boletim informativo nº 51 - santa casa da misericórdia de santarém

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Boletim Informativo da Santa Casa da Misericórdia de Santarém Nº 51 - Outubro / Novembro / Dezembro - 2009 1 PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL . DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Outubro / Novembro / Dezembro 2009 51 Director: Provedor Coronel António Manuel Garcia Correia Conselho Editorial: Mesa Administrativa Pessoa Colectiva de Utilidade Pública Pessoa Colectiva de Utilidade Pública Pessoa Colectiva de Utilidade Pública Pessoa Colectiva de Utilidade Pública—D.R. nº46 D.R. nº46 D.R. nº46 D.R. nº46—1ª série 1ª série 1ª série 1ª série—D. L. nº 119/83, 25 D. L. nº 119/83, 25 D. L. nº 119/83, 25 D. L. nº 119/83, 25-2 2 2 2 - Depósito Legal nº 112397/97 Santa Casa da Misericórdia de Santarém DESPEDIDA “Quando da despedida soa a hora, sorri a boca mas o coração chora” - ditado popular –. No caso concreto, ao deixar a Provedoria da Santa Casa da Misericórdia de Santarém (SCMS), julgo ter razões que me levam a ser capaz de contradizer, em parte, esta sabedoria popular. A “boca não sorri”, quando ficam para trás 9 anos de desilusões, de angústias e de mágoas de profundas de injustiças, com reflexos muito negativos numa Instituição que pratica a Solidariedade com humanidade, mas também com humildade. Desde os Tribunais, que a condenaram por razões processuais e não materiais, passando por Serviços da Segurança Social, que em vez de a apoiar, lhe retirou recursos e promoveu Inspecções de “A a Z”, quando que lhe era pedido apoio técnico, (por auto denúncias de situações graves), “humilhando” até o seu Provedor, “obrigando-o” a depor em Lisboa, (atitude que nunca, o M.P. ou a P.J. exerceram). Neste “não sorriso”, não esquecemos também a Câmara Municipal de Santarém (CMS), quando lhe retirou, sem o seu consentimento, cerca de 1,5 ha de terreno, para construção de um pontão e de um troço de estrada e, ainda, (Continua na página 2) EDITORIAL A ALEGRIA QUE PERMANECE O Natal anuncia-se próximo com ilumi- nações e enfeites das ruas, cânticos, com- pras, prendas, gestos de solidariedade, convívio familiar. As pessoas e o ambiente parecem mais humanos e fraternos, a vida mostra mais encanto. Respira-se uma alegria interior, serena, contagiante. Num mundo frio e egoísta bem precisamos da mensagem do Natal. Por isso, muitas pes- soas manifestam a vontade de que o Natal permaneça e não seja apenas uma data passageira. De facto, este período propõe fraterni- dade, paz, alegria e esperança. São atitu- des e valores que correspondem aos anseios profundos do coração humano. Mas, frequentemente, sentimos a sua ausência. Sofremos com o individualismo, a desconfiança mútua, o desânimo, a soli- dão, a agressividade. Precisamos do Natal sempre. Nesse sentido vai a minha men- sagem: façamos Natal todos os dias. De facto, Jesus nasceu para nos ensinar o caminho da paz e da alegria como um estilo de vida permanente. Se formos à origem do acontecimento concluímos, realmente, que o Natal veio para ficar e criar uma situação nova: “O verbo incarnou e habitou entre nós”. Deus fez-se humano e apresentou-se no nosso meio, na humildade e na simplicidade de uma criança. Trouxe-nos a vida plena, a luz, a verdade. Com a Sua vinda oferece ao mundo mais fraternidade e esperança, mais encanto e beleza. Todos podemos dar um contributo para pôr em prática o Natal. (Continua na página 7) ASSEMBLEIA GERAL DA MISERICÓRDIA NOVOS CORPOS SOCIAIS MENSAGEM DE NATAL MENSAGEM DE NATAL MENSAGEM DE NATAL MENSAGEM DE NATAL Teve lugar a 13 de Novembro a Assembleia Geral para apresentação do Plano de Actividades e a Conta Geral de Exploração para o ano de 2010 e, como determina o Compromisso, houve tam- bém lugar à eleição dos novos Corpos Gerentes da Santa Casa para o triénio de 2010 a 2012. Presidiu à Assembleia o Eng.º Álvaro Pinto Correia, secretariado pelo Eng.º António Bernardes e pela Dr.ª Cremilda Salvador, tendo estado presentes, no bonito salão do Definitório, 64 Irmãos. Abriu os trabalhos o Presidente da Mesa que cumprimentou os presentes e deu uma pequena nota introdutória acer- ca dos pontos da agenda que iriam ser tratados. Seguiu-se a leitura da acta da última Assembleia, pelo Irmão Antero Fonte, que foi aprovada por unanimida- de e foi guardado um minuto de silêncio em memória dos Irmãos falecidos em 2009. De seguida o Presidente da Mesa convidou o Provedor a apresentar o Pla- no de Actividades e o Orçamento Previ- sional para o próximo ano. O Provedor, Cor. António Garcia Cor- reia, explicou com muita objectividade as (Continua na página 6) Boas Festas

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Page 1: Boletim Informativo nº 51 - Santa Casa da Misericórdia de Santarém

Boletim Informativo da Santa Casa da Misericórdia de Santarém Nº 51 - Outubro / Novembro / Dezembro - 2009 1

PUBL ICAÇÃO TRIMESTRAL . D ISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Outubro / Novembro / Dezembro 2009 51

Director: Provedor Coronel António Manuel Garcia Correia ● Conselho Editorial: Mesa Administrativa

Pessoa Colectiva de Utilidade PúblicaPessoa Colectiva de Utilidade PúblicaPessoa Colectiva de Utilidade PúblicaPessoa Colectiva de Utilidade Pública————D.R. nº46D.R. nº46D.R. nº46D.R. nº46————1ª série1ª série1ª série1ª série————D. L. nº 119/83, 25D. L. nº 119/83, 25D. L. nº 119/83, 25D. L. nº 119/83, 25----2 2 2 2 - Depósito Legal nº 112397/97

Santa Casa da Misericórdia de Santarém

DESPEDIDA

“Quando da despedida soa a hora, sorri a boca mas o coração chora” - ditado popular –.

No caso concreto, ao deixar a Provedoria da Santa Casa da Misericórdia de Santarém (SCMS), julgo ter razões que me levam a ser capaz de contradizer, em parte, esta sabedoria popular.

A “boca não sorri”, quando ficam para trás 9 anos de desilusões, de angústias e de mágoas de profundas de injustiças, com reflexos muito negativos numa Instituição que pratica a Solidariedade com humanidade, mas também com humildade.

Desde os Tribunais, que a condenaram por razões processuais e não materiais, passando por Serviços da Segurança Social, que em vez de a apoiar, lhe retirou recursos e promoveu Inspecções de “A a Z”, quando que lhe era pedido apoio técnico, (por auto denúncias de situações graves), “humilhando” até o seu Provedor, “obrigando-o” a depor em Lisboa, (atitude que nunca, o M.P. ou a P.J. exerceram).

Neste “não sorriso”, não esquecemos também a Câmara Municipal de Santarém (CMS), quando lhe retirou, sem o seu consentimento, cerca de 1,5 ha de terreno, para construção de um pontão e

de um troço de estrada e, ainda,

(Continua na página 2)

EDITORIAL

A ALEGRIA QUE PERMANECE

O Natal anuncia-se próximo com ilumi-nações e enfeites das ruas, cânticos, com-pras, prendas, gestos de solidariedade, convívio familiar. As pessoas e o ambiente parecem mais humanos e fraternos, a vida mostra mais encanto. Respira-se uma alegria interior, serena, contagiante. Num mundo frio e egoísta bem precisamos da mensagem do Natal. Por isso, muitas pes-soas manifestam a vontade de que o Natal permaneça e não seja apenas uma data passageira.

