boletim de vigilância epidemiológica da gripe · 2 vigilância laboratorial diagnóstico do...

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1 Vigilância clínica Taxa de incidência de SG A taxa de incidência de síndroma gripal (SG) foi de 48,8 por 100.000 habitan- tes. 2 Vigilância laboratorial Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios Caraterização do vírus da gripe Na semana 2 foram predominantemente detetados em circulação os vírus da gripe dos subtipos tipos A(H1)pdm09 e A(H3). Verificou-se um aumento do número de vírus da gripe detetados desde a semana 51/2018. 3 Severidade Internamentos por gripe em UCI Foram reportados 13 casos de gripe pelas 25 Unidades de Cuidados Intensivos que enviaram informação, tendo sido identificado o vírus Influenza A em 12: 3 A(H1N1), 1 A(H3N2) e 8 não subtipados (num caso não há informação). Foram ainda reportados 3 casos de gripe pela Enfermaria Pediátrica que colabora na vigilância, tendo sido identificado o vírus A(H1N1) em todos. 4 Impacte Mortalidade por todas as causas Mortalidade com valores de acordo com o esperado. 5 Monitorização da temperatura ambiente, taxa de incidência de SG e mortalidade O valor médio da temperatura mínima do ar na semana 2 de 2019 foi de 1,04°C, a que correspondeu uma anomalia de -3,50°C relativamente ao valor normal 1971-2000 para o mês de janeiro. 6 Situação internacional Na semana 1/2019 a atividade gripal na europa manteve uma tendência cres- cente. Co-circulação dos vírus do subtipos A(H1N1)pdm09 e A(H3N2). Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 2018/2019 Semana 02 | 7 jan a 13 jan 2019 Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge Av. Padre Cruz | 1649-016 Lisboa | Portugal Tel.: +351 217 519 200 | Fax: +351 217 526 400 [email protected] www.insa.pt EDITOR: Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge I.P. | PERIODICIDADE: semanal | ACESSO: www.insa.pt COLABORADORES: Direção- Geral da Saúde, Instituto dos Registos e Notariado, Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, Institut o Portu- guês do Mar e da Atmosfera, Rede Médicos-Sentinela, Serviços de Urgência/Obstetrícia, Rede Nacional de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe, Rede de Hospitais para a Vigilância Clínica e Laboratorial em Unidades de Cuidados Intensivos. Departamento de Epidemiologia Unidade de Observação em Saúde e Vigilância Epidemiológica Tel.: +351 217 526 488 Departamento de Doenças Infeciosas Laboratório Nacional de Referência da Gripe e outros Vírus Respiratórios Tel.: +351 217 526 455 ISSN: 2183-7392 Data de publicação: 18/01/2019 Atividade gripal epidémica Tendência estável Resumo Sumário PORTUGAL Dados disponíveis à data da publicação passíveis de alterações em edições posteriores. 1

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Page 1: Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe · 2 Vigilância laboratorial Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios Caraterização do vírus da gripe Na

1 Vigilância clínica

Taxa de incidência de SG

■ A taxa de incidência de síndroma gripal (SG) foi de 48,8 por 100.000 habitan-

tes.

2 Vigilância laboratorial

Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios

Caraterização do vírus da gripe

■ Na semana 2 foram predominantemente detetados em circulação os vírus da

gripe dos subtipos tipos A(H1)pdm09 e A(H3). Verificou-se um aumento do

número de vírus da gripe detetados desde a semana 51/2018.

3 Severidade

Internamentos por gripe em UCI

■ Foram reportados 13 casos de gripe pelas 25 Unidades de Cuidados Intensivos

que enviaram informação, tendo sido identificado o vírus Influenza A em 12: 3

A(H1N1), 1 A(H3N2) e 8 não subtipados (num caso não há informação). Foram

ainda reportados 3 casos de gripe pela Enfermaria Pediátrica que colabora na

vigilância, tendo sido identificado o vírus A(H1N1) em todos.

4 Impacte

Mortalidade por todas as causas

■ Mortalidade com valores de acordo com o esperado.

5 Monitorização da temperatura ambiente, taxa de incidência de SG e mortalidade

■ O valor médio da temperatura mínima do ar na semana 2 de 2019 foi de

1,04°C, a que correspondeu uma anomalia de -3,50°C relativamente ao valor

normal 1971-2000 para o mês de janeiro.

6 Situação internacional ■ Na semana 1/2019 a atividade gripal na europa manteve uma tendência cres-

cente. Co-circulação dos vírus do subtipos A(H1N1)pdm09 e A(H3N2).

Boletim de Vigilância

Epidemiológica da Gripe

Época 2018/2019 Semana 02 | 7 jan a 13 jan 2019

Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge

Av. Padre Cruz | 1649-016 Lisboa | Portugal

Tel.: +351 217 519 200 | Fax: +351 217 526 400

[email protected] www.insa.pt

EDITOR: Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge I.P. | PERIODICIDADE: semanal | ACESSO: www.insa .p t

COLABORADORES: Direção-Geral da Saúde, Instituto dos Registos e Notariado, Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, Institut o Portu-

guês do Mar e da Atmosfera, Rede Médicos-Sentinela, Serviços de Urgência/Obstetrícia, Rede Nacional de Laboratórios para o Diagn óstico da Gripe, Rede

de Hospitais para a Vigilância Clínica e Laboratorial em Unidades de Cuidados Intensivos.

Departamento de Epidemiologia Unidade de Observação em Saúde e Vigi lância Epidemiológica Tel.: +351 217 526 488

Departamento de Doenças Infeciosas Laboratório Nacional de Referência da Gripe e outros Vírus Respiratórios Tel.: +351 217 526 455

ISSN: 2183-7392

Data de publicação: 18/01/2019

Atividade gripal epidémica Tendência estável

Resumo

Sumário

P O R T U G A L

Dados disponíveis à data da publicação passíveis de alterações em edições posteriores.

1

Page 2: Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe · 2 Vigilância laboratorial Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios Caraterização do vírus da gripe Na

Tabela 1 — Número de casos, taxa de incidência de síndroma gripal e população sob observação semanal.

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

Ins ti tu to Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I .P .

Vigilância clínica

Na semana 2/2019 estimou-se uma taxa de incidência de síndroma gripal de 48,8 por cada 100.000 habitantes.

Taxa de incidência de síndroma gripal REDE MÉDICOS-SENTINELA

Figura 1 — Evolução da taxa de incidência semanal provisória de síndroma gripal (SG).

