boletim aal | abril | 2013

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O poeta Aldísio Filgueiras e o professor doutor Marcos Barroso Barros, ambos membros da AAL, foram contemplados com a Medalha do Mérito Grandes Amazônidas, conferida pela respeitada Associação PANAMAZÔNIA. PÁG. 5 O secretário de cultura e acadêmico Robério Braga desenvolveu um trabalho primoroso para devolver restaurada e modernizada a Biblioteca Pública do Estado do Amazonas. PÁG. 3 A reitora da UFAM venceu a disputa pela Cadeira 21 da AAL, cujo patrono é Tenreiro Aranha e cujo último ocupante foi o poeta Luiz Bacellar. A posse acontece em no máximo seis meses. PÁG. 5 Robério Braga, Almino Affonso, Arthur Neto, Arthur Bisneto, Mário Frota, Yedo Simões de Oliveira, Wilson Reis e João Thomé prestigiaram a concorrida cerimônia. PÁG. 2 O confrade Cláudio Chaves foi aclamado pelos seus pares da Academia Amazonense de Medicina para o 8º mandato consecutivo na presidência da entidade. Ele também foi eleito vice-presidente da Academia Brasileira de Medicina e tomou posse no salão nobre do Clube Naval – RJ. ALE-AM dEvoLvE MAndAto dE ArLindo Márcia Perales veM juntar-se aos iMortais Grandes aMazônidas robério braGa eo Projeto da nova biblioteca aMPlos Méritos N˚02 2013 ABRIL DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Curta: Academia Amazonense de Letras Leia Online: http://issuu.com/aalboletim VEJA tAmbém: BiogrAfiA dE CABrAL no rio dE JAnEiro PÁG. 8 AnivErsário do CorAL João goMEs Junior PÁG. 5 A CrítiCA fAz 64 Anos PÁG. 2

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Boletim da AAL

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Page 1: Boletim AAL | Abril | 2013

O poeta Aldísio Filgueiras e o professor doutor Marcos Barroso Barros, ambos membros da AAL, foram contemplados com a Medalha do Mérito Grandes Amazônidas, conferida pela respeitada Associação PANAMAZÔNIA. PÁG. 5

O secretário de cultura e acadêmico Robério Braga desenvolveu um trabalho primoroso para devolver restaurada e modernizada a Biblioteca Pública do Estado do Amazonas. PÁG. 3

A reitora da UFAM venceu a disputa pela Cadeira 21 da AAL, cujo patrono é Tenreiro Aranha e cujo último ocupante foi o poeta Luiz Bacellar. A posse acontece em no máximo seis meses. PÁG. 5

Robério Braga, Almino Affonso, Arthur Neto, Arthur Bisneto, Mário Frota, Yedo Simões de Oliveira, Wilson Reis e João Thomé prestigiaram a concorrida cerimônia. PÁG. 2

O confrade Cláudio Chaves foi aclamado pelos seus pares da Academia Amazonense de Medicina para o 8º mandato consecutivo na presidência da entidade. Ele também foi eleito vice-presidente da Academia Brasileira de Medicina e tomou posse no salão nobre do Clube Naval – RJ.

ALE-AM dEvoLvE MAndAto dE ArLindo

Márcia Perales veM juntar-se aos iMortais

Grandes aMazônidas

robério braGa eo Projeto da novabiblioteca

aMPlos Méritos

N˚02 2013 abril DISTRIBUIÇÃO GraTUiTa

Curta: Academia Amazonense de Letrasleia Online: http://issuu.com/aalboletim

VEJA tAmbém:

BiogrAfiA dE CABrAL no rio dE JAnEiroPÁG. 8

AnivErsário do CorAL João goMEs JuniorPÁG. 5

A CrítiCA fAz 64 Anos PÁG. 2

Page 2: Boletim AAL | Abril | 2013

2 BOLETIM da acadEMIa aMazOnEnsE dE LETras

ALE-AM devolve mandato de Arlindo Porto

Aniversário do Jornal A Crítica: 64 anos

editorial

A ACADEMIA VIVE.

