bom dia - especial usc 2008

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Quinta-feira, 30 de outubro de 2008 Cristiano Zanardi/Agência BOM DIA Valéria e a filha Gabriela na entrada da universidade: conhecimento passa por gerações Inovação em ensino USC, 55 ANOS Universidade celebra a qualidade de seus cursos, o apoio à comunidade e o sucesso de seus alunos no mercado de trabalho

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Caderno especial do BOM DIA sobre a USC, 55 anos

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Quinta-feira, 30 de outubro de 2008

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[fólio, cor da usc]USC, 55 ANOS

Quinta, 30 de outubro de 2008

[manchete]

Cristiano Zanardi/Agência BOM DIA

valéria e a filha Gabriela na entrada da universidade:

conhecimento passa por gerações

Inovação em ensino

USC, 55 ANOS

universidade celebra a qualidade de seus cursos, o apoio à comunidade e o sucesso de seus alunos no mercado de trabalho

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usc, 55 anos2 Quinta-feira, 30 de outubro de 2008 BoM DIa

William Douglas

Agência BOM DIA

No dia 20 de outubro de 1953, o presidente Getúlio Vargas e o ministro da Educa-ção Antônio Balbino assina-ram o decreto 34.291, que au-torizava o funcionamento dos cursos de geografia e história, letras neolatinas e pedagogia na Faculdade de Filosofia, Ci-ências e Letras do Sagrado Co-ração de Jesus, em Bauru.

Assim, nascia a Fafil, pri-meira instituição a agregar estas disciplinas no interior do Estado de São Paulo.

Mas o decreto consolidava um trabalho iniciado três dé-cadas antes, em 1921, quan-do foi fundado o Externato

São José, por iniciativa do pa-dre Francisco Van der Mass.

Para dar continuidade ao trabalho do padre, um grupo de educadoras religiosas, as apóstolas do Sagrado Cora-ção de Jesus, chegam à cida-de em 1926 para dirigir o colégio e trabalhar na cate-quização e assistência social.

Em 1940, o Externato al-cança mais uma conquista: a abertura do curso gina-sial, possibilitando que os alunos dessem continuidade aos estudos.

Onze anos depois, o colé-gio São José passa a oferecer o curso científico para os alu-nos que desejavam aprofun-dar seus estudos na área de exatas, e o clássico, para os

InícIo

uma história construída com o coraçãoPioneira no interior paulista, usc nasceucom o pensamento de ser grande

Fachada do primeiro prédio da Fafil – Faculdade de Filosofia, ciências e Letras do sagrado coração de Jesus

Divulgação

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usc, 55 anos Quinta-feira, 30 de outubro de 2008 3BoM DIa

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no dia 6 de junho de 1986, o então Ministro da Educação Jorge Bornhausen (à dir.) e o senador Fernando Henrique cardoso vêm a Bauru para oficializar a criação da universidade

estudantes que se dirigiam ao estudo das ciências humanas.

Era o embrião da Fafil que começava a tomar forma. Tan-to que, em agosto de 1951, as apóstolas encaminharam ao Rio de Janeiro (então Capital do país) a documentação soli-citando a abertura de uma Fa-culdade de Filosofia, Ciências e Letras em Bauru.

Foram dois anos de expec-tativa e de trabalho árduo, principalmente de irmã Ar-minda Sbrissia. Depois de passar uma temporada na Itália, em 1952, ela retornou ao Brasil e ficou responsável pela intermediação entre Bauru e os órgãos governa-mentais que autorizaram o funcionamento da faculdade.

Irmã Arminda tornou-se a primeira diretora da Fafil, que foi aberta oficialmente no dia 7 de março de 1954, no mesmo prédio que o colé-gio São José.

ExpansãoCom a credibilidade con-

quistada junto à população de Bauru e de todo o Estado (já que era comum virem alunas de outras cidades que se insta-

Em seu primeiro ano, a Fafil tinha 67 alunos: 22 cursavam letras neolatinas, 26, pedagogia e 19, história e geografia.

os PrIMEIros

lavam no Lar Universitário Nossa Senhora de Fátima), a Fafil lança, em 1966, a pedra fundamental para a constru-ção de um novo prédio.

O local escolhido foi em um terreno na rua Irmã Ar-minda, à época considerado distante do centro da cidade. O nome da rua homenagea-va a primeira diretora da fa-culdade, falecida em 1965.

Outros passos importantes foram dados ainda na década de 60, como a implantação dos cursos de ciências e psico-logia, em 1969. Também foi neste ano que a construção dos dois primeiros prédios no novo endereço começou.