Número de casos de síndroma gripal 27

Taxa de incidência semanal provisória 48,8/105

População sob observação 55.285

2 Época 2018/2019 Semana 2 | 7 a 13 jan 2019

0

30

60

90

120

150

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30

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19

16

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19

18

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19

20

/20

19

22

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26

/20

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28

/20

19

30

/20

19

32

/20

19

34

/20

19

36

/20

19

38

/20

19

40

/20

19

42

/20

19

44

/20

19

46

/20

19

Área de atividade basal

Taxa de incidência SG (2017/2018)

Taxa de incidência SG (2018/2019)

Época de Gripe Sazonal

Taxa

de

inci

dên

cia

de

SG /

10

5h

ab

itan

tes

Ausência de atividade

Atividade moderada

Atividade baixa

IC97.5

Semanas

Taxa

de

inci

dên

cia

de

SG /

10

5h

ab

itan

tes

Atividade muito elevada

Ausência de atividade

Atividade moderada

Atividade baixa

Atividade elevada

IC40

IC90

Semanas

Page 3: Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe · 2 Vigilância laboratorial Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios Caraterização do vírus da gripe Na

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

Ins ti tu to Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I .P .

Vigilância clínica

Na semana 2/2019 o número de consultas por síndrome gripal registadas em cuidados de saúde primá-rios manteve uma tendência crescente na maioria das regiões de saúde. Salienta-se a maior procura de cuidados por síndrome gripal nas regiões de LVT e Centro.

Consultas por síndroma gripal em cuidados de saúde primários

3

Figura 2— Número de consultas por síndrome gripal registadas em cuidados de saúde primários em Portugal Conti-nental e por regiões de saúde. Nota: O eixo dos yy dos gráficos têm diferentes escalas para permitir visualizar as curvas das regiões com menor número de consultas.

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

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16000

18000

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52/2

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2019

6/20

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2019

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46/2

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Portugal Continental

Semanas

Co

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0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

9000

10000

25/2

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28/2

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30/2

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32/2

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34/2

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36/2

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38/2

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40/2

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42/2

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44/2

018

46/2

018

48/2

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50/2

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52/2

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2/20

194/

2019

6/20

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2019

10/2

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20/2

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40/2

019

42/2

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44/2

019

46/2

019

Norte Área de atividade basalConsultas SG (2017/2018)Consultas SG (2018/2019)

Semanas

Co

nsu

ltas

0

1000

2000

3000

4000

5000

25/2

018

28/2

018

30/2

018

32/2

018

34/2

018

36/2

018

38/2

018

40/2

018

42/2

018

44/2

018

46/2

018

48/2

018

50/2

018

52/2

018

2/20

194/

2019

6/20

198/

2019

10/2

019

12/2

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16/2

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18/2

019

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32/2

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019

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46/2

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Centro

Semanas

Co

nsu

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0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

25/2

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018

32/2

018

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38/2

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40/2

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46/2

018

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50/2

018

52/2

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2/20

194/

2019

6/20

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Lisboa e Vale do Tejo

Semanas

Co

nsu

ltas

0

250

500

750

1000

1250

1500

1750

2000

25/2

018

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36/2

018

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40/2

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018

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018

46/2

018

48/2

018

50/2

018

52/2

018

2/20

194/

2019

6/20

198/

2019

10/2

019

12/2

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019

16/2

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20/2

019

22/2

019

24/2

019

26/2

019

28/2

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30/2

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32/2

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34/2

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36/2

019

38/2

019

40/2

019

42/2

019

44/2

019

46/2

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Alentejo

Co

nsu

ltas

IC97,5

Semanas

IC40

IC90

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

25/2

018

28/2

018

30/2

018

32/2

018

34/2

018

36/2

018

38/2

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40/2

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46/2

018

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50/2

018

52/2

018

2/20

194/

2019

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198/

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26/2

019

28/2

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30/2

019

32/2

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34/2

019

36/2

019

38/2

019

40/2

019

42/2

019

44/2

019

46/2

019

Algarve

IC97,5

Semanas

IC40

IC90Co

nsu

ltas

IC97,5IC97,5

IC97,5IC97,5

IC90

IC90

IC90

IC90

IC40

IC40

IC40

IC40

Época 2018/2019 Semana 2 | 7 a 13 jan 2019

Page 4: Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe · 2 Vigilância laboratorial Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios Caraterização do vírus da gripe Na

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

Ins ti tu to Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I .P .

Vigilância clínica

Na semana 2/2019 o número de consultas por síndrome gripal registadas em cuidados de saúde primá-rios registou uma tendência crescente em todos os grupos etários. Os grupos acima dos 18 anos de ida-des são aqueles em que se registou maior procura de cuidados por síndrome gripal.

