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BOLETIM DE JURISPRUDÊNCIA
Tribunal de Justiça do Estado da ParaíbaDiretoria Jurídica Gerência de Pesquisa Jurídica
Nº 132015
15 DE JUNHO
Este boletim tem caráter informativo. É elaborado a partir de acórdão selecionado junto aos gabinetes dos
Eminentes Desembargadores e dos julgados resultantes dos processos de Uniformização de
Jurisprudência do TJPB. Apresenta também notícias e súmulas editadas pelos Tribunais Superiores, com
matérias relacionadas à competência da justiça estadual, como também notícias e recomendações do
Conselho Nacional de Justiça.
Jurisprudência TJPB
NOTICIA CRIME Nº 200890833.2014.815.0000 – Rel. Exmº Des. João Benedito daSilva. – j. 06 de maio de 2015.
NOTICIA CRIME. PREFEITO MUNICIPAL. CRIME, EM TESE, DE
RESPONSABILIDADE. INFRINGÊNCIA DO ARTIGO 1º, INCISO XIII
DO DECRETO LEI Nº 201/67 C/C ARTIGO 71 DO CÓDIGO PENAL.
REQUISITOS DO ARTIGO 41 DO CPP SUFICIENTEMENTE
PREENCHIDOS. APROVAÇÃO DAS CONTAS PELO TCE. IRRELEVÂNCIA. INDEPENDÊNCIA DAS
ESFERAS. ALEGADA AUSÊNCIA DE DOLO ESPECÍFICO. PERFEITA SUBSUNÇÃO DO FATO AO TIPO
PENAL. RESPOSTA ESCRITA QUE NÃO ELIDE, DE PLANO, A PROPOSIÇÃO ACUSATÓRIA.
RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. O fato de as contas apresentadas pelo noticiado terem sido aprovadas
pelo Tribunal de Contas não implica dizer que não poderá, em tese, a mesma conduta caracterizar
determinado fato típico, posto que as esferas são independentes entre si (art. 935 do CC). Somente haverá
vinculação entre os âmbitos cível, administrativo e criminal nos casos previstos no ordenamento jurídico.
Em se tratando de ato de recebimento da inicial acusatória, quanto à prática de conduta delituosa prevista
no Dec. Lei n.º 201/67, dispensase a prova de dolo específico. Estando a denúncia ministerial
perfeitamente ajustada aos pressupostos do artigo 41 do Código de Processo Penal, descrevendo a prática
de delito, em tese, praticado por Prefeito Municipal, e considerando, ainda, que, em sua defesa preambular,
o noticiado não conseguiu provar prima facie a improcedência da acusação, o seu recebimento é medida
que se impõe.
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MANDADO DE SEGURANÇA
Nº 200905814.2014.815.0000 – Rel. Exmº. Des. Leandro dos Santos – j. 1º de abril de 2015.
MANDADO DE SEGURANÇA PREVENTIVO. ICMS. IMUNIDADE. ART. 150, VI, “d”, DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. EREADERS (LEITORES DIGITAIS). INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA E TELEOLÓGICA.
PROTEÇÃO À LIBERDADE DE EXPESSÃO, UNIVERSALIZAÇÃO DO ACESSO À CULTURA E
INCENTIVO À LEITURA. CONCESSÃO DO WRIT. A evolução social autoriza e exige que se amplie o
alcance também das normas constitucionais, interpretandoa de forma teleológica, sob pena de distanciar a
Constituição da sociedade a que se destina. Não se tergiversa mais que a referida imunidade tributária do
art. 150, VI, “d”, da CF, tem por escopo proteger a liberdade de expressão, universalizar o acesso à cultura,
incentivar a leitura etc”, sendo irrelevante se o conteúdo da transmissão de idéias foi posto em livro de
papel ou eletrônico, cumprindo relativizar a referência do texto constitucional a “papel destinado a sua
impressão”.
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Fonte: TJPB.
Notícias TJPB
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Fonte: Portal do TJPB.