O mesmo ano marcou a entrada de José Carlos Ro-drigues Rocha no curso de geografia, um aluno que ini-ciava uma relação intensa

InícIoDivulgação

atual fachada da usc: cristo é cartão-postal da universidade

Juliana Lobato/Agência BOM DIA

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com a faculdade.Em 1970, as aulas já co-

meçaram a ser ministradas no novo prédio. E mais novi-dades: eram abertos os cur-sos de estudos sociais, mate-mática e ciências biológicas.

A expansão continuou em 1975, com a abertura da fa-culdade de enfermagem e música, incluindo novos cur-sos. No mesmo ano, foi ini-ciado um processo para uni-ficação das faculdades.

ProfessorLembra do José Carlos,

aluno de geografia? Então, em 1976, ele se torna profes-sor no curso da faculdade. “Quando entrei na faculda-de, imaginava que seria pro-fessor de ensino fundamen-tal ou médio. Foi uma grata surpresa conseguir uma vaga como professor na faculda-de”, conta. José Carlos viu de perto o processo de unifi-cação das faculdades ser concluído em 1980, quando o complexo passou a se cha-mar Fasc (Faculdades do Sa-grado Coração).

Mas a expansão continua-va. Três anos mais tarde, a dire-ção entrou com o pedido para que a faculdade se tornasse universidade. Após muita luta

e paciência, no dia 29 de abril de 1986, o então Ministro da Educação Jorge Bornhausen assina a portaria 294/86, crian-do a USC (Universidade do Sa-grado Coração).

No dia 6 de junho daque-le ano, Bornhausen e o en-tão senador Fernando Hen-rique Cardoso vêm a Bauru. Nesta visita, eles oficializam a criação da universidade, que “nascia” com 2,6 mil alunos, 18 cursos, quatro habilitações, 99 professores e 110 funcionários.

SeqüênciaDaí em diante, a história é

marcada pela constante ex-pansão, abertura de novos cursos e uma relação de con-fiança cada vez maior com a população bauruense.

Para José Carlos, que vi-venciou este processo tão de perto e, hoje, é o coordena-dor do curso de geografia, o segredo do sucesso da USC é simples. “A direção sempre se preocupou com a expan-são, mas sem nunca deixar de lado a qualidade do ma-terial humano. Mais do que formar profissionais, a USC sempre se preocupou com a formação geral de cida-dãos”, conclui.

InícIo

José carlos rodrigues rocha: de aluno a professor

Luís Cardoso/Agência BOM DIA

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usc, 55 anos Quinta-feira, 30 de outubro de 2008 7BoM DIa

Aproximadamente 120 pes-soas são atendidas todos os dias na Clínica de Educação para a Saúde da USC.

A idéia de abrir um espaço para atender a comunidade surgiu em 1980 – inicialmen-te, o projeto visava atender quem morava nas imediações da universidade. Três anos de-pois, um convênio foi assina-do com a Secretaria Municipal de Saúde de Bauru. Um quar-to de século depois, a relação fica mais forte a cada dia.

A enfermeira Leila Maria Vieira, diretora do centro de ciências da saúde da USC, conta orgulhosa que a gama de serviços prestados não pá-ra de crescer. “Não se trata apenas atendimento médico e de laboratório: temos psicólo-gos, nutricionistas, enfermei-

PrátIca

crescendo juntosatendimento à comunidade contribui para o aprendizado de alunos

ros, fisioterapeutas, dentistas, farmacêuticos e até terapeutas ocupacionais que auxiliam a população”, assinala.

Para Leila, o nome da clíni-ca resume a filosofia de traba-lho. “É lógico que primeiro pensamos em curar, porque as pessoas chegam aqui com problemas de saúde. Mas a nossa preocupação também é educar e mudar alguns hábi-tos que as ajudarão a ter uma vida mais saudável”, explica.

É preocupada em mudar

o pequeno Davi é atendido pela enfermeira Leila na clínica de Educação para a saúde e observado pela mãe samanta

Cristiano Zanardi/Agência BOM DIA

Divulgação

na sala de fisioterapia, criança passa por atendimento com a equipe de profissionais

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usc, 55 anos8 Quinta-feira, 30 de outubro de 2008 BoM DIa

hábitos e em dar uma vida mais saudável para o peque-no Davi, de 3 meses, que Sa-manta Cristina Endrigo, 18 anos, decidiu levar o filho para ser atendido pelos pe-diatras da universidade.

