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Page 1: BOLETIM N° 255 ANO MMIX · O CRISTO CONSOLADOR (ESE cap. VI). ROMULO M. SIQUEIRA LE 3ª par. cap. I Q 619 a 628, 4ª par. cap. II Q 1009 e ... Revista Espírita / NI – No Invisível
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BOLETIM N° 255 ANO MMIX

PROGRAMAÇÃO DO MÊS - MARÇO DE 2019

3ª. FEIRA - PALESTRAS E PASSES - NOITE

DIA HORA TEMA EXPOSITOR REFERÊNCIA

O CENTRO ESPÍRITA ALLAN KARDEC CONVIDA A TODOS OS IRMÃOS PARA EM CONJUNTO REALIZAREM PRECES EM PROL

DO HOSPITAL DE CAMPANHA DO DR. BEZERRA DE MENEZES

HORARIO: DAS 16 ÀS 17 HORAS NA SALA 1006 DO CEAK.

12 20:00 RETORNO DA VIDA CORPÓREA À VIDA ESPIRITUAL (LE 2ª par.

cap. III).

RICARDO CUNHA LE 2ª par. cap. III Q 149 a 165, 4ª par. cap. I Q 957; LM 2ª par. cap. I it 53; ESE cap. XXIV it 16; CI 1ª par. cap. VII it

23, 2ª par. cap. I it 6 e 14; QE cap. III it 144 a 162.

19 20:00 A REENCARNAÇÃO E SUA

JUSTIÇA (LE 2ª par. cap. IV). LUIZ CARLOS PEREIRA

LEITE

LE 2ª par. cap. IV Q 166 a 188 e 205, cap. V Q 222, cap. VI Q 223 e 271, cap. VII Q 344 a 360, 4ª par. cap. II Q 986; ESE cap. IV it 1 a 26, cap. VIII it 4; GEN cap. XI it 33 e 34;

CI 1ª par. cap. III it 8 a 11.

26 20:00 O CRISTO CONSOLADOR (ESE

cap. VI). ROMULO M. SIQUEIRA

LE 3ª par. cap. I Q 619 a 628, 4ª par. cap. II Q 1009 e 1017; ESE cap. VI it 1 a 8; GEN cap. I it 26 a 30, cap. XVII

it 35 a 46; RE SET/1867; Jo. 14:1-31, 16:1-33.

5ª. FEIRA - PALESTRAS E PASSES - TARDE E NOITE

DIA HORA TEMA EXPOSITOR REFERÊNCIA

07 15:00 MOVIMENTO DAS MULHERES

NA DOUTRINA ESPIRITA. SILVIA ALMEIDA

LE 3ª par. cap. IX Q 817 a 822-a; ESE cap. XIII it 4; GEN

cap. XII it 11; RE DEZ/1858, ABR/1868, DEZ/1869; NI cap. 7.

07 20:00 MOVIMENTO DAS MULHERES

NA DOUTRINA ESPIRITA.

AMANDA AUGUSTA

SAMPAIO ROSENHAYME

LE 3ª par. cap. IX Q 817 a 822-a; ESE cap. XIII it 4; GEN

cap. XII it 11; RE DEZ/1858, ABR/1868, DEZ/1869; NI cap. 7.

14 15:00 BEM SOFRER E MAL SOFRER

(ESE cap. V). AMÉRICO NUNES NETO

LE 2ª par. cap. I Q 119, cap. IV Q 196, cap. V Q 222, cap. VII Q 399; ESE cap. V it 18, cap. X it 17, cap. XII it 4, cap.

XXVIII it 3 §4 e §5; QE cap. III it 134; CI 1ª par. cap. VII it 21, 2ª par. cap. I it 14; RE OUT/1862.

14 20:00 BEM SOFRER E MAL SOFRER

(ESE cap. V). AMÉRICO NUNES NETO

LE 2ª par. cap. I Q 119, cap. IV Q 196, cap. V Q 222, cap. VII Q 399; ESE cap. V it 18, cap. X it 17, cap. XII it 4, cap.

XXVIII it 3 §4 e §5; QE cap. III it 134; CI 1ª par. cap. VII it 21, 2ª par. cap. I it 14; RE OUT/1862.

21 15:00 A FELICIDADE NÃO É DESTE

MUNDO (ESE cap. V). SILVIA RANGEL

LE 4ª par. cap. I Q 920 a 933; ESE cap. V it 1, 2 e 20; C perg. 240.

21 20:00 A FELICIDADE NÃO É DESTE

MUNDO (ESE cap. V). MARCOS JOÃO COSTA

DA SILVA LE 4ª par. cap. I Q 920 a 933; ESE cap. V it 1, 2 e 20; C

perg. 240.

28 15:00

TRANSMIGRAÇÃO

PROGRESSIVA (LE 2ª par. cap. IV).

MARIA APARECIDA PAULA PEIXOTO

LE 2ª par. cap. II Q 132 a 148, cap. III Q 149 a 165, cap.

IV Q 166 a 196a; ESE cap. III it 1 a 19; GEN cap. XI it 28 a 43, cap. XIV it 8, cap. XVII it 67, cap. XVIII it 27 a 33; OP

2ª par.; RE ABR/1862, MAI/1865.

28 20:00 TRANSMIGRAÇÃO

PROGRESSIVA (LE 2ª par. cap. IV).

CHRISTINE COSTA

LE 2ª par. cap. II Q 132 a 148, cap. III Q 149 a 165, cap. IV Q 166 a 196a; ESE cap. III it 1 a 19; GEN cap. XI it 28 a 43, cap. XIV it 8, cap. XVII it 67, cap. XVIII it 27 a 33; OP

2ª par.; RE ABR/1862, MAI/1865.

Legenda: LE – O Livro dos Espíritos / ESE – O Evangelho Segundo o Espiritismo / LM – O Livro dos Médiuns / CI – O Céu e o Inferno / GEN – A Gênese / QE – O que é o Espiritismo / OP – Obras Póstumas / RE - Revista Espírita / NI – No Invisível / C – O Consolador / Jo. – João / cap. – capítulo / Intr – introdução / Conc – Conclusão / it – item / Q – Questão / nº - número / par. – parte. / pag. – PÁgina / perg. Pergunta.

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ESTUDO

Relações Afetuosas dos espíritos Comentário sobre o ditado espontâneo publicado na Revista do mês de outubro de 1860, sob o título de: O Despertar do Espírito.

São geralmente admiradas as belas comunicações do Espírito que assina Georges; mas, em razão mesmo da superioridade de que esse Espírito dá prova, várias pessoas viram

com surpresa o que ele diz em sua comunicação O Despertar do Espírito, a propósito das relações de além-túmulo. Ali se lê o seguinte:

“Quando nos despojamos de todos os preconceitos terrenos, a verdade aparece em toda a sua luz. Nada atenua as faltas, nada oculta as virtudes. Vemos nossa alma tão claramente como num espelho; procuramos entre os Espíritos os que foram conhecidos, porquanto o Espírito se apavora no seu isolamento, embora passem sem se deter. Não há comunicações amigáveis entre os Espíritos errantes; aqueles mesmos que se amaram não trocam sinais

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de reconhecimento; essas formas diáfanas deslizam e não se fixam; as comunicações afetuosas são reservadas aos Espíritos superiores.”

O pensamento do reencontro após a morte e da comunicação com os que amamos é uma das mais doces consolações do Espiritismo, e a ideia de que as almas não possam ter entre

si relações de amizade seria dolorosa, se fosse absoluta; por isso não nos surpreendemos com o sentimento penoso que ela produziu. Se Georges tivesse sido um desses Espíritos

vulgares e sistemáticos, que manifestam as próprias ideias sem se inquietarem com a sua exatidão ou falsidade, não lhe teríamos dado a menor importância. Em razão de sua sabedoria e de sua profundeza habituais, poder-se-ia imaginar que no fundo dessa teoria

houvesse algo de verdadeiro, mas que o pensamento não tivesse sido expresso completamente. É, com efeito, o que resulta das explicações que pedimos. Temos, pois, uma prova a mais de que nada se deve aceitar sem o haver submetido ao controle da razão;

e aqui a razão e os fatos nos dizem que essa teoria não, podia ser absoluta.

Se o isolamento fosse uma propriedade inerente à erraticidade, tal estado seria um

verdadeiro suplício, tanto mais penoso quanto pode prolongar-se por muitos séculos. Sabemos, por experiência, que a privação da vista dos que amamos é uma punição para certos Espíritos; mas também sabemos que muitos são felizes por se encontrarem; que,

ao sairmos desta vida, os nossos amigos do mundo espírita nos vêm receber e nos ajudam a nos desembaraçarmos das vestes materiais, e que nada é mais penoso do que não

encontrar nenhuma alma benevolente nesse momento solene. Esta doutrina consoladora seria uma quimera? Não, não pode ser, porquanto não é apenas o resultado de um ensino: são as próprias almas, felizes ou sofredoras, que

vêm descrever a sua situação. Sabemos que os Espíritos se reúnem e combinam entre si para agir de comum acordo, com mais força em certas

ocasiões, tanto para o mal, quanto para o bem; que os Espíritos que não possuem os necessários

conhecimentos para responder às perguntas que lhes são dirigidas, podem ser assistidos por Espíritos mais esclarecidos; que estes têm por

missão ajudar com seus conselhos o progresso dos Espíritos mais atrasados; que os Espíritos

inferiores agem sob o impulso de outros Espíritos, dos quais são instrumentos; que recebem ordens, proibições ou permissões, circunstâncias essas

que não ocorreriam se os Espíritos fossem entregues a si mesmos. O simples bom-senso nos diz, pois, que a situação da qual ele falou é relativa

e não absoluta; que pode existir para alguns em dadas circunstâncias, mas não poderia ser geral,

porque, do contrário, seria o maior obstáculo ao progresso do Espírito e, por isso mesmo, não seria conforme à justiça de Deus, nem à sua bondade. Evidentemente, o Espírito de Georges não considerou senão uma fase da erraticidade, na qual, para melhor dizer,

restringiu a acepção do termo errante a uma determinada categoria de Espíritos, em vez de aplicá-lo, como nós o fazemos indistintamente a todos os Espíritos não encarnados.

