boletim informativo da paróquia de cossourado, fevereiro de 2011

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Boletim Informativo Paróquia de Cossourado |Propriedade: Conselho Económico Paroquial | Supervisão: Pe. Manuel Baptista | Director: Joaquim Casa Nova | Ano III | Nº 59 | Fevereiro 2011 | Edição Mensal (3º Dom.) | Distribuição Gratuita Nesta edição: Sacramento da santa Unção P2 Assembleia da paróquia … face a face com o Bispo… P3 Um Domingo dedicado ao Espirito Santo… P4 Homilia do Snr Bispo D.Antonio Couto P5 Tempo de QUARESMA P6 A visita do Sr. Bispo de Braga já era esperada desde há algum tempo, com expectativa, e até com muita impaciên- cia. Em 2009, quando os nossos jovens foram crismados em Macieira de Rates, já se falava que “a visita pastoral está para breve”. Mas não veio para o Crisma nessa altura… E em Dezembro passado, tivemos a visita do Sr. Arcebispo, D. Jorge Ortiga, para a inauguração do Centro Paroquial e Social. Lembram-se certamente da festa, porque nenhum dos presentes poderá jamais esquecer aquele grande dia para a nossa pequena aldeia…………………………......Pag.2 Fevereiro 2011 Visita Pastoral… Exploradores de Cossourado em caminhos de Santiago… As actividades entre agrupamentos de Escuteiros são sem dúvida o meio eleito para a angariação de diversos conhecimentos e o desenvolvimento de competências nos mais jovens, pois a troca de experiências é enorme para além da criação de amizades. Nos passados dias 21,22 e 23 de Janeiro, a II secção do Agrupamento de Escuteiros de Cossourado rumou até Valença …………..Pag.7 Um dia cinzento cheio de luz ...

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Sacramento da Santa Unção. Homilia do Sr. Bispo D.Antonio Couto …

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Boletim Informativo Paróquia de Cossourado |Propriedade: Conselho Económico Paroquial | Supervisão: Pe. Manuel Baptista

| Director: Joaquim Casa Nova | Ano III | Nº 59 | Fevereiro 2011 | Edição Mensal (3º Dom.) | Distribuição Gratuita

Nesta edição:

Sacramento da santa Unção … P2 Assembleia da paróquia … face a face com o Bispo… P3 Um Domingo dedicado ao Espirito Santo… P4 Homilia do Snr Bispo D.Antonio Couto P5 Tempo de QUARESMA P6

A visita do Sr. Bispo de Braga já era esperada desde há algum tempo, com expectativa, e até com muita impaciên-cia. Em 2009, quando os nossos jovens foram crismados em Macieira de Rates, já se falava que “a visita pastoral está para breve”. Mas não veio para o Crisma nessa altura…

E em Dezembro passado, tivemos a visita do Sr. Arcebispo, D. Jorge Ortiga, para a inauguração do Centro Paroquial e Social. Lembram-se certamente da festa, porque nenhum dos presentes poderá jamais esquecer aquele grande dia para a nossa pequena aldeia…………………………......Pag.2

Fevereiro 2011

Visita Pastoral…

Exploradores de Cossourado em caminhos de Santiago…

As actividades entre agrupamentos de Escuteiros são sem dúvida o meio eleito para a angariação de diversos conhecimentos e o desenvolvimento de competências nos mais jovens, pois a troca de experiências é enorme para além da criação de amizades. Nos passados dias 21,22 e 23 de Janeiro, a II secção do Agrupamento de Escuteiros de Cossourado rumou até Valença …………..Pag.7

Um dia cinzento cheio de luz ...

Cont. pag anterior.. Então, era de esperar que, como a nossa paróquia não tinha grandes problemas religiosos, ou sociais, que o Sr. Arcebispo não voltasse tão cedo. 0s intervalos entre as visitas são normalmente de 5 anos, mas a arquidiocese de Braga é muito povoada. Como sabem, só para

Barcelos, são 89 freguesias, 89 comunidades, todas activas,… todas vigorosas, (e, ao contrário do que se diz, “têm poucos problemas…”!). Estas 89 igrejas, ao serem visitadas, demorariam 89 semanas, ou seja mais de ano e meio!