De facto, este período propõe fraterni-dade, paz, alegria e esperança. São atitu-des e valores que correspondem aos anseios profundos do coração humano. Mas, frequentemente, sentimos a sua ausência. Sofremos com o individualismo, a desconfiança mútua, o desânimo, a soli-dão, a agressividade. Precisamos do Natal sempre. Nesse sentido vai a minha men-sagem: façamos Natal todos os dias. De facto, Jesus nasceu para nos ensinar o caminho da paz e da alegria como um estilo de vida permanente. Se formos à origem do acontecimento

concluímos, realmente, que o Natal veio para ficar e criar uma situação nova: “O verbo incarnou e habitou entre nós”. Deus fez-se humano e apresentou-se no nosso meio, na humildade e na simplicidade de uma criança. Trouxe-nos a vida plena, a luz, a verdade. Com a Sua vinda oferece ao mundo mais fraternidade e esperança, mais encanto e beleza. Todos podemos dar um contributo para pôr em prática o Natal.

(Continua na página 7)

ASSEMBLEIA GERAL DA MISERICÓRDIA NOVOS CORPOS SOCIAIS MENSAGEM DE NATALMENSAGEM DE NATALMENSAGEM DE NATALMENSAGEM DE NATAL

Teve lugar a 13 de Novembro a Assembleia Geral para apresentação do Plano de Actividades e a Conta Geral de Exploração para o ano de 2010 e, como determina o Compromisso, houve tam-bém lugar à eleição dos novos Corpos Gerentes da Santa Casa para o triénio de 2010 a 2012.

Presidiu à Assembleia o Eng.º Álvaro Pinto Correia, secretariado pelo Eng.º António Bernardes e pela Dr.ª Cremilda Salvador, tendo estado presentes, no bonito salão do Definitório, 64 Irmãos.

Abriu os trabalhos o Presidente da Mesa que cumprimentou os presentes e deu uma pequena nota introdutória acer-ca dos pontos da agenda que iriam ser tratados. Seguiu-se a leitura da acta da última Assembleia, pelo Irmão Antero Fonte, que foi aprovada por unanimida-de e foi guardado um minuto de silêncio em memória dos Irmãos falecidos em 2009. De seguida o Presidente da Mesa convidou o Provedor a apresentar o Pla-no de Actividades e o Orçamento Previ-sional para o próximo ano.

O Provedor, Cor. António Garcia Cor-reia, explicou com muita objectividade as

(Continua na página 6)

Boas Festas

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2 Boletim Informativo da Santa Casa da Misericórdia de Santarém Nº 51 - Outubro / Novembro / Dezembro - 2009

Editorial - DESPEDIDA 1

Assembleia Geral da Misericórdia - Novos Corpos Sociais 1

Mensagem de natal 1

Faleceu o Irmão Nº 1 da Misericórdia 2

Natal da Santa Casa 3

Misericórdias - Gestão Sustentável 3

Voluntários e… Voluntários 4

Conversas com Pais 5

O Novo Provedor 6

Apoio Domiciliário 7

Estão terminadas as Obras do Centro de Dia 7

Trabalhos na Monumental “Celestino Graça” 8

Projectos Transnacionais - LATERLIFE 8

O Novo Ano Lectivo na UTIS 9

Natal e Não Dezembro 9

Do Ficheiro dos Irmãos 9

Crónicas do Terceiro Piso - Flashes da Vida 10

Notícias Breves 11

Igreja Ortodoxa Romena 11

Restauro da Tela “S. Luís Rei de França” 12

SUMÁRIO

se preparou para lhe “retirar” cerca de 10 ha, para avançar com um complexo desportivo, o que não chegou a concretizar.

Fixemo-nos ainda na CMS para não “sorrir a boca”, pelas dificuldades processuais colocadas em quase todos os Projectos de Arquitectura ou afins, que lhe foram solicitados para recuperação de imóveis.

“Não sorri a boca”, quando o Sr. Prof,. Dr. J. Veríssimo Serrão, por escrito e por palavras, doou à Santa Casa a maioria dos seus haveres culturais e, posteriormente, lhos retirou para os doar à CMS, após a Misericórdia, para o efeito, ter afectado um Prédio, elaborado e pago um Projecto de Arquitectura, bem como ter recebido para catalogar, cerca de 300 Livros do acervo do Professor Pina Martins que, entretanto, devolveu.

“Nem sorri a boca”, quando alguns Irmãos, por inconfessáveis razões e invocando incorrectas acções anti-estatutárias, nos movem acções em Tribunal Cível ou fazem inconsequentes interrogações em Assembleia Geral (AG), que pressupõem, por vezes, atitudes ilícitas do Provedor ou da Mesa Administrativa.

“Não sorri ainda a boca”, quando responsáveis Técnicos, demonstram não dar valor ou não gostar da forma “intrometida” de a Mesa Administrativa gerir os destinos estratégicos e/ou o acompanhamento da gestão corrente da Instituição.

Mas sorri, quando se é “obrigado” a dizer que é da maior justiça, realçar as qualidades, os conhecimentos, a capacidade de trabalho e o espírito de missão, da maioria dos Técnicos mais responsáveis da Instituição.

O Futuro, mesmo o próximo, e a História da SCMS se encarregarão de dizer quem teve razão.

(Continuação da página 1)

Um sorriso também, para os Membros dos Órgãos Sociais, em particular os da Mesa Administrativa, (sem qualquer desprimor para a Mesa da Assembleia Geral ou para o Conselho Fiscal), que durante, aproximadamente, 450 Reuniões da Mesa Administrativa souberam criticar, aconselhar, propor e contribuir para decisões de elevada sensibilidade e responsabilidade.

Mas “o Coração não chora”, por ficar a certeza do dever cumprido: Dever Moral, Ético e de Cidadania para com o próximo, quase sempre os mais necessitados, tanto por razões materiais como psicológicas.

“O Coração não chora” pois os Relatórios destes 9 anos de actividade, quando lidos e interpretados, expressam bem quanto a SCMS evoluiu, em termos de Património, de Organização, de número de Valências, de Utentes, de Funcionár ios, de Bens e sua inventariação, de qualificação dos seus Quadros e Funcionários e de Parcerias.

Enfim.... a Santa Casa não evoluiu mais porque a não deixaram.

Mas ”não chora o Coração” , quando se recebem palavras de afecto dos ainda

lúcidos Utentes, que percebem que a razão do seu bem estar é, também, fruto do trabalho, da responsabilidade e das decisões da Provedoria.

Também “não chora o Coração”, quando sente que, embora sem suficiente proximidade, recebe o apoio e estima da Igreja Católica, de cuja Erecção Canónica emana, apesar do carácter privado da Instituição.

Apesar de tudo, é com saudade e apreço que me despeço de Todos: Irmãos, Órgãos Sociais, Voluntários, Técnicos, Funcionários e Utentes e que lhes agradeço o apoio expresso, de alguns, em atitudes e conselhos, pois numa vida que já vai longa e numa carreira profissional que não foi fácil, foram 9 anos de trabalhos, de aprendizagem e de decisões que encheram a Alma e o Coração.

Obrigado a todos.

O Provedor

FALECEU O IRMÃO Nº 1 DA MISERICÓRDIA

Faleceu no passado dia 24 de Novembro o Irmão n.º1 da Misericórdia, o Dr. Joaquim Gonçalves Isa-belinha.

Irmão desta Santa Casa há 62 anos, é com profun-da mágoa que transcrevemos esta notícia para o Boletim, sensivelmente um ano depois de, nestas mesmas páginas, termos noticiado a muito mereci-da homenagem que a cidade de Santarém lhe prestou e à qual se associou, reconhecida e com muito carinho, a nossa Misericórdia. Nessa ocasião a Irmandade, reunida em Assembleia Geral, atri-buiu-lhe um merecido louvor e concedeu-lhe o título de Irmão Benfeitor, por unanimidade e acla-mação.

Sabemos que não há Homens insubstituíveis, mas vai ser muito difícil preencher a lacuna deixada com a sua ausência.

A sua palavra amiga, a sua generosidade e o coração aberto para os mais necessitados, permanecerão na nossa memória.

