boletim epidemiologia hc-ufpr. junho/2011 - nº 06

9
Casos suspeitos de violência atendidos no HC-UFPR. Este é o tema da análise feita pelo Serviço de Epide- miologia Hospitar do HC, registrados de maio de 2009 a 2010 . Página 2 O SEPIH atualizou as principais le- gislações na seção da Epidemiolo- gia no site do HC. Página 5 Farmacovigilância: notifiquei, e agora? Saiba quais são os próximos passos da notificação após o preenchi- mento da ficha. Página 4 É possível o controle absolu- to da disseminação do KPC. Página 3 HC e as lições aprendidas com a INFLUENZA 2009 PREVENINDO Portarias & Notificações sob controle sarampo e Influenza Acompanhe a vigilância destas doenças na região de Curitiba. Página 5 Informativo do Serviço de Epidemiologia, SCIH e Hospital Sentinela Abril de 2011 - Nº 6 Página 7 BOLETIM Epidemiológico HC

Upload: epidemio-hc-ufpr

Post on 19-Feb-2016

220 views

Category:

Documents


8 download

DESCRIPTION

KPC- Klebsiella pneumoniae, violence, influenza (in Portuguese)

TRANSCRIPT

Casos suspeitos de violência atendidos no HC-UFPR. Este é o tema da análise feita pelo Serviço de Epide-miologia Hospitar do HC, registrados de maio de 2009 a 2010 . Página 2

O SEPIH atualizou as principais le-gislações na seção da Epidemiolo-gia no site do HC. Página 5

Farmacovigilância: notifiquei, e agora?

Saiba quais são os próximos passos da notificação após o preenchi-mento da ficha. Página 4

É possível o controle absolu-to da disseminação do KPC. Página 3

HC e as lições aprendidas com a INFLUENZA 2009

PREVENINDO Portarias & Notificações

sob controle

sarampo e Influenza Acompanhe a vigilância destas doenças na região de Curitiba. Página 5

Informativo do Serviço de Epidemiologia, SCIH e Hospital Sentinela Abril de 2011 - Nº 6

Página 7

BOLETIM

Epidemiológico HC

Análise das Notificações de casos suspeitos de violência atendidos no HC-UFPR.O HC realiza vigilância de violência em crianças, adolescentes e em mulheres há mais de 8 anos, como parte da Rede de Proteção do Município de Curitiba.

Para o Ministério da Saúde em 2009-2010, passamos a realizar a notificação da vio-lência no HC-UFPR no SINAN NET, como Hospital sentinela, ou seja era um evento onde apenas algumas unidades tinham a obrigatoriedade de notificar.

A partir de 25 de janeiro de 2011, o Minis-tério da Saúde incluiu como notificação compulsória a Violência sexual, domésti-ca e outras violências, passando a ser obri-gatória para todas as unidades de saúde.

As notificações são realizadas pelo Serviço Social, após comunicação da suspeita pe-los profissionais de saúde da instituição, a seguir as fichas são entregues ao Serviço de Epidemiologia, que avalia a comple-titude das mesmas e realiza a digitação das mesmas no SINAN NET. A análise tem como base, os dados digitados no SINAN, iniciado em maio de 2009.

No período de maio de 2009 a 2010, fo-ram notificados 737 casos, 296 (2009) e 441(2010). Destes 574(78,9%) são do sexo feminino. Cabe ressaltar que o HC é refe-rencia para o atendimento de mulheres vítimas de violência sexual, fazendo com que tenhamos mais casos em mulheres. Também evidenciamos sub-notificação de casos de violência sexual em homens. Notar que nos menores de 10 anos nao há diferenca de incidencia de violencia entre os sexos.

Considerando a distribuição por grupo etário (figura 1), notamos que há um maior número de casos em menores de 1 mês(situações de negligência) e na faixa etária de 20 a 49 anos (violência sexual). Evidenciamos também um baixo número de casos notificados em maio-res de 60 anos, grupo este também vitima de violência física, financeira e outras, que devem ser notificados

As violências podem ser de vários tipos: Negligência física, sexual, financeira, psi-cológica e outras. Na sequência apresen-tamos a distribuição dos casos notifica-dos, de acordo aos principais tipos de

violência, por faixa etária (figura 2). Os casos podem estar incluídos em mais de uma situação. Casos de violência sexual, são associados com freqüência com vio-lência física.

