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Boletim de Comunicação Social 03 de Novembro 2016

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Boletim de ComunicaçãoSocial

03 de Novembro 2016

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Revista de Imprensa

1. Empresas abusam na subida de preços, Correio da Manhã, 03-11-2016 1

2. TVI viola a lei e arrisca multa de 150 mil euros, Correio da Manhã, 03-11-2016 3

3. Os desabafos de Judite, TV Mais, 02-11-2016 4

4. Impresa apoia empresas, Correio da Manhã, 03-11-2016 5

5. "Vou fazer quimio e radioterapia" - Entrevista a João Ricardo, TV Mais, 02-11-2016 6

6. "Foi um desafio travar as maldades do Rubião!" - Entrevista a Gabriel Braga Nunes, TV Mais, 02-11-2016 10

7. Sequestrados, i, 03-11-2016 12

8. Razões de uma razão (XI), Diário de Notícias, 03-11-2016 13

9. Vozes da rádio, Destak, 03-11-2016 15

10. Porto sentido, Visão, 03-11-2016 16

11. Aurélio Carlos Moreira - 60 anos de rádio, Selecções do Readers Digest, 01-11-2016 19

12. O "Abominável Galamba", Sábado, 03-11-2016 31

13. 827 jornalistas assassinados, Correio da Manhã, 03-11-2016 35

14. Há 36 líderes que ameaçam a imprensa livre, Público, 03-11-2016 36

15. O ditador exemplar, Público, 03-11-2016 39

16. Outubro foi o segundo melhor mês de sempre nas aquisições, Negócios, 03-11-2016 40

17. Wall Street Journal reduz sexções e pode vir a despedir, Negócios, 03-11-2016 41

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A1

Tiragem: 141289

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 23

Cores: Cor

Área: 21,46 x 28,78 cm²

Corte: 1 de 2ID: 66754190 03-11-2016

Lel mudou para melhorar regras da fidelização e tentar proteger clientes

DISTRIBUIÇÃO DA DURAÇÃO DOS CONTRATOS Valores em percentagem

Menos de lano

111111. 17,8

1a 2 anos 25,2

2a 4anos 29,6

4a7 anos `14,1

Mais de 7 anos 13.4

NAS OFERTAS 3P (TELEFONE FIXO, INTERNET E TV) O diferencial de preço das novas Ofertas (12 meses, 6 meses e ofertas sem fidelização) face às ofertas com 24 meses, varia, em Média entre 4 e 10 e

eZiFaeleBTC de ilrekleets. ~deo de 2016

Miguel Almeida lidera e NOS

TELECOMUNICAÇOES

Preços dos pacotes aumentam duas vezes ANACOM O Presidente da entidade reguladora não tem explicação para subidas em junho FIDELIZAÇÃO O Nova lei provoca aumentos de preços nos contratos com prazos mais curtos

RAQUELOLIVEIRA

As operadoras de teleco-municações, que forne-cem desde serviços de te-

levisão até Internet móvel, ali - nal não aumentaram os preços apenas em agosto, após a entra -da em vigor da nova lei sobre a fidelização. Subiram também em junho, admitiu a presidente da Autoridade Nacional das Co-municações (Anacoth).

Fátima Barros, chamada on-tem ao Parlamento para expli-car a subida de preços devido à entrada em vigor da nova lei das comunicações, acabou por sur-preender os deputados ao ad-mitir que os preços já tinham aumentado em junho. Um agravamento para o qual, con-fessou, não tem explicação.

OPERADORAS BAIXAM PREÇOS NOS CONTRATOS MAIS PROLONGADOS

A lei que entrou em vigor em agosto veio proteger os consu-midores dos longos períodos de fidelização e clarificar os custos das rescisões dos contratos. Na prática, o que se verificou foi "um aumento exponencial dos preços", sublinhou o deputado social-democrata Joel Sá.

A Anacom fez as contas e con-cluiu que, no que respeita à des-pesa média mensal, o diferen-ciai de preço das novas ofertas (um ano, seis meses e sem fide-lização), face aos dois anos, va -ria em média entre 12 e 20 eu - ros. Já quanto à despesa média mensal associada às ofertas de 24 meses, o valor diminuiu, sublinhou Fátima Barros.

Entretanto, foi pedido às ope-radoras que sejam mais claras na identificação e quantificação das vantagens associadas à fi-

delização, acrescentou a presi dente daquela entidade regula - dora . "De cada vez que há uma intervenção no mercado, isso provoca alterações nos pre - ços, e sempre com a mesma tendência", alertou a presiden -te da Anacom nas respostas aos deputados.

As telecomunicações lideram há anos o ranking das reclama - ções em Portugal. A Anacom registou, desde agosto, mais de seis mil queixas, mas apenas 250 relacionadas com a nova lei da fidelização. •

NOTICIA EXCLUSIVA DA EDIÇÃO EM PAPEL connP9

Clientes obrigados a pagar novas taxas' aplicadas ao setor n Miguel Almeida, presi-dente da NOS, avisou ontem que serão os clientes a pagar as novas taxas que a Anacom está a estudar. É o caso do "aumento das taxas de es - pectro" e não só. "Agora está a falar-se da taxa de ocupa - ção de subsolo. É mais uma taxa. Alguém acredita que

isso não vai passar direta-mente para os clientes? Obviamente que vai." O gestor alerta que os impostos limitam o investimento. •

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Tiragem: 141289

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 4,76 x 1,82 cm²

Corte: 2 de 2ID: 66754190 03-11-2016

TELECOMUNICAÇÕES P.23

Empresas abusam na subida de preços

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A3

Tiragem: 141289

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 40

Cores: Cor

Área: 21,11 x 21,16 cm²

Corte: 1 de 1ID: 66754029 03-11-2016

A Única Mulher', novela líder de audiências em Portugal ao longo do último ano, promoveu produtos e marcas

O B RAÇÃO

TVI viola a lei e arrisca .multa de 150 mil euros

CASO O Estação promoveu produtos e marcas na novela 'A Única Mulher' PROCESSO O Regulador dos media diz que "responsabilidade e independência" editorial do canal ficaram afetadas

DUARTE FARIA

AEntidade Regtfladora para a Comunicação So- , cial (ERC) abriu um novo

processo contra a TVI por exis-tirem indícios de violação da Lei da Televisão. Em causa está a referência a produtos e marcas na novela 'A Unica Mulher'. A estação arrisca pagar uma coi-ma entre 20 e 150 mil euros.

De acordo com a deliberação a que o CM teve acesso, o regula - dor dos media diz-se "convicto de que a colocação de produto na novela 'A Única Mulher' não obedeceu ao previsto na lei" por "afetar a responsabilidade e

ESTE ANO O REGULADOR JÁ ABRIU DOIS OUTROS PROCESSOS CONTRA A TVI independência editorial" do ',canal. "Tratando-se de uma

narrativa ficcional e não de um programa direcionado para ou-tro fim, entende-se que as refe-rências especificas e prolonga-das a produtos e marcas não po-dem ser justificadas por razões editoriais, na medida em que não eram indispensáveis à nar-rativa", considera a ERC.

Já a TVI contesta a decisão da ERC e defende que o regulador "expressa posições que são de-monstrativas de preconceito contra a figura da colocação de produto e contra a própria ati-vidade publicitária". Recorde-

-se que, este ano, a ERC já abriu dois outros processos contra o canal de Queluz de Baixo por questões relacionadas com a publicidade. Em causa, o facto de a TVI ter emitido mais minu -tos de publicidade do que devia

em várias ocasiões e de ter pro-movido uma clínica no progra-ma 'Você na 'TV!' , infringindo as "regras de colocação de produ -to e ajuda à produção". Em am - bos os casos as coimas podem ir dos 20 aos 150 mil euros. •

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A4

Tiragem: 49000

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: TV e Jogos

Pág: 107

Cores: Cor

Área: 18,20 x 26,70 cm²

Corte: 1 de 1ID: 66738495 02-11-2016

A pivô não terá gostado de não estar presente na entrevista ao:

primeiro-ministro

e manifestou-se nas redes sociais

A • ós entrevista a António Costa

Durante 14 anos construí um pro-grama na RTP que se chamava `Grande Entrevista'. A marca

perdura, bem entregue nas mãos do meu colega e amigo Vítor Gonçalves. Já na TVI fiz dezenas de entrevistas em cinco anos. Essa área estava-me confia-da pelo JAC [José Alberto Carvalho]. Entretanto, muita coisa aconteceu. O mundo não pára e hoje é mais um dia", publicou Judite Sousa na sua página no Facebook depois de José Alberto Carvalho e Sérgio Figueiredo, diretor de Informa-ção da TVI, terem sido os escolhidos para entrevistar o primeiro-ministro. A men-sagem não deixa dúvidas: a jornalista não gostou de ter sido afastada de um impor-tante momento televisivo c manifestou-se nas redes sociais. No entanto, o desabafo fbi depressa apagado para dar lugar a um

mais enigmático, mas ainda esclarecedor quanto ao seu estado de espírito. "Urna porta que se fecha. O silêncio. Acaba-se o olhar e apaga-se a voz. Sentir viven-do", deixou nas redes sociais com muitos comentários a darem-lhe força e apoio. As colegas da RTP Rita Marrafa de Carva-lho, Cristina Esteves e Alberta Marques Fernandes foram alguns dos nomes que fizeram sentir que estão com ela. Desde que perdeu o filho, André Sousa Bessa, há dois anos, que Judite vive con-

Judite Sousa há cerca de uma semana

centrada no trabalho c na carreira que construiu com sacrifício. São poucos os momentos que dedica a lazer, como acon-teceu no sábado, dia 29 de outubro, em que passeou numa conhecida superfície comercial perto da zona onde reside, em Lisboa. Ser excluída de uma entrevista a António Costa, depois de tantas feitas ao longos dos anos, foi um duro golpe. "O trabalho é o seu refúgio e ela é realmente boa no que faz, por isso não entendeu a escolha", referiu fonte próxima.

Uma porta que se fecha. O silêncio. Acaba-se o olhar e apaga-se a voz. " Sentir vivendo"

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A5

Tiragem: 141289

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 40

Cores: Cor

Área: 10,02 x 6,38 cm²

Corte: 1 de 1ID: 66754015 03-11-2016

INICIATIVA

impresa apoia empresas e A Impresa lançou ontem o projeto SIM, uma aceleradora de startups com o objetivo de apoiar e colaborar no desen-volvimento de empresas em fase de arranque que atuem na área dos media. O grupo que detém a SIC proporcionará krárias vantagens: cedência do local de trabalho, ajuda de mentores, apoio tecnológico e

acesso a capital. A Microsoft é parceira desta iniciativa.

"Não nos estamos a ligar às startups porque fica bem. Queremos crescer e suprimir algumas falhas de competên-cia que possamos ter. Acredi-to que esta iniciativa vai ser um sucesso", afirmou Fran-cisco Pedro Balsemão, presi-dente executivo da Impresa. •

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A6

Tiragem: 51500

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: TV e Jogos

Pág: 8

Cores: Cor

Área: 18,20 x 26,70 cm²

Corte: 1 de 4ID: 66738103 02-11-2016

JOAO RICARDO a rimeira entrevista depois de

O ator de "Rainha das Flores" passou por uma experiência assustadora e está a recuperar de forma milagrosa. Depois do susto, só pensa em estar junto dos que ama e em regressar ao trabalho TEXTO ANA ISABEL ALMEIDA FOTOS. JOSE OLIVEIRA E AROUIVO

Foi submetido a urna intervenção cirúrgica de urgência à cabeça no dia 8 de outubro, para remover um

tumor maligno. João Ricardo, de 52 anos, está a lidar muito bem com tudo o que lhe aconteceu e encara esta situa-ção como uma segunda oportunidade que a vida lhe está a dar. Acredita que tem uma estrelinha que o protege. O ator falou pela primeira vez e contou na primeira pessoa como foi este momento menos bom e como vai ser o futuro. O regresso às gravações da novela da SIC está para breve e vão ser conciliadas com tratamentos para travar a doença.

Que impacto teve, para si, tudo o que aconteceu nas últimas semanas? Depois de refletir um pouco, acho que foi um susto. Estive apagado, não sabia onde é que estava. Soube uma semana depois o que mc aconteceu. Isto aconteceu-me a urna sexta-feira (dia 8 de outubro), entre uma sexta e um sábado, e só no dia 22 é que tive consciência que estive à beira de me ter passado para o outro lado. Quais são as lembranças que guarda daquela sexta-feira? Lembro-me que estava com uma amiga e com o meu filho, Rodrigo, e com a filha dessa amiga e que, de repente, desapare-ci, apaguei. E esta a palavra que melhor descreve o que me aconteceu. Nunca teve sintomas, nunca se apercebeu de nada estranho antes de isto acontecer? Não, nada! Nunca mc apercebi de nada, nunca desmaiei na minha vida, não sei o que isso é.