Mas a vontade de Deus foi outra; ao início de Dezembro, ficou marcada uma visita não do Arcebispo, mas sim dum Bispo auxiliar, para o mês de Fevereiro. Assim ficou dito, assim foi feito. Ao início deste ano, a arquidiocese divulgou um programa para Visita Pastoral que pretendia fazer na nossa terra, e o Bispo esco-lhido foi o Sr. D. António Couto. Este bispo já foi falado neste bole-tim, quer no Crisma de Macieira de Rates, quer na festa da Cruzes, quer na festa da Sra. Aparecida.

Fevereiro 2011… Visita Pastoral… Visita do Sr. Bispo a Cossourado.

Página 2 Boletim Informativo Paróquia de Cossourado - Fevereiro 2011

Celebração do Sacramento da Unção dos Enfermos… o dom de Deus útil?

A Eucaristia estava marcada para Quinta-Feira 17 de Feve-reiro, às 16:30; e à hora certa, começou a celebração. Como eu não participei nesta celebração, não poderei dar muitos pormenores, mas as testemunhas são unânimes: para esta celebração tão importante, este sacramento de Cura, estava muito pouca gente. Segundo as fontes, estariam entre 20 e 40 pessoas, o que teremos que reconhecer, é uma assistência bastante reduzida, e até pobre. Provavelmente que a maioria dos habitantes de Cossourado ficou em casa, por ignorância ou por preguiça. Para estes últimos, nada há a fazer! Mas para os primeiros, teria sido bom que tivessem falado com o Sr. Padre Manuel, para saberem se podiam receber este sacramento, ou então questionassem as catequistas, que falam vezes sem conta dos sacramentos e dos seus efeitos aos mais jovens.

Agora, é um pouco tarde, mas vejamos o que se diz no Catecismo da Igreja Católica, acerca do assunto :

Para quê e para quem se destina este Sacramento?

A Unção dos Enfermos não é Sacramento só dos que estão prestes a morrer. Por isso, o tempo oportuno para a rece-ber é certamente quando o fiel começa, por doença ou por velhice, a estar em perigo de morte (nº1514). O mesmo fiel pode recebê-la também outras vezes se a doença se agrava ou então no caso doutra doença grave. A celebração deste sacramento deve ser precedida pela confissão individual do doente, se possível. Quem administra este sacramento são os sacerdotes (Bispos ou presbíteros) (nº1516).

Quais são os efeitos deste Sacramento? (nº1520-3)

- É um dom particular do Espírito Santo: a primeira graça é uma graça de reconforto, de paz e de coragem para vencer as dificuldades próprias do estado de doença grave ou da

fragilidade da velhice. - É a união à Paixão de Cristo. O enfermo é consagrado para produzir frutos pela configuração com a Paixão redentora do Salvado. - É uma graça eclesial. Com este sacramento, a Igreja na comunhão dos santos, intercede pelo bem do doente. E o doente por sua vez, contribui para a santificação da Igreja e para o bem de todos os homens, pelos quais a Igreja sofre e se oferece, por Cristo, a Deus Pai. - Traz o perdão dos pecados, se o doente não pode obtê-lo pelo sacramento da Penitência. - Permite o restabelecimento da saúde, se for conveniente para a salvação espiritual. - É uma preparação para a última passagem. Este sacramen-to também é concedido a todos os que estão prestes a deixar esta vida (também chamado Sacramento dos que partem ou Extrema-Unção). “A Unção dos Enfermos leva à perfeição as unções santas da vida cristã: a do Baptismo, que sela em nós a vida nova, a da Confirmação, que nos robustece para a vida, e esta ultima unção que mune o fim da nossa vida terrena de um sólido escudo em vista da ulti-mas batalhas, antes da entrada na Casa do Pai.” (nº1532).

Surpreendentemente, poucos vieram na Quinta-feira, à tarde… Será que não havia mais doentes, ou idosos em Cossourado do que os que apareceram para receber este precioso Sacramento?

O programa era extenso, porque tratava de duas visitas : primeiro vinha na Quinta-feira 17 de Feverei-ro, durante a tarde, administrava a Unção dos Enfermos; ao fim da tarde encontrar-se-ia com os crismandos, caso houvesse alguns, e a seguir, que-ria conhecer a Assembleia Paroquial e conversar um pouco. No domingo 20 de Fevereiro, vinha novamente a Cossourado para a cele-bração da Santa Eucaristia, e para o Crisma, se houvesse cristãos prepa-rados. Anunciou-se publicamente em Janeiro a visita do Sr. Bispo, apelou-se às pessoas baptizadas que se preparas-sem para ser crismadas, ….