Os casos são notificados ao Serviço Social e encaminhados para as várias estâncias con-forme cada caso. Para as crianças e adoles-centes o HC tem um ambulatório (DEDICA), que realiza o atendimento multidisciplinar destes casos. O conselho tutelar no caso das crianças recebe as notificações para acom-panhamento das mesmas, fazendo parte da Rede de Proteção .

Segundo Luci Pfeiffer, médica responsável pelo HC-DEDICA, quando se fala em vio-lência contra crianças e adolescentes, se sabe que o principal agressor está dentro dos lares, sob o agravante da convivência. Dos casos atendidos no DEDICA, 97% dos agressores é uma parente, como a mãe e/ou o pai seguida de 3 % é uma pessoa es-

tranha. Hoje, há um cadastro no HC de mais de 500 crianças atendidas no Hospital, con-siderando que atendimento no hospital é feito uma vez por semana, nas quartas feiras durante a tarde. Do outro lado está o profissional de saúde. Este têm a responsabilidade moral e jurídica de informar as autoridades sobre estas vio-lências. Isto está previsto no ECA – Estatuto da Criança e Adolescente, artigo 13 e 245, onde os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescen-te serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade.

O Ministério da Saúde, com a inclusão da violência como evento de notificação obri-gatória, mostrou a importância darmos vi-sibilidade desta situação, para que políticas públicas sejam implementadas. Em junho de 2011, foi criado no Hospital de Clinicas da UFPR, o Comitê de Enfrentamen-to a situações de risco de violência.

2

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO HC - junho de 2011espaço

Epidemiológico

SEPIH - HC (41) 3360 1003 ou (41) 3360 1003 [email protected] Médica Resp.: Suzana D. Moreira. Médica: Célia R. T. Pinto. Enf.: Adeli P. de Medeiros, Elizabeth S. Wistuba, Lili A. Gonçalves, Neiva M. M. Hygaki, Rosa Helena S. Souza. Aux. Adm.: Juçara M. de Oliveira. Acad. de Medicina: Bárbara K. Connolly, Talita M. L. da Silva e Tatyane B. Calegari. Acad. Enf.: Patrícia R. Rocha. Aux. Téc.: Monica K. Fernandes.

No Hospital de Clínicas, os patógenos multiresistentes até então isolados cons-tituíam-se de: MRSA, VRE, Acinetobac-ter baumannii multi e pan-resistentes; Pseudomonas aeruginosa multi e pan--resistentes; Enterobactérias produtoras de beta lactamase de espectro estendido (ESBL) tais como: Klebsiella pneumoniae, E. Coli, citrobacter spp, Enterobacter spp. A Klebsiella pneumoniae produtora de KPC produz uma enzima, a Carbapenema-se, que hidrolisa os antibióticos carbape-nêmicos e resulta em resistência a todos os B-lactâmicos: penicilinas, cefalospori-nas, carbapenêmicos e aztreonam. Como opções terapêuticas para o tratamento de infecções causadas por este patógeno, restam apenas a tigeciclina, polimixina-B e colistina. Para evitar a introdução desta cepa no Hospital de Clínicas, desde 2009, o La-boratório de Bacteriologia vem monito-rando continuamente todas as amostras de cultura clínica e de vigilância em que foram isoladas enterobactérias, pesqui-sando a presença da enzima KPC, visando isolamento imediato do paciente com cul-tura positiva.

Caso ocorra a suspeita de enterobactéria produtora de KPC, imediatamente o Labo-ratório de Bacteriologia notifica o caso ao Serviço de Controle de Infecção Hospita-lar (SCIH).

O SCIH por sua vez, contacta imediata-mente a equipe assistencial responsável pelo paciente em questão, informando o caso às Chefias médica e de enfermagem.

O paciente é prontamente isolado em quarto único com banheiro exclusivo e

são instituídas rigorosas Precauções de Contato com material de assistência indi-vidualizado.

