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BECPA semestre de 2016 Boletim Estatístico Contratação Pública Angolana Abril / 2016 da Serviço Nacional da Contratação Pública

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BECPA 1º semestre de 2016

Boletim EstatísticoContratação PúblicaAngolana

Abril / 2016

da

Serviço Nacional daContratação Pública

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Abril / 2014

BECPA

Boletim EstatísticoContratação PúblicaAngolana

da

1º semestre de 2016

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Abril / 2014

Ficha TécnicaTítulo:Edição:Coordenação:

Design e Paginação:Supervisão/GCP:Direcção Institucional:

Morada:Telefone:Email:Site:

Rua Kwamne N´krumah, 217 – 221, Edifício Metrópolis, 3º Andar, Maianga-Luanda, Caixa Postal n.º 6869(+) 244 917 269 025 / 942 642 [email protected]

Serviço Nacional da Contratação Pública (SNCP)

Boletim Estatístico da Contratação Pública Angolana (BECPA) – 1º Semestre de 2016Serviço Nacional da Contratação Pública (SNCP) Rosária Dias dos Santos Filipe, Directora Geral do SNCPValentina Filipe, Secretária de Estado das FinançasGabinete de Comunicação Institucional (GCI)Archer Mangueira, Ministro das FinançasMINISTÉRIO DAS FINANÇAS (MINFIN)

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Introdução

Evolução da Contratação Pública em Angola

Indicadores Gerais da Contratação Pública

Considerações Finais

1

2

3

4

7

8

9

19

Enquadramento na Despesa Pública

Análise dos Procedimentos de Contratação Pública

Fornecedores do Estado

Micro, Pequenas e Médias Empresas

Distribuição Geográ�ca dos Indicadores da Contratação Pública

3.1

3.2

3.3

3.4

3.5

9

10

14

16

18

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Abril / 2014

123456

789

101112131415161718192021222324252627282930

GráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráfico

GráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráficoGráfico

Evolução de abertura de PCP durante o período de 2011 a 2016 Os contratos públicos – 1º Semestre 2016: números globais Evolução do Peso da Contratação Pública no OGE e PIB – 2013 a 2015 - Valores Evolução do Peso da Contratação Pública no OGE e PIB – 2013 a 2015 Despesa total orçamentada e valores executados – Ano 2016 Despesas em bens, serviços e despesas de capital até final do 1º Semestre 2016 (À luz da LCP) Número de procedimentos lançados e concluídos – 1º semestre 2016 Distribuição dos PCP por tipologia – 1º semestre 2016 Valor Contratual por tipologia de PCP – 2016 Critério de escolha para o Procedimento de Negociação – 2016 Distribuição dos PCP por objecto – 2016 Distribuição dos PCP por EPC – 1º semestre 2016 Distribuição dos PCP por Departamentos Ministeriais – 1º semestre 2016 Distribuição dos PCP conduzidos pela UTN – 2016 Peso dos procedimentos conduzidos pela UTN na CP em geral – 1º Semestre 2016 Distribuição dos PCP por Governos Provinciais – 1º semestre 2016 Poupança potencial – 1º semestre 2016 Distribuição dos critérios de avaliação por tipo de PCP – 1º semestre 2016 Número de Candidatos/Concorrentes por PCP – 1º semestre 2016 Número de fornecedores por estado de Cadastramento no final do 1º Semestre de 2016 Evolução de fornecedores cadastrados vs. Fornecedores não cadastrados Análise da evolução de fornecedores por estado de Cadastramento fornecedores cadastrados e não cadastrados e cabimentações emitidas Percentagem de despesas cabimentadas a fornecedores cadastrados 26Análise da evolução geral do valor cabimentado Distribuição das MPME por áreas de actividade Distribuição das MPME por Província e áreas de actividade Número de MPME por estado de cadastramento no final do 1º Semestre de 2016 Distribuição dos estados de cadastramento das MPME Indicadores da Contratação Pública por Província no 1º semestre 2016

888899

101010111111121212131314141415151515151617171718

Execução das Despesas sujeitas à LCP Orçamentadas por Natureza – 1º semestre 2016 Valor cabimentado sujeito à LCP versus Número de PCP registados por Departamentos Ministeriais Valor cabimentado sujeito à LCP versus Número de PCP registados por Governos Provinciais Valor Estimado versus Valor Contratualizado dos PCP – 2016Distribuição das MPME por Província Relação entre MPME cadastradas e não cadastradas em termos de cabimentações emitidas

12

3

456

912

13

13141617

TabelaTabela

Tabela

TabelaTabelaTabela

Índice de Tabelas

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6Abril / 2014

Abreviaturas, Siglas e Acrónimos

AkzBD

BDABECPA

BNACLPQ

CLSACCNE

CPDNPE

EPCGPL

INAPEMLCP

MATMEDMES

MINAGRIMINAMBMINARS

MINCONSMINCULT

MINEAMINFINMINFINMINJUDMINSA

MINTRANSMINUHA

MIREXMPDTMPME

MITIOGEPCP

PEMVPIBPIP

PMBPND

SIGFESIGPESNCP

TCTPEUO

USDUTN

KwanzasBase de DadosBanco de Desenvolvimento AngolanoBoletim Estatístico da Contratação PúblicaBanco Nacional de AngolaConcurso Limitado Por Prévia QualificaçãoConcurso Limitado sem Apresentação de CandidaturasComissão nacional EleitoralConcurso PúblicoDirecção Nacional do Património do EstadoEntidade Pública ContratanteGoverno Provincial de LuandaInstituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias EmpresasLei da Contratação PúblicaMinistério da Administração do TerritórioMinistério da EducaçãoMinistério do Ensino SuperiorMinistério da AgriculturaMinistério do AmbienteMinistério da Assistência e Reinserção SocialMinistério da ConstruçãoMinistério da CulturaMinistério da Energia e ÁguasMinistério das FinançasMinistro das FinançasMinistério da Justiça e dos Direitos HumanosMinistério da SaúdeMinistério dos TransportesMinistério do Urbanismo e HabitaçãoMinistério das Relações ExterioresMinistério do Planeamento e Desenvolvimento TerritorialMicro, Pequenas e Médias EmpresasMinistério das Telecomunicações e Tecnologias de InformaçãoOrçamento Geral do EstadoProcedimento de Contratação PúblicaProposta Economicamente Mais VantajosaProduto Interno BrutoPrograma de Investimento PúblicoPreço Mais BaixoPrograma Nacional de DesenvolvimentoSistema Integrado de Gestão Financeira do EstadoSistema Integrado de Gestão Patrimonial do EstadoServiço Nacional da Contratação PúblicaTribunal de ContasTitular do Poder ExecutivoUnidade OrçamentalDólar Norte-AmericanoUnidade Técnica de Negociação

