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BLITZ PRÓ MASTER PORTUGUÊS A TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Para responder a(s) questão(ões), leia o texto a seguir. A lenda da mandioca (lenda dos índios Tupi) Nasceu uma indiazinha linda, e a mãe e o pai tupis espantaram-se: – Como é 7 branquinha 1 esta criança! E era mesmo. Perto dos outros curumins da taba, parecia um raiozinho de lua. Chamaram-na Mani. Mani era 2 linda, 8 silenciosa e 3 quieta. Comia 4 pouco e pouco bebia. Os pais preocupavam-se. – Vá brincar, Mani, dizia o pai. – Coma um 5 pouco mais, dizia a mãe. Mas a menina continuava quieta, cheia de sonhos na cabecinha. Mani parecia esconder um mistério. Uma bela manhã, não se levantou da rede. O pajé foi chamado. Deu ervas e bebidas a menina. Mas não atinava com o que tinha Mani. Toda a tribo andava triste. Mas, deitada em sua rede, Mani sorria, sem doença e sem dor. E sorrindo, Mani morreu. Os pais a enterraram dentro da própria oca. E regavam sua cova todos os dias, como era costume entre os índios Tupis. Regavam com lágrimas de saudade. Um dia perceberam que do túmulo de Mani rompia uma plantinha verde e viçosa. – Que planta será esta? Perguntaram, admirados. Ninguém a conhecia. – É melhor deixá-la crescer, resolveram os índios. E continuaram a regar o 9 brotinho mimoso. A planta desconhecida crescia depressa. 6 Poucas luas se passaram, e ela estava altinha, com um caule forte, que até fazia a terra se rachar em torno. – A terra parece fendida, comentou a mãe de Mani. – Vamos cavar? E foi o que fizeram. Cavaram pouco e, à flor da terra, viram umas raízes grossas e morenas, quase da cor dos curumins, nome que dão aos meninos índios. Mas, sob a casquinha marrom, lá estava a polpa branquinha, quase da cor de Mani. Da oca de terra de Mani surgia uma nova planta! – Vamos chamá-la 10 Mani-oca, resolveram os índios. – E, para não deixar que se perca, vamos transformar a planta em alimento! Assim fizeram! Depois, fincando outros ramos no chão, fizeram a primeira plantação de mandioca. Até hoje entre os índios do Norte e Centro do Brasil é este um alimento muito importante. E, em todo Brasil, quem não gosta da plantinha misteriosa que surgiu na casa de Mani? Fonte: GIACOMO, Maria T. C. de. Lendas brasileiras, n. 7, 2. ed. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1977. (adaptado) 01. (UFSM) Considerando princípios ortográficos, fonológicos e morfológicos da língua portuguesa, considere as afirmativas a seguir. I. Se inserido acento na sílaba final de “esta” (ref. 1), altera-se a tonicidade, mas mantém-se inalterada a classe de palavra. II. Em “linda” (ref. 2), assim como em “quieta” (ref. 3), verifica-se ocorrência de um fonema representado por duas letras. III. Diferentemente de “pouco” (refs. 4 e 5), a palavra “Poucas” (ref. 6), flexiona-se para concordar com o nome que a acompanha. Está(ão) correta(s) A. apenas I B. apenas II C. apenas I e III D. apenas II e III E. I, II e III 02. (G1 - IFSC) Assinale a frase gramaticalmente CORRETA de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

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Page 1: BLITZ PRÓ MASTER - sistemapromaster.com.br · Nasceu uma indiazinha linda, ... (1863-1946). O Azulão e os tico-ticos Do começo ao fim do dia, um belo Azulão cantava, e o pomar

BLITZ PRÓ MASTER

PORTUGUÊS A

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Para responder a(s) questão(ões), leia o texto a seguir. A lenda da mandioca (lenda dos índios Tupi) Nasceu uma indiazinha linda, e a mãe e o pai tupis espantaram-se: – Como é 7branquinha 1esta criança! E era mesmo. Perto dos outros curumins da taba, parecia um raiozinho de lua. Chamaram-na Mani.

Mani era 2linda, 8silenciosa e 3quieta. Comia 4pouco e pouco bebia. Os pais preocupavam-se. – Vá brincar, Mani, dizia o pai. – Coma um 5pouco mais, dizia a mãe. Mas a menina continuava quieta, cheia de sonhos na cabecinha. Mani parecia esconder um mistério.

Uma bela manhã, não se levantou da rede. O pajé foi chamado. Deu ervas e bebidas a menina. Mas não atinava com o que tinha Mani. Toda a tribo andava triste. Mas, deitada em sua rede, Mani sorria, sem doença e sem dor.

E sorrindo, Mani morreu. Os pais a enterraram dentro da própria oca. E regavam sua cova todos os dias, como era costume entre os índios Tupis. Regavam com lágrimas de saudade. Um dia perceberam que do túmulo de Mani rompia uma plantinha verde e viçosa.

– Que planta será esta? Perguntaram, admirados. Ninguém a conhecia. – É melhor deixá-la crescer, resolveram os índios. E continuaram a regar o 9brotinho mimoso. A planta desconhecida crescia depressa. 6Poucas luas

se passaram, e ela estava altinha, com um caule forte, que até fazia a terra se rachar em torno. – A terra parece fendida, comentou a mãe de Mani. – Vamos cavar? E foi o que fizeram. Cavaram pouco e, à flor da terra, viram umas raízes grossas e morenas, quase

da cor dos curumins, nome que dão aos meninos índios. Mas, sob a casquinha marrom, lá estava a polpa branquinha, quase da cor de Mani. Da oca de terra de Mani surgia uma nova planta!

– Vamos chamá-la 10Mani-oca, resolveram os índios. – E, para não deixar que se perca, vamos transformar a planta em alimento! Assim fizeram! Depois, fincando outros ramos no chão, fizeram a primeira plantação de mandioca.

Até hoje entre os índios do Norte e Centro do Brasil é este um alimento muito importante. E, em todo Brasil, quem não gosta da plantinha misteriosa que surgiu na casa de Mani? Fonte: GIACOMO, Maria T. C. de. Lendas brasileiras, n. 7, 2. ed. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1977. (adaptado) 01. (UFSM) Considerando princípios ortográficos, fonológicos e morfológicos da língua

portuguesa, considere as afirmativas a seguir.

I. Se inserido acento na sílaba final de “esta” (ref. 1), altera-se a tonicidade, mas mantém-se inalterada a classe de palavra.

II. Em “linda” (ref. 2), assim como em “quieta” (ref. 3), verifica-se ocorrência de um fonema representado por duas letras.

III. Diferentemente de “pouco” (refs. 4 e 5), a palavra “Poucas” (ref. 6), flexiona-se para concordar com o nome que a acompanha.

Está(ão) correta(s)

A. apenas I B. apenas II C. apenas I e III D. apenas II e III E. I, II e III

02. (G1 - IFSC) Assinale a frase gramaticalmente CORRETA de acordo com a norma-padrão

da língua portuguesa.

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A. As mães mesmas precisam ficar alerta com relação ao esporte que os filhos praticam. B. Os lutadores de MMA costumam comportar-se muito mau durante as lutas. C. Sempre se esperam menas violência no fim do campeonato de lutas marciais. D. Os lutadores chegaram sedo afim de iniciarem mais um show de violência. E. As lutas conhecidas como MMA podem trazer sérias consequencias físicas e emocionais à

seus praticantes. 03. (UFSM) Diante do aumento de doenças relacionadas à alta ingestão de sódio, diversas

entidades têm lançado campanhas para redução do consumo de sal, veiculadas em diferentes mídias, como exemplificam os textos a seguir.

TEXTO 1

TEXTO 2

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Os produtores desses textos escolheram diferentes recursos linguísticos para alertar os

leitores sobre o consumo de sal. Considere as afirmativas acerca desses recursos:

I. No texto 1, são usadas duas frases nominais cuja disposição permite inferir que a melhora da saúde é consequência da diminuição do consumo de sal.

II. No texto 2, as reticências, depois de “Escolha”, servem para indicar uma interrupção da frase e, antes de “a opção com menos sal”, sinalizam o complemento da frase interrompida.

III. No texto 2, o uso dos verbos “consumimos”, “está” e “compramos” no modo indicativo contribui para compor uma informação que justifica o apelo à leitura do rótulo e à escolha de produtos com menos sal.