FELIZ AO LADO DO FILHO Poucos dias depois de ter alta hospitalar, João Ricardo comemorou o aniversário do filho. Rodrigo completou 12 anos no dia 28 de outubro. A data especial foi assinalada em família e o menino esteve com os pais. A ex-companheira de João Ricardo. Paula, está separada do ator há nove anos, mas está a prestar todo o apoio que é necessário nesta fase delicada. "Espero sinceramente que o João recupere a 100%, que fique bem, porque ele é uma pessoa muito importante na vida do Rodrigo. Enquanto ele esteve impossibilitado de dar a assistência que sempre deu ao filho, eu assumi esse papel, mas felizmente a recuperação está a correr muito bem e o Rodrigo está muito feliz por ver o pai recuperado", disse à TvMais.

João deu entrada no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, na companhia de uma amiga e do filho

E depois, como reagiu quando acordou deste apagão? Acordo e é quando me -dizem que fui operada à cabeça. Estava bem, tranquilo, aceitei. Para mim, é urna doença como outra qualquer. Tenho de resistir e, se calhar, sirvo de exemplo para alguém. Ouviu os médicos e aceitou de imediato o que lhe foi dito? O que lhe explicaram? Que o tumor estava localizado numa zo-

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Tiragem: 51500

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: TV e Jogos

Pág: 9

Cores: Cor

Área: 18,20 x 26,70 cm²

Corte: 2 de 4ID: 66738103 02-11-2016

muita coisa, mas agora sei que é preciso alterar ainda mais. Como que o seu filho viveu esta situação? Acho que ele teve a perceção que esteve ali à beirinha de perder o pai. Devaga-rinho foram-lhe explicando. Ele•assiStiu à entrada do pai no hospital e percebeu que eu ia ficar ali. Com esta situação elo ficou mais fragilizado e está ainda z mais mimado.

na mais frágil, que é um cancro maligno, mas apoio-me numa coisa superiOr que é Deus e que .é Cristo. Acredito que existe alguém que me protege, e tenho à minha volta as pessoas que me protegem. Depois de ouvir o seu diagnóstico, já sabe com que armas vai enfrentar a doença? Quero ter a minha vida, mas agora com mais juízo! Quero ter a minha vida nor-mal, não quero ser tratado como fui até

agora, "o coitadinho", "o desgraçadinho". Dizem-me sempre para ter cuidado com isto, ter cuidado com aquilo e se tiver tantos cuidados não morro da doença, mas vou morrer da cura. O que vai mudar na sua vida daqui para a frente? Vou agarrar-me mais à vida e conti-nuar. Quero trabalhar e ter mais juízo em algumas coisas, nomeadamente na alimentação que faço. Já tinha alterado

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Tiragem: 51500

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: TV e Jogos

Pág: 10

Cores: Cor

Área: 18,20 x 26,70 cm²

Corte: 3 de 4ID: 66738103 02-11-2016

"Vou fazer uimio e radio"

radiante por voltar ao trabalho

Como foi o reencontro com o seu filho? Sendo ele mimado, quis abusar, porque percebeu que o pai não estava assim tão mal! O Rodrigo fez perguntas, teve curio-sidade em saber o que aconteceu? Ele viu o pai com esta cicatriz e, como ele acha muita graça ao Frankensteín, fez essa associação, mas não fez perguntas. Passou a dar mais valor a algum aspeto da sua vida? Sim, agora valorizo mais os meus ami-gos, a vida. Tenho de me agarrar mais à vida. Tenho um filho com 12 anos e era muito cedo para acabar tudo. Ainda sinto alguma dificuldade em falar e em algumas coisas (emociona-se). É isto que

o sinto, porque de,resto estou bem! Não me sinto cansado. Qual foi a primeira coisa que fez assim que teve alta do hospital? Fui ver televisão. Adoro! Queria estar ligado ao mundo. E falar com o amigos também. O que lhe dizem os amigos agora? Dizem todos a mesma coisa! Tenho de ter juízo, tenho de ter juízo! É isso que oiço quando me ligam. E o que é isso de ter juízo? Sentiu-se amado neste momento menos bom?

Senti, muito! Recebi muito amor, das pes-soas que me foram visitar, das que não me conhecem

e que transmitiram a preocupação e me desejaram as melhoras através das men-sagens que me deixaram. Há o ego, e também fui curado através do ego. Falou de uma proteção... Sim, senti-me protegido, porque nesta altura começo a questionar o que vai acontecer, se vou, ou não, ter trabalho. Sinto que tenho uma estrela que está co-migo, uma estrelinha a olhar por mim, e não só. Foi surpreendido por alguém? Tive o António Parente [da produtora SP Televisão] ao pé de mim, uma pessoa que admirei toda a vida e esteve lá, não com uma postura de "tens de trabalhar" mas para me transmitir força e confian-ça, para me sossegar. Como vai ser a recuperação? Vou ser submetido a um tratamento que tem a duração de seis meses, de quimioterapia e radioterapia. Isso vai obrigá-lo a alterar as suas rotinas? Consegue conciliar com as gravações da novela? Tudo se vaí conciliar. Vou fazer os trata-mentos de manhã, no hospital, e depois vou gravar à tarde. Fica tudo igual!

NOVO PROJETO EM 2017 Gabriela Sobral esteve reunida com o ator para decidirem o futuro, e as notícias não podiam ser mais animadoras. "Estamos muito contentes com o regresso do João! Ele está em ótima forma, melhor é impossível. Estivemos os dois a conversar sobre o regresso à novela 'Rainha das Flores', que vai acontecer brevemente! E falámos sobre o futuro também. Já há um projeto para o João a partir de janeiro de 2017", revelou a diretora de Conteúdos da SIC

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Tiragem: 51500

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: TV e Jogos

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 4,74 x 10,53 cm²

Corte: 4 de 4ID: 66738103 02-11-2016

João Ricardo A primeira entrevista após susto de morte

"VOU FAZER QUIMIO E RADIOTERAPIA"

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A10

Tiragem: 51500

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: TV e Jogos

Pág: 76

Cores: Cor

Área: 18,20 x 26,70 cm²

Corte: 1 de 2ID: 66738387 02-11-2016

"Foi um desafi travar as maldad do Rubião!'

"Ele é um grande ator", ressalva Gabriel sobre

Mateus Solano

O ator brasileiro esteve em Portugal e falou-nos um pouco sobre o seu papel na novela da SIC. Na entrevista diz também que ser pai da pequena Maria "é a melhor coisa do mundo" TEXTO: RAQUEL TAVARES FOTOS. AGNEWS, TV GLOBO/DIVULGAÇÃO E FACEBOOK DO ATOR

entrevista

GABRIEL BRAGA NUNES reforça "Liberdade, Liberdade"

N uma conversa informal, o ator dc 44 anos assume-se um homem concre-tizado, tanto no plano profissional

como pessoal. O nascimento da filha,.em 2014, motivou urna pausa na carreira "só para ficar com ela em casa". Fale-nos um pouco sobre o seu papel em "Liberdade, Liberdade". O duque de Ega entra num momento da história em que Vila Rica é totalmente do-minada por Rubião, um vilão que manda a seu bel-prazer. Foi incrível receber este convite, porque o Mateus Solano está ex-cecional no papel... Foi um grande desafio fazer uma personagem que precisava de travar as maldades do Rubião! E atenção, que ele tem quase 2 metros de altura (risos). Foi difícil entrar já a meio da novela? Não, porque a chegada do duque de Ega inaugura uma nova etapa da novela. En-

tão, de alguma forma, todos as persona-gens tiveram de se recolocar na trama em função da sua chegada, que é a autoridade máxima, pois foi mandatado pelo príncipe regente, D. João. "Liberdade, Liberdade" tem a estrutura de uma série. É mais fácil este ritmo? Gosto dos dois formatos: novela e série. A vantagem de se fazer urna obra de 60 episódios é que a história vai direta ao assunto, não enrola. Esta novela ficará na história como a primeira a mostrar uma cena de sexo gay. Acha que isso já devia ter acon-tecido antes? Já vem muito tarde... E um tema que já deveria ter acontecido nos anos 90. O Brasil continua muito conservador nesse aspeto? Agora está a progredir mais depressa. Fi-

nalmente! Há coisas que já não são susten-táveis há muito tempo. Penso que estamos a ter bons avanços sociais. Escolheu ser ator por causa do teatro. Essa é a vertente que mais gosta? Não necessariamente. Mas foi o que des-pertou o meu interesse pela profissão. Não tenho nenhuma preferência. Gosto de um bom texto, independentemente de ser num filme, numa peça ou numa novela. Se você tem um bom diálogo, uma boa história, aí consegue trabalhar bem. E em "Liber-dade, Liberdade" tive um ótimo texto! O Mário [Teixeira, o autor] deu-nos diá-logos incríveis. Qual o maior desafio que enfrentou em "Liberdade, Liberdade"? O grande desafio foi ter de representar uma autoridade sobre o Rubião, que é a personagem do Mateus Solano. E ele é um

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Tiragem: 51500

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: TV e Jogos

Pág: 77

Cores: Cor

Área: 18,20 x 26,70 cm²

Corte: 2 de 2ID: 66738387 02-11-2016

Em abril de 2014, Gabriel casou--se com Isabel Nascimento. que é assistente de realização da TV Globo. No mesmo ano, nasceu Maria. única filha do casal

grande ator! Então, chegar à trama com uma personagem que precisa de ter auto-ridade sobre um ator que está fazendo tão bem o papel foi, na verdade, um desafio. E conseguiu isso? Acredito que sim. Encontrámos, eu e o Mateus, um ótimo lugar de contracena. As nossas cenas ficaram muito interessantes. Adorei contracenar com ele. Em adolescente, foi guitarrista. E ainda pertenceu a uma banda... E ainda toco, mas é só um hobbie.. Tive várias bandas quando era moleque [adoles-cente], mas era só para me divertir. Se pudesse voltar atrás, arrependia-se da carreira de ator e escolheria a de músico? Arrependimento não. Gosto muito de guitarra, de tocar rock. Poderia, facilmen-te, ter feito história no rock and roll (risos).

Ó duque de Ega vai fazer

frente ao vilão

da novela

Ser ator era mesmo o seu sonho de adolescente? Tinha essa dúvida na altura, porque toca-va em bares e estudava teatro ao mesmo tempo. Mas a minha mãe [Regina Braga, que vimos no papel de Cecília no remake de "Ti-Ti-Ti"] é atriz e o meu pai [Celso Nunes] diretor de teatro. Então, talvez me sentisse um pouco mais em casa no teatro. E aí eu fui para a Unicamp [Uni-versidade Estadual de Campinas] tirar o curso de teatro. Fez a escolha certa? Acho que sim. É uma profissão muito bonita. Gosto muito. O que é mais gratificante na vida de um ator? O melhor é quando temos um bom texto para interpretar. Ele nos permite ir para lugares que não imaginava que existissem!

É muito critico em relação ao seu tra-balho? Costuma ser muito exigente? Cada vez menos. Já fui mais quando era novo. Com a idade vamos ficando cada vez mais relaxados. Vamos entendendo que as coisas não são tão importantes co-mo pensamos que são. Aos 44 anos, diria que é um homem realizado? Sou sim! Muito feliz! Principalmente de-pois de a minha filha Maria nascer. Como foi ser pai? Ah, queria muito! Quando fiz 40 anos, tive uma vontade louca de ser pai. E aí surgiu a Maria! É a melhor coisa do mun-do, ela tem 2 anos e é um encanto! Passo muito tempo a tomar conta dela. Não sou um pai superprotetor, mas "puxei o travão de mão" quando ela nasceu. Parei um ano para ficar com a Maria em casa. Foi muito bom! O que gosta mais de fazer nos tempos livres? Toco guitarra, corro, brinco com a minha filha, ando de bicicleta com ela, viajo para a fazenda... Vou ao teatro e assisto a es-petáculos. Passo também bastante tempo com Isabel [Nascimento], a minha mu-lher. E gosto de estar com a minha avó, que tem 94 anos! Diz-se que a vida de ator não tem horá-rios. Mesmo assim, consegue ter tempo para a família? Não tenho uma rotina, mas ainda consigo ter tempo. Como referi, fiquei um ano sem trabalhar quando a minha filha nas-ceu, só para poder curti-la. Desde 1996, fiz cerca de 21 novelas. Dá uma média de uma novela por ano. O estúdio no Rio de Janeiro é muito longe da minha casa. Moro em Ipanema, e de lá para o Projac [o centro de Produção da TV Globo em Jacareparaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro] gasto uma hora e meia no trajeto. Então, se somarmos as 9 ou 10 horas de trabalho às três que gasto no trânsito... é um verdadeiro sacerdócio! ■

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A12

Tiragem: 16000

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 30

Cores: Cor

Área: 12,48 x 30,31 cm²

Corte: 1 de 1ID: 66753695 03-11-2016

SEQUESTRADOS

Desfibrilhador

Nem tudo é jornalismo de massagem, nem jornalismo de trampolim. Também temos o jomalismo desfibrilhador

Artur Pereira

Vivemos num mundo altamente comple-xo e interdependente, cheio de insegu-ranças e ameaças. A crise levou a pobreza a dezenas de milhões de pessoas na Europa que se jun-taram a outros tantos que já viviam na margem da sociedade, numa pobreza hereditária. sem esperança, esquecidos nos subúrbios. O único paradigma que funciona é o dos mercados, que condicionam as decisões politicas, e foram assumindo o papel que tradicionalmente era desempenhado pelos Estados. São os gigantes económicos sem rosto, insaciáveis, amorais, que determinam o nosso estilo de vida, a forma de como consumimos, os valores que guiam os nossos atos, e a ilusão de que pensamos por mérito próprio. Refiro-me à Apple, Google, Facebook e Amazon, que se assumiram como a encar-nação da nova nacionalidade em que pro-gride a sociedade contemporânea. Estes novos deuses que prometem colo-car mais longe, mais rápido, com cada vez menos de nós e do real, estão de facto a deixar-nos cada vez mais isolados, fragili-zados e insignificantes, numa realidade unidimensional, destorcida e doentia. Somos escravos voluntários numa rela-ção em que a liberdade tecnológica nos conduz a uma submissão intelectual. O que recebemos é a aparência e a simu-lação do real. A razão é pura ilusão, e a experiencia foi substituída pela digitali-zação dos sentimentos, somos conduzi-dos para uma fragmentação da vida atra-vés das redes, entendidas, como sociais. Nesta luta pelo direito a experimentar uma ideia, e da redescoberta do real, os jornais e os jornalistas têm uma função única. Albert Camus dizia: "Um pais vale o que vale a sua imprensa" Lamentava-se de que tinha feito demasiadas concessões e arrependia-se dos silêncios oportunistas que lhe tinham permitido salvar o seu posto de trabalho.

