boletim femipa n° 51

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Parlamentares do PR aprovam encontro realizado em Brasília - Pág. 03 Entrevista: Antônio Carlos Nardi, presidente do CONASEMS - Págs. 04 e 05 Femipa integra ação coletiva para representar filiados - Pág. 06 JUNHO / JULHO 2009 - Nº 51 BOLETIM INFORMATIVO Encontro em Brasília discute soluções para entraves ao setor de saúde filantrópico Parlamentares, representantes de hospitais e entidades filantrópicas participaram de um encontro em Brasília (DF) dia 17 de junho. O objetivo foi apresentar aos parlamentares informações do setor de saúde e elaborar estratégias comuns para resolver alguns dos entraves que prejudicam o segmento como: defasagem da tabela SUS, Emenda Constitucional 29 e a atual proposta da reforma tributária. A Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa), representada pelo presidente Charles London, participou da reunião realizada na Câmara dos Deputados. O evento foi organizado pela Frente Parlamentar da Saúde, a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) com a participação efetiva das Federações. O presidente da Frente Parlamentar da Saúde, Darcísio Perondi, defendeu reforma tributaria Para o presidente da Frente Parlamentar da Saúde, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), é urgente a realização de mudanças na proposta apresentada pelo relator do Projeto de Reforma Tributária, deputado Sandro Mabel (PR-GO). Perondi defende a exclusão do dispositivo que coloca um limite orçamentário nos recursos federais à saúde. “Saúde não pode ter teto, tem que ter recurso mínimo. Não podemos aceitar uma reforma nesse sentido. Na última reunião de líderes, o presidente Lula foi claro ao afirmar que se quisermos mais recurso, teremos que criar um novo imposto. Não aos moldes da CPMF, mas aquele que traga uma nova fonte”, afirmou Perondi. Convidados reconheceram importância dos filantrópicos para manutenção do SUS Leia mais na pág. 03

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Informativo bimestral da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Paraná.

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Parlamentares do PR aprovam encontro realizado em Brasília - Pág. 03

Entrevista: Antônio Carlos Nardi, presidente do CONASEMS - Págs. 04 e 05

Femipa integra ação coletiva para representar filiados - Pág. 06

JUNHO / JULHO 2009 - Nº 51BOLETIM INFORMATIVO

Encontro em Brasília discute soluções para entraves ao setor de saúde filantrópico

Parlamentares, representantes de hospitais e entidades filantrópicas participaram de um encontro em Brasília (DF) dia 17 de junho. O objetivo foi apresentar aos parlamentares informações do setor de saúde e elaborar estratégias comuns para resolver alguns dos entraves que prejudicam o segmento como: defasagem da tabela SUS, Emenda Constitucional 29 e a atual proposta da reforma tributária.

A Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa), representada pelo presidente Charles London, participou da reunião realizada na Câmara dos Deputados. O evento foi organizado pela Frente Parlamentar da Saúde, a Confederação das Santas Casas

de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) com a participação efetiva das Federações.

O presidente da Frente Parlamentar da Saúde, Darcísio Perondi, defendeu reforma tributaria

Para o presidente da Frente Parlamentar da Saúde, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), é urgente a realização de mudanças na proposta apresentada pelo relator do Projeto de Reforma Tributária, deputado Sandro Mabel (PR-GO). Perondi defende a exclusão do dispositivo que coloca um limite orçamentário nos recursos federais à saúde. “Saúde não pode ter teto, tem que ter recurso mínimo. Não podemos aceitar uma reforma nesse sentido. Na última reunião de líderes, o presidente Lula foi claro ao afirmar que se quisermos mais recurso, teremos que criar um novo imposto. Não aos moldes da CPMF, mas aquele que traga uma nova fonte”, afirmou Perondi.

Convidados reconheceram importância dos filantrópicos para manutenção do SUS

Leia mais na pág. 03

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::: Editorial

Charles LondonPresidente da Femipa

O diálogo sempre foi a ferramenta mais eficaz para se chegar ao entendimento entre as pessoas. Por isso, cada vez mais a Femipa busca o contato direto com os representantes políticos do Paraná no Congresso Federal. O objetivo é que os parlamentares voltem os olhos para a situação da saúde no Estado e reconheçam a importância dos hospitais filantrópicos para a manutenção dos atendimentos ao Sistema Único de Saúde. Encontros, como o realizado em Brasília em junho, fortalecem ainda mais

essa relação entre a Federação, deputados e senadores. A expectativa a partir de agora é de que os assuntos em discussão no Congresso Nacional sejam tratados com a devida urgência, já que alguns desses temas, que aguardam análises e decisões políticas, interferem diretamente na gestão das instituições de saúde.

