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BOLETIM INFORMATIVO | terça-feira, 25 de setembro de 2012 Gazeta do Povo Imóvel sobe duas vezes mais que a renda do morador em Curitiba Portal do Planalto Renda aumenta e distância entre ricos e pobres fica menor no país Câmara Projeto autoriza dedução de tributos da base de cálculo do Imposto de Renda Câmara Proposta acaba com a contribuição previdenciária sobre aviso prévio Folha de Londrina Mercado prevê manutenção de juros básicos em 7,5% Folha de Londrina Bancos apelam à Justiça para enfraquecer greve G1 MP do Código pode ser votada nesta terça; veja gargalos da nova lei G1 Preocupação com economia global reforça cautela nos mercados CBIC Comissão de obras públicas da CBIC debate RDC e PAC no dia 25, em Brasília G1 FMI deve reduzir previsão de crescimento mundial, diz Lagarde G1 Conteúdo digital deve chegar a 80% do total até 2020, diz pesquisa CBIC Governo faz reforço no capital da Caixa e do BB G1 Em mutirão, Correios separaram e entregaram 24 milhões de entregas O Globo Financiamento do Minha Casa, Minha Vida terá juro menor G1 Greve dos bancários mantém mais de 9 mil agências paradas, diz Contraf Rede Brasil Atual Pnad: negociação sindical e aumento do salário mínimo são responsáveis por queda da desigualdade G1 MTE regulamenta norma do trabalho em altura Rede Brasil Atual Ao reduzir conta de luz, Dilma colhe o que foi plantado em 2002 Rede Brasil Atual Justiça garante direito de livre manifestação a bancários de São Paulo Rede Brasil Atual Fenaban procura comando nacional dos bancários e pede negociação nesta terça Agência Brasil Atividade da construção civil cai pelo quarto mês consecutivo Agência Brasil Eleitor levará em média 40 segundos para votar, calcula TSE Agência Brasil Sepúlveda Pertence renuncia à presidência da Comissão de Ética Pública Agência Brasil Mercado financeiro mantém projeção de crescimento da economia em 1,57% Notícias do TST Aumento real só com indicadores objetivos de produtividade, diz TST Revista Consultor Jurídico Trabalhador não é obrigado a aderir a greve Blog do Trabalho Grupo Móvel resgata 45 trabalhadores em fazenda no TO Clique no título para ser direcionado à matéria

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BOLETIM INFORMATIVO | terça-feira, 25 de setembro de 2012

Gazeta do Povo Imóvel sobe duas vezes mais que a renda do morador em Curitiba

Portal do Planalto Renda aumenta e distância entre ricos e pobres fica menor no país

Câmara Projeto autoriza dedução de tributos da base de cálculo do Imposto de Renda

Câmara Proposta acaba com a contribuição previdenciária sobre aviso prévio

Folha de Londrina Mercado prevê manutenção de juros básicos em 7,5%

Folha de Londrina Bancos apelam à Justiça para enfraquecer greve

G1 MP do Código pode ser votada nesta terça; veja gargalos da nova lei

G1 Preocupação com economia global reforça cautela nos mercados

CBIC Comissão de obras públicas da CBIC debate RDC e PAC no dia 25, em Brasília

G1 FMI deve reduzir previsão de crescimento mundial, diz Lagarde

G1 Conteúdo digital deve chegar a 80% do total até 2020, diz pesquisa

CBIC Governo faz reforço no capital da Caixa e do BB

G1 Em mutirão, Correios separaram e entregaram 24 milhões de entregas

O Globo Financiamento do Minha Casa, Minha Vida terá juro menor

G1 Greve dos bancários mantém mais de 9 mil agências paradas, diz Contraf

Rede Brasil Atual Pnad: negociação sindical e aumento do salário mínimo são responsáveis por queda da desigualdade

G1 MTE regulamenta norma do trabalho em altura

Rede Brasil Atual Ao reduzir conta de luz, Dilma colhe o que foi plantado em 2002

Rede Brasil Atual Justiça garante direito de livre manifestação a bancários de São Paulo

Rede Brasil Atual Fenaban procura comando nacional dos bancários e pede negociação nesta terça

Agência Brasil Atividade da construção civil cai pelo quarto mês consecutivo

Agência Brasil Eleitor levará em média 40 segundos para votar, calcula TSE

Agência Brasil Sepúlveda Pertence renuncia à presidência da Comissão de Ética Pública

Agência Brasil Mercado financeiro mantém projeção de crescimento da economia em 1,57%

Notícias do TST Aumento real só com indicadores objetivos de produtividade, diz TST

Revista Consultor Jurídico Trabalhador não é obrigado a aderir a greve

Blog do Trabalho Grupo Móvel resgata 45 trabalhadores em fazenda no TO

Clique no título para ser direcionado à matéria

Gazeta do Povo | 25 de setembro de 2012

Imóvel sobe duas vezes mais que a renda do morador em Curitiba

Construtoras alegam que os custos com mão de obra e a própria demanda continuam a puxar os preços para cima, mesmo

que em ritmo mais lento

O boom do setor imobiliário nos últimos anos fez com que os preços dos imóveis subissem bem acima da inflação e da renda

do morador de Curitiba.

O valor do metro quadrado de área útil na capital passou de R$ 2,49

mil, em 2007, para R$ 5,23 mil em julho deste ano, segundo dados da

Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do

Paraná (Ademi-PR).

Felipe Rosa/ Gazeta do Povo

A

Cenário nebuloso torna as empresas mais cautelosas

Se por um lado os preços ainda estão subindo, por outro as empresas

do setor já tiraram o pé do acelerador em relação aos lançamentos,

que este ano devem ficar 18% em menor quantidade que em 2011

em Curitiba. O número de unidades lançadas, que chegou a 16 mil no

ano passado, deve cair para algo entre 12 mil e 13 mil unidades, de

acordo com o presidente da Ademi-PR, Gustavo Selig.

Os anos de 2012 e 2013 também são considerados um período de

pico de entregas de imóveis prontos – serão 18 mil imóveis.

Na média, a velocidade de venda do setor está estável, em cerca de

10%, mas as empresas notam que o cliente, com a oferta maior, está

mais exigente e demorando mais para fechar o negócio.

Lançamentos

“Hoje quem vende todo o empreendimento durante a construção

está feliz”, diz Erlon Rotta Andrade Ribeiro, diretor da construtora

Andrade Ribeiro. Em 2012, a empresa está lançando o mesmo volume

do ano passado – dois empreendimentos, um comercial e um

residencial, com Valor Geral de Venda (VGV) de R$ 95 milhões. Para

ele, houve um excesso de lançamentos de produtos de dois e três

dormitórios entre R$ 250 mil e R$ 300 mil. “Para 2013 vamos ver

como o mercado se comporta para vermos como será o ritmo de

lançamentos”, acrescenta.

Com quatro lançamentos previstos para este ano, a Plaenge manteve

o mesmo ritmo do ano passado. “Estamos acompanhando o

movimento de mercado, que está mais estável”, diz Fernando Fabian,

diretor da empresa.

O aumento, de 110%, é quase duas vezes superior ao verificado no rendimento médio de quem mora na região de Curitiba,

que cresceu 57% no período. Os imóveis subiram também bem acima da inflação no período, de 33,01%, segundo cálculo

feito pelo economista Luciano D´Agostini, doutor em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Federal do Paraná

(UFPR), a pedido da Gazeta do Povo.

No fim de 2007, o trabalhador curitibano precisava de pouco mais de dois meses de salário para comprar um metro

quadrado. Hoje, mesmo com o aumento da renda, ele precisa trabalhar quase três meses para adquirir o mesmo espaço. “Em

relação aos imóveis, o poder de compra dos salários reduziu 33% em cinco anos”, diz o economista. Segundo ele, o preço dos

imóveis descolou de todos os demais itens do orçamento das famílias. “Esse é um fenômeno que se repete em outros países

emergentes, como China, India, África do Sul e Rússia. Se os imóveis continuarem a subir muito mais que os salários, a

tendência é que a demanda seja reduzida no médio prazo”, diz.

A disparada dos preços em Curitiba se concentrou entre 2009 e 2011, impulsionada pela combinação de emprego e crédito

em alta, aumento da renda, redução das taxas de juros e prazos mais longos de financiamentos.

Por outro lado, o aumento dos custos das empresas do setor, com a escalada dos preços dos terrenos, a escassez e a baixa

produtividade da mão de obra do setor, inflacionaram os valores do mercado.

Ainda que com menos vigor, os preços continuam a subir em 2012. O levantamento da Ademi-PR mostra um avanço de até

11% nos preços, dependendo do tipo de empreendimento desde o fim de 2011.

“O ritmo de aumento está menor. Mas a mão de obra, que representa até 45% dos custos das construtoras, é a maior fonte

de alta dos custos. Somente na negociação salarial desse ano o aumento nominal foi de 10,5%” , justifica o presidente do

Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Normando Baú.

No passado, os imóveis de Curitiba chegaram a custar um terço dos de São Paulo. Mas essa diferença diminuiu e bairros como

Batel, Mercês e Ecoville já apresentam preço do metro quadrado dos lançamentos na casa dos R$ 7 mil – superior à média de

mercado da capital paulista, de R$ 6,7 mil. Os bairros mais nobres de São Paulo vão bem mais longe, chegam a custar perto

de R$ 17 mil por metro quadrado.

Para o professor do Núcleo de Real Estate (empreendimentos imobiliários) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

(USP), João da Rocha Lima Júnior, o valor do imóvel está atingindo o limite do orçamento das famílias. “O preço relativo do

imóvel nas contas cresceu nos últimos anos. Acredito que os preços terão de estabilizar”, diz.

Para o presidente da Ademi-PR, Gustavo Selig, os preços não estão descolados da realidade. “Eles vão subir menos, mas não

há como reduzir. Na minha avaliação eles vão continuar a aumentar entre 6% e 10%, porque o mercado continua a crescer”,

afirma.

Para o professor da

USP, o setor viveu uma

“histeria” de

lançamentos em todo o

Brasil e entra agora em

um novo estágio, com

maior oferta de imóveis

prontos e velocidade de

venda e quantidade de

lançamentos, menores.

Segundo ele,

especialmente nos

últimos dois anos, quem

havia adiado a compra

do imóvel durante a

crise de 2008 sustentou

a demanda. “Agora, o

setor retoma o ritmo

normal de velocidade

de venda”, diz.

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Portal do Planalto | 25 de setembro de 2012

Renda aumenta e distância entre ricos e pobres fica menor no país O rendimento médio mensal real dos brasileiros aumentou 8,3% entre 2009 e 2011. A parcela dos 10% mais pobres da

população teve o maior aumento (29,2%), enquanto o 1% mais rico teve 4,3% de crescimento. Com isso, o Índice Gini para os

rendimentos de trabalho no Brasil recuou de 0,518 em 2009 para 0,501 em 2011.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2011 (Pnad), divulgada nesta sexta-feira (21) pelo Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O valor do rendimento médio mensal do trabalhador brasileiro chegou a R$ 1.345.

O Índice Gini é a medida do grau de concentração de uma distribuição, cujo valor varia de zero, perfeita igualdade, até um, a

desigualdade máxima. Ou seja, quanto mais próximo o índice for de zero, menos concentrada é a distribuição dos

rendimentos.