Legislação
DECRETO Nº 8.463, DE 5 DE JUNHO DE 2015
Regulamenta as medidas tributárias referentes à realização, no Brasil, dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos
Jogos Paraolímpicos de 2016 de que trata a Lei nº 12.780, de 9 de janeiro de 2013, e altera o Decreto nº
7.578, de 11 de outubro de 2011, que regulamenta as medidas tributárias referentes à realização, no Brasil,
da Copa das Confederações FIFA 2013 e da Copa do Mundo FIFA 2014 de que trata a Lei nº 12.350, de 20
de dezembro de 2010, e dá outras providências.
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Fonte: Planalto.
LEI Nº 10.472, DE 03 DE JUNHO DE 2015.
Altera dispositivo da lei estadual nº 4.551/1983, modificada pela lei estadual nº6.688/1998,que criou o fundo
especial do Poder Judiciário.
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Fonte: ALPB.
Notícias STF*
Recurso com repercussão geral discute direito dos pais de educar filhosem casa
O Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral de recurso que
discute se o ensino domiciliar pode ser proibido pelo Estado ou considerado meio
lícito de cumprimento, pela família, do dever de prover educação, nos termos do
artigo 205 da Constituição Federal. O tema central em discussão, segundo o relator, ministro Luís Roberto
Barroso, são os limites da liberdade dos pais na escolha dos meios pelos quais irão prover a educação dos
filhos, segundo suas convicções pedagógicas, morais, filosóficas, políticas e/ou religiosas.
O Recurso Extraordinário (RE) 888815 teve origem em mandado de segurança impetrado pelos pais de
uma menina, então com 11 anos, contra ato da secretária de Educação do Município de Canela (RS) que
negou pedido para que a criança fosse educada em casa e orientouos a fazer matrícula na rede regular de
ensino, onde até então havia estudado. Tanto o juízo da Comarca de Canela quanto o Tribunal de Justiça
do Estado do Rio Grande do Sul (TJRS) indeferiram a segurança, com o fundamento de que, não havendo
previsão legal de ensino nessa modalidade, não há direito líquido e certo a ser amparado.
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Direto do Plenário: STF julga ação sobre biografias não autorizadas
O Plenário do Supremo Tribunal Federal julga na sessão desta tarde a Ação Direta de Inconstitucionalidade
(ADI) 4815, que discute a necessidade de autorização prévia para a publicação de biografias. O tema foi
objeto de audiência pública realizada com a participação de 17 expositores, em novembro de 2013.
A ação, que está sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia, foi ajuizada pela Associação Nacional dos
Editores de Livros (Anel) em 2012 e questiona o alcance da interpretação dos artigos 20 e 21 do Código
Civil. Segundo a Anel, os dispositivos conteriam regras incompatíveis com a liberdade de expressão e de
informação.
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Liminar garante cumprimento de decisão a partir de publicação da ata de julgamento
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello deferiu pedido de liminar, para determinar à
Presidência do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJBA) o cumprimento da decisão da Corte
Suprema na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4900, na qual o Plenário declarou a
inconstitucionalidade de dispositivos de lei estadual (artigos 2º e 3º da Lei 11.905/2010) que estabelecia o
teto remuneratório dos servidores do Poder Judiciário do Estado de forma desvinculada do subsídio mensal
dos desembargadores. A liminar, deferida na Reclamação (Rcl) 20160, reafirma a jurisprudência da Corte
no sentido de que o termo inicial da eficácia de decisão proferida em controle abstrato de
constitucionalidade é a data da publicação, no Diário da Justiça Eletrônico, da ata da sessão de julgamento.
Na Reclamação, a Associação dos Servidores do TJBA sustentava que, mesmo após o julgamento da ADI
4900, em fevereiro deste ano, o presidente daquele Tribunal estadual continuava a aplicar o subteto com
valor fixo declarado inconstitucional, e não apresentou resposta a dois requerimentos visando à
implementação do teto remuneratório geral dos servidores estaduais. O TJBA, ao prestar informações
solicitadas pelo relator, esclareceu que, a partir da publicação do acórdão, com base em manifestação da
ProcuradoriaGeral do estado, adotou as providências administrativas necessárias para cumprir a decisão
da ADI 4900.