Está(ão) correta(s)

A. apenas I. B. apenas III. C. apenas I e II. D. apenas II e III. E. I, II e III.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Para responder à(s) questão(ões), leia o poema de Catulo da Paixão Cearense (1863-1946). O Azulão e os tico-ticos Do começo ao fim do dia, um belo Azulão cantava, e o pomar que atento ouvia o seus trilos de harmonia, cada vez mais se enflorava. Se um tico-tico e outras aves vaiavam sua canção... mais doce ainda se ouvia a flauta desse Azulão. Um papagaio, surpreso de ver o grande desprezo, do Azulão, que os desprezava, um dia em que ele cantava e um bando de tico-ticos numa algazarra o vaiava, lhe perguntou: 1“Azulão, olha, dize-me a razão por que, quando estás cantando e recebes uma vaia desses garotos joviais, tu continuas gorgeando e cada vez canta mais?!” Numas volatas sonoras, o Azulão lhe respondeu: “Caro Amigo! Eu prezo muito esta garganta sublime e esta voz maravilhosa... este dom que Deus me deu! Quando, há pouco, eu descantava, pensando não ser ouvido nestes matos por ninguém,

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2um Sabiá*, que me escutava, num capoeirão, escondido, gritou de lá: — meu colega, bravos! Bravos... muito bem! Pergunto agora a você: quem foi um dia aplaudido pelo príncipe dos cantos de celestes harmonias, (irmão de Gonçalves Dias, um dos cantores mais ricos...) — que caso pode fazer das vaias dos tico-ticos?” * Nota do editor: Simbolicamente, Rui Barbosa está representado neste Sabiá, pois foi a “Águia de

Haia” um dos maiores admiradores de Catulo e prefaciador do seu livro Poemas bravios. Poemas escolhidos, s/d. 04. (UNESP) Na fala do papagaio, na referência 1, uma das formas verbais não apresenta,

como deveria, flexão correspondente à mesma pessoa gramatical das demais. Trata-se de:

A. continuas. B. dize. C. canta. D. recebes. E. estás.

05. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada. Não se ...... admitir que se ...... tantos pelo que ...... uns poucos.

a) podem - punam - fizeram b) pode - puna - fez c) podem - puna - fizeram d) pode - punam - fez e) pode - punam - fizeram

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: A(s) questão(ões) a seguir está(ão) relacionada(s) ao texto abaixo.

1Hoje os conhecimentos se estruturam de modo 3fragmentado, 4separado, 5compartimentado nas disciplinas. 8Essa situação impede uma visão global, uma visão fundamental e uma visão complexa. 13"Complexidade" vem da palavra latina complexus, que significa a compreensão dos elementos no seu conjunto.

As disciplinas costumam excluir tudo o que se encontra fora do 9seu campo de especialização. A literatura, no entanto, é uma área que se situa na inclusão de todas as dimensões humanas. Nada do humano 10lhe é estranho, 6estrangeiro.

A literatura e o teatro são desenvolvidos como meios de expressão, meios de conhecimento, meios de compreensão da 14complexidade humana. Assim, podemos ver o primeiro modo de inclusão da literatura: a inclusão da 15complexidade humana. E vamos ver ainda outras inclusões: a inclusão da personalidade humana, a inclusão da subjetividade humana, e, também, muito importante, a inclusão; do estrangeiro, do marginalizado, do infeliz, de todos que ignoramos e desprezamos na vida cotidiana.

A inclusão da 16complexidade humana é necessária porque recebemos uma visão mutilada do humano. 11Essa visão, a de homo sapiens, é uma 17definição do homem pela razão; de homo faber20, do homem como trabalhador; de homo economicus21, movido por lucros econômicos. Em resumo, trata-se de uma visão prosaica, mutilada, 12que esquece o principal22: a relação do sapiens/demens, da razão com a demência, com a loucura.

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Na literatura, encontra-se a inclusão dos problemas humanos mais terríveis, coisas 18insuportáveis que nela se tornam suportáveis. Harold Bloom escreve: 24"Todas as 25grandes obras revelam a universalidade humana através de destinos singulares, de situações singulares, de épocas singulares". É essa a razão por que as 19obras-primas atravessam 7séculos, sociedades e nações.

2Agora chegamos à parte mais humana da inclusão: a inclusão do outro para a compreensão humana. A compreensão nos torna mais generosos com relação ao outro23, e o criminoso não é unicamente mais visto como criminoso, 26como o Raskolnikov de Dostoievsky, como o Padrinho de Copolla.

A literatura, o teatro e o cinema são os melhores meios de compreensão e de inclusão do outro. Mas a compreensão se torna provisória, esquecemo-nos depois da leitura, da peça e do filme. Então essa compreensão é que deveria ser introduzida e desenvolvida em nossa vida pessoal e social, porque serviria para melhorar as relações humanas, para melhorar a vida social.

Adaptado de: MORIN, Edgar. A inclusão: verdade da literatura. In: RÕSING, Tânia et ai.

Edgar Morin: religando fronteiras. Passo Fundo: UPF, 2004. p.13-18

6. (UFRGS) Considere as seguintes afirmações, referentes ao uso de tempos e modos verbais no texto.

I. O emprego do presente na forma verbal revelam (ref. 27) reforça o caráter generalizador da

afirmação, já sinalizado pelo emprego de Todas (ref. 28). II. Os usos de futuro do pretérito em deveria (ref. 29) e serviria (ref. 30) contribuem para mostrar

que o autor conclui a argumentação com soluções possíveis e desejáveis. III. A presença no texto de verbos nos modos indicativo e subjuntivo confere sentidos de certeza

e de possibilidade à argumentação. Quais estão corretas?

a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e II. d) Apenas I e III. e) I, II e III.

TEXTO PARA A(S) PRÓXIMA(S) QUESTÃO(ÕES)

Tornando da malograda espera do tigre, 1alcançou o capanga um casal de velhinhos, 2que seguiam diante dele o mesmo caminho, e conversavam acerca de seus negócios particulares. Das poucas palavras que apanhara, percebeu Jão Fera 3que destinavam eles uns cinquenta mil-réis, tudo quanto possuíam, à compra de mantimentos, a fim de fazer um moquirão*, com que pretendiam abrir uma boa roça. - Mas chegará, homem? perguntou a velha. - Há de se espichar bem, mulher! Uma voz os interrompeu: - Por este preço dou eu conta da roça! - Ah! É nhô Jão! Conheciam os velhinhos o capanga, a quem tinham por homem de palavra, e de fazer o que prometia. Aceitaram sem mais hesitação; e foram mostrar o lugar que estava destinado para o roçado. Acompanhou-os Jão Fera; porém, 4mal seus olhos descobriram entre os utensílios a enxada, a qual ele esquecera um momento no afã de ganhar a soma precisa, que sem mais deu costas ao par de velhinhos e foi-se deixando-os embasbacados.

ALENCAR, José de. Til. * moquirão = mutirão (mobilização coletiva para auxílio mútuo, de caráter gratuito).

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BLITZ PRÓ MASTER 07. (FUVEST) Considere os seguintes comentários sobre diferentes elementos linguísticos presentes no texto: I. Em “alcançou o capanga um casal de velhinhos” (ref. 1), o contexto permite identificar qual é

o sujeito, mesmo este estando posposto. II. O verbo sublinhado no trecho “que seguiam diante dele o mesmo caminho” (ref. 2) poderia

estar no singular sem prejuízo para a correção gramatical. III. No trecho “que destinavam eles uns cinquenta mil-réis” (ref. 3), pode-se apontar um uso

informal do pronome pessoal reto “eles”, como na frase “Você tem visto eles por aí?”. Está correto o que se afirma em a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) I e II, apenas. e) I, II e III. GABARITO: Resposta da questão 1: [D] [I] Falsa. “Esta” é um pronome demonstrativo; caso a palavra seja acentuada na sílaba final,

encontra-se “está”: alteram-se a tonicidade (passa de paroxítona à oxítona) e a classe de palavra (passa de pronome demonstrativo a verbo).

[II] Verdadeira. Em “linda”, as letras “i” e “n” correspondem a um fonema: / ĩ /, ou seja, ocorre a nasalização do “i”, formando um dígrafo vocálico. Já em “quieta”, as letras “q” e “u” correspondem a um fonema: /k/, ou seja, forma-se um dígrafo consonantal.

[III] Verdadeira. Há diferentes classes de palavras sendo comparadas: “pouco” é um advérbio de intensidade tanto na referência 4 como na 5; já “poucas” é um pronome indefinido, motivo pelo qual concorda com o substantivo “luas”. Resposta da questão 2: [A] [A] Correta. O pronome adjetivo “mesmas” concorda com o substantivo a que se refere em

gênero e número, “mães”. Já o adjetivo “alerta”, neste contexto, é comum de dois gêneros, portanto não sofre variação, independentemente do termo a que se refere.

[B] Incorreta. “Mau” é um adjetivo; na oração apresentada, o correto é o emprego do advérbio de modo “mal”, uma vez que este acrescenta uma circunstância ao verbo. A oração correta é “Os lutadores de MMA costumam comportar-se muito mal durante as lutas”.

