsrael gera9 quase que inde*endente9ente da %ontade

indi%idual[ de outro e9 sua %i%7ncia cotidiana e suaauto*erce*)'o ele co9*artil8a as caracter;sticas b+sicas doindi%idualis9o de algu(9 li%re *ara realiar suas escol8asde acordo co9 sua consci7ncia *essoal.

Na *r+tica o udeu *Fs?9oderno le9bra de seu uda;s9o e9 contetos *articulares ? nasci9entos e 9ortescasa9entos e BarYBat? 4it%ot ? e e9 9o9entos es*eciaisda traetFria *essoal ? doen)as crises eistenciais etc. O

uda;s9o *assou a ser desse *onto de %ista u9su*er9ercado cultural?eistencial no qual se entra e do qualse sai segundo necessidades circunstanciais escol8endo da%asta *rateleira de *rodutos aqueles 9ais adequados ao9o9ento. Assi9 o uda;s9o a*resenta u9 car+ter 9odularconstruindo?se co9o u9 mi de acordo co9 o gostoindi%idual geral9ente co9 co9*onentes so!t/ isto (le9brando a tradi)'o 9as de Jor9a n'o 9uito eigente. Ser

udeu *assou a signicar direito de *asse li%re ao consu9o

de u9a tradi)'o es*ec;ca o uda;s9o.O uda;s9o a*arece assi9 co9o 9ais u9 dos *oss;%eis

ca9in8os *ara diJerenciar?se nu9 9undo cada %e 9ais8o9og7neo do qual as *essoas se utilia9 de acordo co9estados de &ni9o circunstanciais. Paradoal9ente Joi u9acorrente ortodoa a 5uba%itc8 que 9el8or aceitou e ca*touas caracter;sticas desse uda;s9o part-time/ oJerecendo u9

uda;s9o ortodoo 9as no qual o consu9idor ( o rei.

Se na *Fs?9odernidade o uda;s9o *or u9 lado se

79



?? Sobre a 0ós"+o.erni.a.e3 c1< Z< Ba-+an3 #ntimations with (ostmodernit', e D<ar5eT3 The )ondition of (ostmodernit'.

A socie.a.e 0ós"+o.erna e a .i1/cil 0assage+ 0arao 0ós"oloca-s4o??

A cria)'o do Estado de Israel se deu nu9 9o9ento e9que a lealdade aos Estados nacionais e a cidadania co9oJunda9ento da identidade co9e)ara9 a entrar e9 crise sobo i9*acto da globalia)'o dos 9eios de co9unica)'o a8o9ogeneia)'o dos *adrTes de consu9o e o cola*so dasideologias *ol;ticas *ro9eteicas e totaliantes le%ando *erda de conan)a na ideia de *rogresso.

A globalia)'o e a 8o9ogeneia)'o cultural ?orientadas *ara o consu9o e a ascens'o indi%idual o

es%aia9ento da %ida *Zblica e da conan)a na *ol;ticaco9o 9eio *ara atingir ns coleti%os o questiona9ento de%alores uni%ersais e da ra'o sintetiadora a %aloria)'o dadiJeren)a da indeter9ina)'o e da 9ulti*licidade designicados ? *assara9 a ser o no%o substrato socioculturalno qual o uda;s9o conte9*or&neo ger9inaU u9 contetoe9 que os grandes agru*a9entos ideolFgicos e *ol;ticos dea)'o coleti%a deiara9 de ser o *rinci*al estruturador das

identidades indi%iduais.O 9undo *Fs?9oderno cada %e 9ais global e

unicado *ela mass media e consu9o a*resenta u9car+ter si9ultanea9ente Jrag9entado e caFtico no qualtodos se sente9 desenraiados *artici*andoes*oradica9ente de subculturas \tribais] e9 constante9uta)'o sea de gru*os 9;sticos ou de anidadeses*orti%as. Paradoal9ente isso i9*lica redescobri9ento

de senti9entos nacionalistas regionalistas ou 9o%i9entosreligiosos Junda9entalistas ca*aes de dar seguran)asentido e dignidade a indi%;duos ou gru*os que n'oconsegue9 con%i%er co9 a incertea a *erda de sentidocoleti%o e a deco9*osi)'o dos la)os *ri9+rioscaracter;sticos do 9undo conte9*or&neo.

2o *onto de %ista 8istFrico o udeu nos Zlti9os dois

78



os tetos sagrados. Essa o*)'o seria t'o aceit+%el e be9?%inda co9o qualquer outra se n'o Josse *ela associa)'oentre a 9aioria dos gru*os religiosos ortodoos e o

nacionalis9o israelense etre9ista. Neste Zlti9o o *roetosecular sionista Joi transJor9ado e9 *arte do des;gnio di%inode a*roi9a)'o dos te9*os 9essi&nicos e os %alores8u9anistas e de9ocr+ticos dera9 lugar a u9 son8o deEstado teocr+tico e enFJobo onde o rabinato ortodoo*rocura recu*erar a 8ege9onia *erdida ? + n'o nascondi)Tes de %ida e9 di+s*ora 9as nas de u9 Estadonacional 9oderno onde eiste u9 *otencial totalit+rio deeclus'o e o*ress'o indo ao encontro e ao conJronto9ortal das tend7ncias si9ilares no 9undo isl&9ico.

2ada sua crescente Jrag9enta)'o a crise do uda;s9o*Fs?9ode9o de%er+ a*roJundar?se. Enquanto uda;s9o9oderno ainda que di%idido 9antin8a u9a certaca*acidade *rescriti%a no interior de cada corrente no

uda;s9o *Fs?9oderno car+ter diJuso ad hoc/ da %ida udaica li9ita os *rocessos de cristalia)'o de no%as nor9asorienta)Tes e tradi)Tes. E9 *articular o uda;s9o continuainca*a de equacionar u9a quest'o central do uda;s9o9oderno e *Fs?9oderno a absor)'o do casa9ento 9istoco9o di9ens'o nor9al da %ida udaica e do uda;s9o.

O no%o conteto do 9undo *Fs?9oderno gerou ascondi)Tes *ara o resgate da %ariedade de conteZdos dacultura udaica 9as nu9a situa)'o e9 que se es%anecera9as ideologias coleti%as da 9odernidade e o contetoinstitucional e co9unit+rio do 9undo *r(?9ode9o. Assi9

no 9undo *Fs? 9oderno uda;s9o n'o *ode re*roduirne9 o 9undo isolado do uda;s9o rab;nico ne9 o discursoideolFgico doutrin+rio do uda;s9o 9oderno transJor9ando?se nu9a e*eri7ncia Jrag9entada %i%ida de Jor9aindi%idual co9 9ais ou 9enos intensidade segundositua)Tes e 9o9entos eistenciais *articulares.

O *rinci*al desao institucional do uda;s9o *Fs?9oderno caso n'o %en8a a soJrer u9 no%o trau9a 8istFrico

81



sionistasH todos eles se transJor9a9 e9 \clientes]*otenciais ad hoc da di%ersidade de *rodutos dis*on;%eis.

No seio do uda;s9o continua9 surgindo 9o%i9entos

que *rocura9 adequ+?lo s ideologias e9 %oga ? Je9inis9oecologia e9bora + n'o re*resente tanto u9 esJor)o detradu)'o do uda;s9o nos ter9os das ideologias uni%ersaise si9 de di+logo co9 a tradi)'o. No 9undo *Fs? 9oderno osantigos uda;s9os 9odernos tende9 a se reco9*or*articular9ente aqueles que 9ais enJatiara9 aidentica)'o dos %alores udeus co9 os %alores uni%ersais.Anal o que 9ais oJerece a cultura 9oderna ( a

8o9ogeneidade de Jor9a que a atra)'o do uda;s9o *assaa ser o seu *otencial co9o diJerenciador e gerador de u9aidentidade *rF*ria. Assi9 *or ee9*lo o 9o%i9entoreJor9ista que a%an)ou na dire)'o de identicar o uda;s9oa u9a (tica uni%ersal retornou a Jor9as tradicionais dee*ress'o ritual co9 uso 9aior do 8ebraico e o sentido deco9unidade de destino diJerenciada.

O uda;s9o secular Junda%a o senti9ento de

co9unidade sobretudo na 8istFria coleti%a. A in%en)'o do uda;s9o 9oderno Joi u9 esJor)o dos 8istoriadores do s(culo6I6 e in;cio do s(culo 66 que criara9 u9a identidadenacional secular *ela identica)'o co9 u9 *assado quedeli9ita%a u9a co9unidade de destino. Assi9 a 8istFria

udaica *assou a ser tanto u9a disci*lina acad79ica co9o oJunda9ento das di%ersas ideologias udaicas 9odernas. Erade 8istFria que o sionis9o se nutria *rocurando a *artirdela reconstruir o destino do *o%o udeu. 4as a 8istFria

enquanto ideologia que constrFi u9 senti9ento deco9unidade *erdeu sua ec+cia. O indi%idualis9o dasociedade *Fs?9oderna ? %aloriador do *resente e doin%esti9ento e9 estrat(gias *essoais de sobre%i%7ncia nu99ercado de trabal8o e9 constante 9uta)'o e se9 garantiasde Juturo ? tende a des%aloriar *assados que n'o o *rF*rioe as \co9unidades coleti%as de destino].

Nesse conteto o Junda9entalis9o religioso *assa a

ter u9 a*elo i9*ortante ainda que *ara u9 *Zblico

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:urion a 0abot;nsL e os grandes %ultos do uda;s9oconte9*or&neo de Qreud a Einstein de aJLa a Bena9in.

E9 terceiro lugar Joi u9 uda;s9o \nor9aliador] isto

( enJatiou aquelas di9ensTes que a tradi)'o udaicaco9*artil8a%a co9 a 8u9anidade tal co9o denida *elatradi)'o euro*eia ilu9inista abandonando ou reduindo osJortes co9*onentes enFJobos *resentes na tradi)'oreligiosa e que a %i%7ncia 8istFrica reJor)ou.

E9 quarto lugar o uda;s9o 9oderno *rocurounegarYesquecerY di9inuir a di+s*ora que Joi de9oniadaco9o res*ons+%el *elos s(culos de *ersegui)Tes e %ista

co9o u9a institui)'o e9 con`ito co9 o Estado nacional ouu9a rel;quia do *assado a ser abandonada *elocos9o*olitis9o e o internacionalis9o.

