biota neotrop., vol. 13, no. 2 - redalyc.org · sistema de informação científica rede de...

20
Biota Neotropica ISSN: 1676-0611 [email protected] Instituto Virtual da Biodiversidade Brasil Ramos Varjão, Rafaela; Gomes Jardim, Jomar; de Souza Conceição, Adilva Rubiaceae Juss. de caatinga na APA Serra Branca/Raso da Catarina, Bahia, Brasil Biota Neotropica, vol. 13, núm. 2, abril-junio, 2013, pp. 105-123 Instituto Virtual da Biodiversidade Campinas, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=199127935005 Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto

Upload: dinhnguyet

Post on 31-Dec-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Biota Neotrop., vol. 13, no. 2 - redalyc.org · Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico

Biota Neotropica

ISSN 1676-0611

cjolyunicampbr

Instituto Virtual da Biodiversidade

Brasil

Ramos Varjatildeo Rafaela Gomes Jardim Jomar de Souza Conceiccedilatildeo Adilva

Rubiaceae Juss de caatinga na APA Serra BrancaRaso da Catarina Bahia Brasil

Biota Neotropica vol 13 nuacutem 2 abril-junio 2013 pp 105-123

Instituto Virtual da Biodiversidade

Campinas Brasil

Disponiacutevel em httpwwwredalycorgarticulooaid=199127935005

Como citar este artigo

Nuacutemero completo

Mais artigos

Home da revista no Redalyc

Sistema de Informaccedilatildeo Cientiacutefica

Rede de Revistas Cientiacuteficas da Ameacuterica Latina Caribe Espanha e Portugal

Projeto acadecircmico sem fins lucrativos desenvolvido no acircmbito da iniciativa Acesso Aberto

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

Rubiaceae Juss de caatinga na APA Serra BrancaRaso da Catarina Bahia Brasil

Rafaela Ramos Varjatildeo13 Jomar Gomes Jardim12 amp Adilva de Souza Conceiccedilatildeo1

1Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Biodiversidade Vegetal Departamento de Educaccedilatildeo Universidade do Estado da Bahia ndash UNEB Campus VIII Rua do Gangorra 503 CEP 48608-240 Paulo Afonso BA Brasil

httpwwwunebbrppgbveg 2Departamento de Botacircnica Ecologia e Zoologia Centro de Biociecircncias Universidade Federal do Rio Grande do Norte ndash UFRN Campus Universitaacuterio Lagoa Nova CP 1524 CEP 59072-970 Natal RN

Brasil httpwwwsistemasufrnbrportalufrnPT3Autor para correspondecircncia Rafaela Ramos Varjatildeo e-mail rafaelavarjaoyahoocombr

VARJAtildeO RR JARDIM JG amp CONCEICcedilAtildeO AS Rubiaceae Juss of caatinga of the APA Serra BrancaRaso da Catarina Bahia Brazil Biota Neotrop 13(2) httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2enabstractinventory+bn00313022013

Abstract The paper presents a survey of the species found in the APA Serra Branca Raso da Catarina where were cataloged 21 species in eleven genera Mitracarpus is the richest genus with four species (M baturitensis M longicalyx M robustus M salzmannianus) followed by Staelia (S aurea S galioides S virgata) Diodella (D gardneri D radula D teres) Borreria (B spinosa B verticillata) Cordiera (C rigida Cordiera sp) and Guettarda (G angelica G sericea) The other genera are represented by one species each Emmeorhiza umbellata Leptoscela ruellioides Margaritopsis carrascoana Richardia grandiflora e Tocoyena formosa Were recorded three species endemic to the caatinga G angelica G sericea e M longicalyx In addition M carrascoana is the first record for the state of Bahia Key for identification descriptions illustrations and comments about geographic distribution and phenology of the species are presentedKeywords diversity semiarid floristic taxonomy ecoregion

VARJAtildeO RR JARDIM JG amp CONCEICcedilAtildeO AS Rubiaceae Juss de caatinga na APA Serra BrancaRaso da Catarina Bahia Brasil Biota Neotrop 13(2) httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Resumo O trabalho apresenta um levantamento das espeacutecies encontradas na APA Serra Branca Raso da Catarina onde foram catalogadas 21 espeacutecies distribuiacutedas em onze gecircneros Mitracarpus foi o gecircnero mais representativo com quatro espeacutecies (M baturitensis M longicalyx M robustus M salzmannianus) seguido de Staelia (S aurea S galioides S virgata) Diodella (D gardneri D radula D teres) Borreria (B spinosa B verticillata) Cordiera (C rigida Cordiera sp) e Guettarda (G angelica G sericea) Os demais gecircneros estatildeo representados por uma espeacutecie cada Emmeorhiza umbellata Leptoscela ruellioides Margaritopsis carrascoana Richardia grandiflora e Tocoyena formosa Foram registradas trecircs espeacutecies endecircmicas da caatinga G angelica G sericea e M longicalyx Aleacutem disso M carrascoana constitui o primeiro registro para o estado da Bahia Satildeo apresentadas uma chave para identificaccedilatildeo descriccedilotildees ilustraccedilotildees comentaacuterios sobre a distribuiccedilatildeo geograacutefica e fenologia das espeacuteciesPalavras-chave diversidade semiaacuterido floriacutestica taxonomia ecorregiatildeo

106

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

agosto2011 O material botacircnico resultado das coletas foi processado seguindo metodologia usual como descrito em Mori et al (1989) Paralelamente foram realizados registros fotograacuteficos das espeacutecies anotaccedilotildees de dados dos ambientes e haacutebitats As coleccedilotildees resultantes foram incorporadas ao herbaacuterio HUNEB (Coleccedilatildeo Paulo Afonso) e duplicatas seratildeo doadas aos herbaacuterios ALCB CEPEC e HUEFS acrocircnimos de acordo com Thiers (2011)

As identificaccedilotildees foram realizadas com o auxiacutelio de chaves analiacuteticas e bibliografias especializadas ou atraveacutes de anaacutelises morfoloacutegicas comparativas utilizando materiais depositados nos acervos dos herbaacuterios ALCB CEPEC HRB HUEFS e MBM Dados sobre a distribuiccedilatildeo geograacutefica das espeacutecies foram obtidos com base na literatura e nas etiquetas dos espeacutecimes analisados os dados sobre fenologia satildeo referentes agraves observaccedilotildees realizadas na aacuterea de estudo Os nomes de autores estatildeo abreviados de acordo com Brummitt amp Powell (1992) A terminologia geral adotada nas descriccedilotildees seguiu Harris amp Harris (2001) e Radford et al (1974) e a nomenclatura das estiacutepulas foi baseada em Robbrecht (1988) As medidas do peduacutenculo foram tomadas sempre do eixo principal A chave de identificaccedilatildeo foi organizada priorizando o conjunto de caracteres de maior importacircncia e natildeo a ordem de ocorrecircncia dos eventos fenoloacutegicos As ilustraccedilotildees foram realizadas com o auxiacutelio de estereomicroscoacutepio Medilux MDL-F

Resultados e Discussatildeo

Foram encontradas na APASB 21 espeacutecies distribuiacutedas em 11 gecircneros Os gecircneros mais representativos foram Mitracarpus Zucc ex Schult amp Schultf (4 spp) Diodella Small e Staelia Cham amp Schltdl (3 spp) Borreria GMey Cordiera ARich ex DC e Guettarda L (2 spp) e os demais gecircneros estatildeo representados por uma espeacutecie cada

Guettarda angelica Mart ex MuumlllArg G sericea MuumlllArg e Mitracarpus longicalyx EBSouza amp MFSales satildeo espeacutecies endecircmicas da caatinga (Souza et al 2010 Barbosa 2012) Diodella gardneri (KSchum) Bacigalupo amp ELCabral e Leptoscela ruellioides Hookf ocorrem na caatinga e no cerrado sendo essa uacuteltima endecircmica da regiatildeo Nordeste (Barbosa et al 2006 Cabral amp Salas 2012 Jardim 2012) Margaritopsis carrascoana (Delprete amp EBSouza) CMTaylor amp EBSouza estaacute sendo citada pela primeira vez para o estado da Bahia

Algumas espeacutecies apresentaram preferecircncia por microhaacutebitats especiacuteficos na aacuterea tais como Emmeorhiza umbellata (Spreng) KSchum uma trepadeira helioacutefila comum nas bordas da floresta e em aacutereas mais uacutemidas enquanto que M carrascoana foi encontrada com mais frequecircncia no subosque da vegetaccedilatildeo em bom estado de conservaccedilatildeo Herbaacuteceas como Borreria spinosa (L) Cham amp Schltdl Staelia virgata (Link ex Roem amp Schult) KSchum e as espeacutecies de Mitracarpus foram encontradas feacuterteis apenas no periacuteodo chuvoso sendo a maioria espeacutecies helioacutefilas comumente encontradas em aacutereas abertas

Chave para identificaccedilatildeo das espeacutecies de Rubiaceae da APA Serra Branca Bahia

1 Arbustos ou subarbustos estiacutepulas inteiras fruto drupa ou baga2 Inflorescecircncias pedunculadas estiacutepulas 4-9 mm compr

folhas tomentosas hirsutas ou pubescentes3 Tubo da corola 75-95 mm compr fruto baga com

25-35 times 18-30 mm 21 Tocoyena formosa3rsquoTubo da corola 7-12 mm compr fruto drupa com

4-10 times 5-12 mm4 Drupa subglobosa tubo da corola 10-12 mm compr

limbo tomentoso na face abaxial 9 Guettarda angelica

Introduccedilatildeo

Rubiaceae eacute a quarta famiacutelia em nuacutemero de espeacutecies entre as Angiospermas (Robbrecht 1988) e apresenta ampla distribuiccedilatildeo na regiatildeo Neotropical compreendendo ca 13000 espeacutecies vinculadas a 620 gecircneros (Govaerts et al 2011)

No Brasil a famiacutelia estaacute representada por 134 gecircneros e 1464 espeacutecies dos quais 77 gecircneros e 382 espeacutecies ocorrem na regiatildeo Nordeste com maior diversidade no estado da Bahia onde foram registrados 68 gecircneros e 312 espeacutecies (Barbosa et al 2012) Estudos focando as Rubiaceae realizados no Nordeste incluem principalmente as listas de floras regionais como Barbosa amp Zappi (2002) Zappi amp Nunes (2002) Barbosa et al (2006) e Jardim amp Souza (2006) aleacutem de estudos taxonocircmicos locais como Zappi amp Stannard (1995) e Pereira amp Barbosa (2004 2006)

De acordo com os dados constantes na lista da Flora do Brasil (Forzza et al 2012) as espeacutecies de Rubiaceae encontram-se distribuiacutedas em todos os domiacutenios fitogeograacuteficos com maior abundacircncia na amazocircnia (708 ssp) e mata atlacircntica (548 ssp) Na caatinga ocupa o quinto lugar dentre as famiacutelias mais diversas de Angiospermas estando representada por 54 gecircneros e 169 espeacutecies sendo Borreria GMey e Psychotria L os gecircneros mais diversos (Forzza et al 2012) Embora com significativa abundacircncia estudos sobre a diversidade da famiacutelia dentro do domiacutenio da caatinga ainda satildeo escassos o que tem impossibilitado o real conhecimento de sua representatividade na regiatildeo semiaacuterida

O conhecimento taxonocircmico e ecoloacutegico de muitas espeacutecies que ocorrem na caatinga eacute ainda incipiente uma vez que 41 da regiatildeo nunca foi investigada (Leal et al 2005) De acordo com Velloso et al (2002) a caatinga apresenta um elevado grau de heterogeneidade de sua biota com alguns centros de endemismos floristicamente divergentes daqueles que satildeo considerados como tiacutepicos desse bioma a exemplo da ecorregiatildeo do Raso da Catarina que se destaca por ser considerada uma aacuterea de importacircncia bioloacutegica de alta relevacircncia e por isso prioritaacuteria para conservaccedilatildeo (BRASIL 2007)

O estudo teve como objetivos realizar o levantamento das Rubiaceae na APA Serra Branca ecorregiatildeo do Raso da Catarina acrescentar dados ao estudo da famiacutelia no estado da Bahia e suprir parte das lacunas sobre o conhecimento da diversidade vegetal do semiaacuterido de forma a contribuir com a conservaccedilatildeo da diversidade local e regional

Material e Meacutetodos

A Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental Serra BrancaRaso da Catarina (APASB) com 67237 ha estaacute localizada no municiacutepio de Jeremoabo nordeste da Bahia delimitada pelas coordenadas 09deg53rsquo155rdquo a 09deg44rsquo346rdquo S e 38deg49rsquo361rdquo a 38deg52rsquo204rdquo W limitando-se ao sul com o rio Vaza-Barris e ao norte com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica (ESEC) Raso da Catarina (Szabo et al 2007) (Figura 1) O clima dominante eacute o Bsh (semiaacuterido quente) da classificaccedilatildeo de Koumlppen caracterizado pela escassez de chuvas e grande irregularidade em sua distribuiccedilatildeo temperaturas elevadas e forte evaporaccedilatildeo (Peel et al 2007) Segundo Velloso et al (2002) a ecorregiatildeo do Raso da Catarina onde estaacute situada a aacuterea estudo apresenta solos muito arenosos profundos e pouco feacuterteis de relevo muito plano podendo apresentar canyons formados por afloramento de arenito As altitudes variam de 400 a 600 m e a vegetaccedilatildeo eacute predominantemente arbustiva muito densa e menos espinhosa que a caatinga de solos cristalinos Poreacutem faces de vegetaccedilatildeo arboacuterea (florestada) foram observadas aleacutem de aacutereas ecotonais com cerrado

A coleta do material botacircnico foi efetuada ao longo de trilhas ou nas bordas explorando-se ao maacuteximo a aacuterea As expediccedilotildees foram realizadas mensalmente no periacuteodo de setembro2010 a

107

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

4rsquo Drupa elipsoide tubo da corola 7-8 mm compr limbo tomentoso em ambas as faces 10 Guettarda sericea

2rsquo Inflorescecircncias seacutesseis estiacutepulas 07-3 mm compr folhas glabras ou apenas com nervura pubeacuterula5 Fruto drupa estiacutepulas persistentes tubo da corola

25-3 mm compr 12 Margaritopsis carrascoana5rsquo Fruto baga estiacutepulas deciacuteduas tubo da corola 4-6 mm

compr6 Folhas seacutesseis margem inteira levemente revoluta

bagas 4-8 times 5-10 mm 3 Cordiera rigida6rsquo Folhas pecioladas margem crenulada bagas

11-16 times 13-17 mm 4 Cordiera sp1rsquo Ervas raramente subarbustos trepadeiras estiacutepulas

fimbriadas fruto caacutepsula ou esquizocarpo7 Trepadeiras inflorescecircncia em cimeiras paniculadas de

umbela 8 Emmeorhiza umbellata7rsquo Ervas eretas ou pendentes inflorescecircncia em glomeacuterulos

fasciacuteculos ou cincinos

8 Fruto esquizocarpo estigma capitado levemente bilobado ou triacutefido9 Flores hexacircmeras estigma triacutefido frutos com trecircs

mericarpos 17 Richardia grandiflora9rsquo Flores tetracircmeras estigma capitado ou levemente

bilobado frutos com dois mericarpos10 Limbo com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas

lanceolado 2-5 flores por axila 7 Diodella teres

10rsquo Limbo com nervuras secundaacuterias evidentes eliacuteptico a eliacuteptico-oval 6-12 flores por axila11 Lobos do caacutelice 5-9 mm compr fruto

pubescente 5 Diodella gardneri11rsquo Lobos do caacutelice 2-35 mm compr fruto

piloso no aacutepice 6 Diodella radula8rsquo Fruto caacutepsula estigma biacutefido

12 Corola infundibuliforme caacutelice com lobos iguais caacutepsula com deiscecircncia septicida ou transverso-obliacutequa

085deg S

090deg S

095deg S

100deg S

105deg S

110deg S

085deg S

090deg S

095deg S

100deg S

105deg S

110deg S

395deg O 390deg O 385deg O 375deg O380deg O

395deg O 390deg O 385deg O 375deg O380deg O

N

S

O L

Rodelas

Macurureacute

Paulo Afonso

Petrolacircndia

Inajaacute

Pernambuco

Sergipe

Rio Satildeo Francisco

Bahia

Ribeirado Pombal

Tucano

Euclidesda Cunha

Canudos

Uauaacute

Riacho Macururecirc

Rio Vaza-barris

Estaccedilatildeo EcoloacutegicaRaso da Catarina

BR 116

BR 235BR

110

Jeremoabo

APA da Serra BrancaRaso da Catarina

20 km1010 05

Unidades de conservaccedilatildeo

Proteccedilatildeo Integral

Uso sustentaacutevel

Divisa dos estados

Rioshidrografia

Estradasrodovias

Municiacutepios

Figura 1 Localizaccedilatildeo da Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental Serra BrancaFigure 1 Location of the Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental Serra Branca

108

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

13 Tubo da corola externamente glabro caacutepsula com deiscecircncia septicida bainha estipular glabra a pubescente14 Inflorescecircncias em cincinos caacutelice com 5

lobos folhas pecioladas 11 Leptoscela ruellioides

14rsquo Inflorescecircncias em glomeacuterulos caacutelice com 2-3 lobos folhas seacutesseis15 Folhas com 2 pares de nervuras

secundaacuterias inconspiacutecuas na face adaxial glomeacuterulos globosos 2 Borreria verticillata

15rsquo Folhas com 4-5 pares de nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces glomeacuterulos subglobosos 1 Borreria spinosa

13rsquo Tubo da corola externamente hirsuto caacutepsula com deiscecircncia transverso-obliacutequa bainha estipular pubeacuterula16 Bainha estipular com 3 setas limbo linear-

lanceolado lobos do caacutelice 1-16 mm compr 19 Staelia galioides

16rsquo Bainha estipular com 4-7 setas limbo lanceolado lobos do caacutelice 2-3 mm compr17 Caule pubeacuterulo tubo da corola

3-45 mm compr 5-7 glomeacuterulos por ramo floriacutefero 18 Staelia aurea

17rsquo Caule glabro a glabrescente tubo da corola ca 5 mm compr 2-4 glomeacuterulos por ramo floriacutefero 20 Staelia virgata

12rsquo Corola hipocrateriforme caacutelice com lobos desiguais caacutepsula com deiscecircncia transversal

18 Tubo da corola com 4-45 mm compr caule pubescente 17 Mitracarpus salzmannianus

18rsquo Tubo da corola com 1-35 mm compr caule glabro a pubeacuterulo19 Sementes com impressatildeo cruciforme

dorsal folhas com 2-4 mm larg tubo da corola ca 1 mm compr 14 Mitracarpus baturitensis

19rsquo Sementes sem impressatildeo cruciforme dorsal folhas com 5-15 mm larg tubo da corola 15-35 mm compr20 Caule ciliacutendrico a tetragonal no

aacutepice sem alas glomeacuterulo apical subtendido por 4 braacutecteas sementes com depressotildees semicirculares dorsais 15 Mitracarpus longicalyx

20rsquo Caule tetragonal alado no aacutepice glomeacuterulo apical subtendido por 2 braacutecteas sementes planas no dorso 16 Mitracarpus robustus

TRATAMENTO TAXONOcircMICORubiaceae Juss Genera Plantarum 196 1789 Gecircnero tipo

Rubia L Species Plantarum 1 109 1753Aacutervores arbustos ou ervas ocasionalmente trepadeiras ou

lianas raro epiacutefitas Ramos ciliacutendricos agraves vezes angulosos ou decussadamente achatados Folhas simples inteiras opostas raro pseudo-alterna ou pseudoverticiladas seacutesseis ou pecioladas estiacutepulas interpeciolares persistentes ou deciacuteduas livres ou concrescidas

entre si inteiras bipartidas fimbriadas ou foliaacuteceas Inflorescecircncias terminais ou axilares geralmente cimosas multifloras ou paucifloras raramente flores solitaacuterias braacutecteas e bracteacuteolas persistentes ou deciacuteduas Flores monoclinas ou unissexuais distilia presente ou natildeo actinomorfas raro zigomorfas isostecircmones diclamiacutedeas simpeacutetalas livre em Dialypetalanthus (3)4-6 ou 11-13(-15) mera caacutelice truncado denteado comumente lobado corola hipocrateriforme infundibuliforme campanulada ou tubulosa de prefloraccedilatildeo valvar contorta ou imbricada Estames epipeacutetalos inclusos ou exsertos anteras livres rimosas dorsifixas ou basifixas Ovaacuterio iacutenfero excepcionalmente semi-iacutenfero dois raramente trecircs carpelos dois ou mais loacuteculos raramente um loacuteculo um a muitos oacutevulos por loacuteculo placentaccedilatildeo apical basal ou axial disco nectariacutefero inteiro ou bipartido anular carnoso estilete usualmente inteiro estigma inteiro ou com ramos estigmaacuteticos no mesmo nuacutemero dos loacuteculos Frutos deiscentes ou indeiscentes carnosos ou secos bacaacuteceos drupaacuteceos capsulares e esquizocaacuterpicos Sementes uma a numerosas planas angulosas ou ciliacutendricas com ou sem alas sulcadas ou natildeo endosperma farto raro escasso ou ausente

1 Borreria spinosa (L) Cham amp Schltdl Linnaea 3 340 1828 Figuras 2a-d

Spermacoce spinosa L Syst Nat (ed 10) 2 890 1762Borreria densiflora DC Prodr 4 542 1830Erva ereta a procumbente 15-50 cm alt monoica Caule tetragonal

glabro entrenoacutes 12-48 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 25-4 times 3-4 mm glabra a pubescente 7-9 setas 3-55 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 15-47 times 4-12 mm eliacuteptico a lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces face abaxial com papilas na nervura central venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces 4-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos subglobosos terminais e axilares 1-2 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 25-3 times 1-15 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 16-2 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a roacutesea nos lobos infundibuliforme tubo 12-2 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 1-14 mm compr triangulares glabros estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 14-2 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 2-3 times 1-12 mm oblonga marrom quando madura aacutepice piloso sementes ca 15 times 04-06 mm oblongoides castanhas reticuladas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Entrada da APA 9deg57rsquo301rdquo S 38deg26rsquo193rdquo O 524 m 16VI2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 110 (HUNEB) 16VI2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 111 (HUNEB) 16VI2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 112 (HUNEB) 9deg57rsquo47rdquo S 38deg26rsquo31rdquo O 554 m 16VI2011 bot fl e fr DD Vieira 163 (HUNEB) Estrada principal que vai ao Povoado Queleacutes 9deg57rsquo71rdquo S 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 bot fl e fr DD Vieira 171 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg52rsquo78rdquo S 38deg31rsquo65rdquo O 624 m 16VI2011 bot fl e fr DD Vieira 167 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Caititeacute 15III1995 bot e fl G Hatschbach amp JM Silva 61930 (MBM) Feira de Santana Serra do Satildeo Joseacute 4IV2005 bot fl e fr SF Conceiccedilatildeo et al 230 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Ocorre na Ameacuterica desde o Meacutexico Antilhas ateacute a Argentina No Brasil eacute encontrada no Centro-Oeste e Nordeste nos estados da Bahia Cearaacute Maranhatildeo Piauiacute Tocantins e Goiaacutes (Cabral et al 2011)

109

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

Borreria densiflora DC foi considerado o nome vaacutelido e mais antigo para a espeacutecie descrita primeiramente como Spermacoce spinosa L por conta da dificuldade de encontrar o material tipo Recentemente Cabral et al (2011) propuseram o restabelecimento de Borreria spinosa ao confirmar a existecircncia do holoacutetipo do exemplar tipo de Linnaeus e a sinonimizaccedilatildeo de B densiflora descrita com base em uma duplicata do mesmo material Neste trabalho optou-se

por natildeo utilizar o conceito proposto recentemente por Cabral et al (2011) para variedades desta espeacutecie

Borreria spinosa eacute considerada como espeacutecie ruderal que se desenvolve bem nos ambientes de cerrado e caatinga (Cabral et al 2011) Na APASB esta espeacutecie foi encontrada apenas no periacuteodo chuvoso em ambiente de caatinga arbustiva em aacutereas abertas e bordas de estradas A espeacutecie variou de erva ereta a procumbente podendo

a

b

c

d

e

fg h

Figura 2 a-d) Borreria spinosa a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Borreria verticillata e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto (a-d) DD Vieira 163 e-h) RR Varjatildeo 115)Figure 2 a-d) Borreria spinosa a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Borreria verticillata e) flowering branch f) stipule g) flower h) fruit(a-d) DD Vieira 163 e-h) RR Varjatildeo 115)

110

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

ser identificada em campo pelas folhas com nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces e glomeacuterulos subglobosos Floresce e frutifica na aacuterea em junho

2 Borreria verticillata (L) GMey Prim Fl Esseq 83 1818 Figuras 2e-h

Spermacoce verticillata L Sp Pl 1 102 1753Erva ereta 30-50 cm alt monoica Caule tetragonal glabro

entrenoacutes 6-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times ca 3 mm pubescente 5-9 setas 08-4 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 10-32 times 1-6 mm lanceolado base cuneada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces nervura hiacutespida na face abaxial venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas na face adaxial 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos globosos terminais subterminais e axilares 1-3 por ramo floriacutefero multifloros 3-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 2-25 times ca 1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2-3 lobos iguais 1-15 mm compr lanceolados margem inteira corola alva infundibuliforme tubo 08-2 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 06-1 mm compr triangulares glabros estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 03-05 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 08-22 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 15-2 times ca 1 mm oblonga marrom quando madura glabra a pubeacuterula sementes 1-12 times ca 05 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 15I2006 bot fl e fr GC Sessegolo 83 (MBM) Estrada para ESEC 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1703 (HUNEB) Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo59rdquo S 38deg26rsquo24rdquo O 506 m 17X2009 bot fl e fr E Melo et al 6706 (HUEFS) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 5IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 28 (HUNEB) 9deg56rsquo376rdquo S 38deg27rsquo511rdquo O 588 m 28I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 36 (HUNEB) Entrada da APA 9deg57rsquo301rdquo S 38deg26rsquo193rdquo O 524 m 28I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 31 (HUNEB) 8IV2011 fl e fr RR Varjatildeo 60 (HUNEB) 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 115 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Beira do rio seco 18X2009 bot fl e fr E Melo et al 6724 (HUEFS) Rodelas Itacotiara 21I1987 fl e fr BS Laacutezaro amp GO Mattos e Silva 36 (HRB)

Distribuiccedilatildeo Distribui-se dos Estados Unidos ao norte da Argentina e foi introduzida no Oeste da Aacutefrica No Brasil eacute encontrada em quase todos os estados (Delprete et al 2005 Jung-Mendaccedilolli 2007 Cabral et al 2011)

Borreria verticillata eacute uma erva ereta muito ramificada que eacute geralmente confundida em herbaacuterios com B spinosa (= B densiflora) podendo ser diferenciada atraveacutes das folhas com 2 pares de nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas na face adaxial e glomeacuterulos globosos Enquanto B spinosa apresenta folhas com 4-5 pares de nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces e glomeacuterulos subglobosos Na APASB esta espeacutecie eacute bastante abundante ocorrendo amplamente nas aacutereas abertas aacutereas de mata margens de estradas e pastagens sem preferecircncias por condiccedilotildees fiacutesicas especiais Coletada com flores e frutos na aacuterea em janeiro abril junho novembro e dezembro

3 Cordiera rigida (KSchum) Kuntze Revis Gen Pl 1 279 1891 Figuras 3a-e

Alibertia rigida KSchum Fl Bras 6(6) 391 1889Arbusto 05-6 m alt dioico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes

5-64 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas 07-3 times 12-25 mm inteiras triangulares aacutepice aristado glabras a pubeacuterulas Folhas opostas

cruzadas coriaacuteceas seacutesseis limbo 11-55 times 10-37 mm obovado a eliacuteptico base cuneada aacutepice obtuso a subagudo margem inteira levemente revoluta vernicoso na face adaxial glabro em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras secundaacuterias e terciaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces 4-8 pares Inflorescecircncias terminais masculinas fasciculadas 3-5-floro femininas unifloras seacutesseis 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais fusiformes 6-10 times 15-2 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores diclinas homostiacutelicas seacutesseis flores masculinas caacutelice truncado ca 1 mm compr pubeacuterulo corola creme com lobos alvos a vinaacuteceos hipocrateriforme tubo 3-6 mm compr externamente glabrescente a pubeacuterula internamente glabra 4-mera lobos 2-3 mm compr deltoides glabrescentes estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 2-4 mm compr cremes estigma biacutefido natildeo receptivo estilete 4-7 mm compr flores femininas caacutelice truncado 1-2 mm compr pubeacuterulo corola 6-7 mm compr creme com lobos alvos a vinaacuteceos hipocrateriforme tubo 4-5 mm compr externamente glabrescente a pubeacuterula internamente glabra 4-mera lobos 2-3 mm compr deltoides glabrescentes estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras 15-4 mm compr cremes sem poacutelen estigma biacutefido estilete 55-7 mm compr Fruto baga 4-8 times 5-10 mm globosa negra quando madura glabra sementes 3-4 times 2-3 mm obcocircnicas amarelo-esverdeadas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 15I2006 fr GC Sessegolo et al 65 (ALCB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo018rdquo S 38deg32rsquo395rdquo O 650 m 22IX2010 fl DD Vieira 85 (HUNEB) 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 4XII2010 fr RR Varjatildeo 17 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 29 (HUNEB) Faz Serra Branca Trilha em direccedilatildeo ao Araccedilaacute 9deg54rsquo126rdquo S 38deg38rsquo483rdquo O 541 m 21VIII2008 fl MVV Romatildeo 242 (HUNEB) Trilha da ladeira grande 9deg53rsquo335rdquo S 38deg40rsquo48rdquo O 485 m 18IX2008 fl MVV Romatildeo 313 (HUNEB) Baixatildeo da Serra Branca 9deg52rsquo182rdquo S 38deg38rsquo349rdquo O 503 m 21XI2008 fr TMS Melo 24 (HUNEB) Trilha agrave direita do portal 9deg52rsquo135rdquo S 38deg37rsquo574rdquo O 537 m 12XII2008 fr MVV Romatildeo 467 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 22VIII2003 fl e fr FHM Silva amp LCL Lima 434 (HUEFS) Paulo Afonso Raso da Catarina 11VIII2005 fl JG Carvalho-Sobrinho et al 547 (HUEFS) 7XII1982 fl e fr LP Queiroz 448 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Brasil ocorrendo nos estados da Bahia Piauiacute Maranhatildeo Cearaacute Pernambuco Goiaacutes Minas Gerais Satildeo Paulo e Tocantins (Delprete 2010)

Na APASB C rigida eacute encontrada como arbusto ocorrendo no interior e borda da vegetaccedilatildeo subarbustiva e arbustiva-arboacuterea em solos arenosos Caracteriza-se por apresentar flores unissexuadas as masculinas em inflorescecircncias de 3-5-floro apresentando estigma natildeo receptivo e as femininas unifloras apresentando anteras sem poacutelen Em campo eacute possiacutevel identificar os indiviacuteduos femininos atraveacutes do hipanto turbinado e na ausecircncia das flores pela presenccedila dos frutos Os frutos em completa maturaccedilatildeo satildeo adocicados e segundo Delprete (2010) satildeo comestiacuteveis Floresce na aacuterea de agosto a janeiro e frutifica de novembro a janeiro

4 Cordiera sp Figuras 3f-jArbusto 25-4 m alt dioico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes

5-57 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas 1-25 times 1 -3 mm inteiras triangulares glabras a pubeacuterulas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 05-2 mm compr limbo 35-75 times 18-48 mm oval a eliacuteptico base cuneada a obtusa aacutepice obtuso a agudo margem crenulada nervura principal pubeacuterula em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras secundaacuterias proeminentes na face abaxial 7-8 pares Inflorescecircncias terminais as masculinas fasciculadas

111

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

4-7-floro as femininas natildeo observadas seacutesseis braacutecteas foliaacuteceas deciacuteduas bracteacuteolas ausentes ou inconspiacutecuas Bototildees florais fusiformes 45-6 times 1-15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores diclinas homostiacutelicas seacutesseis flores masculinas caacutelice truncado ca 2 mm compr glabrescente corola amarela com tubo e bordos dos lobos vinaacuteceos hipocrateriforme tubo 55-6 mm compr externamente pubeacuterula internamente glabra 5-mera lobos 25-3 mm compr deltoides pubeacuterulos estames inclusos porccedilatildeo livre dos

filetes 05-1 mm compr anteras 4-45 mm compr cremes estigma biacutefido natildeo receptivo estilete 55-6 mm compr flores femininas natildeo observadas Fruto baga 11-16 times 13-17 mm subglobosa negra quando madura glabra sementes 5-66 times 4-5 mm obcocircnicas amarelo-acastanhadas exotesta estriada

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg54rsquo010rdquo S 38deg41rsquo008rdquo O 399 m 5XI2010 fr LR Silva 10 (HUNEB) 9deg54rsquo066rdquo S 38deg41rsquo008rdquo O 383 m 8XII2011

a

b

c

d

e

f

g

h

k

l

m

n

i

j

Figura 3 a-e) Cordiera rigida a) ramo floriacutefero masculino b) ramo frutiacutefero c) estiacutepula d) flor masculina e) fruto f-j) Cordiera sp f) ramo floriacutefero masculino g) ramo frutiacutefero detalhe da margem da folha h) estiacutepula i) flor masculina j) fruto k-n) Diodella gardneri k ramo floriacuteferofrutiacutefero l estiacutepula m flor n fruto (ad) RR Varjatildeo 17 bce) DD Vieira 85 fj) RR Varjatildeo 165 g-i) RR Varjatildeo 164 k-m) RR Varjatildeo 124 n) RR Varjatildeo 23)Figure 3 a-e) Cordiera rigida a) flowering branch male b) fruiting branch c) stipule d) male flower e) fruit f-j) Cordiera sp f) flowering branch male g) fruiting branch detail leaf margin h) stipule i) male flower j) fruit k-n) Diodella gardneri k) floweringfruiting branch l) stipule m) flower n) fruit (ad) RR Varjatildeo 17 bce) DD Vieira 85 fj) RR Varjatildeo 165 g-i) RR Varjatildeo 164 k-m) RR Varjatildeo 124 n) RR Varjatildeo 23)

112

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

bot e fl RR Varjatildeo 164 (HUNEB) 9deg54rsquo054rdquo S 38deg40rsquo987rdquo O 406 m 8XII2011 fr RR Varjatildeo 165 (HUNEB)

Cordiera sp conhecida por apenas trecircs espeacutecimes apresenta caracteriacutesticas distintas de C rigida espeacutecie comumente encontrada na aacuterea de estudo e com muitos registros em herbaacuterios Diferencia-se atraveacutes das folhas pecioladas com a margem crenulada e frutos maiores (11-16 times 13-17 mm vs 4-8 times 5-10 mm) A consulta a referecircncias bibliograacuteficas disponiacuteveis das espeacutecies citadas para o Brasil bem como a comparaccedilatildeo com espeacutecimes de herbaacuterios natildeo possibilitou a identificaccedilatildeo do taacutexon Entretanto seratildeo necessaacuterias mais investigaccedilotildees para definir sua identidade Encontrada na aacuterea com flores e frutos em novembro e dezembro

5 Diodella gardneri (KSchum) Bacigalupo amp ELCabral Darwiniana 44(1) 98 2006 Figuras 3k-n

Diodia gardneri KSchum Fl Bras 6(6) 402 1888Borreria gardneri (KSchum) Bacigalupo amp ELCabral Opera

Bot Belg 7 307 1996Erva ereta ou escandente 80-160 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice dos ramos glabrescente a pubeacuterulo entrenoacutes 10-70 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-2 times ca 3 mm tomentosa 6-9 setas 1-3 mm compr pubescentes Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 7-21 times 3-8 mm eliacuteptico base atenuada a cuneada aacutepice agudo a acuminado margem revoluta face adaxial escabra abaxial pubescente venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias evidentes na face abaxial 3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares 4-8 por ramo floriacutefero 7-12-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Botatildeo floral oblongo 8-9 times 4-5 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 4 lobos iguais 5-9 mm compr lanceolados pubescentes corola alva a roacutesea infundibuliforme tubo 4-5 mm compr internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 3-4 mm compr triangulares externamente pilosos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 1-15 mm compr anteras 15-2 mm compr alvas a lilases estigma levemente bilobado estilete 6-10 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos 2-4 times ca 3 mm obovoide vinaacuteceo quando maduro pubescente sementes 25 times ca 2 mm obovoides castanhas sulco longitudinal na face ventral aacutepice recurvado ventralmente

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca proacuteximo a sede 9deg55rsquo375rdquo S 38deg42rsquo181rdquo O 19IV2008 fl AS Conceiccedilatildeo 1354 (HUNEB) Trilha do Tanque das pedrinhas 9deg53rsquo279rdquo S 38deg40rsquo48rdquo O 474 m 26VI2008 fl AS Conceiccedilatildeo 1414 (HUNEB) Limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1673 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo165rdquo S 38deg29rsquo241rdquo O 9VIII2009 fl e fr MVV Romatildeo 535 (HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 fl RR Varjatildeo 03 (HUNEB) 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 fl e fr RR Varjatildeo 23 (HUNEB) Proacuteximo a baixa do chiqueiro 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 fl RR Varjatildeo 67 (HUNEB) Proacuteximo agrave casa de Gilson 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl RR Varjatildeo 124 (HUNEB) Faz Serra Branca Proacuteximo agrave casa do IBAMA 9deg55rsquo453rdquo S 38deg42rsquo259rdquo O 375 m 6V2011 fl RR Varjatildeo 82 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos trilha para toca das araras 10V1993 fl e fr MC Ferreira 507 (HRB) Gloacuteria Brejo do burgo 2VII1995 fl FP Bandeira 215 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina 18I1981 fl ML Guedes 303 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Brasil ocorrendo nos estados da Bahia Cearaacute Piauiacute e Minas Gerais (Cabral amp Fader 2010 Cabral amp Salas 2012)

A espeacutecie ocorre comumente na caatinga ou na transiccedilatildeo caatinga-cerrado (Cabral amp Fader 2010) Na APASB eacute uma espeacutecie

amplamente distribuiacuteda encontrada nas bordas e interior de vegetaccedilatildeo subarbustiva e arbustiva-arboacuterea em solos arenosos Caracteriza-se por apresentar haacutebito ereto a escandente aleacutem dos lobos do caacutelice com 5-9 mm compr e fruto pubescente Foi coletada na aacuterea com flores e frutos de janeiro a setembro

6 Diodella radula (Willd ex Roem amp Schult) Delprete Fl Ilustr Catarin Rubiaceas I 174 2004 Figuras 4a-d

Spermacoce radula Willd ex Roem amp Schult Syst Veg 3 351 1818

Diodia radula (Roem amp Schult) Cham amp Schltdl Linnaea 3 342 1828

Erva ereta ou decumbente 40-120 cm alt monoica Caule tetragonal no aacutepice dos ramos pubescente no aacutepice raro viloso entrenoacutes 10-95 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2 times 25-4 mm glabrescente a pubescente 5-8(-15) setas 14-28(-56) mm compr pubescentes raro pilosas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 18-43(-63) times 8-18(-24) mm eliacuteptico a eliacuteptico-oval base cuneada raro atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial escabra abaxial pubescente a estrigosa ou pilosas nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras evidentes em ambas as faces 3-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares (2-)4-11 por ramo floriacutefero 6-12-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Botatildeo floral oblongo 35-5 times 15-3 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 4 lobos desiguais maiores 25-35 mm compr menores 2-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 4-5 mm compr piloso na porccedilatildeo superior internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 3-35 mm compr triangulares externamente pilosos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes (03-)08-1 mm compr anteras 15-2 mm compr alvas a lilases estigma capitado estilete 6-8 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos 25-3 times 2-4 mm globoso verde aacutepice piloso sementes 12-26 times 08-2 mm obovoides castanhas aacutepice fendido ausecircncia de sulcos ventrais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada principal 9deg55rsquo453rdquo S 38deg42rsquo259rdquo O 375 m 17VI2011 fl RR Varjatildeo 127 (HUNEB) Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 fl fr e bot RR Varjatildeo 146 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo 21II2006 fl E Melo et al 4273 (HUEFS) Santa Briacutegida 24V1984 bot e fl LC Oliveira Filho 175 (ALCB CEPEC HRB) Tucano Rod Tucano-Ribeira do Pombal 29XII2004 fl D Cardoso amp JMO Santos 210 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com ampla distribuiccedilatildeo ocorrendo nos Estados Unidos Venezuela Guianas Ilha Galaacutepagos Peru Boliacutevia Equador Argentina Paraguai e Brasil (Delprete et al 2004 Cabral amp Bacigalupo 2005) No Brasil distribui-se de forma descontiacutenua do Nordeste ao Sul do paiacutes (Cabral amp Salas 2012)

Delprete et al (2004) citaram D radula como erva caracteriacutestica e exclusiva de aacutereas de restinga Crescendo tambeacutem em dunas e solos rochosos e arenosos do cerrado (Cabral amp Bacigalupo 2005 Campos et al 2006) Na APASB eacute encontrada no interior e borda da caatinga-arbustiva sendo coletada apenas uma vez em ambiente sombreado com vegetaccedilatildeo arbustiva-arboacuterea Neste ambiente o espeacutecime apresentou variaccedilatildeo morfoloacutegica com haacutebito ereto folhas com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas e base atenuada Contudo os caracteres reprodutivos permitiram incluiacute-lo em D radula Esta espeacutecie pode ser confundida em campo com D gardneri da qual podemos diferenciar pelo haacutebito ereto ou decumbente flores com lobos do caacutelice 2-35 mm compr e fruto piloso no aacutepice Floresce na aacuterea de junho a julho e frutifica em julho

113

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

7 Diodella teres (Walter) Small Fl Lancaster Co 271 1913 Figuras 4e-h

Diodia teres Walter Fl Carol 87 1788Erva decumbente 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico a

tetragonal pubeacuterulo a piloso entrenoacutes 5-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-2 times 3-4 mm pubeacuterula margem pilosa 9-12 setas 3-10 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 16-35 times 4-7 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo a acuminado margem inteira estrigoso a tomentoso

em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 4 pares Inflorescecircncia em fasciacuteculos axilares 4-11 por ramo floriacutefero 2-5-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 2-5 times 15-2 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 15-2 mm compr 4 lobos desiguais maiores 15-2 mm compr menores 1-15 mm compr lanceolados margem escabriuacutescula corola alva com lobos lilaacuteses infundibuliforme tubo 35-5 mm compr internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do

a

b

c

d

e

f

gh

k

l

i

j

Figura 4 a-d) Diodella radula a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Diodella teres e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Emmeorhiza umbellata i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 127 e-h) AS Conceiccedilatildeo 1870 i-l) RR Varjatildeo 05)Figure 4 a-d) Diodella radula a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Diodella teres e) flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Emmeorhiza umbellata i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 127 e-h) AS Conceiccedilatildeo 1870 i-l) RR Varjatildeo 05)

114

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

tubo 4-mera lobos 15-2 mm compr triangulares externamente pubeacuterulos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma capitado estilete 3-55 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos ca 4 times 25-3 mm globoso a subovoide marrom quando maduro pubescente sementes 2-3 times 15-2 mm obovoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Trilha sentido Serra do Navio 9deg52rsquo491rdquo S 38deg39rsquo220rdquo O 481 m 31VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1870 (HUNEB) Proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot e fr RR Varjatildeo 80 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 27VI2002 fl LP Queiroz et al 7220 (HUEFS) 18IV2004 fl FHM Silva amp LCL Lima 500 (HUEFS) Gloacuteria BA-210 sentido Rodelas 7VI2007 fl e fr AS Conceiccedilatildeo et al 1010 (HUEFS) Serrota 5IX2006 fl S Leal 56 (HUEFS) Ribeira do Pombal 16VIII2003 fl e fr ML Guedes et al 10570 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie neotropical ocorrendo no Sudeste dos Estados Unidos Ameacuterica Central e Ameacuterica do Sul (Cabral amp Bacigalupo 2005 Campos et al 2006) No Brasil distribui-se por quase todo o territoacuterio nacional (Cabral amp Salas 2012)

Na APASB D teres eacute encontrada em aacutereas abertas com forte exposiccedilatildeo solar e solo arenoso Distingue-se das demais espeacutecies de Diodella encontradas na aacuterea por apresentar haacutebito procumbente limbo com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas lanceolado 2-5 flores por axila Encontrada na aacuterea com flores em maio e julho e frutos em maio

8 Emmeorhiza umbellata (Spreng) KSchum Fl Bras 6(6) 408 1889 Figuras 4i-l

Borreria umbellata Spreng Neue Entd 2 144 1821Endlichera umbellata KSchum Fl Bras 6(6) 38 1888Trepadeira monoica Caule tetragonal glabro a pubeacuterulo

entrenoacutes 16-67 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-3 times 2-3 mm glabra a pubeacuterula 6-7 setas 2-6 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 32-76 times 11-25 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial esparsamente estrigosa abaxial pubeacuterula nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em cimeiras paniculadas de umbela terminais ou axilares 1-4 por ramo floriacutefero multifloros peduacutenculo 20-40 mm compr glabro 2 braacutecteas 12-20 times 5-8 mm lanceoladas pubeacuterulas 2 bracteacuteolas 15-4 times 05-15 mm eliacutepticas glabras Bototildees florais oblongos 15-2 times 05-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 17-25 mm compr glabros caacutelice 4 lobos iguais 05-1 mm compr lanceolados glabros corola alva infundibuliforme tubo 05-1 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 1-12 mm compr triangulares glabros estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras ca 05 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 1-15 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 3-4 times ca 1 mm obovoide marrom quando maduro glabra sementes 25-3 times 03-05 mm elipsoides castanhas porccedilatildeo central escurecida em ambas as faces aladas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo59rdquo S 38deg26rsquo24rdquo O 506 m 17X2009 fl E Melo et al 6683 (HUEFS) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 23IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 05 (HUNEB) Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 bot RR Varjatildeo 146 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Beira do rio seco 18X2009 fl E Melo et al 6736 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina Mata das Pororocas 25X1982 fl LP Queiroz 438 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie amplamente distribuiacuteda pela Ameacuterica do Sul da Venezuela ateacute o Brasil No Brasil ocorre nos estados do Planalto Central na regiatildeo Nordeste e na faixa litoracircnea desde a Bahia ateacute o Rio Grande do Sul (Delprete 2010)

Na APASB ocorre nas bordas das aacutereas florestadas e caatinga arbustiva-arboacuterea Diferencia-se das demais espeacutecies da aacuterea por apresentar haacutebito trepador com caule voluacutevel inflorescecircncia composta por cimeiras paniculadas de umbela e sementes aladas Floresce na aacuterea de julho a setembro e dezembro e frutifica em agosto e setembro

9 Guettarda angelica Mart ex MuumlllArg Flora 58 450 1875 Figuras 5a-d

Arbusto 1-3 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro a pubeacuterulo no aacutepice dos ramos entrenoacutes 6-78 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas inteiras triangulares cocircncavas aacutepice agudo 45-9 times 2 -4 mm tomentosas a pubeacuterulas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 5-19 mm compr pubeacuterulos limbo 36-70 times 19-50 mm eliacuteptico orbicular a obovado base cuneada a arredondada aacutepice agudo a obtuso margem inteira face adaxial hirsuta pubeacuterula nas nervuras face abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 8-12 pares Inflorescecircncia em cimeiras escorpioides subterminal 8-floro peduacutenculo 8-46 mm compr pubeacuterulo braacutecteas natildeo observadas 2 bracteacuteolas lineares 1-4 times 02-1 mm pubescentes Bototildees florais oblongos 5-10 times ca 2 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice truncado podendo apresentar ateacute 2 lobos 16-3 mm compr pubescente corola creme hipocrateriforme tubo 10-12 mm compr externamente tomentoso 5-mera lobos 3-5 mm compr oblongos externamente tomentosos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 2-24 mm compr alvas estigma capitado estilete 12-14 mm compr Fruto drupa 4-10 times 5-12 mm subglobosa alva a creme quando madura pubeacuterula sementes natildeo visualizadas

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Vaca Morta 9deg54rsquo236rdquo S 38deg41rsquo2266rdquo O 367 m 17IV2008 fl e fr AS Conceiccedilatildeo 1282 (HUNEB) Trilha sentido Serra do Morro 9deg52rsquo491rdquo S 38deg39rsquo220rdquo O 481 m 30VII2009 fr TMS Melo 54 (HUNEB) Estrada que vai em direccedilatildeo agrave casa sede 9deg53rsquo763rdquo S 38deg40rsquo712rdquo O 414 m 7IV2011 fr RR Varjatildeo 55 (HUNEB) Proacuteximo a casa 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 81 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo63rdquo S 38deg28rsquo687rdquo O 627 m 5V2011 fr RR Varjatildeo 76 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria ca 4 km de Olhos drsquoAacutegua de Souza 26IV2001 fl LP Queiroz et al 6552 (HRB) Paulo Afonso Raso da Catarina 14V1981 fl e fr GCP Pinto 10281 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie exclusiva do Brasil Embora tenha sido citada para o estado do Paraacute por Margalho et al (2009) eacute considerada endecircmica do domiacutenio da caatinga ocorrendo nos estados da Bahia Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco (Barbosa 2012)

Na APASB ocorre nas bordas e subosque da vegetaccedilatildeo arbustiva-arboacuterea em solos arenosos G angelica eacute muito comum em aacutereas de caatinga e amplamente documentada em herbaacuterio Eacute facilmente reconhecida atraveacutes da drupa subglobosa pubeacuterula branca quando madura flores com tubo da corola 10-12 mm compr e limbo tomentoso na face abaxial Na aacuterea floresce e frutifica de abril a julho

10 Guettarda sericea MuumlllArg Flora 58 450 1875Arbusto ca 15 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes

8-45 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas inteiras lanceoladas aacutepice

115

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

agudo 5-6 times 2 -3 mm tomentosas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 6-20 mm compr tomentosos limbo 60-120 times 20-45 mm obovado a eliacuteptico base truncada atenuada a arredondada aacutepice agudo a obtuso margem inteira tomentosa em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em cimeiras escorpioides subterminal 8-15-floro peduacutenculo 13-30 mm compr pubescente braacutecteas natildeo observadas 1 bracteacuteola linear 4-55 times 05-1 mm pubeacuterula Bototildees

florais oblongos 4-5 times 2-3 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice truncado seriacuteceo corola creme hipocrateriforme tubo 7-8 mm compr externamente tomentoso 5-mera lobos 1-2 mm compr oblongos externamente tomentosos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 2-3 mm compr alvas estigma capitado estilete 8-9 mm compr Fruto drupa 8-10 times 5-6 mm elipsoide marrom a negra quando madura pubescente sementes natildeo observadas

a

b

c

d

e

f

g

h

kli

j

Figura 5 a-d) Guettarda angelica a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Leptoscela ruellioides e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor longistila h) fruto i-l) Margaritopsis carrascoana i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-c) AS Conceiccedilatildeo 1282 d) RR Varjatildeo 55 e-h) RR Varjatildeo 01 i-k) RR Varjatildeo 118 l) RR Varjatildeo 78)Figure 5 a-d) Guettarda angelica a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Leptoscela ruellioides e) flowering branch f) stipule g) flower longuistylous h) fruit i-l) Margaritopsis carrascoana i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-c) AS Conceiccedilatildeo 1282 d) RR Varjatildeo 55 e-h) RR Varjatildeo 01 i-k) RR Varjatildeo 118 l) RR Varjatildeo 78)

116

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Natureza 10deg00rsquo14rdquo S 38deg26rsquo02rdquo O 427 m 12VIII2005 fl fr EB Miranda et al 882 (HUEFS) 10deg4rsquoS 38deg21rdquo O 17I2006 bot GC Sessegolo et al 147 (ALCB) Baixa do estreito 9deg59rsquo343rdquo S 38deg25rsquo015rdquo O 436 m 18III2009 bot AS Conceiccedilatildeo 1547 (HUNEB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie exclusiva do Nordeste do Brasil ocorrendo nos estados de Alagoas Bahia Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco em aacutereas de caatinga (Barbosa 2012)

Guettarda sericea ocorre na APASB em aacuterea com caatinga arboacuterea diferencia-se de G angelica principalmente pela drupa elipsoide pubescente marrom a negra quando madura tubo da corola 7-8 mm compr (vs 10-12 mm compr) e limbo tomentoso em ambas as faces Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos em agosto e de janeiro a marccedilo apenas em bototildees

11 Leptoscela ruellioides Hookf Icon Pl 14 1149 1873 Figuras 5e-h

Erva ereta ou com ramos apoiantes 30-80 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 12-128 cm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubescente 8-14 setas 05-3 mm compr pubescentes Folhas opostas cruzadas membranaacuteceas peciacuteolos 1-3 mm compr glabro limbo 24-52 times 8-22 mm lanceolado base cuneada aacutepice acuminado margem inteira face adaxial pubeacuterula abaxial pubescente venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras conspiacutecuas na face abaxial 3-4 pares Inflorescecircncia em cincinos alongados axilares 1-4 por ramo floriacutefero 12-20-floro peduacutenculo 20-38 mm compr glabro 2 braacutecteas 3-4 times 15-2 mm lanceoladas pubescentes 1 bracteacuteola 1-15 mm compr linear pubeacuterula Bototildees florais elipsoides 15-4 times 1-15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas heterostiacutelicas pedicelos 05-13 mm compr glabros caacutelice 5 lobos iguais 1-15 mm compr lanceolados margem pubeacuterula corola alva com fauce esverdeada e lobos lilases infundibuliforme tubo 3-45 mm compr glabro externamente internamente pubescente e com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 5-mera lobos 25-4 mm compr triangulares internamente pubescentes flores brevistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 15-2 mm compr anteras ca 18 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-2 mm compr flores longistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras ca 1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 45-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 3-4 times 15-2 mm obovoide verde glabra sementes 07-1 times 05-07 mm obovoides castanhas ventralmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Trilha do Araccedilaacute 9deg52rsquo491rdquo S 38deg38rsquo135rdquo O 535 m 8V2008 fl MVV Romatildeo 128 (HUNEB) Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo60rdquo S 38deg26rsquo16rdquo O 488 m 17X2009 fl E Melo et al 6625 (HUEFS) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo249rdquo S 38deg29rsquo318rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1642 (HUNEB) 9deg57rsquo170rdquo S 38deg26rsquo247rdquo O 575 m 19VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1770 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo116rdquo O 493 m 28VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1773 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo117rdquo O 497 m 29VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1796 (HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 fl RR Varjatildeo 01 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 71 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 12VIII2005 fl EB Miranda et al 891 (HUEFS) Uauaacute Serra do Jerocircnimo 30III2000 fl e fr ML Guedes et al 7336 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Nordeste do Brasil ocorrendo na caatinga e cerrado nos estados de Alagoas Bahia Paraiacuteba Pernambuco e Sergipe (Jardim 2012)

Na APASB L ruellioides apresenta ampla distribuiccedilatildeo ocorrendo em todos os ambientes com nuacutemero elevado de indiviacuteduos A espeacutecie eacute reconhecida pelo haacutebito ereto ou com ramos apoiantes folhas pecioladas inflorescecircncia em cincinos e caacutelice com 5 lobos iguais Coletada na aacuterea com flores de abril a setembro e dezembro e frutos em maio

12 Margaritopsis carrascoana (Delprete amp EBSouza) CMTaylor amp EBSouza Syst amp Geogr Pl 75 171 2005 Figuras 5i-l

Psychotria carrascoana Delprete amp EBSouza Novon 14 158 2004

Subarbusto 1-15 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 2-10 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 1-2 times 12 -25 mm glabras Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 1-2 mm compr limbo 11-24 times 5-10 mm eliacuteptico a oblanceolado base cuneada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial 5-9 pares Inflorescecircncia terminal uniflora seacutessil 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos ca 12 times 15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 5 lobos iguais ca 08 mm compr triangulares glabros corola alva a creme lobos com aacutepice verde infundibuliforme tubo 25-3 mm compr externamente glabro internamente com anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 5-mera lobos ca 3 mm compr oblongos-ovais reflexos glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 08-1 mm compr castanhas estigma biacutefido estilete ca 4 mm compr Fruto drupa 4-7 times 4-5 mm obovoide alaranjado ou vermelho quando maduro glabro sementes 35-4 times 25-35 mm subovoides castanhas plano-convexas dorsalmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 4XII2010 fr RR Varjatildeo 18 (HUNEB) 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 72 (HUNEB) 5V2011 fl e fr RR Varjatildeo 77 (HUNEB) 5V2011 fr RR Varjatildeo 78 (HUNEB) 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 118 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 7VI2004 fr JG Carvalho-Sobrinho et al 253 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina 8VI1985 fr L P Queiroz 564 (ALCB) 24VI1982 fr M L Guedes et al 441 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita aos estados da Bahia e Cearaacute ocorrendo em vegetaccedilatildeo do tipo caatinga e carrasco (Delprete amp Souza 2004 Taylor 2005)

Margaritopsis carrascoana estaacute sendo citada aqui pela primeira vez para o estado da Bahia Segundo Delprete amp Souza (2004) a espeacutecie ocorria apenas no estado do Cearaacute associada agrave vegetaccedilatildeo do tipo carrasco no Planalto do Ibiapaba e Chapada do Araripe admitindo sua provaacutevel ocorrecircncia em vegetaccedilatildeo semelhante no estado vizinho do Piauiacute Contudo a espeacutecie foi citada em trabalhos anteriores com ocorrecircncia para aacuterea de caatinga incluindo carrasco cerrado e florestas (Jardim amp Souza 2006)

Na APASB esta espeacutecie ocorre com mais frequecircncia no subosque da vegetaccedilatildeo em aacutereas sombreadas e solos arenosos Diferencia-se por apresentar estiacutepulas persistentes tubo da corola 25-3 mm compr e fruto drupa laranja a vermelha quando madura Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos de abril a dezembro

13 Mitracarpus baturitensis Sucre Rodrigueacutesia 26 255 1971 Figuras 6a-f

Erva ereta ca 30 cm alt monoica Caule tetragonal glabro entrenoacutes 7-88 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 2-3 mm margem pubescente 4-5 setas 05-1 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas membranaacuteceas seacutesseis limbo 8-32

117

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

times 2-4 mm linear-eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra a escabra abaxial glabrescente nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares e terminais 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 15-25 times 08-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 05-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 1-12 mm compr menores 05-08 mm compr lanceolados margem

hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo ca 1 mm compr glabro externamente anel de tricomas na metade do tubo 4-mera lobos ca 1 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras ca 06 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 1-2 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 06-08 mm subglobosa castanha quando madura glabra sementes 06-08 times ca 04 mm oblongoides castanhas face dorsal com impressatildeo cruciforme face ventral com sulcos em forma de ldquoXrdquo

a

b

c

d

e

f

g

h

k

l

i

j

m

n

pq

o

Figura 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e) semente face ventral f) semente face dorsal g-l) Mitracarpus longicalyx g) ramo floriacutefero h) estiacutepula i) flor j) fruto k) semente face ventral l) semente face lateral m-q) Mitracarpus robustus m) ramo floriacutefero n) estiacutepula o) flor p) fruto q) semente face ventral (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)Figure 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e) seed ventral view f) seed dorsal view g-l) Mitracarpus longicalyx g) flowering branch h) stipule i) flower j) fruit k) seed ventral view l) seed lateral view m-q) Mitracarpus robustus m) flowering branch n) stipule o) flower p) fruit q) seed ventral view (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)

118

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 02 (HUNEB) 27VII2011 fl e fr LR Silva 43 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Reserva Bioloacutegica de Canudos 24VI2003 fr FHM Silva et al 417 (HUEFS) Gloacuteria Brejo do Burgo 26VIII1995 fl FP Bandeira 253 (ALCB) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1178 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita ao Brasil sendo referida para o Distrito Federal e para os estados da Bahia Cearaacute Goiaacutes Mato Grosso Paraiacuteba Pernambuco e Piauiacute (Souza et al 2010)

Na APASB a espeacutecie foi encontrada em aacutereas de bordas e ambientes abertos predominantemente em solos arenosos Entretanto ocorre preferencialmente sobre solos rochosos lateriacuteticos ou sobre inselbergs e afloramentos rochosos no bioma caatinga e no cerrado (Delprete 2010 Souza et al 2010) Mitracarpus baturitensis pode ser confundida com M longicalyx que tambeacutem ocorre na aacuterea podendo ser diferenciada pelo limbo linear-eliacuteptico 2-4 mm larg tubo da corola ca 1 mm compr e sementes com impressatildeo cruciforme na face dorsal Floresce e frutifica na aacuterea de julho a setembro

14 Mitracarpus longicalyx EBSouza amp MFSales Brittonia 53 482 2001 (2002) Figuras 6g-l

Erva ereta ou ascendente ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice pubeacuterulo entrenoacutes 8-84 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 2-5 mm pubeacuterula 5-9 setas 1-3 mm compr pubeacuterulas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 21-47 times 5-14 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira face adaxial glabra abaxial com a nervura principal pubeacuterula venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-35 times 06-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-12 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 16-3 mm compr menores 1-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 15-25 mm compr papiloso externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 06-12 mm compr triangulares externamente papilosos internamente glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 28-4 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 08-1 mm subglobosa castanha quando madura aacutepice pubescente sementes 06-08 times 02-04 mm oblongoides castanhas face dorsal com depressotildees semicirculares face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg52rsquo234rdquo S 38deg38rsquo146rdquo O 492 m 30VII2008 fl TMS Melo 37 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo457rdquo S 38deg27rsquo301rdquo O 607 m 29VII2009 bot fl e fr TMS Melo 12 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquo S 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 fl e fr DD Vieira 172 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Pilatildeo Arcado Brejo do Morro 19III2006 fl EBSouza et al 1593 (HUEFS) Ribeira do Pombal 20 km da rod para Tucano 9VI2005 fl D Cardoso 562 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita agrave regiatildeo do semiaacuterido do Brasil com registros para os estados do Bahia Cearaacute Piauiacute e Pernambuco (Souza et al 2010)

Na APASB M longicalyx foi encontrada em bordas de estradas aacutereas abertas e pastagens com alta incidecircncia de luz Pode ser confundida com M baturitensis e M robustus das quais se diferencia por apresentar caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice sem alas

glomeacuterulo apical subtendido por 4 braacutecteas geralmente puacuterpuras na base e sementes com depressotildees semicirculares dorsais Coletada na aacuterea com flores e frutos de junho a julho

15 Mitracarpus robustus EBSouza amp ELCabral Rodrigueacutesia 2 345 2010 Figuras 6m-q

Mitracarpus frigidus (Willd ex Roem amp Schult) KSchum var humboldtianus KSchum Fl Bras 6 82 1888

Subarbusto erva ereta ou ascendente 40-120 cm alt monoica Caule tetragonal alado no aacutepice dos ramos glabro entrenoacutes 21-44 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-35 times 25-3 mm glabra a pubeacuterula 5-6 setas 3-5 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 20-75 times 5-15 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo margem inteira pubeacuterulo em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes em ambas as faces 3-4 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-8 por ramo floriacutefero multifloros 2(-4) braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-32 times 14-18 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 22-28 mm compr menores 06-12 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 25-35 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 1-15 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-28 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal ca 1 times 12 mm subglobosa marrom quando madura aacutepice pubescente sementes ca 06 times 06 mm oblongoides lilases face dorsal lisa face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 46 (HUNEB) Trilha secundaacuteria proacuteximo a casa da caixa drsquoaacutegua 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 47 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Conde Fazendo do Bu 13VIII1996 fl MC Ferreira et al 1023 (HRB) Jussiape em direccedilatildeo a Barra da Estiva 15VI2002 fl LP Queiroz et al 7125 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie distribuiacuteda no Brasil e na Guiana Francesa No Brasil sua ocorrecircncia estaacute registrada para o Distrito Federal e para os estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Sergipe Bahia Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Mitracarpus robustus eacute uma espeacutecie comum em solos argilosos ou areno-argilosos em solos lateriacuteticos em margens de estrada ou periferia de matas (Souza et al 2010) Na APASB estaacute distribuiacuteda nas bordas de florestas e apresenta um porte bastante robusto quando comparado agraves outras espeacutecies de Mitracarpus que ocorrem na aacuterea Pode ser diferenciada pelo caule tetragonal alado no aacutepice glomeacuterulo apical subtendido por 2 braacutecteas e sementes planas no dorso Floresce e frutifica na aacuterea em julho

16 Mitracarpus salzmannianus DC Prodr 4 571 1830 Figuras 7a-c

Mitracarpus frigidus var salzmannianus (DC) Martius Eichler amp Urban Fl bras 6 82 1888

Mitracarpus scabrellus Benth Hookerrsquos J Bot Kew Gard Misc 3 238 1841

Erva ereta 40-50 cm alt monoica Caule tetragonal pubescente entrenoacutes 65-90 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-18 times 15-2 mm pubescente 5-7 setas 4-6 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 10-42 times 2-13 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira pubescente em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma

119

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

nervuras proeminentes na face abaxial 3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 2-35 times 08-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos ca 1 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 3-32 mm compr menores 16-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 4-45 mm compr externamente piloso na metade superior anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos ca 15 mm compr triangulares pilosos externamente estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 04 mm compr anteras 05-06 mm

compr alvas estigma biacutefido estilete 5-65 mm compr Segundo Souza et al (2010) fruto caacutepsula deiscecircncia transversal (12-)15-25 mm compr obovoides glabras sementes 08-12 times 05-06 mm oblongoides ou globosas castanhas face dorsal sem depressotildees face ventral com encaixe em forma de ldquoY-invertidordquo

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 fl RR Varjatildeo 142 (HUNEB) 27VII2011 fl RR Varjatildeo 145 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Aldeia Serrota 19IX2005 fl M Colaccedilo 53 (HUEFS) Paulo Afonso Raso da

Figura 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) haacutebito b) estiacutepula c) flor d-g) Richardia grandiflora d) haacutebito e) estiacutepula f) flor g) fruto h-j) Staelia aurea h) ramo floriacutefero i) estiacutepula j) flor (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)Figure 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) habit b) stipule c) flower d-g) Richardia grandiflora d) habit e) stipule f) flower g) fruit h-j) Staelia aurea h) flowering branch i) stipule j) flower (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)

a

b

c

d

e

f

gh

i

j

120

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Catarina 10VIII2005 fl EB Miranda et al 805 (HUEFS) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1191 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Eacute uma espeacutecie amplamente distribuiacuteda ocorrendo na Guiana Francesa Suriname e Brasil No Brasil ocorre nos estados de Roraima Paraacute Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Goiaacutes Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Planta comum em solos arenosos habitando dunas campos ou chapadas tambeacutem presente como ruderal (Souza et al 2010) Na APASB foi encontrada em solos arenosos na vegetaccedilatildeo arbustiva Caracteriza-se pelo indumento denso e contiacutenuo que cobre toda a planta folhas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas aleacutem do tubo da corola com 4-45 mm compr caracteres que a diferenciam das outras espeacutecies de Mitracarpus Floresce na aacuterea em julho

17 Richardia grandiflora (Cham amp Schltdl) Steud Nomencl Bot 2 459 1841 Figuras 7d-g

Richardsonia grandiflora Cham amp Schltdl Linnaea 3 351 1828Erva procumbente ca 20 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice do ramos hirsuto entrenoacutes 8-78 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 3-5 mm pubeacuterula a hirsuta 4-7 setas 07-45 mm compr pubeacuterulas a hirsutas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 15-38 times 5-11 mm eliacuteptico a lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira estrigoso a escabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais multifloros 4 braacutecteas foliaacuteceas externas 14-17 times 7-8 mm internas 5-12 times 3-7 mm ovais hirsutas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 4-7 times 4-5 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 6 lobos iguais 3-4 mm compr lanceolados hirsutos corola alva roacutesea a lilaacutes infundibuliforme tubo 6-9 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 6-mera lobos 4-5 mm compr triangulares pilosos externamente estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 07-1 mm compr anteras 12-18 mm compr alvas estigma triacutefido estilete 8-11 mm compr Fruto esquizocarpo trecircs mericarpos 15-25 times 15-25 mm obovoide pardo quando maduro hirsuto a piloso sementes 15-2 times 06-1 mm subovoides castanhas dorso convexo sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai ao Povoado Queleacutes 9deg52rsquo532rdquo S 38deg32rsquo420rdquo O 650 m 22IX2010 fl e fr RR Varjatildeo 04 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquoS 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 bot DD Vieira 173 (HUNEB) 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 126 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 133 (HUNEB) Faz Serra Branca proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot RR Varjatildeo 79 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 1VII1995 fl FP Bandeira 173 (ALCB) Bosque de Algaroba 7VI2004 fl MVM Oliveira 748 (HUEFS) Rodelas Mocoacute 22I1987 fl GO Mattos amp BS Laacutezaro 55 (HRB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie encontrada por toda a Ameacuterica e como planta introduzida na Floacuterida Estados Unidos Ocorre nas regiotildees Norte a Sudeste e Centro-Oeste do Brasil nos estados do Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Pernambuco Bahia Mato Grosso Goiaacutes Minas Gerais Satildeo Paulo e Rio Grande do Sul (Lewis amp Oliver 1974 Delprete et al 2005 Delprete 2010)

Na APASB R grandiflora eacute muito frequente ao longo das estradas bordas da mata aacutereas abertas e pastagens com forte exposiccedilatildeo solar em solos arenosos e areno-argilosos Esta espeacutecie apresenta forte vigor vegetativo principalmente em solos feacuterteis

cobrindo completamente o solo (Delprete 2010) Pode ser confundida em campo com as espeacutecies de Diodella das quais se diferencia pelas flores hexacircmeras estigma triacutefido e frutos com trecircs mericarpos Floresce na aacuterea de maio a setembro e frutifica de junho a setembro de acordo com material analisado

18 Staelia aurea KSchum Fl Bras 677 1888 Figuras 7h-jErva ereta ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico pubeacuterulo

entrenoacutes 7-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubeacuterula 4-5 setas 05-2 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 12-27 times 14-4 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra abaxial com nervura esparsamente estrigosa venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 5-7 por ramo floriacutefero multifloros 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 14-22 times 1-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 2-26 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 3-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 2-25 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-2 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 6-65 mm compr Frutos e sementes natildeo observados

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1656 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 3VII1995 fl FP Bandeira 221 (ALCB HRB CEPEC) Juazeiro Serra do Mulato 28III2000 fl MR Fonseca et al 1247 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita ao Brasil Ocorre nas regiotildees Norte (sul do Paraacute) Centro-Oeste Nordeste e partes do Sudeste (Souza amp Sales 2004)

Staelia aurea eacute considerada uma espeacutecie de ampla distribuiccedilatildeo poreacutem na APASB eacute escassa Pode ser confundida com S virgata da qual se diferencia por apresentar caule pubeacuterulo tubo da corola 3-45 mm compr e 5-7 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Foi coletada na aacuterea com flores em junho

19 Staelia galioides DC Prodr 4 573 1830 Figuras 8a-dSpermacoce galioides Pohl ex DC Prodr 4 573 1830Erva ereta 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro

a pubeacuterulo entrenoacutes 03-08 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 15-2 mm pubeacuterula 3 setas 06-18 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 6-17 times 05-25 mm linear-lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 6-10 por ramo floriacutefero multifloros (2)-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 18-3 times 06-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 1-16 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo 35-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 15-24 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 15-18 mm compr anteras 08-1 mm compr alvas a lilases estigma biacutefido estilete 5-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 1-12 mm obovoide verde

121

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

glabra sementes 06-08 times 04-06 mm oblongoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg53rsquo471rdquo S 38deg39rsquo131rdquo O 196 m 21V2008 fl e fr MVV Romatildeo 239 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 22 (HUNEB) 9deg56rsquo807rdquo S 38deg27rsquo330rdquo O 24II2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 37 (HUNEB) 9deg55rsquo776rdquo S 38deg29rsquo40rdquo O 652m 8IV2011 fl e fr RR Varjatildeo 69 (HUNEB) 9deg32rsquo934rdquo S 38deg32rsquo234rdquo O 657 m 5V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 74

(HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 117 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Ribeira do Pombal 19V1981 fl P Geraldo13181 (CEPEC) Rodelas dunas cabeccedila de boi 24II1988 fl e fr RP Orlandi 828 (HRB)

Distribuiccedilatildeo A espeacutecie apresenta distribuiccedilatildeo exclusiva no Brasil Ocorre na regiatildeo Centro-Oeste em Goiaacutes e Tocantins e no Nordeste em Alagoas Bahia Pernambuco e Piauiacute (Souza amp Sales 2004)

Figura 8 a-d) Staelia galioides a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Staelia virgata e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Tocoyena formosa i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)Figure 8 a-d) Staelia galioides a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Staelia virgata e flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Tocoyena formosa i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)

a

b c

d

e

f

g

h

i

j

k

l

122

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Na APASB a espeacutecie eacute amplamente distribuiacuteda apresentando nuacutemero elevado de indiviacuteduos Eacute encontrada em aacutereas abertas bordas de estradas e no interior da vegetaccedilatildeo subarbustiva em solos arenosos Pode ser reconhecida por apresentar estiacutepulas com 3 setas limbo linear-lanceolado lobos do caacutelice 1-16 mm compr diferenciando-se de S aurea que possui estiacutepulas com 4-5 setas limbo lanceolado e lobos do caacutelice 2-26 mm compr Floresce e frutifica na aacuterea de janeiro a junho

20 Staelia virgata (Link ex Roem amp Schult) KSchum Fl Bras 6(6) 76 1889 Figuras 8e-h

Spermacoce virgata Link ex Roem amp Schult Syst Veget 3 281 531 1818

Erva ereta ca 60 cm alt monoica Caule tetragonal glabro a glabrescente entrenoacutes 10-33 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2times ca 18 mm pubeacuterula no aacutepice 5-7 setas 12-25 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 13-30 times 1-3 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente em ambas as faces 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-4 por ramo floriacutefero multifloros 2-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 25-3 times 1-15 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 25-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo ca 5 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 25-3 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 2-3 mm compr anteras 08-12 mm compr alvas estigma biacutefido estilete ca 8 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 08-1 mm obovoide verde hirsuto sementes 06-1 times ca 04 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai da ESEC-Raso da Catarina agrave APA Serra Branca 9deg52rsquo78rdquo S 38deg31rsquo65rdquo O 624 m 27VII2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 140 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos estrada para a estaccedilatildeo bioloacutegica 26VI2002 fl LP Queiroz et al 7197 (HUEFS) Gloacuteria Serrota 2IX2006 fl S Leal 39 (HUEFS) Paulo Afonso BR-110 Norte 23VIII2005 fl DS Carneiro-Torres et al 483 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Ocorre em todo o Brasil parte dos territoacuterios do Peru Boliacutevia Paraguai ateacute o norte da Argentina No Brasil sua distribuiccedilatildeo vai desde o Amazonas Bahia Cearaacute Maranhatildeo Paraacute Paraiacuteba Pernambuco Piauiacute ateacute os estados da regiatildeo Sul (Souza amp Sales 2004)

Considerada por Souza amp Sales (2004) a espeacutecie mais amplamente distribuiacuteda entre as estudadas em seu trabalho S virgata foi encontrada na APASB apenas no periacuteodo chuvoso em vegetaccedilatildeo subarbustiva Pode ser confundida com as outras espeacutecies de Staelia ocorrentes na aacuterea diferenciando-se pelo conjunto de caracteriacutesticas caule glabro a glabrescente estiacutepula com 5-7 setas tubo da corola ca 5 mm compr e 2-4 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Encontrada na aacuterea com flores e frutos em julho

21 Tocoyena formosa (Cham amp Schltdl) KSchum Fl Bras 6 347 1889 Figuras 8i-l

Gardenia formosa Cham amp Schltdl Linnaea 4 200 1829Arbusto 13-17 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro

pubeacuterulo no aacutepice entrenoacutes 4-22 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 4-7 times 6 -8 mm glabras internamente pubeacuterulas e com coleacuteteres Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas a subcoriaacuteceas peciacuteolos 5-17 mm compr pubeacuterulos limbo

75-150 times 45-80 mm oval a eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial pubescente abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em dicaacutesios congestos terminais 4-7-floro peduacutenculo 2-7 mm compr pubeacuterulo braacutecteas e bracteacuteolas natildeo visualizadas Bototildees florais ovais 25-100 times 6-9 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas subseacutesseis caacutelice 5 lobos denteados 08-1 mm compr triangulares tomentosos tubo 1-2 mm compr tomentoso corola amarela hipocrateriforme tubo 75-95 mm compr externamente tomentoso internamente glabro 5-mera lobos 12-27 mm compr obovados externamente tomentosos internamente glabros estames exsertos seacutesseis anteras 7-10 mm compr marrons estigma biacutefido estilete 84-98 mm compr Fruto baga 25-35 times 18-30 mm globosa negra quando madura pubeacuterula sementes 5-6 times 45-7 mm orbiculares planas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 17I2006 fr GC Sessegolo 158 (MBM) 9deg57rsquo044rdquo S 38deg42rsquo289rdquo O 313 m 13III2008 fr AS Conceiccedilatildeo 1268 (HUNEB) Baixa grande 9deg58rsquo370rdquo S 38deg27rsquo086rdquo O 561 m 19III2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1560 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fr AS Conceiccedilatildeo 1707 (HUNEB) 9deg55rsquo48rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot RR Varjatildeo 24 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 27 (HUNEB) 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 bot e fr RR Varjatildeo 65 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 16II2003 fl FHM Silva et al322 (HUEFS) Tucano Estrada para Ribeira do Pombal 21III1992 fl AM Carvalho et al 3894 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Esta espeacutecie tem ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica do Sul encontrada no Suriname Brasil e Paraguai ocorrendo em todas as regiotildees brasileiras (Prado 1987)

Na APASB os indiviacuteduos encontram-se distribuiacutedos nas bordas e interior da vegetaccedilatildeo de porte arbustivo-arboacutereo e solos arenosos T formosa pode ser reconhecida na aacuterea pelo haacutebito arbustivo de flores vistosas tubo da corola 75-95 mm compr amarela e baga com 25-35 times 18-30 mm negra quando madura Floresce na aacuterea de janeiro a maio e frutifica em janeiro maio e junho

Agradecimentos

Agrave Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) pelo apoio financeiro ao projeto (PET 00232007) Agrave CAPES pela concessatildeo da bolsa de mestrado a primeira autora Aos curadores e teacutecnicos dos Herbaacuterios visitados e ao Natanael Santos pelas ilustraccedilotildees botacircnicas Aos dois revisores anocircnimos pelas significativas contribuiccedilotildees ao manuscrito

Referecircncias BibliograacuteficasBARBOSA MRV amp ZAPPI D 2002 Distribuiccedilatildeo das espeacutecies de

Rubiaceae na caatinga In Vegetaccedilatildeo e Flora da caatinga (EVSB Sampaio AM Giulietti JE Virginio CFL Gamarra-Rojas eds) APNECNIP Recife p155-157

BARBOSA MRV SOUSA EB amp JARDIM JG 2006 Rubiaceae In Checklist das Plantas do Nordeste Brasileiro Angiospermas e Gymnosperma (MRV Barbosa C Sothers S Mayo CFL Gamarra-Rojas amp CA Mesquita eds) Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia Brasiacutelia p135-140

BARBOSA MR ZAPPI D TAYLOR C CABRAL E JARDIM JG PEREIRA MS CALIOacute MF PESSOA MCR SALAS R SOUZA EB DI MAIO FR MACIAS L ANUNCIACcedilAtildeO EA DA GERMANO FILHO P amp OLIVEIRA JA 2012 Rubiaceae In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000210 (uacuteltimo acesso em 06112012)

123

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

BARBOSA MR 2012 Guettarda In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB014052 (uacuteltimo acesso em 06112012)

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente - MMA 2007 Aacutereas prioritaacuterias para conservaccedilatildeo uso sustentaacutevel e reparticcedilatildeo dos benefiacutecios da biodiversidade brasileira Secretaria de Biodiversidade e Florestas Brasiacutelia Mapa versatildeo 22 set2007

BRUMMITT RK amp POWELL CE 1992 Authors of plant names Royal Botanic Gardens Kew London

CABRAL EL amp BACIGALUPO NM 2005 Novelties in Spermacoceae (Rubiaceae) from Bolivia and Paraguay Brittonia 57(2)129-140 httpdxdoiorg1016630007-196X(2005)057[0129NISRFB]20CO2

CABRAL EL amp FADER AAC 2010 Nuevas combinaciones y nuevos sinocircnimos en especies de Brasil de Diodia s lat (Spermacoceae - Rubiaceae) Rodrigueacutesia 61(1)119-121

CABRAL EL MIGUEL LM amp SALAS RM 2011 Dos especies nuevas de Borreria (Rubiaceae) sinopsis y clave de las especies para Bahia Brasil Acta Bot Bras 25(2)255-276 httpdxdoiorg101590S0102-33062011000200002

CABRAL E amp SALAS R 2012 Diodella In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB038741 (uacuteltimo acesso em 06112012)

CAMPOS MTVA ZAPPI DC CALIOacute MF amp PIRANI JR 2006 Flora de Gratildeo-Mogol Minas Gerais Rubiaceae Bol Bot Univ Satildeo Paulo 2441-67

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2004 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v1 344p

DELPRETE PG amp SOUZA EB 2004 Psychotria carrascoana (Rubiaceae) a new species from the Carrasco Vegetation of Northeastern Brazil Novon 14158-162

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2005 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v2 p345-842

DELPRETE PG 2010 Rubiaceae In Flora do Estado de Goiaacutes e Tocantins (JA Rizzo org) PRPPGUFG IRD Goiacircnia v40 1610p

FORZZA RC COSTA A WALTER BMT PIRANI JR MORIM MP QUEIROZ LP MARTINELLI G PEIXOTO AL COELHO MAN BAUMGRATZ JFA STEHMANN JR LOHMANN LG amp HOPKINS M 2012 Angiospermas In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000032 (uacuteltimo acesso em 05112012)

JARDIM JG amp SOUZA EB 2006 Rubiaceae In Diversidade e Caracterizaccedilatildeo das Faneroacutegamas do Semiaacuterido Brasileiro (AM Giulietti AA Conceiccedilatildeo amp LP Queiroz orgs) Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife p203-209

JARDIM JG 2012 Leptoscela In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB020761 (uacuteltimo acesso em 06112012)

JUNG-MENDACcedilOLLI SL 2007 Rubiaceae In Flora Fanerocircgama do Estado de Satildeo Paulo (MGL Wanderley GJ Shepherd TS Melhem amp AM Giulietti coords) FAPESBRIMA Satildeo Paulo v5 p259-447

GOVAERTS R ANDERSSON L ROBBRECHT E BRIDSON D DAVIS A SCHANZER I amp SONKE B 2011 [continuously uploaded] World Checklist of Rubiaceae Facilitated by the Royal Botanic Gardens httpappskeworgwcspqsearchdo (uacuteltimo acesso em 2422012)

HARRIS JG amp HARRIS MW 2001 Plant identification terminology An illustrated glossary 2 ed Spring Lake Publishing Spring Lake

LEAL IR SILVA JMC Da TABARELLI M amp LACHER TE 2005 Changing the Course of Biodiversity Conservation in the caatinga of Northeastern Brazil Conserv Biol 19(3)701-706 httpdxdoiorg101111j1523-1739200500703x

LEWIS WH amp OLIVER RL 1974 Revision of Richardia (Rubiaceae) Brittonia 26271-301 httpdxdoiorg1023072805730

MARGALHO LF ROCHA AES amp SECCO RS 2009 Rubiaceae Juss da restinga da APA de AlgodoalMaiandeua Maracanatilde Paraacute Brasil Bol Mus Para Emiacutelio Goeldi Cienc Nat 4(3)303-339

MORI SA SILVA LAM LISBOA GE amp CORADIN L 1989 Manual de Manejo do Herbaacuterio Fanerogacircmico Centro de Pesquisa do Cacau Ilheacuteus

PEEL MC FINLAYSON BL amp MCMAHON TA 2007 Updated world map of the Koumlppen-Geiger climate classification Hydrol Earth Syst Sc 111633-1644 httpdxdoiorg105194hess-11-1633-2007

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2004 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelias Antirheoideae Cinchonoideae e Ixoroideae Acta Bot Bras 18(2)305-318 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000200010

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2006 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelia Rubioideae Acta Bot Bras 20(2)455-470 httpdxdoiorg101590S0102-33062006000200021

PRADO AL 1987 Revisatildeo taxonocircmica do gecircnero Tocoyena Aubl (Rubiaceae) no Brasil Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Estadual de Campinas Satildeo Paulo

RADFORD AE DICKISON WC MASSEY JR amp BELL R 1974 Vascular Plant Systematics Harper amp Row publishers New York

ROBBRECHT E 1988 Tropical woody Rubiaceae Characteristic features and progressions Contributions to a new subfamilial classification Opera Bot Belg 11-271

SOUZA EB amp SALES MF 2004 O gecircnero Staelia Cham amp Schtdl (Rubiaceae-Spermacoceae) no Estado de Pernambuco Brasil Acta Bot Bras 18(4)921-928 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000400023

SOUZA EB CABRAL EL amp ZAPPI DC 2010 Revisatildeo de Mitracarpus (Rubiaceae - Spermacoceae) para o Brasil Rodrigueacutesia 61(2)319-352

SZABO AV ROCHA ACS TOSATO JAC amp BARROSO W 2007 Aacuterea de proteccedilatildeo ambiental (APA) Serra Branca Raso da Catarina In As caatingas debates sobre a Ecorregiatildeo do Raso da Catarina (J Marques org) Fonte Viva Paulo Afonso p21-40

TAYLOR CM 2005 Margaritopsis (Rubiaceae Psychotrieae) in the Neotropics Syst Geogr Pl 75(2)161-177

THIERS B 2011 [continuously updated] Index Herbariorum a global directory of public herbaria and associated staff New York Botanical Gardenrsquos Virtual Herbarium httpsweetgumnybgorgih (uacuteltimo acesso em 28102011)

VELLOSO AL SAMPAIO EVSB GIULIETTI AM BARBOSA MRV CASTRO AAJF QUEIROZ LP FERNANDES A OREN DC CESTARO LA CASTRO AJE PAREYN FGC SILVA FBR MIRANDA EE KEEL S amp GONDIM RS 2002 Ecorregiotildees Propostas para o Bioma caatinga TNC-Brasil Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife

ZAPPI DC amp STANNARD BL 1995 Rubiaceae In Flora of the Pico das Almas Chapada Diamantina Bahia Brazil (BL Stannard ed) Royal Botanic GardensUSPCEPLAC Kew p546-578

ZAPPI DC amp NUNES TS 2002 Preliminary list of the Rubiaceae in Nortehastern Brazil Royal Botanic Gardens Kew

Recebido em 09072012 Versatildeo reformulada recebida em 15112012

Publicado em 03042013

Page 2: Biota Neotrop., vol. 13, no. 2 - redalyc.org · Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

Rubiaceae Juss de caatinga na APA Serra BrancaRaso da Catarina Bahia Brasil

Rafaela Ramos Varjatildeo13 Jomar Gomes Jardim12 amp Adilva de Souza Conceiccedilatildeo1

1Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Biodiversidade Vegetal Departamento de Educaccedilatildeo Universidade do Estado da Bahia ndash UNEB Campus VIII Rua do Gangorra 503 CEP 48608-240 Paulo Afonso BA Brasil

httpwwwunebbrppgbveg 2Departamento de Botacircnica Ecologia e Zoologia Centro de Biociecircncias Universidade Federal do Rio Grande do Norte ndash UFRN Campus Universitaacuterio Lagoa Nova CP 1524 CEP 59072-970 Natal RN

Brasil httpwwwsistemasufrnbrportalufrnPT3Autor para correspondecircncia Rafaela Ramos Varjatildeo e-mail rafaelavarjaoyahoocombr

VARJAtildeO RR JARDIM JG amp CONCEICcedilAtildeO AS Rubiaceae Juss of caatinga of the APA Serra BrancaRaso da Catarina Bahia Brazil Biota Neotrop 13(2) httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2enabstractinventory+bn00313022013

Abstract The paper presents a survey of the species found in the APA Serra Branca Raso da Catarina where were cataloged 21 species in eleven genera Mitracarpus is the richest genus with four species (M baturitensis M longicalyx M robustus M salzmannianus) followed by Staelia (S aurea S galioides S virgata) Diodella (D gardneri D radula D teres) Borreria (B spinosa B verticillata) Cordiera (C rigida Cordiera sp) and Guettarda (G angelica G sericea) The other genera are represented by one species each Emmeorhiza umbellata Leptoscela ruellioides Margaritopsis carrascoana Richardia grandiflora e Tocoyena formosa Were recorded three species endemic to the caatinga G angelica G sericea e M longicalyx In addition M carrascoana is the first record for the state of Bahia Key for identification descriptions illustrations and comments about geographic distribution and phenology of the species are presentedKeywords diversity semiarid floristic taxonomy ecoregion

VARJAtildeO RR JARDIM JG amp CONCEICcedilAtildeO AS Rubiaceae Juss de caatinga na APA Serra BrancaRaso da Catarina Bahia Brasil Biota Neotrop 13(2) httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Resumo O trabalho apresenta um levantamento das espeacutecies encontradas na APA Serra Branca Raso da Catarina onde foram catalogadas 21 espeacutecies distribuiacutedas em onze gecircneros Mitracarpus foi o gecircnero mais representativo com quatro espeacutecies (M baturitensis M longicalyx M robustus M salzmannianus) seguido de Staelia (S aurea S galioides S virgata) Diodella (D gardneri D radula D teres) Borreria (B spinosa B verticillata) Cordiera (C rigida Cordiera sp) e Guettarda (G angelica G sericea) Os demais gecircneros estatildeo representados por uma espeacutecie cada Emmeorhiza umbellata Leptoscela ruellioides Margaritopsis carrascoana Richardia grandiflora e Tocoyena formosa Foram registradas trecircs espeacutecies endecircmicas da caatinga G angelica G sericea e M longicalyx Aleacutem disso M carrascoana constitui o primeiro registro para o estado da Bahia Satildeo apresentadas uma chave para identificaccedilatildeo descriccedilotildees ilustraccedilotildees comentaacuterios sobre a distribuiccedilatildeo geograacutefica e fenologia das espeacuteciesPalavras-chave diversidade semiaacuterido floriacutestica taxonomia ecorregiatildeo

106

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

agosto2011 O material botacircnico resultado das coletas foi processado seguindo metodologia usual como descrito em Mori et al (1989) Paralelamente foram realizados registros fotograacuteficos das espeacutecies anotaccedilotildees de dados dos ambientes e haacutebitats As coleccedilotildees resultantes foram incorporadas ao herbaacuterio HUNEB (Coleccedilatildeo Paulo Afonso) e duplicatas seratildeo doadas aos herbaacuterios ALCB CEPEC e HUEFS acrocircnimos de acordo com Thiers (2011)

As identificaccedilotildees foram realizadas com o auxiacutelio de chaves analiacuteticas e bibliografias especializadas ou atraveacutes de anaacutelises morfoloacutegicas comparativas utilizando materiais depositados nos acervos dos herbaacuterios ALCB CEPEC HRB HUEFS e MBM Dados sobre a distribuiccedilatildeo geograacutefica das espeacutecies foram obtidos com base na literatura e nas etiquetas dos espeacutecimes analisados os dados sobre fenologia satildeo referentes agraves observaccedilotildees realizadas na aacuterea de estudo Os nomes de autores estatildeo abreviados de acordo com Brummitt amp Powell (1992) A terminologia geral adotada nas descriccedilotildees seguiu Harris amp Harris (2001) e Radford et al (1974) e a nomenclatura das estiacutepulas foi baseada em Robbrecht (1988) As medidas do peduacutenculo foram tomadas sempre do eixo principal A chave de identificaccedilatildeo foi organizada priorizando o conjunto de caracteres de maior importacircncia e natildeo a ordem de ocorrecircncia dos eventos fenoloacutegicos As ilustraccedilotildees foram realizadas com o auxiacutelio de estereomicroscoacutepio Medilux MDL-F

Resultados e Discussatildeo

Foram encontradas na APASB 21 espeacutecies distribuiacutedas em 11 gecircneros Os gecircneros mais representativos foram Mitracarpus Zucc ex Schult amp Schultf (4 spp) Diodella Small e Staelia Cham amp Schltdl (3 spp) Borreria GMey Cordiera ARich ex DC e Guettarda L (2 spp) e os demais gecircneros estatildeo representados por uma espeacutecie cada

Guettarda angelica Mart ex MuumlllArg G sericea MuumlllArg e Mitracarpus longicalyx EBSouza amp MFSales satildeo espeacutecies endecircmicas da caatinga (Souza et al 2010 Barbosa 2012) Diodella gardneri (KSchum) Bacigalupo amp ELCabral e Leptoscela ruellioides Hookf ocorrem na caatinga e no cerrado sendo essa uacuteltima endecircmica da regiatildeo Nordeste (Barbosa et al 2006 Cabral amp Salas 2012 Jardim 2012) Margaritopsis carrascoana (Delprete amp EBSouza) CMTaylor amp EBSouza estaacute sendo citada pela primeira vez para o estado da Bahia

Algumas espeacutecies apresentaram preferecircncia por microhaacutebitats especiacuteficos na aacuterea tais como Emmeorhiza umbellata (Spreng) KSchum uma trepadeira helioacutefila comum nas bordas da floresta e em aacutereas mais uacutemidas enquanto que M carrascoana foi encontrada com mais frequecircncia no subosque da vegetaccedilatildeo em bom estado de conservaccedilatildeo Herbaacuteceas como Borreria spinosa (L) Cham amp Schltdl Staelia virgata (Link ex Roem amp Schult) KSchum e as espeacutecies de Mitracarpus foram encontradas feacuterteis apenas no periacuteodo chuvoso sendo a maioria espeacutecies helioacutefilas comumente encontradas em aacutereas abertas

Chave para identificaccedilatildeo das espeacutecies de Rubiaceae da APA Serra Branca Bahia

1 Arbustos ou subarbustos estiacutepulas inteiras fruto drupa ou baga2 Inflorescecircncias pedunculadas estiacutepulas 4-9 mm compr

folhas tomentosas hirsutas ou pubescentes3 Tubo da corola 75-95 mm compr fruto baga com

25-35 times 18-30 mm 21 Tocoyena formosa3rsquoTubo da corola 7-12 mm compr fruto drupa com

4-10 times 5-12 mm4 Drupa subglobosa tubo da corola 10-12 mm compr

limbo tomentoso na face abaxial 9 Guettarda angelica

Introduccedilatildeo

Rubiaceae eacute a quarta famiacutelia em nuacutemero de espeacutecies entre as Angiospermas (Robbrecht 1988) e apresenta ampla distribuiccedilatildeo na regiatildeo Neotropical compreendendo ca 13000 espeacutecies vinculadas a 620 gecircneros (Govaerts et al 2011)

No Brasil a famiacutelia estaacute representada por 134 gecircneros e 1464 espeacutecies dos quais 77 gecircneros e 382 espeacutecies ocorrem na regiatildeo Nordeste com maior diversidade no estado da Bahia onde foram registrados 68 gecircneros e 312 espeacutecies (Barbosa et al 2012) Estudos focando as Rubiaceae realizados no Nordeste incluem principalmente as listas de floras regionais como Barbosa amp Zappi (2002) Zappi amp Nunes (2002) Barbosa et al (2006) e Jardim amp Souza (2006) aleacutem de estudos taxonocircmicos locais como Zappi amp Stannard (1995) e Pereira amp Barbosa (2004 2006)

De acordo com os dados constantes na lista da Flora do Brasil (Forzza et al 2012) as espeacutecies de Rubiaceae encontram-se distribuiacutedas em todos os domiacutenios fitogeograacuteficos com maior abundacircncia na amazocircnia (708 ssp) e mata atlacircntica (548 ssp) Na caatinga ocupa o quinto lugar dentre as famiacutelias mais diversas de Angiospermas estando representada por 54 gecircneros e 169 espeacutecies sendo Borreria GMey e Psychotria L os gecircneros mais diversos (Forzza et al 2012) Embora com significativa abundacircncia estudos sobre a diversidade da famiacutelia dentro do domiacutenio da caatinga ainda satildeo escassos o que tem impossibilitado o real conhecimento de sua representatividade na regiatildeo semiaacuterida

O conhecimento taxonocircmico e ecoloacutegico de muitas espeacutecies que ocorrem na caatinga eacute ainda incipiente uma vez que 41 da regiatildeo nunca foi investigada (Leal et al 2005) De acordo com Velloso et al (2002) a caatinga apresenta um elevado grau de heterogeneidade de sua biota com alguns centros de endemismos floristicamente divergentes daqueles que satildeo considerados como tiacutepicos desse bioma a exemplo da ecorregiatildeo do Raso da Catarina que se destaca por ser considerada uma aacuterea de importacircncia bioloacutegica de alta relevacircncia e por isso prioritaacuteria para conservaccedilatildeo (BRASIL 2007)

O estudo teve como objetivos realizar o levantamento das Rubiaceae na APA Serra Branca ecorregiatildeo do Raso da Catarina acrescentar dados ao estudo da famiacutelia no estado da Bahia e suprir parte das lacunas sobre o conhecimento da diversidade vegetal do semiaacuterido de forma a contribuir com a conservaccedilatildeo da diversidade local e regional

Material e Meacutetodos

A Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental Serra BrancaRaso da Catarina (APASB) com 67237 ha estaacute localizada no municiacutepio de Jeremoabo nordeste da Bahia delimitada pelas coordenadas 09deg53rsquo155rdquo a 09deg44rsquo346rdquo S e 38deg49rsquo361rdquo a 38deg52rsquo204rdquo W limitando-se ao sul com o rio Vaza-Barris e ao norte com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica (ESEC) Raso da Catarina (Szabo et al 2007) (Figura 1) O clima dominante eacute o Bsh (semiaacuterido quente) da classificaccedilatildeo de Koumlppen caracterizado pela escassez de chuvas e grande irregularidade em sua distribuiccedilatildeo temperaturas elevadas e forte evaporaccedilatildeo (Peel et al 2007) Segundo Velloso et al (2002) a ecorregiatildeo do Raso da Catarina onde estaacute situada a aacuterea estudo apresenta solos muito arenosos profundos e pouco feacuterteis de relevo muito plano podendo apresentar canyons formados por afloramento de arenito As altitudes variam de 400 a 600 m e a vegetaccedilatildeo eacute predominantemente arbustiva muito densa e menos espinhosa que a caatinga de solos cristalinos Poreacutem faces de vegetaccedilatildeo arboacuterea (florestada) foram observadas aleacutem de aacutereas ecotonais com cerrado

A coleta do material botacircnico foi efetuada ao longo de trilhas ou nas bordas explorando-se ao maacuteximo a aacuterea As expediccedilotildees foram realizadas mensalmente no periacuteodo de setembro2010 a

107

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

4rsquo Drupa elipsoide tubo da corola 7-8 mm compr limbo tomentoso em ambas as faces 10 Guettarda sericea

2rsquo Inflorescecircncias seacutesseis estiacutepulas 07-3 mm compr folhas glabras ou apenas com nervura pubeacuterula5 Fruto drupa estiacutepulas persistentes tubo da corola

25-3 mm compr 12 Margaritopsis carrascoana5rsquo Fruto baga estiacutepulas deciacuteduas tubo da corola 4-6 mm

compr6 Folhas seacutesseis margem inteira levemente revoluta

bagas 4-8 times 5-10 mm 3 Cordiera rigida6rsquo Folhas pecioladas margem crenulada bagas

11-16 times 13-17 mm 4 Cordiera sp1rsquo Ervas raramente subarbustos trepadeiras estiacutepulas

fimbriadas fruto caacutepsula ou esquizocarpo7 Trepadeiras inflorescecircncia em cimeiras paniculadas de

umbela 8 Emmeorhiza umbellata7rsquo Ervas eretas ou pendentes inflorescecircncia em glomeacuterulos

fasciacuteculos ou cincinos

8 Fruto esquizocarpo estigma capitado levemente bilobado ou triacutefido9 Flores hexacircmeras estigma triacutefido frutos com trecircs

mericarpos 17 Richardia grandiflora9rsquo Flores tetracircmeras estigma capitado ou levemente

bilobado frutos com dois mericarpos10 Limbo com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas

lanceolado 2-5 flores por axila 7 Diodella teres

10rsquo Limbo com nervuras secundaacuterias evidentes eliacuteptico a eliacuteptico-oval 6-12 flores por axila11 Lobos do caacutelice 5-9 mm compr fruto

pubescente 5 Diodella gardneri11rsquo Lobos do caacutelice 2-35 mm compr fruto

piloso no aacutepice 6 Diodella radula8rsquo Fruto caacutepsula estigma biacutefido

12 Corola infundibuliforme caacutelice com lobos iguais caacutepsula com deiscecircncia septicida ou transverso-obliacutequa

085deg S

090deg S

095deg S

100deg S

105deg S

110deg S

085deg S

090deg S

095deg S

100deg S

105deg S

110deg S

395deg O 390deg O 385deg O 375deg O380deg O

395deg O 390deg O 385deg O 375deg O380deg O

N

S

O L

Rodelas

Macurureacute

Paulo Afonso

Petrolacircndia

Inajaacute

Pernambuco

Sergipe

Rio Satildeo Francisco

Bahia

Ribeirado Pombal

Tucano

Euclidesda Cunha

Canudos

Uauaacute

Riacho Macururecirc

Rio Vaza-barris

Estaccedilatildeo EcoloacutegicaRaso da Catarina

BR 116

BR 235BR

110

Jeremoabo

APA da Serra BrancaRaso da Catarina

20 km1010 05

Unidades de conservaccedilatildeo

Proteccedilatildeo Integral

Uso sustentaacutevel

Divisa dos estados

Rioshidrografia

Estradasrodovias

Municiacutepios

Figura 1 Localizaccedilatildeo da Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental Serra BrancaFigure 1 Location of the Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental Serra Branca

108

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

13 Tubo da corola externamente glabro caacutepsula com deiscecircncia septicida bainha estipular glabra a pubescente14 Inflorescecircncias em cincinos caacutelice com 5

lobos folhas pecioladas 11 Leptoscela ruellioides

14rsquo Inflorescecircncias em glomeacuterulos caacutelice com 2-3 lobos folhas seacutesseis15 Folhas com 2 pares de nervuras

secundaacuterias inconspiacutecuas na face adaxial glomeacuterulos globosos 2 Borreria verticillata

15rsquo Folhas com 4-5 pares de nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces glomeacuterulos subglobosos 1 Borreria spinosa

13rsquo Tubo da corola externamente hirsuto caacutepsula com deiscecircncia transverso-obliacutequa bainha estipular pubeacuterula16 Bainha estipular com 3 setas limbo linear-

lanceolado lobos do caacutelice 1-16 mm compr 19 Staelia galioides

16rsquo Bainha estipular com 4-7 setas limbo lanceolado lobos do caacutelice 2-3 mm compr17 Caule pubeacuterulo tubo da corola

3-45 mm compr 5-7 glomeacuterulos por ramo floriacutefero 18 Staelia aurea

17rsquo Caule glabro a glabrescente tubo da corola ca 5 mm compr 2-4 glomeacuterulos por ramo floriacutefero 20 Staelia virgata

12rsquo Corola hipocrateriforme caacutelice com lobos desiguais caacutepsula com deiscecircncia transversal

18 Tubo da corola com 4-45 mm compr caule pubescente 17 Mitracarpus salzmannianus

18rsquo Tubo da corola com 1-35 mm compr caule glabro a pubeacuterulo19 Sementes com impressatildeo cruciforme

dorsal folhas com 2-4 mm larg tubo da corola ca 1 mm compr 14 Mitracarpus baturitensis

19rsquo Sementes sem impressatildeo cruciforme dorsal folhas com 5-15 mm larg tubo da corola 15-35 mm compr20 Caule ciliacutendrico a tetragonal no

aacutepice sem alas glomeacuterulo apical subtendido por 4 braacutecteas sementes com depressotildees semicirculares dorsais 15 Mitracarpus longicalyx

20rsquo Caule tetragonal alado no aacutepice glomeacuterulo apical subtendido por 2 braacutecteas sementes planas no dorso 16 Mitracarpus robustus

TRATAMENTO TAXONOcircMICORubiaceae Juss Genera Plantarum 196 1789 Gecircnero tipo

Rubia L Species Plantarum 1 109 1753Aacutervores arbustos ou ervas ocasionalmente trepadeiras ou

lianas raro epiacutefitas Ramos ciliacutendricos agraves vezes angulosos ou decussadamente achatados Folhas simples inteiras opostas raro pseudo-alterna ou pseudoverticiladas seacutesseis ou pecioladas estiacutepulas interpeciolares persistentes ou deciacuteduas livres ou concrescidas

entre si inteiras bipartidas fimbriadas ou foliaacuteceas Inflorescecircncias terminais ou axilares geralmente cimosas multifloras ou paucifloras raramente flores solitaacuterias braacutecteas e bracteacuteolas persistentes ou deciacuteduas Flores monoclinas ou unissexuais distilia presente ou natildeo actinomorfas raro zigomorfas isostecircmones diclamiacutedeas simpeacutetalas livre em Dialypetalanthus (3)4-6 ou 11-13(-15) mera caacutelice truncado denteado comumente lobado corola hipocrateriforme infundibuliforme campanulada ou tubulosa de prefloraccedilatildeo valvar contorta ou imbricada Estames epipeacutetalos inclusos ou exsertos anteras livres rimosas dorsifixas ou basifixas Ovaacuterio iacutenfero excepcionalmente semi-iacutenfero dois raramente trecircs carpelos dois ou mais loacuteculos raramente um loacuteculo um a muitos oacutevulos por loacuteculo placentaccedilatildeo apical basal ou axial disco nectariacutefero inteiro ou bipartido anular carnoso estilete usualmente inteiro estigma inteiro ou com ramos estigmaacuteticos no mesmo nuacutemero dos loacuteculos Frutos deiscentes ou indeiscentes carnosos ou secos bacaacuteceos drupaacuteceos capsulares e esquizocaacuterpicos Sementes uma a numerosas planas angulosas ou ciliacutendricas com ou sem alas sulcadas ou natildeo endosperma farto raro escasso ou ausente

1 Borreria spinosa (L) Cham amp Schltdl Linnaea 3 340 1828 Figuras 2a-d

Spermacoce spinosa L Syst Nat (ed 10) 2 890 1762Borreria densiflora DC Prodr 4 542 1830Erva ereta a procumbente 15-50 cm alt monoica Caule tetragonal

glabro entrenoacutes 12-48 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 25-4 times 3-4 mm glabra a pubescente 7-9 setas 3-55 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 15-47 times 4-12 mm eliacuteptico a lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces face abaxial com papilas na nervura central venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces 4-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos subglobosos terminais e axilares 1-2 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 25-3 times 1-15 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 16-2 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a roacutesea nos lobos infundibuliforme tubo 12-2 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 1-14 mm compr triangulares glabros estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 14-2 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 2-3 times 1-12 mm oblonga marrom quando madura aacutepice piloso sementes ca 15 times 04-06 mm oblongoides castanhas reticuladas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Entrada da APA 9deg57rsquo301rdquo S 38deg26rsquo193rdquo O 524 m 16VI2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 110 (HUNEB) 16VI2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 111 (HUNEB) 16VI2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 112 (HUNEB) 9deg57rsquo47rdquo S 38deg26rsquo31rdquo O 554 m 16VI2011 bot fl e fr DD Vieira 163 (HUNEB) Estrada principal que vai ao Povoado Queleacutes 9deg57rsquo71rdquo S 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 bot fl e fr DD Vieira 171 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg52rsquo78rdquo S 38deg31rsquo65rdquo O 624 m 16VI2011 bot fl e fr DD Vieira 167 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Caititeacute 15III1995 bot e fl G Hatschbach amp JM Silva 61930 (MBM) Feira de Santana Serra do Satildeo Joseacute 4IV2005 bot fl e fr SF Conceiccedilatildeo et al 230 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Ocorre na Ameacuterica desde o Meacutexico Antilhas ateacute a Argentina No Brasil eacute encontrada no Centro-Oeste e Nordeste nos estados da Bahia Cearaacute Maranhatildeo Piauiacute Tocantins e Goiaacutes (Cabral et al 2011)

109

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

Borreria densiflora DC foi considerado o nome vaacutelido e mais antigo para a espeacutecie descrita primeiramente como Spermacoce spinosa L por conta da dificuldade de encontrar o material tipo Recentemente Cabral et al (2011) propuseram o restabelecimento de Borreria spinosa ao confirmar a existecircncia do holoacutetipo do exemplar tipo de Linnaeus e a sinonimizaccedilatildeo de B densiflora descrita com base em uma duplicata do mesmo material Neste trabalho optou-se

por natildeo utilizar o conceito proposto recentemente por Cabral et al (2011) para variedades desta espeacutecie

Borreria spinosa eacute considerada como espeacutecie ruderal que se desenvolve bem nos ambientes de cerrado e caatinga (Cabral et al 2011) Na APASB esta espeacutecie foi encontrada apenas no periacuteodo chuvoso em ambiente de caatinga arbustiva em aacutereas abertas e bordas de estradas A espeacutecie variou de erva ereta a procumbente podendo

a

b

c

d

e

fg h

Figura 2 a-d) Borreria spinosa a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Borreria verticillata e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto (a-d) DD Vieira 163 e-h) RR Varjatildeo 115)Figure 2 a-d) Borreria spinosa a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Borreria verticillata e) flowering branch f) stipule g) flower h) fruit(a-d) DD Vieira 163 e-h) RR Varjatildeo 115)

110

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

ser identificada em campo pelas folhas com nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces e glomeacuterulos subglobosos Floresce e frutifica na aacuterea em junho

2 Borreria verticillata (L) GMey Prim Fl Esseq 83 1818 Figuras 2e-h

Spermacoce verticillata L Sp Pl 1 102 1753Erva ereta 30-50 cm alt monoica Caule tetragonal glabro

entrenoacutes 6-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times ca 3 mm pubescente 5-9 setas 08-4 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 10-32 times 1-6 mm lanceolado base cuneada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces nervura hiacutespida na face abaxial venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas na face adaxial 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos globosos terminais subterminais e axilares 1-3 por ramo floriacutefero multifloros 3-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 2-25 times ca 1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2-3 lobos iguais 1-15 mm compr lanceolados margem inteira corola alva infundibuliforme tubo 08-2 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 06-1 mm compr triangulares glabros estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 03-05 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 08-22 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 15-2 times ca 1 mm oblonga marrom quando madura glabra a pubeacuterula sementes 1-12 times ca 05 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 15I2006 bot fl e fr GC Sessegolo 83 (MBM) Estrada para ESEC 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1703 (HUNEB) Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo59rdquo S 38deg26rsquo24rdquo O 506 m 17X2009 bot fl e fr E Melo et al 6706 (HUEFS) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 5IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 28 (HUNEB) 9deg56rsquo376rdquo S 38deg27rsquo511rdquo O 588 m 28I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 36 (HUNEB) Entrada da APA 9deg57rsquo301rdquo S 38deg26rsquo193rdquo O 524 m 28I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 31 (HUNEB) 8IV2011 fl e fr RR Varjatildeo 60 (HUNEB) 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 115 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Beira do rio seco 18X2009 bot fl e fr E Melo et al 6724 (HUEFS) Rodelas Itacotiara 21I1987 fl e fr BS Laacutezaro amp GO Mattos e Silva 36 (HRB)

Distribuiccedilatildeo Distribui-se dos Estados Unidos ao norte da Argentina e foi introduzida no Oeste da Aacutefrica No Brasil eacute encontrada em quase todos os estados (Delprete et al 2005 Jung-Mendaccedilolli 2007 Cabral et al 2011)

Borreria verticillata eacute uma erva ereta muito ramificada que eacute geralmente confundida em herbaacuterios com B spinosa (= B densiflora) podendo ser diferenciada atraveacutes das folhas com 2 pares de nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas na face adaxial e glomeacuterulos globosos Enquanto B spinosa apresenta folhas com 4-5 pares de nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces e glomeacuterulos subglobosos Na APASB esta espeacutecie eacute bastante abundante ocorrendo amplamente nas aacutereas abertas aacutereas de mata margens de estradas e pastagens sem preferecircncias por condiccedilotildees fiacutesicas especiais Coletada com flores e frutos na aacuterea em janeiro abril junho novembro e dezembro

3 Cordiera rigida (KSchum) Kuntze Revis Gen Pl 1 279 1891 Figuras 3a-e

Alibertia rigida KSchum Fl Bras 6(6) 391 1889Arbusto 05-6 m alt dioico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes

5-64 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas 07-3 times 12-25 mm inteiras triangulares aacutepice aristado glabras a pubeacuterulas Folhas opostas

cruzadas coriaacuteceas seacutesseis limbo 11-55 times 10-37 mm obovado a eliacuteptico base cuneada aacutepice obtuso a subagudo margem inteira levemente revoluta vernicoso na face adaxial glabro em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras secundaacuterias e terciaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces 4-8 pares Inflorescecircncias terminais masculinas fasciculadas 3-5-floro femininas unifloras seacutesseis 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais fusiformes 6-10 times 15-2 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores diclinas homostiacutelicas seacutesseis flores masculinas caacutelice truncado ca 1 mm compr pubeacuterulo corola creme com lobos alvos a vinaacuteceos hipocrateriforme tubo 3-6 mm compr externamente glabrescente a pubeacuterula internamente glabra 4-mera lobos 2-3 mm compr deltoides glabrescentes estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 2-4 mm compr cremes estigma biacutefido natildeo receptivo estilete 4-7 mm compr flores femininas caacutelice truncado 1-2 mm compr pubeacuterulo corola 6-7 mm compr creme com lobos alvos a vinaacuteceos hipocrateriforme tubo 4-5 mm compr externamente glabrescente a pubeacuterula internamente glabra 4-mera lobos 2-3 mm compr deltoides glabrescentes estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras 15-4 mm compr cremes sem poacutelen estigma biacutefido estilete 55-7 mm compr Fruto baga 4-8 times 5-10 mm globosa negra quando madura glabra sementes 3-4 times 2-3 mm obcocircnicas amarelo-esverdeadas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 15I2006 fr GC Sessegolo et al 65 (ALCB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo018rdquo S 38deg32rsquo395rdquo O 650 m 22IX2010 fl DD Vieira 85 (HUNEB) 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 4XII2010 fr RR Varjatildeo 17 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 29 (HUNEB) Faz Serra Branca Trilha em direccedilatildeo ao Araccedilaacute 9deg54rsquo126rdquo S 38deg38rsquo483rdquo O 541 m 21VIII2008 fl MVV Romatildeo 242 (HUNEB) Trilha da ladeira grande 9deg53rsquo335rdquo S 38deg40rsquo48rdquo O 485 m 18IX2008 fl MVV Romatildeo 313 (HUNEB) Baixatildeo da Serra Branca 9deg52rsquo182rdquo S 38deg38rsquo349rdquo O 503 m 21XI2008 fr TMS Melo 24 (HUNEB) Trilha agrave direita do portal 9deg52rsquo135rdquo S 38deg37rsquo574rdquo O 537 m 12XII2008 fr MVV Romatildeo 467 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 22VIII2003 fl e fr FHM Silva amp LCL Lima 434 (HUEFS) Paulo Afonso Raso da Catarina 11VIII2005 fl JG Carvalho-Sobrinho et al 547 (HUEFS) 7XII1982 fl e fr LP Queiroz 448 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Brasil ocorrendo nos estados da Bahia Piauiacute Maranhatildeo Cearaacute Pernambuco Goiaacutes Minas Gerais Satildeo Paulo e Tocantins (Delprete 2010)

Na APASB C rigida eacute encontrada como arbusto ocorrendo no interior e borda da vegetaccedilatildeo subarbustiva e arbustiva-arboacuterea em solos arenosos Caracteriza-se por apresentar flores unissexuadas as masculinas em inflorescecircncias de 3-5-floro apresentando estigma natildeo receptivo e as femininas unifloras apresentando anteras sem poacutelen Em campo eacute possiacutevel identificar os indiviacuteduos femininos atraveacutes do hipanto turbinado e na ausecircncia das flores pela presenccedila dos frutos Os frutos em completa maturaccedilatildeo satildeo adocicados e segundo Delprete (2010) satildeo comestiacuteveis Floresce na aacuterea de agosto a janeiro e frutifica de novembro a janeiro

4 Cordiera sp Figuras 3f-jArbusto 25-4 m alt dioico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes

5-57 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas 1-25 times 1 -3 mm inteiras triangulares glabras a pubeacuterulas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 05-2 mm compr limbo 35-75 times 18-48 mm oval a eliacuteptico base cuneada a obtusa aacutepice obtuso a agudo margem crenulada nervura principal pubeacuterula em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras secundaacuterias proeminentes na face abaxial 7-8 pares Inflorescecircncias terminais as masculinas fasciculadas