Há uma grande efervescência e uma grande alegria entre nós… Vamos ter Visita Pastoral!

Mário Pereira

Mário Pereira

Mário Pereira

Por volta das 21h00, na quinta-feira, iniciamos o nosso encontro pessoal, o nosso frente-a-frente como o Bispo de Braga, o Sr. D. António Couto. O bispo de Braga chegou acompa-nhado pelo nosso pároco, Sr. Pe. Manuel Baptista, numa conversa de amigos. Provavelmente, que era a primeira vez que se encontravam já que o D. António foi nomeado bispo há 2 ou 3 anos, salvo erro. Mas de certeza que era a primeira vez que ele visitava Cossourado! A assembleia dos cristãos de Cos-sourado entrou no Centro Paro-quial, e imaginem, coube no salão Nobre, ou auditório do Centro paroquial.

O ambiente estava animado e luminoso…

O Sr. Bispo saudou a nossa comuni-dade de São Tiago de Cossourado. Depois acrescentou que ficou agra-davelmente surpreendido com a obra que reconheceu ser de “grande porte e de grande utilidade” num âmbito da freguesia mas também num uso mais alargado do que a nos-sa freguesia, ou seja numa perspecti-va inter-paroquial. Se queria ver Cossourado vivo e activo em Igreja, ficou a saber que são ao todo 30 a 40 pessoas. O res-to não se considera activo em Cossourado! Vamos só falar dos presentes; Cada um dos grupos presentes apresentou-se, falou da sua vivência cristã, da sua vitalidade na sua terra, mas também das suas dificuldades. Falaram as catequeses, os escuteiros, as três confrarias, os leitores, a

Comissão de obras e a Fábrica da igre-ja. Acólitos não houve,… Em resumo, tudo está a funcionar, inclusive a catequese para todos os anos. Todos os grupos e associações ainda mexem em Cossourado… estão vivos! E as únicas queixas foram que os nos-sos cristãos não querem compromis-sos, e quando assumem cargos, esque-ce-nos, não aparecem. E tudo isto, sem respeitar os outros, como se tudo lhes fosse devido, como se fossem eles os cristãos comprometidos, o centro das atenções… não perceberam que é Deus quem é o centro das nossas atenções.

E o Sr. Bispo escutou, apontou, sorriu, e escutou…

Uma comunidade animada e luminosa…

O Sr. Bispo levantou-se calmamente, tentou comentar as nossas actividades. Vejamos… Ele cumprimentou os esforços dos grupos corais, mas também das zela-doras dos altares, que estavam mas não quiseram falar directamente. Toda a obra de enfeitar, adornar e abrilhan-tar as nossas celebrações ajudar a nos-sa alma, a juntar-se a Cristo na Euca-ristia. Felicitou a catequese de Cossourado por ter instalado todos os anos de catequese, é uma etapa necessária para o crescimento da fé na nos jovens e adolescentes.

Reunião com a Assembleia de Freguesia… Face a face com o Bispo… animado e luminoso…

Também ele diz com muita seriedade e talvez tristeza, o que eu já disse neste boletim para provocar, que alguns grupos ou confrarias terão que desaparecer, com o passar do tempo. É um sinal dos nossos tempos, e do medo de compromissos que têm os cristãos. Mas novas formas de incenti-vos e de aproximação da Palavra têm que ser encontradas, para que não só os mais jovens recebam a mensagem de Cristo Ressuscitado fora da Santa Missa. Em termos de formação contí-nua na própria Igreja, são necessários mais grupos para jovens, mais grupos para os adultos, mais grupos para os anciãos… Ele falou de novas formas de “inquietação”, ou seja novas for-mas que levem a ficarem comovidos pela Palavra de Deus. A Palavra não é só para ser lida mas também para ser vivida, no dia a dia, de forma exemplar e incansável… Indirectamente, felicitou o nosso pároco, por ter esta gente toda a tra-balhar para Deus, varias dezenas de pessoas que “dão de graça”, do seu tempo, do seu esforço, da sua vida,… o que recebem de graça, dão de gra-ça…

Cristãos de São Tiago de Cossoura-do, animai-vos e continuai… este é o Caminho!