O sionis9o Joi se9 dZ%ida o 9o%i9ento que 9aisJustigou a di+s*ora *ro*ondo inclusi%e o seu 9. 4as asoutras tend7ncias n'o era9 9uito 9el8or. O Bund aocentrar sua identidade na cultura i;dic8e descon8ecia osla)os que unia9 os udeus do 9undo ecluindo aqueles que

sF Jala%a9 ladino +rabe ou outra l;ngua local[ + o uda;s9oreJor9ista e9 *articular na *ri9eira Jase *rocurou diluir aideia de di+s*ora e os la)os de solidariedade co9 as outrasco9unidades udias Jora das Jronteiras nacionais *ara sere9recon8ecidos co9o \bons cidad'os]. Qoi o uda;s9oconser%ador que 9ante%e a rela)'o 9ais equilibrada entre o*assado e o *resente al(9 de *ro*or 9aior abertura *araas di%ersas tend7ncias no seio do uda;s9o. A obra de4ordec8ai a*lan nesse sentido Joi ee9*lar ao Jaer u9as;ntese entre uda;s9o e *rag9atis9o e a*oiar o sionis9oao 9es9o te9*o que ar9a%a a rele%&ncia e *er9an7nciada di+s*ora e co9o rabino nunca deiasse de enJatiar ai9*ort&ncia do uda;s9o secular.

Sinais .os no5os 4e+0os

O uda;s9o 9oderno c8egou a seu 9 nas Zlti9asd(cadas. Os Jatores que *ossibilitara9 essa 9udan)a Jora9

tanto internos co9o eternos. SF *ara enu9erar os

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? 8s4e ar4igo 2 -+a 5ers@o +o.iGca.a3 a+0lia.a e corrigi.a .e 4e;4o 0-blica.o nare5isa (ardes, n\+ero %3 $%%%<

Re5i5er a .is0ora3 rein5en4ar o ,-.a/s+o?

O uda;s9o 9oderno acabou 9as n'o sabe9os co9oenterr+?lo. O que aconteceu Por que n'o sabe9os queJaer co9 o uda;s9o 9oderno Por que os Znicos a*arentesbeneci+rios da conuntura atual *arece9 ser os gru*osreligiosos ortodoos Para onde %a9os

O G+ .o ,-.a/s+o +o.erno

O uda;s9o 9oderno Joi u9 esJor)o colossal de traduir

e ada*tar a tradi)'o religiosa 9edie%al s ideologiasdo9inantes na Euro*a nos s(culos i e isto ( aos%alores do Ilu9inis9o centrados no res*eito liberdade deconsci7ncia e autono9ia 9oral de cada indi%;duo. Nessesentido ele Joi Junda9ental9ente u9 Jen9eno associadoao uda;s9o as8Lenai + que boa *arte do uda;s9oseJaradita sF se integrou 9odernidade tardia9ente.

ue uda;s9o Joi este que do9inou a cena do s(culo

E9 *ri9eiro lugar u9 uda;s9o di%idido organiado e9gru*os relati%a9ente coesos identicados co9 ideologiasque era9 *roetos de GreHorgania)'o *ol;tica e econ9icada sociedade. Nacionalis9o socialis9o e liberalis9o Jora9as grandes lin8as di%isFrias que transJor9ara9 o uda;s9onos Zlti9os dois s(culos dando lugar ao sionis9o e9 suasdi%ersas orienta)Tes[ ao socialis9o do Bund centrado na%is'o de u9a cultura udaica secular Jundada na l;nguai;dic8e[ ao uda;s9o conser%ador[ ao uda;s9o reJor9ista[ ee9 geral *artici*a)'o ati%a na %ida *ol;tica das na)Tes.

E9 segundo lugar o uda;s9o 9oderno Joi u9 uda;s9osecular e uni%ersalista inclusi%e quando assu9ia Jor9asreligiosas co9o no caso do uda;s9o conser%ador ereJor9ista ou 9es9o quando se a*resenta%a co9o u9nacionalis9o co9o Joi o caso do sionis9o. O que signicaisso ue era9 aceitos os %alores b+sicos da 9odernidade

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$ ]-e as .is0oras cons4i4-e+ re.es .e ala5ancage+ social e econ^+ica a0arececlara+en4e e+ 4o.a a li4era4-ra .e es4-.os socioecon^+icos< U+ in4eressan4ees4-.o .e caso 2 a0resen4a.o 0or (< Eais43 In4erna4ional +igra4ion an.

4ransna4ional social s0acesQ<' D< Biale3 M< alcHins7T e S< escHel3 #nsider*+utsider "merican Jews and Mu!ticu!tura!ism.& C1< CH< reenber3 Pl-ralis+ an. i4s .iscon4en4sQ3 e+ D< Biale3 M< alcHins7T e S<

escHel3 o. cit., on.e +os4ra co+o 0ara os ,-.e-s a A+erica co+ s-as ins4i4-ies.e- cer4o3 e 0ara os negros n@o< 8 4a+b2+ M< alcHins7T3 Sca44ere. see.s[ a.ialog-e o1 .is0orasQ3 no +es+o li5ro3 0< $%?<# A \nica rea on.e o 0ós"+o.e+is+o e ,-.a/s+o con5ergira+ 1or4e+en4e 1oi o1e+inis+o3 0ois3 se as +-lHeres ,-.ias 0er+anecera+ o0ri+i.as e e;cl-/.as .en4ro.a 0r4ica c-l4-ral ,-.aica3 social+en4e 1ora+ e+ 0ar4e beneGcia.as 0elas 0ol/4icas.e armatie action a 1a5or .as +-lHeres< A0ós a II -erra M-n.ial os ,-.e-s<<< n@o era+ +ais -+a +inoria F-e .eGnisse o.isc-rso cen4ral .a c-l4-ra +a,ori4riaQ< D< Biale3 (He +el4ing 0o4 an. beTon.Q3 inD< Biale e4 al<3 o. cit., 0< $< Para.o;al+en4e3 2 a4ra52s .o oloca-s4o3 -+1en^+eno e-ro0e-3 F-e os ,-.e-s nor4e"a+ericanos conseg-e+ se +an4er co+o a+inoria escolHi.a<

identidade udaica s'o os la)os e redes de solidariedadeglobal que 9ais atrae9 8oe os o%ens udeus ao uda;s9o.>

Dis0ora e 0esF-isa e ensino ,-.aicosO resgate do conceito de di+s*ora *or *arte dasci7ncias sociais de%eria a *rinc;*io ser considerado be9?%indo *elo ca9*o dos estudos udaicos. N'o ( este o caso.Biale e :alc8insL e*lica9 esse distancia9ento entre a+rea de estudos culturais 3cultural studies4/ onde se d+ e9boa 9edida debate sobre o conceito de di+s*ora e a dosestudos udaicos co9o e*ress'o do distancia9ento da

e*eri7ncia do 9o%i9ento negro e o da co9unidade udaicanorte?a9ericana. Enquanto *ara os Zlti9os as institui)Tesa9ericanas de 9obilidade social Juncionara9 *erJeita9ente? co9o indica Biale o udeu Joi \e9branquecendo] *ara os*ri9eiros elas se 9ostrara9 *articular9ente Jrustrantes eecludentes.# Isso se9 9encionar que as *ol;ticas de a)'oar9ati%a 3armati%e actionH Jora9 *reudiciais aos udeusco9 ece)'o tal%e das 9ul8eres.- Outra li9ita)'o ( atend7ncia dos estudos udaicos a re*roduir u9a %is'o

seculariada Greno%ada e Jortalecida *elo ^olocaustoH da%is'o de *o%o udeu co9o *o%o escol8ido *ortador decaracter;sticas ece*cionais. Co9o indica Biale eiste u9adiculdade dos estudiosos do uda;s9o e9 abrir 9'o da

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a eercer oJ;cios de *rossionais liberais e e9*res+rios[ cHen9 u9 *o%o dias*Frico criou u9a base nacional *rF*riao Estado de Israel.

4as se o *o%o udeu 9udou a situa)'o 9undial n'ocou atr+s. A di+s*ora categoria re*ri9ida e esquecida*assou a ser usada e legiti9ada intelectual e *olitica9ente*elos 9ais di%ersos *o%os e gru*os. ue9 entrar na internetdescobrir+ de Jato u9 au9ento quase di+rio de sitesreJerentes s 9ais di%ersas \di+s*oras]. Publica)Tes 9uda9de no9e *ara incluir \di+s*ora] e9 seus t;tulos. SF *ara9encionar i9*ortantes Jatos *ol;ticos recentesU a di+s*ora

de oso%o Ge9 *articular a baseada na Ale9an8aH que te%eu9 *a*el signicati%o no nancia9ento de co9*ra de ar9as*ara o E(rcito de 5ibera)'o de oso%o[ e a di+s*ora curdanas 9aniJesta)Tes de *rotesto contra o go%erno turco.

Por que essa e*los'o de di+s*oras A res*osta b+sicasobre a qual coincide a bibliograa sobre o te9a ( que osurgi9ento de no%as identidades dias*Fricas est+relacionado transJer7ncia 9aci)a de *o*ula)Tes no 9undo

conte9*or&neo aos no%os siste9as de co9unica)'o etrans*orte e ao descola9ento e reconstru)'o de identidades? *ela crise dos 9arcos *ol;ticos e ideolFgicos tradicionaisassociados ao Estado nacional que deia de ser u9 Joco9ono*ol;stico de identica)Tes identit+rias coleti%as.

Eiste *or(9 u9a outra in`u7ncia na utilia)'ocrescente do conceito de di+s*ora que rei%indica o sucessoda di+s*ora udaica e do Estado de Israel. 0+ nas *ri9eirasd(cadas do s(culo 66 o escritor e l;der aJro?a9ericano 2uBois 9enciona%a a ca*acidade 9obiliadora do sionis9oco9o Jonte de ins*ira)'o do 9o%i9ento negro assi9 co9oo *rF*rio AraJat n'o deia de a*ontar a necessidade de sea*render co9 a 8istFria do 9o%i9ento sionista.