[C] Incorreta. A voz passiva sintética, cujo núcleo é um verbo transitivo direto, requer concordância verbal com o núcleo do sujeito. Além disso, “menos” é um advérbio e, como tal, não sofre variação; o correto é o emprego da forma no masculino, independentemente do termo a que se refere. A oração correta é “Sempre se espera menos violência no fim do campeonato de lutas marciais”.

[D] Incorreta. Há incorreções quanto à grafia: “cedo” e “a fim de”. O período está corretamente grafado em “Os lutadores chegaram cedo a fim de iniciarem mais um show de violência”.

[E] Incorreta. Há incorreção quanto à acentuação (“consequências” é uma palavra paroxítona terminada em ditongo, portanto o acento grave na sílaba tônica é obrigatório) e ao uso de crase (“consequências” requer complemento com a preposição “a”, porém o termo regido apresenta-se no masculino e no plural, o que inviabiliza o emprego do artigo feminino “a”). O correto é “As lutas conhecidas como MMA podem trazer sérias consequências físicas e emocionais a seus praticantes”. Resposta da questão 3: [E]

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BLITZ PRÓ MASTER [I] Correta. As frases não apresentam verbos, daí a classificação como nominais. Além disso, a

relação de dependência entre elas indica que, ao ingerir “menos sal”, alcança-se um estado de “mais saúde”.

[II] Correta. Uma das indicações para o uso das reticências é abrir a possibilidade para que o leitor conclua o que o autor sugere. Isto posto, as reticências após o verbo interrompem o discurso, permitindo que o leitor analise a imagem e, após tal ação, concorde com a mensagem do complemento (“a opção com menos sal”).

[III] Correta. Os verbos indicados estão conjugados no presente do indicativo, apresentando a ideia de validade permanente. Resposta da questão 4: [C] O papagaio define a 2ª pessoa do singular como forma de tratar o Azulão, logo a forma verbal “canta” deveria ser conjugada igualmente (“cantas”), dando continuidade à frase anterior: (“tu continuas gorjeando e cada vez cantas mais?!”). Resposta da questão 5: [E] Resposta da questão 6: [C] [I] Correta. Uma das funções presente do indicativo está relacionada a afirmações consideradas

verdades universais, como é o caso de "28Todas as grandes obras 27revelam a universalidade humana através de destinos singulares, de situações singulares, de épocas singulares".

[II] Correta. As formas verbais “deveria” e “serviria” estão conjugadas no futuro do pretérito do indicativo, relacionadas a ações desejáveis como solução ao fato de a compreensão, seja de uma obra literária, teatral ou cinematográfica, ser provisória.

[III] Incorreta. O emprego do futuro do pretérito do indicativo, por estar relacionado a ações desejáveis, impede a afirmação de que o modo indicativo “confere sentido de certeza” à argumentação. Resposta da questão 7: [D] [I] Verdadeiro. Mesmo estando o verbo conjugado no singular (“alcançou”) e duas expressões

igualmente no singular (“o capanga” e “um casal de velhinhos”), a leitura do trecho indica que o sujeito da oração é “o capanga”, uma vez que se refere a uma ação de Jão Fera.

[II] Verdadeiro. Em “que seguiam diante dele o mesmo caminho”, o verbo pode concordar com o núcleo do sujeito, “um casal de velhinhos”.

[III] Falso. No trecho “que destinavam eles uns cinquenta mil-réis”, o sujeito é posposto (eles), recurso bastante empregado por José de Alencar; no exemplo citado, pertinente ao registro coloquial da língua, “eles” desempenha função de objeto direto da locução “tem visto”.

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PORTUGUÊS B

A espada também pode bloquear eficientemente ataques inimigos, dando origem à arte da esgrima, a complexa dança mortal entre movimentos defensivos e ofensivos. Ainda que raramente fosse a arma principal de uma unidade lutando em formação, não havia nada mais eficiente para combate próximo e pessoal - por isso, mesmo guerreiros equipados com lanças ou outras armas longas, como os hoplitas espartanos, carregavam-na consigo como arma reserva, para um ataque final ou como último recurso, quando a situação se degenerava num salve-se quem puder.

01. Identificamos, no trecho acima, as seguintes palavras formadas pelo processo de derivação regressiva: a) arma e formação. b) combate e guerreiros. c) combate e ataque. d) lanças e armas. e) ataque e situação.

Rua na Aclimação amanhece coberta por gelo A intensa chuva de granizo que caiu sobre a cidade na tarde de domingo (18) deixou a cidade em estado de atenção, que durou até as 17h35. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), as chuvas foram mais intensas nas zonas Sul e Oeste, mas moradores da zona Leste também registraram o fenômeno climático. Placas de gelo formadas no chão chamaram a atenção dos paulistanos, que postaram fotos da neve cobrindo as ruas nas redes sociais. No bairro da Aclimação, no centro, a Rua Pedra Azul amanheceu coberta por gelo nesta segunda-feira (19). (Fonte: http:/ /vejasp.abril.com.br) 02. No texto acima, o verbo amanhecer, no título, foi formado pelo processo de: a) derivação prefixal b) derivação sufixal c) derivação parassintética· d) derivação regressiva. e) derivação imprópria. 03. “Havia um vínculo afetivo entre o craque e o clube, o craque e o torcedor e o torcedor e o clube, que foi comprometido. Atentemos, para ter ideia precisa do que se está tentando dizer, em duas diferenças fundamentais entre o futebol de ontem e o de hoje.” Em relação ao fragmento, a resposta correta encontra-se na alternativa: a) o sujeito da primeira oração do primeiro período é indeterminado; b) o “que” que introduz a segunda oração do primeiro período é um pronome relativo e inicia uma

oração subordinada substantiva; c) o “que” é um pronome relativo e exerce a função sintática de sujeito e retoma a expressão

“vínculo afetivo”; d) o segundo período é composto por duas orações; e) há no texto apenas uma oração. 04. Assinale as opções que trazem o sujeito aparece posposto: 01) “Acompanhamos recentemente notícias na imprensa”; 02) “Ocorreram três atos distintos”; 04) “Por maior semelhança, carregam os registros características peculiares”; 08) “Os jornais trazem e antecipam uma forte tendência”; 16) “A evolução do formato da família brasileira força a necessidade de uma adequação”.

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BLITZ PRÓ MASTER 05. Considere as frases abaixo: · “A tecnologia substitui a ação humana” · “A percepção de risco está mantida” · “Outro ponto relevante será citado pelo diretor” · “Esta situação representa mal nosso país” Analise as assertivas abaixo. 01) Apenas uma oração está na voz passiva. 02) Apenas um verbo é intransitivo. 04) Uma das frases possui sujeito indeterminado. 08) Em uma das frases, há verbo de estado. 06. Encontra-se o mesmo tipo de complemento que o sublinhado no segmento Arqueólogos americanos também vasculharam áreas arqueológicas da Amazônia... (5º parágrafo) em: a) João Barbosa Rodrigues faleceu em 1909. b) ...a cultura miracanguera continua oficialmente “inexistente”... c) Uma parte das vasilhas apresentava curiosas decorações e pinturas em preto e vermelho. d) ... que dispunha de diversas peças... e) ... ainda existem regiões ocultas situadas no interior da Amazônia... 07. A expressão que NÃO funciona como adjunto adverbial é: a) “Na semana anterior, grupos contra a implantação de AGMs...” b) “Sem dúvida, a pesquisa sobre o impacto ambiental...” c) “...a negação da ciência sem evidência, baseada em mitologias...” d) “...em um ensaio recentepara arevista“ScientificAmerican...” e) “Em junho, o ministro do meio ambiente do Reino Unido...” GABARITO 01. C 02. C 03. C 04. 06 (02, 04) 05. 09 (01, 08) 06. C 07. D

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PORTUGUÊS C

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Dói mais do que você pensa

Geraldinho Vieira

Marque com um X as alternativas que são usadas na sua casa para 1dar um jeito naquele moleque que não obedece, que lhe responde ... naquele menino que, afinal, precisa de limites: ( ) palmadas e puxões de orelhas; ( ) tapa na cabeça, tapa na bunda e tapa na cara; ( ) só uns tapinhas; ( ) murro, cascudos e beliscões; ( ) chinelada, surra de cinto e chute na bunda; ( ) xingamentos,humilhações,gritos e insultos; ( ) corte da mesada, quarto escuro, trancar no banheiro; ( ) não dar ouvidos; ( ) a mão erguida; ( ) o olhar fulminante.