111

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

4-7-floro as femininas natildeo observadas seacutesseis braacutecteas foliaacuteceas deciacuteduas bracteacuteolas ausentes ou inconspiacutecuas Bototildees florais fusiformes 45-6 times 1-15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores diclinas homostiacutelicas seacutesseis flores masculinas caacutelice truncado ca 2 mm compr glabrescente corola amarela com tubo e bordos dos lobos vinaacuteceos hipocrateriforme tubo 55-6 mm compr externamente pubeacuterula internamente glabra 5-mera lobos 25-3 mm compr deltoides pubeacuterulos estames inclusos porccedilatildeo livre dos

filetes 05-1 mm compr anteras 4-45 mm compr cremes estigma biacutefido natildeo receptivo estilete 55-6 mm compr flores femininas natildeo observadas Fruto baga 11-16 times 13-17 mm subglobosa negra quando madura glabra sementes 5-66 times 4-5 mm obcocircnicas amarelo-acastanhadas exotesta estriada

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg54rsquo010rdquo S 38deg41rsquo008rdquo O 399 m 5XI2010 fr LR Silva 10 (HUNEB) 9deg54rsquo066rdquo S 38deg41rsquo008rdquo O 383 m 8XII2011

a

b

c

d

e

f

g

h

k

l

m

n

i

j

Figura 3 a-e) Cordiera rigida a) ramo floriacutefero masculino b) ramo frutiacutefero c) estiacutepula d) flor masculina e) fruto f-j) Cordiera sp f) ramo floriacutefero masculino g) ramo frutiacutefero detalhe da margem da folha h) estiacutepula i) flor masculina j) fruto k-n) Diodella gardneri k ramo floriacuteferofrutiacutefero l estiacutepula m flor n fruto (ad) RR Varjatildeo 17 bce) DD Vieira 85 fj) RR Varjatildeo 165 g-i) RR Varjatildeo 164 k-m) RR Varjatildeo 124 n) RR Varjatildeo 23)Figure 3 a-e) Cordiera rigida a) flowering branch male b) fruiting branch c) stipule d) male flower e) fruit f-j) Cordiera sp f) flowering branch male g) fruiting branch detail leaf margin h) stipule i) male flower j) fruit k-n) Diodella gardneri k) floweringfruiting branch l) stipule m) flower n) fruit (ad) RR Varjatildeo 17 bce) DD Vieira 85 fj) RR Varjatildeo 165 g-i) RR Varjatildeo 164 k-m) RR Varjatildeo 124 n) RR Varjatildeo 23)

112

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

bot e fl RR Varjatildeo 164 (HUNEB) 9deg54rsquo054rdquo S 38deg40rsquo987rdquo O 406 m 8XII2011 fr RR Varjatildeo 165 (HUNEB)

Cordiera sp conhecida por apenas trecircs espeacutecimes apresenta caracteriacutesticas distintas de C rigida espeacutecie comumente encontrada na aacuterea de estudo e com muitos registros em herbaacuterios Diferencia-se atraveacutes das folhas pecioladas com a margem crenulada e frutos maiores (11-16 times 13-17 mm vs 4-8 times 5-10 mm) A consulta a referecircncias bibliograacuteficas disponiacuteveis das espeacutecies citadas para o Brasil bem como a comparaccedilatildeo com espeacutecimes de herbaacuterios natildeo possibilitou a identificaccedilatildeo do taacutexon Entretanto seratildeo necessaacuterias mais investigaccedilotildees para definir sua identidade Encontrada na aacuterea com flores e frutos em novembro e dezembro

5 Diodella gardneri (KSchum) Bacigalupo amp ELCabral Darwiniana 44(1) 98 2006 Figuras 3k-n

Diodia gardneri KSchum Fl Bras 6(6) 402 1888Borreria gardneri (KSchum) Bacigalupo amp ELCabral Opera

Bot Belg 7 307 1996Erva ereta ou escandente 80-160 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice dos ramos glabrescente a pubeacuterulo entrenoacutes 10-70 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-2 times ca 3 mm tomentosa 6-9 setas 1-3 mm compr pubescentes Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 7-21 times 3-8 mm eliacuteptico base atenuada a cuneada aacutepice agudo a acuminado margem revoluta face adaxial escabra abaxial pubescente venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias evidentes na face abaxial 3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares 4-8 por ramo floriacutefero 7-12-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Botatildeo floral oblongo 8-9 times 4-5 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 4 lobos iguais 5-9 mm compr lanceolados pubescentes corola alva a roacutesea infundibuliforme tubo 4-5 mm compr internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 3-4 mm compr triangulares externamente pilosos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 1-15 mm compr anteras 15-2 mm compr alvas a lilases estigma levemente bilobado estilete 6-10 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos 2-4 times ca 3 mm obovoide vinaacuteceo quando maduro pubescente sementes 25 times ca 2 mm obovoides castanhas sulco longitudinal na face ventral aacutepice recurvado ventralmente

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca proacuteximo a sede 9deg55rsquo375rdquo S 38deg42rsquo181rdquo O 19IV2008 fl AS Conceiccedilatildeo 1354 (HUNEB) Trilha do Tanque das pedrinhas 9deg53rsquo279rdquo S 38deg40rsquo48rdquo O 474 m 26VI2008 fl AS Conceiccedilatildeo 1414 (HUNEB) Limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1673 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo165rdquo S 38deg29rsquo241rdquo O 9VIII2009 fl e fr MVV Romatildeo 535 (HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 fl RR Varjatildeo 03 (HUNEB) 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 fl e fr RR Varjatildeo 23 (HUNEB) Proacuteximo a baixa do chiqueiro 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 fl RR Varjatildeo 67 (HUNEB) Proacuteximo agrave casa de Gilson 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl RR Varjatildeo 124 (HUNEB) Faz Serra Branca Proacuteximo agrave casa do IBAMA 9deg55rsquo453rdquo S 38deg42rsquo259rdquo O 375 m 6V2011 fl RR Varjatildeo 82 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos trilha para toca das araras 10V1993 fl e fr MC Ferreira 507 (HRB) Gloacuteria Brejo do burgo 2VII1995 fl FP Bandeira 215 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina 18I1981 fl ML Guedes 303 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Brasil ocorrendo nos estados da Bahia Cearaacute Piauiacute e Minas Gerais (Cabral amp Fader 2010 Cabral amp Salas 2012)

A espeacutecie ocorre comumente na caatinga ou na transiccedilatildeo caatinga-cerrado (Cabral amp Fader 2010) Na APASB eacute uma espeacutecie

amplamente distribuiacuteda encontrada nas bordas e interior de vegetaccedilatildeo subarbustiva e arbustiva-arboacuterea em solos arenosos Caracteriza-se por apresentar haacutebito ereto a escandente aleacutem dos lobos do caacutelice com 5-9 mm compr e fruto pubescente Foi coletada na aacuterea com flores e frutos de janeiro a setembro

6 Diodella radula (Willd ex Roem amp Schult) Delprete Fl Ilustr Catarin Rubiaceas I 174 2004 Figuras 4a-d

Spermacoce radula Willd ex Roem amp Schult Syst Veg 3 351 1818

Diodia radula (Roem amp Schult) Cham amp Schltdl Linnaea 3 342 1828

Erva ereta ou decumbente 40-120 cm alt monoica Caule tetragonal no aacutepice dos ramos pubescente no aacutepice raro viloso entrenoacutes 10-95 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2 times 25-4 mm glabrescente a pubescente 5-8(-15) setas 14-28(-56) mm compr pubescentes raro pilosas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 18-43(-63) times 8-18(-24) mm eliacuteptico a eliacuteptico-oval base cuneada raro atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial escabra abaxial pubescente a estrigosa ou pilosas nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras evidentes em ambas as faces 3-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares (2-)4-11 por ramo floriacutefero 6-12-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Botatildeo floral oblongo 35-5 times 15-3 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 4 lobos desiguais maiores 25-35 mm compr menores 2-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 4-5 mm compr piloso na porccedilatildeo superior internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 3-35 mm compr triangulares externamente pilosos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes (03-)08-1 mm compr anteras 15-2 mm compr alvas a lilases estigma capitado estilete 6-8 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos 25-3 times 2-4 mm globoso verde aacutepice piloso sementes 12-26 times 08-2 mm obovoides castanhas aacutepice fendido ausecircncia de sulcos ventrais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada principal 9deg55rsquo453rdquo S 38deg42rsquo259rdquo O 375 m 17VI2011 fl RR Varjatildeo 127 (HUNEB) Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 fl fr e bot RR Varjatildeo 146 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo 21II2006 fl E Melo et al 4273 (HUEFS) Santa Briacutegida 24V1984 bot e fl LC Oliveira Filho 175 (ALCB CEPEC HRB) Tucano Rod Tucano-Ribeira do Pombal 29XII2004 fl D Cardoso amp JMO Santos 210 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com ampla distribuiccedilatildeo ocorrendo nos Estados Unidos Venezuela Guianas Ilha Galaacutepagos Peru Boliacutevia Equador Argentina Paraguai e Brasil (Delprete et al 2004 Cabral amp Bacigalupo 2005) No Brasil distribui-se de forma descontiacutenua do Nordeste ao Sul do paiacutes (Cabral amp Salas 2012)

Delprete et al (2004) citaram D radula como erva caracteriacutestica e exclusiva de aacutereas de restinga Crescendo tambeacutem em dunas e solos rochosos e arenosos do cerrado (Cabral amp Bacigalupo 2005 Campos et al 2006) Na APASB eacute encontrada no interior e borda da caatinga-arbustiva sendo coletada apenas uma vez em ambiente sombreado com vegetaccedilatildeo arbustiva-arboacuterea Neste ambiente o espeacutecime apresentou variaccedilatildeo morfoloacutegica com haacutebito ereto folhas com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas e base atenuada Contudo os caracteres reprodutivos permitiram incluiacute-lo em D radula Esta espeacutecie pode ser confundida em campo com D gardneri da qual podemos diferenciar pelo haacutebito ereto ou decumbente flores com lobos do caacutelice 2-35 mm compr e fruto piloso no aacutepice Floresce na aacuterea de junho a julho e frutifica em julho

113

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

7 Diodella teres (Walter) Small Fl Lancaster Co 271 1913 Figuras 4e-h

Diodia teres Walter Fl Carol 87 1788Erva decumbente 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico a

tetragonal pubeacuterulo a piloso entrenoacutes 5-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-2 times 3-4 mm pubeacuterula margem pilosa 9-12 setas 3-10 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 16-35 times 4-7 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo a acuminado margem inteira estrigoso a tomentoso

em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 4 pares Inflorescecircncia em fasciacuteculos axilares 4-11 por ramo floriacutefero 2-5-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 2-5 times 15-2 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 15-2 mm compr 4 lobos desiguais maiores 15-2 mm compr menores 1-15 mm compr lanceolados margem escabriuacutescula corola alva com lobos lilaacuteses infundibuliforme tubo 35-5 mm compr internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do

a

b

c

d

e

f

gh

k

l

i

j

Figura 4 a-d) Diodella radula a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Diodella teres e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Emmeorhiza umbellata i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 127 e-h) AS Conceiccedilatildeo 1870 i-l) RR Varjatildeo 05)Figure 4 a-d) Diodella radula a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Diodella teres e) flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Emmeorhiza umbellata i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 127 e-h) AS Conceiccedilatildeo 1870 i-l) RR Varjatildeo 05)

114

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

tubo 4-mera lobos 15-2 mm compr triangulares externamente pubeacuterulos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma capitado estilete 3-55 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos ca 4 times 25-3 mm globoso a subovoide marrom quando maduro pubescente sementes 2-3 times 15-2 mm obovoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Trilha sentido Serra do Navio 9deg52rsquo491rdquo S 38deg39rsquo220rdquo O 481 m 31VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1870 (HUNEB) Proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot e fr RR Varjatildeo 80 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 27VI2002 fl LP Queiroz et al 7220 (HUEFS) 18IV2004 fl FHM Silva amp LCL Lima 500 (HUEFS) Gloacuteria BA-210 sentido Rodelas 7VI2007 fl e fr AS Conceiccedilatildeo et al 1010 (HUEFS) Serrota 5IX2006 fl S Leal 56 (HUEFS) Ribeira do Pombal 16VIII2003 fl e fr ML Guedes et al 10570 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie neotropical ocorrendo no Sudeste dos Estados Unidos Ameacuterica Central e Ameacuterica do Sul (Cabral amp Bacigalupo 2005 Campos et al 2006) No Brasil distribui-se por quase todo o territoacuterio nacional (Cabral amp Salas 2012)

Na APASB D teres eacute encontrada em aacutereas abertas com forte exposiccedilatildeo solar e solo arenoso Distingue-se das demais espeacutecies de Diodella encontradas na aacuterea por apresentar haacutebito procumbente limbo com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas lanceolado 2-5 flores por axila Encontrada na aacuterea com flores em maio e julho e frutos em maio

8 Emmeorhiza umbellata (Spreng) KSchum Fl Bras 6(6) 408 1889 Figuras 4i-l

Borreria umbellata Spreng Neue Entd 2 144 1821Endlichera umbellata KSchum Fl Bras 6(6) 38 1888Trepadeira monoica Caule tetragonal glabro a pubeacuterulo

entrenoacutes 16-67 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-3 times 2-3 mm glabra a pubeacuterula 6-7 setas 2-6 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 32-76 times 11-25 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial esparsamente estrigosa abaxial pubeacuterula nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em cimeiras paniculadas de umbela terminais ou axilares 1-4 por ramo floriacutefero multifloros peduacutenculo 20-40 mm compr glabro 2 braacutecteas 12-20 times 5-8 mm lanceoladas pubeacuterulas 2 bracteacuteolas 15-4 times 05-15 mm eliacutepticas glabras Bototildees florais oblongos 15-2 times 05-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 17-25 mm compr glabros caacutelice 4 lobos iguais 05-1 mm compr lanceolados glabros corola alva infundibuliforme tubo 05-1 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 1-12 mm compr triangulares glabros estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras ca 05 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 1-15 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 3-4 times ca 1 mm obovoide marrom quando maduro glabra sementes 25-3 times 03-05 mm elipsoides castanhas porccedilatildeo central escurecida em ambas as faces aladas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo59rdquo S 38deg26rsquo24rdquo O 506 m 17X2009 fl E Melo et al 6683 (HUEFS) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 23IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 05 (HUNEB) Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 bot RR Varjatildeo 146 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Beira do rio seco 18X2009 fl E Melo et al 6736 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina Mata das Pororocas 25X1982 fl LP Queiroz 438 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie amplamente distribuiacuteda pela Ameacuterica do Sul da Venezuela ateacute o Brasil No Brasil ocorre nos estados do Planalto Central na regiatildeo Nordeste e na faixa litoracircnea desde a Bahia ateacute o Rio Grande do Sul (Delprete 2010)

Na APASB ocorre nas bordas das aacutereas florestadas e caatinga arbustiva-arboacuterea Diferencia-se das demais espeacutecies da aacuterea por apresentar haacutebito trepador com caule voluacutevel inflorescecircncia composta por cimeiras paniculadas de umbela e sementes aladas Floresce na aacuterea de julho a setembro e dezembro e frutifica em agosto e setembro

9 Guettarda angelica Mart ex MuumlllArg Flora 58 450 1875 Figuras 5a-d

Arbusto 1-3 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro a pubeacuterulo no aacutepice dos ramos entrenoacutes 6-78 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas inteiras triangulares cocircncavas aacutepice agudo 45-9 times 2 -4 mm tomentosas a pubeacuterulas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 5-19 mm compr pubeacuterulos limbo 36-70 times 19-50 mm eliacuteptico orbicular a obovado base cuneada a arredondada aacutepice agudo a obtuso margem inteira face adaxial hirsuta pubeacuterula nas nervuras face abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 8-12 pares Inflorescecircncia em cimeiras escorpioides subterminal 8-floro peduacutenculo 8-46 mm compr pubeacuterulo braacutecteas natildeo observadas 2 bracteacuteolas lineares 1-4 times 02-1 mm pubescentes Bototildees florais oblongos 5-10 times ca 2 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice truncado podendo apresentar ateacute 2 lobos 16-3 mm compr pubescente corola creme hipocrateriforme tubo 10-12 mm compr externamente tomentoso 5-mera lobos 3-5 mm compr oblongos externamente tomentosos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 2-24 mm compr alvas estigma capitado estilete 12-14 mm compr Fruto drupa 4-10 times 5-12 mm subglobosa alva a creme quando madura pubeacuterula sementes natildeo visualizadas

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Vaca Morta 9deg54rsquo236rdquo S 38deg41rsquo2266rdquo O 367 m 17IV2008 fl e fr AS Conceiccedilatildeo 1282 (HUNEB) Trilha sentido Serra do Morro 9deg52rsquo491rdquo S 38deg39rsquo220rdquo O 481 m 30VII2009 fr TMS Melo 54 (HUNEB) Estrada que vai em direccedilatildeo agrave casa sede 9deg53rsquo763rdquo S 38deg40rsquo712rdquo O 414 m 7IV2011 fr RR Varjatildeo 55 (HUNEB) Proacuteximo a casa 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 81 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo63rdquo S 38deg28rsquo687rdquo O 627 m 5V2011 fr RR Varjatildeo 76 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria ca 4 km de Olhos drsquoAacutegua de Souza 26IV2001 fl LP Queiroz et al 6552 (HRB) Paulo Afonso Raso da Catarina 14V1981 fl e fr GCP Pinto 10281 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie exclusiva do Brasil Embora tenha sido citada para o estado do Paraacute por Margalho et al (2009) eacute considerada endecircmica do domiacutenio da caatinga ocorrendo nos estados da Bahia Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco (Barbosa 2012)

Na APASB ocorre nas bordas e subosque da vegetaccedilatildeo arbustiva-arboacuterea em solos arenosos G angelica eacute muito comum em aacutereas de caatinga e amplamente documentada em herbaacuterio Eacute facilmente reconhecida atraveacutes da drupa subglobosa pubeacuterula branca quando madura flores com tubo da corola 10-12 mm compr e limbo tomentoso na face abaxial Na aacuterea floresce e frutifica de abril a julho

10 Guettarda sericea MuumlllArg Flora 58 450 1875Arbusto ca 15 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes

8-45 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas inteiras lanceoladas aacutepice

115

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

agudo 5-6 times 2 -3 mm tomentosas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 6-20 mm compr tomentosos limbo 60-120 times 20-45 mm obovado a eliacuteptico base truncada atenuada a arredondada aacutepice agudo a obtuso margem inteira tomentosa em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em cimeiras escorpioides subterminal 8-15-floro peduacutenculo 13-30 mm compr pubescente braacutecteas natildeo observadas 1 bracteacuteola linear 4-55 times 05-1 mm pubeacuterula Bototildees

florais oblongos 4-5 times 2-3 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice truncado seriacuteceo corola creme hipocrateriforme tubo 7-8 mm compr externamente tomentoso 5-mera lobos 1-2 mm compr oblongos externamente tomentosos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 2-3 mm compr alvas estigma capitado estilete 8-9 mm compr Fruto drupa 8-10 times 5-6 mm elipsoide marrom a negra quando madura pubescente sementes natildeo observadas

a

b

c

d

e

f

g

h

kli

j

Figura 5 a-d) Guettarda angelica a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Leptoscela ruellioides e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor longistila h) fruto i-l) Margaritopsis carrascoana i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-c) AS Conceiccedilatildeo 1282 d) RR Varjatildeo 55 e-h) RR Varjatildeo 01 i-k) RR Varjatildeo 118 l) RR Varjatildeo 78)Figure 5 a-d) Guettarda angelica a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Leptoscela ruellioides e) flowering branch f) stipule g) flower longuistylous h) fruit i-l) Margaritopsis carrascoana i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-c) AS Conceiccedilatildeo 1282 d) RR Varjatildeo 55 e-h) RR Varjatildeo 01 i-k) RR Varjatildeo 118 l) RR Varjatildeo 78)

116

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Natureza 10deg00rsquo14rdquo S 38deg26rsquo02rdquo O 427 m 12VIII2005 fl fr EB Miranda et al 882 (HUEFS) 10deg4rsquoS 38deg21rdquo O 17I2006 bot GC Sessegolo et al 147 (ALCB) Baixa do estreito 9deg59rsquo343rdquo S 38deg25rsquo015rdquo O 436 m 18III2009 bot AS Conceiccedilatildeo 1547 (HUNEB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie exclusiva do Nordeste do Brasil ocorrendo nos estados de Alagoas Bahia Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco em aacutereas de caatinga (Barbosa 2012)

Guettarda sericea ocorre na APASB em aacuterea com caatinga arboacuterea diferencia-se de G angelica principalmente pela drupa elipsoide pubescente marrom a negra quando madura tubo da corola 7-8 mm compr (vs 10-12 mm compr) e limbo tomentoso em ambas as faces Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos em agosto e de janeiro a marccedilo apenas em bototildees

11 Leptoscela ruellioides Hookf Icon Pl 14 1149 1873 Figuras 5e-h

Erva ereta ou com ramos apoiantes 30-80 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 12-128 cm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubescente 8-14 setas 05-3 mm compr pubescentes Folhas opostas cruzadas membranaacuteceas peciacuteolos 1-3 mm compr glabro limbo 24-52 times 8-22 mm lanceolado base cuneada aacutepice acuminado margem inteira face adaxial pubeacuterula abaxial pubescente venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras conspiacutecuas na face abaxial 3-4 pares Inflorescecircncia em cincinos alongados axilares 1-4 por ramo floriacutefero 12-20-floro peduacutenculo 20-38 mm compr glabro 2 braacutecteas 3-4 times 15-2 mm lanceoladas pubescentes 1 bracteacuteola 1-15 mm compr linear pubeacuterula Bototildees florais elipsoides 15-4 times 1-15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas heterostiacutelicas pedicelos 05-13 mm compr glabros caacutelice 5 lobos iguais 1-15 mm compr lanceolados margem pubeacuterula corola alva com fauce esverdeada e lobos lilases infundibuliforme tubo 3-45 mm compr glabro externamente internamente pubescente e com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 5-mera lobos 25-4 mm compr triangulares internamente pubescentes flores brevistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 15-2 mm compr anteras ca 18 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-2 mm compr flores longistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras ca 1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 45-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 3-4 times 15-2 mm obovoide verde glabra sementes 07-1 times 05-07 mm obovoides castanhas ventralmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Trilha do Araccedilaacute 9deg52rsquo491rdquo S 38deg38rsquo135rdquo O 535 m 8V2008 fl MVV Romatildeo 128 (HUNEB) Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo60rdquo S 38deg26rsquo16rdquo O 488 m 17X2009 fl E Melo et al 6625 (HUEFS) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo249rdquo S 38deg29rsquo318rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1642 (HUNEB) 9deg57rsquo170rdquo S 38deg26rsquo247rdquo O 575 m 19VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1770 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo116rdquo O 493 m 28VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1773 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo117rdquo O 497 m 29VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1796 (HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 fl RR Varjatildeo 01 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 71 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 12VIII2005 fl EB Miranda et al 891 (HUEFS) Uauaacute Serra do Jerocircnimo 30III2000 fl e fr ML Guedes et al 7336 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Nordeste do Brasil ocorrendo na caatinga e cerrado nos estados de Alagoas Bahia Paraiacuteba Pernambuco e Sergipe (Jardim 2012)

Na APASB L ruellioides apresenta ampla distribuiccedilatildeo ocorrendo em todos os ambientes com nuacutemero elevado de indiviacuteduos A espeacutecie eacute reconhecida pelo haacutebito ereto ou com ramos apoiantes folhas pecioladas inflorescecircncia em cincinos e caacutelice com 5 lobos iguais Coletada na aacuterea com flores de abril a setembro e dezembro e frutos em maio

12 Margaritopsis carrascoana (Delprete amp EBSouza) CMTaylor amp EBSouza Syst amp Geogr Pl 75 171 2005 Figuras 5i-l

Psychotria carrascoana Delprete amp EBSouza Novon 14 158 2004

Subarbusto 1-15 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 2-10 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 1-2 times 12 -25 mm glabras Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 1-2 mm compr limbo 11-24 times 5-10 mm eliacuteptico a oblanceolado base cuneada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial 5-9 pares Inflorescecircncia terminal uniflora seacutessil 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos ca 12 times 15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 5 lobos iguais ca 08 mm compr triangulares glabros corola alva a creme lobos com aacutepice verde infundibuliforme tubo 25-3 mm compr externamente glabro internamente com anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 5-mera lobos ca 3 mm compr oblongos-ovais reflexos glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 08-1 mm compr castanhas estigma biacutefido estilete ca 4 mm compr Fruto drupa 4-7 times 4-5 mm obovoide alaranjado ou vermelho quando maduro glabro sementes 35-4 times 25-35 mm subovoides castanhas plano-convexas dorsalmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 4XII2010 fr RR Varjatildeo 18 (HUNEB) 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 72 (HUNEB) 5V2011 fl e fr RR Varjatildeo 77 (HUNEB) 5V2011 fr RR Varjatildeo 78 (HUNEB) 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 118 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 7VI2004 fr JG Carvalho-Sobrinho et al 253 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina 8VI1985 fr L P Queiroz 564 (ALCB) 24VI1982 fr M L Guedes et al 441 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita aos estados da Bahia e Cearaacute ocorrendo em vegetaccedilatildeo do tipo caatinga e carrasco (Delprete amp Souza 2004 Taylor 2005)

Margaritopsis carrascoana estaacute sendo citada aqui pela primeira vez para o estado da Bahia Segundo Delprete amp Souza (2004) a espeacutecie ocorria apenas no estado do Cearaacute associada agrave vegetaccedilatildeo do tipo carrasco no Planalto do Ibiapaba e Chapada do Araripe admitindo sua provaacutevel ocorrecircncia em vegetaccedilatildeo semelhante no estado vizinho do Piauiacute Contudo a espeacutecie foi citada em trabalhos anteriores com ocorrecircncia para aacuterea de caatinga incluindo carrasco cerrado e florestas (Jardim amp Souza 2006)

Na APASB esta espeacutecie ocorre com mais frequecircncia no subosque da vegetaccedilatildeo em aacutereas sombreadas e solos arenosos Diferencia-se por apresentar estiacutepulas persistentes tubo da corola 25-3 mm compr e fruto drupa laranja a vermelha quando madura Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos de abril a dezembro

13 Mitracarpus baturitensis Sucre Rodrigueacutesia 26 255 1971 Figuras 6a-f

Erva ereta ca 30 cm alt monoica Caule tetragonal glabro entrenoacutes 7-88 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 2-3 mm margem pubescente 4-5 setas 05-1 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas membranaacuteceas seacutesseis limbo 8-32

117

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

times 2-4 mm linear-eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra a escabra abaxial glabrescente nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares e terminais 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 15-25 times 08-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 05-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 1-12 mm compr menores 05-08 mm compr lanceolados margem

hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo ca 1 mm compr glabro externamente anel de tricomas na metade do tubo 4-mera lobos ca 1 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras ca 06 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 1-2 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 06-08 mm subglobosa castanha quando madura glabra sementes 06-08 times ca 04 mm oblongoides castanhas face dorsal com impressatildeo cruciforme face ventral com sulcos em forma de ldquoXrdquo

a

b

c

d

e

f

g

h

k

l

i

j

m

n

pq

o

Figura 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e) semente face ventral f) semente face dorsal g-l) Mitracarpus longicalyx g) ramo floriacutefero h) estiacutepula i) flor j) fruto k) semente face ventral l) semente face lateral m-q) Mitracarpus robustus m) ramo floriacutefero n) estiacutepula o) flor p) fruto q) semente face ventral (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)Figure 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e) seed ventral view f) seed dorsal view g-l) Mitracarpus longicalyx g) flowering branch h) stipule i) flower j) fruit k) seed ventral view l) seed lateral view m-q) Mitracarpus robustus m) flowering branch n) stipule o) flower p) fruit q) seed ventral view (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)

118

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 02 (HUNEB) 27VII2011 fl e fr LR Silva 43 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Reserva Bioloacutegica de Canudos 24VI2003 fr FHM Silva et al 417 (HUEFS) Gloacuteria Brejo do Burgo 26VIII1995 fl FP Bandeira 253 (ALCB) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1178 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita ao Brasil sendo referida para o Distrito Federal e para os estados da Bahia Cearaacute Goiaacutes Mato Grosso Paraiacuteba Pernambuco e Piauiacute (Souza et al 2010)

Na APASB a espeacutecie foi encontrada em aacutereas de bordas e ambientes abertos predominantemente em solos arenosos Entretanto ocorre preferencialmente sobre solos rochosos lateriacuteticos ou sobre inselbergs e afloramentos rochosos no bioma caatinga e no cerrado (Delprete 2010 Souza et al 2010) Mitracarpus baturitensis pode ser confundida com M longicalyx que tambeacutem ocorre na aacuterea podendo ser diferenciada pelo limbo linear-eliacuteptico 2-4 mm larg tubo da corola ca 1 mm compr e sementes com impressatildeo cruciforme na face dorsal Floresce e frutifica na aacuterea de julho a setembro

14 Mitracarpus longicalyx EBSouza amp MFSales Brittonia 53 482 2001 (2002) Figuras 6g-l

Erva ereta ou ascendente ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice pubeacuterulo entrenoacutes 8-84 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 2-5 mm pubeacuterula 5-9 setas 1-3 mm compr pubeacuterulas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 21-47 times 5-14 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira face adaxial glabra abaxial com a nervura principal pubeacuterula venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-35 times 06-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-12 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 16-3 mm compr menores 1-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 15-25 mm compr papiloso externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 06-12 mm compr triangulares externamente papilosos internamente glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 28-4 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 08-1 mm subglobosa castanha quando madura aacutepice pubescente sementes 06-08 times 02-04 mm oblongoides castanhas face dorsal com depressotildees semicirculares face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg52rsquo234rdquo S 38deg38rsquo146rdquo O 492 m 30VII2008 fl TMS Melo 37 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo457rdquo S 38deg27rsquo301rdquo O 607 m 29VII2009 bot fl e fr TMS Melo 12 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquo S 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 fl e fr DD Vieira 172 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Pilatildeo Arcado Brejo do Morro 19III2006 fl EBSouza et al 1593 (HUEFS) Ribeira do Pombal 20 km da rod para Tucano 9VI2005 fl D Cardoso 562 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita agrave regiatildeo do semiaacuterido do Brasil com registros para os estados do Bahia Cearaacute Piauiacute e Pernambuco (Souza et al 2010)

Na APASB M longicalyx foi encontrada em bordas de estradas aacutereas abertas e pastagens com alta incidecircncia de luz Pode ser confundida com M baturitensis e M robustus das quais se diferencia por apresentar caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice sem alas

glomeacuterulo apical subtendido por 4 braacutecteas geralmente puacuterpuras na base e sementes com depressotildees semicirculares dorsais Coletada na aacuterea com flores e frutos de junho a julho

15 Mitracarpus robustus EBSouza amp ELCabral Rodrigueacutesia 2 345 2010 Figuras 6m-q

Mitracarpus frigidus (Willd ex Roem amp Schult) KSchum var humboldtianus KSchum Fl Bras 6 82 1888

Subarbusto erva ereta ou ascendente 40-120 cm alt monoica Caule tetragonal alado no aacutepice dos ramos glabro entrenoacutes 21-44 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-35 times 25-3 mm glabra a pubeacuterula 5-6 setas 3-5 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 20-75 times 5-15 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo margem inteira pubeacuterulo em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes em ambas as faces 3-4 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-8 por ramo floriacutefero multifloros 2(-4) braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-32 times 14-18 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 22-28 mm compr menores 06-12 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 25-35 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 1-15 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-28 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal ca 1 times 12 mm subglobosa marrom quando madura aacutepice pubescente sementes ca 06 times 06 mm oblongoides lilases face dorsal lisa face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 46 (HUNEB) Trilha secundaacuteria proacuteximo a casa da caixa drsquoaacutegua 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 47 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Conde Fazendo do Bu 13VIII1996 fl MC Ferreira et al 1023 (HRB) Jussiape em direccedilatildeo a Barra da Estiva 15VI2002 fl LP Queiroz et al 7125 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie distribuiacuteda no Brasil e na Guiana Francesa No Brasil sua ocorrecircncia estaacute registrada para o Distrito Federal e para os estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Sergipe Bahia Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Mitracarpus robustus eacute uma espeacutecie comum em solos argilosos ou areno-argilosos em solos lateriacuteticos em margens de estrada ou periferia de matas (Souza et al 2010) Na APASB estaacute distribuiacuteda nas bordas de florestas e apresenta um porte bastante robusto quando comparado agraves outras espeacutecies de Mitracarpus que ocorrem na aacuterea Pode ser diferenciada pelo caule tetragonal alado no aacutepice glomeacuterulo apical subtendido por 2 braacutecteas e sementes planas no dorso Floresce e frutifica na aacuterea em julho

16 Mitracarpus salzmannianus DC Prodr 4 571 1830 Figuras 7a-c

Mitracarpus frigidus var salzmannianus (DC) Martius Eichler amp Urban Fl bras 6 82 1888

Mitracarpus scabrellus Benth Hookerrsquos J Bot Kew Gard Misc 3 238 1841

Erva ereta 40-50 cm alt monoica Caule tetragonal pubescente entrenoacutes 65-90 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-18 times 15-2 mm pubescente 5-7 setas 4-6 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 10-42 times 2-13 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira pubescente em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma

119

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

nervuras proeminentes na face abaxial 3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 2-35 times 08-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos ca 1 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 3-32 mm compr menores 16-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 4-45 mm compr externamente piloso na metade superior anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos ca 15 mm compr triangulares pilosos externamente estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 04 mm compr anteras 05-06 mm

compr alvas estigma biacutefido estilete 5-65 mm compr Segundo Souza et al (2010) fruto caacutepsula deiscecircncia transversal (12-)15-25 mm compr obovoides glabras sementes 08-12 times 05-06 mm oblongoides ou globosas castanhas face dorsal sem depressotildees face ventral com encaixe em forma de ldquoY-invertidordquo

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 fl RR Varjatildeo 142 (HUNEB) 27VII2011 fl RR Varjatildeo 145 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Aldeia Serrota 19IX2005 fl M Colaccedilo 53 (HUEFS) Paulo Afonso Raso da

Figura 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) haacutebito b) estiacutepula c) flor d-g) Richardia grandiflora d) haacutebito e) estiacutepula f) flor g) fruto h-j) Staelia aurea h) ramo floriacutefero i) estiacutepula j) flor (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)Figure 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) habit b) stipule c) flower d-g) Richardia grandiflora d) habit e) stipule f) flower g) fruit h-j) Staelia aurea h) flowering branch i) stipule j) flower (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)

a

b

c

d

e

f

gh

i

j

120

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Catarina 10VIII2005 fl EB Miranda et al 805 (HUEFS) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1191 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Eacute uma espeacutecie amplamente distribuiacuteda ocorrendo na Guiana Francesa Suriname e Brasil No Brasil ocorre nos estados de Roraima Paraacute Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Goiaacutes Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Planta comum em solos arenosos habitando dunas campos ou chapadas tambeacutem presente como ruderal (Souza et al 2010) Na APASB foi encontrada em solos arenosos na vegetaccedilatildeo arbustiva Caracteriza-se pelo indumento denso e contiacutenuo que cobre toda a planta folhas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas aleacutem do tubo da corola com 4-45 mm compr caracteres que a diferenciam das outras espeacutecies de Mitracarpus Floresce na aacuterea em julho

17 Richardia grandiflora (Cham amp Schltdl) Steud Nomencl Bot 2 459 1841 Figuras 7d-g

Richardsonia grandiflora Cham amp Schltdl Linnaea 3 351 1828Erva procumbente ca 20 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice do ramos hirsuto entrenoacutes 8-78 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 3-5 mm pubeacuterula a hirsuta 4-7 setas 07-45 mm compr pubeacuterulas a hirsutas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 15-38 times 5-11 mm eliacuteptico a lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira estrigoso a escabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais multifloros 4 braacutecteas foliaacuteceas externas 14-17 times 7-8 mm internas 5-12 times 3-7 mm ovais hirsutas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 4-7 times 4-5 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 6 lobos iguais 3-4 mm compr lanceolados hirsutos corola alva roacutesea a lilaacutes infundibuliforme tubo 6-9 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 6-mera lobos 4-5 mm compr triangulares pilosos externamente estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 07-1 mm compr anteras 12-18 mm compr alvas estigma triacutefido estilete 8-11 mm compr Fruto esquizocarpo trecircs mericarpos 15-25 times 15-25 mm obovoide pardo quando maduro hirsuto a piloso sementes 15-2 times 06-1 mm subovoides castanhas dorso convexo sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai ao Povoado Queleacutes 9deg52rsquo532rdquo S 38deg32rsquo420rdquo O 650 m 22IX2010 fl e fr RR Varjatildeo 04 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquoS 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 bot DD Vieira 173 (HUNEB) 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 126 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 133 (HUNEB) Faz Serra Branca proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot RR Varjatildeo 79 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 1VII1995 fl FP Bandeira 173 (ALCB) Bosque de Algaroba 7VI2004 fl MVM Oliveira 748 (HUEFS) Rodelas Mocoacute 22I1987 fl GO Mattos amp BS Laacutezaro 55 (HRB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie encontrada por toda a Ameacuterica e como planta introduzida na Floacuterida Estados Unidos Ocorre nas regiotildees Norte a Sudeste e Centro-Oeste do Brasil nos estados do Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Pernambuco Bahia Mato Grosso Goiaacutes Minas Gerais Satildeo Paulo e Rio Grande do Sul (Lewis amp Oliver 1974 Delprete et al 2005 Delprete 2010)

Na APASB R grandiflora eacute muito frequente ao longo das estradas bordas da mata aacutereas abertas e pastagens com forte exposiccedilatildeo solar em solos arenosos e areno-argilosos Esta espeacutecie apresenta forte vigor vegetativo principalmente em solos feacuterteis

cobrindo completamente o solo (Delprete 2010) Pode ser confundida em campo com as espeacutecies de Diodella das quais se diferencia pelas flores hexacircmeras estigma triacutefido e frutos com trecircs mericarpos Floresce na aacuterea de maio a setembro e frutifica de junho a setembro de acordo com material analisado

18 Staelia aurea KSchum Fl Bras 677 1888 Figuras 7h-jErva ereta ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico pubeacuterulo

entrenoacutes 7-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubeacuterula 4-5 setas 05-2 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 12-27 times 14-4 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra abaxial com nervura esparsamente estrigosa venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 5-7 por ramo floriacutefero multifloros 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 14-22 times 1-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 2-26 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 3-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 2-25 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-2 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 6-65 mm compr Frutos e sementes natildeo observados

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1656 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 3VII1995 fl FP Bandeira 221 (ALCB HRB CEPEC) Juazeiro Serra do Mulato 28III2000 fl MR Fonseca et al 1247 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita ao Brasil Ocorre nas regiotildees Norte (sul do Paraacute) Centro-Oeste Nordeste e partes do Sudeste (Souza amp Sales 2004)

Staelia aurea eacute considerada uma espeacutecie de ampla distribuiccedilatildeo poreacutem na APASB eacute escassa Pode ser confundida com S virgata da qual se diferencia por apresentar caule pubeacuterulo tubo da corola 3-45 mm compr e 5-7 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Foi coletada na aacuterea com flores em junho

19 Staelia galioides DC Prodr 4 573 1830 Figuras 8a-dSpermacoce galioides Pohl ex DC Prodr 4 573 1830Erva ereta 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro

a pubeacuterulo entrenoacutes 03-08 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 15-2 mm pubeacuterula 3 setas 06-18 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 6-17 times 05-25 mm linear-lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 6-10 por ramo floriacutefero multifloros (2)-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 18-3 times 06-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 1-16 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo 35-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 15-24 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 15-18 mm compr anteras 08-1 mm compr alvas a lilases estigma biacutefido estilete 5-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 1-12 mm obovoide verde

121

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

glabra sementes 06-08 times 04-06 mm oblongoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg53rsquo471rdquo S 38deg39rsquo131rdquo O 196 m 21V2008 fl e fr MVV Romatildeo 239 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 22 (HUNEB) 9deg56rsquo807rdquo S 38deg27rsquo330rdquo O 24II2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 37 (HUNEB) 9deg55rsquo776rdquo S 38deg29rsquo40rdquo O 652m 8IV2011 fl e fr RR Varjatildeo 69 (HUNEB) 9deg32rsquo934rdquo S 38deg32rsquo234rdquo O 657 m 5V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 74

(HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 117 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Ribeira do Pombal 19V1981 fl P Geraldo13181 (CEPEC) Rodelas dunas cabeccedila de boi 24II1988 fl e fr RP Orlandi 828 (HRB)

Distribuiccedilatildeo A espeacutecie apresenta distribuiccedilatildeo exclusiva no Brasil Ocorre na regiatildeo Centro-Oeste em Goiaacutes e Tocantins e no Nordeste em Alagoas Bahia Pernambuco e Piauiacute (Souza amp Sales 2004)

Figura 8 a-d) Staelia galioides a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Staelia virgata e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Tocoyena formosa i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)Figure 8 a-d) Staelia galioides a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Staelia virgata e flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Tocoyena formosa i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)

a

b c

d

e

f

g

h

i

j

k

l

122

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Na APASB a espeacutecie eacute amplamente distribuiacuteda apresentando nuacutemero elevado de indiviacuteduos Eacute encontrada em aacutereas abertas bordas de estradas e no interior da vegetaccedilatildeo subarbustiva em solos arenosos Pode ser reconhecida por apresentar estiacutepulas com 3 setas limbo linear-lanceolado lobos do caacutelice 1-16 mm compr diferenciando-se de S aurea que possui estiacutepulas com 4-5 setas limbo lanceolado e lobos do caacutelice 2-26 mm compr Floresce e frutifica na aacuterea de janeiro a junho

20 Staelia virgata (Link ex Roem amp Schult) KSchum Fl Bras 6(6) 76 1889 Figuras 8e-h

Spermacoce virgata Link ex Roem amp Schult Syst Veget 3 281 531 1818

Erva ereta ca 60 cm alt monoica Caule tetragonal glabro a glabrescente entrenoacutes 10-33 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2times ca 18 mm pubeacuterula no aacutepice 5-7 setas 12-25 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 13-30 times 1-3 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente em ambas as faces 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-4 por ramo floriacutefero multifloros 2-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 25-3 times 1-15 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 25-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo ca 5 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 25-3 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 2-3 mm compr anteras 08-12 mm compr alvas estigma biacutefido estilete ca 8 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 08-1 mm obovoide verde hirsuto sementes 06-1 times ca 04 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai da ESEC-Raso da Catarina agrave APA Serra Branca 9deg52rsquo78rdquo S 38deg31rsquo65rdquo O 624 m 27VII2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 140 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos estrada para a estaccedilatildeo bioloacutegica 26VI2002 fl LP Queiroz et al 7197 (HUEFS) Gloacuteria Serrota 2IX2006 fl S Leal 39 (HUEFS) Paulo Afonso BR-110 Norte 23VIII2005 fl DS Carneiro-Torres et al 483 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Ocorre em todo o Brasil parte dos territoacuterios do Peru Boliacutevia Paraguai ateacute o norte da Argentina No Brasil sua distribuiccedilatildeo vai desde o Amazonas Bahia Cearaacute Maranhatildeo Paraacute Paraiacuteba Pernambuco Piauiacute ateacute os estados da regiatildeo Sul (Souza amp Sales 2004)

Considerada por Souza amp Sales (2004) a espeacutecie mais amplamente distribuiacuteda entre as estudadas em seu trabalho S virgata foi encontrada na APASB apenas no periacuteodo chuvoso em vegetaccedilatildeo subarbustiva Pode ser confundida com as outras espeacutecies de Staelia ocorrentes na aacuterea diferenciando-se pelo conjunto de caracteriacutesticas caule glabro a glabrescente estiacutepula com 5-7 setas tubo da corola ca 5 mm compr e 2-4 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Encontrada na aacuterea com flores e frutos em julho

21 Tocoyena formosa (Cham amp Schltdl) KSchum Fl Bras 6 347 1889 Figuras 8i-l

Gardenia formosa Cham amp Schltdl Linnaea 4 200 1829Arbusto 13-17 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro

pubeacuterulo no aacutepice entrenoacutes 4-22 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 4-7 times 6 -8 mm glabras internamente pubeacuterulas e com coleacuteteres Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas a subcoriaacuteceas peciacuteolos 5-17 mm compr pubeacuterulos limbo

75-150 times 45-80 mm oval a eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial pubescente abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em dicaacutesios congestos terminais 4-7-floro peduacutenculo 2-7 mm compr pubeacuterulo braacutecteas e bracteacuteolas natildeo visualizadas Bototildees florais ovais 25-100 times 6-9 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas subseacutesseis caacutelice 5 lobos denteados 08-1 mm compr triangulares tomentosos tubo 1-2 mm compr tomentoso corola amarela hipocrateriforme tubo 75-95 mm compr externamente tomentoso internamente glabro 5-mera lobos 12-27 mm compr obovados externamente tomentosos internamente glabros estames exsertos seacutesseis anteras 7-10 mm compr marrons estigma biacutefido estilete 84-98 mm compr Fruto baga 25-35 times 18-30 mm globosa negra quando madura pubeacuterula sementes 5-6 times 45-7 mm orbiculares planas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 17I2006 fr GC Sessegolo 158 (MBM) 9deg57rsquo044rdquo S 38deg42rsquo289rdquo O 313 m 13III2008 fr AS Conceiccedilatildeo 1268 (HUNEB) Baixa grande 9deg58rsquo370rdquo S 38deg27rsquo086rdquo O 561 m 19III2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1560 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fr AS Conceiccedilatildeo 1707 (HUNEB) 9deg55rsquo48rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot RR Varjatildeo 24 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 27 (HUNEB) 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 bot e fr RR Varjatildeo 65 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 16II2003 fl FHM Silva et al322 (HUEFS) Tucano Estrada para Ribeira do Pombal 21III1992 fl AM Carvalho et al 3894 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Esta espeacutecie tem ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica do Sul encontrada no Suriname Brasil e Paraguai ocorrendo em todas as regiotildees brasileiras (Prado 1987)

Na APASB os indiviacuteduos encontram-se distribuiacutedos nas bordas e interior da vegetaccedilatildeo de porte arbustivo-arboacutereo e solos arenosos T formosa pode ser reconhecida na aacuterea pelo haacutebito arbustivo de flores vistosas tubo da corola 75-95 mm compr amarela e baga com 25-35 times 18-30 mm negra quando madura Floresce na aacuterea de janeiro a maio e frutifica em janeiro maio e junho

Agradecimentos

Agrave Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) pelo apoio financeiro ao projeto (PET 00232007) Agrave CAPES pela concessatildeo da bolsa de mestrado a primeira autora Aos curadores e teacutecnicos dos Herbaacuterios visitados e ao Natanael Santos pelas ilustraccedilotildees botacircnicas Aos dois revisores anocircnimos pelas significativas contribuiccedilotildees ao manuscrito

Referecircncias BibliograacuteficasBARBOSA MRV amp ZAPPI D 2002 Distribuiccedilatildeo das espeacutecies de

Rubiaceae na caatinga In Vegetaccedilatildeo e Flora da caatinga (EVSB Sampaio AM Giulietti JE Virginio CFL Gamarra-Rojas eds) APNECNIP Recife p155-157

BARBOSA MRV SOUSA EB amp JARDIM JG 2006 Rubiaceae In Checklist das Plantas do Nordeste Brasileiro Angiospermas e Gymnosperma (MRV Barbosa C Sothers S Mayo CFL Gamarra-Rojas amp CA Mesquita eds) Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia Brasiacutelia p135-140

BARBOSA MR ZAPPI D TAYLOR C CABRAL E JARDIM JG PEREIRA MS CALIOacute MF PESSOA MCR SALAS R SOUZA EB DI MAIO FR MACIAS L ANUNCIACcedilAtildeO EA DA GERMANO FILHO P amp OLIVEIRA JA 2012 Rubiaceae In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000210 (uacuteltimo acesso em 06112012)

123

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

BARBOSA MR 2012 Guettarda In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB014052 (uacuteltimo acesso em 06112012)

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente - MMA 2007 Aacutereas prioritaacuterias para conservaccedilatildeo uso sustentaacutevel e reparticcedilatildeo dos benefiacutecios da biodiversidade brasileira Secretaria de Biodiversidade e Florestas Brasiacutelia Mapa versatildeo 22 set2007

BRUMMITT RK amp POWELL CE 1992 Authors of plant names Royal Botanic Gardens Kew London

CABRAL EL amp BACIGALUPO NM 2005 Novelties in Spermacoceae (Rubiaceae) from Bolivia and Paraguay Brittonia 57(2)129-140 httpdxdoiorg1016630007-196X(2005)057[0129NISRFB]20CO2

CABRAL EL amp FADER AAC 2010 Nuevas combinaciones y nuevos sinocircnimos en especies de Brasil de Diodia s lat (Spermacoceae - Rubiaceae) Rodrigueacutesia 61(1)119-121

CABRAL EL MIGUEL LM amp SALAS RM 2011 Dos especies nuevas de Borreria (Rubiaceae) sinopsis y clave de las especies para Bahia Brasil Acta Bot Bras 25(2)255-276 httpdxdoiorg101590S0102-33062011000200002

CABRAL E amp SALAS R 2012 Diodella In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB038741 (uacuteltimo acesso em 06112012)

CAMPOS MTVA ZAPPI DC CALIOacute MF amp PIRANI JR 2006 Flora de Gratildeo-Mogol Minas Gerais Rubiaceae Bol Bot Univ Satildeo Paulo 2441-67

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2004 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v1 344p

DELPRETE PG amp SOUZA EB 2004 Psychotria carrascoana (Rubiaceae) a new species from the Carrasco Vegetation of Northeastern Brazil Novon 14158-162

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2005 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v2 p345-842

DELPRETE PG 2010 Rubiaceae In Flora do Estado de Goiaacutes e Tocantins (JA Rizzo org) PRPPGUFG IRD Goiacircnia v40 1610p

FORZZA RC COSTA A WALTER BMT PIRANI JR MORIM MP QUEIROZ LP MARTINELLI G PEIXOTO AL COELHO MAN BAUMGRATZ JFA STEHMANN JR LOHMANN LG amp HOPKINS M 2012 Angiospermas In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000032 (uacuteltimo acesso em 05112012)

JARDIM JG amp SOUZA EB 2006 Rubiaceae In Diversidade e Caracterizaccedilatildeo das Faneroacutegamas do Semiaacuterido Brasileiro (AM Giulietti AA Conceiccedilatildeo amp LP Queiroz orgs) Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife p203-209

JARDIM JG 2012 Leptoscela In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB020761 (uacuteltimo acesso em 06112012)

JUNG-MENDACcedilOLLI SL 2007 Rubiaceae In Flora Fanerocircgama do Estado de Satildeo Paulo (MGL Wanderley GJ Shepherd TS Melhem amp AM Giulietti coords) FAPESBRIMA Satildeo Paulo v5 p259-447

GOVAERTS R ANDERSSON L ROBBRECHT E BRIDSON D DAVIS A SCHANZER I amp SONKE B 2011 [continuously uploaded] World Checklist of Rubiaceae Facilitated by the Royal Botanic Gardens httpappskeworgwcspqsearchdo (uacuteltimo acesso em 2422012)

HARRIS JG amp HARRIS MW 2001 Plant identification terminology An illustrated glossary 2 ed Spring Lake Publishing Spring Lake

LEAL IR SILVA JMC Da TABARELLI M amp LACHER TE 2005 Changing the Course of Biodiversity Conservation in the caatinga of Northeastern Brazil Conserv Biol 19(3)701-706 httpdxdoiorg101111j1523-1739200500703x

LEWIS WH amp OLIVER RL 1974 Revision of Richardia (Rubiaceae) Brittonia 26271-301 httpdxdoiorg1023072805730

MARGALHO LF ROCHA AES amp SECCO RS 2009 Rubiaceae Juss da restinga da APA de AlgodoalMaiandeua Maracanatilde Paraacute Brasil Bol Mus Para Emiacutelio Goeldi Cienc Nat 4(3)303-339

MORI SA SILVA LAM LISBOA GE amp CORADIN L 1989 Manual de Manejo do Herbaacuterio Fanerogacircmico Centro de Pesquisa do Cacau Ilheacuteus

PEEL MC FINLAYSON BL amp MCMAHON TA 2007 Updated world map of the Koumlppen-Geiger climate classification Hydrol Earth Syst Sc 111633-1644 httpdxdoiorg105194hess-11-1633-2007

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2004 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelias Antirheoideae Cinchonoideae e Ixoroideae Acta Bot Bras 18(2)305-318 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000200010

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2006 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelia Rubioideae Acta Bot Bras 20(2)455-470 httpdxdoiorg101590S0102-33062006000200021

PRADO AL 1987 Revisatildeo taxonocircmica do gecircnero Tocoyena Aubl (Rubiaceae) no Brasil Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Estadual de Campinas Satildeo Paulo

RADFORD AE DICKISON WC MASSEY JR amp BELL R 1974 Vascular Plant Systematics Harper amp Row publishers New York

ROBBRECHT E 1988 Tropical woody Rubiaceae Characteristic features and progressions Contributions to a new subfamilial classification Opera Bot Belg 11-271

SOUZA EB amp SALES MF 2004 O gecircnero Staelia Cham amp Schtdl (Rubiaceae-Spermacoceae) no Estado de Pernambuco Brasil Acta Bot Bras 18(4)921-928 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000400023

SOUZA EB CABRAL EL amp ZAPPI DC 2010 Revisatildeo de Mitracarpus (Rubiaceae - Spermacoceae) para o Brasil Rodrigueacutesia 61(2)319-352

SZABO AV ROCHA ACS TOSATO JAC amp BARROSO W 2007 Aacuterea de proteccedilatildeo ambiental (APA) Serra Branca Raso da Catarina In As caatingas debates sobre a Ecorregiatildeo do Raso da Catarina (J Marques org) Fonte Viva Paulo Afonso p21-40

TAYLOR CM 2005 Margaritopsis (Rubiaceae Psychotrieae) in the Neotropics Syst Geogr Pl 75(2)161-177

THIERS B 2011 [continuously updated] Index Herbariorum a global directory of public herbaria and associated staff New York Botanical Gardenrsquos Virtual Herbarium httpsweetgumnybgorgih (uacuteltimo acesso em 28102011)

VELLOSO AL SAMPAIO EVSB GIULIETTI AM BARBOSA MRV CASTRO AAJF QUEIROZ LP FERNANDES A OREN DC CESTARO LA CASTRO AJE PAREYN FGC SILVA FBR MIRANDA EE KEEL S amp GONDIM RS 2002 Ecorregiotildees Propostas para o Bioma caatinga TNC-Brasil Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife

ZAPPI DC amp STANNARD BL 1995 Rubiaceae In Flora of the Pico das Almas Chapada Diamantina Bahia Brazil (BL Stannard ed) Royal Botanic GardensUSPCEPLAC Kew p546-578

ZAPPI DC amp NUNES TS 2002 Preliminary list of the Rubiaceae in Nortehastern Brazil Royal Botanic Gardens Kew

Recebido em 09072012 Versatildeo reformulada recebida em 15112012

Publicado em 03042013

Page 3: Biota Neotrop., vol. 13, no. 2 - redalyc.org · Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico

106

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

agosto2011 O material botacircnico resultado das coletas foi processado seguindo metodologia usual como descrito em Mori et al (1989) Paralelamente foram realizados registros fotograacuteficos das espeacutecies anotaccedilotildees de dados dos ambientes e haacutebitats As coleccedilotildees resultantes foram incorporadas ao herbaacuterio HUNEB (Coleccedilatildeo Paulo Afonso) e duplicatas seratildeo doadas aos herbaacuterios ALCB CEPEC e HUEFS acrocircnimos de acordo com Thiers (2011)

As identificaccedilotildees foram realizadas com o auxiacutelio de chaves analiacuteticas e bibliografias especializadas ou atraveacutes de anaacutelises morfoloacutegicas comparativas utilizando materiais depositados nos acervos dos herbaacuterios ALCB CEPEC HRB HUEFS e MBM Dados sobre a distribuiccedilatildeo geograacutefica das espeacutecies foram obtidos com base na literatura e nas etiquetas dos espeacutecimes analisados os dados sobre fenologia satildeo referentes agraves observaccedilotildees realizadas na aacuterea de estudo Os nomes de autores estatildeo abreviados de acordo com Brummitt amp Powell (1992) A terminologia geral adotada nas descriccedilotildees seguiu Harris amp Harris (2001) e Radford et al (1974) e a nomenclatura das estiacutepulas foi baseada em Robbrecht (1988) As medidas do peduacutenculo foram tomadas sempre do eixo principal A chave de identificaccedilatildeo foi organizada priorizando o conjunto de caracteres de maior importacircncia e natildeo a ordem de ocorrecircncia dos eventos fenoloacutegicos As ilustraccedilotildees foram realizadas com o auxiacutelio de estereomicroscoacutepio Medilux MDL-F

Resultados e Discussatildeo

Foram encontradas na APASB 21 espeacutecies distribuiacutedas em 11 gecircneros Os gecircneros mais representativos foram Mitracarpus Zucc ex Schult amp Schultf (4 spp) Diodella Small e Staelia Cham amp Schltdl (3 spp) Borreria GMey Cordiera ARich ex DC e Guettarda L (2 spp) e os demais gecircneros estatildeo representados por uma espeacutecie cada

Guettarda angelica Mart ex MuumlllArg G sericea MuumlllArg e Mitracarpus longicalyx EBSouza amp MFSales satildeo espeacutecies endecircmicas da caatinga (Souza et al 2010 Barbosa 2012) Diodella gardneri (KSchum) Bacigalupo amp ELCabral e Leptoscela ruellioides Hookf ocorrem na caatinga e no cerrado sendo essa uacuteltima endecircmica da regiatildeo Nordeste (Barbosa et al 2006 Cabral amp Salas 2012 Jardim 2012) Margaritopsis carrascoana (Delprete amp EBSouza) CMTaylor amp EBSouza estaacute sendo citada pela primeira vez para o estado da Bahia

Algumas espeacutecies apresentaram preferecircncia por microhaacutebitats especiacuteficos na aacuterea tais como Emmeorhiza umbellata (Spreng) KSchum uma trepadeira helioacutefila comum nas bordas da floresta e em aacutereas mais uacutemidas enquanto que M carrascoana foi encontrada com mais frequecircncia no subosque da vegetaccedilatildeo em bom estado de conservaccedilatildeo Herbaacuteceas como Borreria spinosa (L) Cham amp Schltdl Staelia virgata (Link ex Roem amp Schult) KSchum e as espeacutecies de Mitracarpus foram encontradas feacuterteis apenas no periacuteodo chuvoso sendo a maioria espeacutecies helioacutefilas comumente encontradas em aacutereas abertas

Chave para identificaccedilatildeo das espeacutecies de Rubiaceae da APA Serra Branca Bahia

1 Arbustos ou subarbustos estiacutepulas inteiras fruto drupa ou baga2 Inflorescecircncias pedunculadas estiacutepulas 4-9 mm compr

folhas tomentosas hirsutas ou pubescentes3 Tubo da corola 75-95 mm compr fruto baga com

25-35 times 18-30 mm 21 Tocoyena formosa3rsquoTubo da corola 7-12 mm compr fruto drupa com

4-10 times 5-12 mm4 Drupa subglobosa tubo da corola 10-12 mm compr

limbo tomentoso na face abaxial 9 Guettarda angelica

Introduccedilatildeo

Rubiaceae eacute a quarta famiacutelia em nuacutemero de espeacutecies entre as Angiospermas (Robbrecht 1988) e apresenta ampla distribuiccedilatildeo na regiatildeo Neotropical compreendendo ca 13000 espeacutecies vinculadas a 620 gecircneros (Govaerts et al 2011)

No Brasil a famiacutelia estaacute representada por 134 gecircneros e 1464 espeacutecies dos quais 77 gecircneros e 382 espeacutecies ocorrem na regiatildeo Nordeste com maior diversidade no estado da Bahia onde foram registrados 68 gecircneros e 312 espeacutecies (Barbosa et al 2012) Estudos focando as Rubiaceae realizados no Nordeste incluem principalmente as listas de floras regionais como Barbosa amp Zappi (2002) Zappi amp Nunes (2002) Barbosa et al (2006) e Jardim amp Souza (2006) aleacutem de estudos taxonocircmicos locais como Zappi amp Stannard (1995) e Pereira amp Barbosa (2004 2006)

De acordo com os dados constantes na lista da Flora do Brasil (Forzza et al 2012) as espeacutecies de Rubiaceae encontram-se distribuiacutedas em todos os domiacutenios fitogeograacuteficos com maior abundacircncia na amazocircnia (708 ssp) e mata atlacircntica (548 ssp) Na caatinga ocupa o quinto lugar dentre as famiacutelias mais diversas de Angiospermas estando representada por 54 gecircneros e 169 espeacutecies sendo Borreria GMey e Psychotria L os gecircneros mais diversos (Forzza et al 2012) Embora com significativa abundacircncia estudos sobre a diversidade da famiacutelia dentro do domiacutenio da caatinga ainda satildeo escassos o que tem impossibilitado o real conhecimento de sua representatividade na regiatildeo semiaacuterida

O conhecimento taxonocircmico e ecoloacutegico de muitas espeacutecies que ocorrem na caatinga eacute ainda incipiente uma vez que 41 da regiatildeo nunca foi investigada (Leal et al 2005) De acordo com Velloso et al (2002) a caatinga apresenta um elevado grau de heterogeneidade de sua biota com alguns centros de endemismos floristicamente divergentes daqueles que satildeo considerados como tiacutepicos desse bioma a exemplo da ecorregiatildeo do Raso da Catarina que se destaca por ser considerada uma aacuterea de importacircncia bioloacutegica de alta relevacircncia e por isso prioritaacuteria para conservaccedilatildeo (BRASIL 2007)

O estudo teve como objetivos realizar o levantamento das Rubiaceae na APA Serra Branca ecorregiatildeo do Raso da Catarina acrescentar dados ao estudo da famiacutelia no estado da Bahia e suprir parte das lacunas sobre o conhecimento da diversidade vegetal do semiaacuterido de forma a contribuir com a conservaccedilatildeo da diversidade local e regional

Material e Meacutetodos

A Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental Serra BrancaRaso da Catarina (APASB) com 67237 ha estaacute localizada no municiacutepio de Jeremoabo nordeste da Bahia delimitada pelas coordenadas 09deg53rsquo155rdquo a 09deg44rsquo346rdquo S e 38deg49rsquo361rdquo a 38deg52rsquo204rdquo W limitando-se ao sul com o rio Vaza-Barris e ao norte com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica (ESEC) Raso da Catarina (Szabo et al 2007) (Figura 1) O clima dominante eacute o Bsh (semiaacuterido quente) da classificaccedilatildeo de Koumlppen caracterizado pela escassez de chuvas e grande irregularidade em sua distribuiccedilatildeo temperaturas elevadas e forte evaporaccedilatildeo (Peel et al 2007) Segundo Velloso et al (2002) a ecorregiatildeo do Raso da Catarina onde estaacute situada a aacuterea estudo apresenta solos muito arenosos profundos e pouco feacuterteis de relevo muito plano podendo apresentar canyons formados por afloramento de arenito As altitudes variam de 400 a 600 m e a vegetaccedilatildeo eacute predominantemente arbustiva muito densa e menos espinhosa que a caatinga de solos cristalinos Poreacutem faces de vegetaccedilatildeo arboacuterea (florestada) foram observadas aleacutem de aacutereas ecotonais com cerrado

A coleta do material botacircnico foi efetuada ao longo de trilhas ou nas bordas explorando-se ao maacuteximo a aacuterea As expediccedilotildees foram realizadas mensalmente no periacuteodo de setembro2010 a

107

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

4rsquo Drupa elipsoide tubo da corola 7-8 mm compr limbo tomentoso em ambas as faces 10 Guettarda sericea

2rsquo Inflorescecircncias seacutesseis estiacutepulas 07-3 mm compr folhas glabras ou apenas com nervura pubeacuterula5 Fruto drupa estiacutepulas persistentes tubo da corola

25-3 mm compr 12 Margaritopsis carrascoana5rsquo Fruto baga estiacutepulas deciacuteduas tubo da corola 4-6 mm

compr6 Folhas seacutesseis margem inteira levemente revoluta

bagas 4-8 times 5-10 mm 3 Cordiera rigida6rsquo Folhas pecioladas margem crenulada bagas

11-16 times 13-17 mm 4 Cordiera sp1rsquo Ervas raramente subarbustos trepadeiras estiacutepulas

fimbriadas fruto caacutepsula ou esquizocarpo7 Trepadeiras inflorescecircncia em cimeiras paniculadas de

umbela 8 Emmeorhiza umbellata7rsquo Ervas eretas ou pendentes inflorescecircncia em glomeacuterulos

fasciacuteculos ou cincinos

8 Fruto esquizocarpo estigma capitado levemente bilobado ou triacutefido9 Flores hexacircmeras estigma triacutefido frutos com trecircs

mericarpos 17 Richardia grandiflora9rsquo Flores tetracircmeras estigma capitado ou levemente

bilobado frutos com dois mericarpos10 Limbo com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas

lanceolado 2-5 flores por axila 7 Diodella teres

10rsquo Limbo com nervuras secundaacuterias evidentes eliacuteptico a eliacuteptico-oval 6-12 flores por axila11 Lobos do caacutelice 5-9 mm compr fruto

pubescente 5 Diodella gardneri11rsquo Lobos do caacutelice 2-35 mm compr fruto

piloso no aacutepice 6 Diodella radula8rsquo Fruto caacutepsula estigma biacutefido

12 Corola infundibuliforme caacutelice com lobos iguais caacutepsula com deiscecircncia septicida ou transverso-obliacutequa

085deg S

090deg S

095deg S

100deg S

105deg S

110deg S

085deg S

090deg S

095deg S

100deg S

105deg S

110deg S

395deg O 390deg O 385deg O 375deg O380deg O

395deg O 390deg O 385deg O 375deg O380deg O

N

S

O L

Rodelas

Macurureacute

Paulo Afonso

Petrolacircndia

Inajaacute

Pernambuco

Sergipe

Rio Satildeo Francisco

Bahia

Ribeirado Pombal

Tucano

Euclidesda Cunha

Canudos

Uauaacute

Riacho Macururecirc

Rio Vaza-barris

Estaccedilatildeo EcoloacutegicaRaso da Catarina

BR 116

BR 235BR

110

Jeremoabo

APA da Serra BrancaRaso da Catarina

20 km1010 05

Unidades de conservaccedilatildeo

Proteccedilatildeo Integral

Uso sustentaacutevel

Divisa dos estados

Rioshidrografia

Estradasrodovias

Municiacutepios

Figura 1 Localizaccedilatildeo da Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental Serra BrancaFigure 1 Location of the Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental Serra Branca

108

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

13 Tubo da corola externamente glabro caacutepsula com deiscecircncia septicida bainha estipular glabra a pubescente14 Inflorescecircncias em cincinos caacutelice com 5

lobos folhas pecioladas 11 Leptoscela ruellioides

14rsquo Inflorescecircncias em glomeacuterulos caacutelice com 2-3 lobos folhas seacutesseis15 Folhas com 2 pares de nervuras

secundaacuterias inconspiacutecuas na face adaxial glomeacuterulos globosos 2 Borreria verticillata

15rsquo Folhas com 4-5 pares de nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces glomeacuterulos subglobosos 1 Borreria spinosa

13rsquo Tubo da corola externamente hirsuto caacutepsula com deiscecircncia transverso-obliacutequa bainha estipular pubeacuterula16 Bainha estipular com 3 setas limbo linear-

lanceolado lobos do caacutelice 1-16 mm compr 19 Staelia galioides

16rsquo Bainha estipular com 4-7 setas limbo lanceolado lobos do caacutelice 2-3 mm compr17 Caule pubeacuterulo tubo da corola

3-45 mm compr 5-7 glomeacuterulos por ramo floriacutefero 18 Staelia aurea

17rsquo Caule glabro a glabrescente tubo da corola ca 5 mm compr 2-4 glomeacuterulos por ramo floriacutefero 20 Staelia virgata

12rsquo Corola hipocrateriforme caacutelice com lobos desiguais caacutepsula com deiscecircncia transversal

18 Tubo da corola com 4-45 mm compr caule pubescente 17 Mitracarpus salzmannianus

18rsquo Tubo da corola com 1-35 mm compr caule glabro a pubeacuterulo19 Sementes com impressatildeo cruciforme

dorsal folhas com 2-4 mm larg tubo da corola ca 1 mm compr 14 Mitracarpus baturitensis

19rsquo Sementes sem impressatildeo cruciforme dorsal folhas com 5-15 mm larg tubo da corola 15-35 mm compr20 Caule ciliacutendrico a tetragonal no

aacutepice sem alas glomeacuterulo apical subtendido por 4 braacutecteas sementes com depressotildees semicirculares dorsais 15 Mitracarpus longicalyx

20rsquo Caule tetragonal alado no aacutepice glomeacuterulo apical subtendido por 2 braacutecteas sementes planas no dorso 16 Mitracarpus robustus

TRATAMENTO TAXONOcircMICORubiaceae Juss Genera Plantarum 196 1789 Gecircnero tipo

Rubia L Species Plantarum 1 109 1753Aacutervores arbustos ou ervas ocasionalmente trepadeiras ou

lianas raro epiacutefitas Ramos ciliacutendricos agraves vezes angulosos ou decussadamente achatados Folhas simples inteiras opostas raro pseudo-alterna ou pseudoverticiladas seacutesseis ou pecioladas estiacutepulas interpeciolares persistentes ou deciacuteduas livres ou concrescidas

entre si inteiras bipartidas fimbriadas ou foliaacuteceas Inflorescecircncias terminais ou axilares geralmente cimosas multifloras ou paucifloras raramente flores solitaacuterias braacutecteas e bracteacuteolas persistentes ou deciacuteduas Flores monoclinas ou unissexuais distilia presente ou natildeo actinomorfas raro zigomorfas isostecircmones diclamiacutedeas simpeacutetalas livre em Dialypetalanthus (3)4-6 ou 11-13(-15) mera caacutelice truncado denteado comumente lobado corola hipocrateriforme infundibuliforme campanulada ou tubulosa de prefloraccedilatildeo valvar contorta ou imbricada Estames epipeacutetalos inclusos ou exsertos anteras livres rimosas dorsifixas ou basifixas Ovaacuterio iacutenfero excepcionalmente semi-iacutenfero dois raramente trecircs carpelos dois ou mais loacuteculos raramente um loacuteculo um a muitos oacutevulos por loacuteculo placentaccedilatildeo apical basal ou axial disco nectariacutefero inteiro ou bipartido anular carnoso estilete usualmente inteiro estigma inteiro ou com ramos estigmaacuteticos no mesmo nuacutemero dos loacuteculos Frutos deiscentes ou indeiscentes carnosos ou secos bacaacuteceos drupaacuteceos capsulares e esquizocaacuterpicos Sementes uma a numerosas planas angulosas ou ciliacutendricas com ou sem alas sulcadas ou natildeo endosperma farto raro escasso ou ausente

1 Borreria spinosa (L) Cham amp Schltdl Linnaea 3 340 1828 Figuras 2a-d

Spermacoce spinosa L Syst Nat (ed 10) 2 890 1762Borreria densiflora DC Prodr 4 542 1830Erva ereta a procumbente 15-50 cm alt monoica Caule tetragonal

glabro entrenoacutes 12-48 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 25-4 times 3-4 mm glabra a pubescente 7-9 setas 3-55 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 15-47 times 4-12 mm eliacuteptico a lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces face abaxial com papilas na nervura central venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces 4-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos subglobosos terminais e axilares 1-2 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 25-3 times 1-15 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 16-2 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a roacutesea nos lobos infundibuliforme tubo 12-2 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 1-14 mm compr triangulares glabros estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 14-2 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 2-3 times 1-12 mm oblonga marrom quando madura aacutepice piloso sementes ca 15 times 04-06 mm oblongoides castanhas reticuladas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Entrada da APA 9deg57rsquo301rdquo S 38deg26rsquo193rdquo O 524 m 16VI2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 110 (HUNEB) 16VI2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 111 (HUNEB) 16VI2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 112 (HUNEB) 9deg57rsquo47rdquo S 38deg26rsquo31rdquo O 554 m 16VI2011 bot fl e fr DD Vieira 163 (HUNEB) Estrada principal que vai ao Povoado Queleacutes 9deg57rsquo71rdquo S 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 bot fl e fr DD Vieira 171 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg52rsquo78rdquo S 38deg31rsquo65rdquo O 624 m 16VI2011 bot fl e fr DD Vieira 167 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Caititeacute 15III1995 bot e fl G Hatschbach amp JM Silva 61930 (MBM) Feira de Santana Serra do Satildeo Joseacute 4IV2005 bot fl e fr SF Conceiccedilatildeo et al 230 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Ocorre na Ameacuterica desde o Meacutexico Antilhas ateacute a Argentina No Brasil eacute encontrada no Centro-Oeste e Nordeste nos estados da Bahia Cearaacute Maranhatildeo Piauiacute Tocantins e Goiaacutes (Cabral et al 2011)

109

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

Borreria densiflora DC foi considerado o nome vaacutelido e mais antigo para a espeacutecie descrita primeiramente como Spermacoce spinosa L por conta da dificuldade de encontrar o material tipo Recentemente Cabral et al (2011) propuseram o restabelecimento de Borreria spinosa ao confirmar a existecircncia do holoacutetipo do exemplar tipo de Linnaeus e a sinonimizaccedilatildeo de B densiflora descrita com base em uma duplicata do mesmo material Neste trabalho optou-se

por natildeo utilizar o conceito proposto recentemente por Cabral et al (2011) para variedades desta espeacutecie

Borreria spinosa eacute considerada como espeacutecie ruderal que se desenvolve bem nos ambientes de cerrado e caatinga (Cabral et al 2011) Na APASB esta espeacutecie foi encontrada apenas no periacuteodo chuvoso em ambiente de caatinga arbustiva em aacutereas abertas e bordas de estradas A espeacutecie variou de erva ereta a procumbente podendo

a

b

c

d

e

fg h

Figura 2 a-d) Borreria spinosa a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Borreria verticillata e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto (a-d) DD Vieira 163 e-h) RR Varjatildeo 115)Figure 2 a-d) Borreria spinosa a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Borreria verticillata e) flowering branch f) stipule g) flower h) fruit(a-d) DD Vieira 163 e-h) RR Varjatildeo 115)

110

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

ser identificada em campo pelas folhas com nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces e glomeacuterulos subglobosos Floresce e frutifica na aacuterea em junho

2 Borreria verticillata (L) GMey Prim Fl Esseq 83 1818 Figuras 2e-h

Spermacoce verticillata L Sp Pl 1 102 1753Erva ereta 30-50 cm alt monoica Caule tetragonal glabro

entrenoacutes 6-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times ca 3 mm pubescente 5-9 setas 08-4 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 10-32 times 1-6 mm lanceolado base cuneada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces nervura hiacutespida na face abaxial venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas na face adaxial 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos globosos terminais subterminais e axilares 1-3 por ramo floriacutefero multifloros 3-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 2-25 times ca 1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2-3 lobos iguais 1-15 mm compr lanceolados margem inteira corola alva infundibuliforme tubo 08-2 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 06-1 mm compr triangulares glabros estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 03-05 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 08-22 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 15-2 times ca 1 mm oblonga marrom quando madura glabra a pubeacuterula sementes 1-12 times ca 05 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 15I2006 bot fl e fr GC Sessegolo 83 (MBM) Estrada para ESEC 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1703 (HUNEB) Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo59rdquo S 38deg26rsquo24rdquo O 506 m 17X2009 bot fl e fr E Melo et al 6706 (HUEFS) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 5IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 28 (HUNEB) 9deg56rsquo376rdquo S 38deg27rsquo511rdquo O 588 m 28I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 36 (HUNEB) Entrada da APA 9deg57rsquo301rdquo S 38deg26rsquo193rdquo O 524 m 28I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 31 (HUNEB) 8IV2011 fl e fr RR Varjatildeo 60 (HUNEB) 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 115 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Beira do rio seco 18X2009 bot fl e fr E Melo et al 6724 (HUEFS) Rodelas Itacotiara 21I1987 fl e fr BS Laacutezaro amp GO Mattos e Silva 36 (HRB)

Distribuiccedilatildeo Distribui-se dos Estados Unidos ao norte da Argentina e foi introduzida no Oeste da Aacutefrica No Brasil eacute encontrada em quase todos os estados (Delprete et al 2005 Jung-Mendaccedilolli 2007 Cabral et al 2011)

Borreria verticillata eacute uma erva ereta muito ramificada que eacute geralmente confundida em herbaacuterios com B spinosa (= B densiflora) podendo ser diferenciada atraveacutes das folhas com 2 pares de nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas na face adaxial e glomeacuterulos globosos Enquanto B spinosa apresenta folhas com 4-5 pares de nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces e glomeacuterulos subglobosos Na APASB esta espeacutecie eacute bastante abundante ocorrendo amplamente nas aacutereas abertas aacutereas de mata margens de estradas e pastagens sem preferecircncias por condiccedilotildees fiacutesicas especiais Coletada com flores e frutos na aacuterea em janeiro abril junho novembro e dezembro

3 Cordiera rigida (KSchum) Kuntze Revis Gen Pl 1 279 1891 Figuras 3a-e

Alibertia rigida KSchum Fl Bras 6(6) 391 1889Arbusto 05-6 m alt dioico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes

5-64 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas 07-3 times 12-25 mm inteiras triangulares aacutepice aristado glabras a pubeacuterulas Folhas opostas

cruzadas coriaacuteceas seacutesseis limbo 11-55 times 10-37 mm obovado a eliacuteptico base cuneada aacutepice obtuso a subagudo margem inteira levemente revoluta vernicoso na face adaxial glabro em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras secundaacuterias e terciaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces 4-8 pares Inflorescecircncias terminais masculinas fasciculadas 3-5-floro femininas unifloras seacutesseis 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais fusiformes 6-10 times 15-2 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores diclinas homostiacutelicas seacutesseis flores masculinas caacutelice truncado ca 1 mm compr pubeacuterulo corola creme com lobos alvos a vinaacuteceos hipocrateriforme tubo 3-6 mm compr externamente glabrescente a pubeacuterula internamente glabra 4-mera lobos 2-3 mm compr deltoides glabrescentes estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 2-4 mm compr cremes estigma biacutefido natildeo receptivo estilete 4-7 mm compr flores femininas caacutelice truncado 1-2 mm compr pubeacuterulo corola 6-7 mm compr creme com lobos alvos a vinaacuteceos hipocrateriforme tubo 4-5 mm compr externamente glabrescente a pubeacuterula internamente glabra 4-mera lobos 2-3 mm compr deltoides glabrescentes estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras 15-4 mm compr cremes sem poacutelen estigma biacutefido estilete 55-7 mm compr Fruto baga 4-8 times 5-10 mm globosa negra quando madura glabra sementes 3-4 times 2-3 mm obcocircnicas amarelo-esverdeadas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 15I2006 fr GC Sessegolo et al 65 (ALCB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo018rdquo S 38deg32rsquo395rdquo O 650 m 22IX2010 fl DD Vieira 85 (HUNEB) 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 4XII2010 fr RR Varjatildeo 17 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 29 (HUNEB) Faz Serra Branca Trilha em direccedilatildeo ao Araccedilaacute 9deg54rsquo126rdquo S 38deg38rsquo483rdquo O 541 m 21VIII2008 fl MVV Romatildeo 242 (HUNEB) Trilha da ladeira grande 9deg53rsquo335rdquo S 38deg40rsquo48rdquo O 485 m 18IX2008 fl MVV Romatildeo 313 (HUNEB) Baixatildeo da Serra Branca 9deg52rsquo182rdquo S 38deg38rsquo349rdquo O 503 m 21XI2008 fr TMS Melo 24 (HUNEB) Trilha agrave direita do portal 9deg52rsquo135rdquo S 38deg37rsquo574rdquo O 537 m 12XII2008 fr MVV Romatildeo 467 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 22VIII2003 fl e fr FHM Silva amp LCL Lima 434 (HUEFS) Paulo Afonso Raso da Catarina 11VIII2005 fl JG Carvalho-Sobrinho et al 547 (HUEFS) 7XII1982 fl e fr LP Queiroz 448 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Brasil ocorrendo nos estados da Bahia Piauiacute Maranhatildeo Cearaacute Pernambuco Goiaacutes Minas Gerais Satildeo Paulo e Tocantins (Delprete 2010)

Na APASB C rigida eacute encontrada como arbusto ocorrendo no interior e borda da vegetaccedilatildeo subarbustiva e arbustiva-arboacuterea em solos arenosos Caracteriza-se por apresentar flores unissexuadas as masculinas em inflorescecircncias de 3-5-floro apresentando estigma natildeo receptivo e as femininas unifloras apresentando anteras sem poacutelen Em campo eacute possiacutevel identificar os indiviacuteduos femininos atraveacutes do hipanto turbinado e na ausecircncia das flores pela presenccedila dos frutos Os frutos em completa maturaccedilatildeo satildeo adocicados e segundo Delprete (2010) satildeo comestiacuteveis Floresce na aacuterea de agosto a janeiro e frutifica de novembro a janeiro

4 Cordiera sp Figuras 3f-jArbusto 25-4 m alt dioico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes

5-57 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas 1-25 times 1 -3 mm inteiras triangulares glabras a pubeacuterulas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 05-2 mm compr limbo 35-75 times 18-48 mm oval a eliacuteptico base cuneada a obtusa aacutepice obtuso a agudo margem crenulada nervura principal pubeacuterula em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras secundaacuterias proeminentes na face abaxial 7-8 pares Inflorescecircncias terminais as masculinas fasciculadas

111

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

4-7-floro as femininas natildeo observadas seacutesseis braacutecteas foliaacuteceas deciacuteduas bracteacuteolas ausentes ou inconspiacutecuas Bototildees florais fusiformes 45-6 times 1-15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores diclinas homostiacutelicas seacutesseis flores masculinas caacutelice truncado ca 2 mm compr glabrescente corola amarela com tubo e bordos dos lobos vinaacuteceos hipocrateriforme tubo 55-6 mm compr externamente pubeacuterula internamente glabra 5-mera lobos 25-3 mm compr deltoides pubeacuterulos estames inclusos porccedilatildeo livre dos

filetes 05-1 mm compr anteras 4-45 mm compr cremes estigma biacutefido natildeo receptivo estilete 55-6 mm compr flores femininas natildeo observadas Fruto baga 11-16 times 13-17 mm subglobosa negra quando madura glabra sementes 5-66 times 4-5 mm obcocircnicas amarelo-acastanhadas exotesta estriada

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg54rsquo010rdquo S 38deg41rsquo008rdquo O 399 m 5XI2010 fr LR Silva 10 (HUNEB) 9deg54rsquo066rdquo S 38deg41rsquo008rdquo O 383 m 8XII2011

a

b

c

d

e

f

g

h

k

l

m

n

i

j

Figura 3 a-e) Cordiera rigida a) ramo floriacutefero masculino b) ramo frutiacutefero c) estiacutepula d) flor masculina e) fruto f-j) Cordiera sp f) ramo floriacutefero masculino g) ramo frutiacutefero detalhe da margem da folha h) estiacutepula i) flor masculina j) fruto k-n) Diodella gardneri k ramo floriacuteferofrutiacutefero l estiacutepula m flor n fruto (ad) RR Varjatildeo 17 bce) DD Vieira 85 fj) RR Varjatildeo 165 g-i) RR Varjatildeo 164 k-m) RR Varjatildeo 124 n) RR Varjatildeo 23)Figure 3 a-e) Cordiera rigida a) flowering branch male b) fruiting branch c) stipule d) male flower e) fruit f-j) Cordiera sp f) flowering branch male g) fruiting branch detail leaf margin h) stipule i) male flower j) fruit k-n) Diodella gardneri k) floweringfruiting branch l) stipule m) flower n) fruit (ad) RR Varjatildeo 17 bce) DD Vieira 85 fj) RR Varjatildeo 165 g-i) RR Varjatildeo 164 k-m) RR Varjatildeo 124 n) RR Varjatildeo 23)

112

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

bot e fl RR Varjatildeo 164 (HUNEB) 9deg54rsquo054rdquo S 38deg40rsquo987rdquo O 406 m 8XII2011 fr RR Varjatildeo 165 (HUNEB)

Cordiera sp conhecida por apenas trecircs espeacutecimes apresenta caracteriacutesticas distintas de C rigida espeacutecie comumente encontrada na aacuterea de estudo e com muitos registros em herbaacuterios Diferencia-se atraveacutes das folhas pecioladas com a margem crenulada e frutos maiores (11-16 times 13-17 mm vs 4-8 times 5-10 mm) A consulta a referecircncias bibliograacuteficas disponiacuteveis das espeacutecies citadas para o Brasil bem como a comparaccedilatildeo com espeacutecimes de herbaacuterios natildeo possibilitou a identificaccedilatildeo do taacutexon Entretanto seratildeo necessaacuterias mais investigaccedilotildees para definir sua identidade Encontrada na aacuterea com flores e frutos em novembro e dezembro

5 Diodella gardneri (KSchum) Bacigalupo amp ELCabral Darwiniana 44(1) 98 2006 Figuras 3k-n

Diodia gardneri KSchum Fl Bras 6(6) 402 1888Borreria gardneri (KSchum) Bacigalupo amp ELCabral Opera

Bot Belg 7 307 1996Erva ereta ou escandente 80-160 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice dos ramos glabrescente a pubeacuterulo entrenoacutes 10-70 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-2 times ca 3 mm tomentosa 6-9 setas 1-3 mm compr pubescentes Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 7-21 times 3-8 mm eliacuteptico base atenuada a cuneada aacutepice agudo a acuminado margem revoluta face adaxial escabra abaxial pubescente venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias evidentes na face abaxial 3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares 4-8 por ramo floriacutefero 7-12-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Botatildeo floral oblongo 8-9 times 4-5 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 4 lobos iguais 5-9 mm compr lanceolados pubescentes corola alva a roacutesea infundibuliforme tubo 4-5 mm compr internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 3-4 mm compr triangulares externamente pilosos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 1-15 mm compr anteras 15-2 mm compr alvas a lilases estigma levemente bilobado estilete 6-10 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos 2-4 times ca 3 mm obovoide vinaacuteceo quando maduro pubescente sementes 25 times ca 2 mm obovoides castanhas sulco longitudinal na face ventral aacutepice recurvado ventralmente

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca proacuteximo a sede 9deg55rsquo375rdquo S 38deg42rsquo181rdquo O 19IV2008 fl AS Conceiccedilatildeo 1354 (HUNEB) Trilha do Tanque das pedrinhas 9deg53rsquo279rdquo S 38deg40rsquo48rdquo O 474 m 26VI2008 fl AS Conceiccedilatildeo 1414 (HUNEB) Limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1673 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo165rdquo S 38deg29rsquo241rdquo O 9VIII2009 fl e fr MVV Romatildeo 535 (HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 fl RR Varjatildeo 03 (HUNEB) 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 fl e fr RR Varjatildeo 23 (HUNEB) Proacuteximo a baixa do chiqueiro 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 fl RR Varjatildeo 67 (HUNEB) Proacuteximo agrave casa de Gilson 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl RR Varjatildeo 124 (HUNEB) Faz Serra Branca Proacuteximo agrave casa do IBAMA 9deg55rsquo453rdquo S 38deg42rsquo259rdquo O 375 m 6V2011 fl RR Varjatildeo 82 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos trilha para toca das araras 10V1993 fl e fr MC Ferreira 507 (HRB) Gloacuteria Brejo do burgo 2VII1995 fl FP Bandeira 215 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina 18I1981 fl ML Guedes 303 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Brasil ocorrendo nos estados da Bahia Cearaacute Piauiacute e Minas Gerais (Cabral amp Fader 2010 Cabral amp Salas 2012)

A espeacutecie ocorre comumente na caatinga ou na transiccedilatildeo caatinga-cerrado (Cabral amp Fader 2010) Na APASB eacute uma espeacutecie

amplamente distribuiacuteda encontrada nas bordas e interior de vegetaccedilatildeo subarbustiva e arbustiva-arboacuterea em solos arenosos Caracteriza-se por apresentar haacutebito ereto a escandente aleacutem dos lobos do caacutelice com 5-9 mm compr e fruto pubescente Foi coletada na aacuterea com flores e frutos de janeiro a setembro

6 Diodella radula (Willd ex Roem amp Schult) Delprete Fl Ilustr Catarin Rubiaceas I 174 2004 Figuras 4a-d

Spermacoce radula Willd ex Roem amp Schult Syst Veg 3 351 1818

Diodia radula (Roem amp Schult) Cham amp Schltdl Linnaea 3 342 1828

Erva ereta ou decumbente 40-120 cm alt monoica Caule tetragonal no aacutepice dos ramos pubescente no aacutepice raro viloso entrenoacutes 10-95 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2 times 25-4 mm glabrescente a pubescente 5-8(-15) setas 14-28(-56) mm compr pubescentes raro pilosas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 18-43(-63) times 8-18(-24) mm eliacuteptico a eliacuteptico-oval base cuneada raro atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial escabra abaxial pubescente a estrigosa ou pilosas nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras evidentes em ambas as faces 3-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares (2-)4-11 por ramo floriacutefero 6-12-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Botatildeo floral oblongo 35-5 times 15-3 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 4 lobos desiguais maiores 25-35 mm compr menores 2-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 4-5 mm compr piloso na porccedilatildeo superior internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 3-35 mm compr triangulares externamente pilosos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes (03-)08-1 mm compr anteras 15-2 mm compr alvas a lilases estigma capitado estilete 6-8 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos 25-3 times 2-4 mm globoso verde aacutepice piloso sementes 12-26 times 08-2 mm obovoides castanhas aacutepice fendido ausecircncia de sulcos ventrais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada principal 9deg55rsquo453rdquo S 38deg42rsquo259rdquo O 375 m 17VI2011 fl RR Varjatildeo 127 (HUNEB) Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 fl fr e bot RR Varjatildeo 146 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo 21II2006 fl E Melo et al 4273 (HUEFS) Santa Briacutegida 24V1984 bot e fl LC Oliveira Filho 175 (ALCB CEPEC HRB) Tucano Rod Tucano-Ribeira do Pombal 29XII2004 fl D Cardoso amp JMO Santos 210 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com ampla distribuiccedilatildeo ocorrendo nos Estados Unidos Venezuela Guianas Ilha Galaacutepagos Peru Boliacutevia Equador Argentina Paraguai e Brasil (Delprete et al 2004 Cabral amp Bacigalupo 2005) No Brasil distribui-se de forma descontiacutenua do Nordeste ao Sul do paiacutes (Cabral amp Salas 2012)

Delprete et al (2004) citaram D radula como erva caracteriacutestica e exclusiva de aacutereas de restinga Crescendo tambeacutem em dunas e solos rochosos e arenosos do cerrado (Cabral amp Bacigalupo 2005 Campos et al 2006) Na APASB eacute encontrada no interior e borda da caatinga-arbustiva sendo coletada apenas uma vez em ambiente sombreado com vegetaccedilatildeo arbustiva-arboacuterea Neste ambiente o espeacutecime apresentou variaccedilatildeo morfoloacutegica com haacutebito ereto folhas com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas e base atenuada Contudo os caracteres reprodutivos permitiram incluiacute-lo em D radula Esta espeacutecie pode ser confundida em campo com D gardneri da qual podemos diferenciar pelo haacutebito ereto ou decumbente flores com lobos do caacutelice 2-35 mm compr e fruto piloso no aacutepice Floresce na aacuterea de junho a julho e frutifica em julho

113

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

7 Diodella teres (Walter) Small Fl Lancaster Co 271 1913 Figuras 4e-h

Diodia teres Walter Fl Carol 87 1788Erva decumbente 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico a

tetragonal pubeacuterulo a piloso entrenoacutes 5-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-2 times 3-4 mm pubeacuterula margem pilosa 9-12 setas 3-10 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 16-35 times 4-7 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo a acuminado margem inteira estrigoso a tomentoso

em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 4 pares Inflorescecircncia em fasciacuteculos axilares 4-11 por ramo floriacutefero 2-5-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 2-5 times 15-2 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 15-2 mm compr 4 lobos desiguais maiores 15-2 mm compr menores 1-15 mm compr lanceolados margem escabriuacutescula corola alva com lobos lilaacuteses infundibuliforme tubo 35-5 mm compr internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do

a

b

c

d

e

f

gh

k

l

i

j

Figura 4 a-d) Diodella radula a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Diodella teres e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Emmeorhiza umbellata i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 127 e-h) AS Conceiccedilatildeo 1870 i-l) RR Varjatildeo 05)Figure 4 a-d) Diodella radula a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Diodella teres e) flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Emmeorhiza umbellata i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 127 e-h) AS Conceiccedilatildeo 1870 i-l) RR Varjatildeo 05)

114

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

tubo 4-mera lobos 15-2 mm compr triangulares externamente pubeacuterulos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma capitado estilete 3-55 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos ca 4 times 25-3 mm globoso a subovoide marrom quando maduro pubescente sementes 2-3 times 15-2 mm obovoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Trilha sentido Serra do Navio 9deg52rsquo491rdquo S 38deg39rsquo220rdquo O 481 m 31VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1870 (HUNEB) Proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot e fr RR Varjatildeo 80 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 27VI2002 fl LP Queiroz et al 7220 (HUEFS) 18IV2004 fl FHM Silva amp LCL Lima 500 (HUEFS) Gloacuteria BA-210 sentido Rodelas 7VI2007 fl e fr AS Conceiccedilatildeo et al 1010 (HUEFS) Serrota 5IX2006 fl S Leal 56 (HUEFS) Ribeira do Pombal 16VIII2003 fl e fr ML Guedes et al 10570 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie neotropical ocorrendo no Sudeste dos Estados Unidos Ameacuterica Central e Ameacuterica do Sul (Cabral amp Bacigalupo 2005 Campos et al 2006) No Brasil distribui-se por quase todo o territoacuterio nacional (Cabral amp Salas 2012)

Na APASB D teres eacute encontrada em aacutereas abertas com forte exposiccedilatildeo solar e solo arenoso Distingue-se das demais espeacutecies de Diodella encontradas na aacuterea por apresentar haacutebito procumbente limbo com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas lanceolado 2-5 flores por axila Encontrada na aacuterea com flores em maio e julho e frutos em maio

8 Emmeorhiza umbellata (Spreng) KSchum Fl Bras 6(6) 408 1889 Figuras 4i-l

Borreria umbellata Spreng Neue Entd 2 144 1821Endlichera umbellata KSchum Fl Bras 6(6) 38 1888Trepadeira monoica Caule tetragonal glabro a pubeacuterulo

entrenoacutes 16-67 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-3 times 2-3 mm glabra a pubeacuterula 6-7 setas 2-6 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 32-76 times 11-25 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial esparsamente estrigosa abaxial pubeacuterula nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em cimeiras paniculadas de umbela terminais ou axilares 1-4 por ramo floriacutefero multifloros peduacutenculo 20-40 mm compr glabro 2 braacutecteas 12-20 times 5-8 mm lanceoladas pubeacuterulas 2 bracteacuteolas 15-4 times 05-15 mm eliacutepticas glabras Bototildees florais oblongos 15-2 times 05-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 17-25 mm compr glabros caacutelice 4 lobos iguais 05-1 mm compr lanceolados glabros corola alva infundibuliforme tubo 05-1 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 1-12 mm compr triangulares glabros estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras ca 05 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 1-15 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 3-4 times ca 1 mm obovoide marrom quando maduro glabra sementes 25-3 times 03-05 mm elipsoides castanhas porccedilatildeo central escurecida em ambas as faces aladas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo59rdquo S 38deg26rsquo24rdquo O 506 m 17X2009 fl E Melo et al 6683 (HUEFS) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 23IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 05 (HUNEB) Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 bot RR Varjatildeo 146 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Beira do rio seco 18X2009 fl E Melo et al 6736 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina Mata das Pororocas 25X1982 fl LP Queiroz 438 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie amplamente distribuiacuteda pela Ameacuterica do Sul da Venezuela ateacute o Brasil No Brasil ocorre nos estados do Planalto Central na regiatildeo Nordeste e na faixa litoracircnea desde a Bahia ateacute o Rio Grande do Sul (Delprete 2010)

Na APASB ocorre nas bordas das aacutereas florestadas e caatinga arbustiva-arboacuterea Diferencia-se das demais espeacutecies da aacuterea por apresentar haacutebito trepador com caule voluacutevel inflorescecircncia composta por cimeiras paniculadas de umbela e sementes aladas Floresce na aacuterea de julho a setembro e dezembro e frutifica em agosto e setembro

9 Guettarda angelica Mart ex MuumlllArg Flora 58 450 1875 Figuras 5a-d

Arbusto 1-3 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro a pubeacuterulo no aacutepice dos ramos entrenoacutes 6-78 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas inteiras triangulares cocircncavas aacutepice agudo 45-9 times 2 -4 mm tomentosas a pubeacuterulas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 5-19 mm compr pubeacuterulos limbo 36-70 times 19-50 mm eliacuteptico orbicular a obovado base cuneada a arredondada aacutepice agudo a obtuso margem inteira face adaxial hirsuta pubeacuterula nas nervuras face abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 8-12 pares Inflorescecircncia em cimeiras escorpioides subterminal 8-floro peduacutenculo 8-46 mm compr pubeacuterulo braacutecteas natildeo observadas 2 bracteacuteolas lineares 1-4 times 02-1 mm pubescentes Bototildees florais oblongos 5-10 times ca 2 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice truncado podendo apresentar ateacute 2 lobos 16-3 mm compr pubescente corola creme hipocrateriforme tubo 10-12 mm compr externamente tomentoso 5-mera lobos 3-5 mm compr oblongos externamente tomentosos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 2-24 mm compr alvas estigma capitado estilete 12-14 mm compr Fruto drupa 4-10 times 5-12 mm subglobosa alva a creme quando madura pubeacuterula sementes natildeo visualizadas

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Vaca Morta 9deg54rsquo236rdquo S 38deg41rsquo2266rdquo O 367 m 17IV2008 fl e fr AS Conceiccedilatildeo 1282 (HUNEB) Trilha sentido Serra do Morro 9deg52rsquo491rdquo S 38deg39rsquo220rdquo O 481 m 30VII2009 fr TMS Melo 54 (HUNEB) Estrada que vai em direccedilatildeo agrave casa sede 9deg53rsquo763rdquo S 38deg40rsquo712rdquo O 414 m 7IV2011 fr RR Varjatildeo 55 (HUNEB) Proacuteximo a casa 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 81 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo63rdquo S 38deg28rsquo687rdquo O 627 m 5V2011 fr RR Varjatildeo 76 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria ca 4 km de Olhos drsquoAacutegua de Souza 26IV2001 fl LP Queiroz et al 6552 (HRB) Paulo Afonso Raso da Catarina 14V1981 fl e fr GCP Pinto 10281 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie exclusiva do Brasil Embora tenha sido citada para o estado do Paraacute por Margalho et al (2009) eacute considerada endecircmica do domiacutenio da caatinga ocorrendo nos estados da Bahia Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco (Barbosa 2012)

Na APASB ocorre nas bordas e subosque da vegetaccedilatildeo arbustiva-arboacuterea em solos arenosos G angelica eacute muito comum em aacutereas de caatinga e amplamente documentada em herbaacuterio Eacute facilmente reconhecida atraveacutes da drupa subglobosa pubeacuterula branca quando madura flores com tubo da corola 10-12 mm compr e limbo tomentoso na face abaxial Na aacuterea floresce e frutifica de abril a julho

10 Guettarda sericea MuumlllArg Flora 58 450 1875Arbusto ca 15 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes

8-45 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas inteiras lanceoladas aacutepice

115

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

agudo 5-6 times 2 -3 mm tomentosas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 6-20 mm compr tomentosos limbo 60-120 times 20-45 mm obovado a eliacuteptico base truncada atenuada a arredondada aacutepice agudo a obtuso margem inteira tomentosa em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em cimeiras escorpioides subterminal 8-15-floro peduacutenculo 13-30 mm compr pubescente braacutecteas natildeo observadas 1 bracteacuteola linear 4-55 times 05-1 mm pubeacuterula Bototildees

florais oblongos 4-5 times 2-3 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice truncado seriacuteceo corola creme hipocrateriforme tubo 7-8 mm compr externamente tomentoso 5-mera lobos 1-2 mm compr oblongos externamente tomentosos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 2-3 mm compr alvas estigma capitado estilete 8-9 mm compr Fruto drupa 8-10 times 5-6 mm elipsoide marrom a negra quando madura pubescente sementes natildeo observadas

a

b

c

d

e

f

g

h

kli

j

Figura 5 a-d) Guettarda angelica a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Leptoscela ruellioides e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor longistila h) fruto i-l) Margaritopsis carrascoana i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-c) AS Conceiccedilatildeo 1282 d) RR Varjatildeo 55 e-h) RR Varjatildeo 01 i-k) RR Varjatildeo 118 l) RR Varjatildeo 78)Figure 5 a-d) Guettarda angelica a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Leptoscela ruellioides e) flowering branch f) stipule g) flower longuistylous h) fruit i-l) Margaritopsis carrascoana i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-c) AS Conceiccedilatildeo 1282 d) RR Varjatildeo 55 e-h) RR Varjatildeo 01 i-k) RR Varjatildeo 118 l) RR Varjatildeo 78)

116

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Natureza 10deg00rsquo14rdquo S 38deg26rsquo02rdquo O 427 m 12VIII2005 fl fr EB Miranda et al 882 (HUEFS) 10deg4rsquoS 38deg21rdquo O 17I2006 bot GC Sessegolo et al 147 (ALCB) Baixa do estreito 9deg59rsquo343rdquo S 38deg25rsquo015rdquo O 436 m 18III2009 bot AS Conceiccedilatildeo 1547 (HUNEB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie exclusiva do Nordeste do Brasil ocorrendo nos estados de Alagoas Bahia Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco em aacutereas de caatinga (Barbosa 2012)

Guettarda sericea ocorre na APASB em aacuterea com caatinga arboacuterea diferencia-se de G angelica principalmente pela drupa elipsoide pubescente marrom a negra quando madura tubo da corola 7-8 mm compr (vs 10-12 mm compr) e limbo tomentoso em ambas as faces Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos em agosto e de janeiro a marccedilo apenas em bototildees

11 Leptoscela ruellioides Hookf Icon Pl 14 1149 1873 Figuras 5e-h

Erva ereta ou com ramos apoiantes 30-80 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 12-128 cm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubescente 8-14 setas 05-3 mm compr pubescentes Folhas opostas cruzadas membranaacuteceas peciacuteolos 1-3 mm compr glabro limbo 24-52 times 8-22 mm lanceolado base cuneada aacutepice acuminado margem inteira face adaxial pubeacuterula abaxial pubescente venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras conspiacutecuas na face abaxial 3-4 pares Inflorescecircncia em cincinos alongados axilares 1-4 por ramo floriacutefero 12-20-floro peduacutenculo 20-38 mm compr glabro 2 braacutecteas 3-4 times 15-2 mm lanceoladas pubescentes 1 bracteacuteola 1-15 mm compr linear pubeacuterula Bototildees florais elipsoides 15-4 times 1-15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas heterostiacutelicas pedicelos 05-13 mm compr glabros caacutelice 5 lobos iguais 1-15 mm compr lanceolados margem pubeacuterula corola alva com fauce esverdeada e lobos lilases infundibuliforme tubo 3-45 mm compr glabro externamente internamente pubescente e com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 5-mera lobos 25-4 mm compr triangulares internamente pubescentes flores brevistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 15-2 mm compr anteras ca 18 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-2 mm compr flores longistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras ca 1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 45-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 3-4 times 15-2 mm obovoide verde glabra sementes 07-1 times 05-07 mm obovoides castanhas ventralmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Trilha do Araccedilaacute 9deg52rsquo491rdquo S 38deg38rsquo135rdquo O 535 m 8V2008 fl MVV Romatildeo 128 (HUNEB) Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo60rdquo S 38deg26rsquo16rdquo O 488 m 17X2009 fl E Melo et al 6625 (HUEFS) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo249rdquo S 38deg29rsquo318rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1642 (HUNEB) 9deg57rsquo170rdquo S 38deg26rsquo247rdquo O 575 m 19VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1770 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo116rdquo O 493 m 28VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1773 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo117rdquo O 497 m 29VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1796 (HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 fl RR Varjatildeo 01 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 71 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 12VIII2005 fl EB Miranda et al 891 (HUEFS) Uauaacute Serra do Jerocircnimo 30III2000 fl e fr ML Guedes et al 7336 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Nordeste do Brasil ocorrendo na caatinga e cerrado nos estados de Alagoas Bahia Paraiacuteba Pernambuco e Sergipe (Jardim 2012)

Na APASB L ruellioides apresenta ampla distribuiccedilatildeo ocorrendo em todos os ambientes com nuacutemero elevado de indiviacuteduos A espeacutecie eacute reconhecida pelo haacutebito ereto ou com ramos apoiantes folhas pecioladas inflorescecircncia em cincinos e caacutelice com 5 lobos iguais Coletada na aacuterea com flores de abril a setembro e dezembro e frutos em maio

12 Margaritopsis carrascoana (Delprete amp EBSouza) CMTaylor amp EBSouza Syst amp Geogr Pl 75 171 2005 Figuras 5i-l

Psychotria carrascoana Delprete amp EBSouza Novon 14 158 2004

Subarbusto 1-15 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 2-10 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 1-2 times 12 -25 mm glabras Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 1-2 mm compr limbo 11-24 times 5-10 mm eliacuteptico a oblanceolado base cuneada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial 5-9 pares Inflorescecircncia terminal uniflora seacutessil 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos ca 12 times 15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 5 lobos iguais ca 08 mm compr triangulares glabros corola alva a creme lobos com aacutepice verde infundibuliforme tubo 25-3 mm compr externamente glabro internamente com anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 5-mera lobos ca 3 mm compr oblongos-ovais reflexos glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 08-1 mm compr castanhas estigma biacutefido estilete ca 4 mm compr Fruto drupa 4-7 times 4-5 mm obovoide alaranjado ou vermelho quando maduro glabro sementes 35-4 times 25-35 mm subovoides castanhas plano-convexas dorsalmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 4XII2010 fr RR Varjatildeo 18 (HUNEB) 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 72 (HUNEB) 5V2011 fl e fr RR Varjatildeo 77 (HUNEB) 5V2011 fr RR Varjatildeo 78 (HUNEB) 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 118 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 7VI2004 fr JG Carvalho-Sobrinho et al 253 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina 8VI1985 fr L P Queiroz 564 (ALCB) 24VI1982 fr M L Guedes et al 441 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita aos estados da Bahia e Cearaacute ocorrendo em vegetaccedilatildeo do tipo caatinga e carrasco (Delprete amp Souza 2004 Taylor 2005)

Margaritopsis carrascoana estaacute sendo citada aqui pela primeira vez para o estado da Bahia Segundo Delprete amp Souza (2004) a espeacutecie ocorria apenas no estado do Cearaacute associada agrave vegetaccedilatildeo do tipo carrasco no Planalto do Ibiapaba e Chapada do Araripe admitindo sua provaacutevel ocorrecircncia em vegetaccedilatildeo semelhante no estado vizinho do Piauiacute Contudo a espeacutecie foi citada em trabalhos anteriores com ocorrecircncia para aacuterea de caatinga incluindo carrasco cerrado e florestas (Jardim amp Souza 2006)

Na APASB esta espeacutecie ocorre com mais frequecircncia no subosque da vegetaccedilatildeo em aacutereas sombreadas e solos arenosos Diferencia-se por apresentar estiacutepulas persistentes tubo da corola 25-3 mm compr e fruto drupa laranja a vermelha quando madura Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos de abril a dezembro

13 Mitracarpus baturitensis Sucre Rodrigueacutesia 26 255 1971 Figuras 6a-f

Erva ereta ca 30 cm alt monoica Caule tetragonal glabro entrenoacutes 7-88 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 2-3 mm margem pubescente 4-5 setas 05-1 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas membranaacuteceas seacutesseis limbo 8-32

117

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

times 2-4 mm linear-eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra a escabra abaxial glabrescente nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares e terminais 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 15-25 times 08-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 05-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 1-12 mm compr menores 05-08 mm compr lanceolados margem

hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo ca 1 mm compr glabro externamente anel de tricomas na metade do tubo 4-mera lobos ca 1 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras ca 06 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 1-2 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 06-08 mm subglobosa castanha quando madura glabra sementes 06-08 times ca 04 mm oblongoides castanhas face dorsal com impressatildeo cruciforme face ventral com sulcos em forma de ldquoXrdquo

a

b

c

d

e

f

g

h

k

l

i

j

m

n

pq

o

Figura 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e) semente face ventral f) semente face dorsal g-l) Mitracarpus longicalyx g) ramo floriacutefero h) estiacutepula i) flor j) fruto k) semente face ventral l) semente face lateral m-q) Mitracarpus robustus m) ramo floriacutefero n) estiacutepula o) flor p) fruto q) semente face ventral (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)Figure 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e) seed ventral view f) seed dorsal view g-l) Mitracarpus longicalyx g) flowering branch h) stipule i) flower j) fruit k) seed ventral view l) seed lateral view m-q) Mitracarpus robustus m) flowering branch n) stipule o) flower p) fruit q) seed ventral view (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)

118

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 02 (HUNEB) 27VII2011 fl e fr LR Silva 43 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Reserva Bioloacutegica de Canudos 24VI2003 fr FHM Silva et al 417 (HUEFS) Gloacuteria Brejo do Burgo 26VIII1995 fl FP Bandeira 253 (ALCB) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1178 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita ao Brasil sendo referida para o Distrito Federal e para os estados da Bahia Cearaacute Goiaacutes Mato Grosso Paraiacuteba Pernambuco e Piauiacute (Souza et al 2010)

Na APASB a espeacutecie foi encontrada em aacutereas de bordas e ambientes abertos predominantemente em solos arenosos Entretanto ocorre preferencialmente sobre solos rochosos lateriacuteticos ou sobre inselbergs e afloramentos rochosos no bioma caatinga e no cerrado (Delprete 2010 Souza et al 2010) Mitracarpus baturitensis pode ser confundida com M longicalyx que tambeacutem ocorre na aacuterea podendo ser diferenciada pelo limbo linear-eliacuteptico 2-4 mm larg tubo da corola ca 1 mm compr e sementes com impressatildeo cruciforme na face dorsal Floresce e frutifica na aacuterea de julho a setembro

14 Mitracarpus longicalyx EBSouza amp MFSales Brittonia 53 482 2001 (2002) Figuras 6g-l

Erva ereta ou ascendente ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice pubeacuterulo entrenoacutes 8-84 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 2-5 mm pubeacuterula 5-9 setas 1-3 mm compr pubeacuterulas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 21-47 times 5-14 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira face adaxial glabra abaxial com a nervura principal pubeacuterula venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-35 times 06-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-12 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 16-3 mm compr menores 1-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 15-25 mm compr papiloso externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 06-12 mm compr triangulares externamente papilosos internamente glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 28-4 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 08-1 mm subglobosa castanha quando madura aacutepice pubescente sementes 06-08 times 02-04 mm oblongoides castanhas face dorsal com depressotildees semicirculares face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg52rsquo234rdquo S 38deg38rsquo146rdquo O 492 m 30VII2008 fl TMS Melo 37 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo457rdquo S 38deg27rsquo301rdquo O 607 m 29VII2009 bot fl e fr TMS Melo 12 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquo S 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 fl e fr DD Vieira 172 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Pilatildeo Arcado Brejo do Morro 19III2006 fl EBSouza et al 1593 (HUEFS) Ribeira do Pombal 20 km da rod para Tucano 9VI2005 fl D Cardoso 562 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita agrave regiatildeo do semiaacuterido do Brasil com registros para os estados do Bahia Cearaacute Piauiacute e Pernambuco (Souza et al 2010)

Na APASB M longicalyx foi encontrada em bordas de estradas aacutereas abertas e pastagens com alta incidecircncia de luz Pode ser confundida com M baturitensis e M robustus das quais se diferencia por apresentar caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice sem alas

glomeacuterulo apical subtendido por 4 braacutecteas geralmente puacuterpuras na base e sementes com depressotildees semicirculares dorsais Coletada na aacuterea com flores e frutos de junho a julho

15 Mitracarpus robustus EBSouza amp ELCabral Rodrigueacutesia 2 345 2010 Figuras 6m-q

Mitracarpus frigidus (Willd ex Roem amp Schult) KSchum var humboldtianus KSchum Fl Bras 6 82 1888

Subarbusto erva ereta ou ascendente 40-120 cm alt monoica Caule tetragonal alado no aacutepice dos ramos glabro entrenoacutes 21-44 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-35 times 25-3 mm glabra a pubeacuterula 5-6 setas 3-5 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 20-75 times 5-15 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo margem inteira pubeacuterulo em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes em ambas as faces 3-4 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-8 por ramo floriacutefero multifloros 2(-4) braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-32 times 14-18 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 22-28 mm compr menores 06-12 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 25-35 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 1-15 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-28 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal ca 1 times 12 mm subglobosa marrom quando madura aacutepice pubescente sementes ca 06 times 06 mm oblongoides lilases face dorsal lisa face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 46 (HUNEB) Trilha secundaacuteria proacuteximo a casa da caixa drsquoaacutegua 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 47 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Conde Fazendo do Bu 13VIII1996 fl MC Ferreira et al 1023 (HRB) Jussiape em direccedilatildeo a Barra da Estiva 15VI2002 fl LP Queiroz et al 7125 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie distribuiacuteda no Brasil e na Guiana Francesa No Brasil sua ocorrecircncia estaacute registrada para o Distrito Federal e para os estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Sergipe Bahia Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Mitracarpus robustus eacute uma espeacutecie comum em solos argilosos ou areno-argilosos em solos lateriacuteticos em margens de estrada ou periferia de matas (Souza et al 2010) Na APASB estaacute distribuiacuteda nas bordas de florestas e apresenta um porte bastante robusto quando comparado agraves outras espeacutecies de Mitracarpus que ocorrem na aacuterea Pode ser diferenciada pelo caule tetragonal alado no aacutepice glomeacuterulo apical subtendido por 2 braacutecteas e sementes planas no dorso Floresce e frutifica na aacuterea em julho

16 Mitracarpus salzmannianus DC Prodr 4 571 1830 Figuras 7a-c

Mitracarpus frigidus var salzmannianus (DC) Martius Eichler amp Urban Fl bras 6 82 1888

Mitracarpus scabrellus Benth Hookerrsquos J Bot Kew Gard Misc 3 238 1841

Erva ereta 40-50 cm alt monoica Caule tetragonal pubescente entrenoacutes 65-90 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-18 times 15-2 mm pubescente 5-7 setas 4-6 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 10-42 times 2-13 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira pubescente em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma

119

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

nervuras proeminentes na face abaxial 3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 2-35 times 08-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos ca 1 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 3-32 mm compr menores 16-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 4-45 mm compr externamente piloso na metade superior anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos ca 15 mm compr triangulares pilosos externamente estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 04 mm compr anteras 05-06 mm

compr alvas estigma biacutefido estilete 5-65 mm compr Segundo Souza et al (2010) fruto caacutepsula deiscecircncia transversal (12-)15-25 mm compr obovoides glabras sementes 08-12 times 05-06 mm oblongoides ou globosas castanhas face dorsal sem depressotildees face ventral com encaixe em forma de ldquoY-invertidordquo

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 fl RR Varjatildeo 142 (HUNEB) 27VII2011 fl RR Varjatildeo 145 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Aldeia Serrota 19IX2005 fl M Colaccedilo 53 (HUEFS) Paulo Afonso Raso da

Figura 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) haacutebito b) estiacutepula c) flor d-g) Richardia grandiflora d) haacutebito e) estiacutepula f) flor g) fruto h-j) Staelia aurea h) ramo floriacutefero i) estiacutepula j) flor (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)Figure 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) habit b) stipule c) flower d-g) Richardia grandiflora d) habit e) stipule f) flower g) fruit h-j) Staelia aurea h) flowering branch i) stipule j) flower (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)

a

b

c

d

e

f

gh

i

j

120

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Catarina 10VIII2005 fl EB Miranda et al 805 (HUEFS) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1191 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Eacute uma espeacutecie amplamente distribuiacuteda ocorrendo na Guiana Francesa Suriname e Brasil No Brasil ocorre nos estados de Roraima Paraacute Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Goiaacutes Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Planta comum em solos arenosos habitando dunas campos ou chapadas tambeacutem presente como ruderal (Souza et al 2010) Na APASB foi encontrada em solos arenosos na vegetaccedilatildeo arbustiva Caracteriza-se pelo indumento denso e contiacutenuo que cobre toda a planta folhas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas aleacutem do tubo da corola com 4-45 mm compr caracteres que a diferenciam das outras espeacutecies de Mitracarpus Floresce na aacuterea em julho

