boletim 1º peridodo

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BREVES - A Personalidade do Mês (pretende dar a conhecer figuras de destaque em várias áreas da cultura e da cidadania) - O Autor do Mês (pretende dar a conhecer os autores das obras propostas pelas metas curriculares) - Calendário de efemérides e calendário ecológico - Clube de Leitura (Inglês—3º CEB) As BE em retrospetiva... NESTA EDIÇÃO: Breves Receção aos alunos 1 DEL 2 Leituras da República Monitores das BE 3 MIBE 4 Leituras de Arrepiar 5 Onda Pina 6 Contador de Histórias 7 Ler no Natal 8/9 Os livros e o Natal 10 Concurso “Postal de Natal” 11 LIBRORUM SET, NOV E DEZEMBRO DE 2014 BOLETIM N.º1 As Bibliotecas Escolares são concebidas como centros multimédia, disponibilizando os recursos necessários à leitura, ao acesso, utilização e produção de informação em diferentes suportes, desempenhando um papel central na aquisição e desenvolvimento de competências de informação e formações de leitores. Rede de Bibliotecas Escolares – Lisboa : ME, 2002 Boletim Informativo das Bibliotecas do Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo Receção aos alunos Rodeados de livros e leituras os alunos da educação Pré-escolar, do 1º ano do 1º CEB, do 5º ano do 2º CEB e Encarregados de Educação foram recebidos pelas bibliotecas escolares com o objetivo de os estimular para a utilização das bibliotecas e assistir à leitura de obras relacionadas com a temática. Dessa forma foi possível a sua participação em contextos relacionados com a leitura, contactar com diferentes agentes de aprendizagem e dialogar sobre a biblioteca e a sua utilidade verbalizando assim opiniões, ideias, sentimentos e emoções sobre a mesma e a leitura em geral. A animação da leitura criou um ambiente de ludicidade, propício à adaptação dos alunos e alunas que frequentam a escola pela primeira vez, a atividades interessantes, motivadoras e animadas que serviram de incentivo à leitura. Destacou-se a boa interação entre as dinamizadoras e os/ as alunos/as originando um clima de afetividade que favoreceu a participação espontânea destes, para além da presença dos Encarregados de Educação. Sublinhe- se que a utilização de adereços apelativos nas atividades do 1º CEB captaram a atenção e curiosidade dos alunos para a promoção da leitura. Após as leituras criou-se um ambiente de diálogo que proporcionou a partilha de memórias de experiências passadas na biblioteca e de leituras.

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Boletim do 1º período das bibliotecas do Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo.

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BREVES - A Personalidade do Mês (pretende dar a conhecer figuras de destaque em várias áreas da cultura e da cidadania) - O Autor do Mês (pretende dar a conhecer os autores das obras propostas pelas metas curriculares)

- Calendário de efemérides e calendário ecológico - Clube de Leitura (Inglês—3º CEB)

As BE em retrospetiva...

N E S T A

E D I Ç Ã O :

Breves

Receção aos

alunos

1

DEL 2

Leituras da

República

Monitores das

BE

3

MIBE 4

Leituras de

Arrepiar

5

Onda Pina 6

Contador de

Histórias

7

Ler no Natal 8/9

Os livros e o Natal

10

Concurso “Postal de Natal”

11

LIBRORUM

S E T , N O V E D E Z E M B R O D E 2 0 1 4 B O L E T I M N . º 1

As Bibliotecas

Escolares são

concebidas como

centros multimédia,

disponibilizando os

recursos necessários à

leitura, ao acesso,

utilização e produção

de informação em

diferentes suportes,

desempenhando um

papel central na

aquisição e

desenvolvimento de

competências de

informação e

formações de leitores.

Rede de Bibliotecas

Escolares – Lisboa : ME,

2002

Boletim Informativo das Bibliotecas do Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo

Receção aos alunos Rodeados de livros e leituras os alunos da educação Pré-escolar, do 1º ano do 1º CEB, do 5º ano do 2º CEB e Encarregados de Educação foram recebidos pelas bibliotecas escolares com o objetivo de os estimular para a utilização das bibliotecas e assistir à leitura de obras relacionadas com a temática. Dessa forma foi possível a sua participação em contextos relacionados com a leitura, contactar com diferentes agentes de aprendizagem e dialogar sobre a biblioteca e a sua utilidade verbalizando assim opiniões, ideias, sentimentos e emoções sobre a mesma e a leitura em geral. A animação da leitura criou um ambiente de ludicidade, propício à adaptação dos alunos e alunas que frequentam a escola pela primeira vez, a atividades interessantes, motivadoras e animadas que serviram de incentivo à leitura. Destacou-se a boa interação entre as dinamizadoras e os/as alunos/as originando um clima de afetividade que favoreceu a participação espontânea destes, para além da presença dos Encarregados de Educação. Sublinhe-se que a utilização de adereços apelativos nas atividades do 1º CEB captaram a atenção e curiosidade dos alunos para a promoção da leitura. Após as leituras criou-se um ambiente de diálogo que proporcionou a partilha de memórias de experiências passadas na biblioteca e de leituras.