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Exclusão de substância da lista de entorpecentes proibidos da Anvisa descaracteriza tráfico
Ministro reconhece “abolitio criminis” temporária em relação ao “lançaperfume”, em virtude de exclusão,
por determinado período de tempo, do cloreto de etila por Resolução da Anvisa.
O ministro Celso de Mello concedeu habeas corpus para invalidar condenação criminal de pessoa
condenada por tráfico de drogas por estar transportando frascos de “lançaperfume”. A substância ativa do
“lançaperfume”, o cloreto de etila, foi excluída por um período de oito dias da lista de substâncias
entorpecentes proibidas, editada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No entendimento
do ministro, tratase de caso de abolitio criminis temporária "pelo fato de referida exclusão, embora por um
brevíssimo período, descaracterizar a própria tipicidade penal da conduta do agente".
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Fonte: Supremo Tribunal Federal
Notícias STJ*
Segunda Seção aprova cinco novas súmulas ecancela a de número 470
A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça
(STJ) aprovou mais cinco súmulas, todas com teses
já firmadas em julgamento de recursos repetitivos.
Também foi proclamado o cancelamento da Súmula
470, após o julgamento do REsp 858.056 na sessão
do dia 27 de maio. O texto estabelecia que o
Ministério Público não tinha legitimidade para ajuizar ação coletiva em defesa de direitos individuais
homogêneos no caso do seguro obrigatório, o DPVAT.
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Terceira Seção edita mais quatro súmulas na área penal
A Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), especializada no julgamento de processos que
tratam de matéria penal, aprovou a edição de quatro novas súmulas. Elas são o resumo de entendimentos
consolidados nos julgamentos do tribunal e, embora não tenham efeito vinculante, servem de orientação a
toda a comunidade jurídica sobre a jurisprudência firmada pelo STJ.
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Veículos utilizados no crime ganham finalidade social
A Lei 11.343/06, chamada Lei de Drogas, trouxe um ganho muito prático para o poder público no combate
ao tráfico de entorpecentes. Se antes da lei o destino comum dos veículos apreendidos com os traficantes
era virar sucata nos pátios das unidades da polícia, à espera da instauração da ação penal, depois dela os
órgãos e entidades que atuam na prevenção e na repressão ao tráfico podem utilizar esses bens ainda no
curso do inquérito.
Carros de luxo, aeronaves e embarcações podem ser aproveitados pelas autoridades em favor da
sociedade, desde que comprovado o interesse público ou social e desde que o juízo competente assim
autorize, conforme preveem os artigos 61 e 62 da lei.
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DECISÃONova redação do CTB admite condenação baseada apenas em exame de alcoolemia
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) restabeleceu a condenação de um motorista flagrado com dosagem
de álcool acima da que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) permitia à época. Em razão da alteração feita
em 2012 na redação da lei, que deixou de especificar a quantidade de álcool na definição do crime, o
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) considerou que houve descriminalização da conduta e
absolveu o réu.
O motorista sofreu um acidente em 2011. Ele estava sozinho no veículo, perdeu o controle numa curva e
capotou. Socorrido por policiais, submeteuse ao teste de alcoolemia, que constatou a presença de 8,2
decigramas de álcool por litro de sangue, superior aos seis decigramas mencionados no artigo 306 do CTB.
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DECISÃOIndenização por litigância de máfé não exige prova de prejuízo à parte contrária
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acabou com a controvérsia relativa ao pagamento
de indenização decorrente da litigância de máfé, prevista no artigo 18, caput e parágrafo 2º, do Código de
Processo Civil (CPC). Em julgamento de embargos de divergência relatados pelo ministro Luis Felipe
Salomão, o colegiado concluiu que essa indenização não exige verificação de prejuízo efetivamente
causado pela parte com a conduta lesiva praticada no âmbito do processo.