No Hospital de Clínicas, foram registrados até o momento quatro casos de Klebsiella pneumoniae produtora de KPC. Os três primeiros casos em junho, julho e agos-to de 2010 e o quarto caso em março de 2011.

A ocorrência destes quatro casos em nossa Instituição foi motivo de grande preocupação devido à facilidade de dis-seminação cruzada destes patógenos e também devido à elevada taxa de morta-lidade associada, que de acordo com a literatura tem sido em torno de 35%.

O Hospital de ClÍnicas conseguiu bloque-ar a disseminação da Klebsiella pneumo-niae KPC no Hospital de Clínicas devido à seriedade e rigor com que os profissionais envolvidos prestaram assistência a estes pacientes. Seu envolvimento e empenho foram fun-damentais, acrescido das seguintes me-didas:

1. Investigação contínua de possíveis pa-cientes colonizados através de culturas de vigilância periódicas;

2. Capacitação laboratorial para identifica-ção de patógenos produtores de KPC ;

3. Agilidade no fluxo de informações entre Laboratório, SCIH e equipes;

4. Orientação e acompanhamento das medidas de contensão; 5. Isolamento de pacientes em quartos in-

dividuais; 6. Adoção de Precauções de Contato rigo-rosas; 7. Higienização rigorosa das mãos em to-das as oportunidades, com ênfase, ime-diatamente antes e após contato com pa-cientes e seu ambiente;

8. Equipe exclusiva para prestar assistên-cia direta a estes pacientes;

9. Rigor na limpeza e desinfecção do am-biente direta e indiretamente envolvido;

10. Materiais e equipamentos individuali-zados.

Apesar da facilidade de transmissão deste patógeno e a rápida ocorrência de surto associado, é possível o controle absoluto de sua disseminação, com adoção de me-didas rigorosas e comprometimento das equipes de assistência em seguir discipli-narmente as medidas básicas de controle de infecção demonstrando que são extre-mamente efetivas.

Profissional da Saúde:

1. É importante o comprometimento e responsabilidade profissional são essen-ciais no controle de germes multiresis-tentes;

2. Higienize rigorosamente as mãos em todas as oportunidades, com ênfase, ime-diatamente antes e após contato com pa-cientes e seu ambiente;

3. Adote rigorosamente as Precauções de Contato.

3

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO HC - junho de 2011espaço

SCIH - Serviço de Controle de Infecção Hospitalar

É possível o controle absoluto da disseminação do KPC

Equipe SCIH - Serviço de Controle Infecção do HC (41) 3360 18 42 [email protected]édica: Célia Inês Burgartt. Enfermeiras: Maria Edutania S. Castro, Christiane J. N. Stier, Cristina Bello Barros e Karin L. Bragagnolo. Farmacêutica: Izelân-dia Veroneze

4

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO HC - junho de 2011espaço

Gerenciamento de Riscos

farmacovigilância:notifiquei, e agora?

Equipe do Hospital Sentinela (41) 3360-7989 Cord. Cleni Veroneze, Eng. Luciane Aparecida Liegel, Enf. Néri Lúcia dos S. Solheid , Adm. Cláudio Messias, Bioq. Ana Cristina Matheus Medeiros e Farm. Izelândia Veroneze e Dr. Giorgio Baldanzi.

Farmacovigilância é “Ciência relativa à detecção, avaliação, compreensão e pre-venção dos efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados a medicamentos” (fonte: The Importance of Pharmacovigi-lance, 2002)

A notificação de eventos adversos e quei-xas técnicas é importante porque oportu-niza a identificação de problemas prove-nientes da utilização dos medicamentos. Mediante a notificação ocorre a análise e o tratamento dos problemas relatados, possibilitando, desta forma, otimizar a as-sistência ao paciente.

O quadro ao lado ilustra os resultados nos últimos 4 anos da Farmacovigilância reali-zada no HC.