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7Abril / 2014

Introdução

Serviço Nacional da Contratação Pública (SNCP) elabora a 5ª edição do BECPA, referente ao 1º semestre de 2016, com o qual pretende divulgar os principais indicadores relativos à contratação pública e potenciar um melhor conhecimento desta área. Num contexto carac-terizado pela pressão orçamental sentida pela generalidade das entidades adjudicantes, a aplicação criteriosa, eficiente e eficaz dos dinheiros públicos é, cada vez mais, um requisito da boa gestão pública. Os dados tratados foram reportados pelas Entidades Públicas Contra-tantes ao SNCP, bem como recolhidos do Jornal de Angola e Diário da República, no período em análise.No período em análise, o país continuou a vivenciar um período de desaceleração económi-ca, que entretanto se pretende que sirva de estímulo para a diversificação económica e outras reformas a materializar ao nível do sector produtivo do país. Na senda, surge a Lei dos Contratos Públicos (Lei 9/16, de 16 de Junho) cujo objectivo primordial incide sobre a racionalização da despesa e geração da poupança.De igual modo, entrou em vigor uma experiência piloto de Acordos-Quadro liderada pela DNPE, tendo como objecto de contratação bens de economato. Conta-se numa próxima edição do BECPA trazer dados desta iniciativa.A nota negativa deste documento vai para a inactividade do processo de confirmação de contratos, estatuído pelo D.E. n.º 155/14, de 14 de Maio, que por razões ainda não conheci-das não têm sido cumpridas.O presente relatório está disponível online através do site do MINFIN e do Portal da Contra-tação Pública.

O

1

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2

No 1º Semestre de 2016 foi registado a abertura de 243 procedimentos, cujo respectivo valor estimado (valor utilizado para efeito da escolha do procedimento e para a competência autorização da despesa) ascendeu a 191,72 mil milhões de Kwanzas1. Registou-se assim uma redução de 28 procedimentos concursais (-10%), comparativamente ao semes-tre homólogo.

EVOLUÇÃO DA CONTRATAÇÃO PÚBLICA EM ANGOLA

Gráfico 1 - EVOLUÇÃO DE ABERTURA DE PCP DURANTE O PERÍODO DE 2011 A 2016

Fonte: SNCP

Gráfico 2 - OS CONTRATOS PÚBLICOS – 1º SEMESTRE 2016: NÚMEROS GLOBAIS

Fonte: SNCP

2013 2014 2015

PIB Nominal 12 056, 34 12 462, 32 12 746, 61

OGE Aprovado 6 636,00 7 258,00 5 454,00

Orçamento Liquidado (sujeito a CP) 3 046,00 3 317, 00 1 063, 00

Os contratos públicos têm um peso significativo para <estado angolano, representando 8% do PIB e 19% do OGE (Dados de 2015, conforme gráfico abaixo). Estes contratos desempe-nham um papel fundamental em determinados sectores, como a Energia e Águas, Saúde, Interior e Construção, estes que foram caracterizados como os principais compradores no ano 20152. Entretanto, verifica-se que, de 2013 a 2015, tanto o peso no PIB, como no OGE tiveram uma redução, fruto da crise económico-financeira que o país atravessa. À semelhança dos dados aferidos para Angola, pode-se constatar que ao nível da OCDE, os dados concernentes à contratação pública para o ano de 2015, situaram-se em 12% do PIB e 29% dos Orçamentos de Estado dos países membros3; Ao nível do nosso continente, aqueles indicado-res cifram-se em 10% do PIB e acima dos 70% dos Orçamen-tos de Estado4.

Fonte: Relatório de Fundamentação - OGE 2016; Boletim Estatístico Contratação Pública Angolana – 2º Semestre 2014 e 2015

Legenda: CP – Contratação Pública

No 1º Semestre de 2016, os contratos públicos registados na base de dados do SNCP atingiram uma cifra de 946,92 mil milhões de Kwanzas, em resultado de 147 contratos adjudicados. Relativamente aos valores contratados, as empreitadas de obras públicas continuam a deter um maior peso, atingindo 89% do total dos valores contratuais (cerca de 845 mil milhões de Kwanzas).

Gráfico 4 - EVOLUÇÃO DO PESO DA CONTRATAÇÃO PÚBLICA NO OGE E PIB – 2013 A 2015

Fonte: SNCP

Gráfico 3 - EVOLUÇÃO DO PESO DA CONTRATAÇÃO PÚBLICA NO OGE E PIB – 2013 A 2015 - VALORES

1Apenas 46% dos PCP (112 PCP) registaram este dado.2Medido pelo valor cabimentado sujeito à LCP.3http://www.oecd.org/gov/ethics/public-procurement.htm4Public Administration Research; Vol. 2, Nº 2; 2013. Published by Canadian Center of Science and Education

3000

2500

2000

1500

1000

500

0

200

2011

355

642

1584

2582 2825

942 998

155243

2012 2013

Anual Acumulado

2014 2015 1S-2016

160%

80%

60%

40%

20%

0%

167845,6

Número e Valor Contratual dos PCP

Número de Procedimentos Valor Contratual (mil milhões AKZ)

Bens e Serviços Empreitadas de Obras Públicas

76101,26

0%

10%

20%

30%

40%

50%

Peso da CP no OGE

Peso da CP no PIB

201520142013

46%

25% 27%

46% 19%

8%

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3 INDICADORES GERAIS DA CONTRATAÇÃO PÚBLICA

Considerando a visão limitada que o SNCP tem dos PCP lançados no 1º Semestre de 2016, e de maneira a aferir--se o valor global dos contratos, procedeu-se a um exercício de extrapolação dos dados a partir do grau de execução das despesas contratuais inscritas no OGE de 2016. A partir da despesa pública, isto é, dos valores liquidados obtiveram-se os valores celebrados/executa-dos dos contratos5.

Os valores das despesas orçamentadas para 2016, assim como a respectiva execução orçamental, são apresenta-dos no gráfico seguinte, onde se observa uma execução de 26% medida pela despesa total liquidada.