Assi9 a*esar das *retensTes de %+rios teFricos daci7ncia social que ro9antica9ente *rocura9 %er nasdi+s*oras u9a e*ress'o de resist7ncia s estruturasdo9inantes o que ins*ira boa *arte das no%as di+s*oras (

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9 U+ caso signiGca4i5o 2 a \l4i+a le5a .e e+igra@o ,-.aica .a e;"Uni@o So5i24ica[e+ Israel 1ae+ F-es4@o .e 0ro4eger e +an4er a l/ng-a e c-l4-ra r-ssas< O- .os1alasHi+3 F-e es4@o co+ean.o a in4egrar co+0onen4es .a c-l4-ra a1ro"blac7 nor4e"

a+ericana<

homeland *ode signicar tanto u9a \nor9alia)'o]enquanto udeus co9o a cria)'o de u9a no%a di+s*oraligada ao *a;s de orige9.,

Assi9 o 4useu da 2i+s*ora localiado e9 !el A%i%cedo ou tarde de%er+ ser reorganiado e e9 lugar de9ostrar u9 *ercurso que le%a todas as di+s*oras adese9bocare9 e9 Israel de%er+ 9ostrar u9 ca9in8o 9aisdi%ersicado e aberto *elo qual a di+s*ora Gconstitu;da at(*or 9uitos israelenses que decide9 deiar o *a;sH continua aser u9a constante na 8istFria udaica. Anal n'o ( diJ;cilde9onstrar que u9 *o%o *equeno sF *ode sobre%i%er ao

longo do te9*o caso consiga dissociar seu destino de u9es*a)o J;sico Znico.A re%aloria)'o de identidades transnacionais a

globalia)'o o sucesso social da di+s*ora udaica no 9undoatual9ente ao abrigo de *ersegui)Tes coleti%as recoloca9 oEstado de Israel e a di+s*ora dentro de u9a *ers*ecti%areno%ada. O son8o que orientou o sionis9o de nor9alia)'odo *o%o udeu *arece realiar?se no 9undo *Fs?9oderno

*ela %ia in%ersa co9 a condi)'o dias*Frica *assando a ser anor9a e o nacionalis9o u9 *esadelo *ois e9bora %igente (u9 9arco institucional e9 crise. 4as o relati%o Jracasso Glu do s(culo iH n'o Joi so9ente do sionis9o 9as si9 detodas as ideologias que reno%ara9 uda;s9o na9odernidade *ois o 9undo se uda;a e o uda;s9o senor9alia *or ca9in8os que ningu(9 *re%iu.

Essas transJor9a)Tes que se encontra9 no centro da%ida cultural do *o%o udeu coloca9 a necessidade de serecon8ecer e negociar a di%ersidade interna das Jor9as dee*ress'o cultural e de identidades udaicas. O s(culo i e a*ri9eira 9etade do s(culo *roduira9 u9a di%ersica)'oe di%is'o do *o%o udeu e9 correntes at( 9es9oantagnicas na Jor9a de grandes ideologias inclusi%as eecludentes nas quais cada u9a rei%indica%a u9a res*osta

87



8+bora e;is4a+ cer4os es1oros isola.os nesse sen4i.o< C1< L< J< Sil5ers4ein e R< L<CoHn orgs<3 The +ther in Jewish and Histor', e S< _e0nes3 #nterreting Judaism in a(ostmodem"ge.

! A i+0osi@o .o Hebraico3 +ais F-e -+ re4o+o sa-.osis4a : l/ng-a b/blica3 1oi o0rinci0al +ecanis+o .e agl-4ina@o e recons4r-@o .e -+a no5a c-l4-ra nacional<No in/cio .a colonia@o sionis4a e;is4ia+ o-4ros can.i.a4os : l/ng-a nacional30ar4ic-lar+en4e o i/.icHe e o ale+@o<

estudos e de ensino udaicos./ 4ais doloroso ainda se u9adas di+s*oras a ser inclu;da no no%o es*a)o intelectual ( adi+s*ora *alestina gerada na intera)'o co9 a colonia)'o

sionista e *ara a qual os udeus ocu*a9 o lugar que eles*rF*rios reser%a%a9 *ara os ro9anos. A*esar dessasdiculdades debate sobre di+s*oras re*resenta u9ao*ortunidade Znica *ara analisar as estruturas do *o%o

udeu es*ecial9ente e9 rela)'o s di+s*oras *eriJ(ricasassi9 co9o *ara re*ensar as estruturas sociais culturais e*ol;ticas do Estado de Israel.

Al2+ .o 8s4a.o .e Israel

Israel re*resenta u9 caso t;*ico do esJor)o siste9+ticoque os Estados nacionais desen%ol%era9 *ara destruir adi%ersidade cultural de sua *o*ula)'o. Se9 dZ%ida Joi u9esJor)o que contou *elo 9enos at( =,# co9 acolabora)'o ati%a e consciente da sociedade. Ainda assi9n'o deiou de ser u9 esJor)o concentrado e siste9+tico de8o9ogeneia)'o cultural de engen8aria social *ara eli9inara di%ersidade e riquea cultural do uda;s9o elaborado no

longo *ercurso dias*Frico. A i9*osi)'o de u9a l;ngua Znica

esJor)o e9 boa 9edida Jracassado de criar u9a cultura udaica secular \naturalista] e o desa*re)o *ela di+s*oraco9o Jonte de %alores e de %i%7ncia criati%a Jora9ele9entos constituti%os do esJor)o nor9aliadornor9atiador e disci*linador da ideologia e do siste9aeducacional que se i9*lantou e9 Israel. ^oe esse esJor)o9ostra sinais de esgota9ento e o grande desao *ol;tico

*assou a ser a con%i%7ncia entre de9ocracia e a di%ersidade(tnica e cultural.

86



?$ M< a-cHe43 /a re!igion dans !a d0mocratie.

A no%a condi)'o do s(culo i do 9 da 8istFria co9oes*a)o onde se constrFi o sentido da %ida ou nas *ala%rasde :auc8et=> de 9 das ideologias seculares sobre o sentido

da 8istFria obriga a u9 redireciona9ento do uda;s9osecular e das correntes religiosas orientadas *elas ideologias9odernas. A re%aloria)'o da Cabala e do uda;s9o 9;sticoe9 geral indica u9a transJor9a)'o do 9ercado de *rodutos

udaicos que te9 inclusi%e a*elo *ara u9 *Zblico a9*lon'o udeu de consu9idores de *rodutos esot(ricos.

O atual auge do uda;s9o ortodoo re`ete ? 9ais que o9(rito *rF*rio e9bora este n'o *ossa ser negligenciado ? a

*roJunda crise do uda;s9o 8u9anista secular e astransJor9a)Tes geracionais do *o%o udeu. A busca de ra;ese de tradi)Tes *or *arte de u9a gera)'o que *erdeuqualquer reJer7ncia eistencial 9ais *roJunda co9 a tradi)'o

udaica Ja *arecer aut7ntico aquilo que te9 u9a a*ar7nciaeterna de \diJerente]. Assi9 Jalar i;dic8e Gu9a l;nguaderi%ada do ale9'oH *or(9 se9 culti%ar sua rica culturaliter+ria *ois de conteZdo secular e %estir?se 9oda antigada Euro*a oriental Ginclusi%e no quente cli9a israelenseH

i9*ressiona co9o sendo \%erdadeiro].A orJandade intelectual das institui)Tes ca

dra9atiada *elo abandono *or *arte da 9aioria dosintelectuais udeus da %ida co9unit+ria deiando esta e9geral nas 9'os de *essoas ainda que be9?intencionadasgeral9ente cultural9ente conser%adoras e de*endentes dedoa)Tes de e9*res+rios cuos %alores G*or o*)'o te9or ouignor&nciaH n'o s'o 9uitas %ees os de reno%a)'o do

uda;s9o.4as a crise do uda;s9o ( antes de tudo interna. As

ideologias e9 torno das quais ele se construiu ru;ra9 sea*elo sucesso no caso do sionis9o sea *ela 8istFria no

89



?% os ,-.e-s no Gnal .o s2c-lo ;; es4@o ra0i.a+en4e se 4ornan.o<<< -+aco+-ni.a.e .e escolHaQ3 D< Biale3 o. cit., 0<'?<?? C1< n\+ero ' .o 5ol<$? +aio ?99! .e 1thnic and &acia! %tudies, .e.ica.o :

anlise .a socie.a.e israelense3e < Elin4 e Bila Sor,3 Terra em transe - #srae!,democracia ou teocracia2.

Essa situa)'o *arece estar c8egando ao 9. 4as ano%a di%ersidade interna n'o re*ete aquela que caracteriouo uda;s9o 9odernoU e9 lugar de identica)'o co9

ideologias \coerentes] o uda;s9o *assa a ser u9aconstru)'o *essoal indi%idual u9 bricola"e e9 constante9uta)'o no qual cada u9 se a*ro*ria de e conso9e*rodutos das di%ersas correntes. O uda;s9o *assa a assu9iro car+ter de u9 9ercado de *rodutos culturaiscircunstancial9ente consu9idos Jor9ado *or di%ersosnic8os dos quais se entra e sai cotidiana9ente se9*reocu*a)'o co9 coer7ncia ideolFgica ou intelectual.

Rein5en4ar a .is0ora e ,-.a/s+oO desao que o uda;s9o ir+ enJrentar neste no%o

s(culo ( o da reconstru)'o de suas institui)Tes de Jor9a aadequ+?las ao no%o sentido que a di+s*ora assu9e nu99undo globaliado indi%idualiante e organiado e9 tornode subculturas de consu9o e da su*er*osi)'o de redessociais 9ais %ariadas. 19 desao central *ara a di+s*ora

udaica ( construir u9a no%a identidade que n'o estea

Jundada na *ersegui)'o e na %iti9ia)'o. A identidade udaica ( cada %e 9ais a e*ress'o de u9a escol8a*ositi%a u9a identidade (tnica e9 lugar de u9a identidadeestig9atiada. Ela ( cada %e 9ais liberdade e 9enosdestino. Caso o *er;odo atual de n'o *ersegui)'o sealongue uda;s9o de%er+ se reconstruir *or seusas*ectos *ositi%os no que te9 a oJerecer no *resente= == oque i9*lica igual9ente a abertura *ara os casa9entos

9istos e *ara u9a %is'o 9enos Jec8ada e enFJoba e9rela)'o ao "o Gn'o udeuH.A consolida)'o do Estado de Israel igual9ente *assar+

*elo recon8eci9ento de que u9 *o%o dias*Frico constrFiu9a na 'o de di+s oras ue ei e enJrentar o roble9a

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$ Cons-l4ar Bernar.o Soi,3 " noa sociedade 3rasi!eira.

