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BOA-FÉ DO CONSUMIDOR NA RELAÇÃO CONTRATUAL Pós-Graduação em Direito do Consumidor - Módulo II - Contrato em Espécie - Aula n.45 PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

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Page 1: BOA-FÉ SUBJETIVA DO CONSUMIDOR NA RELAÇÃO … · • Disposições gerais dos contratos • Artigo 421 do Código Civil: ... direito era conhecedor ou não do vício que estava

BOA-FÉ DO CONSUMIDOR NA RELAÇÃO CONTRATUAL

Pós-Graduação em Direito do Consumidor - Módulo II - Contrato

em Espécie - Aula n.45

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

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• Disposições gerais dos contratos

• Artigo 421 do Código Civil: “A liberdade de contratar seráexercida em razão e nos limites da função social do contrato.”

• Princípio da socialidade: os contratantes devem se sujeitar àsnormas de ordem pública.

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• Artigo 422 do Código Civil

“Os contratantes são obrigados a guardar, assim naconclusão do contrato, como em sua execução, os princípiosde probidade e boa-fé.”

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• Os princípios da probidade e da boa-fé objetiva estão ligadosnão só à interpretação do contrato, mas também ao interessesocial de segurança das relações jurídicas. (Maria HelenaDiniz)

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• Boa-fé: os contratantes têm de agir com honradez, denodo,lealdade, honestidade e confiança recíprocas.

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• Boa-fé objetiva (informação, destaque, cooperação ecuidado) para os fornecedores, especialmente tendo emconta o modo coletivo de contratação e por adesão.

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• Boa-fé objetiva (art. 4º, inc. III, do CDC) - regras de condutas

• Boa-fé objetiva é o dever das partes de agir conforme certosparâmetros de honestidade e lealdade, a fim de seestabelecer o equilíbrio nas relações de consumo. Trata-se,portanto, de um padrão comportamental a ser seguido naprobidade e na lealdade. (art. 422 do CC)

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• Boa-fé subjetiva refere-se ao fato de o contratantedesconhecer algum vício do negócio jurídico.

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• Boa-fé subjetiva: a boa-fé subjetiva mantém relação internacom o próprio indivíduo, relacionado-se diretamente com osaspectos psicológicos, buscando-se saber se o titular dodireito era conhecedor ou não do vício que estava por trás dedeterminado ato.

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• Artigo 423 do Código Civil

“Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguasou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação maisfavorável ao aderente.” (Cf. arts. 47 e 54 do CDC)

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CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/CCOMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS. DECISÃO UNIPESSOAL. AGRAVO REGIMENTAL.NULIDADE. INEXISTENTE. PLANO DE SAÚDE. ENTIDADE DE AUTOGESTÃO. CÓDIGO DEDEFESA DO CONSUMIDOR. INAPLICABILIDADE. CONTRATO DE ADESÃO. CLÁUSULASAMBÍGUAS E GENÉRICAS. INTERPRETAÇÃO EM FAVOR DO ADERENTE. NEGATIVA DECOBERTURA DE TRATAMENTO. SÍNDROME CARCINOIDE. INTERPRETAÇÃO DECLÁUSULAS CONTRATUAIS E REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. DANOSMORAIS. INADIMPLEMENTO CONTRATUAL. AGRAVAMENTO PSICOLÓGICO. VALORARBITRADO. SÚMULA 7/STJ. HONORÁRIOS RECURSAIS. LIMITE MÁXIMO ATINGIDO. 1.Ação ajuizada em 11/09/13. Recurso especial interposto em 25/07/16 e concluso aogabinete em 18/11/16. Julgamento: CPC/15. 2. O propósito recursal é definir se háviolação ao princípio do colegiado ante o julgamento monocrático da controvérsia, seincide o Código de Defesa do Consumidor nos plano de saúde de autogestão e se háabusividade na conduta da operadora, passível de compensação por danos morais, aonegar cobertura de tratamento ao usuário final. 3. O julgamento pelo órgão colegiado viaagravo regimental convalida eventual ofensa ao art. 557, caput, do CPC/73, perpetradana decisão monocrática. Tese firmada em acórdão submetido ao regime dos repetitivos.4. A Segunda Seção do STJ decidiu que não se aplica o Código de Defesa do Consumidorao contrato de plano de saúde administrado por entidade de autogestão, por inexistênciade relação de consumo.