2Muito bem, nada de “jujubas, caramelos, sundae de chocolate”, como canta Marisa Monte. 3O negócio é “palmada, cascudo, fica quieto menino!”. Se você andou marcando X na lista acima, não se sinta só, 5não pense que é só na sua casa: 42% dos peruanos, 67% dos venezuelanos, 45% dos uruguaios e 68% dos argentinos também 6ajudam a forjar crianças agressivas e deprimidas, que amanhã serão os adultos da guerra, da intolerância, do autoritarismo. E essas crianças vão castigar suas crianças 8e a gente vai seguindo com cara de quem não sabe por que é que assim caminha a humanidade... É a chamada “transmissão geracional da violência”. (...)

Pode ser que você volte à lista e pense 7“bom, na verdade aqui em casa só usamos umas formas mais lights, porque afinal de contas...”. 4É, né?! A maior parte das pessoas tem mesmo dificuldade em reconhecer tais atos como violência. Pais e mães acreditam que estão batendo para educar, acham que “crianças que não apanham ficam sem limites”, mas se esquecem de que estão utilizando a mesma justificativa para conter ou punir a violência das crianças quando estas apresentam comportamento agressivo: a criança apanha porque bateu no irmão! (...)

Mas, como as crianças se sentem quando são castigadas? O que se passa com elas quando ficam presas em quartos escuros ou são humilhadas? Elas são capazes de entender por que os pais as agridem (mesmo quando dizem bater para educar)?

Um estudo realizado pelo Instituto Promundo (RJ) ouviu 600 pais e 65 crianças em três comunidades cariocas para compreender melhor como eles percebem o fenômeno dos castigos físicos e humilhantes. A maioria delas admitiu sentir medo, tristeza e raiva quando sujeitadas à punição física ou humilhante. De novo, nada de jujubas e caramelos: tristeza e infelicidade; depressão e dor; raiva e rejeição; menosprezo e marginalização; humilhação; impotência (não podem revidar).

Nas entrevistas, segundo informe da Agência de Notícias dos Direitos da Infância, “muitas crianças disseram ficar muito ressentidas nos momentos em que sentem que seus pais não as escutam nem levam seus desejos em consideração. Além de uma escuta atenta por parte de pai e mãe, muitas descreveram tentativas desesperadas de tentar se fazer ouvir pelos adultos”.

Sabe-se que o castigo físico, quando aplicado por um longo período, não surte mais o efeito desejado pelos adultos, ou seja, o comportamento infantil indesejado segue acontecendo. O que as crianças afirmam é que nem lembram o motivo pelo qual foram castigadas. Na verdade, as vítimas tendem a perder a concentração nos estudos e aumentam as possibilidades de se tornarem pessoas agressivas, competidoras e com predisposição a desenvolver, no futuro, relações violentas. (...)

Texto adaptado. Disponível em: <http://www.naobataeduque.org.br/site/biblioteca/index.php>.

Acesso em: 20 set. 2010.

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BLITZ PRÓ MASTER 01. (UEM) Assinale o que for correto a respeito do texto. 01) O texto afirma que as chamadas “palmadas pedagógicas” podem ser responsáveis por

perpetuar a violência, numa espécie de círculo vicioso: crianças que recebem punições violentas transformam-se, quase sem perceber, em adultos que castigam com violência.

02) De acordo com o texto, além da dor física e da punição momentânea, os castigos físicos despertam a mágoa da criança em relação aos pais.

04) O texto defende a ideia de que alguns castigos físicos são uma forma de impor limites às crianças, já que, muitas vezes, as crianças têm comportamentos agressivos e não são capazes de entender a inadequação de seu comportamento por meio de “broncas” verbais.

08) O texto apresenta pesquisa realizada com crianças que afirmam não se lembrar das razões pelas quais foram castigadas, o que significa que o castigo físico não interfere na formação emocional dessas crianças..

16) O texto defende a ideia de que as crianças sentem medo não só dos castigos físicos, mas também dos castigos emocionais, como xingamentos, gritos, insultos e olhar fulminante.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Palmadinha fora de lei

Carolina Romanini Alexandre Salvador

Naiara Magalhães

(...) O presidente Lula assinou um projeto de lei que modifica o Estatuto da Criança e do Adolescente em seu artigo 18. Pelo novo texto, fica vedado aos pais usar castigos corporais de qualquer tipo na educação dos filhos. Um parágrafo define o castigo corporal como “ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso de força física que resulte em dor ou lesão à criança ou adolescente”. De acordo com a nova lei, que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional, 3o pai ou mãe que, por exemplo, der uma palmada na mão do filho que insiste em enfiar o dedo na tomada elétrica 1poderá se sujeitar a penas que variam da advertência à obrigatoriedade de se submeter a acompanhamento psicológico ou programas de orientação à família.

A alteração no texto do estatuto tem raízes num projeto de lei apresentado em 2003 pela deputada Maria do Rosário (PT-RS) e rejeitado pelo Legislativo. A proposta da deputada surgiu a partir de uma pesquisa realizada ao longo de trinta anos pela Universidade de São Paulo com crianças que sofriam castigos físicos na infância. 4O estudo apontou que elas chegavam à vida adulta traumatizadas e se mostravam mais agressivas em situações corriqueiras do dia a dia. “Esse projeto é 100% preventivo. A intenção não é punir pais e familiares. Queremos, apenas, que as pessoas estejam alertas para as consequências desse tipo de ato”, diz Maria do Rosário.

A intenção é boa, mas a nova lei antipalmada levanta uma série de questionamentos de ordem legal e cultural. 5Em primeiro lugar, para combater castigos físicos severos, a lei é redundante. O Código Penal e o Código Civil já contêm artigos que punem os maus-tratos. (...) A nova lei suscita, ainda, a questão sobre até que ponto o estado tem direito de intervir no que se passa dentro dos lares. Ninguém de bom-senso defende o espancamento de crianças – 2mas será desejável que o estado legisle sobre a palmadinha, que muitos pais ainda consideram positiva do ponto de vista pedagógico, apesar de todas as condenações da psicologia moderna? “A lei confronta o poder familiar, que é o direito do pai e da mãe de exercer sua autoridade”, diz a advogada Renata di Pierro, especialista em direito de família.

(...) A psicóloga Jonia Lacerda, do Instituto de Psiquiatria da USP, pondera que, no caso de criança muito pequena, lançar um olhar mais duro, segurá-la pelo braço ou mesmo dar um tapleve no bumbum pode ser mais adequado e eficiente que discorrer durante horas sobre uma regra que ela infringiu. Diz Jonia: “A criança de até 5 anos ainda não tem plena capacidade intelectual para entender conceitos abstratos. Para ela, a linguagem corporal, muito mais direta e clara que a verbal, pode ser mais apropriada em algumas situações”. (...)

De acordo com a psicóloga Marilda Lipp, professora da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, (...) a palmada passa a ser um problema quando se torna a principal forma de comunicação dos pais com os filhos. Quando o pai ou a mãe se excedem no uso do tapinha na mão ou no bumbum – um risco na fase em que as crianças tendem a se tornar desafiadoras e irônicas, entre os 3 e os 5 anos de idade –, o recurso perde a função pedagógica e se torna apenas uma maneira de os pais descarregarem a própria raiva. Os especialistas ressaltam que a violência física contra meninos e meninas deve, obviamente, ser evitada. Mas consideram que

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BLITZ PRÓ MASTER o texto agora incorporado ao Estatuto da Criança e do Adolescente, além de exagerar ao proibir castigos leves e pedagógicos, cria a ilusão de que toda e qualquer violência contra menores de idade será coibida. Diz a educadora Guiomar Mello: “Há outros tipos de violência mais sutis, como a pressão psicológica, a chantagem emocional e a expectativa exagerada sobre os filhos, que podem causar tanto sofrimento quanto a agressão física”. (...)

Texto adaptado da Revista Veja. São Paulo: Abril, ano 43, n. 29, 21 jul. 2010, p. 87-92. 02. (UEM) Assinale o que for correto a respeito da lei antipalmada, apresentada no texto. 01) A lei antipalmada visa a coibir não só as chamadas palmadas pedagógicas, mas também

outros tipos de violência, tais como a pressão psicológica, a chantagem emocional e a expectativa exagerada dos pais sobre os filhos, violências essas que causam tanto ou mais sofrimento que a agressão física.

02) A lei antipalmada é considerada redundante por já estar incorporada ao Estatuto da Criança e do Adolescente, que contém artigos que punem as agressões físicas e a violência contra menores.

04) A lei antipalmada pode provocar conflito a respeito da intervenção do estado na dinâmica da vida familiar, pois fere o direito dos pais de conduzir com plena liberdade a educação e o desenvolvimento de seus filhos.