*or que e9 certas sociedades o antisse9itis9o ( reduidoou quase ineistente. Nossa 8i*Ftese ( que a cultura aidentidade e o 9ito de orige9 brasileiros Ja%orece9 a

identica)'o co9 o no%o e a 9udan)a que *er9itir+realiar suas *otencialidades co9o *a;s do Juturo. E9segundo lugar *rocurare9os indicar algu9as caracter;sticasdo uda;s9o brasileiro geradas *ela integra)'o na cultura esociedade locais. Qinal9ente a*ontare9os certos *adrTesdo9inantes nos escassos estudos sobre o uda;s9obrasileiro conte9*or&neo nu9a *ers*ecti%a co9*aradaco9 o caso argentino.

i9*ortante le9brar que nen8u9a cultura se redu ouse e*lica *or seu 9ito de orige9. EnJatia9os estadi9ens'o *orque constata9os que *ossui u9a grandeca*acidade e*licati%a no que se reJere ao trata9ento que asociedade brasileira d+ ao estrangeiro. Co9*reender asociedade brasileira e9 seu conunto eigir;a nos reJerir9osa outros Jatores culturais al(9 de aos as*ectossocio*ol;ticos e econ9icos entre eles a ca*acidade decon%i%7ncia co9 Jort;ssi9as desigualdades sociais.>

Racis+o e ,-.e-s no Brasil

O Brasil ( u9a sociedade co9 li9itada *resen)a dediscursos ou *r+ticas antisse9itas. Essa a%alia)'o te9 co9obase a inJor9a)'o cotidiana di%ulgada *elos 9eios deco9unica)'o relatos de i9igrantes a e*eri7ncia e9*;ricado autor e relatFrios de organis9os es*ecialiados. O nti-Semitism orld +eport ressaltaU \N'o 8+ indica)'o de u9

antisse9itis9o *atrocinado *elo Estado desde o nal doregi9e Vargas] G*. =?==H. \No Brasil 8+ *oucoantisse9itis9o *o*ular] G*.=H G!8e Institute oJ 0ewis8A_airs and t8e A9erican 0ewis8 Co99ittee =,,-H. Nos doisgrandes centros onde se concentra a grande 9aioria dosudeus S'o Paulo e Rio de 0aneiro *r+ticas ou discursosantisse9itas que aJete9 a qualidade de %ida e a con%i%7ncia

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? 8s4e ar4igo 2 -+a 5ers@o +o.iGca.a e corrigi.a .e -+ 4rabalHo 0-blica.o e+ BilaSor,3 #dentidades 4udaicas no 5rasi! contemor6neo.

SOCIABILIDAD8 BRASIL8IRA 8 ID8N(IDAD8 JUDAICA ?

Bernardo Sorj

In4ro.-@o *ri9eira %ista o estudo da co9unidade udaica no Brasil

n'o LF a*resenta 9aior interesse sociolFgico. :ru*o*equeno que n'o c8ega a re*resentar =W da *o*ula)'oocu*ando e9 grande *arte setores sociais 9(dios se99aior *eso institucional na %ida nacional a co9unidade

udaica a*arece co9o 9ais u9 co9*onente do lado be9?sucedido e 9oderno do Brasil conte9*or&neo. Acredita9os*or(9 que a an+lise da din&9ica de integra)'o dos udeusno Brasil *ode ser *articular9ente instruti%a tanto *ara aco9*reens'o da cultura brasileira co9o do uda;s9o e doantisse9itis9o 9odernos.

A sociedade brasileira n'o discri9ina o i9igrante *elocontr+rio o %aloria. O Brasil conseguiu absor%er o 9aiorcontingente de *o*ula)'o a*onesa Jora do *rF*rio 0a*'o9il8Tes de +rabes e 9enor quantidade de udeus se9 gerarcon`itos (tnicos ou *r+ticas *reconceituosas. !rata?se de u9Jeito ad9ir+%el *ossi%el9ente se9 si9ilares na 8istFriaconte9*or&nea. :rande *arte desses i9igrantes nu9asociedade que at( nal dos anos / a*resentou ;ndicesalt;ssi9os de cresci9ento econ9ico e 9obilidade socialconseguiu ra*ida9ente gra)as aos %alores e con8eci9entostraidos de seus lugares de orige9 ascender social9ente e

ocu*ar *osi)Tes i9*ortantes nas classes 9(dias e elites do*a;s. Ao contr+rio do restante da A9(rica 5atina ou daEuro*a a ascens'o social dos i9igrantes e9 lugar deali9entar ideologias 9o%i9entos *ol;ticos racistas ousenti9entos anti(tnicos Joi %ista e9 geral co9o Jator*ositi%o.

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gan8o de qualidades *ara os negros que *assaria9 aintegrar *lantei da ra)a %irtuosa *ela *erda dascaracter;sticas da ra)a %iciada.

A obra de Roberto 2a4atta ( u9a das que co9 9aiscriati%idade sustenta a tese de que no Brasil ? *or tr+s deu9a ideologia de coo*ta)'o uni%ersal aJabilidadesincretis9o e estrutura ur;dica liberal ? suba u9a estruturade *oder 8ier+rquica *roJunda9ente desigual e racista. Oargu9ento de 2a4atta ( de que no Brasil *redo9ina aJ+bula que a*resenta brancos negros e ;ndios co9oco9*onentes equi%alentes na qual as tr7s ra)as constitue9

Junda9ento que gerou u9 Brasil 9iscigenado e*redis*osto ao crua9ento e toler&ncia racial.2a4atta *rocura 9ostrar que a sociedade *ortuguesa

cuas estruturas sociais Jora9 transJeridas *ara o Brasil erau9a sociedade co9 8ierarquias Jorte9ente 9arcadascatFlica do9inada *elo Jor9alis9o ur;dico 9ercantil eco9 la)os de de*end7ncias entre as diJerentes ca9adasdo9inantes. A J+bula das tr7s ra)as Jor9adoras do Brasil

teria a Jun)'o de integrar ideal9ente a *o*ula)'o de*ois daAboli)'o nu9 9arco co9u9 e que atra%(s dobranquea9ento atingir;a algu9 dia a 8o9ogeneidade e a8ar9onia. A ideologia da integra)'o das ra)as sea no *lanoseual da 9Zsica da 9ul8er do carna%al 9ascararia area8dade das *roJundas diJeren)as de *oder. Al(9 disso o*rF*rio *ressu*osto da integra)'o *elo branquea9ento (*roJunda9ente racista e negador de u9a identidade negra.

2a4atta contra*Te a ideologia da de9ocracia racial eo a*arel8o ur;dico de igualdade entre os cidad'os a u9a*r+tica social e9 que *redo9ina9 *roJundas desigualdadese e9 que a 8ierarquia do \%oc7 sabe co9 que9 est+Jalando] substitui a ideia de cidad'os co9 direitos iguais.

Assi9 segundo 2a4atta a sociedade brasileira (*roJunda9ente 8ier+rquica sustentada na desigualdadeentre as *essoas. Nela os la)os de de*end7ncia *elas*osi)Tes diJerentes ocu*adas na 8ierarquia social ao 9es9o

te9*o que *er9itir;a9 u9a sociabilidade Jundada na

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as outras ra)as *articular9ente a negra *oder'o\9el8orar] %ia 9iscigena)'o at( alcan)ar obranquea9ento. Assi9 na 9edida e9 que os udeus s'o

aceitos co9o *arte da ra)a branca ? ideia que sF Joiquestionada *or alguns intelectuais brasileiros associados ideologia Jascista nas d(cadas de > e ? eles *assa9 aser *arte da solu)'o e n'o u9 *roble9a. Portanto e9boraa sociedade brasileira sea racista antinegra esse racis9on'o atingir;a outras etnias co9o os udeus.

Esta 8i*Ftese *arece cobrir *arte essencial dae*lica)'o de *or que o Brasil n'o seria u9a sociedade

antisse9ita 9as ela ( insuciente ou *arcial. Al(9 dadi9ens'o negati%a de%e9os co9*reender as Jor9ases*ec;cas de integra)'o do e9igrante na sociedadebrasileira assi9 co9o elaborar co9 9ais a*uro o debate e9torno da ideologia do branquea9ento e suas i9*lica)Tessobre as diJerentes Jor9as de racis9o inclusi%e o antinegro.

As inter*reta)Tes da Jor9a)'o sociocultural do Brasilno s(culo 66 di%ide9?se e9 duas grandes lin8as de Jor)a.2e u9 lado est'o aqueles associados obra de :ilbertoQrere que enJatia9 o car+ter integrador da 9iscigena)'oa cordialidade da *sicologia coleti%a o sincretis9o culturala *orosidade social ou sea u9a sociedade aberta etolerante cuas origens re9ontaria9 *articularidade dacolonia)'o lusitana co9 *redo9;nio de intenso interc&9bioseual co9 as *o*ula)Tes negras e nati%as. 2e outro ladote9os as %ersTes que enJatia9 as caracter;sticas racistasda estrutura social brasileira na qual o negro n'o sF Ja

*arte dos estratos 9ais *obres co9o soJre discri9ina)'oracial tendo di9inu;das suas c8ances de 9obilidade social.

O racis9o es*ec;co do brasileiro seria a ideologia dobranquea9ento *ela qual negro atra%(s da 9isturaracial *assa a ser *arte do 9undo branco. Essa ideologiado9inante no Brasil se e*ressaria na %aloria)'o dos l8os\9ais brancos] de Ja9;lias co9 orige9 aJricana e seria u9desen%ol%i9ento es*ec;co do 9oderno racis9o euro*eu do

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E9 lugar de se %er na contradi)'o entre a ideologia*ol;tico?ur;dico liberal brasileira e as *r+ticas socioculturais8ier+rquicas u9 si9*les *rocesso de 9istica)'o no qual o

*ri9eiro *lano encobre a realidade do segundo ( 9uito9ais Jrut;Jera a an+lise da intera)'o destes dois *lanostendo a9bos eJeitos reais no *rocesso social. Ainda 9ais8oe nu9a sociedade 9o%ida *or u9a ideologia consu9istae9 que o *reconceito racial *assa a ser cada %e 9aissubordinado ca*acidade aquisiti%a do agente social. Adeni)'o do que sea branco cada %e 9ais se correlacionaco9 a *osi)'o econ9ica do indi%;duo. As transJor9a)Tessociais no Brasil conte9*or&neo gera9 u9a sociedade co9altos ;ndices de 9obilidade social e reno%a9 a co9*osi)'osocial das elites econ9icas e *ol;ticas. No%os *rocessossociais *or sua %e co9o o e9*obreci9ento econ9ico ecultural das *o*ula)Tes eclu;das dos no%os centrosdin&9icos de cresci9ento econ9ico Gco9 Jorte*redo9in&ncia de negros e nordestinosH e a %iol7ncia urbanagera9 no%os Jocos de racis9o.