17 Richardia grandiflora (Cham amp Schltdl) Steud Nomencl Bot 2 459 1841 Figuras 7d-g

Richardsonia grandiflora Cham amp Schltdl Linnaea 3 351 1828Erva procumbente ca 20 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice do ramos hirsuto entrenoacutes 8-78 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 3-5 mm pubeacuterula a hirsuta 4-7 setas 07-45 mm compr pubeacuterulas a hirsutas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 15-38 times 5-11 mm eliacuteptico a lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira estrigoso a escabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais multifloros 4 braacutecteas foliaacuteceas externas 14-17 times 7-8 mm internas 5-12 times 3-7 mm ovais hirsutas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 4-7 times 4-5 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 6 lobos iguais 3-4 mm compr lanceolados hirsutos corola alva roacutesea a lilaacutes infundibuliforme tubo 6-9 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 6-mera lobos 4-5 mm compr triangulares pilosos externamente estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 07-1 mm compr anteras 12-18 mm compr alvas estigma triacutefido estilete 8-11 mm compr Fruto esquizocarpo trecircs mericarpos 15-25 times 15-25 mm obovoide pardo quando maduro hirsuto a piloso sementes 15-2 times 06-1 mm subovoides castanhas dorso convexo sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai ao Povoado Queleacutes 9deg52rsquo532rdquo S 38deg32rsquo420rdquo O 650 m 22IX2010 fl e fr RR Varjatildeo 04 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquoS 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 bot DD Vieira 173 (HUNEB) 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 126 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 133 (HUNEB) Faz Serra Branca proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot RR Varjatildeo 79 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 1VII1995 fl FP Bandeira 173 (ALCB) Bosque de Algaroba 7VI2004 fl MVM Oliveira 748 (HUEFS) Rodelas Mocoacute 22I1987 fl GO Mattos amp BS Laacutezaro 55 (HRB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie encontrada por toda a Ameacuterica e como planta introduzida na Floacuterida Estados Unidos Ocorre nas regiotildees Norte a Sudeste e Centro-Oeste do Brasil nos estados do Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Pernambuco Bahia Mato Grosso Goiaacutes Minas Gerais Satildeo Paulo e Rio Grande do Sul (Lewis amp Oliver 1974 Delprete et al 2005 Delprete 2010)

Na APASB R grandiflora eacute muito frequente ao longo das estradas bordas da mata aacutereas abertas e pastagens com forte exposiccedilatildeo solar em solos arenosos e areno-argilosos Esta espeacutecie apresenta forte vigor vegetativo principalmente em solos feacuterteis

cobrindo completamente o solo (Delprete 2010) Pode ser confundida em campo com as espeacutecies de Diodella das quais se diferencia pelas flores hexacircmeras estigma triacutefido e frutos com trecircs mericarpos Floresce na aacuterea de maio a setembro e frutifica de junho a setembro de acordo com material analisado

18 Staelia aurea KSchum Fl Bras 677 1888 Figuras 7h-jErva ereta ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico pubeacuterulo

entrenoacutes 7-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubeacuterula 4-5 setas 05-2 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 12-27 times 14-4 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra abaxial com nervura esparsamente estrigosa venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 5-7 por ramo floriacutefero multifloros 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 14-22 times 1-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 2-26 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 3-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 2-25 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-2 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 6-65 mm compr Frutos e sementes natildeo observados

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1656 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 3VII1995 fl FP Bandeira 221 (ALCB HRB CEPEC) Juazeiro Serra do Mulato 28III2000 fl MR Fonseca et al 1247 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita ao Brasil Ocorre nas regiotildees Norte (sul do Paraacute) Centro-Oeste Nordeste e partes do Sudeste (Souza amp Sales 2004)

Staelia aurea eacute considerada uma espeacutecie de ampla distribuiccedilatildeo poreacutem na APASB eacute escassa Pode ser confundida com S virgata da qual se diferencia por apresentar caule pubeacuterulo tubo da corola 3-45 mm compr e 5-7 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Foi coletada na aacuterea com flores em junho

19 Staelia galioides DC Prodr 4 573 1830 Figuras 8a-dSpermacoce galioides Pohl ex DC Prodr 4 573 1830Erva ereta 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro

a pubeacuterulo entrenoacutes 03-08 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 15-2 mm pubeacuterula 3 setas 06-18 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 6-17 times 05-25 mm linear-lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 6-10 por ramo floriacutefero multifloros (2)-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 18-3 times 06-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 1-16 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo 35-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 15-24 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 15-18 mm compr anteras 08-1 mm compr alvas a lilases estigma biacutefido estilete 5-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 1-12 mm obovoide verde

121

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

glabra sementes 06-08 times 04-06 mm oblongoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg53rsquo471rdquo S 38deg39rsquo131rdquo O 196 m 21V2008 fl e fr MVV Romatildeo 239 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 22 (HUNEB) 9deg56rsquo807rdquo S 38deg27rsquo330rdquo O 24II2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 37 (HUNEB) 9deg55rsquo776rdquo S 38deg29rsquo40rdquo O 652m 8IV2011 fl e fr RR Varjatildeo 69 (HUNEB) 9deg32rsquo934rdquo S 38deg32rsquo234rdquo O 657 m 5V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 74

(HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 117 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Ribeira do Pombal 19V1981 fl P Geraldo13181 (CEPEC) Rodelas dunas cabeccedila de boi 24II1988 fl e fr RP Orlandi 828 (HRB)

Distribuiccedilatildeo A espeacutecie apresenta distribuiccedilatildeo exclusiva no Brasil Ocorre na regiatildeo Centro-Oeste em Goiaacutes e Tocantins e no Nordeste em Alagoas Bahia Pernambuco e Piauiacute (Souza amp Sales 2004)

Figura 8 a-d) Staelia galioides a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Staelia virgata e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Tocoyena formosa i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)Figure 8 a-d) Staelia galioides a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Staelia virgata e flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Tocoyena formosa i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)

a

b c

d

e

f

g

h

i

j

k

l

122

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Na APASB a espeacutecie eacute amplamente distribuiacuteda apresentando nuacutemero elevado de indiviacuteduos Eacute encontrada em aacutereas abertas bordas de estradas e no interior da vegetaccedilatildeo subarbustiva em solos arenosos Pode ser reconhecida por apresentar estiacutepulas com 3 setas limbo linear-lanceolado lobos do caacutelice 1-16 mm compr diferenciando-se de S aurea que possui estiacutepulas com 4-5 setas limbo lanceolado e lobos do caacutelice 2-26 mm compr Floresce e frutifica na aacuterea de janeiro a junho

20 Staelia virgata (Link ex Roem amp Schult) KSchum Fl Bras 6(6) 76 1889 Figuras 8e-h

Spermacoce virgata Link ex Roem amp Schult Syst Veget 3 281 531 1818

Erva ereta ca 60 cm alt monoica Caule tetragonal glabro a glabrescente entrenoacutes 10-33 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2times ca 18 mm pubeacuterula no aacutepice 5-7 setas 12-25 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 13-30 times 1-3 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente em ambas as faces 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-4 por ramo floriacutefero multifloros 2-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 25-3 times 1-15 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 25-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo ca 5 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 25-3 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 2-3 mm compr anteras 08-12 mm compr alvas estigma biacutefido estilete ca 8 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 08-1 mm obovoide verde hirsuto sementes 06-1 times ca 04 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai da ESEC-Raso da Catarina agrave APA Serra Branca 9deg52rsquo78rdquo S 38deg31rsquo65rdquo O 624 m 27VII2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 140 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos estrada para a estaccedilatildeo bioloacutegica 26VI2002 fl LP Queiroz et al 7197 (HUEFS) Gloacuteria Serrota 2IX2006 fl S Leal 39 (HUEFS) Paulo Afonso BR-110 Norte 23VIII2005 fl DS Carneiro-Torres et al 483 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Ocorre em todo o Brasil parte dos territoacuterios do Peru Boliacutevia Paraguai ateacute o norte da Argentina No Brasil sua distribuiccedilatildeo vai desde o Amazonas Bahia Cearaacute Maranhatildeo Paraacute Paraiacuteba Pernambuco Piauiacute ateacute os estados da regiatildeo Sul (Souza amp Sales 2004)

Considerada por Souza amp Sales (2004) a espeacutecie mais amplamente distribuiacuteda entre as estudadas em seu trabalho S virgata foi encontrada na APASB apenas no periacuteodo chuvoso em vegetaccedilatildeo subarbustiva Pode ser confundida com as outras espeacutecies de Staelia ocorrentes na aacuterea diferenciando-se pelo conjunto de caracteriacutesticas caule glabro a glabrescente estiacutepula com 5-7 setas tubo da corola ca 5 mm compr e 2-4 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Encontrada na aacuterea com flores e frutos em julho

21 Tocoyena formosa (Cham amp Schltdl) KSchum Fl Bras 6 347 1889 Figuras 8i-l

Gardenia formosa Cham amp Schltdl Linnaea 4 200 1829Arbusto 13-17 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro

pubeacuterulo no aacutepice entrenoacutes 4-22 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 4-7 times 6 -8 mm glabras internamente pubeacuterulas e com coleacuteteres Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas a subcoriaacuteceas peciacuteolos 5-17 mm compr pubeacuterulos limbo

75-150 times 45-80 mm oval a eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial pubescente abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em dicaacutesios congestos terminais 4-7-floro peduacutenculo 2-7 mm compr pubeacuterulo braacutecteas e bracteacuteolas natildeo visualizadas Bototildees florais ovais 25-100 times 6-9 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas subseacutesseis caacutelice 5 lobos denteados 08-1 mm compr triangulares tomentosos tubo 1-2 mm compr tomentoso corola amarela hipocrateriforme tubo 75-95 mm compr externamente tomentoso internamente glabro 5-mera lobos 12-27 mm compr obovados externamente tomentosos internamente glabros estames exsertos seacutesseis anteras 7-10 mm compr marrons estigma biacutefido estilete 84-98 mm compr Fruto baga 25-35 times 18-30 mm globosa negra quando madura pubeacuterula sementes 5-6 times 45-7 mm orbiculares planas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 17I2006 fr GC Sessegolo 158 (MBM) 9deg57rsquo044rdquo S 38deg42rsquo289rdquo O 313 m 13III2008 fr AS Conceiccedilatildeo 1268 (HUNEB) Baixa grande 9deg58rsquo370rdquo S 38deg27rsquo086rdquo O 561 m 19III2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1560 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fr AS Conceiccedilatildeo 1707 (HUNEB) 9deg55rsquo48rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot RR Varjatildeo 24 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 27 (HUNEB) 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 bot e fr RR Varjatildeo 65 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 16II2003 fl FHM Silva et al322 (HUEFS) Tucano Estrada para Ribeira do Pombal 21III1992 fl AM Carvalho et al 3894 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Esta espeacutecie tem ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica do Sul encontrada no Suriname Brasil e Paraguai ocorrendo em todas as regiotildees brasileiras (Prado 1987)

Na APASB os indiviacuteduos encontram-se distribuiacutedos nas bordas e interior da vegetaccedilatildeo de porte arbustivo-arboacutereo e solos arenosos T formosa pode ser reconhecida na aacuterea pelo haacutebito arbustivo de flores vistosas tubo da corola 75-95 mm compr amarela e baga com 25-35 times 18-30 mm negra quando madura Floresce na aacuterea de janeiro a maio e frutifica em janeiro maio e junho

Agradecimentos

Agrave Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) pelo apoio financeiro ao projeto (PET 00232007) Agrave CAPES pela concessatildeo da bolsa de mestrado a primeira autora Aos curadores e teacutecnicos dos Herbaacuterios visitados e ao Natanael Santos pelas ilustraccedilotildees botacircnicas Aos dois revisores anocircnimos pelas significativas contribuiccedilotildees ao manuscrito

Referecircncias BibliograacuteficasBARBOSA MRV amp ZAPPI D 2002 Distribuiccedilatildeo das espeacutecies de

Rubiaceae na caatinga In Vegetaccedilatildeo e Flora da caatinga (EVSB Sampaio AM Giulietti JE Virginio CFL Gamarra-Rojas eds) APNECNIP Recife p155-157

BARBOSA MRV SOUSA EB amp JARDIM JG 2006 Rubiaceae In Checklist das Plantas do Nordeste Brasileiro Angiospermas e Gymnosperma (MRV Barbosa C Sothers S Mayo CFL Gamarra-Rojas amp CA Mesquita eds) Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia Brasiacutelia p135-140

BARBOSA MR ZAPPI D TAYLOR C CABRAL E JARDIM JG PEREIRA MS CALIOacute MF PESSOA MCR SALAS R SOUZA EB DI MAIO FR MACIAS L ANUNCIACcedilAtildeO EA DA GERMANO FILHO P amp OLIVEIRA JA 2012 Rubiaceae In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000210 (uacuteltimo acesso em 06112012)

123

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

BARBOSA MR 2012 Guettarda In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB014052 (uacuteltimo acesso em 06112012)

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente - MMA 2007 Aacutereas prioritaacuterias para conservaccedilatildeo uso sustentaacutevel e reparticcedilatildeo dos benefiacutecios da biodiversidade brasileira Secretaria de Biodiversidade e Florestas Brasiacutelia Mapa versatildeo 22 set2007

BRUMMITT RK amp POWELL CE 1992 Authors of plant names Royal Botanic Gardens Kew London

CABRAL EL amp BACIGALUPO NM 2005 Novelties in Spermacoceae (Rubiaceae) from Bolivia and Paraguay Brittonia 57(2)129-140 httpdxdoiorg1016630007-196X(2005)057[0129NISRFB]20CO2

CABRAL EL amp FADER AAC 2010 Nuevas combinaciones y nuevos sinocircnimos en especies de Brasil de Diodia s lat (Spermacoceae - Rubiaceae) Rodrigueacutesia 61(1)119-121

CABRAL EL MIGUEL LM amp SALAS RM 2011 Dos especies nuevas de Borreria (Rubiaceae) sinopsis y clave de las especies para Bahia Brasil Acta Bot Bras 25(2)255-276 httpdxdoiorg101590S0102-33062011000200002

CABRAL E amp SALAS R 2012 Diodella In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB038741 (uacuteltimo acesso em 06112012)

CAMPOS MTVA ZAPPI DC CALIOacute MF amp PIRANI JR 2006 Flora de Gratildeo-Mogol Minas Gerais Rubiaceae Bol Bot Univ Satildeo Paulo 2441-67

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2004 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v1 344p

DELPRETE PG amp SOUZA EB 2004 Psychotria carrascoana (Rubiaceae) a new species from the Carrasco Vegetation of Northeastern Brazil Novon 14158-162

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2005 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v2 p345-842

DELPRETE PG 2010 Rubiaceae In Flora do Estado de Goiaacutes e Tocantins (JA Rizzo org) PRPPGUFG IRD Goiacircnia v40 1610p

FORZZA RC COSTA A WALTER BMT PIRANI JR MORIM MP QUEIROZ LP MARTINELLI G PEIXOTO AL COELHO MAN BAUMGRATZ JFA STEHMANN JR LOHMANN LG amp HOPKINS M 2012 Angiospermas In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000032 (uacuteltimo acesso em 05112012)

JARDIM JG amp SOUZA EB 2006 Rubiaceae In Diversidade e Caracterizaccedilatildeo das Faneroacutegamas do Semiaacuterido Brasileiro (AM Giulietti AA Conceiccedilatildeo amp LP Queiroz orgs) Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife p203-209

JARDIM JG 2012 Leptoscela In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB020761 (uacuteltimo acesso em 06112012)

JUNG-MENDACcedilOLLI SL 2007 Rubiaceae In Flora Fanerocircgama do Estado de Satildeo Paulo (MGL Wanderley GJ Shepherd TS Melhem amp AM Giulietti coords) FAPESBRIMA Satildeo Paulo v5 p259-447

GOVAERTS R ANDERSSON L ROBBRECHT E BRIDSON D DAVIS A SCHANZER I amp SONKE B 2011 [continuously uploaded] World Checklist of Rubiaceae Facilitated by the Royal Botanic Gardens httpappskeworgwcspqsearchdo (uacuteltimo acesso em 2422012)

HARRIS JG amp HARRIS MW 2001 Plant identification terminology An illustrated glossary 2 ed Spring Lake Publishing Spring Lake

LEAL IR SILVA JMC Da TABARELLI M amp LACHER TE 2005 Changing the Course of Biodiversity Conservation in the caatinga of Northeastern Brazil Conserv Biol 19(3)701-706 httpdxdoiorg101111j1523-1739200500703x

LEWIS WH amp OLIVER RL 1974 Revision of Richardia (Rubiaceae) Brittonia 26271-301 httpdxdoiorg1023072805730

MARGALHO LF ROCHA AES amp SECCO RS 2009 Rubiaceae Juss da restinga da APA de AlgodoalMaiandeua Maracanatilde Paraacute Brasil Bol Mus Para Emiacutelio Goeldi Cienc Nat 4(3)303-339

MORI SA SILVA LAM LISBOA GE amp CORADIN L 1989 Manual de Manejo do Herbaacuterio Fanerogacircmico Centro de Pesquisa do Cacau Ilheacuteus

PEEL MC FINLAYSON BL amp MCMAHON TA 2007 Updated world map of the Koumlppen-Geiger climate classification Hydrol Earth Syst Sc 111633-1644 httpdxdoiorg105194hess-11-1633-2007

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2004 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelias Antirheoideae Cinchonoideae e Ixoroideae Acta Bot Bras 18(2)305-318 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000200010

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2006 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelia Rubioideae Acta Bot Bras 20(2)455-470 httpdxdoiorg101590S0102-33062006000200021

PRADO AL 1987 Revisatildeo taxonocircmica do gecircnero Tocoyena Aubl (Rubiaceae) no Brasil Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Estadual de Campinas Satildeo Paulo

RADFORD AE DICKISON WC MASSEY JR amp BELL R 1974 Vascular Plant Systematics Harper amp Row publishers New York

ROBBRECHT E 1988 Tropical woody Rubiaceae Characteristic features and progressions Contributions to a new subfamilial classification Opera Bot Belg 11-271

SOUZA EB amp SALES MF 2004 O gecircnero Staelia Cham amp Schtdl (Rubiaceae-Spermacoceae) no Estado de Pernambuco Brasil Acta Bot Bras 18(4)921-928 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000400023

SOUZA EB CABRAL EL amp ZAPPI DC 2010 Revisatildeo de Mitracarpus (Rubiaceae - Spermacoceae) para o Brasil Rodrigueacutesia 61(2)319-352

SZABO AV ROCHA ACS TOSATO JAC amp BARROSO W 2007 Aacuterea de proteccedilatildeo ambiental (APA) Serra Branca Raso da Catarina In As caatingas debates sobre a Ecorregiatildeo do Raso da Catarina (J Marques org) Fonte Viva Paulo Afonso p21-40

TAYLOR CM 2005 Margaritopsis (Rubiaceae Psychotrieae) in the Neotropics Syst Geogr Pl 75(2)161-177

THIERS B 2011 [continuously updated] Index Herbariorum a global directory of public herbaria and associated staff New York Botanical Gardenrsquos Virtual Herbarium httpsweetgumnybgorgih (uacuteltimo acesso em 28102011)

VELLOSO AL SAMPAIO EVSB GIULIETTI AM BARBOSA MRV CASTRO AAJF QUEIROZ LP FERNANDES A OREN DC CESTARO LA CASTRO AJE PAREYN FGC SILVA FBR MIRANDA EE KEEL S amp GONDIM RS 2002 Ecorregiotildees Propostas para o Bioma caatinga TNC-Brasil Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife

ZAPPI DC amp STANNARD BL 1995 Rubiaceae In Flora of the Pico das Almas Chapada Diamantina Bahia Brazil (BL Stannard ed) Royal Botanic GardensUSPCEPLAC Kew p546-578

ZAPPI DC amp NUNES TS 2002 Preliminary list of the Rubiaceae in Nortehastern Brazil Royal Botanic Gardens Kew

Recebido em 09072012 Versatildeo reformulada recebida em 15112012

Publicado em 03042013

Page 4: Biota Neotrop., vol. 13, no. 2 - redalyc.org · Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico

107

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

4rsquo Drupa elipsoide tubo da corola 7-8 mm compr limbo tomentoso em ambas as faces 10 Guettarda sericea

2rsquo Inflorescecircncias seacutesseis estiacutepulas 07-3 mm compr folhas glabras ou apenas com nervura pubeacuterula5 Fruto drupa estiacutepulas persistentes tubo da corola

25-3 mm compr 12 Margaritopsis carrascoana5rsquo Fruto baga estiacutepulas deciacuteduas tubo da corola 4-6 mm

compr6 Folhas seacutesseis margem inteira levemente revoluta

bagas 4-8 times 5-10 mm 3 Cordiera rigida6rsquo Folhas pecioladas margem crenulada bagas

11-16 times 13-17 mm 4 Cordiera sp1rsquo Ervas raramente subarbustos trepadeiras estiacutepulas

fimbriadas fruto caacutepsula ou esquizocarpo7 Trepadeiras inflorescecircncia em cimeiras paniculadas de

umbela 8 Emmeorhiza umbellata7rsquo Ervas eretas ou pendentes inflorescecircncia em glomeacuterulos

fasciacuteculos ou cincinos

8 Fruto esquizocarpo estigma capitado levemente bilobado ou triacutefido9 Flores hexacircmeras estigma triacutefido frutos com trecircs

mericarpos 17 Richardia grandiflora9rsquo Flores tetracircmeras estigma capitado ou levemente

bilobado frutos com dois mericarpos10 Limbo com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas

lanceolado 2-5 flores por axila 7 Diodella teres

10rsquo Limbo com nervuras secundaacuterias evidentes eliacuteptico a eliacuteptico-oval 6-12 flores por axila11 Lobos do caacutelice 5-9 mm compr fruto

pubescente 5 Diodella gardneri11rsquo Lobos do caacutelice 2-35 mm compr fruto

piloso no aacutepice 6 Diodella radula8rsquo Fruto caacutepsula estigma biacutefido

12 Corola infundibuliforme caacutelice com lobos iguais caacutepsula com deiscecircncia septicida ou transverso-obliacutequa

085deg S

090deg S

095deg S

100deg S

105deg S

110deg S

085deg S

090deg S

095deg S

100deg S

105deg S

110deg S

395deg O 390deg O 385deg O 375deg O380deg O

395deg O 390deg O 385deg O 375deg O380deg O

N

S

O L

Rodelas

Macurureacute

Paulo Afonso

Petrolacircndia

Inajaacute

Pernambuco

Sergipe

Rio Satildeo Francisco

Bahia

Ribeirado Pombal

Tucano

Euclidesda Cunha

Canudos

Uauaacute

Riacho Macururecirc

Rio Vaza-barris

Estaccedilatildeo EcoloacutegicaRaso da Catarina

BR 116

BR 235BR

110

Jeremoabo

APA da Serra BrancaRaso da Catarina

20 km1010 05

Unidades de conservaccedilatildeo

Proteccedilatildeo Integral

Uso sustentaacutevel

Divisa dos estados

Rioshidrografia

Estradasrodovias

Municiacutepios

Figura 1 Localizaccedilatildeo da Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental Serra BrancaFigure 1 Location of the Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental Serra Branca

108

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

13 Tubo da corola externamente glabro caacutepsula com deiscecircncia septicida bainha estipular glabra a pubescente14 Inflorescecircncias em cincinos caacutelice com 5

lobos folhas pecioladas 11 Leptoscela ruellioides

14rsquo Inflorescecircncias em glomeacuterulos caacutelice com 2-3 lobos folhas seacutesseis15 Folhas com 2 pares de nervuras

secundaacuterias inconspiacutecuas na face adaxial glomeacuterulos globosos 2 Borreria verticillata

15rsquo Folhas com 4-5 pares de nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces glomeacuterulos subglobosos 1 Borreria spinosa

13rsquo Tubo da corola externamente hirsuto caacutepsula com deiscecircncia transverso-obliacutequa bainha estipular pubeacuterula16 Bainha estipular com 3 setas limbo linear-

lanceolado lobos do caacutelice 1-16 mm compr 19 Staelia galioides

16rsquo Bainha estipular com 4-7 setas limbo lanceolado lobos do caacutelice 2-3 mm compr17 Caule pubeacuterulo tubo da corola

3-45 mm compr 5-7 glomeacuterulos por ramo floriacutefero 18 Staelia aurea

17rsquo Caule glabro a glabrescente tubo da corola ca 5 mm compr 2-4 glomeacuterulos por ramo floriacutefero 20 Staelia virgata

12rsquo Corola hipocrateriforme caacutelice com lobos desiguais caacutepsula com deiscecircncia transversal

18 Tubo da corola com 4-45 mm compr caule pubescente 17 Mitracarpus salzmannianus

18rsquo Tubo da corola com 1-35 mm compr caule glabro a pubeacuterulo19 Sementes com impressatildeo cruciforme

dorsal folhas com 2-4 mm larg tubo da corola ca 1 mm compr 14 Mitracarpus baturitensis

19rsquo Sementes sem impressatildeo cruciforme dorsal folhas com 5-15 mm larg tubo da corola 15-35 mm compr20 Caule ciliacutendrico a tetragonal no

aacutepice sem alas glomeacuterulo apical subtendido por 4 braacutecteas sementes com depressotildees semicirculares dorsais 15 Mitracarpus longicalyx

20rsquo Caule tetragonal alado no aacutepice glomeacuterulo apical subtendido por 2 braacutecteas sementes planas no dorso 16 Mitracarpus robustus

TRATAMENTO TAXONOcircMICORubiaceae Juss Genera Plantarum 196 1789 Gecircnero tipo

Rubia L Species Plantarum 1 109 1753Aacutervores arbustos ou ervas ocasionalmente trepadeiras ou

lianas raro epiacutefitas Ramos ciliacutendricos agraves vezes angulosos ou decussadamente achatados Folhas simples inteiras opostas raro pseudo-alterna ou pseudoverticiladas seacutesseis ou pecioladas estiacutepulas interpeciolares persistentes ou deciacuteduas livres ou concrescidas

entre si inteiras bipartidas fimbriadas ou foliaacuteceas Inflorescecircncias terminais ou axilares geralmente cimosas multifloras ou paucifloras raramente flores solitaacuterias braacutecteas e bracteacuteolas persistentes ou deciacuteduas Flores monoclinas ou unissexuais distilia presente ou natildeo actinomorfas raro zigomorfas isostecircmones diclamiacutedeas simpeacutetalas livre em Dialypetalanthus (3)4-6 ou 11-13(-15) mera caacutelice truncado denteado comumente lobado corola hipocrateriforme infundibuliforme campanulada ou tubulosa de prefloraccedilatildeo valvar contorta ou imbricada Estames epipeacutetalos inclusos ou exsertos anteras livres rimosas dorsifixas ou basifixas Ovaacuterio iacutenfero excepcionalmente semi-iacutenfero dois raramente trecircs carpelos dois ou mais loacuteculos raramente um loacuteculo um a muitos oacutevulos por loacuteculo placentaccedilatildeo apical basal ou axial disco nectariacutefero inteiro ou bipartido anular carnoso estilete usualmente inteiro estigma inteiro ou com ramos estigmaacuteticos no mesmo nuacutemero dos loacuteculos Frutos deiscentes ou indeiscentes carnosos ou secos bacaacuteceos drupaacuteceos capsulares e esquizocaacuterpicos Sementes uma a numerosas planas angulosas ou ciliacutendricas com ou sem alas sulcadas ou natildeo endosperma farto raro escasso ou ausente

1 Borreria spinosa (L) Cham amp Schltdl Linnaea 3 340 1828 Figuras 2a-d

Spermacoce spinosa L Syst Nat (ed 10) 2 890 1762Borreria densiflora DC Prodr 4 542 1830Erva ereta a procumbente 15-50 cm alt monoica Caule tetragonal

glabro entrenoacutes 12-48 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 25-4 times 3-4 mm glabra a pubescente 7-9 setas 3-55 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 15-47 times 4-12 mm eliacuteptico a lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces face abaxial com papilas na nervura central venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces 4-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos subglobosos terminais e axilares 1-2 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 25-3 times 1-15 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 16-2 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a roacutesea nos lobos infundibuliforme tubo 12-2 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 1-14 mm compr triangulares glabros estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 14-2 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 2-3 times 1-12 mm oblonga marrom quando madura aacutepice piloso sementes ca 15 times 04-06 mm oblongoides castanhas reticuladas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Entrada da APA 9deg57rsquo301rdquo S 38deg26rsquo193rdquo O 524 m 16VI2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 110 (HUNEB) 16VI2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 111 (HUNEB) 16VI2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 112 (HUNEB) 9deg57rsquo47rdquo S 38deg26rsquo31rdquo O 554 m 16VI2011 bot fl e fr DD Vieira 163 (HUNEB) Estrada principal que vai ao Povoado Queleacutes 9deg57rsquo71rdquo S 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 bot fl e fr DD Vieira 171 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg52rsquo78rdquo S 38deg31rsquo65rdquo O 624 m 16VI2011 bot fl e fr DD Vieira 167 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Caititeacute 15III1995 bot e fl G Hatschbach amp JM Silva 61930 (MBM) Feira de Santana Serra do Satildeo Joseacute 4IV2005 bot fl e fr SF Conceiccedilatildeo et al 230 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Ocorre na Ameacuterica desde o Meacutexico Antilhas ateacute a Argentina No Brasil eacute encontrada no Centro-Oeste e Nordeste nos estados da Bahia Cearaacute Maranhatildeo Piauiacute Tocantins e Goiaacutes (Cabral et al 2011)

109

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

Borreria densiflora DC foi considerado o nome vaacutelido e mais antigo para a espeacutecie descrita primeiramente como Spermacoce spinosa L por conta da dificuldade de encontrar o material tipo Recentemente Cabral et al (2011) propuseram o restabelecimento de Borreria spinosa ao confirmar a existecircncia do holoacutetipo do exemplar tipo de Linnaeus e a sinonimizaccedilatildeo de B densiflora descrita com base em uma duplicata do mesmo material Neste trabalho optou-se

por natildeo utilizar o conceito proposto recentemente por Cabral et al (2011) para variedades desta espeacutecie

Borreria spinosa eacute considerada como espeacutecie ruderal que se desenvolve bem nos ambientes de cerrado e caatinga (Cabral et al 2011) Na APASB esta espeacutecie foi encontrada apenas no periacuteodo chuvoso em ambiente de caatinga arbustiva em aacutereas abertas e bordas de estradas A espeacutecie variou de erva ereta a procumbente podendo

a

b

c

d

e

fg h

Figura 2 a-d) Borreria spinosa a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Borreria verticillata e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto (a-d) DD Vieira 163 e-h) RR Varjatildeo 115)Figure 2 a-d) Borreria spinosa a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Borreria verticillata e) flowering branch f) stipule g) flower h) fruit(a-d) DD Vieira 163 e-h) RR Varjatildeo 115)

110

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

ser identificada em campo pelas folhas com nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces e glomeacuterulos subglobosos Floresce e frutifica na aacuterea em junho

2 Borreria verticillata (L) GMey Prim Fl Esseq 83 1818 Figuras 2e-h

Spermacoce verticillata L Sp Pl 1 102 1753Erva ereta 30-50 cm alt monoica Caule tetragonal glabro

entrenoacutes 6-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times ca 3 mm pubescente 5-9 setas 08-4 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 10-32 times 1-6 mm lanceolado base cuneada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces nervura hiacutespida na face abaxial venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas na face adaxial 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos globosos terminais subterminais e axilares 1-3 por ramo floriacutefero multifloros 3-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 2-25 times ca 1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2-3 lobos iguais 1-15 mm compr lanceolados margem inteira corola alva infundibuliforme tubo 08-2 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 06-1 mm compr triangulares glabros estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 03-05 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 08-22 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 15-2 times ca 1 mm oblonga marrom quando madura glabra a pubeacuterula sementes 1-12 times ca 05 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 15I2006 bot fl e fr GC Sessegolo 83 (MBM) Estrada para ESEC 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1703 (HUNEB) Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo59rdquo S 38deg26rsquo24rdquo O 506 m 17X2009 bot fl e fr E Melo et al 6706 (HUEFS) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 5IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 28 (HUNEB) 9deg56rsquo376rdquo S 38deg27rsquo511rdquo O 588 m 28I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 36 (HUNEB) Entrada da APA 9deg57rsquo301rdquo S 38deg26rsquo193rdquo O 524 m 28I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 31 (HUNEB) 8IV2011 fl e fr RR Varjatildeo 60 (HUNEB) 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 115 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Beira do rio seco 18X2009 bot fl e fr E Melo et al 6724 (HUEFS) Rodelas Itacotiara 21I1987 fl e fr BS Laacutezaro amp GO Mattos e Silva 36 (HRB)

Distribuiccedilatildeo Distribui-se dos Estados Unidos ao norte da Argentina e foi introduzida no Oeste da Aacutefrica No Brasil eacute encontrada em quase todos os estados (Delprete et al 2005 Jung-Mendaccedilolli 2007 Cabral et al 2011)

Borreria verticillata eacute uma erva ereta muito ramificada que eacute geralmente confundida em herbaacuterios com B spinosa (= B densiflora) podendo ser diferenciada atraveacutes das folhas com 2 pares de nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas na face adaxial e glomeacuterulos globosos Enquanto B spinosa apresenta folhas com 4-5 pares de nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces e glomeacuterulos subglobosos Na APASB esta espeacutecie eacute bastante abundante ocorrendo amplamente nas aacutereas abertas aacutereas de mata margens de estradas e pastagens sem preferecircncias por condiccedilotildees fiacutesicas especiais Coletada com flores e frutos na aacuterea em janeiro abril junho novembro e dezembro

3 Cordiera rigida (KSchum) Kuntze Revis Gen Pl 1 279 1891 Figuras 3a-e

Alibertia rigida KSchum Fl Bras 6(6) 391 1889Arbusto 05-6 m alt dioico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes

5-64 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas 07-3 times 12-25 mm inteiras triangulares aacutepice aristado glabras a pubeacuterulas Folhas opostas

cruzadas coriaacuteceas seacutesseis limbo 11-55 times 10-37 mm obovado a eliacuteptico base cuneada aacutepice obtuso a subagudo margem inteira levemente revoluta vernicoso na face adaxial glabro em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras secundaacuterias e terciaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces 4-8 pares Inflorescecircncias terminais masculinas fasciculadas 3-5-floro femininas unifloras seacutesseis 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais fusiformes 6-10 times 15-2 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores diclinas homostiacutelicas seacutesseis flores masculinas caacutelice truncado ca 1 mm compr pubeacuterulo corola creme com lobos alvos a vinaacuteceos hipocrateriforme tubo 3-6 mm compr externamente glabrescente a pubeacuterula internamente glabra 4-mera lobos 2-3 mm compr deltoides glabrescentes estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 2-4 mm compr cremes estigma biacutefido natildeo receptivo estilete 4-7 mm compr flores femininas caacutelice truncado 1-2 mm compr pubeacuterulo corola 6-7 mm compr creme com lobos alvos a vinaacuteceos hipocrateriforme tubo 4-5 mm compr externamente glabrescente a pubeacuterula internamente glabra 4-mera lobos 2-3 mm compr deltoides glabrescentes estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras 15-4 mm compr cremes sem poacutelen estigma biacutefido estilete 55-7 mm compr Fruto baga 4-8 times 5-10 mm globosa negra quando madura glabra sementes 3-4 times 2-3 mm obcocircnicas amarelo-esverdeadas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 15I2006 fr GC Sessegolo et al 65 (ALCB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo018rdquo S 38deg32rsquo395rdquo O 650 m 22IX2010 fl DD Vieira 85 (HUNEB) 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 4XII2010 fr RR Varjatildeo 17 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 29 (HUNEB) Faz Serra Branca Trilha em direccedilatildeo ao Araccedilaacute 9deg54rsquo126rdquo S 38deg38rsquo483rdquo O 541 m 21VIII2008 fl MVV Romatildeo 242 (HUNEB) Trilha da ladeira grande 9deg53rsquo335rdquo S 38deg40rsquo48rdquo O 485 m 18IX2008 fl MVV Romatildeo 313 (HUNEB) Baixatildeo da Serra Branca 9deg52rsquo182rdquo S 38deg38rsquo349rdquo O 503 m 21XI2008 fr TMS Melo 24 (HUNEB) Trilha agrave direita do portal 9deg52rsquo135rdquo S 38deg37rsquo574rdquo O 537 m 12XII2008 fr MVV Romatildeo 467 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 22VIII2003 fl e fr FHM Silva amp LCL Lima 434 (HUEFS) Paulo Afonso Raso da Catarina 11VIII2005 fl JG Carvalho-Sobrinho et al 547 (HUEFS) 7XII1982 fl e fr LP Queiroz 448 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Brasil ocorrendo nos estados da Bahia Piauiacute Maranhatildeo Cearaacute Pernambuco Goiaacutes Minas Gerais Satildeo Paulo e Tocantins (Delprete 2010)

Na APASB C rigida eacute encontrada como arbusto ocorrendo no interior e borda da vegetaccedilatildeo subarbustiva e arbustiva-arboacuterea em solos arenosos Caracteriza-se por apresentar flores unissexuadas as masculinas em inflorescecircncias de 3-5-floro apresentando estigma natildeo receptivo e as femininas unifloras apresentando anteras sem poacutelen Em campo eacute possiacutevel identificar os indiviacuteduos femininos atraveacutes do hipanto turbinado e na ausecircncia das flores pela presenccedila dos frutos Os frutos em completa maturaccedilatildeo satildeo adocicados e segundo Delprete (2010) satildeo comestiacuteveis Floresce na aacuterea de agosto a janeiro e frutifica de novembro a janeiro

4 Cordiera sp Figuras 3f-jArbusto 25-4 m alt dioico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes

5-57 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas 1-25 times 1 -3 mm inteiras triangulares glabras a pubeacuterulas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 05-2 mm compr limbo 35-75 times 18-48 mm oval a eliacuteptico base cuneada a obtusa aacutepice obtuso a agudo margem crenulada nervura principal pubeacuterula em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras secundaacuterias proeminentes na face abaxial 7-8 pares Inflorescecircncias terminais as masculinas fasciculadas

111

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

4-7-floro as femininas natildeo observadas seacutesseis braacutecteas foliaacuteceas deciacuteduas bracteacuteolas ausentes ou inconspiacutecuas Bototildees florais fusiformes 45-6 times 1-15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores diclinas homostiacutelicas seacutesseis flores masculinas caacutelice truncado ca 2 mm compr glabrescente corola amarela com tubo e bordos dos lobos vinaacuteceos hipocrateriforme tubo 55-6 mm compr externamente pubeacuterula internamente glabra 5-mera lobos 25-3 mm compr deltoides pubeacuterulos estames inclusos porccedilatildeo livre dos

filetes 05-1 mm compr anteras 4-45 mm compr cremes estigma biacutefido natildeo receptivo estilete 55-6 mm compr flores femininas natildeo observadas Fruto baga 11-16 times 13-17 mm subglobosa negra quando madura glabra sementes 5-66 times 4-5 mm obcocircnicas amarelo-acastanhadas exotesta estriada

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg54rsquo010rdquo S 38deg41rsquo008rdquo O 399 m 5XI2010 fr LR Silva 10 (HUNEB) 9deg54rsquo066rdquo S 38deg41rsquo008rdquo O 383 m 8XII2011

a

b

c

d

e

f

g

h

k

l

m

n

i

j

Figura 3 a-e) Cordiera rigida a) ramo floriacutefero masculino b) ramo frutiacutefero c) estiacutepula d) flor masculina e) fruto f-j) Cordiera sp f) ramo floriacutefero masculino g) ramo frutiacutefero detalhe da margem da folha h) estiacutepula i) flor masculina j) fruto k-n) Diodella gardneri k ramo floriacuteferofrutiacutefero l estiacutepula m flor n fruto (ad) RR Varjatildeo 17 bce) DD Vieira 85 fj) RR Varjatildeo 165 g-i) RR Varjatildeo 164 k-m) RR Varjatildeo 124 n) RR Varjatildeo 23)Figure 3 a-e) Cordiera rigida a) flowering branch male b) fruiting branch c) stipule d) male flower e) fruit f-j) Cordiera sp f) flowering branch male g) fruiting branch detail leaf margin h) stipule i) male flower j) fruit k-n) Diodella gardneri k) floweringfruiting branch l) stipule m) flower n) fruit (ad) RR Varjatildeo 17 bce) DD Vieira 85 fj) RR Varjatildeo 165 g-i) RR Varjatildeo 164 k-m) RR Varjatildeo 124 n) RR Varjatildeo 23)

112

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

bot e fl RR Varjatildeo 164 (HUNEB) 9deg54rsquo054rdquo S 38deg40rsquo987rdquo O 406 m 8XII2011 fr RR Varjatildeo 165 (HUNEB)

Cordiera sp conhecida por apenas trecircs espeacutecimes apresenta caracteriacutesticas distintas de C rigida espeacutecie comumente encontrada na aacuterea de estudo e com muitos registros em herbaacuterios Diferencia-se atraveacutes das folhas pecioladas com a margem crenulada e frutos maiores (11-16 times 13-17 mm vs 4-8 times 5-10 mm) A consulta a referecircncias bibliograacuteficas disponiacuteveis das espeacutecies citadas para o Brasil bem como a comparaccedilatildeo com espeacutecimes de herbaacuterios natildeo possibilitou a identificaccedilatildeo do taacutexon Entretanto seratildeo necessaacuterias mais investigaccedilotildees para definir sua identidade Encontrada na aacuterea com flores e frutos em novembro e dezembro

5 Diodella gardneri (KSchum) Bacigalupo amp ELCabral Darwiniana 44(1) 98 2006 Figuras 3k-n

Diodia gardneri KSchum Fl Bras 6(6) 402 1888Borreria gardneri (KSchum) Bacigalupo amp ELCabral Opera

Bot Belg 7 307 1996Erva ereta ou escandente 80-160 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice dos ramos glabrescente a pubeacuterulo entrenoacutes 10-70 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-2 times ca 3 mm tomentosa 6-9 setas 1-3 mm compr pubescentes Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 7-21 times 3-8 mm eliacuteptico base atenuada a cuneada aacutepice agudo a acuminado margem revoluta face adaxial escabra abaxial pubescente venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias evidentes na face abaxial 3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares 4-8 por ramo floriacutefero 7-12-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Botatildeo floral oblongo 8-9 times 4-5 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 4 lobos iguais 5-9 mm compr lanceolados pubescentes corola alva a roacutesea infundibuliforme tubo 4-5 mm compr internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 3-4 mm compr triangulares externamente pilosos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 1-15 mm compr anteras 15-2 mm compr alvas a lilases estigma levemente bilobado estilete 6-10 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos 2-4 times ca 3 mm obovoide vinaacuteceo quando maduro pubescente sementes 25 times ca 2 mm obovoides castanhas sulco longitudinal na face ventral aacutepice recurvado ventralmente

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca proacuteximo a sede 9deg55rsquo375rdquo S 38deg42rsquo181rdquo O 19IV2008 fl AS Conceiccedilatildeo 1354 (HUNEB) Trilha do Tanque das pedrinhas 9deg53rsquo279rdquo S 38deg40rsquo48rdquo O 474 m 26VI2008 fl AS Conceiccedilatildeo 1414 (HUNEB) Limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1673 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo165rdquo S 38deg29rsquo241rdquo O 9VIII2009 fl e fr MVV Romatildeo 535 (HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 fl RR Varjatildeo 03 (HUNEB) 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 fl e fr RR Varjatildeo 23 (HUNEB) Proacuteximo a baixa do chiqueiro 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 fl RR Varjatildeo 67 (HUNEB) Proacuteximo agrave casa de Gilson 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl RR Varjatildeo 124 (HUNEB) Faz Serra Branca Proacuteximo agrave casa do IBAMA 9deg55rsquo453rdquo S 38deg42rsquo259rdquo O 375 m 6V2011 fl RR Varjatildeo 82 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos trilha para toca das araras 10V1993 fl e fr MC Ferreira 507 (HRB) Gloacuteria Brejo do burgo 2VII1995 fl FP Bandeira 215 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina 18I1981 fl ML Guedes 303 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Brasil ocorrendo nos estados da Bahia Cearaacute Piauiacute e Minas Gerais (Cabral amp Fader 2010 Cabral amp Salas 2012)

A espeacutecie ocorre comumente na caatinga ou na transiccedilatildeo caatinga-cerrado (Cabral amp Fader 2010) Na APASB eacute uma espeacutecie

amplamente distribuiacuteda encontrada nas bordas e interior de vegetaccedilatildeo subarbustiva e arbustiva-arboacuterea em solos arenosos Caracteriza-se por apresentar haacutebito ereto a escandente aleacutem dos lobos do caacutelice com 5-9 mm compr e fruto pubescente Foi coletada na aacuterea com flores e frutos de janeiro a setembro

6 Diodella radula (Willd ex Roem amp Schult) Delprete Fl Ilustr Catarin Rubiaceas I 174 2004 Figuras 4a-d

Spermacoce radula Willd ex Roem amp Schult Syst Veg 3 351 1818

Diodia radula (Roem amp Schult) Cham amp Schltdl Linnaea 3 342 1828

Erva ereta ou decumbente 40-120 cm alt monoica Caule tetragonal no aacutepice dos ramos pubescente no aacutepice raro viloso entrenoacutes 10-95 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2 times 25-4 mm glabrescente a pubescente 5-8(-15) setas 14-28(-56) mm compr pubescentes raro pilosas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 18-43(-63) times 8-18(-24) mm eliacuteptico a eliacuteptico-oval base cuneada raro atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial escabra abaxial pubescente a estrigosa ou pilosas nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras evidentes em ambas as faces 3-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares (2-)4-11 por ramo floriacutefero 6-12-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Botatildeo floral oblongo 35-5 times 15-3 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 4 lobos desiguais maiores 25-35 mm compr menores 2-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 4-5 mm compr piloso na porccedilatildeo superior internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 3-35 mm compr triangulares externamente pilosos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes (03-)08-1 mm compr anteras 15-2 mm compr alvas a lilases estigma capitado estilete 6-8 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos 25-3 times 2-4 mm globoso verde aacutepice piloso sementes 12-26 times 08-2 mm obovoides castanhas aacutepice fendido ausecircncia de sulcos ventrais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada principal 9deg55rsquo453rdquo S 38deg42rsquo259rdquo O 375 m 17VI2011 fl RR Varjatildeo 127 (HUNEB) Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 fl fr e bot RR Varjatildeo 146 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo 21II2006 fl E Melo et al 4273 (HUEFS) Santa Briacutegida 24V1984 bot e fl LC Oliveira Filho 175 (ALCB CEPEC HRB) Tucano Rod Tucano-Ribeira do Pombal 29XII2004 fl D Cardoso amp JMO Santos 210 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com ampla distribuiccedilatildeo ocorrendo nos Estados Unidos Venezuela Guianas Ilha Galaacutepagos Peru Boliacutevia Equador Argentina Paraguai e Brasil (Delprete et al 2004 Cabral amp Bacigalupo 2005) No Brasil distribui-se de forma descontiacutenua do Nordeste ao Sul do paiacutes (Cabral amp Salas 2012)

Delprete et al (2004) citaram D radula como erva caracteriacutestica e exclusiva de aacutereas de restinga Crescendo tambeacutem em dunas e solos rochosos e arenosos do cerrado (Cabral amp Bacigalupo 2005 Campos et al 2006) Na APASB eacute encontrada no interior e borda da caatinga-arbustiva sendo coletada apenas uma vez em ambiente sombreado com vegetaccedilatildeo arbustiva-arboacuterea Neste ambiente o espeacutecime apresentou variaccedilatildeo morfoloacutegica com haacutebito ereto folhas com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas e base atenuada Contudo os caracteres reprodutivos permitiram incluiacute-lo em D radula Esta espeacutecie pode ser confundida em campo com D gardneri da qual podemos diferenciar pelo haacutebito ereto ou decumbente flores com lobos do caacutelice 2-35 mm compr e fruto piloso no aacutepice Floresce na aacuterea de junho a julho e frutifica em julho

113

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

7 Diodella teres (Walter) Small Fl Lancaster Co 271 1913 Figuras 4e-h

Diodia teres Walter Fl Carol 87 1788Erva decumbente 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico a

tetragonal pubeacuterulo a piloso entrenoacutes 5-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-2 times 3-4 mm pubeacuterula margem pilosa 9-12 setas 3-10 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 16-35 times 4-7 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo a acuminado margem inteira estrigoso a tomentoso

em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 4 pares Inflorescecircncia em fasciacuteculos axilares 4-11 por ramo floriacutefero 2-5-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 2-5 times 15-2 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 15-2 mm compr 4 lobos desiguais maiores 15-2 mm compr menores 1-15 mm compr lanceolados margem escabriuacutescula corola alva com lobos lilaacuteses infundibuliforme tubo 35-5 mm compr internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do

a

b

c

d

e

f

gh

k

l

i

j

Figura 4 a-d) Diodella radula a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Diodella teres e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Emmeorhiza umbellata i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 127 e-h) AS Conceiccedilatildeo 1870 i-l) RR Varjatildeo 05)Figure 4 a-d) Diodella radula a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Diodella teres e) flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Emmeorhiza umbellata i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 127 e-h) AS Conceiccedilatildeo 1870 i-l) RR Varjatildeo 05)

114

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

tubo 4-mera lobos 15-2 mm compr triangulares externamente pubeacuterulos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma capitado estilete 3-55 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos ca 4 times 25-3 mm globoso a subovoide marrom quando maduro pubescente sementes 2-3 times 15-2 mm obovoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Trilha sentido Serra do Navio 9deg52rsquo491rdquo S 38deg39rsquo220rdquo O 481 m 31VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1870 (HUNEB) Proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot e fr RR Varjatildeo 80 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 27VI2002 fl LP Queiroz et al 7220 (HUEFS) 18IV2004 fl FHM Silva amp LCL Lima 500 (HUEFS) Gloacuteria BA-210 sentido Rodelas 7VI2007 fl e fr AS Conceiccedilatildeo et al 1010 (HUEFS) Serrota 5IX2006 fl S Leal 56 (HUEFS) Ribeira do Pombal 16VIII2003 fl e fr ML Guedes et al 10570 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie neotropical ocorrendo no Sudeste dos Estados Unidos Ameacuterica Central e Ameacuterica do Sul (Cabral amp Bacigalupo 2005 Campos et al 2006) No Brasil distribui-se por quase todo o territoacuterio nacional (Cabral amp Salas 2012)

Na APASB D teres eacute encontrada em aacutereas abertas com forte exposiccedilatildeo solar e solo arenoso Distingue-se das demais espeacutecies de Diodella encontradas na aacuterea por apresentar haacutebito procumbente limbo com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas lanceolado 2-5 flores por axila Encontrada na aacuterea com flores em maio e julho e frutos em maio

8 Emmeorhiza umbellata (Spreng) KSchum Fl Bras 6(6) 408 1889 Figuras 4i-l

Borreria umbellata Spreng Neue Entd 2 144 1821Endlichera umbellata KSchum Fl Bras 6(6) 38 1888Trepadeira monoica Caule tetragonal glabro a pubeacuterulo

entrenoacutes 16-67 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-3 times 2-3 mm glabra a pubeacuterula 6-7 setas 2-6 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 32-76 times 11-25 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial esparsamente estrigosa abaxial pubeacuterula nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em cimeiras paniculadas de umbela terminais ou axilares 1-4 por ramo floriacutefero multifloros peduacutenculo 20-40 mm compr glabro 2 braacutecteas 12-20 times 5-8 mm lanceoladas pubeacuterulas 2 bracteacuteolas 15-4 times 05-15 mm eliacutepticas glabras Bototildees florais oblongos 15-2 times 05-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 17-25 mm compr glabros caacutelice 4 lobos iguais 05-1 mm compr lanceolados glabros corola alva infundibuliforme tubo 05-1 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 1-12 mm compr triangulares glabros estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras ca 05 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 1-15 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 3-4 times ca 1 mm obovoide marrom quando maduro glabra sementes 25-3 times 03-05 mm elipsoides castanhas porccedilatildeo central escurecida em ambas as faces aladas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo59rdquo S 38deg26rsquo24rdquo O 506 m 17X2009 fl E Melo et al 6683 (HUEFS) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 23IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 05 (HUNEB) Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 bot RR Varjatildeo 146 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Beira do rio seco 18X2009 fl E Melo et al 6736 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina Mata das Pororocas 25X1982 fl LP Queiroz 438 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie amplamente distribuiacuteda pela Ameacuterica do Sul da Venezuela ateacute o Brasil No Brasil ocorre nos estados do Planalto Central na regiatildeo Nordeste e na faixa litoracircnea desde a Bahia ateacute o Rio Grande do Sul (Delprete 2010)

Na APASB ocorre nas bordas das aacutereas florestadas e caatinga arbustiva-arboacuterea Diferencia-se das demais espeacutecies da aacuterea por apresentar haacutebito trepador com caule voluacutevel inflorescecircncia composta por cimeiras paniculadas de umbela e sementes aladas Floresce na aacuterea de julho a setembro e dezembro e frutifica em agosto e setembro

9 Guettarda angelica Mart ex MuumlllArg Flora 58 450 1875 Figuras 5a-d

Arbusto 1-3 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro a pubeacuterulo no aacutepice dos ramos entrenoacutes 6-78 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas inteiras triangulares cocircncavas aacutepice agudo 45-9 times 2 -4 mm tomentosas a pubeacuterulas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 5-19 mm compr pubeacuterulos limbo 36-70 times 19-50 mm eliacuteptico orbicular a obovado base cuneada a arredondada aacutepice agudo a obtuso margem inteira face adaxial hirsuta pubeacuterula nas nervuras face abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 8-12 pares Inflorescecircncia em cimeiras escorpioides subterminal 8-floro peduacutenculo 8-46 mm compr pubeacuterulo braacutecteas natildeo observadas 2 bracteacuteolas lineares 1-4 times 02-1 mm pubescentes Bototildees florais oblongos 5-10 times ca 2 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice truncado podendo apresentar ateacute 2 lobos 16-3 mm compr pubescente corola creme hipocrateriforme tubo 10-12 mm compr externamente tomentoso 5-mera lobos 3-5 mm compr oblongos externamente tomentosos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 2-24 mm compr alvas estigma capitado estilete 12-14 mm compr Fruto drupa 4-10 times 5-12 mm subglobosa alva a creme quando madura pubeacuterula sementes natildeo visualizadas

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Vaca Morta 9deg54rsquo236rdquo S 38deg41rsquo2266rdquo O 367 m 17IV2008 fl e fr AS Conceiccedilatildeo 1282 (HUNEB) Trilha sentido Serra do Morro 9deg52rsquo491rdquo S 38deg39rsquo220rdquo O 481 m 30VII2009 fr TMS Melo 54 (HUNEB) Estrada que vai em direccedilatildeo agrave casa sede 9deg53rsquo763rdquo S 38deg40rsquo712rdquo O 414 m 7IV2011 fr RR Varjatildeo 55 (HUNEB) Proacuteximo a casa 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 81 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo63rdquo S 38deg28rsquo687rdquo O 627 m 5V2011 fr RR Varjatildeo 76 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria ca 4 km de Olhos drsquoAacutegua de Souza 26IV2001 fl LP Queiroz et al 6552 (HRB) Paulo Afonso Raso da Catarina 14V1981 fl e fr GCP Pinto 10281 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie exclusiva do Brasil Embora tenha sido citada para o estado do Paraacute por Margalho et al (2009) eacute considerada endecircmica do domiacutenio da caatinga ocorrendo nos estados da Bahia Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco (Barbosa 2012)

Na APASB ocorre nas bordas e subosque da vegetaccedilatildeo arbustiva-arboacuterea em solos arenosos G angelica eacute muito comum em aacutereas de caatinga e amplamente documentada em herbaacuterio Eacute facilmente reconhecida atraveacutes da drupa subglobosa pubeacuterula branca quando madura flores com tubo da corola 10-12 mm compr e limbo tomentoso na face abaxial Na aacuterea floresce e frutifica de abril a julho

10 Guettarda sericea MuumlllArg Flora 58 450 1875Arbusto ca 15 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes

8-45 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas inteiras lanceoladas aacutepice

115

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

agudo 5-6 times 2 -3 mm tomentosas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 6-20 mm compr tomentosos limbo 60-120 times 20-45 mm obovado a eliacuteptico base truncada atenuada a arredondada aacutepice agudo a obtuso margem inteira tomentosa em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em cimeiras escorpioides subterminal 8-15-floro peduacutenculo 13-30 mm compr pubescente braacutecteas natildeo observadas 1 bracteacuteola linear 4-55 times 05-1 mm pubeacuterula Bototildees

florais oblongos 4-5 times 2-3 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice truncado seriacuteceo corola creme hipocrateriforme tubo 7-8 mm compr externamente tomentoso 5-mera lobos 1-2 mm compr oblongos externamente tomentosos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 2-3 mm compr alvas estigma capitado estilete 8-9 mm compr Fruto drupa 8-10 times 5-6 mm elipsoide marrom a negra quando madura pubescente sementes natildeo observadas

a

b

c

d

e

f

g

h

kli

j

Figura 5 a-d) Guettarda angelica a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Leptoscela ruellioides e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor longistila h) fruto i-l) Margaritopsis carrascoana i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-c) AS Conceiccedilatildeo 1282 d) RR Varjatildeo 55 e-h) RR Varjatildeo 01 i-k) RR Varjatildeo 118 l) RR Varjatildeo 78)Figure 5 a-d) Guettarda angelica a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Leptoscela ruellioides e) flowering branch f) stipule g) flower longuistylous h) fruit i-l) Margaritopsis carrascoana i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-c) AS Conceiccedilatildeo 1282 d) RR Varjatildeo 55 e-h) RR Varjatildeo 01 i-k) RR Varjatildeo 118 l) RR Varjatildeo 78)

116

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Natureza 10deg00rsquo14rdquo S 38deg26rsquo02rdquo O 427 m 12VIII2005 fl fr EB Miranda et al 882 (HUEFS) 10deg4rsquoS 38deg21rdquo O 17I2006 bot GC Sessegolo et al 147 (ALCB) Baixa do estreito 9deg59rsquo343rdquo S 38deg25rsquo015rdquo O 436 m 18III2009 bot AS Conceiccedilatildeo 1547 (HUNEB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie exclusiva do Nordeste do Brasil ocorrendo nos estados de Alagoas Bahia Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco em aacutereas de caatinga (Barbosa 2012)

Guettarda sericea ocorre na APASB em aacuterea com caatinga arboacuterea diferencia-se de G angelica principalmente pela drupa elipsoide pubescente marrom a negra quando madura tubo da corola 7-8 mm compr (vs 10-12 mm compr) e limbo tomentoso em ambas as faces Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos em agosto e de janeiro a marccedilo apenas em bototildees

11 Leptoscela ruellioides Hookf Icon Pl 14 1149 1873 Figuras 5e-h

Erva ereta ou com ramos apoiantes 30-80 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 12-128 cm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubescente 8-14 setas 05-3 mm compr pubescentes Folhas opostas cruzadas membranaacuteceas peciacuteolos 1-3 mm compr glabro limbo 24-52 times 8-22 mm lanceolado base cuneada aacutepice acuminado margem inteira face adaxial pubeacuterula abaxial pubescente venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras conspiacutecuas na face abaxial 3-4 pares Inflorescecircncia em cincinos alongados axilares 1-4 por ramo floriacutefero 12-20-floro peduacutenculo 20-38 mm compr glabro 2 braacutecteas 3-4 times 15-2 mm lanceoladas pubescentes 1 bracteacuteola 1-15 mm compr linear pubeacuterula Bototildees florais elipsoides 15-4 times 1-15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas heterostiacutelicas pedicelos 05-13 mm compr glabros caacutelice 5 lobos iguais 1-15 mm compr lanceolados margem pubeacuterula corola alva com fauce esverdeada e lobos lilases infundibuliforme tubo 3-45 mm compr glabro externamente internamente pubescente e com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 5-mera lobos 25-4 mm compr triangulares internamente pubescentes flores brevistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 15-2 mm compr anteras ca 18 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-2 mm compr flores longistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras ca 1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 45-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 3-4 times 15-2 mm obovoide verde glabra sementes 07-1 times 05-07 mm obovoides castanhas ventralmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Trilha do Araccedilaacute 9deg52rsquo491rdquo S 38deg38rsquo135rdquo O 535 m 8V2008 fl MVV Romatildeo 128 (HUNEB) Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo60rdquo S 38deg26rsquo16rdquo O 488 m 17X2009 fl E Melo et al 6625 (HUEFS) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo249rdquo S 38deg29rsquo318rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1642 (HUNEB) 9deg57rsquo170rdquo S 38deg26rsquo247rdquo O 575 m 19VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1770 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo116rdquo O 493 m 28VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1773 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo117rdquo O 497 m 29VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1796 (HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 fl RR Varjatildeo 01 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 71 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 12VIII2005 fl EB Miranda et al 891 (HUEFS) Uauaacute Serra do Jerocircnimo 30III2000 fl e fr ML Guedes et al 7336 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Nordeste do Brasil ocorrendo na caatinga e cerrado nos estados de Alagoas Bahia Paraiacuteba Pernambuco e Sergipe (Jardim 2012)

Na APASB L ruellioides apresenta ampla distribuiccedilatildeo ocorrendo em todos os ambientes com nuacutemero elevado de indiviacuteduos A espeacutecie eacute reconhecida pelo haacutebito ereto ou com ramos apoiantes folhas pecioladas inflorescecircncia em cincinos e caacutelice com 5 lobos iguais Coletada na aacuterea com flores de abril a setembro e dezembro e frutos em maio

12 Margaritopsis carrascoana (Delprete amp EBSouza) CMTaylor amp EBSouza Syst amp Geogr Pl 75 171 2005 Figuras 5i-l

Psychotria carrascoana Delprete amp EBSouza Novon 14 158 2004

Subarbusto 1-15 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 2-10 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 1-2 times 12 -25 mm glabras Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 1-2 mm compr limbo 11-24 times 5-10 mm eliacuteptico a oblanceolado base cuneada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial 5-9 pares Inflorescecircncia terminal uniflora seacutessil 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos ca 12 times 15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 5 lobos iguais ca 08 mm compr triangulares glabros corola alva a creme lobos com aacutepice verde infundibuliforme tubo 25-3 mm compr externamente glabro internamente com anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 5-mera lobos ca 3 mm compr oblongos-ovais reflexos glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 08-1 mm compr castanhas estigma biacutefido estilete ca 4 mm compr Fruto drupa 4-7 times 4-5 mm obovoide alaranjado ou vermelho quando maduro glabro sementes 35-4 times 25-35 mm subovoides castanhas plano-convexas dorsalmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 4XII2010 fr RR Varjatildeo 18 (HUNEB) 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 72 (HUNEB) 5V2011 fl e fr RR Varjatildeo 77 (HUNEB) 5V2011 fr RR Varjatildeo 78 (HUNEB) 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 118 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 7VI2004 fr JG Carvalho-Sobrinho et al 253 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina 8VI1985 fr L P Queiroz 564 (ALCB) 24VI1982 fr M L Guedes et al 441 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita aos estados da Bahia e Cearaacute ocorrendo em vegetaccedilatildeo do tipo caatinga e carrasco (Delprete amp Souza 2004 Taylor 2005)

Margaritopsis carrascoana estaacute sendo citada aqui pela primeira vez para o estado da Bahia Segundo Delprete amp Souza (2004) a espeacutecie ocorria apenas no estado do Cearaacute associada agrave vegetaccedilatildeo do tipo carrasco no Planalto do Ibiapaba e Chapada do Araripe admitindo sua provaacutevel ocorrecircncia em vegetaccedilatildeo semelhante no estado vizinho do Piauiacute Contudo a espeacutecie foi citada em trabalhos anteriores com ocorrecircncia para aacuterea de caatinga incluindo carrasco cerrado e florestas (Jardim amp Souza 2006)

Na APASB esta espeacutecie ocorre com mais frequecircncia no subosque da vegetaccedilatildeo em aacutereas sombreadas e solos arenosos Diferencia-se por apresentar estiacutepulas persistentes tubo da corola 25-3 mm compr e fruto drupa laranja a vermelha quando madura Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos de abril a dezembro

13 Mitracarpus baturitensis Sucre Rodrigueacutesia 26 255 1971 Figuras 6a-f

Erva ereta ca 30 cm alt monoica Caule tetragonal glabro entrenoacutes 7-88 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 2-3 mm margem pubescente 4-5 setas 05-1 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas membranaacuteceas seacutesseis limbo 8-32

117

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

times 2-4 mm linear-eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra a escabra abaxial glabrescente nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares e terminais 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 15-25 times 08-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 05-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 1-12 mm compr menores 05-08 mm compr lanceolados margem

hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo ca 1 mm compr glabro externamente anel de tricomas na metade do tubo 4-mera lobos ca 1 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras ca 06 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 1-2 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 06-08 mm subglobosa castanha quando madura glabra sementes 06-08 times ca 04 mm oblongoides castanhas face dorsal com impressatildeo cruciforme face ventral com sulcos em forma de ldquoXrdquo

a

b

c

d

e

f

g

h

k

l

i

j

m

n

pq

o

Figura 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e) semente face ventral f) semente face dorsal g-l) Mitracarpus longicalyx g) ramo floriacutefero h) estiacutepula i) flor j) fruto k) semente face ventral l) semente face lateral m-q) Mitracarpus robustus m) ramo floriacutefero n) estiacutepula o) flor p) fruto q) semente face ventral (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)Figure 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e) seed ventral view f) seed dorsal view g-l) Mitracarpus longicalyx g) flowering branch h) stipule i) flower j) fruit k) seed ventral view l) seed lateral view m-q) Mitracarpus robustus m) flowering branch n) stipule o) flower p) fruit q) seed ventral view (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)

118

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 02 (HUNEB) 27VII2011 fl e fr LR Silva 43 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Reserva Bioloacutegica de Canudos 24VI2003 fr FHM Silva et al 417 (HUEFS) Gloacuteria Brejo do Burgo 26VIII1995 fl FP Bandeira 253 (ALCB) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1178 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita ao Brasil sendo referida para o Distrito Federal e para os estados da Bahia Cearaacute Goiaacutes Mato Grosso Paraiacuteba Pernambuco e Piauiacute (Souza et al 2010)

Na APASB a espeacutecie foi encontrada em aacutereas de bordas e ambientes abertos predominantemente em solos arenosos Entretanto ocorre preferencialmente sobre solos rochosos lateriacuteticos ou sobre inselbergs e afloramentos rochosos no bioma caatinga e no cerrado (Delprete 2010 Souza et al 2010) Mitracarpus baturitensis pode ser confundida com M longicalyx que tambeacutem ocorre na aacuterea podendo ser diferenciada pelo limbo linear-eliacuteptico 2-4 mm larg tubo da corola ca 1 mm compr e sementes com impressatildeo cruciforme na face dorsal Floresce e frutifica na aacuterea de julho a setembro

14 Mitracarpus longicalyx EBSouza amp MFSales Brittonia 53 482 2001 (2002) Figuras 6g-l

Erva ereta ou ascendente ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice pubeacuterulo entrenoacutes 8-84 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 2-5 mm pubeacuterula 5-9 setas 1-3 mm compr pubeacuterulas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 21-47 times 5-14 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira face adaxial glabra abaxial com a nervura principal pubeacuterula venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-35 times 06-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-12 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 16-3 mm compr menores 1-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 15-25 mm compr papiloso externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 06-12 mm compr triangulares externamente papilosos internamente glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 28-4 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 08-1 mm subglobosa castanha quando madura aacutepice pubescente sementes 06-08 times 02-04 mm oblongoides castanhas face dorsal com depressotildees semicirculares face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg52rsquo234rdquo S 38deg38rsquo146rdquo O 492 m 30VII2008 fl TMS Melo 37 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo457rdquo S 38deg27rsquo301rdquo O 607 m 29VII2009 bot fl e fr TMS Melo 12 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquo S 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 fl e fr DD Vieira 172 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Pilatildeo Arcado Brejo do Morro 19III2006 fl EBSouza et al 1593 (HUEFS) Ribeira do Pombal 20 km da rod para Tucano 9VI2005 fl D Cardoso 562 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita agrave regiatildeo do semiaacuterido do Brasil com registros para os estados do Bahia Cearaacute Piauiacute e Pernambuco (Souza et al 2010)

Na APASB M longicalyx foi encontrada em bordas de estradas aacutereas abertas e pastagens com alta incidecircncia de luz Pode ser confundida com M baturitensis e M robustus das quais se diferencia por apresentar caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice sem alas

glomeacuterulo apical subtendido por 4 braacutecteas geralmente puacuterpuras na base e sementes com depressotildees semicirculares dorsais Coletada na aacuterea com flores e frutos de junho a julho

15 Mitracarpus robustus EBSouza amp ELCabral Rodrigueacutesia 2 345 2010 Figuras 6m-q

Mitracarpus frigidus (Willd ex Roem amp Schult) KSchum var humboldtianus KSchum Fl Bras 6 82 1888

Subarbusto erva ereta ou ascendente 40-120 cm alt monoica Caule tetragonal alado no aacutepice dos ramos glabro entrenoacutes 21-44 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-35 times 25-3 mm glabra a pubeacuterula 5-6 setas 3-5 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 20-75 times 5-15 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo margem inteira pubeacuterulo em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes em ambas as faces 3-4 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-8 por ramo floriacutefero multifloros 2(-4) braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-32 times 14-18 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 22-28 mm compr menores 06-12 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 25-35 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 1-15 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-28 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal ca 1 times 12 mm subglobosa marrom quando madura aacutepice pubescente sementes ca 06 times 06 mm oblongoides lilases face dorsal lisa face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 46 (HUNEB) Trilha secundaacuteria proacuteximo a casa da caixa drsquoaacutegua 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 47 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Conde Fazendo do Bu 13VIII1996 fl MC Ferreira et al 1023 (HRB) Jussiape em direccedilatildeo a Barra da Estiva 15VI2002 fl LP Queiroz et al 7125 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie distribuiacuteda no Brasil e na Guiana Francesa No Brasil sua ocorrecircncia estaacute registrada para o Distrito Federal e para os estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Sergipe Bahia Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Mitracarpus robustus eacute uma espeacutecie comum em solos argilosos ou areno-argilosos em solos lateriacuteticos em margens de estrada ou periferia de matas (Souza et al 2010) Na APASB estaacute distribuiacuteda nas bordas de florestas e apresenta um porte bastante robusto quando comparado agraves outras espeacutecies de Mitracarpus que ocorrem na aacuterea Pode ser diferenciada pelo caule tetragonal alado no aacutepice glomeacuterulo apical subtendido por 2 braacutecteas e sementes planas no dorso Floresce e frutifica na aacuterea em julho

16 Mitracarpus salzmannianus DC Prodr 4 571 1830 Figuras 7a-c

Mitracarpus frigidus var salzmannianus (DC) Martius Eichler amp Urban Fl bras 6 82 1888

Mitracarpus scabrellus Benth Hookerrsquos J Bot Kew Gard Misc 3 238 1841

Erva ereta 40-50 cm alt monoica Caule tetragonal pubescente entrenoacutes 65-90 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-18 times 15-2 mm pubescente 5-7 setas 4-6 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 10-42 times 2-13 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira pubescente em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma

119

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

nervuras proeminentes na face abaxial 3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 2-35 times 08-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos ca 1 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 3-32 mm compr menores 16-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 4-45 mm compr externamente piloso na metade superior anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos ca 15 mm compr triangulares pilosos externamente estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 04 mm compr anteras 05-06 mm

compr alvas estigma biacutefido estilete 5-65 mm compr Segundo Souza et al (2010) fruto caacutepsula deiscecircncia transversal (12-)15-25 mm compr obovoides glabras sementes 08-12 times 05-06 mm oblongoides ou globosas castanhas face dorsal sem depressotildees face ventral com encaixe em forma de ldquoY-invertidordquo

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 fl RR Varjatildeo 142 (HUNEB) 27VII2011 fl RR Varjatildeo 145 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Aldeia Serrota 19IX2005 fl M Colaccedilo 53 (HUEFS) Paulo Afonso Raso da

Figura 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) haacutebito b) estiacutepula c) flor d-g) Richardia grandiflora d) haacutebito e) estiacutepula f) flor g) fruto h-j) Staelia aurea h) ramo floriacutefero i) estiacutepula j) flor (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)Figure 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) habit b) stipule c) flower d-g) Richardia grandiflora d) habit e) stipule f) flower g) fruit h-j) Staelia aurea h) flowering branch i) stipule j) flower (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)

a

b

c

d

e

f

gh

i

j

120

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Catarina 10VIII2005 fl EB Miranda et al 805 (HUEFS) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1191 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Eacute uma espeacutecie amplamente distribuiacuteda ocorrendo na Guiana Francesa Suriname e Brasil No Brasil ocorre nos estados de Roraima Paraacute Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Goiaacutes Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Planta comum em solos arenosos habitando dunas campos ou chapadas tambeacutem presente como ruderal (Souza et al 2010) Na APASB foi encontrada em solos arenosos na vegetaccedilatildeo arbustiva Caracteriza-se pelo indumento denso e contiacutenuo que cobre toda a planta folhas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas aleacutem do tubo da corola com 4-45 mm compr caracteres que a diferenciam das outras espeacutecies de Mitracarpus Floresce na aacuterea em julho

17 Richardia grandiflora (Cham amp Schltdl) Steud Nomencl Bot 2 459 1841 Figuras 7d-g

Richardsonia grandiflora Cham amp Schltdl Linnaea 3 351 1828Erva procumbente ca 20 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice do ramos hirsuto entrenoacutes 8-78 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 3-5 mm pubeacuterula a hirsuta 4-7 setas 07-45 mm compr pubeacuterulas a hirsutas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 15-38 times 5-11 mm eliacuteptico a lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira estrigoso a escabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais multifloros 4 braacutecteas foliaacuteceas externas 14-17 times 7-8 mm internas 5-12 times 3-7 mm ovais hirsutas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 4-7 times 4-5 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 6 lobos iguais 3-4 mm compr lanceolados hirsutos corola alva roacutesea a lilaacutes infundibuliforme tubo 6-9 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 6-mera lobos 4-5 mm compr triangulares pilosos externamente estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 07-1 mm compr anteras 12-18 mm compr alvas estigma triacutefido estilete 8-11 mm compr Fruto esquizocarpo trecircs mericarpos 15-25 times 15-25 mm obovoide pardo quando maduro hirsuto a piloso sementes 15-2 times 06-1 mm subovoides castanhas dorso convexo sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai ao Povoado Queleacutes 9deg52rsquo532rdquo S 38deg32rsquo420rdquo O 650 m 22IX2010 fl e fr RR Varjatildeo 04 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquoS 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 bot DD Vieira 173 (HUNEB) 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 126 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 133 (HUNEB) Faz Serra Branca proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot RR Varjatildeo 79 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 1VII1995 fl FP Bandeira 173 (ALCB) Bosque de Algaroba 7VI2004 fl MVM Oliveira 748 (HUEFS) Rodelas Mocoacute 22I1987 fl GO Mattos amp BS Laacutezaro 55 (HRB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie encontrada por toda a Ameacuterica e como planta introduzida na Floacuterida Estados Unidos Ocorre nas regiotildees Norte a Sudeste e Centro-Oeste do Brasil nos estados do Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Pernambuco Bahia Mato Grosso Goiaacutes Minas Gerais Satildeo Paulo e Rio Grande do Sul (Lewis amp Oliver 1974 Delprete et al 2005 Delprete 2010)

Na APASB R grandiflora eacute muito frequente ao longo das estradas bordas da mata aacutereas abertas e pastagens com forte exposiccedilatildeo solar em solos arenosos e areno-argilosos Esta espeacutecie apresenta forte vigor vegetativo principalmente em solos feacuterteis

cobrindo completamente o solo (Delprete 2010) Pode ser confundida em campo com as espeacutecies de Diodella das quais se diferencia pelas flores hexacircmeras estigma triacutefido e frutos com trecircs mericarpos Floresce na aacuterea de maio a setembro e frutifica de junho a setembro de acordo com material analisado

18 Staelia aurea KSchum Fl Bras 677 1888 Figuras 7h-jErva ereta ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico pubeacuterulo

entrenoacutes 7-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubeacuterula 4-5 setas 05-2 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 12-27 times 14-4 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra abaxial com nervura esparsamente estrigosa venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 5-7 por ramo floriacutefero multifloros 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 14-22 times 1-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 2-26 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 3-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 2-25 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-2 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 6-65 mm compr Frutos e sementes natildeo observados

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1656 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 3VII1995 fl FP Bandeira 221 (ALCB HRB CEPEC) Juazeiro Serra do Mulato 28III2000 fl MR Fonseca et al 1247 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita ao Brasil Ocorre nas regiotildees Norte (sul do Paraacute) Centro-Oeste Nordeste e partes do Sudeste (Souza amp Sales 2004)

Staelia aurea eacute considerada uma espeacutecie de ampla distribuiccedilatildeo poreacutem na APASB eacute escassa Pode ser confundida com S virgata da qual se diferencia por apresentar caule pubeacuterulo tubo da corola 3-45 mm compr e 5-7 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Foi coletada na aacuterea com flores em junho

19 Staelia galioides DC Prodr 4 573 1830 Figuras 8a-dSpermacoce galioides Pohl ex DC Prodr 4 573 1830Erva ereta 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro

a pubeacuterulo entrenoacutes 03-08 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 15-2 mm pubeacuterula 3 setas 06-18 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 6-17 times 05-25 mm linear-lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 6-10 por ramo floriacutefero multifloros (2)-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 18-3 times 06-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 1-16 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo 35-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 15-24 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 15-18 mm compr anteras 08-1 mm compr alvas a lilases estigma biacutefido estilete 5-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 1-12 mm obovoide verde

121

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

glabra sementes 06-08 times 04-06 mm oblongoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg53rsquo471rdquo S 38deg39rsquo131rdquo O 196 m 21V2008 fl e fr MVV Romatildeo 239 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 22 (HUNEB) 9deg56rsquo807rdquo S 38deg27rsquo330rdquo O 24II2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 37 (HUNEB) 9deg55rsquo776rdquo S 38deg29rsquo40rdquo O 652m 8IV2011 fl e fr RR Varjatildeo 69 (HUNEB) 9deg32rsquo934rdquo S 38deg32rsquo234rdquo O 657 m 5V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 74

(HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 117 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Ribeira do Pombal 19V1981 fl P Geraldo13181 (CEPEC) Rodelas dunas cabeccedila de boi 24II1988 fl e fr RP Orlandi 828 (HRB)

Distribuiccedilatildeo A espeacutecie apresenta distribuiccedilatildeo exclusiva no Brasil Ocorre na regiatildeo Centro-Oeste em Goiaacutes e Tocantins e no Nordeste em Alagoas Bahia Pernambuco e Piauiacute (Souza amp Sales 2004)

Figura 8 a-d) Staelia galioides a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Staelia virgata e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Tocoyena formosa i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)Figure 8 a-d) Staelia galioides a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Staelia virgata e flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Tocoyena formosa i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)

a

b c

d

e

f

g

h

i

j

k

l

122

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Na APASB a espeacutecie eacute amplamente distribuiacuteda apresentando nuacutemero elevado de indiviacuteduos Eacute encontrada em aacutereas abertas bordas de estradas e no interior da vegetaccedilatildeo subarbustiva em solos arenosos Pode ser reconhecida por apresentar estiacutepulas com 3 setas limbo linear-lanceolado lobos do caacutelice 1-16 mm compr diferenciando-se de S aurea que possui estiacutepulas com 4-5 setas limbo lanceolado e lobos do caacutelice 2-26 mm compr Floresce e frutifica na aacuterea de janeiro a junho

20 Staelia virgata (Link ex Roem amp Schult) KSchum Fl Bras 6(6) 76 1889 Figuras 8e-h

Spermacoce virgata Link ex Roem amp Schult Syst Veget 3 281 531 1818

Erva ereta ca 60 cm alt monoica Caule tetragonal glabro a glabrescente entrenoacutes 10-33 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2times ca 18 mm pubeacuterula no aacutepice 5-7 setas 12-25 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 13-30 times 1-3 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente em ambas as faces 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-4 por ramo floriacutefero multifloros 2-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 25-3 times 1-15 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 25-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo ca 5 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 25-3 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 2-3 mm compr anteras 08-12 mm compr alvas estigma biacutefido estilete ca 8 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 08-1 mm obovoide verde hirsuto sementes 06-1 times ca 04 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai da ESEC-Raso da Catarina agrave APA Serra Branca 9deg52rsquo78rdquo S 38deg31rsquo65rdquo O 624 m 27VII2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 140 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos estrada para a estaccedilatildeo bioloacutegica 26VI2002 fl LP Queiroz et al 7197 (HUEFS) Gloacuteria Serrota 2IX2006 fl S Leal 39 (HUEFS) Paulo Afonso BR-110 Norte 23VIII2005 fl DS Carneiro-Torres et al 483 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Ocorre em todo o Brasil parte dos territoacuterios do Peru Boliacutevia Paraguai ateacute o norte da Argentina No Brasil sua distribuiccedilatildeo vai desde o Amazonas Bahia Cearaacute Maranhatildeo Paraacute Paraiacuteba Pernambuco Piauiacute ateacute os estados da regiatildeo Sul (Souza amp Sales 2004)

Considerada por Souza amp Sales (2004) a espeacutecie mais amplamente distribuiacuteda entre as estudadas em seu trabalho S virgata foi encontrada na APASB apenas no periacuteodo chuvoso em vegetaccedilatildeo subarbustiva Pode ser confundida com as outras espeacutecies de Staelia ocorrentes na aacuterea diferenciando-se pelo conjunto de caracteriacutesticas caule glabro a glabrescente estiacutepula com 5-7 setas tubo da corola ca 5 mm compr e 2-4 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Encontrada na aacuterea com flores e frutos em julho

21 Tocoyena formosa (Cham amp Schltdl) KSchum Fl Bras 6 347 1889 Figuras 8i-l

Gardenia formosa Cham amp Schltdl Linnaea 4 200 1829Arbusto 13-17 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro

pubeacuterulo no aacutepice entrenoacutes 4-22 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 4-7 times 6 -8 mm glabras internamente pubeacuterulas e com coleacuteteres Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas a subcoriaacuteceas peciacuteolos 5-17 mm compr pubeacuterulos limbo

75-150 times 45-80 mm oval a eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial pubescente abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em dicaacutesios congestos terminais 4-7-floro peduacutenculo 2-7 mm compr pubeacuterulo braacutecteas e bracteacuteolas natildeo visualizadas Bototildees florais ovais 25-100 times 6-9 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas subseacutesseis caacutelice 5 lobos denteados 08-1 mm compr triangulares tomentosos tubo 1-2 mm compr tomentoso corola amarela hipocrateriforme tubo 75-95 mm compr externamente tomentoso internamente glabro 5-mera lobos 12-27 mm compr obovados externamente tomentosos internamente glabros estames exsertos seacutesseis anteras 7-10 mm compr marrons estigma biacutefido estilete 84-98 mm compr Fruto baga 25-35 times 18-30 mm globosa negra quando madura pubeacuterula sementes 5-6 times 45-7 mm orbiculares planas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 17I2006 fr GC Sessegolo 158 (MBM) 9deg57rsquo044rdquo S 38deg42rsquo289rdquo O 313 m 13III2008 fr AS Conceiccedilatildeo 1268 (HUNEB) Baixa grande 9deg58rsquo370rdquo S 38deg27rsquo086rdquo O 561 m 19III2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1560 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fr AS Conceiccedilatildeo 1707 (HUNEB) 9deg55rsquo48rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot RR Varjatildeo 24 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 27 (HUNEB) 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 bot e fr RR Varjatildeo 65 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 16II2003 fl FHM Silva et al322 (HUEFS) Tucano Estrada para Ribeira do Pombal 21III1992 fl AM Carvalho et al 3894 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Esta espeacutecie tem ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica do Sul encontrada no Suriname Brasil e Paraguai ocorrendo em todas as regiotildees brasileiras (Prado 1987)

Na APASB os indiviacuteduos encontram-se distribuiacutedos nas bordas e interior da vegetaccedilatildeo de porte arbustivo-arboacutereo e solos arenosos T formosa pode ser reconhecida na aacuterea pelo haacutebito arbustivo de flores vistosas tubo da corola 75-95 mm compr amarela e baga com 25-35 times 18-30 mm negra quando madura Floresce na aacuterea de janeiro a maio e frutifica em janeiro maio e junho

Agradecimentos

Agrave Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) pelo apoio financeiro ao projeto (PET 00232007) Agrave CAPES pela concessatildeo da bolsa de mestrado a primeira autora Aos curadores e teacutecnicos dos Herbaacuterios visitados e ao Natanael Santos pelas ilustraccedilotildees botacircnicas Aos dois revisores anocircnimos pelas significativas contribuiccedilotildees ao manuscrito

Referecircncias BibliograacuteficasBARBOSA MRV amp ZAPPI D 2002 Distribuiccedilatildeo das espeacutecies de

Rubiaceae na caatinga In Vegetaccedilatildeo e Flora da caatinga (EVSB Sampaio AM Giulietti JE Virginio CFL Gamarra-Rojas eds) APNECNIP Recife p155-157

BARBOSA MRV SOUSA EB amp JARDIM JG 2006 Rubiaceae In Checklist das Plantas do Nordeste Brasileiro Angiospermas e Gymnosperma (MRV Barbosa C Sothers S Mayo CFL Gamarra-Rojas amp CA Mesquita eds) Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia Brasiacutelia p135-140

BARBOSA MR ZAPPI D TAYLOR C CABRAL E JARDIM JG PEREIRA MS CALIOacute MF PESSOA MCR SALAS R SOUZA EB DI MAIO FR MACIAS L ANUNCIACcedilAtildeO EA DA GERMANO FILHO P amp OLIVEIRA JA 2012 Rubiaceae In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000210 (uacuteltimo acesso em 06112012)

123

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

BARBOSA MR 2012 Guettarda In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB014052 (uacuteltimo acesso em 06112012)

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente - MMA 2007 Aacutereas prioritaacuterias para conservaccedilatildeo uso sustentaacutevel e reparticcedilatildeo dos benefiacutecios da biodiversidade brasileira Secretaria de Biodiversidade e Florestas Brasiacutelia Mapa versatildeo 22 set2007

BRUMMITT RK amp POWELL CE 1992 Authors of plant names Royal Botanic Gardens Kew London

CABRAL EL amp BACIGALUPO NM 2005 Novelties in Spermacoceae (Rubiaceae) from Bolivia and Paraguay Brittonia 57(2)129-140 httpdxdoiorg1016630007-196X(2005)057[0129NISRFB]20CO2

CABRAL EL amp FADER AAC 2010 Nuevas combinaciones y nuevos sinocircnimos en especies de Brasil de Diodia s lat (Spermacoceae - Rubiaceae) Rodrigueacutesia 61(1)119-121

CABRAL EL MIGUEL LM amp SALAS RM 2011 Dos especies nuevas de Borreria (Rubiaceae) sinopsis y clave de las especies para Bahia Brasil Acta Bot Bras 25(2)255-276 httpdxdoiorg101590S0102-33062011000200002

CABRAL E amp SALAS R 2012 Diodella In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB038741 (uacuteltimo acesso em 06112012)

CAMPOS MTVA ZAPPI DC CALIOacute MF amp PIRANI JR 2006 Flora de Gratildeo-Mogol Minas Gerais Rubiaceae Bol Bot Univ Satildeo Paulo 2441-67

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2004 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v1 344p

DELPRETE PG amp SOUZA EB 2004 Psychotria carrascoana (Rubiaceae) a new species from the Carrasco Vegetation of Northeastern Brazil Novon 14158-162

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2005 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v2 p345-842

DELPRETE PG 2010 Rubiaceae In Flora do Estado de Goiaacutes e Tocantins (JA Rizzo org) PRPPGUFG IRD Goiacircnia v40 1610p

FORZZA RC COSTA A WALTER BMT PIRANI JR MORIM MP QUEIROZ LP MARTINELLI G PEIXOTO AL COELHO MAN BAUMGRATZ JFA STEHMANN JR LOHMANN LG amp HOPKINS M 2012 Angiospermas In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000032 (uacuteltimo acesso em 05112012)

JARDIM JG amp SOUZA EB 2006 Rubiaceae In Diversidade e Caracterizaccedilatildeo das Faneroacutegamas do Semiaacuterido Brasileiro (AM Giulietti AA Conceiccedilatildeo amp LP Queiroz orgs) Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife p203-209

JARDIM JG 2012 Leptoscela In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB020761 (uacuteltimo acesso em 06112012)

JUNG-MENDACcedilOLLI SL 2007 Rubiaceae In Flora Fanerocircgama do Estado de Satildeo Paulo (MGL Wanderley GJ Shepherd TS Melhem amp AM Giulietti coords) FAPESBRIMA Satildeo Paulo v5 p259-447

GOVAERTS R ANDERSSON L ROBBRECHT E BRIDSON D DAVIS A SCHANZER I amp SONKE B 2011 [continuously uploaded] World Checklist of Rubiaceae Facilitated by the Royal Botanic Gardens httpappskeworgwcspqsearchdo (uacuteltimo acesso em 2422012)

HARRIS JG amp HARRIS MW 2001 Plant identification terminology An illustrated glossary 2 ed Spring Lake Publishing Spring Lake

LEAL IR SILVA JMC Da TABARELLI M amp LACHER TE 2005 Changing the Course of Biodiversity Conservation in the caatinga of Northeastern Brazil Conserv Biol 19(3)701-706 httpdxdoiorg101111j1523-1739200500703x

LEWIS WH amp OLIVER RL 1974 Revision of Richardia (Rubiaceae) Brittonia 26271-301 httpdxdoiorg1023072805730

MARGALHO LF ROCHA AES amp SECCO RS 2009 Rubiaceae Juss da restinga da APA de AlgodoalMaiandeua Maracanatilde Paraacute Brasil Bol Mus Para Emiacutelio Goeldi Cienc Nat 4(3)303-339

MORI SA SILVA LAM LISBOA GE amp CORADIN L 1989 Manual de Manejo do Herbaacuterio Fanerogacircmico Centro de Pesquisa do Cacau Ilheacuteus

PEEL MC FINLAYSON BL amp MCMAHON TA 2007 Updated world map of the Koumlppen-Geiger climate classification Hydrol Earth Syst Sc 111633-1644 httpdxdoiorg105194hess-11-1633-2007

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2004 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelias Antirheoideae Cinchonoideae e Ixoroideae Acta Bot Bras 18(2)305-318 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000200010

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2006 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelia Rubioideae Acta Bot Bras 20(2)455-470 httpdxdoiorg101590S0102-33062006000200021

PRADO AL 1987 Revisatildeo taxonocircmica do gecircnero Tocoyena Aubl (Rubiaceae) no Brasil Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Estadual de Campinas Satildeo Paulo

RADFORD AE DICKISON WC MASSEY JR amp BELL R 1974 Vascular Plant Systematics Harper amp Row publishers New York

ROBBRECHT E 1988 Tropical woody Rubiaceae Characteristic features and progressions Contributions to a new subfamilial classification Opera Bot Belg 11-271

SOUZA EB amp SALES MF 2004 O gecircnero Staelia Cham amp Schtdl (Rubiaceae-Spermacoceae) no Estado de Pernambuco Brasil Acta Bot Bras 18(4)921-928 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000400023

SOUZA EB CABRAL EL amp ZAPPI DC 2010 Revisatildeo de Mitracarpus (Rubiaceae - Spermacoceae) para o Brasil Rodrigueacutesia 61(2)319-352

SZABO AV ROCHA ACS TOSATO JAC amp BARROSO W 2007 Aacuterea de proteccedilatildeo ambiental (APA) Serra Branca Raso da Catarina In As caatingas debates sobre a Ecorregiatildeo do Raso da Catarina (J Marques org) Fonte Viva Paulo Afonso p21-40

TAYLOR CM 2005 Margaritopsis (Rubiaceae Psychotrieae) in the Neotropics Syst Geogr Pl 75(2)161-177

THIERS B 2011 [continuously updated] Index Herbariorum a global directory of public herbaria and associated staff New York Botanical Gardenrsquos Virtual Herbarium httpsweetgumnybgorgih (uacuteltimo acesso em 28102011)

VELLOSO AL SAMPAIO EVSB GIULIETTI AM BARBOSA MRV CASTRO AAJF QUEIROZ LP FERNANDES A OREN DC CESTARO LA CASTRO AJE PAREYN FGC SILVA FBR MIRANDA EE KEEL S amp GONDIM RS 2002 Ecorregiotildees Propostas para o Bioma caatinga TNC-Brasil Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife

ZAPPI DC amp STANNARD BL 1995 Rubiaceae In Flora of the Pico das Almas Chapada Diamantina Bahia Brazil (BL Stannard ed) Royal Botanic GardensUSPCEPLAC Kew p546-578

ZAPPI DC amp NUNES TS 2002 Preliminary list of the Rubiaceae in Nortehastern Brazil Royal Botanic Gardens Kew

Recebido em 09072012 Versatildeo reformulada recebida em 15112012

Publicado em 03042013

Page 5: Biota Neotrop., vol. 13, no. 2 - redalyc.org · Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico

108

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

13 Tubo da corola externamente glabro caacutepsula com deiscecircncia septicida bainha estipular glabra a pubescente14 Inflorescecircncias em cincinos caacutelice com 5

lobos folhas pecioladas 11 Leptoscela ruellioides

14rsquo Inflorescecircncias em glomeacuterulos caacutelice com 2-3 lobos folhas seacutesseis15 Folhas com 2 pares de nervuras

secundaacuterias inconspiacutecuas na face adaxial glomeacuterulos globosos 2 Borreria verticillata

15rsquo Folhas com 4-5 pares de nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces glomeacuterulos subglobosos 1 Borreria spinosa

13rsquo Tubo da corola externamente hirsuto caacutepsula com deiscecircncia transverso-obliacutequa bainha estipular pubeacuterula16 Bainha estipular com 3 setas limbo linear-

lanceolado lobos do caacutelice 1-16 mm compr 19 Staelia galioides

16rsquo Bainha estipular com 4-7 setas limbo lanceolado lobos do caacutelice 2-3 mm compr17 Caule pubeacuterulo tubo da corola

3-45 mm compr 5-7 glomeacuterulos por ramo floriacutefero 18 Staelia aurea

17rsquo Caule glabro a glabrescente tubo da corola ca 5 mm compr 2-4 glomeacuterulos por ramo floriacutefero 20 Staelia virgata

12rsquo Corola hipocrateriforme caacutelice com lobos desiguais caacutepsula com deiscecircncia transversal

18 Tubo da corola com 4-45 mm compr caule pubescente 17 Mitracarpus salzmannianus

18rsquo Tubo da corola com 1-35 mm compr caule glabro a pubeacuterulo19 Sementes com impressatildeo cruciforme

dorsal folhas com 2-4 mm larg tubo da corola ca 1 mm compr 14 Mitracarpus baturitensis

19rsquo Sementes sem impressatildeo cruciforme dorsal folhas com 5-15 mm larg tubo da corola 15-35 mm compr20 Caule ciliacutendrico a tetragonal no

aacutepice sem alas glomeacuterulo apical subtendido por 4 braacutecteas sementes com depressotildees semicirculares dorsais 15 Mitracarpus longicalyx

20rsquo Caule tetragonal alado no aacutepice glomeacuterulo apical subtendido por 2 braacutecteas sementes planas no dorso 16 Mitracarpus robustus

TRATAMENTO TAXONOcircMICORubiaceae Juss Genera Plantarum 196 1789 Gecircnero tipo

Rubia L Species Plantarum 1 109 1753Aacutervores arbustos ou ervas ocasionalmente trepadeiras ou

lianas raro epiacutefitas Ramos ciliacutendricos agraves vezes angulosos ou decussadamente achatados Folhas simples inteiras opostas raro pseudo-alterna ou pseudoverticiladas seacutesseis ou pecioladas estiacutepulas interpeciolares persistentes ou deciacuteduas livres ou concrescidas

entre si inteiras bipartidas fimbriadas ou foliaacuteceas Inflorescecircncias terminais ou axilares geralmente cimosas multifloras ou paucifloras raramente flores solitaacuterias braacutecteas e bracteacuteolas persistentes ou deciacuteduas Flores monoclinas ou unissexuais distilia presente ou natildeo actinomorfas raro zigomorfas isostecircmones diclamiacutedeas simpeacutetalas livre em Dialypetalanthus (3)4-6 ou 11-13(-15) mera caacutelice truncado denteado comumente lobado corola hipocrateriforme infundibuliforme campanulada ou tubulosa de prefloraccedilatildeo valvar contorta ou imbricada Estames epipeacutetalos inclusos ou exsertos anteras livres rimosas dorsifixas ou basifixas Ovaacuterio iacutenfero excepcionalmente semi-iacutenfero dois raramente trecircs carpelos dois ou mais loacuteculos raramente um loacuteculo um a muitos oacutevulos por loacuteculo placentaccedilatildeo apical basal ou axial disco nectariacutefero inteiro ou bipartido anular carnoso estilete usualmente inteiro estigma inteiro ou com ramos estigmaacuteticos no mesmo nuacutemero dos loacuteculos Frutos deiscentes ou indeiscentes carnosos ou secos bacaacuteceos drupaacuteceos capsulares e esquizocaacuterpicos Sementes uma a numerosas planas angulosas ou ciliacutendricas com ou sem alas sulcadas ou natildeo endosperma farto raro escasso ou ausente

1 Borreria spinosa (L) Cham amp Schltdl Linnaea 3 340 1828 Figuras 2a-d

Spermacoce spinosa L Syst Nat (ed 10) 2 890 1762Borreria densiflora DC Prodr 4 542 1830Erva ereta a procumbente 15-50 cm alt monoica Caule tetragonal

glabro entrenoacutes 12-48 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 25-4 times 3-4 mm glabra a pubescente 7-9 setas 3-55 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 15-47 times 4-12 mm eliacuteptico a lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces face abaxial com papilas na nervura central venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces 4-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos subglobosos terminais e axilares 1-2 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 25-3 times 1-15 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 16-2 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a roacutesea nos lobos infundibuliforme tubo 12-2 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 1-14 mm compr triangulares glabros estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 14-2 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 2-3 times 1-12 mm oblonga marrom quando madura aacutepice piloso sementes ca 15 times 04-06 mm oblongoides castanhas reticuladas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Entrada da APA 9deg57rsquo301rdquo S 38deg26rsquo193rdquo O 524 m 16VI2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 110 (HUNEB) 16VI2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 111 (HUNEB) 16VI2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 112 (HUNEB) 9deg57rsquo47rdquo S 38deg26rsquo31rdquo O 554 m 16VI2011 bot fl e fr DD Vieira 163 (HUNEB) Estrada principal que vai ao Povoado Queleacutes 9deg57rsquo71rdquo S 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 bot fl e fr DD Vieira 171 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg52rsquo78rdquo S 38deg31rsquo65rdquo O 624 m 16VI2011 bot fl e fr DD Vieira 167 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Caititeacute 15III1995 bot e fl G Hatschbach amp JM Silva 61930 (MBM) Feira de Santana Serra do Satildeo Joseacute 4IV2005 bot fl e fr SF Conceiccedilatildeo et al 230 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Ocorre na Ameacuterica desde o Meacutexico Antilhas ateacute a Argentina No Brasil eacute encontrada no Centro-Oeste e Nordeste nos estados da Bahia Cearaacute Maranhatildeo Piauiacute Tocantins e Goiaacutes (Cabral et al 2011)

109

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

Borreria densiflora DC foi considerado o nome vaacutelido e mais antigo para a espeacutecie descrita primeiramente como Spermacoce spinosa L por conta da dificuldade de encontrar o material tipo Recentemente Cabral et al (2011) propuseram o restabelecimento de Borreria spinosa ao confirmar a existecircncia do holoacutetipo do exemplar tipo de Linnaeus e a sinonimizaccedilatildeo de B densiflora descrita com base em uma duplicata do mesmo material Neste trabalho optou-se

por natildeo utilizar o conceito proposto recentemente por Cabral et al (2011) para variedades desta espeacutecie

Borreria spinosa eacute considerada como espeacutecie ruderal que se desenvolve bem nos ambientes de cerrado e caatinga (Cabral et al 2011) Na APASB esta espeacutecie foi encontrada apenas no periacuteodo chuvoso em ambiente de caatinga arbustiva em aacutereas abertas e bordas de estradas A espeacutecie variou de erva ereta a procumbente podendo

a

b

c

d

e

fg h

Figura 2 a-d) Borreria spinosa a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Borreria verticillata e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto (a-d) DD Vieira 163 e-h) RR Varjatildeo 115)Figure 2 a-d) Borreria spinosa a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Borreria verticillata e) flowering branch f) stipule g) flower h) fruit(a-d) DD Vieira 163 e-h) RR Varjatildeo 115)

110

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

ser identificada em campo pelas folhas com nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces e glomeacuterulos subglobosos Floresce e frutifica na aacuterea em junho

2 Borreria verticillata (L) GMey Prim Fl Esseq 83 1818 Figuras 2e-h

Spermacoce verticillata L Sp Pl 1 102 1753Erva ereta 30-50 cm alt monoica Caule tetragonal glabro

entrenoacutes 6-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times ca 3 mm pubescente 5-9 setas 08-4 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 10-32 times 1-6 mm lanceolado base cuneada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces nervura hiacutespida na face abaxial venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas na face adaxial 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos globosos terminais subterminais e axilares 1-3 por ramo floriacutefero multifloros 3-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 2-25 times ca 1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2-3 lobos iguais 1-15 mm compr lanceolados margem inteira corola alva infundibuliforme tubo 08-2 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 06-1 mm compr triangulares glabros estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 03-05 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 08-22 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 15-2 times ca 1 mm oblonga marrom quando madura glabra a pubeacuterula sementes 1-12 times ca 05 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 15I2006 bot fl e fr GC Sessegolo 83 (MBM) Estrada para ESEC 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1703 (HUNEB) Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo59rdquo S 38deg26rsquo24rdquo O 506 m 17X2009 bot fl e fr E Melo et al 6706 (HUEFS) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 5IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 28 (HUNEB) 9deg56rsquo376rdquo S 38deg27rsquo511rdquo O 588 m 28I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 36 (HUNEB) Entrada da APA 9deg57rsquo301rdquo S 38deg26rsquo193rdquo O 524 m 28I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 31 (HUNEB) 8IV2011 fl e fr RR Varjatildeo 60 (HUNEB) 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 115 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Beira do rio seco 18X2009 bot fl e fr E Melo et al 6724 (HUEFS) Rodelas Itacotiara 21I1987 fl e fr BS Laacutezaro amp GO Mattos e Silva 36 (HRB)

Distribuiccedilatildeo Distribui-se dos Estados Unidos ao norte da Argentina e foi introduzida no Oeste da Aacutefrica No Brasil eacute encontrada em quase todos os estados (Delprete et al 2005 Jung-Mendaccedilolli 2007 Cabral et al 2011)

Borreria verticillata eacute uma erva ereta muito ramificada que eacute geralmente confundida em herbaacuterios com B spinosa (= B densiflora) podendo ser diferenciada atraveacutes das folhas com 2 pares de nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas na face adaxial e glomeacuterulos globosos Enquanto B spinosa apresenta folhas com 4-5 pares de nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces e glomeacuterulos subglobosos Na APASB esta espeacutecie eacute bastante abundante ocorrendo amplamente nas aacutereas abertas aacutereas de mata margens de estradas e pastagens sem preferecircncias por condiccedilotildees fiacutesicas especiais Coletada com flores e frutos na aacuterea em janeiro abril junho novembro e dezembro

3 Cordiera rigida (KSchum) Kuntze Revis Gen Pl 1 279 1891 Figuras 3a-e

Alibertia rigida KSchum Fl Bras 6(6) 391 1889Arbusto 05-6 m alt dioico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes

5-64 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas 07-3 times 12-25 mm inteiras triangulares aacutepice aristado glabras a pubeacuterulas Folhas opostas

cruzadas coriaacuteceas seacutesseis limbo 11-55 times 10-37 mm obovado a eliacuteptico base cuneada aacutepice obtuso a subagudo margem inteira levemente revoluta vernicoso na face adaxial glabro em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras secundaacuterias e terciaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces 4-8 pares Inflorescecircncias terminais masculinas fasciculadas 3-5-floro femininas unifloras seacutesseis 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais fusiformes 6-10 times 15-2 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores diclinas homostiacutelicas seacutesseis flores masculinas caacutelice truncado ca 1 mm compr pubeacuterulo corola creme com lobos alvos a vinaacuteceos hipocrateriforme tubo 3-6 mm compr externamente glabrescente a pubeacuterula internamente glabra 4-mera lobos 2-3 mm compr deltoides glabrescentes estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 2-4 mm compr cremes estigma biacutefido natildeo receptivo estilete 4-7 mm compr flores femininas caacutelice truncado 1-2 mm compr pubeacuterulo corola 6-7 mm compr creme com lobos alvos a vinaacuteceos hipocrateriforme tubo 4-5 mm compr externamente glabrescente a pubeacuterula internamente glabra 4-mera lobos 2-3 mm compr deltoides glabrescentes estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras 15-4 mm compr cremes sem poacutelen estigma biacutefido estilete 55-7 mm compr Fruto baga 4-8 times 5-10 mm globosa negra quando madura glabra sementes 3-4 times 2-3 mm obcocircnicas amarelo-esverdeadas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 15I2006 fr GC Sessegolo et al 65 (ALCB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo018rdquo S 38deg32rsquo395rdquo O 650 m 22IX2010 fl DD Vieira 85 (HUNEB) 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 4XII2010 fr RR Varjatildeo 17 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 29 (HUNEB) Faz Serra Branca Trilha em direccedilatildeo ao Araccedilaacute 9deg54rsquo126rdquo S 38deg38rsquo483rdquo O 541 m 21VIII2008 fl MVV Romatildeo 242 (HUNEB) Trilha da ladeira grande 9deg53rsquo335rdquo S 38deg40rsquo48rdquo O 485 m 18IX2008 fl MVV Romatildeo 313 (HUNEB) Baixatildeo da Serra Branca 9deg52rsquo182rdquo S 38deg38rsquo349rdquo O 503 m 21XI2008 fr TMS Melo 24 (HUNEB) Trilha agrave direita do portal 9deg52rsquo135rdquo S 38deg37rsquo574rdquo O 537 m 12XII2008 fr MVV Romatildeo 467 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 22VIII2003 fl e fr FHM Silva amp LCL Lima 434 (HUEFS) Paulo Afonso Raso da Catarina 11VIII2005 fl JG Carvalho-Sobrinho et al 547 (HUEFS) 7XII1982 fl e fr LP Queiroz 448 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Brasil ocorrendo nos estados da Bahia Piauiacute Maranhatildeo Cearaacute Pernambuco Goiaacutes Minas Gerais Satildeo Paulo e Tocantins (Delprete 2010)

Na APASB C rigida eacute encontrada como arbusto ocorrendo no interior e borda da vegetaccedilatildeo subarbustiva e arbustiva-arboacuterea em solos arenosos Caracteriza-se por apresentar flores unissexuadas as masculinas em inflorescecircncias de 3-5-floro apresentando estigma natildeo receptivo e as femininas unifloras apresentando anteras sem poacutelen Em campo eacute possiacutevel identificar os indiviacuteduos femininos atraveacutes do hipanto turbinado e na ausecircncia das flores pela presenccedila dos frutos Os frutos em completa maturaccedilatildeo satildeo adocicados e segundo Delprete (2010) satildeo comestiacuteveis Floresce na aacuterea de agosto a janeiro e frutifica de novembro a janeiro

4 Cordiera sp Figuras 3f-jArbusto 25-4 m alt dioico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes

5-57 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas 1-25 times 1 -3 mm inteiras triangulares glabras a pubeacuterulas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 05-2 mm compr limbo 35-75 times 18-48 mm oval a eliacuteptico base cuneada a obtusa aacutepice obtuso a agudo margem crenulada nervura principal pubeacuterula em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras secundaacuterias proeminentes na face abaxial 7-8 pares Inflorescecircncias terminais as masculinas fasciculadas

111

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

4-7-floro as femininas natildeo observadas seacutesseis braacutecteas foliaacuteceas deciacuteduas bracteacuteolas ausentes ou inconspiacutecuas Bototildees florais fusiformes 45-6 times 1-15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores diclinas homostiacutelicas seacutesseis flores masculinas caacutelice truncado ca 2 mm compr glabrescente corola amarela com tubo e bordos dos lobos vinaacuteceos hipocrateriforme tubo 55-6 mm compr externamente pubeacuterula internamente glabra 5-mera lobos 25-3 mm compr deltoides pubeacuterulos estames inclusos porccedilatildeo livre dos

filetes 05-1 mm compr anteras 4-45 mm compr cremes estigma biacutefido natildeo receptivo estilete 55-6 mm compr flores femininas natildeo observadas Fruto baga 11-16 times 13-17 mm subglobosa negra quando madura glabra sementes 5-66 times 4-5 mm obcocircnicas amarelo-acastanhadas exotesta estriada

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg54rsquo010rdquo S 38deg41rsquo008rdquo O 399 m 5XI2010 fr LR Silva 10 (HUNEB) 9deg54rsquo066rdquo S 38deg41rsquo008rdquo O 383 m 8XII2011

a

b

c

d

e

f

g

h

k

l

m

n

i

j

Figura 3 a-e) Cordiera rigida a) ramo floriacutefero masculino b) ramo frutiacutefero c) estiacutepula d) flor masculina e) fruto f-j) Cordiera sp f) ramo floriacutefero masculino g) ramo frutiacutefero detalhe da margem da folha h) estiacutepula i) flor masculina j) fruto k-n) Diodella gardneri k ramo floriacuteferofrutiacutefero l estiacutepula m flor n fruto (ad) RR Varjatildeo 17 bce) DD Vieira 85 fj) RR Varjatildeo 165 g-i) RR Varjatildeo 164 k-m) RR Varjatildeo 124 n) RR Varjatildeo 23)Figure 3 a-e) Cordiera rigida a) flowering branch male b) fruiting branch c) stipule d) male flower e) fruit f-j) Cordiera sp f) flowering branch male g) fruiting branch detail leaf margin h) stipule i) male flower j) fruit k-n) Diodella gardneri k) floweringfruiting branch l) stipule m) flower n) fruit (ad) RR Varjatildeo 17 bce) DD Vieira 85 fj) RR Varjatildeo 165 g-i) RR Varjatildeo 164 k-m) RR Varjatildeo 124 n) RR Varjatildeo 23)

112

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

bot e fl RR Varjatildeo 164 (HUNEB) 9deg54rsquo054rdquo S 38deg40rsquo987rdquo O 406 m 8XII2011 fr RR Varjatildeo 165 (HUNEB)

Cordiera sp conhecida por apenas trecircs espeacutecimes apresenta caracteriacutesticas distintas de C rigida espeacutecie comumente encontrada na aacuterea de estudo e com muitos registros em herbaacuterios Diferencia-se atraveacutes das folhas pecioladas com a margem crenulada e frutos maiores (11-16 times 13-17 mm vs 4-8 times 5-10 mm) A consulta a referecircncias bibliograacuteficas disponiacuteveis das espeacutecies citadas para o Brasil bem como a comparaccedilatildeo com espeacutecimes de herbaacuterios natildeo possibilitou a identificaccedilatildeo do taacutexon Entretanto seratildeo necessaacuterias mais investigaccedilotildees para definir sua identidade Encontrada na aacuterea com flores e frutos em novembro e dezembro

5 Diodella gardneri (KSchum) Bacigalupo amp ELCabral Darwiniana 44(1) 98 2006 Figuras 3k-n

Diodia gardneri KSchum Fl Bras 6(6) 402 1888Borreria gardneri (KSchum) Bacigalupo amp ELCabral Opera

Bot Belg 7 307 1996Erva ereta ou escandente 80-160 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice dos ramos glabrescente a pubeacuterulo entrenoacutes 10-70 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-2 times ca 3 mm tomentosa 6-9 setas 1-3 mm compr pubescentes Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 7-21 times 3-8 mm eliacuteptico base atenuada a cuneada aacutepice agudo a acuminado margem revoluta face adaxial escabra abaxial pubescente venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias evidentes na face abaxial 3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares 4-8 por ramo floriacutefero 7-12-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Botatildeo floral oblongo 8-9 times 4-5 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 4 lobos iguais 5-9 mm compr lanceolados pubescentes corola alva a roacutesea infundibuliforme tubo 4-5 mm compr internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 3-4 mm compr triangulares externamente pilosos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 1-15 mm compr anteras 15-2 mm compr alvas a lilases estigma levemente bilobado estilete 6-10 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos 2-4 times ca 3 mm obovoide vinaacuteceo quando maduro pubescente sementes 25 times ca 2 mm obovoides castanhas sulco longitudinal na face ventral aacutepice recurvado ventralmente

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca proacuteximo a sede 9deg55rsquo375rdquo S 38deg42rsquo181rdquo O 19IV2008 fl AS Conceiccedilatildeo 1354 (HUNEB) Trilha do Tanque das pedrinhas 9deg53rsquo279rdquo S 38deg40rsquo48rdquo O 474 m 26VI2008 fl AS Conceiccedilatildeo 1414 (HUNEB) Limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1673 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo165rdquo S 38deg29rsquo241rdquo O 9VIII2009 fl e fr MVV Romatildeo 535 (HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 fl RR Varjatildeo 03 (HUNEB) 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 fl e fr RR Varjatildeo 23 (HUNEB) Proacuteximo a baixa do chiqueiro 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 fl RR Varjatildeo 67 (HUNEB) Proacuteximo agrave casa de Gilson 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl RR Varjatildeo 124 (HUNEB) Faz Serra Branca Proacuteximo agrave casa do IBAMA 9deg55rsquo453rdquo S 38deg42rsquo259rdquo O 375 m 6V2011 fl RR Varjatildeo 82 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos trilha para toca das araras 10V1993 fl e fr MC Ferreira 507 (HRB) Gloacuteria Brejo do burgo 2VII1995 fl FP Bandeira 215 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina 18I1981 fl ML Guedes 303 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Brasil ocorrendo nos estados da Bahia Cearaacute Piauiacute e Minas Gerais (Cabral amp Fader 2010 Cabral amp Salas 2012)

A espeacutecie ocorre comumente na caatinga ou na transiccedilatildeo caatinga-cerrado (Cabral amp Fader 2010) Na APASB eacute uma espeacutecie

amplamente distribuiacuteda encontrada nas bordas e interior de vegetaccedilatildeo subarbustiva e arbustiva-arboacuterea em solos arenosos Caracteriza-se por apresentar haacutebito ereto a escandente aleacutem dos lobos do caacutelice com 5-9 mm compr e fruto pubescente Foi coletada na aacuterea com flores e frutos de janeiro a setembro

6 Diodella radula (Willd ex Roem amp Schult) Delprete Fl Ilustr Catarin Rubiaceas I 174 2004 Figuras 4a-d

Spermacoce radula Willd ex Roem amp Schult Syst Veg 3 351 1818

Diodia radula (Roem amp Schult) Cham amp Schltdl Linnaea 3 342 1828

Erva ereta ou decumbente 40-120 cm alt monoica Caule tetragonal no aacutepice dos ramos pubescente no aacutepice raro viloso entrenoacutes 10-95 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2 times 25-4 mm glabrescente a pubescente 5-8(-15) setas 14-28(-56) mm compr pubescentes raro pilosas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 18-43(-63) times 8-18(-24) mm eliacuteptico a eliacuteptico-oval base cuneada raro atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial escabra abaxial pubescente a estrigosa ou pilosas nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras evidentes em ambas as faces 3-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares (2-)4-11 por ramo floriacutefero 6-12-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Botatildeo floral oblongo 35-5 times 15-3 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 4 lobos desiguais maiores 25-35 mm compr menores 2-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 4-5 mm compr piloso na porccedilatildeo superior internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 3-35 mm compr triangulares externamente pilosos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes (03-)08-1 mm compr anteras 15-2 mm compr alvas a lilases estigma capitado estilete 6-8 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos 25-3 times 2-4 mm globoso verde aacutepice piloso sementes 12-26 times 08-2 mm obovoides castanhas aacutepice fendido ausecircncia de sulcos ventrais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada principal 9deg55rsquo453rdquo S 38deg42rsquo259rdquo O 375 m 17VI2011 fl RR Varjatildeo 127 (HUNEB) Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 fl fr e bot RR Varjatildeo 146 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo 21II2006 fl E Melo et al 4273 (HUEFS) Santa Briacutegida 24V1984 bot e fl LC Oliveira Filho 175 (ALCB CEPEC HRB) Tucano Rod Tucano-Ribeira do Pombal 29XII2004 fl D Cardoso amp JMO Santos 210 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com ampla distribuiccedilatildeo ocorrendo nos Estados Unidos Venezuela Guianas Ilha Galaacutepagos Peru Boliacutevia Equador Argentina Paraguai e Brasil (Delprete et al 2004 Cabral amp Bacigalupo 2005) No Brasil distribui-se de forma descontiacutenua do Nordeste ao Sul do paiacutes (Cabral amp Salas 2012)