Claro que os jornalistas não realizam o seu trabalho no vazio e seria enganar as pessoas afirmar que dispõem de uma liberdade absoluta. Mas pode-se lutar por dizer a verdade e contar aos leitores o que sucede à nossa volta. Os factos são o que interessa, não as opiniões. Para nos sentirmos humanos aqui e agora, para nos resgátarmos da nossa própria indolência, para voltarmos ao que uma vez fomos, para esperarmos redenção. necessitamos dos factos, mas com dor. Precisamos quebrar o espelho onde nos olhamos todos os dias, pegar num peda-ço de vidro e fazermos um golpe. Con-frontar a dor. Olhar o golpe. Sentir a feri-da e a náusea. Uma conhecida cantora de flamengo dizia que sabia que tinha cantado bem quan-do a boca lhe sabia a sangue. O bom jornalismo é o que nos enche de marcas como feridas de navalha, o que te recorda que és humano, o que não te vai deixar dormir. Vejam o documentário do "The New York Times" intitulado "4.1 Mile". O titulo faz referencia às milhas de distância entre a Turquia e a ilha grega de Lesbos. São apenas 22 minutos e vão assistir a crianças resgatadas do Mar Egeu por um marinheiro grego chamado Kyriakos. Não é agradável de ver. Vão ver Kyriakos a dar massagens car-díacas a meninos flácidos que estão a morrer. Ou a tentar reanimar uma menina nua batendo-lhe nas costas. Vão ver Kyriacos, silencioso, ao leme, dizer: "O mundo tem que saber o que se passa aqui". Vão ver um menino, recém resgatado, enquanto outros caem à agua no meio de uma tempestade feroz, gritar à mãe entre lágrimas: "O pai subiu ao barco?" O pai não subiu. nem subirá. Podem ver um homem a afogar-se, mas que antes de desaparecer no fundo do mar estica o seu braço, na mão sustém um bebé. Cabe ao leitor decidir se deseja ser um cidadão ou um número de identificação fiscal presumido de livre. Nem tudo é jornalismo de massagem, nem jornalismo de trampolim. Também temos o jornalismo desfibrilhador.

Consultor de connotteaçào Escreve às quintas-feiras

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A13

Tiragem: 25947

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 4

Cores: Cor

Área: 15,44 x 10,34 cm²

Corte: 1 de 2ID: 66753453 03-11-2016

Razões de uma razão (XIX)

JOSÉ DE FARIA COSTA Provedor de Justiça

, através dos media que os cidadãos tomam conhe- cimento do que se passa em seu redor, fique este circunscrito à geografia

de uma cidade, país ou até do pla-neta_ As notícias que lemos em jor-nais e revistas, em suporte digital ou tradicional e já quase exclusivo papel, as reportagens que vemos

na televisão ou as entrevistas que ouvimos na rádio trazem histó-rias de ontem e hoje, daqui e dali. Nesta salutar diversidade de meios e conteúdos, encontramos dois importantes denominado-res comuns: o aprofundamento da ideia de democracia e o con-tributo para a cultura de respeito pelos direitos humanos.

Uma comunidade é, como sa-bemos, democrática quando con-ta com a participação de todos os seus membros. Estes, para que possam ter opinião (in)formada, carecem de (in)formação. Por ou-tras palavras: as pessoas precisam de informação que as auxilie a for-mar as suas próprias e estrutura-das ideias ou valores. Neste senti-do, o trabalho desenvolvido pela comunicação social densifica -porque ajuda a concretizar-o va-

lor democrático que, enquanto comunidade que somos, nos rege.

As opções que os representan-tes públicos e políticos adotam em nosso nome e em defesa dos nossos direitos são, muitas vezes, trazidas pelos media. Os proble-mas que assolam a comunidade não nos chegam ao sabor do ven-to. Seríamos, pois, um reduto de ignorância se não pudéssemos contar com o fluxo informacional que nos alimenta e do qual, em determinada medida, depende-mos.

Ao enriquecer a participação democrática, os meios de comu-nicação social já muito contri-buem para a paulatina constru-ção de urna cultura de respeito pelos direitos humanos. Mas fa-zem mais do que isso: trazem--nos, a todo o momento, relatos

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Tiragem: 25947

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 5

Cores: Cor

Área: 20,78 x 10,53 cm²

Corte: 2 de 2ID: 66753453 03-11-2016

de violações dos direitos mais basi-lares que, não raras vezes, se tradu-zem na perda da vida. A televisão e a internet ganham, neste ponto, posição de relevo com a rapidez com que nos informam de confli-tos bélicos travados, acidentes que acabaram de ocorrer, refugiados que pereceram na viagem que de-via ser de esperança e da terra que cessou de tremer. Mas esta instan-taneidade da informação, associa-da a uma pulsão comunitária noti-ciosa, nem sempre resguarda os necessários cuidado e distância que se impõem a quem retrata-melhor seria quem medeia- com-portamentos aviltantes dos nossos direitos mais fundamentais.

Há notícias bem feitas. Por cer-to que sim. Notícias bem feitas mesmo que o pedaço de realidade que contam seja feio, triste, até sór-dido. Notícias bem feitas, feitas de lágrima& De um sofrimento alheio que temos de ter por um momen-to que seja como nosso. Pois, en-

quanto comunidade que somos - e, ouso precisar, como comunida-de genuinamente comprometida com o "outro" que somos -, não podemos jamais esquecer que, mesmo em sofreguidão por infor-mação, o "outro" que hoje é notícia é, como sempre foi e será, um ser humano. Uma pessoa que, nas suas diferenças, é igual a si e a mim. Igual a todos nós e, por isso, mere-cedor do nosso respeito. É por con-seguinte no objeto da noticia e no modo como se difunde que a co-municação social contribui para a cultura de direitos humanos.

Não é, contudo, apenas com no-tícias sobre catástrofes humanitá-rias que os mediaconcorrem para a promoção e defesa dos direitos humanos; fazem-no, de igual jeito, ao serem meio de chegada e divul-gação de informação para o e do Provedor de Justiça. Em outras Ra-zões de Uma Razá o" esbocei, com a brevidade que se impõe a estes tex-tos, a importância das notícias que

me chegam através da comunica-ção social e que, com base na in-formação que nelas colho, deter-mino a abertura de procedimentos de iniciativa própria.

O relacionamento que se estabe-lece entre este órgão do Estado e a comunicação social não se alicerça somente nos inputs que me trans-mite. É, portanto, uma relação mais completa e complexa que nos une. Mais completa porque os media constituem, entre outras, formas de divulgação e público escrutínio da atividade que desenvolvo. Uma pu-blicitação que permite, ainda, dar a conhecer às pessoas as reais di-mensões e consequências das ma-térias de que cuido. Ou, dito por ou-tros termos, dar voz aos lamentos que nem sempre se corporizam em queixas masque, nem por isso, dei-xam de ser uma expressão -verda-deira expressão, friso -das reper-cussões do exercício dos poderes públicos na esfera individual de cada um. É, também, uma relação

mais complexa porque os meios de comunicação social aproximam--me dos meus concidadãos e em si-multâneo aproximam estes do Pro-vedor. Ao fazê-lo amplificam a ideia de serviço que preside à minha atu-ação. O Provedor de Justiça, como órgão do Estado que é, está ao servi-ço dos cidadãos e, servindo estes, serve em concomitância o Estado e a comunidade em que se insere.

Se os meus concidadãos não sou-berem da existência do Provedor não podem dirigir-me assuas preo-cupações. Se não identificarem as semelhanças dos seus problemas com aqueles de que trato poderão não ver os seus direitos cabalmente tutelados. E eu se não ler, ouvir e vir os desrespeitos pelos direitos hu-manos posso não defender estes, como me cabe. É, pois, fundamen-tal e evidente - para os cidadãos, para o Provedor de Justiça e para o Estado- a boa atividade dos meios de comunicação social. Há evidên-cias que é bom repetir e explicar.

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A15

Tiragem: 115000

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 16

Cores: Cor

Área: 5,20 x 19,25 cm²

Corte: 1 de 1ID: 66753526 03-11-2016

V ão longeosanosemque,parachegaràsnossascasaseaosnossoscarros,

a rádioapanhavaaboleiadasondashertzianas, curtasemédias(vulgoO.CurtaeO.Média).Aseguir, comasondasmuitocurtas,nasceuoFMeaestereofonia. Forampassosdegi-gantenaqualidadedosomnarádio.Asuacompanhiaeraagoramaisperfeitae confortável.Maisunsanosearádioviunascera Internet,e, comela,ossiteseredessociaisea“emissãoonline”.Enãoesperounada!Aproveitou logoparadaravol-taaomundocomasemissõesonli-ne.Emais!Aproveitouossitesere-dessociaisparasemostrar, lindaco-moé,aosseusouvintes, e, comeles,trocaropiniões, ideiasepiropos.ÉGrandeeBonita, a rádio!Semprevivaeprontaapartilharpalavrasemúsicasquenosfazemfalta,nãoé?

JOÃO PORTO ([email protected])segunda a sexta das 2h às 6h

A Rádiomultiplica-see cresce!

VOZESDA RÁDIO

ANTÓNIO RAMINHOSNO‘CAFÉ DAMANHÃ’ DARFMNilton, Pedro Fernandes, eMariana Alvim, a renovada equipadasmanhãs da RFM, recebeuAntónio Raminhos noCafé daManhã tentou convencê-lo avoltar todos os dias. Raminhosaceitou o convitemesmo sabendoque ia ter de acordardemadru-gada. Não percas, das 07h às 10h!

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A16

Tiragem: 93360

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 80

Cores: Cor

Área: 17,70 x 23,50 cm²

Corte: 1 de 3ID: 66754197 03-11-2016

Porto sentido É a memória viva de uma cidade que só ele sabe contar. Caminhante incansável, senhor

de uma curiosidade sem fim, Germano Silva conhece cada recanto, cada pedra

de um Porto que fez seu. A Universidade decidiu reconhecê-lo, concedendo-lhe o

doutoramento honoris causa

Já muitos se renderam à Invicta e até lhe entregaram o coração como prova de amor. O do rei D. Pedro IV permanece ainda hoje guardado numa caixa, na igreja da Lapa, doado após a sua morte por ordem expressa do monarca, em sinal de gra-tidão e afeto às gentes que o acolheram durante o período do Cerco entre 1832 e 1833, por força da Guerra Civil. Mas

poucos, como Germano Silva, fizeram essa doação à cidade em vida, de peito aberto. Não é por acaso que a exposição que o homenageia, patente até final do mês na Casa do Infante, tem por título O Porto no Coração.

E se há homens-cidade, como dizia o seu amigo, poeta e cronista Manuel An-tónio Pina, “Germano é o Porto”. A ele re-correm, ainda hoje, escritores como Má-

M Á R I O D A V I D C A M P O S L U C Í L I A M O N T E I R O

rio Cláudio, ou como o fazia em tempos Agustina Bessa-Luís, para se informarem ou tirarem dúvidas sobre alguém, algum pormenor ou lugar, para ilustrarem os seus romances. Era o que fazia também o atual cardeal-patriarca de Lisboa, quan-do antes assumia as funções de bispo do Porto. “Sempre que D. Manuel Clemen-te queria saber alguma informação sobre uma rua ou uma pessoa, nós tínhamos o

nosso telefone vermelho, que era ligar ao Germano”, conta, a sorrir, o padre Amé-rico, da Irmandade da Torre dos Cléri-gos e presidente do Conselho de Gerência da Rádio Renascença. “Ele é o nosso José Hermano Saraiva de serviço. O professor, através dos seus programas, ensinou-nos a ter amor e orgulho no País. O Germano faz o mesmo com o Porto.”