Como mostra este número 2 de nos-so Boletim, a Academia Amazonense de Letras passa por um período de especial e saudável movimentação. Seus assuntos, inlcusive internos, têm sido discutidos democraticamente perante a sociedade e seus membros estão produzindo como nunca, além de serem requisitados para proferir palestras, participar de campanhas e solenidades, bem como receber ho-menagens de instituições públicas e privadas. Sem falar, é claro, nas ativi-dades que compõem o seu calendário e naqueles confrades que, no exercí-cio de cargos públicos, dão enorme contribuição à nossa cultura. Juntos podemos mais do que separados. Bus-cando aquilo que nos aproxima e não aquilo que nos distancia, os resulta-dos aparecem e o Sodalício cresce no conceito dos cidadãos.

aCademia amazOnense de leTrasFundada em 1°de janeiro de 1918 Filiada à Federação das Academias de Letras do BrasilRua Ramos Ferreira, n° 1009 – Centro CEP: 69010-120Manaus – Amazonas – BrasilFone/Fax: (92) 3234-0584e-mail: [email protected] Secretaria funciona nos dias úteis, das 08h às 14h.

DIRETORIA 2012/2013Presidente: Arlindo Augusto dos Santos PortoVice-Presidente: Almir Diniz de Carvalhosecretário-Geral: Cláudio do Carmo Chavessecretário-Geral adjunto: Armando Andrade de MenezesTesoureiro: Max Carphentier Luiz da CostaTesoureiro-adjunto: Mário Ypiranga Monteiro Netodiretor de Patrimônio: Moacir Couto de Andradediretor de eventos: Carmen Novoa Silvadiretor de edições: Marcus Luiz Barroso Barros COnselHO FisCalmembros efetivos:Rosa Mendonça de BritoAntônio José Souto LoureiroEuler Esteves RibeiroMembros Suplentes:Abrahim Sena BazeMazé MourãoJosé Geraldo Xavier dos Anjos

exPedienTe dO bOleTimCoordenação editorial: Júlio Antonio LopesProjeto Gráfico e diagramação: Lo-Ammi Santos

aPOiO insTiTUCiOnal

Arlindo Porto com os imortais Almino Affonso, Rosa Brito e Almir Diniz, este vice-presidente da AAL.

Arlindo recebe o diploma de deputado das mãos do presidente da Ale/Am, Josué Neto.

Os acadêmicos Arlindo Porto e Almino Affonso visitam Umberto Calderaro Filho em A Crítica.

Em sessão solene realizada em 03/04, no Plenário Ruy Araújo, a Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, à unanimidade e atendendo ao Re-querimento de n˚ 520/2013, de au-toria do deputado Arthur Bisneto, líder do PSDB, procedeu à devolução

O jornal A Crítica completou, no úl-timo dia 19 de abril, 64 anos de existência. O respeitado periódico foi fundado pelo jornalista Umberto Calderaro Filho, o qual sempre fran-queou espaço para a cultura regional, tradição mantida por seus sucesso-res. Diversos membros da Academia Amazonense de Letras, de várias gerações, escreveram em suas pági-nas, como Arlindo Porto, André Araú-jo, Dom Alberto Guadêncio Ramos, Jefferson Péres, Padre Nonato Pi-nheiro, Mário Ypiranga Monteiro, João Mendonça de Souza e Max Carphentier. Atualmente os confra-des Bernardo Cabral, Robério Bra-ga, Márcio Souza, Dom Luiz Soares Vieira, Tenório Telles, Euler Ribeiro e Júlio Antonio Lopes assinam colunas naquele diário. Daí o necessário re-gistro. Hoje a direção geral da RCC é exercida por Cristina Calderaro Cor-rêa, filha de Calderaro.

simbólica do mandato do jornalista e presidente deste Sodalício Arlindo Augusto dos Santos Porto, o qual foi o único deputado estadual cassado no país pelo golpe militar de 1964. Bisneto disse, na ocasião, que a ALE--AM fazia justiça, pois a cassação de

Arlindo fora um ato de extremada covardia, semelhante ou até pior do que o sofrido pelo seu avô, o então senador Arthur Virgílio, cassado pelo AI 5.

Page 3: Boletim AAL | Abril | 2013

3BOLETIM da acadEMIa aMazOnEnsE dE LETras

reabre a Biblioteca Pública do Amazonas

A imponente fachada da Biblioteca

A Biblioteca recebe estudantes de todos os níveis de ensino.

A Biblioteca possui mais de 345.000 livros.

Visitantes têm acesso controlado através de cartão magnético.