08) A lei antipalmada teve origem num projeto de lei, inicialmente rejeitado, que se pautou em uma pesquisa com crianças que sofreram violência física e, em decorrência disso, tornaram-se adultos traumatizados e agressivos.

16) A lei antipalmada prevê que os pais ou responsáveis que comprovadamente impingirem castigo corporal de qualquer tipo a seus filhos deverão cumprir penas que vão desde advertência à participação em programas sociais que zelam pela integridade familiar.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES: Texto 1 CUIDADO PARA NÃO BATER

OLHE PELO RETROVISOR Lembre-se de como você era e de como foi tratado pelos adultos. Uma boa conversa pode ser melhor que um castigo daqueles.

MANTENHA OS FARÓIS LIGADOS Acompanhe de perto a vida dos seus filhos. A gente faz coisas sem pensar, quando é surpreendido. Ouça o que eles têm a dizer antes de tirar conclusões no escuro.

USE A SETA Se a criança mereceu uma bronca, você deve dizer explicadinho o porquê. Mostre a ela como fazer diferente nas próximas vezes.

EVITE O EXCESSO DE VELOCIDADE Vá devagar com seu filho. As crianças levam tempo para aprender as coisas.

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BLITZ PRÓ MASTER Não dá para conseguir tudo de uma vez.

SE BEBER, NÃO DIRIJA Se beber, deixe qualquer conversa séria para outro dia. A bebida é má conselheira. E arrependimento é pior do que ressaca,

Para mais informações: www.naobataeduque.org.br Texto 2

Palmadinha fora de lei Carolina Romanini Alexandre Salvador Naiara Magalhães

(...) O presidente Lula assinou um projeto de lei que modifica o Estatuto da Criança e do Adolescente em seu artigo 18. Pelo novo texto, fica vedado aos pais usar castigos corporais de qualquer tipo na educação dos filhos. Um parágrafo define o castigo corporal como “ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso de força física que resulte em dor ou lesão à criança ou adolescente”. De acordo com a nova lei, que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional, 3o pai ou mãe que, por exemplo, der uma palmada na mão do filho que insiste em enfiar o dedo na tomada elétrica 1poderá se sujeitar a penas que variam da advertência à obrigatoriedade de se submeter a acompanhamento psicológico ou programas de orientação à família.

A alteração no texto do estatuto tem raízes num projeto de lei apresentado em 2003 pela deputada Maria do Rosário (PT-RS) e rejeitado pelo Legislativo. A proposta da deputada surgiu a partir de uma pesquisa realizada ao longo de trinta anos pela Universidade de São Paulo com crianças que sofriam castigos físicos na infância. 4O estudo apontou que elas chegavam à vida adulta traumatizadas e se mostravam mais agressivas em situações corriqueiras do dia a dia. “Esse projeto é 100% preventivo. A intenção não é punir pais e familiares. Queremos, apenas, que as pessoas estejam alertas para as consequências desse tipo de ato”, diz Maria do Rosário.

A intenção é boa, mas a nova lei antipalmada levanta uma série de questionamentos de ordem legal e cultural. 5Em primeiro lugar, para combater castigos físicos severos, a lei é redundante. O Código Penal e o Código Civil já contêm artigos que punem os maus-tratos. (...) A nova lei suscita, ainda, a questão sobre até que ponto o estado tem direito de intervir no que se passa dentro dos lares. Ninguém de bom-senso defende o espancamento de crianças – 2mas será desejável que o estado legisle sobre a palmadinha, que muitos pais ainda consideram positiva do ponto de vista pedagógico, apesar de todas as condenações da psicologia moderna? “A lei confronta o poder familiar, que é o direito do pai e da mãe de exercer sua autoridade”, diz a advogada Renata di Pierro, especialista em direito de família.

(...) A psicóloga Jonia Lacerda, do Instituto de Psiquiatria da USP, pondera que, no caso de criança muito pequena, lançar um olhar mais duro, segurá-la pelo braço ou mesmo dar um tapleve no bumbum pode ser mais adequado e eficiente que discorrer durante horas sobre uma regra que ela infringiu. Diz Jonia: “A criança de até 5 anos ainda não tem plena capacidade

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BLITZ PRÓ MASTER intelectual para entender conceitos abstratos. Para ela, a linguagem corporal, muito mais direta e clara que a verbal, pode ser mais apropriada em algumas situações”. (...)

De acordo com a psicóloga Marilda Lipp, professora da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, (...) a palmada passa a ser um problema quando se torna a principal forma de comunicação dos pais com os filhos. Quando o pai ou a mãe se excedem no uso do tapinha na mão ou no bumbum – um risco na fase em que as crianças tendem a se tornar desafiadoras e irônicas, entre os 3 e os 5 anos de idade –, o recurso perde a função pedagógica e se torna apenas uma maneira de os pais descarregarem a própria raiva. Os especialistas ressaltam que a violência física contra meninos e meninas deve, obviamente, ser evitada. Mas consideram que o texto agora incorporado ao Estatuto da Criança e do Adolescente, além de exagerar ao proibir castigos leves e pedagógicos, cria a ilusão de que toda e qualquer violência contra menores de idade será coibida. Diz a educadora Guiomar Mello: “Há outros tipos de violência mais sutis, como a pressão psicológica, a chantagem emocional e a expectativa exagerada sobre os filhos, que podem causar tanto sofrimento quanto a agressão física”. (...)

Texto adaptado da Revista Veja. São Paulo: Abril, ano 43, n. 29, 21 jul. 2010, p. 87-92.

Texto 3

Dói mais do que você pensa Geraldinho Vieira

Marque com um X as alternativas que são usadas na sua casa para 1dar um jeito naquele moleque que não obedece, que lhe responde ... naquele menino que, afinal, precisa de limites: ( ) palmadas e puxões de orelhas; ( ) tapa na cabeça, tapa na bunda e tapa na cara; ( ) só uns tapinhas; ( ) murro, cascudos e beliscões; ( ) chinelada, surra de cinto e chute na bunda; ( ) xingamentos,humilhações,gritos e insultos; ( ) corte da mesada, quarto escuro, trancar no banheiro; ( ) não dar ouvidos; ( ) a mão erguida; ( ) o olhar fulminante. 2Muito bem, nada de “jujubas, caramelos, sundae de chocolate”, como canta Marisa Monte. 3O negócio é “palmada, cascudo, fica quieto menino!”. Se você andou marcando X na lista acima, não se sinta só, 5não pense que é só na sua casa: 1242% dos peruanos, 67% dos venezuelanos, 45% dos uruguaios e 68% dos argentinos também 6ajudam a forjar crianças agressivas e deprimidas, que amanhã serão os adultos da guerra, da intolerância, do autoritarismo. E essas crianças vão castigar suas crianças 8e a gente vai seguindo com cara de quem não sabe por que é que assim caminha a humanidade... É a chamada “transmissão geracional da violência”. (...) 10Pode ser que você volte à lista e pense 7“bom, na verdade aqui em casa só usamos umas formas mais lights, porque afinal de contas...”. 4É, né?! A maior parte das pessoas tem mesmo dificuldade em reconhecer tais atos como violência. Pais e mães acreditam que estão batendo para educar, acham que “crianças que não apanham ficam sem limites”, mas se esquecem de que estão utilizando a mesma justificativa para conter ou punir a violência das crianças quando estas apresentam comportamento agressivo: a criança apanha porque bateu no irmão! (...) Mas, como as crianças se sentem quando são castigadas? O que se passa com elas quando ficam presas em quartos escuros ou são humilhadas? Elas são capazes de entender por que os pais as agridem (mesmo quando dizem bater para educar)? Um estudo realizado pelo Instituto Promundo (RJ) ouviu 600 pais e 65 crianças em três comunidades cariocas para compreender melhor como eles percebem o fenômeno dos castigos físicos e humilhantes. 11A maioria delas admitiu sentir medo, tristeza e raiva quando sujeitadas à punição física ou humilhante. 9De novo, nada de jujubas e caramelos: tristeza e infelicidade; depressão e dor; raiva e rejeição; menosprezo e marginalização; humilhação; impotência (não podem revidar). Nas entrevistas, segundo informe da Agência de Notícias dos Direitos da Infância, “muitas crianças disseram ficar muito ressentidas nos momentos em que sentem que seus pais não as escutam nem levam seus desejos em consideração. Além de uma escuta atenta por parte de pai e mãe, muitas descreveram tentativas desesperadas de tentar se fazer ouvir pelos adultos”.