Consultas por síndroma gripal em cuidados de saúde primários

4

0

150

300

450

600

750

900

1050

1200

1350

1500

25/2

018

28/2

018

30/2

018

32/2

018

34/2

018

36/2

018

38/2

018

40/2

018

42/2

018

44/2

018

46/2

018

48/2

018

50/2

018

52/2

018

2/20

194/

2019

6/20

198/

2019

10/2

019

12/2

019

14/2

019

16/2

019

18/2

019

20/2

019

22/2

019

24/2

019

26/2

019

28/2

019

30/2

019

32/2

019

34/2

019

36/2

019

38/2

019

40/2

019

42/2

019

44/2

019

46/2

019

≤ 5 anos

IC97,5

Semanas

IC40

IC90

Co

nsu

ltas

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

25/2

018

28/2

018

30/2

018

32/2

018

34/2

018

36/2

018

38/2

018

40/2

018

42/2

018

44/2

018

46/2

018

48/2

018

50/2

018

52/2

018

2/20

194/

2019

6/20

198/

2019

10/2

019

12/2

019

14/2

019

16/2

019

18/2

019

20/2

019

22/2

019

24/2

019

26/2

019

28/2

019

30/2

019

32/2

019

34/2

019

36/2

019

38/2

019

40/2

019

42/2

019

44/2

019

46/2

019

6 aos 18 anos

IC97,5

Semanas

IC40

IC90

Co

nsu

ltas

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

25/2

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28/2

018

30/2

018

32/2

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018

36/2

018

38/2

018

40/2

018

42/2

018

44/2

018

46/2

018

48/2

018

50/2

018

52/2

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2/20

194/

2019

6/20

198/

2019

10/2

019

12/2

019

14/2

019

16/2

019

18/2

019

20/2

019

22/2

019

24/2

019

26/2

019

28/2

019

30/2

019

32/2

019

34/2

019

36/2

019

38/2

019

40/2

019

42/2

019

44/2

019

46/2

019

≥ 65 anos

IC97,5

Semanas

IC40

IC90

Co

nsu

ltas

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

9000

10000

11000

12000

25/2

018

28/2

018

30/2

018

32/2

018

34/2

018

36/2

018

38/2

018

40/2

018

42/2

018

44/2

018

46/2

018

48/2

018

50/2

018

52/2

018

2/20

194/

2019

6/20

198/

2019

10/2

019

12/2

019

14/2

019

16/2

019

18/2

019

20/2

019

22/2

019

24/2

019

26/2

019

28/2

019

30/2

019

32/2

019

34/2

019

36/2

019

38/2

019

40/2

019

42/2

019

44/2

019

46/2

019

19 aos 64 anos

IC97,5

Semanas

IC40

IC90

Co

nsu

ltas

Figura 3— Número de consultas por síndrome gripal registadas em cuidados de saúde primários por grupo etário, em Portugal Continental. Nota: O eixo dos yy dos gráficos têm diferentes escalas para permitir visualizar as curvas dos grupos etários com menor número de consultas.

Época 2018/2019 Semana 2 | 7 a 13 jan 2019

Page 5: Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe · 2 Vigilância laboratorial Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios Caraterização do vírus da gripe Na

Negativos143; 43%

Gripe96; 29%

Outros Vírus

Respirat.91; 28%

n=330

Ins ti tu to Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I .P .

Vigilância laboratorial

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios

REDE MÉDICOS-SENTINELA/EuroEVA | REDE DE SERVIÇOS DE URGÊNCIA/OBSTETRÍCIA

5

Figura 5 — Número e percentagem dos casos de síndroma gripal (SG) positivos para vírus da gripe e outros vírus res-piratórios detetados na época 2018/2019.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

70

35

/20

18

36

/20

18

37

/20

18

38

/20

18

39

/20

18

40

/20

18

41

/20

18

42

/20

18

43

/20

18

44

/20

18

45

/20

18

46/2

018

47/2

018

48/2

018

49/2

018

50/2

018

51

/20

18

52

/20

18

1/20

19

2/20

19

3/20

19

4/20

19

5/20

19

6/20

19

7/20

19

8/20

19

9/20

19

10

/20

19

11

/20

19

12

/20

19

13/2

019

14/2

019

15/2

019

16/2

019

17/2

019

18

/20

19

19

/20

19

20

/20

19

21

/20

19

SG negativos

SG positivos para vírus respiratórios

SG positivos para gripe

Cas

os

SG(n

)

Semanas 2018/19

Figura 4 — Distribuição semanal de casos de síndroma gripal (SG) positivos para vírus da gripe e outros vírus respira-tórios detetados na época 2018/2019.

Época 2018/2019 Semana 2 | 7 a 13 jan 2019

No âmbito do Programa Nacional de Vigilância da Gripe, foram analisados no Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios, 330 casos de síndroma gripal (SG), dos quais 96 (29%) são positivos para o vírus da gripe.

Na semana 2/2019 foram analisados 43 casos SG, dos quais 16 foram positivos para o vírus da gripe.

Desde o início da época, foram detetados outros vírus respiratórios em 28% dos casos de SG: rinovírus (42), coronavírus (27), vírus parainfluenza (11), infecções mistas (6), vírus sincicial respiratório (4) e adenovírus (1).

Page 6: Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe · 2 Vigilância laboratorial Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios Caraterização do vírus da gripe Na

A(H1)pdm0948; 50%

A(H3)46; 48%

B/Yam2; 2%

n=96

Ins ti tu to Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I .P .

Vigilância laboratorial

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe 6

Figura 6— Número e percentagem dos casos positivos para vírus da gripe detetados na época 2018/2019, por tipo/subtipo.

0

20

40

60

80

100

0

20

40

60

40/2

017

42/2

017

44/2

017

46/2

017

48/2

017

50/2

017

52/2

017

2/20

18

4/20

18

6/20

18

8/20

18

10/2

018

12/2

018

14/2

018

16/2

018

18/2

018

20/2

018

22/2

018

24/2

018

26/2

018

31/2

018

33/2

018

35/2

018

37/2

018

39/2

018

41/2

018

43/2

018

45/2

018

47/2

018

49/2

018

51/2

018

1/20

19

3/20

19

5/20

19

7/20

19

9/20

19

11/2

019

13/2

019

15/2

019

17/2

019

19/2

019

Vírus da gripe B (Victoria)

Vírus da gripe B (Yamagata)

Vírus da gripe B

Vírus da gripe A(H3)

Vírus da gripe A(H1)pdm09

% positivos para gripe

Cas

os

po

siti

vos

par

a gr

ipe

(%)

Cas

os

po

siti

vos

par

a gr

ipe

(n)

Semanas 2018/19

Figura 5 — Distribuição semanal e percentagem de casos positivos para o vírus da gripe nas épocas 2017/2018 e 2018/2019.

Na semana 2/2019 foram analisados 43 casos SG, dos quais 16 foram positivos para o vírus da gripe: 10 vírus A(H1)pdm09 e 6 A(H3).

Até à semana 2/2019 foram analisados 330 casos SG, dos quais 96 são positivos para o vírus da gripe: 48 do subtipo A(H1)pdm09, 46 do subtipo A(H3) e 2 do tipo B (linhagem Yamagata).

Época 2018/2019 Semana 2 | 7 a 13 jan 2019

Diagnóstico do vírus da gripe

REDE MÉDICOS-SENTINELA/EuroEVA | REDE DE SERVIÇOS DE URGÊNCIA/OBSTETRÍCIA

Page 7: Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe · 2 Vigilância laboratorial Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios Caraterização do vírus da gripe Na

RSV4; 4%

hRV42; 46%

PIV11; 12%

AdV1; 1%

hCoV27; 30%

IM6; 7%

n=91

Ins ti tu to Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I .P .

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe 7

Figura 8- Número e percentagem de casos positivos para outros vírus respiratórios detetados na época 2018/2019.

Figura 7 — Distribuição semanal de casos positivos para outros vírus respiratórios (VR) detetados na época 2018/2019.

Vigilância laboratorial

Diagnóstico de outros vírus respiratórios

REDE MÉDICOS-SENTINELA/EuroEVA | REDE DE SERVIÇOS DE URGÊNCIA/OBSTETRÍCIA

Nota: AdV—adenovírus; hRV-Rinovirus Humano; hCoV - Coronavírus Humano; RSV-Vírus sincicial respiratório; PIV-Parainfluenza; hMPV-Metapneumovirus Humano; IM - Infeção mista.