Delprete et al (2004) citaram D radula como erva caracteriacutestica e exclusiva de aacutereas de restinga Crescendo tambeacutem em dunas e solos rochosos e arenosos do cerrado (Cabral amp Bacigalupo 2005 Campos et al 2006) Na APASB eacute encontrada no interior e borda da caatinga-arbustiva sendo coletada apenas uma vez em ambiente sombreado com vegetaccedilatildeo arbustiva-arboacuterea Neste ambiente o espeacutecime apresentou variaccedilatildeo morfoloacutegica com haacutebito ereto folhas com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas e base atenuada Contudo os caracteres reprodutivos permitiram incluiacute-lo em D radula Esta espeacutecie pode ser confundida em campo com D gardneri da qual podemos diferenciar pelo haacutebito ereto ou decumbente flores com lobos do caacutelice 2-35 mm compr e fruto piloso no aacutepice Floresce na aacuterea de junho a julho e frutifica em julho

113

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

7 Diodella teres (Walter) Small Fl Lancaster Co 271 1913 Figuras 4e-h

Diodia teres Walter Fl Carol 87 1788Erva decumbente 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico a

tetragonal pubeacuterulo a piloso entrenoacutes 5-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-2 times 3-4 mm pubeacuterula margem pilosa 9-12 setas 3-10 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 16-35 times 4-7 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo a acuminado margem inteira estrigoso a tomentoso

em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 4 pares Inflorescecircncia em fasciacuteculos axilares 4-11 por ramo floriacutefero 2-5-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 2-5 times 15-2 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 15-2 mm compr 4 lobos desiguais maiores 15-2 mm compr menores 1-15 mm compr lanceolados margem escabriuacutescula corola alva com lobos lilaacuteses infundibuliforme tubo 35-5 mm compr internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do

a

b

c

d

e

f

gh

k

l

i

j

Figura 4 a-d) Diodella radula a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Diodella teres e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Emmeorhiza umbellata i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 127 e-h) AS Conceiccedilatildeo 1870 i-l) RR Varjatildeo 05)Figure 4 a-d) Diodella radula a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Diodella teres e) flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Emmeorhiza umbellata i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 127 e-h) AS Conceiccedilatildeo 1870 i-l) RR Varjatildeo 05)

114

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

tubo 4-mera lobos 15-2 mm compr triangulares externamente pubeacuterulos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma capitado estilete 3-55 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos ca 4 times 25-3 mm globoso a subovoide marrom quando maduro pubescente sementes 2-3 times 15-2 mm obovoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Trilha sentido Serra do Navio 9deg52rsquo491rdquo S 38deg39rsquo220rdquo O 481 m 31VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1870 (HUNEB) Proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot e fr RR Varjatildeo 80 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 27VI2002 fl LP Queiroz et al 7220 (HUEFS) 18IV2004 fl FHM Silva amp LCL Lima 500 (HUEFS) Gloacuteria BA-210 sentido Rodelas 7VI2007 fl e fr AS Conceiccedilatildeo et al 1010 (HUEFS) Serrota 5IX2006 fl S Leal 56 (HUEFS) Ribeira do Pombal 16VIII2003 fl e fr ML Guedes et al 10570 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie neotropical ocorrendo no Sudeste dos Estados Unidos Ameacuterica Central e Ameacuterica do Sul (Cabral amp Bacigalupo 2005 Campos et al 2006) No Brasil distribui-se por quase todo o territoacuterio nacional (Cabral amp Salas 2012)

Na APASB D teres eacute encontrada em aacutereas abertas com forte exposiccedilatildeo solar e solo arenoso Distingue-se das demais espeacutecies de Diodella encontradas na aacuterea por apresentar haacutebito procumbente limbo com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas lanceolado 2-5 flores por axila Encontrada na aacuterea com flores em maio e julho e frutos em maio

8 Emmeorhiza umbellata (Spreng) KSchum Fl Bras 6(6) 408 1889 Figuras 4i-l

Borreria umbellata Spreng Neue Entd 2 144 1821Endlichera umbellata KSchum Fl Bras 6(6) 38 1888Trepadeira monoica Caule tetragonal glabro a pubeacuterulo

entrenoacutes 16-67 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-3 times 2-3 mm glabra a pubeacuterula 6-7 setas 2-6 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 32-76 times 11-25 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial esparsamente estrigosa abaxial pubeacuterula nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em cimeiras paniculadas de umbela terminais ou axilares 1-4 por ramo floriacutefero multifloros peduacutenculo 20-40 mm compr glabro 2 braacutecteas 12-20 times 5-8 mm lanceoladas pubeacuterulas 2 bracteacuteolas 15-4 times 05-15 mm eliacutepticas glabras Bototildees florais oblongos 15-2 times 05-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 17-25 mm compr glabros caacutelice 4 lobos iguais 05-1 mm compr lanceolados glabros corola alva infundibuliforme tubo 05-1 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 1-12 mm compr triangulares glabros estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras ca 05 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 1-15 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 3-4 times ca 1 mm obovoide marrom quando maduro glabra sementes 25-3 times 03-05 mm elipsoides castanhas porccedilatildeo central escurecida em ambas as faces aladas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo59rdquo S 38deg26rsquo24rdquo O 506 m 17X2009 fl E Melo et al 6683 (HUEFS) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 23IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 05 (HUNEB) Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 bot RR Varjatildeo 146 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Beira do rio seco 18X2009 fl E Melo et al 6736 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina Mata das Pororocas 25X1982 fl LP Queiroz 438 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie amplamente distribuiacuteda pela Ameacuterica do Sul da Venezuela ateacute o Brasil No Brasil ocorre nos estados do Planalto Central na regiatildeo Nordeste e na faixa litoracircnea desde a Bahia ateacute o Rio Grande do Sul (Delprete 2010)

Na APASB ocorre nas bordas das aacutereas florestadas e caatinga arbustiva-arboacuterea Diferencia-se das demais espeacutecies da aacuterea por apresentar haacutebito trepador com caule voluacutevel inflorescecircncia composta por cimeiras paniculadas de umbela e sementes aladas Floresce na aacuterea de julho a setembro e dezembro e frutifica em agosto e setembro

9 Guettarda angelica Mart ex MuumlllArg Flora 58 450 1875 Figuras 5a-d

Arbusto 1-3 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro a pubeacuterulo no aacutepice dos ramos entrenoacutes 6-78 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas inteiras triangulares cocircncavas aacutepice agudo 45-9 times 2 -4 mm tomentosas a pubeacuterulas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 5-19 mm compr pubeacuterulos limbo 36-70 times 19-50 mm eliacuteptico orbicular a obovado base cuneada a arredondada aacutepice agudo a obtuso margem inteira face adaxial hirsuta pubeacuterula nas nervuras face abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 8-12 pares Inflorescecircncia em cimeiras escorpioides subterminal 8-floro peduacutenculo 8-46 mm compr pubeacuterulo braacutecteas natildeo observadas 2 bracteacuteolas lineares 1-4 times 02-1 mm pubescentes Bototildees florais oblongos 5-10 times ca 2 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice truncado podendo apresentar ateacute 2 lobos 16-3 mm compr pubescente corola creme hipocrateriforme tubo 10-12 mm compr externamente tomentoso 5-mera lobos 3-5 mm compr oblongos externamente tomentosos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 2-24 mm compr alvas estigma capitado estilete 12-14 mm compr Fruto drupa 4-10 times 5-12 mm subglobosa alva a creme quando madura pubeacuterula sementes natildeo visualizadas

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Vaca Morta 9deg54rsquo236rdquo S 38deg41rsquo2266rdquo O 367 m 17IV2008 fl e fr AS Conceiccedilatildeo 1282 (HUNEB) Trilha sentido Serra do Morro 9deg52rsquo491rdquo S 38deg39rsquo220rdquo O 481 m 30VII2009 fr TMS Melo 54 (HUNEB) Estrada que vai em direccedilatildeo agrave casa sede 9deg53rsquo763rdquo S 38deg40rsquo712rdquo O 414 m 7IV2011 fr RR Varjatildeo 55 (HUNEB) Proacuteximo a casa 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 81 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo63rdquo S 38deg28rsquo687rdquo O 627 m 5V2011 fr RR Varjatildeo 76 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria ca 4 km de Olhos drsquoAacutegua de Souza 26IV2001 fl LP Queiroz et al 6552 (HRB) Paulo Afonso Raso da Catarina 14V1981 fl e fr GCP Pinto 10281 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie exclusiva do Brasil Embora tenha sido citada para o estado do Paraacute por Margalho et al (2009) eacute considerada endecircmica do domiacutenio da caatinga ocorrendo nos estados da Bahia Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco (Barbosa 2012)

Na APASB ocorre nas bordas e subosque da vegetaccedilatildeo arbustiva-arboacuterea em solos arenosos G angelica eacute muito comum em aacutereas de caatinga e amplamente documentada em herbaacuterio Eacute facilmente reconhecida atraveacutes da drupa subglobosa pubeacuterula branca quando madura flores com tubo da corola 10-12 mm compr e limbo tomentoso na face abaxial Na aacuterea floresce e frutifica de abril a julho

10 Guettarda sericea MuumlllArg Flora 58 450 1875Arbusto ca 15 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes

8-45 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas inteiras lanceoladas aacutepice

115

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

agudo 5-6 times 2 -3 mm tomentosas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 6-20 mm compr tomentosos limbo 60-120 times 20-45 mm obovado a eliacuteptico base truncada atenuada a arredondada aacutepice agudo a obtuso margem inteira tomentosa em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em cimeiras escorpioides subterminal 8-15-floro peduacutenculo 13-30 mm compr pubescente braacutecteas natildeo observadas 1 bracteacuteola linear 4-55 times 05-1 mm pubeacuterula Bototildees

florais oblongos 4-5 times 2-3 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice truncado seriacuteceo corola creme hipocrateriforme tubo 7-8 mm compr externamente tomentoso 5-mera lobos 1-2 mm compr oblongos externamente tomentosos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 2-3 mm compr alvas estigma capitado estilete 8-9 mm compr Fruto drupa 8-10 times 5-6 mm elipsoide marrom a negra quando madura pubescente sementes natildeo observadas

a

b

c

d

e

f

g

h

kli

j

Figura 5 a-d) Guettarda angelica a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Leptoscela ruellioides e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor longistila h) fruto i-l) Margaritopsis carrascoana i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-c) AS Conceiccedilatildeo 1282 d) RR Varjatildeo 55 e-h) RR Varjatildeo 01 i-k) RR Varjatildeo 118 l) RR Varjatildeo 78)Figure 5 a-d) Guettarda angelica a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Leptoscela ruellioides e) flowering branch f) stipule g) flower longuistylous h) fruit i-l) Margaritopsis carrascoana i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-c) AS Conceiccedilatildeo 1282 d) RR Varjatildeo 55 e-h) RR Varjatildeo 01 i-k) RR Varjatildeo 118 l) RR Varjatildeo 78)

116

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Natureza 10deg00rsquo14rdquo S 38deg26rsquo02rdquo O 427 m 12VIII2005 fl fr EB Miranda et al 882 (HUEFS) 10deg4rsquoS 38deg21rdquo O 17I2006 bot GC Sessegolo et al 147 (ALCB) Baixa do estreito 9deg59rsquo343rdquo S 38deg25rsquo015rdquo O 436 m 18III2009 bot AS Conceiccedilatildeo 1547 (HUNEB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie exclusiva do Nordeste do Brasil ocorrendo nos estados de Alagoas Bahia Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco em aacutereas de caatinga (Barbosa 2012)

Guettarda sericea ocorre na APASB em aacuterea com caatinga arboacuterea diferencia-se de G angelica principalmente pela drupa elipsoide pubescente marrom a negra quando madura tubo da corola 7-8 mm compr (vs 10-12 mm compr) e limbo tomentoso em ambas as faces Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos em agosto e de janeiro a marccedilo apenas em bototildees

11 Leptoscela ruellioides Hookf Icon Pl 14 1149 1873 Figuras 5e-h

Erva ereta ou com ramos apoiantes 30-80 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 12-128 cm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubescente 8-14 setas 05-3 mm compr pubescentes Folhas opostas cruzadas membranaacuteceas peciacuteolos 1-3 mm compr glabro limbo 24-52 times 8-22 mm lanceolado base cuneada aacutepice acuminado margem inteira face adaxial pubeacuterula abaxial pubescente venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras conspiacutecuas na face abaxial 3-4 pares Inflorescecircncia em cincinos alongados axilares 1-4 por ramo floriacutefero 12-20-floro peduacutenculo 20-38 mm compr glabro 2 braacutecteas 3-4 times 15-2 mm lanceoladas pubescentes 1 bracteacuteola 1-15 mm compr linear pubeacuterula Bototildees florais elipsoides 15-4 times 1-15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas heterostiacutelicas pedicelos 05-13 mm compr glabros caacutelice 5 lobos iguais 1-15 mm compr lanceolados margem pubeacuterula corola alva com fauce esverdeada e lobos lilases infundibuliforme tubo 3-45 mm compr glabro externamente internamente pubescente e com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 5-mera lobos 25-4 mm compr triangulares internamente pubescentes flores brevistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 15-2 mm compr anteras ca 18 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-2 mm compr flores longistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras ca 1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 45-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 3-4 times 15-2 mm obovoide verde glabra sementes 07-1 times 05-07 mm obovoides castanhas ventralmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Trilha do Araccedilaacute 9deg52rsquo491rdquo S 38deg38rsquo135rdquo O 535 m 8V2008 fl MVV Romatildeo 128 (HUNEB) Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo60rdquo S 38deg26rsquo16rdquo O 488 m 17X2009 fl E Melo et al 6625 (HUEFS) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo249rdquo S 38deg29rsquo318rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1642 (HUNEB) 9deg57rsquo170rdquo S 38deg26rsquo247rdquo O 575 m 19VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1770 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo116rdquo O 493 m 28VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1773 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo117rdquo O 497 m 29VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1796 (HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 fl RR Varjatildeo 01 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 71 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 12VIII2005 fl EB Miranda et al 891 (HUEFS) Uauaacute Serra do Jerocircnimo 30III2000 fl e fr ML Guedes et al 7336 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Nordeste do Brasil ocorrendo na caatinga e cerrado nos estados de Alagoas Bahia Paraiacuteba Pernambuco e Sergipe (Jardim 2012)

Na APASB L ruellioides apresenta ampla distribuiccedilatildeo ocorrendo em todos os ambientes com nuacutemero elevado de indiviacuteduos A espeacutecie eacute reconhecida pelo haacutebito ereto ou com ramos apoiantes folhas pecioladas inflorescecircncia em cincinos e caacutelice com 5 lobos iguais Coletada na aacuterea com flores de abril a setembro e dezembro e frutos em maio

12 Margaritopsis carrascoana (Delprete amp EBSouza) CMTaylor amp EBSouza Syst amp Geogr Pl 75 171 2005 Figuras 5i-l

Psychotria carrascoana Delprete amp EBSouza Novon 14 158 2004

Subarbusto 1-15 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 2-10 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 1-2 times 12 -25 mm glabras Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 1-2 mm compr limbo 11-24 times 5-10 mm eliacuteptico a oblanceolado base cuneada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial 5-9 pares Inflorescecircncia terminal uniflora seacutessil 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos ca 12 times 15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 5 lobos iguais ca 08 mm compr triangulares glabros corola alva a creme lobos com aacutepice verde infundibuliforme tubo 25-3 mm compr externamente glabro internamente com anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 5-mera lobos ca 3 mm compr oblongos-ovais reflexos glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 08-1 mm compr castanhas estigma biacutefido estilete ca 4 mm compr Fruto drupa 4-7 times 4-5 mm obovoide alaranjado ou vermelho quando maduro glabro sementes 35-4 times 25-35 mm subovoides castanhas plano-convexas dorsalmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 4XII2010 fr RR Varjatildeo 18 (HUNEB) 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 72 (HUNEB) 5V2011 fl e fr RR Varjatildeo 77 (HUNEB) 5V2011 fr RR Varjatildeo 78 (HUNEB) 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 118 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 7VI2004 fr JG Carvalho-Sobrinho et al 253 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina 8VI1985 fr L P Queiroz 564 (ALCB) 24VI1982 fr M L Guedes et al 441 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita aos estados da Bahia e Cearaacute ocorrendo em vegetaccedilatildeo do tipo caatinga e carrasco (Delprete amp Souza 2004 Taylor 2005)

Margaritopsis carrascoana estaacute sendo citada aqui pela primeira vez para o estado da Bahia Segundo Delprete amp Souza (2004) a espeacutecie ocorria apenas no estado do Cearaacute associada agrave vegetaccedilatildeo do tipo carrasco no Planalto do Ibiapaba e Chapada do Araripe admitindo sua provaacutevel ocorrecircncia em vegetaccedilatildeo semelhante no estado vizinho do Piauiacute Contudo a espeacutecie foi citada em trabalhos anteriores com ocorrecircncia para aacuterea de caatinga incluindo carrasco cerrado e florestas (Jardim amp Souza 2006)

Na APASB esta espeacutecie ocorre com mais frequecircncia no subosque da vegetaccedilatildeo em aacutereas sombreadas e solos arenosos Diferencia-se por apresentar estiacutepulas persistentes tubo da corola 25-3 mm compr e fruto drupa laranja a vermelha quando madura Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos de abril a dezembro

13 Mitracarpus baturitensis Sucre Rodrigueacutesia 26 255 1971 Figuras 6a-f

Erva ereta ca 30 cm alt monoica Caule tetragonal glabro entrenoacutes 7-88 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 2-3 mm margem pubescente 4-5 setas 05-1 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas membranaacuteceas seacutesseis limbo 8-32

117

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

times 2-4 mm linear-eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra a escabra abaxial glabrescente nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares e terminais 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 15-25 times 08-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 05-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 1-12 mm compr menores 05-08 mm compr lanceolados margem

hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo ca 1 mm compr glabro externamente anel de tricomas na metade do tubo 4-mera lobos ca 1 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras ca 06 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 1-2 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 06-08 mm subglobosa castanha quando madura glabra sementes 06-08 times ca 04 mm oblongoides castanhas face dorsal com impressatildeo cruciforme face ventral com sulcos em forma de ldquoXrdquo

a

b

c

d

e

f

g

h

k

l

i

j

m

n

pq

o

Figura 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e) semente face ventral f) semente face dorsal g-l) Mitracarpus longicalyx g) ramo floriacutefero h) estiacutepula i) flor j) fruto k) semente face ventral l) semente face lateral m-q) Mitracarpus robustus m) ramo floriacutefero n) estiacutepula o) flor p) fruto q) semente face ventral (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)Figure 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e) seed ventral view f) seed dorsal view g-l) Mitracarpus longicalyx g) flowering branch h) stipule i) flower j) fruit k) seed ventral view l) seed lateral view m-q) Mitracarpus robustus m) flowering branch n) stipule o) flower p) fruit q) seed ventral view (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)

118

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 02 (HUNEB) 27VII2011 fl e fr LR Silva 43 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Reserva Bioloacutegica de Canudos 24VI2003 fr FHM Silva et al 417 (HUEFS) Gloacuteria Brejo do Burgo 26VIII1995 fl FP Bandeira 253 (ALCB) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1178 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita ao Brasil sendo referida para o Distrito Federal e para os estados da Bahia Cearaacute Goiaacutes Mato Grosso Paraiacuteba Pernambuco e Piauiacute (Souza et al 2010)

Na APASB a espeacutecie foi encontrada em aacutereas de bordas e ambientes abertos predominantemente em solos arenosos Entretanto ocorre preferencialmente sobre solos rochosos lateriacuteticos ou sobre inselbergs e afloramentos rochosos no bioma caatinga e no cerrado (Delprete 2010 Souza et al 2010) Mitracarpus baturitensis pode ser confundida com M longicalyx que tambeacutem ocorre na aacuterea podendo ser diferenciada pelo limbo linear-eliacuteptico 2-4 mm larg tubo da corola ca 1 mm compr e sementes com impressatildeo cruciforme na face dorsal Floresce e frutifica na aacuterea de julho a setembro

14 Mitracarpus longicalyx EBSouza amp MFSales Brittonia 53 482 2001 (2002) Figuras 6g-l

Erva ereta ou ascendente ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice pubeacuterulo entrenoacutes 8-84 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 2-5 mm pubeacuterula 5-9 setas 1-3 mm compr pubeacuterulas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 21-47 times 5-14 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira face adaxial glabra abaxial com a nervura principal pubeacuterula venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-35 times 06-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-12 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 16-3 mm compr menores 1-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 15-25 mm compr papiloso externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 06-12 mm compr triangulares externamente papilosos internamente glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 28-4 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 08-1 mm subglobosa castanha quando madura aacutepice pubescente sementes 06-08 times 02-04 mm oblongoides castanhas face dorsal com depressotildees semicirculares face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg52rsquo234rdquo S 38deg38rsquo146rdquo O 492 m 30VII2008 fl TMS Melo 37 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo457rdquo S 38deg27rsquo301rdquo O 607 m 29VII2009 bot fl e fr TMS Melo 12 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquo S 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 fl e fr DD Vieira 172 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Pilatildeo Arcado Brejo do Morro 19III2006 fl EBSouza et al 1593 (HUEFS) Ribeira do Pombal 20 km da rod para Tucano 9VI2005 fl D Cardoso 562 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita agrave regiatildeo do semiaacuterido do Brasil com registros para os estados do Bahia Cearaacute Piauiacute e Pernambuco (Souza et al 2010)

Na APASB M longicalyx foi encontrada em bordas de estradas aacutereas abertas e pastagens com alta incidecircncia de luz Pode ser confundida com M baturitensis e M robustus das quais se diferencia por apresentar caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice sem alas

glomeacuterulo apical subtendido por 4 braacutecteas geralmente puacuterpuras na base e sementes com depressotildees semicirculares dorsais Coletada na aacuterea com flores e frutos de junho a julho

15 Mitracarpus robustus EBSouza amp ELCabral Rodrigueacutesia 2 345 2010 Figuras 6m-q

Mitracarpus frigidus (Willd ex Roem amp Schult) KSchum var humboldtianus KSchum Fl Bras 6 82 1888

Subarbusto erva ereta ou ascendente 40-120 cm alt monoica Caule tetragonal alado no aacutepice dos ramos glabro entrenoacutes 21-44 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-35 times 25-3 mm glabra a pubeacuterula 5-6 setas 3-5 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 20-75 times 5-15 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo margem inteira pubeacuterulo em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes em ambas as faces 3-4 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-8 por ramo floriacutefero multifloros 2(-4) braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-32 times 14-18 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 22-28 mm compr menores 06-12 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 25-35 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 1-15 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-28 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal ca 1 times 12 mm subglobosa marrom quando madura aacutepice pubescente sementes ca 06 times 06 mm oblongoides lilases face dorsal lisa face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 46 (HUNEB) Trilha secundaacuteria proacuteximo a casa da caixa drsquoaacutegua 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 47 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Conde Fazendo do Bu 13VIII1996 fl MC Ferreira et al 1023 (HRB) Jussiape em direccedilatildeo a Barra da Estiva 15VI2002 fl LP Queiroz et al 7125 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie distribuiacuteda no Brasil e na Guiana Francesa No Brasil sua ocorrecircncia estaacute registrada para o Distrito Federal e para os estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Sergipe Bahia Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Mitracarpus robustus eacute uma espeacutecie comum em solos argilosos ou areno-argilosos em solos lateriacuteticos em margens de estrada ou periferia de matas (Souza et al 2010) Na APASB estaacute distribuiacuteda nas bordas de florestas e apresenta um porte bastante robusto quando comparado agraves outras espeacutecies de Mitracarpus que ocorrem na aacuterea Pode ser diferenciada pelo caule tetragonal alado no aacutepice glomeacuterulo apical subtendido por 2 braacutecteas e sementes planas no dorso Floresce e frutifica na aacuterea em julho

16 Mitracarpus salzmannianus DC Prodr 4 571 1830 Figuras 7a-c

Mitracarpus frigidus var salzmannianus (DC) Martius Eichler amp Urban Fl bras 6 82 1888

Mitracarpus scabrellus Benth Hookerrsquos J Bot Kew Gard Misc 3 238 1841

Erva ereta 40-50 cm alt monoica Caule tetragonal pubescente entrenoacutes 65-90 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-18 times 15-2 mm pubescente 5-7 setas 4-6 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 10-42 times 2-13 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira pubescente em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma

119

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

nervuras proeminentes na face abaxial 3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 2-35 times 08-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos ca 1 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 3-32 mm compr menores 16-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 4-45 mm compr externamente piloso na metade superior anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos ca 15 mm compr triangulares pilosos externamente estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 04 mm compr anteras 05-06 mm

compr alvas estigma biacutefido estilete 5-65 mm compr Segundo Souza et al (2010) fruto caacutepsula deiscecircncia transversal (12-)15-25 mm compr obovoides glabras sementes 08-12 times 05-06 mm oblongoides ou globosas castanhas face dorsal sem depressotildees face ventral com encaixe em forma de ldquoY-invertidordquo

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 fl RR Varjatildeo 142 (HUNEB) 27VII2011 fl RR Varjatildeo 145 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Aldeia Serrota 19IX2005 fl M Colaccedilo 53 (HUEFS) Paulo Afonso Raso da

Figura 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) haacutebito b) estiacutepula c) flor d-g) Richardia grandiflora d) haacutebito e) estiacutepula f) flor g) fruto h-j) Staelia aurea h) ramo floriacutefero i) estiacutepula j) flor (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)Figure 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) habit b) stipule c) flower d-g) Richardia grandiflora d) habit e) stipule f) flower g) fruit h-j) Staelia aurea h) flowering branch i) stipule j) flower (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)

a

b

c

d

e

f

gh

i

j

120

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Catarina 10VIII2005 fl EB Miranda et al 805 (HUEFS) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1191 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Eacute uma espeacutecie amplamente distribuiacuteda ocorrendo na Guiana Francesa Suriname e Brasil No Brasil ocorre nos estados de Roraima Paraacute Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Goiaacutes Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Planta comum em solos arenosos habitando dunas campos ou chapadas tambeacutem presente como ruderal (Souza et al 2010) Na APASB foi encontrada em solos arenosos na vegetaccedilatildeo arbustiva Caracteriza-se pelo indumento denso e contiacutenuo que cobre toda a planta folhas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas aleacutem do tubo da corola com 4-45 mm compr caracteres que a diferenciam das outras espeacutecies de Mitracarpus Floresce na aacuterea em julho

17 Richardia grandiflora (Cham amp Schltdl) Steud Nomencl Bot 2 459 1841 Figuras 7d-g

Richardsonia grandiflora Cham amp Schltdl Linnaea 3 351 1828Erva procumbente ca 20 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice do ramos hirsuto entrenoacutes 8-78 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 3-5 mm pubeacuterula a hirsuta 4-7 setas 07-45 mm compr pubeacuterulas a hirsutas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 15-38 times 5-11 mm eliacuteptico a lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira estrigoso a escabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais multifloros 4 braacutecteas foliaacuteceas externas 14-17 times 7-8 mm internas 5-12 times 3-7 mm ovais hirsutas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 4-7 times 4-5 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 6 lobos iguais 3-4 mm compr lanceolados hirsutos corola alva roacutesea a lilaacutes infundibuliforme tubo 6-9 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 6-mera lobos 4-5 mm compr triangulares pilosos externamente estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 07-1 mm compr anteras 12-18 mm compr alvas estigma triacutefido estilete 8-11 mm compr Fruto esquizocarpo trecircs mericarpos 15-25 times 15-25 mm obovoide pardo quando maduro hirsuto a piloso sementes 15-2 times 06-1 mm subovoides castanhas dorso convexo sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai ao Povoado Queleacutes 9deg52rsquo532rdquo S 38deg32rsquo420rdquo O 650 m 22IX2010 fl e fr RR Varjatildeo 04 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquoS 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 bot DD Vieira 173 (HUNEB) 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 126 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 133 (HUNEB) Faz Serra Branca proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot RR Varjatildeo 79 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 1VII1995 fl FP Bandeira 173 (ALCB) Bosque de Algaroba 7VI2004 fl MVM Oliveira 748 (HUEFS) Rodelas Mocoacute 22I1987 fl GO Mattos amp BS Laacutezaro 55 (HRB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie encontrada por toda a Ameacuterica e como planta introduzida na Floacuterida Estados Unidos Ocorre nas regiotildees Norte a Sudeste e Centro-Oeste do Brasil nos estados do Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Pernambuco Bahia Mato Grosso Goiaacutes Minas Gerais Satildeo Paulo e Rio Grande do Sul (Lewis amp Oliver 1974 Delprete et al 2005 Delprete 2010)

Na APASB R grandiflora eacute muito frequente ao longo das estradas bordas da mata aacutereas abertas e pastagens com forte exposiccedilatildeo solar em solos arenosos e areno-argilosos Esta espeacutecie apresenta forte vigor vegetativo principalmente em solos feacuterteis

cobrindo completamente o solo (Delprete 2010) Pode ser confundida em campo com as espeacutecies de Diodella das quais se diferencia pelas flores hexacircmeras estigma triacutefido e frutos com trecircs mericarpos Floresce na aacuterea de maio a setembro e frutifica de junho a setembro de acordo com material analisado

18 Staelia aurea KSchum Fl Bras 677 1888 Figuras 7h-jErva ereta ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico pubeacuterulo

entrenoacutes 7-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubeacuterula 4-5 setas 05-2 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 12-27 times 14-4 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra abaxial com nervura esparsamente estrigosa venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 5-7 por ramo floriacutefero multifloros 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 14-22 times 1-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 2-26 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 3-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 2-25 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-2 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 6-65 mm compr Frutos e sementes natildeo observados

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1656 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 3VII1995 fl FP Bandeira 221 (ALCB HRB CEPEC) Juazeiro Serra do Mulato 28III2000 fl MR Fonseca et al 1247 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita ao Brasil Ocorre nas regiotildees Norte (sul do Paraacute) Centro-Oeste Nordeste e partes do Sudeste (Souza amp Sales 2004)

Staelia aurea eacute considerada uma espeacutecie de ampla distribuiccedilatildeo poreacutem na APASB eacute escassa Pode ser confundida com S virgata da qual se diferencia por apresentar caule pubeacuterulo tubo da corola 3-45 mm compr e 5-7 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Foi coletada na aacuterea com flores em junho

19 Staelia galioides DC Prodr 4 573 1830 Figuras 8a-dSpermacoce galioides Pohl ex DC Prodr 4 573 1830Erva ereta 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro

a pubeacuterulo entrenoacutes 03-08 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 15-2 mm pubeacuterula 3 setas 06-18 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 6-17 times 05-25 mm linear-lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 6-10 por ramo floriacutefero multifloros (2)-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 18-3 times 06-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 1-16 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo 35-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 15-24 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 15-18 mm compr anteras 08-1 mm compr alvas a lilases estigma biacutefido estilete 5-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 1-12 mm obovoide verde

121

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

glabra sementes 06-08 times 04-06 mm oblongoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg53rsquo471rdquo S 38deg39rsquo131rdquo O 196 m 21V2008 fl e fr MVV Romatildeo 239 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 22 (HUNEB) 9deg56rsquo807rdquo S 38deg27rsquo330rdquo O 24II2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 37 (HUNEB) 9deg55rsquo776rdquo S 38deg29rsquo40rdquo O 652m 8IV2011 fl e fr RR Varjatildeo 69 (HUNEB) 9deg32rsquo934rdquo S 38deg32rsquo234rdquo O 657 m 5V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 74

(HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 117 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Ribeira do Pombal 19V1981 fl P Geraldo13181 (CEPEC) Rodelas dunas cabeccedila de boi 24II1988 fl e fr RP Orlandi 828 (HRB)

Distribuiccedilatildeo A espeacutecie apresenta distribuiccedilatildeo exclusiva no Brasil Ocorre na regiatildeo Centro-Oeste em Goiaacutes e Tocantins e no Nordeste em Alagoas Bahia Pernambuco e Piauiacute (Souza amp Sales 2004)

Figura 8 a-d) Staelia galioides a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Staelia virgata e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Tocoyena formosa i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)Figure 8 a-d) Staelia galioides a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Staelia virgata e flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Tocoyena formosa i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)

a

b c

d

e

f

g

h

i

j

k

l

122

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Na APASB a espeacutecie eacute amplamente distribuiacuteda apresentando nuacutemero elevado de indiviacuteduos Eacute encontrada em aacutereas abertas bordas de estradas e no interior da vegetaccedilatildeo subarbustiva em solos arenosos Pode ser reconhecida por apresentar estiacutepulas com 3 setas limbo linear-lanceolado lobos do caacutelice 1-16 mm compr diferenciando-se de S aurea que possui estiacutepulas com 4-5 setas limbo lanceolado e lobos do caacutelice 2-26 mm compr Floresce e frutifica na aacuterea de janeiro a junho

20 Staelia virgata (Link ex Roem amp Schult) KSchum Fl Bras 6(6) 76 1889 Figuras 8e-h

Spermacoce virgata Link ex Roem amp Schult Syst Veget 3 281 531 1818

Erva ereta ca 60 cm alt monoica Caule tetragonal glabro a glabrescente entrenoacutes 10-33 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2times ca 18 mm pubeacuterula no aacutepice 5-7 setas 12-25 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 13-30 times 1-3 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente em ambas as faces 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-4 por ramo floriacutefero multifloros 2-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 25-3 times 1-15 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 25-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo ca 5 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 25-3 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 2-3 mm compr anteras 08-12 mm compr alvas estigma biacutefido estilete ca 8 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 08-1 mm obovoide verde hirsuto sementes 06-1 times ca 04 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai da ESEC-Raso da Catarina agrave APA Serra Branca 9deg52rsquo78rdquo S 38deg31rsquo65rdquo O 624 m 27VII2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 140 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos estrada para a estaccedilatildeo bioloacutegica 26VI2002 fl LP Queiroz et al 7197 (HUEFS) Gloacuteria Serrota 2IX2006 fl S Leal 39 (HUEFS) Paulo Afonso BR-110 Norte 23VIII2005 fl DS Carneiro-Torres et al 483 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Ocorre em todo o Brasil parte dos territoacuterios do Peru Boliacutevia Paraguai ateacute o norte da Argentina No Brasil sua distribuiccedilatildeo vai desde o Amazonas Bahia Cearaacute Maranhatildeo Paraacute Paraiacuteba Pernambuco Piauiacute ateacute os estados da regiatildeo Sul (Souza amp Sales 2004)

Considerada por Souza amp Sales (2004) a espeacutecie mais amplamente distribuiacuteda entre as estudadas em seu trabalho S virgata foi encontrada na APASB apenas no periacuteodo chuvoso em vegetaccedilatildeo subarbustiva Pode ser confundida com as outras espeacutecies de Staelia ocorrentes na aacuterea diferenciando-se pelo conjunto de caracteriacutesticas caule glabro a glabrescente estiacutepula com 5-7 setas tubo da corola ca 5 mm compr e 2-4 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Encontrada na aacuterea com flores e frutos em julho

21 Tocoyena formosa (Cham amp Schltdl) KSchum Fl Bras 6 347 1889 Figuras 8i-l

Gardenia formosa Cham amp Schltdl Linnaea 4 200 1829Arbusto 13-17 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro

pubeacuterulo no aacutepice entrenoacutes 4-22 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 4-7 times 6 -8 mm glabras internamente pubeacuterulas e com coleacuteteres Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas a subcoriaacuteceas peciacuteolos 5-17 mm compr pubeacuterulos limbo

75-150 times 45-80 mm oval a eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial pubescente abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em dicaacutesios congestos terminais 4-7-floro peduacutenculo 2-7 mm compr pubeacuterulo braacutecteas e bracteacuteolas natildeo visualizadas Bototildees florais ovais 25-100 times 6-9 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas subseacutesseis caacutelice 5 lobos denteados 08-1 mm compr triangulares tomentosos tubo 1-2 mm compr tomentoso corola amarela hipocrateriforme tubo 75-95 mm compr externamente tomentoso internamente glabro 5-mera lobos 12-27 mm compr obovados externamente tomentosos internamente glabros estames exsertos seacutesseis anteras 7-10 mm compr marrons estigma biacutefido estilete 84-98 mm compr Fruto baga 25-35 times 18-30 mm globosa negra quando madura pubeacuterula sementes 5-6 times 45-7 mm orbiculares planas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 17I2006 fr GC Sessegolo 158 (MBM) 9deg57rsquo044rdquo S 38deg42rsquo289rdquo O 313 m 13III2008 fr AS Conceiccedilatildeo 1268 (HUNEB) Baixa grande 9deg58rsquo370rdquo S 38deg27rsquo086rdquo O 561 m 19III2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1560 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fr AS Conceiccedilatildeo 1707 (HUNEB) 9deg55rsquo48rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot RR Varjatildeo 24 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 27 (HUNEB) 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 bot e fr RR Varjatildeo 65 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 16II2003 fl FHM Silva et al322 (HUEFS) Tucano Estrada para Ribeira do Pombal 21III1992 fl AM Carvalho et al 3894 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Esta espeacutecie tem ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica do Sul encontrada no Suriname Brasil e Paraguai ocorrendo em todas as regiotildees brasileiras (Prado 1987)

Na APASB os indiviacuteduos encontram-se distribuiacutedos nas bordas e interior da vegetaccedilatildeo de porte arbustivo-arboacutereo e solos arenosos T formosa pode ser reconhecida na aacuterea pelo haacutebito arbustivo de flores vistosas tubo da corola 75-95 mm compr amarela e baga com 25-35 times 18-30 mm negra quando madura Floresce na aacuterea de janeiro a maio e frutifica em janeiro maio e junho

Agradecimentos

Agrave Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) pelo apoio financeiro ao projeto (PET 00232007) Agrave CAPES pela concessatildeo da bolsa de mestrado a primeira autora Aos curadores e teacutecnicos dos Herbaacuterios visitados e ao Natanael Santos pelas ilustraccedilotildees botacircnicas Aos dois revisores anocircnimos pelas significativas contribuiccedilotildees ao manuscrito

Referecircncias BibliograacuteficasBARBOSA MRV amp ZAPPI D 2002 Distribuiccedilatildeo das espeacutecies de

Rubiaceae na caatinga In Vegetaccedilatildeo e Flora da caatinga (EVSB Sampaio AM Giulietti JE Virginio CFL Gamarra-Rojas eds) APNECNIP Recife p155-157

BARBOSA MRV SOUSA EB amp JARDIM JG 2006 Rubiaceae In Checklist das Plantas do Nordeste Brasileiro Angiospermas e Gymnosperma (MRV Barbosa C Sothers S Mayo CFL Gamarra-Rojas amp CA Mesquita eds) Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia Brasiacutelia p135-140

BARBOSA MR ZAPPI D TAYLOR C CABRAL E JARDIM JG PEREIRA MS CALIOacute MF PESSOA MCR SALAS R SOUZA EB DI MAIO FR MACIAS L ANUNCIACcedilAtildeO EA DA GERMANO FILHO P amp OLIVEIRA JA 2012 Rubiaceae In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000210 (uacuteltimo acesso em 06112012)

123

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

BARBOSA MR 2012 Guettarda In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB014052 (uacuteltimo acesso em 06112012)

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente - MMA 2007 Aacutereas prioritaacuterias para conservaccedilatildeo uso sustentaacutevel e reparticcedilatildeo dos benefiacutecios da biodiversidade brasileira Secretaria de Biodiversidade e Florestas Brasiacutelia Mapa versatildeo 22 set2007

BRUMMITT RK amp POWELL CE 1992 Authors of plant names Royal Botanic Gardens Kew London

CABRAL EL amp BACIGALUPO NM 2005 Novelties in Spermacoceae (Rubiaceae) from Bolivia and Paraguay Brittonia 57(2)129-140 httpdxdoiorg1016630007-196X(2005)057[0129NISRFB]20CO2

CABRAL EL amp FADER AAC 2010 Nuevas combinaciones y nuevos sinocircnimos en especies de Brasil de Diodia s lat (Spermacoceae - Rubiaceae) Rodrigueacutesia 61(1)119-121

CABRAL EL MIGUEL LM amp SALAS RM 2011 Dos especies nuevas de Borreria (Rubiaceae) sinopsis y clave de las especies para Bahia Brasil Acta Bot Bras 25(2)255-276 httpdxdoiorg101590S0102-33062011000200002

CABRAL E amp SALAS R 2012 Diodella In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB038741 (uacuteltimo acesso em 06112012)

CAMPOS MTVA ZAPPI DC CALIOacute MF amp PIRANI JR 2006 Flora de Gratildeo-Mogol Minas Gerais Rubiaceae Bol Bot Univ Satildeo Paulo 2441-67

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2004 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v1 344p

DELPRETE PG amp SOUZA EB 2004 Psychotria carrascoana (Rubiaceae) a new species from the Carrasco Vegetation of Northeastern Brazil Novon 14158-162

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2005 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v2 p345-842

DELPRETE PG 2010 Rubiaceae In Flora do Estado de Goiaacutes e Tocantins (JA Rizzo org) PRPPGUFG IRD Goiacircnia v40 1610p

FORZZA RC COSTA A WALTER BMT PIRANI JR MORIM MP QUEIROZ LP MARTINELLI G PEIXOTO AL COELHO MAN BAUMGRATZ JFA STEHMANN JR LOHMANN LG amp HOPKINS M 2012 Angiospermas In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000032 (uacuteltimo acesso em 05112012)

JARDIM JG amp SOUZA EB 2006 Rubiaceae In Diversidade e Caracterizaccedilatildeo das Faneroacutegamas do Semiaacuterido Brasileiro (AM Giulietti AA Conceiccedilatildeo amp LP Queiroz orgs) Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife p203-209

JARDIM JG 2012 Leptoscela In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB020761 (uacuteltimo acesso em 06112012)

JUNG-MENDACcedilOLLI SL 2007 Rubiaceae In Flora Fanerocircgama do Estado de Satildeo Paulo (MGL Wanderley GJ Shepherd TS Melhem amp AM Giulietti coords) FAPESBRIMA Satildeo Paulo v5 p259-447

GOVAERTS R ANDERSSON L ROBBRECHT E BRIDSON D DAVIS A SCHANZER I amp SONKE B 2011 [continuously uploaded] World Checklist of Rubiaceae Facilitated by the Royal Botanic Gardens httpappskeworgwcspqsearchdo (uacuteltimo acesso em 2422012)

HARRIS JG amp HARRIS MW 2001 Plant identification terminology An illustrated glossary 2 ed Spring Lake Publishing Spring Lake

LEAL IR SILVA JMC Da TABARELLI M amp LACHER TE 2005 Changing the Course of Biodiversity Conservation in the caatinga of Northeastern Brazil Conserv Biol 19(3)701-706 httpdxdoiorg101111j1523-1739200500703x

LEWIS WH amp OLIVER RL 1974 Revision of Richardia (Rubiaceae) Brittonia 26271-301 httpdxdoiorg1023072805730

MARGALHO LF ROCHA AES amp SECCO RS 2009 Rubiaceae Juss da restinga da APA de AlgodoalMaiandeua Maracanatilde Paraacute Brasil Bol Mus Para Emiacutelio Goeldi Cienc Nat 4(3)303-339

MORI SA SILVA LAM LISBOA GE amp CORADIN L 1989 Manual de Manejo do Herbaacuterio Fanerogacircmico Centro de Pesquisa do Cacau Ilheacuteus

PEEL MC FINLAYSON BL amp MCMAHON TA 2007 Updated world map of the Koumlppen-Geiger climate classification Hydrol Earth Syst Sc 111633-1644 httpdxdoiorg105194hess-11-1633-2007

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2004 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelias Antirheoideae Cinchonoideae e Ixoroideae Acta Bot Bras 18(2)305-318 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000200010

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2006 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelia Rubioideae Acta Bot Bras 20(2)455-470 httpdxdoiorg101590S0102-33062006000200021

PRADO AL 1987 Revisatildeo taxonocircmica do gecircnero Tocoyena Aubl (Rubiaceae) no Brasil Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Estadual de Campinas Satildeo Paulo

RADFORD AE DICKISON WC MASSEY JR amp BELL R 1974 Vascular Plant Systematics Harper amp Row publishers New York

ROBBRECHT E 1988 Tropical woody Rubiaceae Characteristic features and progressions Contributions to a new subfamilial classification Opera Bot Belg 11-271

SOUZA EB amp SALES MF 2004 O gecircnero Staelia Cham amp Schtdl (Rubiaceae-Spermacoceae) no Estado de Pernambuco Brasil Acta Bot Bras 18(4)921-928 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000400023

SOUZA EB CABRAL EL amp ZAPPI DC 2010 Revisatildeo de Mitracarpus (Rubiaceae - Spermacoceae) para o Brasil Rodrigueacutesia 61(2)319-352

SZABO AV ROCHA ACS TOSATO JAC amp BARROSO W 2007 Aacuterea de proteccedilatildeo ambiental (APA) Serra Branca Raso da Catarina In As caatingas debates sobre a Ecorregiatildeo do Raso da Catarina (J Marques org) Fonte Viva Paulo Afonso p21-40

TAYLOR CM 2005 Margaritopsis (Rubiaceae Psychotrieae) in the Neotropics Syst Geogr Pl 75(2)161-177

THIERS B 2011 [continuously updated] Index Herbariorum a global directory of public herbaria and associated staff New York Botanical Gardenrsquos Virtual Herbarium httpsweetgumnybgorgih (uacuteltimo acesso em 28102011)

VELLOSO AL SAMPAIO EVSB GIULIETTI AM BARBOSA MRV CASTRO AAJF QUEIROZ LP FERNANDES A OREN DC CESTARO LA CASTRO AJE PAREYN FGC SILVA FBR MIRANDA EE KEEL S amp GONDIM RS 2002 Ecorregiotildees Propostas para o Bioma caatinga TNC-Brasil Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife

ZAPPI DC amp STANNARD BL 1995 Rubiaceae In Flora of the Pico das Almas Chapada Diamantina Bahia Brazil (BL Stannard ed) Royal Botanic GardensUSPCEPLAC Kew p546-578

ZAPPI DC amp NUNES TS 2002 Preliminary list of the Rubiaceae in Nortehastern Brazil Royal Botanic Gardens Kew

Recebido em 09072012 Versatildeo reformulada recebida em 15112012

Publicado em 03042013

Page 6: Biota Neotrop., vol. 13, no. 2 - redalyc.org · Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico

109

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

Borreria densiflora DC foi considerado o nome vaacutelido e mais antigo para a espeacutecie descrita primeiramente como Spermacoce spinosa L por conta da dificuldade de encontrar o material tipo Recentemente Cabral et al (2011) propuseram o restabelecimento de Borreria spinosa ao confirmar a existecircncia do holoacutetipo do exemplar tipo de Linnaeus e a sinonimizaccedilatildeo de B densiflora descrita com base em uma duplicata do mesmo material Neste trabalho optou-se

por natildeo utilizar o conceito proposto recentemente por Cabral et al (2011) para variedades desta espeacutecie

Borreria spinosa eacute considerada como espeacutecie ruderal que se desenvolve bem nos ambientes de cerrado e caatinga (Cabral et al 2011) Na APASB esta espeacutecie foi encontrada apenas no periacuteodo chuvoso em ambiente de caatinga arbustiva em aacutereas abertas e bordas de estradas A espeacutecie variou de erva ereta a procumbente podendo

a

b

c

d

e

fg h

Figura 2 a-d) Borreria spinosa a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Borreria verticillata e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto (a-d) DD Vieira 163 e-h) RR Varjatildeo 115)Figure 2 a-d) Borreria spinosa a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Borreria verticillata e) flowering branch f) stipule g) flower h) fruit(a-d) DD Vieira 163 e-h) RR Varjatildeo 115)

110

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

ser identificada em campo pelas folhas com nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces e glomeacuterulos subglobosos Floresce e frutifica na aacuterea em junho

2 Borreria verticillata (L) GMey Prim Fl Esseq 83 1818 Figuras 2e-h

Spermacoce verticillata L Sp Pl 1 102 1753Erva ereta 30-50 cm alt monoica Caule tetragonal glabro

entrenoacutes 6-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times ca 3 mm pubescente 5-9 setas 08-4 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 10-32 times 1-6 mm lanceolado base cuneada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces nervura hiacutespida na face abaxial venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas na face adaxial 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos globosos terminais subterminais e axilares 1-3 por ramo floriacutefero multifloros 3-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 2-25 times ca 1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2-3 lobos iguais 1-15 mm compr lanceolados margem inteira corola alva infundibuliforme tubo 08-2 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 06-1 mm compr triangulares glabros estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 03-05 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 08-22 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 15-2 times ca 1 mm oblonga marrom quando madura glabra a pubeacuterula sementes 1-12 times ca 05 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 15I2006 bot fl e fr GC Sessegolo 83 (MBM) Estrada para ESEC 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1703 (HUNEB) Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo59rdquo S 38deg26rsquo24rdquo O 506 m 17X2009 bot fl e fr E Melo et al 6706 (HUEFS) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 5IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 28 (HUNEB) 9deg56rsquo376rdquo S 38deg27rsquo511rdquo O 588 m 28I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 36 (HUNEB) Entrada da APA 9deg57rsquo301rdquo S 38deg26rsquo193rdquo O 524 m 28I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 31 (HUNEB) 8IV2011 fl e fr RR Varjatildeo 60 (HUNEB) 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 115 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Beira do rio seco 18X2009 bot fl e fr E Melo et al 6724 (HUEFS) Rodelas Itacotiara 21I1987 fl e fr BS Laacutezaro amp GO Mattos e Silva 36 (HRB)

Distribuiccedilatildeo Distribui-se dos Estados Unidos ao norte da Argentina e foi introduzida no Oeste da Aacutefrica No Brasil eacute encontrada em quase todos os estados (Delprete et al 2005 Jung-Mendaccedilolli 2007 Cabral et al 2011)

Borreria verticillata eacute uma erva ereta muito ramificada que eacute geralmente confundida em herbaacuterios com B spinosa (= B densiflora) podendo ser diferenciada atraveacutes das folhas com 2 pares de nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas na face adaxial e glomeacuterulos globosos Enquanto B spinosa apresenta folhas com 4-5 pares de nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces e glomeacuterulos subglobosos Na APASB esta espeacutecie eacute bastante abundante ocorrendo amplamente nas aacutereas abertas aacutereas de mata margens de estradas e pastagens sem preferecircncias por condiccedilotildees fiacutesicas especiais Coletada com flores e frutos na aacuterea em janeiro abril junho novembro e dezembro

3 Cordiera rigida (KSchum) Kuntze Revis Gen Pl 1 279 1891 Figuras 3a-e

Alibertia rigida KSchum Fl Bras 6(6) 391 1889Arbusto 05-6 m alt dioico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes

5-64 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas 07-3 times 12-25 mm inteiras triangulares aacutepice aristado glabras a pubeacuterulas Folhas opostas

cruzadas coriaacuteceas seacutesseis limbo 11-55 times 10-37 mm obovado a eliacuteptico base cuneada aacutepice obtuso a subagudo margem inteira levemente revoluta vernicoso na face adaxial glabro em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras secundaacuterias e terciaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces 4-8 pares Inflorescecircncias terminais masculinas fasciculadas 3-5-floro femininas unifloras seacutesseis 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais fusiformes 6-10 times 15-2 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores diclinas homostiacutelicas seacutesseis flores masculinas caacutelice truncado ca 1 mm compr pubeacuterulo corola creme com lobos alvos a vinaacuteceos hipocrateriforme tubo 3-6 mm compr externamente glabrescente a pubeacuterula internamente glabra 4-mera lobos 2-3 mm compr deltoides glabrescentes estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 2-4 mm compr cremes estigma biacutefido natildeo receptivo estilete 4-7 mm compr flores femininas caacutelice truncado 1-2 mm compr pubeacuterulo corola 6-7 mm compr creme com lobos alvos a vinaacuteceos hipocrateriforme tubo 4-5 mm compr externamente glabrescente a pubeacuterula internamente glabra 4-mera lobos 2-3 mm compr deltoides glabrescentes estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras 15-4 mm compr cremes sem poacutelen estigma biacutefido estilete 55-7 mm compr Fruto baga 4-8 times 5-10 mm globosa negra quando madura glabra sementes 3-4 times 2-3 mm obcocircnicas amarelo-esverdeadas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 15I2006 fr GC Sessegolo et al 65 (ALCB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo018rdquo S 38deg32rsquo395rdquo O 650 m 22IX2010 fl DD Vieira 85 (HUNEB) 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 4XII2010 fr RR Varjatildeo 17 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 29 (HUNEB) Faz Serra Branca Trilha em direccedilatildeo ao Araccedilaacute 9deg54rsquo126rdquo S 38deg38rsquo483rdquo O 541 m 21VIII2008 fl MVV Romatildeo 242 (HUNEB) Trilha da ladeira grande 9deg53rsquo335rdquo S 38deg40rsquo48rdquo O 485 m 18IX2008 fl MVV Romatildeo 313 (HUNEB) Baixatildeo da Serra Branca 9deg52rsquo182rdquo S 38deg38rsquo349rdquo O 503 m 21XI2008 fr TMS Melo 24 (HUNEB) Trilha agrave direita do portal 9deg52rsquo135rdquo S 38deg37rsquo574rdquo O 537 m 12XII2008 fr MVV Romatildeo 467 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 22VIII2003 fl e fr FHM Silva amp LCL Lima 434 (HUEFS) Paulo Afonso Raso da Catarina 11VIII2005 fl JG Carvalho-Sobrinho et al 547 (HUEFS) 7XII1982 fl e fr LP Queiroz 448 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Brasil ocorrendo nos estados da Bahia Piauiacute Maranhatildeo Cearaacute Pernambuco Goiaacutes Minas Gerais Satildeo Paulo e Tocantins (Delprete 2010)

Na APASB C rigida eacute encontrada como arbusto ocorrendo no interior e borda da vegetaccedilatildeo subarbustiva e arbustiva-arboacuterea em solos arenosos Caracteriza-se por apresentar flores unissexuadas as masculinas em inflorescecircncias de 3-5-floro apresentando estigma natildeo receptivo e as femininas unifloras apresentando anteras sem poacutelen Em campo eacute possiacutevel identificar os indiviacuteduos femininos atraveacutes do hipanto turbinado e na ausecircncia das flores pela presenccedila dos frutos Os frutos em completa maturaccedilatildeo satildeo adocicados e segundo Delprete (2010) satildeo comestiacuteveis Floresce na aacuterea de agosto a janeiro e frutifica de novembro a janeiro

4 Cordiera sp Figuras 3f-jArbusto 25-4 m alt dioico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes

5-57 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas 1-25 times 1 -3 mm inteiras triangulares glabras a pubeacuterulas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 05-2 mm compr limbo 35-75 times 18-48 mm oval a eliacuteptico base cuneada a obtusa aacutepice obtuso a agudo margem crenulada nervura principal pubeacuterula em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras secundaacuterias proeminentes na face abaxial 7-8 pares Inflorescecircncias terminais as masculinas fasciculadas

111

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

4-7-floro as femininas natildeo observadas seacutesseis braacutecteas foliaacuteceas deciacuteduas bracteacuteolas ausentes ou inconspiacutecuas Bototildees florais fusiformes 45-6 times 1-15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores diclinas homostiacutelicas seacutesseis flores masculinas caacutelice truncado ca 2 mm compr glabrescente corola amarela com tubo e bordos dos lobos vinaacuteceos hipocrateriforme tubo 55-6 mm compr externamente pubeacuterula internamente glabra 5-mera lobos 25-3 mm compr deltoides pubeacuterulos estames inclusos porccedilatildeo livre dos

filetes 05-1 mm compr anteras 4-45 mm compr cremes estigma biacutefido natildeo receptivo estilete 55-6 mm compr flores femininas natildeo observadas Fruto baga 11-16 times 13-17 mm subglobosa negra quando madura glabra sementes 5-66 times 4-5 mm obcocircnicas amarelo-acastanhadas exotesta estriada

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg54rsquo010rdquo S 38deg41rsquo008rdquo O 399 m 5XI2010 fr LR Silva 10 (HUNEB) 9deg54rsquo066rdquo S 38deg41rsquo008rdquo O 383 m 8XII2011

a

b

c

d

e

f

g

h

k

l

m

n

i

j

Figura 3 a-e) Cordiera rigida a) ramo floriacutefero masculino b) ramo frutiacutefero c) estiacutepula d) flor masculina e) fruto f-j) Cordiera sp f) ramo floriacutefero masculino g) ramo frutiacutefero detalhe da margem da folha h) estiacutepula i) flor masculina j) fruto k-n) Diodella gardneri k ramo floriacuteferofrutiacutefero l estiacutepula m flor n fruto (ad) RR Varjatildeo 17 bce) DD Vieira 85 fj) RR Varjatildeo 165 g-i) RR Varjatildeo 164 k-m) RR Varjatildeo 124 n) RR Varjatildeo 23)Figure 3 a-e) Cordiera rigida a) flowering branch male b) fruiting branch c) stipule d) male flower e) fruit f-j) Cordiera sp f) flowering branch male g) fruiting branch detail leaf margin h) stipule i) male flower j) fruit k-n) Diodella gardneri k) floweringfruiting branch l) stipule m) flower n) fruit (ad) RR Varjatildeo 17 bce) DD Vieira 85 fj) RR Varjatildeo 165 g-i) RR Varjatildeo 164 k-m) RR Varjatildeo 124 n) RR Varjatildeo 23)

112

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

bot e fl RR Varjatildeo 164 (HUNEB) 9deg54rsquo054rdquo S 38deg40rsquo987rdquo O 406 m 8XII2011 fr RR Varjatildeo 165 (HUNEB)

Cordiera sp conhecida por apenas trecircs espeacutecimes apresenta caracteriacutesticas distintas de C rigida espeacutecie comumente encontrada na aacuterea de estudo e com muitos registros em herbaacuterios Diferencia-se atraveacutes das folhas pecioladas com a margem crenulada e frutos maiores (11-16 times 13-17 mm vs 4-8 times 5-10 mm) A consulta a referecircncias bibliograacuteficas disponiacuteveis das espeacutecies citadas para o Brasil bem como a comparaccedilatildeo com espeacutecimes de herbaacuterios natildeo possibilitou a identificaccedilatildeo do taacutexon Entretanto seratildeo necessaacuterias mais investigaccedilotildees para definir sua identidade Encontrada na aacuterea com flores e frutos em novembro e dezembro

5 Diodella gardneri (KSchum) Bacigalupo amp ELCabral Darwiniana 44(1) 98 2006 Figuras 3k-n

Diodia gardneri KSchum Fl Bras 6(6) 402 1888Borreria gardneri (KSchum) Bacigalupo amp ELCabral Opera

Bot Belg 7 307 1996Erva ereta ou escandente 80-160 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice dos ramos glabrescente a pubeacuterulo entrenoacutes 10-70 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-2 times ca 3 mm tomentosa 6-9 setas 1-3 mm compr pubescentes Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 7-21 times 3-8 mm eliacuteptico base atenuada a cuneada aacutepice agudo a acuminado margem revoluta face adaxial escabra abaxial pubescente venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias evidentes na face abaxial 3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares 4-8 por ramo floriacutefero 7-12-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Botatildeo floral oblongo 8-9 times 4-5 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 4 lobos iguais 5-9 mm compr lanceolados pubescentes corola alva a roacutesea infundibuliforme tubo 4-5 mm compr internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 3-4 mm compr triangulares externamente pilosos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 1-15 mm compr anteras 15-2 mm compr alvas a lilases estigma levemente bilobado estilete 6-10 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos 2-4 times ca 3 mm obovoide vinaacuteceo quando maduro pubescente sementes 25 times ca 2 mm obovoides castanhas sulco longitudinal na face ventral aacutepice recurvado ventralmente

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca proacuteximo a sede 9deg55rsquo375rdquo S 38deg42rsquo181rdquo O 19IV2008 fl AS Conceiccedilatildeo 1354 (HUNEB) Trilha do Tanque das pedrinhas 9deg53rsquo279rdquo S 38deg40rsquo48rdquo O 474 m 26VI2008 fl AS Conceiccedilatildeo 1414 (HUNEB) Limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1673 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo165rdquo S 38deg29rsquo241rdquo O 9VIII2009 fl e fr MVV Romatildeo 535 (HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 fl RR Varjatildeo 03 (HUNEB) 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 fl e fr RR Varjatildeo 23 (HUNEB) Proacuteximo a baixa do chiqueiro 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 fl RR Varjatildeo 67 (HUNEB) Proacuteximo agrave casa de Gilson 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl RR Varjatildeo 124 (HUNEB) Faz Serra Branca Proacuteximo agrave casa do IBAMA 9deg55rsquo453rdquo S 38deg42rsquo259rdquo O 375 m 6V2011 fl RR Varjatildeo 82 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos trilha para toca das araras 10V1993 fl e fr MC Ferreira 507 (HRB) Gloacuteria Brejo do burgo 2VII1995 fl FP Bandeira 215 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina 18I1981 fl ML Guedes 303 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Brasil ocorrendo nos estados da Bahia Cearaacute Piauiacute e Minas Gerais (Cabral amp Fader 2010 Cabral amp Salas 2012)

A espeacutecie ocorre comumente na caatinga ou na transiccedilatildeo caatinga-cerrado (Cabral amp Fader 2010) Na APASB eacute uma espeacutecie

amplamente distribuiacuteda encontrada nas bordas e interior de vegetaccedilatildeo subarbustiva e arbustiva-arboacuterea em solos arenosos Caracteriza-se por apresentar haacutebito ereto a escandente aleacutem dos lobos do caacutelice com 5-9 mm compr e fruto pubescente Foi coletada na aacuterea com flores e frutos de janeiro a setembro

6 Diodella radula (Willd ex Roem amp Schult) Delprete Fl Ilustr Catarin Rubiaceas I 174 2004 Figuras 4a-d

Spermacoce radula Willd ex Roem amp Schult Syst Veg 3 351 1818

Diodia radula (Roem amp Schult) Cham amp Schltdl Linnaea 3 342 1828

Erva ereta ou decumbente 40-120 cm alt monoica Caule tetragonal no aacutepice dos ramos pubescente no aacutepice raro viloso entrenoacutes 10-95 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2 times 25-4 mm glabrescente a pubescente 5-8(-15) setas 14-28(-56) mm compr pubescentes raro pilosas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 18-43(-63) times 8-18(-24) mm eliacuteptico a eliacuteptico-oval base cuneada raro atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial escabra abaxial pubescente a estrigosa ou pilosas nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras evidentes em ambas as faces 3-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares (2-)4-11 por ramo floriacutefero 6-12-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Botatildeo floral oblongo 35-5 times 15-3 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 4 lobos desiguais maiores 25-35 mm compr menores 2-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 4-5 mm compr piloso na porccedilatildeo superior internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 3-35 mm compr triangulares externamente pilosos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes (03-)08-1 mm compr anteras 15-2 mm compr alvas a lilases estigma capitado estilete 6-8 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos 25-3 times 2-4 mm globoso verde aacutepice piloso sementes 12-26 times 08-2 mm obovoides castanhas aacutepice fendido ausecircncia de sulcos ventrais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada principal 9deg55rsquo453rdquo S 38deg42rsquo259rdquo O 375 m 17VI2011 fl RR Varjatildeo 127 (HUNEB) Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 fl fr e bot RR Varjatildeo 146 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo 21II2006 fl E Melo et al 4273 (HUEFS) Santa Briacutegida 24V1984 bot e fl LC Oliveira Filho 175 (ALCB CEPEC HRB) Tucano Rod Tucano-Ribeira do Pombal 29XII2004 fl D Cardoso amp JMO Santos 210 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com ampla distribuiccedilatildeo ocorrendo nos Estados Unidos Venezuela Guianas Ilha Galaacutepagos Peru Boliacutevia Equador Argentina Paraguai e Brasil (Delprete et al 2004 Cabral amp Bacigalupo 2005) No Brasil distribui-se de forma descontiacutenua do Nordeste ao Sul do paiacutes (Cabral amp Salas 2012)

Delprete et al (2004) citaram D radula como erva caracteriacutestica e exclusiva de aacutereas de restinga Crescendo tambeacutem em dunas e solos rochosos e arenosos do cerrado (Cabral amp Bacigalupo 2005 Campos et al 2006) Na APASB eacute encontrada no interior e borda da caatinga-arbustiva sendo coletada apenas uma vez em ambiente sombreado com vegetaccedilatildeo arbustiva-arboacuterea Neste ambiente o espeacutecime apresentou variaccedilatildeo morfoloacutegica com haacutebito ereto folhas com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas e base atenuada Contudo os caracteres reprodutivos permitiram incluiacute-lo em D radula Esta espeacutecie pode ser confundida em campo com D gardneri da qual podemos diferenciar pelo haacutebito ereto ou decumbente flores com lobos do caacutelice 2-35 mm compr e fruto piloso no aacutepice Floresce na aacuterea de junho a julho e frutifica em julho

113

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

7 Diodella teres (Walter) Small Fl Lancaster Co 271 1913 Figuras 4e-h

Diodia teres Walter Fl Carol 87 1788Erva decumbente 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico a

tetragonal pubeacuterulo a piloso entrenoacutes 5-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-2 times 3-4 mm pubeacuterula margem pilosa 9-12 setas 3-10 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 16-35 times 4-7 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo a acuminado margem inteira estrigoso a tomentoso

em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 4 pares Inflorescecircncia em fasciacuteculos axilares 4-11 por ramo floriacutefero 2-5-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 2-5 times 15-2 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 15-2 mm compr 4 lobos desiguais maiores 15-2 mm compr menores 1-15 mm compr lanceolados margem escabriuacutescula corola alva com lobos lilaacuteses infundibuliforme tubo 35-5 mm compr internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do

a

b

c

d

e

f

gh

k

l

i

j

Figura 4 a-d) Diodella radula a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Diodella teres e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Emmeorhiza umbellata i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 127 e-h) AS Conceiccedilatildeo 1870 i-l) RR Varjatildeo 05)Figure 4 a-d) Diodella radula a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Diodella teres e) flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Emmeorhiza umbellata i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 127 e-h) AS Conceiccedilatildeo 1870 i-l) RR Varjatildeo 05)

114

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

tubo 4-mera lobos 15-2 mm compr triangulares externamente pubeacuterulos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma capitado estilete 3-55 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos ca 4 times 25-3 mm globoso a subovoide marrom quando maduro pubescente sementes 2-3 times 15-2 mm obovoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Trilha sentido Serra do Navio 9deg52rsquo491rdquo S 38deg39rsquo220rdquo O 481 m 31VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1870 (HUNEB) Proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot e fr RR Varjatildeo 80 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 27VI2002 fl LP Queiroz et al 7220 (HUEFS) 18IV2004 fl FHM Silva amp LCL Lima 500 (HUEFS) Gloacuteria BA-210 sentido Rodelas 7VI2007 fl e fr AS Conceiccedilatildeo et al 1010 (HUEFS) Serrota 5IX2006 fl S Leal 56 (HUEFS) Ribeira do Pombal 16VIII2003 fl e fr ML Guedes et al 10570 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie neotropical ocorrendo no Sudeste dos Estados Unidos Ameacuterica Central e Ameacuterica do Sul (Cabral amp Bacigalupo 2005 Campos et al 2006) No Brasil distribui-se por quase todo o territoacuterio nacional (Cabral amp Salas 2012)

Na APASB D teres eacute encontrada em aacutereas abertas com forte exposiccedilatildeo solar e solo arenoso Distingue-se das demais espeacutecies de Diodella encontradas na aacuterea por apresentar haacutebito procumbente limbo com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas lanceolado 2-5 flores por axila Encontrada na aacuterea com flores em maio e julho e frutos em maio

8 Emmeorhiza umbellata (Spreng) KSchum Fl Bras 6(6) 408 1889 Figuras 4i-l

Borreria umbellata Spreng Neue Entd 2 144 1821Endlichera umbellata KSchum Fl Bras 6(6) 38 1888Trepadeira monoica Caule tetragonal glabro a pubeacuterulo

entrenoacutes 16-67 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-3 times 2-3 mm glabra a pubeacuterula 6-7 setas 2-6 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 32-76 times 11-25 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial esparsamente estrigosa abaxial pubeacuterula nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em cimeiras paniculadas de umbela terminais ou axilares 1-4 por ramo floriacutefero multifloros peduacutenculo 20-40 mm compr glabro 2 braacutecteas 12-20 times 5-8 mm lanceoladas pubeacuterulas 2 bracteacuteolas 15-4 times 05-15 mm eliacutepticas glabras Bototildees florais oblongos 15-2 times 05-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 17-25 mm compr glabros caacutelice 4 lobos iguais 05-1 mm compr lanceolados glabros corola alva infundibuliforme tubo 05-1 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 1-12 mm compr triangulares glabros estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras ca 05 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 1-15 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 3-4 times ca 1 mm obovoide marrom quando maduro glabra sementes 25-3 times 03-05 mm elipsoides castanhas porccedilatildeo central escurecida em ambas as faces aladas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo59rdquo S 38deg26rsquo24rdquo O 506 m 17X2009 fl E Melo et al 6683 (HUEFS) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 23IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 05 (HUNEB) Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 bot RR Varjatildeo 146 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Beira do rio seco 18X2009 fl E Melo et al 6736 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina Mata das Pororocas 25X1982 fl LP Queiroz 438 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie amplamente distribuiacuteda pela Ameacuterica do Sul da Venezuela ateacute o Brasil No Brasil ocorre nos estados do Planalto Central na regiatildeo Nordeste e na faixa litoracircnea desde a Bahia ateacute o Rio Grande do Sul (Delprete 2010)

Na APASB ocorre nas bordas das aacutereas florestadas e caatinga arbustiva-arboacuterea Diferencia-se das demais espeacutecies da aacuterea por apresentar haacutebito trepador com caule voluacutevel inflorescecircncia composta por cimeiras paniculadas de umbela e sementes aladas Floresce na aacuterea de julho a setembro e dezembro e frutifica em agosto e setembro

9 Guettarda angelica Mart ex MuumlllArg Flora 58 450 1875 Figuras 5a-d

Arbusto 1-3 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro a pubeacuterulo no aacutepice dos ramos entrenoacutes 6-78 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas inteiras triangulares cocircncavas aacutepice agudo 45-9 times 2 -4 mm tomentosas a pubeacuterulas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 5-19 mm compr pubeacuterulos limbo 36-70 times 19-50 mm eliacuteptico orbicular a obovado base cuneada a arredondada aacutepice agudo a obtuso margem inteira face adaxial hirsuta pubeacuterula nas nervuras face abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 8-12 pares Inflorescecircncia em cimeiras escorpioides subterminal 8-floro peduacutenculo 8-46 mm compr pubeacuterulo braacutecteas natildeo observadas 2 bracteacuteolas lineares 1-4 times 02-1 mm pubescentes Bototildees florais oblongos 5-10 times ca 2 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice truncado podendo apresentar ateacute 2 lobos 16-3 mm compr pubescente corola creme hipocrateriforme tubo 10-12 mm compr externamente tomentoso 5-mera lobos 3-5 mm compr oblongos externamente tomentosos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 2-24 mm compr alvas estigma capitado estilete 12-14 mm compr Fruto drupa 4-10 times 5-12 mm subglobosa alva a creme quando madura pubeacuterula sementes natildeo visualizadas

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Vaca Morta 9deg54rsquo236rdquo S 38deg41rsquo2266rdquo O 367 m 17IV2008 fl e fr AS Conceiccedilatildeo 1282 (HUNEB) Trilha sentido Serra do Morro 9deg52rsquo491rdquo S 38deg39rsquo220rdquo O 481 m 30VII2009 fr TMS Melo 54 (HUNEB) Estrada que vai em direccedilatildeo agrave casa sede 9deg53rsquo763rdquo S 38deg40rsquo712rdquo O 414 m 7IV2011 fr RR Varjatildeo 55 (HUNEB) Proacuteximo a casa 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 81 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo63rdquo S 38deg28rsquo687rdquo O 627 m 5V2011 fr RR Varjatildeo 76 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria ca 4 km de Olhos drsquoAacutegua de Souza 26IV2001 fl LP Queiroz et al 6552 (HRB) Paulo Afonso Raso da Catarina 14V1981 fl e fr GCP Pinto 10281 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie exclusiva do Brasil Embora tenha sido citada para o estado do Paraacute por Margalho et al (2009) eacute considerada endecircmica do domiacutenio da caatinga ocorrendo nos estados da Bahia Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco (Barbosa 2012)

Na APASB ocorre nas bordas e subosque da vegetaccedilatildeo arbustiva-arboacuterea em solos arenosos G angelica eacute muito comum em aacutereas de caatinga e amplamente documentada em herbaacuterio Eacute facilmente reconhecida atraveacutes da drupa subglobosa pubeacuterula branca quando madura flores com tubo da corola 10-12 mm compr e limbo tomentoso na face abaxial Na aacuterea floresce e frutifica de abril a julho

10 Guettarda sericea MuumlllArg Flora 58 450 1875Arbusto ca 15 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes

8-45 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas inteiras lanceoladas aacutepice

115

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

agudo 5-6 times 2 -3 mm tomentosas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 6-20 mm compr tomentosos limbo 60-120 times 20-45 mm obovado a eliacuteptico base truncada atenuada a arredondada aacutepice agudo a obtuso margem inteira tomentosa em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em cimeiras escorpioides subterminal 8-15-floro peduacutenculo 13-30 mm compr pubescente braacutecteas natildeo observadas 1 bracteacuteola linear 4-55 times 05-1 mm pubeacuterula Bototildees

florais oblongos 4-5 times 2-3 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice truncado seriacuteceo corola creme hipocrateriforme tubo 7-8 mm compr externamente tomentoso 5-mera lobos 1-2 mm compr oblongos externamente tomentosos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 2-3 mm compr alvas estigma capitado estilete 8-9 mm compr Fruto drupa 8-10 times 5-6 mm elipsoide marrom a negra quando madura pubescente sementes natildeo observadas

a

b

c

d

e

f

g

h

kli

j

Figura 5 a-d) Guettarda angelica a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Leptoscela ruellioides e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor longistila h) fruto i-l) Margaritopsis carrascoana i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-c) AS Conceiccedilatildeo 1282 d) RR Varjatildeo 55 e-h) RR Varjatildeo 01 i-k) RR Varjatildeo 118 l) RR Varjatildeo 78)Figure 5 a-d) Guettarda angelica a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Leptoscela ruellioides e) flowering branch f) stipule g) flower longuistylous h) fruit i-l) Margaritopsis carrascoana i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-c) AS Conceiccedilatildeo 1282 d) RR Varjatildeo 55 e-h) RR Varjatildeo 01 i-k) RR Varjatildeo 118 l) RR Varjatildeo 78)

116

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Natureza 10deg00rsquo14rdquo S 38deg26rsquo02rdquo O 427 m 12VIII2005 fl fr EB Miranda et al 882 (HUEFS) 10deg4rsquoS 38deg21rdquo O 17I2006 bot GC Sessegolo et al 147 (ALCB) Baixa do estreito 9deg59rsquo343rdquo S 38deg25rsquo015rdquo O 436 m 18III2009 bot AS Conceiccedilatildeo 1547 (HUNEB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie exclusiva do Nordeste do Brasil ocorrendo nos estados de Alagoas Bahia Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco em aacutereas de caatinga (Barbosa 2012)

Guettarda sericea ocorre na APASB em aacuterea com caatinga arboacuterea diferencia-se de G angelica principalmente pela drupa elipsoide pubescente marrom a negra quando madura tubo da corola 7-8 mm compr (vs 10-12 mm compr) e limbo tomentoso em ambas as faces Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos em agosto e de janeiro a marccedilo apenas em bototildees

11 Leptoscela ruellioides Hookf Icon Pl 14 1149 1873 Figuras 5e-h

Erva ereta ou com ramos apoiantes 30-80 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 12-128 cm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubescente 8-14 setas 05-3 mm compr pubescentes Folhas opostas cruzadas membranaacuteceas peciacuteolos 1-3 mm compr glabro limbo 24-52 times 8-22 mm lanceolado base cuneada aacutepice acuminado margem inteira face adaxial pubeacuterula abaxial pubescente venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras conspiacutecuas na face abaxial 3-4 pares Inflorescecircncia em cincinos alongados axilares 1-4 por ramo floriacutefero 12-20-floro peduacutenculo 20-38 mm compr glabro 2 braacutecteas 3-4 times 15-2 mm lanceoladas pubescentes 1 bracteacuteola 1-15 mm compr linear pubeacuterula Bototildees florais elipsoides 15-4 times 1-15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas heterostiacutelicas pedicelos 05-13 mm compr glabros caacutelice 5 lobos iguais 1-15 mm compr lanceolados margem pubeacuterula corola alva com fauce esverdeada e lobos lilases infundibuliforme tubo 3-45 mm compr glabro externamente internamente pubescente e com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 5-mera lobos 25-4 mm compr triangulares internamente pubescentes flores brevistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 15-2 mm compr anteras ca 18 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-2 mm compr flores longistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras ca 1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 45-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 3-4 times 15-2 mm obovoide verde glabra sementes 07-1 times 05-07 mm obovoides castanhas ventralmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Trilha do Araccedilaacute 9deg52rsquo491rdquo S 38deg38rsquo135rdquo O 535 m 8V2008 fl MVV Romatildeo 128 (HUNEB) Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo60rdquo S 38deg26rsquo16rdquo O 488 m 17X2009 fl E Melo et al 6625 (HUEFS) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo249rdquo S 38deg29rsquo318rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1642 (HUNEB) 9deg57rsquo170rdquo S 38deg26rsquo247rdquo O 575 m 19VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1770 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo116rdquo O 493 m 28VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1773 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo117rdquo O 497 m 29VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1796 (HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 fl RR Varjatildeo 01 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 71 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 12VIII2005 fl EB Miranda et al 891 (HUEFS) Uauaacute Serra do Jerocircnimo 30III2000 fl e fr ML Guedes et al 7336 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Nordeste do Brasil ocorrendo na caatinga e cerrado nos estados de Alagoas Bahia Paraiacuteba Pernambuco e Sergipe (Jardim 2012)

Na APASB L ruellioides apresenta ampla distribuiccedilatildeo ocorrendo em todos os ambientes com nuacutemero elevado de indiviacuteduos A espeacutecie eacute reconhecida pelo haacutebito ereto ou com ramos apoiantes folhas pecioladas inflorescecircncia em cincinos e caacutelice com 5 lobos iguais Coletada na aacuterea com flores de abril a setembro e dezembro e frutos em maio

12 Margaritopsis carrascoana (Delprete amp EBSouza) CMTaylor amp EBSouza Syst amp Geogr Pl 75 171 2005 Figuras 5i-l

Psychotria carrascoana Delprete amp EBSouza Novon 14 158 2004

Subarbusto 1-15 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 2-10 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 1-2 times 12 -25 mm glabras Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 1-2 mm compr limbo 11-24 times 5-10 mm eliacuteptico a oblanceolado base cuneada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial 5-9 pares Inflorescecircncia terminal uniflora seacutessil 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos ca 12 times 15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 5 lobos iguais ca 08 mm compr triangulares glabros corola alva a creme lobos com aacutepice verde infundibuliforme tubo 25-3 mm compr externamente glabro internamente com anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 5-mera lobos ca 3 mm compr oblongos-ovais reflexos glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 08-1 mm compr castanhas estigma biacutefido estilete ca 4 mm compr Fruto drupa 4-7 times 4-5 mm obovoide alaranjado ou vermelho quando maduro glabro sementes 35-4 times 25-35 mm subovoides castanhas plano-convexas dorsalmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 4XII2010 fr RR Varjatildeo 18 (HUNEB) 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 72 (HUNEB) 5V2011 fl e fr RR Varjatildeo 77 (HUNEB) 5V2011 fr RR Varjatildeo 78 (HUNEB) 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 118 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 7VI2004 fr JG Carvalho-Sobrinho et al 253 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina 8VI1985 fr L P Queiroz 564 (ALCB) 24VI1982 fr M L Guedes et al 441 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita aos estados da Bahia e Cearaacute ocorrendo em vegetaccedilatildeo do tipo caatinga e carrasco (Delprete amp Souza 2004 Taylor 2005)

Margaritopsis carrascoana estaacute sendo citada aqui pela primeira vez para o estado da Bahia Segundo Delprete amp Souza (2004) a espeacutecie ocorria apenas no estado do Cearaacute associada agrave vegetaccedilatildeo do tipo carrasco no Planalto do Ibiapaba e Chapada do Araripe admitindo sua provaacutevel ocorrecircncia em vegetaccedilatildeo semelhante no estado vizinho do Piauiacute Contudo a espeacutecie foi citada em trabalhos anteriores com ocorrecircncia para aacuterea de caatinga incluindo carrasco cerrado e florestas (Jardim amp Souza 2006)

Na APASB esta espeacutecie ocorre com mais frequecircncia no subosque da vegetaccedilatildeo em aacutereas sombreadas e solos arenosos Diferencia-se por apresentar estiacutepulas persistentes tubo da corola 25-3 mm compr e fruto drupa laranja a vermelha quando madura Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos de abril a dezembro

13 Mitracarpus baturitensis Sucre Rodrigueacutesia 26 255 1971 Figuras 6a-f

Erva ereta ca 30 cm alt monoica Caule tetragonal glabro entrenoacutes 7-88 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 2-3 mm margem pubescente 4-5 setas 05-1 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas membranaacuteceas seacutesseis limbo 8-32

117

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

times 2-4 mm linear-eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra a escabra abaxial glabrescente nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares e terminais 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 15-25 times 08-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 05-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 1-12 mm compr menores 05-08 mm compr lanceolados margem

hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo ca 1 mm compr glabro externamente anel de tricomas na metade do tubo 4-mera lobos ca 1 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras ca 06 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 1-2 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 06-08 mm subglobosa castanha quando madura glabra sementes 06-08 times ca 04 mm oblongoides castanhas face dorsal com impressatildeo cruciforme face ventral com sulcos em forma de ldquoXrdquo

a

b

c

d

e

f

g

h

k

l

i

j

m

n

pq

o

Figura 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e) semente face ventral f) semente face dorsal g-l) Mitracarpus longicalyx g) ramo floriacutefero h) estiacutepula i) flor j) fruto k) semente face ventral l) semente face lateral m-q) Mitracarpus robustus m) ramo floriacutefero n) estiacutepula o) flor p) fruto q) semente face ventral (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)Figure 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e) seed ventral view f) seed dorsal view g-l) Mitracarpus longicalyx g) flowering branch h) stipule i) flower j) fruit k) seed ventral view l) seed lateral view m-q) Mitracarpus robustus m) flowering branch n) stipule o) flower p) fruit q) seed ventral view (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)

118

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 02 (HUNEB) 27VII2011 fl e fr LR Silva 43 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Reserva Bioloacutegica de Canudos 24VI2003 fr FHM Silva et al 417 (HUEFS) Gloacuteria Brejo do Burgo 26VIII1995 fl FP Bandeira 253 (ALCB) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1178 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita ao Brasil sendo referida para o Distrito Federal e para os estados da Bahia Cearaacute Goiaacutes Mato Grosso Paraiacuteba Pernambuco e Piauiacute (Souza et al 2010)

Na APASB a espeacutecie foi encontrada em aacutereas de bordas e ambientes abertos predominantemente em solos arenosos Entretanto ocorre preferencialmente sobre solos rochosos lateriacuteticos ou sobre inselbergs e afloramentos rochosos no bioma caatinga e no cerrado (Delprete 2010 Souza et al 2010) Mitracarpus baturitensis pode ser confundida com M longicalyx que tambeacutem ocorre na aacuterea podendo ser diferenciada pelo limbo linear-eliacuteptico 2-4 mm larg tubo da corola ca 1 mm compr e sementes com impressatildeo cruciforme na face dorsal Floresce e frutifica na aacuterea de julho a setembro

14 Mitracarpus longicalyx EBSouza amp MFSales Brittonia 53 482 2001 (2002) Figuras 6g-l

Erva ereta ou ascendente ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice pubeacuterulo entrenoacutes 8-84 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 2-5 mm pubeacuterula 5-9 setas 1-3 mm compr pubeacuterulas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 21-47 times 5-14 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira face adaxial glabra abaxial com a nervura principal pubeacuterula venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-35 times 06-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-12 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 16-3 mm compr menores 1-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 15-25 mm compr papiloso externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 06-12 mm compr triangulares externamente papilosos internamente glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 28-4 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 08-1 mm subglobosa castanha quando madura aacutepice pubescente sementes 06-08 times 02-04 mm oblongoides castanhas face dorsal com depressotildees semicirculares face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg52rsquo234rdquo S 38deg38rsquo146rdquo O 492 m 30VII2008 fl TMS Melo 37 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo457rdquo S 38deg27rsquo301rdquo O 607 m 29VII2009 bot fl e fr TMS Melo 12 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquo S 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 fl e fr DD Vieira 172 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Pilatildeo Arcado Brejo do Morro 19III2006 fl EBSouza et al 1593 (HUEFS) Ribeira do Pombal 20 km da rod para Tucano 9VI2005 fl D Cardoso 562 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita agrave regiatildeo do semiaacuterido do Brasil com registros para os estados do Bahia Cearaacute Piauiacute e Pernambuco (Souza et al 2010)

Na APASB M longicalyx foi encontrada em bordas de estradas aacutereas abertas e pastagens com alta incidecircncia de luz Pode ser confundida com M baturitensis e M robustus das quais se diferencia por apresentar caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice sem alas

glomeacuterulo apical subtendido por 4 braacutecteas geralmente puacuterpuras na base e sementes com depressotildees semicirculares dorsais Coletada na aacuterea com flores e frutos de junho a julho

15 Mitracarpus robustus EBSouza amp ELCabral Rodrigueacutesia 2 345 2010 Figuras 6m-q

Mitracarpus frigidus (Willd ex Roem amp Schult) KSchum var humboldtianus KSchum Fl Bras 6 82 1888

Subarbusto erva ereta ou ascendente 40-120 cm alt monoica Caule tetragonal alado no aacutepice dos ramos glabro entrenoacutes 21-44 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-35 times 25-3 mm glabra a pubeacuterula 5-6 setas 3-5 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 20-75 times 5-15 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo margem inteira pubeacuterulo em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes em ambas as faces 3-4 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-8 por ramo floriacutefero multifloros 2(-4) braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-32 times 14-18 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 22-28 mm compr menores 06-12 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 25-35 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 1-15 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-28 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal ca 1 times 12 mm subglobosa marrom quando madura aacutepice pubescente sementes ca 06 times 06 mm oblongoides lilases face dorsal lisa face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 46 (HUNEB) Trilha secundaacuteria proacuteximo a casa da caixa drsquoaacutegua 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 47 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Conde Fazendo do Bu 13VIII1996 fl MC Ferreira et al 1023 (HRB) Jussiape em direccedilatildeo a Barra da Estiva 15VI2002 fl LP Queiroz et al 7125 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie distribuiacuteda no Brasil e na Guiana Francesa No Brasil sua ocorrecircncia estaacute registrada para o Distrito Federal e para os estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Sergipe Bahia Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Mitracarpus robustus eacute uma espeacutecie comum em solos argilosos ou areno-argilosos em solos lateriacuteticos em margens de estrada ou periferia de matas (Souza et al 2010) Na APASB estaacute distribuiacuteda nas bordas de florestas e apresenta um porte bastante robusto quando comparado agraves outras espeacutecies de Mitracarpus que ocorrem na aacuterea Pode ser diferenciada pelo caule tetragonal alado no aacutepice glomeacuterulo apical subtendido por 2 braacutecteas e sementes planas no dorso Floresce e frutifica na aacuterea em julho

16 Mitracarpus salzmannianus DC Prodr 4 571 1830 Figuras 7a-c

Mitracarpus frigidus var salzmannianus (DC) Martius Eichler amp Urban Fl bras 6 82 1888

Mitracarpus scabrellus Benth Hookerrsquos J Bot Kew Gard Misc 3 238 1841

Erva ereta 40-50 cm alt monoica Caule tetragonal pubescente entrenoacutes 65-90 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-18 times 15-2 mm pubescente 5-7 setas 4-6 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 10-42 times 2-13 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira pubescente em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma

119

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

nervuras proeminentes na face abaxial 3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 2-35 times 08-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos ca 1 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 3-32 mm compr menores 16-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 4-45 mm compr externamente piloso na metade superior anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos ca 15 mm compr triangulares pilosos externamente estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 04 mm compr anteras 05-06 mm

compr alvas estigma biacutefido estilete 5-65 mm compr Segundo Souza et al (2010) fruto caacutepsula deiscecircncia transversal (12-)15-25 mm compr obovoides glabras sementes 08-12 times 05-06 mm oblongoides ou globosas castanhas face dorsal sem depressotildees face ventral com encaixe em forma de ldquoY-invertidordquo

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 fl RR Varjatildeo 142 (HUNEB) 27VII2011 fl RR Varjatildeo 145 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Aldeia Serrota 19IX2005 fl M Colaccedilo 53 (HUEFS) Paulo Afonso Raso da

Figura 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) haacutebito b) estiacutepula c) flor d-g) Richardia grandiflora d) haacutebito e) estiacutepula f) flor g) fruto h-j) Staelia aurea h) ramo floriacutefero i) estiacutepula j) flor (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)Figure 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) habit b) stipule c) flower d-g) Richardia grandiflora d) habit e) stipule f) flower g) fruit h-j) Staelia aurea h) flowering branch i) stipule j) flower (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)

a

b

c

d

e

f

gh

i

j

120

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Catarina 10VIII2005 fl EB Miranda et al 805 (HUEFS) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1191 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Eacute uma espeacutecie amplamente distribuiacuteda ocorrendo na Guiana Francesa Suriname e Brasil No Brasil ocorre nos estados de Roraima Paraacute Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Goiaacutes Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Planta comum em solos arenosos habitando dunas campos ou chapadas tambeacutem presente como ruderal (Souza et al 2010) Na APASB foi encontrada em solos arenosos na vegetaccedilatildeo arbustiva Caracteriza-se pelo indumento denso e contiacutenuo que cobre toda a planta folhas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas aleacutem do tubo da corola com 4-45 mm compr caracteres que a diferenciam das outras espeacutecies de Mitracarpus Floresce na aacuterea em julho

17 Richardia grandiflora (Cham amp Schltdl) Steud Nomencl Bot 2 459 1841 Figuras 7d-g

Richardsonia grandiflora Cham amp Schltdl Linnaea 3 351 1828Erva procumbente ca 20 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice do ramos hirsuto entrenoacutes 8-78 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 3-5 mm pubeacuterula a hirsuta 4-7 setas 07-45 mm compr pubeacuterulas a hirsutas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 15-38 times 5-11 mm eliacuteptico a lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira estrigoso a escabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais multifloros 4 braacutecteas foliaacuteceas externas 14-17 times 7-8 mm internas 5-12 times 3-7 mm ovais hirsutas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 4-7 times 4-5 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 6 lobos iguais 3-4 mm compr lanceolados hirsutos corola alva roacutesea a lilaacutes infundibuliforme tubo 6-9 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 6-mera lobos 4-5 mm compr triangulares pilosos externamente estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 07-1 mm compr anteras 12-18 mm compr alvas estigma triacutefido estilete 8-11 mm compr Fruto esquizocarpo trecircs mericarpos 15-25 times 15-25 mm obovoide pardo quando maduro hirsuto a piloso sementes 15-2 times 06-1 mm subovoides castanhas dorso convexo sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai ao Povoado Queleacutes 9deg52rsquo532rdquo S 38deg32rsquo420rdquo O 650 m 22IX2010 fl e fr RR Varjatildeo 04 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquoS 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 bot DD Vieira 173 (HUNEB) 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 126 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 133 (HUNEB) Faz Serra Branca proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot RR Varjatildeo 79 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 1VII1995 fl FP Bandeira 173 (ALCB) Bosque de Algaroba 7VI2004 fl MVM Oliveira 748 (HUEFS) Rodelas Mocoacute 22I1987 fl GO Mattos amp BS Laacutezaro 55 (HRB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie encontrada por toda a Ameacuterica e como planta introduzida na Floacuterida Estados Unidos Ocorre nas regiotildees Norte a Sudeste e Centro-Oeste do Brasil nos estados do Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Pernambuco Bahia Mato Grosso Goiaacutes Minas Gerais Satildeo Paulo e Rio Grande do Sul (Lewis amp Oliver 1974 Delprete et al 2005 Delprete 2010)

Na APASB R grandiflora eacute muito frequente ao longo das estradas bordas da mata aacutereas abertas e pastagens com forte exposiccedilatildeo solar em solos arenosos e areno-argilosos Esta espeacutecie apresenta forte vigor vegetativo principalmente em solos feacuterteis

cobrindo completamente o solo (Delprete 2010) Pode ser confundida em campo com as espeacutecies de Diodella das quais se diferencia pelas flores hexacircmeras estigma triacutefido e frutos com trecircs mericarpos Floresce na aacuterea de maio a setembro e frutifica de junho a setembro de acordo com material analisado

18 Staelia aurea KSchum Fl Bras 677 1888 Figuras 7h-jErva ereta ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico pubeacuterulo

entrenoacutes 7-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubeacuterula 4-5 setas 05-2 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 12-27 times 14-4 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra abaxial com nervura esparsamente estrigosa venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 5-7 por ramo floriacutefero multifloros 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 14-22 times 1-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 2-26 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 3-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 2-25 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-2 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 6-65 mm compr Frutos e sementes natildeo observados

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1656 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 3VII1995 fl FP Bandeira 221 (ALCB HRB CEPEC) Juazeiro Serra do Mulato 28III2000 fl MR Fonseca et al 1247 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita ao Brasil Ocorre nas regiotildees Norte (sul do Paraacute) Centro-Oeste Nordeste e partes do Sudeste (Souza amp Sales 2004)

Staelia aurea eacute considerada uma espeacutecie de ampla distribuiccedilatildeo poreacutem na APASB eacute escassa Pode ser confundida com S virgata da qual se diferencia por apresentar caule pubeacuterulo tubo da corola 3-45 mm compr e 5-7 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Foi coletada na aacuterea com flores em junho

19 Staelia galioides DC Prodr 4 573 1830 Figuras 8a-dSpermacoce galioides Pohl ex DC Prodr 4 573 1830Erva ereta 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro

a pubeacuterulo entrenoacutes 03-08 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 15-2 mm pubeacuterula 3 setas 06-18 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 6-17 times 05-25 mm linear-lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 6-10 por ramo floriacutefero multifloros (2)-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 18-3 times 06-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 1-16 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo 35-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 15-24 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 15-18 mm compr anteras 08-1 mm compr alvas a lilases estigma biacutefido estilete 5-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 1-12 mm obovoide verde

121

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

glabra sementes 06-08 times 04-06 mm oblongoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg53rsquo471rdquo S 38deg39rsquo131rdquo O 196 m 21V2008 fl e fr MVV Romatildeo 239 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 22 (HUNEB) 9deg56rsquo807rdquo S 38deg27rsquo330rdquo O 24II2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 37 (HUNEB) 9deg55rsquo776rdquo S 38deg29rsquo40rdquo O 652m 8IV2011 fl e fr RR Varjatildeo 69 (HUNEB) 9deg32rsquo934rdquo S 38deg32rsquo234rdquo O 657 m 5V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 74

(HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 117 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Ribeira do Pombal 19V1981 fl P Geraldo13181 (CEPEC) Rodelas dunas cabeccedila de boi 24II1988 fl e fr RP Orlandi 828 (HRB)

Distribuiccedilatildeo A espeacutecie apresenta distribuiccedilatildeo exclusiva no Brasil Ocorre na regiatildeo Centro-Oeste em Goiaacutes e Tocantins e no Nordeste em Alagoas Bahia Pernambuco e Piauiacute (Souza amp Sales 2004)

Figura 8 a-d) Staelia galioides a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Staelia virgata e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Tocoyena formosa i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)Figure 8 a-d) Staelia galioides a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Staelia virgata e flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Tocoyena formosa i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)

a

b c

d

e

f

g

h

i

j

k

l

122

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Na APASB a espeacutecie eacute amplamente distribuiacuteda apresentando nuacutemero elevado de indiviacuteduos Eacute encontrada em aacutereas abertas bordas de estradas e no interior da vegetaccedilatildeo subarbustiva em solos arenosos Pode ser reconhecida por apresentar estiacutepulas com 3 setas limbo linear-lanceolado lobos do caacutelice 1-16 mm compr diferenciando-se de S aurea que possui estiacutepulas com 4-5 setas limbo lanceolado e lobos do caacutelice 2-26 mm compr Floresce e frutifica na aacuterea de janeiro a junho

20 Staelia virgata (Link ex Roem amp Schult) KSchum Fl Bras 6(6) 76 1889 Figuras 8e-h

Spermacoce virgata Link ex Roem amp Schult Syst Veget 3 281 531 1818

Erva ereta ca 60 cm alt monoica Caule tetragonal glabro a glabrescente entrenoacutes 10-33 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2times ca 18 mm pubeacuterula no aacutepice 5-7 setas 12-25 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 13-30 times 1-3 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente em ambas as faces 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-4 por ramo floriacutefero multifloros 2-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 25-3 times 1-15 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 25-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo ca 5 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 25-3 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 2-3 mm compr anteras 08-12 mm compr alvas estigma biacutefido estilete ca 8 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 08-1 mm obovoide verde hirsuto sementes 06-1 times ca 04 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai da ESEC-Raso da Catarina agrave APA Serra Branca 9deg52rsquo78rdquo S 38deg31rsquo65rdquo O 624 m 27VII2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 140 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos estrada para a estaccedilatildeo bioloacutegica 26VI2002 fl LP Queiroz et al 7197 (HUEFS) Gloacuteria Serrota 2IX2006 fl S Leal 39 (HUEFS) Paulo Afonso BR-110 Norte 23VIII2005 fl DS Carneiro-Torres et al 483 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Ocorre em todo o Brasil parte dos territoacuterios do Peru Boliacutevia Paraguai ateacute o norte da Argentina No Brasil sua distribuiccedilatildeo vai desde o Amazonas Bahia Cearaacute Maranhatildeo Paraacute Paraiacuteba Pernambuco Piauiacute ateacute os estados da regiatildeo Sul (Souza amp Sales 2004)

Considerada por Souza amp Sales (2004) a espeacutecie mais amplamente distribuiacuteda entre as estudadas em seu trabalho S virgata foi encontrada na APASB apenas no periacuteodo chuvoso em vegetaccedilatildeo subarbustiva Pode ser confundida com as outras espeacutecies de Staelia ocorrentes na aacuterea diferenciando-se pelo conjunto de caracteriacutesticas caule glabro a glabrescente estiacutepula com 5-7 setas tubo da corola ca 5 mm compr e 2-4 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Encontrada na aacuterea com flores e frutos em julho

21 Tocoyena formosa (Cham amp Schltdl) KSchum Fl Bras 6 347 1889 Figuras 8i-l

Gardenia formosa Cham amp Schltdl Linnaea 4 200 1829Arbusto 13-17 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro

pubeacuterulo no aacutepice entrenoacutes 4-22 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 4-7 times 6 -8 mm glabras internamente pubeacuterulas e com coleacuteteres Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas a subcoriaacuteceas peciacuteolos 5-17 mm compr pubeacuterulos limbo

75-150 times 45-80 mm oval a eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial pubescente abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em dicaacutesios congestos terminais 4-7-floro peduacutenculo 2-7 mm compr pubeacuterulo braacutecteas e bracteacuteolas natildeo visualizadas Bototildees florais ovais 25-100 times 6-9 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas subseacutesseis caacutelice 5 lobos denteados 08-1 mm compr triangulares tomentosos tubo 1-2 mm compr tomentoso corola amarela hipocrateriforme tubo 75-95 mm compr externamente tomentoso internamente glabro 5-mera lobos 12-27 mm compr obovados externamente tomentosos internamente glabros estames exsertos seacutesseis anteras 7-10 mm compr marrons estigma biacutefido estilete 84-98 mm compr Fruto baga 25-35 times 18-30 mm globosa negra quando madura pubeacuterula sementes 5-6 times 45-7 mm orbiculares planas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 17I2006 fr GC Sessegolo 158 (MBM) 9deg57rsquo044rdquo S 38deg42rsquo289rdquo O 313 m 13III2008 fr AS Conceiccedilatildeo 1268 (HUNEB) Baixa grande 9deg58rsquo370rdquo S 38deg27rsquo086rdquo O 561 m 19III2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1560 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fr AS Conceiccedilatildeo 1707 (HUNEB) 9deg55rsquo48rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot RR Varjatildeo 24 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 27 (HUNEB) 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 bot e fr RR Varjatildeo 65 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 16II2003 fl FHM Silva et al322 (HUEFS) Tucano Estrada para Ribeira do Pombal 21III1992 fl AM Carvalho et al 3894 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Esta espeacutecie tem ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica do Sul encontrada no Suriname Brasil e Paraguai ocorrendo em todas as regiotildees brasileiras (Prado 1987)

Na APASB os indiviacuteduos encontram-se distribuiacutedos nas bordas e interior da vegetaccedilatildeo de porte arbustivo-arboacutereo e solos arenosos T formosa pode ser reconhecida na aacuterea pelo haacutebito arbustivo de flores vistosas tubo da corola 75-95 mm compr amarela e baga com 25-35 times 18-30 mm negra quando madura Floresce na aacuterea de janeiro a maio e frutifica em janeiro maio e junho

Agradecimentos

Agrave Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) pelo apoio financeiro ao projeto (PET 00232007) Agrave CAPES pela concessatildeo da bolsa de mestrado a primeira autora Aos curadores e teacutecnicos dos Herbaacuterios visitados e ao Natanael Santos pelas ilustraccedilotildees botacircnicas Aos dois revisores anocircnimos pelas significativas contribuiccedilotildees ao manuscrito

Referecircncias BibliograacuteficasBARBOSA MRV amp ZAPPI D 2002 Distribuiccedilatildeo das espeacutecies de

Rubiaceae na caatinga In Vegetaccedilatildeo e Flora da caatinga (EVSB Sampaio AM Giulietti JE Virginio CFL Gamarra-Rojas eds) APNECNIP Recife p155-157

BARBOSA MRV SOUSA EB amp JARDIM JG 2006 Rubiaceae In Checklist das Plantas do Nordeste Brasileiro Angiospermas e Gymnosperma (MRV Barbosa C Sothers S Mayo CFL Gamarra-Rojas amp CA Mesquita eds) Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia Brasiacutelia p135-140

BARBOSA MR ZAPPI D TAYLOR C CABRAL E JARDIM JG PEREIRA MS CALIOacute MF PESSOA MCR SALAS R SOUZA EB DI MAIO FR MACIAS L ANUNCIACcedilAtildeO EA DA GERMANO FILHO P amp OLIVEIRA JA 2012 Rubiaceae In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000210 (uacuteltimo acesso em 06112012)

123

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

BARBOSA MR 2012 Guettarda In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB014052 (uacuteltimo acesso em 06112012)

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente - MMA 2007 Aacutereas prioritaacuterias para conservaccedilatildeo uso sustentaacutevel e reparticcedilatildeo dos benefiacutecios da biodiversidade brasileira Secretaria de Biodiversidade e Florestas Brasiacutelia Mapa versatildeo 22 set2007

BRUMMITT RK amp POWELL CE 1992 Authors of plant names Royal Botanic Gardens Kew London

CABRAL EL amp BACIGALUPO NM 2005 Novelties in Spermacoceae (Rubiaceae) from Bolivia and Paraguay Brittonia 57(2)129-140 httpdxdoiorg1016630007-196X(2005)057[0129NISRFB]20CO2

CABRAL EL amp FADER AAC 2010 Nuevas combinaciones y nuevos sinocircnimos en especies de Brasil de Diodia s lat (Spermacoceae - Rubiaceae) Rodrigueacutesia 61(1)119-121

CABRAL EL MIGUEL LM amp SALAS RM 2011 Dos especies nuevas de Borreria (Rubiaceae) sinopsis y clave de las especies para Bahia Brasil Acta Bot Bras 25(2)255-276 httpdxdoiorg101590S0102-33062011000200002

CABRAL E amp SALAS R 2012 Diodella In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB038741 (uacuteltimo acesso em 06112012)

CAMPOS MTVA ZAPPI DC CALIOacute MF amp PIRANI JR 2006 Flora de Gratildeo-Mogol Minas Gerais Rubiaceae Bol Bot Univ Satildeo Paulo 2441-67

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2004 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v1 344p

DELPRETE PG amp SOUZA EB 2004 Psychotria carrascoana (Rubiaceae) a new species from the Carrasco Vegetation of Northeastern Brazil Novon 14158-162

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2005 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v2 p345-842

DELPRETE PG 2010 Rubiaceae In Flora do Estado de Goiaacutes e Tocantins (JA Rizzo org) PRPPGUFG IRD Goiacircnia v40 1610p

FORZZA RC COSTA A WALTER BMT PIRANI JR MORIM MP QUEIROZ LP MARTINELLI G PEIXOTO AL COELHO MAN BAUMGRATZ JFA STEHMANN JR LOHMANN LG amp HOPKINS M 2012 Angiospermas In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000032 (uacuteltimo acesso em 05112012)

JARDIM JG amp SOUZA EB 2006 Rubiaceae In Diversidade e Caracterizaccedilatildeo das Faneroacutegamas do Semiaacuterido Brasileiro (AM Giulietti AA Conceiccedilatildeo amp LP Queiroz orgs) Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife p203-209

JARDIM JG 2012 Leptoscela In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB020761 (uacuteltimo acesso em 06112012)

JUNG-MENDACcedilOLLI SL 2007 Rubiaceae In Flora Fanerocircgama do Estado de Satildeo Paulo (MGL Wanderley GJ Shepherd TS Melhem amp AM Giulietti coords) FAPESBRIMA Satildeo Paulo v5 p259-447

GOVAERTS R ANDERSSON L ROBBRECHT E BRIDSON D DAVIS A SCHANZER I amp SONKE B 2011 [continuously uploaded] World Checklist of Rubiaceae Facilitated by the Royal Botanic Gardens httpappskeworgwcspqsearchdo (uacuteltimo acesso em 2422012)

HARRIS JG amp HARRIS MW 2001 Plant identification terminology An illustrated glossary 2 ed Spring Lake Publishing Spring Lake

LEAL IR SILVA JMC Da TABARELLI M amp LACHER TE 2005 Changing the Course of Biodiversity Conservation in the caatinga of Northeastern Brazil Conserv Biol 19(3)701-706 httpdxdoiorg101111j1523-1739200500703x

LEWIS WH amp OLIVER RL 1974 Revision of Richardia (Rubiaceae) Brittonia 26271-301 httpdxdoiorg1023072805730

MARGALHO LF ROCHA AES amp SECCO RS 2009 Rubiaceae Juss da restinga da APA de AlgodoalMaiandeua Maracanatilde Paraacute Brasil Bol Mus Para Emiacutelio Goeldi Cienc Nat 4(3)303-339

MORI SA SILVA LAM LISBOA GE amp CORADIN L 1989 Manual de Manejo do Herbaacuterio Fanerogacircmico Centro de Pesquisa do Cacau Ilheacuteus

PEEL MC FINLAYSON BL amp MCMAHON TA 2007 Updated world map of the Koumlppen-Geiger climate classification Hydrol Earth Syst Sc 111633-1644 httpdxdoiorg105194hess-11-1633-2007

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2004 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelias Antirheoideae Cinchonoideae e Ixoroideae Acta Bot Bras 18(2)305-318 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000200010

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2006 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelia Rubioideae Acta Bot Bras 20(2)455-470 httpdxdoiorg101590S0102-33062006000200021

PRADO AL 1987 Revisatildeo taxonocircmica do gecircnero Tocoyena Aubl (Rubiaceae) no Brasil Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Estadual de Campinas Satildeo Paulo

RADFORD AE DICKISON WC MASSEY JR amp BELL R 1974 Vascular Plant Systematics Harper amp Row publishers New York

ROBBRECHT E 1988 Tropical woody Rubiaceae Characteristic features and progressions Contributions to a new subfamilial classification Opera Bot Belg 11-271

SOUZA EB amp SALES MF 2004 O gecircnero Staelia Cham amp Schtdl (Rubiaceae-Spermacoceae) no Estado de Pernambuco Brasil Acta Bot Bras 18(4)921-928 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000400023

SOUZA EB CABRAL EL amp ZAPPI DC 2010 Revisatildeo de Mitracarpus (Rubiaceae - Spermacoceae) para o Brasil Rodrigueacutesia 61(2)319-352

SZABO AV ROCHA ACS TOSATO JAC amp BARROSO W 2007 Aacuterea de proteccedilatildeo ambiental (APA) Serra Branca Raso da Catarina In As caatingas debates sobre a Ecorregiatildeo do Raso da Catarina (J Marques org) Fonte Viva Paulo Afonso p21-40

TAYLOR CM 2005 Margaritopsis (Rubiaceae Psychotrieae) in the Neotropics Syst Geogr Pl 75(2)161-177

THIERS B 2011 [continuously updated] Index Herbariorum a global directory of public herbaria and associated staff New York Botanical Gardenrsquos Virtual Herbarium httpsweetgumnybgorgih (uacuteltimo acesso em 28102011)

VELLOSO AL SAMPAIO EVSB GIULIETTI AM BARBOSA MRV CASTRO AAJF QUEIROZ LP FERNANDES A OREN DC CESTARO LA CASTRO AJE PAREYN FGC SILVA FBR MIRANDA EE KEEL S amp GONDIM RS 2002 Ecorregiotildees Propostas para o Bioma caatinga TNC-Brasil Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife

ZAPPI DC amp STANNARD BL 1995 Rubiaceae In Flora of the Pico das Almas Chapada Diamantina Bahia Brazil (BL Stannard ed) Royal Botanic GardensUSPCEPLAC Kew p546-578

ZAPPI DC amp NUNES TS 2002 Preliminary list of the Rubiaceae in Nortehastern Brazil Royal Botanic Gardens Kew

Recebido em 09072012 Versatildeo reformulada recebida em 15112012

Publicado em 03042013

Page 7: Biota Neotrop., vol. 13, no. 2 - redalyc.org · Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico

110

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

ser identificada em campo pelas folhas com nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces e glomeacuterulos subglobosos Floresce e frutifica na aacuterea em junho

2 Borreria verticillata (L) GMey Prim Fl Esseq 83 1818 Figuras 2e-h

Spermacoce verticillata L Sp Pl 1 102 1753Erva ereta 30-50 cm alt monoica Caule tetragonal glabro

entrenoacutes 6-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times ca 3 mm pubescente 5-9 setas 08-4 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 10-32 times 1-6 mm lanceolado base cuneada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces nervura hiacutespida na face abaxial venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas na face adaxial 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos globosos terminais subterminais e axilares 1-3 por ramo floriacutefero multifloros 3-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 2-25 times ca 1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2-3 lobos iguais 1-15 mm compr lanceolados margem inteira corola alva infundibuliforme tubo 08-2 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 06-1 mm compr triangulares glabros estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 03-05 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 08-22 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 15-2 times ca 1 mm oblonga marrom quando madura glabra a pubeacuterula sementes 1-12 times ca 05 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 15I2006 bot fl e fr GC Sessegolo 83 (MBM) Estrada para ESEC 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1703 (HUNEB) Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo59rdquo S 38deg26rsquo24rdquo O 506 m 17X2009 bot fl e fr E Melo et al 6706 (HUEFS) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 5IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 28 (HUNEB) 9deg56rsquo376rdquo S 38deg27rsquo511rdquo O 588 m 28I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 36 (HUNEB) Entrada da APA 9deg57rsquo301rdquo S 38deg26rsquo193rdquo O 524 m 28I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 31 (HUNEB) 8IV2011 fl e fr RR Varjatildeo 60 (HUNEB) 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 115 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Beira do rio seco 18X2009 bot fl e fr E Melo et al 6724 (HUEFS) Rodelas Itacotiara 21I1987 fl e fr BS Laacutezaro amp GO Mattos e Silva 36 (HRB)

Distribuiccedilatildeo Distribui-se dos Estados Unidos ao norte da Argentina e foi introduzida no Oeste da Aacutefrica No Brasil eacute encontrada em quase todos os estados (Delprete et al 2005 Jung-Mendaccedilolli 2007 Cabral et al 2011)

Borreria verticillata eacute uma erva ereta muito ramificada que eacute geralmente confundida em herbaacuterios com B spinosa (= B densiflora) podendo ser diferenciada atraveacutes das folhas com 2 pares de nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas na face adaxial e glomeacuterulos globosos Enquanto B spinosa apresenta folhas com 4-5 pares de nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces e glomeacuterulos subglobosos Na APASB esta espeacutecie eacute bastante abundante ocorrendo amplamente nas aacutereas abertas aacutereas de mata margens de estradas e pastagens sem preferecircncias por condiccedilotildees fiacutesicas especiais Coletada com flores e frutos na aacuterea em janeiro abril junho novembro e dezembro

3 Cordiera rigida (KSchum) Kuntze Revis Gen Pl 1 279 1891 Figuras 3a-e

Alibertia rigida KSchum Fl Bras 6(6) 391 1889Arbusto 05-6 m alt dioico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes

5-64 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas 07-3 times 12-25 mm inteiras triangulares aacutepice aristado glabras a pubeacuterulas Folhas opostas

cruzadas coriaacuteceas seacutesseis limbo 11-55 times 10-37 mm obovado a eliacuteptico base cuneada aacutepice obtuso a subagudo margem inteira levemente revoluta vernicoso na face adaxial glabro em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras secundaacuterias e terciaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces 4-8 pares Inflorescecircncias terminais masculinas fasciculadas 3-5-floro femininas unifloras seacutesseis 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais fusiformes 6-10 times 15-2 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores diclinas homostiacutelicas seacutesseis flores masculinas caacutelice truncado ca 1 mm compr pubeacuterulo corola creme com lobos alvos a vinaacuteceos hipocrateriforme tubo 3-6 mm compr externamente glabrescente a pubeacuterula internamente glabra 4-mera lobos 2-3 mm compr deltoides glabrescentes estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 2-4 mm compr cremes estigma biacutefido natildeo receptivo estilete 4-7 mm compr flores femininas caacutelice truncado 1-2 mm compr pubeacuterulo corola 6-7 mm compr creme com lobos alvos a vinaacuteceos hipocrateriforme tubo 4-5 mm compr externamente glabrescente a pubeacuterula internamente glabra 4-mera lobos 2-3 mm compr deltoides glabrescentes estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras 15-4 mm compr cremes sem poacutelen estigma biacutefido estilete 55-7 mm compr Fruto baga 4-8 times 5-10 mm globosa negra quando madura glabra sementes 3-4 times 2-3 mm obcocircnicas amarelo-esverdeadas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 15I2006 fr GC Sessegolo et al 65 (ALCB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo018rdquo S 38deg32rsquo395rdquo O 650 m 22IX2010 fl DD Vieira 85 (HUNEB) 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 4XII2010 fr RR Varjatildeo 17 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 29 (HUNEB) Faz Serra Branca Trilha em direccedilatildeo ao Araccedilaacute 9deg54rsquo126rdquo S 38deg38rsquo483rdquo O 541 m 21VIII2008 fl MVV Romatildeo 242 (HUNEB) Trilha da ladeira grande 9deg53rsquo335rdquo S 38deg40rsquo48rdquo O 485 m 18IX2008 fl MVV Romatildeo 313 (HUNEB) Baixatildeo da Serra Branca 9deg52rsquo182rdquo S 38deg38rsquo349rdquo O 503 m 21XI2008 fr TMS Melo 24 (HUNEB) Trilha agrave direita do portal 9deg52rsquo135rdquo S 38deg37rsquo574rdquo O 537 m 12XII2008 fr MVV Romatildeo 467 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 22VIII2003 fl e fr FHM Silva amp LCL Lima 434 (HUEFS) Paulo Afonso Raso da Catarina 11VIII2005 fl JG Carvalho-Sobrinho et al 547 (HUEFS) 7XII1982 fl e fr LP Queiroz 448 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Brasil ocorrendo nos estados da Bahia Piauiacute Maranhatildeo Cearaacute Pernambuco Goiaacutes Minas Gerais Satildeo Paulo e Tocantins (Delprete 2010)

Na APASB C rigida eacute encontrada como arbusto ocorrendo no interior e borda da vegetaccedilatildeo subarbustiva e arbustiva-arboacuterea em solos arenosos Caracteriza-se por apresentar flores unissexuadas as masculinas em inflorescecircncias de 3-5-floro apresentando estigma natildeo receptivo e as femininas unifloras apresentando anteras sem poacutelen Em campo eacute possiacutevel identificar os indiviacuteduos femininos atraveacutes do hipanto turbinado e na ausecircncia das flores pela presenccedila dos frutos Os frutos em completa maturaccedilatildeo satildeo adocicados e segundo Delprete (2010) satildeo comestiacuteveis Floresce na aacuterea de agosto a janeiro e frutifica de novembro a janeiro

