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A atividade agropecuária, segundo pesquisa realizada pelo Ministério do Trabalho com base em

informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged, em 2009 gerou total de

29.828 admissões e em apenas nos quatro primeiros meses de 2010 e fez 9.258 contratações

formais.

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de dezembro de 2009, realizado

pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), destaca importantes culturas da economia

agrícola. Os produtos analisados pela pesquisa para o Estado do Pará, e as culturas que

apresentaram as maiores taxas de variação positiva na produção. Comparativamente, ao mesmo

período do ano anterior, destacaram-se o guaraná, a cana-de-açúcar, o cacau e a mandioca. Já as que

apresentaram as maiores taxas de variação negativa foram o feijão, a juta, o milho e a banana.

No acumulado do ano de 2009, a cultura do guaraná obteve a maior variação na produção,

dentre todas as culturas analisadas. O aumento da produção manteve-se em 42,11 %, aliado à

expansão da área plantada e colhida de 41,67 % e ao baixo incremento na produtividade de 0,19 %.

O Brasil é praticamente o único produtor de guaraná do mundo, à exceção de pequenas áreas

plantadas em países como a Venezuela e o Peru, onde o cultivo comercial também é praticado. As

sementes de guaraná e os seus derivados, como o pó, bastões, xaropes, extratos, essências, suas

propriedades medicinais e estimulantes, tornaram-se mundialmente conhecidas. A maior parte da

produção de guaraná paraense está concentrada no município de Rurópolis.

Dentre todas as culturas analisadas na pesquisa pelo LSPA, pode-se observar que o feijão foi

o que obteve maior redução na produção, com variação negativa de -29,4 %, em relação ao ano

anterior. Esse recuo na produção esteve aliado à redução na área plantada (-6,53 %),

consequentemente, retração na área colhida (-15,96 %) e no rendimento médio, com redução de -

16,02 %. O cultivo do feijão em relação ao trimestre passado houve significativa redução nas

estimativas da produção (-29,78 %), na produtividade média (-16,23 %), na área colhida (-16,25 %) e

na área plantada (-6,88 %).

Analisando a produção de grãos no Pará, baseado em estimativa de dezembro/2009 do IBGE,

observa-se variação negativa (-5,91), em comparação ao mesmo período do ano passado. A

produção das culturas de arroz (3,65 %) e de soja (2,66 %) apresentou aumento, baseado

predominantemente com base na expansão da produtividade da safra 2009/2008. O arroz obteve

recuo tanto na área plantada (-1,08 %) quanto na colhida (-1,36 %), mas significativo aumento na

produtividade (5,04 %). A soja vem seguindo uma trajetória de ascensão na produção paraense e

encerra o quarto trimestre com uma variação positiva na produção, aliado a crescimento tanto na

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área plantada (0,49 %), quanto na área colhida (0,9 %) e uma relativa expansão no seu rendimento

médio (1,72 %).

A maior produção no Pará é de raiz de mandioca (5.026.548), seguida das de cana-de-açúcar

(698.805), milho (552.112) e banana (503.958). A produção de raiz de mandioca no município de

Acará é a que mais se destaca tanto, em nível estadual como nacional, sendo detentora da maior

parte da produção do Estado. O Estado do Pará lidera o ranking nacional da produção de raiz de

mandioca, com participação de 18,89 %, seguido do Paraná, com 16,05 % e da Bahia, com 15,66 %.

Esses Estados somam aproximadamente 50,60 % do volume produzido no País. O Pará foi

responsável em 2009, por aproximadamente 5,0 milhões de toneladas de raiz. A expansão da

produção de mandioca (+4,74 %), em relação ao mesmo período de 2008, está aliada aos aumentos

das áreas plantada (+8,11 %) e colhida (+6,73 %), porém, aconteceu diminuição de produtividade na

ordem de -1,87 %. De acordo com o levantamento de safra realizado pela Companhia Nacional de

Abastecimento - CONAB. O Brasil é o segundo produtor mundial de raiz de mandioca e de acordo

com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, esta é a quinta cultura mais plantada no

país.

Já na pesquisa trimestral de abate e produção de animais, realizada pelo IBGE, durante o ano

de 2009 o volume de abate de bovinos (bois, vacas e novilhos) no Brasil alcançou o volume de

27.880.679 cabeças de bovinos, comparando com o ano anterior que obteve um total de 28.691.207,

houve redução de aproximadamente de 2,8 % cabeças abatidas. Ao contrario dos números

registrados nacionalmente, que decresceram, o Estado do Pará registrou elevação, um total de abate

de 2.107.344 cabeças em 2009 e no ano anterior registrou o volume de 2.098.271, apresentando

uma variação positiva de um ano para o outro de aproximadamente 0,43 %. A produção de abate de

animais no Pará que mais se evidenciou durante o ano foi a de frango, porém, obteve variação anual

negativa de aproximadamente 3,11 %.

Dados do IBGE sobre efetivo de rebanho 2008, tipo bovino, o Pará alcançou o volume de

16.240.697 cabeças. O Estado do Pará é o 5º maior rebanho nacional. O município de São Felix do

Xingu compreende a maior concentração de cabeças de bovinos do Estado e em ordem nacional fica

em segundo lugar no volume de cabeças de gado. A pecuária de corte na região Norte abrange cerca

de 70% dos estabelecimentos que são fiscalizados pelo Sistema de Inspeção Federal – SIF. O

resultado acumulado em 2009 pela região alcançou total de 5.420.827 cabeças abatidas,

comparando com ano de 2008, houve expansão na oferta de abate em aproximadamente 1,41 %. O

Pará ocupa a 1ª colocação no ranking da região Norte, com uma produção de 2.107.344 cabeças

abatidas. Rondônia com menor expressão registrou 1.803.489 abates e obteve variação anual

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2009/2008 de 4,29 %. O estado do Amazonas registrou maior variação anual em comparação com

ano anterior em 13,13 %.

A maior produção de origem animal paraense no acumulado 2009 é compreendida pela

produção de couro curtido inteiro de bovino, que obteve volume de 2.005.731 em 2009. Fazendo

relação com ano de 2008 houve variação anual negativa de 15,46 %. No ano de 2009 a produção de

ovos obteve crescimento durante todos os trimestres, comparando com o ano de 2008. Foram

produzidas no Pará 13.049 mil dúzias de ovos no acumulado do ano, obtendo variação positiva de

3,60 % em relação ao ano anterior. A produção de leite cru ou resfriado adquirido atingiu o volume

anual de 337.694 mil litros, superior ao do ano de 2008 em 1,62 %.

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O rebanho bovino brasileiro vem apresentando forte crescimento nos últimos anos,

principalmente em decorrência do aumento da demanda internacional por carne brasileira e do

aumento observado no consumo interno. Os maiores rebanhos estão nos estados de Mato Grosso e

Minas Gerais que, em 2008, possuíam efetivos de 26 milhões e 22,3 milhões, respectivamente,

segundo dados da Pesquisa Pecuária Municipal – PPM/IBGE.

Em 1990, o rebanho bovino brasileiro era de 147 milhões de cabeças, chegando em 2008

com cerca de 202 milhões, com taxa média de crescimento anual de 1,8% no período (1990-2008).