As palavras de Sr. D. António foram animadoras e luminosas…

Boletim Informativo Paróquia de Cossourado - Fevereiro 2011 Página 3

3 de Abril Caminhada ao monte de S.Simão (no final haverá almoço e muita animação)

Mário Pereira

O Domingo 20 de Fevereiro era o segundo dia de Visita, de D. António Couto a Cossourado. A missa do dia foi o horário escolhido pelo Bispo para admi-nistrar o Sacramento do Crisma. Já no Sábado, logo a partir das 7:30, os mais atentos viram que as confissões nunca foram tão concorridas, eram 6 sacerdotes a confessarem, e a igreja não desenchia. Sempre mais gente a chegar, e vinham por famílias inteiras: Cossourado purifica-se profundamente e vem reen-contrar o amor do Pai, quando quer viver intensamente a sua Fé. Bem-haja Cossourado! Também por causa deste Grande dia, no domingo às 9:00, tudo fervia a volta da nossa Igreja, colocou-se o grande tapete vermelho na ala central da igreja, acaba-vam-se os últimos preparativos, arranja-vam-se as cadeiras… Os crismando apa-receram certinhos e repetiram mais uma vez os movimentos dentro da igreja. O turíbulo esta aceso. O Sr. Bispo partirá do Centro Paroquial, onde se preparará e entrará em procissão pela igreja dentro entrando pela porta do fundo. Faltava o Sr. Bispo. Por volta das 9:45, chegou o Sr. Arcipreste de Barcelos, que se vestiu e veio para fora conversar com os crisman-dos. O tempo ameaça, as nuvens são cinzen-tas mas há que esperar que partamos sem chuva para dentro da igreja. Às 10:10 chegou o D. António, com o seu moto-rista. Mesmo ao sair do carro começaram as primeiras pingas de chuva. Nas terras mais abaixo estoirou uma salva de fogue-tes. Seja bem-vindo a Cossourado Sr. D. António! Seja bem-vindo…! Pumpum, pumpumpum, pumpum. E ele sorriu com tantos amigos sorridentes à sua volta. Cumprimentou os jovens e os crisman-dos, e saudou os sacerdotes presentes. O motorista entrou no salão, levava o báculo e a mitra. E começou-se a vestir; afinal era um diácono, e não um motoris-

ta de verdade! O Sr. Bispo vestiu os paramentos brancos de dia de Festa, e permaneceu no hall do Centro. Chovia bastante, mas hoje era para anunciar vinda do Espírito Santo. Na introdução diziam que : “O Espírito é água, que jorra para a vida eterna; por quem o Pai vivifica os homens mortos pelo pecado, até que ressuscitem em Cristo os seus corpos mortais.” Água que jorra hoje abundantemente, sinal de Presença de Espírito abundante!

A cruz ladeada pelos dois jovens portado-res das lanternas avança pausadamente, sem medo e com respeito pelo dia solene. A catequese e os escuteiros, todos traja-dos, abriram duas alas, e a procissão avan-ça agora pelo meio. A seguir, vêm os cris-mandos, seguidos pelo turiferário, os sacerdotes e o diácono, e o Sr. Bispo sempre sorridente, mesmo com muita chuva. Os crismandos ganharam os seus lugares, as três filas de bancos, junto do altar de Nª Sra. de Fátima. Afinal quem são estes crismandos? São 15 pessoas, todas de Cossourado; são alguns dos jovens do 10º ano de catequese, mas essencialmente são adultos, alguns pais e algumas mães, que se sentiam incomple-tos, que sentiam a falta do Espírito Santo nas suas vidas. Os mais velhos teriam 25-27 anos. Perceberam bem qual era a res-ponsabilidade de receber o Crisma, e até se encontraram com o Sr. Bispo na Quin-ta-feira, num encontro fraterno e cheio de

amizade. Ali, assumiram o compromisso de levar a Palavra, com as suas próprias asas, aos outros, aos seus vizinhos, aos seus amigos, aos seus colegas de traba-lho ou de colégio, assumiram que que-riam ser portadores da Boa Nova de Jesus Cristo, animados pela força do Espírito Santo.

