boletim parlamentar 2012

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Compensação financeira para municípios que sediam presídios O deputado federal Roberto Freire (PPS-SP) apresentou à Câmara Federal, no dia 7 de fevereiro, projeto de lei que visa compensar cidades brasileiras que pos- suem penitenciárias. O objetivo da pro- posta é assegurar que todas cidades que sediam presídios sejam compen- sadas com a destinação de recursos para projetos sociais e educacionais de apoio à população local. Segundo Freire, de “forma compre- ensível”, há uma reação contrária por parte da população das cidades esco- lhidas para sediar presídios por causa Proposta do deputado Roberto Freira altera a Lei Complementar nº 7, para que recursos do Funpen (Fundo Penitenciário Nacional) sejam transferidos para esses municípios dos transtornos “diretos e indiretos” que essas instalações causam. “O Es- tado tem de compensar, de alguma for- ma, os municípios que abrigam unida- des prisionais, seja construindo esco- las, aumentando o contingente de po- liciais nas delegacias ou melhorando a infraestrutura de transportes”, defen- de o deputado do PPS. O temor da população. Freire lembra que, com a intenção do gover- no federal de ampliar a rede de presí- dios federais, o temor da população dessas cidades aumentará diante da possibilidade de fugas, de rebeliões e de resgate de presos. “Além disso, esses municípios ficam sobrecarregados em seus serviços de saúde, educação, assistência social e habitação, porque as pessoas se des- locam em direção aos seus parentes aprisionados”, argumenta Freire. Roberto Freire informou ainda que iniciativas semelhantes vêm sendo apre- sentadas em diversas Assembleias Legislativas, como é o caso de São Paulo e do Espírito Santo, estados em que as propostas sobre o tema estão em adiantada fase de tramitação. O deputado federal Roberto Freire, presidente nacional do PPS, apresentou, no final do ano passado, uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que faculta aos estrangeiros que vivem no país há mais de cinco anos o direito de participar de eleições municipais. "O argumento básico é que ele [o estrangeiro] é um cidadão que cria sua família no Brasil, paga impostos, trabalha e por Freire apresenta PEC que dá direito de voto a estrangeiro em eleições municipais um tempo determinado aqui residindo ele tem o que dizer sobre a administração de sua cidade”, explica o deputado. O parlamentar, inclusive, afirmou que o PPS, que vem do antigo PCB, não gosta do con- ceito de estrangeiro: “Etimologi- camente estrangeiro significa estranho e ninguém é estranho. Nós somos seres humanos e um dos princípios básicos da esquerda, em seu humanismo, é a ideia de fraternidade”, finaliza.

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Informativo sobre a atuação parlamentar do deputado Roberto Freire

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Compensação financeira paramunicípios que sediam presídios

O deputado federal RobertoFreire (PPS-SP) apresentouà Câmara Federal, no dia 7

de fevereiro, projeto de lei que visacompensar cidades brasileiras que pos-suem penitenciárias. O objetivo da pro-posta é assegurar que todas cidadesque sediam presídios sejam compen-sadas com a destinação de recursospara projetos sociais e educacionais deapoio à população local.

Segundo Freire, de “forma compre-ensível”, há uma reação contrária porparte da população das cidades esco-lhidas para sediar presídios por causa

Proposta do deputado Roberto Freira altera a Lei Complementar nº 7, para que recursos doFunpen (Fundo Penitenciário Nacional) sejam transferidos para esses municípios

dos transtornos “diretos e indiretos”que essas instalações causam. “O Es-tado tem de compensar, de alguma for-ma, os municípios que abrigam unida-des prisionais, seja construindo esco-las, aumentando o contingente de po-liciais nas delegacias ou melhorando ainfraestrutura de transportes”, defen-de o deputado do PPS.

O temor da população. Freirelembra que, com a intenção do gover-no federal de ampliar a rede de presí-dios federais, o temor da populaçãodessas cidades aumentará diante da

possibilidade de fugas, de rebeliões ede resgate de presos.

“Além disso, esses municípios ficamsobrecarregados em seus serviços desaúde, educação, assistência social ehabitação, porque as pessoas se des-locam em direção aos seus parentesaprisionados”, argumenta Freire.

Roberto Freire informou ainda queiniciativas semelhantes vêm sendo apre-sentadas em diversas AssembleiasLegislativas, como é o caso de SãoPaulo e do Espírito Santo, estados emque as propostas sobre o tema estãoem adiantada fase de tramitação.

O deputado federalRoberto Freire,presidente nacional do

PPS, apresentou, no final do anopassado, uma PEC (Proposta deEmenda à Constituição) quefaculta aos estrangeiros quevivem no país há mais de cincoanos o direito de participar deeleições municipais.

"O argumento básico é queele [o estrangeiro] é um cidadãoque cria sua família no Brasil,paga impostos, trabalha e por

Freire apresenta PEC que dá direito devoto a estrangeiro em eleições municipais

um tempo determinado aquiresidindo ele tem o que dizersobre a administração de suacidade”, explica o deputado.

O parlamentar, inclusive,afirmou que o PPS, que vem doantigo PCB, não gosta do con-ceito de estrangeiro: “Etimologi-camente estrangeiro significaestranho e ninguém é estranho.

Nós somos seres humanos eum dos princípios básicos daesquerda, em seu humanismo, éa ideia de fraternidade”, finaliza.

Fim do conceito estrangeiro Artigo de Roberto Freire

O processo de globalização não vai movimentar apenas capi-tais. Pessoas também rompem barreiras geográficas e fron-teiras políticas em busca de futuro melhor ou de novas

opções de vida, as quais gostariam de desfrutar.Cada vez mais isso vai ocorrer. Para que esse processo possa

se dar de forma natural, não deve haver portas fechadas por leisabsurdas, que deixam passar mercadorias e dinheiro, mas nãoseres humanos.