Uma observação do rebanho por unidade da federação revela que os nove estados da Amazônia

foram os que apresentaram maiores taxas de crescimento do rebanho durante o período

supracitado, conforme observado na Tabela 1 a seguir.

Tabela 1. Efetivo de bovinos por estado para anos selecionados, participação em 2008 e taxa anual

Unidade da Federação

(cabeças) (%)

2008

Tx. Anual % (1990-2008)

1990 1995 2000 2005 2008

Mato Grosso 9.041.258 14.153.541 18.924.532 26.651.500 26.018.216 12,86 6,05 Minas Gerais 20.471.639 20.146.402 19.975.271 21.403.680 22.369.639 11,06 0,49 Mato Grosso do 19.163.736 22.292.330 22.205.408 24.504.098 22.365.219 11,06 0,86 Goiás 17.635.390 18.492.318 18.399.222 20.726.586 20.466.360 10,12 0,83 Pará 6.182.090 8.058.029 10.271.409 18.063.669 16.240.697 8,03 5,51 Rio Grande do Sul 13.715.085 14.259.226 13.601.000 14.239.906 14.115.643 6,98 0,16 São Paulo 12.262.909 13.148.133 13.091.946 13.420.780 11.185.556 5,53 -0,51 Rondônia 1.718.697 3.928.027 5.664.320 11.349.452 11.176.201 5,52 10,96 Bahia 11.505.420 9.841.237 9.556.752 10.463.098 11.099.880 5,49 -0,20 Paraná 8.616.783 9.389.200 9.645.866 10.153.375 9.585.600 4,74 0,59 Tocantins 4.309.160 5.544.400 6.142.096 7.961.926 7.392.515 3,65 3,04 Maranhão 3.900.158 4.162.059 4.093.563 6.448.948 6.816.338 3,37 3,15 Santa Catarina 2.994.111 2.992.986 3.051.104 3.376.725 3.864.724 1,91 1,43 Ceará 2.621.144 2.266.278 2.205.954 2.299.233 2.460.523 1,22 -0,35 Acre 400.085 471.434 1.033.311 2.313.185 2.425.687 1,20 10,53 Pernambuco 1.966.191 1.362.064 1.515.712 1.909.468 2.249.788 1,11 0,75 Rio de Janeiro 1.923.847 1.905.353 1.959.497 2.092.748 2.144.882 1,06 0,61 Espírito Santo 1.664.773 1.968.311 1.825.283 2.026.690 2.120.017 1,05 1,35 Piauí 1.974.099 2.135.286 1.779.456 1.826.833 1.750.910 0,87 -0,66 Amazonas 637.299 805.804 843.254 1.197.171 1.312.352 0,65 4,09 Paraíba 1.345.361 1.053.737 952.779 1.052.613 1.202.363 0,59 -0,62 Alagoas 890.998 834.347 778.750 985.422 1.162.005 0,57 1,49 Sergipe 1.030.453 796.870 879.730 1.005.177 1.080.833 0,53 0,27 Rio Grande do 956.459 722.058 803.948 978.494 1.029.240 0,51 0,41 Roraima - 282.049 480.400 507.000 476.200 0,24 1,90* Amapá 69.619 93.349 82.822 96.599 95.803 0,05 1,79 Distrito Federal 105.550 123.110 112.139 102.320 80.000 0,04 -1,53 AMAZÔNIA 26.258.366 37.498.692 47.535.707 74.589.450 71.954.009 5,76

%_Amazônia 17,85 23,26 27,98 36,01 35,57 BRASIL 147.102.314 161.227.938 169.875.524 207.156.696 202.287.191 1,79

(*) Calculada para o período 1991-2008, uma vez que não há dados para o ano de 1990. Fonte: PPM/IBGE. Elaboração: Idesp.

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Para o mesmo período, a taxa de crescimento anual do rebanho bovino amazônico foi de

5,76%, bem superior a taxa nacional. Dos nove estados amazônicos, três apresentaram crescimento

maior do que a média da região amazônica (MT, RO e AC); e o rebanho paraense cresceu a uma taxa

anual de 5,5%. Tal desempenho significou a quinta colocação em 2008, enquanto em 1990 o estado

ocupava a nona posição no ranking dos maiores rebanhos de gado. Quanto ao rebanho municipal

paraense, a Fig. 1 compara os anos 2000, 2005 e 2008, e mostra um maior incremento do rebanho

nos municípios das regiões sul e sudeste do Pará. Já sobre a densidade bovino/Km², tem-se na Tabela

2 a listagem dos principais municípios.

Tabela 2. Principais municípios paraenses em termos da relação bovino/Km² – 2000-2009

Município Bovino/Km²

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009*

Mãe do Rio 115 110 108 111 125 151 155 149 145 149 Sapucaia 116 136 131 146 151 147 132 145 135 138 Xinguara 151 101 117 109 140 130 118 106 126 124 Curionópolis 63 62 68 70 126 127 121 113 112 120 Tucumã 137 136 142 139 148 143 126 70 116 114 Eldorado dos Carajás 28 30 42 45 92 102 77 90 85 97 Abel Figueiredo 82 88 100 111 122 122 124 106 95 97 São Domingos do Araguaia 38 38 60 62 128 129 97 83 87 97 São Geraldo do Araguaia 60 57 76 78 130 120 101 84 89 94 Jacundá 25 26 40 42 84 115 99 70 73 83

PARÁ 8 9 10 11 14 14 14 12 13 14

(*) Valores para bovinos estimados para 2009. Fonte: PPM/IBGE. Elaboração: Idesp.

Outro destaque é o crescimento do rebanho do Mato Grosso que, em igual período acima,

saiu de sétimo para primeiro colocado. Mais ainda: o rebanho bovino amazônico representava

17,85% do rebanho nacional em 1990, passando para 35,57% em 2008 (ver Tabela 1), e a tendência é

que continue a aumentar sua participação.

O crescimento do rebanho amazônico a taxas superiores ao restante do Brasil não é mera

coincidência. A fronteira agropecuária está justamente na região amazônica, uma vez que há terra

disponível e mais barata do que em outros estados brasileiros, clima favorável, além de outros

incentivos, como as linhas de créditos de fácil acesso aos produtores do setor agropecuário. Alguns

estudos demonstram que o aumento de rebanho tem causado algumas implicações negativas ao

meio ambiente, como o desmatamento, por exemplo, que é fortemente explicado pelo aumento de

rebanho bovino, ou seja, há uma relação direta, segundo apontam estudos.

Tão importante quanto a disponibilidade e o preço da terra (além de fontes de

financiamento), a crescente demanda – tanto por boi vivo quanto por carne bovina – acaba por ser

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decisiva para o aumento do rebanho. Além da demanda interna, a demanda externa desempenha

papel fundamento para este processo. Como o rebanho da Amazônia está em franco crescimento, é

relevante analisar tal comportamento frente ao desempenho do setor exportador de gado, onde o

Estado do Pará será enfatizado.

Fig. 1. Rebanho bovino municipal paraense – 2000, 2005 e 2008. Fonte: PPM/IBGE. Elaboração: Idesp.