Depois de cinco anos de restaura-ção e ampliação de seu acervo, além da reforma e modernização de suas instalações, a Biblioteca Pública foi entregue novamente aos amazonen-ses, ao fim de um trabalho primoro-so capitaneado pelo nosso confrade e secretário de Estado de Cultura Robério Braga, o qual teve o apoio decisivo do ex-governador Eduardo Braga, onde a obra se iniciou, e do atual governador Omar Aziz, que a concluiu.

A primeira Biblioteca Pública do Amazonas funcionou no consistó-rio da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Matriz, ainda na época do Império, a partir de 1871. O prédio

onde ela se encontra hoje foi cons-truído entre os anos de 1904 e 1912, nos governos de Antonio Constanti-no Nery, Affonso de Carvalho e Anto-nio Bittencourt. Foi recuperada após um incêndio, em 1945. E foi reforma-da parcialmente no primeiro gover-no de Gilberto Mestrinho, em 1985. O atual projeto e estudos técnicos relativos à restauração recentemen-te concluída foram realizados pela Secretaria de Estado de Cultura, sob a coordenação da arquiteta Regina Lobato.

A Biblioteca, que dispõe de um acer-vo de mais de 345 mil obras, oferece agora, também, uma série de novi-dades. Há um acervo multimídia;

saguão para exposições permanentes; acessibilida-de para cadeirantes; espa-ço para palestras e lança-mento de livros; gibiteca; cadastro informatizado de usuários; controle eletrô-nico do acervo; emprésti-mo em domicílio; livros em Braille; audiolivros; inte-gração com outros biblio-tecas públicas; depósito le-gal; e Escritório de Direitos Autorais.

Robério Braga disse que é uma “satisfação imensa devolver aos amazonenses a Biblioteca Públi-ca – e com ela, uma parte da nossa

própria identidade. A história riquís-sima desse templo das letras é hoje recontada em cuidadosos detalhes, trazidos à tona pelo trabalho de restauro, preservando característi-cas originais seculares e agregando novas facilidades para incentivar e tornar mais prazerosa a consulta a seu acervo. A nova fase da Biblioteca Pública servirá como um divisor de águas, oferecendo oportunidade de aprendizado por meio da literatura e beneficiando toda a comunidade amazonense com os novos serviços oferecidos. Essa é a preocupação do governo Omar Aziz em tornar o aces-so a esse universo uma realidade.

Editora da Amazônia doa livros à Biblioteca

A Editora da Amazônia, integrante da Rede Calderaro de Comunicação (RCC), fez a doação de 72 livros, de seu catálogo, para compor o acervo da Biblioteca Pública do Amazonas, reinaugurada há poucos dias. O re-presentante da empresa disse na ocasião ao Secretário de Estado de Cultura e acadêmico Robério Braga que o gesto reveleva, mais uma vez, o compromisso da RCC com a cultu-ra regional. Braga, por sua vez, lou-vou e agradeceu a iniciativa.

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4 BOLETIM da acadEMIa aMazOnEnsE dE LETras

Cântico das Criaturas é a página eco-lógica que faltava às Escrituras. Nos “Fioretti”, súmula dos ideais francis-canos, a beleza da verdade e a per-feita alegria da paciência são bên-çãos de Francisco sobre nós. Príncipe de Jesus em túnica surrada, fez mais pelo bem do mundo do que luxuosas convenções de reinados. Abandona-dor de guerras e de faustos, ele ouviu do Crucificado o apelo para “restau-rar a sua Igreja em ruínas”, e atuou de imediato sob a interpretação lite-ral da queixa, reconstruindo igrejas. Depois, verificando que a ruína era mais doença dos costumes que das pedras, partiu para a atitude curativa e a pregação regeneradora, dentro e fora da Itália. Os estigmas que re-cebeu no monte Alverne, chagas no corpo abertas como rosas, testemu-nham sua penitencial configuração a Cristo.E que catedral pode ter torres mais altas do que os campanários in-visíveis da sua Porciúncula? Na me-diação entre as penúrias sociais e as inconsistências religiosas, Bergoglio há de ter, desse Francisco, a conduta, estrategicamente depuradora do século, de colocar-se exatamente no coração do povo, para iluminação nova dos destinos.