4 Cordiera sp Figuras 3f-jArbusto 25-4 m alt dioico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes

5-57 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas 1-25 times 1 -3 mm inteiras triangulares glabras a pubeacuterulas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 05-2 mm compr limbo 35-75 times 18-48 mm oval a eliacuteptico base cuneada a obtusa aacutepice obtuso a agudo margem crenulada nervura principal pubeacuterula em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras secundaacuterias proeminentes na face abaxial 7-8 pares Inflorescecircncias terminais as masculinas fasciculadas

111

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

4-7-floro as femininas natildeo observadas seacutesseis braacutecteas foliaacuteceas deciacuteduas bracteacuteolas ausentes ou inconspiacutecuas Bototildees florais fusiformes 45-6 times 1-15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores diclinas homostiacutelicas seacutesseis flores masculinas caacutelice truncado ca 2 mm compr glabrescente corola amarela com tubo e bordos dos lobos vinaacuteceos hipocrateriforme tubo 55-6 mm compr externamente pubeacuterula internamente glabra 5-mera lobos 25-3 mm compr deltoides pubeacuterulos estames inclusos porccedilatildeo livre dos

filetes 05-1 mm compr anteras 4-45 mm compr cremes estigma biacutefido natildeo receptivo estilete 55-6 mm compr flores femininas natildeo observadas Fruto baga 11-16 times 13-17 mm subglobosa negra quando madura glabra sementes 5-66 times 4-5 mm obcocircnicas amarelo-acastanhadas exotesta estriada

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg54rsquo010rdquo S 38deg41rsquo008rdquo O 399 m 5XI2010 fr LR Silva 10 (HUNEB) 9deg54rsquo066rdquo S 38deg41rsquo008rdquo O 383 m 8XII2011

a

b

c

d

e

f

g

h

k

l

m

n

i

j

Figura 3 a-e) Cordiera rigida a) ramo floriacutefero masculino b) ramo frutiacutefero c) estiacutepula d) flor masculina e) fruto f-j) Cordiera sp f) ramo floriacutefero masculino g) ramo frutiacutefero detalhe da margem da folha h) estiacutepula i) flor masculina j) fruto k-n) Diodella gardneri k ramo floriacuteferofrutiacutefero l estiacutepula m flor n fruto (ad) RR Varjatildeo 17 bce) DD Vieira 85 fj) RR Varjatildeo 165 g-i) RR Varjatildeo 164 k-m) RR Varjatildeo 124 n) RR Varjatildeo 23)Figure 3 a-e) Cordiera rigida a) flowering branch male b) fruiting branch c) stipule d) male flower e) fruit f-j) Cordiera sp f) flowering branch male g) fruiting branch detail leaf margin h) stipule i) male flower j) fruit k-n) Diodella gardneri k) floweringfruiting branch l) stipule m) flower n) fruit (ad) RR Varjatildeo 17 bce) DD Vieira 85 fj) RR Varjatildeo 165 g-i) RR Varjatildeo 164 k-m) RR Varjatildeo 124 n) RR Varjatildeo 23)

112

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

bot e fl RR Varjatildeo 164 (HUNEB) 9deg54rsquo054rdquo S 38deg40rsquo987rdquo O 406 m 8XII2011 fr RR Varjatildeo 165 (HUNEB)

Cordiera sp conhecida por apenas trecircs espeacutecimes apresenta caracteriacutesticas distintas de C rigida espeacutecie comumente encontrada na aacuterea de estudo e com muitos registros em herbaacuterios Diferencia-se atraveacutes das folhas pecioladas com a margem crenulada e frutos maiores (11-16 times 13-17 mm vs 4-8 times 5-10 mm) A consulta a referecircncias bibliograacuteficas disponiacuteveis das espeacutecies citadas para o Brasil bem como a comparaccedilatildeo com espeacutecimes de herbaacuterios natildeo possibilitou a identificaccedilatildeo do taacutexon Entretanto seratildeo necessaacuterias mais investigaccedilotildees para definir sua identidade Encontrada na aacuterea com flores e frutos em novembro e dezembro

5 Diodella gardneri (KSchum) Bacigalupo amp ELCabral Darwiniana 44(1) 98 2006 Figuras 3k-n

Diodia gardneri KSchum Fl Bras 6(6) 402 1888Borreria gardneri (KSchum) Bacigalupo amp ELCabral Opera

Bot Belg 7 307 1996Erva ereta ou escandente 80-160 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice dos ramos glabrescente a pubeacuterulo entrenoacutes 10-70 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-2 times ca 3 mm tomentosa 6-9 setas 1-3 mm compr pubescentes Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 7-21 times 3-8 mm eliacuteptico base atenuada a cuneada aacutepice agudo a acuminado margem revoluta face adaxial escabra abaxial pubescente venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias evidentes na face abaxial 3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares 4-8 por ramo floriacutefero 7-12-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Botatildeo floral oblongo 8-9 times 4-5 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 4 lobos iguais 5-9 mm compr lanceolados pubescentes corola alva a roacutesea infundibuliforme tubo 4-5 mm compr internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 3-4 mm compr triangulares externamente pilosos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 1-15 mm compr anteras 15-2 mm compr alvas a lilases estigma levemente bilobado estilete 6-10 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos 2-4 times ca 3 mm obovoide vinaacuteceo quando maduro pubescente sementes 25 times ca 2 mm obovoides castanhas sulco longitudinal na face ventral aacutepice recurvado ventralmente

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca proacuteximo a sede 9deg55rsquo375rdquo S 38deg42rsquo181rdquo O 19IV2008 fl AS Conceiccedilatildeo 1354 (HUNEB) Trilha do Tanque das pedrinhas 9deg53rsquo279rdquo S 38deg40rsquo48rdquo O 474 m 26VI2008 fl AS Conceiccedilatildeo 1414 (HUNEB) Limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1673 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo165rdquo S 38deg29rsquo241rdquo O 9VIII2009 fl e fr MVV Romatildeo 535 (HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 fl RR Varjatildeo 03 (HUNEB) 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 fl e fr RR Varjatildeo 23 (HUNEB) Proacuteximo a baixa do chiqueiro 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 fl RR Varjatildeo 67 (HUNEB) Proacuteximo agrave casa de Gilson 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl RR Varjatildeo 124 (HUNEB) Faz Serra Branca Proacuteximo agrave casa do IBAMA 9deg55rsquo453rdquo S 38deg42rsquo259rdquo O 375 m 6V2011 fl RR Varjatildeo 82 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos trilha para toca das araras 10V1993 fl e fr MC Ferreira 507 (HRB) Gloacuteria Brejo do burgo 2VII1995 fl FP Bandeira 215 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina 18I1981 fl ML Guedes 303 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Brasil ocorrendo nos estados da Bahia Cearaacute Piauiacute e Minas Gerais (Cabral amp Fader 2010 Cabral amp Salas 2012)

A espeacutecie ocorre comumente na caatinga ou na transiccedilatildeo caatinga-cerrado (Cabral amp Fader 2010) Na APASB eacute uma espeacutecie

amplamente distribuiacuteda encontrada nas bordas e interior de vegetaccedilatildeo subarbustiva e arbustiva-arboacuterea em solos arenosos Caracteriza-se por apresentar haacutebito ereto a escandente aleacutem dos lobos do caacutelice com 5-9 mm compr e fruto pubescente Foi coletada na aacuterea com flores e frutos de janeiro a setembro

6 Diodella radula (Willd ex Roem amp Schult) Delprete Fl Ilustr Catarin Rubiaceas I 174 2004 Figuras 4a-d

Spermacoce radula Willd ex Roem amp Schult Syst Veg 3 351 1818

Diodia radula (Roem amp Schult) Cham amp Schltdl Linnaea 3 342 1828

Erva ereta ou decumbente 40-120 cm alt monoica Caule tetragonal no aacutepice dos ramos pubescente no aacutepice raro viloso entrenoacutes 10-95 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2 times 25-4 mm glabrescente a pubescente 5-8(-15) setas 14-28(-56) mm compr pubescentes raro pilosas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 18-43(-63) times 8-18(-24) mm eliacuteptico a eliacuteptico-oval base cuneada raro atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial escabra abaxial pubescente a estrigosa ou pilosas nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras evidentes em ambas as faces 3-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares (2-)4-11 por ramo floriacutefero 6-12-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Botatildeo floral oblongo 35-5 times 15-3 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 4 lobos desiguais maiores 25-35 mm compr menores 2-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 4-5 mm compr piloso na porccedilatildeo superior internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 3-35 mm compr triangulares externamente pilosos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes (03-)08-1 mm compr anteras 15-2 mm compr alvas a lilases estigma capitado estilete 6-8 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos 25-3 times 2-4 mm globoso verde aacutepice piloso sementes 12-26 times 08-2 mm obovoides castanhas aacutepice fendido ausecircncia de sulcos ventrais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada principal 9deg55rsquo453rdquo S 38deg42rsquo259rdquo O 375 m 17VI2011 fl RR Varjatildeo 127 (HUNEB) Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 fl fr e bot RR Varjatildeo 146 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo 21II2006 fl E Melo et al 4273 (HUEFS) Santa Briacutegida 24V1984 bot e fl LC Oliveira Filho 175 (ALCB CEPEC HRB) Tucano Rod Tucano-Ribeira do Pombal 29XII2004 fl D Cardoso amp JMO Santos 210 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com ampla distribuiccedilatildeo ocorrendo nos Estados Unidos Venezuela Guianas Ilha Galaacutepagos Peru Boliacutevia Equador Argentina Paraguai e Brasil (Delprete et al 2004 Cabral amp Bacigalupo 2005) No Brasil distribui-se de forma descontiacutenua do Nordeste ao Sul do paiacutes (Cabral amp Salas 2012)

Delprete et al (2004) citaram D radula como erva caracteriacutestica e exclusiva de aacutereas de restinga Crescendo tambeacutem em dunas e solos rochosos e arenosos do cerrado (Cabral amp Bacigalupo 2005 Campos et al 2006) Na APASB eacute encontrada no interior e borda da caatinga-arbustiva sendo coletada apenas uma vez em ambiente sombreado com vegetaccedilatildeo arbustiva-arboacuterea Neste ambiente o espeacutecime apresentou variaccedilatildeo morfoloacutegica com haacutebito ereto folhas com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas e base atenuada Contudo os caracteres reprodutivos permitiram incluiacute-lo em D radula Esta espeacutecie pode ser confundida em campo com D gardneri da qual podemos diferenciar pelo haacutebito ereto ou decumbente flores com lobos do caacutelice 2-35 mm compr e fruto piloso no aacutepice Floresce na aacuterea de junho a julho e frutifica em julho

113

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

7 Diodella teres (Walter) Small Fl Lancaster Co 271 1913 Figuras 4e-h

Diodia teres Walter Fl Carol 87 1788Erva decumbente 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico a

tetragonal pubeacuterulo a piloso entrenoacutes 5-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-2 times 3-4 mm pubeacuterula margem pilosa 9-12 setas 3-10 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 16-35 times 4-7 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo a acuminado margem inteira estrigoso a tomentoso

em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 4 pares Inflorescecircncia em fasciacuteculos axilares 4-11 por ramo floriacutefero 2-5-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 2-5 times 15-2 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 15-2 mm compr 4 lobos desiguais maiores 15-2 mm compr menores 1-15 mm compr lanceolados margem escabriuacutescula corola alva com lobos lilaacuteses infundibuliforme tubo 35-5 mm compr internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do

a

b

c

d

e

f

gh

k

l

i

j

Figura 4 a-d) Diodella radula a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Diodella teres e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Emmeorhiza umbellata i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 127 e-h) AS Conceiccedilatildeo 1870 i-l) RR Varjatildeo 05)Figure 4 a-d) Diodella radula a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Diodella teres e) flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Emmeorhiza umbellata i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 127 e-h) AS Conceiccedilatildeo 1870 i-l) RR Varjatildeo 05)

114

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

tubo 4-mera lobos 15-2 mm compr triangulares externamente pubeacuterulos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma capitado estilete 3-55 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos ca 4 times 25-3 mm globoso a subovoide marrom quando maduro pubescente sementes 2-3 times 15-2 mm obovoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Trilha sentido Serra do Navio 9deg52rsquo491rdquo S 38deg39rsquo220rdquo O 481 m 31VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1870 (HUNEB) Proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot e fr RR Varjatildeo 80 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 27VI2002 fl LP Queiroz et al 7220 (HUEFS) 18IV2004 fl FHM Silva amp LCL Lima 500 (HUEFS) Gloacuteria BA-210 sentido Rodelas 7VI2007 fl e fr AS Conceiccedilatildeo et al 1010 (HUEFS) Serrota 5IX2006 fl S Leal 56 (HUEFS) Ribeira do Pombal 16VIII2003 fl e fr ML Guedes et al 10570 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie neotropical ocorrendo no Sudeste dos Estados Unidos Ameacuterica Central e Ameacuterica do Sul (Cabral amp Bacigalupo 2005 Campos et al 2006) No Brasil distribui-se por quase todo o territoacuterio nacional (Cabral amp Salas 2012)

Na APASB D teres eacute encontrada em aacutereas abertas com forte exposiccedilatildeo solar e solo arenoso Distingue-se das demais espeacutecies de Diodella encontradas na aacuterea por apresentar haacutebito procumbente limbo com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas lanceolado 2-5 flores por axila Encontrada na aacuterea com flores em maio e julho e frutos em maio

8 Emmeorhiza umbellata (Spreng) KSchum Fl Bras 6(6) 408 1889 Figuras 4i-l

Borreria umbellata Spreng Neue Entd 2 144 1821Endlichera umbellata KSchum Fl Bras 6(6) 38 1888Trepadeira monoica Caule tetragonal glabro a pubeacuterulo

entrenoacutes 16-67 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-3 times 2-3 mm glabra a pubeacuterula 6-7 setas 2-6 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 32-76 times 11-25 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial esparsamente estrigosa abaxial pubeacuterula nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em cimeiras paniculadas de umbela terminais ou axilares 1-4 por ramo floriacutefero multifloros peduacutenculo 20-40 mm compr glabro 2 braacutecteas 12-20 times 5-8 mm lanceoladas pubeacuterulas 2 bracteacuteolas 15-4 times 05-15 mm eliacutepticas glabras Bototildees florais oblongos 15-2 times 05-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 17-25 mm compr glabros caacutelice 4 lobos iguais 05-1 mm compr lanceolados glabros corola alva infundibuliforme tubo 05-1 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 1-12 mm compr triangulares glabros estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras ca 05 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 1-15 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 3-4 times ca 1 mm obovoide marrom quando maduro glabra sementes 25-3 times 03-05 mm elipsoides castanhas porccedilatildeo central escurecida em ambas as faces aladas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo59rdquo S 38deg26rsquo24rdquo O 506 m 17X2009 fl E Melo et al 6683 (HUEFS) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 23IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 05 (HUNEB) Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 bot RR Varjatildeo 146 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Beira do rio seco 18X2009 fl E Melo et al 6736 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina Mata das Pororocas 25X1982 fl LP Queiroz 438 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie amplamente distribuiacuteda pela Ameacuterica do Sul da Venezuela ateacute o Brasil No Brasil ocorre nos estados do Planalto Central na regiatildeo Nordeste e na faixa litoracircnea desde a Bahia ateacute o Rio Grande do Sul (Delprete 2010)

Na APASB ocorre nas bordas das aacutereas florestadas e caatinga arbustiva-arboacuterea Diferencia-se das demais espeacutecies da aacuterea por apresentar haacutebito trepador com caule voluacutevel inflorescecircncia composta por cimeiras paniculadas de umbela e sementes aladas Floresce na aacuterea de julho a setembro e dezembro e frutifica em agosto e setembro

9 Guettarda angelica Mart ex MuumlllArg Flora 58 450 1875 Figuras 5a-d

Arbusto 1-3 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro a pubeacuterulo no aacutepice dos ramos entrenoacutes 6-78 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas inteiras triangulares cocircncavas aacutepice agudo 45-9 times 2 -4 mm tomentosas a pubeacuterulas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 5-19 mm compr pubeacuterulos limbo 36-70 times 19-50 mm eliacuteptico orbicular a obovado base cuneada a arredondada aacutepice agudo a obtuso margem inteira face adaxial hirsuta pubeacuterula nas nervuras face abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 8-12 pares Inflorescecircncia em cimeiras escorpioides subterminal 8-floro peduacutenculo 8-46 mm compr pubeacuterulo braacutecteas natildeo observadas 2 bracteacuteolas lineares 1-4 times 02-1 mm pubescentes Bototildees florais oblongos 5-10 times ca 2 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice truncado podendo apresentar ateacute 2 lobos 16-3 mm compr pubescente corola creme hipocrateriforme tubo 10-12 mm compr externamente tomentoso 5-mera lobos 3-5 mm compr oblongos externamente tomentosos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 2-24 mm compr alvas estigma capitado estilete 12-14 mm compr Fruto drupa 4-10 times 5-12 mm subglobosa alva a creme quando madura pubeacuterula sementes natildeo visualizadas

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Vaca Morta 9deg54rsquo236rdquo S 38deg41rsquo2266rdquo O 367 m 17IV2008 fl e fr AS Conceiccedilatildeo 1282 (HUNEB) Trilha sentido Serra do Morro 9deg52rsquo491rdquo S 38deg39rsquo220rdquo O 481 m 30VII2009 fr TMS Melo 54 (HUNEB) Estrada que vai em direccedilatildeo agrave casa sede 9deg53rsquo763rdquo S 38deg40rsquo712rdquo O 414 m 7IV2011 fr RR Varjatildeo 55 (HUNEB) Proacuteximo a casa 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 81 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo63rdquo S 38deg28rsquo687rdquo O 627 m 5V2011 fr RR Varjatildeo 76 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria ca 4 km de Olhos drsquoAacutegua de Souza 26IV2001 fl LP Queiroz et al 6552 (HRB) Paulo Afonso Raso da Catarina 14V1981 fl e fr GCP Pinto 10281 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie exclusiva do Brasil Embora tenha sido citada para o estado do Paraacute por Margalho et al (2009) eacute considerada endecircmica do domiacutenio da caatinga ocorrendo nos estados da Bahia Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco (Barbosa 2012)

Na APASB ocorre nas bordas e subosque da vegetaccedilatildeo arbustiva-arboacuterea em solos arenosos G angelica eacute muito comum em aacutereas de caatinga e amplamente documentada em herbaacuterio Eacute facilmente reconhecida atraveacutes da drupa subglobosa pubeacuterula branca quando madura flores com tubo da corola 10-12 mm compr e limbo tomentoso na face abaxial Na aacuterea floresce e frutifica de abril a julho

10 Guettarda sericea MuumlllArg Flora 58 450 1875Arbusto ca 15 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes

8-45 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas inteiras lanceoladas aacutepice

115

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

agudo 5-6 times 2 -3 mm tomentosas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 6-20 mm compr tomentosos limbo 60-120 times 20-45 mm obovado a eliacuteptico base truncada atenuada a arredondada aacutepice agudo a obtuso margem inteira tomentosa em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em cimeiras escorpioides subterminal 8-15-floro peduacutenculo 13-30 mm compr pubescente braacutecteas natildeo observadas 1 bracteacuteola linear 4-55 times 05-1 mm pubeacuterula Bototildees

florais oblongos 4-5 times 2-3 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice truncado seriacuteceo corola creme hipocrateriforme tubo 7-8 mm compr externamente tomentoso 5-mera lobos 1-2 mm compr oblongos externamente tomentosos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 2-3 mm compr alvas estigma capitado estilete 8-9 mm compr Fruto drupa 8-10 times 5-6 mm elipsoide marrom a negra quando madura pubescente sementes natildeo observadas

a

b

c

d

e

f

g

h

kli

j

Figura 5 a-d) Guettarda angelica a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Leptoscela ruellioides e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor longistila h) fruto i-l) Margaritopsis carrascoana i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-c) AS Conceiccedilatildeo 1282 d) RR Varjatildeo 55 e-h) RR Varjatildeo 01 i-k) RR Varjatildeo 118 l) RR Varjatildeo 78)Figure 5 a-d) Guettarda angelica a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Leptoscela ruellioides e) flowering branch f) stipule g) flower longuistylous h) fruit i-l) Margaritopsis carrascoana i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-c) AS Conceiccedilatildeo 1282 d) RR Varjatildeo 55 e-h) RR Varjatildeo 01 i-k) RR Varjatildeo 118 l) RR Varjatildeo 78)

116

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Natureza 10deg00rsquo14rdquo S 38deg26rsquo02rdquo O 427 m 12VIII2005 fl fr EB Miranda et al 882 (HUEFS) 10deg4rsquoS 38deg21rdquo O 17I2006 bot GC Sessegolo et al 147 (ALCB) Baixa do estreito 9deg59rsquo343rdquo S 38deg25rsquo015rdquo O 436 m 18III2009 bot AS Conceiccedilatildeo 1547 (HUNEB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie exclusiva do Nordeste do Brasil ocorrendo nos estados de Alagoas Bahia Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco em aacutereas de caatinga (Barbosa 2012)

Guettarda sericea ocorre na APASB em aacuterea com caatinga arboacuterea diferencia-se de G angelica principalmente pela drupa elipsoide pubescente marrom a negra quando madura tubo da corola 7-8 mm compr (vs 10-12 mm compr) e limbo tomentoso em ambas as faces Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos em agosto e de janeiro a marccedilo apenas em bototildees

11 Leptoscela ruellioides Hookf Icon Pl 14 1149 1873 Figuras 5e-h

Erva ereta ou com ramos apoiantes 30-80 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 12-128 cm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubescente 8-14 setas 05-3 mm compr pubescentes Folhas opostas cruzadas membranaacuteceas peciacuteolos 1-3 mm compr glabro limbo 24-52 times 8-22 mm lanceolado base cuneada aacutepice acuminado margem inteira face adaxial pubeacuterula abaxial pubescente venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras conspiacutecuas na face abaxial 3-4 pares Inflorescecircncia em cincinos alongados axilares 1-4 por ramo floriacutefero 12-20-floro peduacutenculo 20-38 mm compr glabro 2 braacutecteas 3-4 times 15-2 mm lanceoladas pubescentes 1 bracteacuteola 1-15 mm compr linear pubeacuterula Bototildees florais elipsoides 15-4 times 1-15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas heterostiacutelicas pedicelos 05-13 mm compr glabros caacutelice 5 lobos iguais 1-15 mm compr lanceolados margem pubeacuterula corola alva com fauce esverdeada e lobos lilases infundibuliforme tubo 3-45 mm compr glabro externamente internamente pubescente e com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 5-mera lobos 25-4 mm compr triangulares internamente pubescentes flores brevistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 15-2 mm compr anteras ca 18 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-2 mm compr flores longistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras ca 1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 45-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 3-4 times 15-2 mm obovoide verde glabra sementes 07-1 times 05-07 mm obovoides castanhas ventralmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Trilha do Araccedilaacute 9deg52rsquo491rdquo S 38deg38rsquo135rdquo O 535 m 8V2008 fl MVV Romatildeo 128 (HUNEB) Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo60rdquo S 38deg26rsquo16rdquo O 488 m 17X2009 fl E Melo et al 6625 (HUEFS) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo249rdquo S 38deg29rsquo318rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1642 (HUNEB) 9deg57rsquo170rdquo S 38deg26rsquo247rdquo O 575 m 19VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1770 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo116rdquo O 493 m 28VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1773 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo117rdquo O 497 m 29VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1796 (HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 fl RR Varjatildeo 01 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 71 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 12VIII2005 fl EB Miranda et al 891 (HUEFS) Uauaacute Serra do Jerocircnimo 30III2000 fl e fr ML Guedes et al 7336 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Nordeste do Brasil ocorrendo na caatinga e cerrado nos estados de Alagoas Bahia Paraiacuteba Pernambuco e Sergipe (Jardim 2012)

Na APASB L ruellioides apresenta ampla distribuiccedilatildeo ocorrendo em todos os ambientes com nuacutemero elevado de indiviacuteduos A espeacutecie eacute reconhecida pelo haacutebito ereto ou com ramos apoiantes folhas pecioladas inflorescecircncia em cincinos e caacutelice com 5 lobos iguais Coletada na aacuterea com flores de abril a setembro e dezembro e frutos em maio

12 Margaritopsis carrascoana (Delprete amp EBSouza) CMTaylor amp EBSouza Syst amp Geogr Pl 75 171 2005 Figuras 5i-l

Psychotria carrascoana Delprete amp EBSouza Novon 14 158 2004

Subarbusto 1-15 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 2-10 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 1-2 times 12 -25 mm glabras Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 1-2 mm compr limbo 11-24 times 5-10 mm eliacuteptico a oblanceolado base cuneada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial 5-9 pares Inflorescecircncia terminal uniflora seacutessil 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos ca 12 times 15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 5 lobos iguais ca 08 mm compr triangulares glabros corola alva a creme lobos com aacutepice verde infundibuliforme tubo 25-3 mm compr externamente glabro internamente com anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 5-mera lobos ca 3 mm compr oblongos-ovais reflexos glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 08-1 mm compr castanhas estigma biacutefido estilete ca 4 mm compr Fruto drupa 4-7 times 4-5 mm obovoide alaranjado ou vermelho quando maduro glabro sementes 35-4 times 25-35 mm subovoides castanhas plano-convexas dorsalmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 4XII2010 fr RR Varjatildeo 18 (HUNEB) 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 72 (HUNEB) 5V2011 fl e fr RR Varjatildeo 77 (HUNEB) 5V2011 fr RR Varjatildeo 78 (HUNEB) 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 118 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 7VI2004 fr JG Carvalho-Sobrinho et al 253 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina 8VI1985 fr L P Queiroz 564 (ALCB) 24VI1982 fr M L Guedes et al 441 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita aos estados da Bahia e Cearaacute ocorrendo em vegetaccedilatildeo do tipo caatinga e carrasco (Delprete amp Souza 2004 Taylor 2005)

Margaritopsis carrascoana estaacute sendo citada aqui pela primeira vez para o estado da Bahia Segundo Delprete amp Souza (2004) a espeacutecie ocorria apenas no estado do Cearaacute associada agrave vegetaccedilatildeo do tipo carrasco no Planalto do Ibiapaba e Chapada do Araripe admitindo sua provaacutevel ocorrecircncia em vegetaccedilatildeo semelhante no estado vizinho do Piauiacute Contudo a espeacutecie foi citada em trabalhos anteriores com ocorrecircncia para aacuterea de caatinga incluindo carrasco cerrado e florestas (Jardim amp Souza 2006)

Na APASB esta espeacutecie ocorre com mais frequecircncia no subosque da vegetaccedilatildeo em aacutereas sombreadas e solos arenosos Diferencia-se por apresentar estiacutepulas persistentes tubo da corola 25-3 mm compr e fruto drupa laranja a vermelha quando madura Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos de abril a dezembro

13 Mitracarpus baturitensis Sucre Rodrigueacutesia 26 255 1971 Figuras 6a-f

Erva ereta ca 30 cm alt monoica Caule tetragonal glabro entrenoacutes 7-88 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 2-3 mm margem pubescente 4-5 setas 05-1 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas membranaacuteceas seacutesseis limbo 8-32

117

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

times 2-4 mm linear-eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra a escabra abaxial glabrescente nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares e terminais 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 15-25 times 08-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 05-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 1-12 mm compr menores 05-08 mm compr lanceolados margem

hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo ca 1 mm compr glabro externamente anel de tricomas na metade do tubo 4-mera lobos ca 1 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras ca 06 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 1-2 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 06-08 mm subglobosa castanha quando madura glabra sementes 06-08 times ca 04 mm oblongoides castanhas face dorsal com impressatildeo cruciforme face ventral com sulcos em forma de ldquoXrdquo

a

b

c

d

e

f

g

h

k

l

i

j

m

n

pq

o

Figura 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e) semente face ventral f) semente face dorsal g-l) Mitracarpus longicalyx g) ramo floriacutefero h) estiacutepula i) flor j) fruto k) semente face ventral l) semente face lateral m-q) Mitracarpus robustus m) ramo floriacutefero n) estiacutepula o) flor p) fruto q) semente face ventral (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)Figure 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e) seed ventral view f) seed dorsal view g-l) Mitracarpus longicalyx g) flowering branch h) stipule i) flower j) fruit k) seed ventral view l) seed lateral view m-q) Mitracarpus robustus m) flowering branch n) stipule o) flower p) fruit q) seed ventral view (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)

118

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 02 (HUNEB) 27VII2011 fl e fr LR Silva 43 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Reserva Bioloacutegica de Canudos 24VI2003 fr FHM Silva et al 417 (HUEFS) Gloacuteria Brejo do Burgo 26VIII1995 fl FP Bandeira 253 (ALCB) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1178 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita ao Brasil sendo referida para o Distrito Federal e para os estados da Bahia Cearaacute Goiaacutes Mato Grosso Paraiacuteba Pernambuco e Piauiacute (Souza et al 2010)

Na APASB a espeacutecie foi encontrada em aacutereas de bordas e ambientes abertos predominantemente em solos arenosos Entretanto ocorre preferencialmente sobre solos rochosos lateriacuteticos ou sobre inselbergs e afloramentos rochosos no bioma caatinga e no cerrado (Delprete 2010 Souza et al 2010) Mitracarpus baturitensis pode ser confundida com M longicalyx que tambeacutem ocorre na aacuterea podendo ser diferenciada pelo limbo linear-eliacuteptico 2-4 mm larg tubo da corola ca 1 mm compr e sementes com impressatildeo cruciforme na face dorsal Floresce e frutifica na aacuterea de julho a setembro

14 Mitracarpus longicalyx EBSouza amp MFSales Brittonia 53 482 2001 (2002) Figuras 6g-l

Erva ereta ou ascendente ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice pubeacuterulo entrenoacutes 8-84 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 2-5 mm pubeacuterula 5-9 setas 1-3 mm compr pubeacuterulas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 21-47 times 5-14 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira face adaxial glabra abaxial com a nervura principal pubeacuterula venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-35 times 06-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-12 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 16-3 mm compr menores 1-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 15-25 mm compr papiloso externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 06-12 mm compr triangulares externamente papilosos internamente glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 28-4 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 08-1 mm subglobosa castanha quando madura aacutepice pubescente sementes 06-08 times 02-04 mm oblongoides castanhas face dorsal com depressotildees semicirculares face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg52rsquo234rdquo S 38deg38rsquo146rdquo O 492 m 30VII2008 fl TMS Melo 37 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo457rdquo S 38deg27rsquo301rdquo O 607 m 29VII2009 bot fl e fr TMS Melo 12 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquo S 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 fl e fr DD Vieira 172 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Pilatildeo Arcado Brejo do Morro 19III2006 fl EBSouza et al 1593 (HUEFS) Ribeira do Pombal 20 km da rod para Tucano 9VI2005 fl D Cardoso 562 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita agrave regiatildeo do semiaacuterido do Brasil com registros para os estados do Bahia Cearaacute Piauiacute e Pernambuco (Souza et al 2010)

Na APASB M longicalyx foi encontrada em bordas de estradas aacutereas abertas e pastagens com alta incidecircncia de luz Pode ser confundida com M baturitensis e M robustus das quais se diferencia por apresentar caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice sem alas

glomeacuterulo apical subtendido por 4 braacutecteas geralmente puacuterpuras na base e sementes com depressotildees semicirculares dorsais Coletada na aacuterea com flores e frutos de junho a julho

15 Mitracarpus robustus EBSouza amp ELCabral Rodrigueacutesia 2 345 2010 Figuras 6m-q

Mitracarpus frigidus (Willd ex Roem amp Schult) KSchum var humboldtianus KSchum Fl Bras 6 82 1888

Subarbusto erva ereta ou ascendente 40-120 cm alt monoica Caule tetragonal alado no aacutepice dos ramos glabro entrenoacutes 21-44 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-35 times 25-3 mm glabra a pubeacuterula 5-6 setas 3-5 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 20-75 times 5-15 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo margem inteira pubeacuterulo em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes em ambas as faces 3-4 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-8 por ramo floriacutefero multifloros 2(-4) braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-32 times 14-18 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 22-28 mm compr menores 06-12 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 25-35 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 1-15 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-28 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal ca 1 times 12 mm subglobosa marrom quando madura aacutepice pubescente sementes ca 06 times 06 mm oblongoides lilases face dorsal lisa face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 46 (HUNEB) Trilha secundaacuteria proacuteximo a casa da caixa drsquoaacutegua 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 47 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Conde Fazendo do Bu 13VIII1996 fl MC Ferreira et al 1023 (HRB) Jussiape em direccedilatildeo a Barra da Estiva 15VI2002 fl LP Queiroz et al 7125 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie distribuiacuteda no Brasil e na Guiana Francesa No Brasil sua ocorrecircncia estaacute registrada para o Distrito Federal e para os estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Sergipe Bahia Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Mitracarpus robustus eacute uma espeacutecie comum em solos argilosos ou areno-argilosos em solos lateriacuteticos em margens de estrada ou periferia de matas (Souza et al 2010) Na APASB estaacute distribuiacuteda nas bordas de florestas e apresenta um porte bastante robusto quando comparado agraves outras espeacutecies de Mitracarpus que ocorrem na aacuterea Pode ser diferenciada pelo caule tetragonal alado no aacutepice glomeacuterulo apical subtendido por 2 braacutecteas e sementes planas no dorso Floresce e frutifica na aacuterea em julho

16 Mitracarpus salzmannianus DC Prodr 4 571 1830 Figuras 7a-c

Mitracarpus frigidus var salzmannianus (DC) Martius Eichler amp Urban Fl bras 6 82 1888

Mitracarpus scabrellus Benth Hookerrsquos J Bot Kew Gard Misc 3 238 1841

Erva ereta 40-50 cm alt monoica Caule tetragonal pubescente entrenoacutes 65-90 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-18 times 15-2 mm pubescente 5-7 setas 4-6 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 10-42 times 2-13 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira pubescente em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma

119

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

nervuras proeminentes na face abaxial 3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 2-35 times 08-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos ca 1 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 3-32 mm compr menores 16-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 4-45 mm compr externamente piloso na metade superior anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos ca 15 mm compr triangulares pilosos externamente estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 04 mm compr anteras 05-06 mm

compr alvas estigma biacutefido estilete 5-65 mm compr Segundo Souza et al (2010) fruto caacutepsula deiscecircncia transversal (12-)15-25 mm compr obovoides glabras sementes 08-12 times 05-06 mm oblongoides ou globosas castanhas face dorsal sem depressotildees face ventral com encaixe em forma de ldquoY-invertidordquo

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 fl RR Varjatildeo 142 (HUNEB) 27VII2011 fl RR Varjatildeo 145 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Aldeia Serrota 19IX2005 fl M Colaccedilo 53 (HUEFS) Paulo Afonso Raso da

Figura 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) haacutebito b) estiacutepula c) flor d-g) Richardia grandiflora d) haacutebito e) estiacutepula f) flor g) fruto h-j) Staelia aurea h) ramo floriacutefero i) estiacutepula j) flor (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)Figure 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) habit b) stipule c) flower d-g) Richardia grandiflora d) habit e) stipule f) flower g) fruit h-j) Staelia aurea h) flowering branch i) stipule j) flower (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)

a

b

c

d

e

f

gh

i

j

120

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Catarina 10VIII2005 fl EB Miranda et al 805 (HUEFS) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1191 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Eacute uma espeacutecie amplamente distribuiacuteda ocorrendo na Guiana Francesa Suriname e Brasil No Brasil ocorre nos estados de Roraima Paraacute Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Goiaacutes Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Planta comum em solos arenosos habitando dunas campos ou chapadas tambeacutem presente como ruderal (Souza et al 2010) Na APASB foi encontrada em solos arenosos na vegetaccedilatildeo arbustiva Caracteriza-se pelo indumento denso e contiacutenuo que cobre toda a planta folhas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas aleacutem do tubo da corola com 4-45 mm compr caracteres que a diferenciam das outras espeacutecies de Mitracarpus Floresce na aacuterea em julho

17 Richardia grandiflora (Cham amp Schltdl) Steud Nomencl Bot 2 459 1841 Figuras 7d-g

Richardsonia grandiflora Cham amp Schltdl Linnaea 3 351 1828Erva procumbente ca 20 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice do ramos hirsuto entrenoacutes 8-78 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 3-5 mm pubeacuterula a hirsuta 4-7 setas 07-45 mm compr pubeacuterulas a hirsutas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 15-38 times 5-11 mm eliacuteptico a lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira estrigoso a escabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais multifloros 4 braacutecteas foliaacuteceas externas 14-17 times 7-8 mm internas 5-12 times 3-7 mm ovais hirsutas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 4-7 times 4-5 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 6 lobos iguais 3-4 mm compr lanceolados hirsutos corola alva roacutesea a lilaacutes infundibuliforme tubo 6-9 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 6-mera lobos 4-5 mm compr triangulares pilosos externamente estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 07-1 mm compr anteras 12-18 mm compr alvas estigma triacutefido estilete 8-11 mm compr Fruto esquizocarpo trecircs mericarpos 15-25 times 15-25 mm obovoide pardo quando maduro hirsuto a piloso sementes 15-2 times 06-1 mm subovoides castanhas dorso convexo sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai ao Povoado Queleacutes 9deg52rsquo532rdquo S 38deg32rsquo420rdquo O 650 m 22IX2010 fl e fr RR Varjatildeo 04 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquoS 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 bot DD Vieira 173 (HUNEB) 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 126 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 133 (HUNEB) Faz Serra Branca proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot RR Varjatildeo 79 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 1VII1995 fl FP Bandeira 173 (ALCB) Bosque de Algaroba 7VI2004 fl MVM Oliveira 748 (HUEFS) Rodelas Mocoacute 22I1987 fl GO Mattos amp BS Laacutezaro 55 (HRB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie encontrada por toda a Ameacuterica e como planta introduzida na Floacuterida Estados Unidos Ocorre nas regiotildees Norte a Sudeste e Centro-Oeste do Brasil nos estados do Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Pernambuco Bahia Mato Grosso Goiaacutes Minas Gerais Satildeo Paulo e Rio Grande do Sul (Lewis amp Oliver 1974 Delprete et al 2005 Delprete 2010)

Na APASB R grandiflora eacute muito frequente ao longo das estradas bordas da mata aacutereas abertas e pastagens com forte exposiccedilatildeo solar em solos arenosos e areno-argilosos Esta espeacutecie apresenta forte vigor vegetativo principalmente em solos feacuterteis

cobrindo completamente o solo (Delprete 2010) Pode ser confundida em campo com as espeacutecies de Diodella das quais se diferencia pelas flores hexacircmeras estigma triacutefido e frutos com trecircs mericarpos Floresce na aacuterea de maio a setembro e frutifica de junho a setembro de acordo com material analisado

18 Staelia aurea KSchum Fl Bras 677 1888 Figuras 7h-jErva ereta ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico pubeacuterulo

entrenoacutes 7-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubeacuterula 4-5 setas 05-2 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 12-27 times 14-4 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra abaxial com nervura esparsamente estrigosa venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 5-7 por ramo floriacutefero multifloros 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 14-22 times 1-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 2-26 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 3-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 2-25 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-2 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 6-65 mm compr Frutos e sementes natildeo observados

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1656 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 3VII1995 fl FP Bandeira 221 (ALCB HRB CEPEC) Juazeiro Serra do Mulato 28III2000 fl MR Fonseca et al 1247 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita ao Brasil Ocorre nas regiotildees Norte (sul do Paraacute) Centro-Oeste Nordeste e partes do Sudeste (Souza amp Sales 2004)

Staelia aurea eacute considerada uma espeacutecie de ampla distribuiccedilatildeo poreacutem na APASB eacute escassa Pode ser confundida com S virgata da qual se diferencia por apresentar caule pubeacuterulo tubo da corola 3-45 mm compr e 5-7 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Foi coletada na aacuterea com flores em junho

19 Staelia galioides DC Prodr 4 573 1830 Figuras 8a-dSpermacoce galioides Pohl ex DC Prodr 4 573 1830Erva ereta 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro

a pubeacuterulo entrenoacutes 03-08 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 15-2 mm pubeacuterula 3 setas 06-18 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 6-17 times 05-25 mm linear-lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 6-10 por ramo floriacutefero multifloros (2)-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 18-3 times 06-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 1-16 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo 35-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 15-24 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 15-18 mm compr anteras 08-1 mm compr alvas a lilases estigma biacutefido estilete 5-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 1-12 mm obovoide verde

121

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

glabra sementes 06-08 times 04-06 mm oblongoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg53rsquo471rdquo S 38deg39rsquo131rdquo O 196 m 21V2008 fl e fr MVV Romatildeo 239 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 22 (HUNEB) 9deg56rsquo807rdquo S 38deg27rsquo330rdquo O 24II2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 37 (HUNEB) 9deg55rsquo776rdquo S 38deg29rsquo40rdquo O 652m 8IV2011 fl e fr RR Varjatildeo 69 (HUNEB) 9deg32rsquo934rdquo S 38deg32rsquo234rdquo O 657 m 5V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 74

(HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 117 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Ribeira do Pombal 19V1981 fl P Geraldo13181 (CEPEC) Rodelas dunas cabeccedila de boi 24II1988 fl e fr RP Orlandi 828 (HRB)

Distribuiccedilatildeo A espeacutecie apresenta distribuiccedilatildeo exclusiva no Brasil Ocorre na regiatildeo Centro-Oeste em Goiaacutes e Tocantins e no Nordeste em Alagoas Bahia Pernambuco e Piauiacute (Souza amp Sales 2004)

Figura 8 a-d) Staelia galioides a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Staelia virgata e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Tocoyena formosa i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)Figure 8 a-d) Staelia galioides a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Staelia virgata e flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Tocoyena formosa i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)

a

b c

d

e

f

g

h

i

j

k

l

122

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Na APASB a espeacutecie eacute amplamente distribuiacuteda apresentando nuacutemero elevado de indiviacuteduos Eacute encontrada em aacutereas abertas bordas de estradas e no interior da vegetaccedilatildeo subarbustiva em solos arenosos Pode ser reconhecida por apresentar estiacutepulas com 3 setas limbo linear-lanceolado lobos do caacutelice 1-16 mm compr diferenciando-se de S aurea que possui estiacutepulas com 4-5 setas limbo lanceolado e lobos do caacutelice 2-26 mm compr Floresce e frutifica na aacuterea de janeiro a junho

20 Staelia virgata (Link ex Roem amp Schult) KSchum Fl Bras 6(6) 76 1889 Figuras 8e-h

Spermacoce virgata Link ex Roem amp Schult Syst Veget 3 281 531 1818

Erva ereta ca 60 cm alt monoica Caule tetragonal glabro a glabrescente entrenoacutes 10-33 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2times ca 18 mm pubeacuterula no aacutepice 5-7 setas 12-25 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 13-30 times 1-3 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente em ambas as faces 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-4 por ramo floriacutefero multifloros 2-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 25-3 times 1-15 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 25-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo ca 5 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 25-3 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 2-3 mm compr anteras 08-12 mm compr alvas estigma biacutefido estilete ca 8 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 08-1 mm obovoide verde hirsuto sementes 06-1 times ca 04 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai da ESEC-Raso da Catarina agrave APA Serra Branca 9deg52rsquo78rdquo S 38deg31rsquo65rdquo O 624 m 27VII2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 140 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos estrada para a estaccedilatildeo bioloacutegica 26VI2002 fl LP Queiroz et al 7197 (HUEFS) Gloacuteria Serrota 2IX2006 fl S Leal 39 (HUEFS) Paulo Afonso BR-110 Norte 23VIII2005 fl DS Carneiro-Torres et al 483 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Ocorre em todo o Brasil parte dos territoacuterios do Peru Boliacutevia Paraguai ateacute o norte da Argentina No Brasil sua distribuiccedilatildeo vai desde o Amazonas Bahia Cearaacute Maranhatildeo Paraacute Paraiacuteba Pernambuco Piauiacute ateacute os estados da regiatildeo Sul (Souza amp Sales 2004)

Considerada por Souza amp Sales (2004) a espeacutecie mais amplamente distribuiacuteda entre as estudadas em seu trabalho S virgata foi encontrada na APASB apenas no periacuteodo chuvoso em vegetaccedilatildeo subarbustiva Pode ser confundida com as outras espeacutecies de Staelia ocorrentes na aacuterea diferenciando-se pelo conjunto de caracteriacutesticas caule glabro a glabrescente estiacutepula com 5-7 setas tubo da corola ca 5 mm compr e 2-4 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Encontrada na aacuterea com flores e frutos em julho

21 Tocoyena formosa (Cham amp Schltdl) KSchum Fl Bras 6 347 1889 Figuras 8i-l

Gardenia formosa Cham amp Schltdl Linnaea 4 200 1829Arbusto 13-17 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro

pubeacuterulo no aacutepice entrenoacutes 4-22 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 4-7 times 6 -8 mm glabras internamente pubeacuterulas e com coleacuteteres Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas a subcoriaacuteceas peciacuteolos 5-17 mm compr pubeacuterulos limbo

75-150 times 45-80 mm oval a eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial pubescente abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em dicaacutesios congestos terminais 4-7-floro peduacutenculo 2-7 mm compr pubeacuterulo braacutecteas e bracteacuteolas natildeo visualizadas Bototildees florais ovais 25-100 times 6-9 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas subseacutesseis caacutelice 5 lobos denteados 08-1 mm compr triangulares tomentosos tubo 1-2 mm compr tomentoso corola amarela hipocrateriforme tubo 75-95 mm compr externamente tomentoso internamente glabro 5-mera lobos 12-27 mm compr obovados externamente tomentosos internamente glabros estames exsertos seacutesseis anteras 7-10 mm compr marrons estigma biacutefido estilete 84-98 mm compr Fruto baga 25-35 times 18-30 mm globosa negra quando madura pubeacuterula sementes 5-6 times 45-7 mm orbiculares planas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 17I2006 fr GC Sessegolo 158 (MBM) 9deg57rsquo044rdquo S 38deg42rsquo289rdquo O 313 m 13III2008 fr AS Conceiccedilatildeo 1268 (HUNEB) Baixa grande 9deg58rsquo370rdquo S 38deg27rsquo086rdquo O 561 m 19III2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1560 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fr AS Conceiccedilatildeo 1707 (HUNEB) 9deg55rsquo48rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot RR Varjatildeo 24 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 27 (HUNEB) 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 bot e fr RR Varjatildeo 65 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 16II2003 fl FHM Silva et al322 (HUEFS) Tucano Estrada para Ribeira do Pombal 21III1992 fl AM Carvalho et al 3894 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Esta espeacutecie tem ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica do Sul encontrada no Suriname Brasil e Paraguai ocorrendo em todas as regiotildees brasileiras (Prado 1987)

Na APASB os indiviacuteduos encontram-se distribuiacutedos nas bordas e interior da vegetaccedilatildeo de porte arbustivo-arboacutereo e solos arenosos T formosa pode ser reconhecida na aacuterea pelo haacutebito arbustivo de flores vistosas tubo da corola 75-95 mm compr amarela e baga com 25-35 times 18-30 mm negra quando madura Floresce na aacuterea de janeiro a maio e frutifica em janeiro maio e junho

Agradecimentos

Agrave Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) pelo apoio financeiro ao projeto (PET 00232007) Agrave CAPES pela concessatildeo da bolsa de mestrado a primeira autora Aos curadores e teacutecnicos dos Herbaacuterios visitados e ao Natanael Santos pelas ilustraccedilotildees botacircnicas Aos dois revisores anocircnimos pelas significativas contribuiccedilotildees ao manuscrito

Referecircncias BibliograacuteficasBARBOSA MRV amp ZAPPI D 2002 Distribuiccedilatildeo das espeacutecies de

Rubiaceae na caatinga In Vegetaccedilatildeo e Flora da caatinga (EVSB Sampaio AM Giulietti JE Virginio CFL Gamarra-Rojas eds) APNECNIP Recife p155-157

BARBOSA MRV SOUSA EB amp JARDIM JG 2006 Rubiaceae In Checklist das Plantas do Nordeste Brasileiro Angiospermas e Gymnosperma (MRV Barbosa C Sothers S Mayo CFL Gamarra-Rojas amp CA Mesquita eds) Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia Brasiacutelia p135-140

BARBOSA MR ZAPPI D TAYLOR C CABRAL E JARDIM JG PEREIRA MS CALIOacute MF PESSOA MCR SALAS R SOUZA EB DI MAIO FR MACIAS L ANUNCIACcedilAtildeO EA DA GERMANO FILHO P amp OLIVEIRA JA 2012 Rubiaceae In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000210 (uacuteltimo acesso em 06112012)

123

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

BARBOSA MR 2012 Guettarda In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB014052 (uacuteltimo acesso em 06112012)

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente - MMA 2007 Aacutereas prioritaacuterias para conservaccedilatildeo uso sustentaacutevel e reparticcedilatildeo dos benefiacutecios da biodiversidade brasileira Secretaria de Biodiversidade e Florestas Brasiacutelia Mapa versatildeo 22 set2007

BRUMMITT RK amp POWELL CE 1992 Authors of plant names Royal Botanic Gardens Kew London

CABRAL EL amp BACIGALUPO NM 2005 Novelties in Spermacoceae (Rubiaceae) from Bolivia and Paraguay Brittonia 57(2)129-140 httpdxdoiorg1016630007-196X(2005)057[0129NISRFB]20CO2

CABRAL EL amp FADER AAC 2010 Nuevas combinaciones y nuevos sinocircnimos en especies de Brasil de Diodia s lat (Spermacoceae - Rubiaceae) Rodrigueacutesia 61(1)119-121

CABRAL EL MIGUEL LM amp SALAS RM 2011 Dos especies nuevas de Borreria (Rubiaceae) sinopsis y clave de las especies para Bahia Brasil Acta Bot Bras 25(2)255-276 httpdxdoiorg101590S0102-33062011000200002

CABRAL E amp SALAS R 2012 Diodella In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB038741 (uacuteltimo acesso em 06112012)

CAMPOS MTVA ZAPPI DC CALIOacute MF amp PIRANI JR 2006 Flora de Gratildeo-Mogol Minas Gerais Rubiaceae Bol Bot Univ Satildeo Paulo 2441-67

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2004 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v1 344p

DELPRETE PG amp SOUZA EB 2004 Psychotria carrascoana (Rubiaceae) a new species from the Carrasco Vegetation of Northeastern Brazil Novon 14158-162

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2005 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v2 p345-842

DELPRETE PG 2010 Rubiaceae In Flora do Estado de Goiaacutes e Tocantins (JA Rizzo org) PRPPGUFG IRD Goiacircnia v40 1610p

FORZZA RC COSTA A WALTER BMT PIRANI JR MORIM MP QUEIROZ LP MARTINELLI G PEIXOTO AL COELHO MAN BAUMGRATZ JFA STEHMANN JR LOHMANN LG amp HOPKINS M 2012 Angiospermas In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000032 (uacuteltimo acesso em 05112012)

JARDIM JG amp SOUZA EB 2006 Rubiaceae In Diversidade e Caracterizaccedilatildeo das Faneroacutegamas do Semiaacuterido Brasileiro (AM Giulietti AA Conceiccedilatildeo amp LP Queiroz orgs) Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife p203-209

JARDIM JG 2012 Leptoscela In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB020761 (uacuteltimo acesso em 06112012)

JUNG-MENDACcedilOLLI SL 2007 Rubiaceae In Flora Fanerocircgama do Estado de Satildeo Paulo (MGL Wanderley GJ Shepherd TS Melhem amp AM Giulietti coords) FAPESBRIMA Satildeo Paulo v5 p259-447

GOVAERTS R ANDERSSON L ROBBRECHT E BRIDSON D DAVIS A SCHANZER I amp SONKE B 2011 [continuously uploaded] World Checklist of Rubiaceae Facilitated by the Royal Botanic Gardens httpappskeworgwcspqsearchdo (uacuteltimo acesso em 2422012)

HARRIS JG amp HARRIS MW 2001 Plant identification terminology An illustrated glossary 2 ed Spring Lake Publishing Spring Lake

LEAL IR SILVA JMC Da TABARELLI M amp LACHER TE 2005 Changing the Course of Biodiversity Conservation in the caatinga of Northeastern Brazil Conserv Biol 19(3)701-706 httpdxdoiorg101111j1523-1739200500703x

LEWIS WH amp OLIVER RL 1974 Revision of Richardia (Rubiaceae) Brittonia 26271-301 httpdxdoiorg1023072805730

MARGALHO LF ROCHA AES amp SECCO RS 2009 Rubiaceae Juss da restinga da APA de AlgodoalMaiandeua Maracanatilde Paraacute Brasil Bol Mus Para Emiacutelio Goeldi Cienc Nat 4(3)303-339

MORI SA SILVA LAM LISBOA GE amp CORADIN L 1989 Manual de Manejo do Herbaacuterio Fanerogacircmico Centro de Pesquisa do Cacau Ilheacuteus

PEEL MC FINLAYSON BL amp MCMAHON TA 2007 Updated world map of the Koumlppen-Geiger climate classification Hydrol Earth Syst Sc 111633-1644 httpdxdoiorg105194hess-11-1633-2007

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2004 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelias Antirheoideae Cinchonoideae e Ixoroideae Acta Bot Bras 18(2)305-318 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000200010

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2006 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelia Rubioideae Acta Bot Bras 20(2)455-470 httpdxdoiorg101590S0102-33062006000200021

PRADO AL 1987 Revisatildeo taxonocircmica do gecircnero Tocoyena Aubl (Rubiaceae) no Brasil Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Estadual de Campinas Satildeo Paulo

RADFORD AE DICKISON WC MASSEY JR amp BELL R 1974 Vascular Plant Systematics Harper amp Row publishers New York

ROBBRECHT E 1988 Tropical woody Rubiaceae Characteristic features and progressions Contributions to a new subfamilial classification Opera Bot Belg 11-271

SOUZA EB amp SALES MF 2004 O gecircnero Staelia Cham amp Schtdl (Rubiaceae-Spermacoceae) no Estado de Pernambuco Brasil Acta Bot Bras 18(4)921-928 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000400023

SOUZA EB CABRAL EL amp ZAPPI DC 2010 Revisatildeo de Mitracarpus (Rubiaceae - Spermacoceae) para o Brasil Rodrigueacutesia 61(2)319-352

SZABO AV ROCHA ACS TOSATO JAC amp BARROSO W 2007 Aacuterea de proteccedilatildeo ambiental (APA) Serra Branca Raso da Catarina In As caatingas debates sobre a Ecorregiatildeo do Raso da Catarina (J Marques org) Fonte Viva Paulo Afonso p21-40

TAYLOR CM 2005 Margaritopsis (Rubiaceae Psychotrieae) in the Neotropics Syst Geogr Pl 75(2)161-177

THIERS B 2011 [continuously updated] Index Herbariorum a global directory of public herbaria and associated staff New York Botanical Gardenrsquos Virtual Herbarium httpsweetgumnybgorgih (uacuteltimo acesso em 28102011)

VELLOSO AL SAMPAIO EVSB GIULIETTI AM BARBOSA MRV CASTRO AAJF QUEIROZ LP FERNANDES A OREN DC CESTARO LA CASTRO AJE PAREYN FGC SILVA FBR MIRANDA EE KEEL S amp GONDIM RS 2002 Ecorregiotildees Propostas para o Bioma caatinga TNC-Brasil Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife

ZAPPI DC amp STANNARD BL 1995 Rubiaceae In Flora of the Pico das Almas Chapada Diamantina Bahia Brazil (BL Stannard ed) Royal Botanic GardensUSPCEPLAC Kew p546-578

ZAPPI DC amp NUNES TS 2002 Preliminary list of the Rubiaceae in Nortehastern Brazil Royal Botanic Gardens Kew

Recebido em 09072012 Versatildeo reformulada recebida em 15112012

Publicado em 03042013

Page 8: Biota Neotrop., vol. 13, no. 2 - redalyc.org · Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico

111

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

4-7-floro as femininas natildeo observadas seacutesseis braacutecteas foliaacuteceas deciacuteduas bracteacuteolas ausentes ou inconspiacutecuas Bototildees florais fusiformes 45-6 times 1-15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores diclinas homostiacutelicas seacutesseis flores masculinas caacutelice truncado ca 2 mm compr glabrescente corola amarela com tubo e bordos dos lobos vinaacuteceos hipocrateriforme tubo 55-6 mm compr externamente pubeacuterula internamente glabra 5-mera lobos 25-3 mm compr deltoides pubeacuterulos estames inclusos porccedilatildeo livre dos

filetes 05-1 mm compr anteras 4-45 mm compr cremes estigma biacutefido natildeo receptivo estilete 55-6 mm compr flores femininas natildeo observadas Fruto baga 11-16 times 13-17 mm subglobosa negra quando madura glabra sementes 5-66 times 4-5 mm obcocircnicas amarelo-acastanhadas exotesta estriada

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg54rsquo010rdquo S 38deg41rsquo008rdquo O 399 m 5XI2010 fr LR Silva 10 (HUNEB) 9deg54rsquo066rdquo S 38deg41rsquo008rdquo O 383 m 8XII2011

a

b

c

d

e

f

g

h

k

l

m

n

i

j

Figura 3 a-e) Cordiera rigida a) ramo floriacutefero masculino b) ramo frutiacutefero c) estiacutepula d) flor masculina e) fruto f-j) Cordiera sp f) ramo floriacutefero masculino g) ramo frutiacutefero detalhe da margem da folha h) estiacutepula i) flor masculina j) fruto k-n) Diodella gardneri k ramo floriacuteferofrutiacutefero l estiacutepula m flor n fruto (ad) RR Varjatildeo 17 bce) DD Vieira 85 fj) RR Varjatildeo 165 g-i) RR Varjatildeo 164 k-m) RR Varjatildeo 124 n) RR Varjatildeo 23)Figure 3 a-e) Cordiera rigida a) flowering branch male b) fruiting branch c) stipule d) male flower e) fruit f-j) Cordiera sp f) flowering branch male g) fruiting branch detail leaf margin h) stipule i) male flower j) fruit k-n) Diodella gardneri k) floweringfruiting branch l) stipule m) flower n) fruit (ad) RR Varjatildeo 17 bce) DD Vieira 85 fj) RR Varjatildeo 165 g-i) RR Varjatildeo 164 k-m) RR Varjatildeo 124 n) RR Varjatildeo 23)

112

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

bot e fl RR Varjatildeo 164 (HUNEB) 9deg54rsquo054rdquo S 38deg40rsquo987rdquo O 406 m 8XII2011 fr RR Varjatildeo 165 (HUNEB)

Cordiera sp conhecida por apenas trecircs espeacutecimes apresenta caracteriacutesticas distintas de C rigida espeacutecie comumente encontrada na aacuterea de estudo e com muitos registros em herbaacuterios Diferencia-se atraveacutes das folhas pecioladas com a margem crenulada e frutos maiores (11-16 times 13-17 mm vs 4-8 times 5-10 mm) A consulta a referecircncias bibliograacuteficas disponiacuteveis das espeacutecies citadas para o Brasil bem como a comparaccedilatildeo com espeacutecimes de herbaacuterios natildeo possibilitou a identificaccedilatildeo do taacutexon Entretanto seratildeo necessaacuterias mais investigaccedilotildees para definir sua identidade Encontrada na aacuterea com flores e frutos em novembro e dezembro

5 Diodella gardneri (KSchum) Bacigalupo amp ELCabral Darwiniana 44(1) 98 2006 Figuras 3k-n

Diodia gardneri KSchum Fl Bras 6(6) 402 1888Borreria gardneri (KSchum) Bacigalupo amp ELCabral Opera

Bot Belg 7 307 1996Erva ereta ou escandente 80-160 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice dos ramos glabrescente a pubeacuterulo entrenoacutes 10-70 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-2 times ca 3 mm tomentosa 6-9 setas 1-3 mm compr pubescentes Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 7-21 times 3-8 mm eliacuteptico base atenuada a cuneada aacutepice agudo a acuminado margem revoluta face adaxial escabra abaxial pubescente venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias evidentes na face abaxial 3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares 4-8 por ramo floriacutefero 7-12-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Botatildeo floral oblongo 8-9 times 4-5 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 4 lobos iguais 5-9 mm compr lanceolados pubescentes corola alva a roacutesea infundibuliforme tubo 4-5 mm compr internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 3-4 mm compr triangulares externamente pilosos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 1-15 mm compr anteras 15-2 mm compr alvas a lilases estigma levemente bilobado estilete 6-10 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos 2-4 times ca 3 mm obovoide vinaacuteceo quando maduro pubescente sementes 25 times ca 2 mm obovoides castanhas sulco longitudinal na face ventral aacutepice recurvado ventralmente

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca proacuteximo a sede 9deg55rsquo375rdquo S 38deg42rsquo181rdquo O 19IV2008 fl AS Conceiccedilatildeo 1354 (HUNEB) Trilha do Tanque das pedrinhas 9deg53rsquo279rdquo S 38deg40rsquo48rdquo O 474 m 26VI2008 fl AS Conceiccedilatildeo 1414 (HUNEB) Limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1673 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo165rdquo S 38deg29rsquo241rdquo O 9VIII2009 fl e fr MVV Romatildeo 535 (HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 fl RR Varjatildeo 03 (HUNEB) 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 fl e fr RR Varjatildeo 23 (HUNEB) Proacuteximo a baixa do chiqueiro 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 fl RR Varjatildeo 67 (HUNEB) Proacuteximo agrave casa de Gilson 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl RR Varjatildeo 124 (HUNEB) Faz Serra Branca Proacuteximo agrave casa do IBAMA 9deg55rsquo453rdquo S 38deg42rsquo259rdquo O 375 m 6V2011 fl RR Varjatildeo 82 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos trilha para toca das araras 10V1993 fl e fr MC Ferreira 507 (HRB) Gloacuteria Brejo do burgo 2VII1995 fl FP Bandeira 215 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina 18I1981 fl ML Guedes 303 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Brasil ocorrendo nos estados da Bahia Cearaacute Piauiacute e Minas Gerais (Cabral amp Fader 2010 Cabral amp Salas 2012)

A espeacutecie ocorre comumente na caatinga ou na transiccedilatildeo caatinga-cerrado (Cabral amp Fader 2010) Na APASB eacute uma espeacutecie

amplamente distribuiacuteda encontrada nas bordas e interior de vegetaccedilatildeo subarbustiva e arbustiva-arboacuterea em solos arenosos Caracteriza-se por apresentar haacutebito ereto a escandente aleacutem dos lobos do caacutelice com 5-9 mm compr e fruto pubescente Foi coletada na aacuterea com flores e frutos de janeiro a setembro

6 Diodella radula (Willd ex Roem amp Schult) Delprete Fl Ilustr Catarin Rubiaceas I 174 2004 Figuras 4a-d

Spermacoce radula Willd ex Roem amp Schult Syst Veg 3 351 1818

Diodia radula (Roem amp Schult) Cham amp Schltdl Linnaea 3 342 1828

Erva ereta ou decumbente 40-120 cm alt monoica Caule tetragonal no aacutepice dos ramos pubescente no aacutepice raro viloso entrenoacutes 10-95 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2 times 25-4 mm glabrescente a pubescente 5-8(-15) setas 14-28(-56) mm compr pubescentes raro pilosas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 18-43(-63) times 8-18(-24) mm eliacuteptico a eliacuteptico-oval base cuneada raro atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial escabra abaxial pubescente a estrigosa ou pilosas nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras evidentes em ambas as faces 3-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares (2-)4-11 por ramo floriacutefero 6-12-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Botatildeo floral oblongo 35-5 times 15-3 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 4 lobos desiguais maiores 25-35 mm compr menores 2-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 4-5 mm compr piloso na porccedilatildeo superior internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 3-35 mm compr triangulares externamente pilosos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes (03-)08-1 mm compr anteras 15-2 mm compr alvas a lilases estigma capitado estilete 6-8 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos 25-3 times 2-4 mm globoso verde aacutepice piloso sementes 12-26 times 08-2 mm obovoides castanhas aacutepice fendido ausecircncia de sulcos ventrais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada principal 9deg55rsquo453rdquo S 38deg42rsquo259rdquo O 375 m 17VI2011 fl RR Varjatildeo 127 (HUNEB) Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 fl fr e bot RR Varjatildeo 146 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo 21II2006 fl E Melo et al 4273 (HUEFS) Santa Briacutegida 24V1984 bot e fl LC Oliveira Filho 175 (ALCB CEPEC HRB) Tucano Rod Tucano-Ribeira do Pombal 29XII2004 fl D Cardoso amp JMO Santos 210 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com ampla distribuiccedilatildeo ocorrendo nos Estados Unidos Venezuela Guianas Ilha Galaacutepagos Peru Boliacutevia Equador Argentina Paraguai e Brasil (Delprete et al 2004 Cabral amp Bacigalupo 2005) No Brasil distribui-se de forma descontiacutenua do Nordeste ao Sul do paiacutes (Cabral amp Salas 2012)

Delprete et al (2004) citaram D radula como erva caracteriacutestica e exclusiva de aacutereas de restinga Crescendo tambeacutem em dunas e solos rochosos e arenosos do cerrado (Cabral amp Bacigalupo 2005 Campos et al 2006) Na APASB eacute encontrada no interior e borda da caatinga-arbustiva sendo coletada apenas uma vez em ambiente sombreado com vegetaccedilatildeo arbustiva-arboacuterea Neste ambiente o espeacutecime apresentou variaccedilatildeo morfoloacutegica com haacutebito ereto folhas com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas e base atenuada Contudo os caracteres reprodutivos permitiram incluiacute-lo em D radula Esta espeacutecie pode ser confundida em campo com D gardneri da qual podemos diferenciar pelo haacutebito ereto ou decumbente flores com lobos do caacutelice 2-35 mm compr e fruto piloso no aacutepice Floresce na aacuterea de junho a julho e frutifica em julho

113

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

7 Diodella teres (Walter) Small Fl Lancaster Co 271 1913 Figuras 4e-h

Diodia teres Walter Fl Carol 87 1788Erva decumbente 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico a

tetragonal pubeacuterulo a piloso entrenoacutes 5-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-2 times 3-4 mm pubeacuterula margem pilosa 9-12 setas 3-10 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 16-35 times 4-7 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo a acuminado margem inteira estrigoso a tomentoso

em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 4 pares Inflorescecircncia em fasciacuteculos axilares 4-11 por ramo floriacutefero 2-5-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 2-5 times 15-2 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 15-2 mm compr 4 lobos desiguais maiores 15-2 mm compr menores 1-15 mm compr lanceolados margem escabriuacutescula corola alva com lobos lilaacuteses infundibuliforme tubo 35-5 mm compr internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do

a

b

c

d

e

f

gh

k

l

i

j

Figura 4 a-d) Diodella radula a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Diodella teres e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Emmeorhiza umbellata i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 127 e-h) AS Conceiccedilatildeo 1870 i-l) RR Varjatildeo 05)Figure 4 a-d) Diodella radula a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Diodella teres e) flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Emmeorhiza umbellata i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 127 e-h) AS Conceiccedilatildeo 1870 i-l) RR Varjatildeo 05)

114

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

tubo 4-mera lobos 15-2 mm compr triangulares externamente pubeacuterulos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma capitado estilete 3-55 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos ca 4 times 25-3 mm globoso a subovoide marrom quando maduro pubescente sementes 2-3 times 15-2 mm obovoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Trilha sentido Serra do Navio 9deg52rsquo491rdquo S 38deg39rsquo220rdquo O 481 m 31VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1870 (HUNEB) Proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot e fr RR Varjatildeo 80 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 27VI2002 fl LP Queiroz et al 7220 (HUEFS) 18IV2004 fl FHM Silva amp LCL Lima 500 (HUEFS) Gloacuteria BA-210 sentido Rodelas 7VI2007 fl e fr AS Conceiccedilatildeo et al 1010 (HUEFS) Serrota 5IX2006 fl S Leal 56 (HUEFS) Ribeira do Pombal 16VIII2003 fl e fr ML Guedes et al 10570 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie neotropical ocorrendo no Sudeste dos Estados Unidos Ameacuterica Central e Ameacuterica do Sul (Cabral amp Bacigalupo 2005 Campos et al 2006) No Brasil distribui-se por quase todo o territoacuterio nacional (Cabral amp Salas 2012)

Na APASB D teres eacute encontrada em aacutereas abertas com forte exposiccedilatildeo solar e solo arenoso Distingue-se das demais espeacutecies de Diodella encontradas na aacuterea por apresentar haacutebito procumbente limbo com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas lanceolado 2-5 flores por axila Encontrada na aacuterea com flores em maio e julho e frutos em maio

8 Emmeorhiza umbellata (Spreng) KSchum Fl Bras 6(6) 408 1889 Figuras 4i-l

Borreria umbellata Spreng Neue Entd 2 144 1821Endlichera umbellata KSchum Fl Bras 6(6) 38 1888Trepadeira monoica Caule tetragonal glabro a pubeacuterulo

entrenoacutes 16-67 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-3 times 2-3 mm glabra a pubeacuterula 6-7 setas 2-6 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 32-76 times 11-25 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial esparsamente estrigosa abaxial pubeacuterula nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em cimeiras paniculadas de umbela terminais ou axilares 1-4 por ramo floriacutefero multifloros peduacutenculo 20-40 mm compr glabro 2 braacutecteas 12-20 times 5-8 mm lanceoladas pubeacuterulas 2 bracteacuteolas 15-4 times 05-15 mm eliacutepticas glabras Bototildees florais oblongos 15-2 times 05-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 17-25 mm compr glabros caacutelice 4 lobos iguais 05-1 mm compr lanceolados glabros corola alva infundibuliforme tubo 05-1 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 1-12 mm compr triangulares glabros estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras ca 05 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 1-15 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 3-4 times ca 1 mm obovoide marrom quando maduro glabra sementes 25-3 times 03-05 mm elipsoides castanhas porccedilatildeo central escurecida em ambas as faces aladas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo59rdquo S 38deg26rsquo24rdquo O 506 m 17X2009 fl E Melo et al 6683 (HUEFS) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 23IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 05 (HUNEB) Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 bot RR Varjatildeo 146 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Beira do rio seco 18X2009 fl E Melo et al 6736 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina Mata das Pororocas 25X1982 fl LP Queiroz 438 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie amplamente distribuiacuteda pela Ameacuterica do Sul da Venezuela ateacute o Brasil No Brasil ocorre nos estados do Planalto Central na regiatildeo Nordeste e na faixa litoracircnea desde a Bahia ateacute o Rio Grande do Sul (Delprete 2010)

Na APASB ocorre nas bordas das aacutereas florestadas e caatinga arbustiva-arboacuterea Diferencia-se das demais espeacutecies da aacuterea por apresentar haacutebito trepador com caule voluacutevel inflorescecircncia composta por cimeiras paniculadas de umbela e sementes aladas Floresce na aacuterea de julho a setembro e dezembro e frutifica em agosto e setembro

9 Guettarda angelica Mart ex MuumlllArg Flora 58 450 1875 Figuras 5a-d

Arbusto 1-3 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro a pubeacuterulo no aacutepice dos ramos entrenoacutes 6-78 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas inteiras triangulares cocircncavas aacutepice agudo 45-9 times 2 -4 mm tomentosas a pubeacuterulas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 5-19 mm compr pubeacuterulos limbo 36-70 times 19-50 mm eliacuteptico orbicular a obovado base cuneada a arredondada aacutepice agudo a obtuso margem inteira face adaxial hirsuta pubeacuterula nas nervuras face abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 8-12 pares Inflorescecircncia em cimeiras escorpioides subterminal 8-floro peduacutenculo 8-46 mm compr pubeacuterulo braacutecteas natildeo observadas 2 bracteacuteolas lineares 1-4 times 02-1 mm pubescentes Bototildees florais oblongos 5-10 times ca 2 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice truncado podendo apresentar ateacute 2 lobos 16-3 mm compr pubescente corola creme hipocrateriforme tubo 10-12 mm compr externamente tomentoso 5-mera lobos 3-5 mm compr oblongos externamente tomentosos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 2-24 mm compr alvas estigma capitado estilete 12-14 mm compr Fruto drupa 4-10 times 5-12 mm subglobosa alva a creme quando madura pubeacuterula sementes natildeo visualizadas

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Vaca Morta 9deg54rsquo236rdquo S 38deg41rsquo2266rdquo O 367 m 17IV2008 fl e fr AS Conceiccedilatildeo 1282 (HUNEB) Trilha sentido Serra do Morro 9deg52rsquo491rdquo S 38deg39rsquo220rdquo O 481 m 30VII2009 fr TMS Melo 54 (HUNEB) Estrada que vai em direccedilatildeo agrave casa sede 9deg53rsquo763rdquo S 38deg40rsquo712rdquo O 414 m 7IV2011 fr RR Varjatildeo 55 (HUNEB) Proacuteximo a casa 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 81 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo63rdquo S 38deg28rsquo687rdquo O 627 m 5V2011 fr RR Varjatildeo 76 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria ca 4 km de Olhos drsquoAacutegua de Souza 26IV2001 fl LP Queiroz et al 6552 (HRB) Paulo Afonso Raso da Catarina 14V1981 fl e fr GCP Pinto 10281 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie exclusiva do Brasil Embora tenha sido citada para o estado do Paraacute por Margalho et al (2009) eacute considerada endecircmica do domiacutenio da caatinga ocorrendo nos estados da Bahia Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco (Barbosa 2012)

Na APASB ocorre nas bordas e subosque da vegetaccedilatildeo arbustiva-arboacuterea em solos arenosos G angelica eacute muito comum em aacutereas de caatinga e amplamente documentada em herbaacuterio Eacute facilmente reconhecida atraveacutes da drupa subglobosa pubeacuterula branca quando madura flores com tubo da corola 10-12 mm compr e limbo tomentoso na face abaxial Na aacuterea floresce e frutifica de abril a julho

10 Guettarda sericea MuumlllArg Flora 58 450 1875Arbusto ca 15 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes

8-45 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas inteiras lanceoladas aacutepice

115

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

agudo 5-6 times 2 -3 mm tomentosas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 6-20 mm compr tomentosos limbo 60-120 times 20-45 mm obovado a eliacuteptico base truncada atenuada a arredondada aacutepice agudo a obtuso margem inteira tomentosa em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em cimeiras escorpioides subterminal 8-15-floro peduacutenculo 13-30 mm compr pubescente braacutecteas natildeo observadas 1 bracteacuteola linear 4-55 times 05-1 mm pubeacuterula Bototildees

florais oblongos 4-5 times 2-3 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice truncado seriacuteceo corola creme hipocrateriforme tubo 7-8 mm compr externamente tomentoso 5-mera lobos 1-2 mm compr oblongos externamente tomentosos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 2-3 mm compr alvas estigma capitado estilete 8-9 mm compr Fruto drupa 8-10 times 5-6 mm elipsoide marrom a negra quando madura pubescente sementes natildeo observadas

a

b

c

d

e

f

g

h

kli

j

Figura 5 a-d) Guettarda angelica a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Leptoscela ruellioides e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor longistila h) fruto i-l) Margaritopsis carrascoana i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-c) AS Conceiccedilatildeo 1282 d) RR Varjatildeo 55 e-h) RR Varjatildeo 01 i-k) RR Varjatildeo 118 l) RR Varjatildeo 78)Figure 5 a-d) Guettarda angelica a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Leptoscela ruellioides e) flowering branch f) stipule g) flower longuistylous h) fruit i-l) Margaritopsis carrascoana i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-c) AS Conceiccedilatildeo 1282 d) RR Varjatildeo 55 e-h) RR Varjatildeo 01 i-k) RR Varjatildeo 118 l) RR Varjatildeo 78)

116

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Natureza 10deg00rsquo14rdquo S 38deg26rsquo02rdquo O 427 m 12VIII2005 fl fr EB Miranda et al 882 (HUEFS) 10deg4rsquoS 38deg21rdquo O 17I2006 bot GC Sessegolo et al 147 (ALCB) Baixa do estreito 9deg59rsquo343rdquo S 38deg25rsquo015rdquo O 436 m 18III2009 bot AS Conceiccedilatildeo 1547 (HUNEB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie exclusiva do Nordeste do Brasil ocorrendo nos estados de Alagoas Bahia Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco em aacutereas de caatinga (Barbosa 2012)

Guettarda sericea ocorre na APASB em aacuterea com caatinga arboacuterea diferencia-se de G angelica principalmente pela drupa elipsoide pubescente marrom a negra quando madura tubo da corola 7-8 mm compr (vs 10-12 mm compr) e limbo tomentoso em ambas as faces Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos em agosto e de janeiro a marccedilo apenas em bototildees

11 Leptoscela ruellioides Hookf Icon Pl 14 1149 1873 Figuras 5e-h

Erva ereta ou com ramos apoiantes 30-80 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 12-128 cm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubescente 8-14 setas 05-3 mm compr pubescentes Folhas opostas cruzadas membranaacuteceas peciacuteolos 1-3 mm compr glabro limbo 24-52 times 8-22 mm lanceolado base cuneada aacutepice acuminado margem inteira face adaxial pubeacuterula abaxial pubescente venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras conspiacutecuas na face abaxial 3-4 pares Inflorescecircncia em cincinos alongados axilares 1-4 por ramo floriacutefero 12-20-floro peduacutenculo 20-38 mm compr glabro 2 braacutecteas 3-4 times 15-2 mm lanceoladas pubescentes 1 bracteacuteola 1-15 mm compr linear pubeacuterula Bototildees florais elipsoides 15-4 times 1-15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas heterostiacutelicas pedicelos 05-13 mm compr glabros caacutelice 5 lobos iguais 1-15 mm compr lanceolados margem pubeacuterula corola alva com fauce esverdeada e lobos lilases infundibuliforme tubo 3-45 mm compr glabro externamente internamente pubescente e com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 5-mera lobos 25-4 mm compr triangulares internamente pubescentes flores brevistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 15-2 mm compr anteras ca 18 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-2 mm compr flores longistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras ca 1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 45-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 3-4 times 15-2 mm obovoide verde glabra sementes 07-1 times 05-07 mm obovoides castanhas ventralmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Trilha do Araccedilaacute 9deg52rsquo491rdquo S 38deg38rsquo135rdquo O 535 m 8V2008 fl MVV Romatildeo 128 (HUNEB) Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo60rdquo S 38deg26rsquo16rdquo O 488 m 17X2009 fl E Melo et al 6625 (HUEFS) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo249rdquo S 38deg29rsquo318rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1642 (HUNEB) 9deg57rsquo170rdquo S 38deg26rsquo247rdquo O 575 m 19VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1770 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo116rdquo O 493 m 28VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1773 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo117rdquo O 497 m 29VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1796 (HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 fl RR Varjatildeo 01 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 71 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 12VIII2005 fl EB Miranda et al 891 (HUEFS) Uauaacute Serra do Jerocircnimo 30III2000 fl e fr ML Guedes et al 7336 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Nordeste do Brasil ocorrendo na caatinga e cerrado nos estados de Alagoas Bahia Paraiacuteba Pernambuco e Sergipe (Jardim 2012)

Na APASB L ruellioides apresenta ampla distribuiccedilatildeo ocorrendo em todos os ambientes com nuacutemero elevado de indiviacuteduos A espeacutecie eacute reconhecida pelo haacutebito ereto ou com ramos apoiantes folhas pecioladas inflorescecircncia em cincinos e caacutelice com 5 lobos iguais Coletada na aacuterea com flores de abril a setembro e dezembro e frutos em maio

12 Margaritopsis carrascoana (Delprete amp EBSouza) CMTaylor amp EBSouza Syst amp Geogr Pl 75 171 2005 Figuras 5i-l

Psychotria carrascoana Delprete amp EBSouza Novon 14 158 2004

Subarbusto 1-15 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 2-10 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 1-2 times 12 -25 mm glabras Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 1-2 mm compr limbo 11-24 times 5-10 mm eliacuteptico a oblanceolado base cuneada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial 5-9 pares Inflorescecircncia terminal uniflora seacutessil 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos ca 12 times 15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 5 lobos iguais ca 08 mm compr triangulares glabros corola alva a creme lobos com aacutepice verde infundibuliforme tubo 25-3 mm compr externamente glabro internamente com anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 5-mera lobos ca 3 mm compr oblongos-ovais reflexos glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 08-1 mm compr castanhas estigma biacutefido estilete ca 4 mm compr Fruto drupa 4-7 times 4-5 mm obovoide alaranjado ou vermelho quando maduro glabro sementes 35-4 times 25-35 mm subovoides castanhas plano-convexas dorsalmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 4XII2010 fr RR Varjatildeo 18 (HUNEB) 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 72 (HUNEB) 5V2011 fl e fr RR Varjatildeo 77 (HUNEB) 5V2011 fr RR Varjatildeo 78 (HUNEB) 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 118 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 7VI2004 fr JG Carvalho-Sobrinho et al 253 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina 8VI1985 fr L P Queiroz 564 (ALCB) 24VI1982 fr M L Guedes et al 441 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita aos estados da Bahia e Cearaacute ocorrendo em vegetaccedilatildeo do tipo caatinga e carrasco (Delprete amp Souza 2004 Taylor 2005)

Margaritopsis carrascoana estaacute sendo citada aqui pela primeira vez para o estado da Bahia Segundo Delprete amp Souza (2004) a espeacutecie ocorria apenas no estado do Cearaacute associada agrave vegetaccedilatildeo do tipo carrasco no Planalto do Ibiapaba e Chapada do Araripe admitindo sua provaacutevel ocorrecircncia em vegetaccedilatildeo semelhante no estado vizinho do Piauiacute Contudo a espeacutecie foi citada em trabalhos anteriores com ocorrecircncia para aacuterea de caatinga incluindo carrasco cerrado e florestas (Jardim amp Souza 2006)

Na APASB esta espeacutecie ocorre com mais frequecircncia no subosque da vegetaccedilatildeo em aacutereas sombreadas e solos arenosos Diferencia-se por apresentar estiacutepulas persistentes tubo da corola 25-3 mm compr e fruto drupa laranja a vermelha quando madura Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos de abril a dezembro

13 Mitracarpus baturitensis Sucre Rodrigueacutesia 26 255 1971 Figuras 6a-f

Erva ereta ca 30 cm alt monoica Caule tetragonal glabro entrenoacutes 7-88 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 2-3 mm margem pubescente 4-5 setas 05-1 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas membranaacuteceas seacutesseis limbo 8-32

117

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

times 2-4 mm linear-eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra a escabra abaxial glabrescente nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares e terminais 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 15-25 times 08-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 05-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 1-12 mm compr menores 05-08 mm compr lanceolados margem

hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo ca 1 mm compr glabro externamente anel de tricomas na metade do tubo 4-mera lobos ca 1 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras ca 06 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 1-2 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 06-08 mm subglobosa castanha quando madura glabra sementes 06-08 times ca 04 mm oblongoides castanhas face dorsal com impressatildeo cruciforme face ventral com sulcos em forma de ldquoXrdquo

a

b

c

d

e

f

g

h

k

l

i

j

m

n

pq

o

Figura 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e) semente face ventral f) semente face dorsal g-l) Mitracarpus longicalyx g) ramo floriacutefero h) estiacutepula i) flor j) fruto k) semente face ventral l) semente face lateral m-q) Mitracarpus robustus m) ramo floriacutefero n) estiacutepula o) flor p) fruto q) semente face ventral (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)Figure 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e) seed ventral view f) seed dorsal view g-l) Mitracarpus longicalyx g) flowering branch h) stipule i) flower j) fruit k) seed ventral view l) seed lateral view m-q) Mitracarpus robustus m) flowering branch n) stipule o) flower p) fruit q) seed ventral view (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)

118

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 02 (HUNEB) 27VII2011 fl e fr LR Silva 43 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Reserva Bioloacutegica de Canudos 24VI2003 fr FHM Silva et al 417 (HUEFS) Gloacuteria Brejo do Burgo 26VIII1995 fl FP Bandeira 253 (ALCB) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1178 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita ao Brasil sendo referida para o Distrito Federal e para os estados da Bahia Cearaacute Goiaacutes Mato Grosso Paraiacuteba Pernambuco e Piauiacute (Souza et al 2010)

Na APASB a espeacutecie foi encontrada em aacutereas de bordas e ambientes abertos predominantemente em solos arenosos Entretanto ocorre preferencialmente sobre solos rochosos lateriacuteticos ou sobre inselbergs e afloramentos rochosos no bioma caatinga e no cerrado (Delprete 2010 Souza et al 2010) Mitracarpus baturitensis pode ser confundida com M longicalyx que tambeacutem ocorre na aacuterea podendo ser diferenciada pelo limbo linear-eliacuteptico 2-4 mm larg tubo da corola ca 1 mm compr e sementes com impressatildeo cruciforme na face dorsal Floresce e frutifica na aacuterea de julho a setembro

14 Mitracarpus longicalyx EBSouza amp MFSales Brittonia 53 482 2001 (2002) Figuras 6g-l

Erva ereta ou ascendente ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice pubeacuterulo entrenoacutes 8-84 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 2-5 mm pubeacuterula 5-9 setas 1-3 mm compr pubeacuterulas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 21-47 times 5-14 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira face adaxial glabra abaxial com a nervura principal pubeacuterula venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-35 times 06-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-12 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 16-3 mm compr menores 1-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 15-25 mm compr papiloso externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 06-12 mm compr triangulares externamente papilosos internamente glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 28-4 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 08-1 mm subglobosa castanha quando madura aacutepice pubescente sementes 06-08 times 02-04 mm oblongoides castanhas face dorsal com depressotildees semicirculares face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg52rsquo234rdquo S 38deg38rsquo146rdquo O 492 m 30VII2008 fl TMS Melo 37 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo457rdquo S 38deg27rsquo301rdquo O 607 m 29VII2009 bot fl e fr TMS Melo 12 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquo S 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 fl e fr DD Vieira 172 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Pilatildeo Arcado Brejo do Morro 19III2006 fl EBSouza et al 1593 (HUEFS) Ribeira do Pombal 20 km da rod para Tucano 9VI2005 fl D Cardoso 562 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita agrave regiatildeo do semiaacuterido do Brasil com registros para os estados do Bahia Cearaacute Piauiacute e Pernambuco (Souza et al 2010)

Na APASB M longicalyx foi encontrada em bordas de estradas aacutereas abertas e pastagens com alta incidecircncia de luz Pode ser confundida com M baturitensis e M robustus das quais se diferencia por apresentar caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice sem alas

glomeacuterulo apical subtendido por 4 braacutecteas geralmente puacuterpuras na base e sementes com depressotildees semicirculares dorsais Coletada na aacuterea com flores e frutos de junho a julho

15 Mitracarpus robustus EBSouza amp ELCabral Rodrigueacutesia 2 345 2010 Figuras 6m-q

Mitracarpus frigidus (Willd ex Roem amp Schult) KSchum var humboldtianus KSchum Fl Bras 6 82 1888

Subarbusto erva ereta ou ascendente 40-120 cm alt monoica Caule tetragonal alado no aacutepice dos ramos glabro entrenoacutes 21-44 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-35 times 25-3 mm glabra a pubeacuterula 5-6 setas 3-5 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 20-75 times 5-15 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo margem inteira pubeacuterulo em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes em ambas as faces 3-4 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-8 por ramo floriacutefero multifloros 2(-4) braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-32 times 14-18 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 22-28 mm compr menores 06-12 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 25-35 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 1-15 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-28 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal ca 1 times 12 mm subglobosa marrom quando madura aacutepice pubescente sementes ca 06 times 06 mm oblongoides lilases face dorsal lisa face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 46 (HUNEB) Trilha secundaacuteria proacuteximo a casa da caixa drsquoaacutegua 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 47 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Conde Fazendo do Bu 13VIII1996 fl MC Ferreira et al 1023 (HRB) Jussiape em direccedilatildeo a Barra da Estiva 15VI2002 fl LP Queiroz et al 7125 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie distribuiacuteda no Brasil e na Guiana Francesa No Brasil sua ocorrecircncia estaacute registrada para o Distrito Federal e para os estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Sergipe Bahia Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Mitracarpus robustus eacute uma espeacutecie comum em solos argilosos ou areno-argilosos em solos lateriacuteticos em margens de estrada ou periferia de matas (Souza et al 2010) Na APASB estaacute distribuiacuteda nas bordas de florestas e apresenta um porte bastante robusto quando comparado agraves outras espeacutecies de Mitracarpus que ocorrem na aacuterea Pode ser diferenciada pelo caule tetragonal alado no aacutepice glomeacuterulo apical subtendido por 2 braacutecteas e sementes planas no dorso Floresce e frutifica na aacuterea em julho

16 Mitracarpus salzmannianus DC Prodr 4 571 1830 Figuras 7a-c

Mitracarpus frigidus var salzmannianus (DC) Martius Eichler amp Urban Fl bras 6 82 1888

Mitracarpus scabrellus Benth Hookerrsquos J Bot Kew Gard Misc 3 238 1841

Erva ereta 40-50 cm alt monoica Caule tetragonal pubescente entrenoacutes 65-90 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-18 times 15-2 mm pubescente 5-7 setas 4-6 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 10-42 times 2-13 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira pubescente em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma

119

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

nervuras proeminentes na face abaxial 3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 2-35 times 08-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos ca 1 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 3-32 mm compr menores 16-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 4-45 mm compr externamente piloso na metade superior anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos ca 15 mm compr triangulares pilosos externamente estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 04 mm compr anteras 05-06 mm

compr alvas estigma biacutefido estilete 5-65 mm compr Segundo Souza et al (2010) fruto caacutepsula deiscecircncia transversal (12-)15-25 mm compr obovoides glabras sementes 08-12 times 05-06 mm oblongoides ou globosas castanhas face dorsal sem depressotildees face ventral com encaixe em forma de ldquoY-invertidordquo

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 fl RR Varjatildeo 142 (HUNEB) 27VII2011 fl RR Varjatildeo 145 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Aldeia Serrota 19IX2005 fl M Colaccedilo 53 (HUEFS) Paulo Afonso Raso da

Figura 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) haacutebito b) estiacutepula c) flor d-g) Richardia grandiflora d) haacutebito e) estiacutepula f) flor g) fruto h-j) Staelia aurea h) ramo floriacutefero i) estiacutepula j) flor (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)Figure 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) habit b) stipule c) flower d-g) Richardia grandiflora d) habit e) stipule f) flower g) fruit h-j) Staelia aurea h) flowering branch i) stipule j) flower (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)

a

b

c

d

e

f

gh

i

j

120

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Catarina 10VIII2005 fl EB Miranda et al 805 (HUEFS) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1191 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Eacute uma espeacutecie amplamente distribuiacuteda ocorrendo na Guiana Francesa Suriname e Brasil No Brasil ocorre nos estados de Roraima Paraacute Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Goiaacutes Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Planta comum em solos arenosos habitando dunas campos ou chapadas tambeacutem presente como ruderal (Souza et al 2010) Na APASB foi encontrada em solos arenosos na vegetaccedilatildeo arbustiva Caracteriza-se pelo indumento denso e contiacutenuo que cobre toda a planta folhas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas aleacutem do tubo da corola com 4-45 mm compr caracteres que a diferenciam das outras espeacutecies de Mitracarpus Floresce na aacuterea em julho

17 Richardia grandiflora (Cham amp Schltdl) Steud Nomencl Bot 2 459 1841 Figuras 7d-g

Richardsonia grandiflora Cham amp Schltdl Linnaea 3 351 1828Erva procumbente ca 20 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice do ramos hirsuto entrenoacutes 8-78 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 3-5 mm pubeacuterula a hirsuta 4-7 setas 07-45 mm compr pubeacuterulas a hirsutas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 15-38 times 5-11 mm eliacuteptico a lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira estrigoso a escabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais multifloros 4 braacutecteas foliaacuteceas externas 14-17 times 7-8 mm internas 5-12 times 3-7 mm ovais hirsutas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 4-7 times 4-5 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 6 lobos iguais 3-4 mm compr lanceolados hirsutos corola alva roacutesea a lilaacutes infundibuliforme tubo 6-9 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 6-mera lobos 4-5 mm compr triangulares pilosos externamente estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 07-1 mm compr anteras 12-18 mm compr alvas estigma triacutefido estilete 8-11 mm compr Fruto esquizocarpo trecircs mericarpos 15-25 times 15-25 mm obovoide pardo quando maduro hirsuto a piloso sementes 15-2 times 06-1 mm subovoides castanhas dorso convexo sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai ao Povoado Queleacutes 9deg52rsquo532rdquo S 38deg32rsquo420rdquo O 650 m 22IX2010 fl e fr RR Varjatildeo 04 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquoS 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 bot DD Vieira 173 (HUNEB) 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 126 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 133 (HUNEB) Faz Serra Branca proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot RR Varjatildeo 79 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 1VII1995 fl FP Bandeira 173 (ALCB) Bosque de Algaroba 7VI2004 fl MVM Oliveira 748 (HUEFS) Rodelas Mocoacute 22I1987 fl GO Mattos amp BS Laacutezaro 55 (HRB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie encontrada por toda a Ameacuterica e como planta introduzida na Floacuterida Estados Unidos Ocorre nas regiotildees Norte a Sudeste e Centro-Oeste do Brasil nos estados do Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Pernambuco Bahia Mato Grosso Goiaacutes Minas Gerais Satildeo Paulo e Rio Grande do Sul (Lewis amp Oliver 1974 Delprete et al 2005 Delprete 2010)

Na APASB R grandiflora eacute muito frequente ao longo das estradas bordas da mata aacutereas abertas e pastagens com forte exposiccedilatildeo solar em solos arenosos e areno-argilosos Esta espeacutecie apresenta forte vigor vegetativo principalmente em solos feacuterteis

cobrindo completamente o solo (Delprete 2010) Pode ser confundida em campo com as espeacutecies de Diodella das quais se diferencia pelas flores hexacircmeras estigma triacutefido e frutos com trecircs mericarpos Floresce na aacuterea de maio a setembro e frutifica de junho a setembro de acordo com material analisado

18 Staelia aurea KSchum Fl Bras 677 1888 Figuras 7h-jErva ereta ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico pubeacuterulo

entrenoacutes 7-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubeacuterula 4-5 setas 05-2 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 12-27 times 14-4 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra abaxial com nervura esparsamente estrigosa venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 5-7 por ramo floriacutefero multifloros 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 14-22 times 1-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 2-26 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 3-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 2-25 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-2 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 6-65 mm compr Frutos e sementes natildeo observados

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1656 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 3VII1995 fl FP Bandeira 221 (ALCB HRB CEPEC) Juazeiro Serra do Mulato 28III2000 fl MR Fonseca et al 1247 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita ao Brasil Ocorre nas regiotildees Norte (sul do Paraacute) Centro-Oeste Nordeste e partes do Sudeste (Souza amp Sales 2004)

Staelia aurea eacute considerada uma espeacutecie de ampla distribuiccedilatildeo poreacutem na APASB eacute escassa Pode ser confundida com S virgata da qual se diferencia por apresentar caule pubeacuterulo tubo da corola 3-45 mm compr e 5-7 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Foi coletada na aacuterea com flores em junho

19 Staelia galioides DC Prodr 4 573 1830 Figuras 8a-dSpermacoce galioides Pohl ex DC Prodr 4 573 1830Erva ereta 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro

a pubeacuterulo entrenoacutes 03-08 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 15-2 mm pubeacuterula 3 setas 06-18 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 6-17 times 05-25 mm linear-lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 6-10 por ramo floriacutefero multifloros (2)-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 18-3 times 06-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 1-16 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo 35-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 15-24 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 15-18 mm compr anteras 08-1 mm compr alvas a lilases estigma biacutefido estilete 5-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 1-12 mm obovoide verde

121

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

glabra sementes 06-08 times 04-06 mm oblongoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg53rsquo471rdquo S 38deg39rsquo131rdquo O 196 m 21V2008 fl e fr MVV Romatildeo 239 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 22 (HUNEB) 9deg56rsquo807rdquo S 38deg27rsquo330rdquo O 24II2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 37 (HUNEB) 9deg55rsquo776rdquo S 38deg29rsquo40rdquo O 652m 8IV2011 fl e fr RR Varjatildeo 69 (HUNEB) 9deg32rsquo934rdquo S 38deg32rsquo234rdquo O 657 m 5V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 74

(HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 117 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Ribeira do Pombal 19V1981 fl P Geraldo13181 (CEPEC) Rodelas dunas cabeccedila de boi 24II1988 fl e fr RP Orlandi 828 (HRB)

Distribuiccedilatildeo A espeacutecie apresenta distribuiccedilatildeo exclusiva no Brasil Ocorre na regiatildeo Centro-Oeste em Goiaacutes e Tocantins e no Nordeste em Alagoas Bahia Pernambuco e Piauiacute (Souza amp Sales 2004)

Figura 8 a-d) Staelia galioides a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Staelia virgata e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Tocoyena formosa i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)Figure 8 a-d) Staelia galioides a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Staelia virgata e flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Tocoyena formosa i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)

a

b c

d

e

f

g

h

i

j

k

l

122

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Na APASB a espeacutecie eacute amplamente distribuiacuteda apresentando nuacutemero elevado de indiviacuteduos Eacute encontrada em aacutereas abertas bordas de estradas e no interior da vegetaccedilatildeo subarbustiva em solos arenosos Pode ser reconhecida por apresentar estiacutepulas com 3 setas limbo linear-lanceolado lobos do caacutelice 1-16 mm compr diferenciando-se de S aurea que possui estiacutepulas com 4-5 setas limbo lanceolado e lobos do caacutelice 2-26 mm compr Floresce e frutifica na aacuterea de janeiro a junho

20 Staelia virgata (Link ex Roem amp Schult) KSchum Fl Bras 6(6) 76 1889 Figuras 8e-h

Spermacoce virgata Link ex Roem amp Schult Syst Veget 3 281 531 1818

Erva ereta ca 60 cm alt monoica Caule tetragonal glabro a glabrescente entrenoacutes 10-33 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2times ca 18 mm pubeacuterula no aacutepice 5-7 setas 12-25 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 13-30 times 1-3 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente em ambas as faces 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-4 por ramo floriacutefero multifloros 2-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 25-3 times 1-15 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 25-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo ca 5 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 25-3 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 2-3 mm compr anteras 08-12 mm compr alvas estigma biacutefido estilete ca 8 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 08-1 mm obovoide verde hirsuto sementes 06-1 times ca 04 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai da ESEC-Raso da Catarina agrave APA Serra Branca 9deg52rsquo78rdquo S 38deg31rsquo65rdquo O 624 m 27VII2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 140 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos estrada para a estaccedilatildeo bioloacutegica 26VI2002 fl LP Queiroz et al 7197 (HUEFS) Gloacuteria Serrota 2IX2006 fl S Leal 39 (HUEFS) Paulo Afonso BR-110 Norte 23VIII2005 fl DS Carneiro-Torres et al 483 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Ocorre em todo o Brasil parte dos territoacuterios do Peru Boliacutevia Paraguai ateacute o norte da Argentina No Brasil sua distribuiccedilatildeo vai desde o Amazonas Bahia Cearaacute Maranhatildeo Paraacute Paraiacuteba Pernambuco Piauiacute ateacute os estados da regiatildeo Sul (Souza amp Sales 2004)

Considerada por Souza amp Sales (2004) a espeacutecie mais amplamente distribuiacuteda entre as estudadas em seu trabalho S virgata foi encontrada na APASB apenas no periacuteodo chuvoso em vegetaccedilatildeo subarbustiva Pode ser confundida com as outras espeacutecies de Staelia ocorrentes na aacuterea diferenciando-se pelo conjunto de caracteriacutesticas caule glabro a glabrescente estiacutepula com 5-7 setas tubo da corola ca 5 mm compr e 2-4 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Encontrada na aacuterea com flores e frutos em julho

21 Tocoyena formosa (Cham amp Schltdl) KSchum Fl Bras 6 347 1889 Figuras 8i-l

Gardenia formosa Cham amp Schltdl Linnaea 4 200 1829Arbusto 13-17 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro

pubeacuterulo no aacutepice entrenoacutes 4-22 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 4-7 times 6 -8 mm glabras internamente pubeacuterulas e com coleacuteteres Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas a subcoriaacuteceas peciacuteolos 5-17 mm compr pubeacuterulos limbo

75-150 times 45-80 mm oval a eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial pubescente abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em dicaacutesios congestos terminais 4-7-floro peduacutenculo 2-7 mm compr pubeacuterulo braacutecteas e bracteacuteolas natildeo visualizadas Bototildees florais ovais 25-100 times 6-9 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas subseacutesseis caacutelice 5 lobos denteados 08-1 mm compr triangulares tomentosos tubo 1-2 mm compr tomentoso corola amarela hipocrateriforme tubo 75-95 mm compr externamente tomentoso internamente glabro 5-mera lobos 12-27 mm compr obovados externamente tomentosos internamente glabros estames exsertos seacutesseis anteras 7-10 mm compr marrons estigma biacutefido estilete 84-98 mm compr Fruto baga 25-35 times 18-30 mm globosa negra quando madura pubeacuterula sementes 5-6 times 45-7 mm orbiculares planas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 17I2006 fr GC Sessegolo 158 (MBM) 9deg57rsquo044rdquo S 38deg42rsquo289rdquo O 313 m 13III2008 fr AS Conceiccedilatildeo 1268 (HUNEB) Baixa grande 9deg58rsquo370rdquo S 38deg27rsquo086rdquo O 561 m 19III2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1560 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fr AS Conceiccedilatildeo 1707 (HUNEB) 9deg55rsquo48rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot RR Varjatildeo 24 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 27 (HUNEB) 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 bot e fr RR Varjatildeo 65 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 16II2003 fl FHM Silva et al322 (HUEFS) Tucano Estrada para Ribeira do Pombal 21III1992 fl AM Carvalho et al 3894 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Esta espeacutecie tem ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica do Sul encontrada no Suriname Brasil e Paraguai ocorrendo em todas as regiotildees brasileiras (Prado 1987)

Na APASB os indiviacuteduos encontram-se distribuiacutedos nas bordas e interior da vegetaccedilatildeo de porte arbustivo-arboacutereo e solos arenosos T formosa pode ser reconhecida na aacuterea pelo haacutebito arbustivo de flores vistosas tubo da corola 75-95 mm compr amarela e baga com 25-35 times 18-30 mm negra quando madura Floresce na aacuterea de janeiro a maio e frutifica em janeiro maio e junho

Agradecimentos

Agrave Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) pelo apoio financeiro ao projeto (PET 00232007) Agrave CAPES pela concessatildeo da bolsa de mestrado a primeira autora Aos curadores e teacutecnicos dos Herbaacuterios visitados e ao Natanael Santos pelas ilustraccedilotildees botacircnicas Aos dois revisores anocircnimos pelas significativas contribuiccedilotildees ao manuscrito

Referecircncias BibliograacuteficasBARBOSA MRV amp ZAPPI D 2002 Distribuiccedilatildeo das espeacutecies de

Rubiaceae na caatinga In Vegetaccedilatildeo e Flora da caatinga (EVSB Sampaio AM Giulietti JE Virginio CFL Gamarra-Rojas eds) APNECNIP Recife p155-157

BARBOSA MRV SOUSA EB amp JARDIM JG 2006 Rubiaceae In Checklist das Plantas do Nordeste Brasileiro Angiospermas e Gymnosperma (MRV Barbosa C Sothers S Mayo CFL Gamarra-Rojas amp CA Mesquita eds) Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia Brasiacutelia p135-140

BARBOSA MR ZAPPI D TAYLOR C CABRAL E JARDIM JG PEREIRA MS CALIOacute MF PESSOA MCR SALAS R SOUZA EB DI MAIO FR MACIAS L ANUNCIACcedilAtildeO EA DA GERMANO FILHO P amp OLIVEIRA JA 2012 Rubiaceae In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000210 (uacuteltimo acesso em 06112012)

123

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

BARBOSA MR 2012 Guettarda In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB014052 (uacuteltimo acesso em 06112012)

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente - MMA 2007 Aacutereas prioritaacuterias para conservaccedilatildeo uso sustentaacutevel e reparticcedilatildeo dos benefiacutecios da biodiversidade brasileira Secretaria de Biodiversidade e Florestas Brasiacutelia Mapa versatildeo 22 set2007

BRUMMITT RK amp POWELL CE 1992 Authors of plant names Royal Botanic Gardens Kew London

CABRAL EL amp BACIGALUPO NM 2005 Novelties in Spermacoceae (Rubiaceae) from Bolivia and Paraguay Brittonia 57(2)129-140 httpdxdoiorg1016630007-196X(2005)057[0129NISRFB]20CO2

CABRAL EL amp FADER AAC 2010 Nuevas combinaciones y nuevos sinocircnimos en especies de Brasil de Diodia s lat (Spermacoceae - Rubiaceae) Rodrigueacutesia 61(1)119-121

CABRAL EL MIGUEL LM amp SALAS RM 2011 Dos especies nuevas de Borreria (Rubiaceae) sinopsis y clave de las especies para Bahia Brasil Acta Bot Bras 25(2)255-276 httpdxdoiorg101590S0102-33062011000200002

CABRAL E amp SALAS R 2012 Diodella In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB038741 (uacuteltimo acesso em 06112012)

CAMPOS MTVA ZAPPI DC CALIOacute MF amp PIRANI JR 2006 Flora de Gratildeo-Mogol Minas Gerais Rubiaceae Bol Bot Univ Satildeo Paulo 2441-67

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2004 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v1 344p

DELPRETE PG amp SOUZA EB 2004 Psychotria carrascoana (Rubiaceae) a new species from the Carrasco Vegetation of Northeastern Brazil Novon 14158-162

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2005 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v2 p345-842

DELPRETE PG 2010 Rubiaceae In Flora do Estado de Goiaacutes e Tocantins (JA Rizzo org) PRPPGUFG IRD Goiacircnia v40 1610p

FORZZA RC COSTA A WALTER BMT PIRANI JR MORIM MP QUEIROZ LP MARTINELLI G PEIXOTO AL COELHO MAN BAUMGRATZ JFA STEHMANN JR LOHMANN LG amp HOPKINS M 2012 Angiospermas In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000032 (uacuteltimo acesso em 05112012)

JARDIM JG amp SOUZA EB 2006 Rubiaceae In Diversidade e Caracterizaccedilatildeo das Faneroacutegamas do Semiaacuterido Brasileiro (AM Giulietti AA Conceiccedilatildeo amp LP Queiroz orgs) Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife p203-209

JARDIM JG 2012 Leptoscela In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB020761 (uacuteltimo acesso em 06112012)

JUNG-MENDACcedilOLLI SL 2007 Rubiaceae In Flora Fanerocircgama do Estado de Satildeo Paulo (MGL Wanderley GJ Shepherd TS Melhem amp AM Giulietti coords) FAPESBRIMA Satildeo Paulo v5 p259-447

GOVAERTS R ANDERSSON L ROBBRECHT E BRIDSON D DAVIS A SCHANZER I amp SONKE B 2011 [continuously uploaded] World Checklist of Rubiaceae Facilitated by the Royal Botanic Gardens httpappskeworgwcspqsearchdo (uacuteltimo acesso em 2422012)

HARRIS JG amp HARRIS MW 2001 Plant identification terminology An illustrated glossary 2 ed Spring Lake Publishing Spring Lake

LEAL IR SILVA JMC Da TABARELLI M amp LACHER TE 2005 Changing the Course of Biodiversity Conservation in the caatinga of Northeastern Brazil Conserv Biol 19(3)701-706 httpdxdoiorg101111j1523-1739200500703x

LEWIS WH amp OLIVER RL 1974 Revision of Richardia (Rubiaceae) Brittonia 26271-301 httpdxdoiorg1023072805730

MARGALHO LF ROCHA AES amp SECCO RS 2009 Rubiaceae Juss da restinga da APA de AlgodoalMaiandeua Maracanatilde Paraacute Brasil Bol Mus Para Emiacutelio Goeldi Cienc Nat 4(3)303-339

MORI SA SILVA LAM LISBOA GE amp CORADIN L 1989 Manual de Manejo do Herbaacuterio Fanerogacircmico Centro de Pesquisa do Cacau Ilheacuteus

PEEL MC FINLAYSON BL amp MCMAHON TA 2007 Updated world map of the Koumlppen-Geiger climate classification Hydrol Earth Syst Sc 111633-1644 httpdxdoiorg105194hess-11-1633-2007

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2004 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelias Antirheoideae Cinchonoideae e Ixoroideae Acta Bot Bras 18(2)305-318 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000200010

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2006 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelia Rubioideae Acta Bot Bras 20(2)455-470 httpdxdoiorg101590S0102-33062006000200021

PRADO AL 1987 Revisatildeo taxonocircmica do gecircnero Tocoyena Aubl (Rubiaceae) no Brasil Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Estadual de Campinas Satildeo Paulo

RADFORD AE DICKISON WC MASSEY JR amp BELL R 1974 Vascular Plant Systematics Harper amp Row publishers New York

ROBBRECHT E 1988 Tropical woody Rubiaceae Characteristic features and progressions Contributions to a new subfamilial classification Opera Bot Belg 11-271

SOUZA EB amp SALES MF 2004 O gecircnero Staelia Cham amp Schtdl (Rubiaceae-Spermacoceae) no Estado de Pernambuco Brasil Acta Bot Bras 18(4)921-928 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000400023

SOUZA EB CABRAL EL amp ZAPPI DC 2010 Revisatildeo de Mitracarpus (Rubiaceae - Spermacoceae) para o Brasil Rodrigueacutesia 61(2)319-352

SZABO AV ROCHA ACS TOSATO JAC amp BARROSO W 2007 Aacuterea de proteccedilatildeo ambiental (APA) Serra Branca Raso da Catarina In As caatingas debates sobre a Ecorregiatildeo do Raso da Catarina (J Marques org) Fonte Viva Paulo Afonso p21-40

TAYLOR CM 2005 Margaritopsis (Rubiaceae Psychotrieae) in the Neotropics Syst Geogr Pl 75(2)161-177

THIERS B 2011 [continuously updated] Index Herbariorum a global directory of public herbaria and associated staff New York Botanical Gardenrsquos Virtual Herbarium httpsweetgumnybgorgih (uacuteltimo acesso em 28102011)

VELLOSO AL SAMPAIO EVSB GIULIETTI AM BARBOSA MRV CASTRO AAJF QUEIROZ LP FERNANDES A OREN DC CESTARO LA CASTRO AJE PAREYN FGC SILVA FBR MIRANDA EE KEEL S amp GONDIM RS 2002 Ecorregiotildees Propostas para o Bioma caatinga TNC-Brasil Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife

ZAPPI DC amp STANNARD BL 1995 Rubiaceae In Flora of the Pico das Almas Chapada Diamantina Bahia Brazil (BL Stannard ed) Royal Botanic GardensUSPCEPLAC Kew p546-578

ZAPPI DC amp NUNES TS 2002 Preliminary list of the Rubiaceae in Nortehastern Brazil Royal Botanic Gardens Kew

Recebido em 09072012 Versatildeo reformulada recebida em 15112012

Publicado em 03042013

Page 9: Biota Neotrop., vol. 13, no. 2 - redalyc.org · Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico

112

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

bot e fl RR Varjatildeo 164 (HUNEB) 9deg54rsquo054rdquo S 38deg40rsquo987rdquo O 406 m 8XII2011 fr RR Varjatildeo 165 (HUNEB)

Cordiera sp conhecida por apenas trecircs espeacutecimes apresenta caracteriacutesticas distintas de C rigida espeacutecie comumente encontrada na aacuterea de estudo e com muitos registros em herbaacuterios Diferencia-se atraveacutes das folhas pecioladas com a margem crenulada e frutos maiores (11-16 times 13-17 mm vs 4-8 times 5-10 mm) A consulta a referecircncias bibliograacuteficas disponiacuteveis das espeacutecies citadas para o Brasil bem como a comparaccedilatildeo com espeacutecimes de herbaacuterios natildeo possibilitou a identificaccedilatildeo do taacutexon Entretanto seratildeo necessaacuterias mais investigaccedilotildees para definir sua identidade Encontrada na aacuterea com flores e frutos em novembro e dezembro

5 Diodella gardneri (KSchum) Bacigalupo amp ELCabral Darwiniana 44(1) 98 2006 Figuras 3k-n

Diodia gardneri KSchum Fl Bras 6(6) 402 1888Borreria gardneri (KSchum) Bacigalupo amp ELCabral Opera

Bot Belg 7 307 1996Erva ereta ou escandente 80-160 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice dos ramos glabrescente a pubeacuterulo entrenoacutes 10-70 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-2 times ca 3 mm tomentosa 6-9 setas 1-3 mm compr pubescentes Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 7-21 times 3-8 mm eliacuteptico base atenuada a cuneada aacutepice agudo a acuminado margem revoluta face adaxial escabra abaxial pubescente venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias evidentes na face abaxial 3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares 4-8 por ramo floriacutefero 7-12-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Botatildeo floral oblongo 8-9 times 4-5 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 4 lobos iguais 5-9 mm compr lanceolados pubescentes corola alva a roacutesea infundibuliforme tubo 4-5 mm compr internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 3-4 mm compr triangulares externamente pilosos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 1-15 mm compr anteras 15-2 mm compr alvas a lilases estigma levemente bilobado estilete 6-10 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos 2-4 times ca 3 mm obovoide vinaacuteceo quando maduro pubescente sementes 25 times ca 2 mm obovoides castanhas sulco longitudinal na face ventral aacutepice recurvado ventralmente

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca proacuteximo a sede 9deg55rsquo375rdquo S 38deg42rsquo181rdquo O 19IV2008 fl AS Conceiccedilatildeo 1354 (HUNEB) Trilha do Tanque das pedrinhas 9deg53rsquo279rdquo S 38deg40rsquo48rdquo O 474 m 26VI2008 fl AS Conceiccedilatildeo 1414 (HUNEB) Limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1673 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo165rdquo S 38deg29rsquo241rdquo O 9VIII2009 fl e fr MVV Romatildeo 535 (HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 fl RR Varjatildeo 03 (HUNEB) 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 fl e fr RR Varjatildeo 23 (HUNEB) Proacuteximo a baixa do chiqueiro 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 fl RR Varjatildeo 67 (HUNEB) Proacuteximo agrave casa de Gilson 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl RR Varjatildeo 124 (HUNEB) Faz Serra Branca Proacuteximo agrave casa do IBAMA 9deg55rsquo453rdquo S 38deg42rsquo259rdquo O 375 m 6V2011 fl RR Varjatildeo 82 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos trilha para toca das araras 10V1993 fl e fr MC Ferreira 507 (HRB) Gloacuteria Brejo do burgo 2VII1995 fl FP Bandeira 215 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina 18I1981 fl ML Guedes 303 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Brasil ocorrendo nos estados da Bahia Cearaacute Piauiacute e Minas Gerais (Cabral amp Fader 2010 Cabral amp Salas 2012)

A espeacutecie ocorre comumente na caatinga ou na transiccedilatildeo caatinga-cerrado (Cabral amp Fader 2010) Na APASB eacute uma espeacutecie

amplamente distribuiacuteda encontrada nas bordas e interior de vegetaccedilatildeo subarbustiva e arbustiva-arboacuterea em solos arenosos Caracteriza-se por apresentar haacutebito ereto a escandente aleacutem dos lobos do caacutelice com 5-9 mm compr e fruto pubescente Foi coletada na aacuterea com flores e frutos de janeiro a setembro

6 Diodella radula (Willd ex Roem amp Schult) Delprete Fl Ilustr Catarin Rubiaceas I 174 2004 Figuras 4a-d

Spermacoce radula Willd ex Roem amp Schult Syst Veg 3 351 1818

Diodia radula (Roem amp Schult) Cham amp Schltdl Linnaea 3 342 1828

Erva ereta ou decumbente 40-120 cm alt monoica Caule tetragonal no aacutepice dos ramos pubescente no aacutepice raro viloso entrenoacutes 10-95 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2 times 25-4 mm glabrescente a pubescente 5-8(-15) setas 14-28(-56) mm compr pubescentes raro pilosas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 18-43(-63) times 8-18(-24) mm eliacuteptico a eliacuteptico-oval base cuneada raro atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial escabra abaxial pubescente a estrigosa ou pilosas nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras evidentes em ambas as faces 3-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares (2-)4-11 por ramo floriacutefero 6-12-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Botatildeo floral oblongo 35-5 times 15-3 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 4 lobos desiguais maiores 25-35 mm compr menores 2-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 4-5 mm compr piloso na porccedilatildeo superior internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 3-35 mm compr triangulares externamente pilosos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes (03-)08-1 mm compr anteras 15-2 mm compr alvas a lilases estigma capitado estilete 6-8 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos 25-3 times 2-4 mm globoso verde aacutepice piloso sementes 12-26 times 08-2 mm obovoides castanhas aacutepice fendido ausecircncia de sulcos ventrais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada principal 9deg55rsquo453rdquo S 38deg42rsquo259rdquo O 375 m 17VI2011 fl RR Varjatildeo 127 (HUNEB) Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 fl fr e bot RR Varjatildeo 146 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo 21II2006 fl E Melo et al 4273 (HUEFS) Santa Briacutegida 24V1984 bot e fl LC Oliveira Filho 175 (ALCB CEPEC HRB) Tucano Rod Tucano-Ribeira do Pombal 29XII2004 fl D Cardoso amp JMO Santos 210 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com ampla distribuiccedilatildeo ocorrendo nos Estados Unidos Venezuela Guianas Ilha Galaacutepagos Peru Boliacutevia Equador Argentina Paraguai e Brasil (Delprete et al 2004 Cabral amp Bacigalupo 2005) No Brasil distribui-se de forma descontiacutenua do Nordeste ao Sul do paiacutes (Cabral amp Salas 2012)