Conforme trabalho já apresentado pelo Idesp (ver Boletim de Conjuntura – Março 2010), a

exportação de boi vivo já é a quinta de maior expressão na pauta de exportação paraense (2009),

alcançando cerca de US$ 423 milhões (incluídas as exportações para reprodução, que corresponderam a

pouco mais de US$ 13 milhões), segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – SECEX/MDIC. Ainda longe de se equiparar às

exportações minerais, a exportação de boi vivo representa cerca de 5% de tudo que é exportado pelo

estado. Mesmo ainda tendo pouca representatividade na balança comercial paraense, o Pará é o maior

exportador de boi vivo do país, sendo responsável por mais de 95% do valor nacional exportado em

2009. Os principais destinos são Venezuela (83,2%) e Líbano (16,4%).

Já sobre exportação de carne, que significa uma maior agregação de valor quando comparada

com exportação de boi vivo, o Pará não tem expressão nacional. Em 2009, o Pará exportou apenas US$

57 milhões, o que representa menos de 2% da vendas nacionais ao exterior. De qualquer forma,

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observa-se um aumento nas exportações de carne bovina, pois há cinco anos o Pará exportou menos de

US$ 1 milhão.

Nos últimos anos o cenário exportador de bovino tem apresentado comportamento bastante

interessante para o pecuarista paraense: tem-se um mercado com crescente demanda por gado vivo,

um aumento expressivo da exportação de carne – ainda baixa quando comparada a exportação de boi

vivo –, e um maior leque de produtos exportados da atividade pecuária. Prova é que a produção

pecuária como um todo já representa mais de 6% da pauta de exportação paraense.

Mas a atividade não é dedicada apenas ao setor exportador, pois é também observada a

exploração de outras áreas da cadeia, como, por exemplo, a atividade leiteira, que é

predominantemente realizada por pequenos pecuaristas e que vem sendo incentivada pelo governo

estadual.

Sobre a atividade leiteira, merece destaque o fato de o Pará ter sido em 2008, segundo dados da

PPM/IBGE, a 8ª maior unidade da federação em termos de quantidade de vacas ordenhadas, e, como já

listado, possui o 5º maior rebanho bovino. Mesmo estando entre os dez possuidores de efetivo de vacas

ordenhadas, o Estado do Pará é apenas o 11º em quantidade produzida de leite, alcançando cerca de

600 milhões de litros em 2008. Outro tema que fica evidente é a baixa quantidade de leite produzida

por vaca ordenhada no estado. A produtividade das vacas ordenhadas do Pará ficou em torno de 1,73

litro/vaca/dia, o que coloca o Pará como o 21º colocado em termos de produtividade, em 2008.

Frente a esta baixa produtividade, algumas medidas estão sendo tomadas para reverter este

quadro. Uma delas é o incentivo ao melhoramento genético do gado. Coordenado pela Emater/PA, com

parceria da Secretaria Estadual de Agricultura (Sagri) e outros órgãos, o Programa Municipal de

Melhoramento Genético da Bovinocultura já vem atuando neste sentido. Com a melhoria da qualidade

da produção leiteira, a produtividade aumenta e traz consigo uma série de benefícios, onde se pode

destacar i) o aumento da renda dos produtores e ii) uma menor necessidade de expansão de pastagens

para aumentar a produção. Este último ponto é de grande relevância, uma vez que a diminuição por

abertura de pastagens significa menor degradação de florestas nativas.

Junta-se ao exposto, o fato de o rebanho paraense ser de boa qualidade, mais o bom trabalho

de imunização do rebanho que o mantém livre de febre aftosa (com destaque para o sul e sudeste do

Pará), o que se tem é um cenário com perspectivas promissoras para o setor e que devem ser geridas a

partir de medidas sustentáveis, levando sempre em consideração a questão ambiental. tal observação é

feita devido ser a pecuária a principal causa imediata do desmatamento no Estado da Pará, e na

Amazônia como um todo.

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Dendê como Alternativa para Agricultura Familiar

O Estado do Pará produz aproximadamente 90% da produção nacional de dendê e a produção

de dendê no Estado é de aproximadamente 896.295 mil toneladas, segundo levantamento do IBGE,

2008. Os principais municípios paraenses que cultivam dendê são Tailândia, Moju e Acará (Tabela 1).

Tabela 1. Área dos principais municípios do Estado do Pará, 2004/2008. (Em milhões de ha)

Municípios/Pará 2004 2005 2006 2007 2008 Acará 6.700 6.700 7.000 7.000 7.000

Bonito 2.000 2.400 2.400 2.400 4.200

Igarapé-Açu 2.500 2.500 2.500 2.500 2.500

Moju 7.678 7.678 7.678 7.678 7.678

Santa Bárbara do Pará 3.100 3.100 3.100 3.100 3.100

Santo Antônio do Tauá 2.600 2.600 2.600 2.600 2.600

Tailândia 17.074 17.074 19.980 17.074 17.074

Tomé-Açu 600 1.000 2.500 2.500 2.600

Outros 3.717 3.917 4.032 4.332 2.792

Total 45.969 46.969 51.790 49.184 49.544 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

Elaboração: IDESP/PA.

O valor adicionado do dendê na composição do setor agropecuário do PIB gerados pelos

municípios de Acará, Moju e Tailândia representam 10 % do montante desse setor. Em termos de valor

corrente representou no ano de 2007 (IBGE/IDESP, 2009) R$ 180 milhões do PIB desses municípios.

Prevêem-se com a implantação do Programa Pólos de Biodiesel, na região, que cerca de 80%

dos plantios serão destinados a plantios em áreas entre 25 e 50 hectares, considerados plantações de

pequeno porte. Assim o objetivo da política é organizar uma base de produtiva para o Pará produzindo

dendê, focalizando a cadeia produtiva do biodiesel pautado na agricultura familiar e utilizando áreas

que estão alteradas.

Mercado

O mercado do bicombustível está em ascensão no país e no mundo para atender a demanda

pelo produto. No Brasil como no mundo, o espaço rural vem passando por mudanças, onde a agricultura

familiar ocupa em torno de 30% das áreas cultivadas, representando 38% do valor bruto da produção

nacional e mais de 50% dos produtos que compõem a cesta básica do brasileiro (MMA, 2008). Este

contexto mostra que a construção de um projeto de desenvolvimento rural que tenha a agricultura

familiar como modelo e a questão fundiária como forma de incluir milhões de excluídos à produção é

um caminho para se alcançar à geração de emprego.

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O Estado do Pará tem na cadeia agroindustrial do dendê forte competitividade, possibilitando a

agregação de valor ao produto primário, gerando emprego e renda e promovendo o desenvolvendo

local a partir do momento que agroindústria e os pequenos produtores caracterizam um sistema de

integração vertical de mercado. Isto resulta na fixação do homem ao campo e a geração de

desenvolvimento para dada região geográfica, envolvida no processo de cultivo da palma de dendê.

Com base na avaliação da Oil World, fundamentada na manutenção dos atuais níveis de

crescimento da produção mundial e de consumo global de óleo vegetal, de que será preciso se plantar

2,5 milhões de hectares até 2010 e 6 milhões de hectares até 2025, ou seja, 215 mil hectares por ano

para atender à demanda existente no agronegócio dendê.

Hoje, o Pará é o maior produtor brasileiro de palma, com área de 49.544 hectares de palma

(2008), último levantamento feito pelo IBGE, em segundo lugar vem o Estado da Bahia, que desde 2003

perdeu a posição de maior cultivo para o Pará.