Verifica-se em seguida a contribui-ção de Francisco Xavier na compo-sição dessa tríade em um só homem. Ele oferta logo o vaticínio dos fun-dadores, dado que foi um dos sete de Montmartre, que conceberam, sob a liderança de Inácio de Loyola, a ines-gotável Companhia de Jesus.Funda-va-se aí a escola simultaneamente

Max Carphentier

Habemus Francisco! Quase primave-ra, na noite recém-nascida vaticana, o pastor olhou fundamente o rebanho das luzes, esperanças acesas numa praça. Quem viu, não pode esquecer: aquele olhar tinha toda a ternura da paternidade concentrada no amor. Pai anunciado como Francisco, logo percebi que o pastoral carinho da-queles olhos tinha uma explicação: nele estavam bênçãos de olhos que nunca se fecharam para nós, os de Francisco de Assis, de Francisco Xa-vier, de Francisco de Sales. Sim: Ber-goglio, sendo Francisco, certamente assume e absorve, por evocação ime-diata e consanguinidade missionária, a presença e a renascença desses superiores da Fé, e portanto não é só Francisco, é Tríplice Francisco.

Três santos dos mais incensados tan-to pelos altares como pela História, não há dúvida de que são exemplos, inspiração e chamado para Bergo-glio. Eles foram papas sem cátedra na Terra, mas com assento desde sempre no Céu. São Pedro não hesi-taria em colocá-los entre os seus su-cessores. Agora, por unção do nome e por necessidade, juntam-se num só, e deve-se perguntar em que medida, com que carisma cada um contribui-rá como esteio e asa do Pontífice je-suíta.

Evoquemos primeiro Francisco de Assis, “esposo da obediência e da po-breza”, um revolucionário da doçura, que pregava tanto a homens quanto a passarinhos para ter toda a criação reunida no louvor a Deus. Esse an-darilho trovador da Fé invadiu com poesia evangelizadora as portas en-treabertas do Renascimento, e seu

o tríplice francisco

alcandorada e prática de Bergoglio.Começa a cruzada das Índias orien-tais, com Xavier arrastando mares na evangelização transcontinental tão heroica que até hoje consola os apóstolos das brenhas. Embora te-nha ajudado na redação das Cons-tituições da Companhia, Xavier foi mais homem de ação que de medita-ção, tanto que, em uma de suas car-tas a Inácio, declarou sua vontade de ir às academias da Europa “sacudir aqueles que tem mais ciência do que caridade”. A caridade aí é principal-mente a da palavra evangelizadora, que imediatamente afasta o nega-tivismo antropológico que muitos sustentam diante da condição hu-mana. O epistolário entre Francisco e Inácio constitui um compêndio que retrata as mais preciosas convicções destes santos. Ao lado das Consti-tuições e dos Exercícios Espirituais, nessas cartas Bergoglio há de ter encontrado e encontrará de ambos a companhia na Companhia. Eles seguirão junto a ele desbravando, levantando e construindo, sob a égide do clássico, uno e tríplice preceito inaciano: obediência de execução, obediência de vontade, obediência de entendimento.

Agora chegamos a um ponto de con-vergência doutrinária e devocional na figura eclética de Francisco de Sales. Bispo, escritor, fundador de congregação (Ordem da Visitação), pregador, diretor de almas, de fé imensa e coração maior. O púlpito flamejante, de onde ele sacudia luzes pontiagudas contra os calvinistas, foi

o seu primeiro altar. Marcou de uma vez por todas a história espiritual da França e da Igreja, principalmente ao convocar-nos à devoção também fora dos claustros, à santificação da existência cotidiana. Ele esclareceu sua predestinação diante da Virgem Negra, e logo dividiu seu coração en-tre o mais alto amor ao próximo e o mais belo amor a Deus. Com ma-téria de exegese mística e prática evangélica forjadas em sua têmpera de santo, criou duas chaves que des-cerram juntas salvíficos segredos: O Tratado do Amor de Deus e Introdução à Vida Devota.São monumentos de doutrina e de ascese que,reunidos aos seus milhares de sermões e car-tas de direção espiritual, estão entre as páginas imperecíveis da literatura cristã de todos os tempos.Francisco de Sales ensinava que a “caridade concreta” é o “êxtase da vida e das obras”.Maravilha de síntese. Isto só pode ser palavra oculta do Sermão da Montanha, guardada para ser ou-vida bem depois.Bastaria essa for-mulação, do mesmo nível de paulina, para identificá-lo como coadjutor das bem-aventuranças, como inte-lectual assistido pelo Espírito Santo. Bem-aventurados aqueles de carida-de concreta. Bergoglio bebeu dessa água que não passa mas se multipli-ca e guardou-a em cântaro aberto para todos.