A missa foi uma grande celebração. Os dois grupos corais das missas da manhã e do dia, ensaiaram juntos durante 15 dias, e enchiam o coro da igreja. E as vozes eram afinadíssimas, com volume, e ampli-tude e harmonia. Um regalo! Foi bom ver quanto somos grandes quando esta-mos todos juntos. As leituras foram lidas por uma catequis-ta (Lev. 19, 1-2.17-18) e por um escutei-ro (1 Cor 3, 16-23). O salvo foi cantado, por uma solista que já ouvimos na vigília pascal do ano passado, lembram-se? Mais uma vez, uma sumptuosa voz angélica! Depois, o Sr. D. António deslocou-se ao altar, e após incensar o Livro, leio o Evangelho (Mt 5, 38-48). Leu pausada-mente o texto referente ao sermão da Montanha, insistindo no «Amai os vossos inimigos», o ponto central da mensagem de Cristo para o dia de hoje. E depois, tomando a palavra procedeu ao desenvolvimento na homilia. (cf. Homi-lia).

Depois, houve a cerimonia essencialmen-te dedicada ao Sacramento do Crisma, com a renovação das promessas baptis-mais, a imposição das mãos, e a unção de cada crismando, sendo ele chamado pelo seu nome, com a frase: N., RECEBE, POR ESTE SINAL O ESPIRITO SANTO, O DOM DE DEUS. E o agora crismado responde: Ámen E a cerimonia prosseguiu com a parte Eucarística. No final, o Sr. Bispo ainda relembrou que contava com estes jovens, que nunca se esqueçam do dia de hoje, dia de com-promisso com Cristo, com o Espírito Santo e com o Pai. Após a celebração, o Sr. Bispo, com muito carinho e amizade, voltou para o altar-mor e aceitou prestar-se a sessão de fotografias com o grupo dos 15 cris-mados; o dia é Grande, e têm que con-servar dele uma Grande recordação. A nossa recordação será a mensagem: “Os dons de Deus recebidos neste Sacramento de Confirmação são para dar de Graça, pela Graça e com a Graça de Deus.” E a chuva parou…

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Um Domingo Dedicado ao Espírito Santo… Fonte de Vida Eterna… Fonte de Água Viva.

Foto e texto deMário Pereira

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O Homília do Sr. Bispo D. António Couto…

O Amor é-nos dado. Recebemo-lo! A apresentação da homília foi muito extensa e seria muito desajustado e pretensioso se quisesse fazer aqui um relato fiel. No entanto, houve pontos tão significativos que não os posso des-denhar: primeiro, disse que “continuamos a escutar Jesus na Mon-tanha, ou seja nas alturas, em alta-frequência e alta-fidelidade, o que não se pode escutar cá por baixo, em onda média, no meio do barulho e do entulho.” A seguir, relembrou que “estamos como a volta duma lareira, em círculo, a volta de Cristo. Nas nossas vidas, queremos Cristo no centro, em primei-ro plano, todo lhe é dirigido. O meu lugar não importa, é o lugar que Deus quer para mim que importa. Deus dá-nos tudo, porque Deus quer o nosso bem, assim S. Paulo diz :”Tudo é vosso; mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus.”. e nós somos de Cristo porque integramos o Corpo Místico de Cristo, que é a Santa Igreja.”

A seguir, falou da “lei do talião”: ‘Olho por olho e dente por dente’, da qual muitas vezes consideramos que é um comportamento bárbaro, como os nossos olhos modernos. Mas D. Antó-nio, estudioso da Sagrada Escritura, acrescenta que “ao contrário do que se diz habitualmente, esta Lei não repre-senta a barbaridade, mas um avanço civilizacional, pois assenta, não na multi-plicação desenfreada da vingança e da violência, mas na sua contenção, pois condena o agressor apenas a sanção igual àquela que ele provocou à víti-ma.”. Claro, a lei do talião limita a von-tade de vingança do ofendido, por uma troca sensivelmente igual à ofensa. Jesus, não recusa a Lei antiga, mas vai mais além: “Se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda; se alguém te levar ao tribunal para ficar com a tua túnica, oferece-lhe também o

manto; se alguém te forçar a acompa-nhá-lo durante 5 km, acompanha-o durante 10 km!”, Oh sublime ciência das alturas!

E D. António prossegue: “E Jesus continua em alta sintonia, altíssima alegria, altíssimo amor, estendendo o amor, para além dos círculos restritos das nossas simpatias, até aos nossos próprios inimigos! Amor assimétrico, que Jesus ensina agora nas alturas, mas que praticará e ensinará até à Cruz! Ele leva até ao alto do Monte das Bem-Aventuranças e até ao alto do Calvá-rio os nossos ódios desenfreados e a nossa fria justiça distributiva, e restitui-nos em troca o perdão excessivo e o amor transbordante.”