Tabela 2. Evolução da área plantada nos principais Estado produtores de dendê no Brasil, 2000/2008.

(Em milhões de ha)

Área

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Pará 37.893 38.912 39.747 44.463 45.969 46.969 51.790 49.184 49.544

Bahia 44.025 46.267 41.690 41.466 41.584 41.691 44.941 53.077 55.442

Amazonas 61 61 61 61 - 61 61 61 70

Total 81.979 85.240 81.498 85.990 87.553 88.721 96.792 102.322 105.056

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Elaboração: IDESP/PA

A produção da cultura não consegue atender o mercado nacional, o Brasil ainda importa o óleo

de palma, cujo consumo cresce 50% a cada ano no mundo inteiro, acompanhando uma tendência

mundial de substituição de gorduras animais por óleo vegetais. Somando-se a tendência de vida mais

saudável, que favorecer o Brasil que possui grande aptidão para a dendeicultura.

Tabela 3. Maiores Consumidores de Óleos e Gorduras, 1996/2015*. (Per Capta kg/ano)

Países 1996/00 2001/05 2006/10 2011/15 Brasil 23,73 25,06 26,91 28,20

China 12,32 14,88 16,82 18,52

Estados Unidos 44,94 48,11 51,26 54,57

Índia 10,15 11,81 13,44 15,10

Japão 21,17 22,6 23,77 24,72

Total 112,31 122,46 132,2 141,11 Fonte: OIL WORLD.

Elaboração: Idesp.

A Tabela 3 mostra os maiores consumos per capta de óleo de palma e perspectivas até o

período 2015, verificar-se que os Estados Unidos é o maior consumidor de óleo e o Brasil vem

Page 15: Boletim maio2010

15

em segundo lugar. No entanto, o Brasil está longe de ser o maior produtor de palma no mundo,

pois esse mercado é dominado pela Indonésia e Malásia. Precisa-se no Brasil fazer mais

investimentos em produção e área plantada, pois a região amazônica tem características

favoráveis para a plantação de tal cultura possibilitando seu crescimento nos próximos anos.

Cadeia Produtiva do Dendê

A cultura do dendê destaca-se pela capacidade de aproveitamento total de todos os produtos e

subprodutos uma vez que se constitui em matéria-prima para a fabricação de muitos produtos

industrializados, mantendo ligação com diversos setores situados a montante e a jusante das unidades

de produção. Com um mercado em expansão dentro e fora do Brasil, o plantio do dendê ganha projeção

cada vez maior no setor agrícola paraense e estimula novos investimentos tanto em áreas de cultivo

quanto em indústrias de processamento.

O contexto internacional apresenta vantagens competitivas para a expansão da dendeicultura

em moldes modernos e demonstra o dinamismo deste agronegócio, gerando sistemas mais sustentáveis

e com menos riscos no mercado. O óleo de dendê é das principais mercadorias no concorrido mercado

internacional de óleos e gorduras, destacando-se no segundo posto do ranking de produção e consumo

devido a sua alta produtividade que é acima de quatro toneladas por hectare por ano.

O dendê é uma cultura perene com intensa utilização de mão-de-obra diferentemente da

cultura da soja que é praticamente mecanizada. A colheita do dendê acontece o ano todo, e utiliza-se de

reduzido uso de defensivo agrícola. É cultivado na região geográfica que se estende a 10° ao sul e ao

norte da linha do equador.

A geração de emprego também é um diferencial significativo. Enquanto a cultura da soja gera

um emprego para cada 120 hectares de área plantada, o dendê emprega uma pessoa a cada 10 hectares

mecanizados. Se os tratos culturais e a mecanização são intensos na soja, os produtos do dendê usam

poucos defensivos agrícolas. Além disso, a colheita da soja é feita em período bem definido, enquanto

que o fruto da palma pode ser retirado durante o ano todo.

As informações do Ministério do Trabalho e Emprego com base no estoque da Rais, a evolução

do emprego formal 2006/2008, dentre os municípios paraenses que apresentaram melhores

desempenhos na oferta de trabalho ligado a produção de dendê, destacam-se Acará, Moju, Tailândia e

Tomé-Açu (Tabela 4).

Page 16: Boletim maio2010

16

Tabela 4. Estoque de Empregos Formais dos municípios com melhores desempenhos na cadeia produtiva do dendê, 2006/2008.

Estoque de Empregos 2006 2007 2008

Acará

Cultivo 60 470 43

Produção de mudas certificadas 0 0 0

Atividades de apoio à agricultura 4 0 0

Atividades de pós-colheita 0 0 0

Fabricação de óleos vegetais em bruto 603 113 656

Total 667 583 699

Moju

Cultivo 16 23 224

Produção de mudas certificadas 0 0 0

Atividades de apoio à agricultura 41 17 28

Atividades de pós-colheita 0 0 0

Fabricação de óleos vegetais em bruto 1.137 603 698

Total 1.194 643 950

Tailândia

Cultivo 0 0 0

Produção de mudas certificadas 0 0 0

Atividades de apoio à agricultura 552 43 53

Atividades de pós-colheita 0 0 0

Fabricação de óleos vegetais em bruto 1.516 3.336 4.198

Total 2.068 3.379 4.251

Tomé Açu

Cultivo 174 310 280

Produção de mudas certificadas 0 0 0

Atividades de apoio à agricultura 49 201 224

Atividades de pós-colheita 0 0 0

Fabricação de óleos vegetais em bruto 0 0 0

Total 223 511 504

Fonte: MTE - Rais. Elaboração: Idesp.

O elo tão imediatamente disponível nessa cadeia refere-se ao processamento da produção

originando diversos subprodutos tais como o óleo de palma, gordura vegetal, graxos, dentre outros, que

por sua vez interligam-se como insumo na produção de novos produtos como margarinas, produtos

alimentares como biscoitos, fármacos, etc.

Algumas dessas cadeias encontram-se em pleno funcionamento no Estado utilizando-se dessa

nobre matéria-prima. Outrossim, os recentes investimento na cultura do dendê no Estado estão ligados

a sua capacidade na produção de biocombustíveis a partir do óleo de palma. Hoje existe a

obrigatoriedade de 5% de mistura de óleos vegetais no diesel gerando o Biodiesel e a legislação prevê

um aumento gradativo na mistura até um patamar de 13%. Com isso a demanda por este tipo de

produto aumentou intensamente e hoje esta matriz está suprida em sua maioria (cerca de 85%) pela

Page 17: Boletim maio2010

17

soja no entanto grandes oscilações do preço deste produto no mercado internacional acabam criando

instabilidade no fornecimento do insumo.

Ao mesmo tempo vem aumentando a participação de outros produtos para atender essa

demanda tais como óleo produzido a partir de origem animal, de origem vegetal como pinhão-manso,

algodão, entretanto nenhum se compara a produtividade do dendê, por isso o mesmo tem tudo para

abarcar uma grande fatia deste mercado a partir da produção paraense.

No contexto atual, muito tem se falado sobre a preservação do meio ambiente, ocupação

racional da Amazônia e desenvolvimento sustentado e acompanhando esta tendência mundial de

consumo de produtos ecologicamente corretos. O agronegócio do dendê vem se enquadrando neste

contexto, praticando agricultura orgânica que preserva o meio ambiente e melhora a qualidade de vida.