O Papa Francisco movimentará des-sas três vidas o louvor que busca, a certeza que age, o amor que liberta, assumindo-as no seu orar, no seu di-zer, no seu fazer, fortalecendo a sú-plica, reevangelizando o mundo, re-descobrindo o Cristo a todo instante. E isso sob a irradiação da Virgem, de intercessora graça tríplice também: Mãe de Jesus, Mãe da Igreja e nossa Mãe.Serás feliz, Bergoglio, atirando as tuas redes com as mesmas mãos de Pedro e dos Franciscos. Ago-ra digo, Tríplice Francisco de São Pedro,que o maior tesouro, a maior alma a ser recolhida das ondas con-junturais será a própria Igreja. E o som da legenda miserando atque eli-gendo te parecerá sempre ecoando com as sílabas do “Segue-me!”. Tudo para a maior glória de Deus.

Dado em Manaus, quando março de 2013, primeiros dias do pontificado de Francisco.

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5BOLETIM da acadEMIa aMazOnEnsE dE LETras

No dia 19/03 o Coral João Gomes Jú-nior celebrou, com a tradicional Mis-sa dos Casais, em honra a São José, na Catedral Metropolitana de Ma-naus, os seus 57 anos de atividades. O Coral foi fundado pelo maestro Ni-valdo Santiago e sua primeira apre-sentação ocorreu no palco do Teatro Amazonas. A presidente do Coral é a magistrada e professora Cleomar dos Anjos Feitoza. Seu diretor artís-tico é o maestro Moisés Rodrigues. O grupo tem dois CDs gravados. O Co-ral João Gomes Júnior será agracia-

A Associação PANAMAZÔNIA reali-zou no mês de março a cerimônia de outorga da Medalha do Mérito Grandes Amazônidas, como o pró-prio nome diz, conferida àqueles que se destacaram, pelo seu trabalho em prol da região. Foram agracia-dos, dentre outros, os empresários Jaime Benchimol e Mário Guerreiro,

A reitora da UFAM e doutora em Ser-viço Social, Márcia Perales Mendes Silva, foi eleita no último dia 25/03 para ocupar a Cadeira 21 da AAL. Embora houvesse quatro candidatos, a disputa ficou mesmo entre Márcia,

Aniversário do Coral João gomes Junior

Acadêmicos recebem medalha de “grandes Amazônidas”

Márcia vence disputa pela Cadeira 21

do, em 2013, com a maior comenda da Academia Amazonense de Letras (AAL): a Medalha do Mérito Cultural Péricles Moraes, na categoria Artes.

Assista à reportagem feita pela Rede Amazônica sobre a Missa de Casais em celebração aos 57 anos do Coral João Gomes Júnior.

bem como os membros da Academia Amazonense de Letras (AAL), profes-sor doutor Marcus Barros e o poeta Aldísio Filgueiras. A PANAMAZÔNIA, presidida por Belisário Arce, vem dando contribuição inestimável para o debate de nossos mais sensíveis problemas.

O acadêmico Marcus Barros, entre Belisário Arce, a confrade Marilene Corrêa e Flávio Grosso.

Em assembleia geral a AAL se reunia para votar e escolher a nova imortal.

O confrade Aldísio Filgueiras, prestigiado por Márcio Souza, posa com a sua medalha.

http://bit.ly/13Lqie1

que teve 19 votos, e o padre João Mendonça, que alcançou 16. Os de-mais não foram votados. O quorum foi expressivo, pois trinta e cinco dos 39 aptos a votara, o fizeram.

Page 6: Boletim AAL | Abril | 2013

6 BOLETIM da acadEMIa aMazOnEnsE dE LETras

Abrahim Baze

O fruto do labor coletivo da raça lusitana tem o gosto do saber dar a vida, a preto e branco e a cores, a tênues lembranças e memórias que recriam um cenário – imaginário, real, por onde desfilaram homens e mulheres incríveis e maravilhosas criaturas, que dedicaram suas vidas a fazer das sombras e da luz um palco de encantamento, que construíram a história teatral no Amazonas.