Com quase duas dezenas de livros es-critos sobre a cidade, muitas centenas de artigos escritos nas suas colunas sema-nais, no Jornal de Notícias e na VISÃO, e milhares de quilómetros percorridos em passeios organizados – agora de megafo-ne em punho para se fazer ouvir por uma audiência cada vez mais vasta, a lembrar “o homem da luta”, nas palavras bem-dis-postas do padre Américo –, Germano Sil-va tem de consultar a agenda sempre que alguém lhe pede uma entrevista ou quer convidá-lo para alguma coisa. Aos 85 anos,

Sempre que D. Manuel Clemente queria saber alguma informação sobre uma rua ou uma pessoa nós tínhamos o

nosso telefone vermelho, que era ligar ao Germano (Padre

Américo Aguiar)

P E R F I L

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Tiragem: 93360

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 81

Cores: Cor

Área: 13,61 x 23,50 cm²

Corte: 2 de 3ID: 66754197 03-11-2016

O homem e a cidadeO meu chefe de redação no Jornal

de Notícias disse-me uma vez: “O não saber não é mau, o não querer

saber é que é pior. E tu para seres um bom repórter da cidade tens de

conhecer a cidade e a História dela.” E eu lá me atirava ao anuário Santos

Viseu, que era a nossa internet da altura, à procura de ruas, de lugares,

de pessoas que ali moravam, e ia tomando notas nos meus cadernos.

A partir daí nunca mais deixei de procurar saber mais sobre a História

do Porto, da sua gente, das suas tradições e dos seus costumes.

Depois comecei a comprar livros, a completar as séries d’O Tripeiro.

Comecei a ir aos arquivos, ao distrital, ao da câmara, que está na Casa

do Infante, e ao da Santa Casa da Misericórdia. O Porto é uma cidade intimista, onde as pessoas têm um grande sentido de solidariedade.

É uma cidade com uma história muito rica que se afasta da História dos reis

e que se aproxima da História das gentes. Ir a escolas, coletividades ou universidades de terceira idade

para falar do Porto e das gentes que fizeram do velho burgo medieval o que é hoje – esta é das coisas

mais gratificantes que me podem acontecer. Tomo e assumo essas

funções como um privilégio e por isso nunca as recuso.

completados em outubro, arrisca mesmo a dizer que trabalha mais hoje do que antes de se reformar. Mas, afinal, isto também não é bem trabalho. “O que faço é por pai-xão, porque adoro o Porto, as suas gentes, os seus lugares, a sua história”, justifica o jornalista curioso que se fez historiador.

Foi essa “insaciável vontade de saber aliada à enorme capacidade de transmitir para um público alargado os frutos dessa paixão” que levou a Universidade do Porto a aprovar, por unanimidade, a concessão do doutoramento honoris causa, entre-gue esta quinta-feira, 3. “A forma como consegue passar para um público muito alargado pedaços da história portuense transformaram-no numa referência in-contornável da cidade e da região, reco-nhecido e admirado de uma forma abran-gente por portuenses de todas as áreas sociais e da cultura”, afirma à VISÃO o reitor Sebastião Feyo de Azevedo.

CALMA, QUE NÃO TENHO A TUA IDADENatural de São Martinho de Recezinhos, Penafiel, onde nasceu a 13 de outubro de 1931, chegou ao Porto ainda miúdo, mas bem a tempo de lhe revolver as entranhas, como hoje se vê. Filho de uma doméstica e de um guarda-freio, o mais velho de qua-tro irmãos (dois rapazes e duas raparigas), António Germano Silva cedo revelou jeito e vocação para os estudos. E a professora bem tentou abonar em seu favor, mas os tempos eram difíceis e a prioridade era aju-dar no orçamento familiar, por isso teve de os abandonar e começar a trabalhar. “Aos onze anos fui marçano. Trabalhava numa loja de retrosaria em Santa Catarina e ga-nhava 80 escudos por mês. Nem chegava a levar o dinheiro para casa porque passava no senhorio e pagava logo a renda”, lembra.

Acabou por sair porque entendeu, enver-gonhado, que o desgaste da roupa que vestia não se coadunava com o trabalho atrás do

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Tiragem: 93360

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 82

Cores: Cor

Área: 17,70 x 23,50 cm²

Corte: 3 de 3ID: 66754197 03-11-2016

P E R F I L

balcão, de frente para os clientes. Passou de-pois por uma fábrica de fósforos e outra de lanifícios, e foi quando estava nesta última que resolveu voltar à escola, à noite, após o trabalho. Para isso tinha de percorrer a pé quase toda a cidade, de Lordelo do Ouro até à Baixa. No inverno, por causa do frio, pas-sava primeiro por casa para vestir o sobre-tudo de trabalho do pai, a que a mãe, diária e meticulosamente, tirava os botões amarelos da empresa e colocava outros, mais discre-tos. Quando Germano chegava, já tarde, a mãe voltava a pôr os botões originais para o marido levar o sobretudo para o trabalho no dia seguinte.

Com o curso tirado na escola comercial Oliveira Martins, acabou por surgir-lhe a oportunidade de chegar a funcionário ad-ministrativo no hospital de Santo António e, fruto dos contactos que tinha com jornalis-tas à procura de histórias, chegar mais tarde ao Jornal de Notícias. Primeiro para cola-borar no Desporto e depois para fazer de tudo. “Cheguei ainda no tempo em que es-crevíamos com o aparo. De tempos a tem-pos lá passava o contínuo com um grande frasco de tinta para encher os tinteiros.” No jornal, em 40 anos, passou por quase todos os lugares possíveis: colaborador, estagiá-rio, repórter, redator, chefe de redação. De-pois disso passou também pelo semanário O Jornal e fez parte do grupo que fundou a VISÃO, da qual foi responsável pela redação do Porto, e com a qual ainda hoje colabora através das suas crónicas semanais. Foi no jornalismo, de resto, que ganhou a curio-sidade e o gosto por descobrir a cidade, as pessoas que a habitaram e a história por trás de cada placa toponímica. “Passava, e ainda

passo, muito tempo no arquivo distrital, no da Câmara e no da Santa Casa da Miseri-córdia a pesquisar”, diz, orgulhoso. A par disso foi começando a completar a revista O Tripeiro e a comprar livros, documentos, postais, fotografias, tudo. Ainda hoje mui-tos livreiros e alfarrabistas – como é o caso especial do seu amigo Nuno Canavez, da li-vraria Académica – lhe guardam tudo o que aparece antes mesmo de incluírem nos seus catálogos. “Como posso esquecer o seu en-tusiasmo em me fazer chegar um livro que é o número um de uma primeira edição do grande historiador dos Descobrimentos, o embaixador Duarte Leite, dedicado ao meu avô, ou muitos outros com dedicatória dos autores aos meus familiares?", questiona, emocionado, Artur Santos Silva, adminis-trador da Fundação Calouste Gulbenkian e amigo do historiador.

Adepto fervoroso, tal como ele, do FC Porto, o escritor Álvaro Magalhães, 20 anos mais novo, não esquece também “aquela genica”, que Germano tem ainda hoje, aos 85 anos. “Vamos muitas vezes ver o futebol juntos porque somos amigos e moramos perto. Quando o Porto perde custa bastante subir depois aquela alameda, mas ele vai sempre no passo rápido dele, e eu, às vezes, tenho de lhe dizer: 'Ó Germano, vai com calma que eu não tenho a tua idade'”.

Essa jovialidade surpreende toda a gen-te, mesmo os que melhor o conhecem, mas Artur Santos Silva prefere, ainda assim, destacar à VISÃO, “o lado humano, a sua irradiante boa disposição, a alegria de viver que respira por todos os poros, a afabilida-de e as convicções, a firmeza do caráter, a sua abertura aos outros, o gosto de nos en-sinar e valorizar, os gestos em que demons-tra ser um príncipe na aristocracia dos comportamentos”. O padre Américo con-firma, palavra por palavra, esse “homem de afetos”. “Acho que podemos falar assim, até porque estamos a viver uma era marcelis-ta”, diz, com humor. E revela até algumas mensagens de telemóvel trocadas com o historiador, “em que ele faz sempre questão de as terminar com ‘um Xi’, do Germano”. Um coração do tamanho do Porto. [email protected]

Cada passeio com ele é memorável. É uma enciclopédia viva, conhece cada pedra, cada

lugar. [O Germano] devia ser preservado, porque é a memória

viva da cidadeÁlvaro Magalhães, escritor

Homenagear Germano Silva é manifestar toda a admiração que é devida a alguém que é insuperável

no seu amor à cidade, em saber gostar dos outros, em redescobrir e valorizar o passado para melhor

caminharmos no nosso futuroArtur Santos Silva, presidente

da Fundação Calouste Gulbenkian

O Germano tem um modo de estar generosamente connosco, de nos falar sobretudo com atos da sua amizade, e de nos fazer

sentir, lendo as suas crónicas, que pertencemos a uma cidade que ele

em muito criouJosé da Cruz Santos, editor

O que torna Germano Silva único enquanto estudioso e divulgador da história da cidade do Porto é o facto de conseguir aliar a sua insaciável vontade de saber à

enorme capacidade de transmitir para um público alargado os frutos

dessa paixãoSebastião Feyo de Azevedo,

Reitor da U.P.

Reformado, mas pouco Fez quase toda a sua carreira de 40 anos de jornalista no JN. Reformou-se em 1996, mas todos os domingos escreve uma página dedicada ao Porto. Na VISÃO, onde colabora desde o primeiro número, assina crónicas na revista e no site

Germano Silva já publicou quase duas dezenas de

livros sobre o Porto e tem milhares de quilómetros percorridos pela ruas da

cidade, em passeios guiados, normalmente de megafone

em punho

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A19

Tiragem: 55000

País: Portugal

Period.: Mensal

Âmbito: Outros Assuntos

Pág: 44

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Área: 12,96 x 18,00 cm²

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Tiragem: 55000

País: Portugal

Period.: Mensal

Âmbito: Outros Assuntos

Pág: 45

Cores: Cor

Área: 12,02 x 17,40 cm²

Corte: 2 de 12ID: 66730260 01-11-2016

Aurélio Carlos Moreira

É o profissional de rádio mais antigo em Portugal

ainda no ativo. Trabalhou com nomes como

Fernando Pessa e Fialho Gouveia, e lançou

profissionais como João Paulo Dinis, Carlos

Ribeiro e José Candeias. A Júlio !sidra diz que

perdoa o facto de não ter começado consigo.

A fazer a rádio há 60 anos

TEXTO: MARTA GROSSO FOTOS: JOANA BOURGARD/RENASCENÇA

Cf NASCIDO NO PORTO, Aurélio Carlos Moreira, 78 anos, sempre se sentiu atraído pelas ondas da rádio. Por volta dos seis anos, convenceu o pai a inscrevê-lo como sócio de uma rádio local para poder pedir discos: «Estávamos no princípio dos anos 40, por altura da [Segunda) Guerra e as rádios ainda não so-breviviam à custa da publicidade. E lá estava o Aurélio, semanalmente, a pedir o disco e a ouvir: "Agora, para o menino Aurélio, vamos transmitir" esta ou aquela música», conta numa entrevista que 1->

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deu na Renascença, uma das rádios onde ajudou a fazer história e que ainda hoje o acolhe como profissio-nal. No dia 4 de agosto de 1956, a sua paixão começou a tomar forma. Aos 17 anos, já em Lisboa, descobriu que, se produzisse um programa da sua autoria, poderia ser locutor. «Então criei um programa que se chamava "Viagem musical" - não era mais que uma viagem semanal a uma locali-dade de Portugal, em que se falava dos seus monumentos e dos seus atrativos turísti-cos e da música dessa terra ou região».

O programa passava na Rádio Peninsular, um estúdio dos Emis-sores Associados de Lisboa: «Na altura, praticamente só havia quatro rádios: a Emis-

que, antes dos 18 - altura em que atingiu a maioridade na sequência da morte do pai - já tinha criado outro programa: «Música e curiosidades».

ETAPA A ETAPA Uma das principais características de Aurélio Carlos Moreira é nunca parar.

Alcançado um objetivo, parte para a próxima conquista. Assim tem sido ao longo destes 70 anos de atividade radio-fónica, muitos dos quais nos bastidores dos mi-crofones, a produzir: «Gosto de pegar numa ideia e de a tornar reali-d a de.» Mas muitos outros passou-os agar-rado ao microfone, na rua.