Delprete et al (2004) citaram D radula como erva caracteriacutestica e exclusiva de aacutereas de restinga Crescendo tambeacutem em dunas e solos rochosos e arenosos do cerrado (Cabral amp Bacigalupo 2005 Campos et al 2006) Na APASB eacute encontrada no interior e borda da caatinga-arbustiva sendo coletada apenas uma vez em ambiente sombreado com vegetaccedilatildeo arbustiva-arboacuterea Neste ambiente o espeacutecime apresentou variaccedilatildeo morfoloacutegica com haacutebito ereto folhas com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas e base atenuada Contudo os caracteres reprodutivos permitiram incluiacute-lo em D radula Esta espeacutecie pode ser confundida em campo com D gardneri da qual podemos diferenciar pelo haacutebito ereto ou decumbente flores com lobos do caacutelice 2-35 mm compr e fruto piloso no aacutepice Floresce na aacuterea de junho a julho e frutifica em julho

113

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

7 Diodella teres (Walter) Small Fl Lancaster Co 271 1913 Figuras 4e-h

Diodia teres Walter Fl Carol 87 1788Erva decumbente 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico a

tetragonal pubeacuterulo a piloso entrenoacutes 5-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-2 times 3-4 mm pubeacuterula margem pilosa 9-12 setas 3-10 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 16-35 times 4-7 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo a acuminado margem inteira estrigoso a tomentoso

em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 4 pares Inflorescecircncia em fasciacuteculos axilares 4-11 por ramo floriacutefero 2-5-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 2-5 times 15-2 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 15-2 mm compr 4 lobos desiguais maiores 15-2 mm compr menores 1-15 mm compr lanceolados margem escabriuacutescula corola alva com lobos lilaacuteses infundibuliforme tubo 35-5 mm compr internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do

a

b

c

d

e

f

gh

k

l

i

j

Figura 4 a-d) Diodella radula a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Diodella teres e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Emmeorhiza umbellata i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 127 e-h) AS Conceiccedilatildeo 1870 i-l) RR Varjatildeo 05)Figure 4 a-d) Diodella radula a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Diodella teres e) flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Emmeorhiza umbellata i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 127 e-h) AS Conceiccedilatildeo 1870 i-l) RR Varjatildeo 05)

114

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

tubo 4-mera lobos 15-2 mm compr triangulares externamente pubeacuterulos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma capitado estilete 3-55 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos ca 4 times 25-3 mm globoso a subovoide marrom quando maduro pubescente sementes 2-3 times 15-2 mm obovoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Trilha sentido Serra do Navio 9deg52rsquo491rdquo S 38deg39rsquo220rdquo O 481 m 31VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1870 (HUNEB) Proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot e fr RR Varjatildeo 80 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 27VI2002 fl LP Queiroz et al 7220 (HUEFS) 18IV2004 fl FHM Silva amp LCL Lima 500 (HUEFS) Gloacuteria BA-210 sentido Rodelas 7VI2007 fl e fr AS Conceiccedilatildeo et al 1010 (HUEFS) Serrota 5IX2006 fl S Leal 56 (HUEFS) Ribeira do Pombal 16VIII2003 fl e fr ML Guedes et al 10570 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie neotropical ocorrendo no Sudeste dos Estados Unidos Ameacuterica Central e Ameacuterica do Sul (Cabral amp Bacigalupo 2005 Campos et al 2006) No Brasil distribui-se por quase todo o territoacuterio nacional (Cabral amp Salas 2012)

Na APASB D teres eacute encontrada em aacutereas abertas com forte exposiccedilatildeo solar e solo arenoso Distingue-se das demais espeacutecies de Diodella encontradas na aacuterea por apresentar haacutebito procumbente limbo com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas lanceolado 2-5 flores por axila Encontrada na aacuterea com flores em maio e julho e frutos em maio

8 Emmeorhiza umbellata (Spreng) KSchum Fl Bras 6(6) 408 1889 Figuras 4i-l

Borreria umbellata Spreng Neue Entd 2 144 1821Endlichera umbellata KSchum Fl Bras 6(6) 38 1888Trepadeira monoica Caule tetragonal glabro a pubeacuterulo

entrenoacutes 16-67 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-3 times 2-3 mm glabra a pubeacuterula 6-7 setas 2-6 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 32-76 times 11-25 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial esparsamente estrigosa abaxial pubeacuterula nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em cimeiras paniculadas de umbela terminais ou axilares 1-4 por ramo floriacutefero multifloros peduacutenculo 20-40 mm compr glabro 2 braacutecteas 12-20 times 5-8 mm lanceoladas pubeacuterulas 2 bracteacuteolas 15-4 times 05-15 mm eliacutepticas glabras Bototildees florais oblongos 15-2 times 05-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 17-25 mm compr glabros caacutelice 4 lobos iguais 05-1 mm compr lanceolados glabros corola alva infundibuliforme tubo 05-1 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 1-12 mm compr triangulares glabros estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras ca 05 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 1-15 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 3-4 times ca 1 mm obovoide marrom quando maduro glabra sementes 25-3 times 03-05 mm elipsoides castanhas porccedilatildeo central escurecida em ambas as faces aladas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo59rdquo S 38deg26rsquo24rdquo O 506 m 17X2009 fl E Melo et al 6683 (HUEFS) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 23IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 05 (HUNEB) Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 bot RR Varjatildeo 146 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Beira do rio seco 18X2009 fl E Melo et al 6736 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina Mata das Pororocas 25X1982 fl LP Queiroz 438 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie amplamente distribuiacuteda pela Ameacuterica do Sul da Venezuela ateacute o Brasil No Brasil ocorre nos estados do Planalto Central na regiatildeo Nordeste e na faixa litoracircnea desde a Bahia ateacute o Rio Grande do Sul (Delprete 2010)

Na APASB ocorre nas bordas das aacutereas florestadas e caatinga arbustiva-arboacuterea Diferencia-se das demais espeacutecies da aacuterea por apresentar haacutebito trepador com caule voluacutevel inflorescecircncia composta por cimeiras paniculadas de umbela e sementes aladas Floresce na aacuterea de julho a setembro e dezembro e frutifica em agosto e setembro

9 Guettarda angelica Mart ex MuumlllArg Flora 58 450 1875 Figuras 5a-d

Arbusto 1-3 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro a pubeacuterulo no aacutepice dos ramos entrenoacutes 6-78 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas inteiras triangulares cocircncavas aacutepice agudo 45-9 times 2 -4 mm tomentosas a pubeacuterulas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 5-19 mm compr pubeacuterulos limbo 36-70 times 19-50 mm eliacuteptico orbicular a obovado base cuneada a arredondada aacutepice agudo a obtuso margem inteira face adaxial hirsuta pubeacuterula nas nervuras face abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 8-12 pares Inflorescecircncia em cimeiras escorpioides subterminal 8-floro peduacutenculo 8-46 mm compr pubeacuterulo braacutecteas natildeo observadas 2 bracteacuteolas lineares 1-4 times 02-1 mm pubescentes Bototildees florais oblongos 5-10 times ca 2 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice truncado podendo apresentar ateacute 2 lobos 16-3 mm compr pubescente corola creme hipocrateriforme tubo 10-12 mm compr externamente tomentoso 5-mera lobos 3-5 mm compr oblongos externamente tomentosos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 2-24 mm compr alvas estigma capitado estilete 12-14 mm compr Fruto drupa 4-10 times 5-12 mm subglobosa alva a creme quando madura pubeacuterula sementes natildeo visualizadas

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Vaca Morta 9deg54rsquo236rdquo S 38deg41rsquo2266rdquo O 367 m 17IV2008 fl e fr AS Conceiccedilatildeo 1282 (HUNEB) Trilha sentido Serra do Morro 9deg52rsquo491rdquo S 38deg39rsquo220rdquo O 481 m 30VII2009 fr TMS Melo 54 (HUNEB) Estrada que vai em direccedilatildeo agrave casa sede 9deg53rsquo763rdquo S 38deg40rsquo712rdquo O 414 m 7IV2011 fr RR Varjatildeo 55 (HUNEB) Proacuteximo a casa 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 81 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo63rdquo S 38deg28rsquo687rdquo O 627 m 5V2011 fr RR Varjatildeo 76 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria ca 4 km de Olhos drsquoAacutegua de Souza 26IV2001 fl LP Queiroz et al 6552 (HRB) Paulo Afonso Raso da Catarina 14V1981 fl e fr GCP Pinto 10281 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie exclusiva do Brasil Embora tenha sido citada para o estado do Paraacute por Margalho et al (2009) eacute considerada endecircmica do domiacutenio da caatinga ocorrendo nos estados da Bahia Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco (Barbosa 2012)

Na APASB ocorre nas bordas e subosque da vegetaccedilatildeo arbustiva-arboacuterea em solos arenosos G angelica eacute muito comum em aacutereas de caatinga e amplamente documentada em herbaacuterio Eacute facilmente reconhecida atraveacutes da drupa subglobosa pubeacuterula branca quando madura flores com tubo da corola 10-12 mm compr e limbo tomentoso na face abaxial Na aacuterea floresce e frutifica de abril a julho

10 Guettarda sericea MuumlllArg Flora 58 450 1875Arbusto ca 15 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes

8-45 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas inteiras lanceoladas aacutepice

115

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

agudo 5-6 times 2 -3 mm tomentosas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 6-20 mm compr tomentosos limbo 60-120 times 20-45 mm obovado a eliacuteptico base truncada atenuada a arredondada aacutepice agudo a obtuso margem inteira tomentosa em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em cimeiras escorpioides subterminal 8-15-floro peduacutenculo 13-30 mm compr pubescente braacutecteas natildeo observadas 1 bracteacuteola linear 4-55 times 05-1 mm pubeacuterula Bototildees

florais oblongos 4-5 times 2-3 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice truncado seriacuteceo corola creme hipocrateriforme tubo 7-8 mm compr externamente tomentoso 5-mera lobos 1-2 mm compr oblongos externamente tomentosos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 2-3 mm compr alvas estigma capitado estilete 8-9 mm compr Fruto drupa 8-10 times 5-6 mm elipsoide marrom a negra quando madura pubescente sementes natildeo observadas

a

b

c

d

e

f

g

h

kli

j

Figura 5 a-d) Guettarda angelica a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Leptoscela ruellioides e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor longistila h) fruto i-l) Margaritopsis carrascoana i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-c) AS Conceiccedilatildeo 1282 d) RR Varjatildeo 55 e-h) RR Varjatildeo 01 i-k) RR Varjatildeo 118 l) RR Varjatildeo 78)Figure 5 a-d) Guettarda angelica a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Leptoscela ruellioides e) flowering branch f) stipule g) flower longuistylous h) fruit i-l) Margaritopsis carrascoana i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-c) AS Conceiccedilatildeo 1282 d) RR Varjatildeo 55 e-h) RR Varjatildeo 01 i-k) RR Varjatildeo 118 l) RR Varjatildeo 78)

116

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Natureza 10deg00rsquo14rdquo S 38deg26rsquo02rdquo O 427 m 12VIII2005 fl fr EB Miranda et al 882 (HUEFS) 10deg4rsquoS 38deg21rdquo O 17I2006 bot GC Sessegolo et al 147 (ALCB) Baixa do estreito 9deg59rsquo343rdquo S 38deg25rsquo015rdquo O 436 m 18III2009 bot AS Conceiccedilatildeo 1547 (HUNEB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie exclusiva do Nordeste do Brasil ocorrendo nos estados de Alagoas Bahia Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco em aacutereas de caatinga (Barbosa 2012)

Guettarda sericea ocorre na APASB em aacuterea com caatinga arboacuterea diferencia-se de G angelica principalmente pela drupa elipsoide pubescente marrom a negra quando madura tubo da corola 7-8 mm compr (vs 10-12 mm compr) e limbo tomentoso em ambas as faces Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos em agosto e de janeiro a marccedilo apenas em bototildees

11 Leptoscela ruellioides Hookf Icon Pl 14 1149 1873 Figuras 5e-h

Erva ereta ou com ramos apoiantes 30-80 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 12-128 cm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubescente 8-14 setas 05-3 mm compr pubescentes Folhas opostas cruzadas membranaacuteceas peciacuteolos 1-3 mm compr glabro limbo 24-52 times 8-22 mm lanceolado base cuneada aacutepice acuminado margem inteira face adaxial pubeacuterula abaxial pubescente venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras conspiacutecuas na face abaxial 3-4 pares Inflorescecircncia em cincinos alongados axilares 1-4 por ramo floriacutefero 12-20-floro peduacutenculo 20-38 mm compr glabro 2 braacutecteas 3-4 times 15-2 mm lanceoladas pubescentes 1 bracteacuteola 1-15 mm compr linear pubeacuterula Bototildees florais elipsoides 15-4 times 1-15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas heterostiacutelicas pedicelos 05-13 mm compr glabros caacutelice 5 lobos iguais 1-15 mm compr lanceolados margem pubeacuterula corola alva com fauce esverdeada e lobos lilases infundibuliforme tubo 3-45 mm compr glabro externamente internamente pubescente e com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 5-mera lobos 25-4 mm compr triangulares internamente pubescentes flores brevistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 15-2 mm compr anteras ca 18 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-2 mm compr flores longistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras ca 1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 45-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 3-4 times 15-2 mm obovoide verde glabra sementes 07-1 times 05-07 mm obovoides castanhas ventralmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Trilha do Araccedilaacute 9deg52rsquo491rdquo S 38deg38rsquo135rdquo O 535 m 8V2008 fl MVV Romatildeo 128 (HUNEB) Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo60rdquo S 38deg26rsquo16rdquo O 488 m 17X2009 fl E Melo et al 6625 (HUEFS) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo249rdquo S 38deg29rsquo318rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1642 (HUNEB) 9deg57rsquo170rdquo S 38deg26rsquo247rdquo O 575 m 19VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1770 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo116rdquo O 493 m 28VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1773 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo117rdquo O 497 m 29VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1796 (HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 fl RR Varjatildeo 01 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 71 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 12VIII2005 fl EB Miranda et al 891 (HUEFS) Uauaacute Serra do Jerocircnimo 30III2000 fl e fr ML Guedes et al 7336 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Nordeste do Brasil ocorrendo na caatinga e cerrado nos estados de Alagoas Bahia Paraiacuteba Pernambuco e Sergipe (Jardim 2012)

Na APASB L ruellioides apresenta ampla distribuiccedilatildeo ocorrendo em todos os ambientes com nuacutemero elevado de indiviacuteduos A espeacutecie eacute reconhecida pelo haacutebito ereto ou com ramos apoiantes folhas pecioladas inflorescecircncia em cincinos e caacutelice com 5 lobos iguais Coletada na aacuterea com flores de abril a setembro e dezembro e frutos em maio

12 Margaritopsis carrascoana (Delprete amp EBSouza) CMTaylor amp EBSouza Syst amp Geogr Pl 75 171 2005 Figuras 5i-l

Psychotria carrascoana Delprete amp EBSouza Novon 14 158 2004

Subarbusto 1-15 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 2-10 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 1-2 times 12 -25 mm glabras Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 1-2 mm compr limbo 11-24 times 5-10 mm eliacuteptico a oblanceolado base cuneada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial 5-9 pares Inflorescecircncia terminal uniflora seacutessil 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos ca 12 times 15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 5 lobos iguais ca 08 mm compr triangulares glabros corola alva a creme lobos com aacutepice verde infundibuliforme tubo 25-3 mm compr externamente glabro internamente com anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 5-mera lobos ca 3 mm compr oblongos-ovais reflexos glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 08-1 mm compr castanhas estigma biacutefido estilete ca 4 mm compr Fruto drupa 4-7 times 4-5 mm obovoide alaranjado ou vermelho quando maduro glabro sementes 35-4 times 25-35 mm subovoides castanhas plano-convexas dorsalmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 4XII2010 fr RR Varjatildeo 18 (HUNEB) 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 72 (HUNEB) 5V2011 fl e fr RR Varjatildeo 77 (HUNEB) 5V2011 fr RR Varjatildeo 78 (HUNEB) 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 118 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 7VI2004 fr JG Carvalho-Sobrinho et al 253 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina 8VI1985 fr L P Queiroz 564 (ALCB) 24VI1982 fr M L Guedes et al 441 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita aos estados da Bahia e Cearaacute ocorrendo em vegetaccedilatildeo do tipo caatinga e carrasco (Delprete amp Souza 2004 Taylor 2005)

Margaritopsis carrascoana estaacute sendo citada aqui pela primeira vez para o estado da Bahia Segundo Delprete amp Souza (2004) a espeacutecie ocorria apenas no estado do Cearaacute associada agrave vegetaccedilatildeo do tipo carrasco no Planalto do Ibiapaba e Chapada do Araripe admitindo sua provaacutevel ocorrecircncia em vegetaccedilatildeo semelhante no estado vizinho do Piauiacute Contudo a espeacutecie foi citada em trabalhos anteriores com ocorrecircncia para aacuterea de caatinga incluindo carrasco cerrado e florestas (Jardim amp Souza 2006)

Na APASB esta espeacutecie ocorre com mais frequecircncia no subosque da vegetaccedilatildeo em aacutereas sombreadas e solos arenosos Diferencia-se por apresentar estiacutepulas persistentes tubo da corola 25-3 mm compr e fruto drupa laranja a vermelha quando madura Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos de abril a dezembro

13 Mitracarpus baturitensis Sucre Rodrigueacutesia 26 255 1971 Figuras 6a-f

Erva ereta ca 30 cm alt monoica Caule tetragonal glabro entrenoacutes 7-88 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 2-3 mm margem pubescente 4-5 setas 05-1 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas membranaacuteceas seacutesseis limbo 8-32

117

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

times 2-4 mm linear-eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra a escabra abaxial glabrescente nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares e terminais 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 15-25 times 08-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 05-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 1-12 mm compr menores 05-08 mm compr lanceolados margem

hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo ca 1 mm compr glabro externamente anel de tricomas na metade do tubo 4-mera lobos ca 1 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras ca 06 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 1-2 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 06-08 mm subglobosa castanha quando madura glabra sementes 06-08 times ca 04 mm oblongoides castanhas face dorsal com impressatildeo cruciforme face ventral com sulcos em forma de ldquoXrdquo

a

b

c

d

e

f

g

h

k

l

i

j

m

n

pq

o

Figura 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e) semente face ventral f) semente face dorsal g-l) Mitracarpus longicalyx g) ramo floriacutefero h) estiacutepula i) flor j) fruto k) semente face ventral l) semente face lateral m-q) Mitracarpus robustus m) ramo floriacutefero n) estiacutepula o) flor p) fruto q) semente face ventral (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)Figure 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e) seed ventral view f) seed dorsal view g-l) Mitracarpus longicalyx g) flowering branch h) stipule i) flower j) fruit k) seed ventral view l) seed lateral view m-q) Mitracarpus robustus m) flowering branch n) stipule o) flower p) fruit q) seed ventral view (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)

118

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 02 (HUNEB) 27VII2011 fl e fr LR Silva 43 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Reserva Bioloacutegica de Canudos 24VI2003 fr FHM Silva et al 417 (HUEFS) Gloacuteria Brejo do Burgo 26VIII1995 fl FP Bandeira 253 (ALCB) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1178 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita ao Brasil sendo referida para o Distrito Federal e para os estados da Bahia Cearaacute Goiaacutes Mato Grosso Paraiacuteba Pernambuco e Piauiacute (Souza et al 2010)

Na APASB a espeacutecie foi encontrada em aacutereas de bordas e ambientes abertos predominantemente em solos arenosos Entretanto ocorre preferencialmente sobre solos rochosos lateriacuteticos ou sobre inselbergs e afloramentos rochosos no bioma caatinga e no cerrado (Delprete 2010 Souza et al 2010) Mitracarpus baturitensis pode ser confundida com M longicalyx que tambeacutem ocorre na aacuterea podendo ser diferenciada pelo limbo linear-eliacuteptico 2-4 mm larg tubo da corola ca 1 mm compr e sementes com impressatildeo cruciforme na face dorsal Floresce e frutifica na aacuterea de julho a setembro

14 Mitracarpus longicalyx EBSouza amp MFSales Brittonia 53 482 2001 (2002) Figuras 6g-l

Erva ereta ou ascendente ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice pubeacuterulo entrenoacutes 8-84 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 2-5 mm pubeacuterula 5-9 setas 1-3 mm compr pubeacuterulas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 21-47 times 5-14 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira face adaxial glabra abaxial com a nervura principal pubeacuterula venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-35 times 06-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-12 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 16-3 mm compr menores 1-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 15-25 mm compr papiloso externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 06-12 mm compr triangulares externamente papilosos internamente glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 28-4 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 08-1 mm subglobosa castanha quando madura aacutepice pubescente sementes 06-08 times 02-04 mm oblongoides castanhas face dorsal com depressotildees semicirculares face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg52rsquo234rdquo S 38deg38rsquo146rdquo O 492 m 30VII2008 fl TMS Melo 37 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo457rdquo S 38deg27rsquo301rdquo O 607 m 29VII2009 bot fl e fr TMS Melo 12 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquo S 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 fl e fr DD Vieira 172 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Pilatildeo Arcado Brejo do Morro 19III2006 fl EBSouza et al 1593 (HUEFS) Ribeira do Pombal 20 km da rod para Tucano 9VI2005 fl D Cardoso 562 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita agrave regiatildeo do semiaacuterido do Brasil com registros para os estados do Bahia Cearaacute Piauiacute e Pernambuco (Souza et al 2010)

Na APASB M longicalyx foi encontrada em bordas de estradas aacutereas abertas e pastagens com alta incidecircncia de luz Pode ser confundida com M baturitensis e M robustus das quais se diferencia por apresentar caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice sem alas

glomeacuterulo apical subtendido por 4 braacutecteas geralmente puacuterpuras na base e sementes com depressotildees semicirculares dorsais Coletada na aacuterea com flores e frutos de junho a julho

15 Mitracarpus robustus EBSouza amp ELCabral Rodrigueacutesia 2 345 2010 Figuras 6m-q

Mitracarpus frigidus (Willd ex Roem amp Schult) KSchum var humboldtianus KSchum Fl Bras 6 82 1888

Subarbusto erva ereta ou ascendente 40-120 cm alt monoica Caule tetragonal alado no aacutepice dos ramos glabro entrenoacutes 21-44 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-35 times 25-3 mm glabra a pubeacuterula 5-6 setas 3-5 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 20-75 times 5-15 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo margem inteira pubeacuterulo em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes em ambas as faces 3-4 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-8 por ramo floriacutefero multifloros 2(-4) braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-32 times 14-18 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 22-28 mm compr menores 06-12 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 25-35 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 1-15 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-28 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal ca 1 times 12 mm subglobosa marrom quando madura aacutepice pubescente sementes ca 06 times 06 mm oblongoides lilases face dorsal lisa face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 46 (HUNEB) Trilha secundaacuteria proacuteximo a casa da caixa drsquoaacutegua 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 47 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Conde Fazendo do Bu 13VIII1996 fl MC Ferreira et al 1023 (HRB) Jussiape em direccedilatildeo a Barra da Estiva 15VI2002 fl LP Queiroz et al 7125 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie distribuiacuteda no Brasil e na Guiana Francesa No Brasil sua ocorrecircncia estaacute registrada para o Distrito Federal e para os estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Sergipe Bahia Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Mitracarpus robustus eacute uma espeacutecie comum em solos argilosos ou areno-argilosos em solos lateriacuteticos em margens de estrada ou periferia de matas (Souza et al 2010) Na APASB estaacute distribuiacuteda nas bordas de florestas e apresenta um porte bastante robusto quando comparado agraves outras espeacutecies de Mitracarpus que ocorrem na aacuterea Pode ser diferenciada pelo caule tetragonal alado no aacutepice glomeacuterulo apical subtendido por 2 braacutecteas e sementes planas no dorso Floresce e frutifica na aacuterea em julho

16 Mitracarpus salzmannianus DC Prodr 4 571 1830 Figuras 7a-c

Mitracarpus frigidus var salzmannianus (DC) Martius Eichler amp Urban Fl bras 6 82 1888

Mitracarpus scabrellus Benth Hookerrsquos J Bot Kew Gard Misc 3 238 1841

Erva ereta 40-50 cm alt monoica Caule tetragonal pubescente entrenoacutes 65-90 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-18 times 15-2 mm pubescente 5-7 setas 4-6 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 10-42 times 2-13 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira pubescente em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma

119

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

nervuras proeminentes na face abaxial 3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 2-35 times 08-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos ca 1 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 3-32 mm compr menores 16-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 4-45 mm compr externamente piloso na metade superior anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos ca 15 mm compr triangulares pilosos externamente estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 04 mm compr anteras 05-06 mm

compr alvas estigma biacutefido estilete 5-65 mm compr Segundo Souza et al (2010) fruto caacutepsula deiscecircncia transversal (12-)15-25 mm compr obovoides glabras sementes 08-12 times 05-06 mm oblongoides ou globosas castanhas face dorsal sem depressotildees face ventral com encaixe em forma de ldquoY-invertidordquo

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 fl RR Varjatildeo 142 (HUNEB) 27VII2011 fl RR Varjatildeo 145 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Aldeia Serrota 19IX2005 fl M Colaccedilo 53 (HUEFS) Paulo Afonso Raso da

Figura 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) haacutebito b) estiacutepula c) flor d-g) Richardia grandiflora d) haacutebito e) estiacutepula f) flor g) fruto h-j) Staelia aurea h) ramo floriacutefero i) estiacutepula j) flor (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)Figure 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) habit b) stipule c) flower d-g) Richardia grandiflora d) habit e) stipule f) flower g) fruit h-j) Staelia aurea h) flowering branch i) stipule j) flower (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)

a

b

c

d

e

f

gh

i

j

120

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Catarina 10VIII2005 fl EB Miranda et al 805 (HUEFS) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1191 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Eacute uma espeacutecie amplamente distribuiacuteda ocorrendo na Guiana Francesa Suriname e Brasil No Brasil ocorre nos estados de Roraima Paraacute Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Goiaacutes Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Planta comum em solos arenosos habitando dunas campos ou chapadas tambeacutem presente como ruderal (Souza et al 2010) Na APASB foi encontrada em solos arenosos na vegetaccedilatildeo arbustiva Caracteriza-se pelo indumento denso e contiacutenuo que cobre toda a planta folhas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas aleacutem do tubo da corola com 4-45 mm compr caracteres que a diferenciam das outras espeacutecies de Mitracarpus Floresce na aacuterea em julho

17 Richardia grandiflora (Cham amp Schltdl) Steud Nomencl Bot 2 459 1841 Figuras 7d-g

Richardsonia grandiflora Cham amp Schltdl Linnaea 3 351 1828Erva procumbente ca 20 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice do ramos hirsuto entrenoacutes 8-78 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 3-5 mm pubeacuterula a hirsuta 4-7 setas 07-45 mm compr pubeacuterulas a hirsutas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 15-38 times 5-11 mm eliacuteptico a lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira estrigoso a escabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais multifloros 4 braacutecteas foliaacuteceas externas 14-17 times 7-8 mm internas 5-12 times 3-7 mm ovais hirsutas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 4-7 times 4-5 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 6 lobos iguais 3-4 mm compr lanceolados hirsutos corola alva roacutesea a lilaacutes infundibuliforme tubo 6-9 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 6-mera lobos 4-5 mm compr triangulares pilosos externamente estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 07-1 mm compr anteras 12-18 mm compr alvas estigma triacutefido estilete 8-11 mm compr Fruto esquizocarpo trecircs mericarpos 15-25 times 15-25 mm obovoide pardo quando maduro hirsuto a piloso sementes 15-2 times 06-1 mm subovoides castanhas dorso convexo sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai ao Povoado Queleacutes 9deg52rsquo532rdquo S 38deg32rsquo420rdquo O 650 m 22IX2010 fl e fr RR Varjatildeo 04 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquoS 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 bot DD Vieira 173 (HUNEB) 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 126 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 133 (HUNEB) Faz Serra Branca proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot RR Varjatildeo 79 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 1VII1995 fl FP Bandeira 173 (ALCB) Bosque de Algaroba 7VI2004 fl MVM Oliveira 748 (HUEFS) Rodelas Mocoacute 22I1987 fl GO Mattos amp BS Laacutezaro 55 (HRB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie encontrada por toda a Ameacuterica e como planta introduzida na Floacuterida Estados Unidos Ocorre nas regiotildees Norte a Sudeste e Centro-Oeste do Brasil nos estados do Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Pernambuco Bahia Mato Grosso Goiaacutes Minas Gerais Satildeo Paulo e Rio Grande do Sul (Lewis amp Oliver 1974 Delprete et al 2005 Delprete 2010)

Na APASB R grandiflora eacute muito frequente ao longo das estradas bordas da mata aacutereas abertas e pastagens com forte exposiccedilatildeo solar em solos arenosos e areno-argilosos Esta espeacutecie apresenta forte vigor vegetativo principalmente em solos feacuterteis

cobrindo completamente o solo (Delprete 2010) Pode ser confundida em campo com as espeacutecies de Diodella das quais se diferencia pelas flores hexacircmeras estigma triacutefido e frutos com trecircs mericarpos Floresce na aacuterea de maio a setembro e frutifica de junho a setembro de acordo com material analisado

18 Staelia aurea KSchum Fl Bras 677 1888 Figuras 7h-jErva ereta ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico pubeacuterulo

entrenoacutes 7-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubeacuterula 4-5 setas 05-2 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 12-27 times 14-4 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra abaxial com nervura esparsamente estrigosa venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 5-7 por ramo floriacutefero multifloros 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 14-22 times 1-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 2-26 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 3-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 2-25 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-2 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 6-65 mm compr Frutos e sementes natildeo observados

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1656 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 3VII1995 fl FP Bandeira 221 (ALCB HRB CEPEC) Juazeiro Serra do Mulato 28III2000 fl MR Fonseca et al 1247 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita ao Brasil Ocorre nas regiotildees Norte (sul do Paraacute) Centro-Oeste Nordeste e partes do Sudeste (Souza amp Sales 2004)

Staelia aurea eacute considerada uma espeacutecie de ampla distribuiccedilatildeo poreacutem na APASB eacute escassa Pode ser confundida com S virgata da qual se diferencia por apresentar caule pubeacuterulo tubo da corola 3-45 mm compr e 5-7 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Foi coletada na aacuterea com flores em junho

19 Staelia galioides DC Prodr 4 573 1830 Figuras 8a-dSpermacoce galioides Pohl ex DC Prodr 4 573 1830Erva ereta 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro

a pubeacuterulo entrenoacutes 03-08 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 15-2 mm pubeacuterula 3 setas 06-18 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 6-17 times 05-25 mm linear-lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 6-10 por ramo floriacutefero multifloros (2)-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 18-3 times 06-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 1-16 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo 35-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 15-24 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 15-18 mm compr anteras 08-1 mm compr alvas a lilases estigma biacutefido estilete 5-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 1-12 mm obovoide verde

121

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

glabra sementes 06-08 times 04-06 mm oblongoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg53rsquo471rdquo S 38deg39rsquo131rdquo O 196 m 21V2008 fl e fr MVV Romatildeo 239 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 22 (HUNEB) 9deg56rsquo807rdquo S 38deg27rsquo330rdquo O 24II2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 37 (HUNEB) 9deg55rsquo776rdquo S 38deg29rsquo40rdquo O 652m 8IV2011 fl e fr RR Varjatildeo 69 (HUNEB) 9deg32rsquo934rdquo S 38deg32rsquo234rdquo O 657 m 5V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 74

(HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 117 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Ribeira do Pombal 19V1981 fl P Geraldo13181 (CEPEC) Rodelas dunas cabeccedila de boi 24II1988 fl e fr RP Orlandi 828 (HRB)

Distribuiccedilatildeo A espeacutecie apresenta distribuiccedilatildeo exclusiva no Brasil Ocorre na regiatildeo Centro-Oeste em Goiaacutes e Tocantins e no Nordeste em Alagoas Bahia Pernambuco e Piauiacute (Souza amp Sales 2004)

Figura 8 a-d) Staelia galioides a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Staelia virgata e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Tocoyena formosa i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)Figure 8 a-d) Staelia galioides a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Staelia virgata e flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Tocoyena formosa i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)

a

b c

d

e

f

g

h

i

j

k

l

122

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Na APASB a espeacutecie eacute amplamente distribuiacuteda apresentando nuacutemero elevado de indiviacuteduos Eacute encontrada em aacutereas abertas bordas de estradas e no interior da vegetaccedilatildeo subarbustiva em solos arenosos Pode ser reconhecida por apresentar estiacutepulas com 3 setas limbo linear-lanceolado lobos do caacutelice 1-16 mm compr diferenciando-se de S aurea que possui estiacutepulas com 4-5 setas limbo lanceolado e lobos do caacutelice 2-26 mm compr Floresce e frutifica na aacuterea de janeiro a junho

20 Staelia virgata (Link ex Roem amp Schult) KSchum Fl Bras 6(6) 76 1889 Figuras 8e-h

Spermacoce virgata Link ex Roem amp Schult Syst Veget 3 281 531 1818

Erva ereta ca 60 cm alt monoica Caule tetragonal glabro a glabrescente entrenoacutes 10-33 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2times ca 18 mm pubeacuterula no aacutepice 5-7 setas 12-25 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 13-30 times 1-3 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente em ambas as faces 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-4 por ramo floriacutefero multifloros 2-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 25-3 times 1-15 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 25-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo ca 5 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 25-3 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 2-3 mm compr anteras 08-12 mm compr alvas estigma biacutefido estilete ca 8 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 08-1 mm obovoide verde hirsuto sementes 06-1 times ca 04 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai da ESEC-Raso da Catarina agrave APA Serra Branca 9deg52rsquo78rdquo S 38deg31rsquo65rdquo O 624 m 27VII2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 140 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos estrada para a estaccedilatildeo bioloacutegica 26VI2002 fl LP Queiroz et al 7197 (HUEFS) Gloacuteria Serrota 2IX2006 fl S Leal 39 (HUEFS) Paulo Afonso BR-110 Norte 23VIII2005 fl DS Carneiro-Torres et al 483 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Ocorre em todo o Brasil parte dos territoacuterios do Peru Boliacutevia Paraguai ateacute o norte da Argentina No Brasil sua distribuiccedilatildeo vai desde o Amazonas Bahia Cearaacute Maranhatildeo Paraacute Paraiacuteba Pernambuco Piauiacute ateacute os estados da regiatildeo Sul (Souza amp Sales 2004)

Considerada por Souza amp Sales (2004) a espeacutecie mais amplamente distribuiacuteda entre as estudadas em seu trabalho S virgata foi encontrada na APASB apenas no periacuteodo chuvoso em vegetaccedilatildeo subarbustiva Pode ser confundida com as outras espeacutecies de Staelia ocorrentes na aacuterea diferenciando-se pelo conjunto de caracteriacutesticas caule glabro a glabrescente estiacutepula com 5-7 setas tubo da corola ca 5 mm compr e 2-4 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Encontrada na aacuterea com flores e frutos em julho

21 Tocoyena formosa (Cham amp Schltdl) KSchum Fl Bras 6 347 1889 Figuras 8i-l

Gardenia formosa Cham amp Schltdl Linnaea 4 200 1829Arbusto 13-17 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro

pubeacuterulo no aacutepice entrenoacutes 4-22 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 4-7 times 6 -8 mm glabras internamente pubeacuterulas e com coleacuteteres Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas a subcoriaacuteceas peciacuteolos 5-17 mm compr pubeacuterulos limbo

75-150 times 45-80 mm oval a eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial pubescente abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em dicaacutesios congestos terminais 4-7-floro peduacutenculo 2-7 mm compr pubeacuterulo braacutecteas e bracteacuteolas natildeo visualizadas Bototildees florais ovais 25-100 times 6-9 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas subseacutesseis caacutelice 5 lobos denteados 08-1 mm compr triangulares tomentosos tubo 1-2 mm compr tomentoso corola amarela hipocrateriforme tubo 75-95 mm compr externamente tomentoso internamente glabro 5-mera lobos 12-27 mm compr obovados externamente tomentosos internamente glabros estames exsertos seacutesseis anteras 7-10 mm compr marrons estigma biacutefido estilete 84-98 mm compr Fruto baga 25-35 times 18-30 mm globosa negra quando madura pubeacuterula sementes 5-6 times 45-7 mm orbiculares planas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 17I2006 fr GC Sessegolo 158 (MBM) 9deg57rsquo044rdquo S 38deg42rsquo289rdquo O 313 m 13III2008 fr AS Conceiccedilatildeo 1268 (HUNEB) Baixa grande 9deg58rsquo370rdquo S 38deg27rsquo086rdquo O 561 m 19III2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1560 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fr AS Conceiccedilatildeo 1707 (HUNEB) 9deg55rsquo48rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot RR Varjatildeo 24 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 27 (HUNEB) 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 bot e fr RR Varjatildeo 65 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 16II2003 fl FHM Silva et al322 (HUEFS) Tucano Estrada para Ribeira do Pombal 21III1992 fl AM Carvalho et al 3894 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Esta espeacutecie tem ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica do Sul encontrada no Suriname Brasil e Paraguai ocorrendo em todas as regiotildees brasileiras (Prado 1987)

Na APASB os indiviacuteduos encontram-se distribuiacutedos nas bordas e interior da vegetaccedilatildeo de porte arbustivo-arboacutereo e solos arenosos T formosa pode ser reconhecida na aacuterea pelo haacutebito arbustivo de flores vistosas tubo da corola 75-95 mm compr amarela e baga com 25-35 times 18-30 mm negra quando madura Floresce na aacuterea de janeiro a maio e frutifica em janeiro maio e junho

Agradecimentos

Agrave Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) pelo apoio financeiro ao projeto (PET 00232007) Agrave CAPES pela concessatildeo da bolsa de mestrado a primeira autora Aos curadores e teacutecnicos dos Herbaacuterios visitados e ao Natanael Santos pelas ilustraccedilotildees botacircnicas Aos dois revisores anocircnimos pelas significativas contribuiccedilotildees ao manuscrito

Referecircncias BibliograacuteficasBARBOSA MRV amp ZAPPI D 2002 Distribuiccedilatildeo das espeacutecies de

Rubiaceae na caatinga In Vegetaccedilatildeo e Flora da caatinga (EVSB Sampaio AM Giulietti JE Virginio CFL Gamarra-Rojas eds) APNECNIP Recife p155-157

BARBOSA MRV SOUSA EB amp JARDIM JG 2006 Rubiaceae In Checklist das Plantas do Nordeste Brasileiro Angiospermas e Gymnosperma (MRV Barbosa C Sothers S Mayo CFL Gamarra-Rojas amp CA Mesquita eds) Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia Brasiacutelia p135-140

BARBOSA MR ZAPPI D TAYLOR C CABRAL E JARDIM JG PEREIRA MS CALIOacute MF PESSOA MCR SALAS R SOUZA EB DI MAIO FR MACIAS L ANUNCIACcedilAtildeO EA DA GERMANO FILHO P amp OLIVEIRA JA 2012 Rubiaceae In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000210 (uacuteltimo acesso em 06112012)

123

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

BARBOSA MR 2012 Guettarda In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB014052 (uacuteltimo acesso em 06112012)

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente - MMA 2007 Aacutereas prioritaacuterias para conservaccedilatildeo uso sustentaacutevel e reparticcedilatildeo dos benefiacutecios da biodiversidade brasileira Secretaria de Biodiversidade e Florestas Brasiacutelia Mapa versatildeo 22 set2007

BRUMMITT RK amp POWELL CE 1992 Authors of plant names Royal Botanic Gardens Kew London

CABRAL EL amp BACIGALUPO NM 2005 Novelties in Spermacoceae (Rubiaceae) from Bolivia and Paraguay Brittonia 57(2)129-140 httpdxdoiorg1016630007-196X(2005)057[0129NISRFB]20CO2

CABRAL EL amp FADER AAC 2010 Nuevas combinaciones y nuevos sinocircnimos en especies de Brasil de Diodia s lat (Spermacoceae - Rubiaceae) Rodrigueacutesia 61(1)119-121

CABRAL EL MIGUEL LM amp SALAS RM 2011 Dos especies nuevas de Borreria (Rubiaceae) sinopsis y clave de las especies para Bahia Brasil Acta Bot Bras 25(2)255-276 httpdxdoiorg101590S0102-33062011000200002

CABRAL E amp SALAS R 2012 Diodella In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB038741 (uacuteltimo acesso em 06112012)

CAMPOS MTVA ZAPPI DC CALIOacute MF amp PIRANI JR 2006 Flora de Gratildeo-Mogol Minas Gerais Rubiaceae Bol Bot Univ Satildeo Paulo 2441-67

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2004 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v1 344p

DELPRETE PG amp SOUZA EB 2004 Psychotria carrascoana (Rubiaceae) a new species from the Carrasco Vegetation of Northeastern Brazil Novon 14158-162

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2005 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v2 p345-842

DELPRETE PG 2010 Rubiaceae In Flora do Estado de Goiaacutes e Tocantins (JA Rizzo org) PRPPGUFG IRD Goiacircnia v40 1610p

FORZZA RC COSTA A WALTER BMT PIRANI JR MORIM MP QUEIROZ LP MARTINELLI G PEIXOTO AL COELHO MAN BAUMGRATZ JFA STEHMANN JR LOHMANN LG amp HOPKINS M 2012 Angiospermas In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000032 (uacuteltimo acesso em 05112012)

JARDIM JG amp SOUZA EB 2006 Rubiaceae In Diversidade e Caracterizaccedilatildeo das Faneroacutegamas do Semiaacuterido Brasileiro (AM Giulietti AA Conceiccedilatildeo amp LP Queiroz orgs) Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife p203-209

JARDIM JG 2012 Leptoscela In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB020761 (uacuteltimo acesso em 06112012)

JUNG-MENDACcedilOLLI SL 2007 Rubiaceae In Flora Fanerocircgama do Estado de Satildeo Paulo (MGL Wanderley GJ Shepherd TS Melhem amp AM Giulietti coords) FAPESBRIMA Satildeo Paulo v5 p259-447

GOVAERTS R ANDERSSON L ROBBRECHT E BRIDSON D DAVIS A SCHANZER I amp SONKE B 2011 [continuously uploaded] World Checklist of Rubiaceae Facilitated by the Royal Botanic Gardens httpappskeworgwcspqsearchdo (uacuteltimo acesso em 2422012)

HARRIS JG amp HARRIS MW 2001 Plant identification terminology An illustrated glossary 2 ed Spring Lake Publishing Spring Lake

LEAL IR SILVA JMC Da TABARELLI M amp LACHER TE 2005 Changing the Course of Biodiversity Conservation in the caatinga of Northeastern Brazil Conserv Biol 19(3)701-706 httpdxdoiorg101111j1523-1739200500703x

LEWIS WH amp OLIVER RL 1974 Revision of Richardia (Rubiaceae) Brittonia 26271-301 httpdxdoiorg1023072805730

MARGALHO LF ROCHA AES amp SECCO RS 2009 Rubiaceae Juss da restinga da APA de AlgodoalMaiandeua Maracanatilde Paraacute Brasil Bol Mus Para Emiacutelio Goeldi Cienc Nat 4(3)303-339

MORI SA SILVA LAM LISBOA GE amp CORADIN L 1989 Manual de Manejo do Herbaacuterio Fanerogacircmico Centro de Pesquisa do Cacau Ilheacuteus

PEEL MC FINLAYSON BL amp MCMAHON TA 2007 Updated world map of the Koumlppen-Geiger climate classification Hydrol Earth Syst Sc 111633-1644 httpdxdoiorg105194hess-11-1633-2007

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2004 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelias Antirheoideae Cinchonoideae e Ixoroideae Acta Bot Bras 18(2)305-318 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000200010

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2006 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelia Rubioideae Acta Bot Bras 20(2)455-470 httpdxdoiorg101590S0102-33062006000200021

PRADO AL 1987 Revisatildeo taxonocircmica do gecircnero Tocoyena Aubl (Rubiaceae) no Brasil Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Estadual de Campinas Satildeo Paulo

RADFORD AE DICKISON WC MASSEY JR amp BELL R 1974 Vascular Plant Systematics Harper amp Row publishers New York

ROBBRECHT E 1988 Tropical woody Rubiaceae Characteristic features and progressions Contributions to a new subfamilial classification Opera Bot Belg 11-271

SOUZA EB amp SALES MF 2004 O gecircnero Staelia Cham amp Schtdl (Rubiaceae-Spermacoceae) no Estado de Pernambuco Brasil Acta Bot Bras 18(4)921-928 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000400023

SOUZA EB CABRAL EL amp ZAPPI DC 2010 Revisatildeo de Mitracarpus (Rubiaceae - Spermacoceae) para o Brasil Rodrigueacutesia 61(2)319-352

SZABO AV ROCHA ACS TOSATO JAC amp BARROSO W 2007 Aacuterea de proteccedilatildeo ambiental (APA) Serra Branca Raso da Catarina In As caatingas debates sobre a Ecorregiatildeo do Raso da Catarina (J Marques org) Fonte Viva Paulo Afonso p21-40

TAYLOR CM 2005 Margaritopsis (Rubiaceae Psychotrieae) in the Neotropics Syst Geogr Pl 75(2)161-177

THIERS B 2011 [continuously updated] Index Herbariorum a global directory of public herbaria and associated staff New York Botanical Gardenrsquos Virtual Herbarium httpsweetgumnybgorgih (uacuteltimo acesso em 28102011)

VELLOSO AL SAMPAIO EVSB GIULIETTI AM BARBOSA MRV CASTRO AAJF QUEIROZ LP FERNANDES A OREN DC CESTARO LA CASTRO AJE PAREYN FGC SILVA FBR MIRANDA EE KEEL S amp GONDIM RS 2002 Ecorregiotildees Propostas para o Bioma caatinga TNC-Brasil Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife

ZAPPI DC amp STANNARD BL 1995 Rubiaceae In Flora of the Pico das Almas Chapada Diamantina Bahia Brazil (BL Stannard ed) Royal Botanic GardensUSPCEPLAC Kew p546-578

ZAPPI DC amp NUNES TS 2002 Preliminary list of the Rubiaceae in Nortehastern Brazil Royal Botanic Gardens Kew

Recebido em 09072012 Versatildeo reformulada recebida em 15112012

Publicado em 03042013

Page 10: Biota Neotrop., vol. 13, no. 2 - redalyc.org · Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico

113

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

7 Diodella teres (Walter) Small Fl Lancaster Co 271 1913 Figuras 4e-h

Diodia teres Walter Fl Carol 87 1788Erva decumbente 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico a

tetragonal pubeacuterulo a piloso entrenoacutes 5-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-2 times 3-4 mm pubeacuterula margem pilosa 9-12 setas 3-10 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 16-35 times 4-7 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo a acuminado margem inteira estrigoso a tomentoso

em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 4 pares Inflorescecircncia em fasciacuteculos axilares 4-11 por ramo floriacutefero 2-5-floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 2-5 times 15-2 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 15-2 mm compr 4 lobos desiguais maiores 15-2 mm compr menores 1-15 mm compr lanceolados margem escabriuacutescula corola alva com lobos lilaacuteses infundibuliforme tubo 35-5 mm compr internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do

a

b

c

d

e

f

gh

k

l

i

j

Figura 4 a-d) Diodella radula a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Diodella teres e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Emmeorhiza umbellata i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 127 e-h) AS Conceiccedilatildeo 1870 i-l) RR Varjatildeo 05)Figure 4 a-d) Diodella radula a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Diodella teres e) flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Emmeorhiza umbellata i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 127 e-h) AS Conceiccedilatildeo 1870 i-l) RR Varjatildeo 05)

114

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

tubo 4-mera lobos 15-2 mm compr triangulares externamente pubeacuterulos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma capitado estilete 3-55 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos ca 4 times 25-3 mm globoso a subovoide marrom quando maduro pubescente sementes 2-3 times 15-2 mm obovoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Trilha sentido Serra do Navio 9deg52rsquo491rdquo S 38deg39rsquo220rdquo O 481 m 31VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1870 (HUNEB) Proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot e fr RR Varjatildeo 80 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 27VI2002 fl LP Queiroz et al 7220 (HUEFS) 18IV2004 fl FHM Silva amp LCL Lima 500 (HUEFS) Gloacuteria BA-210 sentido Rodelas 7VI2007 fl e fr AS Conceiccedilatildeo et al 1010 (HUEFS) Serrota 5IX2006 fl S Leal 56 (HUEFS) Ribeira do Pombal 16VIII2003 fl e fr ML Guedes et al 10570 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie neotropical ocorrendo no Sudeste dos Estados Unidos Ameacuterica Central e Ameacuterica do Sul (Cabral amp Bacigalupo 2005 Campos et al 2006) No Brasil distribui-se por quase todo o territoacuterio nacional (Cabral amp Salas 2012)

Na APASB D teres eacute encontrada em aacutereas abertas com forte exposiccedilatildeo solar e solo arenoso Distingue-se das demais espeacutecies de Diodella encontradas na aacuterea por apresentar haacutebito procumbente limbo com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas lanceolado 2-5 flores por axila Encontrada na aacuterea com flores em maio e julho e frutos em maio

8 Emmeorhiza umbellata (Spreng) KSchum Fl Bras 6(6) 408 1889 Figuras 4i-l

Borreria umbellata Spreng Neue Entd 2 144 1821Endlichera umbellata KSchum Fl Bras 6(6) 38 1888Trepadeira monoica Caule tetragonal glabro a pubeacuterulo

entrenoacutes 16-67 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-3 times 2-3 mm glabra a pubeacuterula 6-7 setas 2-6 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 32-76 times 11-25 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial esparsamente estrigosa abaxial pubeacuterula nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em cimeiras paniculadas de umbela terminais ou axilares 1-4 por ramo floriacutefero multifloros peduacutenculo 20-40 mm compr glabro 2 braacutecteas 12-20 times 5-8 mm lanceoladas pubeacuterulas 2 bracteacuteolas 15-4 times 05-15 mm eliacutepticas glabras Bototildees florais oblongos 15-2 times 05-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 17-25 mm compr glabros caacutelice 4 lobos iguais 05-1 mm compr lanceolados glabros corola alva infundibuliforme tubo 05-1 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 1-12 mm compr triangulares glabros estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras ca 05 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 1-15 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 3-4 times ca 1 mm obovoide marrom quando maduro glabra sementes 25-3 times 03-05 mm elipsoides castanhas porccedilatildeo central escurecida em ambas as faces aladas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo59rdquo S 38deg26rsquo24rdquo O 506 m 17X2009 fl E Melo et al 6683 (HUEFS) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 23IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 05 (HUNEB) Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 bot RR Varjatildeo 146 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Beira do rio seco 18X2009 fl E Melo et al 6736 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina Mata das Pororocas 25X1982 fl LP Queiroz 438 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie amplamente distribuiacuteda pela Ameacuterica do Sul da Venezuela ateacute o Brasil No Brasil ocorre nos estados do Planalto Central na regiatildeo Nordeste e na faixa litoracircnea desde a Bahia ateacute o Rio Grande do Sul (Delprete 2010)

Na APASB ocorre nas bordas das aacutereas florestadas e caatinga arbustiva-arboacuterea Diferencia-se das demais espeacutecies da aacuterea por apresentar haacutebito trepador com caule voluacutevel inflorescecircncia composta por cimeiras paniculadas de umbela e sementes aladas Floresce na aacuterea de julho a setembro e dezembro e frutifica em agosto e setembro

9 Guettarda angelica Mart ex MuumlllArg Flora 58 450 1875 Figuras 5a-d

Arbusto 1-3 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro a pubeacuterulo no aacutepice dos ramos entrenoacutes 6-78 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas inteiras triangulares cocircncavas aacutepice agudo 45-9 times 2 -4 mm tomentosas a pubeacuterulas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 5-19 mm compr pubeacuterulos limbo 36-70 times 19-50 mm eliacuteptico orbicular a obovado base cuneada a arredondada aacutepice agudo a obtuso margem inteira face adaxial hirsuta pubeacuterula nas nervuras face abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 8-12 pares Inflorescecircncia em cimeiras escorpioides subterminal 8-floro peduacutenculo 8-46 mm compr pubeacuterulo braacutecteas natildeo observadas 2 bracteacuteolas lineares 1-4 times 02-1 mm pubescentes Bototildees florais oblongos 5-10 times ca 2 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice truncado podendo apresentar ateacute 2 lobos 16-3 mm compr pubescente corola creme hipocrateriforme tubo 10-12 mm compr externamente tomentoso 5-mera lobos 3-5 mm compr oblongos externamente tomentosos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 2-24 mm compr alvas estigma capitado estilete 12-14 mm compr Fruto drupa 4-10 times 5-12 mm subglobosa alva a creme quando madura pubeacuterula sementes natildeo visualizadas

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Vaca Morta 9deg54rsquo236rdquo S 38deg41rsquo2266rdquo O 367 m 17IV2008 fl e fr AS Conceiccedilatildeo 1282 (HUNEB) Trilha sentido Serra do Morro 9deg52rsquo491rdquo S 38deg39rsquo220rdquo O 481 m 30VII2009 fr TMS Melo 54 (HUNEB) Estrada que vai em direccedilatildeo agrave casa sede 9deg53rsquo763rdquo S 38deg40rsquo712rdquo O 414 m 7IV2011 fr RR Varjatildeo 55 (HUNEB) Proacuteximo a casa 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 81 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo63rdquo S 38deg28rsquo687rdquo O 627 m 5V2011 fr RR Varjatildeo 76 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria ca 4 km de Olhos drsquoAacutegua de Souza 26IV2001 fl LP Queiroz et al 6552 (HRB) Paulo Afonso Raso da Catarina 14V1981 fl e fr GCP Pinto 10281 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie exclusiva do Brasil Embora tenha sido citada para o estado do Paraacute por Margalho et al (2009) eacute considerada endecircmica do domiacutenio da caatinga ocorrendo nos estados da Bahia Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco (Barbosa 2012)

Na APASB ocorre nas bordas e subosque da vegetaccedilatildeo arbustiva-arboacuterea em solos arenosos G angelica eacute muito comum em aacutereas de caatinga e amplamente documentada em herbaacuterio Eacute facilmente reconhecida atraveacutes da drupa subglobosa pubeacuterula branca quando madura flores com tubo da corola 10-12 mm compr e limbo tomentoso na face abaxial Na aacuterea floresce e frutifica de abril a julho

10 Guettarda sericea MuumlllArg Flora 58 450 1875Arbusto ca 15 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes

8-45 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas inteiras lanceoladas aacutepice

115

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

agudo 5-6 times 2 -3 mm tomentosas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 6-20 mm compr tomentosos limbo 60-120 times 20-45 mm obovado a eliacuteptico base truncada atenuada a arredondada aacutepice agudo a obtuso margem inteira tomentosa em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em cimeiras escorpioides subterminal 8-15-floro peduacutenculo 13-30 mm compr pubescente braacutecteas natildeo observadas 1 bracteacuteola linear 4-55 times 05-1 mm pubeacuterula Bototildees

florais oblongos 4-5 times 2-3 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice truncado seriacuteceo corola creme hipocrateriforme tubo 7-8 mm compr externamente tomentoso 5-mera lobos 1-2 mm compr oblongos externamente tomentosos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 2-3 mm compr alvas estigma capitado estilete 8-9 mm compr Fruto drupa 8-10 times 5-6 mm elipsoide marrom a negra quando madura pubescente sementes natildeo observadas

a

b

c

d

e

f

g

h

kli

j

Figura 5 a-d) Guettarda angelica a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Leptoscela ruellioides e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor longistila h) fruto i-l) Margaritopsis carrascoana i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-c) AS Conceiccedilatildeo 1282 d) RR Varjatildeo 55 e-h) RR Varjatildeo 01 i-k) RR Varjatildeo 118 l) RR Varjatildeo 78)Figure 5 a-d) Guettarda angelica a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Leptoscela ruellioides e) flowering branch f) stipule g) flower longuistylous h) fruit i-l) Margaritopsis carrascoana i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-c) AS Conceiccedilatildeo 1282 d) RR Varjatildeo 55 e-h) RR Varjatildeo 01 i-k) RR Varjatildeo 118 l) RR Varjatildeo 78)

116

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Natureza 10deg00rsquo14rdquo S 38deg26rsquo02rdquo O 427 m 12VIII2005 fl fr EB Miranda et al 882 (HUEFS) 10deg4rsquoS 38deg21rdquo O 17I2006 bot GC Sessegolo et al 147 (ALCB) Baixa do estreito 9deg59rsquo343rdquo S 38deg25rsquo015rdquo O 436 m 18III2009 bot AS Conceiccedilatildeo 1547 (HUNEB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie exclusiva do Nordeste do Brasil ocorrendo nos estados de Alagoas Bahia Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco em aacutereas de caatinga (Barbosa 2012)

Guettarda sericea ocorre na APASB em aacuterea com caatinga arboacuterea diferencia-se de G angelica principalmente pela drupa elipsoide pubescente marrom a negra quando madura tubo da corola 7-8 mm compr (vs 10-12 mm compr) e limbo tomentoso em ambas as faces Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos em agosto e de janeiro a marccedilo apenas em bototildees

11 Leptoscela ruellioides Hookf Icon Pl 14 1149 1873 Figuras 5e-h

Erva ereta ou com ramos apoiantes 30-80 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 12-128 cm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubescente 8-14 setas 05-3 mm compr pubescentes Folhas opostas cruzadas membranaacuteceas peciacuteolos 1-3 mm compr glabro limbo 24-52 times 8-22 mm lanceolado base cuneada aacutepice acuminado margem inteira face adaxial pubeacuterula abaxial pubescente venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras conspiacutecuas na face abaxial 3-4 pares Inflorescecircncia em cincinos alongados axilares 1-4 por ramo floriacutefero 12-20-floro peduacutenculo 20-38 mm compr glabro 2 braacutecteas 3-4 times 15-2 mm lanceoladas pubescentes 1 bracteacuteola 1-15 mm compr linear pubeacuterula Bototildees florais elipsoides 15-4 times 1-15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas heterostiacutelicas pedicelos 05-13 mm compr glabros caacutelice 5 lobos iguais 1-15 mm compr lanceolados margem pubeacuterula corola alva com fauce esverdeada e lobos lilases infundibuliforme tubo 3-45 mm compr glabro externamente internamente pubescente e com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 5-mera lobos 25-4 mm compr triangulares internamente pubescentes flores brevistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 15-2 mm compr anteras ca 18 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-2 mm compr flores longistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras ca 1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 45-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 3-4 times 15-2 mm obovoide verde glabra sementes 07-1 times 05-07 mm obovoides castanhas ventralmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Trilha do Araccedilaacute 9deg52rsquo491rdquo S 38deg38rsquo135rdquo O 535 m 8V2008 fl MVV Romatildeo 128 (HUNEB) Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo60rdquo S 38deg26rsquo16rdquo O 488 m 17X2009 fl E Melo et al 6625 (HUEFS) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo249rdquo S 38deg29rsquo318rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1642 (HUNEB) 9deg57rsquo170rdquo S 38deg26rsquo247rdquo O 575 m 19VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1770 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo116rdquo O 493 m 28VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1773 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo117rdquo O 497 m 29VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1796 (HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 fl RR Varjatildeo 01 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 71 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 12VIII2005 fl EB Miranda et al 891 (HUEFS) Uauaacute Serra do Jerocircnimo 30III2000 fl e fr ML Guedes et al 7336 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Nordeste do Brasil ocorrendo na caatinga e cerrado nos estados de Alagoas Bahia Paraiacuteba Pernambuco e Sergipe (Jardim 2012)

Na APASB L ruellioides apresenta ampla distribuiccedilatildeo ocorrendo em todos os ambientes com nuacutemero elevado de indiviacuteduos A espeacutecie eacute reconhecida pelo haacutebito ereto ou com ramos apoiantes folhas pecioladas inflorescecircncia em cincinos e caacutelice com 5 lobos iguais Coletada na aacuterea com flores de abril a setembro e dezembro e frutos em maio

12 Margaritopsis carrascoana (Delprete amp EBSouza) CMTaylor amp EBSouza Syst amp Geogr Pl 75 171 2005 Figuras 5i-l

Psychotria carrascoana Delprete amp EBSouza Novon 14 158 2004

Subarbusto 1-15 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 2-10 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 1-2 times 12 -25 mm glabras Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 1-2 mm compr limbo 11-24 times 5-10 mm eliacuteptico a oblanceolado base cuneada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial 5-9 pares Inflorescecircncia terminal uniflora seacutessil 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos ca 12 times 15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 5 lobos iguais ca 08 mm compr triangulares glabros corola alva a creme lobos com aacutepice verde infundibuliforme tubo 25-3 mm compr externamente glabro internamente com anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 5-mera lobos ca 3 mm compr oblongos-ovais reflexos glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 08-1 mm compr castanhas estigma biacutefido estilete ca 4 mm compr Fruto drupa 4-7 times 4-5 mm obovoide alaranjado ou vermelho quando maduro glabro sementes 35-4 times 25-35 mm subovoides castanhas plano-convexas dorsalmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 4XII2010 fr RR Varjatildeo 18 (HUNEB) 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 72 (HUNEB) 5V2011 fl e fr RR Varjatildeo 77 (HUNEB) 5V2011 fr RR Varjatildeo 78 (HUNEB) 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 118 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 7VI2004 fr JG Carvalho-Sobrinho et al 253 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina 8VI1985 fr L P Queiroz 564 (ALCB) 24VI1982 fr M L Guedes et al 441 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita aos estados da Bahia e Cearaacute ocorrendo em vegetaccedilatildeo do tipo caatinga e carrasco (Delprete amp Souza 2004 Taylor 2005)

Margaritopsis carrascoana estaacute sendo citada aqui pela primeira vez para o estado da Bahia Segundo Delprete amp Souza (2004) a espeacutecie ocorria apenas no estado do Cearaacute associada agrave vegetaccedilatildeo do tipo carrasco no Planalto do Ibiapaba e Chapada do Araripe admitindo sua provaacutevel ocorrecircncia em vegetaccedilatildeo semelhante no estado vizinho do Piauiacute Contudo a espeacutecie foi citada em trabalhos anteriores com ocorrecircncia para aacuterea de caatinga incluindo carrasco cerrado e florestas (Jardim amp Souza 2006)

Na APASB esta espeacutecie ocorre com mais frequecircncia no subosque da vegetaccedilatildeo em aacutereas sombreadas e solos arenosos Diferencia-se por apresentar estiacutepulas persistentes tubo da corola 25-3 mm compr e fruto drupa laranja a vermelha quando madura Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos de abril a dezembro

13 Mitracarpus baturitensis Sucre Rodrigueacutesia 26 255 1971 Figuras 6a-f

Erva ereta ca 30 cm alt monoica Caule tetragonal glabro entrenoacutes 7-88 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 2-3 mm margem pubescente 4-5 setas 05-1 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas membranaacuteceas seacutesseis limbo 8-32

117

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

times 2-4 mm linear-eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra a escabra abaxial glabrescente nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares e terminais 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 15-25 times 08-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 05-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 1-12 mm compr menores 05-08 mm compr lanceolados margem

hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo ca 1 mm compr glabro externamente anel de tricomas na metade do tubo 4-mera lobos ca 1 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras ca 06 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 1-2 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 06-08 mm subglobosa castanha quando madura glabra sementes 06-08 times ca 04 mm oblongoides castanhas face dorsal com impressatildeo cruciforme face ventral com sulcos em forma de ldquoXrdquo

a

b

c

d

e

f

g

h

k

l

i

j

m

n

pq

o

Figura 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e) semente face ventral f) semente face dorsal g-l) Mitracarpus longicalyx g) ramo floriacutefero h) estiacutepula i) flor j) fruto k) semente face ventral l) semente face lateral m-q) Mitracarpus robustus m) ramo floriacutefero n) estiacutepula o) flor p) fruto q) semente face ventral (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)Figure 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e) seed ventral view f) seed dorsal view g-l) Mitracarpus longicalyx g) flowering branch h) stipule i) flower j) fruit k) seed ventral view l) seed lateral view m-q) Mitracarpus robustus m) flowering branch n) stipule o) flower p) fruit q) seed ventral view (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)

118

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 02 (HUNEB) 27VII2011 fl e fr LR Silva 43 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Reserva Bioloacutegica de Canudos 24VI2003 fr FHM Silva et al 417 (HUEFS) Gloacuteria Brejo do Burgo 26VIII1995 fl FP Bandeira 253 (ALCB) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1178 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita ao Brasil sendo referida para o Distrito Federal e para os estados da Bahia Cearaacute Goiaacutes Mato Grosso Paraiacuteba Pernambuco e Piauiacute (Souza et al 2010)

Na APASB a espeacutecie foi encontrada em aacutereas de bordas e ambientes abertos predominantemente em solos arenosos Entretanto ocorre preferencialmente sobre solos rochosos lateriacuteticos ou sobre inselbergs e afloramentos rochosos no bioma caatinga e no cerrado (Delprete 2010 Souza et al 2010) Mitracarpus baturitensis pode ser confundida com M longicalyx que tambeacutem ocorre na aacuterea podendo ser diferenciada pelo limbo linear-eliacuteptico 2-4 mm larg tubo da corola ca 1 mm compr e sementes com impressatildeo cruciforme na face dorsal Floresce e frutifica na aacuterea de julho a setembro

14 Mitracarpus longicalyx EBSouza amp MFSales Brittonia 53 482 2001 (2002) Figuras 6g-l

Erva ereta ou ascendente ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice pubeacuterulo entrenoacutes 8-84 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 2-5 mm pubeacuterula 5-9 setas 1-3 mm compr pubeacuterulas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 21-47 times 5-14 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira face adaxial glabra abaxial com a nervura principal pubeacuterula venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-35 times 06-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-12 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 16-3 mm compr menores 1-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 15-25 mm compr papiloso externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 06-12 mm compr triangulares externamente papilosos internamente glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 28-4 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 08-1 mm subglobosa castanha quando madura aacutepice pubescente sementes 06-08 times 02-04 mm oblongoides castanhas face dorsal com depressotildees semicirculares face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg52rsquo234rdquo S 38deg38rsquo146rdquo O 492 m 30VII2008 fl TMS Melo 37 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo457rdquo S 38deg27rsquo301rdquo O 607 m 29VII2009 bot fl e fr TMS Melo 12 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquo S 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 fl e fr DD Vieira 172 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Pilatildeo Arcado Brejo do Morro 19III2006 fl EBSouza et al 1593 (HUEFS) Ribeira do Pombal 20 km da rod para Tucano 9VI2005 fl D Cardoso 562 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita agrave regiatildeo do semiaacuterido do Brasil com registros para os estados do Bahia Cearaacute Piauiacute e Pernambuco (Souza et al 2010)

Na APASB M longicalyx foi encontrada em bordas de estradas aacutereas abertas e pastagens com alta incidecircncia de luz Pode ser confundida com M baturitensis e M robustus das quais se diferencia por apresentar caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice sem alas

glomeacuterulo apical subtendido por 4 braacutecteas geralmente puacuterpuras na base e sementes com depressotildees semicirculares dorsais Coletada na aacuterea com flores e frutos de junho a julho

15 Mitracarpus robustus EBSouza amp ELCabral Rodrigueacutesia 2 345 2010 Figuras 6m-q

Mitracarpus frigidus (Willd ex Roem amp Schult) KSchum var humboldtianus KSchum Fl Bras 6 82 1888

Subarbusto erva ereta ou ascendente 40-120 cm alt monoica Caule tetragonal alado no aacutepice dos ramos glabro entrenoacutes 21-44 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-35 times 25-3 mm glabra a pubeacuterula 5-6 setas 3-5 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 20-75 times 5-15 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo margem inteira pubeacuterulo em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes em ambas as faces 3-4 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-8 por ramo floriacutefero multifloros 2(-4) braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-32 times 14-18 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 22-28 mm compr menores 06-12 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 25-35 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 1-15 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-28 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal ca 1 times 12 mm subglobosa marrom quando madura aacutepice pubescente sementes ca 06 times 06 mm oblongoides lilases face dorsal lisa face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 46 (HUNEB) Trilha secundaacuteria proacuteximo a casa da caixa drsquoaacutegua 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 47 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Conde Fazendo do Bu 13VIII1996 fl MC Ferreira et al 1023 (HRB) Jussiape em direccedilatildeo a Barra da Estiva 15VI2002 fl LP Queiroz et al 7125 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie distribuiacuteda no Brasil e na Guiana Francesa No Brasil sua ocorrecircncia estaacute registrada para o Distrito Federal e para os estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Sergipe Bahia Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Mitracarpus robustus eacute uma espeacutecie comum em solos argilosos ou areno-argilosos em solos lateriacuteticos em margens de estrada ou periferia de matas (Souza et al 2010) Na APASB estaacute distribuiacuteda nas bordas de florestas e apresenta um porte bastante robusto quando comparado agraves outras espeacutecies de Mitracarpus que ocorrem na aacuterea Pode ser diferenciada pelo caule tetragonal alado no aacutepice glomeacuterulo apical subtendido por 2 braacutecteas e sementes planas no dorso Floresce e frutifica na aacuterea em julho

16 Mitracarpus salzmannianus DC Prodr 4 571 1830 Figuras 7a-c

Mitracarpus frigidus var salzmannianus (DC) Martius Eichler amp Urban Fl bras 6 82 1888

Mitracarpus scabrellus Benth Hookerrsquos J Bot Kew Gard Misc 3 238 1841

Erva ereta 40-50 cm alt monoica Caule tetragonal pubescente entrenoacutes 65-90 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-18 times 15-2 mm pubescente 5-7 setas 4-6 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 10-42 times 2-13 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira pubescente em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma

119

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

nervuras proeminentes na face abaxial 3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 2-35 times 08-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos ca 1 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 3-32 mm compr menores 16-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 4-45 mm compr externamente piloso na metade superior anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos ca 15 mm compr triangulares pilosos externamente estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 04 mm compr anteras 05-06 mm

compr alvas estigma biacutefido estilete 5-65 mm compr Segundo Souza et al (2010) fruto caacutepsula deiscecircncia transversal (12-)15-25 mm compr obovoides glabras sementes 08-12 times 05-06 mm oblongoides ou globosas castanhas face dorsal sem depressotildees face ventral com encaixe em forma de ldquoY-invertidordquo

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 fl RR Varjatildeo 142 (HUNEB) 27VII2011 fl RR Varjatildeo 145 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Aldeia Serrota 19IX2005 fl M Colaccedilo 53 (HUEFS) Paulo Afonso Raso da

Figura 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) haacutebito b) estiacutepula c) flor d-g) Richardia grandiflora d) haacutebito e) estiacutepula f) flor g) fruto h-j) Staelia aurea h) ramo floriacutefero i) estiacutepula j) flor (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)Figure 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) habit b) stipule c) flower d-g) Richardia grandiflora d) habit e) stipule f) flower g) fruit h-j) Staelia aurea h) flowering branch i) stipule j) flower (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)

a

b

c

d

e

f

gh

i

j

120

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Catarina 10VIII2005 fl EB Miranda et al 805 (HUEFS) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1191 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Eacute uma espeacutecie amplamente distribuiacuteda ocorrendo na Guiana Francesa Suriname e Brasil No Brasil ocorre nos estados de Roraima Paraacute Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Goiaacutes Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Planta comum em solos arenosos habitando dunas campos ou chapadas tambeacutem presente como ruderal (Souza et al 2010) Na APASB foi encontrada em solos arenosos na vegetaccedilatildeo arbustiva Caracteriza-se pelo indumento denso e contiacutenuo que cobre toda a planta folhas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas aleacutem do tubo da corola com 4-45 mm compr caracteres que a diferenciam das outras espeacutecies de Mitracarpus Floresce na aacuterea em julho

17 Richardia grandiflora (Cham amp Schltdl) Steud Nomencl Bot 2 459 1841 Figuras 7d-g

Richardsonia grandiflora Cham amp Schltdl Linnaea 3 351 1828Erva procumbente ca 20 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice do ramos hirsuto entrenoacutes 8-78 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 3-5 mm pubeacuterula a hirsuta 4-7 setas 07-45 mm compr pubeacuterulas a hirsutas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 15-38 times 5-11 mm eliacuteptico a lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira estrigoso a escabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais multifloros 4 braacutecteas foliaacuteceas externas 14-17 times 7-8 mm internas 5-12 times 3-7 mm ovais hirsutas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 4-7 times 4-5 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 6 lobos iguais 3-4 mm compr lanceolados hirsutos corola alva roacutesea a lilaacutes infundibuliforme tubo 6-9 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 6-mera lobos 4-5 mm compr triangulares pilosos externamente estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 07-1 mm compr anteras 12-18 mm compr alvas estigma triacutefido estilete 8-11 mm compr Fruto esquizocarpo trecircs mericarpos 15-25 times 15-25 mm obovoide pardo quando maduro hirsuto a piloso sementes 15-2 times 06-1 mm subovoides castanhas dorso convexo sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai ao Povoado Queleacutes 9deg52rsquo532rdquo S 38deg32rsquo420rdquo O 650 m 22IX2010 fl e fr RR Varjatildeo 04 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquoS 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 bot DD Vieira 173 (HUNEB) 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 126 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 133 (HUNEB) Faz Serra Branca proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot RR Varjatildeo 79 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 1VII1995 fl FP Bandeira 173 (ALCB) Bosque de Algaroba 7VI2004 fl MVM Oliveira 748 (HUEFS) Rodelas Mocoacute 22I1987 fl GO Mattos amp BS Laacutezaro 55 (HRB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie encontrada por toda a Ameacuterica e como planta introduzida na Floacuterida Estados Unidos Ocorre nas regiotildees Norte a Sudeste e Centro-Oeste do Brasil nos estados do Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Pernambuco Bahia Mato Grosso Goiaacutes Minas Gerais Satildeo Paulo e Rio Grande do Sul (Lewis amp Oliver 1974 Delprete et al 2005 Delprete 2010)

Na APASB R grandiflora eacute muito frequente ao longo das estradas bordas da mata aacutereas abertas e pastagens com forte exposiccedilatildeo solar em solos arenosos e areno-argilosos Esta espeacutecie apresenta forte vigor vegetativo principalmente em solos feacuterteis

cobrindo completamente o solo (Delprete 2010) Pode ser confundida em campo com as espeacutecies de Diodella das quais se diferencia pelas flores hexacircmeras estigma triacutefido e frutos com trecircs mericarpos Floresce na aacuterea de maio a setembro e frutifica de junho a setembro de acordo com material analisado

18 Staelia aurea KSchum Fl Bras 677 1888 Figuras 7h-jErva ereta ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico pubeacuterulo

entrenoacutes 7-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubeacuterula 4-5 setas 05-2 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 12-27 times 14-4 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra abaxial com nervura esparsamente estrigosa venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 5-7 por ramo floriacutefero multifloros 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 14-22 times 1-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 2-26 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 3-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 2-25 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-2 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 6-65 mm compr Frutos e sementes natildeo observados

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1656 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 3VII1995 fl FP Bandeira 221 (ALCB HRB CEPEC) Juazeiro Serra do Mulato 28III2000 fl MR Fonseca et al 1247 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita ao Brasil Ocorre nas regiotildees Norte (sul do Paraacute) Centro-Oeste Nordeste e partes do Sudeste (Souza amp Sales 2004)

Staelia aurea eacute considerada uma espeacutecie de ampla distribuiccedilatildeo poreacutem na APASB eacute escassa Pode ser confundida com S virgata da qual se diferencia por apresentar caule pubeacuterulo tubo da corola 3-45 mm compr e 5-7 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Foi coletada na aacuterea com flores em junho

19 Staelia galioides DC Prodr 4 573 1830 Figuras 8a-dSpermacoce galioides Pohl ex DC Prodr 4 573 1830Erva ereta 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro

a pubeacuterulo entrenoacutes 03-08 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 15-2 mm pubeacuterula 3 setas 06-18 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 6-17 times 05-25 mm linear-lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 6-10 por ramo floriacutefero multifloros (2)-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 18-3 times 06-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 1-16 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo 35-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 15-24 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 15-18 mm compr anteras 08-1 mm compr alvas a lilases estigma biacutefido estilete 5-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 1-12 mm obovoide verde

121

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

glabra sementes 06-08 times 04-06 mm oblongoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg53rsquo471rdquo S 38deg39rsquo131rdquo O 196 m 21V2008 fl e fr MVV Romatildeo 239 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 22 (HUNEB) 9deg56rsquo807rdquo S 38deg27rsquo330rdquo O 24II2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 37 (HUNEB) 9deg55rsquo776rdquo S 38deg29rsquo40rdquo O 652m 8IV2011 fl e fr RR Varjatildeo 69 (HUNEB) 9deg32rsquo934rdquo S 38deg32rsquo234rdquo O 657 m 5V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 74

(HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 117 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Ribeira do Pombal 19V1981 fl P Geraldo13181 (CEPEC) Rodelas dunas cabeccedila de boi 24II1988 fl e fr RP Orlandi 828 (HRB)

Distribuiccedilatildeo A espeacutecie apresenta distribuiccedilatildeo exclusiva no Brasil Ocorre na regiatildeo Centro-Oeste em Goiaacutes e Tocantins e no Nordeste em Alagoas Bahia Pernambuco e Piauiacute (Souza amp Sales 2004)

Figura 8 a-d) Staelia galioides a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Staelia virgata e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Tocoyena formosa i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)Figure 8 a-d) Staelia galioides a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Staelia virgata e flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Tocoyena formosa i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)

a

b c

d

e

f

g

h

i

j

k

l

122

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Na APASB a espeacutecie eacute amplamente distribuiacuteda apresentando nuacutemero elevado de indiviacuteduos Eacute encontrada em aacutereas abertas bordas de estradas e no interior da vegetaccedilatildeo subarbustiva em solos arenosos Pode ser reconhecida por apresentar estiacutepulas com 3 setas limbo linear-lanceolado lobos do caacutelice 1-16 mm compr diferenciando-se de S aurea que possui estiacutepulas com 4-5 setas limbo lanceolado e lobos do caacutelice 2-26 mm compr Floresce e frutifica na aacuterea de janeiro a junho

20 Staelia virgata (Link ex Roem amp Schult) KSchum Fl Bras 6(6) 76 1889 Figuras 8e-h

Spermacoce virgata Link ex Roem amp Schult Syst Veget 3 281 531 1818

Erva ereta ca 60 cm alt monoica Caule tetragonal glabro a glabrescente entrenoacutes 10-33 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2times ca 18 mm pubeacuterula no aacutepice 5-7 setas 12-25 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 13-30 times 1-3 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente em ambas as faces 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-4 por ramo floriacutefero multifloros 2-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 25-3 times 1-15 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 25-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo ca 5 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 25-3 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 2-3 mm compr anteras 08-12 mm compr alvas estigma biacutefido estilete ca 8 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 08-1 mm obovoide verde hirsuto sementes 06-1 times ca 04 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai da ESEC-Raso da Catarina agrave APA Serra Branca 9deg52rsquo78rdquo S 38deg31rsquo65rdquo O 624 m 27VII2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 140 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos estrada para a estaccedilatildeo bioloacutegica 26VI2002 fl LP Queiroz et al 7197 (HUEFS) Gloacuteria Serrota 2IX2006 fl S Leal 39 (HUEFS) Paulo Afonso BR-110 Norte 23VIII2005 fl DS Carneiro-Torres et al 483 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Ocorre em todo o Brasil parte dos territoacuterios do Peru Boliacutevia Paraguai ateacute o norte da Argentina No Brasil sua distribuiccedilatildeo vai desde o Amazonas Bahia Cearaacute Maranhatildeo Paraacute Paraiacuteba Pernambuco Piauiacute ateacute os estados da regiatildeo Sul (Souza amp Sales 2004)

Considerada por Souza amp Sales (2004) a espeacutecie mais amplamente distribuiacuteda entre as estudadas em seu trabalho S virgata foi encontrada na APASB apenas no periacuteodo chuvoso em vegetaccedilatildeo subarbustiva Pode ser confundida com as outras espeacutecies de Staelia ocorrentes na aacuterea diferenciando-se pelo conjunto de caracteriacutesticas caule glabro a glabrescente estiacutepula com 5-7 setas tubo da corola ca 5 mm compr e 2-4 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Encontrada na aacuterea com flores e frutos em julho

21 Tocoyena formosa (Cham amp Schltdl) KSchum Fl Bras 6 347 1889 Figuras 8i-l

Gardenia formosa Cham amp Schltdl Linnaea 4 200 1829Arbusto 13-17 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro

pubeacuterulo no aacutepice entrenoacutes 4-22 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 4-7 times 6 -8 mm glabras internamente pubeacuterulas e com coleacuteteres Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas a subcoriaacuteceas peciacuteolos 5-17 mm compr pubeacuterulos limbo

75-150 times 45-80 mm oval a eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial pubescente abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em dicaacutesios congestos terminais 4-7-floro peduacutenculo 2-7 mm compr pubeacuterulo braacutecteas e bracteacuteolas natildeo visualizadas Bototildees florais ovais 25-100 times 6-9 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas subseacutesseis caacutelice 5 lobos denteados 08-1 mm compr triangulares tomentosos tubo 1-2 mm compr tomentoso corola amarela hipocrateriforme tubo 75-95 mm compr externamente tomentoso internamente glabro 5-mera lobos 12-27 mm compr obovados externamente tomentosos internamente glabros estames exsertos seacutesseis anteras 7-10 mm compr marrons estigma biacutefido estilete 84-98 mm compr Fruto baga 25-35 times 18-30 mm globosa negra quando madura pubeacuterula sementes 5-6 times 45-7 mm orbiculares planas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 17I2006 fr GC Sessegolo 158 (MBM) 9deg57rsquo044rdquo S 38deg42rsquo289rdquo O 313 m 13III2008 fr AS Conceiccedilatildeo 1268 (HUNEB) Baixa grande 9deg58rsquo370rdquo S 38deg27rsquo086rdquo O 561 m 19III2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1560 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fr AS Conceiccedilatildeo 1707 (HUNEB) 9deg55rsquo48rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot RR Varjatildeo 24 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 27 (HUNEB) 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 bot e fr RR Varjatildeo 65 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 16II2003 fl FHM Silva et al322 (HUEFS) Tucano Estrada para Ribeira do Pombal 21III1992 fl AM Carvalho et al 3894 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Esta espeacutecie tem ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica do Sul encontrada no Suriname Brasil e Paraguai ocorrendo em todas as regiotildees brasileiras (Prado 1987)

Na APASB os indiviacuteduos encontram-se distribuiacutedos nas bordas e interior da vegetaccedilatildeo de porte arbustivo-arboacutereo e solos arenosos T formosa pode ser reconhecida na aacuterea pelo haacutebito arbustivo de flores vistosas tubo da corola 75-95 mm compr amarela e baga com 25-35 times 18-30 mm negra quando madura Floresce na aacuterea de janeiro a maio e frutifica em janeiro maio e junho

Agradecimentos

Agrave Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) pelo apoio financeiro ao projeto (PET 00232007) Agrave CAPES pela concessatildeo da bolsa de mestrado a primeira autora Aos curadores e teacutecnicos dos Herbaacuterios visitados e ao Natanael Santos pelas ilustraccedilotildees botacircnicas Aos dois revisores anocircnimos pelas significativas contribuiccedilotildees ao manuscrito

Referecircncias BibliograacuteficasBARBOSA MRV amp ZAPPI D 2002 Distribuiccedilatildeo das espeacutecies de

Rubiaceae na caatinga In Vegetaccedilatildeo e Flora da caatinga (EVSB Sampaio AM Giulietti JE Virginio CFL Gamarra-Rojas eds) APNECNIP Recife p155-157

BARBOSA MRV SOUSA EB amp JARDIM JG 2006 Rubiaceae In Checklist das Plantas do Nordeste Brasileiro Angiospermas e Gymnosperma (MRV Barbosa C Sothers S Mayo CFL Gamarra-Rojas amp CA Mesquita eds) Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia Brasiacutelia p135-140

BARBOSA MR ZAPPI D TAYLOR C CABRAL E JARDIM JG PEREIRA MS CALIOacute MF PESSOA MCR SALAS R SOUZA EB DI MAIO FR MACIAS L ANUNCIACcedilAtildeO EA DA GERMANO FILHO P amp OLIVEIRA JA 2012 Rubiaceae In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000210 (uacuteltimo acesso em 06112012)

123

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

BARBOSA MR 2012 Guettarda In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB014052 (uacuteltimo acesso em 06112012)

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente - MMA 2007 Aacutereas prioritaacuterias para conservaccedilatildeo uso sustentaacutevel e reparticcedilatildeo dos benefiacutecios da biodiversidade brasileira Secretaria de Biodiversidade e Florestas Brasiacutelia Mapa versatildeo 22 set2007

BRUMMITT RK amp POWELL CE 1992 Authors of plant names Royal Botanic Gardens Kew London

CABRAL EL amp BACIGALUPO NM 2005 Novelties in Spermacoceae (Rubiaceae) from Bolivia and Paraguay Brittonia 57(2)129-140 httpdxdoiorg1016630007-196X(2005)057[0129NISRFB]20CO2

CABRAL EL amp FADER AAC 2010 Nuevas combinaciones y nuevos sinocircnimos en especies de Brasil de Diodia s lat (Spermacoceae - Rubiaceae) Rodrigueacutesia 61(1)119-121

CABRAL EL MIGUEL LM amp SALAS RM 2011 Dos especies nuevas de Borreria (Rubiaceae) sinopsis y clave de las especies para Bahia Brasil Acta Bot Bras 25(2)255-276 httpdxdoiorg101590S0102-33062011000200002

CABRAL E amp SALAS R 2012 Diodella In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB038741 (uacuteltimo acesso em 06112012)

CAMPOS MTVA ZAPPI DC CALIOacute MF amp PIRANI JR 2006 Flora de Gratildeo-Mogol Minas Gerais Rubiaceae Bol Bot Univ Satildeo Paulo 2441-67

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2004 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v1 344p

DELPRETE PG amp SOUZA EB 2004 Psychotria carrascoana (Rubiaceae) a new species from the Carrasco Vegetation of Northeastern Brazil Novon 14158-162

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2005 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v2 p345-842

DELPRETE PG 2010 Rubiaceae In Flora do Estado de Goiaacutes e Tocantins (JA Rizzo org) PRPPGUFG IRD Goiacircnia v40 1610p

FORZZA RC COSTA A WALTER BMT PIRANI JR MORIM MP QUEIROZ LP MARTINELLI G PEIXOTO AL COELHO MAN BAUMGRATZ JFA STEHMANN JR LOHMANN LG amp HOPKINS M 2012 Angiospermas In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000032 (uacuteltimo acesso em 05112012)

JARDIM JG amp SOUZA EB 2006 Rubiaceae In Diversidade e Caracterizaccedilatildeo das Faneroacutegamas do Semiaacuterido Brasileiro (AM Giulietti AA Conceiccedilatildeo amp LP Queiroz orgs) Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife p203-209

JARDIM JG 2012 Leptoscela In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB020761 (uacuteltimo acesso em 06112012)

JUNG-MENDACcedilOLLI SL 2007 Rubiaceae In Flora Fanerocircgama do Estado de Satildeo Paulo (MGL Wanderley GJ Shepherd TS Melhem amp AM Giulietti coords) FAPESBRIMA Satildeo Paulo v5 p259-447

GOVAERTS R ANDERSSON L ROBBRECHT E BRIDSON D DAVIS A SCHANZER I amp SONKE B 2011 [continuously uploaded] World Checklist of Rubiaceae Facilitated by the Royal Botanic Gardens httpappskeworgwcspqsearchdo (uacuteltimo acesso em 2422012)

HARRIS JG amp HARRIS MW 2001 Plant identification terminology An illustrated glossary 2 ed Spring Lake Publishing Spring Lake

LEAL IR SILVA JMC Da TABARELLI M amp LACHER TE 2005 Changing the Course of Biodiversity Conservation in the caatinga of Northeastern Brazil Conserv Biol 19(3)701-706 httpdxdoiorg101111j1523-1739200500703x

LEWIS WH amp OLIVER RL 1974 Revision of Richardia (Rubiaceae) Brittonia 26271-301 httpdxdoiorg1023072805730

MARGALHO LF ROCHA AES amp SECCO RS 2009 Rubiaceae Juss da restinga da APA de AlgodoalMaiandeua Maracanatilde Paraacute Brasil Bol Mus Para Emiacutelio Goeldi Cienc Nat 4(3)303-339

MORI SA SILVA LAM LISBOA GE amp CORADIN L 1989 Manual de Manejo do Herbaacuterio Fanerogacircmico Centro de Pesquisa do Cacau Ilheacuteus

PEEL MC FINLAYSON BL amp MCMAHON TA 2007 Updated world map of the Koumlppen-Geiger climate classification Hydrol Earth Syst Sc 111633-1644 httpdxdoiorg105194hess-11-1633-2007

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2004 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelias Antirheoideae Cinchonoideae e Ixoroideae Acta Bot Bras 18(2)305-318 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000200010

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2006 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelia Rubioideae Acta Bot Bras 20(2)455-470 httpdxdoiorg101590S0102-33062006000200021

PRADO AL 1987 Revisatildeo taxonocircmica do gecircnero Tocoyena Aubl (Rubiaceae) no Brasil Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Estadual de Campinas Satildeo Paulo

RADFORD AE DICKISON WC MASSEY JR amp BELL R 1974 Vascular Plant Systematics Harper amp Row publishers New York

ROBBRECHT E 1988 Tropical woody Rubiaceae Characteristic features and progressions Contributions to a new subfamilial classification Opera Bot Belg 11-271

SOUZA EB amp SALES MF 2004 O gecircnero Staelia Cham amp Schtdl (Rubiaceae-Spermacoceae) no Estado de Pernambuco Brasil Acta Bot Bras 18(4)921-928 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000400023

SOUZA EB CABRAL EL amp ZAPPI DC 2010 Revisatildeo de Mitracarpus (Rubiaceae - Spermacoceae) para o Brasil Rodrigueacutesia 61(2)319-352

SZABO AV ROCHA ACS TOSATO JAC amp BARROSO W 2007 Aacuterea de proteccedilatildeo ambiental (APA) Serra Branca Raso da Catarina In As caatingas debates sobre a Ecorregiatildeo do Raso da Catarina (J Marques org) Fonte Viva Paulo Afonso p21-40

TAYLOR CM 2005 Margaritopsis (Rubiaceae Psychotrieae) in the Neotropics Syst Geogr Pl 75(2)161-177

THIERS B 2011 [continuously updated] Index Herbariorum a global directory of public herbaria and associated staff New York Botanical Gardenrsquos Virtual Herbarium httpsweetgumnybgorgih (uacuteltimo acesso em 28102011)

VELLOSO AL SAMPAIO EVSB GIULIETTI AM BARBOSA MRV CASTRO AAJF QUEIROZ LP FERNANDES A OREN DC CESTARO LA CASTRO AJE PAREYN FGC SILVA FBR MIRANDA EE KEEL S amp GONDIM RS 2002 Ecorregiotildees Propostas para o Bioma caatinga TNC-Brasil Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife

ZAPPI DC amp STANNARD BL 1995 Rubiaceae In Flora of the Pico das Almas Chapada Diamantina Bahia Brazil (BL Stannard ed) Royal Botanic GardensUSPCEPLAC Kew p546-578

ZAPPI DC amp NUNES TS 2002 Preliminary list of the Rubiaceae in Nortehastern Brazil Royal Botanic Gardens Kew

Recebido em 09072012 Versatildeo reformulada recebida em 15112012

Publicado em 03042013

Page 11: Biota Neotrop., vol. 13, no. 2 - redalyc.org · Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico

114

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

tubo 4-mera lobos 15-2 mm compr triangulares externamente pubeacuterulos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma capitado estilete 3-55 mm compr Fruto esquizocarpo dois mericarpos ca 4 times 25-3 mm globoso a subovoide marrom quando maduro pubescente sementes 2-3 times 15-2 mm obovoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Trilha sentido Serra do Navio 9deg52rsquo491rdquo S 38deg39rsquo220rdquo O 481 m 31VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1870 (HUNEB) Proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot e fr RR Varjatildeo 80 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 27VI2002 fl LP Queiroz et al 7220 (HUEFS) 18IV2004 fl FHM Silva amp LCL Lima 500 (HUEFS) Gloacuteria BA-210 sentido Rodelas 7VI2007 fl e fr AS Conceiccedilatildeo et al 1010 (HUEFS) Serrota 5IX2006 fl S Leal 56 (HUEFS) Ribeira do Pombal 16VIII2003 fl e fr ML Guedes et al 10570 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie neotropical ocorrendo no Sudeste dos Estados Unidos Ameacuterica Central e Ameacuterica do Sul (Cabral amp Bacigalupo 2005 Campos et al 2006) No Brasil distribui-se por quase todo o territoacuterio nacional (Cabral amp Salas 2012)

Na APASB D teres eacute encontrada em aacutereas abertas com forte exposiccedilatildeo solar e solo arenoso Distingue-se das demais espeacutecies de Diodella encontradas na aacuterea por apresentar haacutebito procumbente limbo com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas lanceolado 2-5 flores por axila Encontrada na aacuterea com flores em maio e julho e frutos em maio

8 Emmeorhiza umbellata (Spreng) KSchum Fl Bras 6(6) 408 1889 Figuras 4i-l

Borreria umbellata Spreng Neue Entd 2 144 1821Endlichera umbellata KSchum Fl Bras 6(6) 38 1888Trepadeira monoica Caule tetragonal glabro a pubeacuterulo

entrenoacutes 16-67 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-3 times 2-3 mm glabra a pubeacuterula 6-7 setas 2-6 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 32-76 times 11-25 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial esparsamente estrigosa abaxial pubeacuterula nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em cimeiras paniculadas de umbela terminais ou axilares 1-4 por ramo floriacutefero multifloros peduacutenculo 20-40 mm compr glabro 2 braacutecteas 12-20 times 5-8 mm lanceoladas pubeacuterulas 2 bracteacuteolas 15-4 times 05-15 mm eliacutepticas glabras Bototildees florais oblongos 15-2 times 05-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 17-25 mm compr glabros caacutelice 4 lobos iguais 05-1 mm compr lanceolados glabros corola alva infundibuliforme tubo 05-1 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 1-12 mm compr triangulares glabros estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras ca 05 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 1-15 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 3-4 times ca 1 mm obovoide marrom quando maduro glabra sementes 25-3 times 03-05 mm elipsoides castanhas porccedilatildeo central escurecida em ambas as faces aladas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo59rdquo S 38deg26rsquo24rdquo O 506 m 17X2009 fl E Melo et al 6683 (HUEFS) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 23IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 05 (HUNEB) Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 bot RR Varjatildeo 146 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Beira do rio seco 18X2009 fl E Melo et al 6736 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina Mata das Pororocas 25X1982 fl LP Queiroz 438 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie amplamente distribuiacuteda pela Ameacuterica do Sul da Venezuela ateacute o Brasil No Brasil ocorre nos estados do Planalto Central na regiatildeo Nordeste e na faixa litoracircnea desde a Bahia ateacute o Rio Grande do Sul (Delprete 2010)

Na APASB ocorre nas bordas das aacutereas florestadas e caatinga arbustiva-arboacuterea Diferencia-se das demais espeacutecies da aacuterea por apresentar haacutebito trepador com caule voluacutevel inflorescecircncia composta por cimeiras paniculadas de umbela e sementes aladas Floresce na aacuterea de julho a setembro e dezembro e frutifica em agosto e setembro

9 Guettarda angelica Mart ex MuumlllArg Flora 58 450 1875 Figuras 5a-d

Arbusto 1-3 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro a pubeacuterulo no aacutepice dos ramos entrenoacutes 6-78 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas inteiras triangulares cocircncavas aacutepice agudo 45-9 times 2 -4 mm tomentosas a pubeacuterulas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 5-19 mm compr pubeacuterulos limbo 36-70 times 19-50 mm eliacuteptico orbicular a obovado base cuneada a arredondada aacutepice agudo a obtuso margem inteira face adaxial hirsuta pubeacuterula nas nervuras face abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 8-12 pares Inflorescecircncia em cimeiras escorpioides subterminal 8-floro peduacutenculo 8-46 mm compr pubeacuterulo braacutecteas natildeo observadas 2 bracteacuteolas lineares 1-4 times 02-1 mm pubescentes Bototildees florais oblongos 5-10 times ca 2 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice truncado podendo apresentar ateacute 2 lobos 16-3 mm compr pubescente corola creme hipocrateriforme tubo 10-12 mm compr externamente tomentoso 5-mera lobos 3-5 mm compr oblongos externamente tomentosos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 2-24 mm compr alvas estigma capitado estilete 12-14 mm compr Fruto drupa 4-10 times 5-12 mm subglobosa alva a creme quando madura pubeacuterula sementes natildeo visualizadas

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Vaca Morta 9deg54rsquo236rdquo S 38deg41rsquo2266rdquo O 367 m 17IV2008 fl e fr AS Conceiccedilatildeo 1282 (HUNEB) Trilha sentido Serra do Morro 9deg52rsquo491rdquo S 38deg39rsquo220rdquo O 481 m 30VII2009 fr TMS Melo 54 (HUNEB) Estrada que vai em direccedilatildeo agrave casa sede 9deg53rsquo763rdquo S 38deg40rsquo712rdquo O 414 m 7IV2011 fr RR Varjatildeo 55 (HUNEB) Proacuteximo a casa 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 81 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo63rdquo S 38deg28rsquo687rdquo O 627 m 5V2011 fr RR Varjatildeo 76 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria ca 4 km de Olhos drsquoAacutegua de Souza 26IV2001 fl LP Queiroz et al 6552 (HRB) Paulo Afonso Raso da Catarina 14V1981 fl e fr GCP Pinto 10281 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie exclusiva do Brasil Embora tenha sido citada para o estado do Paraacute por Margalho et al (2009) eacute considerada endecircmica do domiacutenio da caatinga ocorrendo nos estados da Bahia Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco (Barbosa 2012)

Na APASB ocorre nas bordas e subosque da vegetaccedilatildeo arbustiva-arboacuterea em solos arenosos G angelica eacute muito comum em aacutereas de caatinga e amplamente documentada em herbaacuterio Eacute facilmente reconhecida atraveacutes da drupa subglobosa pubeacuterula branca quando madura flores com tubo da corola 10-12 mm compr e limbo tomentoso na face abaxial Na aacuterea floresce e frutifica de abril a julho

10 Guettarda sericea MuumlllArg Flora 58 450 1875Arbusto ca 15 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes

8-45 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas inteiras lanceoladas aacutepice

115

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

agudo 5-6 times 2 -3 mm tomentosas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 6-20 mm compr tomentosos limbo 60-120 times 20-45 mm obovado a eliacuteptico base truncada atenuada a arredondada aacutepice agudo a obtuso margem inteira tomentosa em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em cimeiras escorpioides subterminal 8-15-floro peduacutenculo 13-30 mm compr pubescente braacutecteas natildeo observadas 1 bracteacuteola linear 4-55 times 05-1 mm pubeacuterula Bototildees

florais oblongos 4-5 times 2-3 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice truncado seriacuteceo corola creme hipocrateriforme tubo 7-8 mm compr externamente tomentoso 5-mera lobos 1-2 mm compr oblongos externamente tomentosos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 2-3 mm compr alvas estigma capitado estilete 8-9 mm compr Fruto drupa 8-10 times 5-6 mm elipsoide marrom a negra quando madura pubescente sementes natildeo observadas

a

b

c

d

e

f

g

h

kli

j

Figura 5 a-d) Guettarda angelica a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Leptoscela ruellioides e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor longistila h) fruto i-l) Margaritopsis carrascoana i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-c) AS Conceiccedilatildeo 1282 d) RR Varjatildeo 55 e-h) RR Varjatildeo 01 i-k) RR Varjatildeo 118 l) RR Varjatildeo 78)Figure 5 a-d) Guettarda angelica a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Leptoscela ruellioides e) flowering branch f) stipule g) flower longuistylous h) fruit i-l) Margaritopsis carrascoana i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-c) AS Conceiccedilatildeo 1282 d) RR Varjatildeo 55 e-h) RR Varjatildeo 01 i-k) RR Varjatildeo 118 l) RR Varjatildeo 78)

116

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Natureza 10deg00rsquo14rdquo S 38deg26rsquo02rdquo O 427 m 12VIII2005 fl fr EB Miranda et al 882 (HUEFS) 10deg4rsquoS 38deg21rdquo O 17I2006 bot GC Sessegolo et al 147 (ALCB) Baixa do estreito 9deg59rsquo343rdquo S 38deg25rsquo015rdquo O 436 m 18III2009 bot AS Conceiccedilatildeo 1547 (HUNEB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie exclusiva do Nordeste do Brasil ocorrendo nos estados de Alagoas Bahia Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco em aacutereas de caatinga (Barbosa 2012)

Guettarda sericea ocorre na APASB em aacuterea com caatinga arboacuterea diferencia-se de G angelica principalmente pela drupa elipsoide pubescente marrom a negra quando madura tubo da corola 7-8 mm compr (vs 10-12 mm compr) e limbo tomentoso em ambas as faces Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos em agosto e de janeiro a marccedilo apenas em bototildees

11 Leptoscela ruellioides Hookf Icon Pl 14 1149 1873 Figuras 5e-h

Erva ereta ou com ramos apoiantes 30-80 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 12-128 cm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubescente 8-14 setas 05-3 mm compr pubescentes Folhas opostas cruzadas membranaacuteceas peciacuteolos 1-3 mm compr glabro limbo 24-52 times 8-22 mm lanceolado base cuneada aacutepice acuminado margem inteira face adaxial pubeacuterula abaxial pubescente venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras conspiacutecuas na face abaxial 3-4 pares Inflorescecircncia em cincinos alongados axilares 1-4 por ramo floriacutefero 12-20-floro peduacutenculo 20-38 mm compr glabro 2 braacutecteas 3-4 times 15-2 mm lanceoladas pubescentes 1 bracteacuteola 1-15 mm compr linear pubeacuterula Bototildees florais elipsoides 15-4 times 1-15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas heterostiacutelicas pedicelos 05-13 mm compr glabros caacutelice 5 lobos iguais 1-15 mm compr lanceolados margem pubeacuterula corola alva com fauce esverdeada e lobos lilases infundibuliforme tubo 3-45 mm compr glabro externamente internamente pubescente e com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 5-mera lobos 25-4 mm compr triangulares internamente pubescentes flores brevistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 15-2 mm compr anteras ca 18 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-2 mm compr flores longistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras ca 1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 45-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 3-4 times 15-2 mm obovoide verde glabra sementes 07-1 times 05-07 mm obovoides castanhas ventralmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Trilha do Araccedilaacute 9deg52rsquo491rdquo S 38deg38rsquo135rdquo O 535 m 8V2008 fl MVV Romatildeo 128 (HUNEB) Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo60rdquo S 38deg26rsquo16rdquo O 488 m 17X2009 fl E Melo et al 6625 (HUEFS) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo249rdquo S 38deg29rsquo318rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1642 (HUNEB) 9deg57rsquo170rdquo S 38deg26rsquo247rdquo O 575 m 19VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1770 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo116rdquo O 493 m 28VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1773 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo117rdquo O 497 m 29VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1796 (HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 fl RR Varjatildeo 01 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 71 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 12VIII2005 fl EB Miranda et al 891 (HUEFS) Uauaacute Serra do Jerocircnimo 30III2000 fl e fr ML Guedes et al 7336 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Nordeste do Brasil ocorrendo na caatinga e cerrado nos estados de Alagoas Bahia Paraiacuteba Pernambuco e Sergipe (Jardim 2012)

Na APASB L ruellioides apresenta ampla distribuiccedilatildeo ocorrendo em todos os ambientes com nuacutemero elevado de indiviacuteduos A espeacutecie eacute reconhecida pelo haacutebito ereto ou com ramos apoiantes folhas pecioladas inflorescecircncia em cincinos e caacutelice com 5 lobos iguais Coletada na aacuterea com flores de abril a setembro e dezembro e frutos em maio

12 Margaritopsis carrascoana (Delprete amp EBSouza) CMTaylor amp EBSouza Syst amp Geogr Pl 75 171 2005 Figuras 5i-l

Psychotria carrascoana Delprete amp EBSouza Novon 14 158 2004

Subarbusto 1-15 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 2-10 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 1-2 times 12 -25 mm glabras Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 1-2 mm compr limbo 11-24 times 5-10 mm eliacuteptico a oblanceolado base cuneada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial 5-9 pares Inflorescecircncia terminal uniflora seacutessil 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos ca 12 times 15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 5 lobos iguais ca 08 mm compr triangulares glabros corola alva a creme lobos com aacutepice verde infundibuliforme tubo 25-3 mm compr externamente glabro internamente com anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 5-mera lobos ca 3 mm compr oblongos-ovais reflexos glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 08-1 mm compr castanhas estigma biacutefido estilete ca 4 mm compr Fruto drupa 4-7 times 4-5 mm obovoide alaranjado ou vermelho quando maduro glabro sementes 35-4 times 25-35 mm subovoides castanhas plano-convexas dorsalmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 4XII2010 fr RR Varjatildeo 18 (HUNEB) 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 72 (HUNEB) 5V2011 fl e fr RR Varjatildeo 77 (HUNEB) 5V2011 fr RR Varjatildeo 78 (HUNEB) 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 118 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 7VI2004 fr JG Carvalho-Sobrinho et al 253 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina 8VI1985 fr L P Queiroz 564 (ALCB) 24VI1982 fr M L Guedes et al 441 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita aos estados da Bahia e Cearaacute ocorrendo em vegetaccedilatildeo do tipo caatinga e carrasco (Delprete amp Souza 2004 Taylor 2005)

Margaritopsis carrascoana estaacute sendo citada aqui pela primeira vez para o estado da Bahia Segundo Delprete amp Souza (2004) a espeacutecie ocorria apenas no estado do Cearaacute associada agrave vegetaccedilatildeo do tipo carrasco no Planalto do Ibiapaba e Chapada do Araripe admitindo sua provaacutevel ocorrecircncia em vegetaccedilatildeo semelhante no estado vizinho do Piauiacute Contudo a espeacutecie foi citada em trabalhos anteriores com ocorrecircncia para aacuterea de caatinga incluindo carrasco cerrado e florestas (Jardim amp Souza 2006)

Na APASB esta espeacutecie ocorre com mais frequecircncia no subosque da vegetaccedilatildeo em aacutereas sombreadas e solos arenosos Diferencia-se por apresentar estiacutepulas persistentes tubo da corola 25-3 mm compr e fruto drupa laranja a vermelha quando madura Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos de abril a dezembro

13 Mitracarpus baturitensis Sucre Rodrigueacutesia 26 255 1971 Figuras 6a-f

Erva ereta ca 30 cm alt monoica Caule tetragonal glabro entrenoacutes 7-88 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 2-3 mm margem pubescente 4-5 setas 05-1 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas membranaacuteceas seacutesseis limbo 8-32

117

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

times 2-4 mm linear-eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra a escabra abaxial glabrescente nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares e terminais 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 15-25 times 08-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 05-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 1-12 mm compr menores 05-08 mm compr lanceolados margem

hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo ca 1 mm compr glabro externamente anel de tricomas na metade do tubo 4-mera lobos ca 1 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras ca 06 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 1-2 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 06-08 mm subglobosa castanha quando madura glabra sementes 06-08 times ca 04 mm oblongoides castanhas face dorsal com impressatildeo cruciforme face ventral com sulcos em forma de ldquoXrdquo

a

b

c

d

e

f

g

h

k

l

i

j

m

n

pq

o

Figura 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e) semente face ventral f) semente face dorsal g-l) Mitracarpus longicalyx g) ramo floriacutefero h) estiacutepula i) flor j) fruto k) semente face ventral l) semente face lateral m-q) Mitracarpus robustus m) ramo floriacutefero n) estiacutepula o) flor p) fruto q) semente face ventral (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)Figure 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e) seed ventral view f) seed dorsal view g-l) Mitracarpus longicalyx g) flowering branch h) stipule i) flower j) fruit k) seed ventral view l) seed lateral view m-q) Mitracarpus robustus m) flowering branch n) stipule o) flower p) fruit q) seed ventral view (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)

118

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 02 (HUNEB) 27VII2011 fl e fr LR Silva 43 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Reserva Bioloacutegica de Canudos 24VI2003 fr FHM Silva et al 417 (HUEFS) Gloacuteria Brejo do Burgo 26VIII1995 fl FP Bandeira 253 (ALCB) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1178 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita ao Brasil sendo referida para o Distrito Federal e para os estados da Bahia Cearaacute Goiaacutes Mato Grosso Paraiacuteba Pernambuco e Piauiacute (Souza et al 2010)

Na APASB a espeacutecie foi encontrada em aacutereas de bordas e ambientes abertos predominantemente em solos arenosos Entretanto ocorre preferencialmente sobre solos rochosos lateriacuteticos ou sobre inselbergs e afloramentos rochosos no bioma caatinga e no cerrado (Delprete 2010 Souza et al 2010) Mitracarpus baturitensis pode ser confundida com M longicalyx que tambeacutem ocorre na aacuterea podendo ser diferenciada pelo limbo linear-eliacuteptico 2-4 mm larg tubo da corola ca 1 mm compr e sementes com impressatildeo cruciforme na face dorsal Floresce e frutifica na aacuterea de julho a setembro

14 Mitracarpus longicalyx EBSouza amp MFSales Brittonia 53 482 2001 (2002) Figuras 6g-l

Erva ereta ou ascendente ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice pubeacuterulo entrenoacutes 8-84 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 2-5 mm pubeacuterula 5-9 setas 1-3 mm compr pubeacuterulas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 21-47 times 5-14 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira face adaxial glabra abaxial com a nervura principal pubeacuterula venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-35 times 06-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-12 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 16-3 mm compr menores 1-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 15-25 mm compr papiloso externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 06-12 mm compr triangulares externamente papilosos internamente glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 28-4 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 08-1 mm subglobosa castanha quando madura aacutepice pubescente sementes 06-08 times 02-04 mm oblongoides castanhas face dorsal com depressotildees semicirculares face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg52rsquo234rdquo S 38deg38rsquo146rdquo O 492 m 30VII2008 fl TMS Melo 37 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo457rdquo S 38deg27rsquo301rdquo O 607 m 29VII2009 bot fl e fr TMS Melo 12 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquo S 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 fl e fr DD Vieira 172 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Pilatildeo Arcado Brejo do Morro 19III2006 fl EBSouza et al 1593 (HUEFS) Ribeira do Pombal 20 km da rod para Tucano 9VI2005 fl D Cardoso 562 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita agrave regiatildeo do semiaacuterido do Brasil com registros para os estados do Bahia Cearaacute Piauiacute e Pernambuco (Souza et al 2010)

Na APASB M longicalyx foi encontrada em bordas de estradas aacutereas abertas e pastagens com alta incidecircncia de luz Pode ser confundida com M baturitensis e M robustus das quais se diferencia por apresentar caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice sem alas

glomeacuterulo apical subtendido por 4 braacutecteas geralmente puacuterpuras na base e sementes com depressotildees semicirculares dorsais Coletada na aacuterea com flores e frutos de junho a julho

15 Mitracarpus robustus EBSouza amp ELCabral Rodrigueacutesia 2 345 2010 Figuras 6m-q

Mitracarpus frigidus (Willd ex Roem amp Schult) KSchum var humboldtianus KSchum Fl Bras 6 82 1888

Subarbusto erva ereta ou ascendente 40-120 cm alt monoica Caule tetragonal alado no aacutepice dos ramos glabro entrenoacutes 21-44 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-35 times 25-3 mm glabra a pubeacuterula 5-6 setas 3-5 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 20-75 times 5-15 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo margem inteira pubeacuterulo em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes em ambas as faces 3-4 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-8 por ramo floriacutefero multifloros 2(-4) braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-32 times 14-18 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 22-28 mm compr menores 06-12 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 25-35 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 1-15 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-28 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal ca 1 times 12 mm subglobosa marrom quando madura aacutepice pubescente sementes ca 06 times 06 mm oblongoides lilases face dorsal lisa face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 46 (HUNEB) Trilha secundaacuteria proacuteximo a casa da caixa drsquoaacutegua 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 47 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Conde Fazendo do Bu 13VIII1996 fl MC Ferreira et al 1023 (HRB) Jussiape em direccedilatildeo a Barra da Estiva 15VI2002 fl LP Queiroz et al 7125 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie distribuiacuteda no Brasil e na Guiana Francesa No Brasil sua ocorrecircncia estaacute registrada para o Distrito Federal e para os estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Sergipe Bahia Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Mitracarpus robustus eacute uma espeacutecie comum em solos argilosos ou areno-argilosos em solos lateriacuteticos em margens de estrada ou periferia de matas (Souza et al 2010) Na APASB estaacute distribuiacuteda nas bordas de florestas e apresenta um porte bastante robusto quando comparado agraves outras espeacutecies de Mitracarpus que ocorrem na aacuterea Pode ser diferenciada pelo caule tetragonal alado no aacutepice glomeacuterulo apical subtendido por 2 braacutecteas e sementes planas no dorso Floresce e frutifica na aacuterea em julho

16 Mitracarpus salzmannianus DC Prodr 4 571 1830 Figuras 7a-c

Mitracarpus frigidus var salzmannianus (DC) Martius Eichler amp Urban Fl bras 6 82 1888

Mitracarpus scabrellus Benth Hookerrsquos J Bot Kew Gard Misc 3 238 1841

Erva ereta 40-50 cm alt monoica Caule tetragonal pubescente entrenoacutes 65-90 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-18 times 15-2 mm pubescente 5-7 setas 4-6 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 10-42 times 2-13 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira pubescente em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma

119

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

nervuras proeminentes na face abaxial 3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 2-35 times 08-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos ca 1 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 3-32 mm compr menores 16-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 4-45 mm compr externamente piloso na metade superior anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos ca 15 mm compr triangulares pilosos externamente estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 04 mm compr anteras 05-06 mm

compr alvas estigma biacutefido estilete 5-65 mm compr Segundo Souza et al (2010) fruto caacutepsula deiscecircncia transversal (12-)15-25 mm compr obovoides glabras sementes 08-12 times 05-06 mm oblongoides ou globosas castanhas face dorsal sem depressotildees face ventral com encaixe em forma de ldquoY-invertidordquo

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 fl RR Varjatildeo 142 (HUNEB) 27VII2011 fl RR Varjatildeo 145 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Aldeia Serrota 19IX2005 fl M Colaccedilo 53 (HUEFS) Paulo Afonso Raso da

Figura 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) haacutebito b) estiacutepula c) flor d-g) Richardia grandiflora d) haacutebito e) estiacutepula f) flor g) fruto h-j) Staelia aurea h) ramo floriacutefero i) estiacutepula j) flor (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)Figure 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) habit b) stipule c) flower d-g) Richardia grandiflora d) habit e) stipule f) flower g) fruit h-j) Staelia aurea h) flowering branch i) stipule j) flower (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)

a

b

c

d

e

f

gh

i

j

120

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Catarina 10VIII2005 fl EB Miranda et al 805 (HUEFS) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1191 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Eacute uma espeacutecie amplamente distribuiacuteda ocorrendo na Guiana Francesa Suriname e Brasil No Brasil ocorre nos estados de Roraima Paraacute Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Goiaacutes Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Planta comum em solos arenosos habitando dunas campos ou chapadas tambeacutem presente como ruderal (Souza et al 2010) Na APASB foi encontrada em solos arenosos na vegetaccedilatildeo arbustiva Caracteriza-se pelo indumento denso e contiacutenuo que cobre toda a planta folhas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas aleacutem do tubo da corola com 4-45 mm compr caracteres que a diferenciam das outras espeacutecies de Mitracarpus Floresce na aacuterea em julho