3.1 ENQUADRAMENTO NA DESPESA PÚBLICA

De acordo com a legislação vigente, as despesas sujeitas ao regime da LCP são as despesas em “Bens e Serviços” e “Despesas de Capital”. As despesas excluídas do âmbito da LCP são as despesas com as rubricas “Pes-soal”, “Reservas”, “Transferências” (capital, subsídios a preço, subsídios operacionais, etc.), entre outras.

Limitando o foco da análise às categorias de despesa abrangidas pela LCP, os valores referidos anteriormente traduzem-se de acordo com o ilustrado no gráfico seguinte:

Gráfico 5 - DESPESA TOTAL ORÇAMENTADA E VALORES EXECUTADOS – ANO 2016

Fonte: SIGFE (30/06/2016) – Análise SNCP

Fonte: SIGFE (30/06/2016) – Análise SNCP

Com base nos pressupostos, pode-se inferir que dos 6.429 mil milhões AKZ aprovados para o OGE/2016, 26% (1.690 mil milhões de AKZ) são referentes a despesas orçamentadas sujeitas à LCP. Assim sendo, o Valor Total Liquidado pode dar uma noção dos valores dos contratos celebrados tendo por base o regime da LCP.Passa-se de seguida a uma análise às despesas executa-das sujeitas à LCP no 1º Semestre de 2016, em compara-ção ao período homólogo.

Relativamente ao período homólogo, em termos de valores totais orçamentados verificamos um acréscimo de aproximadamente 32%, e em termos de valores totais liquidados no semestre, a redução é de 30%. Os valores dos contratos públicos executados sujeitos à LCP, cifraram-se em 219 mil milhões de AKZ (Valor Total Liquidado).

Gráfico 6 - DESPESAS EM BENS, SERVIÇOS E DESPESAS DE CAPITAL ATÉ FINAL DO 1º SEMESTRE 2016

Categoria económica

Despesas com bens e serviços

Bens

Serviços

Despesas de capital

Investimentos

Outras Despesas de Capital

Total

Orçamento anual aprovado (Mil milhões AKZ)

Valor liquidado (Mil milhões AKZ)

2015(*) 2016 Var 2015(*) 2016 Var

Tabela 1 – EXECUÇÃO DAS DESPESAS SUJEITAS À LCP ORÇAMENTADAS POR NATUREZA – 1º SEMESTRE 2016

Fonte: SIGFE (30/06/2016) – Análise SNCP(*) Foram utilizados os valores publicados no BECPA 1S-15

-30%

-10%

20%

-22%

-60%

-59%

-100%

5Dados preliminares, antes da aprovação da Conta Geral do Estado - 2016.

1.690

1.600

1.800

1.400

1.200

800

600

400

200

Orçamento Aprovado

Valor TotalCabimentado

Valor TotalLiquidado

Valor Total Pago

159219284

0

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000 6.429

1.742

OrçamentoAprovado

Valor TotalCabimentado

Valor TotalLiquidado

1.677 1.477

Valor Total Pago

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10Abril / 2014

3.2 ANÁLISE DOS PROCEDIMENTOS DE CON-TRATAÇÃO PÚBLICA

No âmbito das suas atribuições de regulação e supervisão da contratação pública angolana, o SNCP tem procedido à recolha de anúncios dos procedimentos publicados no Diário da República e no Jornal de Angola, bem como todos aqueles informados pelas EPC.

Cabe ressaltar que os PCP recolhidos ao longo do 1º Semestre de 2016, continuam a não representar o univer-so de procedimentos concursais abertos em Angola, dada a reiterada falta de comunicação de abertura de procedi-mentos ao SNCP, embora se reconheça alguma melhoria na comunicação das EPC para esse efeito.

Da análise efectuada à informação recolhida, constatou -se o seguinte:

NÍVEL DE EXECUÇÃO DOS PROCEDIMENTOS

Os Procedimentos de Contratação Pública lançados no 1º Semestre de2016 totalizaram a cifra de 243, denotando uma variação negativa de cerca de 10% (-28 PCP) quando comparado ao período homólogo. Em termos de grau de execução aferiu-se que 49% dos PCP (119 PCP) estão concluídos, 39% (95) em curso, 5% (12) pendentes e quanto aos restantes 7% (17) não foi reportada qualquer informação sobre o respectivo grau de execução6.

Fonte SNCP

DISTRIBUIÇÃO POR TIPOS DE PROCEDIMENTOS

À semelhança do período homólogo, mantém-se a tendência do recurso maioritariamente dos procedimen-tos de negociação (PN) e Concurso Limitado Sem Apre-sentação de Candidaturas (CLSAC), sendo que estes representam 60% do valor total de procedimentos reportados ao SNCP, denotando-se assim a preferência pela utilização de procedimentos fechados em detri-mento de procedimentos concorrenciais. Entretanto 13% dos PCP não apresentavam a informação sobre o tipo de procedimento utilizado.

Gráfico 8 - DISTRIBUIÇÃO DOS PCP POR TIPOLOGIA – 1º SEMESTRE 2016

Fonte: SNCP

Gráfico 9 - VALOR CONTRATUAL POR TIPOLOGIA DE PCP – 2016

Fonte SNCP

Em sintonia com o gráfico 8, do gráfico 9 depreende-se que, o Procedimento de Negociação é o mais utilizado quer em número, quer em termos de valor contratual. Assim, infere-se mais uma vez que, os valores contra-tuais são superiores para os procedimentos pouco concorrenciais, não permitindo aferir a eficiência e eficá-cia da aquisição (custo/qualidade).

Gráfico 7 - NÚMERO DE PROCEDIMENTOS LANÇADOS E CONCLUÍDOS – 1º SEMESTRE 2016

6Para a obtenção de dados mais próximos do desempenho da contratação pública, o SNCP instou as EPC para o envio da listagem dos PCP lançados no exercício económico de 2016, via publicação de um Aviso no Jornal de Angola. Apurou-se no tratamento desta informação, que alguns PCP de algumas EPC, vinham com alguns campos de preenchimento em aberto, nomeadamente “Grau de Execução”, “Tipo de Procedimento”, “Tipo de Objecto”, etc.