As reportagens da Volta a Portugal em Bicicleta marcam a sua vida e a história da rádio: «Fiz 23

CD Uma das

principais características

de Aurélio Carlos Moreira é

nunca parar. Alcançado um objetivo, parte para a próxima

conquista.

sora Nacional, a Rádio Clube Português, a Rádio Renas-cença e os Emissores Associados de Lisboa. Esses associados agregavam quatro estúdios: Rádio Peninsular, onde eu comecei, Rádio Graça, Clube Radiofónico de Portugal e ainda a rádio Voz de Lisboa. Eram as 24 horas do dia divididas por esses quatro estúdios. No Norte, eram os Emissores do Norte Reunidos.»

A «Viagem Musical» tinha voz e produção de Aurélio Carlos Moreira,

Voltas a Portugal em Bici-cleta e dois campeonatos do mundo de ciclismo, um na Bélgica e outro na Suíça.» Além disso, esteve em inúmeras provas de ciclismo por etapas.

Tudo começou em 1959, na Rádio Peninsular: «Um ano depois acharam que eu podia levar a Rádio Renas-cença, que nunca tinha estado presente, a essa prova desportiva, por intermédio do programa "Diário no Ar': Em 1961, voltei à Rádio Peninsu-lar com a Volta. Foi um ano estanque

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11 Aurélio Carlos os corredor da

Rádio Sim, onde

•J trabalha.

Iffillikillii

da Renascença, que depois só voltaria a estar presente, também por meu in-termédio, em 1976, quando reabriu depois da ocupação.»

ALÉM DO CICLISMO, Aurélio esteve presente no futebol. A rir, conta como foi obrigado a fazer o relato de um jogo. E o culpado foi Ribeiro Cristó-vão: «A Renascença fez um acordo com uma rádio do Canadá e fizemos uma época total, de 1977/78, para essa estação. Em determinado dia, o jogo era no Restelo, entre o Belenen-ses e o Sporting, e eu preparava-me para fazer o que costumava fazer nos domingos, mas o Ribeiro Cistóvão de repente recebe uma chamada a dizer que quem deveria fazer o relato para a Renascença tinha ficado doente. E disse: "Não há outra alternativa. Eu salto para a Renascença e tu [Aurélio] fazes para o Canadá!' Foi uma miséria. Porque só jogaram os jogadores do Belenenses. Eu era adepto do Bele-nenses, conhecia-os muito bem e muito pouco os do Sporting. Portanto, só jogaram os de camisola azul. Os outros ficaram a um canto», recorda com boa disposição.

Fora do desporto, as reportagens mais marcantes foram as de 1976. Da eleição democrática do primeiro pre-sidente da República, as primeiras eleições legislativas e as primeiras au-tárquicas.

«A outra reportagem também mar-cante foi em 1982, pela visita de João Paulo II a Portugal. A Renascença quis

que eu fizesse parte das equipas de reportagem, e a primeira foi precisa-mente quando João Paulo II esteve na Sé de Lisboa, em oração. A minha emoção era tão grande que, quando dei por ela, estava a dois metros de João Paulo II, o que era proibido. Podia-me ter custado caro, mas correu tudo bem», diz.

«NÃO PASSEI PELA RÁDIO. VIVI A RÁDIO.» Um dos programas de Aurélio Carlos Moreira com maior popularidade foi o «Páju» (Passatempo para Jovens), criado em 1957 para o então Rádio Clube Português.

«Era tão popular, que eu tinha a sa-

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Carta() do Diário Ilustrado, em 1959.

tisfação de por vezes entrar numa cabine telefónica e ver lá escrito: "Aurélio Moreira: 53566." Era o telefone da Rádio Peninsular. Assim, os jovens, quando safam do liceu, iam à cabine telefónica e já lá estava o número para telefonarem para o programa a dar uma sugestão.» Começou como programa semanal, mas passou a diário nos Emissores Associados de Lisboa e na Madeira. Acabou por chegar a Angola. No total, o Páju esteve 42 anos no ar.

«Eu poderia ter feito o programa sempre como locutor. Era até uma forma de economizar, porque não tinha de pagar cachês, mas tive o João Paulo Dinis, a Maria Helena Falé, a Maria de Lurdes Carvalho; depois, mais tarde, na Renascença, o Rui

Pêgo, o Carlos Ribeiro, o José Can-deias... ia chamando os elementos que eu achava que eram capazes de enaltecer o programa e de o me-lhorar ainda. E passava eu para um segundo plano», conta para explicar como lançou «novos valores».

«Depois, outras pessoas, até ligadas ao jornalismo, começaram comigo. Por exemplo, o Sena Santos, que começou quando eu tinha o "Páju" no Rádio Clube Português; o José Leite Pereira, que foi diretor do Jornal de Notícias; técnicos como o Manuel Tomás, que hoje é um considerado realizador de televisão. O Maurício do Vale, no aspeto de tauromaquia, começou comigo a produzir um programa chamado "Olé Páju" e depois é que passou para a Rádio Re-nascença.»

Foram muitos os nomes: «Ou os fui descobrindo porque os ouvia, ou eles vinham ter comigo e eu fazia uma seleção. Principalmente, tinham de ter uma qualidade: era gostar da rádio tanto como eu gosto.»

Na Renascença, começou em 1958, quando Maria Helena Bramão, produ-tora do programa noturno «Poeira de Estrelas», o convidou para a locução. Aurélio não deixou, contudo, a Rádio Peninsular: «Nessa altura era permi-tido estarmos fixos numa rádio e irmos colaborar no programa de outra estação. A rádio vivia dos produtores independentes. Compravam espaço à rádio e produziam os programas.»

Em 1960, Aurélio integra uma

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mudança importante na Renascença. O início do «Diário no Ar», que veio preencher o vazio de emissão entre as 15 e as 18 horas.

«ERA UM AUTÊNTICO JORNAL. Não era meu, portanto, posso falar à vontade. Eu era apenas um elemento da equipa. O programa era do Fialho

Gouveia e do Paulo Cardoso, também locutor na RTP e um repórter extraor-dinário. O Fernando Pessa também colaborava, e esse programa foi, na verdade, uma pedrada no charco, porque era de música, mas principal-mente de informação.»

Informação a todos os níveis: «Acompanhámos festivais, e eu con-

«O MEU AURELIANO»

Que posso eu dizer do Aurélio que não possa já ter sido dito... O Aurélio é o Aurélio, está tudo dito! Sempre com a sua piada, mais novo do que a idade física aparenta, e sempre, mas sempre a pensar na produção de novos programas ou rubricas para a rádio. Respira e vive a rádio como ninguém. A rádio de outrora, e a de agora.

Temos muitas semelhanças na forma de pensar, de estar e de fazer rádio. Isso foi uma das coisas que nos aproximaram desde o início. Depois, o facto de eu fazer anos no mesmo dia do seu falecido filho. Nesse dia, falamos sempre um bocadinho e recordamo-lo com emoção. É o seu momento, e eu gosto de poder fazer parte desse momento, em que um pai recorda com tanto amor e carinho um filho. Nunca conheci o filho do Aurélio, mas sinto que sempre o conheci.

O meu querido Aurélio Carlos Moreira tem um bocadinho de si em

todos os que o conhecem, que lidam ou lidaram com ele. Ele é definitiva-mente uma pessoa marcante. Deu-me sempre muitos conselhos e opiniões, esteve lá sempre que eu precisei, e ainda está. Apesar de estarmos longe, ainda falamos com regularidade, e eu ainda lhe peço conselhos. Tal como ele próprio diz: «A Teresa tem idade para ser minha filha.» Modéstia à parte, tenho-o sido, sem a parte de lhe pedir dinheiro. (Tenho de pensar nisso. Aurélio!) Porque as preocupações que um pai possa ter em relação a uma filha, o Aurélio teve-as sempre.

Sou uma pessoa muito mais completa por ter o Aurélio Carlos Moreira na minha vida, e sei que ninguém é imortal, mas, Aurélio, já lhe disse por variadissimas vezes, está PROIBIDO DE MORRER, pelo menos nos próximos quinze anos. Um grande beijinho ao meu querido Aureliano, como carinhosamente lhe costumo chamar.

Teresa Silva, Locutora/Formadora, ex-colega de Aurélio Carlos Moreira

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segui levar a Rádio Renascença à Volta a Portugal por intermédio desse programa», que tinha um slogan muito interessante: "Tudo aquilo de que você gosta é a nossa especiali-dade."»

Além do «Diário do Ar», Aurélio Carlos Moreira destaca três marcos na história da Renascença. O primeiro, em 1977, quando começou a funcio-nar 24 horas: «A Renas-cença fechava às duas da manhã e só reabria às 6. Durante essas quatro horas, não havia qualquer programação. Sugeri ao engenheiro Magalhães Crespo criarmos um programa noturno», e surgiu o « Encontro da madru-gada», no qual colabo-raram Ausenda Maria, recentemente falecida, Ribeiro Cristóvão e Rui Pêgo.

O segundo aconte-ceu em 1985, quando foram criados os emissores regionais, aproveitando os emissores de onda média. «Eu fui encarregado da Voz do Alentejo, que foi o primeiro e nasceu a 20 de abril de 1985, depois fui criar o emissor de Viseu - a Voz de Viseu - um ano e meio mais tarde; logo em seguida, a Voz de Leiria, no início dos anos 90; depois a Voz do Algarve, com os estúdios em Faro. E também colabo-rava com a Voz de Lisboa, que na

altura tinha a colaboração do Henrique Mendes e do Fernando Almeida.»

Entre o «Encontro da madrugada» e os emissores regionais, deu-se o terceiro marco:

«A Rádio Renascença separou a onda média do FM, para poder criar a Renascença FM. Eu separei a onda média da FM com um programa que

era apenas transmitido através do emissor de Muge e do emissor do Porto. Era o "Todos à Uma", um programa da uma às três da tarde, que foi iniciado por mim e pelo Rui Pêgo. Mas logo a seguir o Rui Pégo foi-se encarregar do FM e eu fiquei sozinho no AM.»

Aurélio não se esquece de urna data. E explica porquê: «Porque eu não passei pela rádio. Eu vivi a rádio.»

«UMA VIDA CHEIA DE COISAS» Aurélio Carlos Moreira está a preparar um livro onde conta as inúmeras his-tórias que viveu: «Conto que seja pu-blicado, se não no final deste ano, logo no inicio do ano que vem. Nele conto essas histórias todas, porque não foi só a rádio que ocupou a minha vida.»

Durante os mais de 40 anos de «Páju», Aurélio lançou uma revista

o Foram muitos

os nomes: «Ou os fui

descobrindo porque os ouvia, ou eles vinham ter comigo e eu

fazia uma seleção. »

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No silvai de Sanremo, Itália, em 1967, a

entrevistar o cantor Peppino Di Copri.

com o nome do programa e depois uma outra, a cores, dedicada ao Alentejo e chamada O Alentejo Ilus-trado. Era vendida em todo o país e focava um pouco de tudo: a parte cultural, desportiva, recreativa, a parte de dar a conhecer aos próprios alen-tejanos pessoas conhecidas que eles não sabiam que eram alentejanas.

Mais tarde, nos anos 90, lançou um jornal da rádio, para divulgar a rádio ao nível nacional e o movimento das rádios locais, que foram muito impor-tantes. De tal maneira, que também fundou uma rádio local: «Ainda sou cooperante dessa rádio, que foi a

primeira a sul do país: a Rádio Pax, de Beja. Enquanto não foi legalizada, esteve em meu nome, durante aquele tempo todo», conta.

Aurélio Carlos Moreira passou também pela televisão. Em 1958, com 20 anos, entrou para a RTP como adjunto do serviço de produção e pu-blicidade, liderado por Artur Varatojo - «um nome muito famoso na televi-são, porque tinha um programa de investigação policial com o nome "Inspetor Varatojo"». Aurélio tinha a seu cargo a produção de uma série de programas, como o «Castelos de Portugal» e «Recantos de Portugal».

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Aurélio Carlos oreira, em plena

emissão, nos

Renascença.

Mas durou pouco tempo na televisão: «Estive um ano e tal, porque a rádio... a rádio é a minha paixão», admite.

Foi a rádio que o levou a Cabo Verde, onde esteve cerca de um ano e meio a dirigir a Rádio Clube, hoje uma rádio nacional.

«QUANDO CHEGUEI LÁ, a rádio tra-balhava umas cinco horas por dia. Quando saí já trabalhava 16 horas diárias. Fizemos os primeiros relatos de futebol, as primeiras transmissões inter-ilhas, mas a parte que me sa-tisfaz mais é deixar sementes. Ainda hoje, na televisão e na rádio de Cabo Verde estão elementos que começa-ram ao meu lado, o que é fantástico. Começaram na altura com 20 anos e

hoje são homens de 50 e tal anos de idade e que continuam a contactar comigo e a recordar esses bons momentos.»

Um dos que Aurélio gosta de recordar é o concurso de misses. «Tinha de estar presente com as belezas de Cabo Verde em reporta-gens, e depois vim com elas represen-tar o país ao Casino do Estoril.»

