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Características Gerais dos Seres Vivos Organização Celular | Metabolismo | Ácidos Nucléicos | Reprodução | Evolução

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Desenvolvimento dos seres vivos

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Figura 01. Desenho representando uma célula eucariótica animal típica.

A microscopia eletrônica demonstrou que existem fundamentalmente duas classes de células: as procarióticas , cujo material genético não está separado do citoplasma por uma membrana e as eucarióticas, com um núcleo bem individualizado e delimitado pelo envoltório nuclear. Embora a complexidade nuclear seja utilizada para dar nome as duas classes de células, há outras diferenças importantes entre procariontes e eucariontes. Do ponto de vista evolutivo (ver origem das células no capítulo anterior), considera-se que os procariontes são ancestrais dos eucariontes. Os procariontes surgiram há cerca de 3 bilhões de anos ao passo que os eucariontes há 1 bilhão de anos. E apesar das diferenças entre as células eucarióticas e procarióticas, existem semelhanças importantes em sua organização molecular e em sua função. Por exemplo, veremos que todos os organismos vivos utilizam o mesmo código genético e uma maquinaria similar para a síntese de proteínas. As células procarióticas caracterizam-se pela probreza de membranas, que nelas quase se reduzem à membrana plasmática. Os seres vivos que têm células procarióticas compreendem as bactérias e as cianofíceas ou algas azuis.

Figura 02. Eletromicrografia de uma Célula Eucariótica (Notar Núcleo, Mitocôndrias, Lisossomos, Complexo de Golgi)

As células eucarióticas, por definição e em contraste com as células procarióticas, possuem um núcleo (caryon, em Grego) que contém a maioria do DNA celular envolvido por uma dupla camada lipídica. O DNA é assim mantido num compartimento separado dos outros componentes celulares que se situam num citoplasma, onde a maioria das reações metabólicas ocorrem. No citoplasma, no entanto, organelas distintas podem ser reconhecidas. Dentre elas, duas são proeminentes, os cloroplastos (nas células vegetais) e as mitocôndrias (animais e vegetais), envoltas numa bicamada de membrana que é distinta da membrana nuclear. Ambas as organelas possivelmente têm origem simbiótica.

Figura 03. Eletromicrografia de uma bactéria (Procarioto)

Apesar de possuírem uma estrutura relativamente simples, as células procarióticas são bioquimicamente versáteis e diversas: por exemplo todas as principais metabólicas são encontradas em bactérias, incluindo os três processos para obtenção de energia: glicólise, respiração e fotossíntese.

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Tabela 01. Comparação entre Organismos Procariotos e Eucariotos

Tabela 02. Composição química aproximada de uma bactéria típica e uma célula típica de mamífero

A célula procariótica mais bem estudada é a bactéria Escherichia coli. Dada a sua simplicidade estrutural, rapidez de multiplicação e não patogenicidade. A E. coli revelou-se excelente para os estudos de biologia molecular.

Nós podemos dividir organização da vida na Terra nos seguintes níveis hierarárquicos:

Átomos Moléculas

Organelas

Células

Tecidos

Orgãos

Organismos

Populações

Comunidades

Ecosistemas

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Biosfera

Metabolismo

Muito se ouve falar em metabolismo, como "eu engordo porque meu metabolismo é lento" ou "meu metabolismo não trabalha da forma que deveria". Assim decidimos esclarecer um pouco sobre o tão comentado metabolismo e também sobre o efeito platô, estado em que o organismo se adapta a uma restrição energética.

Como definição, o metabolismo é o conjunto de reações químicas responsáveis pelos processos de síntese e degradação dos nutrientes na célula. O metabolismo pode estar em estado anabólico, que é a síntese, ou seja, a formação de compostos ou pode estar em catabolismo, onde há degradação, ou "quebra" de compostos. No emagrecimento, o organismo está em catabolismo.

Nosso organismo apresenta uma dinâmica que em parte se assemelha a uma máquina. Entretanto, diferentemente das máquinas, nosso corpo apresenta a capacidade de se reciclar. Assim, tenha a certeza de que seu organismo não é o mesmo de um ano atrás, e nem será o mesmo no próximo ano!

Essa relação de constante renovação e suas implicações orgânicas podem ser consideradas o principal fator para aquilo que reconhecemos como sendo vida!

Todo ser vivo gasta energia a todo o momento para manter as diversas atividades desempenhadas pelo organismo. Nossas células estão continuamente trocando seus átomos e componentes moleculares. Grande parte das substâncias celulares é degradada para que novas possam ser sintetizadas. Esta atividade intensa de construção e desconstrução de substâncias é feita utilizando energia obtida através da degradação de nutrientes orgânicos. Essa dinâmica corporal que ocorre dentro de cada célula constitui o metabolismo, que em grego significa mudança.