DESPEDIDA

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Boletim Informativo da Santa Casa da Misericórdia de Santarém Nº 51 - Outubro / Novembro / Dezembro - 2009 3

N A T A L N A S A N T A C A S A

MISERICÓRDIAS – GESTÃO SUSTENTÁVEL

Dentro do trabalho desenvolvido no âmbito do programa de formação da União das Misericórdias Portuguesas denominado “Misericórdias – Gestão Sustentável”, financiado pelo Programa Operacional do Potencial Humano (POPH), apoiado pelo Fundo Social Europeu, esteve entre nós durante alguns dias dos meses de Julho e Agosto, o Consultor Dr. A. Pedro Simões.

O trabalho de consultadoria iniciou-se com uma visita geral às diversas Valências a fim de tomar conhecimento da realida-de da Instituição, mormente às condições físicas existentes para o desenvolvimento das diferentes actividades.

Seguiram-se depois uma série de entrevistas, com o Prove-dor, com outros membros da Mesa Administrativa, com a Directora Coordenadora, Directores de Departamento e com os Técnicos das Valências, findas as quais foi elaborado pelo Dr. Pedro Simões um relatório diagnóstico sobre a área de gestão global.

Nesse Relatório é apresentada uma amostra predefinida que diz respeito a um universo de cerca de 75 Santas Casas da Misericórdia e que abarca as áreas mais significativas da ges-tão destas Instituições.

Nas áreas que foram analisadas, a Misericórdia de Santarém, embora dentro da classificação considerada de “Normal”, ape-nas em duas está muito ligeiramente abaixo do padrão da amostra: Gestão de Aprovisionamento e Gestão Financeira. Na área da Estratégia está dentro do valor médio considerado na referida amostra, surge acima da média, ainda com a classifi-cação de “Normal” em Gestão dos Recursos Humanos e Admi-nistração e já substancialmente acima em Gestão do Patrimó-nio.

Também acima da amostra padrão, mas com classificação de “Bom”, na área das Respostas Sociais e de “Muito Bom” na área de Sistemas de Informação e Técnicas de Informação e Comunicação. Este Relatório será um precioso instrumento de reflexão

interna que irá contribuir, estamos certos, para melhorar a gestão e a organização da Misericórdia de Santarém indo ao encontro da preocupação e do objectivo da União das Miseri-córdias no sentido de tornar as Santas Casas financeiramente sustentáveis e elevando, se possível, os padrões de qualidade dos seus serviços.

O ambiente de Natal começou logo no princípio do mês de Dezembro pois no dia 2 aconteceu a Abertura das vendas de Natal na Creche, no Centro de Dia e nas entradas dos Lares de Ido-sos e de Acamados.

E prosseguiu dois depois, na 6ª Feira, véspera do Dia do Voluntá-rio, com a Festa de Confraterniza-ção do Grupo de Voluntários que decorreu nas novas instalações do Centro de Dia, com a presença do Provedor, da Vice-Provedora, ele-mentos da Mesa Administrativa, Directora Coordenadora, Directora do Centro de Dia, Técnica respon-sável pela Voluntariado e uma boa presença de Voluntários da Santa Casa.

O Capelão da Misericórdia, Padre Aníbal Vieira, fez uma significativa exposição subordina-da ao tema “As Obras de Misericórdia” e o Provedor aprovei-tando também o tema dirigiu algumas palavras aos Voluntários

não deixando de referir o voluntariado prestado pelos membros da Mesa Administrativa.

Usou seguidamente da palavra a Voluntária Helena Cunha em nome do Grupo de Voluntários tendo estes, como habitualmen-te fazem, aproveitado o momen-to para oferecer para o Centro de Dia um utilíssimo aparelho de micro ondas.

Na noite do dia 17 realizou-se o habitual Jantar de Natal, parti-lhado por todo o pessoal da Ins-tituição que serviu também para a Mesa Administrativa para homenagear alguns Técnicos, Funcionários pela sua dedicação e desempenho.

A generosa simpatia e amizade do Sr. João Gaudêncio, pro-prietário do Restaurante Ponte d’Asseca, levou-nos na tarde do dia 22 de novo ao restaurante para o tradicional lanche com os idosos e as crianças das diversas Valências da Santa Casa.

No dia 23 celebrou-se na Igreja de Jesus Cristo a Eucaristia de Natal presidida pelo Senhor Bispo de Santarém e à qual compareceram membros da Mesa Administrativa, Técnicos, Funcionários, Voluntários, Utentes e muitos Irmãos e Amigos da Santa Casa que, connosco, quiseram partilhar a Santa Missa de Natal. A Prof.ª Prazeres, no órgão, e o Coro das nossas crianças ensaiado pela Dr.ª Cláudia Redol deram o fundo musical digno daquele momento.

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4 Boletim Informativo da Santa Casa da Misericórdia de Santarém Nº 51 - Outubro / Novembro / Dezembro - 2009

Nós somos os voluntários da Santa Casa da Misericórdia de Santarém e estamos organizados, para melhor nos conhecermos, articularmos e decidirmos acções conjuntas. Todos juntos formamos “o grupo de voluntários da SCMS”.

Cada um de nós contribui com o seu tempo, o seu saber e dedicação, para o bem estar e qualidade de vida dos residentes na Instituição.

Mas, para melhor desempenharmos as nossas “tarefas”, são promovidos frequentemente pela Santa Casa, cursos de voluntariado e uma vez por mês ”ateliers” sempre com temas de muito interesse. Estas formações ajudam-nos na integração, consciencialização e conhecimento dos problemas existentes e do voluntariado dos nossos dias.

Desempenhamos as mais diversas actividades, de acordo com as nossas preferências e com as necessidades da Instituição.

A maior parte de nós visita os utentes com quem conversamos, ajudamos nas refeições e tentamos com a nossa boa disposição, fazê-los viver outros momentos e outras realidades.

Há quem se dedique a ajudar nos trabalhos escolares dos jovens, quem ajude na cozinha e na lavandaria. Outros visitam os idosos que recebem o apoio domiciliário.

Ao longo do ano e sempre que a Santa

Casa o entende, somos solicitados para outras acções.

Por este trabalho recebemos a “remuneração” a que temos direito – afectos, gratidão e o carinho com que somos acolhidos, um olhar que nos segue, um gesto indefinido de quem já nem isso consegue fazer.

Os voluntários têm o reconhecimento da Instituição e da Sociedade em que estão inseridos. Em 5 de Dezembro comemora-se em todo o Mundo o DIA INTERNACIONAL DO VOLUNTARIADO.

Mas… nesta Casa há outros voluntários que nos parece que nem sempre são reconhecidos como tal e bem vistas as coisas, não desempenham um voluntariado qualquer, mas sim a administração de uma grande empresa. São voluntários, porque voluntariamente aceitaram os cargos que desempenham, porque auferem a mesma “remuneração” que os outros voluntários.

Referimo-nos aos órgãos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Santarém e muito particularmente à Mesa Administrativa. São estes voluntários o “motor” da Misericórdia, que a gerem e a quem se pede, ou melhor, se exige que a administrem bem e resolvam todas as situações por mais delicadas ou complicadas que se apresentem, sempre em convergência e harmonia com os interesses da Santa Casa.

O “grupo de voluntários da SCMS” r ec onh ec id o p e la in teg ra çã o ,

compreensão e apoio que sempre recebemos do Sr. Provedor, assim como dos membros da Mesa Administrativa, expressa a sua GRATIDÃO.

Aproveitamos para desejar UM SANTO NATAL E UM ANO NOVO repleto de felicidades,

Maria Helena Marques Cunha

VOLUNTÁRIOS E… VOLUNTÁRIOS

NOTA DE PESAR

A notícia era já esperada pois a longa doença que o atormentava há algum tempo fazia prever este desenla-ce, o Irmão António Vital Fernandes Faia deixou-nos no passado dia 18 de Outu-bro. Irmão da Santa Casa desde 25 de Março de 1991 fez parte dos seus Órgãos Sociais durante nove anos, de 1995 a 2003, primeiro como elemento do Conselho Fiscal, no triénio seguinte como Vogal da Mesa Administrativa e por último como membro suplente da Mesa da Assembleia Geral, função que interrompeu e da qual pediu a suspen-são quando foi nomeado administrador- -delegado da empresa Campus XXI, para que não houvesse qualquer conflito de interesses com a Santa Casa no empreendimento em que ambas se haviam associado para a Quinta das Fontainhas.

