boletim indústriabc · boletim ano i - maio/2016 indústriabc a economia brasileira em 2015...
TRANSCRIPT
1
Região do Grande ABC / SP
BOLETIM Ano I - Maio/2016
IndústriABC A economia brasileira em 2015 retraiu 3,8%,
puxado especialmente pela retração de 6,2% no PIB
industrial. Desde 1947, quando as contas nacionais
começaram a ser apuradas, 2015 registrou a menor
participação da indústria na formação do PIB
nacional.
Outro fator que chama atenção no resultado
das contas nacionais do ano passado é a queda de
14,1% na Formação Bruta de Capital Fixo
(Investimento). Este é resultado da baixa utilização
da capacidade de produção já instalada na economia
em especial na indústria, que reduziu mais de 10
pontos percentuais em 2015, o que amplia a
capacidade ociosa disponível para ser utilizada,
juntamente com as condições econômicas
desfavoráveis a realização de novos investimentos.
A expectativa para 2016 apontada pelo
relatório Focus na segunda semana de maio é que o
PIB indústria recue 5,6%, junto a uma retração de
3,8% do PIB nacional. A Confederação Nacional da
Indústria (CNI) divulgou em seu relatório trimestral no
último mês de abril previsão de queda de 5% do PIB
industrial, e retração de 3,1% da economia nacional.
Ao menos no primeiro semestre deste ano,
os dados captados pela Sondagem Industrial
corroboram com as expetativas acima. As
informações colhidas tanto a nível nacional como
regional mostram um setor produtivo retraído. Tendo
em vista o ambiente econômico e político atual, o
Índice de Confiança do Setor Industrial (ICEI) não
apresentou melhoras neste primeiro trimestre.
A Sondagem Industrial (SI) e o Índice de
Confiança (ICEI) são elaborados e divulgados pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI) desde
1998, sendo realizado em realizado em parceria com
a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(FIESP) no estado paulista. A Universidade
Metodista, por meio do Observatório Econômico, a
partir do segundo semestre de 2015, vem realizando
a análise conjuntural da indústria do Grande ABC,
em parceria com a CNI e FIESP. A amostra
estudada foi obtida por meio das informações das
pesquisas de SI e ICEI, considerando a amostra
específica para o GABC.
A pesquisa tem frequência mensal com
respostas qualitativas, colhidas por meio de
questionário enviado às empresas industriais pela
CNI. O indicador para cada item questionado é
formado a partir da ponderação pelas respectivas
frequências relativas das respostas, que apresentam
escores iguais a 0, 25, 50, 75 e 100.
Ao realizarmos a análise dos resultados da
pesquisa, temos que considerar a seguinte regra,
considerando o escore X:
X = 50
50 ≤ X < 100
0 ≤ X < 50
- avaliação otimista - estoque acima do planejado - UCI acima do usual
- avaliação pessimista - estoque abaixo do planejado - UCI abaixo do usual
- indiferente - estoque dentro do planejado - UCI dentro do usual
2
Região do Grande ABC / SP
BOLETIM Ano I - Maio/2016
IndústriABC Produção Industrial no Brasil tem o pior 1º trimestre desde 2003
Após retração de 8,3% na produção em
2015, o primeiro trimestre de 2016 apresentou
queda de 11,67%, comparado a igual período do
ano passado segundo dados da Pesquisa Industrial
Mensal do IBGE. No primeiro trimestre de 2015 a
redução foi de 5,6% em igual análise.
Em nível nacional, este é o segundo ano
seguido em que o primeiro trimestre aponta queda
na produção industrial.
No estado de São Paulo, este é o terceiro
ano em que o primeiro trimestre apresenta queda no
volume de produção industrial. Nos anos de 2016,
2015 e 2014 a queda na produção no período foi de
-13,52%, -5,92% e -3,22% respectivamente.
A retração na atividade industrial do Estado
de São Paulo, responsável por aproximadamente
29% do PIB industrial brasileiro, tem forte efeito
sobre o resultado nacional.