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BLITZ PRÓ MASTER Sabe-se que o castigo físico, quando aplicado por um longo período, não surte mais o efeito desejado pelos adultos, ou seja, o comportamento infantil indesejado segue acontecendo. O que as crianças afirmam é que nem lembram o motivo pelo qual foram castigadas. Na verdade, as vítimas tendem a perder a concentração nos estudos e aumentam as possibilidades de se tornarem pessoas agressivas, competidoras e com predisposição a desenvolver, no futuro, relações violentas. (...)

Texto adaptado. Disponível em: <http://www.naobataeduque.org.br/site/biblioteca/index.php>.

Acesso em: 20 set. 2010. 03. (UEM) Assinale o que for correto a respeito dos textos 1, 2 e 3. 01) O título do texto 1 “Cuidado para não bater!” resgata um enunciado próprio de campanhas

de conscientização de trânsito. No entanto, o verbo “bater”, nesse enunciado, tem um sentido diferente de “ir de encontro”, “esbarrar-se”.

02) Os textos 1 e 3 são de natureza interativa, pois dialogam diretamente com o leitor, como, por exemplo, em “Olhe pelo retrovisor” e em “Use a seta” do texto 1 e na ref. 10 do texto 3. O texto 2, por sua vez, tem natureza informativa.

04) No trecho “A maioria delas admitiu sentir medo ...” (texto 3, ref. 11), a expressão em negrito indica que parte das crianças ouvidas pelo estudo realizado pelo Instituto Promundo (RJ) não sente medo, raiva ou tristeza dos castigos físicos que recebeu de seus pais.

08) O texto 3 (ref. 12) afirma que peruanos e uruguaios são grupos sociais menos propensos à violência e à guerra, uma vez que recorrem menos aos castigos corporais como forma de educar suas crianças.

16) De acordo com os textos 1, 2 e 3, a lei antipalmada é necessária porque muitos pais não reconhecem a violência que cometem contra seus filhos, por acreditarem que os castigos corporais fazem parte do seu papel como educadores.

04. (UEM) Assinale o que for correto a respeito dos textos 1, 2 e 3. 01) No texto 3, é possível detectar expressões características da linguagem falada, como nos

trechos “É, né?!” (ref. 4), “... ‘bom, na verdade ...’ ” (ref. 7) e “... dar um jeito ...” (ref. 1). Esse tipo de registro da língua pode ser usado em textos escritos sempre que estiver ligado aos objetivos e intenções do autor do texto.

02) No trecho “... lançar um olhar mais duro, segurá-la pelo braço...” (texto 2, 4º parágrafo), a expressão em negrito, com o pronome enclítico, é um fato característico da norma culta do português brasileiro. Na linguagem popular, em vez de “segurá-la”, usam-se formas como: “segurar ela” ou “segurar”.

04) No texto 2, os ditongos que aparecem nas palavras “assinou” (1º parágrafo), “apontou” (2º parágrafo), “corriqueiras” (2º parágrafo) e “maneira” (5º parágrafo) não ocorrem nas variedades faladas de menor prestígio do português brasileiro.

08) Nos trechos “... e a gente vai seguindo ...” (texto 3, ref. 8) e “A gente faz coisas sem pensar ...” (texto 1, em “Mantenha os faróis ligados”), a expressão em negrito é equivalente ao pronome “nós”. Essa substituição é comum no português brasileiro e está, inclusive, incorporada à fala dos usuários da norma culta.

16) Nos trechos “... e a gente vai seguindo ...” (texto 3, ref. 8) e “A gente faz coisas sem pensar ...” (texto 1, em “Mantenha os faróis ligados”), a expressão em negrito, no plural, exige que o verbo que a acompanha também seja conjugado no plural.

05. (UEM) Assinale o que for correto a respeito das funções da linguagem presentes nos textos 1, 2 e 3. 01) O primeiro parágrafo do texto 2 tem a função referencial ou denotativa como predominante,

uma vez que, nesse trecho, a preocupação maior é com a transmissão de informações a respeito de um fato da realidade.

02) Nos textos 1 e 3, o uso de verbos conjugados no imperativo, de adjuntos adverbiais e de substantivos abstratos evidencia a função conativa, cujo propósito é o de persuadir o destinatário, influenciando seu comportamento.

04) As definições, como a que aparece no texto 2 (1º parágrafo), são exemplos da função metalinguística, que é aquela na qual se usa a mensagem para falar da própria mensagem.

08) No texto 3, no trecho “De novo, nada de jujubas e caramelos: tristeza e infelicidade; depressão e dor; raiva e rejeição ...” (ref. 9), observa-se a expressão das emoções e do

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BLITZ PRÓ MASTER

estado de espírito do emissor da mensagem e, por isso, esse trecho pode ser interpretado como evidência da função emotiva.

16) No texto 2, as explicações dadas pelas psicólogas Jonia Lacerda (4º parágrafo) e Marilda Lipp (5º parágrafo) e pela educadora Guiomar Mello (5º parágrafo) são exemplos típicos da função fática, já que essa função tem como propósito estabelecer comunicação ou contato com o emissor.

06. (UEPG) Notícias, Correio do Povo, 27/9/73 Informações

Maria Joana Knijnick, solteira, procura pessoa do sexo oposto para fim de casamento. O interessado deve ser pessoa sensível, que goste de ouvir música, seja alegre, que goste de passear domingo de manhã, que goste de pescar, que goste de passear na relva úmida da manhã, que seja carinhoso, que sussurre aos ouvidos que me ama, que tenha bom humor mas também saiba chorar. Que saiba escutar o canto dos pássaros, que não se importe em dormir ao relento numa noite de luar, que saiba caminhar nas estrelas, que goste de tomar banho de chuva, que sonhe acordado e que goste muito do céu azul. Prefere-se pessoa que saiba escutar os segredos de um riacho e que não ligue aos marulhos do mar; que goste de bife com arroz e feijão, mas que prefira peru com maçã, dá-se preferência a pessoa de pés quentes, que goste de andar de barco, que goste de amar e não puxe as cobertas de noite. Não se exige que seja rico, de boa aparência, que entenda Kafka ou saiba consertar eletrodomésticos mas exige-se principalmente que goste de oferecer flores de vez em quando. End.: Rua da Esperança, 43.

(Adaptado de Artur Oscar Lopes. Contos Jovens, 1979) Assinale a(s) alternativa(s) em que a reescrita do anúncio resume, corretamente, as características solicitadas pela anunciante. 01) Maria Joana Knijnick, solteira, procura pessoa do sexo oposto para matrimônio. O

interessado deverá ser sensível e gostar de oferecer flores de vez em quando. 02) Maria Joana Knijnick, solteira, procura pessoa do sexo oposto para fim de casamento. O

interessado deverá ser romântico e gostar de oferecer flores uma vez ou outra. 04) Maria Joana Knijnick, solteira, procura um companheiro sensível para fim de casamento. O

interessado deverá ser bom leitor e oferecer-lhe flores todos os dias. 08) Maria Joana Knijnick, solteira, procura um companheiro para fim de casamento. O

interessado deverá ser pessoa abastada para mandar-lhe flores todos os dias. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Dos delitos e das penas

As condições em que vivem os presos, em nossos cárceres superlotados, deveriam assustar todos os que planejam se tornar delinquentes. Mas a criminalidade só vem aumentando, causando medo e perplexidade na população.

Muitas vozes têm se levantado em favor do endurecimento das penas, da manutenção ou ampliação da Lei dos Crimes Hediondos, da defesa da sociedade contra o crime, enfim, do que se convencionou chamar "doutrina da lei e da ordem", apostando em tais caminhos como forma de dissuadir novas práticas criminosas. Geralmente, valem-se de argumentos retóricos e emocionais, raramente escorados em dados de realidade ou em estudos que apontem ser esse o melhor caminho a seguir. Embora sedutora e aparentemente sintonizada com o sentimento geral de indignação, tal corrente aponta para o caminho errado, para o retorno ao direito penal vingativo e irracional, tão combatido pelo iluminismo jurídico.

O coro dessas vozes aumenta exatamente quando o governo acaba de encaminhar ao Congresso o anteprojeto do Código Penal, elaborado por renomados juristas, com participação da sociedade organizada, com o objetivo de racionalizar as penas, reservando a privação da liberdade somente aos que cometerem crimes mais graves e, mesmo para esses, tendo sempre

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BLITZ PRÓ MASTER em vista mcanismos de reintegração social. Destaca-se o emprego das penas alternativas, como a prestação de serviços à comunidade, a compensação por danos causados, a restrição de direitos etc.