44%16%

10%

13% 17%

Procedimentos de Contratação por Tipo - Total de 243

17

243

0

119

12

95

Em curso Pendente Concluido Anulado NãoInformado

Total PCP

7% 49% 5% 39%

Valor Contratual por Tipo de Procedimento (milhões de AKZ)

CLPQ

CLSAC

CP

PN

Não Informado

304.895

1.047

3.806

497.750

139.424

Concurso Público

Concurso Limitado por PréviaQualificação

Concurso Limitado semApresentação deCandidaturas

Procedimento de Negociação

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11

Relativamente ao critério de escolha utilizado no Proce-dimento de Negociação (PN), podemos constatar que, 26% (28 PCP) optou pelo critério de valor, sendo que os contratos decorrentes de critérios materiais, nos quais, por definição, não existe concorrência, representaram, 17% do valor de todos os contratos públicos reportados. De referir que 57% das EPC que comunicaram a escolha do PN, não reportou o critério para a escolha desse procedimento. Ora, tal dado pode reflectir fraco domínio da legislação em vigor, uma vez que o recurso ao PN, é feito por duas vias claramente explícitas, isto é pelo critério de valor – até 36 milhões de kwanzas - e critério material, em caso de urgência imperiosa ou outro motivo plausível a ser fundamentado e reportado ao SNCP, não havendo aqui limites de valores, conforme estipulado na LCP. A frequente recorrência a este proce-dimento e a ausência de reporte da fundamentação, quando aplicável, deixa antever outro tipo de problemas no mercado da contratação pública.

DISTRIBUIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS ADOPTADOS POROBJECTO

Analisando por tipo de despesa, isto é, objectos de contratação, constatamos que mantém-se a tendência de as “Empreitadas de Obras Públicas” e a “Aquisição ou Prestação de Serviços” serem os objectos mais contrata-dos.

DISTRIBUIÇÃO PCP POR CATEGORIA DE EPC – VISÃOGERAL NO 1º SEMESTRE DE 2016

Para efeito de análise de procedimentos, as EPC foram agrupadas em três categorias, designadamente: Departa-mentos Ministeriais, Governos Provinciais e Outras EPC.Contrariamente ao período homólogo, os Departamentos Ministeriais apresentam o maior o peso relativo de PCP registados 78% (189 PCP), face aos 34% (92 PCP) registados no 1º semestre 2015, ou seja um acréscimo de 44 pp.

Gráfico 10 - CRITÉRIO DE ESCOLHA PARA O PROCEDIMENTO DE NEGOCIAÇÃO – 2016

Fonte: SNCP

2%

4%

22%

4%

Gráfico 11 - DISTRIBUIÇÃO DOS PCP POR OBJECTO – 2016

Fonte: SNCP

189

50 4 243

Gráfico 12 - DISTRIBUIÇÃO DOS PCP POR EPC – 1º SEMESTRE 2016

Fonte: SNCP

Na categoria “Outras EPC” são consideradas as entidades que não se enquadram nos Departamentos Ministeriais ou nos Governos Provinciais, neste caso tratam-se do Gabine-te Gestão Polo Desenvolvimento Turístico do Futungo de Belas (3 PCP) e do Banco de Desenvolvimento de Angola - BDA (1 PCP).

20%

Ministérios Governos Provinciais Outras EPC Total PCP(Em Vigor e Lançados

em 2016)78% 2%

57%

17%

26%

Material Valor Não Informado

Critério de Escolha para os Procedimentos de Negociação em 2016

PERCENTAGEM

Empreitadas de Obras Públicas

Fornecimento ou Aquisições de Bens

Aquisição ou Prestação de Serviços

Consultoria e Assistência Técnica

Outros

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VALOR TOTAL CABIMENTADO POR DEPARTAMENTOSMINISTÉRIAIS VS NÚMERO DE PCPS COMUNICADOS

Apresenta-se na tabela abaixo o valor total cabimenta-do sujeito à LCP7 e o respectivo número de procedimen-tos conduzidos pelos 33 Departamentos Ministeriais. À semelhança do período homólogo, verificam-se 18 entidades (32% do valor cabimentado por ministérios à luz da LCP) sem procedimentos registados.

Em termos de número de procedimentos e valor contra-tualizado, verificou-se que dos 243 procedimentos desen-cadeados no 1º Semestre de 2016, 37% foram conduzidos pela UTN, sendo que o peso do valor destes contratos no mesmo período, cifrou-se em 44,2%, representando 437. 243 milhões de kwanzas.

GOVERNOS PROVINCIAIS

Faz-se igualmente uma análise aos PCP desencadeados pelos Governos Provinciais. Nesta categoria, destacam--se os Governos Provinciais de Luanda, Huambo e Cabin-da que representam 98% do total de procedimentos lançados.

Em comparação ao período homólogo, deve-se destacar a consistência na comunicação de PCP efectuada pelos Governos Provinciais do Huambo, Benguela, e Luanda.

De salientar que dos 243 PCP lançados pelos vários depar-tamentos ministeriais, 91 PCP (37%) lançados foram conduzidos, avaliados e negociados pela Unidade Técnica de Negociação, uma vez que a competência para autoriza-ção da despesa esteve sob alçada do Titular do Poder Executivo (TPE), no cumprimento do Decreto Presidencial n.º 169/13, de 28 de Outubro.

O MINEA e o MINCONS são as entidades com mais PCP conduzidos pela UTN (70%), a que corresponde um valor estimado do contrato equivalente a AKZ 359.495 milhões, representando 38% do montante estimado global da contratação pública, registado no período em análise.

151

91 Procedimentos conduzidospelas próprias EPC

Procedimentos conduzidospela UTN

509.679

437.243

37,6%44,2%

Valor dos Contratos (milhões de AKZ)Número de Procedimentos

MinistérioValor total

Cabimentado (milhões AKZ)

Número de PCP2016 2015(*)

Energia E Das Águas 86 16Construção 31 6Administração Do Território 1Saúde -

-

Interior --

Defesa Nacional -2

2

Finanças 21-

--

-

---

---

-

-

--

-

Ensino Superior 622

Agricultura 4

4

4

11

111 11

11 11

11 11

191Petróleos -

Urbanismo E Habitação 2Telecomunicações E Tecnologias De Informação

1

Educação 18Relações Exteriores -Comércio -

Indústria -

Pescas 1Justiça E Dos Direitos Humanos 1Transportes 6Admin. Púb.Trabalho E Segurança Social -Assistência E Reinserção Social 6Economia 1Planeamento E Do Desenv. Territorial -Geologia E Minas -Cultura -Juventude E Desportos -Família E Prom. Da Mulher -Antigos Combatentes E Veteranos Da Pátria -Comunicação Social -Hotelaria E Turismo -Ambiente 4Ciência E Tecnologia -Assuntos Parlamentares - -