Libertar o mundo de velhas fronteiras é uma utopia dointernacionalismo. Entre nós, do PCB/PPS a ideia é alcançar o fimdo conceito de estrangeiro.

Na raiz, estrangeiro significa estranho. E ninguém é estranho.Pode falar diferente, ter cor da pele distinta, nascer em qualquerum dos quatro cantos do planeta. Mas somos todos seres huma-nos e iguais.

A utopia é de que sejam iguais nos seus direitos. Essa visãotem a ver com a fraternidade, que se expressa no fim do conceitode estrangeiro. Um cidadão é cidadão do mundo. Não tem fronteiraque lhe retire direito.

Se a pessoa vive, cria família, paga impostos contribui para ariqueza, é claro que ele deve ter voz ativa na definição dos rumosda administração e da política da comunidade em que ele vive.

Por acreditar que esse passo é importante, apresentei uma pro-posta de emenda constitucional que faculta ao estrangeiro resi-dente no Brasil há mais de cinco anos a participação nas eleiçõesmunicipais.

Por isso, quero incluir no capítulo 14 da Constituição uma alí-nea permitindo aos estrangeiros residentes o direito de votar. Paraser candidato, o prazo é de 10 anos.

É importante ressaltar que os cargos eletivos municipais têmcaráter eminentemente administrativo local e que a proposta nãotem nenhuma possibilidade de ferir uma pretensa soberania naci-onal.

Não há o que questionar na justeza dessa providência, pois aseleições são importantes para avaliação e julgamento dos serviçospúblicos, aos quais os não nacionais residentes devem ter direito.Em toda a sua história, o PPS tem defendido os direitos dos estran-geiros, além de reafirmar seu caráter internacionalista.

Afinal, o Brasil contou com a força de trabalho do imigrante noseu desenvolvimento. Ele é parte de nossa história, afinal. A naci-onalidade brasileira é fruto de todas as cores, da miscigenação.

A relação entre nacionalidade e cidadania para o exercício dosdireitos políticos, em especial o de eleger, vem sendo alterada nosúltimos anos em vários países. Na Nova Zelândia, por exemplo, oestrangeiro pode votar após um ano de permanência no país.

Na União Europeia, os cidadãos comunitários podem votar eser votados nos países membros desde 1992, pelo Tratado deMaastricht. Mais recentemente, Dinamarca, Holanda, Suécia, Fin-lândia e Bélgica passaram a permitir o voto do estrangeiro.

No continente americano, vários países permitem o alistamen-to eleitoral de estrangeiros e até mesmo sua participação em elei-ções, como é o caso do Chile, da Venezuela, a Colômbia, do Paraguaie Uruguai.

O Brasil deve seguir tais exemplos que ajudam a consolidar ohumanismo e a fraternidade no mundo do futuro.

Sampa: para consolidar uma

TERCEIRA VIA

Cansados de servirde escada para asgrandes agremia-

ções, pequenos e médiospartidos podem formar umbloco na construção de umacandidatura alternativa à po-larização PT x PSDB emSão Paulo – e fora dos "sa-télites" que gravitam em tor-no de ambos, alternadamen-te, como PMDB e PSD.

Firme no propósito deconsolidar e viabilizar a can-didatura de Soninha Franci-ne como terceira via à Pre-feitura – confirmando os nú-meros do Ibope e Datafo-lha, que a colocam em 3º lu-gar, à frente de petistas e tu-canos somados – o PPSvem dialogando com PMN,PHS, PTC, PRP, PSL,PTN, PPL, PRTB, PSDC,PCB e PTdoB.

Além disso, o PPS con-versa com partidos que têmpré-candidatos à Prefeitura,mas que podem igualmenteconstruir uma alternativa àpolarização PT x PSDB:José Luiz Penna e EduardoJorge (PV), Luiza Erundina(PSB), Paulinho da Força(PDT), Celso Russomanno(PRB), Netinho de Paula(PCdoB), Luiz Flávio Bor-ges D´Urso (PTB), CarlosGiannazi e Ivan Valente(PSOL).

O fato é que os partidos

menores não querem maisser vistos como legendas dealuguel, dominadas por po-líticos de segunda classe,meros coadjuvantes do jogodo poder, servindo apenaspara ceder tempo de TV ecolocar seus candidatos pro-porcionais como cabos-elei-torais de luxo para os majo-ritários dos partidos grandes.

Atuando em bloco, essespartidos crescem juntos efortalecem a democracia, aodarem voz a setores da so-ciedade muitas vezes semespaço nos partidos domi-nantes. Terão peso diferen-ciado nos dois turnos daseleições, participação diretana coordenação da campa-nha à Prefeitura e chancesconcretas de eleger repre-sentantes para o Legislativo.

A direção do PPS pro-põe repetir em São Paulo aterceira via que Marina Sil-va representou na eleiçãopresidencial, mas, mais im-portante que encontrarnomes para concorrer à Pre-feitura, os partidos e seus re-presentantes precisam apre-sentar aos cidadãos paulis-tanos um programa de go-verno viável e consistentepara São Paulo, voltado paraum desenvolvimento justo,social, econômico e ambien-talmente equilibrado. (BlogPPS/SP)

Assessoria de Imprensa

Sibele Martins – jornalista MTB: 62.135Escritório Político Roberto Freire em São Paulo

Rua Cardoso de Almeida, 60 - 15º andar - Perdizes - CEP 05013-000

+55 11 3675.2540 / +55 11 3862.0712Fax: +55 11 3854.9930

www.robertofreire.org.brwww.pps.org.br

Gabinete Deputado Roberto Freire em Brasília

Palácio do Congresso Nacional - Praça dos Três Poderes

CEP 70160-900