boletim informativo nº 53 - santa casa da misericórdia de santarém

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53 informativo boletim SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM Mário Augusto C. Henriques Rebelo Mário Augusto C. Henriques Rebelo Mário Augusto C. Henriques Rebelo Mário Augusto C. Henriques Rebelo O PROVEDOR A nossa Santa Casa da Misericórdia de Santarém comemora este ano 510 anos de existência e sobre esta efeméride convém referenciar, que a sua obra se encontra cada vez mais actual. Respondemos às necessidades dos utentes, que nem sempre são de ordem material. Os muitos que nela servem, com a sua missão de voluntariado, seguem o exemplo da sua Padroeira, Nossa Senhora da Misericórdia, com a dedicação e carinho que a todos nos orgulha. Nossa Senhora da Misericórdia, sob o seu manto, acolhe uma multidão de carenciados, de misérias corporais e espirituais e nós com o seu exemplo tentaremos fazer o nosso melhor dedicando-lhes uma parte das nossas vidas. De acordo com a tradição cristã e a interpretação do Evangelho, segundo São Mateus, essas obras eram em número de catorze: sete corporais e sete espirituais pelo que importa enunciá-las na sua forma original: Convido-vos pois a viver esta comemoração com muita alegria e ao fazê- lo, estaremos a prestar um bom serviço a todos os que de nós necessita- rem. Destaque Editorial Abril Maio Junho 2010 Distribuição Gratuita | Publicação Trimestral www.scms.pt O 510º Aniversário da Santa Casa da Misericórdia Sete obras espirituais Sete obras espirituais Sete obras espirituais Sete obras espirituais Sete obras corporais Sete obras corporais Sete obras corporais Sete obras corporais A primeira he ensinar os sinprezes A primeira he remir captiuos e visitar os presos A segunda he dar bom conselho a quem o pede A segunda he curar os enfermos A terceira he castigar cõ caridade os que erram A terceira he cubrir os nus A quarta he cõsolar os tristes descõsolados A quarta he daar de comer aos famintos A quinta he perdoar a quem nos errou A quinta he daar de beber aos que ham sede A sexta he sofrer as jnjurias cõ paciençia A sexta he daar pousada aos peregrinos e pobres A setima he Rogar a ds [Deus] pellos viuos e pellos mortos A setima he enterrar os finados A Santa Casa da Misericórdia de Santarém feste- jou 510 Anos no passado mês de Maio. Foi um tempo de alegria, de partilha e amizade. Todas as respostas sociais estiveram envolvidas através de diferentes modalidades: desde contos para os mais novos, passando por jogos e poesia dita pelas crianças do Boial, actividades lúdicas, workshops e palestras numa participação inter- geracional de crianças e idosos em que comunicaram também os Pais, funcionários, voluntários e vários convidados. As diversas ani- mações tiveram lugar nas salas, jardins e claus- tros da SCMS. Também na Igreja da Misericórdia foi lembrado o Irmão Ginestal Machado através duma mostra bibliográfica e os alunos de pintura da UTIS expu- seram os seus trabalhos sobre a temática " Olhar Santarém". No dia 18 celebrou-se o Dia dos Museus com uma exposição sobre Preservação, Conservação e Restauro com a participação da técnica Vânia Paula trabalhando uma obra de arte. (continua na pág. 7) [ Cremilda Salvador ]

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Boletim Informativo nº 53 da Santa Casa da Misericórdia de Santarém

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Page 1: Boletim Informativo nº 53 - Santa Casa da Misericórdia de Santarém

53 informativo

boletim

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SANTARÉMSANTARÉMSANTARÉMSANTARÉM

Mário Augusto C. Henriques RebeloMário Augusto C. Henriques RebeloMário Augusto C. Henriques RebeloMário Augusto C. Henriques Rebelo O PROVEDOR

A nossa Santa Casa da Misericórdia de Santarém comemora este ano 510

anos de existência e sobre esta efeméride convém referenciar, que a sua

obra se encontra cada vez mais actual. Respondemos às necessidades dos

utentes, que nem sempre são de ordem material. Os muitos que nela

servem, com a sua missão de voluntariado, seguem o exemplo da sua

Padroeira, Nossa Senhora da Misericórdia, com a dedicação e carinho que

a todos nos orgulha.

Nossa Senhora da Misericórdia, sob o seu manto, acolhe uma multidão de

carenciados, de misérias corporais e espirituais e nós com o seu exemplo

tentaremos fazer o nosso melhor dedicando-lhes uma parte das nossas

vidas.

De acordo com a tradição cristã e a interpretação do Evangelho, segundo

São Mateus, essas obras eram em número de catorze: sete corporais e

sete espirituais pelo que importa enunciá-las na sua forma original:

Convido-vos pois a viver esta comemoração com muita alegria e ao fazê-

lo, estaremos a prestar um bom serviço a todos os que de nós necessita-

rem.

Destaque

Editorial

Abril Maio

Junho

2010

Distribuição Gratuita | Publicação Trimestral www.scms.pt

O 510º Aniversário

da Santa Casa da

Misericórdia

Sete obras espirituaisSete obras espirituaisSete obras espirituaisSete obras espirituais Sete obras corporaisSete obras corporaisSete obras corporaisSete obras corporais

A primeira he ensinar os sinprezes A primeira he remir captiuos e visitar os

presos

A segunda he dar bom conselho a quem o

pede

A segunda he curar os enfermos

A terceira he castigar cõ caridade os que

erram

A terceira he cubrir os nus

A quarta he cõsolar os tristes descõsolados A quarta he daar de comer aos famintos

A quinta he perdoar a quem nos errou A quinta he daar de beber aos que ham

sede

A sexta he sofrer as jnjurias cõ paciençia A sexta he daar pousada aos peregrinos e

pobres

A setima he Rogar a ds [Deus] pellos viuos e

pellos mortos

A setima he enterrar os finados

A Santa Casa da Misericórdia de Santarém feste-jou 510 Anos no passado mês de Maio. Foi um

tempo de alegria, de partilha e amizade. Todas as respostas sociais estiveram envolvidas

através de diferentes modalidades: desde contos para os mais novos, passando por jogos e poesia dita pelas crianças do Boial, actividades lúdicas,

workshops e palestras numa participação inter-geracional de crianças e idosos em

que comunicaram também os Pais, funcionários, voluntários e vários convidados. As diversas ani-mações tiveram lugar nas salas, jardins e claus-

tros da SCMS.