“O salário mínimo puxou a parte de baixo para cima”, afirma Fernando de Holanda, economista do Instituto Brasileiro de

Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo explicou, os elevados aumentos do salário mínimo são os principais

responsáveis pela queda na desigualdade social no país. Ele disse que, embora o salário dos mais pobres não chegue a um

salário mínimo, ele serve como referência e puxa um aumento para cima.

Regiões

Entre as regiões, apenas no Norte aumentou o índice de rendimentos, de 0,488, em 2009, para 0,496, em 2011. Ao contrário

das outras regiões, no Norte o maior aumento dos rendimentos ocorreu para os 5% que recebiam mais (de R$ 5.840,00 para

R$ 6.429,00).

Nas demais regiões o aumento no rendimento foi maior para os mais desfavorecidos e menor para os 10% com maiores

rendimentos; a queda mais expressiva do índice de Gini foi observada no Sul (de 0,482 para 0,461).

O rendimento médio mensal real dos domicílios particulares permanentes com rendimento foi estimado em R$ 2.419,00 em

2011, representando ganho real de 3,3% em relação ao de 2009 (R$ 2.341,00). Houve aumento do rendimento domiciliar em

todas as grandes regiões. O Nordeste registrou a menor variação (2,0%) em relação a 2009, assim como o menor valor (R$

1.607,00).

De 2009 para 2011, houve um aumento 3,6 milhões de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado. No

total de empregados no setor privado, 74,6% tinham carteira de trabalho assinada. O rendimento das pessoas de 10 anos ou

mais de idade ocupadas, com rendimento, cresceu de R$ 1.242,00 para R$ 1.345,00, de 2009 para 2011.

O perfil dos desocupados com 15 anos ou mais de idade também foi levantado pela pesquisa. Mais da metade dos

desocupados era de mulheres, 35,1% nunca trabalharam, mais de um terço (33,9%) era de jovens entre 18 e 24 anos de idade;

57,6% pretos ou pardos e 53,6% com ensino médio incompleto. A PNAD também confirmou a tendência de queda no

trabalho infantil (5 a 17 anos) em 2011. Em dois anos, houve redução de 14%; entretanto, esse contingente chega a 3,7

milhões.

Observou-se que a taxa de analfabetismo das pessoas com 15 anos ou mais de idade no Brasil em 2011 foi de 8,6% (12,9

milhões de analfabetos), 1,1 ponto percentual a menos do que em 2009 (9,7%, 14,1 milhões de analfabetos). Dos analfabetos,

96,1% tinham 25 anos ou mais de idade. Desse grupo, mais de 60% tinham 50 anos ou mais de idade (8,2 milhões).

Em 2011, a população de 10 anos ou mais de idade tinha, em média, 7,3 anos de estudo. As mulheres, de modo geral, eram

mais escolarizadas que os homens, com média de 7,5 anos de estudo, enquanto eles tinham 7,1 anos de estudo.

De 2009 para 2011, a taxa de escolarização (percentual de estudantes de um grupo etário em relação ao total do grupo) das

crianças entre 6 e 14 anos de idade aumentou em 0,6 ponto percentual, chegando a 98,2%. Já para os jovens entre 15 e 17

anos, o percentual caiu de 85,2% para 83,7% no mesmo período.

População

Em 2011, a população residente no Brasil foi estimada em 195,2 milhões, um aumento de 1,8% (3,5 milhões) em relação a

2009. As mulheres representavam 51,5% (100,5 milhões) da população e os homens, 48,5% (94,7 milhões).

As pessoas entre 0 e 29 anos de idade correspondiam a 48,6% da população e as com 60 anos ou mais, 12,1%. Em 2009,

estes valores eram, respectivamente, 50,2% e 11,3%, indicando que prossegue a tendência de envelhecimento da população.

A região Norte manteve as maiores concentrações nos grupos de idade mais jovens, sendo 57,6% da população com idade

inferior a 30 anos. Na faixa de 45 a 59 anos, os maiores percentuais estavam no Sudeste (18,5%) e no Sul (19,4%); o mesmo

ocorreu no grupo de 60 anos ou mais (13,3% e 13,1%, respectivamente).

Na população feminina, 46,7% tinham entre 0 e 29 anos de idade e, 30 anos ou mais, 53,3%. Já entre os homens, os

percentuais foram de 50,5% e 49,5%, respectivamente.

Do total da população, 47,8% (93,3 milhões) eram brancos, 8,2% (16,0 milhões) negros, 43,1% (84,1 milhões) pardos e 1,0%

(1,9 milhão) indígenas ou amarelos.

União conjugal

Na população com 15 anos ou mais de idade, 57,1% (85,5 milhões) viviam em união com cônjuge ou companheiro(a). A

região Sul tinha a maior participação de pessoas vivendo em união (61,9%) e o Nordeste, a menor (55,4%). Já na análise do

estado civil, havia maior percentual de pessoas solteiras (48,1%) do que casadas (39,9%), situação que se repetiu em todas as

regiões. Devido a um aprimoramento na forma de captação das informações de nupcialidade na PNAD 2011, não é possível

realizar comparações com 2009.

Rendimento

Em 2011, o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas e com

rendimento, cresceu 8,3% em relação a 2009, passando de R$ 1.242,00 para R$ 1.345,00. Todas as grandes regiões tiveram

aumento: Norte (7,7%; R$ 1.100,00), Nordeste (10,7%; R$ 910,00), Sudeste (7,9%; R$ 1.522,00), Sul (4,0%; R$ 1.461,00) e

Centro-Oeste (10,6%; R$ 1.624,00). Quando consideradas todas as fontes, o rendimento médio mensal real das pessoas com

rendimento apresentou ganho de 4,6%, atingindo o valor de R$1.279,00.

Maior aumento

De 2009 a 2011, a maior elevação nos rendimentos de trabalho (29,2%) foi observada para os 10% com rendimentos mais

baixos, de R$ 144,00 para R$ 186,00. De modo geral, constatou-se uma redução no crescimento do rendimento conforme seu

valor aumentava. Com isso, o Índice Gini para os rendimentos de trabalho no Brasil recuou de 0,518 em 2009 para 0,501 em

2011 (quanto mais próximo de zero, menos concentrada é a distribuição dos rendimentos). Em 2011, os 10% da população

ocupada com os rendimentos de trabalho mais elevados concentraram 41,5% do total de rendimentos de trabalho.

Concentração do rendimento

A região Norte foi a única a apresentar elevação do índice de concentração de rendimento, de 0,488, em 2009, para 0,496, em

2011. Na região, o maior aumento dos rendimentos ocorreu para os 5% que recebiam mais (de R$ 5.840,00 para R$ 6.429,00).

Em todas as demais regiões o Índice Gini caiu, sendo que a queda mais expressiva foi observada no Sul (de 0,482 para 0,461),

que tem o menor índice e onde foi observada queda para os 10% com maiores rendimentos (de R$ 5.539,00 para R$

5.533,00). Vale destacar ainda que, nessa região, o rendimento para 1,0% da população que recebia mais caiu de R$ 15.261,00

em 2009 para R$ 15.177,00 em 2011. As regiões Nordeste (0,522) e Centro-Oeste (0,520) apresentaram as maiores

concentrações de rendimento em 2011.

Trabalhadores domésticos

Em 2011, os empregados com carteira de trabalho assinada obtiveram ganho real de 4,9% em relação a 2009. Os militares e

estatutários e os outros empregados sem carteira de trabalho assinada também tiveram acréscimo no rendimento do trabalho

principal (6,2% e 11,6%, respectivamente). Considerando os trabalhadores domésticos com carteira de trabalho assinada, o

aumento no rendimento foi de 5,2%, enquanto para os sem carteira foi de 15,2%.

Rendimento em domicílios particulares

O rendimento médio mensal real dos domicílios particulares permanentes com rendimento foi estimado em R$ 2.419,00 em

2011, representando um ganho real de 3,3% em relação ao de 2009 (R$ 2.341,00). Todas as classes de rendimento tiveram

crescimento, especialmente as classes mais baixas, o que resultou na diminuição da concentração, representada pela queda do

Índice Gini de 0,509 em 2009 para 0,501 em 2011.

Houve aumento do rendimento domiciliar em todas as grandes regiões, sendo que o Centro-Oeste apresentou o maior

aumento (6,6%), além de ser, entre as regiões, a que possuía o maior valor (R$ 2.936,00). O Nordeste registrou a menor

variação (2,0%) em relação a 2009, assim como o menor valor (R$ 1.607,00).

Rendimento das mulheres

Em 2011, o rendimento médio mensal real de trabalho dos homens ocupados foi de R$ 1.417,00 e o das mulheres ocupadas

foi de R$ 997,00. Proporcionalmente, as mulheres recebiam 70,4% do rendimento de trabalho dos homens. Em 2009, a

proporção era de 67,1%. Em 2011, enquanto 22,1% dos homens ocupados recebiam até 1 salário mínimo, para as mulheres

este percentual era de 31,4%. Além disso, havia proporcionalmente mais mulheres ocupadas sem rendimentos ou recebendo

somente em benefícios (10,0%) do que homens (5,8%).

Mercado de Trabalho

De 2009 para 2011, houve crescimento de 1,0 milhão de pessoas (1,1%) na população ocupada de 15 anos ou mais de idade,

totalizando 92,5 milhões de trabalhadores. No Sudeste, onde estavam concentrados cerca de 43% dos trabalhadores,

verificou-se alta de 1,6% na população ocupada. O crescimento da população ocupada foi inferior ao da população em idade

ativa, com queda no nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas na população em idade ativa) de 62,9%, em 2009,

para 61,7%, em 2011. Houve aumento no contingente de ocupados para todas as faixas etárias, a partir dos 30 anos de idade.

Ensino médio e superior completo

De 2009 para 2011, na população ocupada, cresceram os percentuais de trabalhadores com pelo menos o ensino médio

completo (de 43,7% para 46,8%) e de trabalhadores com pelos menos o ensino superior completo (de 11,3% para 12,5%),

enquanto o percentual de trabalhadores com o ensino fundamental incompleto caiu de 31,8% para 25,5%.

Contingente de ocupados

O contingente de ocupados cresceu 5,2% nos setores de serviços (41,5 milhões de pessoas), 1,9% no comércio e reparação

(16,5 milhões) e 13,6% na construção (7,8 milhões), de 2009 para 2011, enquanto foram registradas quedas de -7,3% no setor

agrícola (14,1 milhões) e -8,0 % na indústria (12,4 milhões).

Carteira assinada

Entre os ocupados, aumentou a participação dos empregados (59,0% para 61,3%) e de dos trabalhadores por conta própria

(20,7% para 21,2%). Por outro lado, houve redução de 7,8% para 7,1% nos trabalhadores domésticos e de 4,4% para 3,4% nos

empregadores.

O contingente de empregados (exclusive trabalhadores domésticos) era cerca de 56,7 milhões, dos quais 80,2% no setor

privado e 19,8% no público. No setor privado, 33,9 milhões de empregados (74,6%) tinham carteira de trabalho assinada, um

acréscimo de 11,8%, ou 3,6 milhões de empregos com carteira, em relação a 2009.