Outra conquista importante alcançada por meio do diálogo e da argumentação dos técnicos da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) é a inclusão de um artigo no texto da Medida Provisória 449, que resultou na Lei nº 11.941/2009. Com o novo texto, as Santas Casas e entidades de saúde sem fins lucrativos terão novo prazo para o parcelamento de alguns débitos com a União.

Certos da credibilidade conquistada pela Femipa, continuamos trabalhando para obter sucesso em novos desafios. O próximo é a ação coletiva em ação ajuizada pelo Ministério Público Federal contra a União, da qual a Federação faz parte e representa todos os filiados. Estamos atentos a todas as decisões que possam prejudicar os hospitais filantrópicos e empenhados em garantir a viabilidade das instituições e o fortalecimento do setor.

EXPEDIENTEFederação das Santas Casas de

Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná - FEMIPA

Endereço: Rua Padre Anchieta, 1691 - sala 505 - Champagnat

Cep 80.730-000 - Curitiba - Paraná Fone: |41| 3027.5036 - Fax: |41| 3027.5684

www.femipa.org.br • [email protected]

Presidente: Charles London Vice-presidente: Eduardo Blanski

Publicação bimestralProdução, edição e redação: INTERACT

Comunicação Empresarial www.interactcomunicacao.com.br

Jornalista responsável: Juliane Ferreira - MTb 04881 DRT/PR

Tiragem: 2.000 exemplares Impressão: Gráfica Unificado

Hospitais poderão parcelas débitos junto à UniãoPor meio de um trabalho realizado

pela Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), foi incluído um artigo no texto da Medida Provisória 449, que redundou na Lei nº 11.941/2009, reabrindo o prazo para o parcelamento de débitos das Santas Casas e entidades de saúde de reabilitação física de deficientes sem fins econômicos.

Com isso, essas instituições passam a contar com 180 dias de prazo para solicitarem o parcelamento de seus débitos com a Secretaria da Receita Federal do Brasil, com o Instituto Nacional de Seguro Social - INSS, com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, inclusive os relativos às

contribuições instituídas pela Lei Complementar nº. 110, de 29 de junho de 2001. Veja, a seguir, a íntegra do artigo.

O parcelamento poderá ser em até 240 prestações mensais, dos débitos vencidos até 15 de agosto de 2007. O parcelamento aplica-se também a débito não incluído no Programa de Recuperação Fiscal - REFIS ou no parcelamento a ele alternativo, e no Parcelamento Especial - PAES, sem prejuízo da permanência das entidades nessas modalidades de parcelamento.

Também poderão ser parcelados aos saldos devedores de débitos r e m a n e s c e n t e s d o R E F I S , d o parcelamento a ele alternativo, e do

PAES, nas hipóteses em que as entidades tenham sido excluídas dessas modalidades de parcelamento. Os saldos devedores dos débitos incluídos em qualquer outra modalidade de parcelamento, inclusive no REFIS, no parcelamento a ele alternativo, ou no PAES, poderão ser parcelados nas condições previstas no Decreto nº 6.187, de 2007, desde que as entidades desistam dessas modalidades de parcelamento.

Para obter fazer o parcelamento não é preciso apresentar garantias ou arrolar b e n s , m a n t i d o s o s g r a v a m e s decorrentes de medida cautelar fiscal e as garantias decorrentes de débitos transferidos de outras modalidades de parcelamento e de execução fiscal.

Errata Diferente do que foi publicado na

edição anterior, a UOPECCAN, de Cascavel, oferece cursos de pós-g r a d u a ç ã o e m F a r m á c i a e Enfermagem Oncológica por meio de um convênio com a Universidade São Camilo, de São Paulo.

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::: Política

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::: Curtas> Fórum em defesa do SUSO Conselho Nacional de Saúde criou em seu site o Fórum em Defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) como Patrimônio da Humanidade. Também há um livro de assinaturas eletrônicas em favor da campanha e da regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, que garante o financiamento do sistema. Acesse www.conselho.saude.gov.br.

