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    ChoroOrigem: Wikipdia, a enciclopdia livre.

    Instrumentos musicais tpicos do choro brasileiro:Violo de 7 cordas, violo, bandolim, flauta, cavaquinho e pandeiro

    O Choro, popularmente chamado de chorinho, um gnero musical, umamsica popular e instrumental brasileira, com mais de 130 anos de existncia. Osconjuntos que o executam so chamados de regionais e os msicos, compositores ouinstrumentistas, so chamados de chores. Apesar do nome, o gnero em geral deritmo agitado e alegre, caracterizado pelo virtuosismo e improviso dos participantes,que precisam ter muito estudo e tcnica, ou pleno domnio de seu instrumento. O choro considerado a primeira msica popular urbana tpica do Brasil e difcil de serexecutado.

    O conjunto regional geralmente formado por um ou mais instrumentos de solo,como flauta, bandolim e cavaquinho, que executam a melodia, o cavaquinho faz o

    centro do ritmo e um ou mais violes e o violo de 7 cordas formam a base do conjunto,alm do pandeiro como marcador de ritmo.Surgiu provavelmente em meados de 1870, no Rio de Janeiro, e nesse incio era

    considerado apenas uma forma abrasileirada dos msicos da poca tocarem os ritmosestrangeiros, que eram populares naquele tempo, como os europeus xote, valsa eprincipalmente polca, alm dos africanos como o lundu. O flautista Joaquim Calado considerado um dos criadores do Choro, ou pelo menos um dos principaiscolaboradores para a fixao do gnero, quando incorporou ao solo de flauta, doisvioles e um cavaquinho, que improvisavam livremente em torno da melodia, umacaracterstica do Choro moderno, que recebeu forte influncia dos ritmos que no incioeram somente interpretados, demorando algumas dcadas para ser considerado um

    gnero musical.Alguns dos chores mais conhecidos so Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth

    e Pixinguinha. Alguns dos choros mais famosos so Tico-Tico no Fub, de Zequinha de Abreu Brasileirinho, de Waldir Azevedo Noites Cariocas, de Jacob do Bandolim Carinhoso, de Pixinguinha O violo e a flor, de Toninho Ramos

    Dentre as composies de Heitor Villa-Lobos, o ciclo dos Choros consideradoa mais significativa. O choro mais conhecido e ativo na atualidade o virtuoso flautistae compositor Altamiro Carrilho, que j se apresentou em mais de 40 pases difundindo ognero.

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    Histria do ChoroSculo XIX

    A histria do Choro provavelmente comea em 1808, ano em que a Famlia Real

    portuguesa chegou ao Brasil. Em 1815 a cidade do Rio de Janeiro foi promulgadacapital do `Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarves. Em seguida passou por umareforma urbana e cultural, quando foram criados cargos pblicos. Com a corteportuguesa vieram instrumentos de origem europia como o piano, clarinete, violo,saxofone, bandolim e cavaquinho e tambm msicas de dana de salo europias, comoa valsa, quadrilha, mazurca, modinha, minueto, xote e principalmente a polca, queviraram moda nos bailes daquela poca. Esta ltima foi apresentada ao pblico em Julhode 1845.

    A reforma urbana, os instrumentos e as msicas estrangeiras, juntamente com aabolio do trfico de escravos no Brasil em 1850, podem ser considerados umareceita para o surgimento do Choro, j que possibilitou a a emergncia de uma nova

    classe social, a classe mdia, composta por funcionrios pblicos, instrumentistas debandas militares e pequenos comerciantes, geralmente de origem negra, nos subrbiosdo Rio de Janeiro. Essas pessoas, sem muito compromisso, passaram a formar conjuntospara tocar de ouvido essas msicas, que juntamente com alguns ritmos africanos jenraizados na cultura brasileira, como o batuque e o lundu, passaram a ser tocadas demaneira a brasileirada pelos msicos que foram ento batizados de chores.

