boletim ecetista em luta df 11/10/2013

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Boletim Ecetistas em Luta Órgão da corrente nacional Ecetistas em Luta - Distribuição gratuita - Os resultados da greve nacional Os trabalhadores iniciaram sua greve nacional no dia 17 de setembro. Antes disso, a empresa usou a paralisação de mentirinha dos sindicatos diri- gidos pelo PCdoB e PSTU para entrar com o dissídio coletivo no Tribunal Superior dos Tra- balhadores. A direção da empresa nos últimos anos tem tentado de todas as maneiras destruir o Correios Saúde dos trabalha- dores, principal benefício da categoria. A empresa quer economizar seus recursos e procura fazer isso retirando direitos dos trabalhadores. A categoria não está disposta a aceitar isso e nessa campanha salarial mostrou mais uma vez que vai lutar até o fim para im- pedir esses ataques. Impedir o ataque a esse di- reito básico foi um dos motivos que levou os trabalhadores à greve. Os trabalhadores segui- ram para Brasília no ato nacio- nal do dia 8 para mostrar para a direção da empresa e o TST que não vão aceitar a destrui- ção desse benefício. Ato foi vitorioso e pres- sionou os Juízes e empresa Desde as 7h da manhã, os companheiros começaram a se reunir em Brasília em frente o Edíficio Sede dos Correios. A partir das 12h, os trabalhadores saíram em passeata para o TST, em razão do julgamento do dis- sídio pedido pela empresa. A empresa quer economi- zar seus recursos e aumentar os lucros, tornando-se assim mais atraente para os investi- dores estrangeiros, pois está em processo a transformação dos Correios em uma empresa de capital aberto. Para isso, retiram o convênio médico, arrocham os salários e sobrecarregam os funcioná- rios para não contratar mais pessoal. A greve nacional e o ato mostraram que a categoria não está disposta a aceitar es- ses ataques. Foi o que ocorreu. Mesmo com todo o boicote por parte da burocracia sindical, cerca de mil trabalhadores partici- param do ato. Representantes de Minas Gerais, Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro, São José do Rio Preto, Brasília, Rio Grande do Sul, Goiás, Paraná, entre outros estiveram presen- tes no ato. Os sindicalistas da Articu- lação Sindical/PT boicotaram como puderam o ato. Para se ter uma ideia, a presidenta do Sindicato de Brasília, Amanda Corcino, que deveria ser anfi- trião do ato, não disponibilizou ônibus dos setores e atuou para dividir o ato. Sindicatos um pouco mais próximos de Brasília como Ribeirão Preto e Santos, também dirigido pela Articulação, não mandaram nenhum representante. Tan- to em Brasília, como nesses dois sindicatos, a oposição se organizou de maneira inde- pendente para comparecer ao ato. O boicote se seguiu nos sindicatos da Bahia, Espírito Santo e outros dirigidos pela Articulação. Os trabalhadores mostraram sua força e superaram todos os boicotes para realizar a greve nacional. Não fossem os pele- gos, a greve seria mais vitorio- sa. Resta à categoria, derrotar de uma vez por todas a buro- cracia sindical para arrancar da empresa vitórias reais. BRASÍLIA, 8 DE OUTUBRO TRABALHADORES FORAM ÀS RUAS PARA GARANTIR O PLANO DE SAÚDE A luta da categoria conseguiu impedir mais uma vez a destruição do convênio médico e a retirada de mais direitos. Agora, resta manter a mobilização na base para derrotar de vez os sindicalistas traidores e a direção da ECT Os Juízes não aumentaram a proposta da empresa de 8%, gra- ças, é claro, à traição dos sindica- listas da Findect e dos traidores que ainda se encontram dentro da Fen- tect. Fica muito claro que, caso a greve saísse unificada, a empresa seria obrigada a oferecer um rea- juste muito maior. Os juízes também foram obriga- dos a reconhecer a Fentect como única representação nacional da categoria e a única que pode nego- ciar e assinar o acordo. Essa impor- tante vitória, desmascarou o golpe da Findect, que sequer participou da audiência no TST, o que dá aos trabalhadores de São Paulo e Rio de Janeiro forças ainda maiores para derrotar o divisionismo, ou seja, a decisão do TST, que seguiu o Acór- dão anterior, fortalece o movimento nacional. É bom que se diga que a direção da ECT defendeu aberta- mente no tribunal o reconhecimen- to da Findect, mostrando o caráter completamente patronal dessa fe- deração falsificada. A manutenção do Plano de Saúde foi uma das principais conquistas. O TST proibiu qualquer modificação do convênio por parte da ECT. Mas a Fentect já está preparada, pois sabe que a direção da empresa não vai descansar enquanto não retirar esse direito. Portanto, a categoria deve manter a mobilização nacional, or- ganizada pela Fentect, para realizar uma greve contra qualquer ameaça da empresa de descumprimento do acordo em relação ao convênio. Os trabalhadores dos Correios, sua greve nacional, sua mobiliza- ção e sua luta, conquistaram mais uma vitória na guerra contra a pri- vatização da ECT e a retirada dos direitos da categoria. Mas é neces- sário se fortalecer para as próximas batalhas que virão, tirar as lições e aumentar a organização de base, independente e classista. sexta-feira, 11 de outubro de 2013 Edição Brasília - ano IX- nº 92 - Na Internet: olhovivoecetista.blogspot.com.br fones: (61) 3225-9155 ou 9556-4183 (Juliano) ou 8448-4709 (Perci) Receba o boletim Ecetistas em Luta por e-mail, escreva para: [email protected]