Enfim, uma vida cheia de coisas. «Eu próprio fico surpreendido, quando agora começo a ir buscar coisas para o livro. E digo: "oh, Aurélio, conseguiste fazer isto tudo?" Estive também presente em festivais da canção - no total, talvez some mais de 60 - Eurovisão, quatro ou cinco, OT1, que eram os festivais na América do Sul, uns cinco.»

A RÁDIO É A RÁDIO Aurélio Carlos Moreira recorda os tempos em que a rádio era sempre feita em direto. Raro era o programa gravado. «Tinha de pedir autorização e explicar bem porque queria gravar o programa», recorda. «O direto... o direto é outra coisa», reforça.

Mas a rádio é a rádio. «Só há uma forma diferente de a tratar», e hoje, diz Aurélio, «é por vezes muito mal tratada». Não gosta de falar sobre isso, mas lamenta algumas alterações.

É o caso das playlists (lista de discos que passam). «Eu concordo que, devido aos estudos atuais, tem de se dizer que esta rádio é para um público assim e assado, mas... nada impede

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«O SEU EXEMPLO É UMA INSPIRAÇÃO»

Sabedoria, experiência, respeito -estas podem ser as palavras escolhi-das para falar do Aurélio Carlos Moreira. Quem trabalha com ele prefere acrescentar outras: sorriso, apoio, coração. O Aurélio (sim, nenhum de nós tem permissão para o tratar por «senhor») é um compa-nheiro, um de nós.

Provavelmente, não terei a felici-dade de assinalar 60 anos de rádio ainda no ativo. Dificilmente chegare-mos lá, abraçados pelo carinho de todos os colegas. E quando digo todos, é literal. Desde os que agora começaram o seu percurso, aos que já têm muitos anos de rádio. Costumo dizer por graça várias vezes: «0 Aurélio é como Deus Nosso Senhor... está em toda a parte!!» Não há dia em que não percorra os depar-tamentos das diversas rádios do Grupo Renascença. Por todos eles distribui uma graça, um sorriso ou uma palavra de incentivo.

A vida do Aurélio não foi fácil; muito pelo contrário, pregou-lhe partidas que nenhum de nós deseja a ninguém. Por isso também, o seu exemplo é uma inspiração. Com ele aprendemos que só se envelhece se deixarmos.

Na Rádio Sim, temos a veleidade de achar que esta rádio lhe trouxe novo fôlego. Esta equipa valoriza os afetos e tem muito orgulho em té-lo como companheiro de programas.

Trabalha todos os dias, como se tivesse 20 anos. É persistente e não desiste daquilo em que acredita.

E o coração do Aurélio? Feliz-mente está de boa saúde! Só falta reforçar a sua grandeza. Ao longo dos anos ajudou quem lhe pediu e ajudou quem adivinhou precisar de ajuda. E disso nunca fez alarido, como fazem as pessoas desinteressa-damente generosas.

Sempre achei fascinante o facto de os mais novos lhe acharem graça. O meu filho mais velho tem hoje 21 anos; na sua adolescência frequen-tava muitas vezes o meu local de trabalho. Se o perdia de vista já sabia onde estava: fechado num qualquer estúdio a ouvir as histórias do Auré-lio. Soube depois que ainda guarda um texto que o meu filho escreveu e lhe mostrou.

Há dias não põde acompanhar-nos num evento privado da Rádio Sim. A filha de um dos nossos colegas perguntou porque é que não vinha «a pessoa mais simpática da equipa».

Poderia contar várias histórias, partilhar várias imagens, mas jamais poderia transmitir o que significa para todos nós.

É verdade que ainda não falei dos seus anos de rádio, das suas ideias «loucas» para fazer coisas novas, do seu profissionalismo. Mas terão de sobrar palavras para os 70 anos de rádio.

Dina Isabel, Diretora Renascença r/com

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Corte: 11 de 12ID: 66730260 01-11-2016que uma pessoa de 30 anos goste de ouvir músicas que passamos na Rádio Sim, pensada para um público com mais de 55 anos, ou que uma de 60 ou 70 anos vibre com os êxitos que agora passam na RFM, por exemplo.»

O radialista mais antigo da rádio portuguesa critica que os ouvintes sejam postos em «caixas», sem grande escolha. «No outro dia estive a ouvir uma cassete, do tempo das cassetes, do meu programa "Páju" do princípio dos anos 70, e o curioso é que aquele programa, com uma ou outra adapta-ção, podia ser encaixado na Mega Hits, ou na RFM. E não me deixava malvisto», comenta.

É por isso que, se por um lado a compilação de memórias para o seu livro lhe traz a satisfação de reviver bons momentos, por outro faz crescer alguma tristeza: «Porque faço compa-rações.» Isso não significa, contudo, que falte gente de qualidade na rádio de hoje. «Há gente magnífica! Só lamento que por vezes não os deixem crescer.»

De sorriso fácil e com uma piada sempre pronta, Aurélio Carlos Moreira assegura atualmente os serões da Rádio Sim (Grupo Renascença), com o programa «Suave é a Noite». Faz a locução. Porque o seu maior defeito, segundo o próprio, é «acordar todos os dias com ideias». E já tem planos para um novo programa: um espetá-culo semanal, ao vivo, com público e convidados. Sempre em direto.

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AURÉLIO CARLOS MOREIRA 60 ANOS DE RÁDIO

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CC

JOÃO GALAMBA — A NOVA PICARETA-FALA

PS.O GALAMBISMO É UM ESTILO PRÓPRIO: DURO OU MESMO ALGO

O "ABOMIN GALAMBA"

Pulido Valente baptizou-o. Mas antes, já o socialista chamara "sonso" a Passos Coelho, "sala7;trento"

a Cavaco, "filho da puta" a um blogger. É demais para uns, eficaz para outros. Por Maria Hemique Espada

ldrabão": "mentiroso": "endoidou*", "filho da pu-ta". "se alguém te der um murro nas trombas...":

"não sabe ler", "sonso", "hipócrita", "de conversa salazarenta", "miserá-vel'', em "alucinações com o Diabo" e "pouco contacto com a realidade".

João Galamba, 40 anos, já disse ou escreveu tudo isto, com alvos varia-dos (Cavaco Silva, Passos Coelho, Nuno Magalhães. urna jornalista. de-putados de outras bancadas, etc.). É porta-voz do PS e a cara que mais aparece a defender as posições do Governo. Reage, comenta, debate, discute, na televisão, no parlamento, nas redes sociais. Mas o "estilo Ga-lamba" irrita, mói e desconcerta como provavelmente nenhum outro na política portuguesa.

A semana passada, Vasco Pulido Valente, depois de o ver num debate sobre o orçamento. na TVI, definiu assim esse estilo, no Observador: "Não se percebeu nada de coisa ne-

o João Galamba numa adaptação de um cartaz que circulou na Net

No Sem Modera-ção, no Canal Q: aí tem um registo sereno. A sério

o Na SIC Noticias, oscila: pode ser calmo ou entusiasmar-se. Nunca se sabe

"O SR. GALAMBA NÃO TEM BOAS MA- NEIRAS OU

EDUCAÇÃO", ACUSOU

VASCO PULI- DO VALENTE

nhuma. João Galamba falou mais do que toda a gente Junta (de facto, ber-rou quase sozinho durante todo o tempo), interrompeu, não permitiu que ninguém acabasse um argu-mento e muitas vezes nem sequer uma frase. O sr. Galamba não tem boas maneiras ou educação." Desi-gnou-o ainda por "abominável Ga-lamba" e "demagogo de feira".

"Mas viu o debate?". questiona João Galamba? "Viu?", insiste com a SÁBADO. O debate, pelo menos por padrões galámbicos, foi calmo. Pro-blema: mesmo quando não tira pro-veito, não se livra da fama que se lhe colou ã pele. Na TVI. disse uns apar-tes, insistiu em terminar um argu-mento quando o moderador quis in-terromper, mas esteve longe da sua violência no parlamento ou noutros debates: num com Nuno Magalhães, líder parlamentar do CDS, em Se-tembro de 2015, a guerrilha foi de tal ordem ("Não gosto de sonsos nem de hipócritas"; "E eu não gosto que

me chamem sonso e hipócrita": "Não lhe estou a chamar a si"— era para Passos Coelho) que o modera-dor se calou e disse "quando puder fazer uma pergunta avisem".

"É natural que as pessoas que não são do PS tenham mais antipatia.

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Um caso e uma gafe O link-pirata, alguém pode arranjar?

Ajustes directos com a unidade de missão de cuidados continuados: foi das poucas polé-micas a incomodá-lo, por se insi-nuar favorecimento: "Aconteceu numa altura em que não conhe-cia Sócrates de lado nenhum. O ajuste era para trés pessoas, co-meçámos a trabalhar em Janeiro, e o contrato só pode ser feito em Agosto. Mas quem fez a notícia não ouviu a explicação"

Link para o Sporting-FC Porto, há? Fez o pedido no Twitter em 2013. Queria um link-pirata, já que o jogo passava na Sport

Agora. isso [a descrição de Pulido Valente] é uma caricatura e um exa-gero que não corresponde à verdade. Se viu o debate... Reconheço que sou acutilante e duro, mas quando me ir-rito é porque acho que quem está a debater não está a ser sério." Vê dois lados nas reacções que sabe que desperta: "O que para uns são exces-sos. para outros serão a minha me-lhor qualidade. As coisas tèm sempre dois lados'', reclama à SÁBADO.

"Não é fofinho" Daniel Oliveira. que debate com ele no programa Sem Moderação (Canal Q e TSF), diz que polémica que gera "é um elogio ao João. A direita está habituada e debater, à esquerda, com pessoas fofinhas. O Vasco Puli-do Valente, o João Pereira Coutinho, ou o João Miguel Tavares (colunistas de direital são de uma violência que às vezes roça a quase má-educação. O João. para o bem e para o mal, não é fofinho. O VPV diz que ele é abo-minável? É uma medalha". É por isso que é "muito eficaz, e um debatente temível e muito preparado". Tanto, que acha que o PS abusa: "O PS não tem muitas pessoas como ele. E às

vezes tem é trabalho a mais e fala de assuntos que não o merecem." A toda a hora.

João Miguel Tavares, que na sua coluna no Público se pronunciou contra a "galambização da Pátria", diz que a linguagem é "aguerrida ou agressiva", mas não lhe parece grave (ele próprio é autor de uma coluna intitulada "0 respeitinho não é boni-to"). Mesmo assim reconhece-lhe o efeito: "Gosto de implicar com ele e se calhar isso é um bom sinal. Há outros no PS com quem não me dou ao trabalho de implicar." A crónica antigalambização atacava outra ca-racterística apontada a Galamba: "A incoerência. Ele tinha assinado o Manifesto dos 74 Ipela reestrutura - ção da dívida portuguesar, quando antes não o defendia, tendo escrito que "tudo o que possa ser dito sobre a divida (...) é absolutamente irrele-vante para debates sobre o cresci -mento". Acha, no entanto, que o "es-tilo Galamba" está a perder o seu fulgor: "Estã mais moderado. Sabe que 'qualquer dia posso ser eu', é ambicioso, quererá poder vir a ser secretário de Estado ou ministro, e vai moderar-se."

Se nos debates começa a mode-rar-se — embora não o suficiente para impressionar Pulido Valente O

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Ell -o_. .....ne,... ,. <truamorweel9b) vOká Wterl ropecrno un ano,. C.0 ...., asoffirw o arr.-v.14.km. abra:~ e ardlqc, A,,cra I o efreze

João Cialarnbe o I=

eluismenezes1980 e a população activa CAL) agora aumenta. Estás a perceber?

,,,.,u.,,,,,,.,.

torcida cabeça" e "conversa sala-zarenta". Explica: "É público que o meu pai foi preso político. Lido mal com discurso do 25 de Abril com conotações antidemocráticas, como a sugestão de pôr de parte as diferenças partidárias."

Irritações João Galamba irrita a direita. Há quem se recuse até a falar dele, nem sequer para dizer mal: "Sobre o Ga-lamba? Por amor de Deus, não tenho paciência. Nem em off. É que não se aguenta." Um desabafo: "Já basta ter de o aturar", repetido mais de uma vez. Também há quem diga que "aqui no parlamento parece sempre o puto fanfarrão do recreio", é "mal--educado", e "causa grandes reac-ções epidérmicas" — como se vê por esta amostra. O diagnóstico é de ati-tude "insolente". "Insolente? Ah, mas isso às vezes sou", diz o próprio.

Algumas das discussões políticas mais acesas, ou violentas, em anos recentes. tiveram-no como inter-veniente comum. Um irritado Nuno Melo. disse-lhe, a propósito do BPN, na TVI (Abril de 2014) em tom que o próprio Galamba não desde-nharia usar: "convinha que estu-dasse qualquer coisinha"; "já vi que não sabe nada"; "poupe-me às ge-neralidades". Um exaltado Carlos Costa disse-lhe, a propósito da in-tervenção do Banco do Portugal.

"se não sabe o que é o crowding out vá aprender" e "isso é de uma ignorância total".