Pode, pois, acontecer que dois seres que se amaram não troquem sinais de

reconhecimento; que nem mesmo possam ver-se e se falar, caso seja uma punição para um deles. Por outro lado, como os Espíritos se reúnem conforme a ordem hierárquica, dois

seres que se amaram na Terra podem pertencer a ordens muito diferentes e, justamente por isso, encontrar-se separados até que o menos adiantado alcance o grau do outro. Essa privação pode ser, assim, uma consequência da expiação e das provas terrestres: compete

a nós agir de modo a não merecê-la.

A felicidade dos Espíritos é relativa à sua elevação. Essa felicidade só é completa para os

Espíritos depurados, e consiste principalmente no amor que os une; isto se concebe e é de toda justiça, porquanto a verdadeira afeição não pode existir senão entre seres que se

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“A felicidade dos Espíritos é relativa à sua elevação. Essa

felicidade só é completa para os Espíritos depurados, e

consiste principalmente no

amor que os une; isto se concebe e é de toda justiça,

porquanto a verdadeira afeição não pode existir senão

entre seres que se despojaram

de todo egoísmo e de toda influência material, pois

somente neles ela é pura, sem segunda intenção, não

podendo ser perturbada por

nada”

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despojaram de todo egoísmo e de toda influência material, pois somente neles ela é pura,

sem segunda intenção, não podendo ser perturbada por nada. Daí se segue que suas comunicações devem ser, por isso mesmo, mais afetuosas e mais expansivas do que entre os Espíritos que ainda se acham sob o império das paixões terrenas. É preciso daí concluir

que os Espíritos errantes não são forçosamente privados, mas podem ser privados dessas comunicações, se tal for a punição a eles imposta. Como diz Georges em outra passagem: “Essa privação momentânea lhes dá mais ardor para atingirem o momento em que as provas realizadas lhes devolverão o objeto de sua afeição.” Portanto, essa privação não é o estado normal dos Espíritos errantes, mas uma expiação para os que a mereceram, uma das mil

e uma variedades que nos esperam na outra vida, quando tivermos desmerecido nesta.

Fonte: ___________________________________________ Revista Espírita Novembro de 1860

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REFLEXÃO

Valei-vos da luz

“Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem.”

Jesus. (João, 12:35)

O homem de meditação encontrará pensamentos divinos, analisando o passado e o futuro. Ver-se-á colocado entre duas eternidades – a dos dias que se foram e a que lhe acena do

porvir.

Examinando os tesouros do presente, descobrirá suas oportunidades preciosas.

No futuro, antevê a bendita luz da imortalidade, enquanto que no pretérito se localizam as

trevas da ignorância, dos erros praticados, das experiências mal vividas. Esmagadora maioria de personalidades humanas não possui outra paisagem, com respeito ao passado próximo ou remoto, senão essa, constituída de ruína e desencanto, compelindo-as a

revalorizar os recursos em mão.

A vida humana, pois, apesar de transitória, é a chama que vos coloca em contato com o

serviço de que necessitais para a ascensão justa. Nesse abençoado ensejo, é possível

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resgatar, corrigir, aprender, ganhar, conquistar, reunir, reconciliar e enriquecer-se no

Senhor.

Refleti na observação do Mestre e aprender-lhe-eis o luminoso sentido. Andai enquanto tendes a luz, disse Ele.

Aproveitai a dádiva de tempo recebida, no trabalho edificante.

Afastai-vos da condição inferior, adquirindo mais alto entendimento.

Sem os característicos de melhoria e aprimoramento no ato de marcha, sereis dominados

pelas trevas, isto é, anulareis vossa oportunidade santa, tornando aos impulsos menos dignos e regressando, em seguida à morte do corpo, ao mesmo sítio de sombras, de onde

emergistes para vencer novos degraus na sublime montanha da vida.

Fonte:_____________________________ Livro: Pão Nosso De: Emmanuel

Psicografia: Francisco Cândido Xavier Editora: FEB

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SEMEANDO O EVANGELHO DE JESUS

28. Um homem está agonizante, presa de cruéis sofrimentos. Sabe-se que seu estado é desesperador. Será lícito pouparem-se-lhe alguns instantes de angústias, apressando-se-lhe o fim?

Quem vos daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus? Não pode Ele conduzir o homem até a borda do fosso, para daí o retirar, a fim de fazê-lo voltar a si e alimentar ideias diversas das que tinha? Ainda que haja chegado ao último extremo um moribundo,

ninguém pode afirmar com segurança que lhe haja soado a hora derradeira. A Ciência não se terá enganado nunca em suas previsões?

Sei bem haver casos que se podem, com razão, considerar desesperadores; mas, se não

há nenhuma esperança fundada de um regresso definitivo à vida e à saúde, existe a possibilidade, atestada por inúmeros exemplos, de o doente, no momento mesmo de exalar

o último suspiro, reanimar-se e recobrar por alguns instantes as faculdades! Pois bem: essa hora de graça, que lhe é concedida, pode ser-lhe de grande importância. Desconheceis as reflexões que seu Espírito poderá fazer nas convulsões da agonia e quantos tormentos

lhe pode poupar um relâmpago de arrependimento.

O materialista, que apenas vê o corpo e em nenhuma conta tem a alma, é inapto a

compreender essas coisas; o espírita, porém, que já sabe o que se passa no além-túmulo, conhece o valor de um último pensamento. Minorai os derradeiros sofrimentos, quanto o puderdes; mas guardai-vos de abreviar a vida, ainda que de um minuto, porque esse

minuto pode evitar muitas lágrimas no futuro. – São Luís. (Paris, 1860.)

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Fonte:_____________________________ O Evangelho Segundo o Espiritismo Capítulo V

Item 28

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VULTO ESPÍRITA DO MÊS

Daniel Dunglas Home Daniel Dunglas Home, nasceu em Edimburgo,

na Escócia, em 20 de Março de 1833. foi um espiritualista britânico, famoso por suas alegadas capacidades como médium e por sua

relatada habilidade de levitar até várias alturas, esticar-se e manipular fogo e carvões em brasa

sem se machucar. Home é considerado um dos mais famosos médiuns de todos os tempos. Dizia-se filho ilegítimo de um nobre escocês, mas foi

criado modestamente por uma tia, nos Estados Unidos.

Aos seis meses de idade, observava-se que seu berço balançava sozinho, mas sua mediunidade só foi verdadeiramente reconhecida aos dezessete

anos. Ele conduziu centenas de sessões durante um período de 35 anos, sem ter sido exposto de

forma conclusiva ou pública como uma fraude. Há aparentemente duas razões pelas quais

Daniel Home se recusava a receber pagamento direto: a primeira é que ele se via como em

Daniel Dunglas Home

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uma "missão para demonstrar a

imortalidade" e a segunda, a que ele queria interagir com seus clientes como entre um cavalheiro e outro e não como um empregado

deles.

Vale ressaltar que Home não era espírita (para ser médium não é preciso ser espírita),

ele foi sucessivamente metodista, congregacionalista e católico, terminando na

Igreja Ortodoxa Grega.

Aos nove anos, foi levado com sua tia e seu tio para os Estados Unidos. Em 1850 sua

mãe morreu e em breve a casa de sua tia começou a ser perturbada com batidas

semelhantes às que tinham ocorrido dois anos antes na casa das Irmãs Fox.

Sua tia, com medo de o menino ter feito

entrar o demônio em casa, expulsou o jovem Home, o que fez com que ele se visse vagando pelo país, parando nas casas dos amigos que

queriam ver suas habilidades como médium. Esse modo de vida iria durar por mais de 20

anos, uma vez que ele nunca pediu dinheiro para as suas sessões, apesar de ter sempre vivido muito bem com os presentes, as

generosas doações e a hospedagem que recebia de seus muitos admiradores ricos.

Home casou-se duas vezes. Em 1858 se casou com Alexandria de Kroll, de uma família nobre russa, com quem teve um filho, Gregoire, mas Alexandria adoeceu de tuberculose e morreu em 1862. Em outubro de 1871, Home casou-se pela segunda vez com Julie de

Gloumeline, uma rica senhora russa que ele conheceu em São Petersburgo.

Daniel Home fazia sessões para pessoas notáveis a plena luz do dia e produzia fenômenos tais como mover objetos à distância.

Sua fama cresceu, impulsionada particularmente pelos seus extraordinários feitos de levitação. William Crookes, o eminente físico a quem se deve as análises mais importantes

sobre os raios catódicos, que tornam possível a televisão dos nossos dias, descobridor do elemento químico tálio e inventor do

radiômetro, mostrou-se interessado em estudar os fenômenos gerados por aquele singular britânico. Alegou saber de mais de 50

ocasiões nas quais Home tinha levitado, muitas das quais a uma altura de um metro e

meio a dois metros do solo e "a plena luz do dia".

Talvez os feitos mais comuns fossem como

esse, relatado por Frank Podmore: "Todos o vimos elevar-se do chão até uma altura de um metro e oitenta, ficar lá por cerca de dez

segundos e, depois, descer vagarosamente". Uma das levitações mais famosas de Home ocorreu diante de três testemunhas, Home teria levitado para fora de uma janela de um quarto em um terceiro andar e entrado de volta pela janela do quarto ao lado.

De acordo com Arthur Conan Doyle, Home era raro pelo fato de possuir poderes em quatro tipos diferentes de mediunidade: voz direta (a habilidade de deixar os espíritos falarem de

“Em 1857, foi convidado às

Tullerias, em Paris, e Napoleão III pôde comprovar as maravilhosas

faculdades do jovem Daniel. Uma

mesa de madeira maciça foi projetada contra o teto e um lápis,

manejado misteriosamente, traçou a caligrafia de Napoleão Bonaparte.”