2a4atta est+ errado e9 ar9ar que a sociedadebrasileira ( cordial *orque ( 8ier+rquica. A segundacaracter;stica n'o *ressu*Te a *ri9eira. As sociedades8ier+rquicas e9 geral desconsidera9 e 9es9o re*udia9os estratos inJeriores co9 os quais t79 *ouca ou nen8u9aco9unica)'o. A sociedade brasileira ( si9ultanea9ente8ier+rquica e aberta *roJunda9ente desigual e *ro9otorada 9obilidade social e da coo*ta)'o. As sociedades8ier+rquicas tradicionais se9*re ti%era9 u9 Jorte

co9*onente de Jatalis9o e Jortes cren)as na ine%itabilidadee eternidade das diJeren)as. No Brasil *elo contr+rio as8ierarquias se sustenta9 na e*ectati%a da 9obilidadesocial e de u9 Juturo diJerente. O *rF*rio *adr'o desociabilidade brasileira greg+rio lZdico *oucoindi%idualiado assi9 co9o seu sincretis9o religioso eart;stico ( u9a e*ress'o de eJeti%a abertura e absor)'o deele9entos da cultura aJricana e ind;gena.

Por(9 o que nos *arece 9ais i9*ortante nesseconteto ( ue o relato da 9itolo ia nacional brasileira

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9enos recon8ece a alteridade do outro enquanto nosiste9a 8ier+rquico todo 9undo ( *arte de u9 conunto co9u9 lugar desigual es*ec;co as diJeren)as sendo relati%as

*osi)'o ocu*ada *or cada u9. Este siste9a *er9ite todoti*o de grada)'o *or ee9*lo %+rios n;%eis de \negritude]e9 lugar de o*osi)Tes *olares entre brancos e negros.

Sociedades 8ier+rquicas co9o a brasileira ao 9es9ote9*o que assi9ila9 a todos 9ant79 a desigualdadeenquanto no siste9a igualit+rio e indi%idualista a diJeren)asF ( su*ort+%el %ia segrega)'o. 19a sociedade 8ier+rquica( u9a sociedade de 9esti)os na qual e9 lugar de ra)as

o*ostas eiste9 as 9ais %ariadas cores de *ele. odo9;nio do JenFti*o e n'o do gene originador dasgrada)Tes de *ele e n'o da *urea do sangue. A sociedade8ier+rquica brasileira e9bora desigual *er9ite aconcilia)'o e a coo*ta)'o das diJerentes ca9adas queconsegue9 ca9in8ar no sentido do branquea9ento. Adi%is'o da sociedade e9 innitas ca9adas de nuances de*ele *er9ite Jugir ao conJronto *ois neutralia a Jor9a)'ode identidades n;tidas. O Brasil seria *ortanto u9a

sociedade de u9 racis9o 9oldado na 8ierarquia e n'o noindi%idualis9o.

O argu9ento de 2a4atta n'o ser+ discutido e9detal8es *or(9 interessa indicar o que ele te9 al(9 deesclarecedor de *roble9+tico *ara a co9*reens'o dadin&9ica inter(tnica no Brasil. Interessa?nos e9 *articularquestionar aqueles as*ectos e9 que 2a4atta o*Te ao9odelo 8ier+rquico brasileiro o 9odelo indi%idualista e

igualit+rio anglo?sa'o sua tend7ncia a cristaliar *adrTesculturais *erdendo de %ista as 9udan)as sociais ligadas*articular9ente aos *rocessos 8istFricos de 9odernia)'o edescon8ecendo o car+ter eJeti%a9ente contraditFrio da9itologia cultural brasileira na qual con%i%e9 co9*onentesanti?igualit+rios co9 u9a %is'o co9u9 de Juturo assi9co9o eJeti%as *r+ticas sincr(ticas e ecu97nicas.

A a*resenta)'o de 2a4atta do 9undo \anglo?sa'o]

co9o u9a sociedade coerente organiada e9 torno de u9

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& Co+ a i+0or4an4e e;ce@o .o in4egralis+o a .2ca.a .e '%3 F-e .esen5ol5e- -+ai.eologia F-e 5aloria5a incl-si5e as ra/esQ in./genas< C1< < (rin.a.e3 /atentation fasciste au 5r0si! dans !7s anne0s trente.

*otencial re*ri9ido *ela 8istFria no caso brasileiro Joise9*re do9inante a %is'o do *assado *ercebido co9o aJonte de todos os %;cios. Isso de%e ser su*erado *ara que

*ossa9 ser realiadas as %irtualidades do *a;s*ro*orcionadas *or suas riqueas naturais es*era desere9 e*loradas sob Jor9a racional e9 seu *otencial degerar *ros*eridade e riquea *ara todos.

!oda cultura e 9itologia nacional baseia?se e9e*eri7ncias 8istFricas e *rocessos *ol;ticos e sociais que asreJor)a9 ou transJor9a9. A Jragilidade de 9o%i9entosro9&nticos e saudosistas no Brasil est+ associada

abertura *er9eabilidade e tend7ncia concilia)'o nointerior das elites que n'o *er9itiu cristaliar setoresressentidos e Jrustrados co9 as transJor9a)Tes sociais edeseosas de retornar a u9 *assado idealiado.

A classe do9inante brasileira no s(culo 66 n'o Jequest'o de associar suas origens *ot7ncia coloniadora*ara distinguir?se do resto da *o*ula)'o nati%a ou i9igrante.A rela)'o negati%a co9 o *assado li9itou a Jor9a)'o de

u9a elite cuo *rest;gio se basearia e9 suas ra;es\*roJundas] e que encarnaria a nacionalidade.# Igual9ente o*a*el econ9ico de S'o Paulo liderado *or gru*os de9igrantes o cos9o*olitis9o do Rio de 0aneiro aineist7ncia de guerras ou ini9igos eternos rele%antes asaltas taas de cresci9ento econ9ico e a 9obilidade sociale es*acial da *o*ula)'o ? tudo isso colaborou *ara e9inarou enJraquecer tend7ncias enFJobas e ro9&nticas.

A ideologia \Brasil *a;s do Juturo] Joi atualiada nosanos - co9 desen%ol%i9ento de no%as classes 9(diasgeradas *elo *rocesso de industrialia)'o e 9odernia)'o.As no%as ca9adas que e9ergira9 nesse *er;odo sebeneciara9 de u9 *rocesso de cresci9ento econ9icoco9 taas *oucas %ees atingidas *or outros *a;ses.

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' 8+ rela@o : 5aloria@o .a na4-rea 0elos brasileiros3 c1< J< M< Car5alHo3 ises.o Brasil e .os brasileirosQ<

co9 a recria)'o de u9a sociedade integrada e 8o9og7nea.

Essa %is'o do Juturo li9ita e qualica os co9*onentesracistas da cultura brasileira.

O decisi%o *or(9 ( que a %is'o de u9a sociedade quese a*oia na *ossibilidade de u9 Juturo co9u9 ideal e n'ono *assado ( u9a re%olu)'o co*ernicana e9 rela)'o a todaa 9itologia 9oderna dos Estados nacionais. Essa %is'oe*lica a quase ineist7ncia de antisse9itis9o ou aJragilidade de ideologias anti?i9*erialistas que diJerencia Brasil do restante da A9(rica 5atina.

19a sociedade orientada *ara o Juturo ( u9a

sociedade que %aloria no%o e que n'o te9 9edo daino%a)'o. O 9ito de orige9 do Brasil ? que %7 a orige9 dos*roble9as do *a;s no *assado na escra%id'o e nacolonia)'o lusitana e que acredita que o *ara;so n'o Joi*erdido 9as que se encontra no Juturo ? *rodu u9a %is'ototal9ente diJerente dos %alores da 9udan)a e doestrangeiro. Na 9edida e9 que todos os 9itos de orige9nacional su*Te9 u9a Jase +urea nu9 *assado re9oto quenutre e sustenta os %alores nacionais eles cria9 u9arela)'o *roble9+tica co9 o no%o identicado quasese9*re co9 in`u7ncias eternas e o estrangeiro. O\nacional 9ais *uro@@ ( aquele que se encontra ligado 9ais*roJunda9ente s ra;es e ao *assado. uanto 9enosra;es 9ais longe se est+ dos \%alores nacionais]. No 9itode orige9 brasileiro *elo contr+rio o *assado (des%aloriado e sua *roi9idade co9 este i9*lica u9aidentica)'o negati%a. N'o ( toa que no Brasil

*redo9ina9 as *iadas sobre negros e *ortugueses co9oe*ress'o do *assado a ser reeitado. Nu9 conteto e9 queo no%o a 9udan)a e o Juturo s'o %aloriados o estrangeirono lugar de ser *ortador de %alores estran8os nacionalidade *assa a ser seu *rinci*al construtor.

Enquanto nos 9itos de orige9 nacional Jundados no*assado o ini9igo ( se9*re eterno e *ersonicado nas

96



# A e;0eri=ncia con4e+0orKnea .e absor@o e branF-ea+en4o .o ,-.a/s+oa+ericanoQ c1< Biale3 ?99! in.ica F-e3 al2+ .e o0osies3 e;is4e+ 4a+b2+con4in-i.a.es e se+elHanas en4re a c-l4-ra brasileira e a a+ericana<

Brasil igual9ente e*ressa9 u9 uni%erso e9 que aintegra)'o do outro n'o su*Te sua eli9ina)'o ne9

O 0reo .a in4egra@o brasileira2errubadas as 9ural8as das autono9ias ur;dica e

organiacional das co9unidades udaicas tradicionais uda;s9o 9oderno *assou a inter*enetrar?se co9 asociedade local de Jor9a tal que a identidade udaicaindi%idual e coleti%a *assou a ser *arte integrante dasociedade nacional onde ela se encontra%a. Co9o 9ostrouSaio Baron e9 sua 9onu9ental História social e reli"iosa do

po%o judeu/ uda;s9o se9*re se desen%ol%eu reagindo se a*ro*riando?se das in`u7ncias do uni%erso gentio. O que (no%o na sociedade conte9*or&nea ( a dilui)'o das barreirasinstitucionais que at( ent'o ltra%a9 e li9ita%a9 i9*actodo 9eio eterno. Assi9 e9bora se9*re 8ou%esse u9a*luralidade de identidades udaicas locais na di+s*ora estasnunca c8egara9 intensidade integradora do 9undo9oderno. A 9odernidade *ara o *o%o udeu i9*licou u9a

bargan8a na qual recebia igualdade de direitos e abria 9'ode suas institui)Tes ur;dicas e de %ida co9unit+riadiJerenciada. O direito cidadania signicou *ara os udeusa aquisi)'o de u9a identidade que os integra%a a u9a no%atotalidadeU a sociedade nacional. A 9odernidade acarretou ase*ara)'o eistencial e *ol;tica entre o indi%;duo udeu e suaco9unidade ro9*endo co9 os 9ecanis9os de re*rodu)'oe socialia)'o \natural] e colocando assi9 co9o u9a

quest'o *er9anente9ente e9 aberto a continuidade%olunt+ria da %ida udaica e do signicado da identidade udaica.