Total 187.424 189 92

Tabela 2 - VALOR CABIMENTADO SUJEITO À LCP VERSUS NÚMERO DE PCP REGISTADOS POR DEPARTAMENTOS MINISTERIAIS

Fonte: SIGFE - Análise SNCP(*) Foram utilizados os valores publicados no BECPA 1S-15

Fonte: SNCP

Gráfico 14 - DISTRIBUIÇÃO DOS PCP CONDUZIDOS PELA UTN – 2016

Fonte: UTN – Análise SNCP

Gráfico 15 - DISTRIBUIÇÃO DOS PCP CONDUZIDOS PELA UTN – 2016

12

Fonte: UTN – Análise SNCP

Gráfico 13 - DISTRIBUIÇÃO DOS PCP POR DEPARTAMENTOS MINISTERIAIS – 1º SEMESTRE 2016

58.58419.88018.57517.97216.70415.3919.0697.6733.3433.2812.564

2.456

1.9011.8791.7621.128

1.0207876885434063812872171791741531029680724534

7Com a devida exclusão das despesas cujo processo de execução não segue a tramitação prevista na LCP.

54

40

1

17

53.493

191.254

24.254

168.241

24

90

80

70

60

50

30

20

10

0

40 31

21 18

6 6 6 4 4 2 1 1 1 1 1

MAT

MINCONS

MED

MINEA

MINAMB

MINTRANS

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VALOR TOTAL CABIMENTADO POR GOVERNO PROVIN-CIAIS VS NÚMERO DE PCP COMUNICADOS

A tabela seguinte ilustra o valor total cabimentado e o respectivo número de procedimentos conduzidos pelos 18 Governos Provinciais. Destaca-se, igualmente, a existência de 14 entidades (57,3% do valor cabimenta-do por províncias à luz da LCP) sem procedimentos comunicados, ou seja, apenas 4 (22%) remeteram os seus procedimentos concursais relativos ao 1º Semestre de 2016. Por conseguinte, é essencial que todas as EPC sujeitas à LCP tenham em consideração o constante no n.º 3, do artigo.º 59.º bem como n.º1 artigo.º 102.º, obrigando a que todas as decisões de abertura de proce-dimento concursal e todas as adjudicações sejam comu-nicadas ao Serviço Nacional da Contratação Pública.

POUPANÇA POTENCIAL Um dos indicadores que se impõe apresentar neste relatório é a estimativa8 do grau de poupança potencial nos vários procedimentos lançados pelas EPC no período em análise.

Através da tabela abaixo, verificou-se que do total de procedimentos informados, apenas 40% apresentam o valor estimado dos procedimentos, e não necessaria-mente coincidindo, 61% dos PCP reportam o valor adjudicado.

Gráfico 16 - DISTRIBUIÇÃO DOS PCP POR GOVERNOS PROVINCIAIS – 1º SEMESTRE 2016

Fonte: SNCP

Fonte: SIGFE - Análise SNCP(*) Foram utilizados os valores publicados no BECPA 1S-15

Tabela 3 -VALOR CABIMENTADO SUJEITO À LCP VERSUS NÚMERO DE PCP REGISTADOS POR GOVERNOS PROVINCIAIS

Tabela 4 - VALOR ESTIMADO VERSUS VALOR CONTRATUALIZADO DOS PCP – 2016

Fonte: SNCP

A poupança potencial é mensurada pelas variáveis “valor estimado para aquisição” e “valor contratualiza-do” de cada PCP lançado. Assim sendo, foi possível aferir uma amostra de 33% (79) de PCP com ambas variáveis preenchidas num universo de 243. Não obstante a amostra reduzida para o cálculo da poupança potencial, apurou-se, dos dados recolhidos, uma diferença positiva de AKZ 9 175 007 777,73 (Nove mil milhões, cento e setenta e cinco milhões, sete mil e setecentos e setenta e sete kwanzas e setenta e três cêntimos) representando um grau de poupança na ordem dos 6%.

Poupança gerada com PCP-1º semestre 2016

Gráfico 17 - POUPANÇA POTENCIAL – 1º SEMESTRE 2016

Fonte: SNCP

GovernoProvincial

13

Número de PCPValor Total de

Cabimento (milhões de

AKZ) 2016 2015(*)

Total 24.871 50 175

Procedimentos contendo a informação

Valor divulgado (mil AKZ)Percentagem em relação ao total

Valor Estimado Valor Contratualizado

112 14760%46%

191 719 57,93 946 922 992,29

8Trata-se de uma estimativa, uma vez que não nos é possível “validar” os valores estimados e contratados pelas EPC

1

10

16

23

Governo Provincial de Luanda

Governo Provincial do Huambo

Governo Provincial de Cabinda

Governo Provincial de Benguela

154.172.837.931,58144.997.830.153,85

9.175.007.777,73

Valor Estimado Valor contratualizado Total

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14

1% 1% 0%1%

3.3 FORNECEDORES DO ESTADO

No âmbito do processo de cadastramento e certificação de fornecedores do Estado pelo MINFIN, através da DNPE, visando constituir um repositório fidedigno de fornecedo-res, verificou-se um cenário idêntico ao das edições anteriores do BECPA, isto é, mantém-se um crescimento muito reduzido.

No 1º Semestre do corrente ano, a base de dados regista um total de 3.406 fornecedores, que comparado com o total do período homólogo, representa um acréscimo de 93 fornecedores. Se compararmos em relação ao final do ano 2015, o acréscimo é de 25 fornecedores.

Os fornecedores registados foram distribuídos pelos sete estados9 que classificam o processo de cadastramento.

NÚMERO DE CANDIDATOS/CONCORRENTES POR PROCE-DIMENTOS CONCURSAIS

Com o intuito de analisar o nível de concorrência existen-te no mercado da contratação pública, foi analisada, no universo de 243 PCP, uma amostra de 59 (24%) PCP que reportou ao SNCP o número de candidatos/concorrentes por procedimento. Tendo em conta que o Procedimento de Negociação (PN) constituiu o PCP mais utlizado em 2016, nesta análise constata-se é o tipo de procedimento com o maior número de candidatos/concorrentes (87 candidatu-ras/propostas recebidas). Contudo, o CLPQ e CLSAC são os que em média apresentam um número maior de candida-turas/propostas, ou seja 9,25 e 3,25, respectivamente.Particular atenção é dada ao Concurso Público, cuja média está aquém do valor real (não tem um número mínimo), todavia, não é verosímil que em média apresente-se 1 (uma) candidaturas/propostas, uma vez que contradiz-se o que se prevê neste tipo de procedimento.