Após o recebimento das notificações, elas são sistematizadas da seguinte forma:

1- Identificação da natureza da suspeita do problema: referente à queixa técnica, ao erro de medicação, à inefetividade terapêutica ou à reação adversa ao medi-camento;

2- Caracterização da suspeita do proble-ma: associada aos processos internos de trabalho ou ao medicamento propria-mente dito;

2.1- Problemas com processo interno de trabalho: relacionados ao recebimento, ao armazenamento, à distribuição, à preparação, à prescrição médica ou à

administração ao paciente;

2.2- Problemas com o medicamento propriamente dito: relativas à qualidade (problemas na fabricação) ou inerentes às propriedades do medicamento (efeitos colaterais)

Após a avaliação da natureza da notifica-ção, são realizadas ações para o trata-mento da situação, decorrentes do pro-blema identificado. Quando a suspeita

do problema tem origem nos processos internos, realizam-se ações corretivas e/ou preventivas com o intuito de diminuir o risco de novas ocorrências. Quando o problema é com o medicamento propria-mente dito, são desencadeadas ações externas junto a ANVISA e/ ou ao fabri-cante em questão.

Farmacovigilante: Cleni Veroneze R.

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO HC - junho de 2011espaço

Alerta & Eventos

AlertaSarampo

O Ministério da Saúde recomenda a todos os brasileiros que viajarão ao exte-rior para Europa, Estados Unidos e outros países das Américas a vacina contra sarampo. É importante que os viajantes não vacinados recebam a vacina pelo menos 15 dias antes da partida e está disponível na rede pública. Com ação trí-plice viral, a vacina é eficaz contra sarampo, rubéola e caxumba.

Vacinação Influenza HC 2011

Durante a campanha de vacinação contra a gripe H1N1, realizada de 26 de abril a 27 de maio, foram vacinados aproximadamente 3000 pessoas, entre profissio-nais de saúde voluntários e estagiários que exercem atividades de assistência, recepção ou investigação de casos de doenças respiratórias.

PORTARIAS & NOTIFICAÇÕES

EVENTOS

O SEPIH atualizou a seção da Epidemiologia no site do HC. Acesse o item legislação pelo link http://www.hc.ufpr.br/adm/dcc/epidemio/legislacao.php

Acesse a Linha de Cuidados para Atenção Integral À Saúde de Crianças, Adolescentes e suas Famílias em Situ-ação de Violência. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/linha_cuidado_criancas_familias_violencias.pdf

8 de julho - Das 8h às 18h REUNIÃO DOS NÚCLEOS DE EPIDEMIOLOGIA DO PARANÁInformações: Secretaria Estadual de Saúde (Cievs) 41. 3330 1630Tema: Morbi-mortalidade

1º a 3 de novembro 11ª EXPOEPI - 11ª Mostra Nacional de Experiências Bem Sucedidas em EpidemiologiaLocal: em BrasíliaInscrição e apresentação: data limite até dia 20 de junho.

24 a 28 de agosto CONGRESSO BRASILEIRO DE INFECTOLOGIAlocal: BrasíliaInformações: www.infecto2011.com.br

5

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO HC - junho de 2011espaço

Agravos de Notificação Compulsória, 2010/2011, no HC-UFPR

6

Descrição Jan Fev Mar Abr Mai Total 2011* Total 2010

Meningites bacterianas 3 1 1 2 0 7 37Meningites outras 2 3 0 3 0 8 13Paralisia flácida aguda 0 0 0 1 0 1 10Paracoccidioidomicose 0 2 0 0 1 3 8Rotavirus 2 1 1 4 0 8 28Sífilis congênita 2 2 4 2 1 11 32Síndrome do corrimento uretral 0 0 1 0 0 1 Notificado a partir

de 2011

Síndrome ictérica aguda 0 0 0 0 0 0 1Sífilis gestante 3 1 4 1 1 10 14Sífilis não especificada 2 2 1 2 2 9 11Toxoplasmose gestante e criança exposta 1 3 3 4 0 11 20Tuberculose 6 5 1 4 1 17 61Tuberculose 6 5 1 4 1 17 61Varicela 6 3 0 3 2 14 107Surtos 0 1 0 0 0 1 2Violencia doméstica, sexual e/ou outras violências 37 43 36 46 39 201 447Casos inusitados** 0 0 0 0 0 0 1Total 151 159 113 138 122 683 1761Registro de casos do RHC 31 130 104 135 80 480 1331Investigação pacientes internados 144 168 156 181 186 835 2170Investigação ambulatorial 24 31 29 37 41 162 621Investigação pronto-atendimentos 48 56 51 45 50 250 692Investigação em declaração de óbito 50 59 53 53 54 269 835Morte materna 1 0 1 0 0 2 8Nº de eventos, treinamentos ou reuniões realizadas 3 5 12 8 15 43 30Nº de eventos, treinamentos ou reuniões que partipou 2 8 8 12 4 34 105Nº publicações ou divulgações de dados produzidos 1 0 0 1 0 2 5