Entre os principais moti-vos da escolha, ela destaca a adoção da homeopatia, que ajuda a prevenir doenças e tem menos efeitos colaterais, a gratuidade do atendimen-to, já que toda a cobertura é paga pelo SUS (Sistema Úni-co de Saúde), e a qualidade dos serviços prestados. “O pessoal aqui é extremamente educado: eles são atenciosos e sempre me atendem muito bem. Mesmo antes de o Davi nascer, eu já tinha feito al-

guns exames aqui e sempre gostei”, elogia.

TrocaPara a diretora, a clínica

permite que os alunos te-nham contato direto com a realidade que enfrentarão após a formatura.

Mais do que isso, Leila destaca a importância que o trabalho tem para as pesso-as atendidas. “Não existe melhora na saúde sem que as pessoas se eduquem. Essa parceria é muito gostosa porque os nossos alunos ajudam os pacientes, mas também aprendem bastante sobre coisas que mais tarde terão de aplicar no traba-lho”, destaca. (WD)

Paciente da terapia ocupacional na universidade

na clínica de psicologia, crianças também se divertem durante a sessão terapêutica

atendimento realizado na clínica de odontologia

Fotos: Divulgação

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usc, 55 anos10 Quinta-feira, 30 de outubro de 2008 BoM DIa

Os números encantam por sua grandiosidade: mais de 3,5 mil m², 119.277 livros e trabalhos científicos, além de 4.946 peças audiovisuais.

Com esse acervo, a biblio-teca Cor Jesu oferece não só ao público acadêmico, mas a toda a comunidade, o acesso ao conhecimento.

O espaço recebe 1,3 mil pessoas por dia, entre estu-dantes, pesquisadores, profes-sores e amantes da leitura. Até mesmo o empréstimo é permitido ao público não universitário, desde que se fa-ça um cadastro todo início de ano (são disponibilizadas aproximadamente 100 cartei-rinhas para não estudantes).

Caso o material buscado pelo pesquisador não faça parte do acervo, o problema é facilmente resolvido, confor-me explica a responsável pela biblioteca, Irmã Vânia Cristi-na de Oliveira. “Temos o ser-viço de empréstimo entre bi-bliotecas, que busca os livros em outras universidades.”

Também há a comutação, ou seja, outras bibliotecas dis-ponibilizam cópias de artigos ou de periódicos. “Quanto às cópias, sempre nos preocupa-mos com a lei de direitos au-torais”, ressalta Irmã Vânia.

O acervo de revistas e jor-nais também é ampliado

Divulgação

Curso de metodologia da pesquisa científica Visitas orientadas Renovação e reserva de livros via internet Empréstimo e consulta de livros e material audiovisual Comutação bibliográfica nacional Empréstimo entre bibliotecas Apoio Fapesp Acervo em braile

sErvIços oFErEcIDos

acErvo

um oásis de conhecimentoMaior biblioteca universitária da região conta com mais de 120 mil títulos, entre livros, periódicos e até DvDs

constantemente. Hoje, a USC recebe mensalmente 857 títu-los, entre revistas e jornais.

O acervo audiovisual e de livros também cresce cons-tantemente. Nos últimos qua-tro anos, foram comprados 2.074 novos títulos – na maioria dos casos, são adqui-ridos mais de um exemplar.

Além disso, a universidade já recebeu outros 5.550 livros como doação. “Temos de nos manter atualizados para sem-pre atender bem a comunida-de”, pontua Irmã Vânia.

InclusãoTantos atrativos já fariam

da biblioteca Cor Jesu uma

das mais completas do inte-rior do Estado. Porém, ela apresenta ainda outro gran-de diferencial: o NIDB (Nú-cleo de Informações sobre Deficiência em Bauru).

A sala localizada logo na entrada da biblioteca é adap-tada para atender pacientes com necessidades especiais. O computador, por exemplo, possui teclado em braile. Há duas prateleiras com livros em áudio. Há ainda uma impres-sora em braile, além de alguns livros nesta linguagem, lupas e um aparelho usado para am-pliar as letras em uma tela de TV para facilitar a leitura.

A estrutura, criada em de-zembro de 2002, atende pes-soas como o estudante de pedagogia Cristian Elvis Fer-

nandes, 32 anos. Ele nasceu cego e sempre se interessou em estudar programas de in-clusão para deficientes. “To-das as universidades pode-riam ter uma sala como essa. As pessoas não imaginam as barreiras que superamos pa-ra estudar”, diz.