O valor acima das barras no diagrama seguinte represen-ta o número de candidaturas.

CRITÉRIOS DE ADJUDICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOSCONCURSAIS

Tendo em conta que nem todas as EPC reportam o critério de avaliação utilizado para o PCP desencadeado, foi possí-vel aferir que o critério de avaliação mais utilizado é o da Proposta Economicamente Mais Vantajosa (PEMV). Relati-vamente ao critério de avaliação do Preço Mais Baixo (PMB), o mesmo é maioritariamente utilizado para o CLSAC e o Procedimento de Negociação (PN), com 18 e 15 PCP, respectivamente.

Fonte: SNCP

20%

Fonte: DNPE – Análise SNCP

Dos fornecedores registados, 53% encontram-se cadas-trados, sendo 1019 com Cadastro Parcial e 790 com Cadastro Completo, representando 30% e 23% do total, respectivamente.

Gráfico 18 - DISTRIBUIÇÃO DOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO POR TIPO DE PCP – 1º SEMESTRE 2016

Gráfico 19 - NÚMERO DE CANDIDATOS/CONCORRENTES POR PCP – 1º SEMESTRE 2016

Fonte: SNCP

Gráfico 20 - NÚMERO DE FORNECEDORES POR ESTADO DE CADASTRAMENTO NO FINAL DO 1º SEMESTRE DE 2016

9ESTADOS DE CADASTRAMENTO:Enviado: considerado quando o fornecedor apresenta a documentação Recebido: quando a DNPE acusa a recepção da documentação Em Análise: quando o processo está em análise pela DNPE Pendente: documentação obrigatória em falta ou irregularidade na sua apresentaçãoCadastro Parcial: cadastrado, condicionado à apresentação de outros documentos Cadastro Completo: cadastro finalizadoNegado: cadastro rejeitado

35%

65%

Distribuição dos critérios de adjudicação por tipo de procedimento de contratação no 1o semestre de 2016

Preço mais baixoProposta economicamente mais vantajosa

Não Informado1

29

Procedimento de Negociação

5Concurso Limitado por

Prévia Qualificação

17

Concurso Público

10

Concurso Limitado SemApresentação de Candidaturas

1Concurso Limitado por

Prévia Qualificação

18

Procedimento de Negociação

15

Concurso Limitado SemApresentação de Candidaturas

Quantidade de candidaturas/Propostas recebidas

37

4 24 2 29

9,25 3,25 1 3

7887

2

CLPQ CLSAC CP PN

Quantidade de Procedimentos

Média de candidaturas / propostas

23%

24%

30%

Situação dos fornecedores registados

Cadastrado Parcial

Enviado

Cadastrado Completo

Pendente

Em Análise

Recebido

Negado

Cancelado

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15

No gráfico seguinte verifica-se que, até 30 de Junho de 2016, as entidades com maior incidência em termos de cabimentações emitidas a Fornecedores Cadastrados, foram o MPDT e o MINEA e G.P.L. Verifi-camos uma diminuição no MINCONS, MINFIN, MINSA, MINTRANS, MINUHA, que no período homólogo tinham efectuado mais cabimentações a fornecedo-res cadastrados.

CADASTRO DE FORNECEDORES VERSUS VALOR CABI-MENTADO

Como já referenciado previamente, verifica-se um ligeiro crescimento de Fornecedores Cadastrados no período em análise, sendo que no gráfico seguinte se evidencia um aumento brando de cabimentações emitidas aos Fornecedores Cadastrados em termos de número, mas uma redução acentuada em termos de valores cabimen-tados, comparativamente ao período homólogo.

No total de 2.913 cabimentações emitidas a 734 benefi-ciários pelas UO examinadas10, até o final do 1° Semestre do ano em curso, constatou-se que apenas 12,39% (380 cabimentações) foram efectuadas a 96 Fornecedores Cadastrados.

Por outro lado, do valor global das cabimentações realizadas pelas UO examinadas (105.719 milhões de AKZ), apenas 3,27% (3.606 milhões de AKZ) foram efectuadas a Fornecedores Cadastrados, confirmando novamente que as cabimentações emitidas aos Fornece-dores Cadastrados são muito inferiores as emitidas à Fornecedores Não Cadastrados.

Gráfico 22 - ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DE FORNECEDORES POR ESTADO DE CADASTRAMENTO

Fonte: DNPE – Análise SNCP

Fonte: DNPE – Análise SNCP

Gráfico 23 - FORNECEDORES CADASTRADOS E NÃO CADASTRADOS E CABIMEN-TAÇÕES EMITIDAS

Fonte: SIGFE – DNPE – Análise SNCP

Fonte: SIGFE – DNPE – Análise SNCP

Gráfico 24 - PERCENTAGEM DE DESPESAS CABIMENTADAS A FORNECEDORES CADASTRADOS

Ao considerar-se o universo de cabimentações emiti-das aos fornecedores em geral, no período em análi-se, verificamos uma alteração no ranking, conforme ilustrado no gráfico abaixo.

Gráfico 25 - PERCENTAGEM DE DESPESAS CABIMENTADAS A FORNECEDORES CADASTRADOS

Fonte: SIGFE – DNPE – Análise SNCP

Gráfico 21 - EVOLUÇÃO DE FORNECEDORES CADASTRADOS VS. FORNECEDORES NÃO CADASTRADOS

10Desde a 1ª edição do BECPA, e por uma questão de simplificação no cálculo dos dados que se mantêm as 8 (oito) UO analisadas, isto é, são o G.P. Luanda, MINCONS, MINEA, MINSA, MINFIN, MPDT, MINUHA, MINTRANS.