    Embora no se possa fixar uma msica ou uma data para o surgimento de umgnero musical, pois se trata de um processo lento e contnuo, dentre esses msicos sedestacou o flautista Joaquim Antnio da Silva Calado e seu conjunto, surgido por voltade 1870, que ficou conhecido como "O Choro de Calado". Esse flautista era professorda cadeira de flauta do Conservatrio Imperial, portanto tinha grande conhecimentomusical e reunia os melhores msicos da poca, que tocavam por simples prazer. Oconjunto de Calado era composto de dois violes, um cavaquinho e sua flauta, que era oinstrumento de solo. Devido ao fato das flautas serem de bano, essa formao eratambm chamada de pau-e-corda. No conjunto de Calado os instrumentistas de cordastinham liberdade e todos eram bons em fazer, de propsito, improvisos sobre oacompanhamento harmnico e modulaes complicadas com o intuito de "derrubar" osoutros msicos. Ou seja, foi desenvolvido um novo dilogo entre solo eacompanhamento, uma caracterstica do Choro atual. Logo, outros conjuntos com essamesma formao apareceram.

    Desse modo,Joaquim Calado considerado um dos criadores do Choro, ou pelomenos um dos principais colaboradores para o surgimento do gnero.

    A polca Flor Amorosa, composta por Calado e Catulo da Paixo Cearense em1867, tocada at hoje pelos chores e tem caractersticas do choro moderno, portanto considerada a primeira composio do gnero. Desse conjunto fez parte ViriatoFigueira, seu aluno e amigo e tambm sua amiga, a maestrina Chiquinha Gonzaga, umapioneira como a primeira chorona, compositora e pianista do gnero. Em 1897,Chiquinha comps Gacho ou Corta-Jaca, uma grande contribuio ao repertriodo gnero. Outras composies de destaque foram Atraente e Lua Branca.

    O Choro, nesse incio, era considerado apenas uma maneira mais emotiva ouchorosa de se interpretar aquelas msicas, portanto recebeu forte influncia das mesmas,porm aos poucos a msica gerada sob o improviso dos chores foi perdendo as

    caractersticas dos seus pases de origem e os conjuntos de choro proliferaram nacidade, estendendo-se ao Brasil. No final do sculo XIX e incio do sculo XX outros

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    instrumentos de sopro e cordas, como o bandolim, o clarinete, o oficlide e o flautimforam incorporados aos conjuntos e utilizados tambm pelos solistas. As primeirascomposies de Choro com caractersticas prprias foram compostas por JoaquimCalado, Chiquinha Gonzaga, Anacleto de Medeiros e Ernesto Nazareth, dentre outros.

    Porm, o Choro s comeou a ser considerado como gnero musical na primeira

    dcada do sculo XX.

    Origem do termoExiste controvrsia entre os pesquisadores sobre a origem da palavra choro,

    porm essa palavra pode significar vrias coisas. Choro pode derivar da maneira chorosa de se tocar as msicas estrangeiras no

    final do sculo XIX e os que a apreciavam passaram a cham-la de msica defazer chorar. Da o termo Choro. O prprio conjunto de choro passou a serdenominado como tal, por exemplo, Choro do Calado.

    O termo pode tambm derivar de xolo, um tipo de baile que reunia os escravosdas fazendas, expresso que, por confuso com a parnima portuguesa, passou a

    ser conhecida como "xoro" e finalmente, na cidade, a expresso comeou a sergrafada com "ch".

    Outros defendem que a origem do termo devido sensao de melancoliatransmitida pelas baixarias do violo.

    Sculo XX

    Os conjuntos de choro foram muito requisitados nas gravaes fonogrficas (deLPs de 78 rotaes) que tiveram incio em 1902, o compositor Anacleto de Medeiros foium dos pioneiros ao participar das primeiras gravaes do gnero e de um dos primeirosdiscos impressos no Brasil em 1902. Misturou a xote e a polca com as sonoridadesbrasileiras. Como grande orquestrador, traduziu a linguagem das bandas para as rodasde choro.

    O virtuoso da flauta Patpio Silva, considerado o sucessor de Joaquim Calado,ficou famoso por ser o primeiro flautista a fazer um registro fonogrfico.

    O violonista Joo Pernambuco, autor de Sons de Carrilhes, trouxe do sertosua forma tpica de cano e enriqueceu o gnero com elementos regionais, colaborandopara que o violo deixasse de ser um mero acompanhante na msica popular.

    Ernesto Nazareth, msico de trajetria erudita e ligado escola europia deinterpretao, comps Brejeiro (1893), Odeon (1910) e Apanhei-te Cavaquinho(1914), que romperam a fronteira entre a msica popular e a msica erudita, sendo vitaispara a formao da linguagem do gnero.