* Casos até Maio/2011

** Vibrio vulnificus

Descrição Jan Fev Mar Abr Mai Total 2011* Total 2010

Acidente animal peçonhento 2 2 3 0 2 9 25Acidente Anti-rábico 0 1 0 0 0 1 1Acidente de trabalho com exposição mat. Biologico 2 4 2 5 6 19 63Botulismo 0 0 1 0 0 1 0Cisticercose 0 1 0 1 0 2 13Coqueluche 0 1 0 0 0 1 3Dengue 0 1 0 0 0 1 9Doença Creutzfeldt-Jacob 0 1 0 0 0 1 0Doenças exantemáticas 0 0 0 0 0 0 4Esquistossomose 0 0 0 0 0 0 0Eventos adversos pós vacinação 0 4 3 1 8 16 25Febre Tifóide 0 0 0 0 0 0 0Febre maculosa 0 0 0 0 0 0 1Febre maculosa 0 0 0 0 0 0 1Hanseníase 1 0 0 0 0 1 11Hantavirose 0 0 0 0 0 0 1Hepatite viral 15 17 11 9 6 58 214HIV/AIDS 14 12 8 9 9 52 161HIV/Criança exposta 13 10 6 3 7 39 35HIV gestante 9 5 0 1 1 16 49Infecção Respiratória Aguda Grave 9 8 15 26 17 75 183Intoxicações exógenas 4 10 4 6 15 39 54Leishmaniose tegumentar americana 0 1 0 0 0 1 6Leishmaniose visceral 0 0 0 0 0 0 1Leptospirose 9 8 4 2 1 24 51Malária 0 0 1 0 0 1 1Meningites meningocócicas 0 0 0 0 0 0 9Meningites pneumocócicas 0 0 0 0 0 0 2Meningites virais 9 6 3 3 3 24 47

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO HC - junho de 2011espaço

Notícias

Foi realizado no dia 25 de março, na UTI - Unidade de Terapia intensiva do Hospital de Clínicas da Universida-de Federal do Paraná, reunião sobre o enfrentamento da Influenza em 2009 no HC. Estavam presentes nesta oca-sião: Elena Pedroni – representante da regional da América do Sul - OPAS (Organização Panamericana de Saú-de), Maria Oliveira – representante no Brasil - OPAS, Karin Luhm - diretora do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, Angela Maron - Coordenadora estadual do Centro de Informações Estratégias e Respostas em Vigilância em Saúde – Cievs, Sônia Raboni - responsável pelo serviço de Infectologia do HC-UFPR, Tania Lou-renzo - enfermeira da UTI Adulto, Karin Lohmann Braga Gnolo – enfermeira da SCIH – Serviço de Controle de Infec-ção do HC-UFPR, Paulo R. C Marguetti - Superintendente da UUEA - Unidade de Urgência e Emergência Adulto, Re-jane Maestrinobre Albini - Gerente da UUEA, Suzana Dal-Ri Moreira – coorde-nadora do Serviço de Epidemiologia Hospitalar do Hospital de Clínicas HC--UFPR, Hipólito Garrao Jr. Coordenador da UTI CTI HC-UFPR, Shelen Zancanella, Andressa S. Guliu, Carolina Borralho Fo-bbato - Residentes da UTI HC-UFPR e

Vinícius Nesi Cncehiol – interno da me-dicina no HC-UFPR.

Solicitado pelo Ministério da Saúde para a OPAS – Organização Panameri-cana de Saúde, este encontro buscou reunir as melhores práticas realizadas pelos profissionais do HC, Secretarias do Estado do Paraná e Municipal de Curitiba no enfrentamento da pande-mia Influenza em Curitiba em 2009.