Como também é diabético, Cristian tem menor sensibili-dade na ponta dos dedos e não consegue usar a lingua-gem em braile. Por isso, Ricar-do Luiz Nunes, 33, estudante de filosofia da USC, trabalha como bolsista fazendo leituras e ajudando Cristian. “Fiquei um pouco surpreso quando falaram deste trabalho. Aceitei na hora e gosto do que faço. Acima de tudo, é preciso ter dedicação”, aponta. (WD)

o estudante de pedagogia cristian Elvis Fernandes recebe ajuda de leitura do monitor ricardo Luiz nunes

Cristiano Zanardi/Agência BOM DIA

Ponto de encontro de estudantes, pesquisadores e amantes da leitura, a biblioteca recebe até 1,3 mil pessoas por dia

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EM casa

História em famíliaFilha segue os passos da mãe dentroda universidade

Valéria e Gabriela de Al-meida Oliveira, mãe e filha, almoçam juntas todos os dias, mas não em casa. Elas dividem a mesma mesa no restaurante da USC, onde Valéria, 38 anos, é professo-ra e coordenadora do curso de turismo e Gabriela, 21, es-tudante do curso de publici-dade e propaganda.

A história de Valéria na universidade começa muito antes do trabalho como pro-fessora. Em 1996, ela foi contratada para trabalhar como assistente administra-tiva no departamento de ci-ências naturais e exatas. In-centivada pelos colegas e su-periores, decidiu fazer o cur-so de turismo.

Recebeu bolsa de estudos na USC e, assim que termi-nou a graduação, ingressou em uma especialização. Em 2003, assumiu uma vaga co-mo docente.

No mesmo ano, começou a dividir um lugar no restau-rante com a filha – Gabriela iniciou um estágio no setor de comunicação da USC e, ali, descobriu sua vocação. “An-tes, eu pensava em prestar al-gum curso na área de saúde, mas o estágio me ajudou a mudar de idéia”, conta.

Inspirada pela trajetória da mãe, Gabriela não titu-beou ao escolher a própria USC para fazer o curso de publicidade e propaganda. “Eu já conhecia a estrutura e sabia que era a melhor al-ternativa”, conta.

Para Valéria, a decisão da filha foi motivo de orgulho. “Eu não sabia qual área ela gostaria de seguir, mas fiquei muito contente quando disse que também estudaria na USC”, comemora.

A professora também aponta alguns fatores que acredita terem influenciado a escolha de Gabriela. “Ela sempre teve um convívio com o pessoal da universi-dade. Além de confiar na qualidade, sabe que o am-biente de lá é ótimo.”

Este ano, Gabriela irá con-

Cristiano Zanardi/Agência BOM DIA

Prestes a terminar o curso de publicidade e propaganda, Gabriela já planeja uma pós para o ano que vem: caminho semelhante ao da mãe

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usc, 55 anos Quinta-feira, 30 de outubro de 2008 13BoM DIa

cluir a graduação. Mas isso não significa que ela vá se distanciar da universidade. “Já estou me preparando pa-ra a pós-graduação, que tam-bém será na USC. Minha mãe é o meu espelho. Se eu conseguir um terço das con-quistas dela, serei uma pes-soa realizada”, conta.

Sem regaliasApesar de ser coordena-

dora de um curso dentro da universidade e conhecer to-dos os professores da filha, Valéria faz questão de des-tacar que Gabriela não tem qualquer regalia. “Eu mes-ma poderia ter dado aula para ela, mas achei melhor não”, explica.

Ela também frisa que a amizade entre ela e os pro-fessores da filha só ajuda. “Isso aumenta o respeito e a responsabilidade dela. Acho que foi mais uma das coisas que pesou no momento dela escolher o curso.” (WD)

Mãe e filha, com o cristo da usc ao fundo, divertem-se na entrada da universidade

Fotos: Cristiano Zanardi/Agência BOM DIA

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usc, 55 anos14 Quinta-feira, 30 de outubro de 2008 BoM DIa

Desde 2001, a rádio Veri-tas FM, da USC, cumpre sua função: colocar Bauru em contato com o que acontece no mundo universitário, além de informar e entreter.

Para o professor Enrique Corthom, diretor de comuni-cação e marketing da univer-sidade, a Veritas é uma das provas do comprometimento da universidade com a cida-de. “A universidade tem de ser uma parte ativa da comu-nidade, e a Veritas cumpre este papel”, analisa.