    Pixinguinha, um dos maiores compositores da msica popular brasileira, quetambm era tenor, arranjador, saxofonista e flautista, contribuiu diretamente para que ochoro encontrasse uma forma musical definitiva.

    Em 1919, Pixinguinha formou o conjunto Oito Batutas, formado porPixinguinha na flauta, Joo Pernambuco e Donga no violo, dentre outros msicos. Fezsucesso entre a elite carioca, tocando maxixes e choros e utilizando instrumentos atento s conhecidos nos subrbios cariocas. Quando comps Carinhoso, entre 1916 e1917 e Lamentos em 1928, que so considerados dois dos choros mais famosos,Pixinguinha foi criticado e essas composies foram consideradas como tendo umainaceitvel influncia do jazz. Mas na verdade elas eram avanadas demais para apoca. Alm disso, Carinhoso na poca no foi considerado choro e sim polca. Outras

    composies, entre centenas, so Rosa, Vou vivendo, Lamentos, 1X0,Naquele tempo e Sofres porque Queres.

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    Zequinha de Abreu

    Na dcada de 1920, o maestro Heitor Villa-Lobos comps uma srie de 16composies dedicadas ao Choro, mostrando a riqueza musical do gnero e fazendo-o

    presente na msica erudita. A srie composta de 14 choros para diversas formaes,um Choros Bis e uma Introduo aos Choros. O nome das composies sempre noplural. O Choros n 1 foi composto para violo solo. Tambm h Choros para conjuntosde cmara e orquestra. O Choros n 13 foi composto para duas orquestras e banda e o n14 para orquestra, coral e banda. A composio mais conhecida e executada desta srie o Choros n 10 para coro e orquestra, que inclui o tema "Rasga o Corao" de Catuloda Paixo Cearense. Devido grande complexidade e abrangncia dos temas regionaisutilizados pelo compositor, esta srie considerada por muitos como a sua obra maissignificativa.

    Tambm a partir da dcada de 20, impulsionado pelas gravadoras de discos epelo advento do rdio, o Choro fez sucesso nacional com o surgimento de msicoscomo Luperce Miranda e do pianista Zequinha de Abreu, autor de Tico-Tico no Fub,alm de grupos instrumentais que, por dedicar-se msica regional, foram chamados deregionais, como o Regional de Benedito Lacerda, que tiveram como integrantesPixinguinha e Altamiro Carrilho e Regional do Canhoto, que tiveram como integrantesAltamiro e Carlos Poyares.

    Luiz AmericanoUm solista de destaque, nos anos 20 e 30, foi o clarinetista e saxofonista

    sergipano Luiz Americano, que em 1937 integrou o inovador Trio Carioca ao lado dopianista e maestro Radams Gnattali.

    A partir de 1930, os conjuntos regionais, formaram uma base de sustentao snascentes estaes de rdio, devido sua versatilidade em acompanhar, com facilidadee sem muitos ensaios, os diversos estilos de msica vocal que surgiram.

    Severino ArajoUm dos exemplos de unio entre o choro e o jazz foi realizado por Severino

    Arajo, que, em 1944, adaptou choros linguagem das big bands. Como maestro daOrquestra Tabajara, Severino Arajo gravou vrios choros de sua autoria, comoEspinha de Bacalhau. Esse exemplo foi seguido por outras orquestras oucompositores como K-Ximbinho.

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    Waldir AzevedoEm 1947, Waldir Azevedo, o mais popular artista do choro e virtuoso do

    cavaquinho, comps Brasileirinho o maior sucesso da histria do gnero, gravado porCarmen Miranda e, mais tarde, por msicos de todo o mundo. Waldir Azevedo foi umpioneiro que retirou o cavaquinho de seu papel de mero acompanhante e o colocou em

    destaque como instrumento de solo, explorando de forma indita as potencialidades doinstrumento.

    Jacob do BandolimJacob do Bandolim foi um virtuoso no seu instrumento que promovia famosas

    rodas de choro em sua casa, nos anos 50 e 60, alm de grande compositor. Doce deCoco, de 1951 e Noites Cariocas, de 1957, so parte do repertrio clssico dognero. Jacob tambm promoveu o resgate de compositores antigos e fundou o famosoconjunto poca de Ouro, com Csar Faria e Dino 7 Cordas.