Taxa de desocupação

Em 2011, aproximadamente 6,6 milhões de pessoas estavam desocupadas (não estavam ocupadas e tomaram providência

efetiva para conseguir trabalho). Apesar da queda expressiva na taxa de desocupação, no Brasil (de 8,2% em 2009 para 6,7%

em 2011) e em todas as regiões, ainda persiste, para alguns grupos, uma dificuldade maior de inserção no mercado de

trabalho. Dos desocupados, 59,0% eram mulheres; 35,1% nunca tinham trabalhado; 33,9% eram jovens entre 18 e 24 anos de

idade; 57,6% eram negros ou pardos e 53,6% deles não tinham completado o ensino médio.

O aumento no contingente de ocupados em 2011, associado à redução de pessoas desocupadas, trouxe como consequência

a queda significativa da taxa de desocupação, que baixou de 8,2% em 2009, para 6,7% em 2011. Na região Sul, foi verificada a

menor taxa de desocupação (4,3%) e na Nordeste a maior (7,9%).

Trabalho Infantil

Em 2011, havia no país cerca de 3,7 milhões de trabalhadores de 5 a 17 anos de idade; em dois anos houve redução de 597

mil nessa faixa, 14,0%. Trabalhavam 89 mil crianças de 5 a 9 anos de idade, 615 mil na faixa de 10 a 13 anos e 3,0 milhões

entre 14 a 17 anos. Nas três faixas etárias, os homens eram maioria entre as pessoas ocupadas.

O nível da ocupação das pessoas de 5 a 17 anos de idade caiu de 9,8%, em 2009, para 8,6%, em 2011, o que se repetiu em

todas as regiões, exceto no Norte (de 10,1% para 10,8%). As regiões Norte (10,8%) e Sul (10,6%) tinham os maiores níveis em

2011, e o Sudeste, o menor (6,6%).

Em 2011, o rendimento mensal domiciliar per capita real dos trabalhadores de 5 a 17 anos de idade foi de R$ 452,00,

enquanto o dos que não trabalhavam foi de R$ 490,00. Em média, esse contingente de pessoas trabalhava, habitualmente,

27,4 horas por semana. A taxa de escolarização deste grupo ficou em 80,4%, sendo que 37,9% deles não recebiam

contrapartida de remuneração. A população ocupada de 5 a 13 anos de idade estava mais concentrada em atividade agrícola

(63,5%). Aproximadamente 74,4%, nessa faixa, estavam alocadas em trabalho sem contrapartida de remuneração (não

remunerados e trabalhadores para o próprio consumo ou na construção para o próprio uso).

Educação

A taxa de analfabetismo das pessoas com 15 anos ou mais de idade no Brasil em 2011 foi de 8,6% (12,9 milhões de

analfabetos), 1,1 ponto percentual a menos do que em 2009 (9,7%). Entre os analfabetos, 96,1% estavam na faixa de 25 anos

ou mais de idade. Desse grupo, mais de 60% tinham 50 anos ou mais de idade (8,2 milhões).

Entre as regiões, a maior taxa de analfabetismo foi a do Nordeste, 16,9%, correspondendo a 6,8 milhões de analfabetos, 52,7%

do total de analfabetos. Mesmo com uma taxa de analfabetismo que é quase o dobro da nacional, o Nordeste teve a maior

queda na taxa de 2009 para 2011 (1,9 ponto percentual).

Escolaridade das mulheres

Em 2011, a população de 10 anos ou mais de idade tinha, em média, 7,3 anos de estudo. As mulheres, de modo geral, são

mais escolarizadas que os homens, com média de 7,5 anos de estudo, enquanto eles têm 7,1 anos de estudo. Em todos os

grupos etários, com exceção do grupo de 60 anos ou mais de idade, a média de anos de estudo das mulheres foi superior a

dos homens. A maior média foi a do grupo etário de 20 a 24 anos (9,8 anos), sendo de 10,2 anos de estudo na parcela

feminina e de 9,3 anos na masculina.

Taxa de escolarização de crianças

De 2009 para 2011, a taxa de escolarização (percentual de estudantes de um grupo etário em relação ao total do grupo) das

crianças entre 6 e 14 anos de idade aumentou em 0,6 ponto percentual, chegando a 98,2%. Já para os jovens entre 15 e 17

anos, o percentual caiu de 85,2% para 83,7% no mesmo período.

Rede pública de ensino

Dos 53,8 milhões de estudantes estimados em 2011, 42,2 milhões (78,4%) eram atendidos pela rede pública. Até o ensino

médio, a rede pública de ensino foi responsável pelo atendimento da maioria dos estudantes. No ensino superior (6,6 milhões

de pessoas), a rede privada atendeu 73,2%. No Sudeste, a rede particular atendia 2,2 milhões de estudantes de nível superior,

o que correspondia a 78,7% do total de estudantes desse nível.

Domicílios próprios

Em 2011, o numero estimado de domicílios particulares permanentes foi de 61,3 milhões, 4,7% a mais que em 2009. Desse

total, 45,8 milhões (74,8%) eram domicílios próprios. A média de moradores por domicílio caiu de 3,3 em 2009 para 3,2 em

2011. O número de domicílios unipessoais aumentou de 7,0 para 7,8 milhões no período.

Esgoto sanitário cresceu 71,8% na região Norte

A rede coletora de esgotamento sanitário passou de 59,0%, em 2009, para 62,6%, em 2011, alcançando mais 3,8 milhões de

domicílios. O destaque foi o aumento de 63,8% na região Norte (de 547 para 896 mil unidades).

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Câmara | 25 de setembro de 2012

Projeto autoriza dedução de tributos da base de cálculo do Imposto de Renda

IPTU e IPVA são impostos diretos.

A Câmara analisa o Projeto de Lei 3824/12, do deputado Eduardo da Fonte (PP-

PE), que autoriza a dedução de despesas com IPTU e IPVA da base de cálculo do

Imposto de Renda Pessoa Física.

O deputado considera que o fato de a legislação atual permitir a incidência do

IRPF sobre a parcela da renda do contribuinte destinada ao pagamento do IPTU

e IPVA é uma situação de bitributação. “O IRPF incide sobre a renda e o patrimônio do contribuinte. Sobre o patrimônio que já

incidiu o IRPF incide novamente o IPTU e o IPVA”, justificou.

“A proposta de dedução abrange tão somente o IPTU e o IPVA por serem impostos diretos, ou seja, que incidem diretamente

sobre a renda e o patrimônio dos contribuintes”, acrescentou.

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça

e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

PL-3824/2012

Reportagem - Rodrigo Bittar

Edição - Wilson Silveira

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Câmara | 25 de setembro de 2012

Proposta acaba com a contribuição previdenciária sobre aviso prévio

Atualmente, as férias indenizadas já estão fora do cálculo do salário de contribuição.

A Câmara analisa o Projeto de Lei 3718/12, do ex-deputado Romero Rodrigues, que acaba com o pagamento de contribuição

previdenciária sobre o aviso prévio indenizado.

A exclusão estava prevista originalmente na Lei de Custeio da Previdência (8.212/91), mas foi retirada pela Lei 9.528/97. De

acordo com Rodrigues, o aviso prévio não pode ser tributado por ser uma indenização ao trabalhador e não uma parte de seu

salário. “É uma reparação de dano sofrido pelo trabalhador, por não ter sido avisado no tempo legal da rescisão de seu

contrato de trabalho”, disse.

Rodrigues lembra que o Superior Tribunal de Justiça já tem decisões a favor da exclusão do pagamento de contribuição

previdenciária sobre o aviso prévio indenizado.

Tramitação

A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público;

de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

PL-3718/2012

Reportagem – Tiago Miranda

Edição – Natalia Doederlein

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Folha de Londrina | 25 de setembro de 2012

Mercado prevê manutenção de juros básicos em 7,5%

O mercado elevou a estimativa para a inflação oficial e para a taxa básica de juros, a Selic, neste ano. As informações foram

divulgadas ontem no boletim Focus, do Banco Central.

De acordo com a previsão, o mercado aposta que a Selic deve permanecer no patamar atual, de 7,5% ao ano (o menor da

história). Na semana passada - e por seis semanas seguidas -, a expectativa era de que a taxa terminasse este ano em 7,25%,

mas o cenário inflacionário fez a maioria das apostas mudarem.

A meta de inflação do governo é 4,5%, com teto de 6,5%. A inflação acumulada em 12

meses, que vinha recuando, subiu para 5,24% em agosto. A Selic é o principal

instrumento do BC de controle da inflação. Com os preços em alta, a tendência é de

aumento da taxa de juros para segurar o consumo e evitar o repique.

Assim, a estimativa deste ano para inflação oficial (medida pelo IPCA, Índice de Preços

ao Consumidor Amplo) também foi elevada (pela 11 semana consecutiva), passando de

5,26%, na semana passada, para 5,35%. Há um mês a estimativa era de 5,19%. Para

2013, a previsão foi mantida em 5,50%.

Depois de sete semanas de redução na projeção do Produto Interno Bruto (PIB), o

boletim aponta para a manutenção da expectativa de crescimento de 1,57% neste ano.

Para 2013, a previsão também foi mantida em 4%.

O Banco Central espera um crescimento de 2,5% neste ano, enquanto a taxa projetada

pelo governo foi reduzida na semana passada de 3% para 2%. As estimativas para o

valor do dólar em 2012 e 2013 permaneceram inalteradas em R$ 2 para ambos casos.

O boletim Focus é elaborado pelo BC a partir de consultas feitas a instituições financeiras

e expressa, semanalmente, como o mercado percebe o comportamento da economia.

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Folha de Londrina | 25 de setembro de 2012

Bancos apelam à Justiça para enfraquecer greve

Os bancos começam a recorrer à Justiça para tentar minimizar os efeitos da greve dos bancários que completa hoje uma

semana. Ontem, o Itaú conseguiu uma liminar de interdito proibitório concedida pela 9 Vara do Trabalho de Curitiba. A multa

diária, caso a decisão não seja cumprida, é de R$ 10 mil. Este recurso utilizado pelos bancos tem como objetivo impedir que

os empregados em greve bloqueiem a entrada e saída de pessoas nas instalações das agências ou dificultem a livre circulação

e o direito de ir e vir das pessoas.

A juíza da 7 Vara do Trabalho de Curitiba, Ana Maria das Graças Veloso, também concedeu uma liminar ao HSBC de interdito

proibitório. A multa diária para o descumprimento da decisão foi fixada em R$ 50 mil. Já o pedido de liminar formulado pelo

banco Santander foi indeferido pela 13 Vara do Trabalho de Curitiba, por não ter sido constatado impedimento das pessoas

na entrada do estabelecimento. A reportagem entrou em contato com o Sindicato dos Bancários para que comentasse as

decisões judiciais, mas não teve retorno até o fechamento desta edição.

Ontem, a greve estava um pouco mais intensa do que na última sexta-feira. No Paraná, estavam fechadas 636 agências

bancárias com 20 mil funcionários em greve. Em Curitiba e Região, eram 337 agências sem funcionamento, 13 centros

administrativos e 15,2 mil bancários de braços cruzados ou 85% da categoria. Todas as agências da Caixa Econômica Federal e

do Banco do Brasil permaneciam fechadas ontem na Capital.

Como base de comparação, na sexta-feira eram 309 agências fechadas em Curitiba e Região e 591 no Paraná. No primeiro dia

de greve eram 212 agências em Curitiba e 336 no Paraná sem funcionamento. Em Londrina, havia 81 agências fechadas

ontem. Até o fim da tarde de ontem, não havia nenhuma nova negociação marcada com a Federação Brasileira de Bancos

(Febraban).