L I B R O R U M

Dia Europeu

das Línguas

P Á G I N A 2

Por iniciativa do Conselho da Europa, sedeado em Estrasburgo, o Dia Europeu das Línguas tem vindo a ser celebrado, todos os anos desde 2001, no dia 26 de Setembro. As competências de comunicação em outras línguas são uma necessidade e um direito de TODOS – esta é uma das principais mensagens do Dia Europeu das Línguas. O Dia Europeu das Línguas tem como objetivo consciencializar para:

A riqueza e a diversidade linguística da Europa, que deve ser preservada e valorizada; A necessidade de diversificar a gama de línguas que as pessoas aprendem (incluindo línguas menos

utilizadas), o que potencia o plurilinguismo; A necessidade de as pessoas desenvolverem proficiência em duas línguas ou mais, de modo a poderem

participar efetivamente na cidadania democrática da Europa. A maior parte das línguas europeias pertence a três grandes famílias: germânica (o dinamarquês, o norueguês, o sueco, o islandês, o alemão, o neerlandês, o inglês e o ídiche, entre outras), românica (o italiano, o francês, o espanhol, o português e o romeno, entre outras) e eslava (o russo, o ucraniano, o bielorusso, o polaco, o checo, o esloveno, o sérvio, o croata, o macedónio, o búlgaro e outras).

Alunos do 3º CEB e do ensino secundário puderam divertir-se com palíndromos e trava-línguas, nas quatro línguas lecionadas neste Agrupamento.

Socorram-me, subi no ônibus em Marrocos. Esope reste ici et se repose.

Combien de sous sont ces saucissons-ci? Ces saucissons-ci sont six sous.

How much wood would a woodchuck chuck if a woodchuck could chuck wood? A woodchuck would chuck all the wood that he could if a woodchuck could chuck wood.

El perrito de Rita me irrita, si el perrito de Rita te irrita, dile a Rita que cambie el perrito por una perrita.

P Á G I N A 3 B O L E T I M N . º 1

Leituras da República A partir dos símbolos mais emblemáticos que representam a passagem da Monarquia para a República, todos os alunos do 4º ano do 1º CEB participaram nas Leituras da República dinamizadas pela bibliotecária da Biblioteca Municipal Miguel Torga. O objetivo central desta atividade foi a sensibilização à abordagem histórica, mobilizando e articulando diferentes fontes de informação. A temática proporcionou o desenvolvimento de conteúdos históricos com os objetos que contaram outras estórias da República.

Monitores das Bibliotecas Escolares

Novo concurso para monitores com grande adesão! Alunos e alunas motivados e empenhados no apoio às bibliotecas escolares e em tempo de pausa na leituras!

MIBE P Á G I N A 4

As atividades desenvolvidas no âmbito das comemorações do MIBE (mês internacional das bibliotecas escolares), em todas a Bibliotecas Escolares e na Biblioteca Municipal, apostaram em motivar para a utilização das bibliotecas; aquisição de competências para a utilização autónoma das bibliotecas; e na leitura de obras relacionadas com a temática. Nestas atividades participaram alunos da educação Pré-escolar, dos 1º, 2º e 3º CEB do Agrupamento de Escolas,

através de experiências diversificadas. As experiências de aprendizagem permitiram: contactar com diferentes

espaços de aprendizagem; conhecer os diferentes espaços da biblioteca; dialogar sobre as áreas funcionais da

biblioteca a partir da leitura de mapas conceptuais; participar em contextos relacionados com a leitura; verbalizar

opiniões, ideias sentimentos e emoções sobre livros e leituras; e envolver-se na organização / arrumação do fundo

documental segundo a CDU.

Leituras de Arrepiar

P Á G I N A 5

As atividades de promoção/animação da leitura “Leituras de Arrepiar” tiveram

como objetivo central a formação de leitores, sendo a leitura de histórias um meio

privilegiado para a criação de hábitos de ler e para o desenvolvimento da

compreensão leitora. No seguimento das leituras, outras atividades desenvolvidas

neste contexto: os diálogos, registos escritos sobre os medos e o gesto de colocar

os medos no “papa medos”, reforçaram seguramente as interações, abrindo

caminho a outras abordagens mais direcionadas para a desmistificação dos medos.