Page 18: Boletim maio2010

18

Produtos florestais não-madeireiros no Pará1

O Estado do Pará necessita de modelos de desenvolvimento com base em atividades

econômicas produtivas que evitem o desmatamento, gerem renda às populações locais, agreguem valor

aos produtos, dinamizem as economias regionais e reduzam as desigualdades entre regiões.

Neste sentido a equipe do Idesp desenvolveu um estudo que aponta significativa importância

dos efeitos da cadeia de dois produtos (açaí e cacau) para a economia local, pois milhares de famílias

envolvidas no setor da produção extrativa local (Setor α) receberam pela venda do açaí e do cacau o

montante de R$161 milhões (cerca de R$1.070,00/família/ano, se considerarmos 150 mil famílias

ribeirinhas nos 10 municípios), contrastando com a enorme renda bruta (RBT) gerada ao longo da cadeia

de R$ 1,87 bilhões, no ano de 2008.

A metodologia aplicada no estudo conhecida como Contas Sociais Ascendentes Alfa (CSα)2

permitiu identificar o valor da produção do “Setor Alfa”, neste caso definido para o “extrativismo e o

cultivo” de 34 produtos identificados em 10 municípios (Abaetetuba, Acará, Baião, Barcarena, Cametá,

Igarapé-Miri, Limoeiro do Ajurú, Mocajuba, Moju e Oeiras do Pará) da Região de Integração Tocantins,

assim como acompanhar os fluxos ao longo das cadeias estudadas, passando pelos setores de

beneficiamento, transformação, comércio e serviços até seu destino final. Dentre os 34 Produtos

Florestais Não-Madeireiros amostrados (açaí, cacau, cupuaçu, castanha-do-brasil, buriti, bacaba,

taperebá, bacuri, urucum, palmito, mel de abelha com e sem ferrão, andiroba, copaíba, murumuru,

barbatimão, verônica, unha de gato, leite de amapá, leite de sucuúba, pau doce, carvão, resina de breu,

brinquedos de miriti, objetos artesanais e utensílios feitos com sementes, frutos, cascas, fibras, talas, e

diversos outros materiais), apresentaremos os resultados do açaí e do cacau, que tiveram as maiores

expressividades na comercialização.

Cadeia de comercialização do Açaí

A estrutura da cadeia de comercialização do açaí é constituída por vários níveis de

intermediários. Para melhor compreensão a Figura 1 permite visualizar as proporções da quantidade

1 Estudo realizado pelo Idesp em parceria com o Núcleo de Altos Estudos Amazônicos – NAEA/UFPA, Instituto de

Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará – Ideflor e a Embrapa Amazônia Oriental. 2 Metodologia desenvolvida pelo Grupo de Trabalho “Agricultura e Desenvolvimento Sustentável”, do Núcleo de

Altos Estudos Amazônicos – NAEA/UFPA, que permite descrever trajetórias de agregação, orientadas tanto em

função das delimitações geográficas, quanto em decorrência das estruturas da produção: forma de produção, tipo de

atividade, níveis tecnológicos, sistema de produção, entre outros.

Page 19: Boletim maio2010

19

produzida do açaí (100% na produção local da região do Tocantins) que transitam entre os diferentes

setores ao longo da cadeia.

O principal nível de canal de comercialização do açaí inicia com a compra do açaí in natura pelo

varejo rural (pequenos comerciantes localizados no interior dos municípios estudados) de 78% do total

da produção local identificada (Figura 1), que vende 62% para o setor da indústria de beneficiamento

(agroindústrias) no mercado estadual, que são empresas localizadas nos municípios de Castanhal (5

empresas), Tomé Açu (1), Santa Bárbara (1), Marituba (1), Benevides (1) e Belém (1), que vendem na

forma de polpa congelada o equivalente a 54% da quantidade para o varejo urbano nacional, que são

lojas especializadas e/ou redes de supermercados que vendem 55% da quantidade produzida para o

consumidor nacional. Estas empresas demandantes do açaí produzido nos dez municípios estudados se

comportam num ambiente oligopolista, caracterizado por pequeno número de empresas atuando no

mercado de compra de insumo (no caso o açaí in natura).

Figura 1- Estrutura da quantidade, em termos percentuais (%), da comercialização do açaí identificado em dez municípios da região do Tocantins (Local), que vai para o mercado Estadual e Nacional.

Fonte: IDESP (2009)

Outro nível de canal importante é composto pela indústria de beneficiamento local que

apresenta duas peculiaridades, i) volume destinado para o beneficiamento em pequena escala

(batedores de açaí) para atender o consumidor local com 22,5% da produção identificada (Figura 1) e;

ii) destinado para a exportação de polpas (as agroindústrias) no âmbito da indústria de transformação

estadual e nacional (fora do estado) comercializando somente 0,2% da produção identificada. Destaca-

Page 20: Boletim maio2010

20

se a venda direta do produtor de açaí para o consumidor local comercializando 3% da produção

identificada.

Na cadeia do açaí foi identificada a presença da Companhia Nacional de Abastecimento

(CONAB), que atua no Programa de Aquisição de Alimentos, sendo a intermediadora entre uma

cooperativa de produtores de açaí junto à prefeitura de Abaetetuba, para atender o abastecimento da

merenda escolar e entidades sociais. Foram 52 toneladas de açaí comercializados do setor atacadista

estadual para o consumidor local, representando 0,04% do volume da produção identificada.

Na analise econômica do açaí, somando-se todos os valores recebidos pela oferta do fruto por

milhares de famílias produtoras, identifica-se que o valor bruto da produção local (VBPα) do setor Alfa

foi de R$152,7 milhões (Gráfico 1). O montante das vendas realizadas pelos agentes mercantis da região

do Tocantins atingiu R$395 milhões (22%) em 2008. Enquanto que nos demais municípios do Estado do

Pará a venda do açaí gerou R$671 milhões (37% do total gerado) e no mercado nacional foram gerados

R$756 milhões (41%). Portanto, a economia do açaí gerada a partir da região do Tocantins foi

responsável por cerca de R$ 1,8 bilhões, atingindo diversos setores que dinamizam a economia regional,

estadual e nacional.

Gráfico 1 - Valor Bruto da Produção (VBPα), em R$, gerado na comercialização

do açaí, pela ótica da oferta, em 2008, em dez municípios da região de

integração do Tocantins, Estado do Pará.

Fonte: IDESP (2009)

Ao longo da cadeia de comercialização do açaí, da produção local do Tocantins até o

consumidor final, o valor de R$989 milhões foram adicionados (Gráfico 2), correspondendo à margem

Page 21: Boletim maio2010

21

de agregação ao produto na comercialização ou mark-up 3total de 548%. O setor com maior

participação na agregação de valor do açaí foi o da indústria de beneficiamento estadual, com as

agroindústrias localizadas em municípios fora da região do Tocantins, com R$514 milhões, que está

relacionado, principalmente, ao grande poder de compra deste setor que, adquire o açaí in natura do

sistema local e vende para fora do estado um produto beneficiado (polpa congelada), a preços mais

atrativos em relação ao mercado estadual.

Gráfico 2 -. Valor Transacionado Efetivo (VTE) ≈ Valor Adicionado Bruto (VAB)

em R$, gerado na comercialização do açaí, em dez municípios da Região do

Tocantins, Estado do Pará (2008).