0

2

4

6

8

10

12

14

16

35

/20

18

36

/20

18

37

/20

18

38/2

018

39

/20

18

40/2

018

41

/20

18

42/2

018

43

/20

18

44

/20

18

45

/20

18

46

/20

18

47

/20

18

48

/20

18

49/2

018

50

/20

18

51/2

018

52

/20

18

1/20

19

2/20

19

3/20

19

4/20

19

5/20

19

6/20

19

7/20

19

8/20

19

9/20

19

10/2

019

11

/20

19

12/2

019

13

/20

19

14

/20

19

15

/20

19

16

/20

19

17

/20

19

18

/20

19

19/2

019

20

/20

19

Outros VR

hCoV

hRV

Cas

os

po

siti

vos

par

a o

utr

os

VR

(n

)

Semanas 2018/19

Época 2018/2019 Semana 2 | 7 a 13 jan 2019

Desde o início da época de vigilância foram detetados outros vírus respiratórios em 91 casos de SG: 42 rinovírus (hRV), 27 coronavírus (hCoV), 11 vírus parainfluenza (PIV), 6 infecções mistas (IM), 4 vírus sincicial respiratório (RSV) e 1 adenovírus (AdV).

Page 8: Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe · 2 Vigilância laboratorial Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios Caraterização do vírus da gripe Na

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

39

/201

8

40

/201

8

41

/201

8

42

/201

8

43

/201

8

44

/201

8

45

/201

8

46

/201

8

47

/201

8

48

/201

8

49

/201

8

50

/201

8

51

/201

8

52

/201

8

1/2

019

2/2

019

3/2

019

4/2

019

5/2

019

6/2

019

7/2

019

8/2

019

9/2

019

10

/201

9

11

/201

9

12

/201

9

13

/201

9

14

/201

9

15

/201

9

16

/201

9

17

/201

9

18

/201

9

19

/201

9

20

/201

9

21

/201

9

22

/201

9

23

/201

9

24

/201

9

Bocavirus

Metapneumovirus

Coronavirus

RSV

Infecções Mistas

Bacteria

Adenovirus

Parainfluenza

Picornavirus (hRV/hEV/hPeV)

Semanas 2018/19

Cas

os

po

siti

vos

par

a o

utr

os

AR

n=818

Ins ti tu to Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I .P .

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe 8

Vigilância laboratorial

Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios

HOSPITAIS /REDE PORTUGUESA DE LABORATÓRIOS PARA O DIAGNÓSTICO DA GRIPE

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

550

600

650

700

750

800

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

220

240

37/2

018

38/2

018

39/2

018

40/2

018

41/2

018

42/2

018

43/2

018

44/2

018

45/2

018

46/2

018

47/2

018

48/2

018

49/2

018

50/2

018

51/2

018

52/2

018

1/20

19

2/20

19

3/20

19

4/20

19

5/20

19

6/20

19

7/20

19

8/20

19

9/20

19

10/2

019

11/2

019

12/2

019

13/2

019

14/2

019

15/2

019

16/2

019

17/2

019

18/2

019

19/2

019

20/2

019

21/2

019

22/2

019

23/2

019

Infecções Mistas

C

B

A NS

A(H3)

A(H1)pdm09

Casos SG reportados

Semanas 2018/2019

Cas

os

po

siti

vos

par

a gr

ipe

(n)

Cas

os

SG r

epo

rtad

os

(n

)

n=4120

A Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe conta na época de 2018/2019 com a par-

ticipação de 18 laboratórios, localizados em hospitais do continente e regiões autónomas da Madeira e

dos Açores, assegura a deteção e caraterização dos vírus da gripe e outros vírus respiratórios que podem

estar associados a casos de infeção respiratória grave.

Na época 2018/2019, os laboratórios da Rede notificaram 4120 casos de SG, dos quais 614 positivos para

o vírus da gripe: 607 do tipo A [232 do subtipo A(H1)pdm09, 156 do subtipo A(H3) e 219 vírus A não subti-

pados]; 7 do tipo B. Na semana 2/2019 foram detetados 43 vírus A(H1)pdm09, 45 A(H3), 113 vírus A não

subtipados e 3 vírus do tipo B.

Foram também identificados outros agentes respiratórios em 818 casos de SG. O RSV e os Picornavírus

são os agentes mais frequentemente detetados desde o início da época.

Época 2018/2019 Semana 2 | 7 a 13 jan 2019

Figura 9— Distribuição semanal de casos positivos para o vírus da gripe detetados na época 2018/2019, pela Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe (Hospitais).

Figura 10 — Distribuição semanal de casos positivos para outros agentes respiratórios (AR) detetados na época 2018/2019, pela Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe (Hospitais).

Page 9: Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe · 2 Vigilância laboratorial Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios Caraterização do vírus da gripe Na

0

2

4

6

8

10

12

14

16

40 45 50 03 08 13 18 42 47 52 05 10 15 20 44 49 02 07 12 17 41 46 51 03 08 13 18 42 47 52 05 10 15 42 47 52 05 10 15 20 40 45 50

2016-20172012-2013 2013-2014 2014-2015 2015-2016Semanas

%

2017-2018

Proporção de doentes com gripe em UCI

2018-2019

40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Total

Nº de casos de gripe

0 0 0 1 0 0 0 0 2 0 1 2 7 7 13 33

Nº de hospitais 20 19 20 21 21 21 18 16 22 19 20 20 20 21 21 -

Nº de UCI 24 28 28 30 30 29 25 23 30 26 28 27 25 27 25 -

Nº de Admissões na UCI

191 229 208 223 245 242 204 200 273 224 209 236 215 204 237 -

Proporção de doentes com

gripe em UCI

0,0 0,0 0,0 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,7 0,0 0,5 0,8 3,3 3,4 5,5 -

Tabela 2— Nº de casos de gripe, Hospitais e UCI, que reportaram admissões em UCI, por todas as causas e proporção (%) de doentes com gripe em UCI, por semana, na época 2018/2019.

Ins ti tu to Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I .P .

Severidade

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

Internamentos por gripe em Unidades de Cuidados intensivos REDE DE HOSPITAIS PARA A VIGILÂNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL EM UNIDADES DE CUIDADOS INTENSIVOS

Informação da responsabilidade da Direção-Geral da Saúde. [email protected].