17 Richardia grandiflora (Cham amp Schltdl) Steud Nomencl Bot 2 459 1841 Figuras 7d-g

Richardsonia grandiflora Cham amp Schltdl Linnaea 3 351 1828Erva procumbente ca 20 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice do ramos hirsuto entrenoacutes 8-78 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 3-5 mm pubeacuterula a hirsuta 4-7 setas 07-45 mm compr pubeacuterulas a hirsutas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 15-38 times 5-11 mm eliacuteptico a lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira estrigoso a escabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais multifloros 4 braacutecteas foliaacuteceas externas 14-17 times 7-8 mm internas 5-12 times 3-7 mm ovais hirsutas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 4-7 times 4-5 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 6 lobos iguais 3-4 mm compr lanceolados hirsutos corola alva roacutesea a lilaacutes infundibuliforme tubo 6-9 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 6-mera lobos 4-5 mm compr triangulares pilosos externamente estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 07-1 mm compr anteras 12-18 mm compr alvas estigma triacutefido estilete 8-11 mm compr Fruto esquizocarpo trecircs mericarpos 15-25 times 15-25 mm obovoide pardo quando maduro hirsuto a piloso sementes 15-2 times 06-1 mm subovoides castanhas dorso convexo sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai ao Povoado Queleacutes 9deg52rsquo532rdquo S 38deg32rsquo420rdquo O 650 m 22IX2010 fl e fr RR Varjatildeo 04 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquoS 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 bot DD Vieira 173 (HUNEB) 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 126 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 133 (HUNEB) Faz Serra Branca proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot RR Varjatildeo 79 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 1VII1995 fl FP Bandeira 173 (ALCB) Bosque de Algaroba 7VI2004 fl MVM Oliveira 748 (HUEFS) Rodelas Mocoacute 22I1987 fl GO Mattos amp BS Laacutezaro 55 (HRB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie encontrada por toda a Ameacuterica e como planta introduzida na Floacuterida Estados Unidos Ocorre nas regiotildees Norte a Sudeste e Centro-Oeste do Brasil nos estados do Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Pernambuco Bahia Mato Grosso Goiaacutes Minas Gerais Satildeo Paulo e Rio Grande do Sul (Lewis amp Oliver 1974 Delprete et al 2005 Delprete 2010)

Na APASB R grandiflora eacute muito frequente ao longo das estradas bordas da mata aacutereas abertas e pastagens com forte exposiccedilatildeo solar em solos arenosos e areno-argilosos Esta espeacutecie apresenta forte vigor vegetativo principalmente em solos feacuterteis

cobrindo completamente o solo (Delprete 2010) Pode ser confundida em campo com as espeacutecies de Diodella das quais se diferencia pelas flores hexacircmeras estigma triacutefido e frutos com trecircs mericarpos Floresce na aacuterea de maio a setembro e frutifica de junho a setembro de acordo com material analisado

18 Staelia aurea KSchum Fl Bras 677 1888 Figuras 7h-jErva ereta ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico pubeacuterulo

entrenoacutes 7-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubeacuterula 4-5 setas 05-2 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 12-27 times 14-4 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra abaxial com nervura esparsamente estrigosa venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 5-7 por ramo floriacutefero multifloros 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 14-22 times 1-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 2-26 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 3-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 2-25 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-2 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 6-65 mm compr Frutos e sementes natildeo observados

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1656 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 3VII1995 fl FP Bandeira 221 (ALCB HRB CEPEC) Juazeiro Serra do Mulato 28III2000 fl MR Fonseca et al 1247 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita ao Brasil Ocorre nas regiotildees Norte (sul do Paraacute) Centro-Oeste Nordeste e partes do Sudeste (Souza amp Sales 2004)

Staelia aurea eacute considerada uma espeacutecie de ampla distribuiccedilatildeo poreacutem na APASB eacute escassa Pode ser confundida com S virgata da qual se diferencia por apresentar caule pubeacuterulo tubo da corola 3-45 mm compr e 5-7 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Foi coletada na aacuterea com flores em junho

19 Staelia galioides DC Prodr 4 573 1830 Figuras 8a-dSpermacoce galioides Pohl ex DC Prodr 4 573 1830Erva ereta 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro

a pubeacuterulo entrenoacutes 03-08 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 15-2 mm pubeacuterula 3 setas 06-18 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 6-17 times 05-25 mm linear-lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 6-10 por ramo floriacutefero multifloros (2)-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 18-3 times 06-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 1-16 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo 35-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 15-24 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 15-18 mm compr anteras 08-1 mm compr alvas a lilases estigma biacutefido estilete 5-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 1-12 mm obovoide verde

121

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

glabra sementes 06-08 times 04-06 mm oblongoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg53rsquo471rdquo S 38deg39rsquo131rdquo O 196 m 21V2008 fl e fr MVV Romatildeo 239 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 22 (HUNEB) 9deg56rsquo807rdquo S 38deg27rsquo330rdquo O 24II2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 37 (HUNEB) 9deg55rsquo776rdquo S 38deg29rsquo40rdquo O 652m 8IV2011 fl e fr RR Varjatildeo 69 (HUNEB) 9deg32rsquo934rdquo S 38deg32rsquo234rdquo O 657 m 5V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 74

(HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 117 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Ribeira do Pombal 19V1981 fl P Geraldo13181 (CEPEC) Rodelas dunas cabeccedila de boi 24II1988 fl e fr RP Orlandi 828 (HRB)

Distribuiccedilatildeo A espeacutecie apresenta distribuiccedilatildeo exclusiva no Brasil Ocorre na regiatildeo Centro-Oeste em Goiaacutes e Tocantins e no Nordeste em Alagoas Bahia Pernambuco e Piauiacute (Souza amp Sales 2004)

Figura 8 a-d) Staelia galioides a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Staelia virgata e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Tocoyena formosa i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)Figure 8 a-d) Staelia galioides a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Staelia virgata e flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Tocoyena formosa i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)

a

b c

d

e

f

g

h

i

j

k

l

122

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Na APASB a espeacutecie eacute amplamente distribuiacuteda apresentando nuacutemero elevado de indiviacuteduos Eacute encontrada em aacutereas abertas bordas de estradas e no interior da vegetaccedilatildeo subarbustiva em solos arenosos Pode ser reconhecida por apresentar estiacutepulas com 3 setas limbo linear-lanceolado lobos do caacutelice 1-16 mm compr diferenciando-se de S aurea que possui estiacutepulas com 4-5 setas limbo lanceolado e lobos do caacutelice 2-26 mm compr Floresce e frutifica na aacuterea de janeiro a junho

20 Staelia virgata (Link ex Roem amp Schult) KSchum Fl Bras 6(6) 76 1889 Figuras 8e-h

Spermacoce virgata Link ex Roem amp Schult Syst Veget 3 281 531 1818

Erva ereta ca 60 cm alt monoica Caule tetragonal glabro a glabrescente entrenoacutes 10-33 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2times ca 18 mm pubeacuterula no aacutepice 5-7 setas 12-25 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 13-30 times 1-3 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente em ambas as faces 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-4 por ramo floriacutefero multifloros 2-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 25-3 times 1-15 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 25-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo ca 5 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 25-3 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 2-3 mm compr anteras 08-12 mm compr alvas estigma biacutefido estilete ca 8 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 08-1 mm obovoide verde hirsuto sementes 06-1 times ca 04 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai da ESEC-Raso da Catarina agrave APA Serra Branca 9deg52rsquo78rdquo S 38deg31rsquo65rdquo O 624 m 27VII2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 140 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos estrada para a estaccedilatildeo bioloacutegica 26VI2002 fl LP Queiroz et al 7197 (HUEFS) Gloacuteria Serrota 2IX2006 fl S Leal 39 (HUEFS) Paulo Afonso BR-110 Norte 23VIII2005 fl DS Carneiro-Torres et al 483 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Ocorre em todo o Brasil parte dos territoacuterios do Peru Boliacutevia Paraguai ateacute o norte da Argentina No Brasil sua distribuiccedilatildeo vai desde o Amazonas Bahia Cearaacute Maranhatildeo Paraacute Paraiacuteba Pernambuco Piauiacute ateacute os estados da regiatildeo Sul (Souza amp Sales 2004)

Considerada por Souza amp Sales (2004) a espeacutecie mais amplamente distribuiacuteda entre as estudadas em seu trabalho S virgata foi encontrada na APASB apenas no periacuteodo chuvoso em vegetaccedilatildeo subarbustiva Pode ser confundida com as outras espeacutecies de Staelia ocorrentes na aacuterea diferenciando-se pelo conjunto de caracteriacutesticas caule glabro a glabrescente estiacutepula com 5-7 setas tubo da corola ca 5 mm compr e 2-4 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Encontrada na aacuterea com flores e frutos em julho

21 Tocoyena formosa (Cham amp Schltdl) KSchum Fl Bras 6 347 1889 Figuras 8i-l

Gardenia formosa Cham amp Schltdl Linnaea 4 200 1829Arbusto 13-17 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro

pubeacuterulo no aacutepice entrenoacutes 4-22 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 4-7 times 6 -8 mm glabras internamente pubeacuterulas e com coleacuteteres Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas a subcoriaacuteceas peciacuteolos 5-17 mm compr pubeacuterulos limbo

75-150 times 45-80 mm oval a eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial pubescente abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em dicaacutesios congestos terminais 4-7-floro peduacutenculo 2-7 mm compr pubeacuterulo braacutecteas e bracteacuteolas natildeo visualizadas Bototildees florais ovais 25-100 times 6-9 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas subseacutesseis caacutelice 5 lobos denteados 08-1 mm compr triangulares tomentosos tubo 1-2 mm compr tomentoso corola amarela hipocrateriforme tubo 75-95 mm compr externamente tomentoso internamente glabro 5-mera lobos 12-27 mm compr obovados externamente tomentosos internamente glabros estames exsertos seacutesseis anteras 7-10 mm compr marrons estigma biacutefido estilete 84-98 mm compr Fruto baga 25-35 times 18-30 mm globosa negra quando madura pubeacuterula sementes 5-6 times 45-7 mm orbiculares planas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 17I2006 fr GC Sessegolo 158 (MBM) 9deg57rsquo044rdquo S 38deg42rsquo289rdquo O 313 m 13III2008 fr AS Conceiccedilatildeo 1268 (HUNEB) Baixa grande 9deg58rsquo370rdquo S 38deg27rsquo086rdquo O 561 m 19III2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1560 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fr AS Conceiccedilatildeo 1707 (HUNEB) 9deg55rsquo48rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot RR Varjatildeo 24 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 27 (HUNEB) 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 bot e fr RR Varjatildeo 65 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 16II2003 fl FHM Silva et al322 (HUEFS) Tucano Estrada para Ribeira do Pombal 21III1992 fl AM Carvalho et al 3894 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Esta espeacutecie tem ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica do Sul encontrada no Suriname Brasil e Paraguai ocorrendo em todas as regiotildees brasileiras (Prado 1987)

Na APASB os indiviacuteduos encontram-se distribuiacutedos nas bordas e interior da vegetaccedilatildeo de porte arbustivo-arboacutereo e solos arenosos T formosa pode ser reconhecida na aacuterea pelo haacutebito arbustivo de flores vistosas tubo da corola 75-95 mm compr amarela e baga com 25-35 times 18-30 mm negra quando madura Floresce na aacuterea de janeiro a maio e frutifica em janeiro maio e junho

Agradecimentos

Agrave Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) pelo apoio financeiro ao projeto (PET 00232007) Agrave CAPES pela concessatildeo da bolsa de mestrado a primeira autora Aos curadores e teacutecnicos dos Herbaacuterios visitados e ao Natanael Santos pelas ilustraccedilotildees botacircnicas Aos dois revisores anocircnimos pelas significativas contribuiccedilotildees ao manuscrito

Referecircncias BibliograacuteficasBARBOSA MRV amp ZAPPI D 2002 Distribuiccedilatildeo das espeacutecies de

Rubiaceae na caatinga In Vegetaccedilatildeo e Flora da caatinga (EVSB Sampaio AM Giulietti JE Virginio CFL Gamarra-Rojas eds) APNECNIP Recife p155-157

BARBOSA MRV SOUSA EB amp JARDIM JG 2006 Rubiaceae In Checklist das Plantas do Nordeste Brasileiro Angiospermas e Gymnosperma (MRV Barbosa C Sothers S Mayo CFL Gamarra-Rojas amp CA Mesquita eds) Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia Brasiacutelia p135-140

BARBOSA MR ZAPPI D TAYLOR C CABRAL E JARDIM JG PEREIRA MS CALIOacute MF PESSOA MCR SALAS R SOUZA EB DI MAIO FR MACIAS L ANUNCIACcedilAtildeO EA DA GERMANO FILHO P amp OLIVEIRA JA 2012 Rubiaceae In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000210 (uacuteltimo acesso em 06112012)

123

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

BARBOSA MR 2012 Guettarda In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB014052 (uacuteltimo acesso em 06112012)

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente - MMA 2007 Aacutereas prioritaacuterias para conservaccedilatildeo uso sustentaacutevel e reparticcedilatildeo dos benefiacutecios da biodiversidade brasileira Secretaria de Biodiversidade e Florestas Brasiacutelia Mapa versatildeo 22 set2007

BRUMMITT RK amp POWELL CE 1992 Authors of plant names Royal Botanic Gardens Kew London

CABRAL EL amp BACIGALUPO NM 2005 Novelties in Spermacoceae (Rubiaceae) from Bolivia and Paraguay Brittonia 57(2)129-140 httpdxdoiorg1016630007-196X(2005)057[0129NISRFB]20CO2

CABRAL EL amp FADER AAC 2010 Nuevas combinaciones y nuevos sinocircnimos en especies de Brasil de Diodia s lat (Spermacoceae - Rubiaceae) Rodrigueacutesia 61(1)119-121

CABRAL EL MIGUEL LM amp SALAS RM 2011 Dos especies nuevas de Borreria (Rubiaceae) sinopsis y clave de las especies para Bahia Brasil Acta Bot Bras 25(2)255-276 httpdxdoiorg101590S0102-33062011000200002

CABRAL E amp SALAS R 2012 Diodella In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB038741 (uacuteltimo acesso em 06112012)

CAMPOS MTVA ZAPPI DC CALIOacute MF amp PIRANI JR 2006 Flora de Gratildeo-Mogol Minas Gerais Rubiaceae Bol Bot Univ Satildeo Paulo 2441-67

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2004 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v1 344p

DELPRETE PG amp SOUZA EB 2004 Psychotria carrascoana (Rubiaceae) a new species from the Carrasco Vegetation of Northeastern Brazil Novon 14158-162

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2005 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v2 p345-842

DELPRETE PG 2010 Rubiaceae In Flora do Estado de Goiaacutes e Tocantins (JA Rizzo org) PRPPGUFG IRD Goiacircnia v40 1610p

FORZZA RC COSTA A WALTER BMT PIRANI JR MORIM MP QUEIROZ LP MARTINELLI G PEIXOTO AL COELHO MAN BAUMGRATZ JFA STEHMANN JR LOHMANN LG amp HOPKINS M 2012 Angiospermas In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000032 (uacuteltimo acesso em 05112012)

JARDIM JG amp SOUZA EB 2006 Rubiaceae In Diversidade e Caracterizaccedilatildeo das Faneroacutegamas do Semiaacuterido Brasileiro (AM Giulietti AA Conceiccedilatildeo amp LP Queiroz orgs) Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife p203-209

JARDIM JG 2012 Leptoscela In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB020761 (uacuteltimo acesso em 06112012)

JUNG-MENDACcedilOLLI SL 2007 Rubiaceae In Flora Fanerocircgama do Estado de Satildeo Paulo (MGL Wanderley GJ Shepherd TS Melhem amp AM Giulietti coords) FAPESBRIMA Satildeo Paulo v5 p259-447

GOVAERTS R ANDERSSON L ROBBRECHT E BRIDSON D DAVIS A SCHANZER I amp SONKE B 2011 [continuously uploaded] World Checklist of Rubiaceae Facilitated by the Royal Botanic Gardens httpappskeworgwcspqsearchdo (uacuteltimo acesso em 2422012)

HARRIS JG amp HARRIS MW 2001 Plant identification terminology An illustrated glossary 2 ed Spring Lake Publishing Spring Lake

LEAL IR SILVA JMC Da TABARELLI M amp LACHER TE 2005 Changing the Course of Biodiversity Conservation in the caatinga of Northeastern Brazil Conserv Biol 19(3)701-706 httpdxdoiorg101111j1523-1739200500703x

LEWIS WH amp OLIVER RL 1974 Revision of Richardia (Rubiaceae) Brittonia 26271-301 httpdxdoiorg1023072805730

MARGALHO LF ROCHA AES amp SECCO RS 2009 Rubiaceae Juss da restinga da APA de AlgodoalMaiandeua Maracanatilde Paraacute Brasil Bol Mus Para Emiacutelio Goeldi Cienc Nat 4(3)303-339

MORI SA SILVA LAM LISBOA GE amp CORADIN L 1989 Manual de Manejo do Herbaacuterio Fanerogacircmico Centro de Pesquisa do Cacau Ilheacuteus

PEEL MC FINLAYSON BL amp MCMAHON TA 2007 Updated world map of the Koumlppen-Geiger climate classification Hydrol Earth Syst Sc 111633-1644 httpdxdoiorg105194hess-11-1633-2007

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2004 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelias Antirheoideae Cinchonoideae e Ixoroideae Acta Bot Bras 18(2)305-318 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000200010

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2006 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelia Rubioideae Acta Bot Bras 20(2)455-470 httpdxdoiorg101590S0102-33062006000200021

PRADO AL 1987 Revisatildeo taxonocircmica do gecircnero Tocoyena Aubl (Rubiaceae) no Brasil Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Estadual de Campinas Satildeo Paulo

RADFORD AE DICKISON WC MASSEY JR amp BELL R 1974 Vascular Plant Systematics Harper amp Row publishers New York

ROBBRECHT E 1988 Tropical woody Rubiaceae Characteristic features and progressions Contributions to a new subfamilial classification Opera Bot Belg 11-271

SOUZA EB amp SALES MF 2004 O gecircnero Staelia Cham amp Schtdl (Rubiaceae-Spermacoceae) no Estado de Pernambuco Brasil Acta Bot Bras 18(4)921-928 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000400023

SOUZA EB CABRAL EL amp ZAPPI DC 2010 Revisatildeo de Mitracarpus (Rubiaceae - Spermacoceae) para o Brasil Rodrigueacutesia 61(2)319-352

SZABO AV ROCHA ACS TOSATO JAC amp BARROSO W 2007 Aacuterea de proteccedilatildeo ambiental (APA) Serra Branca Raso da Catarina In As caatingas debates sobre a Ecorregiatildeo do Raso da Catarina (J Marques org) Fonte Viva Paulo Afonso p21-40

TAYLOR CM 2005 Margaritopsis (Rubiaceae Psychotrieae) in the Neotropics Syst Geogr Pl 75(2)161-177

THIERS B 2011 [continuously updated] Index Herbariorum a global directory of public herbaria and associated staff New York Botanical Gardenrsquos Virtual Herbarium httpsweetgumnybgorgih (uacuteltimo acesso em 28102011)

VELLOSO AL SAMPAIO EVSB GIULIETTI AM BARBOSA MRV CASTRO AAJF QUEIROZ LP FERNANDES A OREN DC CESTARO LA CASTRO AJE PAREYN FGC SILVA FBR MIRANDA EE KEEL S amp GONDIM RS 2002 Ecorregiotildees Propostas para o Bioma caatinga TNC-Brasil Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife

ZAPPI DC amp STANNARD BL 1995 Rubiaceae In Flora of the Pico das Almas Chapada Diamantina Bahia Brazil (BL Stannard ed) Royal Botanic GardensUSPCEPLAC Kew p546-578

ZAPPI DC amp NUNES TS 2002 Preliminary list of the Rubiaceae in Nortehastern Brazil Royal Botanic Gardens Kew

Recebido em 09072012 Versatildeo reformulada recebida em 15112012

Publicado em 03042013

Page 12: Biota Neotrop., vol. 13, no. 2 - redalyc.org · Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico

115

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

agudo 5-6 times 2 -3 mm tomentosas Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 6-20 mm compr tomentosos limbo 60-120 times 20-45 mm obovado a eliacuteptico base truncada atenuada a arredondada aacutepice agudo a obtuso margem inteira tomentosa em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em cimeiras escorpioides subterminal 8-15-floro peduacutenculo 13-30 mm compr pubescente braacutecteas natildeo observadas 1 bracteacuteola linear 4-55 times 05-1 mm pubeacuterula Bototildees

florais oblongos 4-5 times 2-3 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice truncado seriacuteceo corola creme hipocrateriforme tubo 7-8 mm compr externamente tomentoso 5-mera lobos 1-2 mm compr oblongos externamente tomentosos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 2-3 mm compr alvas estigma capitado estilete 8-9 mm compr Fruto drupa 8-10 times 5-6 mm elipsoide marrom a negra quando madura pubescente sementes natildeo observadas

a

b

c

d

e

f

g

h

kli

j

Figura 5 a-d) Guettarda angelica a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Leptoscela ruellioides e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor longistila h) fruto i-l) Margaritopsis carrascoana i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-c) AS Conceiccedilatildeo 1282 d) RR Varjatildeo 55 e-h) RR Varjatildeo 01 i-k) RR Varjatildeo 118 l) RR Varjatildeo 78)Figure 5 a-d) Guettarda angelica a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Leptoscela ruellioides e) flowering branch f) stipule g) flower longuistylous h) fruit i-l) Margaritopsis carrascoana i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-c) AS Conceiccedilatildeo 1282 d) RR Varjatildeo 55 e-h) RR Varjatildeo 01 i-k) RR Varjatildeo 118 l) RR Varjatildeo 78)

116

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Natureza 10deg00rsquo14rdquo S 38deg26rsquo02rdquo O 427 m 12VIII2005 fl fr EB Miranda et al 882 (HUEFS) 10deg4rsquoS 38deg21rdquo O 17I2006 bot GC Sessegolo et al 147 (ALCB) Baixa do estreito 9deg59rsquo343rdquo S 38deg25rsquo015rdquo O 436 m 18III2009 bot AS Conceiccedilatildeo 1547 (HUNEB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie exclusiva do Nordeste do Brasil ocorrendo nos estados de Alagoas Bahia Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco em aacutereas de caatinga (Barbosa 2012)

Guettarda sericea ocorre na APASB em aacuterea com caatinga arboacuterea diferencia-se de G angelica principalmente pela drupa elipsoide pubescente marrom a negra quando madura tubo da corola 7-8 mm compr (vs 10-12 mm compr) e limbo tomentoso em ambas as faces Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos em agosto e de janeiro a marccedilo apenas em bototildees

11 Leptoscela ruellioides Hookf Icon Pl 14 1149 1873 Figuras 5e-h

Erva ereta ou com ramos apoiantes 30-80 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 12-128 cm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubescente 8-14 setas 05-3 mm compr pubescentes Folhas opostas cruzadas membranaacuteceas peciacuteolos 1-3 mm compr glabro limbo 24-52 times 8-22 mm lanceolado base cuneada aacutepice acuminado margem inteira face adaxial pubeacuterula abaxial pubescente venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras conspiacutecuas na face abaxial 3-4 pares Inflorescecircncia em cincinos alongados axilares 1-4 por ramo floriacutefero 12-20-floro peduacutenculo 20-38 mm compr glabro 2 braacutecteas 3-4 times 15-2 mm lanceoladas pubescentes 1 bracteacuteola 1-15 mm compr linear pubeacuterula Bototildees florais elipsoides 15-4 times 1-15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas heterostiacutelicas pedicelos 05-13 mm compr glabros caacutelice 5 lobos iguais 1-15 mm compr lanceolados margem pubeacuterula corola alva com fauce esverdeada e lobos lilases infundibuliforme tubo 3-45 mm compr glabro externamente internamente pubescente e com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 5-mera lobos 25-4 mm compr triangulares internamente pubescentes flores brevistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 15-2 mm compr anteras ca 18 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-2 mm compr flores longistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras ca 1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 45-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 3-4 times 15-2 mm obovoide verde glabra sementes 07-1 times 05-07 mm obovoides castanhas ventralmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Trilha do Araccedilaacute 9deg52rsquo491rdquo S 38deg38rsquo135rdquo O 535 m 8V2008 fl MVV Romatildeo 128 (HUNEB) Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo60rdquo S 38deg26rsquo16rdquo O 488 m 17X2009 fl E Melo et al 6625 (HUEFS) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo249rdquo S 38deg29rsquo318rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1642 (HUNEB) 9deg57rsquo170rdquo S 38deg26rsquo247rdquo O 575 m 19VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1770 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo116rdquo O 493 m 28VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1773 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo117rdquo O 497 m 29VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1796 (HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 fl RR Varjatildeo 01 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 71 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 12VIII2005 fl EB Miranda et al 891 (HUEFS) Uauaacute Serra do Jerocircnimo 30III2000 fl e fr ML Guedes et al 7336 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Nordeste do Brasil ocorrendo na caatinga e cerrado nos estados de Alagoas Bahia Paraiacuteba Pernambuco e Sergipe (Jardim 2012)

Na APASB L ruellioides apresenta ampla distribuiccedilatildeo ocorrendo em todos os ambientes com nuacutemero elevado de indiviacuteduos A espeacutecie eacute reconhecida pelo haacutebito ereto ou com ramos apoiantes folhas pecioladas inflorescecircncia em cincinos e caacutelice com 5 lobos iguais Coletada na aacuterea com flores de abril a setembro e dezembro e frutos em maio

12 Margaritopsis carrascoana (Delprete amp EBSouza) CMTaylor amp EBSouza Syst amp Geogr Pl 75 171 2005 Figuras 5i-l

Psychotria carrascoana Delprete amp EBSouza Novon 14 158 2004

Subarbusto 1-15 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 2-10 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 1-2 times 12 -25 mm glabras Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 1-2 mm compr limbo 11-24 times 5-10 mm eliacuteptico a oblanceolado base cuneada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial 5-9 pares Inflorescecircncia terminal uniflora seacutessil 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos ca 12 times 15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 5 lobos iguais ca 08 mm compr triangulares glabros corola alva a creme lobos com aacutepice verde infundibuliforme tubo 25-3 mm compr externamente glabro internamente com anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 5-mera lobos ca 3 mm compr oblongos-ovais reflexos glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 08-1 mm compr castanhas estigma biacutefido estilete ca 4 mm compr Fruto drupa 4-7 times 4-5 mm obovoide alaranjado ou vermelho quando maduro glabro sementes 35-4 times 25-35 mm subovoides castanhas plano-convexas dorsalmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 4XII2010 fr RR Varjatildeo 18 (HUNEB) 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 72 (HUNEB) 5V2011 fl e fr RR Varjatildeo 77 (HUNEB) 5V2011 fr RR Varjatildeo 78 (HUNEB) 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 118 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 7VI2004 fr JG Carvalho-Sobrinho et al 253 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina 8VI1985 fr L P Queiroz 564 (ALCB) 24VI1982 fr M L Guedes et al 441 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita aos estados da Bahia e Cearaacute ocorrendo em vegetaccedilatildeo do tipo caatinga e carrasco (Delprete amp Souza 2004 Taylor 2005)

Margaritopsis carrascoana estaacute sendo citada aqui pela primeira vez para o estado da Bahia Segundo Delprete amp Souza (2004) a espeacutecie ocorria apenas no estado do Cearaacute associada agrave vegetaccedilatildeo do tipo carrasco no Planalto do Ibiapaba e Chapada do Araripe admitindo sua provaacutevel ocorrecircncia em vegetaccedilatildeo semelhante no estado vizinho do Piauiacute Contudo a espeacutecie foi citada em trabalhos anteriores com ocorrecircncia para aacuterea de caatinga incluindo carrasco cerrado e florestas (Jardim amp Souza 2006)

Na APASB esta espeacutecie ocorre com mais frequecircncia no subosque da vegetaccedilatildeo em aacutereas sombreadas e solos arenosos Diferencia-se por apresentar estiacutepulas persistentes tubo da corola 25-3 mm compr e fruto drupa laranja a vermelha quando madura Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos de abril a dezembro

13 Mitracarpus baturitensis Sucre Rodrigueacutesia 26 255 1971 Figuras 6a-f

Erva ereta ca 30 cm alt monoica Caule tetragonal glabro entrenoacutes 7-88 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 2-3 mm margem pubescente 4-5 setas 05-1 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas membranaacuteceas seacutesseis limbo 8-32

117

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

times 2-4 mm linear-eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra a escabra abaxial glabrescente nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares e terminais 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 15-25 times 08-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 05-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 1-12 mm compr menores 05-08 mm compr lanceolados margem

hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo ca 1 mm compr glabro externamente anel de tricomas na metade do tubo 4-mera lobos ca 1 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras ca 06 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 1-2 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 06-08 mm subglobosa castanha quando madura glabra sementes 06-08 times ca 04 mm oblongoides castanhas face dorsal com impressatildeo cruciforme face ventral com sulcos em forma de ldquoXrdquo

a

b

c

d

e

f

g

h

k

l

i

j

m

n

pq

o

Figura 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e) semente face ventral f) semente face dorsal g-l) Mitracarpus longicalyx g) ramo floriacutefero h) estiacutepula i) flor j) fruto k) semente face ventral l) semente face lateral m-q) Mitracarpus robustus m) ramo floriacutefero n) estiacutepula o) flor p) fruto q) semente face ventral (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)Figure 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e) seed ventral view f) seed dorsal view g-l) Mitracarpus longicalyx g) flowering branch h) stipule i) flower j) fruit k) seed ventral view l) seed lateral view m-q) Mitracarpus robustus m) flowering branch n) stipule o) flower p) fruit q) seed ventral view (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)

118

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 02 (HUNEB) 27VII2011 fl e fr LR Silva 43 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Reserva Bioloacutegica de Canudos 24VI2003 fr FHM Silva et al 417 (HUEFS) Gloacuteria Brejo do Burgo 26VIII1995 fl FP Bandeira 253 (ALCB) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1178 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita ao Brasil sendo referida para o Distrito Federal e para os estados da Bahia Cearaacute Goiaacutes Mato Grosso Paraiacuteba Pernambuco e Piauiacute (Souza et al 2010)

Na APASB a espeacutecie foi encontrada em aacutereas de bordas e ambientes abertos predominantemente em solos arenosos Entretanto ocorre preferencialmente sobre solos rochosos lateriacuteticos ou sobre inselbergs e afloramentos rochosos no bioma caatinga e no cerrado (Delprete 2010 Souza et al 2010) Mitracarpus baturitensis pode ser confundida com M longicalyx que tambeacutem ocorre na aacuterea podendo ser diferenciada pelo limbo linear-eliacuteptico 2-4 mm larg tubo da corola ca 1 mm compr e sementes com impressatildeo cruciforme na face dorsal Floresce e frutifica na aacuterea de julho a setembro

14 Mitracarpus longicalyx EBSouza amp MFSales Brittonia 53 482 2001 (2002) Figuras 6g-l

Erva ereta ou ascendente ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice pubeacuterulo entrenoacutes 8-84 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 2-5 mm pubeacuterula 5-9 setas 1-3 mm compr pubeacuterulas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 21-47 times 5-14 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira face adaxial glabra abaxial com a nervura principal pubeacuterula venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-35 times 06-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-12 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 16-3 mm compr menores 1-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 15-25 mm compr papiloso externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 06-12 mm compr triangulares externamente papilosos internamente glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 28-4 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 08-1 mm subglobosa castanha quando madura aacutepice pubescente sementes 06-08 times 02-04 mm oblongoides castanhas face dorsal com depressotildees semicirculares face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg52rsquo234rdquo S 38deg38rsquo146rdquo O 492 m 30VII2008 fl TMS Melo 37 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo457rdquo S 38deg27rsquo301rdquo O 607 m 29VII2009 bot fl e fr TMS Melo 12 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquo S 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 fl e fr DD Vieira 172 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Pilatildeo Arcado Brejo do Morro 19III2006 fl EBSouza et al 1593 (HUEFS) Ribeira do Pombal 20 km da rod para Tucano 9VI2005 fl D Cardoso 562 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita agrave regiatildeo do semiaacuterido do Brasil com registros para os estados do Bahia Cearaacute Piauiacute e Pernambuco (Souza et al 2010)

Na APASB M longicalyx foi encontrada em bordas de estradas aacutereas abertas e pastagens com alta incidecircncia de luz Pode ser confundida com M baturitensis e M robustus das quais se diferencia por apresentar caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice sem alas

glomeacuterulo apical subtendido por 4 braacutecteas geralmente puacuterpuras na base e sementes com depressotildees semicirculares dorsais Coletada na aacuterea com flores e frutos de junho a julho

15 Mitracarpus robustus EBSouza amp ELCabral Rodrigueacutesia 2 345 2010 Figuras 6m-q

Mitracarpus frigidus (Willd ex Roem amp Schult) KSchum var humboldtianus KSchum Fl Bras 6 82 1888

Subarbusto erva ereta ou ascendente 40-120 cm alt monoica Caule tetragonal alado no aacutepice dos ramos glabro entrenoacutes 21-44 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-35 times 25-3 mm glabra a pubeacuterula 5-6 setas 3-5 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 20-75 times 5-15 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo margem inteira pubeacuterulo em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes em ambas as faces 3-4 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-8 por ramo floriacutefero multifloros 2(-4) braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-32 times 14-18 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 22-28 mm compr menores 06-12 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 25-35 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 1-15 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-28 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal ca 1 times 12 mm subglobosa marrom quando madura aacutepice pubescente sementes ca 06 times 06 mm oblongoides lilases face dorsal lisa face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 46 (HUNEB) Trilha secundaacuteria proacuteximo a casa da caixa drsquoaacutegua 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 47 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Conde Fazendo do Bu 13VIII1996 fl MC Ferreira et al 1023 (HRB) Jussiape em direccedilatildeo a Barra da Estiva 15VI2002 fl LP Queiroz et al 7125 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie distribuiacuteda no Brasil e na Guiana Francesa No Brasil sua ocorrecircncia estaacute registrada para o Distrito Federal e para os estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Sergipe Bahia Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Mitracarpus robustus eacute uma espeacutecie comum em solos argilosos ou areno-argilosos em solos lateriacuteticos em margens de estrada ou periferia de matas (Souza et al 2010) Na APASB estaacute distribuiacuteda nas bordas de florestas e apresenta um porte bastante robusto quando comparado agraves outras espeacutecies de Mitracarpus que ocorrem na aacuterea Pode ser diferenciada pelo caule tetragonal alado no aacutepice glomeacuterulo apical subtendido por 2 braacutecteas e sementes planas no dorso Floresce e frutifica na aacuterea em julho

16 Mitracarpus salzmannianus DC Prodr 4 571 1830 Figuras 7a-c

Mitracarpus frigidus var salzmannianus (DC) Martius Eichler amp Urban Fl bras 6 82 1888

Mitracarpus scabrellus Benth Hookerrsquos J Bot Kew Gard Misc 3 238 1841

Erva ereta 40-50 cm alt monoica Caule tetragonal pubescente entrenoacutes 65-90 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-18 times 15-2 mm pubescente 5-7 setas 4-6 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 10-42 times 2-13 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira pubescente em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma

119

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

nervuras proeminentes na face abaxial 3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 2-35 times 08-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos ca 1 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 3-32 mm compr menores 16-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 4-45 mm compr externamente piloso na metade superior anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos ca 15 mm compr triangulares pilosos externamente estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 04 mm compr anteras 05-06 mm

compr alvas estigma biacutefido estilete 5-65 mm compr Segundo Souza et al (2010) fruto caacutepsula deiscecircncia transversal (12-)15-25 mm compr obovoides glabras sementes 08-12 times 05-06 mm oblongoides ou globosas castanhas face dorsal sem depressotildees face ventral com encaixe em forma de ldquoY-invertidordquo

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 fl RR Varjatildeo 142 (HUNEB) 27VII2011 fl RR Varjatildeo 145 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Aldeia Serrota 19IX2005 fl M Colaccedilo 53 (HUEFS) Paulo Afonso Raso da

Figura 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) haacutebito b) estiacutepula c) flor d-g) Richardia grandiflora d) haacutebito e) estiacutepula f) flor g) fruto h-j) Staelia aurea h) ramo floriacutefero i) estiacutepula j) flor (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)Figure 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) habit b) stipule c) flower d-g) Richardia grandiflora d) habit e) stipule f) flower g) fruit h-j) Staelia aurea h) flowering branch i) stipule j) flower (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)

a

b

c

d

e

f

gh

i

j

120

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Catarina 10VIII2005 fl EB Miranda et al 805 (HUEFS) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1191 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Eacute uma espeacutecie amplamente distribuiacuteda ocorrendo na Guiana Francesa Suriname e Brasil No Brasil ocorre nos estados de Roraima Paraacute Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Goiaacutes Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Planta comum em solos arenosos habitando dunas campos ou chapadas tambeacutem presente como ruderal (Souza et al 2010) Na APASB foi encontrada em solos arenosos na vegetaccedilatildeo arbustiva Caracteriza-se pelo indumento denso e contiacutenuo que cobre toda a planta folhas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas aleacutem do tubo da corola com 4-45 mm compr caracteres que a diferenciam das outras espeacutecies de Mitracarpus Floresce na aacuterea em julho

17 Richardia grandiflora (Cham amp Schltdl) Steud Nomencl Bot 2 459 1841 Figuras 7d-g

Richardsonia grandiflora Cham amp Schltdl Linnaea 3 351 1828Erva procumbente ca 20 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice do ramos hirsuto entrenoacutes 8-78 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 3-5 mm pubeacuterula a hirsuta 4-7 setas 07-45 mm compr pubeacuterulas a hirsutas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 15-38 times 5-11 mm eliacuteptico a lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira estrigoso a escabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais multifloros 4 braacutecteas foliaacuteceas externas 14-17 times 7-8 mm internas 5-12 times 3-7 mm ovais hirsutas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 4-7 times 4-5 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 6 lobos iguais 3-4 mm compr lanceolados hirsutos corola alva roacutesea a lilaacutes infundibuliforme tubo 6-9 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 6-mera lobos 4-5 mm compr triangulares pilosos externamente estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 07-1 mm compr anteras 12-18 mm compr alvas estigma triacutefido estilete 8-11 mm compr Fruto esquizocarpo trecircs mericarpos 15-25 times 15-25 mm obovoide pardo quando maduro hirsuto a piloso sementes 15-2 times 06-1 mm subovoides castanhas dorso convexo sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai ao Povoado Queleacutes 9deg52rsquo532rdquo S 38deg32rsquo420rdquo O 650 m 22IX2010 fl e fr RR Varjatildeo 04 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquoS 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 bot DD Vieira 173 (HUNEB) 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 126 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 133 (HUNEB) Faz Serra Branca proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot RR Varjatildeo 79 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 1VII1995 fl FP Bandeira 173 (ALCB) Bosque de Algaroba 7VI2004 fl MVM Oliveira 748 (HUEFS) Rodelas Mocoacute 22I1987 fl GO Mattos amp BS Laacutezaro 55 (HRB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie encontrada por toda a Ameacuterica e como planta introduzida na Floacuterida Estados Unidos Ocorre nas regiotildees Norte a Sudeste e Centro-Oeste do Brasil nos estados do Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Pernambuco Bahia Mato Grosso Goiaacutes Minas Gerais Satildeo Paulo e Rio Grande do Sul (Lewis amp Oliver 1974 Delprete et al 2005 Delprete 2010)

Na APASB R grandiflora eacute muito frequente ao longo das estradas bordas da mata aacutereas abertas e pastagens com forte exposiccedilatildeo solar em solos arenosos e areno-argilosos Esta espeacutecie apresenta forte vigor vegetativo principalmente em solos feacuterteis

cobrindo completamente o solo (Delprete 2010) Pode ser confundida em campo com as espeacutecies de Diodella das quais se diferencia pelas flores hexacircmeras estigma triacutefido e frutos com trecircs mericarpos Floresce na aacuterea de maio a setembro e frutifica de junho a setembro de acordo com material analisado

18 Staelia aurea KSchum Fl Bras 677 1888 Figuras 7h-jErva ereta ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico pubeacuterulo

entrenoacutes 7-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubeacuterula 4-5 setas 05-2 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 12-27 times 14-4 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra abaxial com nervura esparsamente estrigosa venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 5-7 por ramo floriacutefero multifloros 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 14-22 times 1-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 2-26 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 3-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 2-25 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-2 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 6-65 mm compr Frutos e sementes natildeo observados

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1656 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 3VII1995 fl FP Bandeira 221 (ALCB HRB CEPEC) Juazeiro Serra do Mulato 28III2000 fl MR Fonseca et al 1247 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita ao Brasil Ocorre nas regiotildees Norte (sul do Paraacute) Centro-Oeste Nordeste e partes do Sudeste (Souza amp Sales 2004)

Staelia aurea eacute considerada uma espeacutecie de ampla distribuiccedilatildeo poreacutem na APASB eacute escassa Pode ser confundida com S virgata da qual se diferencia por apresentar caule pubeacuterulo tubo da corola 3-45 mm compr e 5-7 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Foi coletada na aacuterea com flores em junho

19 Staelia galioides DC Prodr 4 573 1830 Figuras 8a-dSpermacoce galioides Pohl ex DC Prodr 4 573 1830Erva ereta 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro

a pubeacuterulo entrenoacutes 03-08 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 15-2 mm pubeacuterula 3 setas 06-18 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 6-17 times 05-25 mm linear-lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 6-10 por ramo floriacutefero multifloros (2)-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 18-3 times 06-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 1-16 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo 35-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 15-24 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 15-18 mm compr anteras 08-1 mm compr alvas a lilases estigma biacutefido estilete 5-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 1-12 mm obovoide verde

121

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

glabra sementes 06-08 times 04-06 mm oblongoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg53rsquo471rdquo S 38deg39rsquo131rdquo O 196 m 21V2008 fl e fr MVV Romatildeo 239 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 22 (HUNEB) 9deg56rsquo807rdquo S 38deg27rsquo330rdquo O 24II2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 37 (HUNEB) 9deg55rsquo776rdquo S 38deg29rsquo40rdquo O 652m 8IV2011 fl e fr RR Varjatildeo 69 (HUNEB) 9deg32rsquo934rdquo S 38deg32rsquo234rdquo O 657 m 5V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 74

(HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 117 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Ribeira do Pombal 19V1981 fl P Geraldo13181 (CEPEC) Rodelas dunas cabeccedila de boi 24II1988 fl e fr RP Orlandi 828 (HRB)

Distribuiccedilatildeo A espeacutecie apresenta distribuiccedilatildeo exclusiva no Brasil Ocorre na regiatildeo Centro-Oeste em Goiaacutes e Tocantins e no Nordeste em Alagoas Bahia Pernambuco e Piauiacute (Souza amp Sales 2004)

Figura 8 a-d) Staelia galioides a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Staelia virgata e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Tocoyena formosa i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)Figure 8 a-d) Staelia galioides a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Staelia virgata e flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Tocoyena formosa i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)

a

b c

d

e

f

g

h

i

j

k

l

122

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Na APASB a espeacutecie eacute amplamente distribuiacuteda apresentando nuacutemero elevado de indiviacuteduos Eacute encontrada em aacutereas abertas bordas de estradas e no interior da vegetaccedilatildeo subarbustiva em solos arenosos Pode ser reconhecida por apresentar estiacutepulas com 3 setas limbo linear-lanceolado lobos do caacutelice 1-16 mm compr diferenciando-se de S aurea que possui estiacutepulas com 4-5 setas limbo lanceolado e lobos do caacutelice 2-26 mm compr Floresce e frutifica na aacuterea de janeiro a junho

20 Staelia virgata (Link ex Roem amp Schult) KSchum Fl Bras 6(6) 76 1889 Figuras 8e-h

Spermacoce virgata Link ex Roem amp Schult Syst Veget 3 281 531 1818

Erva ereta ca 60 cm alt monoica Caule tetragonal glabro a glabrescente entrenoacutes 10-33 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2times ca 18 mm pubeacuterula no aacutepice 5-7 setas 12-25 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 13-30 times 1-3 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente em ambas as faces 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-4 por ramo floriacutefero multifloros 2-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 25-3 times 1-15 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 25-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo ca 5 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 25-3 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 2-3 mm compr anteras 08-12 mm compr alvas estigma biacutefido estilete ca 8 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 08-1 mm obovoide verde hirsuto sementes 06-1 times ca 04 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai da ESEC-Raso da Catarina agrave APA Serra Branca 9deg52rsquo78rdquo S 38deg31rsquo65rdquo O 624 m 27VII2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 140 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos estrada para a estaccedilatildeo bioloacutegica 26VI2002 fl LP Queiroz et al 7197 (HUEFS) Gloacuteria Serrota 2IX2006 fl S Leal 39 (HUEFS) Paulo Afonso BR-110 Norte 23VIII2005 fl DS Carneiro-Torres et al 483 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Ocorre em todo o Brasil parte dos territoacuterios do Peru Boliacutevia Paraguai ateacute o norte da Argentina No Brasil sua distribuiccedilatildeo vai desde o Amazonas Bahia Cearaacute Maranhatildeo Paraacute Paraiacuteba Pernambuco Piauiacute ateacute os estados da regiatildeo Sul (Souza amp Sales 2004)

Considerada por Souza amp Sales (2004) a espeacutecie mais amplamente distribuiacuteda entre as estudadas em seu trabalho S virgata foi encontrada na APASB apenas no periacuteodo chuvoso em vegetaccedilatildeo subarbustiva Pode ser confundida com as outras espeacutecies de Staelia ocorrentes na aacuterea diferenciando-se pelo conjunto de caracteriacutesticas caule glabro a glabrescente estiacutepula com 5-7 setas tubo da corola ca 5 mm compr e 2-4 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Encontrada na aacuterea com flores e frutos em julho

21 Tocoyena formosa (Cham amp Schltdl) KSchum Fl Bras 6 347 1889 Figuras 8i-l

Gardenia formosa Cham amp Schltdl Linnaea 4 200 1829Arbusto 13-17 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro

pubeacuterulo no aacutepice entrenoacutes 4-22 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 4-7 times 6 -8 mm glabras internamente pubeacuterulas e com coleacuteteres Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas a subcoriaacuteceas peciacuteolos 5-17 mm compr pubeacuterulos limbo

75-150 times 45-80 mm oval a eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial pubescente abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em dicaacutesios congestos terminais 4-7-floro peduacutenculo 2-7 mm compr pubeacuterulo braacutecteas e bracteacuteolas natildeo visualizadas Bototildees florais ovais 25-100 times 6-9 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas subseacutesseis caacutelice 5 lobos denteados 08-1 mm compr triangulares tomentosos tubo 1-2 mm compr tomentoso corola amarela hipocrateriforme tubo 75-95 mm compr externamente tomentoso internamente glabro 5-mera lobos 12-27 mm compr obovados externamente tomentosos internamente glabros estames exsertos seacutesseis anteras 7-10 mm compr marrons estigma biacutefido estilete 84-98 mm compr Fruto baga 25-35 times 18-30 mm globosa negra quando madura pubeacuterula sementes 5-6 times 45-7 mm orbiculares planas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 17I2006 fr GC Sessegolo 158 (MBM) 9deg57rsquo044rdquo S 38deg42rsquo289rdquo O 313 m 13III2008 fr AS Conceiccedilatildeo 1268 (HUNEB) Baixa grande 9deg58rsquo370rdquo S 38deg27rsquo086rdquo O 561 m 19III2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1560 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fr AS Conceiccedilatildeo 1707 (HUNEB) 9deg55rsquo48rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot RR Varjatildeo 24 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 27 (HUNEB) 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 bot e fr RR Varjatildeo 65 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 16II2003 fl FHM Silva et al322 (HUEFS) Tucano Estrada para Ribeira do Pombal 21III1992 fl AM Carvalho et al 3894 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Esta espeacutecie tem ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica do Sul encontrada no Suriname Brasil e Paraguai ocorrendo em todas as regiotildees brasileiras (Prado 1987)

Na APASB os indiviacuteduos encontram-se distribuiacutedos nas bordas e interior da vegetaccedilatildeo de porte arbustivo-arboacutereo e solos arenosos T formosa pode ser reconhecida na aacuterea pelo haacutebito arbustivo de flores vistosas tubo da corola 75-95 mm compr amarela e baga com 25-35 times 18-30 mm negra quando madura Floresce na aacuterea de janeiro a maio e frutifica em janeiro maio e junho

Agradecimentos

Agrave Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) pelo apoio financeiro ao projeto (PET 00232007) Agrave CAPES pela concessatildeo da bolsa de mestrado a primeira autora Aos curadores e teacutecnicos dos Herbaacuterios visitados e ao Natanael Santos pelas ilustraccedilotildees botacircnicas Aos dois revisores anocircnimos pelas significativas contribuiccedilotildees ao manuscrito

Referecircncias BibliograacuteficasBARBOSA MRV amp ZAPPI D 2002 Distribuiccedilatildeo das espeacutecies de

Rubiaceae na caatinga In Vegetaccedilatildeo e Flora da caatinga (EVSB Sampaio AM Giulietti JE Virginio CFL Gamarra-Rojas eds) APNECNIP Recife p155-157

BARBOSA MRV SOUSA EB amp JARDIM JG 2006 Rubiaceae In Checklist das Plantas do Nordeste Brasileiro Angiospermas e Gymnosperma (MRV Barbosa C Sothers S Mayo CFL Gamarra-Rojas amp CA Mesquita eds) Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia Brasiacutelia p135-140

BARBOSA MR ZAPPI D TAYLOR C CABRAL E JARDIM JG PEREIRA MS CALIOacute MF PESSOA MCR SALAS R SOUZA EB DI MAIO FR MACIAS L ANUNCIACcedilAtildeO EA DA GERMANO FILHO P amp OLIVEIRA JA 2012 Rubiaceae In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000210 (uacuteltimo acesso em 06112012)

123

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

BARBOSA MR 2012 Guettarda In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB014052 (uacuteltimo acesso em 06112012)

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente - MMA 2007 Aacutereas prioritaacuterias para conservaccedilatildeo uso sustentaacutevel e reparticcedilatildeo dos benefiacutecios da biodiversidade brasileira Secretaria de Biodiversidade e Florestas Brasiacutelia Mapa versatildeo 22 set2007

BRUMMITT RK amp POWELL CE 1992 Authors of plant names Royal Botanic Gardens Kew London

CABRAL EL amp BACIGALUPO NM 2005 Novelties in Spermacoceae (Rubiaceae) from Bolivia and Paraguay Brittonia 57(2)129-140 httpdxdoiorg1016630007-196X(2005)057[0129NISRFB]20CO2

CABRAL EL amp FADER AAC 2010 Nuevas combinaciones y nuevos sinocircnimos en especies de Brasil de Diodia s lat (Spermacoceae - Rubiaceae) Rodrigueacutesia 61(1)119-121

CABRAL EL MIGUEL LM amp SALAS RM 2011 Dos especies nuevas de Borreria (Rubiaceae) sinopsis y clave de las especies para Bahia Brasil Acta Bot Bras 25(2)255-276 httpdxdoiorg101590S0102-33062011000200002

CABRAL E amp SALAS R 2012 Diodella In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB038741 (uacuteltimo acesso em 06112012)

CAMPOS MTVA ZAPPI DC CALIOacute MF amp PIRANI JR 2006 Flora de Gratildeo-Mogol Minas Gerais Rubiaceae Bol Bot Univ Satildeo Paulo 2441-67

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2004 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v1 344p

DELPRETE PG amp SOUZA EB 2004 Psychotria carrascoana (Rubiaceae) a new species from the Carrasco Vegetation of Northeastern Brazil Novon 14158-162

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2005 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v2 p345-842

DELPRETE PG 2010 Rubiaceae In Flora do Estado de Goiaacutes e Tocantins (JA Rizzo org) PRPPGUFG IRD Goiacircnia v40 1610p

FORZZA RC COSTA A WALTER BMT PIRANI JR MORIM MP QUEIROZ LP MARTINELLI G PEIXOTO AL COELHO MAN BAUMGRATZ JFA STEHMANN JR LOHMANN LG amp HOPKINS M 2012 Angiospermas In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000032 (uacuteltimo acesso em 05112012)

JARDIM JG amp SOUZA EB 2006 Rubiaceae In Diversidade e Caracterizaccedilatildeo das Faneroacutegamas do Semiaacuterido Brasileiro (AM Giulietti AA Conceiccedilatildeo amp LP Queiroz orgs) Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife p203-209

JARDIM JG 2012 Leptoscela In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB020761 (uacuteltimo acesso em 06112012)

JUNG-MENDACcedilOLLI SL 2007 Rubiaceae In Flora Fanerocircgama do Estado de Satildeo Paulo (MGL Wanderley GJ Shepherd TS Melhem amp AM Giulietti coords) FAPESBRIMA Satildeo Paulo v5 p259-447

GOVAERTS R ANDERSSON L ROBBRECHT E BRIDSON D DAVIS A SCHANZER I amp SONKE B 2011 [continuously uploaded] World Checklist of Rubiaceae Facilitated by the Royal Botanic Gardens httpappskeworgwcspqsearchdo (uacuteltimo acesso em 2422012)

HARRIS JG amp HARRIS MW 2001 Plant identification terminology An illustrated glossary 2 ed Spring Lake Publishing Spring Lake

LEAL IR SILVA JMC Da TABARELLI M amp LACHER TE 2005 Changing the Course of Biodiversity Conservation in the caatinga of Northeastern Brazil Conserv Biol 19(3)701-706 httpdxdoiorg101111j1523-1739200500703x

LEWIS WH amp OLIVER RL 1974 Revision of Richardia (Rubiaceae) Brittonia 26271-301 httpdxdoiorg1023072805730

MARGALHO LF ROCHA AES amp SECCO RS 2009 Rubiaceae Juss da restinga da APA de AlgodoalMaiandeua Maracanatilde Paraacute Brasil Bol Mus Para Emiacutelio Goeldi Cienc Nat 4(3)303-339

MORI SA SILVA LAM LISBOA GE amp CORADIN L 1989 Manual de Manejo do Herbaacuterio Fanerogacircmico Centro de Pesquisa do Cacau Ilheacuteus

PEEL MC FINLAYSON BL amp MCMAHON TA 2007 Updated world map of the Koumlppen-Geiger climate classification Hydrol Earth Syst Sc 111633-1644 httpdxdoiorg105194hess-11-1633-2007

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2004 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelias Antirheoideae Cinchonoideae e Ixoroideae Acta Bot Bras 18(2)305-318 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000200010

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2006 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelia Rubioideae Acta Bot Bras 20(2)455-470 httpdxdoiorg101590S0102-33062006000200021

PRADO AL 1987 Revisatildeo taxonocircmica do gecircnero Tocoyena Aubl (Rubiaceae) no Brasil Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Estadual de Campinas Satildeo Paulo

RADFORD AE DICKISON WC MASSEY JR amp BELL R 1974 Vascular Plant Systematics Harper amp Row publishers New York

ROBBRECHT E 1988 Tropical woody Rubiaceae Characteristic features and progressions Contributions to a new subfamilial classification Opera Bot Belg 11-271

SOUZA EB amp SALES MF 2004 O gecircnero Staelia Cham amp Schtdl (Rubiaceae-Spermacoceae) no Estado de Pernambuco Brasil Acta Bot Bras 18(4)921-928 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000400023

SOUZA EB CABRAL EL amp ZAPPI DC 2010 Revisatildeo de Mitracarpus (Rubiaceae - Spermacoceae) para o Brasil Rodrigueacutesia 61(2)319-352

SZABO AV ROCHA ACS TOSATO JAC amp BARROSO W 2007 Aacuterea de proteccedilatildeo ambiental (APA) Serra Branca Raso da Catarina In As caatingas debates sobre a Ecorregiatildeo do Raso da Catarina (J Marques org) Fonte Viva Paulo Afonso p21-40

TAYLOR CM 2005 Margaritopsis (Rubiaceae Psychotrieae) in the Neotropics Syst Geogr Pl 75(2)161-177

THIERS B 2011 [continuously updated] Index Herbariorum a global directory of public herbaria and associated staff New York Botanical Gardenrsquos Virtual Herbarium httpsweetgumnybgorgih (uacuteltimo acesso em 28102011)

VELLOSO AL SAMPAIO EVSB GIULIETTI AM BARBOSA MRV CASTRO AAJF QUEIROZ LP FERNANDES A OREN DC CESTARO LA CASTRO AJE PAREYN FGC SILVA FBR MIRANDA EE KEEL S amp GONDIM RS 2002 Ecorregiotildees Propostas para o Bioma caatinga TNC-Brasil Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife

ZAPPI DC amp STANNARD BL 1995 Rubiaceae In Flora of the Pico das Almas Chapada Diamantina Bahia Brazil (BL Stannard ed) Royal Botanic GardensUSPCEPLAC Kew p546-578

ZAPPI DC amp NUNES TS 2002 Preliminary list of the Rubiaceae in Nortehastern Brazil Royal Botanic Gardens Kew

Recebido em 09072012 Versatildeo reformulada recebida em 15112012

Publicado em 03042013

Page 13: Biota Neotrop., vol. 13, no. 2 - redalyc.org · Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico

116

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Natureza 10deg00rsquo14rdquo S 38deg26rsquo02rdquo O 427 m 12VIII2005 fl fr EB Miranda et al 882 (HUEFS) 10deg4rsquoS 38deg21rdquo O 17I2006 bot GC Sessegolo et al 147 (ALCB) Baixa do estreito 9deg59rsquo343rdquo S 38deg25rsquo015rdquo O 436 m 18III2009 bot AS Conceiccedilatildeo 1547 (HUNEB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie exclusiva do Nordeste do Brasil ocorrendo nos estados de Alagoas Bahia Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco em aacutereas de caatinga (Barbosa 2012)

Guettarda sericea ocorre na APASB em aacuterea com caatinga arboacuterea diferencia-se de G angelica principalmente pela drupa elipsoide pubescente marrom a negra quando madura tubo da corola 7-8 mm compr (vs 10-12 mm compr) e limbo tomentoso em ambas as faces Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos em agosto e de janeiro a marccedilo apenas em bototildees

11 Leptoscela ruellioides Hookf Icon Pl 14 1149 1873 Figuras 5e-h

Erva ereta ou com ramos apoiantes 30-80 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 12-128 cm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubescente 8-14 setas 05-3 mm compr pubescentes Folhas opostas cruzadas membranaacuteceas peciacuteolos 1-3 mm compr glabro limbo 24-52 times 8-22 mm lanceolado base cuneada aacutepice acuminado margem inteira face adaxial pubeacuterula abaxial pubescente venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras conspiacutecuas na face abaxial 3-4 pares Inflorescecircncia em cincinos alongados axilares 1-4 por ramo floriacutefero 12-20-floro peduacutenculo 20-38 mm compr glabro 2 braacutecteas 3-4 times 15-2 mm lanceoladas pubescentes 1 bracteacuteola 1-15 mm compr linear pubeacuterula Bototildees florais elipsoides 15-4 times 1-15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas heterostiacutelicas pedicelos 05-13 mm compr glabros caacutelice 5 lobos iguais 1-15 mm compr lanceolados margem pubeacuterula corola alva com fauce esverdeada e lobos lilases infundibuliforme tubo 3-45 mm compr glabro externamente internamente pubescente e com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 5-mera lobos 25-4 mm compr triangulares internamente pubescentes flores brevistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 15-2 mm compr anteras ca 18 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-2 mm compr flores longistiacutelicas estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras ca 1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 45-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 3-4 times 15-2 mm obovoide verde glabra sementes 07-1 times 05-07 mm obovoides castanhas ventralmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca Trilha do Araccedilaacute 9deg52rsquo491rdquo S 38deg38rsquo135rdquo O 535 m 8V2008 fl MVV Romatildeo 128 (HUNEB) Baixa dos Queleacutes 9deg58rsquo60rdquo S 38deg26rsquo16rdquo O 488 m 17X2009 fl E Melo et al 6625 (HUEFS) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo249rdquo S 38deg29rsquo318rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1642 (HUNEB) 9deg57rsquo170rdquo S 38deg26rsquo247rdquo O 575 m 19VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1770 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo116rdquo O 493 m 28VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1773 (HUNEB) 9deg58rsquo008rdquo S 38deg26rsquo117rdquo O 497 m 29VII2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1796 (HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 fl RR Varjatildeo 01 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 71 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 12VIII2005 fl EB Miranda et al 891 (HUEFS) Uauaacute Serra do Jerocircnimo 30III2000 fl e fr ML Guedes et al 7336 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Nordeste do Brasil ocorrendo na caatinga e cerrado nos estados de Alagoas Bahia Paraiacuteba Pernambuco e Sergipe (Jardim 2012)

Na APASB L ruellioides apresenta ampla distribuiccedilatildeo ocorrendo em todos os ambientes com nuacutemero elevado de indiviacuteduos A espeacutecie eacute reconhecida pelo haacutebito ereto ou com ramos apoiantes folhas pecioladas inflorescecircncia em cincinos e caacutelice com 5 lobos iguais Coletada na aacuterea com flores de abril a setembro e dezembro e frutos em maio

12 Margaritopsis carrascoana (Delprete amp EBSouza) CMTaylor amp EBSouza Syst amp Geogr Pl 75 171 2005 Figuras 5i-l

Psychotria carrascoana Delprete amp EBSouza Novon 14 158 2004

Subarbusto 1-15 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro entrenoacutes 2-10 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 1-2 times 12 -25 mm glabras Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas peciacuteolos 1-2 mm compr limbo 11-24 times 5-10 mm eliacuteptico a oblanceolado base cuneada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial 5-9 pares Inflorescecircncia terminal uniflora seacutessil 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos ca 12 times 15 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 5 lobos iguais ca 08 mm compr triangulares glabros corola alva a creme lobos com aacutepice verde infundibuliforme tubo 25-3 mm compr externamente glabro internamente com anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 5-mera lobos ca 3 mm compr oblongos-ovais reflexos glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 02 mm compr anteras 08-1 mm compr castanhas estigma biacutefido estilete ca 4 mm compr Fruto drupa 4-7 times 4-5 mm obovoide alaranjado ou vermelho quando maduro glabro sementes 35-4 times 25-35 mm subovoides castanhas plano-convexas dorsalmente com sulcos longitudinais

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 4XII2010 fr RR Varjatildeo 18 (HUNEB) 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 8IV2011 fr RR Varjatildeo 72 (HUNEB) 5V2011 fl e fr RR Varjatildeo 77 (HUNEB) 5V2011 fr RR Varjatildeo 78 (HUNEB) 9deg56rsquo398rdquo S 38deg28rsquo104rdquo O 625 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 118 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Jeremoabo Faz Natureza 7VI2004 fr JG Carvalho-Sobrinho et al 253 (HUEFS) Paulo Afonso ESEC-Raso da Catarina 8VI1985 fr L P Queiroz 564 (ALCB) 24VI1982 fr M L Guedes et al 441 (ALCB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita aos estados da Bahia e Cearaacute ocorrendo em vegetaccedilatildeo do tipo caatinga e carrasco (Delprete amp Souza 2004 Taylor 2005)

Margaritopsis carrascoana estaacute sendo citada aqui pela primeira vez para o estado da Bahia Segundo Delprete amp Souza (2004) a espeacutecie ocorria apenas no estado do Cearaacute associada agrave vegetaccedilatildeo do tipo carrasco no Planalto do Ibiapaba e Chapada do Araripe admitindo sua provaacutevel ocorrecircncia em vegetaccedilatildeo semelhante no estado vizinho do Piauiacute Contudo a espeacutecie foi citada em trabalhos anteriores com ocorrecircncia para aacuterea de caatinga incluindo carrasco cerrado e florestas (Jardim amp Souza 2006)

Na APASB esta espeacutecie ocorre com mais frequecircncia no subosque da vegetaccedilatildeo em aacutereas sombreadas e solos arenosos Diferencia-se por apresentar estiacutepulas persistentes tubo da corola 25-3 mm compr e fruto drupa laranja a vermelha quando madura Foi encontrada na aacuterea com flores e frutos de abril a dezembro

13 Mitracarpus baturitensis Sucre Rodrigueacutesia 26 255 1971 Figuras 6a-f

Erva ereta ca 30 cm alt monoica Caule tetragonal glabro entrenoacutes 7-88 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 2-3 mm margem pubescente 4-5 setas 05-1 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas membranaacuteceas seacutesseis limbo 8-32

117

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

times 2-4 mm linear-eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra a escabra abaxial glabrescente nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares e terminais 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 15-25 times 08-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 05-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 1-12 mm compr menores 05-08 mm compr lanceolados margem

hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo ca 1 mm compr glabro externamente anel de tricomas na metade do tubo 4-mera lobos ca 1 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras ca 06 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 1-2 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 06-08 mm subglobosa castanha quando madura glabra sementes 06-08 times ca 04 mm oblongoides castanhas face dorsal com impressatildeo cruciforme face ventral com sulcos em forma de ldquoXrdquo

a

b

c

d

e

f

g

h

k

l

i

j

m

n

pq

o

Figura 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e) semente face ventral f) semente face dorsal g-l) Mitracarpus longicalyx g) ramo floriacutefero h) estiacutepula i) flor j) fruto k) semente face ventral l) semente face lateral m-q) Mitracarpus robustus m) ramo floriacutefero n) estiacutepula o) flor p) fruto q) semente face ventral (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)Figure 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e) seed ventral view f) seed dorsal view g-l) Mitracarpus longicalyx g) flowering branch h) stipule i) flower j) fruit k) seed ventral view l) seed lateral view m-q) Mitracarpus robustus m) flowering branch n) stipule o) flower p) fruit q) seed ventral view (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)

118

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 02 (HUNEB) 27VII2011 fl e fr LR Silva 43 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Reserva Bioloacutegica de Canudos 24VI2003 fr FHM Silva et al 417 (HUEFS) Gloacuteria Brejo do Burgo 26VIII1995 fl FP Bandeira 253 (ALCB) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1178 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita ao Brasil sendo referida para o Distrito Federal e para os estados da Bahia Cearaacute Goiaacutes Mato Grosso Paraiacuteba Pernambuco e Piauiacute (Souza et al 2010)

Na APASB a espeacutecie foi encontrada em aacutereas de bordas e ambientes abertos predominantemente em solos arenosos Entretanto ocorre preferencialmente sobre solos rochosos lateriacuteticos ou sobre inselbergs e afloramentos rochosos no bioma caatinga e no cerrado (Delprete 2010 Souza et al 2010) Mitracarpus baturitensis pode ser confundida com M longicalyx que tambeacutem ocorre na aacuterea podendo ser diferenciada pelo limbo linear-eliacuteptico 2-4 mm larg tubo da corola ca 1 mm compr e sementes com impressatildeo cruciforme na face dorsal Floresce e frutifica na aacuterea de julho a setembro

14 Mitracarpus longicalyx EBSouza amp MFSales Brittonia 53 482 2001 (2002) Figuras 6g-l

Erva ereta ou ascendente ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice pubeacuterulo entrenoacutes 8-84 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 2-5 mm pubeacuterula 5-9 setas 1-3 mm compr pubeacuterulas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 21-47 times 5-14 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira face adaxial glabra abaxial com a nervura principal pubeacuterula venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-35 times 06-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-12 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 16-3 mm compr menores 1-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 15-25 mm compr papiloso externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 06-12 mm compr triangulares externamente papilosos internamente glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 28-4 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 08-1 mm subglobosa castanha quando madura aacutepice pubescente sementes 06-08 times 02-04 mm oblongoides castanhas face dorsal com depressotildees semicirculares face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg52rsquo234rdquo S 38deg38rsquo146rdquo O 492 m 30VII2008 fl TMS Melo 37 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo457rdquo S 38deg27rsquo301rdquo O 607 m 29VII2009 bot fl e fr TMS Melo 12 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquo S 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 fl e fr DD Vieira 172 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Pilatildeo Arcado Brejo do Morro 19III2006 fl EBSouza et al 1593 (HUEFS) Ribeira do Pombal 20 km da rod para Tucano 9VI2005 fl D Cardoso 562 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita agrave regiatildeo do semiaacuterido do Brasil com registros para os estados do Bahia Cearaacute Piauiacute e Pernambuco (Souza et al 2010)

Na APASB M longicalyx foi encontrada em bordas de estradas aacutereas abertas e pastagens com alta incidecircncia de luz Pode ser confundida com M baturitensis e M robustus das quais se diferencia por apresentar caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice sem alas

glomeacuterulo apical subtendido por 4 braacutecteas geralmente puacuterpuras na base e sementes com depressotildees semicirculares dorsais Coletada na aacuterea com flores e frutos de junho a julho

15 Mitracarpus robustus EBSouza amp ELCabral Rodrigueacutesia 2 345 2010 Figuras 6m-q

Mitracarpus frigidus (Willd ex Roem amp Schult) KSchum var humboldtianus KSchum Fl Bras 6 82 1888

Subarbusto erva ereta ou ascendente 40-120 cm alt monoica Caule tetragonal alado no aacutepice dos ramos glabro entrenoacutes 21-44 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-35 times 25-3 mm glabra a pubeacuterula 5-6 setas 3-5 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 20-75 times 5-15 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo margem inteira pubeacuterulo em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes em ambas as faces 3-4 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-8 por ramo floriacutefero multifloros 2(-4) braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-32 times 14-18 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 22-28 mm compr menores 06-12 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 25-35 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 1-15 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-28 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal ca 1 times 12 mm subglobosa marrom quando madura aacutepice pubescente sementes ca 06 times 06 mm oblongoides lilases face dorsal lisa face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 46 (HUNEB) Trilha secundaacuteria proacuteximo a casa da caixa drsquoaacutegua 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 47 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Conde Fazendo do Bu 13VIII1996 fl MC Ferreira et al 1023 (HRB) Jussiape em direccedilatildeo a Barra da Estiva 15VI2002 fl LP Queiroz et al 7125 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie distribuiacuteda no Brasil e na Guiana Francesa No Brasil sua ocorrecircncia estaacute registrada para o Distrito Federal e para os estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Sergipe Bahia Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Mitracarpus robustus eacute uma espeacutecie comum em solos argilosos ou areno-argilosos em solos lateriacuteticos em margens de estrada ou periferia de matas (Souza et al 2010) Na APASB estaacute distribuiacuteda nas bordas de florestas e apresenta um porte bastante robusto quando comparado agraves outras espeacutecies de Mitracarpus que ocorrem na aacuterea Pode ser diferenciada pelo caule tetragonal alado no aacutepice glomeacuterulo apical subtendido por 2 braacutecteas e sementes planas no dorso Floresce e frutifica na aacuterea em julho

16 Mitracarpus salzmannianus DC Prodr 4 571 1830 Figuras 7a-c

Mitracarpus frigidus var salzmannianus (DC) Martius Eichler amp Urban Fl bras 6 82 1888

Mitracarpus scabrellus Benth Hookerrsquos J Bot Kew Gard Misc 3 238 1841

Erva ereta 40-50 cm alt monoica Caule tetragonal pubescente entrenoacutes 65-90 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-18 times 15-2 mm pubescente 5-7 setas 4-6 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 10-42 times 2-13 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira pubescente em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma

119

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

nervuras proeminentes na face abaxial 3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 2-35 times 08-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos ca 1 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 3-32 mm compr menores 16-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 4-45 mm compr externamente piloso na metade superior anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos ca 15 mm compr triangulares pilosos externamente estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 04 mm compr anteras 05-06 mm

compr alvas estigma biacutefido estilete 5-65 mm compr Segundo Souza et al (2010) fruto caacutepsula deiscecircncia transversal (12-)15-25 mm compr obovoides glabras sementes 08-12 times 05-06 mm oblongoides ou globosas castanhas face dorsal sem depressotildees face ventral com encaixe em forma de ldquoY-invertidordquo

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 fl RR Varjatildeo 142 (HUNEB) 27VII2011 fl RR Varjatildeo 145 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Aldeia Serrota 19IX2005 fl M Colaccedilo 53 (HUEFS) Paulo Afonso Raso da

Figura 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) haacutebito b) estiacutepula c) flor d-g) Richardia grandiflora d) haacutebito e) estiacutepula f) flor g) fruto h-j) Staelia aurea h) ramo floriacutefero i) estiacutepula j) flor (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)Figure 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) habit b) stipule c) flower d-g) Richardia grandiflora d) habit e) stipule f) flower g) fruit h-j) Staelia aurea h) flowering branch i) stipule j) flower (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)

a

b

c

d

e

f

gh

i

j

120

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Catarina 10VIII2005 fl EB Miranda et al 805 (HUEFS) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1191 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Eacute uma espeacutecie amplamente distribuiacuteda ocorrendo na Guiana Francesa Suriname e Brasil No Brasil ocorre nos estados de Roraima Paraacute Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Goiaacutes Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Planta comum em solos arenosos habitando dunas campos ou chapadas tambeacutem presente como ruderal (Souza et al 2010) Na APASB foi encontrada em solos arenosos na vegetaccedilatildeo arbustiva Caracteriza-se pelo indumento denso e contiacutenuo que cobre toda a planta folhas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas aleacutem do tubo da corola com 4-45 mm compr caracteres que a diferenciam das outras espeacutecies de Mitracarpus Floresce na aacuterea em julho

17 Richardia grandiflora (Cham amp Schltdl) Steud Nomencl Bot 2 459 1841 Figuras 7d-g

Richardsonia grandiflora Cham amp Schltdl Linnaea 3 351 1828Erva procumbente ca 20 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice do ramos hirsuto entrenoacutes 8-78 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 3-5 mm pubeacuterula a hirsuta 4-7 setas 07-45 mm compr pubeacuterulas a hirsutas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 15-38 times 5-11 mm eliacuteptico a lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira estrigoso a escabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais multifloros 4 braacutecteas foliaacuteceas externas 14-17 times 7-8 mm internas 5-12 times 3-7 mm ovais hirsutas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 4-7 times 4-5 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 6 lobos iguais 3-4 mm compr lanceolados hirsutos corola alva roacutesea a lilaacutes infundibuliforme tubo 6-9 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 6-mera lobos 4-5 mm compr triangulares pilosos externamente estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 07-1 mm compr anteras 12-18 mm compr alvas estigma triacutefido estilete 8-11 mm compr Fruto esquizocarpo trecircs mericarpos 15-25 times 15-25 mm obovoide pardo quando maduro hirsuto a piloso sementes 15-2 times 06-1 mm subovoides castanhas dorso convexo sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai ao Povoado Queleacutes 9deg52rsquo532rdquo S 38deg32rsquo420rdquo O 650 m 22IX2010 fl e fr RR Varjatildeo 04 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquoS 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 bot DD Vieira 173 (HUNEB) 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 126 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 133 (HUNEB) Faz Serra Branca proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot RR Varjatildeo 79 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 1VII1995 fl FP Bandeira 173 (ALCB) Bosque de Algaroba 7VI2004 fl MVM Oliveira 748 (HUEFS) Rodelas Mocoacute 22I1987 fl GO Mattos amp BS Laacutezaro 55 (HRB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie encontrada por toda a Ameacuterica e como planta introduzida na Floacuterida Estados Unidos Ocorre nas regiotildees Norte a Sudeste e Centro-Oeste do Brasil nos estados do Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Pernambuco Bahia Mato Grosso Goiaacutes Minas Gerais Satildeo Paulo e Rio Grande do Sul (Lewis amp Oliver 1974 Delprete et al 2005 Delprete 2010)

Na APASB R grandiflora eacute muito frequente ao longo das estradas bordas da mata aacutereas abertas e pastagens com forte exposiccedilatildeo solar em solos arenosos e areno-argilosos Esta espeacutecie apresenta forte vigor vegetativo principalmente em solos feacuterteis

cobrindo completamente o solo (Delprete 2010) Pode ser confundida em campo com as espeacutecies de Diodella das quais se diferencia pelas flores hexacircmeras estigma triacutefido e frutos com trecircs mericarpos Floresce na aacuterea de maio a setembro e frutifica de junho a setembro de acordo com material analisado

18 Staelia aurea KSchum Fl Bras 677 1888 Figuras 7h-jErva ereta ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico pubeacuterulo

entrenoacutes 7-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubeacuterula 4-5 setas 05-2 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 12-27 times 14-4 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra abaxial com nervura esparsamente estrigosa venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 5-7 por ramo floriacutefero multifloros 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 14-22 times 1-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 2-26 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 3-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 2-25 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-2 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 6-65 mm compr Frutos e sementes natildeo observados

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1656 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 3VII1995 fl FP Bandeira 221 (ALCB HRB CEPEC) Juazeiro Serra do Mulato 28III2000 fl MR Fonseca et al 1247 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita ao Brasil Ocorre nas regiotildees Norte (sul do Paraacute) Centro-Oeste Nordeste e partes do Sudeste (Souza amp Sales 2004)

Staelia aurea eacute considerada uma espeacutecie de ampla distribuiccedilatildeo poreacutem na APASB eacute escassa Pode ser confundida com S virgata da qual se diferencia por apresentar caule pubeacuterulo tubo da corola 3-45 mm compr e 5-7 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Foi coletada na aacuterea com flores em junho

19 Staelia galioides DC Prodr 4 573 1830 Figuras 8a-dSpermacoce galioides Pohl ex DC Prodr 4 573 1830Erva ereta 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro

a pubeacuterulo entrenoacutes 03-08 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 15-2 mm pubeacuterula 3 setas 06-18 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 6-17 times 05-25 mm linear-lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 6-10 por ramo floriacutefero multifloros (2)-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 18-3 times 06-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 1-16 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo 35-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 15-24 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 15-18 mm compr anteras 08-1 mm compr alvas a lilases estigma biacutefido estilete 5-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 1-12 mm obovoide verde

121

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

glabra sementes 06-08 times 04-06 mm oblongoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg53rsquo471rdquo S 38deg39rsquo131rdquo O 196 m 21V2008 fl e fr MVV Romatildeo 239 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 22 (HUNEB) 9deg56rsquo807rdquo S 38deg27rsquo330rdquo O 24II2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 37 (HUNEB) 9deg55rsquo776rdquo S 38deg29rsquo40rdquo O 652m 8IV2011 fl e fr RR Varjatildeo 69 (HUNEB) 9deg32rsquo934rdquo S 38deg32rsquo234rdquo O 657 m 5V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 74

(HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 117 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Ribeira do Pombal 19V1981 fl P Geraldo13181 (CEPEC) Rodelas dunas cabeccedila de boi 24II1988 fl e fr RP Orlandi 828 (HRB)

Distribuiccedilatildeo A espeacutecie apresenta distribuiccedilatildeo exclusiva no Brasil Ocorre na regiatildeo Centro-Oeste em Goiaacutes e Tocantins e no Nordeste em Alagoas Bahia Pernambuco e Piauiacute (Souza amp Sales 2004)

Figura 8 a-d) Staelia galioides a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Staelia virgata e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Tocoyena formosa i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)Figure 8 a-d) Staelia galioides a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Staelia virgata e flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Tocoyena formosa i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)

a

b c

d

e

f

g

h

i

j

k

l

122

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Na APASB a espeacutecie eacute amplamente distribuiacuteda apresentando nuacutemero elevado de indiviacuteduos Eacute encontrada em aacutereas abertas bordas de estradas e no interior da vegetaccedilatildeo subarbustiva em solos arenosos Pode ser reconhecida por apresentar estiacutepulas com 3 setas limbo linear-lanceolado lobos do caacutelice 1-16 mm compr diferenciando-se de S aurea que possui estiacutepulas com 4-5 setas limbo lanceolado e lobos do caacutelice 2-26 mm compr Floresce e frutifica na aacuterea de janeiro a junho

20 Staelia virgata (Link ex Roem amp Schult) KSchum Fl Bras 6(6) 76 1889 Figuras 8e-h

Spermacoce virgata Link ex Roem amp Schult Syst Veget 3 281 531 1818

Erva ereta ca 60 cm alt monoica Caule tetragonal glabro a glabrescente entrenoacutes 10-33 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2times ca 18 mm pubeacuterula no aacutepice 5-7 setas 12-25 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 13-30 times 1-3 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente em ambas as faces 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-4 por ramo floriacutefero multifloros 2-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 25-3 times 1-15 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 25-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo ca 5 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 25-3 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 2-3 mm compr anteras 08-12 mm compr alvas estigma biacutefido estilete ca 8 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 08-1 mm obovoide verde hirsuto sementes 06-1 times ca 04 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai da ESEC-Raso da Catarina agrave APA Serra Branca 9deg52rsquo78rdquo S 38deg31rsquo65rdquo O 624 m 27VII2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 140 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos estrada para a estaccedilatildeo bioloacutegica 26VI2002 fl LP Queiroz et al 7197 (HUEFS) Gloacuteria Serrota 2IX2006 fl S Leal 39 (HUEFS) Paulo Afonso BR-110 Norte 23VIII2005 fl DS Carneiro-Torres et al 483 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Ocorre em todo o Brasil parte dos territoacuterios do Peru Boliacutevia Paraguai ateacute o norte da Argentina No Brasil sua distribuiccedilatildeo vai desde o Amazonas Bahia Cearaacute Maranhatildeo Paraacute Paraiacuteba Pernambuco Piauiacute ateacute os estados da regiatildeo Sul (Souza amp Sales 2004)

Considerada por Souza amp Sales (2004) a espeacutecie mais amplamente distribuiacuteda entre as estudadas em seu trabalho S virgata foi encontrada na APASB apenas no periacuteodo chuvoso em vegetaccedilatildeo subarbustiva Pode ser confundida com as outras espeacutecies de Staelia ocorrentes na aacuterea diferenciando-se pelo conjunto de caracteriacutesticas caule glabro a glabrescente estiacutepula com 5-7 setas tubo da corola ca 5 mm compr e 2-4 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Encontrada na aacuterea com flores e frutos em julho

21 Tocoyena formosa (Cham amp Schltdl) KSchum Fl Bras 6 347 1889 Figuras 8i-l

Gardenia formosa Cham amp Schltdl Linnaea 4 200 1829Arbusto 13-17 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro

pubeacuterulo no aacutepice entrenoacutes 4-22 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 4-7 times 6 -8 mm glabras internamente pubeacuterulas e com coleacuteteres Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas a subcoriaacuteceas peciacuteolos 5-17 mm compr pubeacuterulos limbo

75-150 times 45-80 mm oval a eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial pubescente abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em dicaacutesios congestos terminais 4-7-floro peduacutenculo 2-7 mm compr pubeacuterulo braacutecteas e bracteacuteolas natildeo visualizadas Bototildees florais ovais 25-100 times 6-9 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas subseacutesseis caacutelice 5 lobos denteados 08-1 mm compr triangulares tomentosos tubo 1-2 mm compr tomentoso corola amarela hipocrateriforme tubo 75-95 mm compr externamente tomentoso internamente glabro 5-mera lobos 12-27 mm compr obovados externamente tomentosos internamente glabros estames exsertos seacutesseis anteras 7-10 mm compr marrons estigma biacutefido estilete 84-98 mm compr Fruto baga 25-35 times 18-30 mm globosa negra quando madura pubeacuterula sementes 5-6 times 45-7 mm orbiculares planas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 17I2006 fr GC Sessegolo 158 (MBM) 9deg57rsquo044rdquo S 38deg42rsquo289rdquo O 313 m 13III2008 fr AS Conceiccedilatildeo 1268 (HUNEB) Baixa grande 9deg58rsquo370rdquo S 38deg27rsquo086rdquo O 561 m 19III2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1560 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fr AS Conceiccedilatildeo 1707 (HUNEB) 9deg55rsquo48rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot RR Varjatildeo 24 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 27 (HUNEB) 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 bot e fr RR Varjatildeo 65 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 16II2003 fl FHM Silva et al322 (HUEFS) Tucano Estrada para Ribeira do Pombal 21III1992 fl AM Carvalho et al 3894 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Esta espeacutecie tem ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica do Sul encontrada no Suriname Brasil e Paraguai ocorrendo em todas as regiotildees brasileiras (Prado 1987)

Na APASB os indiviacuteduos encontram-se distribuiacutedos nas bordas e interior da vegetaccedilatildeo de porte arbustivo-arboacutereo e solos arenosos T formosa pode ser reconhecida na aacuterea pelo haacutebito arbustivo de flores vistosas tubo da corola 75-95 mm compr amarela e baga com 25-35 times 18-30 mm negra quando madura Floresce na aacuterea de janeiro a maio e frutifica em janeiro maio e junho

Agradecimentos

Agrave Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) pelo apoio financeiro ao projeto (PET 00232007) Agrave CAPES pela concessatildeo da bolsa de mestrado a primeira autora Aos curadores e teacutecnicos dos Herbaacuterios visitados e ao Natanael Santos pelas ilustraccedilotildees botacircnicas Aos dois revisores anocircnimos pelas significativas contribuiccedilotildees ao manuscrito

Referecircncias BibliograacuteficasBARBOSA MRV amp ZAPPI D 2002 Distribuiccedilatildeo das espeacutecies de

Rubiaceae na caatinga In Vegetaccedilatildeo e Flora da caatinga (EVSB Sampaio AM Giulietti JE Virginio CFL Gamarra-Rojas eds) APNECNIP Recife p155-157

BARBOSA MRV SOUSA EB amp JARDIM JG 2006 Rubiaceae In Checklist das Plantas do Nordeste Brasileiro Angiospermas e Gymnosperma (MRV Barbosa C Sothers S Mayo CFL Gamarra-Rojas amp CA Mesquita eds) Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia Brasiacutelia p135-140

BARBOSA MR ZAPPI D TAYLOR C CABRAL E JARDIM JG PEREIRA MS CALIOacute MF PESSOA MCR SALAS R SOUZA EB DI MAIO FR MACIAS L ANUNCIACcedilAtildeO EA DA GERMANO FILHO P amp OLIVEIRA JA 2012 Rubiaceae In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000210 (uacuteltimo acesso em 06112012)

123

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

BARBOSA MR 2012 Guettarda In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB014052 (uacuteltimo acesso em 06112012)

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente - MMA 2007 Aacutereas prioritaacuterias para conservaccedilatildeo uso sustentaacutevel e reparticcedilatildeo dos benefiacutecios da biodiversidade brasileira Secretaria de Biodiversidade e Florestas Brasiacutelia Mapa versatildeo 22 set2007

BRUMMITT RK amp POWELL CE 1992 Authors of plant names Royal Botanic Gardens Kew London

CABRAL EL amp BACIGALUPO NM 2005 Novelties in Spermacoceae (Rubiaceae) from Bolivia and Paraguay Brittonia 57(2)129-140 httpdxdoiorg1016630007-196X(2005)057[0129NISRFB]20CO2

CABRAL EL amp FADER AAC 2010 Nuevas combinaciones y nuevos sinocircnimos en especies de Brasil de Diodia s lat (Spermacoceae - Rubiaceae) Rodrigueacutesia 61(1)119-121

CABRAL EL MIGUEL LM amp SALAS RM 2011 Dos especies nuevas de Borreria (Rubiaceae) sinopsis y clave de las especies para Bahia Brasil Acta Bot Bras 25(2)255-276 httpdxdoiorg101590S0102-33062011000200002

CABRAL E amp SALAS R 2012 Diodella In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB038741 (uacuteltimo acesso em 06112012)

CAMPOS MTVA ZAPPI DC CALIOacute MF amp PIRANI JR 2006 Flora de Gratildeo-Mogol Minas Gerais Rubiaceae Bol Bot Univ Satildeo Paulo 2441-67

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2004 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v1 344p

DELPRETE PG amp SOUZA EB 2004 Psychotria carrascoana (Rubiaceae) a new species from the Carrasco Vegetation of Northeastern Brazil Novon 14158-162

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2005 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v2 p345-842

DELPRETE PG 2010 Rubiaceae In Flora do Estado de Goiaacutes e Tocantins (JA Rizzo org) PRPPGUFG IRD Goiacircnia v40 1610p

FORZZA RC COSTA A WALTER BMT PIRANI JR MORIM MP QUEIROZ LP MARTINELLI G PEIXOTO AL COELHO MAN BAUMGRATZ JFA STEHMANN JR LOHMANN LG amp HOPKINS M 2012 Angiospermas In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000032 (uacuteltimo acesso em 05112012)

JARDIM JG amp SOUZA EB 2006 Rubiaceae In Diversidade e Caracterizaccedilatildeo das Faneroacutegamas do Semiaacuterido Brasileiro (AM Giulietti AA Conceiccedilatildeo amp LP Queiroz orgs) Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife p203-209

JARDIM JG 2012 Leptoscela In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB020761 (uacuteltimo acesso em 06112012)

JUNG-MENDACcedilOLLI SL 2007 Rubiaceae In Flora Fanerocircgama do Estado de Satildeo Paulo (MGL Wanderley GJ Shepherd TS Melhem amp AM Giulietti coords) FAPESBRIMA Satildeo Paulo v5 p259-447

GOVAERTS R ANDERSSON L ROBBRECHT E BRIDSON D DAVIS A SCHANZER I amp SONKE B 2011 [continuously uploaded] World Checklist of Rubiaceae Facilitated by the Royal Botanic Gardens httpappskeworgwcspqsearchdo (uacuteltimo acesso em 2422012)

HARRIS JG amp HARRIS MW 2001 Plant identification terminology An illustrated glossary 2 ed Spring Lake Publishing Spring Lake

LEAL IR SILVA JMC Da TABARELLI M amp LACHER TE 2005 Changing the Course of Biodiversity Conservation in the caatinga of Northeastern Brazil Conserv Biol 19(3)701-706 httpdxdoiorg101111j1523-1739200500703x

LEWIS WH amp OLIVER RL 1974 Revision of Richardia (Rubiaceae) Brittonia 26271-301 httpdxdoiorg1023072805730

MARGALHO LF ROCHA AES amp SECCO RS 2009 Rubiaceae Juss da restinga da APA de AlgodoalMaiandeua Maracanatilde Paraacute Brasil Bol Mus Para Emiacutelio Goeldi Cienc Nat 4(3)303-339

MORI SA SILVA LAM LISBOA GE amp CORADIN L 1989 Manual de Manejo do Herbaacuterio Fanerogacircmico Centro de Pesquisa do Cacau Ilheacuteus

PEEL MC FINLAYSON BL amp MCMAHON TA 2007 Updated world map of the Koumlppen-Geiger climate classification Hydrol Earth Syst Sc 111633-1644 httpdxdoiorg105194hess-11-1633-2007

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2004 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelias Antirheoideae Cinchonoideae e Ixoroideae Acta Bot Bras 18(2)305-318 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000200010

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2006 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelia Rubioideae Acta Bot Bras 20(2)455-470 httpdxdoiorg101590S0102-33062006000200021

PRADO AL 1987 Revisatildeo taxonocircmica do gecircnero Tocoyena Aubl (Rubiaceae) no Brasil Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Estadual de Campinas Satildeo Paulo

RADFORD AE DICKISON WC MASSEY JR amp BELL R 1974 Vascular Plant Systematics Harper amp Row publishers New York

ROBBRECHT E 1988 Tropical woody Rubiaceae Characteristic features and progressions Contributions to a new subfamilial classification Opera Bot Belg 11-271

SOUZA EB amp SALES MF 2004 O gecircnero Staelia Cham amp Schtdl (Rubiaceae-Spermacoceae) no Estado de Pernambuco Brasil Acta Bot Bras 18(4)921-928 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000400023

SOUZA EB CABRAL EL amp ZAPPI DC 2010 Revisatildeo de Mitracarpus (Rubiaceae - Spermacoceae) para o Brasil Rodrigueacutesia 61(2)319-352

SZABO AV ROCHA ACS TOSATO JAC amp BARROSO W 2007 Aacuterea de proteccedilatildeo ambiental (APA) Serra Branca Raso da Catarina In As caatingas debates sobre a Ecorregiatildeo do Raso da Catarina (J Marques org) Fonte Viva Paulo Afonso p21-40

TAYLOR CM 2005 Margaritopsis (Rubiaceae Psychotrieae) in the Neotropics Syst Geogr Pl 75(2)161-177

THIERS B 2011 [continuously updated] Index Herbariorum a global directory of public herbaria and associated staff New York Botanical Gardenrsquos Virtual Herbarium httpsweetgumnybgorgih (uacuteltimo acesso em 28102011)

VELLOSO AL SAMPAIO EVSB GIULIETTI AM BARBOSA MRV CASTRO AAJF QUEIROZ LP FERNANDES A OREN DC CESTARO LA CASTRO AJE PAREYN FGC SILVA FBR MIRANDA EE KEEL S amp GONDIM RS 2002 Ecorregiotildees Propostas para o Bioma caatinga TNC-Brasil Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife

ZAPPI DC amp STANNARD BL 1995 Rubiaceae In Flora of the Pico das Almas Chapada Diamantina Bahia Brazil (BL Stannard ed) Royal Botanic GardensUSPCEPLAC Kew p546-578

ZAPPI DC amp NUNES TS 2002 Preliminary list of the Rubiaceae in Nortehastern Brazil Royal Botanic Gardens Kew

Recebido em 09072012 Versatildeo reformulada recebida em 15112012

Publicado em 03042013

Page 14: Biota Neotrop., vol. 13, no. 2 - redalyc.org · Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico

117

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

times 2-4 mm linear-eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra a escabra abaxial glabrescente nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos axilares e terminais 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 15-25 times 08-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 05-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 1-12 mm compr menores 05-08 mm compr lanceolados margem

hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo ca 1 mm compr glabro externamente anel de tricomas na metade do tubo 4-mera lobos ca 1 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 1 mm compr anteras ca 06 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 1-2 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 06-08 mm subglobosa castanha quando madura glabra sementes 06-08 times ca 04 mm oblongoides castanhas face dorsal com impressatildeo cruciforme face ventral com sulcos em forma de ldquoXrdquo

a

b

c

d

e

f

g

h

k

l

i

j

m

n

pq

o

Figura 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e) semente face ventral f) semente face dorsal g-l) Mitracarpus longicalyx g) ramo floriacutefero h) estiacutepula i) flor j) fruto k) semente face ventral l) semente face lateral m-q) Mitracarpus robustus m) ramo floriacutefero n) estiacutepula o) flor p) fruto q) semente face ventral (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)Figure 6 a-f) Mitracarpus baturitensis a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e) seed ventral view f) seed dorsal view g-l) Mitracarpus longicalyx g) flowering branch h) stipule i) flower j) fruit k) seed ventral view l) seed lateral view m-q) Mitracarpus robustus m) flowering branch n) stipule o) flower p) fruit q) seed ventral view (a-f) RR Varjatildeo 02 g-l) DD Vieira 172 m-q) LR Silva 47)

118

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 02 (HUNEB) 27VII2011 fl e fr LR Silva 43 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Reserva Bioloacutegica de Canudos 24VI2003 fr FHM Silva et al 417 (HUEFS) Gloacuteria Brejo do Burgo 26VIII1995 fl FP Bandeira 253 (ALCB) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1178 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita ao Brasil sendo referida para o Distrito Federal e para os estados da Bahia Cearaacute Goiaacutes Mato Grosso Paraiacuteba Pernambuco e Piauiacute (Souza et al 2010)

Na APASB a espeacutecie foi encontrada em aacutereas de bordas e ambientes abertos predominantemente em solos arenosos Entretanto ocorre preferencialmente sobre solos rochosos lateriacuteticos ou sobre inselbergs e afloramentos rochosos no bioma caatinga e no cerrado (Delprete 2010 Souza et al 2010) Mitracarpus baturitensis pode ser confundida com M longicalyx que tambeacutem ocorre na aacuterea podendo ser diferenciada pelo limbo linear-eliacuteptico 2-4 mm larg tubo da corola ca 1 mm compr e sementes com impressatildeo cruciforme na face dorsal Floresce e frutifica na aacuterea de julho a setembro

14 Mitracarpus longicalyx EBSouza amp MFSales Brittonia 53 482 2001 (2002) Figuras 6g-l

Erva ereta ou ascendente ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice pubeacuterulo entrenoacutes 8-84 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 2-5 mm pubeacuterula 5-9 setas 1-3 mm compr pubeacuterulas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 21-47 times 5-14 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira face adaxial glabra abaxial com a nervura principal pubeacuterula venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-35 times 06-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-12 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 16-3 mm compr menores 1-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 15-25 mm compr papiloso externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 06-12 mm compr triangulares externamente papilosos internamente glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 28-4 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 08-1 mm subglobosa castanha quando madura aacutepice pubescente sementes 06-08 times 02-04 mm oblongoides castanhas face dorsal com depressotildees semicirculares face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg52rsquo234rdquo S 38deg38rsquo146rdquo O 492 m 30VII2008 fl TMS Melo 37 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo457rdquo S 38deg27rsquo301rdquo O 607 m 29VII2009 bot fl e fr TMS Melo 12 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquo S 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 fl e fr DD Vieira 172 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Pilatildeo Arcado Brejo do Morro 19III2006 fl EBSouza et al 1593 (HUEFS) Ribeira do Pombal 20 km da rod para Tucano 9VI2005 fl D Cardoso 562 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita agrave regiatildeo do semiaacuterido do Brasil com registros para os estados do Bahia Cearaacute Piauiacute e Pernambuco (Souza et al 2010)

Na APASB M longicalyx foi encontrada em bordas de estradas aacutereas abertas e pastagens com alta incidecircncia de luz Pode ser confundida com M baturitensis e M robustus das quais se diferencia por apresentar caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice sem alas

glomeacuterulo apical subtendido por 4 braacutecteas geralmente puacuterpuras na base e sementes com depressotildees semicirculares dorsais Coletada na aacuterea com flores e frutos de junho a julho

15 Mitracarpus robustus EBSouza amp ELCabral Rodrigueacutesia 2 345 2010 Figuras 6m-q

Mitracarpus frigidus (Willd ex Roem amp Schult) KSchum var humboldtianus KSchum Fl Bras 6 82 1888

Subarbusto erva ereta ou ascendente 40-120 cm alt monoica Caule tetragonal alado no aacutepice dos ramos glabro entrenoacutes 21-44 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-35 times 25-3 mm glabra a pubeacuterula 5-6 setas 3-5 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 20-75 times 5-15 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo margem inteira pubeacuterulo em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes em ambas as faces 3-4 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-8 por ramo floriacutefero multifloros 2(-4) braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-32 times 14-18 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 22-28 mm compr menores 06-12 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 25-35 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 1-15 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-28 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal ca 1 times 12 mm subglobosa marrom quando madura aacutepice pubescente sementes ca 06 times 06 mm oblongoides lilases face dorsal lisa face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 46 (HUNEB) Trilha secundaacuteria proacuteximo a casa da caixa drsquoaacutegua 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 47 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Conde Fazendo do Bu 13VIII1996 fl MC Ferreira et al 1023 (HRB) Jussiape em direccedilatildeo a Barra da Estiva 15VI2002 fl LP Queiroz et al 7125 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie distribuiacuteda no Brasil e na Guiana Francesa No Brasil sua ocorrecircncia estaacute registrada para o Distrito Federal e para os estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Sergipe Bahia Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Mitracarpus robustus eacute uma espeacutecie comum em solos argilosos ou areno-argilosos em solos lateriacuteticos em margens de estrada ou periferia de matas (Souza et al 2010) Na APASB estaacute distribuiacuteda nas bordas de florestas e apresenta um porte bastante robusto quando comparado agraves outras espeacutecies de Mitracarpus que ocorrem na aacuterea Pode ser diferenciada pelo caule tetragonal alado no aacutepice glomeacuterulo apical subtendido por 2 braacutecteas e sementes planas no dorso Floresce e frutifica na aacuterea em julho

16 Mitracarpus salzmannianus DC Prodr 4 571 1830 Figuras 7a-c

Mitracarpus frigidus var salzmannianus (DC) Martius Eichler amp Urban Fl bras 6 82 1888

Mitracarpus scabrellus Benth Hookerrsquos J Bot Kew Gard Misc 3 238 1841

Erva ereta 40-50 cm alt monoica Caule tetragonal pubescente entrenoacutes 65-90 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-18 times 15-2 mm pubescente 5-7 setas 4-6 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 10-42 times 2-13 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira pubescente em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma

119

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

nervuras proeminentes na face abaxial 3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 2-35 times 08-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos ca 1 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 3-32 mm compr menores 16-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 4-45 mm compr externamente piloso na metade superior anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos ca 15 mm compr triangulares pilosos externamente estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 04 mm compr anteras 05-06 mm

compr alvas estigma biacutefido estilete 5-65 mm compr Segundo Souza et al (2010) fruto caacutepsula deiscecircncia transversal (12-)15-25 mm compr obovoides glabras sementes 08-12 times 05-06 mm oblongoides ou globosas castanhas face dorsal sem depressotildees face ventral com encaixe em forma de ldquoY-invertidordquo

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 fl RR Varjatildeo 142 (HUNEB) 27VII2011 fl RR Varjatildeo 145 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Aldeia Serrota 19IX2005 fl M Colaccedilo 53 (HUEFS) Paulo Afonso Raso da

Figura 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) haacutebito b) estiacutepula c) flor d-g) Richardia grandiflora d) haacutebito e) estiacutepula f) flor g) fruto h-j) Staelia aurea h) ramo floriacutefero i) estiacutepula j) flor (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)Figure 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) habit b) stipule c) flower d-g) Richardia grandiflora d) habit e) stipule f) flower g) fruit h-j) Staelia aurea h) flowering branch i) stipule j) flower (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)

a

b

c

d

e

f

gh

i

j

120

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Catarina 10VIII2005 fl EB Miranda et al 805 (HUEFS) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1191 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Eacute uma espeacutecie amplamente distribuiacuteda ocorrendo na Guiana Francesa Suriname e Brasil No Brasil ocorre nos estados de Roraima Paraacute Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Goiaacutes Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Planta comum em solos arenosos habitando dunas campos ou chapadas tambeacutem presente como ruderal (Souza et al 2010) Na APASB foi encontrada em solos arenosos na vegetaccedilatildeo arbustiva Caracteriza-se pelo indumento denso e contiacutenuo que cobre toda a planta folhas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas aleacutem do tubo da corola com 4-45 mm compr caracteres que a diferenciam das outras espeacutecies de Mitracarpus Floresce na aacuterea em julho

17 Richardia grandiflora (Cham amp Schltdl) Steud Nomencl Bot 2 459 1841 Figuras 7d-g

Richardsonia grandiflora Cham amp Schltdl Linnaea 3 351 1828Erva procumbente ca 20 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice do ramos hirsuto entrenoacutes 8-78 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 3-5 mm pubeacuterula a hirsuta 4-7 setas 07-45 mm compr pubeacuterulas a hirsutas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 15-38 times 5-11 mm eliacuteptico a lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira estrigoso a escabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais multifloros 4 braacutecteas foliaacuteceas externas 14-17 times 7-8 mm internas 5-12 times 3-7 mm ovais hirsutas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 4-7 times 4-5 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 6 lobos iguais 3-4 mm compr lanceolados hirsutos corola alva roacutesea a lilaacutes infundibuliforme tubo 6-9 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 6-mera lobos 4-5 mm compr triangulares pilosos externamente estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 07-1 mm compr anteras 12-18 mm compr alvas estigma triacutefido estilete 8-11 mm compr Fruto esquizocarpo trecircs mericarpos 15-25 times 15-25 mm obovoide pardo quando maduro hirsuto a piloso sementes 15-2 times 06-1 mm subovoides castanhas dorso convexo sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai ao Povoado Queleacutes 9deg52rsquo532rdquo S 38deg32rsquo420rdquo O 650 m 22IX2010 fl e fr RR Varjatildeo 04 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquoS 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 bot DD Vieira 173 (HUNEB) 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 126 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 133 (HUNEB) Faz Serra Branca proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot RR Varjatildeo 79 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 1VII1995 fl FP Bandeira 173 (ALCB) Bosque de Algaroba 7VI2004 fl MVM Oliveira 748 (HUEFS) Rodelas Mocoacute 22I1987 fl GO Mattos amp BS Laacutezaro 55 (HRB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie encontrada por toda a Ameacuterica e como planta introduzida na Floacuterida Estados Unidos Ocorre nas regiotildees Norte a Sudeste e Centro-Oeste do Brasil nos estados do Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Pernambuco Bahia Mato Grosso Goiaacutes Minas Gerais Satildeo Paulo e Rio Grande do Sul (Lewis amp Oliver 1974 Delprete et al 2005 Delprete 2010)

Na APASB R grandiflora eacute muito frequente ao longo das estradas bordas da mata aacutereas abertas e pastagens com forte exposiccedilatildeo solar em solos arenosos e areno-argilosos Esta espeacutecie apresenta forte vigor vegetativo principalmente em solos feacuterteis

cobrindo completamente o solo (Delprete 2010) Pode ser confundida em campo com as espeacutecies de Diodella das quais se diferencia pelas flores hexacircmeras estigma triacutefido e frutos com trecircs mericarpos Floresce na aacuterea de maio a setembro e frutifica de junho a setembro de acordo com material analisado

18 Staelia aurea KSchum Fl Bras 677 1888 Figuras 7h-jErva ereta ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico pubeacuterulo

entrenoacutes 7-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubeacuterula 4-5 setas 05-2 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 12-27 times 14-4 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra abaxial com nervura esparsamente estrigosa venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 5-7 por ramo floriacutefero multifloros 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 14-22 times 1-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 2-26 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 3-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 2-25 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-2 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 6-65 mm compr Frutos e sementes natildeo observados

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1656 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 3VII1995 fl FP Bandeira 221 (ALCB HRB CEPEC) Juazeiro Serra do Mulato 28III2000 fl MR Fonseca et al 1247 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita ao Brasil Ocorre nas regiotildees Norte (sul do Paraacute) Centro-Oeste Nordeste e partes do Sudeste (Souza amp Sales 2004)

Staelia aurea eacute considerada uma espeacutecie de ampla distribuiccedilatildeo poreacutem na APASB eacute escassa Pode ser confundida com S virgata da qual se diferencia por apresentar caule pubeacuterulo tubo da corola 3-45 mm compr e 5-7 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Foi coletada na aacuterea com flores em junho

19 Staelia galioides DC Prodr 4 573 1830 Figuras 8a-dSpermacoce galioides Pohl ex DC Prodr 4 573 1830Erva ereta 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro

a pubeacuterulo entrenoacutes 03-08 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 15-2 mm pubeacuterula 3 setas 06-18 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 6-17 times 05-25 mm linear-lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 6-10 por ramo floriacutefero multifloros (2)-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 18-3 times 06-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 1-16 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo 35-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 15-24 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 15-18 mm compr anteras 08-1 mm compr alvas a lilases estigma biacutefido estilete 5-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 1-12 mm obovoide verde

121

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

glabra sementes 06-08 times 04-06 mm oblongoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg53rsquo471rdquo S 38deg39rsquo131rdquo O 196 m 21V2008 fl e fr MVV Romatildeo 239 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 22 (HUNEB) 9deg56rsquo807rdquo S 38deg27rsquo330rdquo O 24II2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 37 (HUNEB) 9deg55rsquo776rdquo S 38deg29rsquo40rdquo O 652m 8IV2011 fl e fr RR Varjatildeo 69 (HUNEB) 9deg32rsquo934rdquo S 38deg32rsquo234rdquo O 657 m 5V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 74

(HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 117 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Ribeira do Pombal 19V1981 fl P Geraldo13181 (CEPEC) Rodelas dunas cabeccedila de boi 24II1988 fl e fr RP Orlandi 828 (HRB)

Distribuiccedilatildeo A espeacutecie apresenta distribuiccedilatildeo exclusiva no Brasil Ocorre na regiatildeo Centro-Oeste em Goiaacutes e Tocantins e no Nordeste em Alagoas Bahia Pernambuco e Piauiacute (Souza amp Sales 2004)

Figura 8 a-d) Staelia galioides a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Staelia virgata e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Tocoyena formosa i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)Figure 8 a-d) Staelia galioides a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Staelia virgata e flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Tocoyena formosa i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)

a

b c

d

e

f

g

h

i

j

k

l

122

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Na APASB a espeacutecie eacute amplamente distribuiacuteda apresentando nuacutemero elevado de indiviacuteduos Eacute encontrada em aacutereas abertas bordas de estradas e no interior da vegetaccedilatildeo subarbustiva em solos arenosos Pode ser reconhecida por apresentar estiacutepulas com 3 setas limbo linear-lanceolado lobos do caacutelice 1-16 mm compr diferenciando-se de S aurea que possui estiacutepulas com 4-5 setas limbo lanceolado e lobos do caacutelice 2-26 mm compr Floresce e frutifica na aacuterea de janeiro a junho

20 Staelia virgata (Link ex Roem amp Schult) KSchum Fl Bras 6(6) 76 1889 Figuras 8e-h

Spermacoce virgata Link ex Roem amp Schult Syst Veget 3 281 531 1818

Erva ereta ca 60 cm alt monoica Caule tetragonal glabro a glabrescente entrenoacutes 10-33 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2times ca 18 mm pubeacuterula no aacutepice 5-7 setas 12-25 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 13-30 times 1-3 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente em ambas as faces 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-4 por ramo floriacutefero multifloros 2-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 25-3 times 1-15 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 25-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo ca 5 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 25-3 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 2-3 mm compr anteras 08-12 mm compr alvas estigma biacutefido estilete ca 8 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 08-1 mm obovoide verde hirsuto sementes 06-1 times ca 04 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai da ESEC-Raso da Catarina agrave APA Serra Branca 9deg52rsquo78rdquo S 38deg31rsquo65rdquo O 624 m 27VII2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 140 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos estrada para a estaccedilatildeo bioloacutegica 26VI2002 fl LP Queiroz et al 7197 (HUEFS) Gloacuteria Serrota 2IX2006 fl S Leal 39 (HUEFS) Paulo Afonso BR-110 Norte 23VIII2005 fl DS Carneiro-Torres et al 483 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Ocorre em todo o Brasil parte dos territoacuterios do Peru Boliacutevia Paraguai ateacute o norte da Argentina No Brasil sua distribuiccedilatildeo vai desde o Amazonas Bahia Cearaacute Maranhatildeo Paraacute Paraiacuteba Pernambuco Piauiacute ateacute os estados da regiatildeo Sul (Souza amp Sales 2004)

Considerada por Souza amp Sales (2004) a espeacutecie mais amplamente distribuiacuteda entre as estudadas em seu trabalho S virgata foi encontrada na APASB apenas no periacuteodo chuvoso em vegetaccedilatildeo subarbustiva Pode ser confundida com as outras espeacutecies de Staelia ocorrentes na aacuterea diferenciando-se pelo conjunto de caracteriacutesticas caule glabro a glabrescente estiacutepula com 5-7 setas tubo da corola ca 5 mm compr e 2-4 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Encontrada na aacuterea com flores e frutos em julho

21 Tocoyena formosa (Cham amp Schltdl) KSchum Fl Bras 6 347 1889 Figuras 8i-l

Gardenia formosa Cham amp Schltdl Linnaea 4 200 1829Arbusto 13-17 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro

pubeacuterulo no aacutepice entrenoacutes 4-22 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 4-7 times 6 -8 mm glabras internamente pubeacuterulas e com coleacuteteres Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas a subcoriaacuteceas peciacuteolos 5-17 mm compr pubeacuterulos limbo

75-150 times 45-80 mm oval a eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial pubescente abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em dicaacutesios congestos terminais 4-7-floro peduacutenculo 2-7 mm compr pubeacuterulo braacutecteas e bracteacuteolas natildeo visualizadas Bototildees florais ovais 25-100 times 6-9 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas subseacutesseis caacutelice 5 lobos denteados 08-1 mm compr triangulares tomentosos tubo 1-2 mm compr tomentoso corola amarela hipocrateriforme tubo 75-95 mm compr externamente tomentoso internamente glabro 5-mera lobos 12-27 mm compr obovados externamente tomentosos internamente glabros estames exsertos seacutesseis anteras 7-10 mm compr marrons estigma biacutefido estilete 84-98 mm compr Fruto baga 25-35 times 18-30 mm globosa negra quando madura pubeacuterula sementes 5-6 times 45-7 mm orbiculares planas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 17I2006 fr GC Sessegolo 158 (MBM) 9deg57rsquo044rdquo S 38deg42rsquo289rdquo O 313 m 13III2008 fr AS Conceiccedilatildeo 1268 (HUNEB) Baixa grande 9deg58rsquo370rdquo S 38deg27rsquo086rdquo O 561 m 19III2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1560 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fr AS Conceiccedilatildeo 1707 (HUNEB) 9deg55rsquo48rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot RR Varjatildeo 24 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 27 (HUNEB) 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 bot e fr RR Varjatildeo 65 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 16II2003 fl FHM Silva et al322 (HUEFS) Tucano Estrada para Ribeira do Pombal 21III1992 fl AM Carvalho et al 3894 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Esta espeacutecie tem ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica do Sul encontrada no Suriname Brasil e Paraguai ocorrendo em todas as regiotildees brasileiras (Prado 1987)

Na APASB os indiviacuteduos encontram-se distribuiacutedos nas bordas e interior da vegetaccedilatildeo de porte arbustivo-arboacutereo e solos arenosos T formosa pode ser reconhecida na aacuterea pelo haacutebito arbustivo de flores vistosas tubo da corola 75-95 mm compr amarela e baga com 25-35 times 18-30 mm negra quando madura Floresce na aacuterea de janeiro a maio e frutifica em janeiro maio e junho

Agradecimentos

Agrave Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) pelo apoio financeiro ao projeto (PET 00232007) Agrave CAPES pela concessatildeo da bolsa de mestrado a primeira autora Aos curadores e teacutecnicos dos Herbaacuterios visitados e ao Natanael Santos pelas ilustraccedilotildees botacircnicas Aos dois revisores anocircnimos pelas significativas contribuiccedilotildees ao manuscrito

Referecircncias BibliograacuteficasBARBOSA MRV amp ZAPPI D 2002 Distribuiccedilatildeo das espeacutecies de

Rubiaceae na caatinga In Vegetaccedilatildeo e Flora da caatinga (EVSB Sampaio AM Giulietti JE Virginio CFL Gamarra-Rojas eds) APNECNIP Recife p155-157

BARBOSA MRV SOUSA EB amp JARDIM JG 2006 Rubiaceae In Checklist das Plantas do Nordeste Brasileiro Angiospermas e Gymnosperma (MRV Barbosa C Sothers S Mayo CFL Gamarra-Rojas amp CA Mesquita eds) Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia Brasiacutelia p135-140

BARBOSA MR ZAPPI D TAYLOR C CABRAL E JARDIM JG PEREIRA MS CALIOacute MF PESSOA MCR SALAS R SOUZA EB DI MAIO FR MACIAS L ANUNCIACcedilAtildeO EA DA GERMANO FILHO P amp OLIVEIRA JA 2012 Rubiaceae In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000210 (uacuteltimo acesso em 06112012)

123

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

BARBOSA MR 2012 Guettarda In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB014052 (uacuteltimo acesso em 06112012)

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente - MMA 2007 Aacutereas prioritaacuterias para conservaccedilatildeo uso sustentaacutevel e reparticcedilatildeo dos benefiacutecios da biodiversidade brasileira Secretaria de Biodiversidade e Florestas Brasiacutelia Mapa versatildeo 22 set2007

BRUMMITT RK amp POWELL CE 1992 Authors of plant names Royal Botanic Gardens Kew London

CABRAL EL amp BACIGALUPO NM 2005 Novelties in Spermacoceae (Rubiaceae) from Bolivia and Paraguay Brittonia 57(2)129-140 httpdxdoiorg1016630007-196X(2005)057[0129NISRFB]20CO2

CABRAL EL amp FADER AAC 2010 Nuevas combinaciones y nuevos sinocircnimos en especies de Brasil de Diodia s lat (Spermacoceae - Rubiaceae) Rodrigueacutesia 61(1)119-121

CABRAL EL MIGUEL LM amp SALAS RM 2011 Dos especies nuevas de Borreria (Rubiaceae) sinopsis y clave de las especies para Bahia Brasil Acta Bot Bras 25(2)255-276 httpdxdoiorg101590S0102-33062011000200002

CABRAL E amp SALAS R 2012 Diodella In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB038741 (uacuteltimo acesso em 06112012)

CAMPOS MTVA ZAPPI DC CALIOacute MF amp PIRANI JR 2006 Flora de Gratildeo-Mogol Minas Gerais Rubiaceae Bol Bot Univ Satildeo Paulo 2441-67

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2004 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v1 344p

DELPRETE PG amp SOUZA EB 2004 Psychotria carrascoana (Rubiaceae) a new species from the Carrasco Vegetation of Northeastern Brazil Novon 14158-162

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2005 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v2 p345-842

DELPRETE PG 2010 Rubiaceae In Flora do Estado de Goiaacutes e Tocantins (JA Rizzo org) PRPPGUFG IRD Goiacircnia v40 1610p

FORZZA RC COSTA A WALTER BMT PIRANI JR MORIM MP QUEIROZ LP MARTINELLI G PEIXOTO AL COELHO MAN BAUMGRATZ JFA STEHMANN JR LOHMANN LG amp HOPKINS M 2012 Angiospermas In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000032 (uacuteltimo acesso em 05112012)

JARDIM JG amp SOUZA EB 2006 Rubiaceae In Diversidade e Caracterizaccedilatildeo das Faneroacutegamas do Semiaacuterido Brasileiro (AM Giulietti AA Conceiccedilatildeo amp LP Queiroz orgs) Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife p203-209

JARDIM JG 2012 Leptoscela In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB020761 (uacuteltimo acesso em 06112012)