Prestigiado Oficial de Cavalaria do Exército Português, exerceu funções militares na Escola Prática de Cavalaria, foi Comandante do Presídio Militar e também Comandante Distrital de Santa-rém da Polícia de Segurança Pública.

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Boletim Informativo da Santa Casa da Misericórdia de Santarém Nº 51 - Outubro / Novembro / Dezembro - 2009 5

Há muito que os técnicos de intervenção familiar do concelho de Santarém desejavam a implementação de um Programa de Educação Parental, o que veio este ano a acontecer, após a aceitação do Núcleo Local de Inserção de Santarém, para que as Equipas Multidisciplinares protocoladas com o Centro Distri-tal de Segurança Social de Santarém implementassem o referi-do Projecto.

A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Santarém propôs a experimentação do Programa “SER FAMÍLIA” elabora-do pela Dr.ª Maria José dos Santos Ribeiro no âmbito do Mes-trado em Psicologia, no Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho.

Assim surgiu uma Equipa de Trabalho Inter-Serviços consti-tuída por:

� Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Santarém;

� Equipas de RSI das seguintes entidades:

� Associação para o Desenvolvimento Social e Comunitário de Santarém (ADSCS),

� Centro Social e Interparoquial de Santarém (CSIS) e

� Santa Casa da Misericórdia de Santarém (SCMS);

� Gabinete de Psicologia da Criança e do Adolescente da Câmara Municipal de Santarém;

� Projecto Sorrir à Vida – Prevenir da ADSCS.

A Equipa de Trabalho está já a implementar o Programa com dois grupos piloto, um na cidade de Santarém e outro na fre-guesia de Alcanede.

“Conversas com Pais”, nome que designa este projecto, tem por objectivo geral: reflectir com os pais acerca das várias práticas educativas escolhidas por estes, no sentido de tornar mais eficaz a sua intervenção educativa.

O Programa visa ainda os seguintes objectivos específicos:

- Promover atitudes mais optimistas na relação dos pais consi-go próprios, com os outros e perante a vida

- Facilitar a discussão e treino de algumas estratégias para prevenir/lidar com comportamentos desafiantes das crianças:

- Desenvolver formatos de comunicação mais eficazes na rela-ção dos pais com as crianças;

- Promover uma educação orientada para o optimismo

O Programa destina-se a grupos de 15 indivíduos (pais e/ou mães), residentes no concelho. A Equipa de trabalho conven-cionou que o grupo seleccionado teria pais de crianças entre os 6 e os 12 anos.

O Programa prevê 12 sessões, onde irão ser abordados temas como:

� Comunicação pais-filhos;

� Sentimentos na relação pais-filhos;

� Estratégias para lidar com a criança;

� Sentimentos positivos e

� Educação para optimismo.

As estratégias de trabalho passam, essencialmente, por par-ticipação activa, discussão e dinâmicas de grupo, reflexão dos pais e do feedback entre pais e técnicos.

O horário estipulado para as Conversas de Pais é semanal e ambos os grupos piloto tiveram início a 25 de Setembro. Os encontros decorrem às sextas-feiras, entre as 10h e as 11h e

30m, em salas cedidas pelas Juntas de Freguesias de S. Salva-dor e Alcanede.

As reuniões preparativas decorrem às terças –feiras, entre as 16h e as 17.30h, nas instalações da Santa Casa da Misericórdia de Santarém.

A Equipa de Trabalho prevê a continuidade da implementa-ção do referido Programa, a outros grupos e tem já técnicos designados para o efeito.

Para se ser pai ou mãe, pode não ser preciso um curso, mas certamente que é necessário pensar consequências dos actos e das palavras… sempre com o sentido de melhorar e/ou promo-ver a relação.

Pel’ Equipa de Trabalho

Elsa Vargas

CONVERSAS COM PAISCONVERSAS COM PAISCONVERSAS COM PAISCONVERSAS COM PAIS

À À À À ATENÇÃOATENÇÃOATENÇÃOATENÇÃO DOSDOSDOSDOS I I I IRMÃOSRMÃOSRMÃOSRMÃOS

O DL 91/2009, de 31 de Agosto, vem permitir a possibilidade da Santa Casa poder beneficiar da consignação fiscal a favor de uma IPSS (0,5% do IRS liquidado) o que, do anterior, esta-va condicionado à declaração de renúncia de restituição do IVA.

Assim, os Irmãos que o desejarem fazer, poderão indicar a partir do IRS de 2010, a Misericórdia de Santarém como bene-ficiária do IRS consignado, bastando para o efeito indicar no respectivo campo do Anexo H do impresso de Benefícios Fis-cais, o NIP desta Santa Casa da Misericórdia (500 868 387).

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6 Boletim Informativo da Santa Casa da Misericórdia de Santarém Nº 51 - Outubro / Novembro / Dezembro - 2009

opções escolhidas para 2010 destacando, entre elas, as obras na Unidade de Cui-dados Continuados e a reformulação de toda a área da cozinha e transmitiu aos Irmãos presentes a sua preocupação com a sustentabilidade das Valências dedica-das às crianças e jovens e a urgente necessidade de ser dada uma maior atenção à área da Logística privilegiando o planeamento e o acompanhamento das obras em curso.

Atendendo à circunstância da actual Mesa Administrativa estar a terminar o mandato, o Provedor esclareceu que não foram proposta alterações aos vencimen-tos do Pessoal, nem às mensalidades dos utentes, de forma a permitir à nova Mesa gerir livremente estas duas situações.

O Provedor apresentou, de seguida o Orçamento para 2010 que aponta para um resultado líquido previsional positivo de 122 mil euros. O Irmão José Santos Silva pediu a

palavra para sugerir a utilização das energias renováveis como forma de ate-nuar a despesa neste sector ao que o Tesoureiro, Irmão Ventura Batista, res-pondeu que já era uma preocupação da Mesa Administrativa e informou a Assem-bleia dos Projectos que estão em curso.

Por sua vez, o Irmão Dr. João Peres, comparando o resultado previsional para o próximo ano com o que se previa para este ano, achou-o muito optimista, ao que o Provedor esclareceu que o facto de não se ter mexido em eventuais aumen-tos do Pessoal conduzia ao empolamento daquele resultado. Este Irmão pediu ain-da esclarecimentos sobre o financiamen-to do projecto da Campus XXI tendo sido devidamente informado pelo Provedor.

Tanto o Plano como o Orçamento foram aprovados pela Assembleia com duas abstenções.

De seguida o Provedor passou ao pon-to n.º2 da Ordem de Trabalhos que tra-tava da oferta do Prof. Dr. Veríssimo Serrão, de parte da sua Biblioteca, à Misericórdia de Santarém e, em conse-quência disso, da disponibilização de um imóvel da Misericórdia para receber o espólio e da inclusão, no Compromisso, do Centro de Investigação Prof. Doutor Veríssimo Serrão, ambas as decisões tomadas em Assembleia Geral.

Se bem que já tivesse sido tornado público, o Provedor informou a Assem-bleia de Irmãos do facto do Prof. Veríssi-mo Serrão ter recentemente voltado atrás com a oferta e a ter formalizado agora à Câmara Municipal de Santarém, que a acolheu.

O Provedor fez o historial dos passos porque passou todo este processo, desde

a oferta inicial do Professor para a Miseri-córdia disponibilizar uma ou duas salas para receber os livros, até à afectação de todo um imóvel, que estava arrendado para, mais condignamente, expor todo o espólio que o Professor se dignasse ofe-recer.

Referiu ainda o Provedor do esforço da Misericórdia em mandar executar um Projecto de Arqu itectu ra que “transformasse” o imóvel destinado ao efeito, num moderno e acolhedor espaço de investigação. Projecto já aprovado na Câmara Municipal. Recordou também os contactos havidos com o Irmão Prof. Martinho Vicente Rodrigues no sentido de ser dada forma e conteúdo ao Centro de Investigação, elaborando um Estatuto e lançando pistas para a edição de uma revista de qualidade que projectasse o Centro como local privilegiado de estudo e investigação histórica.