O médium levitando (ilustração

originalmente publicada por pelo

pesquisador Louis Figuier ("Les Mystères de la Science", 1887).

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forma audível); psicofonia (a habilidade de deixar os espíritos falarem através de si);

clarividência (a habilidade de se ver coisas que estão fora de vista); e mediunidade de efeitos físicos (mover objetos à distância, levitação, etc).

Home suspeitava de qualquer médium que

alegasse possuir faculdades que ele não possuia, e ele taxava esses médiuns como fraudulentos. Uma vez que os médiuns de

materialização sempre trabalhavam em locais escurecidos, Home cobrava que todas as

sessões fossem feitas à luz do dia.

Em 1857, foi convidado às Tullerias, em Paris, e Napoleão III pôde comprovar as maravilhosas

faculdades do jovem Daniel. Uma mesa de madeira maciça foi projetada contra o teto e um

lápis, manejado misteriosamente, traçou a caligrafia de Napoleão Bonaparte. Dele, contou Lord Adare, que, no dia 16 de dezembro de

1868, estando em fase de transe, saiu para a rua, pela janela, flutuando no espaço, e do mesmo jeito tornou a entrar no cômodo, diante

da angustiosa expectativa dos presentes.

Entre 1870 e 1873, William Crookes conduziu

experimentos para determinar a validade dos fenômenos produzidos por três médiuns: Florence Cook, Kate Fox e D.D.Home. O

relatório final de Crookes (1874) concluiu que os fenômenos produzidos pelos três médiuns

eram genuínos, um resultado que foi alvo de ironias pela bancada científica. Crookes registrou que ele controlou e segurou Home colocando seus pés em cima dos dele.

Naturalmente, foi amplamente suspeito de fraude, sobre as maneiras com as quais Home teria iludido seus assistentes, que tinha um companheiro constante que sentava do lado oposto a ele durante as suas sessões, mas jamais foi comprovada qualquer uma das

acusações.

D.D. Home escreveu alguns livros, mas o mais famoso é este: Ligths and Shadows of

Spiritualism (que é traduzido de forma errada como “Luzes e sombras do Espiritismo”, quando sua real tradução é “Luzes e Sombras do

Espiritualismo”).

Neste livro, D.D. Home relata vários casos de falsos médiuns, mas o que mais chama atenção

neste livro é uma suposta mensagem recebida por ele, de Allan Kardec, logo após o desencarne

do mesmo. E ainda, uma outra suposta mensagem enviada por Kardec ao médium M. Morin, também após seu desencarne.

Allan Kardec fez algumas obervações sobre Home em uma narração na Revista Espírita de 1858, mês de fevereiro:

“O Senhor Home é um médium do gênero daqueles que produzem manifestações ostensivas, sem excluir, por isso, as comunicações inteligentes; mas as suas predisposições naturais lhe dão, para as primeiras, uma aptidão mais especial. Sob a sua influência, os mais estranhos ruídos se fazem ouvir, o ar se agita, os corpos sólidos se movem, se erguem, se transportam de um lugar a outro através do espaço, instrumentos de música fazem ouvir

Em estado de transe, D.D.Home

projetou uma mesa contra o teto na presença de Napoleão III.

“Seguramente, se alguém fosse

capaz de vencer a incredulidade

por efeitos materiais, este seria o senhor Home. Nenhum médium

produziu um conjunto de fenômenos mais surpreendentes,

nem em melhores condições de

honestidade."

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sons melodiosos, seres do mundo extra-corpóreo aparecem, falam, escrevem e, frequentemente, vos abraçam até causar dor. Ele mesmo foi visto, várias vezes, em presença de testemunhas oculares, elevado sem sustentação a vários metros de altura.

Do que nos foi ensinado sobre a classe dos Espíritos que produzem, em geral, essas espécies de manifestações, não seria preciso disso concluir que o Sr. Home não está em relação senão com a classe íntima do mundo espírita. Seu caráter e as qualidades morais que o distinguem, devem, ao contrário, granjear-lhe a simpatia dos Espíritos Superiores; ele não é, para esses últimos, senão um instrumento destinado a abrir os olhos dos cegos por meios enérgicos, sem estar, por isso, privado de comunicações de uma ordem mais elevada. É uma missão que aceitou; missão que não está isenta nem de tribulações e nem de perigos, mas que cumpre com resignação e perseverança, sob a égide do Espírito de sua mãe, seu verdadeiro anjo guardião. Como todo o médium, o senhor Home foi caluniado e ferido em sua dignidade, mas nunca lhe faltou, nas horas mais difíceis, o amparo de seus mentores espirituais.

O que distingue Daniel Douglas Home é sua mediunidade excepcional. Enquanto outros médiuns obtém golpes leves, ou o deslocamento insignificante de uma mesa, sob a influência do senhor Home os ruídos, os mais retumbantes, se fazem ouvir, e todo o mobiliário de um quarto pode ser revirado, os móveis montando uns sobre os outros.

Seguramente, se alguém fosse capaz de vencer a incredulidade por efeitos materiais, este seria o senhor Home. Nenhum médium produziu um conjunto de fenômenos mais surpreendentes, nem em melhores condições de honestidade."

Aos 38 anos D. Home se aposentou. Sua saúde estava mal, a tuberculose, da qual ele tinha sofrido pela maior parte de sua vida, estava avançando, e seus poderes, ele afirmava,

estavam falhando. Ele morreu em 21 de junho de 1886, aos 53 anos, e foi enterrado no cemitério russo de St. Germain-en-Laye.

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NA PRATELEIRA

Seara dos Médiuns – 1961

Por meio da psicografia de Francisco Cândido Xavier, o Espírito Emmanuel destaca a

necessidade de estudo de O livro dos médiuns, publicação que integra a coleção de obras básicas da Doutrina Espírita, organizada por

Allan Kardec. Com mensagens e instruções recebidas e selecionadas em reuniões

mediúnicas, o autor espiritual desenvolve temas como a conduta do médium e a educação da mediunidade, além de outros assuntos sempre

pertinentes aos estudantes do Espiritismo. Traz comentários que mostram a força do conhecimento como meio para romper

preconceitos, superstições e fanatismos, tradicionalmente existentes em diversas

religiões

Imperdível e indispensável leitura!!!

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ENTREVISTA

Com Paulo César Frutuoso

Médico, escritor e estudioso em ectoplasmia fala sobre Doutrina, trabalho mediúnico e a

morte do médium Gilberto Arruda.

A entrevista aconteceu dentro de um hospital público no Rio de Janeiro, durante um tempo cedido por gentileza na agenda repleta de responsabilidades e compromissos de Paulo

César Fructuoso. Médico oncologista, mastologista e cirurgião geral, Fructuoso é também palestrante espírita, estudioso de ectoplasmia e materialização dos espíritos, médium e

autor de 4 livros: A Face Oculta da Medicina, Espíritos Decaídos e Materializados, Reflexões Espiritualistas e Científicas de um Médico e Alienígenas ou Médiuns?, este último lançado no mês de março deste ano.

Não é à toa que ele é membro da Academia Brasileira de Médicos Escritores.

Espírita desde criança, começou a se interessar por ectoplasmia quando estava no terceiro ano de medicina, em 1972. Na

época, um episódio acontecido com o pai chamou a atenção: “meu pai tinha chegado de uma reunião do grupo Frei Luiz, a qual eu

pertenço até hoje, e estava com uma mancha enorme de sangue na camisa. Eu perguntei

o que tinha acontecido e ele me disse que tinha sido submetido a uma cirurgia hiperfísica, uma “cirurgia espiritual”. Para um acadêmico de medicina isso era uma coisa

muita estranha, até difícil de acreditar, principalmente quando não existia nenhuma cicatriz”, lembrou Fructuoso. Intrigado, o na época jovem aspirante a médico decidiu levar

o pai para fazer exames e avaliações: “o radiologista perguntou se o meu pai tinha se submetido a alguma cirurgia. Evidentemente que falei que não. Mas aquilo me causou

“:..não acredito em milagres! Não existem milagres! Existem leis

físicas, químicas e biológicas que a nossa ciência ainda não alcançou”, e ainda complementou:

“a minha experiência já me comprovou que nenhum médico

está sozinho, nem os que não acreditam nisso estão sozinhos.”

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muita estranheza, porque ele via sinais de que alguma cirurgia tinha sido feita. Mas eu só

passei a ter tempo para estudar mais efetivamente esses fenômenos em 1978, aí eu ingressei e nunca mais saí”, contou o médico.

Depois de tantas oportunidades de acompanhar e estudar de perto diversas curas, Dr.

Fructuoso é categórico em dizer: “não acredito em milagres! Não existem milagres! Existem leis físicas, químicas e biológicas que a nossa ciência ainda não alcançou”, e ainda complementou: “a minha experiência já me comprovou que nenhum médico está sozinho,

nem os que não acreditam nisso estão sozinhos. Porque nós, como médicos, só podemos tratar da parte material do nosso ser, mas quem está tratando da parte mais importante,

que é a espiritual? Então todo o médico, mesmo o que não acredite nisso, está acompanhado por médicos espirituais que o ajuda na missão. E eles são tão humildes que nem deixam que percebamos a ajuda”.

Dr. Paulo César Fructuoso falou também sobre a morte do amigo Gilberto Arruda, assassinado em casa, dentro do Lar de Frei Luiz, em julho 2015. Gilberto Arruda era um

dos principais médiuns do Centro, na Zona Oeste do Rio, e trabalhava diretamente nas reuniões de cirurgias espirituais em pacientes graves. Acompanhe abaixo a entrevista:

Correio Espírita – Embora saibamos que o Espiritismo é ciência, filosofia e religião, no

meio acadêmico, a Doutrina ainda é vista com restrição. O senhor acredita que estamos avançando neste aspecto?

Dr. Paulo César Fructuoso – “Sim. Porque a tecnologia médica está cada vez mais avançando. Mais cedo ou mais tarde, a tecnologia se tornará tão sensível que permitirá a detecção da presença do ser energético espiritual acoplado ao corpo. E no momento da morte, essa tecnologia médica vai nos auxiliar, pela sensibilidade, a perceber a separação exata entre o corpo e o espírito. Isso é questão de tempo!”