“E Cristo, na sua morte na Cruz e ressurreição propõe à Humanidade um Novo nascimento. E de repente, olhando bem à nossa volta, «todo o ouro do mundo não passa de um punhado de areia» (Sb 7,9), e todo o haver é lixo (Fl 3,8). Ficamos então só a ver, mas a ver que somos vistos e como somos vistos. Na verdade, Alguém nos olha de uma forma verda-deiramente nova. Vendo melhor, des-cobrimos sobre nós um olhar enterne-cido, puro, gratuito, maternal, e umas mãos maternais que carinhosamente nos embalam. Embalam esta vida nova que em nós está a nascer. Olhar e embalar. Como uma mãe que embeve-cidamente olha para o bebé que terna-mente embala nos seus braços. A GRAÇA tem um rosto maternal. É este olhar de mãe. É este jeito mater-no de embalar. Diz-se hen na língua hebraica. De hen deriva o nome próprio hannah, Ana. A acção de hen é hanan, fazer GRAÇA. De hanan derivam os nomes próprios yôhanan, João, e yôhanah, Joana, que significam «Deus faz GRAÇA». Olhar

agraciador este o olhar de Deus que, por amor, se debruça sobre nós. É aqui que tudo principia. Começamos sempre por «encontrar GRAÇA aos olhos de Deus». Eu posso viver centrado em mim, fechado em mim, de forma egoísta e egocêntrica, de mão fechada. A mão fechada só serve para roubar, possuir, esconder e agredir, homem dono e violento que não conhece graça ou dom. O homem bíblico deve viver de mãos abertas. Quando a mão inicia o movimento de se abrir, é como as pétalas de uma flor que se abre à vida. E, quando a mão se abre completa-mente, é a mão do sábio, que não retém nada, mas conhece o valor do encontro e do dom. Assim, é também o amor de Deus, amor eterno, primeiro e derradeiro, verdadeiro, que nos faz irmãos. Assim, o amor que está em nós, ou em que estamos nós, o amor entre marido e esposa, entre pais e filhos, entre ami-gos, entre nós, não provém de uns nem de outros. Nem sequer de si mesmo. O amor é dado. […] O amor não é meu nem é teu. Tam-bém não é nosso. É-nos dado. Recebe-mo-lo. Portanto, «De GRAÇA rece-bestes, de GRAÇA dai».”

E D. António acrescenta: “Caríssimos crismandos, a vossa caminhada que ganha novo alento a partir de hoje, faz-se num estrada pisada por muitos outros: Não estais sós! A única baga-gem que deveis levar é o amor do Pai, e o amor dos vossos irmãos. Partis sem amarras, sem peso, livres! O que recebeis de GRAÇA, dai de GRAÇA, com GRAÇA, por GRAÇA. Ide em Paz!”

Foto e texto de Mário Pereira

Não esqueça esta data 22 de MAIO de 2010 Contamos consigo ...