Para que o cenário dessa reportagem fosse escrito, encantáveis e gentis mãos vieram a construir, inúmeras e ricas vozes se fizeram ouvir.

Maravalhas permitiu retirar do baú de sua memória, pedaços de papel amarelados, dedicadamente guarda-dos em seus álbuns de recordações.

José fernando gomes novo: o artista português no Amazonas

A invenção do expressionismo em Augusto dos Anjos

LAnçAMEnto

Ações Acadêmicas

A matéria de que se alimenta a sua rica memória lembra os flocos de lembrança da sua infância e ju-ventude, doces fios entrelaçados e en-cadeados em cores e sabores suaves tão encantadores e reais. A linha que divide a sua vida foi sempre diluída pelo sonho de

um Maravalhas poeta, artista, cantor de fados e inteligente, que jamais esqueceu as suas origens

No saudoso Clube Barés, era o cantor de fados preferido, tendo inclusive formado um rancho português. Não podemos esquecer o Velho Olímpi-co Clube nas tradicionais festas que homenageavam Santo Antônio de Lisboa.

No embate futebolístico marcou época como jogador do Olímpico Clube e do América Futebol Clube.

As tardes de sábado os ouvintes da Rádio Baré acotovelavam-se para ouvir os belos fados cantados por ele.

Na elite da sociedade amazonense era convidado para cantar no Atléti-co Rio Negro Clube e no Ideal Clube.

O acadêmico Zemaria Pinto lançou, no dia 02/03/2013, na livraria Valer, a obra “A invenção do expressionismo em Augusto dos Anjos”, ensaio que se originou da dissertação de mestrado do autor. Zemaria demonstra que, antes mesmo dos poetas alemães, desenvolveu o expressionismo. A apresentação é do professor Marcos Frederico Krüger.

Fonte: jornal A Crítica, 27/02/2013

O palco do Luso Sporting Clube, embora já desmontado permanece como um fio da memória e nos con-duz a um tempo em que “havia tem-po” para criar, e até para fazer teatro.

José Fernando Gomes Novo, o popu-lar Maravilhas, é natural da Póvoa do Varzim, em Portugal, todavia teve uma longa vivência com o nosso país, pois desembarcou no porto de Manaus aos 19 anos de idade, no ano de 1946.

Iniciou os seus contatos com as le-tras dos 4 aos 14 anos, na Escola Pri-mária Pereira Azuzara, em Portugal. Desde cedo Maravalhas iniciou-se no trabalho, pois dos 11 aos 14 anos já labutava como serralheiro mecâ-nico na Oficina “Albino Joaquim do Monte”, em Portugal.

Durante a 2ª Grande Guerra Mundial, que provocou a escassez de matéria prima, foi obrigado a trabalhar como pescador em alto-mar.

Como o efeito da nefasta guerra se prolongou, ele resolveu imigrar para o Brasil, exatamente Manaus che-gando em 1946. Em Manaus, passou a trabalhar com seu pai em trans-portes portuários, profissão exercida ainda hoje.

Abrahim Baze é jornalista, escritor e membro da Academia Amazonense de Letras.

O confrade Arthur Virgílio Neto, que é o prefeiito de Manaus, marcou um pon-to expressivo ao reabrir a Biblioteca Pública Municipal João Bosco Pantoja Evangelista, que foi fundador do Clube da Madrugada e da União Brasileira de Escritores, Seção do Amazonas. A Biblio-teca, criada pela Lei 971/1967 e pelo decreto 27/1975, funcionará no Largo de São Sebastião, no centro da cidade

A acadêmica Rosa Mendonça de Brito conclui o seu pós-doutorado em Filoso-fia da Educação pela UFAM, além de ter participado e apresentado o trabalho “Saber Local e Formação de Professores na Faculdade de Educação da Universi-dade Federal do Amazonas”, no XX Co-lóquio Internacional da AFIRSE, Secção Portuguesa, realizado na Universidade de Lisboa. O orientador de pós-douto-rado, prof. Aquiles Cortês Guimarães, disse que o trabalho da autora “reflete um sólido conhecimento dos fenômenos pedagógicos da sua militância no plano da Filosofia da Educação com a qual vem trabalhando há muitos anos, além da originalidade das questões levantadas e das soluções apresentadas, produzido com muito esforço. Não tenho dúvidas em recomendar a sua publicação por parte da UFAM. E o faço enfaticamente, tendo em vista a relevância da contribui-ção que sua pesquisa representa.”