No interior do Estado a greve segue ainda em Apucarana (24 agências fechadas), Arapoti (30), Campo Mourão (20), Cornélio

Procópio (29), Guarapuava (23), Paranavaí (37) e Umuarama (55).

A Febraban ofereceu 6% de reajuste. Os bancários querem 10,25% de aumento, valorização do piso, PLR maior, valorização

do emprego, fim da rotatividade, melhores condições de saúde e trabalho, igualdade de oportunidades e mais segurança nas

agências.

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G1 | 25 de setembro de 2012

MP do Código pode ser votada nesta terça; veja gargalos da nova lei

O Senado pode votar nesta terça-feira (25) a medida provisória (MP) que completa lacunas deixadas pelos vetos presidenciais

ao texto do novo Código Florestal aprovado pelo Congresso e já sancionado por Dilma Rousseff.

O conjunto de Código e MP vai regulamentar a exploração de terras no país, estabelece onde a vegetação nativa tem de ser

mantida e onde pode haver diferentes tipos de produção rural. O atual código em vigor é de 1965, com modificações.

Editada em maio pela presidente Dilma Rousseff, a MP continha 12 vetos e 32 modificações ao projeto que tramitou pelo

Congresso. Ao passar novamente pela Câmara, a MP sofreu novas alterações que agora serão votadas pelos senadores –

última etapa antes da presidente sancionar ou vetar a MP.

Com o processo de elaboração dessa nova lei ambiental brasileira chegando na reta final, o G1consultou representantes do

setor agropecuário e do setor ambiental para que apontassem os principais gargalos que podem dificultar o funcionamento

dessa legislação. Veja os principais pontos destacados:

'Escadinha'

A criação de escala para recuperação das matas nas margens de rios de acordo com o tamanho da propriedade, criada pela

MP e modificada na comissão, é considerada injusta por ambientalistas e ruralistas, mas por motivos diferentes. De acordo

com Fábio Meirelles, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), a recomposição

imposta ao pequeno produtor, por seguir um padrão nacional, “não atende as peculiaridades do país”. Além disso, pode

“custar caro” demais aos agricultores devido à falta de financiamento.

André Lima, assessor para políticas públicas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), pondera que a mudança

da área de recomposição em função do tamanho do imóvel vai gerar confusão, já que parte do pressuposto de que todos os

produtores descumpriram a lei. “Aquele que não desmatou será injustiçado. (...) Essa nova regra obriga a recompor quem

manteve a floresta em pé, sem criar benefícios”.

Recomposição de APPs feita por estados

Segundo a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), outra

incongruência da nova lei é a impossibilidde de os estados legislarem sobre a recomposição de áreas desmatadas em vez da

União.

“Independentemente da escadinha, a recomposição tinha que ser decidida nos estados, que poderiam avaliar melhor a

situação individual dos produtores, com um conceito social”, explica. Da mesma opinião compartilha Meirelles, da Faesp,

afirmando que um código ambiental estadual evitaria conflitos e dificuldades para o setor produtor de alimentos.

Cadastro Ambiental Rural (CAR)

A exigência do mapeamento de propriedades por satélite e cadastro em secretarias estaduais de Meio Ambiente, que deverão

fiscalizar as áreas antes de liberar financiamentos agropecuários, seria uma boa iniciativa se sua aplicação não demorasse tanto

a vingar, afirma Paulo Barreto, do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Segundo ele, a lei ambiental

dá margem aos bancos para que usem os dados apenas 5 anos após a entrada em vigor da lei, o que poderia acelerar o

desmatamento.

Ainda em relação ao CAR, Fábio Meirelles, da Faesp, afirma que é alto o custo que o produtor rural terá para mapear sua

propriedade. De acordo com ele, o micro e pequeno produtor terão que desembolsar altos valores sem ter garantias da

liberação de financiamentos.

Rios efêmeros deixam de ser área de preservação permanente (APP)

Apesar do acordo feito entre o Congresso e o governo para ampliar a proteção aos rios temporários, deixam de ser APP os

rios efêmeros, que são cursos d´água superficiais que dependem de chuvas para existirem, sem se alimentarem do lençol

freático. Segundo Tasso Azevedo, ex-diretor geral do Serviço Florestal Brasileiro, essas áreas não poderiam deixar de ser

contempladas pela lei ambiental pois podem abrir precedentes para novos desmatamentos.

Os rios efêmeros são especialmente importantes em áreas que já sofrem de escassez de água, como no Nordeste.

Ausência de incentivos ambientais

Um dos pontos criticados por ambientalistas e ruralistas é a falta de criação de incentivos financeiros para produtores rurais

que conservam vegetação nativa em sua propriedade. Segundo Seneri Paludo, diretor-executivo da Federação da Agricultura

e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), apesar de o novo Código Florestal trazer segurança jurídica para o agricultor,

ele precisará de incentivos para recompor os hectares desmatados – de acordo com Paludo, cada hectare recuperado custaria

cerca de R$ 6 mil.

Paulo Barreto, do Imazon, considera que este aspecto foi uma oportunidade perdida na elaboração do Código, que poderia

incluir, por exemplo, o pagamento por serviços ambientais, uma forma de remunerar quem conserva a mata.

Topos de morro

A modificação da regra de que são APPs apenas topos de morros que tenham no mínimo cem metros de altura (a contar da

planície) faz com que 80% dos morros de estados como São Paulo, Bahia e Santa Catarina fiquem, em teoria, passíveis de

desmatamentos, segundo Tasso Azevedo. “Apenas 20% [dos morros] se enquadram na característica do novo código”, explica.

André Lima, do Ipam, também entende que essa alteração dá brecha para desmates legalizados.

Replantio com espécies frutíferas

Um dos pontos polêmicos na lei ambiental é a possibilidade de recompor áreas de proteção permanente degradadas com

espécies frutíferas - e não apenas com espécies nativas. Para ambientalistas, isso cria o risco de impacto principalmente se o

plantio ocorrer em beira de rios, por causa do uso de agrotóxicos nesses pomares.

"Quem desmatou será beneficiado duas vezes: ele poderá plantar, por exemplo, laranjais em APPs e ainda faturar com a

venda dessas frutas", argumenta André Lima, do Ipam. Já Seneri Paludo, da Famato, afirma que a exploração de forma correta

não traz risco ao meio ambiente.

APP urbana

O projeto de lei do Código Florestal não trata da recomposição de mata ciliar dos rios urbanos, além de não englobar

arborização das cidades com espécies nativas. O documento passa a atribuição de recompor faixas marginais desses rios para

os municípios, que devem delimitar o uso do solo nos seus planos diretores.

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G1 | 25 de setembro de 2012

Preocupação com economia global reforça cautela nos mercados

O mercado financeiro internacional inicia a semana dando sinais de cautela, preocupado com a capacidade de recuperação da

economia global e também com a situação fiscal da Grécia e da Espanha. Na sessão desta segunda-feira, a divulgação do

índice Ifo de sentimento econômico da Alemanha, que recuou para 101,4 pontos em setembro (ante estimativa de 102,3

pontos), confirma que até mesmo a maior economia da região sente os efeitos da desaceleração econômica em curso.

Outra má notícia, conhecida no fim de semana, é que um conselheiro do Banco do Povo da China afirmou que a economia do

país não deve ter uma retomada até 2013. Os receios com o futuro da economia mundial foram reforçados dos rumores de

que a Grécia poderia precisar de mais 20 bilhões de euro. A notícia foi negada pelo governo grego, mas não convenceu

totalmente os mercados. Por fim, contribui para limitar o apetite por risco a indefinição em torno do pedido de ajuda por parte

da Espanha.

Diante desse quadro, as bolsas internacionais voltaram a cair. O clima negativo afeta também as commodities e o preço do

petróleo cai. Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o Ibovespa mostra volatilidade.

O índice abriu em queda e agora tenta se manter em terreno positivo, sentindo um movimento de correção após cair mais

que seus pares externos na sexta-feira. Por volta de 11h45, o Índice Bovespa subia 0,46%, para 61.600 pontos. O volume

financeiro era de R$ 1,331 bilhão.

Entre as ações mais líquidas da bolsa brasileira, Vale PNA cai 0,95%, para R$ 36,35; Petrobras PN recua 0,09%, para R$ 22,68;

OGX ON sobe 0,16%, para R$ 6,32; Itaú PN avança 0,06%, para R$ 33,67; e Bradesco PN tem baixa de 0,22%, para R$ 35,52.

Dólar

O clima de aversão a risco que predomina no exterior se faz sentir nas operações cambiais domésticas, e o dólar sobe ante o

real. Mais uma vez, o noticiário da zona do euro concentra as atenções.

Do lado doméstico, as operações são orientadas ainda pelo constante receio de intervenção do governo no câmbio. Na sexta-

feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi explícito ao dizer que o governo pode reforçar as compras de dólares e

aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em operações cambiais para evitar uma apreciação do real.

Nesta manhã, o dólar opera em alta de 0,34%, a R$ 2,030, após ir a R$ 2,031 (+0,40%). Na Bolsa de Mercadorias e Futuros

(BM&F), o contrato de dólar para outubro ganhava 0,24%, a R$ 2,031.

Juros futuros

Os juros futuros seguem o clima externo e operam em queda. O recuo ocorre a despeito do resultado da pesquisa Focus,

divulgada nesta manhã, que aponta alta da projeção da inflação e da previsão da taxa Selic para 2012.

A mediana das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2012 avançou de 5,26% para

5,35%, e manteve-se em 5,50% para 2013. Já a estimativa para a Selic no fim deste ano foi corrigida de 7,50% para 7,25%,

provavelmente por causa da onda de estímulos monetários concedidos no mundo - inclusive no Brasil, onde houve

flexibilização do compulsório -, o que reforçou a preocupação com inflação no mundo.

Na BM&F, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) janeiro/2014 opera a 7,76%, depois de bater a mínima de 7,75% (7,78%

na sexta-feira). DI janeiro 2013 recua a 7,27%, de 7,28% na sexta-feira.

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CBIC | 25 de setembro de 2012

Comissão de obras públicas da CBIC debate RDC e PAC no dia 25, em Brasília

A Comissão de Obras Públicas (COP) da CBIC se reunirá nesta terça-feira, dia 25 de setembro, em Brasília, para discutir o

Regime Diferenciado de Contratação (RDC).

A exposição será feita pelo advogado Benedicto Porto Neto, a partir das 11h, na sede da CBIC. Já a partir das 14h30, na sede

do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, será realizada reunião sobre o Programa de Aceleração do Crescimento

(PAC 2) para análise e propostas de medidas para superação dos gargalos existentes.

Participarão dessa reunião, além dos membros da COP/CBIC, a equipe do PAC, da Caixa Econômica Federal e do Ministério

das Cidades.

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G1 | 25 de setembro de 2012

FMI deve reduzir previsão de crescimento mundial, diz Lagarde

O próximo relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), a ser divulgado em outubro, deve mostrar uma piora nas

perspectivas de crescimento da economia mundial, apontou nesta segunda-feira (24) a diretora do fundo, Christine Lagarde. O

último relatório, divulgado em julho, previa uma alta de 3,5% no PIB mundial em 2012.

“Nós continuamos a projetar uma recuperação gradual, mas o crescimento global deverá ser mais fraco do que havíamos

antecipado em julho”, afirmou, segundo discurso prévio à reunião anual do fundo, que acontecerá em Tóquio.