O que mais irrita os adversários de debate. confessa um deles. "é a ca-pacidade de defender tudo e o seu contrário com a mesma convicção". Se as tem, não mostra dúvidas e ra-ramente se arrepende, ou não o mostra. Fê-lo alguma vez? Uma vez: "Sim. Pedi desculpas a Vítor Gaspar. num debate da comissão de acom-panhamento da troika."

Note-se contudo que os exemplos anteriores são prévios à posição de porta-voz. Nos tempos que correm, o mais longe que costuma ir, é "falta de pudor". "despudorada" ou "enor-me descaramento" — Maria Luís Al-buquerque saberá do que se fala, é alvo frequente.

A deputada do PSD Rubina Berar-do, que foi em Abril convidada do Sem Moderação, ficou perplexa com a calma de Galamba. O pro-grama, ao contrário do que o nome sugere. é em regra moderado, até porque os debatentes são amigos. "Mas dão-lhe Xanax?", brincou. Francisco Mendes da Silva, que com Daniel Oliveira e José Eduardo Martins completa o painel, conhe-ceu-o num jantar de bloggers do 31 da Armada (de direita) em que ha-via um desconhecido cheio de opi-niões de esquerda. Era João Ga-lamba. Estava ali porque era na-morado da blogger Laura Abreu Cravo, hoje sua mulher, de direita e militante do PSD — conviver com a pluralidade em casa, garante Ga-lamba. "é fácil".

Mendes da Silva, do CDS, ficou amigo dos dois e ainda hoje ouve

Orelhas Num blogue

puseram-lhe orelhas de burro, na sequência das críticas ("ignorán- cia") de Carlos Costa

O nas redes sociais é onde mais usa linguagem a pisar o risco. No Twitter, por exemplo, disse a Duarte Marques. deputado do PSD que cha-mara queixinhas aos deputados do PS que tinham recorrido ao Tribunal Constitucional: "Duarte Marques, se alguém te der um murro nas trom-bas e tu recorreres à justiça, isso também faz de ti um queixinhas?"

Quando Passos Coelho, em 2015, então primeiro-ministro e farto dos seus apartes durante uma interven-ção, perguntou "não sei quem é o deputado excitado; ah, é o senhor deputado João Galamba mais uma vez", o visado reagiu no Twitter: "Passos em modo de pornografia de 1 de Abril."

Quando o blogger João Gonçalves criticou o seu amigo João Constân-cio por ser "filho do outro" ( de Ví-tor Constâncio), reagiu com "filho da puta". Galamba explica: "O João não queria meter-se em blogues porque achava que ia ser criticado por ser filho de quem é. E eu disse-lhe: 'Não vai acontecer nada, vais ver, as pessoas são civilizadas.' No primeiro post que ele escreveu aconteceu o que ele tinha dito..." E troca o termo por outro: "E eu reagi assim porque esse senhor é um re-matado pulha."

Desancou Cavaco Silva em ter-mos sempre pesados: "miserável Presidente", "endoidou", de "dis-

Cartas Duque e não ás:

numa montagem era o "Ex-próximo rapaz

de ouro" do PS

o Usa multas vezes um tom Inflamado nas Intervenções no parlamento

o A troca de argumentos é uma constante no seu Twitter

Galambice Tem direito a

inúmeros derivados

do seu nome. na Net ou na

opinião publicada: galambice,

galambismo, galambada. gaiambakis

CHAMOU FILHO DA

PUTA A UM BLOGGER.

"É UM REMATADO PULHA", DIZ

Quando o alvo é ele É alvo frequente de brincadeiras na Internet

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muitas vezes: "Mas como é que aturas aquele tipo?" Defende que a "persona pública do João Galamba é diferente do que ele é em priva do: um tipo que gosta da conver-sação, do debate político como processo de síntese. não de con-fronto". Outro amigo à direita —tem vários —. Adolfo Mesquita Nu -nes, também do CDS. diz que ele "gosta do debate e gosta do con-fronto". Mendes da Silva percebe as reacções. porque "mesmo quando está profundamente errado argu-menta de forma inteligente". E o artigo de VPV fez sucesso entre os colegas de painel: "Fartámo-nos de rir. O que ele não percebia era por -quê aquele debate, não foi nem de longe o pior."

No fim do programa. às vezes fi-cam à conversa sobre os temas que acabaram de discutir. Galamba até é o que costuma sair mais cedo para ir ter com a família. Numa dessas con-versas depois das câmaras desliga-das. em Novembro de 2011, agrade-ceu aos parceiros não o terem mas-sacrado com a prisão de Sócrates. que ocorrera pouco dias antes. Mas "não me pareceu nervoso com a questão, penso que seguiu em fren-te", diz Mendes da Silva.

Galamba nasceu para a política nos blogues. e para o PS através de Só-crates. que o convidou para deputa-do em 2009, por Santarém, impon-do-o à estrutura local. A defesa acér-rima das posições do governo de Só-crates. nomeadamente no biogue Simplex antes das legislativas de 2011. talvez motive alguma da rejei-ção que ele próprio motiva. Não co-menta: "Não sei. Terá de perguntar a quem se irrita."

Tem pele dura. Não é de ficar inco-modado com críticas, garante quem com ele debate e quem o conhece bem. Até porque diz sentir mais os elogios. "Ainda agora [sábado, dia 291 vim do supermercado e duas se-nhoras de 80 anos vieram falar co-migo. muito simpáticas." As reacções na rua "são sobretudo simpáticas". Ri-se enquanto está ao telefone com a SÁBADO. Ao fundo ouve-se a filha pequena, que se aproxima. E ele per-gunta-lhe: "Filha, o pai é querido? O pai é querido?" O

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Corte: 1 de 1ID: 66754024 03-11-2016

UNESCO

827 jornalistas assassinados El Um jornalista é morto a cada quatro dias e meio, se-gundo um relatório da UNESCO para assinalar o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade.

Na última década, 827 jor-nalistas foram mortos em trabalho. As regiões mais atingidas pelo fenómeno são estados árabes como a Síria, Iraque, lémen e Líbia, com 78 das 213 mortes entre 2006 e 2015, seguidos da América Latina.•

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Corte: 1 de 3ID: 66753425 03-11-2016

Na Turquia de Erdogan quasenão há lugar para o jornalismo

É cada vez mais difícil trabalhar co-

mo jornalista na Turquia. O Presi-

dente, Recep Erdogan, foi conside-

rado um “predador da liberdade de

imprensa” pela organização Repór-

teres Sem Fronteiras. A perseguição

das autoridades turcas à imprensa

é frenética. Na semana passada foi

decretado o encerramento de 15 ór-

gãos de comunicação próximos da

minoria curda e, na segunda-feira,

foi detido o director do Cumhuriyet,

um dos poucos jornais que vinham

a resistir à purga de Erdogan.

Os números revelados pela as-

sociação de jornalistas da Turquia

mostram os contornos da “limpeza”

que o Governo está a fazer nos me-

dia. Desde Julho foram encerrados

170 jornais, revistas e canais de te-

levisão, deixando 2500 jornalistas

no desemprego. Foram presos 200

jornalistas nos últimos meses e 125

continuam detidos. “Erdogan não

gosta da imprensa, ou melhor, ape-

nas gosta daquela que é submissa,

dócil e exaltadora dos seus méri-

tos”, dizem os RSF.

O panorama piorou considera-

velmente após o golpe de Estado

falhado de 15 de Julho. A partir

daí, Erdogan utilizou o estado de

excepção decretado para afastar e

prender milhares de dirigentes da

administração pública, das Forças

Armadas e dos tribunais suspeitos

de terem ligações — por mais ínfi ma

que por vezes fossem — ao movi-

mento do imã exilado nos EUA Fe-

thullah Gülen, considerado o cére-

bro do golpe.

A perseguição do Governo de

Ancara aos jornalistas vem de mais

longe. Antes da tentativa de golpe,

já os jornalistas que tentassem

adoptar uma postura mais crítica

das posições ofi ciais eram detidos

ou afastados. Foi o que aconteceu

há cerca de um ano, nas vésperas

das eleições legislativas que volta-

Os sinais já lá estavam, o golpe falhado acelerou o programa do Presidente para acabar com a imprensa livre: 170 jornais, revistas e canais de televisão foram fechados, 125 jornalistas estão presos

A purga na TurquiaN.º de pessoas Educação/universidades

Polícia

Saúde e Interior

Forças Armadas

Justiça*

Desporto

Banca e finanças

Media

Gabinete do PM

Governadores

Serviços secretos

Outros

48.500

22.000

10.000

7300

2380

1700

17.050

400

257

246

100

1220

111.000

36.600

4119

Total suspenso ou destituído

Detidos

Alvo de mandado

de detenção

Fonte: Reuters PÚBLICO

* inclui juízes militaresNota: Todos os juízes e procuradores militares foram colocados sob investigação

ram a dar a maioria absoluta ao Par-

tido da Justiça e Desenvolvimento

(AKP) de Erdogan, quando as emis-

sões de duas estações televisivas

foram interrompidas. O grupo pro-

prietário, ligado a Gülen, passou

para uma administração judicial

e o seu principal jornal, o Millet,

tornou-se num megafone do Go-

verno.

O próprio Cumhuriyet não é estra-

nho ao autoritarismo do Estado. O

anterior director, Can Dündar, foi

detido em Novembro do ano pas-

sado acusado de “espionagem” por

ter publicado imagens daquilo que

o jornal dizia serem elementos dos

serviços secretos a entregarem ar-

mas a jihadistas sírios. Perante a

possibilidade de enfrentar uma

pena de prisão perpétua por fazer

o seu trabalho, Dündar exilou-se na

Alemanha.

A lógica por trás da guerra lança-

da contra as redacções é a mesma

que rege a purga que se abateu so-

bre o aparelho de Estado na Turquia

pós-golpe falhado. O inimigo núme-

ro um é o movimento de Gülen, que

Erdogan acusa de ter instaurado um

“Estado profundo” — um conceito

com ressonâncias históricas muito

negativas para a maioria dos turcos

relacionado com uma aliança intem-

poral entre Exército, nacionalistas

e a extrema-direita responsável por

atentados contra o Estado ofi cial. O

golpe de Julho foi a manifestação

violenta do movimento gülenista

que veio dar a justi-

fi cação que faltava a

Erdogan para com-

pletar aquilo

que faltava do

processo de

liquidação do

seu inimigo

político.

Hoje, na

defi nição de

gülenista ca-

bem todos os

que criticam

o Governo ou

Liberdade de imprensaJoão Ruela Ribeiro

A imprensa tem sido bastante crítica em relação a mim e ao meu Governo, atacando-me de forma grave

Recep Tayyip ErdoganPresidente da Turquia

Os jornalistas do Cumhuriyet com o jornal de terça-feira, cuja manchete diz “Não nos rendemos”

justi-

tava a

com-

o

o

e

raaf

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OZAN KOSE/AFP

“O último prego no caixão da im-

prensa livre na Turquia”, é o nome

do artigo da opinião que Alev Scott,

autor do livro Turkish Awakening,

escreveu na edição de ontem do

Financial Times, e onde conta a his-

tória — e explica a importância —

de um jornal turco, o Cumhuriyet.

A cada dia que passa, diz, atinge-se

um patamar ainda mais baixo na

Turquia. Na segunda-feira, quando

o director do Cumhuriyet foi preso,

alguma coisa bateu no fundo.

“É difícil explicar o signifi cado so-

cial deste jornal”, diz o autor, que é

turco-britânico e vive em Istambul.

“Começou a ser impresso em 1924,

sob os auspícios de Mustafa Kemal

Atatürk, pai da Turquia moderna e

o seu nome signifi ca ‘República’. Du-

rante quase um século, representou

os valores fundadores e seculares da

Turquia moderna.”

Uma Turquia que, diz, desapare-

ceu com o Presidente islamista, Er-

dogan, mas com a qual muitos leito-

res se identifi cam. O Cumhuriyet era

uma espécie de talismã, uma prova

de que ainda existiam vozes discor-

dantes e críticas num país dirigido

com autoritarismo, explica.

Alev Scott, que é colunista do The

Guardian, diz que o jornal não vai

sobreviver. Por razões fi nanceiras e

políticas: há meses que não há anún-

cios nas páginas do Cumhuriyet; nin-

guém se atreve a pô-los, com medo

de represálias do Governo, que tem

poder de arruinar qualquer empre-

sa ou qualquer um.

“Na Turquia, a imprensa da opo-

sição é uma lembrança inconve-

niente de que as acções de um líder

democraticamente eleito não são

necessariamente democráticas. (...)

Erdogan é popular, mas a soberania

popular sem um Estado de direito

é tirania, e hoje, na verdade, a Tur-

quia não é um Estado de direito”,

diz Scott. Para o autor, Erdogan

proferiu a sentença de morte do

Cumhuriyet e, por isso, segunda-

feira foi “o dia em que muitos turcos

perderam a esperança”. A.G.F.

incomodam Erdogan — curdos, se-

culares, esquerdistas. É, mais uma

vez, o caso do Cumhuriyet, cujo di-

rector, Murat Sabuncu, foi detido

e acusado de ligações a Gülen. Já

com o director sob custódia policial,

surgiu no seu Twitter a publicação:

“Erdogan quer silenciar todos os

media independentes.”

