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Da escolástica ao ensino laico.

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Education


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Da escolástica ao ensino laico.

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Período colonial: 1500-1822

A educação no Brasil se inicia com os Jesuítas no período colonial por volta na segunda metade do século XVI, por meio da companhia de Jesus. Criaram escolas primárias de alfabetização e catequização e colégios de sacerdotes pra formar padres. O nascimento da cidade de São Paulo por exemplo, se deu pela criação do atual Pátio do Colégio em 1554.

A monarquia portuguesa não permitia a criação de Universidades, logo os jesuítas ficaram responsáveis apenas de alfabetizar/catequizar os nativos.

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A educação oferecida pelos Jesuítas era de tradição escolástica, na qual tenta-se criar uma argumentação equilibrada entre idealismo, para manter-se a ideia de criacionismo, com o racionalismo realista.

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A partir de 1750, o Marquês de Pombal, um nobre e estadista português, fica responsável por literalmente expulsar os jesuítas da colônia, e essa expulsão é feita com muita violência, principalmente em São Paulo.

Influenciado pelo “Iluminismo”, marquês de Pombal tenta introduzir esse método nas escolas, agora invés da escolástica as escolas deveriam ser iluministas e os professores eram escolhidos por indicação. O ensino que estruturalmente era precário, havia se tornado mais elitista (excludente).

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1834 – O ensino secundário se tornou competência das províncias (atuais estados), semelhante como é hoje.

OBS: Havia uma falta de infra-estrutura e ineficácia dessa política do Estado Imperial se predispor a garantir o ensino aos cidadãos.

1837 – Criação do Colégio Dom Pedro II, administrado diretamente pela coroa. As demais escolas tinham que se adaptar ao colégio Dom Pedro II.

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A educação se mantém elitista, de acesso a poucos. O ensino era focado em preparar para o ensino superior (Que era feito em Portugal pois não haviam universidades no Brasil).

Constituição de 1824 - Todo cidadão tem direito ao ensino primário garantido pelo Estado Imperial, mas só os cidadãos, escravos não.

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1879 – Reforma Leôncio de Carvalho

Adoção do método positivista em detrimento do método humanista herdado da educação jesuíta.

Inclusão de escravos.

Laicidade no ensino.

Não exigia frequência presencial mínima dos alunos.

Diminuía a burocracia para a criação de cursos superiores no país (O que quebrou com o monopólio dos cursos de direitos de São Paulo e do Recife por exemplo).

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Descentralização do ensino, como dito anteriormente, até então o Colégio D. Pedro II era a escola-modelo do país, a qual todos deveriam copiar.

Constituição de 1891:

União responsável pela educação superior e ensino secundário, estados pelo fundamental e profissionalizante.

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Anos 20: Escolanovismo

Atrito entre conservadores e liberais

Combate ao elitismo da educação superior e a persistente não-laicidade do ensino.

As escolas na década de 20/30 ainda eram poucas e a maioria dominada pela Igreja, era comum que as famílias mais pobres colocassem seus filhos na escola só até aprenderem a ler, depois tiravam. A pedagogia era autoritária, incluindo uso de castigos humilhantes e até o uso de palmatórias, as salas eram dividas por sexo, ainda assim estudar naquela época era um privilégio.

Com um êxodo rural e uma necessidade de aperfeiçoar o capital cultural dos brasileiros, a educação que não era ainda um direito garantido pelo Estado, passou por diversas mudanças nessas décadas.

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1930 – Criação do Ministério da Educação e Saúde Pública.

1931 – Decreto 19.850 (Governo Vargas)

Criou o Conselho Nacional de educação, órgão consultivo do ministro da educação sobre assuntos de ensino.

Algumas atribuições fundamentais do Conselho:

* colaborar com o Ministro na orientação e direção superior de ensino; promover e estipular iniciativas em benefício da cultura nacional, e animar atividades privadas, que se proponham a colaborar com o Estado em quaisquer domínios da educação;

   * sugerir providencias tendentes a ampliar os recursos

financeiros, concedido pela União, pelos Estados ou pelos municípios à organização e ao desenvolvimento do ensino, em todos os seus ramos;

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"Em nosso regime político, o Estado não poderá, decerto, impedir que, graças à organização de escolas privadas de tipos diferentes, as classes mais privilegiadas assegurem a seus filhos uma educação de classe determinada; mas está no dever indeclinável de não admitir, dentro do sistema escolar do Estado, quaisquer classes ou escolas, a que só tenha acesso uma minoria, por um privilégio exclusivamente econômico.

Afastada a idéia de monopólio da educação pelo Estado, num país em que o Estado, pela sua situação financeira, não está ainda em condições de assumir a sua responsabilidade exclusiva, e em que, portanto, se torna necessário estimular, sob sua vigilância, as instituições privadas idôneas, a ‘escola única’ se entenderá entre nós, não como uma conscrição precoce arrolando, da escola infantil à universidade, todos os brasileiros e submetendo-os durante o maior tempo possível a uma formação idêntica, para ramificações posteriores em vista de destinos diversos, mas antes como a escola oficial, única, em que todas as crianças, de 7 a 15 anos, todas ao menos que, nessa idade, sejam confiadas pelos pais à escola pública, tenham uma educação comum, igual para todos."  

Resumidamente: Escola pública, obrigatória, laica, e gratuita. Educação como dever do Estado.

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1934: Criação da USP:

Universidades nessa época trabalhavam com regime catedrático, ou seja, todo o conteúdo de um determinado curso é delegado a um professor, este que fica responsável pela metodologia de ensino de seu curso e possui plena autoridade sobre os alunos. Esse regime perdurou até 1968.

Criação do Plano Nacional de Educação, que seria elaborado pelo CNE.

1935: Criação da Universidade do Distrito Federal – Atual UERJ.

Ensino gratuito e laico. Diferente das escolas da época, que eram dominadas pela igreja católica e a maioria era privada.

1937: Criação do Estado Novo:

“ : Criação da UNE (União Nacional dos Estudantes)

Entidade que representa legalmente/politicamente os estudantes do país, tem como principal bandeira a nacionalização do ensino e regulamentação do ensino privado. Participou historicamente do movimento “Diretas ja” e dos “caras pintadas”, pelo impeachment do Fernando Collor.