Também na Igreja da Misericórdia foi lembrado o

Irmão Ginestal Machado através duma mostra bibliográfica e os alunos de pintura da UTIS expu-

seram os seus trabalhos sobre a temática " Olhar Santarém". No dia 18 celebrou-se o Dia dos Museus com uma exposição sobre Preservação,

Conservação e Restauro com a participação da técnica Vânia Paula trabalhando uma obra de arte.

(continua na pág. 7)

[ Cremilda Salvador ]

Page 2: Boletim Informativo nº 53 - Santa Casa da Misericórdia de Santarém

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Editorial 1

O 510º Aniversário da S C Misericórdia 1

Visitantes nas Igrejas da Misericórdia 2

Memórias 2

Eucaristia 3

Afectos 3

Vestido de Chita 4

Dia Aberto aos Pais e Famílias 5

Teatro de Fantoches 5

Ano Europeu do Combate à da Pobreza e ... 6

Aniversário da D. Hermínia 6

95º Aniversário do G Forcados A Santarém 7

Expo-Criança 2010 8

Preservar o Património 9

Praça de Touros “Celestino Graça” 9

Dia Aberto da Anciania 10

Grupo “Cantar de Amizade” 10

Parabéns Misericórdia 11

Caminhada da primavera 11

47ª Feira Nacional de Agricultura 11

Projecto de Estágio no Arquivo Histórico 12

PROPRIEDADE

SANTA CASA DA MISERTICÓRDIA DE SANTARÉMSANTA CASA DA MISERTICÓRDIA DE SANTARÉMSANTA CASA DA MISERTICÓRDIA DE SANTARÉMSANTA CASA DA MISERTICÓRDIA DE SANTARÉM

Largo Cândido dos Reis, 17 | 2000Largo Cândido dos Reis, 17 | 2000Largo Cândido dos Reis, 17 | 2000Largo Cândido dos Reis, 17 | 2000----41 Santarém41 Santarém41 Santarém41 Santarém

Tel. 243 305 260 | Fax. 243 305 269 | www. scms.ptTel. 243 305 260 | Fax. 243 305 269 | www. scms.ptTel. 243 305 260 | Fax. 243 305 269 | www. scms.ptTel. 243 305 260 | Fax. 243 305 269 | www. scms.pt

DIRECTOR

Provedor Engº Mário Augusto Carona Henriques Rebelo Provedor Engº Mário Augusto Carona Henriques Rebelo Provedor Engº Mário Augusto Carona Henriques Rebelo Provedor Engº Mário Augusto Carona Henriques Rebelo

EDITOR

Engª Emília Daniel LeitãoEngª Emília Daniel LeitãoEngª Emília Daniel LeitãoEngª Emília Daniel Leitão

EXECUÇÃO GRÁFICA

António J. L. MonteiroAntónio J. L. MonteiroAntónio J. L. MonteiroAntónio J. L. Monteiro

TIRAGEM

550 ex.550 ex.550 ex.550 ex.

DEPÓSITO LEGAL

112397/97112397/97112397/97112397/97

PESSOA COLECTIVA DE UTILIDADE PÚBLICAPESSOA COLECTIVA DE UTILIDADE PÚBLICAPESSOA COLECTIVA DE UTILIDADE PÚBLICAPESSOA COLECTIVA DE UTILIDADE PÚBLICA

D.R. Nº 46 D.R. Nº 46 D.R. Nº 46 D.R. Nº 46 ---- 1ª SÉRIE 1ª SÉRIE 1ª SÉRIE 1ª SÉRIE ---- D.L. Nº 119/83, 25D.L. Nº 119/83, 25D.L. Nº 119/83, 25D.L. Nº 119/83, 25----2 2 2 2

ACABAMENTO E IMPRESSÃO

Peres, Marques & Cardoso, Ldª Peres, Marques & Cardoso, Ldª Peres, Marques & Cardoso, Ldª Peres, Marques & Cardoso, Ldª ---- SantarémSantarémSantarémSantarém

Visitantes nas Igrejas da Misericórdia e Jesus Cristo

[ António Monteiro ]

Pela leitura dos dados recolhidos naquelas igrejas verificamos que o número de visitantes continua a subir, com um total de 12.974, cifrando-se num acréscimo de 10%, repartidos por 7.601 da Igreja da Misericórdia e 3.520 da Igreja de Jesus Cristo.

Continuam a ser os portugueses aqueles que mais nos visitam com 11.121 visitantes, aos quais se seguem os nossos “vizinhos” espanhóis com 530. Logo a seguir temos registados os visitantes de cidadania inglesa com 446; francesa 355; alemã 150, brasileira 139; italiana 80; russa e holandesa com 31; chinesa 23; dinamarquesa 21; belga 16 e ucraniana com 10. Turistas de outras nacionalidades contribuem com menos de 10 visitantes.

Verifica-se ainda que, embora tenha havido um aumento significativo no

número global de visitantes, a verdade é que o número de portugueses entra-dos nas nossa igrejas, baixou. Todavia, e para nosso agrado, o número de visi-tantes estrangeiros aumentou, o que indicia claramente as ultimas tendên-cias turísticas na nossa cidade.

Refira-se que o tratamento destes dados é sempre subjectivo, porquanto a esfera de relação entre o número de turistas que afluem às nossas igrejas dilui-se muitas vezes com o número de cidadãos que entra para exercício dos seus actos de fé.

Por vezes, no nosso dia-a-dia, há epi-

sódios engraçados, que de vez em

quando nos vêm à memória e até nos

fazem rir sozinhas, pequenas coisas que

por vezes são difíceis de contar no

papel, mas que na nossa memória

ficam para sempre e têm a sua graça.

Um dia, depois de acabar de dar o

pequeno-almoço a uma senhora, repa-

rei que tinha tirado um sapato, baixei-

me para lho calçar, então a senhora

olhou para mim com cara de espanto e

disse-me: - Ai menina, tem tantos cabe-

linhos brancos !!

Quantos anos tem? Tenho 39 anos,

respondi

Então ela muito admirada exclamou:

“Então é mais velha qu’eu…”

Na altura achei tanta graça que não

consegui parar de rir…

Outra vez estava a fazer a barba a um

senhor e quando terminei disse-lhe: -

Pronto, já parece um rapaz de 20 anos...

Ele respondeu: - Hummm, 20 não

digo, mas vinte e tal…

Logo de seguida voltei-me para

outro senhor que estava connosco e

perguntei-lhe: Então e o senhor quan-

tos anos tem?

Ao que ele respondeu de imediato -

Não tenho muitos mais que ele….