Como o investimento financeiro para a concretização da obra estava fora do alcance (e da missão) da Misericórdia, facto que o Prof. Veríssimo Serrão conhe-cia, o Provedor lembrou os passos dados junto da Fundação Calouste Gulbenkian, da Fundação Eng.º António de Almeida e da Nersant para conseguir o apoio neces-sário ao empreendimento e da frustração que foi, de nada se ter conseguido. Mas como a decisão do Prof. Veríssimo

Serrão é soberana, tratar-se-ia agora de voltar atrás com as decisões tomadas em Assembleia, ou seja, reverter para a Misericórdia a disponibilidade do imóvel e ficar sem efeito a inclusão no Compro-misso, do Centro de Investigação Prof. Dr. Veríssimo Serrão.

O Irmão José Júlio Eloy perguntou se tinha havido algum contacto pessoal entre o Professor e a Mesa Administrativa depois da carta em que aquele informou a Mesa da sua nova intenção, tendo o Provedor respondido negativamente.

A Assembleia votou favoravelmente, ambas as propostas, por unanimidade.

Entretanto a Assembleia tomou conhe-cimento, pelo Irmão José Campos Brás, do internamento do Prof. Veríssimo Ser-rão no Hospital de Santarém e, ao mes-mo tempo que acompanhava o Presiden-te lamentando o sucedido, expressava um voto de rápido e pronto restabeleci-mento.

Passou-se de seguida para o acto elei-toral, que foi dividido em duas partes – a primeira, para que a Assembleia reconhe-cesse, ou não, da impossibilidade ou da inconveniência da substituição dos Irmãos que vinham exercendo cargos há dois mandatos consecutivos e que se recandidatavam; a segunda, correspon-dendo ao sufrágio, propriamente dito, da única lista apresentada.

Antes da votação o Irmão Dr. Ramiro Matos pediu esclarecimentos sobre as razões que eram invocadas para a impos-sibilidade ou a inconveniência da substi-tuição dos membros. Apresentadas as

(Continuação da página 1)

(Continua na página 7)

ASSEMBLEIA GERAL O NOVO PROVEDOR

O novo Provedor da Misericórdia de Santarém eleito para o triénio de 2010 a 2012 é o Irmão MÁRIO AUGUSTO CARO-NA HENRIQUES REBELO, de 60 anos de idade, natural de Lourenço Marques (Moçambique) e residente em Santarém.

Licenciado em Engenharia Civil, pela Universidade de Lourenço Marques, pos-sui também uma pós-graduação em Ges-tão de Empresas.

Leccionou de 1973 a 1977, no ensino secundário, em Lourenço Marques e desempenhou funções ligadas à sua especialização, de 1975 a 1977, nos Ser-viços Municipalizados de Água e Electrici-dade de Lourenço Marques e, de 1978 a 2009, na Câmara Municipal de Santarém. É Comendador da Ordem de Mérito do

Descobridor do Brasil Pedro Álvares Cabral e possui diversos louvores da Câmara Municipal de Santarém e outras instituições.

É Irmão da Misericórdia de Santarém desde 1980 e exerceu funções directivas no Círculo Cultural de Santarém, no Clu-be de Ténis de Santarém, na Liga dos Amigos do Hospital, no Lar de Santo António, na Delegação de Santarém da Cruz Vermelha Portuguesa, no Rotary Club de Santarém e é actualmente Governador do Distrito Rotário 1960.

Da sua actividade profissional constam inúmeros projectos e trabalhos ligados, muito especialmente, às obras de res-ponsabilidade autárquica e tem publica-dos vários trabalhos e conferências.

O Eng.º Mário Rebelo é casado com a Sr.ª D. Anabela Confraria Ladeira Rebelo tem dois filhos e duas netas.

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Boletim Informativo da Santa Casa da Misericórdia de Santarém Nº 51 - Outubro / Novembro / Dezembro - 2009 7

Vamos aprender na fonte a viver o Natal. Aproximemo-nos com renovada admiração do presépio para colher a mensagem desta representação do acon-tecimento histórico: No centro, uma criança estende-nos os braços e sorri. Aprendamos a estender os braços e a sorrir, vencendo a desconfiança que nos fecha aos outros. A alegria do menino aparece associada ao acolhimento e dedi-cação dos pais. Dediquemo-nos e defen-damos também a união estável da famí-lia, alicerçada no amor e santificada pelo sacramento do matrimónio, como berço e ambiente para o desenvolvimento harmo-nioso dos filhos. Ao presépio acorrem variadas personagens em atitude de lou-vor e de oferta de dons. Saibamos parti-lhar o nosso afecto, a nossa atenção e os nossos bens com os que nos rodeiam, sobretudo com os mais carentes. A alegria do Natal é, portanto, a alegria

das realidades simples e essenciais da vida que resistem ao desgaste do tempo e unem as gerações: da simplicidade que denuncia uma cultura de fachada; da fraternidade que se traduz no acolhimen-to e no serviço e vence o individualismo; da paz que contraria a agressividade; do dom que renuncia ao egoísmo. O presé-pio irradia calor humano num tempo ári-do e fechado: É a alegria que permanece e vence a monotonia e a secura da vida. Procuremos dar o nosso contributo para que seja sempre Natal.

+ Manuel Pelino Domingues, Bispo de Santarém

(Continuação da página 1)

ESTÃO TERMINADAS AS OBRAS DO CENTRO DE DIA

ASSEMBLEIA GERAL

Finalmente estão terminadas as obras iniciadas no ano de 2006 nas instalações do Lar dos Rapazes, entretanto vagas, para sua adaptação a um novo Centro de Dia.

A transferência do antigo Centro de Dia para este novo local teve em vista duas finalidades – uma, aproveitar este belíssi-mo espaço vago oferecendo melhores condições aos seus utentes. A outra, per-mitir que nas instalações entretanto vagas no edifício do Convento do Sítio fosse possível instalar, com maior dignidade, os Gabinetes dos Técnicos que ocupam cor-redores e partilham espaços exíguos.

Pena foi que as falências das duas empresas que se sucederam na realização das obras de adaptação daquele espaço forçassem a paralisações prolongadas nos trabalhos e fizessem arrastar estes duran-te quase três anos.

Neste momento aguarda-se apenas a vistoria da Protecção Civil para, em segui-da, requerer junto da Câmara Municipal a respectiva autorização de utilização.

Dos arranjos efectuados, e que mere-cem uma visita dos Irmãos, destacamos as amplas salas de convívio e de atelier, a área social com bar e cabeleireiro, o jar-dim na entrada principal e o amplo e lumi-noso refeitório, o qual recebeu a restaura-da tábua da “Ceia de Cristo” que, durante muitos anos e neste mesmo local, acom-panhou as refeições dos nossos jovens formandos do Lar dos Rapazes.

razões à Assembleia, esta votou, tendo ficado expressamente reconhecida, por ampla maioria, a manutenção daqueles Irmãos na lista.

Procedeu-se então à votação da Lista A que mereceu a aprovação por uma maio-ria de 43 votos a favor, 10 contra e 6 abstenções. O último ponto da ordem de trabalhos

foi preenchido com a leitura de uma carta do Presidente do Secretariado Regional da UMP dirigida ao Presidente da Mesa na qual expressava o seu apreço e admi-ração pelo magnífico trabalho desenvolvi-do pelo Provedor Garcia Correia nos nove

(Continuação da página 6)

anos em que dirigiu os destinos da Mise-ricórdia de Santarém.

Por ser esta a última Assembleia a que presidia, o Eng.º Álvaro Pinto Correia não quis dar por encerrados os trabalhos sem primeiro agradecer toda a colabora-ção e empenho dos restantes Órgãos da Santa Casa e dirigir uma palavra de sim-patia aos Irmãos presentes na Sala. Des-pediu-se, desejando a todos um Natal Feliz.

Quando o Natal não é um só dia…

Quando o andar é hesitante e as mãos tremem, amparo.