Fonte: Pesquisa Industrial Mensal / IBGE
Sondagem Industrial – Região do Grande ABC
As empesas pesquisadas na região do
Grande ABC são, em sua maioria, de grande e
médio porte.
Os principais setores das empresas
respondentes são: veículos automotores,
metalurgia, produtos de metal e borracha.
50
60
70
80
90
100
110
120
jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16
Pesquisa sobre Produção Física Mensal na Industrial - IBGE
Brasil São Paulo
3
Região do Grande ABC / SP
BOLETIM Ano I - Maio/2016
IndústriABC O índice de evolução da produção das
empresas da região do Grande ABC demonstrou
uma avaliação negativa no primeiro trimestre de
2016, ainda que melhor do que o apurado no último
trimestre de 2015, com especial atenção ao último
mês de fevereiro. Esta dinâmica é esperada, dado
que sazonalmente a atividade produtiva tende a ser
menos intensa no final do ano, quando a atividade
de comércio ganha força.
Este mesmo comportamento também foi
observado no índice de evolução da produção junto
às indústrias pesquisadas no Brasil, assim como no
Sudeste e no estado de São Paulo. Ainda assim, o
indicador aponta uma queda na produção em
comparação ao mês anterior, tendo em vista que a
pergunta a partir da qual o mesmo é montado pede
para as empresas realizarem esta avaliação.
50,8
45,4
38,3
42,7
40,1
48,2
42,7 42,7
40,3
48,2
42,7 42,0
44,6
40,9
35,5
39,7
42,2
47,2
42,4
30
50
70
out-14 dez-14 fev-15 abr-15 jun-15 ago-15 out-15 dez-15 fev-16 abr-16
Evolução da Produção - Brasil Índice de difusão (0 a 100)
Re
cup
era
ção
R
etr
ação
40,7 44,8
40,2
30,2
39,8 42,2 45,9 43,0
20
50
80
set-15
out-15
nov-15
dez-15
jan-16
fev-16
mar-16
abr-16
SÃO PAULO Índice de difusão (0 a 100)
45,2 41,4
34,3
22,7 34,2
53,4
45,1 39,3
20
50
80
set-15
out-15
nov-15
dez-15
jan-16
fev-16
mar-16
abr-16
GABC Índice de difusão (0 a 100)
4
Região do Grande ABC / SP
BOLETIM Ano I - Maio/2016
IndústriABC A pequena melhora no índice de evolução
da produção refletiu em um leve aumento na
Utilização da Capacidade Instalada (UCI) de 62%
em dezembro de 2015 para 64% em março de
2016.
Entretanto, se comparado ao primeiro
trimestre de 2015, a utilização da capacidade
instalada apresenta uma diminuição de mais de 6
pontos percentuais.
Mesmo com o leve aumento no início deste
ano, é importante visualizarmos que a utilização da
capacidade instalada vem diminuindo na indústria
brasileira desde meados de 2014, conforme aponta
o gráfico abaixo.
A Utilização da Capacidade Instalada
também se mostra baixa nas regiões Sudestes e no
estado de São Paulo.
Na região do GABC, o uso a capacidade
instalada diminuiu de aproximadamente 61% entre
os meses de setembro e novembro, para 54% no
mês de fevereiro e 56% em março.
Esse dado reflete o ambiente de baixa
atividade produtiva no setor e pela elevação do
estoque efetivo e relação ao planejado. Uma das
consequências desta conjuntura é a queda no nível
de emprego, apontada pela elevação do índice de
desemprego apurado pelo SEADE para a região,
que voltou a registrar níveis acima de 16% da PEA.
O índice referente à evolução do número de
empregados na indústria levantado pela Sondagem
Industrial continua mostrando-se mais pessimista na
75 74 75
73
67
62
64
50
55
60
65
70
75
80
jan-11 jul-11 jan-12 jul-12 jan-13 jul-13 jan-14 jul-14 jan-15 jul-15 jan-16
Utilização de Capacidade Instalada Brasil (em %)
64
64
57
Sudeste
São Paulo
ABC
Utilização da Capacidade Instalada - Abril/2016 (em %)
5
Região do Grande ABC / SP
BOLETIM Ano I - Maio/2016
IndústriABC região do GABC, comparativamente ao estado de
São Paulo e ao Brasil.