9

Foram reportados 13 casos de gripe pelas 25 Unidades de Cuidados Intensivos que enviaram informação.

Em relação aos 12 casos sobre os quais foi possível obter informação adicional verificou-se que 6(50%)

eram homens; 6(50%) tinham 65 e mais anos; 5(42%) entre 35 e 64 anos e 1(8%) entre 5 e 9 anos. O esta-

do vacinal é conhecido em 5 doentes, 2 (40%) dos quais estavam vacinados contra a gripe sazonal. Verifi-

cou-se que 9(75%) doentes tinham doença crónica. Foi reportado 1 caso numa grávida, vacinada.

Desde o início da época, foram reportados 33 casos de gripe. Em relação aos 32 doentes sobre os quais foi

possível obter informação adicional verificou-se que 19(61%) eram homens; 17(55%) tinham 65 ou mais

anos de idade; 23(77%) tinham doença crónica subjacente; foi reportado 1 caso numa grávida. O estado

vacinal é conhecido em 15 casos, 4(27%) dos quais estavam vacinados contra a gripe sazonal. Foi identifi-

cado o vírus Influenza A em todos (32) os doentes: 14(44%) com A(H1N1), 8(25%) com A(H3N2) e 10(31%)

não subtipados. Foram reportados 7 óbitos.

Nota: Considerando o reduzido número de casos, os resultados deverão ser interpretados com cautela.

Época 2018/2019 Semana 2 | 7 a 13 jan 2019

Figura 11 - Evolução semanal da proporção (%) de doentes com gripe em Unidades de Cuidados Intensivos desde a época

Page 10: Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe · 2 Vigilância laboratorial Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios Caraterização do vírus da gripe Na

Ins ti tu to Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I .P .

Severidade

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

Informação da responsabilidade da Direção-Geral da Saúde. [email protected].

10

44 45 46 47 48 49 50 51 52 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Total

Nº de casos de gripe

0 0 1 0 0 0 1 1 2 5 3 13

Nº de hospi-tais

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 -

Nº de Enfer-marias

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 -

Nº de admis-sões em Enfermaria

8 9 9 10 10 9 12 8 4 10 11 -

Proporção de doentes com gripe em Enfermaria

0,0 0,0 11,1 0,0 0,0 0,0 8,3 12,5 50,0 50,0 27,3 -

Tabela 3— Número de casos de gripe, número de Hospitais e Enfermarias que reportaram, número de admissões em Enfer-marias por todas as causas, e proporção (%) de doentes com gripe em Enfermarias, por semana na época 2018/2019.

Internamentos por gripe em Enfermaria

Na semana 2/2019 foram reportados 3 casos de gripe pela Enfermaria Pediátrica que colabora na vigi-lância, 2 com idade entre 1 e 4 anos e outro entre 5 e 9 anos, tendo sido identificado o vírus A(H1N1) em todos. A proporção de casos com gripe admitidos na Enfermaria foi de 27,3%. Desde o início da época foram reportados 13 casos de gripe. Verificou-se que 7(54%) tinham idade entre 1 e 4 anos; 3(23%) entre 5 e 9 anos; 2(15%) crianças tinham menos de 1 ano de idade; e 1(8%) com 15 anos; 4(30%) tinham doença crónica subjacente. Uma (25%) das crianças com doença crónica estava vacinada (esquema incompleto) contra a gripe. Foi identificado o vírus A(H1N1) em 11(85%) doentes e o A(H3N2) em 2(15%).

Nota : Considerando o reduzido número de casos, os resultados deverão ser interpretados com cautela.

Época 2018/2019 Semana 2 | 7 a 13 jan 2019

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Ins ti tu to Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I .P .

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

Figura 13 — Evolução semanal do número de óbitos por todas as causas, desde a semana 40 de 2017.

Impacte

Mortalidade por todas as causas SISTEMA DA VIGILÂNCIA DIÁRIA DA MORTALIDADE | INSTITUTO DOS REGISTOS E NOTARIADO |

INSTITUTO DE GESTÃO FINANCEIRA E EQUIPAMENTOS DA JUSTIÇA

11

Figura 12— Evolução semanal do número de óbitos por todas as causas, taxa de incidência semanal provisória de sín-

droma gripal por 105

habitantes e vírus predominante por época gripal, desde a semana 40 de 2007.

Época 2018/2019 Semana 2 | 7 a 13 jan 2019

Mortalidade observada com valores de acordo com o esperado, embora com tendência crescente.

0

500

1000

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3500

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20

19

Ób

ito

s (n

)

Semana

Linha de base

Limite de confiança 95% da linha de base

Óbitos

À data de emissão deste boletim a informação relativa aos óbitos não se encontra atualizada.

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53/2

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019

Taxa

de

inci

dênc

ia d

e SG

/10

5ha

bita

ntes

Óbi

tos

(n)

Semana

Óbitos Linha de base Limite de confiança 95% da linha de base Taxa de incidência

A(H1)pdm09/B

A(H3) A(H1)pdm09A(H3)

B/A(H1)

B/A(H1)pdm09

A(H1)pdm09/A(H3)

A(H1)pdm09

B/A(H3)

A(H3)

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Monitorização da temperatura ambiente, taxa de

incidência de síndrome gripal e mortalidade

Ins ti tu to Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I .P . Ins ti tu to Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I .P .

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe 12

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), no mês de dezembro, o valor médio

da temperatura mínima de 5,96 °C foi próximo do valor normal.

O valor médio da temperatura mínima do ar na semana 2/2019 foi de 1,04°C, a que correspondeu uma

anomalia de -3,50°C relativamente ao valor normal 1971-2000 para o mês de janeiro. De destacar, desde

o início do ano, a persistência de noites frias com valores de temperatura mínima muito abaixo do normal.

REDE MÉDICOS-SENTINELA | INSTITUTO PORTUGUÊS DO MAR E DA ATMOSFERA |

SISTEMA DA VIGILÂNCIA DIÁRIA DA MORTALIDADE

Figura 14— Evolução semanal do número de óbitos por todas as causas, temperatura mínima média (Continente) e taxa de incidência semanal provisória de síndroma gripal (SG) por 105 habitantes na época 2018/2019.