O professor destaca que a programação da emissora é pensada para agregar cultu-ra, mas de uma maneira que seja cansativa. “Temos um programa chamado ‘Sem Pa-lavras’, de música instrumen-tal brasileira. Ele é mais um dos que levam cultura para a população de maneira agra-dável”, aponta.

Apesar do trabalho na rá-dio não ser diretamente rela-cionado com as aulas do curso de comunicação (os alunos tem laboratórios próprios), Enrique faz questão de lem-brar que a vivência com a emissora ajuda na formação dos estudantes. “Viver estes espaços é importante para os estudantes. Tudo porque, no final, universidade significa universo, o todo – o importan-te é ter contato com o todo, e eles vivem em contato cons-tante com a rádio”, reforça.

Na telinhaFunção semelhante tam-

bém é desempenhada pela TV USC. Criada em 2000, a emissora também serve como meio de divulgação das ativi-dades e dos cursos desenvol-vidos pela universidade.

Este ano, por exemplo, pro-fessores e alunos criaram pro-gramas para apresentar as pro-fissões e a estrutura da USC ao público. “Todos se envolveram no trabalho”, destaca Enrique.

Além dos universitários, o canal também abre espaço para a comunidade em ini-ciativas como o programa “Fala Jovem”, produzido por alunos do ensino médio de quatro colégios bauruen-ses. “Nós só filmamos. Os jovens é quem fizeram todo o programa, decidindo inclu-

MíDIa

canal aberto com a populaçãorádio veritas e tv usc levam informação e entretenimento à população, além de integrar alunos, profissionais e bauruenses

ouça a ráDIo vÉrItas www.usc.br/radioveritas 102,7 FM

assIsta À tv usc Canal 14 da NET Bauru

conFIra

tv usc aproxima alunos, professores, universidade e comunidade

no estúdio da rádio veritas, Wellington Leite apresenta

o programa “conexão”

sive os temas. Uma TV uni-versitária deve abrir espaços para todos, por isso, agimos dessa forma”, destaca o dire-tor de comunicação.

InternaNos tempos em que a in-

ternet é cada vez mais essen-cial, os setores de comunica-

ção e tecnologia da USC também prestam um grande serviço para os estudantes: o acesso via wirelles gratuito em todo o câmpus.

Todo aluno com notebook tem acesso gratuito à rede sem fio em qualquer espaço da universidade. Para o pro-fessor Enrique, isso compro-

va que a universidade tam-bém pensa na comunicação interna. “Cada vez mais, os alunos têm acesso a note-books. É papel da universi-dade ajudá-los a estar sempre conectados. A tecnologia faz parte de tudo e os estudantes não podem estar alheios a is-so”, resume. (WD)

Fotos: Divulgação

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usc, 55 anos16 Quinta-feira, 30 de outubro de 2008 BoM DIa

Realizar aos 66 anos o so-nho da vivência universitária. Este foi o desafio aceito por Helena de Barros Barbosa, em 1995, na Uati (Universi-dade Aberta da Terceira Ida-de), quando o projeto estava no segundo ano na USC.

O primeiro curso feito por Dona Helena foi o de informática, mas ela não parou por aí. Apaixonada pela leitura, ingressou em novos cursos. “Sou uma eterna estudante. Depois do primeiro curso, fui tão bem acolhida que decidi conti-nuar aqui”, conta.

Diferente dos cursos su-periores convencionais, não há formatura na Uati, pois as atividades são contínuas, como explica a coordenado-ra das atividades, Gislaine Aude Fantini. “Temos pes-soas com todos os graus de escolaridade que vêm para os nossos cursos. O impor-tante é manter os idosos em atividade, seja física ou inte-lectual”, explica.

Sem a “necessidade” de se formar, dona Helena conti-nuou como aluna até o início de 2008, quando recebeu uma proposta diferente: auxiliar na orientação de um projeto.

Aos 78 anos, a ex-profes-sora primária ajudou alguns participantes da Uati a escre-verem um livro de memórias – projeto foi abraçado pela direção da universidade e por cinco alunos.

O livro, que tem previsão lançamento para novembro, foi elaborado gradualmente. O grupo se reunia uma vez por semana, por duas horas, e realizava uma atividade co-ordenada por dona Helena. “Eu escolhia alguns textos que eram lidos por eles. De-pois, eles escreviam sobre as lembranças que tiveram en-quanto liam”, narra.