Segundo Lagarde, um “número de fatores” está pesando sobre a economia global. “No centro de todos eles, está o elemento

de incerteza; incerteza sobre se os políticos serão capazes cumprir suas promessas”. “Nós precisamos que os tomadores de

decisão tomem atitudes”, apontou.

A diretora do FMI afirmou que a Europa “obviamente” se mantém no epicentro da crise, e é onde são necessárias ações mais

urgentes. De acordo com ela, não há alternativas senão colocar “de volta nos trilhos” as reformas estruturais e os ajustes fiscais.

Os Estados Unidos, apontou, são outro “grande risco”, devido ao chamado “penhasco fiscal” – mecanismo de cortes

automáticos de gastos públicos e o fim de isenções de impostos de grande porte que entrará em vigor automaticamente em

janeiro, caso um orçamento não seja aprovado antes. Esse mecanismo, segundo Lagarde, reduzirá o crescimento do país em

até 2%.

Mercados emergentes

Os mercados emergentes – que foram uma “luz na escuridão quando a crise chegou” – não estão mais à margem do

problema, segundo a diretora do FMI. “Depois de vários anos de forte crescimento, essa dinâmica está mudando”, apontou.

“Os grandes mercados emergentes estão desacelerando. Eles precisam tomar ações para se posicionar como os líderes do

crescimento global no futuro. O foco deve ser em conter vulnerabilidades – sejam elas domésticas ou externas”.

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G1 | 25 de setembro de 2012

Conteúdo digital deve chegar a 80% do total até 2020, diz pesquisa

O conteúdo digital será o segmento de maior crescimento da área de mídia e entretenimento na próxima década, com

previsão de responder por 80% do conteúdo consumido até 2020, contra dois terços em 2010, segundo pesquisa sobre o

setor de mídia e entretenimento feita pela Economist Intelligence Unit (EIU), encomendada pela UK Trade & Investment (UKTI),

departamento do governo britânico que promove comércio e investimentos internacionais

Entre 2006 e 2010, o gasto com mídia e entretenimento no Brasil cresceu 56%, contra 7% na Alemanha e 8% nos Reino Unido.

“O crescimento da classe média e da economia brasileira como um todo na década de 2001 a 2011 está entre os fatores que

explicam o otimismo dos empresários brasileiros com a indústria da criatividade”, diz Alasdair Ross, editor sênior da Economist

Intelligence Unit.

Entre 2011 e 2015, Brasil e China devem ser os países com maior potencial de crescimento, por volta de 12%, de acordo com

dados da Price WaterhouseCoopers (PwC).

Modelo comercial

Segundo o levantamento, apenas uma em cada dez empresas (9%) no Brasil encontrou um modelo digital de sucesso

comercial e duas em cada cinco têm uma estratégia de crescimento baseada no conteúdo digital (41%).

Na amostra mundial da pesquisa, o percentual de empresas que já encontraram um modelo de distribuição digital

comercialmente viável também é baixo, de apenas 12%. A expectativa de encontrar um modelo de distribuição digital

comercialmente viável nos próximos três anos é uma realidade para 61% dos pesquisados em nível mundial e 69% no Brasil.

Os sites e as mídias sociais são apontados por 45% dos empresários brasileiros como os prováveis principais canais de

marketing em termos de custo/benefício para as empresas atingirem seus consumidores nos próximos três anos, segundo o

estudo. A TV online é vista como oportunidade por 78% dos empresários entrevistados, o dobro da expectativa que a mídia

tem na China.

No Brasil, 75% dos empresários entrevistados dizem que o modelo digital torna mais difícil atingir o consumidor em seu

ambiente preferido. A revolução digital é vista como um processo que ainda está começando para 41% dos empresários

brasileiros.

As empresas brasileiras, em particular, mostram grande entusiasmo em adotar o conteúdo interativo. De acordo com a

pesquisa, 80% das empresas do país desenvolveram produtos com interface interativa nos últimos três anos para aumentar as

receitas digitais, contra 52% das empresas chinesas e 59% das europeias.

Ritmo do crescimento

Mas a freada no crescimento pode trazer problemas, de acordo com o estudo. “Brasil, Índia e China têm economias em franca

expansão e suas classes médias são grandes consumidores de mídia”, afirma Nick George, Sócio de Entretenimento e Mídia da

PwC, entrevistado na pesquisa. “Há uma forte correlação entre o crescimento do PIB e os gastos do consumidor com mídia e

entretenimento. Logo, é natural que as maiores taxas de crescimento no setor de mídia ocorram em mercados de alto

crescimento.”

A pesquisa a pesquisa global foi realizada por meio de entrevistas a 485 executivos do setor de mídia e entretenimento na

Europa, América do Norte, Ásia-Pacífico e Brasil, de empresas com faturamento mínimo de US$ 1 milhão; um levantamento de

dados secundários e entrevistas aprofundadas com empresas.

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CBIC | 25 de setembro de 2012

Governo faz reforço no capital da Caixa e do BB

Os empréstimos concedidos pela União à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil (BB) têm o objetivo de ampliar a

capacidade de oferta de crédito e garantir a continuidade do aumento de participação [dessas instituições] no mercado,

afirmou o Ministério da Fazenda em nota à imprensa.

Segundo medida provisória publicada na sexta-feira, a União dará crédito de até R$ 13 bilhões à Caixa e de R$ 8,1 bilhões ao

BB. Os recursos serão um híbrido de capital e dívida e serão aptos a integrar o patrimônio de referência dos bancos, o que

garante o aumento de suas carteiras de crédito.

O governo, porém, definiu o destino dos recursos. Na Caixa, R$ 3 bilhões destinam-se ao financiamento de material de

construção e bens de consumo durável para pessoas físicas, R$ 3,8 bilhões são para projetos de infraestrutura e o restante é

de uso livre. Já para o BB, os R$ 8,1 bilhões devem ser destinados à safra agrícola 2012/13.

Com a operação, o BB deve fortalecer seu índice de Basileia - que mede a capacidade de alavancagem das instituições

financeiras - em até 1,2 ponto, calculam analistas do J. Safra. Dessa forma, o índice pode chegar a 15,4%, ante 14,2% no

segundo trimestre. A operação também dará fôlego à Caixa, cujo índice de Basileia está em 12,7%, próximo do limite mínimo

definido pelo Banco Central de 11%, segundo fonte ouvida pelo Valor.

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G1 | 25 de setembro de 2012

Em mutirão, Correios separaram e entregaram 24 milhões de entregas

Adesão à greve permanece inalterada, segundo empresa e confederação.

TST marcou para 5ª o julgamento do dissídio, se não houver acordo na 3ª

No mutirão realizado no último fim de semana (22 e 23) para colocar as entregas em dia | 25 mil trabalhadores

dos Correios fizeram a triagem e a entregas de 23,7 milhões de cartas e encomendas, segundo a empresa divulgou em nota

nesta segunda-feira (24).

A ação, que faz parte do plano de contingência da empresa para garantir a prestação de serviços à população, contou com a

participação de mais de 22 mil carteiros e 2,8 mil empregados administrativos realocados para a atividade.

A adesão à greve segue inalterada desde o primeiro dia, segundo a empresa e a confederação dos trabalhadores. De acordo

com os Correios, 91% dos 120 mil empregados trabalharam normalmente nesta segunda, ou seja, 10.891 aderiram à

paralisação, pela medição feita por meio do ponto eletrônico. A empresa diz que todas as agências estão abertas.

Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), a adesão se

mantém em 70% a 80% da área operacional dos 26 sindicatos que aprovaram a greve. Na área operacional atuam

trabalhadores como carteiros, atendentes e operadores de triagem, ou seja, relacionados às entregas.

Nesta segunda, segundo James Magalhães, diretor de imprensa da Fentect, houve um ato em frente à sede da empresa em

Brasília para pressionar pela aprovação das negociações entre da reunião de amanhã e a federação protocolou uma contra-

proposta no TST. "Também queremos demonstrar com isso que queremos diálogo, desde o início queremos", diz Magalhães.

Serviços suspensos

Desde quarta, os Correios suspenderam os serviços com “hora marcada” (Sedex 10, Sedex 12, Sedex Hoje e Disque-Coleta)

destinados a São Paulo capital e região metropolitana, Tocantins, Distrito Federal, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

No Rio de Janeiro, está suspensa a entrega de Sedex Hoje e o Disque-Coleta.

TST

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) deve julgar o dissídio coletivo dos servidores dos Correios em sessão extraordinária na

quinta (27), caso não haja acordo entre os funcionários e a direção da empresa durante a segunda audiência de conciliação

entre as partes, marcada para esta terça, a partir das 14h.

A direção da empresa e a Fentect não conseguiram se entender em audiência de conciliação promovida pelo TST na última

quarta-feira (19). A ministra Kátia Arruda, responsável pelo caso, determinou que o movimento grevista mantenha pelo menos

40% do efetivo trabalhando em cada unidade dos Correios, sob pena de R$ 50 mil por dia.

De acordo com o TST, a ministra pediu, na última sexta, que a Federação se manifeste sobre informação prestada pela ECT de

que a determinação da liminar não estaria sendo cumprida.

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O Globo | 25 de setembro de 2012

Financiamento do Minha Casa, Minha Vida terá juro menor

O governo deve anunciar nos próximos dias mais uma redução de juros para o programa Minha Casa, Minha Vida. O

Ministério das Cidades vai propor, na reunião do Conselho Curador do FGTS, depois de amanhã, o corte de 8,16% para 7,16%

ao ano nos juros para a faixa 3 do programa — que atende pessoas com renda de R$ 3.100,01 a R$ 5.000. A informação foi

dada ontem pelo presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Jorge Hereda, e confirmada pelo ministério:

— O governo está propondo ajuste tanto na tabela de juros, quanto no limite de subsídio e nos limites por estado. Essa tabela

está sendo discutida no Ministério das Cidades com o Conselho Curador do FGTS.

Segundo ele, em outubro o Minha Casa, Minha Vida deve chegar a dois milhões de habitações contratadas, sendo que mais

de um milhão entregues. Há ainda outras 680 mil casas em fase de construção. Desse total, entre 95% e 99% são

administrados pela Caixa:

— Temos conseguido manter um crescimento no crédito do Minha Casa, Minha Vida.

Crédito deve crescer 42%

O banco informou que pretende fechar o ano com R$ 100 bilhões em operações para o crédito imobiliário, contra concessões

de R$ 80 bilhões no ano passado. A meta da Caixa é que a carteira de crédito do banco cresça 42%, neste ano, e 40%, em

2013 — bem acima da média das instituições privadas, em torno de 15%. Esse crescimento será possível em parte graças ao

aporte de R$ 13 bilhões feito pelo Tesouro na semana passada. Hereda disse que o banco também busca fontes de

financiamento para suas operações no exterior.

Parte do atendimento ao novo público será feito por meio da expansão física do banco, que pretende abrir mais duas mil

agências até o fim de 2014 e contratar mais 12 mil funcionários até o ano que vem.

A Caixa lançou ontem a linha de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa) para projetos do setor público e

privado no país. O banco oferecerá R$ 6 bilhões para esses empréstimos, que terão prazo de até 20 anos para serem

amortizados, com até cinco anos de carência.