O indicador de estoque de produtos finais
aponta uma redução dos estoques no primeiro
trimestre de 2016 no Brasil e no estado de São
Paulo. Com isso, houve uma redução do volume de
estoque efetivo em relação ao planejado.
Combinado com a avaliação negativa da
evolução da produção, isso indica maior volume de
venda possibilitando a redução dos estoques.
Na região do GABC, a trajetória de aumento
dos estoques no final de 2015 foi revertida em
redução do estoque, interrompida apenas no mês
de março. Entre setembro e novembro houve uma
elevação dos estoques, com redução apenas em
dezembro. Entretanto, ao mesmo tempo os
empresários da indústria da região têm apontado
um aumento dos estoques efetivos em relação aos
estoques planejados, o que indica uma redução nas
vendas planejadas e relação à produção.
48,2 48,4
49,8
50,1
51,4 51,5
51,7
50,6 50,4 50,2 50,5 50,0
47,5
50,0
51,4
50,0 50,0 50,0
52,1
50,7 51,0
49,7
50,8
48,7
46,6
48,4 48,2
48,9 48,9
50,6
53,0
52,0
51,4
49,8 50,3
49,7
49,1
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
dez-13 mar-14 jun-14 set-14 dez-14 mar-15 jun-15 set-15 dez-15 mar-16
Evolução dos Estoques Efetivos e sua comparação com o Planejado Brasil
Evolução Estoque Efetivo - Planejado
53,1 52,2
50,6
47,9
50,2
48,1
49,4 48,9
54,1
50,8 51,1
49,6 49,8 49,9
45
50
55
set-15
out-15
nov-15
dez-15
jan-16
fev-16
mar-16
abr-16
SÃO PAULO
53,5 53,1
63,6
50,7 48,7
45,7
55,6
36,9
67,2
54,6 51,6
50,6
54,6 57,4
35
40
45
50
55
60
65
70
75
set-15
out-15
nov-15
dez-15
jan-16
fev-16
mar-16
abr-16
GABC
Re
du
ção
Ele
vaçã
o
6
Região do Grande ABC / SP
BOLETIM Ano I - Maio/2016
IndústriABC Neste cenário, a intenção de investimentos
para os próximos seis meses continua em baixa,
permanecendo abaixo dos 40 pontos nos primeiros
meses deste ano. O empresário do setor tem
revelado diminuição na intenção de investimentos
desde o início de 2015 no plano nacional.
Na região Sudeste e no estado de São
Paulo a intenção de investimento tem apresentado
desempenho semelhante ao observado no plano
nacional.
Entre outros fatores, este comportamento
explica grande parte da redução de 14,1% na
Formação Bruta de Capital Fixo da economia
brasileira no passado. Caso persista a baixa
disposição a investir ao longo de 2016, como
observado em seu primeiro trimestre,
provavelmente registrar-se-á outra redução no
volume de investimentos no Brasil.
Na região do Grande ABC o indicador de
intenção de investimento caiu mais de 10 pontos
neste primeiro trimestre de 2016, comparado ao
último trimestre de 2015.
Entre outros fatores, a incerteza quanto aos
rumos da economia, em especial com relação às
diretrizes da política econômica, envolvidas no
conturbado cenário político deste início de 2016,
tem impactado negativamente a intenção de
investimento do setor industrial, juntamente a atual
baixa utilização da capacidade instalada no setor.
Os empresários do setor industrial
continuam apontando perspectivas pessimistas para
o setor industrial nos próximos seis meses. As
avaliações deste neste primeiro trimestre referente à
evolução da demanda, compra de matéria-prima e
contratação de empregados apontam tendência de
redução para os próximos meses.
Assim como no plano nacional, na região,
os empresários industriais da região sudeste e do
estado de São Paulo também apontam perspectivas
semelhantes, ainda que menos pessimistas que no
último trimestre de 2015.