Dona Helena fazia a corre-ção dos textos ao lado de cada

Para toDos

Escrevendo a históriaaluna da universidade aberta da terceira Idade, dona Helena coordena projeto de elaboração de livrode memórias

Grupo da terceira idade durante apresentação de teatro

Divulgação

Há 12 anos, dona Helena dedica-se às aulas da terceira idade na usc: “eterna estudante”

Cristiano Zanardi/Agência BOM DIA

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usc, 55 anos Quinta-feira, 30 de outubro de 2008 17BoM DIa

Ginástica Hidrocinesioterapia para

hipertensos Fisioterapia preventiva Coral Espanhol Inglês Alemão Computação Atualidades Apreciação musical Artesanato Oficina de memória História da arte Respirar é viver Nutrição Matemática Fitoterapia Oficina de crescimento pessoal Técnica vocal Dança Exibição de filmes

as atIvIDaDEs

aluno e, depois, os digitava.Neste último mês, ela se

dedica ao trabalho de revisão de “Momentos de Uma Vi-da”, nome escolhido para a

obra. “Depois que me envol-vi neste projeto, penso o dia todo no livro. Às vezes, estou deitada e tenho uma idéia. Levanto e anoto”, conta.

Como funcionaNão tem segredo: os alu-

nos se matriculam e esco-lhem quais as atividades (leia mais acima) que que-

rem desenvolver. Indepen-dentemente da quantidade de atividades, a mensalidade é a mesma: R$ 35.

Todas as quartas-feiras, é

realizada uma palestra, na qual a presença é obrigatória para todos – falando em to-dos, a USC conta hoje com 180 alunos na Uati. (WD)

Divulgação

Ginástica é uma das atividades desenvolvidas pelo grupo no câmpus da universidade

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usc, 55 anos18 Quinta-feira, 30 de outubro de 2008 BoM DIa

Mudar os hábitos e im-plantar uma nova cultura gastronômica em Bauru. Vo-cê acha a proposta ousada, pretenciosa até?

Pois fique sabendo que ela é, na verdade, uma das metas estabelecidas pelo coordena-dor do curso de gastronomia da USC, Helerson Balderra-mas, para seus alunos.

O curso, que tem duração de dois anos, foi implantado em 2005. Com o objetivo de agitar os restaurantes bau-ruenses, o professor cita ou-tra inovação da universidade como exemplo. “Há alguns anos, ninguém falava em tu-rismo em Bauru. Depois que o curso foi implantado na USC, o mercado se movi-mentou”, analisa.

Helerson, porém, faz questão de elogiar os res-taurantes que já existem na cidade. “Temos ótimos lu-gares, mas eles podem se tornar ainda melhores quan-do contarem com os nossos alunos”, garante.

Para o coordenador, a re-ceita do sucesso do curso de gastronomia é simples: o amor das pessoas por aquilo que fazem. Para ele, vários estudantes já trabalham na área ou são formados em ou-tras especialidades e estudam gastronomia por gostar de lidar com alimentos.

EstruturaHelerson também aponta

a estrutura como ponto forte da gastronomia na USC. “Já tínhamos uma boa base, que eram os labo-ratórios do curso de nutri-ção. Hoje, ainda dividimos algumas coisas, mas temos o nosso espaço.”

Uma das provas de que o curso garantiu seu lugar (na USC e em Bauru) é que ele está vinculado a área de tu-rismo. “São temas afins. Afinal, a gastronomia é um grande atrativo turístico e está ligada às tradições de cada lugar”, diz. (WD)

Mais sabor para Baurucurso de gastronomia pretende formar profissionais que agitem restaurantes da cidade

novIDaDE

Divulgação

No mês de novembro, a USC deve sediar a 2ª Mostra Gastronô-mica. O evento pretende trazer para a universidade os principais restaurantes e adegas, com o ob-jetivo de promover uma troca de experiências com os estudantes.

Mostra

Estudantes do curso preparam frutas para aula

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usc, 55 anos Quinta-feira, 30 de outubro de 2008 19BoM DIa

Buscar inovações de ensino fora do país que possam agre-gar conhecimento: este é um dos passos dados pela USC, no início deste ano, com a im-plantação da metodologia Syllabus de ensino, utilizada principalmente no Chile.

Os universitários que cur-sam o primeiro ano de todos os cursos já estão inseridos nesta nova forma de ensino, na qual os alunos devem sempre se an-tecipar aos temas das aulas.

O planejamento é dispo-nibilizado via internet, com textos-base e orientações de como serão as aulas. Em sa-la, sempre é realizado um “quizz”, momento em que o professor faz perguntas para confirmar se os alunos fize-ram a atividade prévia.