> Frente Parlamentar da Saúde O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) foi eleito presidente da Frente Parlamentar da Saúde, composta por cerca de 300 deputados e senadores. Segundo Perondi, que é vice-líder do PMDB na Câmara, a Frente Parlamentar vai trabalhar como um colegiado, dentro de um sistema democrático, ouvindo também as entidades do setor de saúde.

Deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR)

Deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR)

Parlamentares do PR aprovam encontro realizado em BrasíliaO i t o d e p u t a d o s f e d e r a i s q u e

representam o Paraná estiveram na reunião realizada em Brasília para ouvirem as reivindicações do setor de saúde filantrópico. Todos os deputados ouvidos pela reportagem do Boletim da Femipa aprovaram o encontro, que, segundo eles, permitiu a troca de informações e o esclarecimento de muitos pontos.

Para o deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB-PR), com base política na r e g i ã o O e s t e d o P a r a n á , e s s a aproximação das lideranças do setor filantrópico com os parlamentares é i m p o r t a n t e , p o i s a i n d a h a v e r i a melhorias para alcançar, principalmente, em busca de recursos. Quanto à parceria entre poder público e instituições filantrópicas, o parlamentar afiram que é uma questão de prioridade de Estado. “O g o v e r n o t e m q u e i m p l a n t a r efetivamente políticas de saúde. Tabelas adequadas, comitês de gestão de acompanhamento. A implantação da Emenda 29, quando realmente os recursos constitucionais forem alocados, teremos grande avanço. É preciso gastar os recursos, mas de forma correta. Nós pessoalmente entendemos que as Santas Casas são um modelo adequado de gestão da saúde pública, pois via de regra, são entidades privadas sem fins lucrativos e bem administradas que funcionam bem, ao contrário de instituições puramente públicas que, via de regra, ao contrário deixam sempre muito a desejar”, afirmou Kaefer.

De acordo com o deputado Luiz Carlos Setim (DEM-PR), em relação à legislação

“o aprimoramento é importante para qualquer setor, e nada mais acertado do que discutir com quem atua na área para aprender sobre o assunto”. Ele defende o trabalho em conjunto para se obter bons r e s u l t a d o s . “ C o n s i d e r a n d o a amplitude do tema e os inúmeros d e s a f i o s q u e e x i s t e m p a r a melhorarmos o SUS, temos que nos unir para discutir e elaborar p r o p o s t a s , d e t e r m i n a n d o a s necessidades e prioridades em saúde”, completou.

Na avaliação do deputado federal Gustavo Fruet (PSDB-PR) vários parlamentares paranaenses têm uma relação muito próxima com o setor de saúde e procuram contribuir para a questão do financiamento, dentre o u t r a s f o r m a s a p r e s e n t a n d o emendas ao orçamento da União. “No meu caso, a saúde tem s ido p r i o r i d a d e d e s d e o p r i m e i r o mandato. São quase R$ 6 milhões em emendas orçamentárias já pagas, atendendo Santas Casas, hospitais filantrópicos, hospitais universitários e redes municipais de saúde pública”, revela.

Fruet acredita ser possível um reajuste nos valores da tabela do SUS já que “há um trabalho forte da Frente Parlamentar da Saúde para que isso aconteça”. Segundo ele, o próprio Ministério da Saúde reconhece que o investimento do governo em saúde é pequeno. “Dados oficiais mostram

s e r v i ç o s de saúde são c u s t e a d o s p e l a s f a m í l i a s , e n q u a n t o q u e n a I n g l a t e r r a , por exemplo, 85% vem do p o d e r p ú b l i c o ” , i n f o r m a o d e p u t a d o . Quanto à regulamentação da Emenda 29, ele esclarece que ela foi aprovada n o m é r i t o p e l a C â m a r a d o s Deputados há quase um ano e agora, para ser concluída, depende só da votação de um destaque na Câmara. Aprovado esse destaque, a matéria volta para o Senado. “A questão é que o PT vinculou a regulamentação à criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS), que substituiria a extinta CPMF, e isso gerou impasse. O presidente da Frente, deputado Darcísio Perondi, tem repetido que falta uma posição firme do presidente Lula a favor da regulamentação para que a matéria seja finalmente votada”, completa.