    O Choro perdeu grande parte de sua popularidade devido ao surgimento daBossa Nova nas dcadas de 50 e 60, quando foi considerado fora de moda. Mas ognero manteve-se presente no ritmo de vrios msicos, como Paulinho da Viola eArthur Moreira Lima.

    Radams GnattaliEm 1956 Radams Gnattali comps a Sute "Retratos", homenageando quatro

    compositores que considerava fundamentais para a msica brasileira, ChiquinhaGonzaga, Anacleto de Medeiros, Ernesto Nazareth e Pixinguinha.

    Dcada de 70Ocorreu uma revitalizao do gnero na dcada de 70. Em 1973, uniram-se o

    Conjunto poca de Ouro e Paulinho da Viola no show Sarau. Foram criados os Clubesdo Choro em Braslia, Recife, Porto Alegre, Belo Horizonte, Goinia e So Paulo,dentre outras cidades. Surgiram grupos jovens dedicados ao gnero, como Galo Preto eOs Carioquinhas. O novo pblico e o novo interesse pelo gnero propiciou tambm aredescoberta de veteranos chores, como Altamiro Carrilho, Copinha e Abel Ferreira,alm de revelar novos talentos, como os bandolinistas Joel Nascimento e Do Rian e oviolonista Rafael Rabello.

    Festivais do gnero ocorreram no ano de 1977. A TV Bandeirantes de So Paulopromoveu duas edies do Festival Nacional do Choro e a Secretaria de Cultura do Riode Janeiro promoveu o Concurso de Conjuntos de Choro.

    Em 1979 com o LP Clssicos em Choro, o flautista Altamiro Carrilho fezsucesso tocando msicas eruditas em ritmo de Choro. Altamiro uma lenda viva doChoro, j gravou mais de 100 discos, fez mais de 200 composies e j se apresentouem mais de 40 pases difundindo o gnero.

    Tambm em 1979, por ocasio do evento intitulado "Tributo a Jacob doBandolim", em homenagem aos dez anos do falecimento do bandolinista, criado ogrupo Camerata Carioca, formado por Radams Gnatalli, Joel Nascimento e RaphaelRabello, dentre outros msicos.

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    Dcada de 80A dcada de 1980 foi marcada por inmeras oficinas e seminrios de Choro.

    Importantes instrumentistas se reuniram para discutir e ensinar o gnero s novasgeraes. Em 1986, realizou-se o primeiro Seminrio Brasileiro de Msica

    Instrumental, em Ouro Preto, uma proposta ampla que ocasionou uma redescoberta doChoro.

    A partir de 1995 o gnero foi reforado por grupos que se dedicaram suadivulgao e modernizao e pelo lanamento de CDs.

    Sculo XXIO Choro entra no terceiro sculo da sua existncia, com uma bagagem de mais

    de 130 anos, completamente firmado como um dos principais gneros musicais doBrasil. So milhares de discos gravados e centenas de chores que marcaram presena.

    O choro alm de ser um gnero musical rico e complexo, tambm umfenmeno artstico, histrico e social.

    No entanto falta divulgao, pois enquanto o Dia Nacional do Choro comemorado em outros pases, como a Frana e o Japo, no Brasil a maioria dapopulao nem sabe que existe essa data comemorativa. Sobre isso, Hermnio Bello deCarvalho escreveu: Ao defender a tese de que a cultura deveria ser tratada comomatria de segurana nacional, penso traduzir a necessidade cada vez mais premente deabrasileirar o brasileiro, como advertiu Mrio de Andrade...

    Dia do ChoroNo dia 23 de abril se comemora o Dia Nacional do Choro, trata-se de uma

    homenagem ao nascimento de Pixinguinha. A data foi criada oficialmente em 4 de

    setembro de 2000, quando foi sancionada lei originada por iniciativa do bandolinistaHamilton de Holanda e seus alunos daEscola de Choro Raphael Rabello.