52,4 52,0
49,3 47,2 46,5
44,2 41,3
42,4 41,6 39,8
39,4 39,0 39,4
41,5
55
45,1 44,9
34,4 35,3
39,5 40,7
30
35
40
45
50
55
60
dez-14 fev-15 abr-15 jun-15 ago-15 out-15 dez-15 fev-16 abr-16
Intenção de Investimento pela Indústria
Brasil Sudeste São Paulo ABC
Índice de difusão (0 a
Ele
vaçã
o
Re
du
ção
7
Região do Grande ABC / SP
BOLETIM Ano I - Maio/2016
IndústriABC Ao avaliar os dados referentes à região do
GABC, observamos uma redução do pessimismo
quando à demanda interna no último trimestre de
2015. Comportamento semelhante ao observado
nos cenários estadual ou nacional.
As perspectivas para a evolução da
demanda, do número de empregos e o volume de
compras de matéria-prima na indústria do GABC,
apresentou leve melhora na avaliação dos
empresários da região, que se mostraram menos
pessimistas neste primeiro trimestre.
Região do GABC Perspectivas do Setor Industrial
As perspectivas para a evolução da
quantidade exportada para os próximos seis meses
têm apontado leve tendência de elevação na região
do Grande ABC, o que difere da avaliação
observada nos planos nacional e estadual. Nestes,
embora os empresários apontem para uma
perspectiva favorável quanto ao aumento das
exportações, este otimismo tem diminuído no
primeiro trimestre de 2016.
A definição de uma política externa clara e a
redução das flutuações cambiais observadas neste
início de ano, com períodos de valorização do Real,
podem surtir efeitos positivos sobre as exportações
do setor industrial, e com isso melhorar as
25,837,2 38,1
35,738,6
44,9
41,144
25
50
set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16
Evolução de Demanda
3937 37,1 37,8
39,8 40,6
41,8 42,9
25
50
set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16
Evolução do número de empregados
39,737,4
35,9
4041,7
42,945 45,8
25
50
set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16
Evolução das compras de mátéria prima
60,256,9
60,7
55,9 54,8
60,7
53,6
63,7
25
50
set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16
Evolução da quantidade exportada
Ne
gati
vo
Po
siti
vo
Po
siti
vo
Neg
ativ
o
8
Região do Grande ABC / SP
BOLETIM Ano I - Maio/2016
IndústriABC perspectivas dos empresários quanto ao tema.
Entretanto, no atual cenário brasileiro, outras
questões estão na pauta de prioridades do governo,
em especial a questão do equilíbrio fiscal.
Com relação à condição financeira das
empresas do setor, a sondagem industrial aponta a
permanência das condições empresariais referentes
à margem de lucro, situação financeira e acesso ao
crédito.
De um lado, a retração econômica e a
respectiva redução no volume de demanda,
impactam na redução de receita, ao mesmo tempo
em que os custos de produção têm sofrido efeitos
do aumento de preços, como energia elétrica,
transporte e outros.
Inevitavelmente, a redução da margem de lucro
operacional reduz a expectativa de retorno, em um
período de baixa utilização da capacidade instalada,
o que diminui a necessidade de investimento nos
próximos meses.
A política monetária restritiva também contribui
para a condição financeira apontada pelas
empresas ao promover a elevação no custo do
financiamento, além de reduzir o volume de
recursos disponível para crédito.
Ao comparar as condições financeiras das
indústrias da região do GABC, neste primeiro
trimestre de 2016 a sondagem industrial revela uma
situação levemente menos favorável, segundo a
avaliação dos gestores das empresas locais.
Especialmente no que tange às condições de
acesso ao crédito e à margem de lucro operacional.
Em grande parte, essa situação é reflexo da
própria conjuntura econômica do país, que tem
afetado empresas de outros segmentos, que não só
do ramo industrial.
As perspectivas de melhora da condição
financeira das empresas estão atreladas a melhoria
do volume de vendas, retomada da produção e
geração de receitas. O principal desafio do governo
neste ano está na consolidação das bases
macroeconômicas que estimulem, ao menos em
médio prazo, a retomada da atividade econômica do
país.