Page 7: Boletim AAL | Abril | 2013

7BOLETIM da acadEMIa aMazOnEnsE dE LETras

A semed e a leitura

Adrino Aragão lança dois livros na AAL

LAnçAMEnto

O escritor Adrino Aragão lançou dois livros na AAL. Ele, que reside em Bra-sília e é mebro correspondente da Casa, foi prestigiado pelos acadêmi-cos em manhã de autógrafos. O aca-dêmico Zemaria Pinto fez a apresen-tação em forma de palestra.

Tenório Telles

O mais importante acontecimento cultural destes dias em Manaus foi a realização da Semana da Literatura Amazonense, aberta dia 2 e que se estenderá até o 14 de abril. O evento é organizado pela Secretaria Munici-pal de Educação com o objetivo de incentivar a leitura e aproximar os alunos da rede municipal de ensino dos nossos autores. E por se tratar de um evento regional, tem como patro-

no o poeta Elson Farias, um dos es-critores mais amados pelas crianças e jovens de Manaus, especialmente pelos seus livros da série “As aventu-ras de Zezé”, de sua autoria.

Iniciativas como essas são funda-mentais no processo da aprendiza-gem das crianças, pois estimulam o contato dos alunos com o livro, a paixão pela leitura, além de forta-lecer os vínculos identitários com a terra e nossos valores culturais. As escolas são transformadas em es-

paços de fantasia, brincadeiras com as palavras, atividades lúdicas em torno do livro, tendo como centro os estudantes, com a participação dos professores, gestores e corpo peda-gógico.

Visitei inúmeras escolas, prestigian-do suas atividades e apresentações. Foi comovente testemunhar o inte-resse das crianças, das mais peque-ninas às maiores, pelos textos, as atividades de leitura, em especial a participação em espetáculos de dan-ça, teatro e jograis, hoje incomuns nas escolas. Fiquei sensibilizado com o esforço dos professores e gestores para realizar, em meio a tantas difi-culdades, as programações previstas pela Semana da Literatura. Usando a criatividade e os recursos dispo-níveis, organizaram palcos, cenários, prepararam vestimentas para as en-cenações dos alunos, aparelhagem de som e outros suportes para tornar possível esse momento tão especial para as crianças – em que se trans-formam em poetas e prosadores de nossa terra.

Momentos como este nos enchem de esperança e nos ajudam no for-talecimento de nosso compromis-so com a construção de um mundo melhor, que só será possível no dia em que tivermos uma sociedade leitora, de jovens entusiasmados e apaixonados pela sabedoria e pela beleza. Esse mundo mais esclarecido só deixará de ser uma utopia quan-do as escolas se transformarem em espaços efetivos de reflexão, de en-

cantamento com os livros e a leitura for encarada como um instrumento fundamental da formação de nossa juventude. Quando chegar esse tem-po, teremos uma cidade, um estado e um país de leitores. E isso fará toda a diferença, porque quem lê pensa diferente, sente diferente, ouve di-ferente, olha diferente. E diferente – sente-se mais seguro, consciente do seu papel no mundo e, portanto, cidadão.

A leitura é uma experiência tão fun-damental que muda definitivamente a história de vida de todo aquele que vive e, consequentemente, da socie-dade. Isso é tão verdadeiro que as escolas e os municípios brasileiros com os melhores índices de aprendi-zagem são aqueles que privilegiam a leitura como parte de sua ação pedagógica. Se desejamos verda-deiramente avançar em termos de aprimoramento da capacidade inte-lectual de nossas crianças e jovens, precisamos com urgência formular políticas para o livro e a leitura no âmbito da gestão pública. As escolas, além de bibliotecas, devem ter pro-gramas pedagógicos de formação de professores para o desenvolvimento de atividades com a leitura e a escri-ta. Afinal, uma escola leitora só será possível se tivermos professores e alunos leitores. A Semed está dando um passo importante na concretiza-ção desse sonho.

Fonte: jornal A CRÍTICA (06/04/2013)

Adrino autografa sob os olhares dos acadêmicos Zemaria e Marilene e do dr. Marcílio.

Márcio Souza, José Braga, Renan Pinto e Elson Farias também estiveram presentes.