Também participaram do evento os deputados federais Osmar Serraglio (PMDB), Luiz Carlos Hauly (PSDB), André Zacharow (PMDB), Marcelo Almeida (PMDB) e Rodrigo Rocha Loures (PMDB).

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::: Entrevista

BOLETIM FEMIPA: Qual a sua linha de trabalho à frente do Conasems?

BOLETIM FEMIPA: De que forma o senhor acredita ser possível melhorar o financiamento da saúde nos municípios?

NARDI: O XXV Congresso de Secretarias Municipais de Saúde apontou as prioridades para a agenda dos gestores municipais de saúde para o próximo período. Ou seja, foram reforçadas as sete teses do Conasems, aprovadas nas gestões anteriores, que continuam muito atuais e, com certeza, esta diretoria dará continuidade a sua implementação. A primeira tese diz respeito ao financiamento e, precisamos intensificar a nossa luta pela garantia da aprovação da EC 29 e continuar a luta por um financiamento consistente e sustentável para a área de saúde.

A segunda tese trata da gestão do trabalho e da educação na saúde. Temos que buscar saídas para os diversos problemas enfrentados nessa área, como a definição de uma política de contratação e de fixação dos profissionais de saúde no SUS. Os municípios são os principais contratadores da força de trabalho em saúde, sendo responsáveis por quase 70% dos empregos públicos em saúde. Por isso, a necessidade de aprofundarmos essa tese e definirmos saídas para a implementação de uma política de gestão do trabalho que valorize os trabalhadores e que possibilite governabilidade e governança aos municípios.

A terceira tese trata das formas de alocação dos recursos disponíveis ao SUS. É preciso continuar avançando na indução do financiamento compartilhado entre as três esferas de governo e fortalecer os blocos de financiamento como uma forma de romper com a fragmentação dos recursos. Sobretudo, buscar o fortalecimento da autonomia e a criatividade das gestões locais.

A descentralização e a municipalização é o tema da tese quatro. Precisamos priorizar as redes de atenção à saúde, a definição das regiões de saúde, as atualizações dos PDR, PDI e a PPI como instrumentos importantes de organização do sistema e de solidariedade e a cooperação entre as esferas de governo.

A tese cinco refere-se ao modelo de atenção à saúde. Nossa meta é investir no acolhimento humanizado e resolutivo da atenção e no trabalho em equipe.

A tese seis diz respeito à gestão participativa em saúde. Necessitamos fortalecer a conexão entre a saúde e a democracia, investindo na transparência e no estreitamento da relação com o controle social. A tese sete trata da Amazônia Legal. Precisamos continuar lutando para que os recursos e a indução de políticas públicas de saúde considerem as especificidades dessa região. Existe também uma proposta a ser debatida na Diretoria do CONASEMS de produzir a tese oito para a região nordeste.

Gostaria de lembrar, que a Carta de Brasília aponta a necessidade de colocar o Pacto pela Saúde como uma agenda prioritária de todos os atores do SUS, como também do controle social e dos fóruns de pactuação (CIT, CIB, CGR). Além disso, cabe aos gestores do SUS implementarem políticas públicas de saúde com base nos princípios da cultura de paz e não-violência.

Essas são as prioridades apontadas para a nova gestão. Os desafios são muitos, porém os membros da nova diretoria eleita estão com gás para enfrentá-los e, sobretudo, lutar pela implementação da maior política de inclusão social.

NARDI: Precisamos intensificar a nossa luta pela garantia da aprovação da EC 29 e contamos com a Femipa nessa batalha conosco. Necessitamos mobilizar os parlamentares de cada Estado para que exijam a votação no Congresso com a maior brevidade possível.

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Antônio Carlos Figueiredo Nardi, cirurgião dentista, atual presidente do Conasems e secretário de Saúde de Maringá (PR).

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Entrevista :::

BOLETIM FEMIPA: Como as Secretarias municipais de saúde podem trabalhar em parceria com os hospitais filantrópicos, principalmente nas cidades menores, onde muitas vezes são as únicas instituições hospitalares no local?

BOLETIM FEMIPA: No caso da secretaria municipal de Saúde de Maringá, da qual o senhor é secretário, como é a relação com os hospitais filantrópicos?

BOLETIM FEMIPA: Qual a sua avaliação em relação às parcerias entre o público e o privado na área da saúde?