A integra)'o dos udeus no Brasil natural9entea*resenta si9ilaridades co9 *rocessos an+logos e9 outrasregiTes do 9undo 9oderno *or(9 as es*ecicidades da

99



do branquea9ento se 9ante%e seu discurso de sustenta)'oideolFgica deiou de ser leg;ti9o.

So9ente nos anos e , co9 os *er;odos de

estagna)'o econ9ica dese9*rego crnico e au9entos dos;ndices de cri9inalidade co9e)ara9 a surgir ainda que9arginal9ente e*ressTes de discursos racistasantinordestinos e antinegros.

O Brasil co9o os brasileiros constante9ente le9bra9( u9 *a;s se9 9e9Fria. Ali+s esta ( a Znica le9bran)aculti%ada. 19 *a;s que ali9enta a i9*unidade ? ne9 a leine9 a 9e9Fria condena9 atos *assados ? que

a*arente9ente oga toda e*eri7ncia coleti%a noesqueci9ento *arece ser u9 *o%o se9 9e9Fria. 4as a\Jalta de 9e9Fria@@ n'o e*ressa a Jalta de u9 9ecanis9oque de%eria eistirU ( u9 *roduto 8istFrico constru;dosocial9ente u9 9ecanis9o ati%o *ositi%o de u9asociedade que reeita o *assado co9o algo a se la9entar. Ades%aloria)'o do *assado te9 claros eJeitos *er%ersosU n'o( *oss;%el construir u9 Juturo se9 a*rendiado do

*assado. Parece quase u9a in%ers'o da situa)'o e9 quesociedades *resas ao *assado n'o consegue9 enJrentar a9udan)a o no%o obtendo e9 a9bos os casos resultadossi9ilares.

Enquanto os 9itos de orige9 que se sustenta9 naidealia)'o do *assado gerara9 ideologias ro9&nticasanti9odernas e anti9ercantis Go 9ercado ( se9*re %istoco9o introdutor do no%o al(9 de corru*tor das tradi)TesH a%aloria)'o do Juturo Ja do Brasil u9 *a;s *ouco *er9e+%ela esse ti*o de ideologias tendo elas bai;ssi9a e*ress'o esendo quase ineistentes no Brasil conte9*or&neo. 2essaJor9a o estrangeiro no Brasil e9 %e de si9boliar o*erigo re*resenta o *rogresso as no%as id(ias e *r+ticasque *oder'o audar a sociedade a realiar seu destino de*a;s do Juturo.

No caso *articular dos udeus u9 outro Jator que*oder;a Jo9entar senti9entos antisse9itas ? o antiuda;s9o

98



Incl-si5e as n-ances F-e .i1erencia+ o ,-.a/s+o 0a-lis4a .o carioca [email protected] a .i1eren4es n/5eis .e .o+inKncia .os +i4os nacionais brasileiros< O Rio.e Janeiro3 ca0i4al .o Brasil nos .ois \l4i+os s2c-los a42 ?9%3 2 a ci.a.e F-e +ais

encarno- a +i4ologia nacional brasileira< S@o Pa-lo3 F-e recebe- gran.e 0ar4e .ese- con4ingen4e 0o0-lacional no s2c-lo ;;3 +an42+ i.en4i.a.es 24nicas +ais.e+arca.as<

Juturo algo te9ido Jonte de incerteas e angZstia. O*resente se transJor9a nu9 es*a)o de *re*ara)'o *araJuturas cala9idades e de le9bran)a do *assado *ortanto

es%aiado de conteZdo ou realidade *rF*ria. Se acon%i%7ncia das 9itologias udaica e brasileira n'o deia deser alta9ente tera*7utica *ara os udeus a elabora)'o deu9a s;ntese i9*lica nu9 %erdadeiro desao.

A conr9a)'o dessa 8i*Ftese *ode ser %ericadain%ersa9ente *elo Jato de a co9unidade udaica do Rio:rande do Sul e9bora 9uito 9enor que a de S'o Paulo e ado Rio de 0aneiro a*resentar o Znico caso de u9a JZnda)'o

cultural udaica que te%e u9 certo dina9is9oU ser a terranatal de 4oacr Scliar Znico ro9ancista udeu consagradoque aborda te9as udaicos e9 sua obra. Isto *ossi%el9ente*orque e9 ter9os de9ogr+cos o Rio :rande do Sula*resenta u9a co9*osi)'o (tnica de *redo9in&nciaeuro*eia co9 Jorte tradi)'o localista que cultua astradi)Tes do *assado \gaZc8o] %aloriando a re`ei%idade(tnica e onde o antisse9itis9o *arece ser 9ais *resente.$

O uda;s9o brasileiro beneciou?se do sincretis9o eta9b(9 *artici*a dele. E9bora n'o eista9 estudosquantitati%os a absor)'o de cren)as e *r+ticas es*;ritas e a*redis*osi)'o *ara utiliar ser%i)os de curanderia originadosde outras cren)as ( bastante diJundido entre os 9e9bros daco9unidade. Contudo a socialia)'o Ja9iliar e*articular9ente a educa)'o Jor9al udaica ainda est'ocentradas na cria)'o de u9a identidade atra%(s dale9bran)a das *ersegui)Tes e do antisse9itis9o soJrido ao

longo da 8istFria o que gera u9a certa disson&ncia entre discurso escolar e a e*eri7ncia eJeti%a dos udeus no Brasil.

19a sociedade e9 que 9es9o na %ida acad79ica*redo9ina9 a cordialidade e as rela)Tes 9Ztuas de

101



u9a constante eros'o das Jronteiras diJerenciadoras e dastradi)Tes *rF*rias. 19a sociedade que %aloria asociabilidade greg+ria e9 torno de %alores de con%i%7ncia

que %aloria o lZdico no lugar de discursi%o ou o art;stico nolugar da re`e'o conceituai ( *articular9ente n'o *ro*;cia constitui)'o na 9odernidade de identidades (tnicasdiJerenciadas.

A identidade udaica 9oderna Jor9ada co9 base e9u9 esJor)o autorre`ei%o e co9o res*osta aoantisse9itis9o n'o encontrou no Brasil condi)Tes ideais*ara seu desen%ol%i9ento. Nu9a sociedade e9 que a

integra)'o social se d+ ao n;%el de rela)Tes *essoaisintensas a distin)'o entre o *Zblico e o *ri%ado ( Jr+gil ouquase ineistente. 4as ( nessa distin)'o que no Brasil te9u9 es*a)o li9itado que se sustenta o desen%ol%i9ento dasno%as Jor9as de uda;s9o na 9odernidade. Nu9a sociedadee9 que a \*ri%acidade] n'o ( u9 %alor consolidado n'o 8+es*a)o *ara desen%ol%i9ento de u9a consci7ncia indi%idualdiJerenciada ? e angustiada? e ne9 *ara a *rocura de ra;esidentit+rias. Ser brasileiro ( \curtir] a %ida %i%er o *resenteestar aberto ou ser 9uito tolerante co9 todas as Jor9as detradi)Tes religiosas e e*eri7ncias 9;sticas. Isso *ouco seenquadra nas tradi)Tes udaicas de 9onote;s9o r;gidodiJerencia)'o ritual etre9a entre o 9undo udeu e n'o

udeu e u9a 9itologia que se sustenta na %aloria)'o do*assado do soJri9ento coleti%o e na \curti)'o] daansiedade e angZstia eistencial.

Enquanto a cultura brasileira culti%a o esqueci9ento a

cultura udaica se sustenta na le9bran)a. A cultura udaica (u9a cultura de angZstia. AngZstia i9*lica insatisJa)'o co9 o*resente %ontade de 9udar enquanto a cultura brasileiraenJatia \deia *ra l+]U %a9os %i%er o *resente e es*erarque sura9 dias 9el8ores. Se uda;s9o constitui u9aatitude de \%oluntaris9o *essi9ista] a cultura brasileiraeibe u9 \Jatalis9o oti9ista] ecelente ant;doto *ara ade*ress'o e9bora ali9ente a irres*onsabilidade social e a

aceita)'o do status 'uo1 A cultura brasileira gra)as

100



8s4-.os ,-.aicos no Brasil

Nas Zlti9as d(cadas a agenda das ci7ncias sociais no

Brasil deu *ouco *eso ao estudo do racis9o ou das etnias dei9igrantes que constitue9 a sociedade brasileira. SFrecente9ente o te9a do racis9o Joi introduido no debateacad79ico co9 certa Jor)a. A e*lica)'o *ara esse Jatoreside sobretudo nos Jatores 9encionados anterior9enteUu9a cultura nacional *ouco dis*osta a %aloriar a diJeren)ae que renega o racis9o e*l;cito.

Outros Jatores colaborara9 *ara consolidar essa Jaltade *reocu*a)'o. Na %ida acad79ica os estudos (tnicosgeral9ente conta9 co9 a*oios de nancia9entos ou s'oJeitos e9 Jun)'o dos interesses dos *rF*rios integrantes dasetnias ou dos *oderes *Zblicos que lida9 co9 con`itos(tnicos. Co9o te9os %isto no conteto brasileiro aautorre`e'o diJerenciadora n'o ( *articular9ente%aloriada ne9 as elites \(tnicas] se *redis*Te9 a atos degenerosidade que incenti%e9 esse ti*o de trabal8o. OEstado at( recente9ente n'o tin8a nen8u9a *reocu*a)'o

co9 a *roble9+tica (tnica ou do racis9o. Os *rF*rioscientistas sociais de diJerentes origens (tnicas identica9?se *or sua %e co9 u9a agenda de *esquisa que *rioria os*roble9as sociais associados a classe e recente9ente ag7nero e *ara a qual *ratica9ente n'o eiste es*a)o *araoutros ti*o de recorte.