Época 2018/2019 Semana 2 | 7 a 13 jan 2019

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Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe 13

Na semana 1/2019, 43 países ou regiões reportaram dados de atividade gripal. Doze países referiram

atividade gripal abaixo da linha de base, 28 reportaram atividade gripal de baixa intensidade, 2 atividade

gripal moderada e um país reportou atividade gripal elevada. No que se refere à dispersão geográfica, 5

países ou regiões reportaram ausência de atividade gripal, 15 atividade gripal esporádica, 5 atividade

regional e 9 atividade gripal disseminada.

Na semana 1/2019, 605 (44,6 %) das 1.356 amostras-sentinela testadas foram positivas para o vírus da

gripe, a maioria dos quais (98,5 %) eram do tipo A. Dos 346 vírus subtipados, 52% eram do subtipo A

(H3N2) e 48% do tipo A(H1N1)pdm09. Desde o início da época foram identificados mais casos por vírus

do tipo A (98,4 %) do que por vírus do tipo B (1,6 %). Dos casos subtipados, 53,4% eram do subtipo A

(H1N1)pdm09 e 47% do subtipo A(H3N2). Dos 12 casos por vírus do tipo B a que foi possível atribuir uma

linhagem, 9 eram B/Yamagata e 3 B/Victoria.

Na semana 1/2019, 1.356 amostras não-sentinela (num total de 13.201) foram positivas para o vírus da

gripe. Destas 98,5% era do tipo A e 1,5 % do tipo B. Das amostras referentes aos casos por vírus do tipo A

subtipadas 52,0 % pertencia ao subtipo A(H3N2). Nenhum vírus do tipo B foi atribuído a qualquer linha-

gem.

Desde a semana 40/2018 foram caraterizados geneticamente 215 vírus, dos quais 151 eram casos por

vírus do subtipo A(H1N1)pdm09 pertencentes ao grupo genético 6B.1 (A/Michigan/45/2015) e 62 eram

casos por vírus do subtipo A(H3) e 2 casos do tipo B. Do total de vírus do tipo A(H3) caraterizados, 44

pertenciam ao grupo genético A/Alsace/1746/2018 (3C.2a1b), 3 pertenciam ao grupo genético A/

Switzerland/8060/2017 (3C.2a2), 4 pertenciam ao grupo genético A/Cote d’Ivoire/544/2016 (3C.2a3), 8

pertenciam ao grupo genético A/England/538/2018 (3C.3a), e 3 vírus pertenciam um grupo genético não

listado. Apenas 14 vírus A(H3N2) foram caracterizados antigenicamente, os mais recentes mostram ser

antigenciamente semelhantes ao vírus A/Singapore/INFIMH-16-0019/2016 que está contemplado na

vacina para o hemisfério norte.

Um caso por vírus B/Yamagata foi caraterizado como pertencente ao grupo genético B/

Phuket/3073/2013 e um vírus do tipo B/Victoria foi caraterizado como pertencente ao grupo genético B/

Brisbane/60/2008.

Desde a semana 40/2018 foi testada a suscetibilidade aos inibidores da neuraminidase em 160 casos

[131 (AH1N1)pdm09; 27 A(H3N2) e 2 casos por vírus do tipo B]. Um vírus do subtipo (AH1N1)pdm09 e

um vírus do tipo B mostraram uma redução da inibição pelos inibidores da neuraminidase.

Na semana 1/2019 foram reportados 252 casos de gripe internados em unidades de cuidados intensivos

(UCI) e 156 casos de gripe internados noutras enfermarias. A maioria dos casos internados por gripe que

foram subtipados desde o início da época, quer em UCI quer em outras enfermarias, pertence ao subtipo

A(H1N1)pdm09 e os doentes tinham entre 15 e 64 anos de idade.

A mortalidade por todas as causas manteve-se dentro dos valores esperados para a época do ano, nos

21 países que reportaram dados ao projeto EuroMOMO.

Informações disponíveis em: http://flunewseurope.org/

Situação internacional: Europa

Época 2018/2019 Semana 2 | 7 a 13 jan 2019

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Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe 14

Situação internacional: Europa

Figura 15 — Intensidade da atividade gripal na Europa, semana 1/2019.

Fonte: Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças e Organização Mundial de Saúde

Nota: A informação da situação internacional à data da publicação deste boletim é referente à semana anterior.

Época 2018/2019 Semana 2 | 7 a 13 jan 2019

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Nota metodológica

Em Portugal, o sistema de vigilância da gripe é composto pelas

seguintes redes:

■ Rede Médicos-Sentinela;

■ Serviços de Urgência /Obstetrícia;

■ Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico do

Vírus da Gripe;

■ Unidades de Cuidados Intensivos;

Este programa tem início no princípio de outubro, termina em maio

do ano seguinte e integra componentes clínicas e laboratoriais

Na presente época, o Sistema de Nacional de Vigilância da Gripe foi

ativado em outubro de 2018, na semana 40 e funcionará até à

semana 20, em maio de 2019. A componente clínica deste sistema

manter-se-á ativa durante todo o ano de 2019.

Parte da informação resultante da vigilância é semanalmente

publicada, à quinta-feira, no presente boletim, publicado pelo

Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e basea-

do no conjunto de dados e informações gerados pelos 7 compo-

nentes descritos a seguir, sumariamente.

Fontes de informação e indicadores produzidos

Fontes Indicadores

Rede Médicos-Sentinela

Taxa de incidência de síndroma gripal na população geral, identificação e

caraterização laboratorial dos vírus da gripe em circulação (análise

antigénica, genética e de suscetibilidade aos antivirais)

Serviços de Urgência/Obstetrícia Identificação e caraterização laboratorial dos vírus da gripe em circulação

(análise antigénica, genética e de suscetibilidade aos antivirais)

Rede Nacional de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe

Vigilância Laboratorial Resistência do vírus da gripe aos antivirais por tipo e subtipo

Rede de Hospitais para a Vigilância Clínica e Laboratorial em Unidades de Cuidados Intensivos

Caraterização epidemiológica e laboratorial dos casos de infeção

respiratória admitidos em Unidades de Cuidados Intensivos

Vigilância Diária da Mortalidade Evolução do número de óbitos por semana, em Portugal

SIM@SNS Número de consultas por síndrome gripal registadas em cuidados de

saúde primários

Rede Médicos-Sentinela

A Rede Médicos-Sentinela (MS) é um sistema de informação em

saúde constituído por cerca de 123 Médicos de Família, distribuí-

dos pelo território do Continente e Regiões Autónomas, cuja

atividade profissional é desempenhada em Unidades de Saúde

Familiar (USF) ou Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados

(UCSP).