BOLETIM FEMIPA: Na sua opinião, qual o papel do gestor público, principal comprador de serviços dos filantrópicos, na melhoria da qualidade dos serviços oferecidos à população?

NARDI: Os hospitais filantrópicos têm sido nossos grandes parceiros. Estamos debatendo nos espaços tripartite a necessidade de organizarmos a rede de atenção à saúde nas regiões, de forma que possamos organizar o fluxo assistencial, melhorando o acesso da população. Entendo que os hospitais filantrópicos devem fazer parte dessa rede, participando da referência e contra-referência do sistema de saúde. Tenho certeza que essas entidades comungam com a nossa luta em defesa da saúde pública universal e gratuita.

NARDI: No município de Maringá, temos estabelecido parcerias substanciais com os hospitais filantrópicos. Tais parcerias têm contribuído com a organização do sistema de saúde municipal, fortalecendo e ampliando o acesso da população à atenção à saúde, sobretudo, da média e alta complexidade.

NARDI: As parcerias são fundamentais para a consolidação do SUS, pois representam instrumentos importantes para a prestação dos serviços de saúde à população e contribuem com a garantia do acesso. A Constituição Federal e a Lei Orgânica da Saúde colocam as parcerias como complementar aos serviços públicos de saúde. Assim sendo, o CONASEMS é favorável às parcerias que contribuem para que os gestores do SUS possam garantir a implementação dos princípios constitucionais do direito à saúde do cidadão.

NARDI: O gestor público tem o papel de dar cumprimento ao direito constitucional que todo cidadão brasileiro tem, da saúde como um direito de todos e dever do Estado. Cabe ao gestor público ordenar o sistema de saúde de forma compartilhada e solidária entre as três esferas de governo, com a aprovação da política do setor nos conselhos de saúde. Os espaços de pactuação do SUS, como o colegiado de gestão regional, as comissões intergestores bipartite ou tripartite, dependendo do âmbito de discussão, são espaços importantes para os acordos intergestores, visando à construção de um sistema integrado em rede que tenha qualidade, eficiência e eficácia. Nesse contexto, as parcerias e, não simplesmente a compra de serviços filantrópicos, são fundamentais para a organização do sistema de saúde e consequentemente, para a garantia do atendimento de qualidade à população.

CONASEMSO Conselho Nacional de Secretarias

Municipais de Saúde (Conasems) tem por finalidade congregar as secretarias

municipais de saúde ou órgão equivalente e seus respectivos secretários para atuarem

em prol do desenvolvimento da saúde pública, da universalidade e igualdade do

acesso da população às ações e serviços de saúde, promovendo ações conjuntas que

fortaleçam a descentralização política, administrativa e financeira do Sistema

Único de Saúde (SUS).

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::: Institucional

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Em assembleia geral extraordinária realizada em maio, em Curitiba, os filiados à Femipa aprovaram por unanimidade a part ic ipação da Federação na ação civil pública em defesa coletiva na ação ajuizada pelo Ministério Público Federal contra a União, no que diz respeito aos artigos 37, 38 e 39 da Medida Provisória 446/08.

Os filiados presentes à assembleia a p r o v a r a m a i n d a a p r o p o s t a orçamentária para cobrir as despesas com a ação. A Femipa pagará com recursos próprios os R$ 7.500,00 iniciais. Já os honorários advocatícios mensais de um salário e meio serão divididos entre todos os filiados.

As Federações que aprovaram a medida integram a ação como assistente.

Femipa integra ação coletiva contra MP da filantropia

Todos os filiados serão representados na ação coletiva

tramitação em regime de Urgência Constitucional do Projeto de Lei n° 3.021/2008, que trata das novas regras para obtenção do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS) e da isenção fiscal da contribuição patronal. Com isso, nos termos do artigo 64, § 2°, da Constituição Federal, o PL deverá ser discutido e votado na Câmara dos Deputados no prazo de 45 dias, sob pena de trancar a pauta da Casa. Após a votação na Câmara Federal, o PL será encaminhado ao Senado e, se aprovado sem alterações, seguirá para sanção presidencial.

De acordo com informações da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), o texto não deve ser alterado no Senado. Assim, o PL poderá ser aprovado no Congresso e sancionado pelo presidente da República até os meses de setembro ou outubro de 2009. A orientação da CMB é para que as entidades que já possuam o CEBAS, com vencimento até o final deste ano, aguardem a aprovação do PL para solicitarem a renovação.