Com base na doutrina e em precedentes, Salomão analisou a evolução legislativa e as mudanças que o
tema vem experimentando desde o CPC de 1939 até o novo código (Lei 13.105/15), que entrará em vigor
no próximo ano. No novo CPC, a litigância de máfé é regulada na seção que trata da responsabilidade das
partes por dano processual. A conclusão do ministro é que, para a fixação da indenização, a lei só exige
que haja um prejuízo potencial ou presumido.
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STJ define missão, valores e objetivos estratégicos até 2020
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) realiza nesta quintafeira (11) o lançamento oficial do Planejamento
Estratégico 20152020. O documento contém as principais ações a serem desenvolvidas pela corte durante
esses seis anos. O evento está marcado para as 16h, no auditório do STJ.
Desde 1998, o tribunal utiliza o planejamento estratégico como modelo de gestão. Em 2009, com a
publicação da Resolução 70 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o trabalho foi alinhado às diretrizes
nacionais estabelecidas para o Poder Judiciário.
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Envio de cartão de crédito não solicitado é prática abusiva sujeita a indenização
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aprovou na última quartafeira (3) a Súmula 532,
para estabelecer que “constitui prática comercial abusiva o envio de cartão de crédito sem prévia e
expressa solicitação do consumidor, configurandose ato ilícito indenizável e sujeito à aplicação de multa
administrativa”.
As súmulas são o resumo de entendimentos consolidados nos julgamentos do tribunal. Embora não tenham
efeito vinculante, servem de orientação a toda a comunidade jurídica sobre a jurisprudência firmada pelo
STJ, que tem a missão constitucional de unificar a interpretação das leis federais.
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Fonte: Superior Tribunal de Justiça
Recurso Repetitivo*
Terceira Seção decidirá se violação de direito autoral pode ser comprovada por perícia
O ministro Rogerio Schietti Cruz afetou à Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) o
julgamento de dois recursos repetitivos que irão definir se a materialidade do crime previsto no artigo 184,
parágrafo 2º, do Código Penal pode ser comprovada mediante laudo pericial feito por amostragem do
produto apreendido; se a falsidade pode ser atestada por meio das características externas desse material
e se é necessária a identificação dos titulares dos direitos autorais violados. O tema foi cadastrado no
sistema dos repetitivos sob o número 926.
A decisão do ministro se deu em razão da multiplicidade de recursos sobre o tema e da relevância da
questão. Uma vez afetado o tema, deve ser suspenso na segunda instância o andamento dos recursos
especiais idênticos. Depois de definida a tese pelo STJ, novos recursos ao tribunal não serão admitidos
quando sustentarem posição contrária.
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Vigilância eficaz, por si só, não caracteriza como crime impossível a tentativa de furto em comércio
A existência de um eficiente sistema de segurança não basta para que eventual tentativa de furto em
estabelecimento comercial seja considerada crime impossível – o que excluiria a possibilidade de punição.
A decisão é da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em julgamento de recurso especial
repetitivo (tema 924), cuja relatoria é do ministro Rogerio Schietti Cruz.
Para efeito do artigo 543C do Código de Processo Civil, ficou definido que “a existência de sistema de
segurança ou de vigilância eletrônica não torna impossível, por si só, o crime de furto cometido no interior
de estabelecimento comercial”. Essa tese vai orientar a solução de processos idênticos, e só caberão
novos recursos ao STJ quando a decisão de segunda instância for contrária ao entendimento firmado.
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Terceira Seção discutirá limites para acordo em juizado especial criminal
Os acordos para suspensão do processo em juizados especiais criminais, no caso de crimes de menor
potencial ofensivo, podem incluir condições equivalentes às penas restritivas de direitos? A questão é
discutida em um recurso que o ministro Rogerio Schietti Cruz afetou à Terceira Seção do Superior Tribunal
de Justiça (STJ) para ser julgado como repetitivo.
Outra questão jurídica a ser definida no mesmo julgamento é se o não pagamento da multa impede a
extinção da punibilidade quando o condenado já tiver cumprido a pena privativa de liberdade.