Uns 35 …

Mais uma vez eu não deixei de dar a

minha habitual gargalhada…

São coisas pequenas, que muitas

vezes nos ajudam a viver nesta casa,

mostrando-nos que vale a pena o que

fazemos, e que nos dias mais difíceis

nos ajudam a continuar…

Memórias [ Deonilde Dinis ]

Page 3: Boletim Informativo nº 53 - Santa Casa da Misericórdia de Santarém

3

Na profissão de Ajudante de Lar todos os dias são dife-

rentes e com novas experiências.

O contacto humano aproxima-nos muito de quem

acompanhamos diariamente. Há sorrisos, lágrimas, sofri-

mentos e histórias, mas, para mim, o mais importante é ter

a noção de que os sei ouvir e entender e por vezes entrar

no seu mundo, sabendo depois sair dele, sem me afectar

emocionalmente.

A partilha dos afectos ajuda-me a compreender e a

saber lidar com situações de utentes com avançadas

demências.

Portanto, passo a descrever uma situação de um homem

que outrora, era uma pessoa activa, independente, traba-

lhadora e com aspecto distinto. Presentemente esta pessoa

tem um olhar de grande sofrimento, corpo descaído e res-

piração de dor, passos de marcha parada e diz: “Ajude-me!

Ajude-me! Não sei o que sinto! Ajude-me!”. Caminhamos

abraçados e dou-lhe a entender que seria melhor deitar-se

para descansar. Ele acedeu e agradeceu, mas à primeira

tentativa de retirar o pullover há um empurrão e palavras

agrestes. Encontro, então, um pretexto: “O pullover tem

caspa. Não será melhor despi-lo, para o sacudir? Parece mal

andar assim.”. Após ter retirado o pullover surgiu nova

negação de despir a camisa, o qual só consegui que o fizes-

se argumentando que tinha algumas nódoas e, por isso,

tinha que ir para a lavandaria. E para lhe retirar os sapatos,

faço-lhe ver que lhe magoa os pés e seria melhor calçar uns

chinelos, de forma a aliviar a dor. Para conseguir efectuar a

higiene e retirar a fralda, à qual chamo cueca, vou rebuscar,

à sua antiga actividade profissional de camionista, uma

forma de lhe explicar, que quando ia no camião possivel-

mente passou por locais com terra, e indico: “Temos que

limpar.”. Só desta forma consigo alcançar os meus objecti-

vos.

Todos os gestos e palavras têm que ter um momento

próprio, porque nada é definido e é uma sequência de sen-

tidos. Por vezes, com gritos e arremessos, mas também

com reconhecimento de culpa dizendo: “Desculpe, eu gos-

to da senhora!” e eu respondo: “Pois, também gosto de si.”.

Mas nem sempre é assim, há dias que nada, ninguém o

pode ajudar na sua inquietação e constante deambular

pelos corredores. É nessas alturas que a “pena” não é senti-

mento, pois tenho a devida noção do historial da doença e

fica a sensação de não poder fazer mais nada.

Como conclusão, gostaria de deixar apenas um pensa-

mento e/ou desejo de ver a profissão de Ajudante de Lar

mais dignificada, porque ainda não lhe é dado o devido

valor que merece.

Afectos [ Isabel Maria Dias Gaspar ]

Eucaristia [ Cláudia Redol ]

No passado dia 31 de Maio, encerrámos as comemorações do

510º aniversário da SCMS, com a celebração da Eucaristia na

Igreja de Jesus Cristo. Presidida pelo nosso capelão Padre Aníbal

Vieira, e animada por alguns elementos do coro da UTIS, que se

mobilizaram generosamente para o efeito, a mesma foi muito

participada estando representada a Mesa Administrativa, as

valências que integram esta casa, voluntários e familiares.

E porque estes momentos só valem realmente a pena se pro-

duzirem nos nossos corações algum efeito, termino com o

reforço da vontade enunciada numa das intenções: de que

apesar das dificuldade ou incompreensão alheia, consigamos

ser cada vez mais no mundo instrumentos de paz e de entendi-

mento, testemunhando a todos o amor misericordioso de

Deus, no serviço aos mais necessitados.

Page 4: Boletim Informativo nº 53 - Santa Casa da Misericórdia de Santarém

4

No passado dia 2 de Junho 2010, o Teatro Sá da Bandeira foi o palco de mais um desfile de Vestidos de Chita, promovido pelas Instituições do Con-celho com respostas sociais na área da Anciania e com o apoio da Câmara Municipal de Santarém, no qual parti-ciparam idosos das diversas Institui-ções locais.

Dando voltas e voltinhas, como ver-dadeiros modelos profissionais, repre-sentaram a Santa Casa da Misericórdia de Santarém neste evento, um par constituído por um residente do Lar de Grandes Dependentes, o Sr. Fran-cisco Balau com 71 anos e uma

cliente do Serviço de Apoio domiciliá-rio, D. Nazaré Fernandez com 87 anos, os quais mostraram as elegantes cria-ções pensadas e confeccionadas pela costureira da Instituição.

No final do concurso o espectáculo continuou com a intervenção de alguns seniores que voluntariamente foram ao palco cantar ou recitar poe-mas. A D. Nazaré Fernandez com a sua fresquíssima memória abrilhantou a SCMS com as diversas quadras que recitou.

A D. Nazaré apresentou-se com um fato constituído por duas peças: um saia de cor vermelha com bolas bran-cas e uma casaquinha de cor branca com bolas de cor vermelha fazendo um belo contraste. Usou também um bonito chapéu do mesmo tecido da saia.

O Sr. Francisco vestiu um fato com-pleto cinzento, com gravata e lenço a

Vestido de Chita

[ Odete Luís ]

RECTIFICAÇÃO

Por lapso, no Boletim Nº 52, na página 6

coluna central, foi indicado que a Candida-

tura ao Programa MODELAR referente à

“Unidade de Cuidados Continuados Inte-“Unidade de Cuidados Continuados Inte-“Unidade de Cuidados Continuados Inte-“Unidade de Cuidados Continuados Inte-

grados de Saúde de Longa Duração” grados de Saúde de Longa Duração” grados de Saúde de Longa Duração” grados de Saúde de Longa Duração” tinha

sido apresentada em meados de 2009.

Assim vimos rectificar, dado que a mesma

candidatura foi apresentada em 2008.

condizer com o vestido da colega.

Ao som da música os nossos modelos, apresentaram-se ao público que os aplau-diu, estavam muito felizes e de parabéns.

BENÇÃO DAS PASTAS PRAÇA DE TOIROS “CELESTINO GRAÇA”

A Praça de Toiros “Celestino Graça”, quase que esgotou a sua lotação, para ser palco de mais um evento marcante, na vida de milhares de jovens estudantes.