A orientação se deve ao fato de uma Portaria publicada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome estabelecer que os processos de concessão e renovação de CEBAS deverão, antes de sua distribuição ao Conselheiro-Relator no CNAS, ser submetidos à avaliação prévia da Secretaria da Receita Federal do Brasil e do Ministério da Saúde ou Educação.

Segundo o assessor jurídico da Femipa, Maçazumi Niwa, na condição de assistente, a F e d e r a ç ã o p o d e r á acompanhar de perto o processo e expor a visão dos hospitais a respeito d o a s s u n t o . “ N ã o podemos deixar nossos direitos exclusivamente nas mãos de terceiros”, afirmou o advogado. As Federações estão sendo

r e p r e s e n t a d a s p e l o escritório Nogueira, Elias e Laskowski Advogados, de São Paulo. De acordo com os advogados, o processo já está no gabinete da juíza em Brasília desde o dia 9 de julho para apreciação do pedido de ingresso na ação.

Eles informaram ainda que o recurso interposto pela Advocacia Geral da União para suspensão dos efeitos da liminar que determinou a autuação das entidades beneficiadas pelas renovações dos Certificados de Filantropia, em decorrência da medida provisória, está no Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, já solicitou a

Projeto de Lei

Conferências de saúdeOs 104 conselhos locais de saúde de C u r i t i b a j á r e a l i z a r a m e v e n t o s preparatórios para a 10ª Conferência Municipal de Saúde, que acontece nos dias 28, 29 e 30 de agosto. Eles reuniram propostas que serão apresentadas no encontro municipal. Os interessados em participar devem entrar em contato com a Federação. As vagas serão preenchidas pela ordem de recebimento das inscrições.

Trabalho conjunto contra Gripe A H1N1 A Femipa integra, juntamente com outras entidades do setor da saúde, o

grupo de discussões da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná (Sesa) sobre a gripe A H1N1. O objetivo dos encontros que estão acontecendo a cada duas semanas é homogeneizar as informações quanto à doença que avança pelo mundo, e já chegou ao Brasil e ao Paraná.

No Estado, quatro hospitais são referência para o atendimento de casos da nova gripe: em Curitiba o Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e o Hospital do Trabalhador; em Foz do Iguaçu o Costa Cavalcanti; e em Londrina, o Hospital Universitário. No site www.saude.pr.gov.br é possível acessar o plano de contingência com orientações acerca da identificação de casos suspeitos, realização de testes e outras informações . A suspeita da influenza A H1N1 deve ser notificada ao Centro de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde do Paraná (CIEVS).

Para contato com a Sesa: 0800 6438484 (das 8h às 18h) / (41) 3330.4493 (das 8h às 18h)

(41) 3330.4492 (24 horas) / (41) 9117.3500 (24 horas) (41) 9117.0444 (24 horas) / (41) 9243.9321 (24 horas)

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::: DESTAQUE :::

Sarandi conta com atendimento de referência do Hospital de Assistência à Saúde Metropolitana

A Santa Casa de Maringá inaugurou uma nova Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto, dobrando a oferta de leitos para o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). T o d a a a r q u i t e t u r a d o a m b i e n t e f o i f o c a d a n a humanização do atendimento, visando proporcionar maior conforto e segurança aos pacientes, bem como oferecer m e l h o r e s c o n d i ç õ e s d e trabalho às equipes médicas e de enfermagem. Além dos atuais 24 leitos de UTI adulto, a Santa Casa também possui 12 leitos de UTI Pediátrica/ Neonatal.

O investimento na obra de aproximadamente R$ 1,6 milhão, contou com recursos próprios da Santa Casa, em uma operação financeira realizada pela entidade junto ao BNDES. Já o Governo do Estado do Paraná investiu R$ 480 mil em equipamentos hospitalares.