Correio Espírita – Ciente da ajuda incansável dos amigos espirituais, o senhor costuma

fazer prece antes de um atendimento ou cirurgia?

Dr. Paulo César Fructuoso – “Eu não entro em nenhuma cirurgia sem antes dizer a seguinte frase: “Deus nos ajude!” Sempre é bom pedir. E quando eu não digo essa frase, fico só pensando, meus assistentes, residentes, me perguntam se eu não esqueci de falar nada”.

Correio Espírita – O senhor é estudioso de

efeitos físicos, ectoplasmia e materialização. Todos os livros têm esse cunho. Mas o que

presenciamos é cada vez menos atividades deste porte nas casas espíritas. Por que isso acontece?

Dr. Paulo César Fructuoso – “Efeito físico é movimento de objeto sem força aparente, ruídos sem causa aparente, presença de odores inexplicáveis no ambiente como éter, cânfora, arruda... Isso é efeito físico, que culmina com a materialização de espíritos. São fenômenos extremamente raros em toda a história humanidade!

Já o ectoplasma, que é energia, é utilizado pelos espíritos presentes em uma reunião, mas raramente os fenômenos físicos acontecem. Apenas médiuns videntes percebem isso. E essa energia, o ectoplasma, é utilizada em auxílio dos pacientes que se encontram na reunião.

Nos meus livros, eu falo da ectoplasmia e dos fenômenos de efeitos físicos, incluindo a materialização de espíritos, porque eu convivi com isso nos últimos 40 anos.

Essas reuniões são raríssimas porque os médiuns de efeitos físicos também são muito raros. Eles foram dizimados na idade média pela inquisição, porque foram tachados de feiticeiros

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“Só há dois motivos para que a materialização de espíritos seja

autorizada pelo plano espiritual:

atendimento de pessoas enfermas, que apresentem doenças que a

nossa medicina pouco ainda pode fazer, como o câncer. E o

fornecimento de lampejos que

mostram como será a medicina do futuro. Porque os médicos do futuro

serão médiuns. Não vão precisar de Raio X, ressonância, ultrassom,

porque com a própria mediunidade

eles vão saber descortinar o corpo humano.”

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e magos. E como toda a mediunidade, as de efeitos físicos também são transferidas geneticamente para as gerações futuras. Ora, se se dizimou uma geração quase inteira, a propagação dessa mediunidade ficou muito abalada, diminuída.

Outra razão para essa escassez de reuniões de materialização é a grande quantidade de energia envolvida neste processo. Precisa estar em mãos de pessoas muito conscientes da responsabilidade de se estar nessa reunião.

Só há dois motivos para que a materialização de espíritos seja autorizada pelo plano espiritual: atendimento de pessoas enfermas, que apresentem doenças que a nossa medicina pouco ainda pode fazer, como o câncer. E o fornecimento de lampejos que mostram como será a medicina do futuro. Porque os médicos do futuro serão médiuns. Não vão precisar de Raio X, ressonância, ultrassom, porque com a própria mediunidade eles vão saber descortinar o corpo humano.

Correio Espírita – Explique para nós como acontece a materialização de espíritos?

Dr. Paulo César Fructuoso – “O médium de efeito físico entra em transe profundo, porque há uma liberação, sob o comando de entidades espirituais, de neurotransmissores existentes no nosso sistema nervoso, chamados endorfinas e encefalinas. Essas endorfinas e encefalinas são anestésicos, soníferos. Então como é feita uma grande descarga, uma grande liberação no médium de efeito físico, ele entra em transe. Quando ele entra nesse transe mediúnico, começa a expelir, pelos orifícios naturais do corpo, o ectoplasma de forma fluídica, que se liquefaz e se solidifica. É essa energia ectoplasmática, esse fluido energético que reveste o períspiritos das entidades presentes e elas se corporificam, se materializam.

Se estivermos em alguma reunião em que aconteça a materialização de espíritos, todos os presentes verão, e não só os médiuns videntes. Se o Espírito falar alguma palavra, todos os presentes o ouvirão. Se ele exalar algum odor, todos também sentirão.

Para que essas reuniões aconteçam, há uma série de exigências, exigências científicas, como por exemplo a ausência da luz. Isso porque os fótons das luzes natural e artificial afetam o ectoplasma e o médium quando em transe. São reações físicas e químicas que precisam da ausência da luz, assim como era preciso a ausência da luz para se revelar os filmes fotográficos no passado.

Correio Espírita – Qual a importância dos efeitos físicos ao longo da história humana?

Dr. Paulo César Fructuoso – “Os fenômenos físicos foram que levaram a ratificação do Cristianismo. Eu falei que o ectoplasma sai principalmente pelos orifícios naturais, como boca e nariz. O que os discípulos de Jesus viram e escreveram no seu testemunho, quando Ele curou um cego? Jesus cuspiu na terra, formou um cataplasma com a saliva que saiu da boca dele e aplicou na vista do cego, que voltou a enxergar. Mas e se não foi saliva que saiu da boca de Jesus? Se foi ectoplasma? Ele também era médium, o maior médium que já passou pelo planeta. Os discípulos devem ter visto, na minha opinião, ectoplasma saindo da boca de Jesus.

Correio Espírita – E para o futuro?

Dr. Paulo César Fructuoso – “Acredito que as reuniões de materialização ficarão mais frequentes no futuro, porque estão previstas a chegada de quatro grandes vertentes de espíritos na Terra, como já foi adiantado por Divaldo Pereira Franco. Uns ligados à corrente

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“Todos os médiuns de efeito físico

são indivíduos altamente endividados. É dada as eles a

missão da mediunidade de efeito físico para que mais rapidamente

possam resgatar as dívidas do

passado...

Nós temos um envoltório em torno do nosso espírito chamado tela búdica, que impede que sintamos o

contato dos espíritos que estão à

nossa volta. Os médiuns de efeito físico têm a tela búdica mais fina e

fenestrada, e por isso expelem com mais facilidade o ectoplasma. Mas

isso traz um inconveniente, eles

sentem o toque dos espíritos.”

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da engenharia, que trarão grandes invenções; o segundo grupo com grande senso de justiça; o terceiro voltado para o ramo das artes; e o quarto, e me parece ser o mais importante, espíritos com grande capacidade mediúnica”.

Correio Espírita – Sobre a morte do médium Gilberto Arruda. Todos ficamos chocados

com o crime na época. O que o senhor, que foi amigo dele, tem a nos falar sobre esse acontecimento?

Dr. Paulo César Fructuoso – “Todos os médiuns de efeito físico são indivíduos altamente endividados. É dada as eles a missão da mediunidade de efeito físico para que mais rapidamente possam resgatar as dívidas do passado. Muitos não imaginam o que é ser um médium de efeito físico. Nós temos um envoltório em torno do nosso espírito chamado tela búdica, que impede que sintamos o contato dos espíritos que estão à nossa volta. Os médiuns de efeito físico têm a tela búdica mais fina e fenestrada, e por isso expelem com mais facilidade o ectoplasma. Mas isso traz um inconveniente, eles sentem o toque dos espíritos. O Gilberto sentia, do nada, bofetadas, beliscões, pontapés, puxões de cabelo... Além disso, geralmente, os médiuns de efeito físico têm morte violenta. O médium José Arigó, por exemplo, morreu em um desastre de automóvel.

O Gilberto tinha dificuldade para dormir, tamanha era a tortura que ele sofria por parte dos espíritos inimigos do plano espiritual, quando era criança e adolescente. Ele só conseguia adormecer quando deitava entre o pai e mãe, segurava a mão dos dois e eles entravam em prece.

Já se sabe quem cometeu esse crime contra Gilberto Arruda. Ele está preso. Mas esse trabalho que o Correio Espírita está fazendo é muito importante, pois esclarece sobre o fato”.

Correio Espírita – Já se teve notícias do médium Gilberto Arruda do plano espiritual?

Dr. Paulo César Fructuoso – “Sim. Ele está recuperado, emocionado em saber do apoio daqueles que aqui ficaram e feliz em estar com os entes queridos”.

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Fonte:____________________________________ Correio Espírita www.coreioespirita.org.br

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UM JEITO DE SER FELIZ...COM RICHARD SIMONETTI

Caros Irmãos, no mês de agosto de 2018 concluímos a transcrição do Livro Pinga Fogo – Plantão de Respostas, como homenagem ao querido Chico Xavier, iniciada em abril de

2015, mês de seu aniversário.

Passamos agora a transcrever o Livro Um Jeito de Ser Feliz, do autor Richard Simonetti. Esperamos que seja uma leitura construtiva e modificadora para todos.

Unidos pelo coração

Como é que as dores inconsoláveis dos que sobrevivem se refletem nos Espíritos que as

causam? 0 Espírito é sensível à lembrança e às saudades dos que lhe eram caros na Terra; mas, uma dor incessante e desarrazoada o toca penosamente, porque, nessa dor excessiva, ele vê falta de fé no futuro e de confiança em Deus e, por conseguinte, um obstáculo ao

adiantamento dos que choram e talvez à sua reunião com estes. Questão n° 936. O homem despe-se e entra no chuveiro. Súbito a porta do banheiro é arrombada. Desconhecidos o

agarram, vendam seus olhos e o amordaçam. Conduzido ao aeroporto, é embarcado num avião, em indesejável viagem para remota região, onde o deixam sem nenhuma explicação. Confuso e desorientado, vagueia sem rumo...

Semelhante situação assemelha-se a de Espíritos que retornam à Vida Espiritual abruptamente, “raptados” por um acidente, um ato de violência, uma síncope fulminante...