18091763

2015 2016

15971550

Cadastrado Não Cadastrado

87,97% 87,61%

12,03% 12,39% 14,50%

87,50% 96,73%

3,27%

2015 2016

Número Valor

2015 2016

Cadastrado Não Cadastrado

991

1019

776

820

772

790687

684

9090

OutrosPendenteCadastrado-Completo

EnviadoCadastrado Parcial

2015 2016

2015 2016

2016 2015

3,24%

43,04%

0,29%

9,47% 8,50%

2,35%

11,89%

26,44%

13,55%3,56% 2,57% 0,66%

0,39%1,23%4,84% 1,35%

Distribuição geral do valor cabimentado60,00%50,00%

40,00%30,00%

20,00%

10,00%

0,00%

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16

PRINCIPAIS ÁREAS DE ACTIVIDADES DAS MPME

Quanto à classificação por actividade, mantém-se a preponderância do “Comércio a Retalho”, seguindo-se a “Prestação de Serviços”, posteriormente “ Agricultura, Produção Animal, Caça, Silvicultura”. Em resumo, as 3 áreas de actividades atrás descritas concentraram 70% do total das MPME, como demonstra o gráfico seguinte.

3.4 MICRO, PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

Tendo em conta a importância das MPME nas economias em crescimento, por estas serem geradoras de um número elevado de emprego, permitirem a diversificação da economia e contribuírem para aumento da produção nacional, neste capítulo far-se-á uma incursão sobre a participação destas MPME na Contratação Pública. Importa recordar, entretanto, a publicação em 2014 do Decreto Executivo Conjunto dos Ministérios da Economia e das Finanças n.º 157/14, de 4 de Junho, o qual, na sequência da Lei das Micro, Pequenas e Médias Empresas (Lei n.º 30/11, de 13 de Setembro), surgiu, por um lado, para o fomento do empresariado Nacional e por outro, para a promoção do emprego, a desburocratização de procedimentos e a atribuição de preferência às MPME na Contratação Pública.

Importa recordar, entretanto, a publicação em 2014 do Decreto Executivo Conjunto dos Ministérios da Economia e das Finanças n.º 157/14, de 4 de Junho, o qual, na sequência da Lei das Micro, Pequenas e Médias Empresas (Lei n.º 30/11, de 13 de Setembro), surgiu, por um lado, para o fomento do empresariado Nacional e por outro, para a promoção do emprego, a desburocratização de procedimentos e a atribuição de preferência às MPME na Contratação Pública.

NÚMERO DE MPME CERTIFICADOS PELO INAPEM

A 30 de Junho de 2016, encontravam-se certificadas pelo INAPEM 11.970 (+14,4%, isto é, mais 1.508 empresas relativamente ao período homólogo), das quais 65,3% correspondem a Micro, 18,4% a Pequenas e 16,3% a Médias Empresas.

Em termos de distribuição geográfica, Luanda é a provín-cia com o maior número de MPME certificadas, concen-trando 50,67% do total (+2,25 p.p. em relação ao período homólogo e 0,67 p.p. em relação ao final do ano 2015).

DISTRIBUIÇÃO GERAL DAS MPME POR PROVÍNCIAS EÁREA DE ACTIVIDADE

No gráfico seguinte, apresenta-se a distribuição das MPME por províncias e áreas de actividade.

De ressaltar que em relação ao “Comércio a Retalho”, as províncias que se destacam a seguir a Luanda, são Uíge, Moxico e Lunda-Sul. Para a “Prestação de Servi-ços” destacam-se a seguir a Luanda, as províncias de Benguela, Huíla e Cunene.

Gráfico 26 - DISTRIBUIÇÃO DAS MPME POR ÁREAS DE ACTIVIDADE

Fonte: INAPEM – Análise SNCP

Tabela 5 - DISTRIBUIÇÃO DAS MPME POR PROVÍNCIA

Fonte: INAPEM – Análise SNCP

Média Micro Pequena Total %LUANDA 1292 3560 1213 6065 50,67%BENGUELA 100 427 140 667 5,57%UIGE 71 479 88 638 5,33%HUILA 94 292 108 494 4,13%MOXICO 23 371 19 413 3,45%LUNDA-SUL 35 339 38 412 3,44%CABINDA 31 251 82 364 3,04%MALANJE 43 249 64 356 2,97%CUNENE 17 302 36 355 2,97%HUAMBO 31 245 71 347 2,90%CUANDO CUBANGO 12 289 34 335 2,80%LUNDA-NORTE 61 123 105 289 2,41%NAMIBE 24 206 57 287 2,40%BIE 10 241 22 273 2,28%CUANZA-SUL 42 168 47 257 2,15%CUANZA-NORTE 23 128 35 186 1,55%BENGO 33 82 27 142 1,19%ZAIRE 8 68 14 90 0,75%

100%Total 1950 7820 2200 11970

0 500 1000 15002000 2500 3000 3500 4000 45005000

COMÉRCIO À RETALHO(EXCEPTO VEÍCULOSPRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

AGRICULTURA, PRODUÇÃO ANIMAL, CAÇA EINDUSTRIAS TRANSFORMADORAS,N.E

COMÉRCIO POR GROSSO E A RETALHO;CONSTRUÇÃO

ALOJAMENTO E RESTAURAÇÃO(RESTAURANTECOMÉRCIO POR POR GROSSO E AGENTES DE

TRANSPORTES, ARMAZÉNS E COMUNICAÇÕESPESCA

EDUCAÇÃOSAÚDE E ACÇÃO SOCIAL

INDÚSTRIAS ALIMENTARES E DAS BEBIDASOutras áreas de actividade

Média Micro Pequena

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17

NÚMERO DE MPME CADASTRADAS PELA DNPE

Das 11.970 empresas certificadas pelo INAPEM, verifi-cou-se que menos de 8% (949 empresas) encontram-se cadastradas pela DNPE, a entidade no MINFIN responsá-vel pelo cadastramento dos fornecedores do Estado. Importa realçar que deste número, cerca de 59% (564 empresas) têm o estado de Cadastro Completo ou Cadastro Parcial, como demonstram os gráficos seguin-tes.

Neste contexto, não se observam variações significa-tivas ao nível do cadastramento das MPME pela DNPE, comparativamente ao período homólogo.

PARTICIPAÇÃO DAS MPME NA CONTRATAÇÃO PÚBLICA

Para se analisar a participação das MPME na Contratação Pública, avaliou-se o peso destas no número total de cabimentações emitidas pelas EPC até ao final do 1º semestre de 2016, cruzando-se a Base de Dados de Fornecedores do Estado, gerida pela DNPE e constante do Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado (SIGFE), com a Base de Dados do INAPEM, sendo possível verificar os resultados na tabela seguinte.