Assi9 essa agenda 9ostrou 9uito *ouca sensibilidade*ara co9 as di9ensTes (tnicas da %ida social. As

*reocu*a)Tes teFricas no Brasil assi9 co9o no restante daA9(rica 5atina se orientara9 a9*la9ente *elo esque9aconceituai 9arista *ouco *re*arado *ara tratar o queBenedict Anderson deno9ina \co9unidades i9agin+rias]Jora da classe social e da na)'o. O *rF*rio 9arco nor9ati%ocentrado nas di9ensTes de do9ina)'o e e*lora)'o e*rocurando desen%ol%er *roetos nacionais %aloriouan+lises %oltadas *ara as classes sociais e a unica)'o da

na)'o e9 to9o de u9 *roeto co9u9. Assi9 o te9a da

103



A o-4ra 5er4en4e F-e a0ro;i+a Bon.er .a socie.a.e brasileira 2 esse 1or4eco+0onen4e .e li4era4-ra .e a-4oa,-.a e+ se-s li5ros[ no Brasil3 co+o nos 8s4a.osUni.os3 os li5ros .e n@o Gc@o +ais 5en.i.os s@o 0re.o+inan4e+en4e .es4e 4i0o<

Bonder *ossi%el9ente Znico autor co9 obras sobre uda;s9o lidas *or u9 a9*lo *Zblico udeu e n'o udeue*lore a tradi)'o do *ensa9ento 9;stico udaico e te9as

de autoauda./

Na co9unidade udaica as elites econ9icas9i9etia9 e9 certa 9edida as caracter;sticas do restanteda classe do9inante incluindo o li9itado sentido *Zblico e abaia *redis*osi)'o ao 9ecenato e ao desen%ol%i9ento deJunda)Tes de incenti%o cultura e ao con8eci9ento. 2o*onto de %ista da cria)'o e cristalia)'o de u9a re`e'o ee*ressTes culturais *rF*rias o uda;s9o brasileiro ( de u9a

*obrea atro. Essa *obrea de e*ress'o coleti%a sustenta?se no sucesso de sua integra)'o indi%idual aJetando o*otencial de reno%a)'o das tradi)Tes udaicas dentro de u9es*;rito de di+logo conJraternia)'o e aus7ncia deantisse9itis9o. Esse *otencial *or(9 dicil9ente serealiar+ contribuindo *ara isso a con%erg7ncia de %+riasJor)as internas li9itadoras co9o a Jor)a integradora dasociedade brasileira e o no%o conteto de globalia)'ocultural.

A Jr+gil co9unidade udaica brasileira cou total9entee*osta colonia)'o *elas tend7ncias ideolFgicas einstitucionais *ro%enientes de Israel e dos Estados 1nidos.As no%as tend7ncias de globalia)'o cultural das classes9(dias ? na qual os udeus est'o 9aoritaria9ente inseridos? dilue9 ainda 9ais as c8ances de desen%ol%i9ento de u9atradi)'o cultural udaica brasileira. Assi9 e9bora eistaclara9ente u9a identidade nacional udaico?brasileira isto

( udeus que se identica9 co9 a cultura nacional e*ossue9 u9a Jor9a udaica de sere9 brasileiros ? e u9a

102



nacional no Brasil n'o *roble9atia as ra;es \estrangeiras]e aceita a continuidade 8istFrica no restante da A9(rica5atina a ar9a)'o contra estrangeiro *assou a ser *arte

da *rF*ria deni)'o da identidade nacional.A ineist7ncia de u9 Estado nacional no Brasilconte9*or&neo co9 Jorte ideologia c;%ico?nacionalistaeigindo ? sea *elo siste9a escolar sea %ia *artidos*ol;ticos ? lealdade un;%oca do \*o%o] Je co9 que aassi9ila)'o do udeu ao 9eio a9biente n'o ti%esse sido%i%ida co9o u9a quest'o de escol8a entre a identica)'oco9 a \*+tria] ou co9 a co9unidade udaica. Qora da

e*eri7ncia co9unista onde a identica)'o co9 Partidoeigia ro9*er co9 outros %;nculos de lealdade coleti%a aassi9ila)'o dos udeus no Brasil n'o i9*licou e9 u9 esJor)oati%o de autonega)'o. A Argentina e9 contra*artidaa*resentou u9 quadro 9uito diJerente. Ali as classesdo9inantes e 9al integradas cultura nacional a9obilia)'o *rotoJascista das classes do9inadas o *a*el docatolicis9o tradicional a integra)'oYnor9atia)'o daideologia c;%ica co9 Jorte co9*onente \*atriFtico] ? tudo

isso gerou u9a sociedade *er9eada *elo antisse9itis9o eque 9obiliou e9 Jor9a constante *roble9a da \du*lalealdade]. O antisse9itis9o ati%o da ditadura 9ilitarargentina no 9 dos anos / e in;cio dos le%ou essatend7ncia ao etre9o e ao 8o9ic;dio de 9ilitantes *elo Jatode sere9 udeus. As Jor)as de reei)'o da enoJobia e doantisse9itis9o gerara9 *or sua %e na Argentina u9aco9unidade 9ais ati%a re`ei%a e u9a integra)'o 9aior

entre *arte da elite intelectual udaica co9 sua co9unidadea*esar da crescente *erda de densidade de9ogr+ca ecultural.

Cada cultura estabelece u9 equil;brio *articular entreo *eso e a signica)'o que tributa9 ao *resente ao *assadoe ao Juturo. E9 certos casos co9o na Euro*a na Argentinae no 1ru uai a %aloria 'o do assado co9o er;odo de u9

105



*rossionais udeus nas diJerentes +reas das ci7ncias do8o9e9 ( quase ineistente o desen%ol%i9ento de u9are`e'o es*ec;ca sobre os udeus e o uda;s9o.

Possi%el9ente isso indica o *rF*rio sucesso da integra)'o nasociedade brasileira que n'o gera no intelectual udeuangZstias es*ec;cas sobre sua condi)'o.

Qalta *ortanto u9a re`e'o inclusi%e de car+ternor9ati%o gerada *elos intelectuais da co9unidade sobreas es*ecicidades do uda;s9o no Brasil. Abandonadas e9boa *arte *elos intelectuais udeus9aoritaria9ente seculares e co9 *ouca *artici*a)'o na

%ida da coleti%idade as lideran)as co9unit+rias encontra9?se nu9a situa)'o deJensi%a a*oiando?se e9 discursosdeJasados e 9ateriais educati%os \i9*ortados] de Israel ee9 9enor 9edida dos Estados 1nidos. Esse discursocentrado no te9a do antisse9itis9o e da 9e9Fria das*ersegui)Tes soJridas *elo *o%o udeu le%a 9uito *ouco e9considera)'o a e*eri7ncia real do o%e9 udeu brasileiro.

Os estudos de generalia)'o do uda;s9o latino?

a9ericano realiados nos Estados 1nidos e e9 Israel s'obastante insens;%eis s diJeren)as culturais e ses*ecicidades brasileiras. Assi9 *or ee9*lo a dist&nciaenor9e que eiste entre a %ida udaica na Argentina onde oantisse9itis9o ( u9a e*eri7ncia cotidiana e a %i%7nciados udeus no Brasil n'o ( suciente9ente analisada.

19a das caracter;sticas es*ec;cas da Jor9a)'o8istFrica da identidade nacional das elites brasileiras a

diJerencia dos outros *a;ses latino?a9ericanosU Estadonacional n'o se constitui e9 guerras de inde*end7nciaatra%(s de u9a conJronta)'o ar9ada entre suas elites e deu9 ro9*i9ento co9 *a;s coloniador. No Brasil n'o 8ou%ero9*i9ento %ia guerra de inde*end7ncia tendo 8a%idodesde o in;cio u9a escol8a *ela continuidade e reno%a)'oda Euro*a no No%o 4undo. Assi9 a Jor9a)'o da ideologiado Estado nacional no Brasil Joi u9 *rocesso lento dear9a)'o das caracter;sticas *rF*rias enquanto na A9(rica

8is*&nica a guerra contra a Es*an8a obrigou desde o in;cio a

104



atitudes *rag9+ticas ao co9*ro9isso e ao trata9ento decada caso indi%idual co9o Znico no lugar de atitudesburocr+ticas uni%ersalistas. Qoi essa caracter;stica que

*er9itiu o *aradoo sobre o qual 5esser tanto insisteU quea*esar do discurso i9igratFrio do regi9e de Vargas conterco9*onentes antisse9itas o nZ9ero de i9igrantes udeusno Brasil de =, a =,#> Joi su*erior ao da d(cada anteriorou ao dos *a;ses latino? a9ericanos co9 go%ernosde9ocratas e n'o antisse9itas.

As dicoto9ias da sociedade brasileira Joge9 categoria de an+lises utiliadas *or 5esser. Nela a du*la

loYantisse9itis9o n'o constitui o *ar&9etro organiador da*erce*)'o social da alteridade. Co9o indica Bau9an e9 i!ein 9ra"ments/ ( essa *erce*)'o do uda;s9o co9o algodiJerente sea bo9 ou rui9 que deter9ina a situa)'o*articular do udeu na cultura ocidental.

A 7nJase de 5esser no te9a do antisse9itis9o e nodiscurso da elite intelectual deJor9a *ortanto a *erce*)'oda din&9ica *ol;tica e social da %ida brasileira e da

integra)'o dos udeus no Brasil. Anal co9o e*licar que Joiu9 go%erno se9iJascista que aconsel8ado *or u9 ornalistaa*arente9ente antisse9ita Assis C8ateaubriand entregounas 9'os de u9 udeu u9 setor industrial *olitica9enteestrat(gico o da *rodu)'o de *a*el

Concl-ses

O antisse9itis9o te9 sido u9a das *rinci*aisobsessTes dos estudos udaicos do s(culo 66 *or(9 *oucote9 sido Jeito *ara co9*reender contetos e9 que antisse9itis9o ( li9itado ou quase ineistente. Esse ti*o deestudo *ode contribuir bastante *ara o esJor)o daerradica)'o do *reconceito racial. At( 9es9o *ara aqueles*reocu*ados co9 a continuidade do uda;s9o no Brasil oesJor)o de entender e recon8ecer a eist7ncia de contetosn'o antisse9itas ( u9a das condi)Tes *ara su*erar u9discurso que %aloria trau9as e e*eri7ncias n'o %i%idas

*elas no%as gera)Tes.

107



O Brasil e o an4isse+i4is+oOs *arcos estudos sobre uda;s9o no Brasil e9 grande

*arte Jeitos *or 8istoriadores e9 geral sublin8a9 aquelese*isFdios da 8istFria brasileira associados a e*ressTes deantisse9itis9o. 19 ee9*lo *aradig9+tico ( o li%roelcomin" the :ndesirables de 0eJre 5esser que a*esar de9(ritos ineg+%eis *ossui u9a carga nor9ati%a que o le%a aenJatiar a *roble9+tica da udeuJobia e do antisse9itis9o ea distorcer a inter*reta)'o dos ac8ados de sua *rF*ria*esquisa. 5esser Jocalia o *er;odo das d(cadas de e #no Brasil durante a ditadura de :etZlio Vargas ins*irada e9

boa 9edida e9 id(ias Jascistas. Nesse *er;odo ocu*ara9 ogo%erno alguns intelectuais in`uenciados *or ideologiasantisse9itas euro*eias *ara usticar *ol;ticas contra ae9igra)'o udia. O trabal8o de 5esser que dentre seus%+rios 9(ritos enJatia a necessidade de se recon8ecer aes*ecicidade da integra)'o dos udeus no Brasil n'o a*licaesse consel8o de Jor9a consequente.