Trata-se da cerimónia académica “Bênção das Pastas”.

A Santa Casa da Misericórdia, gostosamente, acedeu à cedência do espaço e fez-se representar neste magnifico evento pelo Mesário Sr. Casimiro de Jesus Santos.

Pleno de esfusiante alegria e juventude, mas também sem esquecer as necessidades da comu-nidade que os rodeia, estes jovens da “Associação de Estudantes do ISLA” demonstraram a sua generosidade oferecendo um donativo para benefício dos mais necessitados, que são assisti-dos diariamente pela nossa Instituição.

Bem Hajam jovens. Não esqueçam nunca os actos de generosidade. Felicidades para as vossas carreiras profissionais.

Page 5: Boletim Informativo nº 53 - Santa Casa da Misericórdia de Santarém

5

No dia 20 de Maio, a Creche e o Pré-Escolar abriram as por-

tas para receberem os Pais e Famílias das nossas crianças.

Em cada sala, foi planeada uma actividade diferente para

que os pais/famílias partilhassem este momento junta-

mente com os seus filhos.

A expressão plástica, os jogos tradicionais, a expressão

musical, as actividades nos Cantinhos, o Conselho em

grande grupo, foram algumas das actividades que desen-

volvemos.

Para as crianças é sempre uma experiência enriquecedora

puder ter os pais/famílias durante algumas horas no nosso

ambiente educativo e para os pais/famílias é importante

puderem partilhar estes momentos e conhecerem mais

um pouco do nosso pequeno/grande Mundo e do traba-

lho que aqui é realizado.

DIA ABERTO AOS PAIS E FAMÍLIAS

[ Ana Rita Pais ]

No passado mês de Maio, as

crianças da sala dos 5 anos do

Jardim de Infância “Os Ami-

guinhos”, foram ao Lar de

Idosos para apresentarem

quatro peças de Teatro de

Fantoches.

Foi com alegria que os idosos

nos receberam e as crianças

em grande euforia começa-

ram o teatro, foram dando

vida aos fantoches e cantaram

as músicas que acompanha-

vam as histórias. As histórias

eram bem conhecidas: a Gata

Borralheira, o Patinho Feio, Os

três Porquinhos e o Capuchi-

nho Vermelho. Entre risos,

algum barulho e umas boas

salvas de palmas, lá se passou

uma boa manhã na compa-

nhia dos “nossos Avózinhos”!

Esperamos que tenham gos-

tado!

TEATRO DE FANTOCHES [ Ana Lopes ]

Foi no dia 30 de Abril que as mães das crianças da Creche

e Pré-Escolar, foram convidadas a vir tomar o pequeno-

almoço connosco.

Juntamente com as nossas crianças, preparámos com mui-

to carinho as mesas com café, chá e alguns bolos. As Mães

trocaram entre si algumas experiências e mostraram-se

muito felizes com esta iniciativa. No final, receberam uma

pequena lembrança dos seus filhos e deixaram um registo

no nosso mural. Obrigado a todas as Mães que connosco

partilharam este dia!

Um dia diferente

Page 6: Boletim Informativo nº 53 - Santa Casa da Misericórdia de Santarém

6

O Parlamento Europeu e o Conselho da

União Europeia instituíram 2010 como

o Ano Europeu do Combate à Pobreza

e à Exclusão Social. O grande objectivo

é reafirmar que o combate à pobreza e

à exclusão social continua a ser um dos

compromissos políticos mais importan-

tes da EU e dos respectivos membros,

reconhecendo os direitos e a capacida-

de das pessoas excluídas para desem-

penharem um papel activo na socieda-

de; sublinhando que cada indivíduo na

sociedade tem responsabilidade na luta

contra a pobreza; promovendo a coe-

são social e disseminando boas práticas

em matéria de inclusão, reforçando,

ainda, o compromisso para a tomada

de medidas eficazes na obtenção dos

fins em vista.

Sabe-se que 78 milhões de pessoas da

EU vivem em risco de pobreza, sendo

que 19 milhões são crianças, níveis

absolutamente inaceitáveis, sendo pre-

mente mobilizar toda a sociedade para

pôr fim a esta calamidade.

A pobreza é um fenómeno que não se

esgota apenas com a falta de recursos

financeiros, sendo muito mais abran-

gente. Manifesta-se também, na falta de

oportunidades para participar na vida

socioeconómica, cultural e política; na

incapacidade de progredir dos deficien-

tes físicos e mentais; na dificuldade ao

acesso à educação, emprego, saúde,

cultura, habitação… É, de uma forma

geral, uma privação de todos os direi-

tos.

Ninguém deve ficar indiferente às desi-

gualdades sociais. Devemos promover

o desenvolvimento sustentável e a soli-

dariedade, envolvendo entidades públi-

cas e privadas. Os problemas de uma

comunidade devem ser resolvidos com

a intervenção de toda a comunidade.

Não fiques de fora!

Um dia, deflagrou um incêndio numa

floresta. De imediato o elefante com a

sua grande tromba começou a trazer

água de um lago, atirando-a sobre as

árvores. Ao mesmo tempo um mosqui-

to com a sua minúscula tromba trazia

uma gota de água que depositava

sobre as folhas. E outros se lhe segui-

ram, conseguindo assim extinguir o

fogo.

Podes escolher ser como o elefante ou

ser como o mosquito, conforme as tuas

capacidades, mas participa na tua

comunidade, para uma melhor qualida-

de de vida, da qual tu próprio beneficia-

rás.

A Santa Casa da Misericórdia de Santa-

rém contribui para o combate à pobre-

za e à exclusão social. Faz qualquer coi-

sa! Junta-te a nós, para podermos estar

cada vez mais próximo do próximo.

Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão [ Emília Leitão ]

No dia 1 de Junho de 2010, comemo-

ramos com um almoço nos claustros

da Instituição os 100 anos de vida da D.

Hermínia Maria do Carmo, utente da

SCMS desde Setembro de 2003

Como referi em comunicações ante-

riores, não sendo este um fenómeno

isolado na Instituição, a condição desta

utente merece destaque, pela “boa

forma” com que completou esta cente-

na de vida.

Apesar da idade a D. Hermínia é autó-

noma no cumprimento das suas neces-

sidades básicas, quase não toma medi-

cação, tendo só a lamentar algumas

limitações auditivas. A sua memória faz-

nos muitas vezes inveja e tem um tem-

peramento de quem acumulou muito

conhecimento na escola da vida.