De acordo com a coorde-nadora de projetos didáticos

e pedagógicos da universida-de, Marisa Santos, o objetivo é fazer com que as aulas se tornem mais participativas. “O aluno passa a ter mais autonomia, participa mais das discussões em aula”, es-clarece. E Marisa faz questão de lembrar que o aluno não é cobrado de chegar com do-mínio completo sobre os te-mas, mas sim preparado. “As aulas vão ajudar e esclarecer as dúvidas que surgiram du-rante as leituras”, explica.

A estudante de odontolo-gia Danielle Gomes Duarte, 18 anos, confessa que as pri-meiras aulas foram um pou-co diferentes do que ela es-perava. Porém, hoje, já está plenamente habituada ao método. “É bom porque vo-cê já chega sabendo o tema, não fica perdido”, justifica.

sem medode inovaruniversidade importa o método syllabus para melhorar o processo de ensino dos alunos

MoDErno

O sistema também exige grande dedicação aos estu-dos em casa. “Varia de uma disciplina para outra. Em casa, costumo estudar por volta de três a quatro horas por dia”, conta.

A coordenadora reconhece que o sistema exige bastante dos alunos, mas destaca o em-penho como diferencial dos estudantes. “Mesmo os nos-sos alunos do noturno gostam

do método. Eles são muito responsáveis”, justifica.

AnsiedadeA metodologia também é

adotada para as disciplinas “práticas”, nas quais os alu-nos desenvolvem trabalhos nos laboratórios. Neste ca-so, os estudantes recebem o planejamento de como será o andamento da aula.

Danielle conta que isso

ajuda a aumentar a expecta-tiva pelo estudo em sala. “É um estímulo a mais, porque sabemos antes da aula tudo o que teremos”, diz.

A aluna também ressalta que o método incentiva os estudantes interessados a de-senvolverem pesquisas. “Len-do um pouco mais, acaba despertando o interesse para se aprofundar em alguns te-mas”, conclui. (WD)

a estudante de odontologia Danielle Gomes Duarte: aula começa em casa, em frente ao computador

Cristiano Zanardi/Agência BOM DIA

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usc, 55 anos20 Quinta-feira, 30 de outubro de 2008 BoM DIa

Uma excelência capaz de atrair profissionais de todo o país, e até do exterior, pa-ra o interior do Estado de São Paulo. Assim são os programas de pós-gradua-ção da USC, que tem cresci-do em média 15% ao ano na última década.

Para o pró-reitor de pes-quisa e pós-graduação da universidade, José Jobson de Andrade Arruda, estes da-dos demonstram a credibili-dade da instituição. “Alguns alunos até fazem cursos me-nos expressivos na gradua-ção, mas nos procuram de-pois, no momento em que querem algo que sirva como diferencial no mercado de trabalho”, explica.

José Arruda faz questão de enfatizar que, mesmo sendo uma universidade particular, a USC conta com o reconhe-cimento dos principais órgãos de fomento estatais. “A Fa-pesp [Fundação de Amparo a Pesquisa no Estado de São Paulo] nos trata com um cari-

nho muito grande, pois sabe da nossa qualidade”, aponta.

Para o professor, os seis cursos de mestrado e os três de doutorado não deixam dúvidas que a área de odon-tologia é, hoje, um dos pon-tos mais fortes da USC. “Te-mos dois alunos de Portugal, um do Panamá e outro da Bolívia na pós em implanto-logia. Isso mostra o nosso reconhecimento.”

Outra mostra da força da universidade está nos eventos organizados pela instituição em outros pontos do país – os chamados circuitos (sema-nas de palestras e workshops), com alunos e docentes da pós-graduação, falando so-bre as áreas que pesquisam. “São entre 300 e 400 vagas, depende da cidade. Mas sem-pre lota, é um orgulho”, co-memora o pró-reitor.

DiferencialCarlos Eduardo Francis-

coni Júnior, 32 anos, é cirur-gião-dentista formado pela

USC. Ele também fez o mes-trado na universidade e, ago-ra, cursa o doutorado.

Para Carlos, a estrutura e a qualidade do corpo docente são os diferenciais da univer-sidade. “Temos os melhores equipamentos que existem para se trabalhar. Além disso, os professores estão sempre atualizados”, garante.

Ele também assegura que a faculdade não perde nada para as que estão nas Capi-tais. “Prova disso é que te-nho colegas que saem de cidades maiores e vêm para Bauru”, ilustra.