Essa ação metabólica pode ser dividida em duas partes:

A produção de novas substâncias a partir de outras substâncias mais simples, como a síntese de proteínas, formada por aminoácidos e as reações que acarretam o armazenamento de energia, é conhecida como anabolismo. Um exemplo deste processo anabólico reside na síntese de proteínas dentro do tecido muscular a partir dos aminoácidos, e na formação de estoques de glicogênio por intermédio do agrupamento de moléculas de glicose.

O anabolismo necessita em seu processo de construção de uma oferta de energia e substratos (moléculas menores) adequados à velocidade de suas reações. Desta forma, o anabolismo seria o processo responsável pelo crescimento, regeneração e manutenção dos diversos tecidos e órgãos presentes no organismo.

O processo de degradação de substâncias complexas em outras mais simples, como a quebra da molécula da glicose e sua transformação em energia, água e gás carbono, é conhecido como catabolismo. O processo digestório é um exemplo de catabolismo, uma vez que transforma macronutrientes presente nos alimentos em micronutrientes absorvíveis. O catabolismo também ocorre quando o organismo está sem energia suficiente e busca a destruição de seus próprios tecidos e reservas, a liberação de aminoácidos e glicose que serão convertidos em energia.

O metabolismo é regulado pelo sistema hormonal, sendo que os principais hormônios catabólicos são a adrenocorticotropina (ACTH) que ocasiona a secreção dos hormônios glucocorticoides, dentre os quais figura o cortisol. Os principais hormônios anabólicos são o hormônio do crescimento (GH), a testosterona e a insulina.

Vale uma dica: O perigo de certas dietas rápidas é que a pessoa não perde apenas gordura, perde massa muscular e, perdendo massa muscular, ela altera o seu metabolismo, ficando no efeito sanfona. Para um correto emagrecimento há a necessidade da diminuição na ingestão calórica e um acréscimo na atividade física. Após algum tempo o organismo se acostuma a essa nova realidade, requerendo menos energia para suas funções vitais, e assim, naturalmente o metabolismo se estabiliza.

Ácidos Nucléicos

Os ácidos nucleicos são macromoléculas de natureza química, formadas por nucleotídeos, grupamento fosfórico (fosfato), glicídio (monossacarídeo / pentoses) e uma base nitrogenada, compondo o material genético contido nas células de todos os seres vivos.

Presentes no núcleo dos eucariotos e dispersos no hialoplasma dos procariotos, os ácidos nucleicos podem ser de dois tipos: ácido desoxirribonucleico (DNA) e ácido ribonucleico (RNA), ambos relacionados ao mecanismo de controle metabólico celular (funcionamento da célula) e transmissão hereditária das características.

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As diferenças entre os ácidos nucleicos:

Além do peso molecular, relativa à quantidade de nucleotídeos (tamanho da molécula), existem outras diferenças estruturais, como por exemplo:

A diferença das bases nitrogenadas: púricas e pirimídicasNo DNA: Purinas (adenina e guanina) e Pirimidinas (timina e citosina)No RNA :Purinas (adenina e guanina) e Pirimidinas (uracila e citosina)

A essencial disposição (a sequência) dos nucleotídeos, implicando na diferença mantida entre os genes no filamento de DNA e dos códons e anticóndons no filamento de RNA;

A conformação linear ou circular dos filamentos;

E a duplicidade complementar (fita dupla) observada no DNA, diferenciada da unicidade (fita única / simples) do RNA.

Reprodução

Podemos definir reprodução de várias maneiras distintas. Entre as definições temos:

• É a capacidade que têm os seres vivos de , ao atingirem certo estágio de desenvolvimento originar outros semelhantes.• Processo pelo qual os seres vivos perpetuam suas espécies através do tempo e do espaço, produzindo outros seres semelhantes a si mesmo.

Os seres vivos apresentam vários tipos de reprodução, mas todos esses tipos podem ser agrupados em duas grandes categorias: a reprodução assexuada e reprodução sexuada.

1. Reprodução Assexuada ou Agâmica

Esta reprodução é individual e sem a participação de gametas. Esse processo leva à formação de descendentes geneticamente iguais entre si e aos seus ancestrais, formando o que podemos chamar clone.A reprodução assexuada não permite a recombinação genética nem a variabilidade da espécie. Todos os indivíduos de uma linhagem são idênticos entre si.A reprodução assexuada compreende basicamente a divisão binária e a divisão múltipla.

a) Divisão binária ou bipartição ou cissiparidade

Neste processo, a célula que constitui o corpo do indivíduo se divide por mitose em outras duas idênticas. Este mecanismo ocorre tanto com os seres procariontes como os eucariontes.Exemplos: protozoários e bactérias

b) Divisão múltipla

Consiste na segmentação do corpo do indivíduo, originando diversos segmentos com capacidade de formar novos indivíduos completos. Ela compreende alguns processos distintos, como a gemulação, a esporulação, a esquizogamia.

A gemulação, também chamada de gemiparidade ou brotamento, é uma forma que pode ser observada nos unicelulares e pluricelulares. Caracteriza-se pelo aparecimento de brotos ou gemas, que surgem e crescem ligados ao organismo inicial e que podem, ou não, dele se desprender em certa época da vida. Exemplos. Celenterado (hydra), porífero e fungos unicelulares.