JUNG-MENDACcedilOLLI SL 2007 Rubiaceae In Flora Fanerocircgama do Estado de Satildeo Paulo (MGL Wanderley GJ Shepherd TS Melhem amp AM Giulietti coords) FAPESBRIMA Satildeo Paulo v5 p259-447

GOVAERTS R ANDERSSON L ROBBRECHT E BRIDSON D DAVIS A SCHANZER I amp SONKE B 2011 [continuously uploaded] World Checklist of Rubiaceae Facilitated by the Royal Botanic Gardens httpappskeworgwcspqsearchdo (uacuteltimo acesso em 2422012)

HARRIS JG amp HARRIS MW 2001 Plant identification terminology An illustrated glossary 2 ed Spring Lake Publishing Spring Lake

LEAL IR SILVA JMC Da TABARELLI M amp LACHER TE 2005 Changing the Course of Biodiversity Conservation in the caatinga of Northeastern Brazil Conserv Biol 19(3)701-706 httpdxdoiorg101111j1523-1739200500703x

LEWIS WH amp OLIVER RL 1974 Revision of Richardia (Rubiaceae) Brittonia 26271-301 httpdxdoiorg1023072805730

MARGALHO LF ROCHA AES amp SECCO RS 2009 Rubiaceae Juss da restinga da APA de AlgodoalMaiandeua Maracanatilde Paraacute Brasil Bol Mus Para Emiacutelio Goeldi Cienc Nat 4(3)303-339

MORI SA SILVA LAM LISBOA GE amp CORADIN L 1989 Manual de Manejo do Herbaacuterio Fanerogacircmico Centro de Pesquisa do Cacau Ilheacuteus

PEEL MC FINLAYSON BL amp MCMAHON TA 2007 Updated world map of the Koumlppen-Geiger climate classification Hydrol Earth Syst Sc 111633-1644 httpdxdoiorg105194hess-11-1633-2007

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2004 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelias Antirheoideae Cinchonoideae e Ixoroideae Acta Bot Bras 18(2)305-318 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000200010

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2006 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelia Rubioideae Acta Bot Bras 20(2)455-470 httpdxdoiorg101590S0102-33062006000200021

PRADO AL 1987 Revisatildeo taxonocircmica do gecircnero Tocoyena Aubl (Rubiaceae) no Brasil Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Estadual de Campinas Satildeo Paulo

RADFORD AE DICKISON WC MASSEY JR amp BELL R 1974 Vascular Plant Systematics Harper amp Row publishers New York

ROBBRECHT E 1988 Tropical woody Rubiaceae Characteristic features and progressions Contributions to a new subfamilial classification Opera Bot Belg 11-271

SOUZA EB amp SALES MF 2004 O gecircnero Staelia Cham amp Schtdl (Rubiaceae-Spermacoceae) no Estado de Pernambuco Brasil Acta Bot Bras 18(4)921-928 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000400023

SOUZA EB CABRAL EL amp ZAPPI DC 2010 Revisatildeo de Mitracarpus (Rubiaceae - Spermacoceae) para o Brasil Rodrigueacutesia 61(2)319-352

SZABO AV ROCHA ACS TOSATO JAC amp BARROSO W 2007 Aacuterea de proteccedilatildeo ambiental (APA) Serra Branca Raso da Catarina In As caatingas debates sobre a Ecorregiatildeo do Raso da Catarina (J Marques org) Fonte Viva Paulo Afonso p21-40

TAYLOR CM 2005 Margaritopsis (Rubiaceae Psychotrieae) in the Neotropics Syst Geogr Pl 75(2)161-177

THIERS B 2011 [continuously updated] Index Herbariorum a global directory of public herbaria and associated staff New York Botanical Gardenrsquos Virtual Herbarium httpsweetgumnybgorgih (uacuteltimo acesso em 28102011)

VELLOSO AL SAMPAIO EVSB GIULIETTI AM BARBOSA MRV CASTRO AAJF QUEIROZ LP FERNANDES A OREN DC CESTARO LA CASTRO AJE PAREYN FGC SILVA FBR MIRANDA EE KEEL S amp GONDIM RS 2002 Ecorregiotildees Propostas para o Bioma caatinga TNC-Brasil Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife

ZAPPI DC amp STANNARD BL 1995 Rubiaceae In Flora of the Pico das Almas Chapada Diamantina Bahia Brazil (BL Stannard ed) Royal Botanic GardensUSPCEPLAC Kew p546-578

ZAPPI DC amp NUNES TS 2002 Preliminary list of the Rubiaceae in Nortehastern Brazil Royal Botanic Gardens Kew

Recebido em 09072012 Versatildeo reformulada recebida em 15112012

Publicado em 03042013

Page 15: Biota Neotrop., vol. 13, no. 2 - redalyc.org · Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico

118

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai aos Queleacutes 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 22IX2010 bot fl e fr RR Varjatildeo 02 (HUNEB) 27VII2011 fl e fr LR Silva 43 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Reserva Bioloacutegica de Canudos 24VI2003 fr FHM Silva et al 417 (HUEFS) Gloacuteria Brejo do Burgo 26VIII1995 fl FP Bandeira 253 (ALCB) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1178 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie restrita ao Brasil sendo referida para o Distrito Federal e para os estados da Bahia Cearaacute Goiaacutes Mato Grosso Paraiacuteba Pernambuco e Piauiacute (Souza et al 2010)

Na APASB a espeacutecie foi encontrada em aacutereas de bordas e ambientes abertos predominantemente em solos arenosos Entretanto ocorre preferencialmente sobre solos rochosos lateriacuteticos ou sobre inselbergs e afloramentos rochosos no bioma caatinga e no cerrado (Delprete 2010 Souza et al 2010) Mitracarpus baturitensis pode ser confundida com M longicalyx que tambeacutem ocorre na aacuterea podendo ser diferenciada pelo limbo linear-eliacuteptico 2-4 mm larg tubo da corola ca 1 mm compr e sementes com impressatildeo cruciforme na face dorsal Floresce e frutifica na aacuterea de julho a setembro

14 Mitracarpus longicalyx EBSouza amp MFSales Brittonia 53 482 2001 (2002) Figuras 6g-l

Erva ereta ou ascendente ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice pubeacuterulo entrenoacutes 8-84 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 2-5 mm pubeacuterula 5-9 setas 1-3 mm compr pubeacuterulas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 21-47 times 5-14 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira face adaxial glabra abaxial com a nervura principal pubeacuterula venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-5 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-35 times 06-12 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-12 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 16-3 mm compr menores 1-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 15-25 mm compr papiloso externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 06-12 mm compr triangulares externamente papilosos internamente glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 28-4 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal 08-1 times 08-1 mm subglobosa castanha quando madura aacutepice pubescente sementes 06-08 times 02-04 mm oblongoides castanhas face dorsal com depressotildees semicirculares face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg52rsquo234rdquo S 38deg38rsquo146rdquo O 492 m 30VII2008 fl TMS Melo 37 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo457rdquo S 38deg27rsquo301rdquo O 607 m 29VII2009 bot fl e fr TMS Melo 12 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquo S 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 fl e fr DD Vieira 172 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Pilatildeo Arcado Brejo do Morro 19III2006 fl EBSouza et al 1593 (HUEFS) Ribeira do Pombal 20 km da rod para Tucano 9VI2005 fl D Cardoso 562 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita agrave regiatildeo do semiaacuterido do Brasil com registros para os estados do Bahia Cearaacute Piauiacute e Pernambuco (Souza et al 2010)

Na APASB M longicalyx foi encontrada em bordas de estradas aacutereas abertas e pastagens com alta incidecircncia de luz Pode ser confundida com M baturitensis e M robustus das quais se diferencia por apresentar caule ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice sem alas

glomeacuterulo apical subtendido por 4 braacutecteas geralmente puacuterpuras na base e sementes com depressotildees semicirculares dorsais Coletada na aacuterea com flores e frutos de junho a julho

15 Mitracarpus robustus EBSouza amp ELCabral Rodrigueacutesia 2 345 2010 Figuras 6m-q

Mitracarpus frigidus (Willd ex Roem amp Schult) KSchum var humboldtianus KSchum Fl Bras 6 82 1888

Subarbusto erva ereta ou ascendente 40-120 cm alt monoica Caule tetragonal alado no aacutepice dos ramos glabro entrenoacutes 21-44 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-35 times 25-3 mm glabra a pubeacuterula 5-6 setas 3-5 mm compr glabras Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 20-75 times 5-15 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo margem inteira pubeacuterulo em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes em ambas as faces 3-4 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-8 por ramo floriacutefero multifloros 2(-4) braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 26-32 times 14-18 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-1 mm compr glabro caacutelice 4 lobos desiguais maiores 22-28 mm compr menores 06-12 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 25-35 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 1-15 mm compr triangulares glabros estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 06-08 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 15-28 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transversal ca 1 times 12 mm subglobosa marrom quando madura aacutepice pubescente sementes ca 06 times 06 mm oblongoides lilases face dorsal lisa face ventral com sulcos cruciforme

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 46 (HUNEB) Trilha secundaacuteria proacuteximo a casa da caixa drsquoaacutegua 27VII2011 bot fl e fr LR Silva 47 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Conde Fazendo do Bu 13VIII1996 fl MC Ferreira et al 1023 (HRB) Jussiape em direccedilatildeo a Barra da Estiva 15VI2002 fl LP Queiroz et al 7125 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie distribuiacuteda no Brasil e na Guiana Francesa No Brasil sua ocorrecircncia estaacute registrada para o Distrito Federal e para os estados do Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Sergipe Bahia Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Mitracarpus robustus eacute uma espeacutecie comum em solos argilosos ou areno-argilosos em solos lateriacuteticos em margens de estrada ou periferia de matas (Souza et al 2010) Na APASB estaacute distribuiacuteda nas bordas de florestas e apresenta um porte bastante robusto quando comparado agraves outras espeacutecies de Mitracarpus que ocorrem na aacuterea Pode ser diferenciada pelo caule tetragonal alado no aacutepice glomeacuterulo apical subtendido por 2 braacutecteas e sementes planas no dorso Floresce e frutifica na aacuterea em julho

16 Mitracarpus salzmannianus DC Prodr 4 571 1830 Figuras 7a-c

Mitracarpus frigidus var salzmannianus (DC) Martius Eichler amp Urban Fl bras 6 82 1888

Mitracarpus scabrellus Benth Hookerrsquos J Bot Kew Gard Misc 3 238 1841

Erva ereta 40-50 cm alt monoica Caule tetragonal pubescente entrenoacutes 65-90 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 15-18 times 15-2 mm pubescente 5-7 setas 4-6 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis limbo 10-42 times 2-13 mm eliacuteptico base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem inteira pubescente em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma

119

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

nervuras proeminentes na face abaxial 3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 2-35 times 08-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos ca 1 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 3-32 mm compr menores 16-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 4-45 mm compr externamente piloso na metade superior anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos ca 15 mm compr triangulares pilosos externamente estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 04 mm compr anteras 05-06 mm

compr alvas estigma biacutefido estilete 5-65 mm compr Segundo Souza et al (2010) fruto caacutepsula deiscecircncia transversal (12-)15-25 mm compr obovoides glabras sementes 08-12 times 05-06 mm oblongoides ou globosas castanhas face dorsal sem depressotildees face ventral com encaixe em forma de ldquoY-invertidordquo

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 fl RR Varjatildeo 142 (HUNEB) 27VII2011 fl RR Varjatildeo 145 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Aldeia Serrota 19IX2005 fl M Colaccedilo 53 (HUEFS) Paulo Afonso Raso da

Figura 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) haacutebito b) estiacutepula c) flor d-g) Richardia grandiflora d) haacutebito e) estiacutepula f) flor g) fruto h-j) Staelia aurea h) ramo floriacutefero i) estiacutepula j) flor (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)Figure 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) habit b) stipule c) flower d-g) Richardia grandiflora d) habit e) stipule f) flower g) fruit h-j) Staelia aurea h) flowering branch i) stipule j) flower (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)

a

b

c

d

e

f

gh

i

j

120

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Catarina 10VIII2005 fl EB Miranda et al 805 (HUEFS) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1191 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Eacute uma espeacutecie amplamente distribuiacuteda ocorrendo na Guiana Francesa Suriname e Brasil No Brasil ocorre nos estados de Roraima Paraacute Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Goiaacutes Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Planta comum em solos arenosos habitando dunas campos ou chapadas tambeacutem presente como ruderal (Souza et al 2010) Na APASB foi encontrada em solos arenosos na vegetaccedilatildeo arbustiva Caracteriza-se pelo indumento denso e contiacutenuo que cobre toda a planta folhas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas aleacutem do tubo da corola com 4-45 mm compr caracteres que a diferenciam das outras espeacutecies de Mitracarpus Floresce na aacuterea em julho

17 Richardia grandiflora (Cham amp Schltdl) Steud Nomencl Bot 2 459 1841 Figuras 7d-g

Richardsonia grandiflora Cham amp Schltdl Linnaea 3 351 1828Erva procumbente ca 20 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice do ramos hirsuto entrenoacutes 8-78 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 3-5 mm pubeacuterula a hirsuta 4-7 setas 07-45 mm compr pubeacuterulas a hirsutas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 15-38 times 5-11 mm eliacuteptico a lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira estrigoso a escabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais multifloros 4 braacutecteas foliaacuteceas externas 14-17 times 7-8 mm internas 5-12 times 3-7 mm ovais hirsutas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 4-7 times 4-5 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 6 lobos iguais 3-4 mm compr lanceolados hirsutos corola alva roacutesea a lilaacutes infundibuliforme tubo 6-9 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 6-mera lobos 4-5 mm compr triangulares pilosos externamente estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 07-1 mm compr anteras 12-18 mm compr alvas estigma triacutefido estilete 8-11 mm compr Fruto esquizocarpo trecircs mericarpos 15-25 times 15-25 mm obovoide pardo quando maduro hirsuto a piloso sementes 15-2 times 06-1 mm subovoides castanhas dorso convexo sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai ao Povoado Queleacutes 9deg52rsquo532rdquo S 38deg32rsquo420rdquo O 650 m 22IX2010 fl e fr RR Varjatildeo 04 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquoS 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 bot DD Vieira 173 (HUNEB) 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 126 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 133 (HUNEB) Faz Serra Branca proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot RR Varjatildeo 79 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 1VII1995 fl FP Bandeira 173 (ALCB) Bosque de Algaroba 7VI2004 fl MVM Oliveira 748 (HUEFS) Rodelas Mocoacute 22I1987 fl GO Mattos amp BS Laacutezaro 55 (HRB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie encontrada por toda a Ameacuterica e como planta introduzida na Floacuterida Estados Unidos Ocorre nas regiotildees Norte a Sudeste e Centro-Oeste do Brasil nos estados do Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Pernambuco Bahia Mato Grosso Goiaacutes Minas Gerais Satildeo Paulo e Rio Grande do Sul (Lewis amp Oliver 1974 Delprete et al 2005 Delprete 2010)

Na APASB R grandiflora eacute muito frequente ao longo das estradas bordas da mata aacutereas abertas e pastagens com forte exposiccedilatildeo solar em solos arenosos e areno-argilosos Esta espeacutecie apresenta forte vigor vegetativo principalmente em solos feacuterteis

cobrindo completamente o solo (Delprete 2010) Pode ser confundida em campo com as espeacutecies de Diodella das quais se diferencia pelas flores hexacircmeras estigma triacutefido e frutos com trecircs mericarpos Floresce na aacuterea de maio a setembro e frutifica de junho a setembro de acordo com material analisado

18 Staelia aurea KSchum Fl Bras 677 1888 Figuras 7h-jErva ereta ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico pubeacuterulo

entrenoacutes 7-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubeacuterula 4-5 setas 05-2 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 12-27 times 14-4 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra abaxial com nervura esparsamente estrigosa venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 5-7 por ramo floriacutefero multifloros 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 14-22 times 1-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 2-26 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 3-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 2-25 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-2 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 6-65 mm compr Frutos e sementes natildeo observados

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1656 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 3VII1995 fl FP Bandeira 221 (ALCB HRB CEPEC) Juazeiro Serra do Mulato 28III2000 fl MR Fonseca et al 1247 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita ao Brasil Ocorre nas regiotildees Norte (sul do Paraacute) Centro-Oeste Nordeste e partes do Sudeste (Souza amp Sales 2004)

Staelia aurea eacute considerada uma espeacutecie de ampla distribuiccedilatildeo poreacutem na APASB eacute escassa Pode ser confundida com S virgata da qual se diferencia por apresentar caule pubeacuterulo tubo da corola 3-45 mm compr e 5-7 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Foi coletada na aacuterea com flores em junho

19 Staelia galioides DC Prodr 4 573 1830 Figuras 8a-dSpermacoce galioides Pohl ex DC Prodr 4 573 1830Erva ereta 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro

a pubeacuterulo entrenoacutes 03-08 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 15-2 mm pubeacuterula 3 setas 06-18 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 6-17 times 05-25 mm linear-lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 6-10 por ramo floriacutefero multifloros (2)-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 18-3 times 06-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 1-16 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo 35-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 15-24 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 15-18 mm compr anteras 08-1 mm compr alvas a lilases estigma biacutefido estilete 5-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 1-12 mm obovoide verde

121

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

glabra sementes 06-08 times 04-06 mm oblongoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg53rsquo471rdquo S 38deg39rsquo131rdquo O 196 m 21V2008 fl e fr MVV Romatildeo 239 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 22 (HUNEB) 9deg56rsquo807rdquo S 38deg27rsquo330rdquo O 24II2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 37 (HUNEB) 9deg55rsquo776rdquo S 38deg29rsquo40rdquo O 652m 8IV2011 fl e fr RR Varjatildeo 69 (HUNEB) 9deg32rsquo934rdquo S 38deg32rsquo234rdquo O 657 m 5V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 74

(HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 117 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Ribeira do Pombal 19V1981 fl P Geraldo13181 (CEPEC) Rodelas dunas cabeccedila de boi 24II1988 fl e fr RP Orlandi 828 (HRB)

Distribuiccedilatildeo A espeacutecie apresenta distribuiccedilatildeo exclusiva no Brasil Ocorre na regiatildeo Centro-Oeste em Goiaacutes e Tocantins e no Nordeste em Alagoas Bahia Pernambuco e Piauiacute (Souza amp Sales 2004)

Figura 8 a-d) Staelia galioides a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Staelia virgata e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Tocoyena formosa i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)Figure 8 a-d) Staelia galioides a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Staelia virgata e flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Tocoyena formosa i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)

a

b c

d

e

f

g

h

i

j

k

l

122

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Na APASB a espeacutecie eacute amplamente distribuiacuteda apresentando nuacutemero elevado de indiviacuteduos Eacute encontrada em aacutereas abertas bordas de estradas e no interior da vegetaccedilatildeo subarbustiva em solos arenosos Pode ser reconhecida por apresentar estiacutepulas com 3 setas limbo linear-lanceolado lobos do caacutelice 1-16 mm compr diferenciando-se de S aurea que possui estiacutepulas com 4-5 setas limbo lanceolado e lobos do caacutelice 2-26 mm compr Floresce e frutifica na aacuterea de janeiro a junho

20 Staelia virgata (Link ex Roem amp Schult) KSchum Fl Bras 6(6) 76 1889 Figuras 8e-h

Spermacoce virgata Link ex Roem amp Schult Syst Veget 3 281 531 1818

Erva ereta ca 60 cm alt monoica Caule tetragonal glabro a glabrescente entrenoacutes 10-33 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2times ca 18 mm pubeacuterula no aacutepice 5-7 setas 12-25 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 13-30 times 1-3 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente em ambas as faces 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-4 por ramo floriacutefero multifloros 2-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 25-3 times 1-15 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 25-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo ca 5 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 25-3 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 2-3 mm compr anteras 08-12 mm compr alvas estigma biacutefido estilete ca 8 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 08-1 mm obovoide verde hirsuto sementes 06-1 times ca 04 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai da ESEC-Raso da Catarina agrave APA Serra Branca 9deg52rsquo78rdquo S 38deg31rsquo65rdquo O 624 m 27VII2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 140 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos estrada para a estaccedilatildeo bioloacutegica 26VI2002 fl LP Queiroz et al 7197 (HUEFS) Gloacuteria Serrota 2IX2006 fl S Leal 39 (HUEFS) Paulo Afonso BR-110 Norte 23VIII2005 fl DS Carneiro-Torres et al 483 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Ocorre em todo o Brasil parte dos territoacuterios do Peru Boliacutevia Paraguai ateacute o norte da Argentina No Brasil sua distribuiccedilatildeo vai desde o Amazonas Bahia Cearaacute Maranhatildeo Paraacute Paraiacuteba Pernambuco Piauiacute ateacute os estados da regiatildeo Sul (Souza amp Sales 2004)

Considerada por Souza amp Sales (2004) a espeacutecie mais amplamente distribuiacuteda entre as estudadas em seu trabalho S virgata foi encontrada na APASB apenas no periacuteodo chuvoso em vegetaccedilatildeo subarbustiva Pode ser confundida com as outras espeacutecies de Staelia ocorrentes na aacuterea diferenciando-se pelo conjunto de caracteriacutesticas caule glabro a glabrescente estiacutepula com 5-7 setas tubo da corola ca 5 mm compr e 2-4 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Encontrada na aacuterea com flores e frutos em julho

21 Tocoyena formosa (Cham amp Schltdl) KSchum Fl Bras 6 347 1889 Figuras 8i-l

Gardenia formosa Cham amp Schltdl Linnaea 4 200 1829Arbusto 13-17 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro

pubeacuterulo no aacutepice entrenoacutes 4-22 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 4-7 times 6 -8 mm glabras internamente pubeacuterulas e com coleacuteteres Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas a subcoriaacuteceas peciacuteolos 5-17 mm compr pubeacuterulos limbo

75-150 times 45-80 mm oval a eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial pubescente abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em dicaacutesios congestos terminais 4-7-floro peduacutenculo 2-7 mm compr pubeacuterulo braacutecteas e bracteacuteolas natildeo visualizadas Bototildees florais ovais 25-100 times 6-9 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas subseacutesseis caacutelice 5 lobos denteados 08-1 mm compr triangulares tomentosos tubo 1-2 mm compr tomentoso corola amarela hipocrateriforme tubo 75-95 mm compr externamente tomentoso internamente glabro 5-mera lobos 12-27 mm compr obovados externamente tomentosos internamente glabros estames exsertos seacutesseis anteras 7-10 mm compr marrons estigma biacutefido estilete 84-98 mm compr Fruto baga 25-35 times 18-30 mm globosa negra quando madura pubeacuterula sementes 5-6 times 45-7 mm orbiculares planas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 17I2006 fr GC Sessegolo 158 (MBM) 9deg57rsquo044rdquo S 38deg42rsquo289rdquo O 313 m 13III2008 fr AS Conceiccedilatildeo 1268 (HUNEB) Baixa grande 9deg58rsquo370rdquo S 38deg27rsquo086rdquo O 561 m 19III2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1560 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fr AS Conceiccedilatildeo 1707 (HUNEB) 9deg55rsquo48rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot RR Varjatildeo 24 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 27 (HUNEB) 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 bot e fr RR Varjatildeo 65 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 16II2003 fl FHM Silva et al322 (HUEFS) Tucano Estrada para Ribeira do Pombal 21III1992 fl AM Carvalho et al 3894 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Esta espeacutecie tem ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica do Sul encontrada no Suriname Brasil e Paraguai ocorrendo em todas as regiotildees brasileiras (Prado 1987)

Na APASB os indiviacuteduos encontram-se distribuiacutedos nas bordas e interior da vegetaccedilatildeo de porte arbustivo-arboacutereo e solos arenosos T formosa pode ser reconhecida na aacuterea pelo haacutebito arbustivo de flores vistosas tubo da corola 75-95 mm compr amarela e baga com 25-35 times 18-30 mm negra quando madura Floresce na aacuterea de janeiro a maio e frutifica em janeiro maio e junho

Agradecimentos

Agrave Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) pelo apoio financeiro ao projeto (PET 00232007) Agrave CAPES pela concessatildeo da bolsa de mestrado a primeira autora Aos curadores e teacutecnicos dos Herbaacuterios visitados e ao Natanael Santos pelas ilustraccedilotildees botacircnicas Aos dois revisores anocircnimos pelas significativas contribuiccedilotildees ao manuscrito

Referecircncias BibliograacuteficasBARBOSA MRV amp ZAPPI D 2002 Distribuiccedilatildeo das espeacutecies de

Rubiaceae na caatinga In Vegetaccedilatildeo e Flora da caatinga (EVSB Sampaio AM Giulietti JE Virginio CFL Gamarra-Rojas eds) APNECNIP Recife p155-157

BARBOSA MRV SOUSA EB amp JARDIM JG 2006 Rubiaceae In Checklist das Plantas do Nordeste Brasileiro Angiospermas e Gymnosperma (MRV Barbosa C Sothers S Mayo CFL Gamarra-Rojas amp CA Mesquita eds) Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia Brasiacutelia p135-140

BARBOSA MR ZAPPI D TAYLOR C CABRAL E JARDIM JG PEREIRA MS CALIOacute MF PESSOA MCR SALAS R SOUZA EB DI MAIO FR MACIAS L ANUNCIACcedilAtildeO EA DA GERMANO FILHO P amp OLIVEIRA JA 2012 Rubiaceae In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000210 (uacuteltimo acesso em 06112012)

123

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

BARBOSA MR 2012 Guettarda In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB014052 (uacuteltimo acesso em 06112012)

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente - MMA 2007 Aacutereas prioritaacuterias para conservaccedilatildeo uso sustentaacutevel e reparticcedilatildeo dos benefiacutecios da biodiversidade brasileira Secretaria de Biodiversidade e Florestas Brasiacutelia Mapa versatildeo 22 set2007

BRUMMITT RK amp POWELL CE 1992 Authors of plant names Royal Botanic Gardens Kew London

CABRAL EL amp BACIGALUPO NM 2005 Novelties in Spermacoceae (Rubiaceae) from Bolivia and Paraguay Brittonia 57(2)129-140 httpdxdoiorg1016630007-196X(2005)057[0129NISRFB]20CO2

CABRAL EL amp FADER AAC 2010 Nuevas combinaciones y nuevos sinocircnimos en especies de Brasil de Diodia s lat (Spermacoceae - Rubiaceae) Rodrigueacutesia 61(1)119-121

CABRAL EL MIGUEL LM amp SALAS RM 2011 Dos especies nuevas de Borreria (Rubiaceae) sinopsis y clave de las especies para Bahia Brasil Acta Bot Bras 25(2)255-276 httpdxdoiorg101590S0102-33062011000200002

CABRAL E amp SALAS R 2012 Diodella In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB038741 (uacuteltimo acesso em 06112012)

CAMPOS MTVA ZAPPI DC CALIOacute MF amp PIRANI JR 2006 Flora de Gratildeo-Mogol Minas Gerais Rubiaceae Bol Bot Univ Satildeo Paulo 2441-67

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2004 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v1 344p

DELPRETE PG amp SOUZA EB 2004 Psychotria carrascoana (Rubiaceae) a new species from the Carrasco Vegetation of Northeastern Brazil Novon 14158-162

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2005 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v2 p345-842

DELPRETE PG 2010 Rubiaceae In Flora do Estado de Goiaacutes e Tocantins (JA Rizzo org) PRPPGUFG IRD Goiacircnia v40 1610p

FORZZA RC COSTA A WALTER BMT PIRANI JR MORIM MP QUEIROZ LP MARTINELLI G PEIXOTO AL COELHO MAN BAUMGRATZ JFA STEHMANN JR LOHMANN LG amp HOPKINS M 2012 Angiospermas In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000032 (uacuteltimo acesso em 05112012)

JARDIM JG amp SOUZA EB 2006 Rubiaceae In Diversidade e Caracterizaccedilatildeo das Faneroacutegamas do Semiaacuterido Brasileiro (AM Giulietti AA Conceiccedilatildeo amp LP Queiroz orgs) Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife p203-209

JARDIM JG 2012 Leptoscela In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB020761 (uacuteltimo acesso em 06112012)

JUNG-MENDACcedilOLLI SL 2007 Rubiaceae In Flora Fanerocircgama do Estado de Satildeo Paulo (MGL Wanderley GJ Shepherd TS Melhem amp AM Giulietti coords) FAPESBRIMA Satildeo Paulo v5 p259-447

GOVAERTS R ANDERSSON L ROBBRECHT E BRIDSON D DAVIS A SCHANZER I amp SONKE B 2011 [continuously uploaded] World Checklist of Rubiaceae Facilitated by the Royal Botanic Gardens httpappskeworgwcspqsearchdo (uacuteltimo acesso em 2422012)

HARRIS JG amp HARRIS MW 2001 Plant identification terminology An illustrated glossary 2 ed Spring Lake Publishing Spring Lake

LEAL IR SILVA JMC Da TABARELLI M amp LACHER TE 2005 Changing the Course of Biodiversity Conservation in the caatinga of Northeastern Brazil Conserv Biol 19(3)701-706 httpdxdoiorg101111j1523-1739200500703x

LEWIS WH amp OLIVER RL 1974 Revision of Richardia (Rubiaceae) Brittonia 26271-301 httpdxdoiorg1023072805730

MARGALHO LF ROCHA AES amp SECCO RS 2009 Rubiaceae Juss da restinga da APA de AlgodoalMaiandeua Maracanatilde Paraacute Brasil Bol Mus Para Emiacutelio Goeldi Cienc Nat 4(3)303-339

MORI SA SILVA LAM LISBOA GE amp CORADIN L 1989 Manual de Manejo do Herbaacuterio Fanerogacircmico Centro de Pesquisa do Cacau Ilheacuteus

PEEL MC FINLAYSON BL amp MCMAHON TA 2007 Updated world map of the Koumlppen-Geiger climate classification Hydrol Earth Syst Sc 111633-1644 httpdxdoiorg105194hess-11-1633-2007

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2004 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelias Antirheoideae Cinchonoideae e Ixoroideae Acta Bot Bras 18(2)305-318 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000200010

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2006 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelia Rubioideae Acta Bot Bras 20(2)455-470 httpdxdoiorg101590S0102-33062006000200021

PRADO AL 1987 Revisatildeo taxonocircmica do gecircnero Tocoyena Aubl (Rubiaceae) no Brasil Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Estadual de Campinas Satildeo Paulo

RADFORD AE DICKISON WC MASSEY JR amp BELL R 1974 Vascular Plant Systematics Harper amp Row publishers New York

ROBBRECHT E 1988 Tropical woody Rubiaceae Characteristic features and progressions Contributions to a new subfamilial classification Opera Bot Belg 11-271

SOUZA EB amp SALES MF 2004 O gecircnero Staelia Cham amp Schtdl (Rubiaceae-Spermacoceae) no Estado de Pernambuco Brasil Acta Bot Bras 18(4)921-928 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000400023

SOUZA EB CABRAL EL amp ZAPPI DC 2010 Revisatildeo de Mitracarpus (Rubiaceae - Spermacoceae) para o Brasil Rodrigueacutesia 61(2)319-352

SZABO AV ROCHA ACS TOSATO JAC amp BARROSO W 2007 Aacuterea de proteccedilatildeo ambiental (APA) Serra Branca Raso da Catarina In As caatingas debates sobre a Ecorregiatildeo do Raso da Catarina (J Marques org) Fonte Viva Paulo Afonso p21-40

TAYLOR CM 2005 Margaritopsis (Rubiaceae Psychotrieae) in the Neotropics Syst Geogr Pl 75(2)161-177

THIERS B 2011 [continuously updated] Index Herbariorum a global directory of public herbaria and associated staff New York Botanical Gardenrsquos Virtual Herbarium httpsweetgumnybgorgih (uacuteltimo acesso em 28102011)

VELLOSO AL SAMPAIO EVSB GIULIETTI AM BARBOSA MRV CASTRO AAJF QUEIROZ LP FERNANDES A OREN DC CESTARO LA CASTRO AJE PAREYN FGC SILVA FBR MIRANDA EE KEEL S amp GONDIM RS 2002 Ecorregiotildees Propostas para o Bioma caatinga TNC-Brasil Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife

ZAPPI DC amp STANNARD BL 1995 Rubiaceae In Flora of the Pico das Almas Chapada Diamantina Bahia Brazil (BL Stannard ed) Royal Botanic GardensUSPCEPLAC Kew p546-578

ZAPPI DC amp NUNES TS 2002 Preliminary list of the Rubiaceae in Nortehastern Brazil Royal Botanic Gardens Kew

Recebido em 09072012 Versatildeo reformulada recebida em 15112012

Publicado em 03042013

Page 16: Biota Neotrop., vol. 13, no. 2 - redalyc.org · Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico

119

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

nervuras proeminentes na face abaxial 3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais obovoides 2-35 times 08-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos ca 1 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais maiores 3-32 mm compr menores 16-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 4-45 mm compr externamente piloso na metade superior anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos ca 15 mm compr triangulares pilosos externamente estames subinclusos porccedilatildeo livre dos filetes ca 04 mm compr anteras 05-06 mm

compr alvas estigma biacutefido estilete 5-65 mm compr Segundo Souza et al (2010) fruto caacutepsula deiscecircncia transversal (12-)15-25 mm compr obovoides glabras sementes 08-12 times 05-06 mm oblongoides ou globosas castanhas face dorsal sem depressotildees face ventral com encaixe em forma de ldquoY-invertidordquo

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada sentido ao Povoado Queleacutes 9deg56rsquo36rdquo S 38deg28rsquo487rdquo O 648 m 27VII2011 fl RR Varjatildeo 142 (HUNEB) 27VII2011 fl RR Varjatildeo 145 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Aldeia Serrota 19IX2005 fl M Colaccedilo 53 (HUEFS) Paulo Afonso Raso da

Figura 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) haacutebito b) estiacutepula c) flor d-g) Richardia grandiflora d) haacutebito e) estiacutepula f) flor g) fruto h-j) Staelia aurea h) ramo floriacutefero i) estiacutepula j) flor (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)Figure 7 a-c) Mitracarpus salzmannianus a) habit b) stipule c) flower d-g) Richardia grandiflora d) habit e) stipule f) flower g) fruit h-j) Staelia aurea h) flowering branch i) stipule j) flower (a-c) RR Varjatildeo 145 d-g) RR Varjatildeo 133 h-j) AS Conceiccedilatildeo 1656)

a

b

c

d

e

f

gh

i

j

120

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Catarina 10VIII2005 fl EB Miranda et al 805 (HUEFS) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1191 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Eacute uma espeacutecie amplamente distribuiacuteda ocorrendo na Guiana Francesa Suriname e Brasil No Brasil ocorre nos estados de Roraima Paraacute Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Goiaacutes Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Planta comum em solos arenosos habitando dunas campos ou chapadas tambeacutem presente como ruderal (Souza et al 2010) Na APASB foi encontrada em solos arenosos na vegetaccedilatildeo arbustiva Caracteriza-se pelo indumento denso e contiacutenuo que cobre toda a planta folhas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas aleacutem do tubo da corola com 4-45 mm compr caracteres que a diferenciam das outras espeacutecies de Mitracarpus Floresce na aacuterea em julho

17 Richardia grandiflora (Cham amp Schltdl) Steud Nomencl Bot 2 459 1841 Figuras 7d-g

Richardsonia grandiflora Cham amp Schltdl Linnaea 3 351 1828Erva procumbente ca 20 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice do ramos hirsuto entrenoacutes 8-78 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 3-5 mm pubeacuterula a hirsuta 4-7 setas 07-45 mm compr pubeacuterulas a hirsutas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 15-38 times 5-11 mm eliacuteptico a lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira estrigoso a escabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais multifloros 4 braacutecteas foliaacuteceas externas 14-17 times 7-8 mm internas 5-12 times 3-7 mm ovais hirsutas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 4-7 times 4-5 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 6 lobos iguais 3-4 mm compr lanceolados hirsutos corola alva roacutesea a lilaacutes infundibuliforme tubo 6-9 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 6-mera lobos 4-5 mm compr triangulares pilosos externamente estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 07-1 mm compr anteras 12-18 mm compr alvas estigma triacutefido estilete 8-11 mm compr Fruto esquizocarpo trecircs mericarpos 15-25 times 15-25 mm obovoide pardo quando maduro hirsuto a piloso sementes 15-2 times 06-1 mm subovoides castanhas dorso convexo sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai ao Povoado Queleacutes 9deg52rsquo532rdquo S 38deg32rsquo420rdquo O 650 m 22IX2010 fl e fr RR Varjatildeo 04 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquoS 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 bot DD Vieira 173 (HUNEB) 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 126 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 133 (HUNEB) Faz Serra Branca proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot RR Varjatildeo 79 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 1VII1995 fl FP Bandeira 173 (ALCB) Bosque de Algaroba 7VI2004 fl MVM Oliveira 748 (HUEFS) Rodelas Mocoacute 22I1987 fl GO Mattos amp BS Laacutezaro 55 (HRB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie encontrada por toda a Ameacuterica e como planta introduzida na Floacuterida Estados Unidos Ocorre nas regiotildees Norte a Sudeste e Centro-Oeste do Brasil nos estados do Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Pernambuco Bahia Mato Grosso Goiaacutes Minas Gerais Satildeo Paulo e Rio Grande do Sul (Lewis amp Oliver 1974 Delprete et al 2005 Delprete 2010)

Na APASB R grandiflora eacute muito frequente ao longo das estradas bordas da mata aacutereas abertas e pastagens com forte exposiccedilatildeo solar em solos arenosos e areno-argilosos Esta espeacutecie apresenta forte vigor vegetativo principalmente em solos feacuterteis

cobrindo completamente o solo (Delprete 2010) Pode ser confundida em campo com as espeacutecies de Diodella das quais se diferencia pelas flores hexacircmeras estigma triacutefido e frutos com trecircs mericarpos Floresce na aacuterea de maio a setembro e frutifica de junho a setembro de acordo com material analisado

18 Staelia aurea KSchum Fl Bras 677 1888 Figuras 7h-jErva ereta ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico pubeacuterulo

entrenoacutes 7-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubeacuterula 4-5 setas 05-2 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 12-27 times 14-4 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra abaxial com nervura esparsamente estrigosa venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 5-7 por ramo floriacutefero multifloros 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 14-22 times 1-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 2-26 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 3-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 2-25 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-2 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 6-65 mm compr Frutos e sementes natildeo observados

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1656 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 3VII1995 fl FP Bandeira 221 (ALCB HRB CEPEC) Juazeiro Serra do Mulato 28III2000 fl MR Fonseca et al 1247 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita ao Brasil Ocorre nas regiotildees Norte (sul do Paraacute) Centro-Oeste Nordeste e partes do Sudeste (Souza amp Sales 2004)

Staelia aurea eacute considerada uma espeacutecie de ampla distribuiccedilatildeo poreacutem na APASB eacute escassa Pode ser confundida com S virgata da qual se diferencia por apresentar caule pubeacuterulo tubo da corola 3-45 mm compr e 5-7 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Foi coletada na aacuterea com flores em junho

19 Staelia galioides DC Prodr 4 573 1830 Figuras 8a-dSpermacoce galioides Pohl ex DC Prodr 4 573 1830Erva ereta 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro

a pubeacuterulo entrenoacutes 03-08 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 15-2 mm pubeacuterula 3 setas 06-18 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 6-17 times 05-25 mm linear-lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 6-10 por ramo floriacutefero multifloros (2)-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 18-3 times 06-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 1-16 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo 35-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 15-24 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 15-18 mm compr anteras 08-1 mm compr alvas a lilases estigma biacutefido estilete 5-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 1-12 mm obovoide verde

121

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

glabra sementes 06-08 times 04-06 mm oblongoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg53rsquo471rdquo S 38deg39rsquo131rdquo O 196 m 21V2008 fl e fr MVV Romatildeo 239 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 22 (HUNEB) 9deg56rsquo807rdquo S 38deg27rsquo330rdquo O 24II2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 37 (HUNEB) 9deg55rsquo776rdquo S 38deg29rsquo40rdquo O 652m 8IV2011 fl e fr RR Varjatildeo 69 (HUNEB) 9deg32rsquo934rdquo S 38deg32rsquo234rdquo O 657 m 5V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 74

(HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 117 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Ribeira do Pombal 19V1981 fl P Geraldo13181 (CEPEC) Rodelas dunas cabeccedila de boi 24II1988 fl e fr RP Orlandi 828 (HRB)

Distribuiccedilatildeo A espeacutecie apresenta distribuiccedilatildeo exclusiva no Brasil Ocorre na regiatildeo Centro-Oeste em Goiaacutes e Tocantins e no Nordeste em Alagoas Bahia Pernambuco e Piauiacute (Souza amp Sales 2004)

Figura 8 a-d) Staelia galioides a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Staelia virgata e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Tocoyena formosa i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)Figure 8 a-d) Staelia galioides a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Staelia virgata e flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Tocoyena formosa i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)

a

b c

d

e

f

g

h

i

j

k

l

122

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Na APASB a espeacutecie eacute amplamente distribuiacuteda apresentando nuacutemero elevado de indiviacuteduos Eacute encontrada em aacutereas abertas bordas de estradas e no interior da vegetaccedilatildeo subarbustiva em solos arenosos Pode ser reconhecida por apresentar estiacutepulas com 3 setas limbo linear-lanceolado lobos do caacutelice 1-16 mm compr diferenciando-se de S aurea que possui estiacutepulas com 4-5 setas limbo lanceolado e lobos do caacutelice 2-26 mm compr Floresce e frutifica na aacuterea de janeiro a junho

20 Staelia virgata (Link ex Roem amp Schult) KSchum Fl Bras 6(6) 76 1889 Figuras 8e-h

Spermacoce virgata Link ex Roem amp Schult Syst Veget 3 281 531 1818

Erva ereta ca 60 cm alt monoica Caule tetragonal glabro a glabrescente entrenoacutes 10-33 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2times ca 18 mm pubeacuterula no aacutepice 5-7 setas 12-25 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 13-30 times 1-3 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente em ambas as faces 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-4 por ramo floriacutefero multifloros 2-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 25-3 times 1-15 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 25-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo ca 5 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 25-3 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 2-3 mm compr anteras 08-12 mm compr alvas estigma biacutefido estilete ca 8 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 08-1 mm obovoide verde hirsuto sementes 06-1 times ca 04 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai da ESEC-Raso da Catarina agrave APA Serra Branca 9deg52rsquo78rdquo S 38deg31rsquo65rdquo O 624 m 27VII2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 140 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos estrada para a estaccedilatildeo bioloacutegica 26VI2002 fl LP Queiroz et al 7197 (HUEFS) Gloacuteria Serrota 2IX2006 fl S Leal 39 (HUEFS) Paulo Afonso BR-110 Norte 23VIII2005 fl DS Carneiro-Torres et al 483 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Ocorre em todo o Brasil parte dos territoacuterios do Peru Boliacutevia Paraguai ateacute o norte da Argentina No Brasil sua distribuiccedilatildeo vai desde o Amazonas Bahia Cearaacute Maranhatildeo Paraacute Paraiacuteba Pernambuco Piauiacute ateacute os estados da regiatildeo Sul (Souza amp Sales 2004)

Considerada por Souza amp Sales (2004) a espeacutecie mais amplamente distribuiacuteda entre as estudadas em seu trabalho S virgata foi encontrada na APASB apenas no periacuteodo chuvoso em vegetaccedilatildeo subarbustiva Pode ser confundida com as outras espeacutecies de Staelia ocorrentes na aacuterea diferenciando-se pelo conjunto de caracteriacutesticas caule glabro a glabrescente estiacutepula com 5-7 setas tubo da corola ca 5 mm compr e 2-4 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Encontrada na aacuterea com flores e frutos em julho

21 Tocoyena formosa (Cham amp Schltdl) KSchum Fl Bras 6 347 1889 Figuras 8i-l

Gardenia formosa Cham amp Schltdl Linnaea 4 200 1829Arbusto 13-17 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro

pubeacuterulo no aacutepice entrenoacutes 4-22 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 4-7 times 6 -8 mm glabras internamente pubeacuterulas e com coleacuteteres Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas a subcoriaacuteceas peciacuteolos 5-17 mm compr pubeacuterulos limbo

75-150 times 45-80 mm oval a eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial pubescente abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em dicaacutesios congestos terminais 4-7-floro peduacutenculo 2-7 mm compr pubeacuterulo braacutecteas e bracteacuteolas natildeo visualizadas Bototildees florais ovais 25-100 times 6-9 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas subseacutesseis caacutelice 5 lobos denteados 08-1 mm compr triangulares tomentosos tubo 1-2 mm compr tomentoso corola amarela hipocrateriforme tubo 75-95 mm compr externamente tomentoso internamente glabro 5-mera lobos 12-27 mm compr obovados externamente tomentosos internamente glabros estames exsertos seacutesseis anteras 7-10 mm compr marrons estigma biacutefido estilete 84-98 mm compr Fruto baga 25-35 times 18-30 mm globosa negra quando madura pubeacuterula sementes 5-6 times 45-7 mm orbiculares planas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 17I2006 fr GC Sessegolo 158 (MBM) 9deg57rsquo044rdquo S 38deg42rsquo289rdquo O 313 m 13III2008 fr AS Conceiccedilatildeo 1268 (HUNEB) Baixa grande 9deg58rsquo370rdquo S 38deg27rsquo086rdquo O 561 m 19III2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1560 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fr AS Conceiccedilatildeo 1707 (HUNEB) 9deg55rsquo48rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot RR Varjatildeo 24 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 27 (HUNEB) 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 bot e fr RR Varjatildeo 65 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 16II2003 fl FHM Silva et al322 (HUEFS) Tucano Estrada para Ribeira do Pombal 21III1992 fl AM Carvalho et al 3894 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Esta espeacutecie tem ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica do Sul encontrada no Suriname Brasil e Paraguai ocorrendo em todas as regiotildees brasileiras (Prado 1987)

Na APASB os indiviacuteduos encontram-se distribuiacutedos nas bordas e interior da vegetaccedilatildeo de porte arbustivo-arboacutereo e solos arenosos T formosa pode ser reconhecida na aacuterea pelo haacutebito arbustivo de flores vistosas tubo da corola 75-95 mm compr amarela e baga com 25-35 times 18-30 mm negra quando madura Floresce na aacuterea de janeiro a maio e frutifica em janeiro maio e junho

Agradecimentos

Agrave Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) pelo apoio financeiro ao projeto (PET 00232007) Agrave CAPES pela concessatildeo da bolsa de mestrado a primeira autora Aos curadores e teacutecnicos dos Herbaacuterios visitados e ao Natanael Santos pelas ilustraccedilotildees botacircnicas Aos dois revisores anocircnimos pelas significativas contribuiccedilotildees ao manuscrito

Referecircncias BibliograacuteficasBARBOSA MRV amp ZAPPI D 2002 Distribuiccedilatildeo das espeacutecies de

Rubiaceae na caatinga In Vegetaccedilatildeo e Flora da caatinga (EVSB Sampaio AM Giulietti JE Virginio CFL Gamarra-Rojas eds) APNECNIP Recife p155-157

BARBOSA MRV SOUSA EB amp JARDIM JG 2006 Rubiaceae In Checklist das Plantas do Nordeste Brasileiro Angiospermas e Gymnosperma (MRV Barbosa C Sothers S Mayo CFL Gamarra-Rojas amp CA Mesquita eds) Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia Brasiacutelia p135-140

BARBOSA MR ZAPPI D TAYLOR C CABRAL E JARDIM JG PEREIRA MS CALIOacute MF PESSOA MCR SALAS R SOUZA EB DI MAIO FR MACIAS L ANUNCIACcedilAtildeO EA DA GERMANO FILHO P amp OLIVEIRA JA 2012 Rubiaceae In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000210 (uacuteltimo acesso em 06112012)

123

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

BARBOSA MR 2012 Guettarda In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB014052 (uacuteltimo acesso em 06112012)

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente - MMA 2007 Aacutereas prioritaacuterias para conservaccedilatildeo uso sustentaacutevel e reparticcedilatildeo dos benefiacutecios da biodiversidade brasileira Secretaria de Biodiversidade e Florestas Brasiacutelia Mapa versatildeo 22 set2007

BRUMMITT RK amp POWELL CE 1992 Authors of plant names Royal Botanic Gardens Kew London

CABRAL EL amp BACIGALUPO NM 2005 Novelties in Spermacoceae (Rubiaceae) from Bolivia and Paraguay Brittonia 57(2)129-140 httpdxdoiorg1016630007-196X(2005)057[0129NISRFB]20CO2

CABRAL EL amp FADER AAC 2010 Nuevas combinaciones y nuevos sinocircnimos en especies de Brasil de Diodia s lat (Spermacoceae - Rubiaceae) Rodrigueacutesia 61(1)119-121

CABRAL EL MIGUEL LM amp SALAS RM 2011 Dos especies nuevas de Borreria (Rubiaceae) sinopsis y clave de las especies para Bahia Brasil Acta Bot Bras 25(2)255-276 httpdxdoiorg101590S0102-33062011000200002

CABRAL E amp SALAS R 2012 Diodella In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB038741 (uacuteltimo acesso em 06112012)

CAMPOS MTVA ZAPPI DC CALIOacute MF amp PIRANI JR 2006 Flora de Gratildeo-Mogol Minas Gerais Rubiaceae Bol Bot Univ Satildeo Paulo 2441-67

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2004 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v1 344p

DELPRETE PG amp SOUZA EB 2004 Psychotria carrascoana (Rubiaceae) a new species from the Carrasco Vegetation of Northeastern Brazil Novon 14158-162

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2005 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v2 p345-842

DELPRETE PG 2010 Rubiaceae In Flora do Estado de Goiaacutes e Tocantins (JA Rizzo org) PRPPGUFG IRD Goiacircnia v40 1610p

FORZZA RC COSTA A WALTER BMT PIRANI JR MORIM MP QUEIROZ LP MARTINELLI G PEIXOTO AL COELHO MAN BAUMGRATZ JFA STEHMANN JR LOHMANN LG amp HOPKINS M 2012 Angiospermas In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000032 (uacuteltimo acesso em 05112012)

JARDIM JG amp SOUZA EB 2006 Rubiaceae In Diversidade e Caracterizaccedilatildeo das Faneroacutegamas do Semiaacuterido Brasileiro (AM Giulietti AA Conceiccedilatildeo amp LP Queiroz orgs) Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife p203-209

JARDIM JG 2012 Leptoscela In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB020761 (uacuteltimo acesso em 06112012)

JUNG-MENDACcedilOLLI SL 2007 Rubiaceae In Flora Fanerocircgama do Estado de Satildeo Paulo (MGL Wanderley GJ Shepherd TS Melhem amp AM Giulietti coords) FAPESBRIMA Satildeo Paulo v5 p259-447

GOVAERTS R ANDERSSON L ROBBRECHT E BRIDSON D DAVIS A SCHANZER I amp SONKE B 2011 [continuously uploaded] World Checklist of Rubiaceae Facilitated by the Royal Botanic Gardens httpappskeworgwcspqsearchdo (uacuteltimo acesso em 2422012)

HARRIS JG amp HARRIS MW 2001 Plant identification terminology An illustrated glossary 2 ed Spring Lake Publishing Spring Lake

LEAL IR SILVA JMC Da TABARELLI M amp LACHER TE 2005 Changing the Course of Biodiversity Conservation in the caatinga of Northeastern Brazil Conserv Biol 19(3)701-706 httpdxdoiorg101111j1523-1739200500703x

LEWIS WH amp OLIVER RL 1974 Revision of Richardia (Rubiaceae) Brittonia 26271-301 httpdxdoiorg1023072805730

MARGALHO LF ROCHA AES amp SECCO RS 2009 Rubiaceae Juss da restinga da APA de AlgodoalMaiandeua Maracanatilde Paraacute Brasil Bol Mus Para Emiacutelio Goeldi Cienc Nat 4(3)303-339

MORI SA SILVA LAM LISBOA GE amp CORADIN L 1989 Manual de Manejo do Herbaacuterio Fanerogacircmico Centro de Pesquisa do Cacau Ilheacuteus

PEEL MC FINLAYSON BL amp MCMAHON TA 2007 Updated world map of the Koumlppen-Geiger climate classification Hydrol Earth Syst Sc 111633-1644 httpdxdoiorg105194hess-11-1633-2007

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2004 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelias Antirheoideae Cinchonoideae e Ixoroideae Acta Bot Bras 18(2)305-318 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000200010

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2006 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelia Rubioideae Acta Bot Bras 20(2)455-470 httpdxdoiorg101590S0102-33062006000200021

PRADO AL 1987 Revisatildeo taxonocircmica do gecircnero Tocoyena Aubl (Rubiaceae) no Brasil Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Estadual de Campinas Satildeo Paulo

RADFORD AE DICKISON WC MASSEY JR amp BELL R 1974 Vascular Plant Systematics Harper amp Row publishers New York

ROBBRECHT E 1988 Tropical woody Rubiaceae Characteristic features and progressions Contributions to a new subfamilial classification Opera Bot Belg 11-271

SOUZA EB amp SALES MF 2004 O gecircnero Staelia Cham amp Schtdl (Rubiaceae-Spermacoceae) no Estado de Pernambuco Brasil Acta Bot Bras 18(4)921-928 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000400023

SOUZA EB CABRAL EL amp ZAPPI DC 2010 Revisatildeo de Mitracarpus (Rubiaceae - Spermacoceae) para o Brasil Rodrigueacutesia 61(2)319-352

SZABO AV ROCHA ACS TOSATO JAC amp BARROSO W 2007 Aacuterea de proteccedilatildeo ambiental (APA) Serra Branca Raso da Catarina In As caatingas debates sobre a Ecorregiatildeo do Raso da Catarina (J Marques org) Fonte Viva Paulo Afonso p21-40

TAYLOR CM 2005 Margaritopsis (Rubiaceae Psychotrieae) in the Neotropics Syst Geogr Pl 75(2)161-177

THIERS B 2011 [continuously updated] Index Herbariorum a global directory of public herbaria and associated staff New York Botanical Gardenrsquos Virtual Herbarium httpsweetgumnybgorgih (uacuteltimo acesso em 28102011)

VELLOSO AL SAMPAIO EVSB GIULIETTI AM BARBOSA MRV CASTRO AAJF QUEIROZ LP FERNANDES A OREN DC CESTARO LA CASTRO AJE PAREYN FGC SILVA FBR MIRANDA EE KEEL S amp GONDIM RS 2002 Ecorregiotildees Propostas para o Bioma caatinga TNC-Brasil Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife

ZAPPI DC amp STANNARD BL 1995 Rubiaceae In Flora of the Pico das Almas Chapada Diamantina Bahia Brazil (BL Stannard ed) Royal Botanic GardensUSPCEPLAC Kew p546-578

ZAPPI DC amp NUNES TS 2002 Preliminary list of the Rubiaceae in Nortehastern Brazil Royal Botanic Gardens Kew

Recebido em 09072012 Versatildeo reformulada recebida em 15112012

Publicado em 03042013

Page 17: Biota Neotrop., vol. 13, no. 2 - redalyc.org · Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico

120

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Catarina 10VIII2005 fl EB Miranda et al 805 (HUEFS) Rodelas ESEC-Raso da Catarina 14VI2005 fl A Rapini et al 1191 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Eacute uma espeacutecie amplamente distribuiacuteda ocorrendo na Guiana Francesa Suriname e Brasil No Brasil ocorre nos estados de Roraima Paraacute Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Rio Grande do Norte Paraiacuteba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Goiaacutes Minas Gerais Espiacuterito Santo e Rio de Janeiro (Souza et al 2010)

Planta comum em solos arenosos habitando dunas campos ou chapadas tambeacutem presente como ruderal (Souza et al 2010) Na APASB foi encontrada em solos arenosos na vegetaccedilatildeo arbustiva Caracteriza-se pelo indumento denso e contiacutenuo que cobre toda a planta folhas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas aleacutem do tubo da corola com 4-45 mm compr caracteres que a diferenciam das outras espeacutecies de Mitracarpus Floresce na aacuterea em julho

17 Richardia grandiflora (Cham amp Schltdl) Steud Nomencl Bot 2 459 1841 Figuras 7d-g

Richardsonia grandiflora Cham amp Schltdl Linnaea 3 351 1828Erva procumbente ca 20 cm alt monoica Caule tetragonal

no aacutepice do ramos hirsuto entrenoacutes 8-78 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 2-3 times 3-5 mm pubeacuterula a hirsuta 4-7 setas 07-45 mm compr pubeacuterulas a hirsutas Folhas opostas diacutesticas cartaacuteceas seacutesseis limbo 15-38 times 5-11 mm eliacuteptico a lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira estrigoso a escabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura primaacuteria proeminente na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais multifloros 4 braacutecteas foliaacuteceas externas 14-17 times 7-8 mm internas 5-12 times 3-7 mm ovais hirsutas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 4-7 times 4-5 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 6 lobos iguais 3-4 mm compr lanceolados hirsutos corola alva roacutesea a lilaacutes infundibuliforme tubo 6-9 mm compr glabro externamente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 6-mera lobos 4-5 mm compr triangulares pilosos externamente estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 07-1 mm compr anteras 12-18 mm compr alvas estigma triacutefido estilete 8-11 mm compr Fruto esquizocarpo trecircs mericarpos 15-25 times 15-25 mm obovoide pardo quando maduro hirsuto a piloso sementes 15-2 times 06-1 mm subovoides castanhas dorso convexo sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai ao Povoado Queleacutes 9deg52rsquo532rdquo S 38deg32rsquo420rdquo O 650 m 22IX2010 fl e fr RR Varjatildeo 04 (HUNEB) 9deg57rsquo71rdquoS 38deg26rsquo28rdquo O 489 m 17VI2011 bot DD Vieira 173 (HUNEB) 9deg57rsquo00rdquo S 38deg26rsquo94rdquo O 588 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 126 (HUNEB) Trilha secundaacuteria agrave estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo361rdquo S 38deg27rsquo121rdquo O 551 m 17VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 133 (HUNEB) Faz Serra Branca proacuteximo a casa do IBAMA 9deg52rsquo161rdquo S 38deg38rsquo874rdquo O 463 m 6V2011 bot RR Varjatildeo 79 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 1VII1995 fl FP Bandeira 173 (ALCB) Bosque de Algaroba 7VI2004 fl MVM Oliveira 748 (HUEFS) Rodelas Mocoacute 22I1987 fl GO Mattos amp BS Laacutezaro 55 (HRB)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie encontrada por toda a Ameacuterica e como planta introduzida na Floacuterida Estados Unidos Ocorre nas regiotildees Norte a Sudeste e Centro-Oeste do Brasil nos estados do Maranhatildeo Piauiacute Cearaacute Pernambuco Bahia Mato Grosso Goiaacutes Minas Gerais Satildeo Paulo e Rio Grande do Sul (Lewis amp Oliver 1974 Delprete et al 2005 Delprete 2010)

Na APASB R grandiflora eacute muito frequente ao longo das estradas bordas da mata aacutereas abertas e pastagens com forte exposiccedilatildeo solar em solos arenosos e areno-argilosos Esta espeacutecie apresenta forte vigor vegetativo principalmente em solos feacuterteis

cobrindo completamente o solo (Delprete 2010) Pode ser confundida em campo com as espeacutecies de Diodella das quais se diferencia pelas flores hexacircmeras estigma triacutefido e frutos com trecircs mericarpos Floresce na aacuterea de maio a setembro e frutifica de junho a setembro de acordo com material analisado

18 Staelia aurea KSchum Fl Bras 677 1888 Figuras 7h-jErva ereta ca 30 cm alt monoica Caule ciliacutendrico pubeacuterulo

entrenoacutes 7-30 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-15 times 2-3 mm pubeacuterula 4-5 setas 05-2 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 12-27 times 14-4 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira face adaxial glabra abaxial com nervura esparsamente estrigosa venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 5-7 por ramo floriacutefero multifloros 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 14-22 times 1-14 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 2-26 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 3-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 2-25 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 05-2 mm compr anteras 05-1 mm compr alvas estigma biacutefido estilete 6-65 mm compr Frutos e sementes natildeo observados

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca limite com a Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Raso da Catarina 9deg53rsquo428rdquo S 38deg29rsquo326rdquo O 648 m 17VI2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1656 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Gloacuteria Brejo do Burgo 3VII1995 fl FP Bandeira 221 (ALCB HRB CEPEC) Juazeiro Serra do Mulato 28III2000 fl MR Fonseca et al 1247 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie com distribuiccedilatildeo restrita ao Brasil Ocorre nas regiotildees Norte (sul do Paraacute) Centro-Oeste Nordeste e partes do Sudeste (Souza amp Sales 2004)

Staelia aurea eacute considerada uma espeacutecie de ampla distribuiccedilatildeo poreacutem na APASB eacute escassa Pode ser confundida com S virgata da qual se diferencia por apresentar caule pubeacuterulo tubo da corola 3-45 mm compr e 5-7 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Foi coletada na aacuterea com flores em junho

19 Staelia galioides DC Prodr 4 573 1830 Figuras 8a-dSpermacoce galioides Pohl ex DC Prodr 4 573 1830Erva ereta 20-50 cm alt monoica Caule ciliacutendrico glabro

a pubeacuterulo entrenoacutes 03-08 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha ca 1 times 15-2 mm pubeacuterula 3 setas 06-18 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 6-17 times 05-25 mm linear-lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente na face abaxial nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 6-10 por ramo floriacutefero multifloros (2)-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 18-3 times 06-1 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 1-16 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo 35-45 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 15-24 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 15-18 mm compr anteras 08-1 mm compr alvas a lilases estigma biacutefido estilete 5-55 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 1-12 mm obovoide verde

121

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

glabra sementes 06-08 times 04-06 mm oblongoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg53rsquo471rdquo S 38deg39rsquo131rdquo O 196 m 21V2008 fl e fr MVV Romatildeo 239 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 22 (HUNEB) 9deg56rsquo807rdquo S 38deg27rsquo330rdquo O 24II2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 37 (HUNEB) 9deg55rsquo776rdquo S 38deg29rsquo40rdquo O 652m 8IV2011 fl e fr RR Varjatildeo 69 (HUNEB) 9deg32rsquo934rdquo S 38deg32rsquo234rdquo O 657 m 5V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 74

(HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 117 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Ribeira do Pombal 19V1981 fl P Geraldo13181 (CEPEC) Rodelas dunas cabeccedila de boi 24II1988 fl e fr RP Orlandi 828 (HRB)

Distribuiccedilatildeo A espeacutecie apresenta distribuiccedilatildeo exclusiva no Brasil Ocorre na regiatildeo Centro-Oeste em Goiaacutes e Tocantins e no Nordeste em Alagoas Bahia Pernambuco e Piauiacute (Souza amp Sales 2004)

Figura 8 a-d) Staelia galioides a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Staelia virgata e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Tocoyena formosa i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)Figure 8 a-d) Staelia galioides a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Staelia virgata e flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Tocoyena formosa i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)

a

b c

d

e

f

g

h

i

j

k

l

122

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Na APASB a espeacutecie eacute amplamente distribuiacuteda apresentando nuacutemero elevado de indiviacuteduos Eacute encontrada em aacutereas abertas bordas de estradas e no interior da vegetaccedilatildeo subarbustiva em solos arenosos Pode ser reconhecida por apresentar estiacutepulas com 3 setas limbo linear-lanceolado lobos do caacutelice 1-16 mm compr diferenciando-se de S aurea que possui estiacutepulas com 4-5 setas limbo lanceolado e lobos do caacutelice 2-26 mm compr Floresce e frutifica na aacuterea de janeiro a junho

20 Staelia virgata (Link ex Roem amp Schult) KSchum Fl Bras 6(6) 76 1889 Figuras 8e-h

Spermacoce virgata Link ex Roem amp Schult Syst Veget 3 281 531 1818

Erva ereta ca 60 cm alt monoica Caule tetragonal glabro a glabrescente entrenoacutes 10-33 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2times ca 18 mm pubeacuterula no aacutepice 5-7 setas 12-25 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 13-30 times 1-3 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente em ambas as faces 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-4 por ramo floriacutefero multifloros 2-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 25-3 times 1-15 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 25-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo ca 5 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 25-3 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 2-3 mm compr anteras 08-12 mm compr alvas estigma biacutefido estilete ca 8 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 08-1 mm obovoide verde hirsuto sementes 06-1 times ca 04 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai da ESEC-Raso da Catarina agrave APA Serra Branca 9deg52rsquo78rdquo S 38deg31rsquo65rdquo O 624 m 27VII2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 140 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos estrada para a estaccedilatildeo bioloacutegica 26VI2002 fl LP Queiroz et al 7197 (HUEFS) Gloacuteria Serrota 2IX2006 fl S Leal 39 (HUEFS) Paulo Afonso BR-110 Norte 23VIII2005 fl DS Carneiro-Torres et al 483 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Ocorre em todo o Brasil parte dos territoacuterios do Peru Boliacutevia Paraguai ateacute o norte da Argentina No Brasil sua distribuiccedilatildeo vai desde o Amazonas Bahia Cearaacute Maranhatildeo Paraacute Paraiacuteba Pernambuco Piauiacute ateacute os estados da regiatildeo Sul (Souza amp Sales 2004)

Considerada por Souza amp Sales (2004) a espeacutecie mais amplamente distribuiacuteda entre as estudadas em seu trabalho S virgata foi encontrada na APASB apenas no periacuteodo chuvoso em vegetaccedilatildeo subarbustiva Pode ser confundida com as outras espeacutecies de Staelia ocorrentes na aacuterea diferenciando-se pelo conjunto de caracteriacutesticas caule glabro a glabrescente estiacutepula com 5-7 setas tubo da corola ca 5 mm compr e 2-4 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Encontrada na aacuterea com flores e frutos em julho

21 Tocoyena formosa (Cham amp Schltdl) KSchum Fl Bras 6 347 1889 Figuras 8i-l

Gardenia formosa Cham amp Schltdl Linnaea 4 200 1829Arbusto 13-17 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro

pubeacuterulo no aacutepice entrenoacutes 4-22 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 4-7 times 6 -8 mm glabras internamente pubeacuterulas e com coleacuteteres Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas a subcoriaacuteceas peciacuteolos 5-17 mm compr pubeacuterulos limbo

75-150 times 45-80 mm oval a eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial pubescente abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em dicaacutesios congestos terminais 4-7-floro peduacutenculo 2-7 mm compr pubeacuterulo braacutecteas e bracteacuteolas natildeo visualizadas Bototildees florais ovais 25-100 times 6-9 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas subseacutesseis caacutelice 5 lobos denteados 08-1 mm compr triangulares tomentosos tubo 1-2 mm compr tomentoso corola amarela hipocrateriforme tubo 75-95 mm compr externamente tomentoso internamente glabro 5-mera lobos 12-27 mm compr obovados externamente tomentosos internamente glabros estames exsertos seacutesseis anteras 7-10 mm compr marrons estigma biacutefido estilete 84-98 mm compr Fruto baga 25-35 times 18-30 mm globosa negra quando madura pubeacuterula sementes 5-6 times 45-7 mm orbiculares planas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 17I2006 fr GC Sessegolo 158 (MBM) 9deg57rsquo044rdquo S 38deg42rsquo289rdquo O 313 m 13III2008 fr AS Conceiccedilatildeo 1268 (HUNEB) Baixa grande 9deg58rsquo370rdquo S 38deg27rsquo086rdquo O 561 m 19III2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1560 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fr AS Conceiccedilatildeo 1707 (HUNEB) 9deg55rsquo48rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot RR Varjatildeo 24 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 27 (HUNEB) 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 bot e fr RR Varjatildeo 65 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 16II2003 fl FHM Silva et al322 (HUEFS) Tucano Estrada para Ribeira do Pombal 21III1992 fl AM Carvalho et al 3894 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Esta espeacutecie tem ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica do Sul encontrada no Suriname Brasil e Paraguai ocorrendo em todas as regiotildees brasileiras (Prado 1987)

Na APASB os indiviacuteduos encontram-se distribuiacutedos nas bordas e interior da vegetaccedilatildeo de porte arbustivo-arboacutereo e solos arenosos T formosa pode ser reconhecida na aacuterea pelo haacutebito arbustivo de flores vistosas tubo da corola 75-95 mm compr amarela e baga com 25-35 times 18-30 mm negra quando madura Floresce na aacuterea de janeiro a maio e frutifica em janeiro maio e junho

Agradecimentos

Agrave Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) pelo apoio financeiro ao projeto (PET 00232007) Agrave CAPES pela concessatildeo da bolsa de mestrado a primeira autora Aos curadores e teacutecnicos dos Herbaacuterios visitados e ao Natanael Santos pelas ilustraccedilotildees botacircnicas Aos dois revisores anocircnimos pelas significativas contribuiccedilotildees ao manuscrito

Referecircncias BibliograacuteficasBARBOSA MRV amp ZAPPI D 2002 Distribuiccedilatildeo das espeacutecies de

Rubiaceae na caatinga In Vegetaccedilatildeo e Flora da caatinga (EVSB Sampaio AM Giulietti JE Virginio CFL Gamarra-Rojas eds) APNECNIP Recife p155-157

BARBOSA MRV SOUSA EB amp JARDIM JG 2006 Rubiaceae In Checklist das Plantas do Nordeste Brasileiro Angiospermas e Gymnosperma (MRV Barbosa C Sothers S Mayo CFL Gamarra-Rojas amp CA Mesquita eds) Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia Brasiacutelia p135-140

BARBOSA MR ZAPPI D TAYLOR C CABRAL E JARDIM JG PEREIRA MS CALIOacute MF PESSOA MCR SALAS R SOUZA EB DI MAIO FR MACIAS L ANUNCIACcedilAtildeO EA DA GERMANO FILHO P amp OLIVEIRA JA 2012 Rubiaceae In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000210 (uacuteltimo acesso em 06112012)

123

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

BARBOSA MR 2012 Guettarda In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB014052 (uacuteltimo acesso em 06112012)

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente - MMA 2007 Aacutereas prioritaacuterias para conservaccedilatildeo uso sustentaacutevel e reparticcedilatildeo dos benefiacutecios da biodiversidade brasileira Secretaria de Biodiversidade e Florestas Brasiacutelia Mapa versatildeo 22 set2007

BRUMMITT RK amp POWELL CE 1992 Authors of plant names Royal Botanic Gardens Kew London

CABRAL EL amp BACIGALUPO NM 2005 Novelties in Spermacoceae (Rubiaceae) from Bolivia and Paraguay Brittonia 57(2)129-140 httpdxdoiorg1016630007-196X(2005)057[0129NISRFB]20CO2

CABRAL EL amp FADER AAC 2010 Nuevas combinaciones y nuevos sinocircnimos en especies de Brasil de Diodia s lat (Spermacoceae - Rubiaceae) Rodrigueacutesia 61(1)119-121

CABRAL EL MIGUEL LM amp SALAS RM 2011 Dos especies nuevas de Borreria (Rubiaceae) sinopsis y clave de las especies para Bahia Brasil Acta Bot Bras 25(2)255-276 httpdxdoiorg101590S0102-33062011000200002

CABRAL E amp SALAS R 2012 Diodella In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB038741 (uacuteltimo acesso em 06112012)

CAMPOS MTVA ZAPPI DC CALIOacute MF amp PIRANI JR 2006 Flora de Gratildeo-Mogol Minas Gerais Rubiaceae Bol Bot Univ Satildeo Paulo 2441-67

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2004 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v1 344p

DELPRETE PG amp SOUZA EB 2004 Psychotria carrascoana (Rubiaceae) a new species from the Carrasco Vegetation of Northeastern Brazil Novon 14158-162

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2005 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v2 p345-842

DELPRETE PG 2010 Rubiaceae In Flora do Estado de Goiaacutes e Tocantins (JA Rizzo org) PRPPGUFG IRD Goiacircnia v40 1610p

FORZZA RC COSTA A WALTER BMT PIRANI JR MORIM MP QUEIROZ LP MARTINELLI G PEIXOTO AL COELHO MAN BAUMGRATZ JFA STEHMANN JR LOHMANN LG amp HOPKINS M 2012 Angiospermas In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000032 (uacuteltimo acesso em 05112012)

JARDIM JG amp SOUZA EB 2006 Rubiaceae In Diversidade e Caracterizaccedilatildeo das Faneroacutegamas do Semiaacuterido Brasileiro (AM Giulietti AA Conceiccedilatildeo amp LP Queiroz orgs) Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife p203-209

JARDIM JG 2012 Leptoscela In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB020761 (uacuteltimo acesso em 06112012)

JUNG-MENDACcedilOLLI SL 2007 Rubiaceae In Flora Fanerocircgama do Estado de Satildeo Paulo (MGL Wanderley GJ Shepherd TS Melhem amp AM Giulietti coords) FAPESBRIMA Satildeo Paulo v5 p259-447

GOVAERTS R ANDERSSON L ROBBRECHT E BRIDSON D DAVIS A SCHANZER I amp SONKE B 2011 [continuously uploaded] World Checklist of Rubiaceae Facilitated by the Royal Botanic Gardens httpappskeworgwcspqsearchdo (uacuteltimo acesso em 2422012)

HARRIS JG amp HARRIS MW 2001 Plant identification terminology An illustrated glossary 2 ed Spring Lake Publishing Spring Lake

LEAL IR SILVA JMC Da TABARELLI M amp LACHER TE 2005 Changing the Course of Biodiversity Conservation in the caatinga of Northeastern Brazil Conserv Biol 19(3)701-706 httpdxdoiorg101111j1523-1739200500703x

LEWIS WH amp OLIVER RL 1974 Revision of Richardia (Rubiaceae) Brittonia 26271-301 httpdxdoiorg1023072805730

MARGALHO LF ROCHA AES amp SECCO RS 2009 Rubiaceae Juss da restinga da APA de AlgodoalMaiandeua Maracanatilde Paraacute Brasil Bol Mus Para Emiacutelio Goeldi Cienc Nat 4(3)303-339

MORI SA SILVA LAM LISBOA GE amp CORADIN L 1989 Manual de Manejo do Herbaacuterio Fanerogacircmico Centro de Pesquisa do Cacau Ilheacuteus

PEEL MC FINLAYSON BL amp MCMAHON TA 2007 Updated world map of the Koumlppen-Geiger climate classification Hydrol Earth Syst Sc 111633-1644 httpdxdoiorg105194hess-11-1633-2007

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2004 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelias Antirheoideae Cinchonoideae e Ixoroideae Acta Bot Bras 18(2)305-318 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000200010

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2006 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelia Rubioideae Acta Bot Bras 20(2)455-470 httpdxdoiorg101590S0102-33062006000200021

PRADO AL 1987 Revisatildeo taxonocircmica do gecircnero Tocoyena Aubl (Rubiaceae) no Brasil Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Estadual de Campinas Satildeo Paulo

RADFORD AE DICKISON WC MASSEY JR amp BELL R 1974 Vascular Plant Systematics Harper amp Row publishers New York

ROBBRECHT E 1988 Tropical woody Rubiaceae Characteristic features and progressions Contributions to a new subfamilial classification Opera Bot Belg 11-271

SOUZA EB amp SALES MF 2004 O gecircnero Staelia Cham amp Schtdl (Rubiaceae-Spermacoceae) no Estado de Pernambuco Brasil Acta Bot Bras 18(4)921-928 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000400023

SOUZA EB CABRAL EL amp ZAPPI DC 2010 Revisatildeo de Mitracarpus (Rubiaceae - Spermacoceae) para o Brasil Rodrigueacutesia 61(2)319-352

SZABO AV ROCHA ACS TOSATO JAC amp BARROSO W 2007 Aacuterea de proteccedilatildeo ambiental (APA) Serra Branca Raso da Catarina In As caatingas debates sobre a Ecorregiatildeo do Raso da Catarina (J Marques org) Fonte Viva Paulo Afonso p21-40

TAYLOR CM 2005 Margaritopsis (Rubiaceae Psychotrieae) in the Neotropics Syst Geogr Pl 75(2)161-177

THIERS B 2011 [continuously updated] Index Herbariorum a global directory of public herbaria and associated staff New York Botanical Gardenrsquos Virtual Herbarium httpsweetgumnybgorgih (uacuteltimo acesso em 28102011)

VELLOSO AL SAMPAIO EVSB GIULIETTI AM BARBOSA MRV CASTRO AAJF QUEIROZ LP FERNANDES A OREN DC CESTARO LA CASTRO AJE PAREYN FGC SILVA FBR MIRANDA EE KEEL S amp GONDIM RS 2002 Ecorregiotildees Propostas para o Bioma caatinga TNC-Brasil Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife

ZAPPI DC amp STANNARD BL 1995 Rubiaceae In Flora of the Pico das Almas Chapada Diamantina Bahia Brazil (BL Stannard ed) Royal Botanic GardensUSPCEPLAC Kew p546-578

ZAPPI DC amp NUNES TS 2002 Preliminary list of the Rubiaceae in Nortehastern Brazil Royal Botanic Gardens Kew

Recebido em 09072012 Versatildeo reformulada recebida em 15112012

Publicado em 03042013

Page 18: Biota Neotrop., vol. 13, no. 2 - redalyc.org · Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico

121

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

glabra sementes 06-08 times 04-06 mm oblongoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Faz Serra Branca 9deg53rsquo471rdquo S 38deg39rsquo131rdquo O 196 m 21V2008 fl e fr MVV Romatildeo 239 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg55rsquo482rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 22 (HUNEB) 9deg56rsquo807rdquo S 38deg27rsquo330rdquo O 24II2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 37 (HUNEB) 9deg55rsquo776rdquo S 38deg29rsquo40rdquo O 652m 8IV2011 fl e fr RR Varjatildeo 69 (HUNEB) 9deg32rsquo934rdquo S 38deg32rsquo234rdquo O 657 m 5V2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 74

(HUNEB) 9deg53rsquo18rdquo S 38deg32rsquo3905rdquo O 650 m 16VI2011 fl e fr RR Varjatildeo 117 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Ribeira do Pombal 19V1981 fl P Geraldo13181 (CEPEC) Rodelas dunas cabeccedila de boi 24II1988 fl e fr RP Orlandi 828 (HRB)

Distribuiccedilatildeo A espeacutecie apresenta distribuiccedilatildeo exclusiva no Brasil Ocorre na regiatildeo Centro-Oeste em Goiaacutes e Tocantins e no Nordeste em Alagoas Bahia Pernambuco e Piauiacute (Souza amp Sales 2004)

Figura 8 a-d) Staelia galioides a) ramo floriacutefero b) estiacutepula c) flor d) fruto e-h) Staelia virgata e) ramo floriacutefero f) estiacutepula g) flor h) fruto i-l) Tocoyena formosa i) ramo floriacutefero j) estiacutepula k) flor l) fruto (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)Figure 8 a-d) Staelia galioides a) flowering branch b) stipule c) flower d) fruit e-h) Staelia virgata e flowering branch f) stipule g) flower h) fruit i-l) Tocoyena formosa i) flowering branch j) stipule k) flower l) fruit (a-d) RR Varjatildeo 147 e-h) RR Varjatildeo140 i-k) RR Varjatildeo 27 l) AS Conceiccedilatildeo 1707)

a

b c

d

e

f

g

h

i

j

k

l

122

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Na APASB a espeacutecie eacute amplamente distribuiacuteda apresentando nuacutemero elevado de indiviacuteduos Eacute encontrada em aacutereas abertas bordas de estradas e no interior da vegetaccedilatildeo subarbustiva em solos arenosos Pode ser reconhecida por apresentar estiacutepulas com 3 setas limbo linear-lanceolado lobos do caacutelice 1-16 mm compr diferenciando-se de S aurea que possui estiacutepulas com 4-5 setas limbo lanceolado e lobos do caacutelice 2-26 mm compr Floresce e frutifica na aacuterea de janeiro a junho

20 Staelia virgata (Link ex Roem amp Schult) KSchum Fl Bras 6(6) 76 1889 Figuras 8e-h

Spermacoce virgata Link ex Roem amp Schult Syst Veget 3 281 531 1818

Erva ereta ca 60 cm alt monoica Caule tetragonal glabro a glabrescente entrenoacutes 10-33 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2times ca 18 mm pubeacuterula no aacutepice 5-7 setas 12-25 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 13-30 times 1-3 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente em ambas as faces 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-4 por ramo floriacutefero multifloros 2-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 25-3 times 1-15 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 25-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo ca 5 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 25-3 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 2-3 mm compr anteras 08-12 mm compr alvas estigma biacutefido estilete ca 8 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 08-1 mm obovoide verde hirsuto sementes 06-1 times ca 04 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai da ESEC-Raso da Catarina agrave APA Serra Branca 9deg52rsquo78rdquo S 38deg31rsquo65rdquo O 624 m 27VII2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 140 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos estrada para a estaccedilatildeo bioloacutegica 26VI2002 fl LP Queiroz et al 7197 (HUEFS) Gloacuteria Serrota 2IX2006 fl S Leal 39 (HUEFS) Paulo Afonso BR-110 Norte 23VIII2005 fl DS Carneiro-Torres et al 483 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Ocorre em todo o Brasil parte dos territoacuterios do Peru Boliacutevia Paraguai ateacute o norte da Argentina No Brasil sua distribuiccedilatildeo vai desde o Amazonas Bahia Cearaacute Maranhatildeo Paraacute Paraiacuteba Pernambuco Piauiacute ateacute os estados da regiatildeo Sul (Souza amp Sales 2004)

Considerada por Souza amp Sales (2004) a espeacutecie mais amplamente distribuiacuteda entre as estudadas em seu trabalho S virgata foi encontrada na APASB apenas no periacuteodo chuvoso em vegetaccedilatildeo subarbustiva Pode ser confundida com as outras espeacutecies de Staelia ocorrentes na aacuterea diferenciando-se pelo conjunto de caracteriacutesticas caule glabro a glabrescente estiacutepula com 5-7 setas tubo da corola ca 5 mm compr e 2-4 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Encontrada na aacuterea com flores e frutos em julho

21 Tocoyena formosa (Cham amp Schltdl) KSchum Fl Bras 6 347 1889 Figuras 8i-l

Gardenia formosa Cham amp Schltdl Linnaea 4 200 1829Arbusto 13-17 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro

pubeacuterulo no aacutepice entrenoacutes 4-22 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 4-7 times 6 -8 mm glabras internamente pubeacuterulas e com coleacuteteres Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas a subcoriaacuteceas peciacuteolos 5-17 mm compr pubeacuterulos limbo

75-150 times 45-80 mm oval a eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial pubescente abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em dicaacutesios congestos terminais 4-7-floro peduacutenculo 2-7 mm compr pubeacuterulo braacutecteas e bracteacuteolas natildeo visualizadas Bototildees florais ovais 25-100 times 6-9 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas subseacutesseis caacutelice 5 lobos denteados 08-1 mm compr triangulares tomentosos tubo 1-2 mm compr tomentoso corola amarela hipocrateriforme tubo 75-95 mm compr externamente tomentoso internamente glabro 5-mera lobos 12-27 mm compr obovados externamente tomentosos internamente glabros estames exsertos seacutesseis anteras 7-10 mm compr marrons estigma biacutefido estilete 84-98 mm compr Fruto baga 25-35 times 18-30 mm globosa negra quando madura pubeacuterula sementes 5-6 times 45-7 mm orbiculares planas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 17I2006 fr GC Sessegolo 158 (MBM) 9deg57rsquo044rdquo S 38deg42rsquo289rdquo O 313 m 13III2008 fr AS Conceiccedilatildeo 1268 (HUNEB) Baixa grande 9deg58rsquo370rdquo S 38deg27rsquo086rdquo O 561 m 19III2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1560 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fr AS Conceiccedilatildeo 1707 (HUNEB) 9deg55rsquo48rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot RR Varjatildeo 24 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 27 (HUNEB) 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 bot e fr RR Varjatildeo 65 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 16II2003 fl FHM Silva et al322 (HUEFS) Tucano Estrada para Ribeira do Pombal 21III1992 fl AM Carvalho et al 3894 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Esta espeacutecie tem ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica do Sul encontrada no Suriname Brasil e Paraguai ocorrendo em todas as regiotildees brasileiras (Prado 1987)

Na APASB os indiviacuteduos encontram-se distribuiacutedos nas bordas e interior da vegetaccedilatildeo de porte arbustivo-arboacutereo e solos arenosos T formosa pode ser reconhecida na aacuterea pelo haacutebito arbustivo de flores vistosas tubo da corola 75-95 mm compr amarela e baga com 25-35 times 18-30 mm negra quando madura Floresce na aacuterea de janeiro a maio e frutifica em janeiro maio e junho

Agradecimentos

Agrave Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) pelo apoio financeiro ao projeto (PET 00232007) Agrave CAPES pela concessatildeo da bolsa de mestrado a primeira autora Aos curadores e teacutecnicos dos Herbaacuterios visitados e ao Natanael Santos pelas ilustraccedilotildees botacircnicas Aos dois revisores anocircnimos pelas significativas contribuiccedilotildees ao manuscrito

Referecircncias BibliograacuteficasBARBOSA MRV amp ZAPPI D 2002 Distribuiccedilatildeo das espeacutecies de

Rubiaceae na caatinga In Vegetaccedilatildeo e Flora da caatinga (EVSB Sampaio AM Giulietti JE Virginio CFL Gamarra-Rojas eds) APNECNIP Recife p155-157

BARBOSA MRV SOUSA EB amp JARDIM JG 2006 Rubiaceae In Checklist das Plantas do Nordeste Brasileiro Angiospermas e Gymnosperma (MRV Barbosa C Sothers S Mayo CFL Gamarra-Rojas amp CA Mesquita eds) Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia Brasiacutelia p135-140

BARBOSA MR ZAPPI D TAYLOR C CABRAL E JARDIM JG PEREIRA MS CALIOacute MF PESSOA MCR SALAS R SOUZA EB DI MAIO FR MACIAS L ANUNCIACcedilAtildeO EA DA GERMANO FILHO P amp OLIVEIRA JA 2012 Rubiaceae In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000210 (uacuteltimo acesso em 06112012)

123

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

BARBOSA MR 2012 Guettarda In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB014052 (uacuteltimo acesso em 06112012)

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente - MMA 2007 Aacutereas prioritaacuterias para conservaccedilatildeo uso sustentaacutevel e reparticcedilatildeo dos benefiacutecios da biodiversidade brasileira Secretaria de Biodiversidade e Florestas Brasiacutelia Mapa versatildeo 22 set2007

BRUMMITT RK amp POWELL CE 1992 Authors of plant names Royal Botanic Gardens Kew London

CABRAL EL amp BACIGALUPO NM 2005 Novelties in Spermacoceae (Rubiaceae) from Bolivia and Paraguay Brittonia 57(2)129-140 httpdxdoiorg1016630007-196X(2005)057[0129NISRFB]20CO2

CABRAL EL amp FADER AAC 2010 Nuevas combinaciones y nuevos sinocircnimos en especies de Brasil de Diodia s lat (Spermacoceae - Rubiaceae) Rodrigueacutesia 61(1)119-121

CABRAL EL MIGUEL LM amp SALAS RM 2011 Dos especies nuevas de Borreria (Rubiaceae) sinopsis y clave de las especies para Bahia Brasil Acta Bot Bras 25(2)255-276 httpdxdoiorg101590S0102-33062011000200002

CABRAL E amp SALAS R 2012 Diodella In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB038741 (uacuteltimo acesso em 06112012)

CAMPOS MTVA ZAPPI DC CALIOacute MF amp PIRANI JR 2006 Flora de Gratildeo-Mogol Minas Gerais Rubiaceae Bol Bot Univ Satildeo Paulo 2441-67

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2004 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v1 344p

DELPRETE PG amp SOUZA EB 2004 Psychotria carrascoana (Rubiaceae) a new species from the Carrasco Vegetation of Northeastern Brazil Novon 14158-162

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2005 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v2 p345-842

DELPRETE PG 2010 Rubiaceae In Flora do Estado de Goiaacutes e Tocantins (JA Rizzo org) PRPPGUFG IRD Goiacircnia v40 1610p

FORZZA RC COSTA A WALTER BMT PIRANI JR MORIM MP QUEIROZ LP MARTINELLI G PEIXOTO AL COELHO MAN BAUMGRATZ JFA STEHMANN JR LOHMANN LG amp HOPKINS M 2012 Angiospermas In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000032 (uacuteltimo acesso em 05112012)

JARDIM JG amp SOUZA EB 2006 Rubiaceae In Diversidade e Caracterizaccedilatildeo das Faneroacutegamas do Semiaacuterido Brasileiro (AM Giulietti AA Conceiccedilatildeo amp LP Queiroz orgs) Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife p203-209

JARDIM JG 2012 Leptoscela In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB020761 (uacuteltimo acesso em 06112012)

JUNG-MENDACcedilOLLI SL 2007 Rubiaceae In Flora Fanerocircgama do Estado de Satildeo Paulo (MGL Wanderley GJ Shepherd TS Melhem amp AM Giulietti coords) FAPESBRIMA Satildeo Paulo v5 p259-447

GOVAERTS R ANDERSSON L ROBBRECHT E BRIDSON D DAVIS A SCHANZER I amp SONKE B 2011 [continuously uploaded] World Checklist of Rubiaceae Facilitated by the Royal Botanic Gardens httpappskeworgwcspqsearchdo (uacuteltimo acesso em 2422012)

HARRIS JG amp HARRIS MW 2001 Plant identification terminology An illustrated glossary 2 ed Spring Lake Publishing Spring Lake

LEAL IR SILVA JMC Da TABARELLI M amp LACHER TE 2005 Changing the Course of Biodiversity Conservation in the caatinga of Northeastern Brazil Conserv Biol 19(3)701-706 httpdxdoiorg101111j1523-1739200500703x

LEWIS WH amp OLIVER RL 1974 Revision of Richardia (Rubiaceae) Brittonia 26271-301 httpdxdoiorg1023072805730

MARGALHO LF ROCHA AES amp SECCO RS 2009 Rubiaceae Juss da restinga da APA de AlgodoalMaiandeua Maracanatilde Paraacute Brasil Bol Mus Para Emiacutelio Goeldi Cienc Nat 4(3)303-339

MORI SA SILVA LAM LISBOA GE amp CORADIN L 1989 Manual de Manejo do Herbaacuterio Fanerogacircmico Centro de Pesquisa do Cacau Ilheacuteus

PEEL MC FINLAYSON BL amp MCMAHON TA 2007 Updated world map of the Koumlppen-Geiger climate classification Hydrol Earth Syst Sc 111633-1644 httpdxdoiorg105194hess-11-1633-2007

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2004 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelias Antirheoideae Cinchonoideae e Ixoroideae Acta Bot Bras 18(2)305-318 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000200010

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2006 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelia Rubioideae Acta Bot Bras 20(2)455-470 httpdxdoiorg101590S0102-33062006000200021

PRADO AL 1987 Revisatildeo taxonocircmica do gecircnero Tocoyena Aubl (Rubiaceae) no Brasil Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Estadual de Campinas Satildeo Paulo

RADFORD AE DICKISON WC MASSEY JR amp BELL R 1974 Vascular Plant Systematics Harper amp Row publishers New York

ROBBRECHT E 1988 Tropical woody Rubiaceae Characteristic features and progressions Contributions to a new subfamilial classification Opera Bot Belg 11-271

SOUZA EB amp SALES MF 2004 O gecircnero Staelia Cham amp Schtdl (Rubiaceae-Spermacoceae) no Estado de Pernambuco Brasil Acta Bot Bras 18(4)921-928 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000400023

SOUZA EB CABRAL EL amp ZAPPI DC 2010 Revisatildeo de Mitracarpus (Rubiaceae - Spermacoceae) para o Brasil Rodrigueacutesia 61(2)319-352

SZABO AV ROCHA ACS TOSATO JAC amp BARROSO W 2007 Aacuterea de proteccedilatildeo ambiental (APA) Serra Branca Raso da Catarina In As caatingas debates sobre a Ecorregiatildeo do Raso da Catarina (J Marques org) Fonte Viva Paulo Afonso p21-40

TAYLOR CM 2005 Margaritopsis (Rubiaceae Psychotrieae) in the Neotropics Syst Geogr Pl 75(2)161-177

THIERS B 2011 [continuously updated] Index Herbariorum a global directory of public herbaria and associated staff New York Botanical Gardenrsquos Virtual Herbarium httpsweetgumnybgorgih (uacuteltimo acesso em 28102011)

VELLOSO AL SAMPAIO EVSB GIULIETTI AM BARBOSA MRV CASTRO AAJF QUEIROZ LP FERNANDES A OREN DC CESTARO LA CASTRO AJE PAREYN FGC SILVA FBR MIRANDA EE KEEL S amp GONDIM RS 2002 Ecorregiotildees Propostas para o Bioma caatinga TNC-Brasil Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife

ZAPPI DC amp STANNARD BL 1995 Rubiaceae In Flora of the Pico das Almas Chapada Diamantina Bahia Brazil (BL Stannard ed) Royal Botanic GardensUSPCEPLAC Kew p546-578

ZAPPI DC amp NUNES TS 2002 Preliminary list of the Rubiaceae in Nortehastern Brazil Royal Botanic Gardens Kew

Recebido em 09072012 Versatildeo reformulada recebida em 15112012

Publicado em 03042013

Page 19: Biota Neotrop., vol. 13, no. 2 - redalyc.org · Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico

122

Varjatildeo RR et al

httpwwwbiotaneotropicaorgbr httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013

Biota Neotrop vol 13 no 2

Na APASB a espeacutecie eacute amplamente distribuiacuteda apresentando nuacutemero elevado de indiviacuteduos Eacute encontrada em aacutereas abertas bordas de estradas e no interior da vegetaccedilatildeo subarbustiva em solos arenosos Pode ser reconhecida por apresentar estiacutepulas com 3 setas limbo linear-lanceolado lobos do caacutelice 1-16 mm compr diferenciando-se de S aurea que possui estiacutepulas com 4-5 setas limbo lanceolado e lobos do caacutelice 2-26 mm compr Floresce e frutifica na aacuterea de janeiro a junho

20 Staelia virgata (Link ex Roem amp Schult) KSchum Fl Bras 6(6) 76 1889 Figuras 8e-h

Spermacoce virgata Link ex Roem amp Schult Syst Veget 3 281 531 1818

Erva ereta ca 60 cm alt monoica Caule tetragonal glabro a glabrescente entrenoacutes 10-33 mm compr Estiacutepulas persistentes fimbriadas bainha 1-2times ca 18 mm pubeacuterula no aacutepice 5-7 setas 12-25 mm compr glabras Folhas opostas cruzadas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos nas axilas das folhas cartaacuteceas seacutesseis limbo 13-30 times 1-3 mm lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem inteira glabro em ambas as faces venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervura principal proeminente em ambas as faces 2 pares Inflorescecircncia em glomeacuterulos terminais e axilares 2-4 por ramo floriacutefero multifloros 2-3 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas ausentes Bototildees florais oblongos 25-3 times 1-15 mm aacutepice arredondado prefloraccedilatildeo valvar Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 25-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo ca 5 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na porccedilatildeo inferior do tubo 4-mera lobos 25-3 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames inclusos porccedilatildeo livre dos filetes 2-3 mm compr anteras 08-12 mm compr alvas estigma biacutefido estilete ca 8 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia transverso-obliacutequa 16-18 times 08-1 mm obovoide verde hirsuto sementes 06-1 times ca 04 mm oblongoides castanhas sulco longitudinal na face ventral

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca Estrada que vai da ESEC-Raso da Catarina agrave APA Serra Branca 9deg52rsquo78rdquo S 38deg31rsquo65rdquo O 624 m 27VII2011 bot fl e fr RR Varjatildeo 140 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos estrada para a estaccedilatildeo bioloacutegica 26VI2002 fl LP Queiroz et al 7197 (HUEFS) Gloacuteria Serrota 2IX2006 fl S Leal 39 (HUEFS) Paulo Afonso BR-110 Norte 23VIII2005 fl DS Carneiro-Torres et al 483 (HUEFS)

Distribuiccedilatildeo Ocorre em todo o Brasil parte dos territoacuterios do Peru Boliacutevia Paraguai ateacute o norte da Argentina No Brasil sua distribuiccedilatildeo vai desde o Amazonas Bahia Cearaacute Maranhatildeo Paraacute Paraiacuteba Pernambuco Piauiacute ateacute os estados da regiatildeo Sul (Souza amp Sales 2004)

Considerada por Souza amp Sales (2004) a espeacutecie mais amplamente distribuiacuteda entre as estudadas em seu trabalho S virgata foi encontrada na APASB apenas no periacuteodo chuvoso em vegetaccedilatildeo subarbustiva Pode ser confundida com as outras espeacutecies de Staelia ocorrentes na aacuterea diferenciando-se pelo conjunto de caracteriacutesticas caule glabro a glabrescente estiacutepula com 5-7 setas tubo da corola ca 5 mm compr e 2-4 glomeacuterulos por ramo floriacutefero Encontrada na aacuterea com flores e frutos em julho

21 Tocoyena formosa (Cham amp Schltdl) KSchum Fl Bras 6 347 1889 Figuras 8i-l

Gardenia formosa Cham amp Schltdl Linnaea 4 200 1829Arbusto 13-17 m alt monoico Caule ciliacutendrico glabro

pubeacuterulo no aacutepice entrenoacutes 4-22 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras triangulares aacutepice agudo 4-7 times 6 -8 mm glabras internamente pubeacuterulas e com coleacuteteres Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas a subcoriaacuteceas peciacuteolos 5-17 mm compr pubeacuterulos limbo

75-150 times 45-80 mm oval a eliacuteptico base cuneada aacutepice agudo margem inteira face adaxial pubescente abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 9-12 pares Inflorescecircncia em dicaacutesios congestos terminais 4-7-floro peduacutenculo 2-7 mm compr pubeacuterulo braacutecteas e bracteacuteolas natildeo visualizadas Bototildees florais ovais 25-100 times 6-9 mm aacutepice agudo prefloraccedilatildeo imbricada Flores monoclinas homostiacutelicas subseacutesseis caacutelice 5 lobos denteados 08-1 mm compr triangulares tomentosos tubo 1-2 mm compr tomentoso corola amarela hipocrateriforme tubo 75-95 mm compr externamente tomentoso internamente glabro 5-mera lobos 12-27 mm compr obovados externamente tomentosos internamente glabros estames exsertos seacutesseis anteras 7-10 mm compr marrons estigma biacutefido estilete 84-98 mm compr Fruto baga 25-35 times 18-30 mm globosa negra quando madura pubeacuterula sementes 5-6 times 45-7 mm orbiculares planas exotesta lisa

Material examinado BRASIL BAHIA APA Serra Branca 17I2006 fr GC Sessegolo 158 (MBM) 9deg57rsquo044rdquo S 38deg42rsquo289rdquo O 313 m 13III2008 fr AS Conceiccedilatildeo 1268 (HUNEB) Baixa grande 9deg58rsquo370rdquo S 38deg27rsquo086rdquo O 561 m 19III2009 fl AS Conceiccedilatildeo 1560 (HUNEB) Estrada que vai aos Queleacutes 9deg56rsquo436rdquo S 38deg27rsquo445rdquo O 616 m 18VI2009 fr AS Conceiccedilatildeo 1707 (HUNEB) 9deg55rsquo48rdquo S 38deg29rsquo36rdquo O 645 m 27I2011 bot RR Varjatildeo 24 (HUNEB) 9deg56rsquo566rdquo S 38deg27rsquo40rdquo O 586 m 27I2011 fl RR Varjatildeo 27 (HUNEB) 9deg55rsquo675rdquo S 38deg29rsquo114rdquo O 649 m 8IV2011 bot e fr RR Varjatildeo 65 (HUNEB)

Material adicional BRASIL BAHIA Canudos Estaccedilatildeo Bioloacutegica de Canudos 16II2003 fl FHM Silva et al322 (HUEFS) Tucano Estrada para Ribeira do Pombal 21III1992 fl AM Carvalho et al 3894 (CEPEC)

Distribuiccedilatildeo Esta espeacutecie tem ampla distribuiccedilatildeo na Ameacuterica do Sul encontrada no Suriname Brasil e Paraguai ocorrendo em todas as regiotildees brasileiras (Prado 1987)

Na APASB os indiviacuteduos encontram-se distribuiacutedos nas bordas e interior da vegetaccedilatildeo de porte arbustivo-arboacutereo e solos arenosos T formosa pode ser reconhecida na aacuterea pelo haacutebito arbustivo de flores vistosas tubo da corola 75-95 mm compr amarela e baga com 25-35 times 18-30 mm negra quando madura Floresce na aacuterea de janeiro a maio e frutifica em janeiro maio e junho

Agradecimentos

Agrave Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) pelo apoio financeiro ao projeto (PET 00232007) Agrave CAPES pela concessatildeo da bolsa de mestrado a primeira autora Aos curadores e teacutecnicos dos Herbaacuterios visitados e ao Natanael Santos pelas ilustraccedilotildees botacircnicas Aos dois revisores anocircnimos pelas significativas contribuiccedilotildees ao manuscrito

Referecircncias BibliograacuteficasBARBOSA MRV amp ZAPPI D 2002 Distribuiccedilatildeo das espeacutecies de

Rubiaceae na caatinga In Vegetaccedilatildeo e Flora da caatinga (EVSB Sampaio AM Giulietti JE Virginio CFL Gamarra-Rojas eds) APNECNIP Recife p155-157

BARBOSA MRV SOUSA EB amp JARDIM JG 2006 Rubiaceae In Checklist das Plantas do Nordeste Brasileiro Angiospermas e Gymnosperma (MRV Barbosa C Sothers S Mayo CFL Gamarra-Rojas amp CA Mesquita eds) Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia Brasiacutelia p135-140

BARBOSA MR ZAPPI D TAYLOR C CABRAL E JARDIM JG PEREIRA MS CALIOacute MF PESSOA MCR SALAS R SOUZA EB DI MAIO FR MACIAS L ANUNCIACcedilAtildeO EA DA GERMANO FILHO P amp OLIVEIRA JA 2012 Rubiaceae In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000210 (uacuteltimo acesso em 06112012)

123

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

BARBOSA MR 2012 Guettarda In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB014052 (uacuteltimo acesso em 06112012)

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente - MMA 2007 Aacutereas prioritaacuterias para conservaccedilatildeo uso sustentaacutevel e reparticcedilatildeo dos benefiacutecios da biodiversidade brasileira Secretaria de Biodiversidade e Florestas Brasiacutelia Mapa versatildeo 22 set2007

BRUMMITT RK amp POWELL CE 1992 Authors of plant names Royal Botanic Gardens Kew London

CABRAL EL amp BACIGALUPO NM 2005 Novelties in Spermacoceae (Rubiaceae) from Bolivia and Paraguay Brittonia 57(2)129-140 httpdxdoiorg1016630007-196X(2005)057[0129NISRFB]20CO2

CABRAL EL amp FADER AAC 2010 Nuevas combinaciones y nuevos sinocircnimos en especies de Brasil de Diodia s lat (Spermacoceae - Rubiaceae) Rodrigueacutesia 61(1)119-121

CABRAL EL MIGUEL LM amp SALAS RM 2011 Dos especies nuevas de Borreria (Rubiaceae) sinopsis y clave de las especies para Bahia Brasil Acta Bot Bras 25(2)255-276 httpdxdoiorg101590S0102-33062011000200002

CABRAL E amp SALAS R 2012 Diodella In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB038741 (uacuteltimo acesso em 06112012)

CAMPOS MTVA ZAPPI DC CALIOacute MF amp PIRANI JR 2006 Flora de Gratildeo-Mogol Minas Gerais Rubiaceae Bol Bot Univ Satildeo Paulo 2441-67

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2004 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v1 344p

DELPRETE PG amp SOUZA EB 2004 Psychotria carrascoana (Rubiaceae) a new species from the Carrasco Vegetation of Northeastern Brazil Novon 14158-162

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2005 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v2 p345-842

DELPRETE PG 2010 Rubiaceae In Flora do Estado de Goiaacutes e Tocantins (JA Rizzo org) PRPPGUFG IRD Goiacircnia v40 1610p

FORZZA RC COSTA A WALTER BMT PIRANI JR MORIM MP QUEIROZ LP MARTINELLI G PEIXOTO AL COELHO MAN BAUMGRATZ JFA STEHMANN JR LOHMANN LG amp HOPKINS M 2012 Angiospermas In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000032 (uacuteltimo acesso em 05112012)

JARDIM JG amp SOUZA EB 2006 Rubiaceae In Diversidade e Caracterizaccedilatildeo das Faneroacutegamas do Semiaacuterido Brasileiro (AM Giulietti AA Conceiccedilatildeo amp LP Queiroz orgs) Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife p203-209

JARDIM JG 2012 Leptoscela In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB020761 (uacuteltimo acesso em 06112012)

JUNG-MENDACcedilOLLI SL 2007 Rubiaceae In Flora Fanerocircgama do Estado de Satildeo Paulo (MGL Wanderley GJ Shepherd TS Melhem amp AM Giulietti coords) FAPESBRIMA Satildeo Paulo v5 p259-447

GOVAERTS R ANDERSSON L ROBBRECHT E BRIDSON D DAVIS A SCHANZER I amp SONKE B 2011 [continuously uploaded] World Checklist of Rubiaceae Facilitated by the Royal Botanic Gardens httpappskeworgwcspqsearchdo (uacuteltimo acesso em 2422012)

HARRIS JG amp HARRIS MW 2001 Plant identification terminology An illustrated glossary 2 ed Spring Lake Publishing Spring Lake

LEAL IR SILVA JMC Da TABARELLI M amp LACHER TE 2005 Changing the Course of Biodiversity Conservation in the caatinga of Northeastern Brazil Conserv Biol 19(3)701-706 httpdxdoiorg101111j1523-1739200500703x

LEWIS WH amp OLIVER RL 1974 Revision of Richardia (Rubiaceae) Brittonia 26271-301 httpdxdoiorg1023072805730

MARGALHO LF ROCHA AES amp SECCO RS 2009 Rubiaceae Juss da restinga da APA de AlgodoalMaiandeua Maracanatilde Paraacute Brasil Bol Mus Para Emiacutelio Goeldi Cienc Nat 4(3)303-339

MORI SA SILVA LAM LISBOA GE amp CORADIN L 1989 Manual de Manejo do Herbaacuterio Fanerogacircmico Centro de Pesquisa do Cacau Ilheacuteus

PEEL MC FINLAYSON BL amp MCMAHON TA 2007 Updated world map of the Koumlppen-Geiger climate classification Hydrol Earth Syst Sc 111633-1644 httpdxdoiorg105194hess-11-1633-2007

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2004 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelias Antirheoideae Cinchonoideae e Ixoroideae Acta Bot Bras 18(2)305-318 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000200010

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2006 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelia Rubioideae Acta Bot Bras 20(2)455-470 httpdxdoiorg101590S0102-33062006000200021

PRADO AL 1987 Revisatildeo taxonocircmica do gecircnero Tocoyena Aubl (Rubiaceae) no Brasil Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Estadual de Campinas Satildeo Paulo

RADFORD AE DICKISON WC MASSEY JR amp BELL R 1974 Vascular Plant Systematics Harper amp Row publishers New York

ROBBRECHT E 1988 Tropical woody Rubiaceae Characteristic features and progressions Contributions to a new subfamilial classification Opera Bot Belg 11-271

SOUZA EB amp SALES MF 2004 O gecircnero Staelia Cham amp Schtdl (Rubiaceae-Spermacoceae) no Estado de Pernambuco Brasil Acta Bot Bras 18(4)921-928 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000400023

SOUZA EB CABRAL EL amp ZAPPI DC 2010 Revisatildeo de Mitracarpus (Rubiaceae - Spermacoceae) para o Brasil Rodrigueacutesia 61(2)319-352

SZABO AV ROCHA ACS TOSATO JAC amp BARROSO W 2007 Aacuterea de proteccedilatildeo ambiental (APA) Serra Branca Raso da Catarina In As caatingas debates sobre a Ecorregiatildeo do Raso da Catarina (J Marques org) Fonte Viva Paulo Afonso p21-40

TAYLOR CM 2005 Margaritopsis (Rubiaceae Psychotrieae) in the Neotropics Syst Geogr Pl 75(2)161-177

THIERS B 2011 [continuously updated] Index Herbariorum a global directory of public herbaria and associated staff New York Botanical Gardenrsquos Virtual Herbarium httpsweetgumnybgorgih (uacuteltimo acesso em 28102011)

VELLOSO AL SAMPAIO EVSB GIULIETTI AM BARBOSA MRV CASTRO AAJF QUEIROZ LP FERNANDES A OREN DC CESTARO LA CASTRO AJE PAREYN FGC SILVA FBR MIRANDA EE KEEL S amp GONDIM RS 2002 Ecorregiotildees Propostas para o Bioma caatinga TNC-Brasil Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife

ZAPPI DC amp STANNARD BL 1995 Rubiaceae In Flora of the Pico das Almas Chapada Diamantina Bahia Brazil (BL Stannard ed) Royal Botanic GardensUSPCEPLAC Kew p546-578

ZAPPI DC amp NUNES TS 2002 Preliminary list of the Rubiaceae in Nortehastern Brazil Royal Botanic Gardens Kew

Recebido em 09072012 Versatildeo reformulada recebida em 15112012

Publicado em 03042013

Page 20: Biota Neotrop., vol. 13, no. 2 - redalyc.org · Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico

123

Rubiaceae de caatinga na APA Serra Branca Bahia

httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n2ptabstractinventory+bn00313022013 httpwwwbiotaneotropicaorgbr

Biota Neotrop vol 13 no 2

BARBOSA MR 2012 Guettarda In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB014052 (uacuteltimo acesso em 06112012)

BRASIL Ministeacuterio do Meio Ambiente - MMA 2007 Aacutereas prioritaacuterias para conservaccedilatildeo uso sustentaacutevel e reparticcedilatildeo dos benefiacutecios da biodiversidade brasileira Secretaria de Biodiversidade e Florestas Brasiacutelia Mapa versatildeo 22 set2007

BRUMMITT RK amp POWELL CE 1992 Authors of plant names Royal Botanic Gardens Kew London

CABRAL EL amp BACIGALUPO NM 2005 Novelties in Spermacoceae (Rubiaceae) from Bolivia and Paraguay Brittonia 57(2)129-140 httpdxdoiorg1016630007-196X(2005)057[0129NISRFB]20CO2

CABRAL EL amp FADER AAC 2010 Nuevas combinaciones y nuevos sinocircnimos en especies de Brasil de Diodia s lat (Spermacoceae - Rubiaceae) Rodrigueacutesia 61(1)119-121

CABRAL EL MIGUEL LM amp SALAS RM 2011 Dos especies nuevas de Borreria (Rubiaceae) sinopsis y clave de las especies para Bahia Brasil Acta Bot Bras 25(2)255-276 httpdxdoiorg101590S0102-33062011000200002

CABRAL E amp SALAS R 2012 Diodella In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB038741 (uacuteltimo acesso em 06112012)

CAMPOS MTVA ZAPPI DC CALIOacute MF amp PIRANI JR 2006 Flora de Gratildeo-Mogol Minas Gerais Rubiaceae Bol Bot Univ Satildeo Paulo 2441-67

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2004 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v1 344p

DELPRETE PG amp SOUZA EB 2004 Psychotria carrascoana (Rubiaceae) a new species from the Carrasco Vegetation of Northeastern Brazil Novon 14158-162

DELPRETE PG SMITH LB amp KLEIN RM 2005 Rubiaacuteceas In Flora Ilustrada Catarinensis (A Reis ed) Herbaacuterio Barbosa Rodrigues Itajaiacute v2 p345-842

DELPRETE PG 2010 Rubiaceae In Flora do Estado de Goiaacutes e Tocantins (JA Rizzo org) PRPPGUFG IRD Goiacircnia v40 1610p

FORZZA RC COSTA A WALTER BMT PIRANI JR MORIM MP QUEIROZ LP MARTINELLI G PEIXOTO AL COELHO MAN BAUMGRATZ JFA STEHMANN JR LOHMANN LG amp HOPKINS M 2012 Angiospermas In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB000032 (uacuteltimo acesso em 05112012)

JARDIM JG amp SOUZA EB 2006 Rubiaceae In Diversidade e Caracterizaccedilatildeo das Faneroacutegamas do Semiaacuterido Brasileiro (AM Giulietti AA Conceiccedilatildeo amp LP Queiroz orgs) Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife p203-209

JARDIM JG 2012 Leptoscela In Lista de Espeacutecies da Flora do Brasil Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro httpfloradobrasiljbrjgovbr2012FB020761 (uacuteltimo acesso em 06112012)

JUNG-MENDACcedilOLLI SL 2007 Rubiaceae In Flora Fanerocircgama do Estado de Satildeo Paulo (MGL Wanderley GJ Shepherd TS Melhem amp AM Giulietti coords) FAPESBRIMA Satildeo Paulo v5 p259-447

GOVAERTS R ANDERSSON L ROBBRECHT E BRIDSON D DAVIS A SCHANZER I amp SONKE B 2011 [continuously uploaded] World Checklist of Rubiaceae Facilitated by the Royal Botanic Gardens httpappskeworgwcspqsearchdo (uacuteltimo acesso em 2422012)

HARRIS JG amp HARRIS MW 2001 Plant identification terminology An illustrated glossary 2 ed Spring Lake Publishing Spring Lake

LEAL IR SILVA JMC Da TABARELLI M amp LACHER TE 2005 Changing the Course of Biodiversity Conservation in the caatinga of Northeastern Brazil Conserv Biol 19(3)701-706 httpdxdoiorg101111j1523-1739200500703x

LEWIS WH amp OLIVER RL 1974 Revision of Richardia (Rubiaceae) Brittonia 26271-301 httpdxdoiorg1023072805730

MARGALHO LF ROCHA AES amp SECCO RS 2009 Rubiaceae Juss da restinga da APA de AlgodoalMaiandeua Maracanatilde Paraacute Brasil Bol Mus Para Emiacutelio Goeldi Cienc Nat 4(3)303-339

MORI SA SILVA LAM LISBOA GE amp CORADIN L 1989 Manual de Manejo do Herbaacuterio Fanerogacircmico Centro de Pesquisa do Cacau Ilheacuteus

PEEL MC FINLAYSON BL amp MCMAHON TA 2007 Updated world map of the Koumlppen-Geiger climate classification Hydrol Earth Syst Sc 111633-1644 httpdxdoiorg105194hess-11-1633-2007

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2004 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelias Antirheoideae Cinchonoideae e Ixoroideae Acta Bot Bras 18(2)305-318 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000200010

PEREIRA MS amp BARBOSA MRV 2006 A famiacutelia Rubiaceae na Reserva Bioloacutegica Guaribas Paraiacuteba Brasil Subfamiacutelia Rubioideae Acta Bot Bras 20(2)455-470 httpdxdoiorg101590S0102-33062006000200021

PRADO AL 1987 Revisatildeo taxonocircmica do gecircnero Tocoyena Aubl (Rubiaceae) no Brasil Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Estadual de Campinas Satildeo Paulo

RADFORD AE DICKISON WC MASSEY JR amp BELL R 1974 Vascular Plant Systematics Harper amp Row publishers New York

ROBBRECHT E 1988 Tropical woody Rubiaceae Characteristic features and progressions Contributions to a new subfamilial classification Opera Bot Belg 11-271

SOUZA EB amp SALES MF 2004 O gecircnero Staelia Cham amp Schtdl (Rubiaceae-Spermacoceae) no Estado de Pernambuco Brasil Acta Bot Bras 18(4)921-928 httpdxdoiorg101590S0102-33062004000400023

SOUZA EB CABRAL EL amp ZAPPI DC 2010 Revisatildeo de Mitracarpus (Rubiaceae - Spermacoceae) para o Brasil Rodrigueacutesia 61(2)319-352

SZABO AV ROCHA ACS TOSATO JAC amp BARROSO W 2007 Aacuterea de proteccedilatildeo ambiental (APA) Serra Branca Raso da Catarina In As caatingas debates sobre a Ecorregiatildeo do Raso da Catarina (J Marques org) Fonte Viva Paulo Afonso p21-40

TAYLOR CM 2005 Margaritopsis (Rubiaceae Psychotrieae) in the Neotropics Syst Geogr Pl 75(2)161-177

THIERS B 2011 [continuously updated] Index Herbariorum a global directory of public herbaria and associated staff New York Botanical Gardenrsquos Virtual Herbarium httpsweetgumnybgorgih (uacuteltimo acesso em 28102011)

VELLOSO AL SAMPAIO EVSB GIULIETTI AM BARBOSA MRV CASTRO AAJF QUEIROZ LP FERNANDES A OREN DC CESTARO LA CASTRO AJE PAREYN FGC SILVA FBR MIRANDA EE KEEL S amp GONDIM RS 2002 Ecorregiotildees Propostas para o Bioma caatinga TNC-Brasil Associaccedilatildeo Plantas do Nordeste Recife

ZAPPI DC amp STANNARD BL 1995 Rubiaceae In Flora of the Pico das Almas Chapada Diamantina Bahia Brazil (BL Stannard ed) Royal Botanic GardensUSPCEPLAC Kew p546-578

ZAPPI DC amp NUNES TS 2002 Preliminary list of the Rubiaceae in Nortehastern Brazil Royal Botanic Gardens Kew

Recebido em 09072012 Versatildeo reformulada recebida em 15112012

Publicado em 03042013