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5. A avaliação acerca da abusividade da conduta da entidade de autogestão ao negarcobertura ao tratamento prescrito pelo médico do usuário atrai a incidência do dispostono art. 423 do Código Civil, pois as cláusulas ambíguas ou contraditórias devem serinterpretadas em favor do aderente. 6. Quando houver previsão contratual de coberturada doença e respectiva prescrição médica do meio para o restabelecimento da saúde,independente da incidência das normas consumeristas, é dever da operadora de planode saúde oferecer o tratamento indispensável ao usuário. 7. O médico ou o profissionalhabilitado - e não o plano de saúde - é quem estabelece, na busca da cura, a orientaçãoterapêutica a ser dada ao usuário acometido de doença coberta. Precedentes. 8. Esseentendimento decorre da própria natureza do Plano Privado de Assistência à Saúde etem amparo no princípio geral da boa-fé que rege as relações em âmbito privado, poisnenhuma das partes está autorizada a eximir-se de sua respectiva obrigação parafrustrar a própria finalidade que deu origem ao vínculo contratual. 9. Honoráriosadvocatícios recursais não majorados, pois fixados anteriormente no patamar máximode 20% do valor da condenação. 10. Recurso especial conhecido e não provido.(REsp 1639018/SC, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em27/02/2018, DJe 02/03/2018)

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DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO OCORRÊNCIA.CONTRATO DE SEGURO. QUESTIONÁRIO DE RISCO. DECLARAÇÕES INEXATAS OUOMISSAS FEITAS PELO SEGURADO. NEGATIVA DE COBERTURA SECURITÁRIA.DESCABIMENTO. INEXISTÊNCIA, NO CASO CONCRETO, DE AGRAVAMENTO DO RISCO EDE MÁ-FÉ DO SEGURADO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7. EXISTÊNCIA DE CLÁUSULALIMITATIVA COM DUPLO SENTIDO. APLICAÇÃO DA SÚMULA 5. 1. Vigora, no direitoprocessual pátrio, o sistema de persuasão racional, adotado pelo Código de Processo Civilnos arts. 130 e 131, não cabendo compelir o magistrado a acolher com primaziadeterminada prova, em detrimento de outras pretendidas pelas partes, se pela análisedas provas em comunhão estiver convencido da verdade dos fatos. 2. As declaraçõesinexatas ou omissões no questionário de risco em contrato de seguro de veículoautomotor não autorizam, automaticamente, a perda da indenização securitária. Épreciso que tais inexatidões ou omissões tenham acarretado concretamente oagravamento do risco contratado e decorram de ato intencional do segurado.Interpretação sistemática dos arts. 766, 768 e 769 do CC/02. 3. "No contrato de seguro, ojuiz deve proceder com equilíbrio, atentando às circunstâncias reais, e não aprobabilidades infundadas, quanto à agravação dos riscos" (Enunciado n. 374 da IVJornada de Direito Civil do STJ).

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4. No caso concreto, a circunstância de a segurada não possuir carteira de habilitação oude ter idade avançada - ao contrário do seu neto, o verdadeiro condutor - não poderiamesmo, por si, justificar a negativa da seguradora. É sabido, por exemplo, que o valor doprêmio de seguro de veículo automotor é mais elevado na primeira faixa etária (18 a 24anos), mas volta a crescer para contratantes de idade avançada. Por outro lado, o roubodo veículo segurado - que, no caso, ocorreu com o neto da segurada no interior doautomóvel - não guarda relação lógica com o fato de o condutor ter ou não carteira dehabilitação. Ou seja, não ter carteira de habilitação ordinariamente não agrava o risco deroubo de veículo. Ademais, no caso de roubo, a experiência demonstra que, ao invés dereduzi-lo, a idade avançada do condutor pode até agravar o risco de sinistro - o queocorreria se a condutora fosse a segurada, de mais de 70 anos de idade -, porque haveria,em tese, uma vítima mais frágil a investidas criminosas. 5. Não tendo o acórdão recorridoreconhecido agravamento do risco com o preenchimento inexato do formulário,tampouco que tenha sido em razão de má-fé da contratante, incide a Súmula 7. 6. Soma-se a isso o fato de ter o acórdão recorrido entendido que eventual equívoco nopreenchimento do questionário de risco ter decorrido também de dubiedade da cláusulalimitativa. Assim, aplica-se a milenar regra de direito romano interpretatio contrastipulatorem, acolhida expressamente no art. 423 do Código Civil de 2002: "Quandohouver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar ainterpretação mais favorável ao aderente". 7. Recurso especial não provido.(REsp 1210205/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em01/09/2011, DJe 15/09/2011)