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Boletim da OPOSIÇÃO à direção do SINTECT-DF

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Page 1: Boletim Ecetista em Luta DF 11/10/2013

Boletim

Ecetistas em LutaÓrgão da corrente nacional Ecetistas em Luta- Distribuição gratuita -

Os resultados da greve nacional

Os trabalhadores iniciaram sua greve nacional no dia 17 de setembro. Antes disso, a empresa usou a paralisação de mentirinha dos sindicatos diri-gidos pelo PCdoB e PSTU para entrar com o dissídio coletivo no Tribunal Superior dos Tra-balhadores.

A direção da empresa nos últimos anos tem tentado de todas as maneiras destruir o Correios Saúde dos trabalha-dores, principal benefício da categoria. A empresa quer economizar seus recursos e procura fazer isso retirando direitos dos trabalhadores. A categoria não está disposta a aceitar isso e nessa campanha salarial mostrou mais uma vez que vai lutar até o fim para im-pedir esses ataques.

Impedir o ataque a esse di-reito básico foi um dos motivos que levou os trabalhadores à greve. Os trabalhadores segui-ram para Brasília no ato nacio-nal do dia 8 para mostrar para a direção da empresa e o TST que não vão aceitar a destrui-ção desse benefício.

Ato foi vitorioso e pres-sionou os Juízes e empresa

Desde as 7h da manhã, os companheiros começaram a se reunir em Brasília em frente o Edíficio Sede dos Correios. A partir das 12h, os trabalhadores saíram em passeata para o TST, em razão do julgamento do dis-sídio pedido pela empresa.

A empresa quer economi-zar seus recursos e aumentar os lucros, tornando-se assim mais atraente para os investi-dores estrangeiros, pois está em processo a transformação dos Correios em uma empresa

de capital aberto.Para isso, retiram o convênio

médico, arrocham os salários e sobrecarregam os funcioná-rios para não contratar mais pessoal. A greve nacional e o ato mostraram que a categoria não está disposta a aceitar es-ses ataques.

Foi o que ocorreu. Mesmo com todo o boicote por parte da burocracia sindical, cerca de mil trabalhadores partici-param do ato. Representantes de Minas Gerais, Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro, São José do Rio Preto, Brasília, Rio Grande do Sul, Goiás, Paraná, entre outros estiveram presen-tes no ato.

Os sindicalistas da Articu-lação Sindical/PT boicotaram como puderam o ato. Para se ter uma ideia, a presidenta do Sindicato de Brasília, Amanda Corcino, que deveria ser anfi-trião do ato, não disponibilizou ônibus dos setores e atuou para dividir o ato. Sindicatos um pouco mais próximos de Brasília como Ribeirão Preto e Santos, também dirigido pela Articulação, não mandaram nenhum representante. Tan-to em Brasília, como nesses dois sindicatos, a oposição se organizou de maneira inde-pendente para comparecer ao ato. O boicote se seguiu nos sindicatos da Bahia, Espírito Santo e outros dirigidos pela Articulação.

Os trabalhadores mostraram sua força e superaram todos os boicotes para realizar a greve nacional. Não fossem os pele-gos, a greve seria mais vitorio-sa. Resta à categoria, derrotar de uma vez por todas a buro-cracia sindical para arrancar da empresa vitórias reais.

BRASÍLIA, 8 DE OUTUBRO

TRABALHADORES FORAM ÀS RUAS PARA GARANTIR O PLANO DE SAÚDE

A luta da categoria conseguiu impedir mais uma vez a destruição do convênio médico e a retirada de mais direitos. Agora, resta manter a mobilização na base para derrotar de vez os sindicalistas traidores e a direção da ECT

Os Juízes não aumentaram a proposta da empresa de 8%, gra-ças, é claro, à traição dos sindica-listas da Findect e dos traidores que ainda se encontram dentro da Fen-tect. Fica muito claro que, caso a greve saísse unificada, a empresa seria obrigada a oferecer um rea-juste muito maior.

Os juízes também foram obriga-dos a reconhecer a Fentect como única representação nacional da categoria e a única que pode nego-ciar e assinar o acordo. Essa impor-tante vitória, desmascarou o golpe da Findect, que sequer participou da audiência no TST, o que dá aos trabalhadores de São Paulo e Rio de Janeiro forças ainda maiores para derrotar o divisionismo, ou seja, a decisão do TST, que seguiu o Acór-dão anterior, fortalece o movimento nacional. É bom que se diga que a direção da ECT defendeu aberta-mente no tribunal o reconhecimen-to da Findect, mostrando o caráter completamente patronal dessa fe-deração falsificada.