Sabemos que lidar com os medos dos(as) alunos(as) não é tarefa fácil, sabemos

que estes medos são muitas vezes fatores de perturbação e podem criar obstáculos

ao processo de ensino aprendizagem, mas nós estamos presentes para ajudar a

superar estas dificuldades através das leituras e de outras propostas que

aprofundem a intervenção.

Estas leituras desenvolveram-se desde a educação pré-escolar até ao 3º CEB.

Apesar de os objetivos serem semelhantes, as abordagens e os livros utilizados

foram diferentes. Assim, na educação pré-escolar trabalhou-se a obra “O gato Gui

e os monstros”, de de Rócio Martinez, tendo a atividade sido desenvolvida pela

bibliotecária municipal e outras técnicas da biblioteca municipal Miguel Torga.

No 1º CEB as obras trabalhadas foram “Não me Comas a Mim!”, de Margarita

Del Mazo, e “Livro dos medos”, de Adélia Carvalho; nos 2º e 3º CEB leram-se

duas histórias da obra de Chris Mould “Uma noite com fantasmas”: Tamanho

natural em mármore e Uma história ao deitar. As sessões com os alunos e as

alunas dos1º, 2º e 3º CEB foram desenvolvidas pelas professoras bibliotecárias.

Os registos dos medos foram tratados e analisados e o resultado deste trabalho

pode ser consultado em: http://aemclibrorum.blogspot.pt/

Os espaços e adereços utilizados nas Leituras de Arrepiar foram “horrivelmente” e magnificamente executados pelos criativos colaboradores e artistas Isabel Pereira e

Onda Pina P Á G I N A 6

As bibliotecas escolares do Agrupamento de Miranda do Corvo decidiram juntar-se à iniciativa do Museu Nacional

da Imprensa, para assinalar o 71.º aniversário do nascimento (18.nov.1943) do jornalista e escritor Manuel António

Pina, Prémio Camões 2011.

Falecido em 2012, Manuel António Pina deixou uma obra singular, no campo da poesia, da crónica, da literatura

infanto-juvenil e do teatro.

A iniciativa é designada de ONDA PINA - A POESIA em MOVIMENTO e envolveu escolas e universidades de

Portugal e dos países de língua oficial portuguesa, bem como escolas/centros de Português de outros países.

No dia 18 de novembro leram-se vários poemas de Manuel António Pina em salas de aula do Agrupamento. Às

bibliotecas associaram-se professores do 1º CEB, bem como docentes de Português dos 2º e 3º CEB e ensino

secundário. Para além da leitura, foram expostos poemas nas bibliotecas escolares e nas portas das salas de aula.

Desta forma, o Agrupamento prestou o seu tributo a um grande vulto da cultura portuguesa, cuja obra merece ser

lida e relida, e relida, …

Contador de Histórias Animadas sessões nos auditórios das escolas José Falcão e Ferrer Correia e no

Centro Educativo com o ator / contador de histórias Pedro Simões. Os alunos

da educação pré-escolar e do 1º ciclo ouviram, cantaram e mimaram, com

entusiasmo, a história, poema e canção referente ao ciclo do chocolate da

coleção “Onde Vamos Hoje” de Cristina Quental e Mariana Magalhães.

Alunos e alunas e docentes destacaram o desempenho expressivo da leitura do

contador, conduzindo-nos para outras leituras que a coleção sugere,

permitindo-nos conhecer o ciclo vida de outros elementos.

Alguns alunos disseram que a palavra que escolheriam para caracterizar a

sessão era “Muito obrigado!” e “Adorei!”. Os docentes foram unânimes em

enfatizar a boa interação estabelecida, nas 6 sessões, entre o ator e as crianças,

bem como a participação ativa e entusiástica dos alunos e alunas e o carácter

pedagógico da intervenção, nomeadamente na aprendizagem da canção que

vem no final do livro e a boa interpretação/entoação do ator, que mudava a voz

consoante as personagens. Com efeito, considerou-se que ele conseguiu entrar

no espírito das crianças, que foi uma sessão animada, divertida, motivadora,

atrativa, fantástica, interessante, engraçada, “fixe”, gira, que deu vontade de

comer chocolate, bonita, onde as crianças riram muito e as piadas eram

engraçadas… de facto, a maioria referiu ter sido uma forma diferente de

abordar e dar a conhecer um livro.