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G1 | 25 de setembro de 2012

Greve dos bancários mantém mais de 9 mil agências paradas, diz Contraf

A greve dos bancários fechou 9.386 agências no país nesta segunda-feira (24), segundo a Confederação Nacional dos

Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). De acordo com dados do Banco Central, há 21.713 agências bancárias no país,

ou seja, 43% das agências ficaram com as portas fechadas nesta segunda.

A greve começou na terça-feira, fechando 5.132 agências, de acordo com a entidade. O balanço desta segunda foi elaborado

pela Contraf com dados enviados até as 20h30 pelos 137 sindicatos e dez federações que são representados pelo Comando

Nacional dos Bancários.

“A cada dia que passa, aumenta a indignação dos bancários com o silêncio dos bancos em retomar as negociações com o

Comando Nacional e apresentar uma nova proposta que contemple as reivindicações da categoria”, afirmou Carlos Cordeiro,

presidente da Contraf e coordenador do Comando Nacional, por meio de nota.

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) disse que não vai se pronunciar sobre a contnuidade da greve e a quantidade de

agências paradas.

De acordo com a confederação, a intenção dos bancários é fechar as agências, mas manter caixas eletrônicos e bancos pela

internet funcionando.

Obrigações

Apesar da paralisação, o consumidor não fica dispensado de pagar faturas, boletos bancários ou qualquer outra cobrança,

segundo a Fundação Procon-SP. No entanto, para isso, a empresa credora ou concessionária de serviço deve oferecer outras

formas e locais para que os pagamentos sejam feitos, segundo a entidade.

A recomendação do Procon é que o consumidor entre em contato com a empresa e peça essas opções de forma de

pagamento, como por internet, sede da empresa, casas lotéricas ou código de barras para pagamento nos caixas eletrônicos.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) orienta o consumidor que os pagamentos de contas e tributos podem ser feitos

por meio dos caixas eletrônicos, internet, centrais de atendimento, correspondentes bancários e débito direto autorizado

(DDA), um serviço no qual é preciso se cadastrar e que permite receber os boletos de forma eletrônica e pagar também

inclusive as contas vencidas.

Reivindicações

Segundo nota da confederação, entre as reivindicações dos bancários estão o reajuste de 10,25% nos salários (aumento real

de 5%), uma participação nos resultados equivalente a três salários mais R$ 4.961,25 fixos, piso salarial de R$ 2.416,38, criação

do 13º auxílio-refeição e aumento dos benefícios já existentes para R$ 622, fim da rotatividade e das metas "abusivas",

melhores condições de saúde e trabalho e mais segurança nas agências.

A Fenaban propôs um reajuste de 6% (aumento real de 0,58%), rejeitado pelas assembleias dos bancários em todo país. A

Fenaban disse em nota que "lamenta a decisão dos sindicatos de bancários de recorrer à greve" e que não irá comentar a

adesão à greve.

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Rede Brasil Atual | 25 de setembro de 2012

Pnad: negociação sindical e aumento do salário mínimo são responsáveis por

queda da desigualdade

Aumentos reais dos salários mínimo nos últimos anos e negociações de sindicatos para garantir reajustes salariais são os dois

principais responsáveis pela redução da desigualdade entre pobres e ricos no país, apresentada sexta (21) pela Pesquisa

Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). A análise é do coordenador de estudos de desenvolvimento do Dieese, Ademir

Figueiredo.

De acordo com os dados, o Índice de Gini, que mede as diferenças sociais, que recuou de 0,518 em 2009 para 0,501 em 2011

(quanto mais próximo de zero, menos concentrada é a distribuição de renda).

“Um dos responsáveis são as negociações sindicais para reajustes salariais, que vem permitindo que os trabalhadores

consigam recuperar a inflação e ter aumentos reais”, afirma Figueiredo. “Outro fator importante são as políticas de

recuperação do salário mínimo, que permitiu que ele crescesse pelo menos 64% nos últimos anos. Mais de 40 milhões de

pessoas têm seus rendimentos baseados no salário mínimo.”

Segundo o IBGE, o rendimento médio mensal dos trabalhadores cresceu 8,3% em 2011 na comparação com 2009, passando

de R$ 1.242 para R$ 1.345. O maior aumento percentual se deu no Nordeste, de 10,7%, chegando a R$ 910. No Centro-oeste,

a elevação média de 10,6% levou os rendimentos a R$ 1.624. Norte, com 7,7%, apresenta um rendimento médio de R$ 1.100.

O Sudeste tem a segunda maior média do país, R$ 1.522, e o Sul vem em seguida, com R$ 1.461.

A Pnad mostrou ainda que a maior elevação foi observada entre os 10% com rendimentos mais baixos, que avançaram 29,2%,

de R$ 144 para R$ 186. No geral, observou-se uma redução no crescimento do rendimento conforme o valor aumentava. Em

2011, os 10% da população ocupada com os rendimentos de trabalho mais elevados concentraram 41,5% do total de

rendimentos.

Para o professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Luiz Carlos Prado, o quadro

inaugura uma tendência. “Temos uma situação relativamente melhor. Esse conjunto de indicadores mostra que o Brasil

começa a caminhar para uma sociedade mais justa”. Ele avalia que a diminuição da desigualdade é reflexo do fortalecimento

da economia e de políticas de distribuição de renda adotadas pelo governo, como o programa Bolsa Família. Além disso, ele

ressalta que o crescimento econômico e o reduzido aumento populacional também garantem uma renda per capita maior.

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G1 | 25 de setembro de 2012

MTE regulamenta norma do trabalho em altura Objetivo da medida é evitar a ocorrência de quedas de altura.

O valor da multa varia de R$ 402,23 a R$ 6.078,09 por infração

Começa a valer a partir de quinta-feira (27) a Norma Regulamentadora nº 35, que trata sobre trabalho em altura e define os

requisitos e medidas de proteção para os trabalhadores que atuam nessas condições. A NR-35 foi publicada pela Secretaria de

Inspeção do Trabalho em março deste ano e tinha um prazo de 6 meses para que as empresas pudessem se adaptar às suas

exigências.

A principal obrigação do empregador prevista na NR 35 é de implementar em sua empresa a gestão do trabalho em altura,

envolvendo o planejamento, a organização e a adoção de medidas técnicas para evitar a ocorrência ou minimizar as

consequências das quedas de altura. Essa gestão envolve, além das medidas técnicas, como a análise de risco da atividade, a

implementação de um programa de capacitação. Já por parte dos trabalhadores, a principal obrigação é de colaborar com o

empregador na aplicação dessas medidas.

Com o fim do prazo previsto para adaptação, os auditores fiscais do trabalho farão inspeção em estabelecimentos verificando

o cumprimento do disposto na NR 35. O descumprimento da norma pode gerar punição as empresas, como autos de infração

e nas situações de risco grave e iminente de acidentes pode haver interdição. A multa por não cumprir normas de segurança e

saúde no trabalho varia em razão da gravidade da infração e do porte da empresa, podendo ir de R$ 402,23 a R$ 6.078,09

por infração.

“Na norma estão descritos e regulamentados o planejamento, a organização e a execução das tarefas de forma a garantir a

segurança e saúde dos trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente”, explica o diretor do Departamento de Segurança e

Saúde no Trabalho, Rinaldo Marinho Costa Lima.

Para Marinho, a NR 35 preenche uma lacuna, pois as medidas de proteção contra queda de altura eram previstas apenas em

normas específicas de segmentos econômicos, como a construção e a indústria naval. “Com a nova Norma, as obrigações

agora alcançam todas as empresas, incluindo diversos setores industriais e segmentos como o de telecomunicações e energia

elétrica, que utilizam trabalho em altura”, avalia.

Segundo o diretor, a NR 35 é uma importante ferramenta de prevenção de acidentes de trabalho. “Estima-se que as quedas

estejam presentes em 40% dos acidentes de trabalho. Agora que a Norma está aprovada e publicada, o desafio é garantir sua

efetiva aplicação nos ambientes de trabalho e o principal instrumento que temos para alcançar este objetivo é a inspeção do

trabalho, mas precisamos contar também com o apoio dos empregadores, trabalhadores, sindicatos e profissionais da área”,

afirma Marinho.

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Rede Brasil Atual | 25 de setembro de 2012

Ao reduzir conta de luz, Dilma colhe o que foi plantado em 2002

A partir de cinco de fevereiro de 2013, a conta de luz dos domicílios brasileiros será reduzida em 16,2% em média. Isso

significa que quem gasta R$ 200 por mês passará a pagar em torno de R$ 168. O corte será ainda maior para os

consumidores industriais, e poderá atingir 28%.

A medida, anunciada dez anos após o apagão no governo Fernando Henrique e a explosão tarifária, ajuda a recolocar o preço

da energia do país dentro dos padrões internacionais. O resultado é positivo. As famílias podem consumir mais com o

aumento da renda disponível, as empresas têm sua competitividade elevada e, de quebra, a inflação sofre um baque.

A presidenta Dilma Rousseff está finalmente colhendo o que fora plantado em 2002. Naquele ano, um grupo de técnicos

progressistas reunidos no Instituto Cidadania, base do programa de governo que elegeu Lula, lançou o documento “Diretrizes

e Linhas de Ação para o Setor Elétrico Brasileiro”.

A coordenação coube ao professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Luis Pinguelli Rosa. Entre os técnicos

participantes, além da própria Dilma, estavam Ildo Sauer, Roberto Pereira d´Araujo, Mauricio Tolmasquim, Roberto Schaeffer,

Ivo Pugnaloni, Carlos Augusto Kirchner e Joaquim de Carvalho.

Diante da crise provocada pelo racionamento de energia elétrica desde 2001, o documento criticava o modelo pró-mercado

lançado na era privatista da década de noventa, que aniquilou o planejamento estratégico público. O trabalho serviu de base

para o programa de governo de Lula e guiou, ainda que parcialmente, as reformas do marco regulatório iniciadas em 2003.

Dizia um trecho do programa de Lula, escrito sob administração tucana: “Ao longo da década de 1990, o atual governo

concluiu que os problemas existentes resumiam-se, simplesmente, à presença do Estado no setor elétrico. O modelo de

mercado que se procurou impor desestruturou o planejamento e, mesmo sem fazer as alterações cabíveis, privatizou

empresas e modificou as regras do setor abruptamente. Como resultado tem-se um setor elétrico profundamente

desajustado, necessitando ser ‘revitalizado’”.

Novo projeto

Com a vitória petista, Dilma foi alçada ao Ministério de Minas e Energia. Entre 2003 e 2004, uma nova legislação lançou novas

bases para o modelo elétrico, com o fortalecimento do planejamento estratégico pelo Estado. Foi criada a Empresa de

Pesquisa Energética (EPE), justamente com a função de avaliar permanentemente a segurança do suprimento de eletricidade.

Não se desejava, porém, uma volta ao passado e a estatização das empresas, como apontava o próprio programa de Lula.

“Nosso governo vai estimular a ampliação dos investimentos de empresas privadas na expansão do setor”, afirma o texto. Para

isso, estimulou-se um novo modelo de financiamento chamado “project finance”, com a meta de atrair tanto recursos privados

quanto públicos.

Esse mecanismo ajuda a diluir os riscos de implantação e operação de um novo projeto entre todos os atores envolvidos no

setor energético. Isso ocorre pois o fluxo de caixa do projeto é a principal fonte de pagamento do serviço e da amortização do

capital de terceiros, enquanto no financiamento corporativo tradicional as garantias são calcadas principalmente nos ativos dos

investidores.