    O conjunto regional e os instrumentos do choro

    Cavaquinho em exposio. Waldir Azevedoexplorou de forma indita as potencialidades do mesmo

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    Flauta tr

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    Abel Ferreira e Paulo Moura so

    exemplos de clarinetistas

    Pixinguinha e Luiz Americano soexemplos de saxofonistas

    O Piano, instrumento dos chores Chiquinha Gonzaga,

    Ernesto Nazareth e Arthur Moreira Lima, dentre outros

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    Trombone, o instrumento de Raul de Barros

    O nome provavelmente surgiu na dcada de 1920 por dedicarem-se msicaregional. Os conjuntos regionais so compostos por instrumentos musicais de sopro,cordas e percusso. Geralmente um ou mais instrumentos de solo, como flauta,bandolim, cavaquinho ou ainda clarinete e saxofone, executam a melodia, enquanto ocavaquinho faz o papel de centralizador de ritmo e um ou mais violes e violo de 7cordas improvisam modulaes como acompanhamentos, harmonizando e formando abase do conjunto com a chamada baixaria de sons graves. Alm desses, h osinstrumentos de percusso como o pandeiro. O piano e o trombone eventualmentefazem parte dos regionais. Os chores so versteis e revezam-se no solo comfacilidade.

    Conjuntos Regionais em ordem cronolgica O Choro de Calado (aproximadamente 1870) Oito Batutas (1919) Regional de Benedito Lacerda (1934) Regional do Canhoto (1951) Quinteto Villa-Lobos (1962) (no regional, mas o grupo toca choros) poca de Ouro (1964) Isaas e seus Chores (aprox. 1970) Galo Preto (1975) Os Carioquinhas (1977) N em Pingo D'gua (1979) Camerata Carioca (1979) gua de Moringa (1989) Grupo Bola Preta (1990) Rabo de Lagartixa (aprox. 1990) Quebrando Galho (1993) Choronas (1994) Grupo Sarau (1996) Choro na Feira (2000) Grupo Cordaviva (2001) Trio Quintessncia (2001) Choro das 3 (2002) Resumo do Choro (2002) Trio Madeira Brasil Camerata Brasileira Grupo Choro Rasgado (2002) Trio Mandando Bala (2004) Grupo Chorando as Pitangas (2004) Grupo do Borogod (2005) Grupo Choro de Moa (2005)

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    ChoresOs chores geralmente so compositores e tambm instrumentistas do gnero.

    Afirma-se que os bons chores precisam ter grande capacidade de improviso e domniodos instrumentos.

    Lista de Chores em ordem cronolgica Chiquinha Gonzaga (1847-1935) Joaquim Calado (1848-1880) Viriato Figueira (1851-1883) Juca Kallut (1858-1922) Stiro Bilhar (1860-1927) Ernesto Nazareth (1863-1934) Catulo da Paixo Cearense (1863-1946) Anacleto de Medeiros (1866-1907) Irineu de Almeida (1873-1916) Quincas Laranjeiras (1873-1935) Patpio Silva (1880-1907) Zequinha de Abreu (1880-1935) Joo Pernambuco (1883-1947) Heitor Villa-Lobos (1887-1959) Donga (1890-1974) Bonfiglio de Oliveira (1894-1940) Pixinguinha (1897-1973) Luiz Americano (1900-1960) Benedito Lacerda (1903-1958) Luperce Miranda (1904-1977) Radams Gnattali (1906-1988) Copinha (1910-1984) Abel Ferreira (1915-1980) Garoto (1915-1955) Raul de Barros (1915- ) Dilermando Reis (1916-1977) K-Ximbinho (1917-1980) Jacob do Bandolim (1918-1968) Dino 7 Cordas (1918-2006) Rossini Ferreira (1919 - ?) Ademilde Fonseca (1921- ) Orlando Silveira (1922-1993) Waldir Azevedo (1923-1980) lvaro Brochado Hilsdorf (1923-1997) Altamiro Carrilho (1924- ) Carlos Poyares (1928- ) Antnio da Silva Torres, o Jacar (1930-2005) Evandro do Bandolim (1932-1994) Paulo Moura (1933- ) Joel Nascimento (1937- ) Canhotinho (1938- ) Ventura Ramirez (1939- ) Arthur Moreira Lima (1940- ) Paulinho da Viola (1942- ) Toninho Ramos - 7 cordas (1942- )

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    Do Rian (1944- ) Pedro Amorim (1958- ) Raphael Rabello (1962-1995) Aleh Ferreira (1966- ) Maurcio Carrilho(?) Nilze Carvalho (1969- ) Hamilton de Holanda (1976- ) Danilo Brito (1985- ) Mestre Z Paulo(?) Valter Silva - 7 cordas(?)