“Como o Cumhuriyet lutou contra

o movimento de Gülen durante os

últimos 20 ou 30 anos, mais valia

dizerem: ‘Não queremos ouvir ne-

nhuma voz crítica e não estamos

preparados para tolerar nem sequer

a mais pequena oposição’”, disse à

Deutsche Welle Can Dündar.

Os líderes europeus têm mani-

festado preocupação com a degra-

dação da liberdade de imprensa

na Turquia. “Todos aqueles que

continuam corajosamente a lutar

pela liberdade de expressão e a fa-

zer jornalismo sob circunstâncias

Erdogan quer silenciar todos os media independentesMurat SabuncuDirector do Cumhuriyet

[email protected]

Aorganização Repórteres sem Fronteiras identificou as 35 figuras mais nefastas para a liberdade de

imprensa e de expressão — “censuram, detêm, torturam e assassinam jornalistas”. Eis alguns deles:

Abdel Fattah Al-SissiDepois do golpe de Estado militar que o levou à presidência do Egipto, em Julho de 2013, foram mortos

seis jornalistas e detidos pelo menos 27. Os profissionais da informação passaram a ser objecto de longas detenções arbitrárias, sobretudo aqueles que faziam a cobertura de protestos contra o regime. Em 2015, o Governo aprovou uma lei antiterrorismo que obriga os jornalistas a respeitar a versão oficial dos acontecimentos em nome da segurança nacional.

Xi JinpingA China é o campeão mundial em matéria de censura, autocensura e repressão da informação livre.

Toda a informação que circula no país, em qualquer meio, é rigorosamente controlada pelo regime e toda a crítica é suprimida. Jornalistas independentes ou opositores são frequentemente detidos e condenados a passar temporadas em campos de trabalho — há mais de uma centena nesses campos.

AyatollahsO jornalismo independente está na mira do guia supremo da República Islâmica, desde 1989: mais de

400 jornalistas foram detidos

e 500 foram forçados ao exílio em três décadas. A vigilância e assédio das autoridades aos jornalistas independentes é constante, muitos são detidos para interrogatórios e actualmente são pelo menos 24 os jornalistas na cadeia.

Kim Jong-unSegundo os RSF, “só existe um género de jornalismo na Coreia do Norte: a propaganda dos méritos

do partido, do Exército e sobretudo do líder supremo”. Além da ausência absoluta de meios de comunicação independente, o país está totalmente fechado à informação vinda do exterior: o acesso à Internet está vedado à população e os media estrangeiros são interditos (excepto a AFP e a Associated Press). Os jornalistas internacionais estão proibidos de entrar no país, a não ser em viagens organizadas pelo regime.

Nicolás MaduroO Presidente da Venezuela recorre a métodos legais para “importunar” ou censurar

o trabalho dos media independentes — e que vão desde o desvio da publicidade até à perda de licenças. Correspondentes internacionais muitas vezes não obtêm licença para trabalhar na Venezuela, ou depois são expulsos (aconteceu esta semana aos enviados do El País e a jornalistas do Peru, Argentina e Estados Unidos). Nos canais públicos, o Presidente e outras figuras do regime gozam de antena aberta. Rita Siza

Os “predadores” da liberdade de imprensadifíceis na Turquia têm a nossa so-

lidariedade”, disse o porta-voz do

Governo alemão, Steff an Seibert. A

chanceler, Angela Merkel, disse ter

“muitas dúvidas” quanto à legalida-

de da detenção dos jornalistas do

Cumhuriyet, acrescentou.

Em Ancara, as opiniões prove-

nientes da União Europeia pare-

cem contar cada vez menos. “Não

temos problemas com a liberdade

de imprensa”, garantiu o primeiro-

ministro, Binali Yildirim. “É nisto

que não conseguimos concordar

com os nossos amigos europeus:

eles falam sempre na liberdade de

imprensa quando estamos a tomar

medidas na nossa luta contra o ter-

rorismo.”

Em Março, Erdogan dizia a uma

jornalista veterana da CNN, Chris-

tiane Amanpour, que não havia uma

guerra contra a imprensa na Tur-

quia. “Pelo contrário, a imprensa

tem sido bastante crítica em relação

a mim e ao meu Governo, atacando-

me de forma grave. E, independen-

temente desses ataques, temos sido

bastante pacientes na forma como

lhes temos respondido.”

Sempre que é pressionada pelo

atropelo aos direitos humanos, a

Turquia tem respondido acusando

os líderes europeus de serem in-

sensíveis às ameaças a que o país

está sujeito — desde gülenistas aos

separatistas curdos, passando pe-

los jihadistas do Estado Islâmico. O

grande trunfo de Ancara em relação

a Bruxelas é o acordo assinado para

conter o fl uxo de refugiados prove-

nientes da Síria que querem chegar

à União Europeia.

Num contexto de perseguição

impiedosa, o Cumhuriyet mantém-

se fi rme na sua missão. “Não nos

rendemos”, lia-se na primeira pá-

gina da edição de terça-feira, o dia

seguinte à detenção de mais um dos

seus directores. Em editorial, fi cava

uma promessa cada vez mais difícil

de cumprir na Turquia do Presiden-

te Recep Erdogan: “Mesmo que os

directores e redactores do Cumhu-

riyet sejam presos, o nosso jornal

vai continuar a sua luta pela demo-

cracia e liberdade até ao fi m.”

Os 35 rostos dos “predadores da liberdade de imprensa”Ver mais em publico.pt

Cumhuriyet, o jornal de Atatürk

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Mundo Há 36 líderes que ameaçam a imprensa livreMundo, 20/21

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O ditador exemplar

Diogo Queiroz de AndradeEditorial

O problema da Turquia não é,

nunca foi, ser muçulmana.

Essa é, aliás, uma das suas

vantagens. O problema da

Turquia é ter líderes incapazes

de merecer a grandeza da nação.

Já não são só tiques autocráticos.

Recep Erdogan, Presidente da

Turquia, está a consagrar-se como

um ditador moderno exemplar. A

coberto da democracia, e em nome

da sua defesa, está a matar todas

as liberdades republicanas que

subsistiram por cem anos numa

nação extraordinária — que vai

demorar décadas a recuperar.

Na semana passada, o Parlamento

Europeu perdeu uma excelente

oportunidade de chamar a atenção

para a situação na Turquia aquando

da atribuição do Prémio Sakharov,

mas agora os Repórteres Sem

Fronteiras quiseram fazer justiça às

vítimas do regime autoritário que

vigora em Ancara. Recep Erdogan

ganha o cognome de “predador da

imprensa” e fi ca, como é merecido,

ao lado de personagens tão odiosas

como Robert Mugabe, Salva Kiir, Ali

Khamenei e Nicolás Maduro.

O regime pseudodemocrático

em vigor já vergou as oposições,

dominou os tribunais, subjugou os

militares e amordaçou os jornalistas.

Sabe-se agora a dimensão da purga:

170 títulos de media fechados,

200 jornalistas presos, regime

generalizado de medo e pressão

sobre apoiantes da liberdade de

imprensa. Na Turquia, a imprensa

livre é a estrangeira, que tem cada

vez menos acesso ao que acontece

nos meandros do poder.

É verdade que as guerras no Iraque,

Afeganistão e Síria não deixaram

grande margem à União Europeia — e

à NATO — para forçar mudanças na

Turquia. Mas o estado comatoso da

democracia turca vai pôr em causa

a evolução de uma Europa que tem

forçosamente de olhar mais para fora

e menos para dentro.

A Turquia chegou a ser um

exemplo recomendado para

os países árabes em termos

de tolerância, democracia e

desenvolvimento. Agora já não. É

um Estado autocrático a caminho

do isolamento, da brutalização

das minorias e da supressão das

liberdades democráticas. E, para

complicar mais as coisas, Erdogan

anunciou querer agora recuperar a

pena de morte — não só para garantir

que enterra de vez o dossier da

hipotética adesão à União Europeia,

como para ter mais um instrumento

para consolidar o seu reino de

terror. E bastará uma mão-cheia

de assassínios patrocinados pelo

Estado para silenciar defi nitivamente

a oposição e mover a Turquia na

geografi a das nações — para longe de

Bruxelas e perto da Riad.

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Tiragem: 14037

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 28

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Corte: 1 de 1ID: 66753597 03-11-2016

A AT&T chegou a acordo no mês passado para adquirir a Time Warner por 85 mil milhões de dólares.

COMPRA DA TIME WARNER É O MAIOR NEGÓCIO Dez maiores negócios anunciados em 2016 em mil milhões de dólares

O mês de Outubro protagonizou os maiores negódos anunciados até agora em 2016. A proposta de compra da Time Warner pela AT&T (85,7 mil milhões de

dólares) superou a oferta da Bayer pela Monsanto. No "top 10" das maiores operações há mais dois negócios anunciados no último mês.

Comprador

AT&T

Bayer

British American Tobacco

ChemChina

Qualconnn Inc

SoftBank Group

Enbridge

Microsoft

Abbott Laboratories

Alvo

Time Warner

Monsanto

Reynolds American

Syngenta

NXP Semiconductors NV 11111111 39,2 ARM Holdings

spectra Energy Corp

Linkedln

St Jude Medical 24,9

Johnson Controls Tyco International ei 18,8

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Fonte: Dealogit.

BOLSA

Outubro foi o segundo melhor mês de sempre nas aquisições

Negócios como a fusão da Time Warner com a AT&T e a compra da Reynolds American pela British American Tobacco aceleraram o volume de fusões e aquisições no último mês. Apenas em Novembro de 1999 foram anunciadas operações de maior valor.

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PATRICIA ABREU pabreuenegocios.pt

00 mil milhões de eu-ros. É o valor anuncia-do em negócios de fu-sões e aquisições em

Outubro, aquele que é já o segun-do melhor mês de sempre.Apèsar do pessimismo e do clima de incer-teza nos mercados financeiros, desde o início do ano, já foram anunciados negócios avaliados em 2.806 milhões de euros. E, tendo em conta o apetite das empresas por este tipo de operações, o ano não deverá terminar sem novos negócios milionários.

Os movimentos de concentra-ção estão ao rubro. Segundo os nú-meros da Dealogic, foram anuncia-dos, em Outubro, negócios avalia-dos em mais de 500 mil milhões de euros, um valor apenas ultrapas-sado em Novembro de1999, quan-do o volume de fusões e aquisições superou os 517,3 mil milhões. Ope-rações como a compra da Time Warner pela AT&T por 85,7 mil milhões - o maior negócio do ano - e da Reynolds American pela Bri-tish American Tobacco por perto de 47 mil milhões animaram ovo-lume de negócios a nível global.

Ainda que a compra da Mon-santo pela Bayer fosse até ao mês passado o maior negócio de 2016, os EUA continuam a ser a região mais activa neste tipo de negócios, com as companhias norte-ameri-canas a aproveitarem o ambiente de juros baixos para financiar aqui-sições. Com a Reserva Federal dos EUA a preparar-se para subir ju-ros até ao final do ano, na reunião de Dezembro, os especialistas acreditam que mais empresas po-derão aproveitar para fechar negó-

cios, enquanto os preços do dinhei-ro estiverem baixos.

Dos dez maiores negócios anunciados cm 2016, cinco foram protagonizados por empresas nor-te-americanas. Muitas compa-nhias têm usado as elevadas reser-vas de capital para expandir a sua actividade, enquanto outras estão a privilegiara remuneração accio-nista, através de programas milio-nários de recompra de acções.

Apesar de Outubro ter sido um mês muito activo em fusões e aqui-sições, catapultando o valor dos negócios fechados este ano, 2016 está ainda bem longe dos 3.518,5 milhões de euros anunciados no ano passado. Questões regulató-rias e factores políticos como o Brexit levaram algumas compa-nhias, como a SAB Miller e a AB I nbev, a suspender os planos de concentração, à espera de águas mais calmas nos mercados. ■ Página 40

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Tiragem: 14037

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Period.: Diária

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Wall Street Journal reduz secções e pode vir a despedir

O jornal financeiro Wall Street Journal, detido pela Neves Corp, está a preparar o lançamento de um novo for-mato com menos secções, numa tentativa de assegurar a sustentabilidade da empre-sa. A redução deverá tam-bém conduzir a despedi-mentos. Um memorando in-terno citado pela Reuters in-dica que as mudanças avan-çam a 14 de Novembro. den-tro de menos de duas sema-nas, materializando os cor-tes já anunciados pela Dow Jones & Co, a empresa que gere o título. Em Outubro, a Dow Jones apresentou um plano de redução de custos a três anos para responder à queda na publicidade im-pressa.

Fotografia: Chris Ratcliffe/Bloomberg News

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