Foi portanto, com os seus colegas do

Lar de Idosos, a Mesa Administrativa,

filhos, noras, netos, bisnetos e trinetos

que soprou com alegria as velas do seu

centenário, num dia longo e repleto de

miminhos.

Para o futuro fica o desejo de que

mais do que muitos, os que restam

sejam vividos com a mesma qualida-

de…

Aniversário da D. Hermínia

[ Cláudia Redol ]

Page 7: Boletim Informativo nº 53 - Santa Casa da Misericórdia de Santarém

7

95º Aniversário do Grupo de Forcados Amadores de Santarém

A Santa Casa da Misericórdia de Santa-

rém associou-se ao 95º Aniversário do

Grupo de Forcados Amadores de Santa-

rém tendo o Sr. Provedor contribuído

para a sua revista com o seguinte artigo:

O Grupo de Forcados Amadores de Santa-

rém assinala este ano o seu 959 aniversário,

cumprindo-nos evocar tão significativa

efeméride num preito de homenagem

devida a quem tanto tem contribuído

para o engrandecimento de uma expres-

são taurina tão eivada de portugalidade. A

arte de pegar toiros evoluiu substancial-

mente no último século muito em virtude

do contributo técnico e artístico de valoro-

sos elementos dos "Amadores de Santa-

rém", que, assim, muito valorizaram a ima-

gem do próprio forcado. Dentro e fora da

praça!

Longe vai já o dia 8 de Agosto de 1915

quando, pela vez primeira, saiu à praça um

Grupo de valentes forcados, capitaneados

por António Gomes de Abreu, anunciando-

se como ''Amadores de Santarém''. A sua

forma de pegar, o desinteresse financeiro na

base da sua actuação, o altruísmo e genero-

sidade expressos em tantos espectáculos de

beneficência, denunciaram, desde logo,

novos tempos na sorte de pegar toiros.

Os primeiros Cabos definiram as regras

próprias de um Grupo de Amadores, contri-

buindo, decisivamente, para a evolução da

própria arte de pegar toiros. António Abreu

transmitiu o espírito de amizade e de respeito

mútuo entre todos os forcados do Grupo; D.

Fernando de Mascarenhas foi precursor de

um novo conceito de pega, ao citar de fren-

te, com o Grupo formado em linha, e dando

-se vantagens aos toiros; Ricardo Rhodes

Sérgio impôs a pega de cernelha como uma

sorte maior, deixando de ser, apenas, uma

sorte de recurso, quando o Grupo não consu-

mava a pega de caras. Estes contributos

permitem-nos definir, na arte de pegar toi-

ros, um tempo antes dos "Amadores de San-

tarém" e o tempo actual, em que o Grupo

escalabitano continua a pontificar entre

os melhores.

Os Cabos que lhes sucederam - José Manuel

do Souto Barreiros, Carlos Filipe da Gama

Empis, Carlos Vasconcellos e Sá Grave, Gonçalo

da Cunha Ferreira, Pedro Figueiredo (Gra­

ciosa) e Diogo Sepúlveda - assumiram o

tremendo desafio de honrar a memória

dos que os precederam no desempenho da

tão difícil missão de prestigiar a jaqueta de

ramagens dos "Amadores de Santarém",

permanecendo como verdadeiras referências

entre os seus pares, num estatuto consolida-

do e reconhecido consensualmente entre

os aficionados portugueses.

(continuação da pág. 1)

No dia 29 teve lugar nos Claustros um jantar festivo e de confraternização, em que várias individualidades da nossa

cidade, nos honraram com a sua presen-ça.

A parte cultural contou mais uma vez com a participação do Conservatório de

Música de Santarém. Os jovens Pedro Oliveira à guitarra portuguesa e Flávio Bolieiro ao acordeão encantaram nos

com peças de Gonçalo e Carlos Paredes e Richard Galliano, respectivamente.

Houve também um momento poético dito por Maria Beatriz Martinho e Emília Daniel Leitão, que muito contribuíram

para tornar mais aprazível este convívio.

No dia 31, o Sr. Padre Aníbal Viei-

ra celebrou na Igreja de Jesus Cristo uma Missa de Encerramento das Come-

morações que foi musicalmente acom-panhada por um côro de alunos da UTIS, dirigido pela Dr.ª Cláudia Redol e a que

assistiram Funcionários, Utentes, Técni-cos e Mesários da SCMS.

[ Cremilda Salvador ]

O 510º Aniversário da

Santa Casa da Misericórdia

A par da sua notável expressão técnica e

artística, o Grupo de Forcados Amadores de

Santarém mantém a mística que os distin-

gue entre os forcados portugueses de todos

os tempos, e preserva o espírito de altruís-

mo e generosidade que sempre o norteou.

Bem Haja pela sua obra e pelo seu exemplo!

A caminho do século, tempo e oportunida-

de para consagrarmos ainda mais perene-

mente o quanto devemos a este punhado

de amigos, que entre os seus tantos afaze-

res ainda encontram tempo, gosto e moti-

vação para enfrentar galhardamente os

toiros bravos, aferindo perante estes a sua

técnica e o seu valor.

Page 8: Boletim Informativo nº 53 - Santa Casa da Misericórdia de Santarém

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Realizou-se, no Centro Nacional de Exposições – CNEMA, mais um certame dedicado às crianças e jovens de 15 a 18 de Abril de 2010.

Não houve um tema específico. Apro-veitou-se as comemorações dos vinte anos da Convenção dos Direitos da Criança e nesse sentido, tudo aconte-ceu em prol da reflexão e debate sobre esses mesmos direitos.

A Santa Casa da Misericórdia não quis deixar de estar presente. Ao contrário do ano anterior estivemos só com um espaço de animação.

Sabendo que todos os direitos são deveras importantes para as crianças, entendemos nós, que o Direito a Brin-car é de longe o mais importante direi-to que lhes assiste. Nesse sentido toda a nossa preocupação foi criar um espaço

onde cada uma se sentisse criança. Espaço esse que era uma lagarta gigan-te por onde se entrava e a magia acon-tecia. Desde a criação de fantoches, de histórias contadas e animadas pela Fer-nanda, onde o faz de conta acontecia… e as crianças transformavam-se em adultos, indumentária apropriada e as atitudes a condizer… “Eu sou a mãe e vou às compras”, “não, esse sapato é para mim!”, foram algumas das fantasias discutidas. Mas, o que mais os intrigou foi uns móveis, entre eles um sofá, cai-xas, sapatos… imaginem para quê? Para serem pintados…sim pintados a sério… coisas que os adultos fazem, mas, que nestes dias foram eles que puseram mãos à obra.