Neste encontro Dra. Suzana Dal-Ri Mo-reira apresentou as frentes de trabalho organizadas para operar o plano de contingência, frente à nova situação. Isto inclui reativar subcomitês e Comitê de Influenza. O subcomite esta forma-do por representantes dos Serviços de Epidemiologia Hospitalar, Controle de Infecção, Infectologia Adulto e Pedia-tria, Direção de Assistência e Unidade de Urgência e Emergência. Este grupo operacionalizou as orientações comu-nicadas pela OMS e OPAS na gestão de diversas áreas como: recursos, comu-nicação de riscos, saúde ocupacional, controle de infecção, triagem, manejo de casos, estrutura de mando e coorde-nação, entre outras.

Este trabalho evidenciou algumas ati-

tudes dos profissionais engajados nes-te trabalho. Entre elas estão o espírito de equipe entre os setores do HC e Se-cretarias Estadual e Municipal de Curi-tiba e a adesão das medidas de higie-nização das mãos pelos profissionais foram decisivas para a rápida resposta a emergência.

Em contrapartida, na reunião foram ci-tadas algumas ações que poderiam ser adotadas nas próximas emergências. Internamente poderia ser feito o con-trole do oseltamivir pela Farmácia do HC desde o início do enfrentamento, pois isto facilitaria a gestão deste medi-camento. Externamente, a OMS e CDC poderiam unificar as orientações divul-gadas pelos mesmos.

Segundo presentes da reunião o saldo final das lições aprendidas é positivo. Estas experiências vividas em 2009, já causaram bons resultados. As notifica-ções realizadas neste período desper-taram o reconhecimento do exercício da Epidemiologia nos hospitais. No HC, o Serviço de Epidemiologia Hospitalar foi convidado para participar do CODIR - Conselho Diretivo.

HC e as lições aprendidas eM INFLUENZA 2009

Karin Luhm, Angela Maron, Hipólito Garrao Jr. , Suzana Dal-Ri Moreira, Elena Pedroni, Rejane Maestrinobre Albini, Tania Lourenzo e Karin Lohmann Braga Gnolo

7

Aconteceu no dia 12 de março, no Hos-pital de Clínicas de Curitiba, a reunião dos Núcleos de Epidemiologia Hospi-talar de Curitiba e região Metropolita-na. Estavam presentes nesta ocasião: Wanderson Kleber de Oliveira – Minis-tério da Saúde (Centro de Informações Estratégias e Respostas em Vigilância em Saúde - Cievs), Laurina Watanabe e Angela Maron e Mirian Woiski Lauri-na - Secretaria Estadual de Saúde, Le-tícia Coutinho – Secretaria Municipal de Saúde, Jucirlei Santana - Hospital Angelina Caron, Karin Keffler - Hospital Universitário Evangélico, Thais Antu-nes - Hospital do Trabalhador, Ranu-za Aparecida Leite Goetten de Lima e Ana Paula Pacheco - Hospital Pequeno Príncipe, Ana Paula Araújo -Hospital Universitário Cajuru e Dra. Suzana Dal--Ri Moreira – Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná.

Realizado pelas Secretarias Estadual e Municipal de Curitiba, este evento contou com a presença do coordena-dor geral do Centro de Informações Estratégias e Respostas em Vigilância em Saúde (Cievs), Wanderson Kleber

de Oiveira. Nesta ocasião, ele buscou conhecer detalhadamente os proces-sos de vigilância epidemiológica de-senvolvidos nos hospitais de Curitiba e região metropolitana, a fim de tornar esta informação parte da reestrutura-ção estratégica do fortalecimento da rede no país.

Na ocasião, a coordenadora do Serviço de Epidemiologia Hospitalar do HC – SEPIH, Dra. Suzana Dal-Ri Moreira, e os representantes presentes dos núcleos de epidemiologia de Curitiba e região apresentaram os trabalhos desenvol-vidos por cada hospital representado. Foram abordados alguns temas que in-cluíram desde o perfil epidemiológico dos hospitais com suas características de atendimento, até os recursos físi-cos, humanos e financeiros disponíveis para a atividade. Com estas informa-ções confidenciais, o Ministério rela-cionará quais são os processos seme-lhantes a fim de padronizar o Sistema de Vigilância Epidemiológica Nacional, apoiado no Regulamento Sanitário In-ternacional.