A extensão de suas perplexidades dependerá, evidentemente, de vários fatores, destacando-se os conhecimentos relacionados com o trânsito para o Além, a maturidade emocional e, sobretudo, a natureza de seu envolvimento com os interesses materiais. Neste

particular, aplica-se perfeitamente a advertência de Jesus: “Onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” (Mateus, 6:21). Aqueles que fazem da existência humana um fim em si, que de nada cogitam além dos seus negócios, apegados aos bens da Terra,

terão imensas dificuldades de adaptação, se “raptados” para o continente espiritual. Um rico empresário, empolgado por suas atividades comerciais, sem espaço em seu coração

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para cogitações mais nobres, sentir-se-á dolorosamente lesado, como se lhe houvessem

roubado até o último centavo. Espíritos evoluídos, que fazem “poupança para o Além”, guardando seus tesouros nos bancos da sabedoria e da virtude, não têm dificuldade para enfrentar a grande transição, mesmo que ocorra inesperadamete. Herculano Pires, notável

escritor e jornalista espírita, é um exemplo marcante. Tendo sofrido um enfarte, foi imediatamente conduzido ao hospital. Enquanto os médicos o socorriam, iniciava-se uma reunião de estudos espíritas e prática mediúnica, na garagem de sua residência, que

funcionava como pequeno centro espírita, freqüentado por amigos e admiradores. A família houve por bem não informar o grupo reunido, a fim de evitar tumulto no hospital. No

desdobramento dos trabalhos mediúnicos, para surpresa dos presentes, um Espírito informou o falecimento de Herculano. Em seguida ele próprio manifesta-va-se para suas despedidas, em mensagem psicografada, onde dizia: Família querida, Vivendo contigo dias

felizes e amenos, na experiência do lar prossegue a vida. Coragem e otimismo, não quero pompas nem velas, Apenas a simplicidade do professor do interior em metrópole de céus

e estrelas... Sustenta em apoio vibratório a casa, Ampara o livro da codificação, E eu, em espírito ou memória, ao lado dos amigos espirituais contigo sempre estarei, No

apostolado de pregar e servir a Doutrina dos Espíritos, Com o Mestre de Lion. Virgínia querida, mais esposa do que esposo fui, Já não

tem falar, nem riso, não mais o poeta. Mas que semblante triste o teu! Volte ao que era, Como

o tempo na casa velha, Tudo é vida, das noites de rima, doutrina e cozinha, Lar, amigos, Não é confusão, é nova sensação, A de viver, sentir

que já não sou corpo, Mas alma, até que enfim! Desculpe, sou espírito de verdade, Amparado

em novas luzes, A minha, a nossa luzinha, que ajudaste a construir...No momento adeus, menos choro e mais café!

Se há dificuldade de captar a escrita, Imagine a de despertar aqui, Para dizer aos meus da sobrevivência da alma! Muita paz em Jesus. Somente depois do encerramento da reunião

chegou a notícia do falecimento. Ficou-se sabendo que Herculano costumava escrever poesias dirigidas aos familiares em ocasiões especiais. E assim procedeu novamente, em

data muito significativa - a de sua própria desencarnação! Identificamo-lo perfeitamente nas ideias e expressões usadas, particularmente ao solicitar aos familiares que trabalhem em favor da obra de Allan Kardec, o “Mestre de Lion”, como ele o fez, por supremo ideal de

sua existência. A manifestação de Herculano Pires, momentos após o seu falecimento, é um atestado eloquente de imortalidade, uma demonstração de como o Espírito esclarecido e consciente pode superar de imediato o trauma da morte repentina, mas é, inegavelmente,

uma exceção. Por isso, o melhor mesmo é “morrer na cama”, em doença de longo curso, que nos prepara compulsivamente, induzindo-nos à oração, à superação das ilusões, à

procura da religião, ao desapego das humanas paixões, à disposição de cultivar valores espirituais. A transferência, então, efetua-se de forma mais branda. Não nos sentimos “raptados”. Podemos até ensaiar despedidas, se formos capazes de “encarar” a morte. Em

mortes “à vista” ou “a prazo”, muita gente parte despreparada; muita gente fica inconformada, originando dois problemas: No primeiro, o “morto” perturba os “vivos”. Se

o desencarnante encontra dificuldades para definir seu novo estado; se o afligem impressões relacionadas com o tipo de morte que sofreu; se ele está confuso e atribulado, há uma tendência natural para procurar aqueles aos quais está ligado pelos laços do

coração, que constituem parte de seu “tesouro”. Aproxima-se deles para pedir socorro, para reclamar atenção, para expor suas angústias e perplexidades. Estabelecida a sintonia entre o desencarnado e seus afetos, surge o que poderíamos definir como uma obsessão

pacífica, já que não há nenhuma intenção maldosa do “obsessor”. Ele apenas quer ajuda, como alguém que, prestes a morrer afogado, agarra-se desesperadamente ao companheiro

“Se o desencarnante encontra dificuldades para definir seu novo estado; se o afligem impressões relacionadas com o tipo de morte que sofreu; se ele está confuso e atribulado, há uma tendência natural para procurar aqueles aos quais está ligado pelos laços do coração, que constituem parte de seu “tesouro”. Aproxima-se deles para pedir socorro, para reclamar atenção, para expor suas angústias e perplexidades.”

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que está mais próximo. Semelhante envolvimento impõe penosas impressões àqueles que

o sofrem, mas não há grandes dificuldades para ser superado. A simples frequência ao Centro Espírita vale por uma desobsessão, porquanto o desencarnado tende a acompanhá-los, colhendo os benefícios do ambiente e das palestras, que o esclarecem e

preparam para a ajuda mais efetiva dos mentores espirituais. E há o problema dos “vivos” que perturbam os “mortos”. Particularmente nas mortes repentinas, se os familiares não têm nenhuma noção a respeito do assunto, tendem a cultivar ideias negativas, em

insistente questionamento íntimo. E revivem interminavelmente as circunstâncias do desencarne, envolvendo um carro destroçado, um incêndio devorador, um afogamento

trágico, um tiro fatal...Quando o desencarnante tem certa maturidade espiritual, superando o trauma do trágico retorno à Vida Espiritual, consegue neutralizar as vibrações de angústia e desespero dos familiares, embora lhe sejam penosas. Se,

entretanto, como ocorre com frequência, o retorno inesperado lhe impõe perplexidades e dúvidas, o desajuste dos familiares recrudesce suas reminiscências dolorosas

relacionadas com as circunstâncias de sua morte, como quem vive um pesadelo que se repete indefinidamente.

Ao manifestarem-se em reuniões mediúnicas, estes atribulados companheiros imploram

aos entes queridos uma trégua em suas amargas cogitações íntimas. Não desejam ser esquecidos, mas que deixe de jorrar a fonte de inconsoláveis e torturantes lembranças. Que não os imaginem queimados, destroçados, afogados, desintegrados, mas vivos, num

outro corpo, numa outra dimensão. Insistindo para que mudem suas disposições e retornem à normalidade, sugerem aos familiares que se disponham a trabalhar em favor

dos semelhantes, integrando-se nos serviços da fraternidade humana. O falecimento de um afeto caro ao nosso coração assemelha-se a uma amputação psicológica. E como se arrancassem parte de nós mesmos, ficando um imenso vazio onde, se não tivermos

cuidado, proliferam facilmente os miasmas do desajuste e da perturbação. O esforço do Bem ajuda-nos a preencher adequadamente esse vazio, operando prodígios de refazimento

em favor de nossa saúde e bem-estar, harmonizando-nos com a existência. Obras notáveis de caridade e promoção humana têm nascido em situações dessa natureza, quando pessoas atormentadas pelo falecimento de alguém muito querido, dedicam suas vidas à

sementeira do Bem, colhendo consolo e alento no empenho de servir. A saudade sempre fica, mas sem amarguras, sem dores inconsoláveis, uma saudade suave, como a notícia feliz de um afeto que não se extingue jamais, assegurando-lhes, no recôndito d’alma, que

seus amados estão presentes no seu dia-a-dia, no trabalho edificante que executam, nas lágrimas que enxugam, nas bênçãos que distribuem. Embora habitando mundo paralelos,

permanecem unidos pelo coração.

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REFORMA ÍNTIMA SEM MARTÍRIO...COM ERMANCE DUFAUX

A arte de interrogar

“Segundo a ideia falsíssima de que não é possível reformar a sua própria natureza, o homem se julga dispensado de empregar esforços para se corrigir dos defeitos em que de boa­ vontade se compraz, ou que exigiria muita perseverança para serem extirpados”.

Hahnemann (París, 1863)

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. IX, Item 10

Não são poucos os companheiros que demonstram silencioso desespero quando percebem que o esforço pessoal de melhoria parece próximo à escola do conhecimento espiritual,

mas continuam asilando impiedoso sentimento de frustração a persistirem para as lutas reeducativas, nos deveres de cada dia. Alegam que vigiam o pensamento e oram fervorosamente pedindo auxílio, no entanto, dizem­se perseguidos por uma “força maior”

que lhes distraem e domina­lhes os impulsos, que fazem o que não têm intenção de fazer, sendo levados a atitudes não desejadas ou escolhidas. Nasce então o conflito seguido de

sentimentos punitivos que passam a povoar o coração, quais sejam a tristeza e a angústia, a vergonha e o desânimo. Instala­se assim o desespero mudo desgastante que assola inúmeros aprendizes no crescimento espiritual.

Estariam, porventura, exercendo inadequadamente sua reforma? Semelhante ciclo de frustração necessariamente faz parte do programa de transformação e crescimento? Essas

indagações que devem fazer parte das meditações de quantos anseiam pela promoção de si mesmos, sejam nos grupos de nossa causa ou avaliações pessoais.

Sem recolhimento e introspecção educativa não teremos respostas claras e indispensáveis

na elaboração do programa de autoconhecimento. Imprescindível efetuar perseverante investigação no que se chama “força maior”.