Fui testemunha de uma “discussão” entre uma mãe e o filho, que queria também colaborar nas nossas obras-primas. A mãe lá foi dizendo, que não porque ele se sujava, que era muito pequeno, que o pincel era quase tão grande como ele, que, que… mas, o pequeno levou a dele avante e aquele sofá levou mais uma camada de azulão, a satisfação e a felicidade estavam estampadas no seu rosto.

Foram quatro dias onde os adultos dis-cutiram, por ventura, os direitos das crianças, e penso que bem… mas, a nossa participação traduziu-se em per-mitir que os principais personagens, vivessem, sentissem, usufruíssem des-ses mesmos Direitos.

EXPO-CRIANÇA 2010

[ Eva Garcia ]

A 11 de Junho de 2010, foram realiza-das as admissões para o próximo ano lectivo, das respostas sociais de Creche e Pré-Escolar da S.C.M.S. . Segundo o Regulamento Interno, as admissões são feitas tendo em conta os seguintes critérios de prioridade:

1. Crianças em situação de risco;

2. Ausência ou indisponibilidade dos pais em assegurar aos filhos os cui-dados necessários;

3. Crianças de famílias monoparentais ou famílias numerosas;

4. Crianças com irmãos a frequentarem já o estabelecimento;

5. Crianças cujos pais são funcionários da S.C.M.S.

6. Crianças cujos pais trabalham na área do estabelecimento.

Deste modo, foram admitidos para a Creche: 8 crianças para o Berçário, 5 crianças para a Sala de 1 ano e 13 crian-ças para a Sala Familiar.

Para o Pré-Escolar foram admitidas 2 crianças para a Sala dos 3 anos. Em lista de espera ficaram 45 crianças não admitidas. Lista esta que se encontra afixada na Secretaria, desde o dia 15 de Junho de 2010.

Admissões da Creche e Pré-Escolar - Ano Lectivo 2010/2011

[ Ana Rita Pais ]

Page 9: Boletim Informativo nº 53 - Santa Casa da Misericórdia de Santarém

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Existindo desde sempre uma cons-

ciência da importância da preservação

do vasto património existente na Santa

Casa da Misericórdia de Santarém e

havendo várias iniciativas nesse sentido,

surgiu a necessidade de um comple-

mento com cariz técnico-científico.

A Sala de Conservação e Restauro sur-

giu no contexto de um estágio profis-

sional em Conservação e Restauro, no

decorrer do ano de 2009.

A Conservação e Restauro, é acima de

tudo uma área científica, com grande

componente técnica, tendo obrigatoria-

mente de ser executada por técnicos

qualificados. Tendo esta consciência, a

Santa Casa da Misericórdia de Santarém,

prolongou o estágio profissional, por

mais dois contratos.

Foram vários os trabalhos desenvolvi-

dos, de cariz conservativo, visto tratar-se

de uma área específica, que necessita

de meios técnicos adequados.

Sendo uma actividade bastante exi-

gente ao nível técnico e, estando numa

fase inicial da sua implementação, há

que realçar os esforços de toda a equipa

do Património, da sensibilidade e empe-

nho de todos os intervenientes neste

projecto. Devemos também destacar o

mérito da Santa Casa da Misericórdia de

Santarém, por ser uma das pioneiras em

instituir uma área que se dedica por

inteiro na preservação e salvaguarda do

Património.

Além de trabalhos técnicos já desen-

volvidos, como alguns que já foram

referidos em números anteriores, surgiu

também a necessidade de efectuar

algumas actividades de divulgação, de

modo a sensibilizar a população envol-

vente e, quem sabe, adquirir alguns

apoios com vista a recuperar os bens

mais carentes de intervenções.

No âmbito da comemoração dos 510

anos da Santa Casa da Misericórdia de

Santarém, inserido no dia mundial dos

Museus, decorreu na Igreja da Misericór-

dia, na semana de 17 a 21, uma exposi-

ção temática de “Preservação, Conserva-

ção e Restauro”, na qual foram expostos

alguns trabalhos técnicos realizados,

acompanhados de fotografias do

“antes” e “depois” das intervenções, jun-

tamente com a descrição técnica dos

tratamentos. O público teve também a

possibilidade de assistir directamente à

intervenção de uma das peças da insti-

tuição, tendo assim a percepção e o

esclarecimento imediato deste tipo de

trabalho e, nomeadamente o tempo de

execução, os materiais necessários e as

condições que exige.

Tratou-se de uma experiência gratifi-

cante, tendo em conta a reacção positi-

va dos visitantes, por terem o “privilégio”

de contactarem com este tipo de “arte”,

e o facto da Santa Casa se dedicar a

mais uma acção meritória, neste caso

num cariz artístico e cultural, além da já

característica solidariedade numa ver-

tente social.

Por solicitação da Irmandade dos

Romeiros de S. José da cidade de Santa-

rém, a Santa Casa da Misericórdia autori-

zou, depois de ouvido o circuito ecle-

siástico, que a Capela já existente e

sediada na Praça de Toiros “Celestino

Graça” tomasse o nome de “Capela de S.

José”.

A pretensão prendeu-se com o facto,

de nessa Capela já “residir” a imagem de

S. José, padroeiro de Santarém e patro-

no da Irmandade, da autoria do escultor

Mestre Rui Fernandes.

Foi executado um painel de Azulejo,

referenciando o registo e colocado no

exterior da mesma.

Procedeu-se ao seu descerramento,

no passado dia 19 de Março após a pro-

cissão.

A cerimónia contou com a presença

de todos os Romeiros, a cavalo, com o

seu Romeiro-Mor Engº José Andrade,

com o representante do Presidente da

Câmara, Dr. António Valente e o repre-

sentante da Misericórdia, Sr. Casimiro de

Jesus dos Santos.

Congratulamo-nos com mais esta ini-

ciativa da Irmandade dos Romeiros de S.

José, que pelo seu mérito, merece a

consideração de todos nós.

PRAÇA DE TOUROS “CELESTINO GRAÇA”

Capela de S. José

[ Casimiro Santos ]

PRESERVAR O PATRIMÓNIO [ Vânia Paula ]

Page 10: Boletim Informativo nº 53 - Santa Casa da Misericórdia de Santarém

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No âmbito das Comemorações dos 510 Anos da SCMS, as responsáveis pelas respostas sociais da Área da Anciania, organizaram o seu Dia Aberto. Este teve como objectivos fomentar a partilha/convívio entre utentes e funcionárias e, promover a Intergeracionalidade.