Um destes alunos é Rober-to Bittencourt Sidney, 28, que faz doutorado em implanto-logia. Graduado em Curitiba (PR), ele aponta a constante realização de pesquisas e o in-teresse dos alunos como pon-to forte do curso em Bauru. “Não é uma compra de diplo-ma. As pessoas estão interes-sadas em desenvolver pesqui-sas e compartilhar conheci-mentos”, considera. (WD)

Excelência que rende reconhecimentoPós-graduação e pesquisas aumentam credibilidade da universidade

alunos da pós em implantologia: diferencial da universidade

cIêncIas Da saúDE Cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial Dentística restauradora com ênfase em estética Endodontia Enfermagem obstétrica Enfermagem em centro cirúrgico Enfermagem em formação especial de professores (novo) Enfermagem em saúde do adulto hospitalizado: um enfoque em clínica

médico cirurgica (novo) Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva Enfermagem do trabalho Fisioterapia dermatofuncional e saúde da mulher (novo) Fisioterapia em ortopedia e traumatologia Fisioterapia na saúde do adulto - ênfase em reabilitação cardíaca e doenças

metabólicas crônicas (novo) Fisioterapia na saúde do adulto - ênfase em terapia manual (novo) Fonoaudiologia - área de concentração: audiologia Hidrocinesioterapia (novo) Nutrição clínica Periodontia Saúde do trabalho Saúde mental Saúde pública Saúde pública com ênfase em saúde da família Terapia ocupacional na área infantil (novo)

cIêncIas socIaIs aPLIcaDas E Exatas Comunicação nas organizações Desenvolvimento de sistemas para ambiente WEB baseados em tecnologia

JAVA (novo) Formação de educadores em turismo e hotelaria Gestão empresarial internacional (novo) Matemática: novas dimensões da prática educativa Novas tecnologias para a industrialização na construção civil (novo)

cIêncIas HuManas Antropologia Bioética Cultura afro-brasileira: resistências e representações (novo) Deficiência auditiva – Libras (novo) Distúrbio de leitura/escrita, dislexia e aprendizagem (novo) Educação especial inclusiva: ênfase em deficiência mental ou deficiência

auditiva Educação infantil (novo) Ensino de línguas estrangeiras - espanhol e inglês (novo) Pedagogia do teatro e dança (novo) Psicologia hospitalar Psicologia jurídica Psicopedagogia

oDontoLoGIa Cirurgia e traumatologia Bucomaxilofacial Implantologia, saúde coletiva

BIoLoGIa oraL Biologia oral Implantologia

Biologia oral Implantologia

MEstraDos

DoutoraDos

EsPEcIaLIzaçõEs

Divulgação

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ForMação ProFIssIonaL

Estude aqui confira aqui a lista de cursos oferecidos pela usc e já comece a planejar o seu futuro profissional

centro de ciências da saúde Ciências biológicas (bacharelado/lincenciatura) Enfermagem e obstetrícia Farmácia Fisioterapia Nutrição Odontologia Terapia ocupacional

centro de ciências exatas e sociais aplicadas Administração Arquitetura e urbanismo Biblioteconomia: ciência da informação e documentação (novo) Ciências contábeis (novo) Ciências da computação (bacharelado/licenciatura) Ciências econômicas (novo) Comunicação social - Habilitação em jornalismo Comunicação social - Habilitação em publicidade e propaganda Comunicação social - Relações públicas Engenharia da computação Engenharia de alimentos Engenharia de produção (novo) Engenharia química Matemática (licenciatura) Química (bacharelado/licenciatura) Secretariado executivo trilingüe

Fotos: Divulgação

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cursos superiores de tecnologia(curta duração)

Agroindústria - parcial (novo) Banco de dados (novo) Estética e cosmética (novo) Fotografia - parcial (novo) Gastronomia Gestão da tecnologia da informação (novo) Gestão de turismo - parcial (novo) Produção multimídia - parcial (novo) Produção sucroalcooleira - parcial

centro de ciências humanas Ciências sociais - sociologia/antropologia/ciências políticas (licenciatura) Educação artística - Artes cênicas (licenciatura) Filosofia (licenciatura) Geografia (bacharelado/licenciatura) História (licenciatura) Letras - Português (licenciatura) Letras - Português/Inglês (licenciatura) Letras - Português/Espanhol (licenciatura) Letras - Tradutor (bacharel) Música - Educação musical (licenciatura) Música - Instrumento (bacharelado) Música - Regência (bacharelado) Pedagogia (licenciatura) Psicologia (formação de psicólogo) Serviço social (novo)

saIBa MaIsUSCwww.usc.br

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