    Trombone e Cia - 2004 (acesse www.tromboneecia.com)

    CuriosidadesChoro ou Chorinho?

    O nome do gnero Choro, mas popularmente chamado de Chorinho. Muitos

    chores, ou mesmo apreciadores do gnero, no gostam desta ltima denominao,alegando que no se chama samba de sambinha ou jazz de jazzinho. Outrosconsideram o chorinho como um aspecto do choro ou o ambiente proporcionado pelognero.

    Sucesso internacionalO choro faz sucesso em pases muito distantes do Brasil, como o Japo, Frana,

    Itlia e Estados Unidos. J em 1985, quando a Camerata Carioca esteve no Japo,constatou a existncia de msicos que tocavam e estudavam msica brasileira, como oChoro Club que faz uma fuso da linguagem do choro com as tendncias

    contemplativas da msica oriental, com um repertrio de composies prprias e deErnesto Nazareth e Jacob do Bandolim. Em outubro de 2006 houve uma Roda do Choroda Camerata do Choro ( direo: Paulo Gouveia, flauta) em Hamburgo/Alemanha quecontou com participao entre outros de Wilfried Berk (Rio de Janeiro/Hannover), comsua clarineta chorona, e de Fabiano Borges (Braslia) no violo de 7 cordas. EmNovembro de 2007, o Trio Madeira Brasil atuou em Berlim e Munique tocando comconvidados (Yamand Costa, Z da Velha) os highlights do filme "Brasileirinho" deMika Kaurismki. Em Dezembro de 2007 foi fundado em Turim (Itlia) o Clube doChoro de Turim, que realiza periodicamente Rodas de Choro e pouco a pouco se tornauma referncia do gnero no Norte da Itlia.

    Violo de 7 cordasNo choro, alm do violo de seis cordas, existe o violo de 7 cordas, introduzido

    nos regionais provavelmente pelo violonista Tute, quando procurava notas mais gravespara a chamada baixaria.

    Jazz Brasileiro?Muitas pessoas dizem que o choro o jazz brasileiro, mas ocorre que, apesar

    de ambos terem em comum a improvisao, o choro surgiu antes do jazz, portanto esteltimo que deveria chamar-se choro estadunidense. Alm disso, a origem dosmesmos diferente, o jazz provm da cultura negra estadunidense e o choro tem origemeuropia, da polca principalmente. Uma comparao muito mais apropriada entre doisgneros musicais brasileiro e estadounidense a feita entre o Jazz e a Bossa Nova, essasim, diretamente influenciada pelo ritmo criado nos EUA.

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    Opinies Radams Gnattali reconhecia o choro como a mais sofisticada forma de msica

    instrumental popular. A verdadeira encarnao da alma brasileira, disse Heitor Villa-Lobos. O choro est para o brasileiro como o tango est para o argentino.; O

    chorinho msica clssica tocada com p no cho, calo na mo, alma no cu.(Aquiles Rique Reis, vocalista do conjunto MPB-4.

    LetraUma das principais discusses sobre o Choro se deve ou no ter letra. Essa

    polmica sempre foi discutida entre os chores, que tem opinies diversas, j que ognero puramente instrumental, mas de vez em quando algum compositor coloca letra.

    Um exemplo famoso o de Carinhoso de Pixinguinha que recebeu letra deJoo de Barro e foi gravado com sucesso por Orlando Silva. As interpretaes deAdemilde Fonseca a consagraram como a maior intrprete do choro cantado, sendoconsiderada a "Rainha do choro".

    Filme Tico-Tico no FubEm 1952, a Companhia Cinematogrfica Vera Cruz produziu o filme Tico-Tico

    no Fub, baseado na vida de Zequinha de Abreu.

    Filme BrasileirinhoEm 2005 foi lanado o filme documentrio Brasileirinho, um tributo ao gnero

    choro, do cineasta e diretor finlands Mika Kaurismki. Alguns msicos queparticiparam do filme foram Yamand Costa, Paulo Moura e Trio Madeira Brasil,dentre outros.