No dia 28 de Maio com apresentação da Fernanda Narciso, as actividades decorreram em três momentos distintos:

Iniciou-se com as actuações das funcionárias das diferentes respostas sociais da Anciania

- Feira da Ladra representada pelo Centro de Dia;

- Canção do SAD do serviço de Apoio Domiciliário;

- Encenação do dia a dia do Lar de Idosos.

Para finalizar as actuações, as crianças do Jardim de Infância subiram ao palco para cantar as suas músicas e soltar os balões da Amizade.

Após este momento deu-se início aos jogos: as equipas foram organizadas e distribuídas pelas várias actividades sob a orientação das animadoras das valências da Anciania e de duas Voluntárias, a D. Maria José e a D. Otília.

O percurso finalizava no palco, onde as várias equipas teriam que cantar o refrão de músicas populares para o público adi-vinhar.

Por volta das 16h00, um outro grupo pode finalmente juntar-se à festa – os meninos do CATL - Quinta do Boial, que após o lanche brindou o seu público com uma sessão de poesia que durou até ás 17h30.

Dia Aberto da Anciania [ Carla Ferreira ]

O grupo Cantar da Amizade, foi criado o ano passado, reu-nindo-se todas as 4ªas feiras à tarde.

O grupo é constituído por utentes do Lar de Idosos e Gran-des Dependentes; uma funcionária de Grandes Dependen-tes (Odete Cotrim); um voluntário (Sr. José Joaquim); e por mim, como animadora.

Na passada 4ª feira, 9 de Junho, tivemos uma tarde especial, pois contámos com a presença de artistas especiais a enri-quecer o nosso ensaio:, entre eles, o Sr. Carlos Alberto Moniz, que gentilmente fez acompanhamento de viola e cantou algumas músicas; de seguida a Dr.ª Cláudia Redol e a Dr.ª Cremilda Salvador que cantaram um fado. No final deste ensaio, era nítido o ambiente de alegria na sala de convívio do Lar de Idosos.

A todos quantos participaram o nosso muito obrigado. Espe-ramos que em breve possamos ter tantas surpresas quantas tivemos nesta tarde. Pois tal como o nome do nosso grupo indica esta, foi uma tarde plena de Canto e Amizade.

Grupo CANTAR DE AMIZADE [ Carla Ferreira ]

Page 11: Boletim Informativo nº 53 - Santa Casa da Misericórdia de Santarém

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No dia 14 de Maio, utentes do Centro de Dia e Lar de Idosos passaram um magní-fico dia na Póvoa de Santarém, numa actividade Interinstitucional, cuja organi-zação, este ano, foi da responsabilidade das colegas do Centro de Dia Nossa Senhora da Luz – Póvoa de Santarém.

Logo pela manhã e após a recepção, os idosos das várias instituições formaram equipas, uma a uma foram chamadas, para lhes ser entregue o guião da cami-nhada e dar a sua partida.

Foram várias as tarefas a realizar ao longo do percurso (mímica, desenho, canto, observação para as questões do guião…) e claro, recolher os elementos necessários para compor o raminho de Espiga da Equipa.

Após este percurso e o almoço, chegou o momento das representantes de cada equipa subirem ao palco para mostra-rem o raminho da espiga e responderem às questões do guião.

Da Santa Casa da Misericórdia de Santa-rém, subiram ao palco as responsáveis pelo grupo, Carla Ferreira e Manuela Xavier, enquanto o restante grupo fazia de claque.

Terminado este momento ainda havia mais surpresas reservadas, cada institui-ção cantou uma música. E para finalizar este dia tão bem passado, entraram em palco dois campinos para dançarem o fandango fazendo as delícias do público.

PARABÉNS MISERICÓRDIA

[ Maria José Casaca ]

Parabéns Misericórdia.!

Comemorámos 510 anos durante o mês de Maio. Promovemos e realizámos diversas actividades, dirigidas a públicos diferentes.

Até aqui parece que não aconteceu nada, que não seja habitual no dia a dia, contudo as vivências dos dias de Maio remeteram-nos para algo que fomentou uma reflexão: Ate quando?

Quantos mais anos iremos comemorar?

Curiosamente, a resposta centrou-se naquele que foi o objectivo da criação desta Instituição em 1500: cumprir as Obras de Misericórdia.

Fala-se de Mudança, mas para nós, os da Misericórdia, aqueles que sentem e vivem o dia a dia desta Casa, é firme a convicção que o “segredo” da longevi-dade está em sabermos adaptarmo-nos, em saber esperar, em reflectir para ajus-tar em cada dia em cada ano as nossas práticas, as estratégias, para os desafios que se nos colocam em cada momento do dia, às exigências/necessidades.

Celebramos 510 anos sobretudo de histórias de vida, porque quando nos referimos à Santa Casa da Misericórdia de Santarém, reportamos a uma visão holística e humanista da Pessoa, sujeito de intervenção, com o qual geramos e gerimos a esperança. Quando se tem que dizer Não, este é justificado e sem-pre acompanhado duma proposta de alternativa, ou da expectativa/ humilda-de que esta venha ao nosso encontro, através até dos nossos Parceiros, come-çando logo na pessoa que vem até nós.

Ouvimos, respeitamos e aceitamos, as diferenças, as opiniões alheias, ou seja, aprendemos, crescemos e buscamos sustentabilidade para o futuro. Então a nossa certeza é de que o conhecimento que adquirimos através da nossa acção, consolida o património rico da SCMS, património humano sobretudo, que gera mudança e adaptação.

Os tempos são outros, em 1500 celebrá-vamos os Descobrimentos e a Expansão, hoje celebramos a contínua descoberta da Complexidade do Ser Humano e a consolidação dos valores e princípios duma Casa vivida, participada e assente numa Ética da Responsabilidade que provoca o orgulho de sermos Misericór-dia!

Caminhada da Primavera

[ Carla Ferreira ]

Saímos das nossas fronteiras institucio-nais e nacionais e aventuramo-nos a conhecer novas formas de trabalho, novas culturas e outras respostas, atra-vés de Projectos Transnacionais promo-vemos a Expansão sobre o lema da importância da Aprendizagem ao Lon-go da Vida.

Celebramos 510 anos, e daí? Continua-mos a acreditar que cada dia é um desa-fio superado.

Venham os próximos…

Vai ficando cada vez mais distante a 47ª Feira Nacional da Agricultura – 57ª Feira do Ribatejo. O certame, como se sabe, decorreu de 5 a 13 de Junho, no Centro Nacional de Exposições. O cartaz, além de projecção nacional, já ultrapassou fronteiras e atingiu ampla dimensão no estrangeiro. Certame inigualável que importa manter no mastro real da Quin-ta das Cegonhas.