A participação destes médicos é voluntária e consiste na notifica-

ção semanal, para o Departamento de Epidemiologia do INSA,

dos novos casos de síndroma gripal (numerador para o cálculo da

taxa de incidência) que ocorreram nos utentes inscritos das res-

petivas listas (componente clínica do sistema de vigilância);

simultaneamente, enviam para o laboratório, exsudados nasofa-

ríngeos de doentes com suspeita de gripe, para identificação e

tipificação dos vírus (componente laboratorial).

As estirpes do vírus da gripe isoladas são caraterizadas antigénica

e geneticamente, permitindo avaliar a sua semelhança com as

estirpes vacinais e ainda monitorizar a ocorrência de mutações.

A população sob vigilância é constituída pelo somatório dos

utentes inscritos nas listas dos MS que estiveram “ativos” em

determinada semana, i.e., que reportaram, pelo menos, 1 caso

de doença ou que informaram explicitamente não terem casos

para reportar.

Definição de caso:

Síndroma gripal (usada pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC):

Início súbito,

+ 1 dos seguintes sintomas sistémicos:

■ Febre ou febrícula,

■ Mal-estar, debilidade, prostração,

■ Cefaleia,

■ Mialgias ou dores generalizadas.

+ 1 dos seguintes sintomas respiratórios:

■ Tosse,

■ Dor de garganta ou inflamação da mucosa nasal ou

faríngea sem sinais respiratórios relevantes,

■ Dificuldade respiratória.

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe 15 Época 2018/2019 Semana 2 | 7 a 13 jan 2019

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Serviços de Urgência/Obstetrícia

A Rede dos Serviços de Urgência/Obstetrícia é operacionalizada pelos Servi-

ços de Urgência Hospitalar e Serviços de Atendimento Permanente ou

similares dos Centros de Saúde do Serviço Nacional de Saúde. Participam na

componente laboratorial que constitui um indicador precoce do início de

circulação do vírus da gripe em cada época de vigilância. Enviam para o

Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e outros Vírus

Respiratórios no INSA, exsudados nasofaríngeos de doentes com suspeita

de gripe, para identificação e tipificação dos vírus da gripe e outros vírus

respiratórios. Os casos são selecionados de acordo com a opinião do médi-

co tendo em conta a definição de caso de síndroma gripal usada pelo ECDC.

Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnósti-co da Gripe

Rede ativada em 2009 pelo Despacho Ministerial nº 16548/2009, de 21

de julho (Diário da República, 2ª série, nº 139: 28507), é atualmente

constituída por 16 laboratórios, na sua maioria de hospitais do Continen-

te e Regiões Autónomas. Assegura a deteção e caraterização dos vírus da

gripe que estão na origem de casos mais graves de infeção respiratória

viral. A análise laboratorial envolve a utilização de métodos de biologia

molecular para a caraterização dos vírus da gripe em circulação na popu-

lação. Em colaboração com o laboratório de referência do INSA é efetua-

do o isolamento das estirpes do vírus da gripe e a sua caraterização

antigénica e genética. A população sob vigilância é constituída pelos

utentes com infeção respiratória, pertencentes à área de influência dos

hospitais ou laboratórios da Rede Portuguesa de Laboratórios para o

Diagnóstico da Gripe.

Participantes em 2018/2019:

Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I.P. (Laboratório Nacio-

nal de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios),

Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E., Hospital de São João, E.P.E.,

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E., Hospital Central do

Funchal, E.P.E., Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada,

E.P.E.R., Hospital do Santo Espírito da Ilha Terceira, E.P.E.R., Centro Hos-

pitalar de Lisboa Norte, E.P.E., Centro Hospitalar do Porto, E.P.E., Instituto

Português de Oncologia de Lisboa, Francisco Gentil, E.P.E., Centro Hospi-

talar da Cova da Beira, E.P.E., Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E., Centro

Hospitalar do Alto Ave, Hospital do Espírito Santo (Évora), Laboratório de

Saúde Pública Dra. Laura Ayres (ARS Algarve), Centro Hospitalar de Vila

Nova de Gaia/Espinho, Unidade Local de Saúde da Guarda, Centro Hospi-

talar Lisboa Ocidental, E.P.E.

Vigilância Laboratorial

O diagnóstico laboratorial do vírus da gripe e outros vírus respiratórios é

efetuado em amostras biológicas do trato respiratório superior (exsudado

da nasofaringe) de doentes com SG. São utilizadas metodologias de diag-

nóstico molecular, nomeadamente a amplificação do genoma viral por

PCR em multiplex.

Estas metodologias permitem a identificação dos tipos e subtipos do vírus

da gripe [A(H1)pdm09, A(H3), B(Yamagata), B(Victoria)] e a identificação

de outros vírus respiratórios [Rinovirus Humano (hRV), Vírus sincicial

respiratório (RSV), Coronavírus Humano (hCoV), Adenovirus (AdV),

Metapneumovirus Humano (hMPV) e Vírus Parainfluenza (PIV)].

A caraterização antigénica dos vírus da gripe é efetuada pela metodologia

clássica de inibição de hemaglutinação e a caraterização genética é baseada

na sequenciação genómica do gene da hemaglutinina. Para a monitorização

da suscetibilidade dos vírus da gripe aos antivirais inibidores da neuramini-

dase (oseltamivir e zanamivir) é efetuada a pesquisa de marcadores

moleculares de resistência e a caracterização fenotípica (determinação do

IC50) em estirpes do vírus da gripe isoladas em cultura celular no Laborató-

rio Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e outros Vírus Respirató-

rios.

Unidades de Cuidados Intensivos

Na época 2011/2012 foi realizado um estudo piloto com o objetivo de fazer

a vigilância epidemiológica dos casos graves de gripe admitidos em Unida-

des de Cuidados Intensivos de alguns hospitais. Participaram nesse ano 6

hospitais. Nas épocas seguintes, utilizando a metodologia testada, foi

possível estender a vigilância a mais hospitais.

Hospitais participantes em 2018/2019:

Hospital Dr. Manoel Constâncio; Hospital do Divino Espírito Santo;

Hospital São José; Hospital Santa Marta; Hospital Curry Cabral; Hospital

dos Capuchos; Hospital D. Estefânia; Hospital de Cascais – Dr. José de

Almeida; Hospital Amato Lusitano; Hospital Pêro da Covilhã; CUF Desco-

bertas; Hospital de São Francisco Xavier; Hospital Egas Moniz; Hospital

Professor Doutor Fernando Fonseca; Hospital da Senhora da Oliveira;

Hospital Beatriz Ângelo; Hospitais da Universidade de Coimbra; Hospital

do Litoral Alentejano; Hospital Pulido Valente; Hospital de Santa Maria;

Hospital São João; Hospital Vila Franca de Xira; Hospital de São Teotónio;

Hospital dos Lusíadas; Hospital Dr. Nélio Mendonça.