Segundo Wanderson, os núcleos de Epidemiologia são de suma importân-cia para o Sistema de Vigilância Sani-tária Nacional, pois as informações estratégicas geradas por estas, além de identificar o perfil de atendimen-to do hospital, representam o próprio raio-x da saúde da população em uma determinada região. Isso permite um monitoramento contínuo de eventos que podem se transformar em emer-gências de importância nacional. Esta vigilância inclui uma avaliação de risco, de acordo com o processo de análise semelhante ao adotado pelos países e OMS – Organização Mundial da Saúde.

A aproximação entre o Cievs e os nú-cleos vem ao encontro da estratégia do Estado de habilitar as unidades fe-deradas para aumentar sua capacidade básica de resposta nacional imediata, quando há um caso que apresente ris-co a saúde dos brasileiros.

O próximo encontro do núcleo está marcado. Será dia 8 de julho, promovi-do pela Secretaria Estadual de Saúde.

Ranuza A. L. G. de Lima, Ana Paula Pacheco, Adeli P. de Medeiros, Jucirlei Santana, Letícia Coutinho, Laurina Watanabe , Ana Paula Araújo, Wanderson K. de Oliveira, Dra. Suzana Dal-Ri Moreira, Mirian W. Laurinda , Angela Maron, Thais Antunes, Rosa Helena S. Souza, Lili A. Gonçalves e Patrícia R. Rocha

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO HC - junho de 2011espaço

Notícias

HC é sede da reunião dos núcleos de epidemiologia de Curitiba e comissão de óbitos materno e infantil

8

ExpedienteProjeto gráfico: André Heib Barbosa – www.andheibs.com

Participe do Grupo EpidemiologiaHC: O epidemiologiahc é um grupo criado pela área de Epidemiologia do Hospital de Clínicas da UFPR- Universidade Federal do Paraná, a fim de tornar acessíveis desde as últimas portarias, notificações instituídas pelo Ministério da Saúde até apresentações e notícias sobre inovações da área. Para solicitar ativamente o cadastro, envie para o e-mail [email protected] com o título “cadastrar”.

Visite já o Serviço de Epidemiologia Hospitalar do HC - SEPIH nas redes! Yahoo Grupos: http://us.rd.yahoo.com/evt=42879/*http://br.groups.yahoo.com/group/epidemiologi-ahc

Site do Hospital de Clínicas: http://www.hc.ufpr.br/adm/dcc/epidemio/ Por motivos de construção do novo site do HC, as atualizações desta seção estão suspensas tempo-rariamente até agosto.

Coordenação, edição e revisão: Evelyn Thais Almeida

No mesmo mês, dia 25, foi realizada a reunião para reflexão sobre o funcio-namento dos comitês de Mortalidade Materna, Infantil, Comissão Pró Vida de prevenção à Mortalidade Materna e In-fantil da Secretaria Municipal da Saúde. O encontro contou com a presença de Mônica Deorsola Xavier Negri – repre-sentante da Secretaria Municipal de Curitiba, profissionais da saúde do Ser-viço Hospitalar do HC - SEPIH , médicos e profissionais representantes do HC da SCIH, UTI neo natal, departamento

da Tocoginecologia, patologia clinica-do e ambulatório de má formação, en-tre outros.

Motivado pelo SEPIH HC, este encontro buscou debater o funcionamento do Comitê Pró Vida de prevenção de Mor-talidade Materna e Infantil –SMS, além de esclarecer dúvidas sobre o preen-chimento dos novos instrumentos de investigação dos óbitos materno e in-fantil. Outro Assunto debatido foram os critérios de análise sobre nati-mor-

tos com peso acima de 2.500gr.

Esta reunião foi marcada pela expan-são no Comitê quanto ao engajamento de mais áreas do hospital nesta Comis-são. A continuidade dos assuntos dis-cutidos se dará mensalmente por meio de reuniões mensais no HC.

Reunião dos comitês de Mortalidade Materna, Infantil, Comissão Pró Vida da Secretaria Municipal da Saúde.