Será uma compulsão? Um Espírito? Um trauma? Uma tendência? Um recalque? Uma

fixação de “outras vidas”? Uma patologia física? Um impulso adquirido na infância? Uma

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lembrança da erraticidade? Um problema surgido na gestação maternal? Uma emersão de

recordações das atividades noturnas? Uma influência passageira e intermitente ou uma obsessão progressiva? Uma contaminação fluídica por “nuvens de ideoplastia” dos pensamentos humanos? A irradiação magnética dos ambientes? Qual a origem e natureza

das forças que nos cercam?

Será muito simplismo a atitude de responsabilizar obsessores e reencarnações passadas como causa daquilo que sentimos, e que não conseguimos explicar com maior lucidez. Em

alguns casos chega a ser mesmo um ato de invigilância.

Que variedade de opções soma­se nas viagens da evolução para explicar as lutas

espirituais que hoje enfrentamos! Apesar disso, não guardamos dúvidas em afirmar que o labor iluminativo de todos nós tem um ponto comum: a urgente necessidade da educação dos sentimentos.

A etimologia da palavra educação significa “trazer à luz uma ideia”, vem do latim educare ou educere – prefixo “e” mais ducare ou ducere –

levar para fora, fazer sair, tirar.

Filosoficamente é fazer a ideia passar da potência ao ato, da virtualidade à realidade.

À luz dos conceitos espíritas, educar é ir de encontro aos germens da perfeição que se encontram potencializados na alma desde a sua

criação, é despertar, dinamizar as qualidades superiores que todos trazemos nas profundezas da

vida inconsciente.

Frente ao montante de lutas e conflitos que amealhamos na afanosa caminhada do egoísmo,

fica a indagação: como educar sentimentos para adquirir reações e interesses novos afinados co esses “valores excelsos” depositados em

nós mesmos?

Justo agora em que a ciência avança na busca de novas alternativas para que o homem entenda a si mesmo, verificamos uma lastimável epidemia de racionalização varrendo

todas as sociedades mundanas, impedindo o homem de mover­se com o necessário domínio sobre sua vida emocional.

A educação de nossos sentimentos é algo doloroso, semelhante a “cirurgias corretivas” que

fazem do mundo emocional um complexo de vivências afetivas de longo curso, quais sejam a renúncia de hábitos, a perda de expectativas, a ansiedade por novas conquistas, a

tristeza pelo abandono de vínculos afetivos, os conflitos de objetivos, a vigilância na tentação, o contato com o sentimento da inferioridade humana, a tormenta da culpa, a severidade na cobrança, a sensação de esforço inútil, a causticante dúvida sobre quem

somos e o que sentimos, a insatisfação perante tendências que teimam em persistir, o desgaste dos pensamentos nocivos que burlam a vontade, o medo de não conseguir superar­se, os desejos inconfessáveis que humilham os mais santos ideais, o sentimento

de impotência ante os pendores, a insegurança nas escolhas e outros tantos “dramas afetivos”.

“Formulai, pois, de vós para convosco, questões nítidas e precisas e não temais multiplicá­las. Justo é que se gastem alguns minutos para conquistar uma felicidade eterna”.

Eis a feliz recomendação de Santo Agostinho.

O sábio de Hipona acrescenta: “Dirigi, pois, a vós mesmos perguntas, interrogai­vos sobre o que tendes feito e com que objetivo procedestes em tal ou tal circunstância, sobre se fizestes alguma coisa que, feita por outrem, censuraríeis, sobre se obrastes alguma ação que não ousaríeis confessar. Perguntai ainda mais: “Se aprouvesse a Deus chamar­me neste momento, teria que temer o olhar de alguém, ao entrar de novo no mundo dos Espíritos, onde nada pode ser ocultado?

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“Companheiros que ainda não se sentem devidamente ajustados

aos parâmetros propostos pelos

roteiros da codificação dizem: “ainda não sou espírita, estou

tentando”, outros, desejosos em amealhar algum crédito de

aceitação nos grupos, dizem:

“quem sou eu para ser espírita?”, “Quem sabe um dia serei!”.

.”

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Portanto, essa educação das emoções é o imperativo de penetrarmos “partes ignoradas”

de nossa intimidade espiritual no resgate de valores divinos adormecidos.

Considerando a extensão do trabalho a ser feito, anotemos algumas diretrizes práticas que não devemos olvidar, a fim de renovarmos o desalento que pode ser absorvido pelo clima

da esperança motivadora e do consolo reconfortante, quando peregrinamos pelos escaninhos do desconhecido país de nós próprios, guardando mais lúcida visão no serviço da autoconquista pelo estudo de nossas reações: As intenções são o “dial da consciência”.

Por elas sintonizamos com as faixas mentais que desejamos naturalmente ou que escolhemos pelo poder de decisão da vontade. Conhecê­las naquelas vivências e identificar

seu teor moral será rica fonte informativa sobre a vida subconsciencial: com que intenção pratiquei tal ato? Qual a intenção ao dizer algo a alguém?

y Aprendamos a dar nome aos sentimentos que vivenciamos a fim de

dilatar o discernimento sobre a vida emocional; escolha um episódio de teu dia e interrogue pensativamente: que sentimento estava por trás daquele

acontecimento?

y Cuidemos de não ampliar nossas refregas íntimas com mecanismos de fuga e suposta proteção como a negação daquilo que sentimos. Se não

tivermos coragem para o enfrentamento interior, não faremos muito progresso na arte de descobrir nossas mazelas e mesmo nossas qualidades. Imprescindível será admitir o que sentimos, sem medos e subterfúgios de

defesa, mas com muita responsabilidade para que não penetremos os meandros da fantasia, por que senti (nomear o sentimento) em relação a essa

criatura? Qual a razão desse meu sentimento em circunstâncias como a que experimentei?

y Nossas reações aos desafios da vida, mesmo que não sejam felizes

expressões de equilíbrio, são valorosas medidas aferidoras dos nossos sentimentos. Indaguemos sempre em cada ocasião do caminho: qual o sentimento nos “impulsionou” nessa ou naquela situação?

Cultivar a empatia. Aprender a se colocar no lugar do outro e sentir o que sente, entender­lhe as razoes e procurar estudar os motivos emocionais de cada pessoa. Todos

temos uma razão no reino do coração para fazer o que fazemos, então questionemos, por que motivo aquela pessoa agiu assim comigo? Que motivações levam alguém a fazer o que fez?

Portanto, como diz Hahnemann em nossa introdução, nossa tarefa reeducativa exige muita perseverança e esforço. Isso leva muitos a pretenderem a ilusão de cultivar a ideia

falsíssima de que é impossível mudar nossas naturezas. Ledo engano.

Deveríamos nos dar por muito satisfeitos no dia de hoje pelo simples fato de não recorrermos intencionalmente ao mal.

O grave equívoco é que muitos lidadores da Nova Revelação acreditam que renovar é angelizar!!!

Fonte:____________________________________ Livro: Reforma Íntima sem Martírio Espírito: Ermance Dufaux Psicografia: Wanderley Soares de Olveira

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OFICINA

Libras no contexto do Centro Espírita

Inscrições: 25 de fevereiro até 14 de março

Data de início: 16 de março de 2019

Horário: 9:30hs às 12:30hs

Local: CEERJ

Endereço: Rua dos Inválidos, 186, Centro.

Informações: 2224-1244 ou 2224-1553

CURSOS DE ESPERANTO

Data: 08 de março de 2019 (início)

Horário: 14:30hs às 15:30hs

Local: Sede do Lar de Tereza

Endereço: Av. Nossa Senhora de Copacabana, 709 – sala 508 - Copacabana

Informações: 2236-0583

CONFETE ESPÍRITA DA CASA DO FREI

FABIANO

Data: 04 e 05 de março de 2019

Horário: 8:00hs às 17:00hs

Local: Casa de Frei Fabiano

Endereço: Rua Rio Grande do Sul, 08 - Meier

Informações: 3145-1614

Entrada: R$160,00 (dividido em 2 vezes)

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ALMOÇO BENEFICENTE E PALESTRA

TEMA: OS 4 CAMINHOS PARA O REINO

DOS CÉUS

Data: 10 de março de 2019

Horário: 11:00hs

Local: Sede da Associação Espírita Obreiros do Bem

Endereço: Rua Santa Alexandrina, 667 – Rio Comprido

Informações: 3293-2400 e 2273-3366

Site: www.aeob.org.br

XL COMMERJ E XXV ENEFE

Data: 2 a 6 de de março de 2019

Informações: comeerj.com.br ou cerj.org.br/enefe

ANIVERSÁRIO DA CASA DO FREI FABIANO

Data: diversas datas em março de 2019

Local: Casa de Frei Fabiano

Endereço: Rua Rio Grande do Sul, 08 - Meier

Informações: 3145-1614

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ARTIGO

Soluções pela prece

Pelo Espírito Bezerra de Menezes

Talvez não mudemos o mundo, mas mudaremos a nós.

Talvez a Humanidade continue chorando, mas continuaremos sorrindo, porque todos temos lágrimas represadas em nosso coração.

Todos trazemos o âmago da alma aturdido pelas paixões, mas Cristo é o sublime e doce

mel das nossas vidas.

Quando a solidão instalar-se em nosso íntimo, falando de abandono e tristeza, busca,

alma querida, a oração ungida de amor para que te vincules a Jesus.

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Quando a enfermidade corroer os tecidos do teu

corpo, revigora a alma querida com a oração que lenifica todas as dores.

Quando as tempestades ameaçarem a tua

existência, ceifando o que tens de melhor, refugia-te na oração e encontrarás abrigo.

Quando uma dor inominável penetrar no cerne do

teu ser e ninguém te compreender os olhos tristes e o coração pejado de lágrimas, ajoelha-te e ora para

que Jesus lenifique as tuas angústias.

A oração é a ponte entre o Eu propínquo e o Deus longínquo da Humanidade.

Orem sempre e sem cessar, filhos e filhas queridas, e então estarão preenchidas as lacunas

e os vazios existenciais.

Somos convidados para preencher o vazio do mundo com a presença d'Aquele que é a vida

da nossa vida e a luz do mundo entre nós.

Temos a honra de conhecer Jesus, que espera cumpramos com nosso dever.