Page 8: Boletim AAL | Abril | 2013

8 BOLETIM da acadEMIa aMazOnEnsE dE LETras

No próximo dia 16/05, a partir das 18h30min, no Saguão do Palácio Austregésilo de Athayde, na Acade-mia Brasileira de Letras, Rio de Ja-neiro, será lançado, pela Editora da Amazônia, empresa da Rede Caldera-ro de Comunicação, o livro “Bernardo Cabral – UM ESTADISTA DA REPÚBLI-CA”, de autoria do advogado e jorna-lista Júlio Antonio Lopes, que ocupa na Academia Amazonense de Letras (AAL) a Cadeira de n°23, que tem como patrono o poeta simbolista Cruz e Souza. O prefácio é do minis-tro e membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia Amazonen-se de Letras Marcos Vinicios Vilaça. Lopes é autor, também, dos livros “A CRÍTICA de Umberto Calderaro Fi-lho” e da série “Direito de Expressão”.

A obra está divida em sete capítulos e conta a história de Cabral desde a sua infância, fazendo um passeio pelos momentos mar-cantes de sua história, como a cassação de seu mandato pelo AI 5, o comando do Conselho Federal da OAB, a eleição para o car-go de Relator Geral da Constituição de 88, sua passagem pelo Ministério da Justiça, sua ação no Senado da Re-pública e termina com a devolução simbólica de seu mandato de depu-tado federal no ano passado. O livro possui, ainda, um riquíssimo acervo iconográfico, com imagens nunca an-tes divulgadas; é recheado de depoi-mentos de personalidades e amigos que conviveram ou que convivem com Cabral, colhidos em fontes pri-márias ou secundárias. Há, ainda, uma entrevista exclusiva concedida ao autor, os discursos mais importan-tes que o biografado proferiu ao lon-go do tempo e o seu curriculum vitae.

Lopes diz que o livro é ponto de par-tida e não de chegada no que se re-laciona a Bernardo Cabral, “cuja vida

é tão rica, tão intensa, tão cheia de fatos importantes que, passando-se mais uma semana após a sua publi-cação, certamente haverá um novo capítulo a ser escrito”. É, igualmente, diz o autor “uma iniciativa que tem por objetivo registrar para a poste-ridade os momentos marcantes da vida desse inigualável homem pú-blico, que orgulha o Amazonas e o Brasil, consolidando as coisas que ele fez, falou e escreveu, bem como que se escreveu e o que se fez a seu respeito, incentivando a produção de

novos trabalhos sobre o tema”.

novidAdEO livro é interativo. Através do re-curso do Qrcode, é possível ao lei-tor, utilizado um smartphone, ou-vir, por exemplo, o hino nacional brasileiro, a última edi-ção do Repórter Esso, bem como assistir às edições do Diário da Constituinte, especial-mente as que noticiam a eleição de Cabral para relator da Constituição e o discurso de Ulysses Guima-rães na sessão de encerramento dos trabalhos da Constituinte.

EM MAnAusO livro será lançado em Manaus no dia 13/06, no Teatro Direcional, no Manauara Shopping.

No livro há revelações inéditas. Den-tre outras coisas, Cabral fala da única mágoa em sua vida, diz por que se tornou advogado, conta as agruras da cassação, da sua relação com os pais e desvenda os bastidores da elei-ção para a relatoria da Constituinte, quando venceu o então senador Fer-nando Henrique Cardoso e o deputa-do Pimenta da Veiga, respectivamen-te de São Paulo e Minas Gerais.

Biografia de Cabral será lançada no rio de Janeiro

“É Bernardo Cabral, realmente, aquele relator que não declinou

de sua função, exerceu-a com magnitude, instituindo a mais democrática Constituição da

História do Brasil”.Ives Gandra da Silva Martins

“Bernardo Cabral é o relator his-tórico da Constituição de 1988,

que tem a marca de seu talento. Por todos os lugares por onde tenho passado , basta falar no nome de Bernardo Cabral para que todos batam palmas, pela

sua competência de jurista, pela sua habilidade, pelo seu senso de realidade e pela defesa do direito

social”.Ulysses Guimarães

“Não foi sem um certo sentimen-to nabuqueano que me defrontei com o título deste livro. No Im-

pério ou na República o que vale são os estadistas. Aqui se cuida de um deles. (...). Nas páginas a seguir estão todos – ou quase todos – os Bernardo Cabral”.Marcos Vilaça, no prefácio