Fonte: IDESP (2009)

Outra variável importante quantificada pela pesquisa é a Renda Bruta Total (RBT) gerada e

circulada na comercialização. Esta por sua vez forma-se a partir da soma da compra dos insumos (pela

ótica da demanda) com o Valor Transacionado Efetivo (VTE), que equivale ao Valor Adicionado (R$

correntes/kg in natura). Assim, na esfera estadual o setor das agroindústrias (indústrias de

beneficiamento) atingiu uma renda bruta total no valor de R$609,7 milhões (Gráfico 3), dos quais

R$95,7 milhões equivalem à compra dos insumos (açaí in natura) e R$514 milhões ao valor adicionado

na comercialização do açaí em forma de polpa. Na cadeia completa foi identificado que a renda bruta

total na comercialização do açaí dos dez municípios estudados atingiu o montante de R$1,8 bilhões.

3 O mark-up total é calculado a partir do Valor Adicionado Bruto (VAB) total, menos o Valor Bruto da Produção

(VBP) local, dividido pelo VBP da produção local. Essa margem mostra, em termos relativos, o valor adicionado na

cadeia toda a partir da produção primária (Setor α).

Page 22: Boletim maio2010

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Gráfico 3 - Valor da Renda Bruta Total (RBT), em R$, na comercialização do açaí considerando sua composição pela ótica da demanda (VBP + VAB), em dez municípios da Região do Tocantins, Estado do Pará (2008). Fonte: IDESP (2009)

Cadeia de comercialização do Cacau

A outra cadeia de comercialização importante para a região estudada é a do cacau,

caracterizada em canais simples apresentando gargalo no setor atacado estadual (Figura 2). O setor

atacadista estadual é caracterizado por grandes atravessadores localizados na cidade de Santa Izabel e

região metropolitana de Belém, que constituem o elo principal entre os intermediários locais (varejo

rural e atacado local) e as indústrias de transformação nacionais, por meio de acordos ou contratos de

suprimento da matéria prima cacau, sendo caracterizado por mercado dito oligopolista, aquele que

determina os preços. Com isso, eles interagem com os setores locais para reunir quantidades suficientes

para atender as maiores indústrias moageiras4. Desta forma, a estrutura da cadeia de comercialização

do cacau não apresenta agroindústria para verticalizar a amêndoa dos dez municípios estudados, pois

toda safra atende ao mercado nacional, mais precisamente da Bahia e de São Paulo.

4 As principais empresas moageiras que compram o cacau dos dez municípios são a Cargill, ADM Cocoa (Archer

Daniels Midland Company), Joanes, Barry Callebut, Nestlé e a Indústria e Comércio de cacau Ltda. (Indeca).

Page 23: Boletim maio2010

23

Figura 2- Estrutura da quantidade, em termos percentuais (%), da comercialização do cacau identificado em dez municípios da Região do Tocantins (Local), que vai para o mercado Estadual e Nacional.

Fonte: IDESP (2009)

Assim, na cadeia de comercialização do cacau foi agregado ao produto um valor de R$28,2

milhões até a demanda final. Do montante, o sistema local foi responsável por R$9,2 milhões no qual o

produtor consegue agregar valor (R$8,4 milhões) com a comercialização da amêndoa seca valorizando o

produto em relação ao preço de venda. Isto é, o produtor realiza na maioria das vezes o processo de

beneficiamento composto por etapas básicas como: colheita, quebra do fruto, fermentação e a secagem

da amêndoa do cacau. Os demais setores intermediários realizam venda do produto com baixa

agregação de valor, ou seja, o cacau é vendido em forma de amêndoas secas para o âmbito nacional.

Nesse contexto, o valor bruto da produção (VBPα) dos produtores identificados nos dez

municípios atingiu um patamar de R$8,4 milhões. Os VBP da região do Tocantins e do âmbito estadual

totalizaram em R$24 milhões e R$5,4 milhões, respectivamente. Em relação à renda bruta gerada pela

comercialização do cacau a região do Tocantins gerou R$23,8 milhões (Gráfico 4) enquanto que o

âmbito estadual somente R$5,4 milhões, mostrando que esta atividade é mais rentável para a região

tocantina. Na esfera nacional esta renda de R$47,5 milhões é estimada.

Page 24: Boletim maio2010

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Gráfico 4- Valor da Renda Bruta Total (RBT), em R$, na comercialização do

cacau considerando sua composição pela ótica da demanda (VBP + VAB), em

dez municípios da Região do Tocantins, Estado do Pará (2008).

Fonte: IDESP (2009)

A partir do montante gerado ao longo da cadeia produtiva dos dois bens e da importância que

essas atividades exercem na sobrevivência das pessoas na Amazônia faz-se necessário o

desenvolvimento de diversas políticas públicas. Destacam-se então investimentos em infra-estrutura;

laboratórios especializados para controle de qualidade e certificação; além de qualificação da mão de

obra. De modo geral investimentos que incentivem a verticalização sustentável das cadeias produtivas

do extrativismo no estado e dependendo do produto, na própria região.

Page 25: Boletim maio2010

25

Page 26: Boletim maio2010

26

Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr

Hab. 0,22 0,04 0,64 -0,95 0,64 1,31 0,40 0,30 1,26 1,52 0,48 0,88 1,50

Alim. -0,68 0,74 0,60 -1,37 -0,36 -1,63 1,00 0,70 3,11 2,25 3,22 0,88 1,49

Móveis -0,93 -0,68 0,64 0,84 -1,25 -0,11 1,56 -0,81 -2,72 1,37 0,56 4,22 1,27

Educ. -0,56 0,92 0,31 7,48 -0,61 1,25 -2,82 1,36 12,89 6,78 0,15 -0,84 0,37

Despesas 2,41 -0,72 2,44 2,02 1,25 0,36 0,14 -4,50 12,52 1,57 1,74 -1,32 -0,29

Vestuários 0,55 -1,49 0,07 1,02 -0,56 0,64 1,71 -0,43 4,38 0,37 0,67 1,51 -0,51

Saúde 4,15 0,66 0,02 1,98 1,31 2,73 -1,86 -1,25 8,31 0,23 -0,73 3,40 -0,63

Transp. -1,71 1,42 1,15 2,76 2,73 0,15 -2,05 5,81 14,15 -0,96 2,90 -1,75 -1,31

Comunic. 0,56 0,32 0,41 -0,57 1,03 1,03 1,68 -1,01 2,78 1,55 0,22 -1,33 -2,42

Índices de Preços ao Consumidor.

Fonte: Secretaria de Planejamento, Orçamento e Financias - SEPOF.

Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará - IDESP.

Produtos2009 2010

Alim. e

BebVest. Hab.

Móveis e

Equip.

Domést.

Saúde e

Cuidados

Pessoais

Transp

.

Desp. e

Serviços

Pessoais

Educ.,

Leitura e

Papel.

Comunic.