Novas hidrelétricas em construção, como Belo Monte, utilizam o mecanismo do “project finance”. Segundo o diretor do

Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, Carlos Augusto Kirchner, que estava entre os técnicos mobilizados no Instituto

Cidadania, os investidores passaram a ter mais segurança, inclusive o BNDES, que financia boa parte dos projetos do setor.

Isso não significa, porém, que Kirchner esteja de acordo com todas as bases do novo modelo. O engenheiro defende, por

exemplo, a ampliação do tempo de contrato do consumidor livre, que em média tem pagado um preço muito mais baixo pela

energia em relação ao consumidor cativo. Isso traria mais equilíbrio ao modelo, defende ele.

Novo modelo?

Mais contestações vêm do Instituto Ilumina, outro polo do pensamento progressista sobre as questões da energia. Em uma

análise em que responde um documento divulgado pela Fiesp em agosto criticando o preço da eletricidade no país, o Ilumina

aponta as relações da entidade com o modelo privatista e faz críticas ao atual marco regulatório – que, para o instituto, é o

mesmo modelo de mercado anterior, e que apenas sofreu “correções imprescindíveis para permitir o seu funcionamento”.

“Por acaso se pode falar em sucesso para um modelo que em pouco mais de dez anos provocou a subida das tarifas para

patamares tão elevados? Que provoca apagões sucessivos de todo tipo, além de constantes explosões de bueiros na cidade

de maior projeção do país, as quais até já feriram gravemente turistas estrangeiros?”, diz a análise do Ilumina.

Ao menos à primeira crítica o governo tenta dar uma resposta. Além do corte no custo da energia a partir de fevereiro, o

ministro Guido Mantega (Fazenda) anunciou que está em estudo a redução da influência do IGPM e do IPCA na determinação

dos preços da energia. A ideia é desindexar os contratos a partir da renovação das concessões.

Mais uma preocupação vem dos trabalhadores do setor elétrico. Eles querem evitar que a conta da redução das tarifas seja

paga pela categoria. De acordo com o advogado do Sindicato dos Eletricitários do Sul de Minas e da Federação dos

Trabalhadores nas Indústrias Urbanas de Minas Gerais Maximiliano Nagl Garcez, a representação sindical dos eletricitários é,

nacionalmente, favorável à diminuição da conta de luz e à renovação de concessões.

O receio, entretanto, exige garantias para que estas medidas não sejam usadas pelas empresas como desculpa para demitir

trabalhadores, precarizar direitos e terceirizar ainda mais a atividade. “Isso não prejudica só os eletricitários, mas os próprios

consumidores com a queda de qualidade do serviço. Basta ver no que deu os ataques aos direitos dos trabalhadores

ocasionados pela privatização. Apagões, problemas de atendimento e até explosões de bueiros, comprovadamente reflexo da

terceirização”, disse.

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, refuta esta possibilidade. “As mudanças não impõem ao setor nenhuma

dificuldade adicional. Estamos tratando de um capital que já foi depreciado ou que está sendo pago, então não há nenhum

motivo para demissão ou precarização”, diz.

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Rede Brasil Atual | 25 de setembro de 2012

Justiça garante direito de livre manifestação a bancários de São Paulo

Os bancários de São Paulo tiveram nesse final de semana uma importante vitória contra a tentativa dos bancos de tolher o

direito de greve da categoria. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo cassou, em plantão no domingo (23), todas

as decisões de interdito proibitório em favor dos bancos, tomadas por juízes de Varas de Trabalho na semana passada. O

interdito proibitório (proibição de acesso a determinada área) é um instrumento jurídico que os bancos normalmente usam

para impedir a livre manifestação de trabalhadores na frente das agências. A greve dos bancários, em todo o país, completa

hoje (25) uma semana.

Em suas decisões, o desembargador ressaltou que em nenhum dos documentos apresentados pelos bancos nos interditos

havia provas de que a greve era abusiva. “Não restaram evidenciadas ilegalidades no fechamento de agências bancárias por

ocasião da paralisação deflagrada, mas sim, que houve apenas o livre exercício do direito de greve com as manifestações e

procedimentos que lhe são inerentes”, afirmou nos despachos.As liminares foram anuladas pelo desembargador plantonista

Ricardo Artur Costa e Trigueiros em resposta aos mandados de segurança impetrados pelo Sindicato contra os atos dos juízes

de primeira instância. Foram cassados todos os cinco interditos: dois do Santander, um em Osasco (região metropolitana) e

outro na capital; um do Banco do Brasil, em São Paulo; do Bradesco, também na capital; e do Itaú, em Osasco.

O juiz ponderou ainda que “o fechamento de agências bancárias por si só não se traduz em ilicitude, já que tal situação é

consequência natural da adesão dos trabalhadores ao movimento deflagrado pela categoria”. E que nos autos observou-se

que “houve proporcionalidade e razoabilidade, nos moldes do livre exercício do direito de greve”. Ao cassar as liminares, o

desembargador do TRT também criticou os altos valores das multas. Segundo ele, esses montantes resultariam na quebra

econômica das entidades de classe.

O desembargador Ricardo Trigueiro argumentou ainda ser óbvio que toda e qualquer greve cause alguma sorte de

transtornos, mas que “tais transtornos, que são inevitáveis, não podem servir de pretexto para a proibição ou restrição da

parede (sic), subtraindo aos sindicatos as armas legítimas da divulgação e do convencimento através dos pacíficos piquetes na

porta das empresas”.

Ele também ressaltou que os bancos, “na medida em que se constituem o seguimento mais próspero da economia em nosso

país”, deveriam “se direcionar à busca imediata de solução conciliatória que atenda os interesses das partes em conflito, sem

que seja necessário impor restrições ao exercício do direito de greve constitucionalmente assegurado ou inviabilizar

economicamente os sindicatos de classe”.

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Rede Brasil Atual | 25 de setembro de 2012

Fenaban procura comando nacional dos bancários e pede negociação nesta

terça

greve nacional dos bancários entra hoje (25) em seu oitavo dia com uma novidade: a Federação Nacional dos Bancos

(Fenaban) procurou na noite desta segunda-feira integrantes do comando nacional da categoria e solicitou uma nova rodada

de negociações para as 16h. É a primeira reunião entre as partes desde o dia 4. A greve começou no dia 18, após rejeição,

pelas assembleias, da proposta de 6% de reajuste salarial.

Assembléias realizadas nesta segunda em várias regiões decidiram manter a paralisação, com perspectiva de ampliação do

movimento. No fim de semana, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região obteve na Justiça decisão favorável

à liberdade de manifestação nos locais de trabalho. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro

(Contraf), ontem (24) foram fechados 9.386 agências e centros administrativos, no 26 estados e no Distrito Federal.

Após a rodada de negociação com a Fenaban, haverá também reuniões com as direções do Banco do Brasil e da Caixa

Econômica Federal, sobre aspectos específicos de seus acordos coletivos.

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Agência Brasil | 25 de setembro de 2012

Atividade da construção civil cai pelo quarto mês consecutivo

A atividade da construção civil teve nova queda em agosto, aponta a Sondagem Indústria da Construção, pesquisa divulgada

hoje (24) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador ficou em 48,1 pontos, operando pelo quarto mês

consecutivo abaixo da linha divisória dos 50 pontos. O índice varia de 0 a 100, sendo que as pontuações abaixo de 50 revelam

uma percepção negativa.

Segundo o economista da CNI Danilo Garcia, o desempenho negativo está relacionado à desaceleração da economia como

um todo. "Há uma nova situação econômica, com desaceleração do Produto Interno Bruto [PIB, soma das riquezas de um

país]. É um período de adaptação, há um novo cenário. Tivemos uma expansão muito forte em 2010, que não se sustentou

em 2011. Em 2012, já iniciamos o ano com uma demanda não tão grande", comentou.

Danilo Garcia disse que não há uma estimativa de reação no curto prazo e que o setor da construção espera pela retomada

do crescimento do PIB.

O desempenho das pequenas empresas foi o que mais contribuiu para o resultado negativo. Elas registraram 45,7 pontos em

agosto, enquanto as médias empresas marcaram 46,3 pontos e as grandes, 46,7. São consideradas pequenas as empresas que

têm de 10 a 49 empregados. As médias são as que têm de 50 a 249 funcionários, e as grandes as que possuem acima de 250

trabalhadores.

A evolução do número de empregados em agosto situou-se em 49,3 pontos. Com relação a esse indicador, também houve

destaque negativo para as pequenas empresas, já que elas registraram 47,6 pontos em agosto, enquanto as médias e grandes

empresas cravaram 49,6 e 49,8 pontos respectivamente, aproximando-as da linha divisória dos 50 pontos.

A Utilização da Capacidade de Operação (UCO) da construção subiu um ponto percentual entre julho e agosto, de 69% para

70%. No entanto, entre as pequenas empresas, esse indicador recuou de 66% para 62% no período. "Em geral, [os pequenos

empresários] têm uma dificuldade maior de se adaptar a cenários adversos", comenta Danilo Garcia.

Apesar da percepção pessimista sobre agosto, as perspectivas dos empresários para os próximos seis meses são otimistas. A

expectativa para a atividade nos próximos seis meses ficou em 57 pontos, enquanto a sobre novos empreendimentos e

serviços alcançou 56,7 pontos.

Os empresários também esperam aumentar as compras de matérias-primas e insumos nos próximos seis meses (57,8 pontos)

e voltar a contratar (56 pontos). No entanto, de acordo com o economista Danilo Garcia, "o otimismo não está tão alto como

em épocas de menor desempenho".

A Sondagem da Indústria da Construção trabalha com uma amostra de 475 empresas, das quais 176 são pequenas, 186

médias e 113 grandes. As avaliações dos empresários sobre o mês de agosto foram coletadas pela CNI no período de 3 a 14

de setembro.

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Agência Brasil | 25 de setembro de 2012

Eleitor levará em média 40 segundos para votar, calcula TSE

A onze dias do primeiro turno das eleições municipais, marcado para 7 de outubro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

informou hoje (24) que o tempo médio de votação será 40 segundos. O cálculo se baseou em informações coletadas em

eleições anteriores. O tempo de votação foi calculado a partir do momento em que o eleitor se dirige à urna até o instante em

que confirma o voto para o segundo cargo.

No próximo dia 7, o eleitor votará primeiro para vereador, depois para prefeito. Em cidades com mais de 200 mil eleitores, se

o primeiro colocado não obtiver, no primeiro turno, mais de 50% dos votos mais um, haverá segundo turno. No dia 28 de

outubro, está marcado o segundo turno das eleições municipais.

No pleito municipal de 2008, cada eleitor levou 31 segundos, em média, para votar nos candidatos a prefeito e a vereador, em

5.563 municípios. Agora as eleições ocorrem em 5.568 municípios.

Já o tempo médio de atendimento ao eleitor foi de 39 segundos, em 2008, segundo o TSE. O tempo de atendimento é

calculado a partir da digitação do número do título do eleitor por parte do mesário até a confirmação do voto no segundo

cargo.

A Justiça Eleitoral estimula que os eleitores levem a chamada cola no dia da votação. No papel devem conter os números de

seus candidatos. O TSE colocou à disposição um modelo de cola que pode ser imprimido e preenchido com os dados dos

candidatos a prefeito.