10
30
50
Brasil Sudeste São Paulo ABC
Condição Financeira das Empresas - março 2016
Margem de lucro operacional Situação Financeira Acesso ao crédito
9
Região do Grande ABC / SP
BOLETIM Ano I - Maio/2016
IndústriABC
Os principais problemas apontados pelas
empresas da região do GABC que afetam suas
operações no primeiro trimestre de 2016 foram a
falta de demanda interna, a elevada carga tributária,
taxa de juros e a falta de capital de giro, seguidos
da inadimplência dos clientes e da falta ou alto
custo da matéria prima e também da energia
elétrica. Comparativamente ao último trimestre de
2015, as questões ligadas ao custo ou falta de
energia elétrica deixaram de estar entre os 5
principais problemas apontados.
Em nível nacional e estadual, os principais
problemas apontados são semelhantes aos
pontuados pelos empresários do Grande ABC, com
pequenas diferenças.
Em virtude da recessão interna, com
redução no consumo das famílias, no consumo do
governo e no fluxo de investimentos, o problema da
falta de demanda interna tem afetado de forma
intensa o setor industrial.
Com relação ao comércio exterior, a
preocupação tem sido maior com a taxa de câmbio,
do que com a falta de demanda externa. Atrelado às
dificuldades financeiras pontuadas pelas empresas,
nunca é demais ressaltar a já propalada observação
de que se não houver uma taxa de câmbio que
garanta competitividade a produção industrial e nem
mecanismos de financiamento adequados ao
mesmo, a competitividade da indústria brasileira
ficará seriamente comprometida.
Para além das questões conjunturais, o
setor industrial depara-se com problemas estruturais
que afetam seu desempenho, como os problemas
de infraestrutura, qualificação de mão de obra, cuja
solução depende de planejamento e trabalho a
longo prazo.
20,0%
5,0%
10,0%
10,0%
15,0%
15,0%
15,0%
15,0%
15,0%
15,0%
25,0%
25,0%
55,0%
80,0%
Outros. Descreva:
Demanda externainsuficiente
Insegurança jurídica
Burocracia excessiva
Falta de financiamentode longo prazo
Competição desleal(informalidade,
contrabando, dumping,etc.)
Taxa de câmbio
Falta ou alto custo deenergia
Falta ou alto custo damatéria prima
Inadimplência dosclientes
Falta de capital de giro
Taxas de juros elevadas
Elevada carga tributária
Demanda internainsuficiente
Principais problemas enfrentados pelas empresas -
março 2016
ABC
SãoPaulo
Brasil
10
Região do Grande ABC / SP
BOLETIM Ano I - Maio/2016
IndústriABC Indicadores de Confiança da Indústria
Na análise da composição do Índice de
Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da região
do GABC, assim como no final de 2015, percebe-se
que os empresários estão mais pessimistas em
relação às condições atuais e expectativas futuras
da economia, comparadas às expetativas
apontadas no recorte para o Brasil e para o estado
de São Paulo, que também são negativas.
No primeiro trimestre deste ano o ICEI geral
mostrou-se estável no Brasil, bem como no estado
de São Paulo. Os fatores que mais tem influenciado
a baixa confiança do empresário tem sido a
avaliação sobre as condições atuais da economia e
as expetativas futuras em relação à mesma.
Neste cenário, o empresário revela baixa
confiança sobre as atuais condições empresa, com
pequena melhora relacionada às expectativas sobre
a mesma.
Indicador de Confiança da Indústria – abr./2016
Brasil Sudeste São Paulo GABC
ICEI 36,2 32,6 33,1 29,2
Indicador de Condições 27,3 24,5 25,6 25,4
Indicador de Expectativas 40,7 36,9 36,9 31,8
Condições da Economia 18,3 16,0 17,2 16,9
Condições da Empresa 31,9 28,9 20,0 29,6
Expectativas da Economia Brasileira 30,6 26,7 28,7 22,5
Expectativas da Empresa 46,0 42,4 41,0 36,5
No Grande ABC os empresários
apresentaram uma pequena redução no índice de
confiança, especialmente nos meses de janeiro,
fevereiro e março, influenciada com maior
intensidade pela avaliação das condições atuais da
economia e relativas à expectativa sobre a mesma.