Abr -0,68 0,55 0,22 -0,93 4,15 -1,71 2,41 -0,56 0,56

Mai 0,74 -1,49 0,04 -0,68 0,66 1,42 -0,72 0,92 0,32

Jun 0,60 0,07 0,64 0,64 0,02 1,15 2,44 0,31 0,41

Jul -1,37 1,02 -0,95 0,84 1,98 2,76 2,02 7,48 -0,57

Ago -0,32 -0,56 0,08 -1,25 1,67 8,16 1,55 -0,61 0,78

Set -1,63 0,64 1,31 -0,11 2,73 0,15 0,36 1,25 1,03

Out 1,00 1,71 0,40 1,56 -1,86 -2,05 0,14 -2,82 1,68

Nov 0,70 -0,43 0,30 -0,81 -1,25 5,81 -4,50 1,36 -1,01

Dez 1,81 0,64 -0,45 -1,44 0,23 -2,00 2,88 -0,52 -0,94

Jan 2,25 0,37 1,52 1,37 0,23 -0,96 1,57 6,78 1,55

Fev 3,22 0,67 0,48 0,56 -0,73 2,90 1,74 0,15 0,22

Mar 0,88 1,51 0,88 4,22 3,40 -1,75 -1,32 -0,84 -1,33

Abr 1,49 -0,51 1,50 1,27 -0,63 -1,31 -0,29 0,37 -2,42

Índices de Preços ao Consumidor em Relação as Faixas Salarias.

Meses

Produtos

1 a 8 salários mínimos

Fonte: Secretaria de Planejamento, Orçamento e Financias - SEPOF.

Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará - IDESP.

2009

2010

Alim. e

BebVest. Hab.

Móveis e

Equip.

Domést.

Saúde e

Cuidados

Pessoais

Transp

.

Desp. e

Serviços

Pessoais

Educ.,

Leitura e

Papel.

Comunic.

Abr -0,48 0,74 1,48 -1,25 3,95 -2,33 1,42 0,43 0,51

Mai 0,87 -1,69 -0,33 -0,32 1,11 0,24 -0,22 0,11 0,17

Jun 0,44 0,04 -0,05 -0,25 0,47 2,49 1,37 -0,33 0,22

Jul -1,43 1,11 -0,60 1,04 1,62 2,80 2,60 5,72 -0,35

Ago -0,22 -0,47 0,62 -0,47 1,69 4,97 1,05 1,57 0,79

Set -1,59 0,44 1,48 -1,02 2,03 1,40 0,52 2,18 0,85

Out 0,93 1,75 0,62 2,31 -1,44 -2,59 0,01 -2,10 2,20

Nov 0,70 -0,43 0,30 -0,81 -1,25 5,81 -4,50 1,36 -1,01

Dez 1,89 0,42 -0,44 -1,92 0,23 -1,83 1,52 -0,40 -0,53

Jan 2,63 0,68 -0,50 2,39 0,74 0,51 2,77 7,52 1,66

Fev 3,04 0,64 1,73 0,73 -0,84 0,84 0,01 0,13 0,14

Mar 0,84 1,37 0,05 7,34 2,89 0,08 -0,76 -2,68 -0,96

Abr 1,11 -0,25 1,55 -1,59 0,14 -1,78 0,03 0,87 -3,75

Fonte: Secretaria de Planejamento, Orçamento e Financias - SEPOF.

Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará - IDESP.

cont. Índices de Preços ao Consumidor em Relação as Faixas Salarias.

Meses

Produtos

2009

2010

1 a 40 salários mínimos

Page 27: Boletim maio2010

27

Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr

Ind. geral 92,53 85,94 95,95 93,48 88,98 90,61 91,29 93,84 101,05 105,9 109,6 107,04 114,59

Ind.

extrativa82,8 76,22 92,89 87,16 81,31 82,14 86,39 88,48 108,95 117,44 120,3 114,59 127,66

Ind. de

transf.

100,81 94,8 99,19 100,1 96,64 98,62 95,74 98,44 95,27 96,9 101,4 100,98 105,45

Índice Mensal da Produção Industrial por Tipo de Atividade.

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia Estatística - IBGE.

Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará - IDESP.

Atividade2009 2010

Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr

Aliment. e

bebidas85,34 79,04 87,42 86,81 96,72 112,6 105,8 112,8 120,91 125,09 123,1 90,67 129,41

Madeira 71,77 67,24 76,73 67,55 61,13 73,55 99,55 87,65 68,26 88,82 93,3 67,49 76,13

Celulose,

papel e

prod. de

papel

83,91 93,39 85,09 81,57 108,68 92,99 101,6 92,7 92,33 107,61 93,62 125,21 104,68

Minerais

não

metálicos77,93 54,09 52,32 84,16 79 86,7 77,5 93,2 130,72 119,22 159,3 140,61 121,37

Metalurgia

básica120,8 114,71 120,88 117,9 104,96 101,9 94,65 97,69 88,31 86,84 92,88 101,12 101,93

Total 2724,89 665,43 710,47 718,73 717,42 739,12 752,54 764,76 805,80 2857,82 893,51 847,71 881,22

Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará - IDESP.

Índice Mensal da Produção Industrial das Principais Atividade da Indústria de Transformação.

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia Estatística - IBGE.

Atividade2009 2010

Variação mensal

(base:igual mês do

ano anterior)

Variação acumulada

no ano (base: igual

período do ano

anterior)

Variação

acumulada

de 12 meses

Variação mensal

(base:igual mês do

ano anterior)

Variação acumulada

no ano (base: igual

período do ano

anterior)

Variação

acumulada de

12 meses

2009

Abril 0,18 -2,12 -1,10 6,31 3,81 5,43

Maio -1,29 -1,94 -1,18 4,90 4,05 5,40

Junho 0,58 -1,51 -1,08 6,23 4,42 5,43

Julho 2,10 -0,97 -1,43 7,64 4,91 4,94

Agosto 5,79 -0,09 -1,13 10,21 5,61 5,02

Setembro 5,26 0,51 -0,93 9,83 6,09 5,04

Outubro 9,88 1,51 -0,08 15,20 7,08 5,79

Novembro 10,35 2,31 1,07 13,79 7,70 6,60

Dezembro 12,91 3,59 3,59 17,44 8,91 8,91

2010

Janeiro 12,67 12,67 5,28 17,60 17,60 10,52

Fevereiro 13,88 13,24 6,18 18,50 18,02 11,32

Março 18,15 14,91 7,62 23,07 19,74 12,72

Abril 15,00 14,93 8,74 19,06 19,57 13,69

Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará - IDESP.

Índices de ComércIo Varejista.

Índice de receita nominal de vendas no comércio varejista

(Percentual)

Índice de volume de vendas no comércio varejista

(Percentual)

Meses

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia Estatística - IBGE.

Page 28: Boletim maio2010

28

Meses Admissão Desligado Saldo

Abril 18.644 20.787 -2.143

Maio 19.271 19.953 -682

Junho 21.326 20.269 1.057

Julho 23.891 19.441 4.450

Agosto 26.296 19.092 7.204

Setembro 25.235 20.433 4.802

Outubro 24.451 18.823 5.628

Novembro 22.744 19.063 3.681

Dezembro 17.187 22.145 -4.958

Janeiro 20.860 19.180 1.680

Fevereiro 22.444 18.241 4.203

Março 22.582 21.832 750

Abril 22.490 19.496 2.994

Maio 24.257 20.086 4.171

Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará - IDESP.

Empregos Formais.

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE.