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Segunda Seção definirá hipóteses de devolução em dobro para o consumidor
O ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), afetou à Segunda Seção o
julgamento de um recurso repetitivo (REsp 1.517.888) que irá consolidar o entendimento do tribunal sobre
hipóteses de aplicação da devolução em dobro prevista no artigo 42, parágrafo único, do Código de Defesa
do Consumidor – quando o consumidor é cobrado em quantia indevida. O tema foi cadastrado no sistema
dos repetitivos sob o número 929.
A decisão do ministro se deu em razão da multiplicidade de recursos sobre o tema e da relevância da
questão. Uma vez afetado o tema, deve ser suspenso na segunda instância o andamento dos recursos
especiais idênticos. Depois de definida a tese pelo STJ, ela servirá para orientar a solução de todas as
demais causas. Novos recursos ao tribunal não serão admitidos quando sustentarem posição contrária.
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Repetitivos discutem competência administrativa para autorizar cursos a distância
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Og Fernandes afetou à Primeira Seção o julgamento de
três recursos repetitivosem que se discute a competência administrativa para autorizar instituições
educacionais a oferecer cursos a distância, especialmente durante o período denominado “Década da
Educação”, bem como a possibilidade de condenação da União, do estado do Paraná e da Faculdade
Vizinhança Vale do Iguaçu (Vizivali) pelos danos supostamente causados em razão da demora e negativa
na entrega do diploma de conclusão desses cursos. O tema dos repetitivos foi cadastrado sob o número
928.
A decisão do ministro se deu em razão da multiplicidade de recursos sobre a matéria e da relevância da
questão. Uma vez afetado o tema, deve ser suspenso na segunda instância o andamento dos recursos
especiais idênticos. Depois de definida a tese pelo STJ, novos recursos ao tribunal não serão admitidos
quando sustentarem posição contrária.
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Fonte: Superior Tribunal de Justiça
Súmulas STJ
Súmula 533
“Para o reconhecimento da prática de falta disciplinar no âmbito da execução penal, é imprescindível a
instauração de procedimento administrativo pelo diretor do estabelecimento prisional, assegurado o direito
de defesa, a ser realizado por advogado constituído ou defensor público nomeado” (REsp 1.378.557).
Súmula 534
“A prática de falta grave interrompe a contagem do prazo para a progressão de regime de cumprimento de
pena, o qual se reinicia a partir do cometimento dessa infração” (REsp 1364192).
Súmula 535
“A prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de comutação de pena ou indulto” (REsp
1364192).
A Súmula 536
“A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos
ao rito da Lei Maria da Penha” (HC 173426).
Súmula 537
“Em ação de reparação de danos, a seguradora denunciada, se aceitar a denunciação ou contestar o
pedido do autor, pode ser condenada, direta e solidariamente junto com o segurado, ao pagamento da
indenização devida à vítima, nos limites contratados na apólice” (REsp 925.130).
Súmula 538
“As administradoras de consórcio têm liberdade para estabelecer a respectiva taxa de administração, ainda
que fixada em percentual superior a dez por cento” (REsp 1.114.604 e REsp 1.114.606).
Súmula 539
“É permitida a capitalização de juros com periodicidade inferior à anual em contratos celebrados com
instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional a partir de 31/3/2000 (MP 1.96317/00, reeditada
como MP 2.17036/01), desde que expressamente pactuada” (REsp 1.112.879, REsp 1.112.880 e REsp
973.827).
Súmula 540
“Na ação de cobrança do seguro DPVAT, constitui faculdade do autor escolher entre os foros do seu
domicílio, do local do acidente ou ainda do domicílio do réu” (REsp 1.357.813).
Súmula 541
“A previsão no contrato bancário de taxa de juros anual superior ao duodécuplo da mensal é suficiente para
permitir a cobrança da taxa efetiva anual contratada” (REsp 973.827 eREsp 1.251.331).
Notícias do CNJ*
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