E9 *ri9eiro lugar 5esser n'o distingue

suciente9ente o discurso de alguns co9*onentes dogo%erno brasileiro e a realidade sociocultural do Brasil. Ali+sa dist&ncia entre o Estado e a sociedade ( u9 te9aconstante das ci7ncias sociais no Brasil. Assi9 e9boraten8a ocorrido u9 surto antisse9ita durante o Estado No%oele n'o c8egou a ter 9aiores consequ7ncias no que dires*eito 9odica)'o dos *adrTes socioculturais nasrela)Tes de sociabilidade brasileira.

A aus7ncia de antisse9itis9o no Brasil n'o se e*licaco9o coloca 5esser *ela ineist7ncia de contato real co9udeus concretos. Segundo ele quando os udeuseJeti%a9ente c8egara9 ao Brasil e de9onstrara9 n'osere9 \... ne9 9uito ricos ne9 9uito *obres ... rara9enteatuantes *olitica9ente e ra*ida9ente aculturados *elasociedade brasileira G*.H as elites teria9 *erdido seus*reconceitos. N'o s'o os \Jatos] que e*lica9 a eist7nciaou *erda de *reconceito no Brasil ou e9 qualquer outra

cultura. E9 todo caso a coloca)'o de 5esser ( equi%ocada

106



ra;es no escra%agis9o e na 9is(ria u9a di9ens'o deinsensibilidade Jrente desigualdade social e de incenti%o i9*unidade.

Con`itos entre %alores n'o indi%idualistasG8ier+rquicos coleti%osH e a constru)'o de u9a sociedadede9ocr+tica *er*assa9 grande *arte das sociedades Gdo

0a*'o a IsraelH. E9 sociedades co9 Jortes co9*onentesco9unit+rios ? nacionalistas ou religiosos Junda9entalistas ?o desao est+ na toler&ncia Jrente diJeren)a e na cria)'ode u9 es*a)o *Zblico aberto ao recon8eci9ento doindi%;duo co9o Jonte Zlti9a de escol8a 9oral. A sociedade

brasileira de%e construir ainda a no)'o abstrata de cidadaniae de u9 be9 *Zblico co9u9 o que su*Te u9asolidariedade abrangente.

Os 9itos de orige9 e a cultura nacional n'o oJerece9garantias absolutas *ara o Juturo. 2a 9es9a Jor9a que asde9ocracias corre9 risco as culturas nacionais e9borasea9 Jen9enos de longa dura)'o s'o ta9b(9 elas u9*roduto da 8istFria e 9uda9 sob o i9*acto de no%os

contetos societ+rios. Co9o 9ostra PoliaLo% a Su(cia noss(culos %i e %n sustentou u9 9ito de orige9 nacional queustica%a o i9*erialis9o e o e*ansionis9o territorial. Co9as 9udan)as de9ogr+cas e *ol;ticas *osteriores os suecosreera9 seus 9itos nacionais *ara adequ+?los s no%ascircunst&ncias. O 9ito de orige9 do9inante no Brasil

109



sustenta)'o de u9a educa)'o c;%ica que ainda %aloria9itos nacionais geradores de ideologias enFJobas eracistas.

!oda identidade ( inco9*leta se9 u9a i9age9 daalteridade. Os 9itos de orige9 nacional na tradi)'o euro*eiaJora9 Jor9ados na contra*osi)'o e *or %ees na nega)'odo outro. A cultura brasileira *recisa do outro *ara constituir?se a si 9es9a. E9 lugar da degenera)'o o estran8o tra o*rogresso. Essa 9itologia nacional acarretou o *re)oalt;ssi9o da des%aloria)'o do negro. Contudo considerandoo *assado brasileiro essa constru)'o n'o era a Znica sa;da

*oss;%el. A originalidade da cultura nacional brasileira Joi ter*roduido u9a sociabilidade que e9 9uitos as*ectos *ossuidi9ensTes id;licas *elo 9enos se %ista da *ers*ecti%a dasculturas indi%idualistas e disci*linadas da Euro*a onde ocontato social e a con%i%7ncia s'o Jonte de angZstia o*raer ( *roble9+tico e o *resente inacess;%el. A culturabrasileira *or sua %e dilui a alteridade li9itando aar9a)'o de identidades e da reèi%idade discursi%a%aloriando as rela)Tes *ri9+rias co9 descaso *elacoleti%idade 9ais abstrata.

Por 9ais tolerante que sea u9a cultura nacional no9undo 9oderno n'o substitui a de9ocracia co9o *rinci*albaluarte contra a intoler&ncia a %iol7ncia arbitr+ria doEstado e o 9ecanis9o de resolu)'o *ac;ca de conìtos. Acordialidade e a inJor9alidade da sociedade brasileira nu9conteto de desigualdade social e aus7ncia de direitos doscidad'os *ode9 Juncionar co9o u9 9ecanis9o de

do9ina)'o a9eniando o conJronto rei%indicati%o ee%itando o conìto social. O grande desao do Brasil est+ e9transJor9ar a sociedade se9 destruir os as*ectos *ositi%osde sua sociabilidade. A sociedade brasileira de%e lutar *orsu*erar o racis9o se9 *retender usar tecnologias deregula)'o social associadas a culturas que re*ri9e9 aes*ontaneidade que se sustenta9 na ar9a)'o daindi%idualidade Jundada na disci*lina e na li9ita)'o das

di9ensTes lZdicas da con%i%7ncia. 108



5. Honra teu pai e tua mãe...

Ser&s i"ualit&rio1 As di%isTes entre 8o9ens e 9ul8eresou 9es9o entre 8eterosseuais e 8o9osseuais se

9odicara9 *roJunda9ente nos Zlti9os te9*os.^onra a a9bos os *olos *ois tu os tens dentro de ti.Sea9 *ai ou 9'e 8o9e9 ou 9ul8er aJetos8eterosseuais ou 8o9osseuais. !odo este uni%ersoe9ana dessa 9atri 9'e?*ai que + *ela diculdadee9 8onrar dissi9ula9os na in%ers'o *ai?9'e.

6. Não matarás...

N*o ser&s um eleito1 A orige9 de todo assassinato est+na 9enos %alia do outro. Pode9os nos to9ar cZ9*licesno assassinato se e%oca9os *ara nFs o lugar de %;ti9aa ser i9olada. N'o de%e9os tentar o Cai9 dentro doser 8u9ano e ne9 sequer nos sur*reender que u9ir9'o 9ate. S7 diJerente se9 ter que ser o ZnicodiJerente.

7. Não cometerás adultério

N*o !ar&s =eshu%a - modi$ca),es dr&sticas decomportamento1 O !al9ud desqualica con%ersTesdaqueles que a*resenta9 9udan)as bruscas deco9*orta9ento. Isso %ale *ara o *rF*rio uda;s9o.Esse ti*o de conduta oculta co9*ro9issos que n'oJora9 desJeitos dissi9ulando u9 en%ol%i9ento total eirrestrito co9 a no%a Jor9a de ser. No%os casa9entos*ode9 ser necess+rios 9as requere9 *rocessosde9anda9 "uitin Gdi%FrciosH. Cuidado co9 asres*ostas elas tenta9 co9o adZltero. ha%at Israel ? a9or a Israel ? se e*ressa ao engendrar u9agera)'o de cho5rei be-Sheela ? daqueles que reto9a99ais *elas *erguntas do que *elas res*ostas.

8. Não roubarás...

>ermitir&s %oto ao passado e n*o %eto1 N'o *ode9osroubar do *assado *ois + te9 *osse irre%og+%el. N'o

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D8Z MANDAM8N(OS PARA S8R JUD8U NO SÉCULO XXI

Nilton Bonder

1. Eu sou teu D’us... que te tirou da casa da escravidão e da

dependência

Cuidado com o uni%ersalismo e o particularismo1 Eu soutudo 9as n'o sou qualquer coisa[ Eu sou Znico 9as

isso n'o signica eclusi%idade. !ua escra%id'o desdeos dias de tua inJ&ncia ( denir *osse e *oder.

2. Não terás outros deuses... Não farás imagens e não te curvarás aelas

Cuidado com o judaísmo da supersti)*o e com o judaísmo racional1 Qoge da su*ersti)'o e da crendice9as *reser%a a sagrada Jagul8a de irracionalidade.Esta c8a9a irracional e9ana de duas JontesU nossa

ancestralidade e nossa linguage9 co9u9.+esiste ao consumismo e %i%e simplesmente1 Nada*reenc8er+ teu %aio. O consu9o *rodu i9agensilusTes que te *arecer'o *reenc87? = 9as s'oa*enas no%as 9+scaras *ara deuses de *au e *edra. O%aio ( nosso lugar de encontro. N'o *reciso de tuabene%ol7ncia *ara o be9?estar do *rFi9o tuasi9*licidade Ja 9ais *or esta causa do que tua

caridade. 3. Não tomarás o nome de D’us em vão

Ser&s pluralista1 Acreditar?te dono da %erdade ( u9 atode idolatria. A certea absoluta se9 registro de %oesdissonantes ( a usur*a)'o de 9eu no9e e 9eu cedro.Co9*reender n'o ( concordar 9as saber que aco9*reens'o ( u9 atributo i9*rescind;%el a que9 n'o

( *erJeito.

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BIBLIORAEIA

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9. Não levantarás falso testemun#o contra teu vi$in#o

N*o ter&s d%ida da judeidade de outro judeu1 0udeu (todo aquele que sendo ou querendo ser udeu se

sub9ete aos crit(rios de u9a dada co9unidade udaica *ara ser dela integrante. uando 4ai9nidescodicou h&-2ol le-$ min ha" h&-medina - segui9osse9*re o costu9e local queria lidar co9 a di%ersidadelitZrgica e de costu9es de u9 uda;s9o se9 *odercentraliado e se9 u9a *adronia)'o ecessi%a. Aconan)a ( essencial e9 estruturas n'o 8ier+rquicas.

10. Não cobi%arás a casa..! a mul#er ou qualquer coisa de teu vi$in#o

Nosso so!rimento n*o nos d& direito a nada1 O que o udeu cobi)a de seu %iin8o ( recon8eci9ento eaceita)'o. Es*era isto co9o u9a considera)'o a seusoJri9ento %i%ido no *assado. 4as o soJri9ento sFi9*Te de%eres e n'o direitos. ue n'o se es*ere9co9*ensa)Tes e que n'o se conJunda o soJri9entoco9o *arte de nossos 9(ritos. A sensa)'o de quete9os dossi7s de rei%indica Tes e cul ados a a ontar

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