::: Filiados> Santa Casa de Maringá inaugura nova UTI > Serviço de medicina

hiperbárica em Londrina

Obra com 920m² recebeu investimentos de R$ 1,6 milhão

Instituição é administrada por uma Organização da Socidade Civil de Interesse Público (Oscip)

A Santa Casa de Londrina inaugurou no final de junho o Serviço de Medicina Hiperbárica, o primeiro de Londrina e o segundo do Paraná liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( A n v i s a ) . U m i n v e s t i m e n t o d e a p r o x i m a d a m e n t e R $ 1 m i l h ã o distribuído entre adequações de uma área física de pouco mais de 241 mil m² e aquisição da câmara hiperbárica multiplace com capacidade para atender até 12 pacientes por sessão.

A oxigenoterapia, realizada com a c â m a r a h i p e r b á r i c a , a c e l e r a a cicatrização em até 30%. Com isso, há redução no tempo de internação e diminuição do uso de antibióticos.

O Hospital e Maternidade Sarandi, c o n h e c i d o c o m o H o s p i t a l Metropolitano, foi fundado em 1984 com 22 leitos. Em 2001, o hospital foi ampliado e em 2003, passou a ser administrado pela Rede de Assistência à Saúde Metropolitana, uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), sem fins lucrativos, uma entidade de Utilidade Pública Federal, aguardando a liberação do certificado de filantropia.

Hoje o hospital conta com 140 leitos, o corpo clínico é composto por 112 m é d i c o s e a i n d a c o n t a c o m o atendimento eventual de uma centena de outros profissionais médicos de todas as especialidades. A instituição é referência nas áreas de neurocirurgia, t r a u m a t o l o g i a e c i r u r g i a s e n d o v a s c u l a r e s . O h o s p i t a l é responsável ainda por grande parte dos atendimentos aos acidentados na área de atuação da Concessionária Viapar. Além disso, atende 33% das vítimas dos acidentes da cidade de Maringá, e de todo o trecho do contorno sul.

Indicadores (2008)

Procedimentos Total no ano

Internamentos 12.037

Cirurgias 5.760

Atendimentos ambulatoriais 26.400

Painel apresentou aos convidados estratégias da auditoria e equipe que realizará trabalho de acompanhamento

::: Últimas Notícias

O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, afirmou que l o g o q u e t e r m i n a r o r e c e s s o parlamentar, em agosto, vai convocar uma reunião de líderes partidários para decidir sobre a conclusão da votação do PLP 306/2008, que regulamenta a Emenda Constitucional 29, a chamada Emenda da Saúde. A decisão de Temer foi comunicada no dia 9 de julho em audiência articulada pelo presidente da Frente Parlamentar da Saúde, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), da qual

Michel Temer promete concluir regulamentação da Emenda 29 em agostoparticiparam o ministro José

Gomes Temporão, deputados, senadores e representantes de entidades nacionais ligadas ao setor de saúde.

A Emenda Constitucional 29 define o que são ações e serviços de saúde e aumenta os recursos para o setor. A matéria foi aprovada em junho do ano passado, mas ficou faltando a votação de um Destaque, apresentado pelos partidos de oposição, que visa retirar do texto a Contribuição Social para a

sobre transações financeiras, a CSS vai colocar aproximadamente mais R$ 10 bilhões para a saúde a cada ano. Há um compromisso do Governo Federal de que sua arrecadação será exclusiva para a saúde. Além disso, vai complementar o orçamento do setor e não substituir fontes.

Após a votação pelos deputados, a matéria terá, obrigatoriamente, que voltar ao Senado, uma vez que a Câmara mudou o texto aprovado lá anteriormente.

O Tribunal de Contas do Estado do Paraná reuniu entidades ligadas à Saúde para colher sugestões que irão subsidiar trabalhos que estão sendo realizados desde abril junto ao Programa Saúde da Família. A iniciativa pretende medir a influência do investimento público na área sobre a vida da população. A diretora da Femipa, Rosita Wilner, participou do encontro como vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde e contribuiu com sugestões acerca do tema. Aos convidados presentes ao painel foram apresentadas as estratégias da auditoria e a equipe que irá realizar o trabalho de acompanhamento.

A Auditoria Operacional é uma modalidade de acompanhamento dos gastos públicos na qual são verificados os resultados práticos dos investimentos, em complementação à análise da legalidade, economicidade, eficiência e legitimidade das despesas, permitindo identificar e corrigir falhas operacionais que possam comprometer o alcance dos objetivos pretendidos pela administração pública.

Painel discute procedimentos para Auditoria Operacional

Fale diretamente com seu públicoAnuncie no Boletim Femipa

(41) 3027-5684