Contra a ideia de que o bandido é um facínora que optou por atacar a sociedade, prevalece a noção de que são as vergonhosas condições sociais e econômicas do Brasil que geram a criminalidade; enquanto essas não mudarem, não há mágica: os crimes vão continuar aumentando, a despeito do maior rigor nas penas ou da multiplicação de presídios. (Adaptado de Carlos Weis. "Dos delitos e das penas". Folha de São Paulo, Tendências e debates, 11/11/2000) 07. (UEPG) A conclusão do texto, em destaque, pode ser reescrita, sem prejuízo no significado. Dentro do exposto, assinale o que for correto. 01) Em discordância com a ideia de que o bandido é um facínora que optou por atacar a

sociedade, prevalece a noção de que são as vergonhosas condições sociais e econômicas do Brasil que geram a criminalidade; se essas não mudarem, não haverá mágica: os crimes continuarão aumentando, mesmo havendo maior rigor nas penas ou na multiplicação de presídios.

02) Embora exista a ideia de que o bandido é um facínora que optou por atacar a sociedade, prevalece a noção de que são as vergonhosas condições sociais e econômicas do Brasil que geram a criminalidade; se essas mudassem, aconteceria a mágica: os crimes diminuiriam, mas haveria a necessidade de maior rigor nas penas ou na multiplicação de presídios.

04) Ainda que exista a ideia de que o bandido é um facínora que optou por atacar a sociedade, prevalece a noção de que são as vergonhosas condições sociais e econômicas do Brasil que geram a criminalidade; se não houver mudanças dessas, não há mágica: a criminalidade continuará aumentando, em detrimento do maior rigor nas penas ou na multiplicação de presídios.

08) Embora exista a ideia de que o bandido é um facínora que optou por atacar a sociedade, prevalece a noção de que são as vergonhosas condições sociais e econômicas do Brasil que geram a criminalidade; se essas mudassem, aconteceria a mágica: os crimes diminuiriam, conquanto haveria necessidade de maior rigor nas penas ou na multiplicação de presídios.

16) A noção de que são as vergonhosas condições sociais e econômicas do Brasil, que geram a criminalidade, prevalece sobre a ideia de que o bandido é um facínora que optou por atacar a sociedade; desse modo se não houver mudanças sociais e econômicas, não há mágica: o crime continuará aumentando, não obstante haja maior rigor nas penas ou na multiplicação de presídios.

GABARITO: Resposta da questão 1: 01 + 02 + 16 = 19. O texto limita-se a apresentar diversas opiniões sobre o assunto e seu autor não defende a ideia de que os castigos corporais são necessários, o que invalida a proposição [04]. Ao contrário do que se afirma em [08], os castigos físicos podem trazer sequelas emocionais a quem é vítima deles. Resposta da questão 2: 04 + 08 + 16 = 28. É incorreto o que se afirma em [01], já que a nova lei antipalmada foca apenas os castigos corporais infligidos pelos pais aos filhos (“Um parágrafo define o castigo corporal como ‘ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso de força física que resulte em dor ou lesão à criança ou adolescente’”). Do penúltimo período do texto (“Mas consideram que o texto agora incorporado ao Estatuto da Criança e do Adolescente, além de exagerar ao proibir castigos leves e pedagógicos, cria a ilusão de que toda e qualquer violência contra menores de idade será

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BLITZ PRÓ MASTER coibida”) infere-se que a lei não estava incorporada ao ECA, o que invalida também a proposição [02]. Resposta da questão 3: 01 + 02 + 04 = 07. São improcedentes as análises mencionadas em [08] e [16] pelas seguintes razões: [08] – o fato de peruanos e uruguaios apresentarem taxas percentuais mais baixas que outros

grupos não é indicativo de que sejam menos propensos à violência. Trata-se de elementos estudados para fins estatísticos, reveladores do grande número de culturas em que o emprego de castigos corporais em crianças é muito comum;

[16] – não existe unanimidade de opinião nos textos 1, 2 e 3, já que no primeiro e no terceiro condena-se esse tipo de punição, e no segundo é tolerada apenas em algumas circunstâncias. Resposta da questão 4: 01 + 02 + 04 + 08 = 15. É inadequado o que se afirma em [16], pois a palavra “gente”, no sentido de todos nós, não tem plural. Resposta da questão 5: 01 + 04 = 05. É inadequado o que se afirma em [02], [08] e [16], pelas seguintes razões: [02] – no texto 3, destaca-se a função referencial, pois tem como objetivo informar o leitor através

de pesquisas efetuadas sobre o assunto em questão; [08] – a função emotiva evidencia-se, sobretudo, através do uso de pronomes e verbos em 1ª

pessoa para transcrever emoções e sentimentos, o que não acontece no texto 3; [16] – a função fática manifesta-se na linguagem vaga ou ausente de conteúdo, em que o interesse do emissor é verificar a viabilidade do canal ou disponibilidade do receptor, contrariamente ao objetivo das psicólogas que é explicar a razão das suas conclusões. Resposta da questão 6: 01 + 02 = 03 O problema em relação às proposições 04 e 08 é que Maria Joana não exige que o seu pretendente lhe mande flores todos os dias. Conforme o texto, ela se contenta em receber flores de vez em quando. Resposta da questão 7: 01 + 04 + 16 = 21 (02) está incorreta devido ao trecho:”mas haveria a necessidade de maior rigor nas penas ou na

multiplicação de presídios” (pois o autor não defende a necessidade de rigor nas penas, nem na multiplicação de presídios).

(08) está incorreta devido ao trecho: “conquanto haveria necessidade de maior rigor nas penas ou na multiplicação de presídios” (pelo mesma justificativa dada em relação à proposição 02).

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BLITZ PRÓ MASTER

PORTUGUÊS D TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Barcos de Papel Quando a chuva cessava e um vento fino franzia a tarde tímida e lavada, eu saía a brincar pela calçada, nos meus tempos felizes de menino. Fazia de papel toda uma armada e, estendendo meu braço pequenino, eu soltava os barquinhos, sem destino, ao longo das sarjetas, na enxurrada... Fiquei moço. E hoje sei, pensando neles, que não são barcos de ouro os meus ideais: são feitos de papel, tal como aqueles, perfeitamente, exatamente iguais... - que os meus barquinhos, lá se foram eles! foram-se embora e não voltaram mais!

Guilherme de Almeida 01. (FAAP 1997) Rima pobre é aquela que se processa com palavras de mesma classe gramatical, como esta: a) fino / menino b) lavada / calçada c) pequenino / destino d) neles / aqueles e) ideais / iguais TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

TEXTO A partida de Belém, como Vossa Alteza sabe, foi segunda-feira, 9 de março. [...] E domingo, 22 do dito mês, às dez horas, pouco mais ou menos, houvemos vista das ilhas de Cabo Verde, ou melhor, da ilha de S. Nicolau [...]. E assim seguimos nosso caminho por este mar de longo, até que, terça-feira das Oitavas de Páscoa, que foram vinte e um dias de abril, estando da 8dita ilha obra de 660 léguas, segundo os pilotos diziam, 1topamos alguns sinais de terra, os quais eram muita quantidade de 5ervas compridas, a que os 4mareantes chamam 6botelho [...]. E quarta-feira seguinte, pela manhã, topamos aves a que chamam 7fura-buxos. Neste dia, a horas de véspera, 2houvemos vista de terra!

9Primeiramente dum grande monte, mui alto e redondo [...]; ao monte alto o capitão pôs o nome de 3O Monte Pascoal, e à terra, A Terra de Vera Cruz.

Carta de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal

02. (Mackenzie) Assinale a alternativa CORRETA acerca do texto. a) Trata-se de documento histórico que inaugura, em Portugal, um novo gênero literário: a

literatura epistolar.

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BLITZ PRÓ MASTER b) Exemplifica a literatura produzida pelos jesuítas brasileiros na colônia e que teve como objetivo

principal a catequese do silvícola. c) Apesar de não ter natureza especificamente artística, interessa à história da literatura brasileira

na medida em que espelha a linguagem e a respectiva visão de mundo que nos legaram os primeiros colonizadores.

d) Pertence à chamada crônica histórica, produzida no Brasil durante a época colonial com objetivos políticos: criar a imagem de um país soberano, emancipado, em condições de rivalizar com a metrópole.

e) É um dos exemplos de registros oficiais escritos por historiadores brasileiros durante o século XVII, nos quais se observam, como característica literária, traços do estilo barroco.