Que não nos importem perseguições e pedrouços, agonias e testemunhos, porque Ele

optou pela cruz sem dever nada e transformou-a em asas de sublimação ...

As nossas cruzes, invisíveis, apelam para que saiamos do vale carnal e encontremos a plenitude.

Vamos, almas queridas, no rumo da imortalidade, da qual ninguém se evade, e, preparando-a desde hoje, tenhamos a consciência iluminada pela paz do dever cumprido.

Recebam, filhos e filhas do coração, o ósculo do servidor humílimo e paternal de sempre.

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“Somos convidados para

preencher o vazio do mundo

com a presença d'Aquele que é a vida da nossa vida e a luz do

mundo entre nós.

Temos a honra de conhecer

Jesus, que espera cumpramos com nosso dever.”

Fonte:____________________________________________

Psicofônia recebida pelo médium Divaldo Franco, ao término da palestra, no Grupo Espírita André Luiz, na noite de 9 de agosto de 2018, no Rio de Janeiro.

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Peregrina luz anuncia o amanhecer de uma nova era

Pelo Espírito Bezerra de Menezes

Filhas e filhos do coração,

Na densa noite que aturde a criatura humana, rica de tecnologia de ponta e pobre de

sentimentos morais, surge peregrina luz, anunciando o amanhecer. A Nova Era, programada pelos guias da Humanidade, está colocando os seus alicerces no coração das criaturas humanas, preparando o período de plenitude que nos está prometido pelo

Senhor desde os dias do Sermão Profético, anotado por Marcos, no capítulo 13 do seu Evangelho, que as expectativas humanas demoram-se aguardando as dores que deveriam

chegar, produzindo a seleção dos trabalhadores do bem na edificação do mundo melhor.

As entidades venerandas que se comunicaram nos dias que precederam a Codificação do Espiritismo, revigoram a promessa de Jesus de que, se não fosse a abnegação de muitos,

a destruição seria terrível e por isso o Pai Misericordioso procurou diminuir as dores que

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pesariam sobre a Humanidade, insatisfeita e

invigilante. Anunciaram o momento da grande mudança para Mundo de Regeneração. Essa operação fantástica que vem ocorrendo, desde os

longínquos dias do surgimento da Doutrina Espírita, codificada na Terra, alcança o seu clímax nestes gloriosos e atormentados dias.

O ser humano, que parece haver perdido o endereço de Deus, atropela, deixando-se arrastar

pelo sentimento confuso que lhe domina a mente e atormenta as emoções, sem saber o rumo a seguir. Felizmente, a Doutrina que restaura a

palavra do Senhor volve à praça pública, permanece no ar, é percebida hoje graças aos

veículos de comunicação em massa, especialmente pelo método virtual, a todos ensejando informar-se dos acontecimentos

transcendentes que estão sucedendo em prol da criatura renovada.

Nestes dias, em que aqui estivemos debatendo questões fundamentais do nosso Movimento, em alto clima de respeito e de paz, os dois mundos intercambiaram, através

da mediunidade dilatada pela inspiração, buscando as melhores diretrizes para servirem de alicerce à realização que já se encontra em início.

O Brasil, a pátria do Evangelho, parece despertar do letargo a que vem sofrendo inevitavelmente, em consequência da mudança que se opera no planeta, também desperta para a realidade nova do ser em relação a si mesmo, à sociedade, à vida. E o Conselho

Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, desperto para as realidades novas, compreende que a única diretriz de segurança para o êxito é a vivência do amor, a

unificação das entidades em decorrência da união das criaturas humanas.

Conseguistes abordar temas delicados em clima de alta fraternidade, à semelhança do primeiro Concílio, em Jerusalém, em que Pedro e Paulo se encontravam no momento grave

da união ou da separação. A humildade de Pedro, ajoelhando-se aos pés do pregador das gentes, reverteu os planos maléficos da divisão, mantendo o Cristianismo na linha direta do amor com Jesus. Assim também, vindes conseguindo essa identificação, colocando ao

lado pequenas divergências que, de maneira alguma, podem influenciar o conjunto harmônico que tem por meta a fraternidade universal.

Mas, ainda estamos no período de lutas, como asseverou o insigne Codificador. Dificuldades apresentam-se em toda parte. Perturbações sutis umas, graves outras, eclodem em nossas Casas convidando as pessoas generosas, mas incautas, a divergirem

e a dissentirem em lamentáveis processos de obsessões sutis umas, mais graves outras.

Somente o amor pode trabalhar essas anfractuosidades que surgem em nosso Movimento nestes dias de preparação do grande período de libertação da alma humana dos grilhões

do passado, das cadeias do ontem que ainda são muito fortes no ego de quase todos nós.

Mantende o coração liberado de preconceitos de qualquer natureza. Abri os braços ao

recolhimento das criaturas humanas, porém mantende os postulados da Doutrina invioláveis, sem enxertos de qualquer natureza, porque se é verdade que o pensamento da Codificação evolve cada vez mais, não menos verdade é que o faz dentro das raízes fixadas,

pelo Mundo Espiritual, nas obras fundamentais.

O que parece novo é nada mais do que melhor interpretação dos conteúdos básicos do

pensamento kardequiano. Mantende a fidelidade ao trabalho do Venerando apóstolo de Lyon, sob os auspícios do amor de Nosso Senhor Jesus Cristo, a fim de que nessa unidade trabalhemos o coração da Terra para os dias melhores do porvir.

Não temais permanecer fiéis aos deveres abraçados. Os aplausos não significam atitudes de coerência, porque muitas vezes o mal é aplaudido pelos seus aficionados, o erro é

“Mantende o coração liberado

de preconceitos de qualquer natureza. Abri os braços ao

recolhimento das criaturas

humanas, porém mantende os postulados da Doutrina

invioláveis, sem enxertos de qualquer natureza, porque se é

verdade que o pensamento da

Codificação evolve cada vez mais, não menos verdade é que

o faz dentro das raízes fixadas, pelo Mundo Espiritual, nas

obras fundamentais.”

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divulgado pelos seus apaixonados e o crime, não

poucas vezes, goza de cidadania, em razão da intimidade daqueles que ainda se encontram no equívoco e habilmente entretecem as redes

fascinantes da degradação e do desequilíbrio.

Jesus, filhas e filhos queridos, é o nosso alvo, é o nosso modelo, é o guia que nos serve de parâmetro

para todas e quaisquer realizações. Diante de incógnitas ou de perguntas sem resposta,

reflexionai: que faria o Mestre neste momento? E, intentando encontrar a solução que Ele daria, segui

a inspiração que vos chegue sempre em tom de fraternidade e de misericórdia e a caridade

estará guiando-vos na direção deste alvo, que é o momento final do nosso encontro com o Rabi Galileu.

Nós, os Espíritos-espíritas que estamos convosco, não descansaremos enquanto não se estabeleça na Terra o primado do Espírito imortal. E o materialismo, a crueldade, a dissensão e as extravagantes propostas da indignidade humana, cederão lugar à paz, à

beleza, à busca da perfeição, ensejando-nos a perfeita comunhão com o mundo transcendental.

Espíritas, a vós vos cabe hoje a tarefa da recristianização da Humanidade. É verdade que

ainda não se logrou a cristianização conforme o Evangelho. A Doutrina, nas páginas escriturísticas da Boa-Nova, ensejou a criação de doutrinas respeitáveis e religiosas, mas

não aquela que foi vivida pelo Santo de Assis através da abnegação total e da total entrega ao amor. Renasce agora, desde os dias em que as vozes dos céus desceram à Terra, qual um exército, sob o comando do general da paz, para remover os grandes obstáculos que

foram levantados pela incúria e aplainar o grande terreno da solidariedade humana.

A dor ainda é a bênção que Deus oferece aos seus eleitos. Através dela podereis ostentar

as condecorações cristãs colocadas em vossas almas, as cicatrizes das feridas derivadas das lutas, do sacrifício e da abnegação. Mas, crede, em momento algum estareis a sós. Mantende-vos alertas para que nunca vos afasteis das diretrizes do sacrifício e da

abnegação para os comportamentos louváveis, sem dúvida, mas das glórias ilusórias e dos prazeres e extravagâncias do agrado da maioria.

Cristo ainda é símbolo de luta e, enquanto houver lágrimas nos olhos e no coração das

criaturas humanas, ei-lO entre nós, na multidão, enxugando essas lágrimas e esses suores para libertar a criatura de si mesma e cantar o Glória a Deus nas alturas.

Adiante, servidores do bem e da verdade! Que o vosso sinal de identificação seja o amor. Que os vossos atos sejam lavrados da claridade no dia da verdade, sem sombra e sem qualquer manifestação de engodo ou de engano.

Abençoe-nos, filhas e filhos queridos, o Senhor de todos nós! São os votos que fazemos os Espíritos-espíritas aqui convosco hoje, amanhã e sempre.

Muita paz! Um abraço carinhoso do servidor humílimo e paternal de sempre,

Bezerra [de Menezes]

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Fonte:______________________________________________________

Psicofônia do médium Divaldo Pereira Franco, no encerramento da Reunião Ordinária do Conselho Federativo Nacional, em Brasília, em 11 de novembro de 2018.

“Adiante, servidores do bem e da verdade! Que o vosso sinal

de identificação seja o amor. Que os vossos atos sejam lavrados da claridade no dia

da verdade, sem sombra e sem qualquer manifestação de engodo ou de engano.”

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PROGRAMAÇÃO DE ESTUDOS

ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPÍRITA – ESDE (I, II E III)

O ESDE é um curso que oferece uma visão global da Doutrina Espírita. Fundamenta-

se na ordem dos assuntos contidos em O Livro dos Espíritos. Objetiva o estudo do Espiritismo de forma regular e contínua, tendo como base principalmente as obras

codificadas por Allan Kardec e o Evangelho de Jesus. O curso está estruturado em 3 etapas ou programas (ESDE I, II e III), cada um com 9 módulos de estudo.