A manutenção do Plano de Saúde foi uma das principais conquistas. O TST proibiu qualquer modificação do convênio por parte da ECT. Mas a Fentect já está preparada, pois sabe que a direção da empresa não vai descansar enquanto não retirar esse direito. Portanto, a categoria deve manter a mobilização nacional, or-ganizada pela Fentect, para realizar uma greve contra qualquer ameaça da empresa de descumprimento do acordo em relação ao convênio.

Os trabalhadores dos Correios, sua greve nacional, sua mobiliza-ção e sua luta, conquistaram mais uma vitória na guerra contra a pri-vatização da ECT e a retirada dos direitos da categoria. Mas é neces-sário se fortalecer para as próximas batalhas que virão, tirar as lições e aumentar a organização de base, independente e classista.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013Edição Brasília - ano IX- nº 92 -

Na Internet: olhovivoecetista.blogspot.com.br • fones: (61) 3225-9155 ou 9556-4183 (Juliano) ou 8448-4709 (Perci) Receba o boletim Ecetistas em Luta por e-mail, escreva para: [email protected]

Page 2: Boletim Ecetista em Luta DF 11/10/2013

DISSÍDIO DOS CORREIOS

TRABALHADORES RETORNAM AO SERVIÇO RECLAMANDO DA AUSÊNCIA DE PIQUETES

Falta de atividade foi a regra da campanha salarial no DF neste ano

Uma queixa comum foi apresentada pelos tra-balhadores dos Correios na volta ao trabalho nes-te dia 10 de outubro: a ausência de piquetes e atividades que pressio-nassem a ECT durante a greve desta campanha salarial.

Muitos falavam, e com razão, que o piquete é uma atividade de greve que pressiona a empresa, e, ainda por cima, coloca os chefes dos setores em total desespero, além de impedir que fura-greves quebrem a mobilização da categoria.

Nenhum piquete foi organizado pelo Sintect--DF, que ficou com medo do Poder Judiciário e suas multas arbitrárias. Mesmo que os bancários da cidade tenham reali-zado os seus piquetes, poucos, mas significa-tivos, a direção do Sin-tect-DF não se propôs a fazer este tipo de ativi-dade em conjunto com esta categoria que ainda está de greve.

Quando muito, o carro de som do sindicato fica-va tocando músicas na porta dos setores, sem impedir a entrada dos trabalhadores que esta-vam furando greve. Sen-do que uma das maiores chances de convencer um trabalhador a aderir ao movimento é através do piquete, o que lhe dá segurança contra os desmandos da chefia e da empresa.

Mas não se podia es-perar muito de um sindi-cato que mal convocava os trabalhadores da base para as assembleias, sendo que foram vistas assembleias com pou-quíssimas pessoas da base do DF, o que, ob-viamente, ajudou a des-mantelar o movimento grevista.

O exemplo de Minas Gerais

Em praticamente todas as assembleias Amanda Marmitex fez questão de difamar os trabalhado-res de Minas Gerais, afir-mando que lá não havia greve, que o Sintect-MG não faz nada, enfim, re-produzindo o “primeira hora” da empresa.

Porém, foi em Minas Gerais que foi visto um dos maiores piquetes re-alizados por trabalhado-res dos Correios nessa campanha salarial, que na terça-feira (dia 24) paralisou por completo as atividades do Com-plexo Operacional dos Correios de Belo Hori-zonte, refletindo na pa-ralisação total ou parcial dos serviços postais em todo o Estado de Minas Gerais. Fato que ganhou até mesmo os noticiários da imprensa burguesa.

Trabalhadores foram agredidos pela Polícia Militar o que gerou ainda mais revolta dos ecetis-tas que estavam no pi-quete, se tornando um

dos atos mais históricos dessa campanha sala-rial.

Em São Paulo também foi registrado piquetes de trabalhadores que atropelaram a direção pelega do Sintect-SP e aderiram ao movimen-to grevista junto com os demais sindicatos da Fentect. Além de pique-tes em setores essen-ciais como o CTE-Saúde, os trabalhadores ainda participaram do ato em Brasília e se mantiveram em greve até a decisão do TST, mostrando que a base tem todas as con-dições de acabar com a pelegagem do Sintect--SP.

Esses exemplos, que se espalharam em di-versas DRs do Brasil, e que animaram os tra-balhadores do país, não serviram para colocar o Sintect-DF na rota das mobilizações e piquetes, muito pelo contrário, quanto mais se apro-fundava a greve, mais o sindicato se colocava contra a luta organizada dos ecetistas.

A base do DF reclama com toda razão. A greve se faz, especialmente, com piquetes, atos na-cionais, atos com outras categorias, participação em marchas, fechamen-to de vias públicas, en-fim, tudo o que for pre-ciso para o atendimento das justas reivindicações dos trabalhadores dos Correios.

Boletim Ecetistas em Luta - edição Brasília - nº 92, sexta-feira, 11 de outubro de 2013 2