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“A grande contribuição do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90) aoregime das relações contratuais no Brasil foi ter positivado normas específicasimpondo o respeito à boa-fé na formação e na execução dos contratos deconsumo, confirmando o princípio da boa-fé como um princípio geral do direitobrasileiro, como linha teleológica para a interpretação das normas de defesa doconsumidor (artigo 4º, III, do CDC), como cláusula geral para a definição do queé abuso contratual (artigo 51, IV do CDC), como instrumento legal para arealização da harmonia e equidade das relações entre consumidores efornecedores no mercado brasileiro (artigo 4º, I e II, do CDC) e como novoparadigma objetivo limitador da livre iniciativa e da autonomia da vontade(artigo 4º, III, do CDC combinado com artigo 5º, XXXII, e artigo 170, caput e inc.V, da Constituição Federal).” Cláudia Lima Marques

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• Artigo 798 do Código Civil

“O beneficiário não tem direito ao capital estipulado quandoo segurado se suicida nos primeiros dois anos de vigênciainicial do contrato, ou da sua recondução depois de suspenso,observando o disposto no parágrafo único do artigoantecedente.”

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• O beneficiário do seguro tem direito a receber a indenizaçãoquando o segurado se suicida?

• Para responder a essa questão, faz-se necessário entender

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• Parágrafo único

“Ressalvada a hipótese prevista neste artigo, é nula a cláusulacontratual que exclui o pagamento do capital por suicídio dosegurado.”

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• Súmula 61 do Superior Tribunal de Justiça

“O seguro de vida cobre o suicídio não premeditado.”

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DIREITO CIVIL. SEGURO DE VIDA. SUICÍDIO. ART. 798 DO CC/02. INTERPRETAÇÃOLITERAL. IMPOSSIBILIDADE. PRESUNÇÃO DE BOA FÉ DO SEGURADO. PROVA DAPREMEDITAÇÃO. NECESSIDADE. 1. As regras relativas aos contratos de seguro devem serinterpretadas sempre com base nos princípios da boa-fé e da lealdade contratual. Essapremissa é extremamente importante para a hipótese de indenização securitáriadecorrente de suicídio, pois dela extrai-se que a presunção de boa fé deverá tambémprevalecer sobre a exegese literal do art. 798 do CC/02. 2. O biênio previsto no art. 798do CC/02 tem como objetivo evitar infindáveis discussões judiciais a respeito dapremeditação do suicídio do segurado, geralmente ocorrido anos após a celebração docontrato de seguro. À luz desse novo dispositivo legal, ultrapassado o prazo de 02 anos,presumir-se-á que o suicídio não foi premeditado, mas o contrário não ocorre: se o atofoi cometido antes desse período, haverá a necessidade de prova, pela seguradora, dapremeditação. 3. É desrazoável admitir que, na edição do art. 798 do CC/02, o legislador,em detrimento do beneficiário de boa-fé, tenha deliberadamente suprimido o critériosubjetivo para aferição da premeditação do suicídio. O período de 02 anos contido nanorma não deve ser examinado isoladamente, mas em conformidade com as demaiscircunstâncias que envolveram sua elaboração, pois seu objetivo certamente não foisubstituir a prova da premeditação do suicídio pelo mero transcurso de um lapsotemporal.

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4. O planejamento do ato suicida, para fins de fraude contra o seguro, nunca poderá serpresumido. Aplica-se à espécie o princípio segundo o qual a boa-fé é sempre pressuposta,enquanto a má-fé deve ser comprovada. 5. Há de se distinguir a premeditação que dizrespeito ao ato do suicídio daquela que se refere ao ato de contratar o seguro com afinalidade única de favorecer o beneficiário que receberá o capital segurado. Somente aúltima hipótese permite a exclusão da cobertura contratada, pois configura a má-fécontratual. 6. Recurso especial provido. (REsp 1188091/MG, Rel. Ministra NANCYANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 26/04/2011, DJe 06/05/2011)

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• A jurisprudência também estabelece em linhas mais ágeis,concedendo tutelas provisórias para proteção dos direitos doconsumidor.

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Prazo prescricional pagamento indenizatório para seguro

• Súmula 229 do STJ: “O pedido do pagamento de indenização àseguradora suspende o prazo de prescrição até que osegurado tenha ciência da decisão.”

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• Artigo 206 do Código Civil: “Prescreve: § 1º Em um ano: II - apretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contraaquele, contado o prazo: b) [...] da ciência do fato gerador dapretensão”.

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Súmula 101 do Superior Tribunal de Justiça

“A ação de indenização do segurado em grupo contra aseguradora prescreve em um ano.”

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Súmula 229 do Superior Tribunal de Justiça

“O pedido de pagamento de indenização à seguradorasuspende o prazo de prescrição até que o segurado tenhaciência da decisão.”

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