Definição de caso:

Doentes admitidos nas Unidades de Cuidados Intensivos dos hospitais

participantes, com gripe confirmada laboratorialmente.

Enfermarias

Na época 2018/2019 foi iniciado a vigilância da gripe em Enfermarias.

Hospitais participantes em 2018/2019:

Hospital D. Estefânia

Definição de caso:

Doentes internados com gripe confirmada laboratorialmente em enfer-

marias (exclui doentes internados em cuidados intensivos).

Vigilância Diária da Mortalidade

O VDM é um sistema de vigilância epidemiológica que pretende detetar e

estimar de forma rápida os impactes de eventos ambientais ou epidémi-

cos relacionados com excessos de mortalidade. Este sistema funciona

com base num protocolo de cooperação entre o INSA e Instituto de

Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, I.P. (IGFEJ) do Minis-

tério da Justiça. Para isso, diariamente o IGFEJ envia de forma

automática o número de óbitos registados no dia anterior em

todo o país. Esta componente pretende avaliar o impacte da

epidemia de gripe em termos de severidade.

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe 16 Época 2018/2019 Semana 2 | 7 a 13 jan 2019

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Definição de caso: Óbito, por qualquer causa, de individuo residente em Portugal .

Consultas por síndroma gripal

A monitorização semanal do número de consultas por síndroma

gripal em cuidados de saúde primários complementa a

informação recolhida pelas Redes que compõem o Programa

Nacional de Vigilância da Gripe (PNVG), ao permitir a análise por

região de saúde e grupo etário.

Os dados são disponibilizados pela plataforma SIM@SNS dos Serviços

Partilhados do Ministério da Saúde, estando apenas disponíveis para

Portugal Continental. Os dados publicados neste boletim são atualizados,

semanalmente, às quintas-feiras.

Os limiares de intensidade são definidos usando o método Moving Epidemic

Method (MEM), tendo sido definidos os seguintes níveis de atividade: basal,

baixa, moderada, elevada e muito elevada. A interpretação deste indicador

no âmbito da vigilância da gripe necessita da integração de outros

indicadores do PNVG, nomeadamente, indicadores virológicos.

Definição de caso Consulta em cuidados de saúde primários ocorrida em Portugal Continental

e codificada com código R80 (segunda versão da Classificação Internacional

para os Cuidados de Saúde Primários).

Definições utilizadas

Época de Gripe

Definida como o período de tempo de aproximadamente 33 semanas que

decorre entre a semana 40 de um determinado ano (início de outubro) e a

semana 20 do ano seguinte (meados de maio).

Área de atividade basal

Designada também por área de atividade basal, constitui o intervalo de

valores da taxa de incidência correspondente a uma circulação esporádica

de vírus da gripe. Permite definir períodos epidémicos, comparar as

epidemias anuais em função da sua intensidade e duração e determinar o

impacte dessas epidemias na comunidade. Foi estimada utilizando o

método MEM.

Atividade gripal

Definida pelo grau de intensidade da ocorrência da doença, medido pela

estimativa semanal da taxa de incidência de SG e do seu posicionamento

relativo à área de atividade basal, e pelo número de vírus circulantes

detetados.

Indicadores de dispersão geográfica da atividade gripal

Ausência de atividade gripal

Pode haver notificação de casos de SG mas a taxa de incidência permanece

abaixo ou na área de atividade basal, não havendo a confirmação

laboratorial da presença do vírus da gripe.

Atividade gripal esporádica

Casos isolados, confirmados laboratorialmente, de infeção por vírus da

gripe, associados a uma taxa de incidência de SG que permanece abaixo ou

na área de atividade basal.

Surtos locais

Casos agregados, no espaço e no tempo, de infeção por vírus da gripe

confirmados laboratorialmente. Atividade gripal localizada em áreas .

delimitadas e/ou instituições (escolas, lares, etc.), permanecendo a

taxa de incidência de SG abaixo ou na área de atividade basal.

Atividade gripal epidémica

Taxa de incidência de SG acima da área de atividade basal, associada

a uma confirmação laboratorial da presença de vírus da gripe.

Atividade gripal epidémica disseminada

Taxa de incidência de SG, por mais de duas semanas consecutivas,

acima da área de atividade basal e com uma tendência crescente,

associada à confirmação da presença de vírus da gripe.

Indicadores da intensidade da atividade gripal

A intensidade da atividade gripal é definida com base em toda a

informação de vigilância recolhida através das várias fontes de dados

e é avaliada, tendo em consideração a informação histórica nacional

sobre a gripe, segundo o método MEM.

Ausência

Nível de atividade gripal caraterizado por uma taxa de incidência de

SG abaixo ou na área de atividade basal.

Baixa

Nível de atividade gripal associado à presença de vírus da gripe e

correspondendo a uma taxa de incidência provisória de SG superior à

área de atividade basal e inferior ou igual a 73,0/105.

Moderada

Nível de atividade gripal associado à presença de vírus da gripe e

correspondendo a uma taxa de incidência provisória de SG superior a

73,0/105 e inferior ou igual a 126,4/105.

Elevada

Nível de atividade gripal associado à presença de vírus da gripe e

correspondendo a uma taxa de incidência provisória de SG superior

126,4/105 e inferior ou igual a 161,0/105.

Muito Elevada

Nível de atividade gripal associado à presença de vírus da gripe e

correspondendo a uma taxa de incidência provisória de SG superior

161,0/105.

Indicadores da tendência da atividade gripal

Estável

Os últimos três valores da taxa de incidência não se encontram em

tendência crescente nem decrescente.

Crescente

Os últimos três valores encontram-se em tendência crescente.

Decrescente

Os últimos três valores encontram-se em tendência decrescente.

Proporção de doentes com gripe admitidos em Unidades de Cuidados Intensivos

Proporção de doentes com gripe admitidos, em Unidades

de Cuidados Intensivos (UCI) = número de admissões por gripe

confirmada, em UCI, na referida semana/número de admissões por

qualquer causa, em UCI, na mesma semana x 100 (no boletim a

proporção é expressa na forma de percentagem).

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe 17 Época 2018/2019 Semana 2 | 7 a 13 jan 2019