O programa deste ano superou os ante-riores, nos da Agro-pecuária e transac-ções comerciais.

Evento relevante na economia nacional, que importa engrandecer e prestigiar, ano após ano, não só no Ribatejo como, de Sul a Norte do País. A Feira Nacional da Agricultura – Feira do Ribatejo, não vai perder-se na poeira do tempo…vai sim, manter-se próspera e actuante, no Centro Nacional de Exposições, com projectos reais para o futuro.

“Parar é morrer”, lá diz o ditado do tem-po dos nossos avós.

Viva a Feira Nacional da Agricultura

Viva a Feira do Ribatejo

47ª FEIRA NACIONAL DE AGRICULTURA 57ª FEIRA DO RIBATEJO

[ Eusébio Jorge ]

Page 12: Boletim Informativo nº 53 - Santa Casa da Misericórdia de Santarém

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Projecto de Estágio no Arquivo Histórico Licenciatura em Animação Cultural e Educação Comunitária

[ Lurdes Véstia ]

Durante o processo de Estágio

Curricular que realizei para a conclu-

são da Licenciatura em Animação

Cultural e Educação Comunitária da

Escola Superior de Educação fui con-

vidada, conjuntamente com Emídio

Rafael, a integrar uma investigação

no Projecto dos Avieiros do Instituto

Politécnico de Santarém.

Esta investigação inseriu-se nos

estudos sobre os Avieiros do Tejo

nos séculos XIX - XX e teve por

objectivo analisar a admissão de

doentes, homens, mulheres e crian-

ças “Avieiros” no Hospital de Jesus

Cristo (HJC), tendo como recorte

temporal o período de 1850 a 1969

e delineámos contribuir para a

divulgação e promoção do Patrimó-

nio Imaterial Avieiro com a redacção

e publicação de um Ensaio académi-

co “Avieiros – Dores e Maleitas”. Para

responder aos objectivos explorá-

mos os registos contidos nos Livros

de admissão de doentes do HJC e

nos documentos avulsos (Atestados

de indigência e Informação do Sub-

secretariado de Estado da Assistên-

cia Social - Instituto de Assistência à

Família) e que fazem parte do espó-

lio do AH e que são bem demonstra-

tivos do carácter ilustrativo da condi-

ção de vida e de saúde da época,

pois os livros de registo de entrada

de doentes estão organizados cro-

nologicamente e as informações

sobre os mesmos encontram-se des-

critas em colunas com as seguintes

categorias: Data da entrada, Nome,

Naturalidade, Cônjuge, Filiação, Ida-

de, Ocupação, Fixação, Diagnóstico,

Objectos com que entrou, Data da

Saída, Data do Falecimento, Observa-

ções.

Não sendo uma investigação

exaustiva, tratou-se contudo da

recolha de dados realizadas em

114.026 registos de admissão de

doentes e de 26.194 documentos

avulsos, com o consequente trata-

mento estatístico. O intuito de

observar a história da admissão e

hospitalização dos “Avieiros” foi des-

vendar e identificar a naturalidade,

fixação e as maleitas que nessa épo-

ca achacavam os pescadores e os

seus familiares.

O processo de investigação favo-

receu o confronto com uma multipli-

cidade de problemas e questões de

conhecimento e metodológicas

sobre as quais procurámos produzir

algum conhecimento. Muitas dessas

questões foram suscitadas pelas

“descobertas” que fomos realizando

no decorrer da investigação e contri-

buíram para um esforço de reflexão

participada. Não se tratou, pois, de

um processo solitário ou de um tra-

balho de investigação puramente

académico pois o mesmo extravasou

as nossa melhores expectativas. Com

efeito, tratou-se de uma dinâmica de

partilha de saberes, saber-fazer, a

maior parte das vezes marcada pela

informalidade.

O apoio dado pelo professor Vidi-

gal da ESES, Docente Orientador, na

concepção da intervenção, dando o

seu contributo científico foi funda-

mental e muito importante, a ajuda

do Sr. António Monteiro, Orientador

Cooperante e colaborador da SCM

na área do Património, para a realiza-

ção do trabalho técnico de informá-

tica que foi exigido para a cabal rea-

lização da nossa intervenção e para a

constante inquietação que nos pro-

vocou com as suas perguntas que se

revelaram favorecedoras de muita

pesquisa e aprendizagem, resultou

muito importante e fez-nos chegar à

conclusão que a Animação Sociocul-

tural implica, realmente, um trabalho

de equipa bastante participativo em

que as pessoas têm que se sentir

envolvidas, motivadas e importantes

na intervenção, para que ela resulte

satisfatória e alcance os objectivos

previstos. O papel desempenhado

pelos restantes colaboradores da

área do Património foi também mui-

to dinamizador pois sentimos sem-

pre apoio e colaboração.

No período do Estágio fomos

confrontados com o decurso do 1º

Congresso Nacional da Cultura Aviei-

ra e neste contexto o Professor Vidi-

gal colocou-nos o desafio de apre-

sentar uma comunicação ao Con-

gresso com o tema da nossa investi-

gação. O corolário do nosso projec-

to encontra-se, segundo a nossa opi-

nião, bem explanado na entrevista

dada pelo Dr. João Serrano, da Coor-

denação da Candidatura da Cultura

Avieira a Património Nacional, ao

Jornal regional “Correio do Ribatejo”

do dia 07 de Maio de 2010 que a

dado momento refere: “(…) Por

exemplo, os colegas que estão a pes-

quisar os arquivos na Santa Casa da

Misericórdia, recolheram dados com

data de 1833. Era à Santa Casa que

iam os doentes e as mulheres para

parir, entre outros casos. Por isso é ali

que existem os primeiros “bilhetes de

identidade”. Há o registo da data, do

nome, dos pais, dos avós, do local de

nascimento, da habitação (…) Sim,

incluindo a cor e qualidade do tecido

do que traziam vestido, se vinham ou

não descalços, …é um bilhete de iden-

tidade a cores fabuloso. Essas pessoas

remontam a Vieira de Leiria, mas tam-

bém à Gandara, em Mira”. Neste

momento está a ser feito um trabalho

sobre isto para ser publicado”.

O resultado final desta interven-

ção leva-nos a concluir que os nos-

sos objectivos foram cumpridos e

que desenvolvemos um bom traba-

lho no Projecto dos Avieiros do IPS

em contexto de Arquivo Histórico da

Santa Casa da Misericórdia de Santa-

rém.