Importa referenciar que algumas EPC e EGD têm tido algum receio em contratar com as MPME, alegando falta de capacidade técnica e financeira das MPME, dando primazia aos fornecedores que já tenham participado em procedimentos anteriores, limitando o espaço para maior concorrência. Assim sendo, pode-se verificar a fraca participação das MPME no mercado da contratação pública. No que diz respeito à “fraca participação das MPME no mercado da contratação pública”, é necessário referir que ao nível do SIGFE não se tem visibilidade das subcontratações que são feitas pelas EGD, uma vez que estas fazem pagamento directo as MPME. Ficará para próximas edições, trazer-se dados sobre o volume de negócio que gerado nas subcontratações de MPME.

Gáfico 28 - NÚMERO DE MPME POR ESTADO DE CADASTRAMENTO NO FINAL DO 1º SEMESTRE DE 2016

Gráfico 27 - Percentagem das despesas cabimentadas a fornecedores cadastra-dos

Fonte: DNPE – INAPEM – Análise SNCP

Fonte: SIGFE - Análise SNCP(*) Foram utilizados os valores publicados no BECPA 1S-15

Fonte: DNPE – INAPEM – Análise SNCP

Outras actividades (12% do total)Construção

Comércio por Grosso e a retalho-reparaçãoIndustria transformadora, N.EAgricultura, produção animal, Caça e Sil

Prestação de serviçosComércio a retalho ( Excepto Veículos Auto)

Fonte: INAPEM – Análise SNCP

Gáfico 29 - NÚMERO DE MPME POR ESTADO DE CADASTRAMENTO NO FINAL DO 1º SEMESTRE DE 2016

Tabela 6 - RELAÇÃO ENTRE MPME CADASTRADAS E NÃO CADASTRADAS EM TERMOS DE CABIMENTAÇÕES EMITIDAS

SituaçãoNúmero de

cabimentações Valor cabimentado

2015(*) 2016 2015(*) 2016

Cadastrado

Não Cadastrado

1,17%

3,31%

1,61%

4,09%0,32%

1,59%

0,27%

0,36%0,63%1,90%5,70%4,48%Total

Cadastrado Parcial

Cadastrado Completto

Pendente

Outros estados de cadastramento

50 100 150 200 250 300 350 4000

Enviado

39%

39%

20%

19%

1% 0%1%

Recebido

Negado

Em Análise

Enviado

Cadastrado Completo

Pendente

Cadastrado Parcial

Situação do Cadastro das MPME Registadas - Total de 949 MPME

Micro

Média

Pequena

percentagem das despesas cabimentadas afornecedores cadastrados

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18

Cabinda

Zaire

Bengo

Luanda

Cuanza Sul

Malanje

Lunda Norte

Lunda Sul

MoxicoBie

Huambo

Benguela

Namibe

Huíla

Cunene

Cuando Cubango

Cuanza Norte

Uige

3,1% 2,8%

4,3% 0% 3,5%

2,2% 0%3,4%

2,6% 0% 2,9%

2,3% 2,4%

4,6 % 0% 4,1%

4,7% 0% 2,3%

9,6%

2% 5,6%

6,4%2,9%

8,4%0% 2,1%

4,0%2,5%

2,0% 0,8%

7,0%

0%5,3%

3,2% 1,6%0% 7,5%

0% 3,0%

1,2% 0% 1,2%

4,5%

20%

3,0%

22,1%

46%

50,7%

0%0%

0%

0%

0%

32%

Participação no valor total cabimentado (âmbito LCP) do OGE 2015

Percentagem de Micro, Pequena e Médias empresas registadas pelo INAPEM

Percentagem de procedimentos de contratação Pública lançados e informados

Legendas

3.5 DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DOS INDICADORES DA CONTRATAÇÃO PÚBLICA

Gáfico 30 - INDICADORES DA CONTRATAÇÃO PÚBLICA POR PROVÍNCIA NO 1º SEMESTRE 2016

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19

A necessidade de cortes na despesa pública teve consequências na redução significativa do peso da Contratação Pública no PIB, fazendo com que a parcela (que se tem revelado maioritariamente de “despesa de capital”) no PIB passasse de 27% em 2014 para 8% em 2015. Ainda como consequência de uma maior pressão orçamental, isto é, valores mais baixos do OGE, o peso da Contratação Pública também teve uma redução na ordem de -27 pp (passando de 46% em 2014 para 19% em 2015).

No mesmo sentido, o valor dos contratos registados no SIGFE à luz da LCP, no 1º semestre de 2016 reduziu-se em 30%, ou seja -93 mil milhões de kwanzas face aos valores registados no período homólogo (312 mil milhões de AKZ Vs. 219 mil milhões de AKZ).

O objecto de contratação mais utilizado continua a ser as empreitadas de obras públicas (68% do total de procedi-mentos comunicados ao SNCP), sendo o critério para apreciação das propostas (cada vez) mais utilizado o da Proposta Economicamente Mais Vantajosa “PEMV” (65% dos procedimentos concursais).O cadastramento de fornecedores mantém-se quase estacionário (crescimento de 2,61% no 1º semestre 2016), quiçá refletindo o arrefecimento na economia. Para além disso as cabimentações emitidas aos Fornecedores Cadastrados são inferiores às emitidas a Fornecedores Não Cadastrados, o que pode ter tido implicações na não celeridade dos PCP.

A certificação das MPME mantém o crescimento, contudo ainda estão distantes dos objectivos a preconizar, ou seja menos de 8% encontra-se cadastradas e a sua participação na contratação pública é residual (0,63% do valor cabimentado pelas EPC, à MPME cadastradas e não cadastradas).

Por fim, referir que a actual situação económico-financeira do país impõe a gestão cada vez mais criteriosa dos recur-sos financeiros, o incentivar a cultura de poupança e o esforço da sua obtenção através da utilização correcta dos procedimentos de contratação pública, permitindo evitar ou minimizar os deficits nas contas públicas.

Referir ainda que uma das formas de melhorar o gasto público é avaliá-lo pelos seus resultados, pois, monitorando--os, é possível obter-se “métricas” que posteriormente possibilitarão a cobrança da melhoria na qualidade na despe-sa pública. Portanto na cadeia Formação – Execução – Resultados, o BECPA pretende ser uma “ferramenta de gestão” para as EPC no que diz respeito à formação e execução de contratos.

4 Considerações Finais

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3.5 DISTRIBUICAO GEOGRÁFICA DOS INDICADORES DA CONTRATAÇÃO PÚBLICA

1

1

Serviço Nacional daContratação Pública