Página 6 Boletim Informativo Paróquia de Cossourado - Fevereiro 2011

lembrar-lhes que um dia a vida termina neste mundo e “voltamos ao pó”. Por causa do peca­do, Deus disse a Adão: «Tu és pó e ao pó voltarás.» (Gn 3,19) Durante esta caminhada espiritual, a Palavra de Deus deve ser o nosso principal alimento, devemos meditar mais profundamente a Palavra, para que o nosso espírito se fortaleça e, assim, possamos vencer as fraquezas da carne. É tempo de se fazer uma “revisão de vida” e de se aban-donar o pecado: orgulho, vaidade, arrogância, prepotência, ganância, gula, ira, inveja, preguiça, mentira, etc. De fazermos o que Jesus recomendou: «Vigiai e orai, para não cairdes em tentação. O espírito é forte mas a carne é fraca.» (Mt 26, 41) Estes quarenta dias devem ser um tempo forte de oração e meditação, penitência, jejum e esmola, que nos vão tra-zer paz, alegria e felicidade, pois nos sentimos mais próxi-mos de Deus. Apesar de ser um tempo de oração e penitên­cia mais profundas, não deve ser um tempo de tristeza mas sim um tempo de alegria. O prazer é a satisfação do corpo, mas a alegria é a satisfação da alma. Para isso precisamos de, com todo o propósito de emenda, fazer uma confissão bem-feita; para sermos forta-lecidos com os Sacramentos da Recon­ciliação e da Euca-ristia. Estes Sacramentos colocam-nos em contacto com Cristo, Fonte de Água Viva, Luz do mundo, Vida verdadei-ra, e vão ajudar-nos a viver e a realizar a nossa transfor-mação espiritual. Especialmente aqueles que há muito tempo não se con-fessam, têm na Quaresma uma graça especial de Deus, para se aproximarem do confessor, e entregar a Cristo, nele representado, as suas misérias. Não há graça maior do que ser perdoado por Deus, estar livre das misérias da alma e estar em paz com a consciência. Durante a Quaresma não podemos deixar de rezar a Via-Sacra, se possível uma vez por semana, para nos recor-darmos da Paixão de Cristo e meditarmos em tudo o que Ele sofreu por nós, para nos salvar. Isto aumenta em nós o amor a Jesus e aos outros. Vivendo bem a Quaresma, podemos participar da alegria da Ressurreição do Senhor como criaturas renovadas, cheias de esperança, que acreditam no Cristo Vivo e Res-suscitado. * (In Jornal Pontes nº 16)

Desde o tempo dos Apóstolos, que os cristãos começa-ram a celebrar a Páscoa e a reservar um tempo de prepa-ração para a celebração do Mistério Pascal. Esse período de preparação acabou por fixar-se, no século IV, em qua-renta dias, um número carregado de simbolismo, que na Bíblia exprime a totalidade. A Quaresma é, portanto, um período de quarenta dias de preparação para a Páscoa do Senhor, «a maior das solenidades» (SC 12), pois actualiza o Acontecimento culminante da História da Salvação. Segundo a Constituição Conciliar sobre a Reforma da Liturgia (nº 109), a Quaresma tem uma dimensão peniten-cial e uma dimensão baptismal: - Na sua di­mensão peni-tencial, a Quaresma é para nós, cristãos, tempo de toma-da de consciência dos nossos peca­dos, tempo de busca de Deus, tempo de conversão; Na sua dimensão baptismal, a Quaresma leva-nos a revi-vermos e aprofundarmos as etapas do caminho da fé, a renovarmos a nossa aliança com Deus. Neste tempo especial de graças que Deus nos conce­de, que é a Quaresma, neste tempo favorável, devemos apro-veitar para fazermos uma renovação espiritual da nossa vida. S. Paulo dizia: “Em nome de Cristo supli­camos-vos: reconciliai-vos com Deus!” (2 Cor 5,20); - “Exortamos-vos a não receber em vão a graça de Deus. Pois Ele diz: No tempo favorável eu ouvi-te e no dia da salvação, vim em teu auxílio. É este o tempo favorável, é este o dia da salva-ção.” (2 Cor 6,1-2) A Quaresma começa na Quarta-Feira de Cinzas e termi-na no Domingo de Ramos (VI Domingo da Quaresma). Na Missa da Quarta-Feira de Cinzas, os sacerdotes colo-cam um pouco de cinzas sobre a cabeça dos fiéis para

Tempo de QUARESMA

Esta manhã, ao acordar, desejei ter um bom dia. Meditei e vi que isso dependeria de mim. Hoje posso queixar-me porque está um dia de chuva, ou posso dar graças a Deus porque as plantas são regadas grátis. Hoje posso sentir-me triste porque o dinheiro é pouco, ou simplesmente fazer só os gastos necessários. Hoje posso queixar-me da minha dor de cabeça, ou louvar a Deus porque ainda me mantém em vida. Hoje posso chorar porque as rosas têm espinhos, ou alegrar-me porque os espi-nhos têm rosas. Hoje posso queixar-me porque tenho de trabalhar, ou alegrar-me porque tenho emprego.