Quando a fala não se percebe, tenho de me esforçar para tentar compreender o que me estão a dizer, tento perceber.

Se as mãos tremem e derrubam a comida na mesa ou no chão, não me irrito, tento ajudar o melhor que sei.

Se contam pela terceira vez a mesma "história" no mesmo dia, não repreendo, simplesmente ouço.

Se está doente e considera - se um peso na vida dos outros, não abandono.

Porque Desejo neste Natal que todos tenham, todos os dias, aquilo que dou num só dia!

Porque um dia, também eu, espero… ter a sua idade... e a sua alegria.

Vera Cristina Geada Nunes

Natal Aproxima-se o Natal… época festiva

em que os idosos sentem alegria quando em convívio e um pouco mais de acon-chego.

O apoio domiciliário presta serviços no sentido de apoiar e cuidar dos idosos no domicílio assegurando a satisfação das suas necessidades da vida diária.

No entanto, o facto de permanecerem em casa faz com que necessitem de con-viver… haver companheirismo entre os utentes, daí o natal ser uma das épocas em que a instituição favorece o convívio entre os idosos com actividades de ani-mação.

Ângela Inácio

MENSAGEM DE NATALMENSAGEM DE NATALMENSAGEM DE NATALMENSAGEM DE NATAL Apoio Domiciliário

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8 Boletim Informativo da Santa Casa da Misericórdia de Santarém Nº 51 - Outubro / Novembro / Dezembro - 2009

PROJECTOS TRANSNACIONAIS PROJECTOS TRANSNACIONAIS PROJECTOS TRANSNACIONAIS PROJECTOS TRANSNACIONAIS ---- LATERLIFE LATERLIFE LATERLIFE LATERLIFE

No passado 28 de Outubro descolaram-se a Dublin, na República da Irlanda, duas repre-sentantes da Santa Casa da Misericórdia de Santarém para um encontro do Projecto Later-Life, no âmbito do Programa Aprendizagem ao Longo da Vida e sub-programa Grundtvig. Este projecto resulta de uma parceria com cinco

outras organizações, com financiamento e gestão da União Europeia, e cujo parceiro coordenador é :Meath Partnership, com sede em Navan, Irlanda.

O Projecto vai decorrer entre 1 de Outubro de 2009,e 30 de Setembro de 2011.

O Projecto LaterLife consiste na criação de uma rede social digital para séniores, tendo como objectivo motivar a população alvo para a utilização da internet como meio de comunicar em rede, de aceder a instituições de utilidade pública, tais como serviços de apoio social (saúde, segurança social, repartição de Finanças) e também promover uma utilização dinâmica e lúdica da rede social.

Durante o encontro foram conduzidas reuniões em que cada parceiro apresentou a sua organização , as suas características específicas, as suas áreas de acção e respectivos públicos alvo. Foram também abordadas as redes sociais mais utilizadas em cada país parceiro. A entidade coordenadora abordou as fun-ções e responsabilidades atribuídas a cada parceiro e os objec-tivos a serem alcançados até Setembro de 2011.

Na sequência dessas atribuições, a SCMS ficou responsável pela elaboração de um Plano de Qualidade que visa orientar as Regras e Normas de Conduta na interacção com os parceiros e outras equipas que venham a participar neste projecto.

O próximo encontro será realizado na Polónia, em Janeiro de 2010, e será o segundo encontro dos sete planeados para a execução do projecto.

O Projecto LaterLife tem uma dimensão humana que procura quebrar o isolamento, aproximando as pessoas através de áreas de interesse e necessidades, motivando a comunidade sénior para a aprendizagem e utilização das novas tecnologias de informação.

Diana Gonçalves

TRABALHOS NA MONUMENTAL “CELESTINO GRAÇA”

Foi com muito agrado que assistimos, logo após o encerra-mento da temporada taurina, ao início das obras incluídas no Anexo 1 ao Contrato de Arrendamento celebrado entre a Santa Casa e a Empresa Aplaudir, conforme constava na Cláusula Nona desse mesmo documento o que denotou, por parte daquela Empresa, um elevado profissionalismo e sentido das responsabilidades que nos apraz, uma vez mais, registar.

Assim, no que diz respeito às pessoas com mobilidade condi-cionada, procedeu-se ao rampeamento do acesso à Praça no Sector 2, à ampliação de dois para cinco lugares para especta-dores com cadeiras de rodas e na conveniente adaptação do circuito interno e das instalações sanitárias.

Relativamente ao estipulado para o melhoramento das ban-cadas, concluíram-se os trabalhos de ampliação das coxias e, face ao alargamento dos espaços dos lugares sentados, inicia-ram-se as pinturas das novas marcações numéricas, conforme era estipulado no Contrato Arrendamento, para o ano de 2009.

Entretanto, e como já havíamos noticiado anteriormente, a Empresa procedeu à limpeza e pintura completa do exterior da Praça de Toiros, antes das corridas agendadas para a Feira do Ribatejo.

ELEIÇÕES NA UNIÃO DAS MISERICÓRDIAS

Teve lugar em Fátima, no passado dia 5 de Dezembro, o acto eleitoral para o Secretariado Nacional da União das Miseri-córdias Portuguesas. A lista presidida pelo Dr. Manuel de Lemos foi considerada vencedora.

Ao Dr. Manuel de Lemos e a toda a sua equipa apresenta-mos as nossas felicitações e desejamos os maiores êxitos na condução da vida da União das Misericórdias.

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Boletim Informativo da Santa Casa da Misericórdia de Santarém Nº 51 - Outubro / Novembro / Dezembro - 2009 9

A ABERTURA DO ANO LECTIVO DA A ABERTURA DO ANO LECTIVO DA A ABERTURA DO ANO LECTIVO DA A ABERTURA DO ANO LECTIVO DA UTISUTISUTISUTIS

A cerimónia de abertura do ano lectivo de 2009/2010 teve lugar a 28 de Outubro no auditório da Escola Superior de Saúde e contou com a presença na Mesa de Honra dos responsáveis das três entidades parceiras na gestão da UTIS – pela Câmara Municipal de Santarém, o seu Presidente Dr. Francisco Moita Flores, pela Santa Casa da Misericórdia de Santarém, o Prove-dor Cor. António Garcia Correia e pela Junta de Freguesia de Marvila, o respectivo Presidente Sr. Carlos Marçal. Completa-vam a Mesa a Coordenadora Pedagógica da UTIS Maria João Silva, a representante dos alunos Maria Teresa Mira e o Direc-tor da Escola Superior de Saúde, Prof. Doutor José Amendoeira que proferiu uma brilhante oração de sapiência subordinada ao tema “ A Aprendizagem ao Longo da Vida”, avidamente escuta-da por mais de uma centena de professores e alunos que cons-tituía a quase totalidade dos presentes na sala.

Usaram também da palavra os Presidentes da Autarquia e da Junta de Freguesia, o Provedor da Misericórdia, a Directora Pedagógica da UTIS e a representante dos alunos.

Na sua intervenção, o Cor. Garcia Correia, em nome da enti-dade a quem compete a Presidência da UTIS neste ano lectivo, aproveitou para agradecer ás outras Entidades Parceiras, à Sr.ª Directora Pedagógica, aos elementos do Núcleo Coordenador e ao Corpo Docente a inestimável colaboração e empenho e, no caso concreto dos Professores, a disponibilidade demonstrada, em regime de voluntariado, que contribuiu para o enriqueci-mento cultural dos alunos e para o seu equilíbrio emocional.

Teve também uma palavra de não esquecimento para com os Técnicos e Funcionários administrativos que ajudaram a vida da UTIS no seu dia-a-dia e continuou com uma palavra de simpa-tia para com os alunos, expressando votos que este ano lectivo, em termos de instalações, seja menos conturbado que o ano findo, dadas as imprevistas e arreliadoras ocorrências que con-dicionaram o normal e desejável funcionamento das aulas.

Sublinhou, todavia, a enorme mais-valia que foi a oportunida-de para a cedência de um espaço para a UTIS no edifício do antigo Presídio Militar, agora devoluto e em boa hora disponibi-lizado pelo Presidente da Câmara.