NOTA:

Só podem participar das turmas do ESDE II e III os irmãos que já concluíram a etapa anterior do programa pretendido.

GRUPO DE ESTUDOS – O DRAMA DA BRETANHA – DONA YVONNE PEREIRA "O livro narra a comovente história da jovem Andrea, envolvida em um processo de

obsessão e sofrendo uma perseguição espiritual que, entre tantas outras consequências, ocasiona até mesmo a rejeição da moça pelos pais. Porém, Andréa tem ao seu lado o irmão mais velho, Victor, que a auxilia na reabilitação espiritual, usando a prece,

ferramenta primordial de amparo para os que buscam a reparação de faltas cometidas em vidas passadas." Horário: Todos os Domingos das 19:00 às 20:30 horas. Local: CEAK – sala 1006. Início do Curso: 20 de maio

GRUPO DE ESTUDOS – OBRAS BÁSICAS DE ALLAN KARDEC

A primeira obra que será estudada é o Livros dos Espíritos, um dos cinco livros

fundamentais que compõem a Codificação Espírita. Essa obra é o marco inicial da Doutrina Espírita que trouxe uma profunda repercussão no pensamento e na visão de vida de considerável parcela da Humanidade. Nesse livro estão contidos os princípios

fundamentais do Espiritismo, tal como foram transmitidos pelos Espíritos Superiores a Allan Kardec, através do concurso de diversos médiuns. Seu conteúdo é apresentado em 4 partes. Das causas primárias. Do mundo espírita ou dos espíritos. Das Leis Morais

e das esperanças e consolações. Início: 25/07/2018

Horário: Todas as Quartas-feiras das 18 às 19:30 horas. Local: Sala 1006

NOTA:

Para os Grupos de Estudo não há necessidade de inscrição, basta comparecer com o desejo de estudar.

INFORMAÇÕES:

Pelo telefone: (021) 2549-9191, de Segunda a Sexta-feira, das 18:00 às 20:00 hs

Pelo e-mail [email protected];

Ou mesmo procure qualquer trabalhador da casa.

ESTUDE A DOUTRINA

Chico Xavier – Coleção Completa com 412 livros – Disponíveis para download no site

https://dirceurabelo.wordpress.com/2011/12/09/chico-xavier-obra-completa-em-ordem-cronologica

Livros da Codificação e de Outros Autores Espirituais – Disponíveis para download no site http://www.consciesp.com.br/p1a.htm

Revista Espírita – Editada por Allan Kardec – Disponível para download no site:

http://www.febnet.org.br/blog/geral/pesquisas/downloads-material-completo/

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BIBLIOTECA

Aberta de 2ª a 6ª, das 18:00 às 20:00 horas, na sala 905 do nosso endereço. Temos um acervo com muitas obras espíritas importantes, livros e DVDs. Faça a sua inscrição e retire, por empréstimo, a obra que desejar. Por gentileza, observe sempre os prazos para

devolução.

EVANGELIZAÇÃO

Nossas reuniões são em todos os sábados, das 14:30 às 15:45, no CEAK, nas salas 1005 e 1006. A Evangelização espírita Infanto-Juvenil é para crianças e jovens entre 5 a 21 anos. Paralelamente, ocorre reunião com os pais ou responsáveis, onde se estudam temas

evangélicos e outros sempre à luz da Doutrina Espírita. Fale conosco pelo telefone (21) 2549-9191, das 18:00 às 20:00 horas, de segunda a sexta-feira, pelo nosso site ou nosso endereço eletrônico ([email protected]) ou mesmo

procure algum trabalhador da nossa casa nos dias de reunião pública; ficaremos felizes em ajudá-los.

MOCIDADE ESPÍRITA ALLAN KARDEC

A Mocidade Espírita Allan Kardec é um grupo destinado aos Jovens-Adultos (entre 19 a 30 anos), apresentando uma ação conjunta entre atividades recreativas com ações fraternas. Após os estudos, o grupo realiza um Lanche Fraterno. Esperamos contar com a sua visita e participação. Para maiores informações fale conosco pelo nosso telefone (21) 2549-9191 ou mesmo nos escreva ([email protected]).

“Espíritas, amai-vos, eis o primeiro mandamento. Instruí-vos, eis o segundo”

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ATENDIMENTO FRATERNO

Destinado às pessoas acometidas pelo desânimo, tristeza e sem motivação. Converse conosco, marcando a sua visita de segunda a sexta-feira, das 18:00 às 20:00 horas, pelo telefone (21) 2549-9191 ou, se preferir, escreva para nosso endereço eletrônico

([email protected]), estaremos aguardando seu contato.

FLUIDOTERAPIA

Assistência e orientação espiritual, com passes e água fluidificada. Todas as sextas-feiras, às 19:30. Para participar desse tratamento, faz-se necessário passar antes pelo Atendimento Fraterno, o qual poderá ser marcado pelo nosso telefone (21) 2549-9191, das

18:00 às 20:00 horas, de segunda a sexta-feira. Maiores informações poderão ser obtidas pelo telefone ou mesmo pelo endereço eletrônico ([email protected]).

COSTURINHA

Encontro fraterno com senhoras de todas as idades, que buscam dedicar uma parte do

tempo em prol da caridade com Jesus. Os trabalhos da Costurinha estão voltados para confecções de pequenos enxovais para bebês de mães carentes. As reuniões são todas às quartas-feiras, das 13:00 às 16:00 horas.

NOTA:

Estamos necessitando de irmãs que saibam costurar. Maiores informações, pelo telefone (21) 2549-9191 ou mesmo pelo e-

mail ([email protected]). Contamos com a colaboração das irmãs.

Esperamos por você!

TELEFONE DA ESPERANÇA

Você está triste? Sem esperança? Sem ânimo e necessitando de uma palavra amiga e

confortadora?

Ligue para nós!!!

Nós, plantonistas do Telefone da Esperança, ficaremos muito felizes em poder ajudar, orientando e aconselhando de maneira fraterna e dentro dos preceitos da Doutrina Espírita Cristã.

Nosso telefone é (21) 2256-0628, de segunda a sexta-feira, das 18:00 às 20:00 horas.

LEMBRETES

Procure chegar antes do início da reunião.

Colabore com a Espiritualidade, mantendo-se em silêncio.

Desligue o celular antes do início da reunião. Esteja ligado com a Espiritualidade e

não ao celular.

O passe não é obrigatório, porém, para melhor aproveitá-lo, mantenha-se

sintonizado com a Espiritualidade.

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OBRAS SOCIAIS DO CEAK

A nossa casa desenvolve algumas obras sociais que são realizadas durante o ano. Além da costurinha que reúne irmãs para a confecção de enxovais para recém-nascidos, outras obras valem a pena ser destacadas, na medida em que precisamos da ajuda de todos, quer

no trabalho voluntário, quer na ajuda material para que continuemos a realizar essas obras. São elas:

Asilo Lar de Francisco

Os irmãos que desejarem fazer doações em espécie podem depositar no Banco Itaú, agência número 0306, conta corrente número 46800-0.

Campanha de doação para a Associação Cristã Vicente Moretti

A Associação Cristã Vicente Moretti, localizada na Rua Maravilha, 308, realiza um trabalho maravilhoso, na melhoria da vida dos portadores de necessidades especiais. Os irmãos que desejarem ajudar esta casa podem fazer uma doação, em

espécie, na conta da Associação que é no banco Itaú agência 0847, conta corrente número 01092-3.

Lar Maria de Lourdes – abrigo para crianças e adolescentes especiais

O Lar Maria de Lourdes, localizado na Rua Pajurá 254 – Taquara, é uma organização

sem fins lucrativos. Possui capacidade de atender 40 crianças e adolescentes portadores de deficiência física e/ou mental. Todos os meses, recolhemos alimentos

não perecíveis, material de higiene e de limpeza pessoal, em benefício deste abrigo. Os irmãos que desejarem aderir a esta campanha permanente, basta levarem até a nossa casa um dos itens citados, depositando nos cestos que estão localizados nas

salas, ou entregar a qualquer trabalhador do CEAK. Os irmãos que desejarem fazer doações em espécie podem depositar no Banco do Brasil, agência número 1579-2,

conta corrente número 10357-8.

Campanha de Material Escolar Remanso Fraterno

O Núcleo Educacional Célia Rocha – Remanso Fraterno precisa de sua ajuda para a aquisição de material escolar para o segundo semestre de 2017. Pode-se participar

sem sair de casa, acessando o site www.remansofraterno.org.br/material-escolar e escolha os itens que deseja doar. Em seguida acesse www.casacruz.com.br e finalize a compra com cartão de crédito ou boleto bancário. Em seguida escolha o frete:

“Doação ao Remanso Fraterno”. O frete não será cobrado. Se preferir entregue sua doação na Sociedade Espírita Fraternidade, localizada na rua Passo da Pátria, no

38, Bairro São Domingos, Niterói. Maiores informações pelo telefone (21) 2717-8235.

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O CEAK deseja a todos um carnaval de muita alegria e diversão, com brincadeiras

saudáveis, num clima sadio e de paz. Que o equilíbrio, moderação e fraternidade estejam sempre presentes, com a benção do Mestre Jesus.

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Prece de Carnaval

Senhor amado,

É Carnaval.

Festa da "carne" que nos induz a exageros...

Quero te pedir, Senhor, por todos aqueles que ainda não te conhecem, e que precisam da alegria dessa festa popular, para os preencher...

Preencha-os com Teu Amor, Senhor.

O mundo nos dá uma opção de alegria momentânea, mas Tu nos dás uma opção de alegria eterna: permita que essa verdade chegue a todos os corações daqueles que se perderam de sua Graça.

Permita-nos também a nós, que hoje te buscamos, que permaneçamos exemplos, onde quer que estejamos, e que tenhamos palavras de Sabedoria para todos os que precisarem.

Que seja um Carnaval de alegria, de respeito ao próximo, de brincadeiras saudáveis, de risos ingênuos...

QUE ASSIM SEJA,

GRAÇAS A DEUS

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