Hoje posso olhar para as pessoas como objectos, ou respeitar a sua dignidade humana e divina. Hoje posso ser um pessimista que

vê tudo negro, ou ser um optimista que vê o lado positivo da vida. Hoje posso ser um gerador de conflitos com toda a gente, ou optar por ser um construtor de paz e amor. Hoje posso nada fazer pela felicidade dos outros, ou praticar uma ou mais boas acções. Hoje posso viver como se Deus não exis-tisse, ou viver com os pés na terra e o pensa-mento em Deus. Cada dia que nasce apresenta-se como uma página em branco. Ser dia mau ou bom, isso dependerá de mim. E também depende de ti. Pedrosa Ferreira * (In Cavaleiro da Imaculado nº 923)

Depende de ti

As actividades entre agrupamentos de Escuteiros são sem dúvida o meio eleito para a angariação de diversos conhecimentos e o desenvolvimento de com-petências nos mais jovens, pois a troca de experiên-cias é enorme para além da criação de amizades. Nos passados dias 21,22 e 23 de Janeiro, a II secção do Agrupamento de Escuteiros de Cossourado rumou até Valença para participar em mais uma actividade de Inter-agrupamentos como vem sendo habitual des-de há 4 anos. Marcaram a sua presença diversos agru-pamentos, juntando cerca de 120 escuteiros: Valença, Carvoeiro, Vila Nova de Anha, São João da Ribeira, Cossourado e Vitorino de Piães. Esta actividade decorreu na Capital Portuguesa do Peregrino, onde estiveram em regime de acantonamento no Albergue de Peregrinos “São Teotónio”, que por ventura, é o último albergue que acolhe peregrinos em solo portu-guês para quem inicia o percurso desde o Porto até atingir Compostela. Em Valença pernoitaram mais de 3500 peregrinos no primeiro semestre de 2010, sendo que 2256 o fize-ram no albergue e os demais nos pavilhões municipais. A este número acrescem os muitos grupos que esco-lheram Valença como início da sua peregrinação até Santiago. O grande volume de peregrinos é português seguido, pelos espanhóis, franceses, italianos e brasi-

Página 7 Boletim Informativo Paróquia de Cossourado - Fevereiro 2011

Escuteiros: Exploradores em caminhos de Santiago II Secção

leiros, sendo possível encontrar, ainda, australianos, coreanos, mexicanos e sul-africanos, entre outras nacio-nalidades. 75 % destes viajantes fizeram o percurso a pé, 20% em bicicleta e 5% por outros meios. Os meses de Abril e Maio foram as épocas mais procuradas pelos peregrinos, chegando a pernoitar, só no albergue, 720 pessoas no mês de Maria. O Albergue de São Teotónio é propriedade do Município de Valença e está a ser geri-do pelo Agrupamento de Escuteiros de Valença. A estru-tura tem capacidade para 80 peregrinos em simultâneo, oferecendo apoio a quem peregrina no Caminho Portu-guês para Santiago, mas, também, a quem segue para Fátima, nos Caminhos de Fátima. O albergue está desti-nado aos romeiros que façam o caminho a pé, a cavalo, em bicicleta ou circulem em carros de apoio a grupos.

O principal objectivo desta actividade entre os Agru-pamentos foi de incutir o novo método de ensinamento escutista, em que o próprio escuteiro escolhe os objecti-vos a que se compromete atingir. Este método vem de certo modo dar mais autonomia e responsabilidade a cada escuteiro. Como no escutismo aprende-se brincan-do, estes ensinamentos foram todos transmitidos através de jogos alusivos ao tema, actividades formativas…etc. Houve espaço para o convívio, criando-se novas amiza-des, numa contínua interacção, que são sem dúvida meios de enriquecimento interior para cada jovem que vive intensamente esta associação.

O bracarense Carlos Alberto Pereira foi reelei-to chefe nacional do Corpo Nacional de Escu-tas no acto eleitoral rea-lizado domingo, destina-do a eleger a Junta Cen-tral, o órgão que gere o movimento a nível nacional. A única lista

em sufrágio foi eleita com mais de 92% de votos favoráveis, integrando grande parte dos dirigentes que estiveram no mandato anterior, conforme refere comunicado do CNE.

FICHA TÉCNICA

Propriedade: Conselho Económico Paroquial de S. Tiago de Cossourado

Supervisão: Pe. Manuel Baptis-ta Director: Joaquim Casa Nova

Redacção: Joaquim Casanova Marinha Ferreira Mário Pereira Rui Baptista Sílvia Magalhães

Composição Gráfica: Joaquim Casa Nova Direcção e Edição de Conteúdos na Internet Fernando Gonçalves

Impressão: Copicelos Tiragem: 300 Exemplares Distribuição Gratuita

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com Centro Paroquial e Social

de Cossourado

Boletim Informativo Paróquia de Cossourado - Fevereiro 2011 Página 8