Pelo calendário eleitoral, o TSE fixou hoje (24) como último dia para os partidos políticos, a Ordem dos Advogados do Brasil

(OAB) e o Ministério Público impugnarem os programas usados nestas eleições.

Amanhã (25), será o último dia para a reclamação contra o quadro geral de percursos e horários programados para o

transporte de eleitores no primeiro e eventual segundo turnos de votação. Na próxima quinta-feira (27), será o último dia para

o eleitor requerer a segunda via do título eleitoral dentro do seu domicílio eleitoral.

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Agência Brasil | 25 de setembro de 2012

Sepúlveda Pertence renuncia à presidência da Comissão de Ética Pública

O presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, Sepúlveda Pertence, renunciou hoje (24) ao cargo. A

saída ocorre após a presidenta Dilma Rousseffnão ter renovado o mandato de dois conselheiros e indicado três novos nomes

para integrar o colegiado. Pertence estava na comissão desde dezembro de 2007.

“Não tenho nada contra os designados. Lamento, devo ser sincero, lamento a não recondução dos dois membros que eu

havia indicado para a comissão e que a honraram e a dignificaram. Lamento a não recondução que, ao que me parece, um

fato inédito na história da comissão”, disse ao ser questionado sobre o motivo de sua saída se referindo aos conselheiros

Marília Muricy e Fábio Coutinho.

A renúncia foi anunciada por Sepúlveda logo após a retomada das reuniões da comissão que tem encontros mensais mas, por

falta de quórum, havia se reunido pela última vez em julho. Antes de renunciar, Sepúlveda Pertence deu posse aos três novos

integrantes que foram indicados no último dia 3 pela presidenta Dilma Rousseff.

A comissão funciona agora com quatro conselheiros e o mais antigo deles, Américo Lacombe, assumiu temporariamente a

presidência, de acordo com informações da assessoria da Comissão de Ética Pública.

Os conselheiros que assumiram hoje o mandato são Marcelo Alencar de Araújo, procurador do Distrito Federal; Antonio

Modesto da Silveira, advogado atuante na área de direitos humanos e integrante do grupo Tortura Nunca Mais; e Mauro de

Azevedo Menezes, advogado trabalhista. Eles ficam no cargo por três anos e podem ser reconduzidos uma vez, por igual

período.

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Agência Brasil | 25 de setembro de 2012

Mercado financeiro mantém projeção de crescimento da economia em 1,57%

Depois de sete semanas seguidas com estimativas sendo reduzidas, a projeção de instituições do mercado financeiro para o

crescimento da economia – Produto Interno Bruto (PIB) – este ano foi mantida 1,57%. A informação consta do boletim Focus,

publicação semanal do Banco Central (BC) elaborada com base em estimativas para os principais indicadores econômicos.

Para 2013, a estimava permanece em 4%.

Para a produção industrial, a estimativa de retração este ano passou de 1,92% para 1,82%. Para 2013, a expectativa é de

recuperação, com estimativa de crescimento mantida em 4,25%.

A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB segue em 35,5%, este ano, e passou de 34% para

34,15%, em 2013.

A expectativa para a cotação do dólar tanto para o final do ano quanto para 2013 segue em R$ 2. A previsão para o superávit

comercial (saldo positivo de exportações menos importações) foi ajustada de US$ 18 bilhões para US$ 18,04 bilhões, este ano,

e de US$ 14,4 bilhões para US$ 14,48 bilhões, em 2013.

Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o

exterior), a estimativa passou de US$ 58,22 bilhões para US$ 57,75 bilhões, este ano, e permanece em US$ 70 bilhões, em

2013.

A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi ajustada de US$ 55

bilhões para US$ 56 bilhões, em 2012, e de US$ 58 bilhões para US$ 59,02 bilhões, no próximo ano.

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Notícias do TST | 25 de setembro de 2012

Aumento real só com indicadores objetivos de produtividade, diz TST Não há como fixar aumento real para a categoria profissional por intermédio de sentença normativa, se não existem

indicadores objetivos de produtividade. Com base nesse entendimento a Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do

Tribunal Superior do Trabalho não deu provimento a recurso do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, que

pretendia garantir reajuste salarial previsto em dissídio coletivo.

Em decisão monocrática, o presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen, deferiu parcialmente pedido da Empresa

Metropolitana de Águas e Energia S.A. (EMAE), para que fosse suspensa uma cláusula sobre reajuste salarial do Dissídio

Coletivo de Greve, ajuizado no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP). O ministro limitou o reajuste salarial

reivindicado pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo em 6,49%.

O sindicato recorreu dessa decisão, por meio de agravo regimental, afirmando haver indicadores objetivos de produtividade

suficientes para a concessão de reajuste salarial, exatamente como deferido pelo TRT. Alegou, ainda, que o reajuste teria sido

possível graças à flexibilização da cláusula de gerenciamento de pessoal, que vedaria a dispensa de determinado percentual

de empregados da empresa.

A cláusula suspensa parcialmente pela decisão do ministro João Oreste Dalazen dizia que a EMAE concederia reajuste salarial

de 8,10% a partir de 1º de junho de 2011, aplicados sobre os salários vigentes em 31 de maio de 2011. Esse reajuste, de

acordo com o ministro, representava aumento real da ordem de 1,5%.

De acordo com o ministro Dalazen, o TRT considerou como paradigma o percentual negociado pela categoria profissional

com a CESP, empresa do mesmo segmento econômico que a EMAE. Para o TRT, não haveria motivo para ausência de

isonomia no caso, tendo em vista que as duas empresas são sociedades de economia mista, sujeitas ao regime jurídico das

empresas privadas e à livre concorrência, explicou.

Ao analisar o caso, o ministro Dalazen observou que o TRT não amparou a concessão do reajuste salarial em indicadores

objetivos de produtividade, apenas limitou-se a estender o mesmo percentual de aumento concedido por empresa do mesmo

setor econômico da EMAE.

Ainda que houvesse elementos objetivos que sustentem a pretensão do sindicato autor, frisou o ministro, o TRT deixou de

observá-los. O ministro reafirmou que a imposição de cláusula de aumento real, via sentença normativa, somente é possível

quando fundada em indicadores objetivos de produtividade.

O ministro ressaltou, por fim, que a flexibilização da cláusula de gerenciamento de pessoal, alegada pelo sindicato, não

equivale à hipótese admitida pela SDC.

Com base nesses argumentos, a SDC negou provimento ao recurso do sindicato, por unanimidade.

(Mauro Burlamaqui/RA)

Processo: ES 6721-26.2012.5.00.0000

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Revista Consultor Jurídico | 25 de setembro de 2012

Trabalhador não é obrigado a aderir a greve DIREITO DE TRABALHAR

A Justiça do Trabalho em Florianópolis determinou que grevistas não podem proibir outros funcionários de trabalhar, caso não

queiram aderir à paralisação. De acordo com decisão liminar, a juíza Maria Aparecida Ferreira Jerônimo, da 3ª Vara do

Trabalho de Florianópolis, a greve é legal mas não pode ser imposta a outros trabalhadores. Concedeu Habeas Corpus a

funcionário da Caixa Econômica Federal, garantindo-lhe o direito de trabalhar.

O funcionário contou ter sido impedido entrar na agência em que trabalha na terça-feira (18/9). Segundo ele, representantes

do sindicato dos bancários disseram que seu nome não estava na lista de pessoas autorizadas pelo sindicato a entrar no

prédio. Depois de duas horas, durante um descuido da vigilância, o trabalhador conseguiu entrar na agência pela garagem, a

pé. Procurou a Justiça do Trabalho para evitar passar pela mesma situação de novo.

Maria Aparecida, na liminar, aplicou a lei 7.783/1989, a Lei de Greve. Segundo o artigo 6º, parágrafo 1º, do texto, as

manifestações e atos de persuasão utilizados pelos grevistas não podem impedir o acesso ao trabalho nem causar ameaça ou

dano à propriedade ou pessoa.

De acordo com a juíza, o fechamento dos locais de trabalho é, de certa forma, o objetivo de todo e qualquer movimento

paredista. O que não se pode admitir, segundo ela, é que isso ocorra “por meio da força, de forma a impedir o livre acesso de

clientes e empregados não grevistas aos interiores das agências”.

Novo entendimento

A juíza também destacou o novo entendimento do Tribunal Superior do Trabalho a respeito do Habeas Corpus. Foi no caso

do jogador de futebol Oscar (atualmente na Liga Inglesa), que estava em litígio com o São Paulo. Aceitou o HC impetrado

pelo atleta e garantiu sua liberdade contratual para continuar jogando no Internacional (RS).

Segundo a decisão do TST, transcrita em parte na liminar da magistrada catarinense, o HC não pode ser entendido como uma

medida a ser utilizada, unicamente, quando é violado o direito à locomoção em seu sentido físico de ir, vir ou ficar. Também

pode, segundo Maria Aparecida, ser usado contra abuso de poder praticados em relações de trabalho.

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Blog do Trabalho | 25 de setembro de 2012

Grupo Móvel resgata 45 trabalhadores em fazenda no TO

Grupo Especial de Operação Móvel de Combate ao Trabalho Escravo resgatou na última semana 45 trabalhadores de

situação análoga à de escravo na Fazenda Saznta Maria, zona rural do município de Marianópolis, no estado de Tocantins. Os

trabalhadores atuavam na catação de raízes e pedras para plantação de soja. As atividades consistiam em juntar pedras em

pequenos montes para posterior recolhimento com auxílio de uma caçamba. Vários grupos de trabalhadores se espalhavam

pelo campo.

Durante verificação física nas frentes de trabalho e alojamentos, os auditores fiscais do trabalho constataram as condições

degradantes a que os trabalhadores eram submetidos. Nas frentes de trabalho não era disponibilizado área de vivência para

alimentação, descanso e higiene pessoal e os trabalhadores eram obrigados a fazer refeição a céu aberto, sob sol escaldante.

A água consumida pelos trabalhadores era a de uma represa, próxima aos barracos, imprópria para o consumo humano,

sendo a mesma utilizada pelo gado. Conforme relato dos trabalhadores, vários deles já foram acometidos de diarréia e dor de

cabeça em virtude da qualidade da água bebida. Os trabalhadores estavam alojados em barracos cobertos por plástico preto,

sem proteção lateral e piso de chão batido e em um galpão utilizado para guardar máquinas, ferramentas, sal para gado,

combustível e agrotóxicos. Dormiam em redes e camas improvisadas.

A jornada de trabalho era iniciada às 6 horas e era encerrada às 18 horas, apenas com intervalo para o almoço de 45 minutos

à uma hora. Também havia trabalho noturno, pois 8 trabalhadores iniciavam a jornada às 18 horas e encerravam somente às

06 horas. Os trabalhadores afirmaram ainda que recebiam apenas luvas para o trabalho diário. Segundo os mesmos, as luvas

não aguentavam o tipo de serviço desenvolvido e rasgavam rapidamente, não havendo a reposição adequada. Não eram

fornecidos botinas, perneiras e chapéus aos trabalhadores.

Os auditores fiscais lavaram 12 autos de infração, efetuaram o registro em carteira de trabalho e o cálculo das verbas

rescisórias que totalizaram R$ 122,5 mil, além de emitirem as guias de seguro-desemprego para todos os trabalhadores que

retornaram para suas cidades de origem ao término da operação.

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