Está claro, a partir dos resultados
apontados, pela sondagem industrial, que a
melhoria do nível de confiança dos empresários do
setor industrial depende especialmente da melhoria
das condições da economia brasileira.
Certamente os empresários estão vigilantes
quanto às mudanças que devem ocorrem na
condução da política econômica nos próximos
meses, com a nova equipe econômica.
As avaliações referentes às condições da
empresa foram menos pessimistas, embora tenham
sido desfavoráveis, diante da retração da produção,
da falta de demanda interna e da baixa expectativa
de investimentos para os próximos períodos.
A avaliação dos empresários do grande
ABC quanto às condições atuais da empresa
apresentou poucas alterações. Entretanto, a
expectativa quando às condições da empresa nos
próximos seis meses pioraram, comparativamente a
avaliação realizada no final de 2015. Muito
provavelmente em função do conturbado período
político do país. A definição da nova política
econômica a ser implementada, bem como a
definição de um novo horizonte político serão
essenciais para a retomada da atividade do setor.
11
Região do Grande ABC / SP
BOLETIM Ano I - Maio/2016
IndústriABC ANEXO
Evolução nº Empregados
47,1 46,444,2 44,4 44,7
46,444,4 44,4
40,7
43,641,2 41,4 42,2 42,0 41,5 41,4
42,8 43,1 43,3
30
50
70
out-14 dez-14 fev-15 abr-15 jun-15 ago-15 out-15 dez-15 fev-16 abr-16
Evolução nº Empregados - BrasilÍndice de difusão (0 a 100)
40,3 41,3 41,4 39,9 40,9 41,2 41,343,8
30
50
70
set-15
out-15
nov-15
dez-15
jan-16
fev-16
mar-16
abr-16
SÃO PAULO
42,636,4
39,7 37,938,0 34,5
36,8
45,7
30
50
70
set-15
out-15
nov-15
dez-15
jan-16
fev-16
mar-16
abr-16
ABC
40,8 41,3 41,7 41,0 40,3 41,7 41,6 39,530
50
70
set-15
out-15
nov-15
dez-15
jan-16
fev-16
mar-16
abr-16
Índice de difusão (0 a 100)
SUDESTE
BRASIL
Perspectivas do Setor Industrial
46,345,8
44,243,5
41,8
44,845,6
46,947,7 47,8
40
50
60
jul/15 ago/15 set/15 out/15nov/15dez/15 jan/16 fev/16mar/16abr/16
Evolução de Demanda
42,2 41,840,5 40,5 40,3
41,3 42,1 43 43,4 43,6
40
50
60
jul/15 set/15 nov/15 jan/16 mar/16
Evolução do número de empregados
4442,8 42,8
41,440,5
43,6 43,6
45,246,7
45,7
40
50
60
jul/15 ago/15 set/15 out/15nov/15dez/15 jan/16 fev/16mar/16abr/16
Evolução das compras de mátéria prima
50 50,2
52,5
50,6 50,1
52,4 53,5 52,6 52,150,7
40
50
60
jul/15 set/15 nov/15 jan/16 mar/16
Evolução da quantidade exportada
12
Região do Grande ABC / SP
BOLETIM Ano I - Maio/2016
IndústriABC
Universidade Metodista de São Paulo
Escola de Gestão e Direito
Curso de Ciências Econômicas
Observatório Econômico
Reitor
Dr. Márcio de Moraes
Diretor da Escola de Gestão e Direito
Dr. Fúlvio Cristofoli
Coord. do Curso de Ciências Econômicas
Ma. Silvia Cristina da Silva Okabayashi
Coordenador de Estudos
Me. Sandro Renato Maskio
Professor Pesquisador
Me. Moisés Pais dos Santos
Funcionária
Bruna Romualdo Teixeira
Estagiário
Lucas Sanson Bellot
URL:http://www.metodista.br/observatorio-economico
A serviço do desenvolvimento do Grande ABC.
Patrocine esta iniciativa!
E-mail: [email protected]
Tel: 4366-503