Terminou desejando a todos um Bom Ano Lectivo.

NATAL E NÃO DEZEMBRONATAL E NÃO DEZEMBRONATAL E NÃO DEZEMBRONATAL E NÃO DEZEMBRO

Entremos, apressados, friorentos,

numa gruta, no bojo de um navio,

num presépio, num prédio, num presídio,

no prédio que amanhã for demolido…

Entremos, inseguros, mas entremos.

Entremos, e depressa, em qualquer sítio,

porque esta noite chama-se Dezembro,

porque sofremos, porque temos frio.

Entremos, dois a dois: somos duzentos,

duzentos mil, doze milhões de nada.

Procuremos o rastro de uma casa,

a cave, a gruta, o sulco de uma nave…

Entremos, despojados, mas entremos.

Das mãos dadas, talvez o fogo nasça,

talvez seja Natal e não Dezembro,

talvez universal, a Consoada

David Mourão Ferreira

DO FICHEIRO DOS IRMÃOS…

390 Maria da Graça Carvalho Machado Morgadinho

391 Carlos António Marçal

392 Lígia Corujo Reis Batalha

393 Leonel da Silva Justino

394 Mário Augusto Tropa Alves

395 Pe. Carlos Alberto Marecos Duarte Casqueiro

396 Maria Helena Barreira Nunes Rodrigues

397 Maria Margarida Murteira Faria e Melo Vidal

398 Emmanuela de Rosa Baptista de Almeida Andrade

400 Élio Alexandre Peixoto da Cunha

401 João Carlos da Cunha Pita Soares

402 Maria Beatriz Lourenço Fróis

403 Domingos Manuel Pinho Santos Silva

404 Carlos Eugénio Morais Machado Neves

Durante o ano de 2009 foram admitidos os seguintes Irmãos da Santa Casa a quem a Misericórdia de Santarém agradece a vossa preciosa ajuda e deseja as maiores felicidades :

No mesmo período, chegou ao nosso conhecimento, com mui-ta tristeza e pesar, o falecimento dos seguintes Irmãos:

1 Joaquim Duarte Gonçalves Isabelinha

7 Mário Amorim Pedroso da Costa

43 Pe. José Marques Baptista

84 João de Deus Domingues Varregoso

121 Manuel Pires Leitão

136 Mário Carvalho Fernandes Monteiro

156 Maria Isabel Temudo Moncada Cordeiro

173 António Vital Fernandes Faia

209 Pedro Miguel Neves Veloso

295 Maria José Branco

325 Florinda de Oliveira Lopes Velho Jacob

334 Maria Luísa Bernardo Lopes Garcia

Que descansem na Paz do Senhor.

Aos seus familiares apresentamos as nossas condolências.

390 Clotilde Pinto Martins Santos

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10 Boletim Informativo da Santa Casa da Misericórdia de Santarém Nº 51 - Outubro / Novembro / Dezembro - 2009

FLASHES DA VIDA

A joeira do tempo não dissipou a ale-gria da nossa mocidade quando, no con-vívio de amigos, ainda hoje, mantém vivo o sentimento e o respeito pela palavra amizade.

Connosco vivia a ilusão de alcançar um futuro admirado e para o qual lutámos mas, as vicissitudes e a voragem do tem-po entraram em acção e desfizeram as sonhadas aspirações.

Não desisti e consegui emprego num prestigiado estabelecimento comercial no Largo de Marvila, onde iniciei o meu con-tacto com o público e adquiri os meus pri-meiros conhecimentos comerciais. Gostei do emprego e dediquei-me, de alma e coração, à profissão de “balconista”, para a qual trabalhava com gosto e os colegas, mais antigos na “arte”, colaboravam nos ensinamentos necessários para eu me ir sentido à vontade naquele meio profissio-nal. Fui, entretanto, solicitado por vários comerciantes do centro histórico com pro-postas aliciantes, mas recusei todas elas.

Por essa altura nasceu em Santarém a ideia de formar um Orfeão – o Orfeão Scalabitano – e corri célere a engrossar a

longa fila de candidatos a orfeonista. Fui admitido pelo Maestro Belo Marques para o naipe dos primeiros tenores e poucos meses depois começavam as emissões regulares para a Emissora Nacional nas quais eu participava com muito gosto.

Tocava harmónica bocal na Orquestra Típica, cantava e representava, a par de algumas representações cénicas às quais dava o meu contributo.

Entretanto nasce em mim uma nova paixão que me leva a aceitar um convite do Grupo Musical de Variedades “Os Rambóias”, privativo do Teatro Sá da Bandeira.

Ingressei nos “Rambóias” e tive como ensaiador Mestre Henrique Vigário, ao tempo gerente da loja Singer. Henrique Vigário, orgulhoso ribeirense, além de ensaiador foi também autor de textos de sucesso, dos quais recordo o monólogo “O Bacalhau”, a “Passagem de Modelos de Chapéus” ao tempo da Cármen Miran-da, entre outros interessantes números populares que hoje se recordam com sau-dade e alegria.

Neste agrupamento despontou o acor-deonista Fernando Ribeiro que, mais tar-de, fez parceria com a, também, acordeo-nista Fernanda Guerra.

O conjunto era composto, quase exclu-sivamente, por rapazes alunos da Escola

de Regentes Agrícolas de Santarém e, quando era necessário aparecer em palco um elemento feminino, os rapazes faziam o papel de “travestis” com graça e talen-to, que o público sublinhava com ovações entusiásticas.

Também na Orquestra Típica foi um sucesso a participação de todo o conjunto em palco, com guarda-roupa próprio que merecia a admiração do público. Calça preta e sapatos da mesma cor, túnica de cetim de seda branco e faixa encarnada enrolada na cintura.

O Grupo Musical era, por vezes, acom-panhado ao piano mas, o mais habitual era ser acompanhado por instrumentos de cordas, clássicos e típicos.

Terminados os seus cursos de Regen-tes Agrícolas, os “Rambóias” seguiram os seus destinos na vida. Hoje, perdura na memória dos poucos que ainda deles se recordam, a sua arte e talento, o humor derramado nos palcos que pisaram e a graça que caracterizou aquele naipe de jovens estudantes que, para além da ale-gria e da brincadeira, cultivavam a delica-deza e a educação.

CRÓNICAS DO TERCEIRO PISO… Por:

As obras iniciadas em Setembro estão a decorrer em bom

ritmo estando já terminados os trabalhos de regularização da rede de esgotos para a sua adaptação às novas funcionalida-des do edifício. Os trabalhos de arquitectura estão a ser acompanhados

por uma arqueóloga indicada pelo IGESPAR devido ao facto de decorrerem em espaços onde estiveram edificados, ao tempo, a Ermida de Santa Madalena, o Palácio da Mitra dos Arcebispos de Lisboa e o Convento dos Religiosos da 3ª Ordem de S. Francisco. Prevê-se a conclusão da obra para o mês de Março de

2010.

UNIDADE DE

CUIDADOS CONTINUADOS

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Boletim Informativo da Santa Casa da Misericórdia de Santarém Nº 51 - Outubro / Novembro / Dezembro - 2009 11

�A Misericórdia de Santarém participou nas “Jornadas Europeias do Património”, em colaboração com a Autarquia e as Juntas de Freguesia de Santarém, abrin-do àquela iniciativa a Igreja da Misericór-dia na noite de 25 de Setembro.

�A Empresa Santogal Volvo fez a oferta à Misericórdia de uma cadeira destinada ao transporte de crianças em viatura auto. A Mesa Administrativa agradeceu tão simpática e útil oferta.

�O Presidente da Delegação de Santa-rém da Cruz Vermelha Portuguesa, o Irmão José Júlio Rosa Eloy, ao terminar o seu mandato naquela Instituição endere-çou uma amável carta de despedida à Mesa Administrativa agradecendo a cola-boração e a boa vontade que recebeu da Santa Casa, durante o período em exer-ceu aquelas funções directivas.