2010

2009

Abri Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abri Mai

Admissão 149 219 136 159 134 255 212 167 253 214 618 267 434 339

Desligamento 81 55 110 206 135 103 105 113 121 80 72 123 109 123

Saldo 68 164 26 -47 -1 152 107 54 132 134 546 144 325 216

Admissão 2.268 2.861 2.963 4.003 5.002 4.314 3.982 3.229 2.310 2.953 3.016 3.121 3.027 3.398

Desligamento 3.365 3.430 3.388 3.242 2.841 2.972 2.781 3.080 3.769 3.101 2.760 3.688 2.866 3.109

Saldo -1097 -569 -425 761 2161 1342 1201 149 -1459 -148 256 -567 161 289

Admissão 197 133 166 92 110 142 279 230 75 196 168 134 250 200

Desligamento 208 120 134 145 84 152 230 197 60 114 147 209 146 249

Saldo -11 13 32 -53 26 -10 49 33 15 82 21 -75 104 -49

Admissão 3.424 2.978 4.167 5.040 4.820 4.558 4.945 3.811 2.536 3.669 3.868 3.525 4.329 5.025

Desligamento 4.745 3.258 3.159 2.560 3.049 3.023 3.495 3.450 4.119 3.239 3.311 3.456 3.385 3.714

Saldo -1321 -280 1008 2480 1771 1535 1450 361 -1583 430 557 69 944 1311

Admissão 5.400 5.464 5.727 5.560 6.097 6.083 6.467 7.141 5.853 5.324 5.773 6.606 6.039 6.709

Desligamento 5.227 5.196 5.782 4.955 5.165 5.474 4.668 4.459 6.165 5.603 4.963 6.100 5.501 5.552

Saldo 173 268 -55 605 932 609 1799 2682 -312 -279 810 506 538 1157

Admissão 5.244 5.354 5.899 6.058 6.534 6.307 6.200 5.917 4.666 6.027 6.628 6.631 6.266 6.268

Desligamento 4.909 5.576 5.366 5.821 5.199 5.751 4.961 5.196 5.471 4.996 5.001 5.659 5.178 4.994

Saldo 335 -222 533 237 1335 556 1239 721 -805 1031 1627 972 1088 1274

Admissão 1 6 8 2 4 4 1 9 1 4 13 11 7 6

Desligamento 7 1 5 4 4 5 4 16 9 3 3 28 8 42

Saldo -6 5 3 -2 0 -1 -3 -7 -8 1 10 -17 -1 -36

Admissão 1.961 2.256 2.260 2.977 3.595 3.572 2.365 2.240 1.493 2.473 2.360 2.287 2.138 2.312

Desligamento 2.245 2.317 2.325 2.508 2.615 2.953 2.579 2.552 2.431 2.044 1.984 2.569 2.303 2.303

Saldo -284 -61 -65 469 980 619 -214 -312 -938 429 376 -282 -165 9

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE.

Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará - IDESP.

Admin.

Pública

2009SituaçãoAtividade

Extrativa

Mineral

Ind. De

Transformação

Serv.Ind.Util.P

úb.

Construção

Civil

Comércio

Serviços

2010

Empregos Formais por Atividade.

Agropecuaria

Page 29: Boletim maio2010

29

Abri Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abri

Área

Plantada (ha)883.882 875.103 873.164 873.164 870.293 873.228 873.228 871.148 888.928 873.228 873.228 879.275 871.396

Produtividad

e (kg/ha)123.102 121.447 121.421 121.421 121.442 121.405 121.405 121.459 120.999 121.831 121.831 125.721 125.544

Produção (t) 7.001.294 7.036.072 7.028.100 7.028.100 7.025.099 7.024.482 7.024.482 6.958.578 7.064.843 7.025.015 7.025.015 7.174.175 6.983.565

Área

Plantada (ha)162.817 160.504 158.139 158.139 161.583 161.899 161.899 161.282 161.309 161.899 161.899 170.186 162.724

Produtividad

e (kg/ha)34.086 33.224 33.305 33.305 33.347 33.251 33.251 33.238 34.314 33.913 33.913 34.025 34.124

Produção (t) 846.047 792.609 792.027 792.027 798.681 794.858 794.858 790.897 829.913 825.326 825.326 826.556 843.522

Lavoura

Permanente

Lavoura

Temporária

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia Estatística - IBGE.

Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará - IDESP.

Tipo de Lavoura por Área Plantada(há), Produtividade (Kg/há) e Produção.

SituaçãoAtividade2009 2010

Valor (A) Var % (*) Valor (B) Var % (*)

Abril 748.993 -5,48 92.528 -15,53 656.465

Maio 480.112 -35,90 55.842 -39,65 424.270

Junho 737.620 53,63 47.871 -14,27 689.749

Julho 714.580 -3,12 60.415 26,20 654.166

Agosto 606.782 -15,09 56.695 -6,16 550.087

Setembro 780.768 28,67 51.311 -9,50 729.458

Outubro 833.581 6,76 45.415 -11,49 788.166

Novembro 618.493 -25,80 36.363 -19,93 582.129

Dezembro 822.172 32,93 64.582 77,60 757.589

Janeiro 656.556 --- 106.823 --- 549.733

Fevereiro 584.891 -10,92 63.343 -40,70 521.548

Março 498.359 -14,79 85.986 35,75 412.373

Abril 495.376 -0,60 58.428 -32,05 436.948

Saldo da Blança Comércial.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC.

Saldo (A)-(B)Exportação Importação

Meses

Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará - IDESP.

2009

2010

Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr

Básicos 508.480 330.328 472.710 489.984 394.560 485.958 512.907 347.833 555.975 448.032 282.182 189.011 266.329

Industrializados

(A+B)240.204 149.254 263.617 223.850 211.629 294.339 320.176 269.979 265.728 208.060 302.048 308.826 228.547

Semimanufaturados

(A)88.596 93.834 98.001 91.761 97.397 130.319 168.414 119.049 114.918 89.714 190.050 146.304 109.916

Manufaturados (B) 151.608 55.420 165.616 132.089 114.233 164.020 151.762 150.930 150.810 118.346 111.998 162.522 118.631

Operações Especiais 309 529 1.292 747 593 472 499 681 469 464 662 522 500

748.993 480.112 737.620 714.580 606.782 780.768 833.581 618.493 822.172 656.556 584.891 498.359 495.376

Básicos 3.971 139 9.904 2.808 4.184 8.678 6.003 6.887 14.884 8.167 7.637 17.005 7.922

Industrializados

(A+B)88.557 55.703 37.967 57.607 52.511 42.632 39.412 29.476 49.699 98.656 55.706 68.981 50.506

Semimanufaturados

(A)110 156 242 5.260 2.321 308 --- 1.853 59 3.874 64 120 281

Manufaturados (B) 88.446 55.546 37.724 52.347 50.190 42.325 39.412 27.623 49.640 94.782 55.643 68.861 50.225

Operações Especiais --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- ---

92.528 55.842 47.871 60.415 56.695 51.311 45.415 36.363 64.582 106.823 63.343 85.986 58.428

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC.

Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará - IDESP.

Fator Agregado

Exportações

Total

Fator Agregado

Importações

Total

Saldo da Blança Comércial por Fator Agregado.

2010Fator Agregado

2009

Page 30: Boletim maio2010

30