03. (UEL) O século XVI deve ser reconhecido, na história da literatura brasileira, como um período de: a) manifestações literárias voltadas basicamente para a informação sobre a colônia e para a

catequese dos nativos. b) amadurecimento dos sentimentos nacionalistas que logo viriam a se expressar no

Romantismo. c) exaltação da cultura indígena, tema central dos poemas épicos de Basílio da Gama e Santa

Rita Durão. d) esgotamento do estilo e dos temas barrocos, superados pelos ideais estéticos do Arcadismo. e) valorização dos textos cômicos e satíricos, em que foi mestre Gregório de Matos. 04. (UEL) Identifique a afirmação que se refere a GREGÓRIO DE MATOS. a) No seu esforço de criação da comédia brasileira, realiza um trabalho de crítica que encontra

seguidores no Romantismo e mesmo no restante do século XIX. b) Sua obra é uma síntese singular entre o passado e o presente: ainda tem os torneios verbais

do quinhentismo português, mas combina-os com a paixão das imagens pré-românticas. c) Dos poetas arcádicos eminentes, foi sem dúvida o mais liberal, o que mais claramente

manifestou as ideias da ilustração francesa. d) Teve grande capacidade em fixar num lampejo os vícios, os ridículos, os desmandos do poder

local, valendo-se para isso do engenho artificioso que caracterizava o estilo da época. e) Sua famosa sátira à autoridade portuguesa na Minas do chamado ciclo do ouro é prova de

que seu talento não se restringia ao lirismo amoroso. 05. (UPF) Leia as seguintes afirmações sobre os períodos literários e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) A arte literária barroca emprega figuras de linguagem que indicam oposições, evidenciando

a presença de um homem dividido entre as coisas celestes e as coisas terrenas, ou seja, um conflito entre valores tradicionalistas, ligados à consciência medieval, e valores progressistas, que surgem com o avanço do racionalismo burguês.

( ) Os árcades idealizam a vida no campo, por meio da poesia de temática pastoril, construída com ideias claras e simplicidade estilística.

( ) Para o escritor simbolista, a poesia deve preocupar-se com a representação da vida objetiva, os fatos em desenvolvimento na realidade, enquanto à prosa cabe a representação estática, isto é, uma construção literária na qual não aparece o fluir do tempo.

( ) A arte literária parnasiana prima pela clareza sintática e pela correção e nobreza do vocabulário, bem como pelas composições de caráter eminentemente confessional.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: a) V – V – V – F. b) F – V – F – V. c) V – V – F – F. d) V – V – F – V. e) F – F – V – V. 06. (UCS) As obras literárias marcam diferentes visões de mundo, não apenas dos autores, mas também de épocas históricas distintas. Reflita sobre isso e leia os fragmentos dos poemas de Gregório de Matos e de Tomás Antônio Gonzaga.

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BLITZ PRÓ MASTER Arrependido estou de coração, de coração vos busco, dai-me abraços, abraços, que me rendem vossa luz. Luz, que claro me mostra a salvação, a salvação pretendo em tais abraços, misericórdia, amor, Jesus, Jesus! (MATOS, Gregório. Pecador contrito aos pés do Cristo crucificado. In: TUFANO, Douglas. Estudos de literatura brasileira. 4 ed. rev. e ampl. São Paulo: Moderna, 1988. p. 66.) Minha bela Marília, tudo passa; a sorte deste mundo é mal segura; se vem depois dos males a ventura, vem depois dos prazeres a desgraça. Estão os mesmos deuses sujeitos ao poder do ímpio fado: Apolo já fugiu do céu brilhante, já foi pastor de gado. (GONZAGA, Tomás António. Lira XIV. In: TUFANO, Douglas Estudos de literatura brasileira. 4 ed. rev. e ampl. São Paulo: Moderna, 1988. p. 77.) Em relação aos poemas, analise a veracidade (V) ou a falsidade (F) das proposições abaixo. ( ) O poema de Gregório de Matos apresenta um sujeito lírico torturado pelo peso de seus

pecados e desejoso de aproximar-se do Divino. ( ) Tomás Antônio Gonzaga, embora pertença ao mesmo período literário de Gregório de

Matos, revela neste poema um sujeito lírico consciente da brevidade da vida. ( ) Em relação às marcas de religiosidade, a visão antagônica que se coloca entre os dois

poemas reflete, no Barroco, a influência do cristianismo e, no Arcadismo, a da mitologia grega.

Assinale a alternativa que preenche corretamente os parênteses, de cima para baixo. a) V – V – V b) V – F – F c) V – F – V d) F – F – F e) F – V – F TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Texto I (...) No lampejo de seus grandes olhos pardos brilhavam irradiações da inteligência. (...) O princípio vital da mulher abandonava seu foco natural, o coração, para concentrar-se no cérebro, onde residem as faculdades especulativas do homem. (...) Era realmente para causar pasmo aos estranhos e susto a um tutor, a perspicácia com que essa moça de dezoito anos apreciava as questões mais complicadas; o perfeito conhecimento que mostrava dos negócios, a facilidade com que fazia, muitas vezes de memória, qualquer operação aritmética por muito difícil e intrincada que fosse. Não havia porém em Aurélia nem sombra do ridículo pedantismo de certas moças, que tendo colhido em leituras superficiais algumas noções vagas, se metem a tagarelar de tudo.

(ALENCAR, José de. Senhora. SP: Editora Ática, 1980.) Texto II

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BLITZ PRÓ MASTER Aquela pobre flor de cortiço, escapando à estupidez do meio em que desabotoou, tinha de ser fatalmente vítima da própria inteligência. À míngua de educação, seu espírito trabalhou à revelia, e atraiçoou-a, obrigando-a a tirar da substância caprichosa da sua fantasia de moça ignorante e viva a explicação de tudo que lhe não ensinaram a ver e sentir. (...) Pombinha, só com três meses de cama franca, fizera-se tão perita no ofício como a outra; a sua infeliz inteligência nascida e criada no modesto lodo da estalagem, medrou admiravelmente na lama forte dos vícios de largo fôlego; fez maravilhas na arte; parecia adivinhar todos os segredos daquela vida; seus lábios não tocavam em ninguém sem tirar sangue; sabia beber, gota a gota, pela boca do homem mais avarento, todo dinheiro que a vítima pudesse dar de si.

(AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. SP: Editora Ática, 1997.)

07. (INSPER) Considerando as descrições presentes nos fragmentos transcritos, é correto afirmar que a) o texto I filia-se ao Romantismo, uma vez que nele a heroína é reflexo, em grande medida,

das circunstâncias do ambiente em que se criou. b) o texto I filia-se ao Romantismo, já que nele a figura feminina é descrita sob o prisma da

idealização. c) o texto I filia-se ao Naturalismo, pois as habilidades da personagem são naturais no meio em

que vive. d) o texto II filia-se ao Realismo, já que a figura feminina é descrita de forma fiel à realidade do

período histórico em que está inserida. e) o texto II filia-se ao Naturalismo, pois nele a personagem constitui uma representação

inequívoca do perfil feminino típico. GABARITO Resposta da questão 01: [D] Resposta da questão 02: [C] Resposta da questão 03: [A] Resposta da questão 04: [D] Resposta da questão 05: [C] [V] O movimento Barroco brasileiro foi influenciado pelo Barroco espanhol. Sua estética foi criada

a partir de figuras de linguagem que destacavam as contradições como forma de expressão: as antíteses, paradoxos e oxímoros, como também fazendo uso, não raro, com certo exagero, das inversões sintáticas e do preciosismo vocabular e imagético. Os valores estéticos do período passam a retratar as contradições criadas por um lado pela igreja extremamente repressora e por outro pelo mundo burguês culto em ascendência e expansão que passava a questionar os valores e o comportamento do clero perante a sociedade.

[V] Os árcades faziam uma poesia que primava pela simplicidade vocabular e estilística, pela tonalidade clássica de sua linguagem e expressão e pela idealização da vida bucólica, mais

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próxima da natureza do que das cidades. [F] A poesia simbolista procurava criar uma atmosfera sensual e onírica desvinculada do mundo

real, mas sensível e expressiva por estimular os sentidos e as sensações através das metáforas e sinestesias. O simbolismo é um movimento estético eminentemente poético.

[F] A arte parnasiana primava pela nobreza vocabular, mas suas composições não tinham tom confessional por exigirem distanciamento do eu lírico perante a realidade. Resposta da questão 06: [C] Apenas a segunda proposição é falsa, pois Tomás Antônio Gonzaga está inserido no período literário do Arcadismo, e Gregório de Matos, no Barroco. Resposta da questão 07: [B] No Romantismo, a idealização da figura feminina manifesta-se na representação da “mulher demônio”, desencadeadora de paixões que levam o homem à perdição, e da “mulher anjo”, dotada de virtudes que a aproximam do divino. O Naturalismo reflete uma visão fatalista da existência, já que o ser humano é representado como animal condenado ao meio social em que vive. A descrição de Aurélia destaca a sua beleza, inteligência e firmeza de caráter, o que a desvincula da hipocrisia social fluminense do Segundo Reinado, em que vigorava o regime de casamento dotal e a que ela tinha ascendido por ter recebido uma vultosa herança. Assim, apenas a opção [B] é correta.

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