�Em representação da Misericórdia, a Mesária Eng.ª Emília Leitão, esteve pre-sente na apresentação do programa das comemorações do centenár io da Implantação da República “As Bandeiras da República em Santarém”, que teve lugar, no passado dia 8 de Outubro, na Biblioteca Municipal.

�Durante a campanha para as eleições autárquicas visitaram a Misericórdia de Santarém as delegações do Partido Socialista, no dia 30 de Setembro, e do CDS – Partido Popular, no dia 7 de Outubro.

�Ambas eram compostas pelos princi-pais candidatos e membros da direcção local dos respectivos Partidos, no caso do PS José Miguel Noras, António Car-mo, Ricardo Martinho do Rosário e Octá-vio Mendes e pelo CDS-PP Aires Lopes e Tiago Leite, entre outros dirigentes.

�As delegações foram recebidas pela Mesa Administrativa que acompanhou a comitiva em visita às Valências, após informal reunião durante a qual foi pas-sado um vídeo com as actividades da Santa Casa e trocadas impressões sobre as principais carências sociais do Conce-lho e possíveis respostas a dar.

�No passado dia 28 de Outubro reali-zou-se, nas instalações da Santa Casa da Misericórdia da Golegã, uma acção de sensibilização para a área do Volun-tariado, promovida pela União das Mise-ricórdias, tendo estado presente em representação da Misericórdia de Santa-rém, o Mesário Sr. José Cunha.

�Decorridos nove anos da atribuição da Medalha de Ouro da Cidade, à Misericór-dia de Santarém, chegou finalmente à

Santa Casa a Fita correspondente a tal distinção. Graças ao empenho pessoal do Dr. Nuno Domingos, Director do Departa-mento de Cultura da Câmara Municipal de Santarém, já podemos admirar no estandarte da Misericórdia a colorida Fita com as cores e o Brasão da Cidade.

�Foi feito um contracto com a empresa RIGSUN-CONFORIS para a instalação de painéis solares para aquecimento de águas para todo o edifício do Núcleo de Apoio Comunitário, no valor de cerca de 75.000 €, parte suportado pela Medida Solar Térmico 2000, do Ministério da Energia e da Inovação e o restante, pou-co mais de 25.000 €, pela Santa Casa da Misericórdia.

Os trabalhos de instalação iniciaram-se no final do mês de Novembro.

�A Drª Cláudia Redol em representação da Santa Casa participou na 2ª Grande Noite do Fado integrada no 1º Encontro das Misericórdias do Ribatejo que teve lugar em Abrantes.

NOTÍCIAS BREVES

O Senhor Bispo de Santarém apresen-tou à Misericórdia o pedido do Bispo Timotei, da Igreja Ortodoxa Romena, da cedência de um templo para os fiéis romenos que trabalham como emigrantes na região de Santarém poderem celebrar a sua fé.

D. Manuel Pelino sublinha que se trata de uma Igreja que merece todo o nosso apreço pela ajuda que presta aos emi-grantes, pela promoção cultural dos seus fiéis, pela fidelidade à tradição cristã e pela relação fraterna com as outras Igre-jas, designadamente a Igreja Católica.

Neste sentido e indo ao encontro da solicitação que nos foi feita pelo Senhor Bispo, a Mesa Administrativa deliberou considerar a cedência da Capela do Monte que há muitos anos se encontra encerra-da ao público.

IGREJA ORTODOXA ROMENA

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12 Boletim Informativo da Santa Casa da Misericórdia de Santarém Nº 51 - Outubro / Novembro / Dezembro - 2009

F I C H A T É C N I C AF I C H A T É C N I C AF I C H A T É C N I C AF I C H A T É C N I C A

Propriedade: Santa Casa da Misericórdia de Santarém - Largo Cândido dos Reis, 17 - 2000-241 SANTARÉM

Tel. 243 305 260 Fax 243 305 269 www.scms.pt

Director: Provedor Cor. António Manuel Garcia Correia Editor: Joaquim Manuel Correia Bernardo

Composição, Fotografia e Execução Gráfica: António J. L. Monteiro Impressão e Acabamento: Perez, Marques & Cardoso, Ldª, Santarém

Depósito Legal: 112397/97 Tiragem: 550 exemplares

Tem sido uma preocupação constante das várias direcções da Santa Casa da Misericórdia, a questão da conservação e restauro do seu património artístico, reli-gioso e honorífico.

Já em números anteriores deste Bole-tim se tem dado a conhecer aos Irmãos as dificuldades de captação de verbas que levem a bom porto a concretização dessa intenção.

A presente Mesa Administrativa, cons-ciente da importância do legado artístico, tudo tem feito para que, na impossibilida-de de mandar restaurar determinadas peças que se julgam de intervenção urgente, se ensaiem (estrategicamente) algumas medidas atempadas para a sua preservação e conservação.

É o caso de uma das catorze telas exis-tentes na Capela dos Religiosos Seculares da Ordem Terceira de S. Francisco, cuja autoria ainda não foi possível atribuir, mas que se supõe ser de um valor artístico incalculável.

As primeiras chuvas que se registaram nesta estação vieram agravar o estado de degradação em que se encontrava o con-junto destas pinturas que revestem as paredes da Capela.

Tornou-se pois, emergente a interven-ção na tela S. Luís Rei de França, que com a alteração climática se foi desprendendo do seu suporte, correndo o risco de se destacar por completo, podendo assim vir a perder-se, além do seu valor patrimonial e artístico, a sua integridade física.

Não podendo esta situação esperar por uma intervenção de conservação e res-tauro total das pinturas existentes na capela, foi necessário efectuar uma inter-venção de conservação de emergência. Assim, propôs-se a remoção da tela, bem como da sua moldura, de modo a zelar pela sua preservação e conservação.

Nesse sentido foi pedida a colaboração da Câmara Municipal de Santarém, que através do seu Gabinete de Conservação e Restauro, fez deslocar para o local a sua equipe técnica liderada pelo Dr. Miguel Salgado.

A tela encontrava-se em mau estado de conservação, apresentando lacunas ao nível do suporte e ao nível da camada cromática e oxidação do verniz. Obser-varam-se também ondulações e “podridão” do suporte devido à acentuada humidade de que a tela tem sido alvo.

Esta intervenção teve a duração de três dias, tendo sido iniciada pela remo-ção dos frisos interiores pertencentes ao conjunto da moldura, de modo a facilitar a remoção da tela. Devido ao avançado estado de degradação em que a tela se encontrava, foi necessário projectar um método de remoção da mesma, de modo a não permitir que o seu suporte sofresse contracções, uma vez que este se encontrava extremamente fragilizado, resultando assim, o destacamento da camada pictórica.

Após a remoção da tela, foi necessária a execução de um Facing, que consiste na aplicação de uma camada de protec-ção na camada pictórica, evitando o seu destacamento durante o transporte.

Todo o conjunto da moldura foi cuida-dosamente removido e devidamente eti-quetado, bem como o conjunto de tabua-do onde se encontrava pregada a tela. Com a remoção do conjunto da moldura

e tabuado, pôde-se confirmar o estado de podridão das madeiras resultantes da acentuada humidade que têm sofrido ao longo dos tempos.

Após a aplicação do Facing, foi criado um dispositivo apropriado para efectuar o seu transporte, em condições de segurança, para o seu local de acon-dicionamento.

A tela e todo o conjunto da moldura e respectivo tabuado, teve como local de acondicionamento o Coro Alto da Igreja de Jesus Cristo, que após ter sido efec-tuada a aplicação de um preventivo de ataques xilófagos reúne, agora, as condi-ções pretendidas para o acondicionamen-to da obra, enquanto aguarda a interven-ção de restauro completa.

Torna-se emergente a intervenção de conservação da nossa “Capela Dourada” que, perante este contexto, se volta a manifestar como uma prioridade.

As obras de arte não falam, mas sen-tem, sofrem, comunicam, manifestam-se e, acima de tudo, fazem parte da nossa identidade como sociedade e, como tal, é urgente zelar pela preservação dos nos-sos bens patrimoniais.

Vânia Paula António Monteiro

RESTAURO DA TELA “S. LUÍS REI DE FRANÇA”