P Á G I N A 7

Ler no Natal

As atividades de promoção/animação da leitura Ler no Natal foram desenvolvidas na educação pré-escolar,

1º e 2º CEB e ensino secundário, a partir de três obras: O Cavalinho de Pau do Menino Jesus, Nasceu o

Menino Jesus; Hoje é Natal! e Uma fé como a minha: As principais religiões do mundo vistas pelas

crianças.

O Cavalinho de Pau do Menino Jesus é o título do livro que, para além desta, integra outras duas

histórias natalícias, do escritor e poeta português, já falecido, Manuel António Pina, ilustrado por Inês do

Carmo.

A leitura desta obra desafia os leitores, sejam crianças, jovens ou adultos, a situar-se entre o sagrado e o

profano, o religioso e o lúdico, entusiasmando quem lê e captando a atenção de quem ouve, onde a ironia,

a sátira e a diversão discorrem em harmonia, proporcionando uma fantástica ficção à volta do Natal. Nesta

narrativa assistimos aos preparativos, à viagem, e às peripécias, por que passa o Pai Natal quando resolve ir

até Belém para presentear o Menino Jesus, aquando do seu nascimento, com um cavalinho de pau.

Nasceu o Menino Jesus de Dick Bruna (texto e ilustração) é um livro que aborda de forma simples o

nascimento do Menino Jesus e serviu de mote introdutório à leitura da obra de Manuel António Pina.

Hoje é Natal!, escrito por José Vaz e ilustrado por João Caetano, fala-nos sobre o espirito de Natal,

envolvendo as festividades desta época numa dimensão humanista.

Uma fé como a minha: As principais religiões do mundo vistas pelas crianças de Laura Buller, um

livro informativo que apoiou o conhecimento sobre as religiões.

A animação/promoção da leitura à volta destas obras levou-nos a explorar a dimensão religiosa, festiva e

lúdica do Natal. Partindo do diálogo sobre os pressupostos religiosos explícitos nas histórias, o

cristianismo, aprofundámos o conhecimento sobre os aspetos de outras culturas religiosas, dando a

conhecer aos alunos e alunas algumas religiões do mundo: cristianismo, islamismo, budismo, hinduísmo e

judaísmo.

A ludicidade, também presente nestas atividades, para promover a aprendizagem do poema “Cavalo”,

através das formas de expressão/comunicação: dramática e musical, apelou à mobilização das sonoridades

corporais e cumpriu o objetivo.

P Á G I N A 9

Os livros e o Natal Correspondendo ao pedido pela Biblioteca Escolar Manuel Alegre, e com a cumplicidade da

professora de Português, Irisalva Carvalho, a aluna monitora da BE Maria João Santo, nº 30

do 10º A, redigiu o texto que apresentamos:

“Já tinham passado alguns dias. Continuava ali no escuro do sótão: aberto e entalado sobrevivia num baú de velhos álbuns de fotografia. Onde só se ouviam os barulhos do piso de baixo, mas abafados como se estivessem muito longe de todo este mundo. Um dia, ouvi um ruído mais vivo, um som metálico, um trinco. Antes que pudesse perceber o que se estava a passar as luzes acenderam e olhei à minha volta de olhos semicerrados para me conseguir habituar à claridade. Percebi a silhueta de uma menina cada vez mais nítida: de cabelos loiros e ondulados, olhos cor de avelã. Devia ter os seus seis, sete anos. O seu olhar parecia procurar alguma coisa. Estudava cada caixa poeirenta do sótão antigo e desgastado. De repente, os seus olhos pousaram numa grande caixa de cartão, daquelas caixas que serviram outrora para colocar eletrodomésticos novinhos em folha. Num dos lados da caixa, escritas numa letra apressada com um marcador preto grosso estavam as palavras “Decorações de Natal”. Logo reconheci aquela palavra que constava também da minha capa de feltro vermelho em letras douradas e desenhadas a rigor. Antes que pudesse pensar noutra coisa, as mãos de prata da rapariguita acariciaram as minhas folhas amareladas e a cheirar a mofo. Com um puxão fui libertado da minha semi-prisão do baú e agarrado com firmeza nas mãos da menina. Com cuidado, passou a mão pequenina pelas letras douradas do título. Sorriu e desceu as escadas. Lá, cheirava a biscoitos de gengibre e o calor vindo de uma grande lareira era acolhedor. Sentia-me mu8to melhor do que quando estava naquele sótão frio. Fui levado por um grande corredor até um quartinho decorado a cor-de-rosa. Tinha um tamanho razoável para uma menina de seis anos. No chão viam-se espalhados alguns brinquedos. Ela sentou-se na cama e depois, com um brilho de emoção nos olhos abriu-me. Folheou as minhas páginas parando de vez em quando nos desenhos a aguarela. Não me consegui conter: “Olá!”. Com um safanão fui largado acabando por cair. Decidi, então, insistir numa tentativa de acalmar a rapariguita: “Não tenhas medo, não te vou fazer mal.”. O olhar aterrado pareceu desvanecer aos poucos, dando lugar à curiosidade. - Quem és tu? – perguntou na sua vozinha terna com um tom infantil. - Eu? Eu sou um livro! -Ahahah… Isso eu já sei… Mas és um livro de quê? - Eu sou um livro de contos. De contos de Natal. - A sério? E contas histórias sobre o menino Jesus e a sua mãe virgem Maria? - Sim, mas também sobre candelabros de 9 velas, botas cheias de guloseimas e lamparinas alimentadas a óleo de mostarda.~ - Mas isso não são contos de Natal! - Ai não? Então achas que o Natal é só para aqueles que celebram o nascimento do menino Jesus? - Sim! Para que mais poderia servir? Para além das prendas, é claro! - O Natal serve para abrirmos os nossos corações e darmos um bocadinho deles aos outros. Serve para recompensar os que foram corretos e… - Ah mas esse é o trabalho do Pai Natal! - interrompeu a voz imatura. - Todos nós podemos ser Pais Natal e vez em quando e, principalmente, em alturas como estas e dar algo que os outros precisem. - Então donde vêm essas histórias todas? - Vêm da Índia, da Judeia ou até mesmo de Portugal. Pode não ser o Natal que celebras, mas todos os povos do mundo têm uma festa de dedicada à generosidade. - Olha que tu até tens razão… Se tens histórias tão fantásticas como é que foste parar ao meu sótão? - Sabes, há muitas pessoas que não aceitam tão bem essa ideia de haver mais Natais para além do nosso, como tu. Para essas pessoas as minhas histórias não estão corretas e +por isso, há muito tempo, atiraram-me para o teu sótão. - Mas se o Natal é uma altura de dar e receber, todos nós deveríamos ter o direito a isso. - Pois, mas na realidade não é bem assim. -E não te sentiste sozinho lá no frio do sótão? - Sim, muito triste. Eu quero ser lido por muitos e meninos e meninas como tu para eles poderem conhecer o verdadeiro significado do Natal. - Ah! Eu sei de um sítio assim! Na biblioteca da minha escola há prateleiras cheias de livros e cada um conta uma coisa diferente. Por acaso não achas que poderias lá estar? - Eu gostava muito! Mas porquê? - Bem, é Natal e esta conversa sobre dar um bocadinho de nós aos outros, deu-me vontade de te levar para lá para que inspires mais rapazes e raparigas. Eu olhei-a com um sorriso n capa e antes que pudesse dizer mais alguma coisa a mãe da rapariguita entrou no quarto. - Mãe! Mãe! Podemos levar este livro que eu encontrei no sótão para a biblioteca? – perguntou entusiasmada a menina. - Claro, filha – a mãe sorriu e passou-lhe a mão pelos caracóis- mas agora vai lavar as mãos para ires jantar – e saiu do quarto. A pequena olhou-me mais uma vez. - É verdade, não sabes quem te atirou para o sótão? – perguntou. - Ah, era uma senhora chamada Assunção. - Mas essa é a minha avó…”

Concurso Postal de Natal As bibliotecas escolares lançaram o desafio aos alunos para criação de um “Cartão de Natal”, a utilizar pelos Órgãos de Gestão do Agrupamento nas suas felicitações natalícias. Responderam ao desafio algumas turmas da EB1 Nº1 de Miranda do Corvo, as turmas do 1º CEB da EBI/JI Ferrer Correia, uma turma da EB1 de Rio de Vide e a EB1 de Lamas. Foram analisadas 82 propostas de trabalhos plásticos. Da análise efetuada o júri decidiu destacar e eleger o trabalho da autoria da aluna Rita Carvalho Antunes, nº 22, do 1º ano, que frequenta a EB1 Nº 1 de Miranda do Corvo (Centro Educativo). A distinção deste trabalho deve-se aos seguintes fatores: o trabalho integra os símbolos natalícios mais significativos: o coração, símbolo do amor; a estrela, simbolizando a luz; a bola, evidenciando a globalidade das relações entre qualquer cultura religiosa. Ao nível artístico, destaca-se pela autenticidade, criatividade e qualidade da representação gráfica infantil, situada no nível etário correspondente, bem como da simplicidade dos elementos representados e da cor que dá força e luminosidade. Por todos estes motivos analisados, o júri foi unanime na decisão. Parabéns à vencedora!