A esporulação ocorre a partir de células especiais chamadas esporos. Que diferem dos gamestas pela sua capacidade de “germinação”, reproduzindo-se através de mitoses até originar indivíduos completos.. Alguns esporos são móveis, pela presença de flagelos (zoósporo) ou imóveis (aplanósporos). Ex. Algumas bactérias e fungos.

A esquizogamia é uma forma de reprodução comum aos protozoários esporozoários, como o Plasmodium malariae. caracteriza-se pela fragmentação do núcleo da célula. Cada um desses fragmentos cerca-se de uma porção de citoplasma e membrana, formando esporos que darão origem a novos indivíduos.

2. Reprodução Sexuada ou Gâmica

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O que caracteriza a reprodução sexuada é sua ocorrência à custa de células especialmente formada para a finalidade reprodutiva, chamados gametas. Essas células são produzidas por órgãos especiais denominados como gônadas. Esta reprodução permite uma variabilidade das espécies, pois há recombinação genética.Basicamente, podemos distinguir dois mecanismos: a conjugação e a fecundação.

a) Conjugação

Nesta reprodução não há propriamente a formação de gametas, nem existem gônadas, mas há uma troca de material genético entre as células, promovendo em cada uma dela uma recombinação genética. Após esta troca, as células separam-se, e cada qual dará origem a novos seres.Exemplos. Algumas bactérias e protozoário (paramecium).

b) Fecundação

É a forma mais típica e evoluída de reprodução sexuada. Consiste na união de dois gametas sexualmente opostos, masculino e feminino, resultando o aparecimento da célula-ovo ou zigoto. A fecundação constitui a única fonte adequada para a variação do organismo, pois em uma só célula, o zigoto, reúne o material hereditário de duas outras que determinam as características do novo ser.

Evolução

Evolução, no ramo da biologia, é a mudança das características hereditárias de uma população de uma geração para outra. Este processo faz com que as populações de organismos mudem ao longo do tempo. Características hereditárias são a expressão génica de genes que são passados aos descendentes durante a reprodução. Mutações em genes podem produzir características novas ou alterar características que já existiam, resultando no aparecimento de diferenças hereditárias entre organismos. Estas novas características também podem surgir da transferência de genes entre populações, como resultado de migração, ou entre espécies, resultante de transferência horizontal de genes. A evolução ocorre quando estas diferenças hereditárias tornam-se mais comuns ou raras numa população, quer de maneira não-aleatória através de selecção natural ou aleatoriamente através de deriva genética.

Na verdade, a evolução biológica consiste na mudança das características hereditárias de grupos de organismos ao longo das gerações. Grupos de organismos, denominados populações e espécies, são formados pela divisão de populações ou espécies ancestrais; posteriormente, os grupos descendentes passam a se modificar de forma independente. Portanto, numa perspectiva de longo prazo, a Evolução é a descendência, com modificações, de diferentes linhagens a partir de ancestrais comuns.

Embora muitas vezes relacionada com progresso, a palavra evolução no sentido biológico não tem esta conotação. Darwin não se referia às suas teorias como teorias evolutivas e tinha o cuidado de evitar termos como "superior" e "inferior". Infelizmente, ainda é comum se observar como as pessoas relacionam a evolução biológica com progresso, superioridade.

A Teoria da Evolução é um conjunto de afirmações a respeito dos processos da Evolução tidos como causadores da história dos eventos evolutivos. A evolução biológica (ou orgânica) ocorre como conseqüência de vários processos fundamentais. Esses processos são tanto aleatórios como não-aleatórios.

É certamente a maior teoria unificante da biologia. A diversidade de organismos, similaridades e diferenças entre os tipos de organismos, padrões de distribuição e comportamento, adaptação e interação, eram meramente um caos desconcertante de fatos até que a teoria evolutiva deu-lhes sentido. Não existe uma área sequer dentro da biologia na qual esta teoria não sirva como um princípio ordenador. Nenhuma outra idéia em biologia é tão cientificamente poderosa, ou tão intelectualmente estimulante. Não foi a toa que Dobzhansky cunhou a célebre frase: "Nada em biologia faz sentido exceto à luz da evolução".

A evolução aconteceu, e continua acontecendo. A seleção natural está sempre trabalhando; as freqüências gênicas flutuam; ambos têm sido observados repetidamente no laboratório, em organismos com curtos intervalos de tempo e no campo. Estes mecanismos estão bem documentados. Os registros fósseis, a sistemática molecular e os mecanismos compartilhados por todas as células vivas claramente demonstram a origem antiga da vida e a continuidade da descendência com modificações a partir de ancestrais comuns. A evolução é realidade e não pode ser ignorada.________________________________________________________________________________________ EcossistemaPor Caroline Faria

O ecossistema é a unidade principal de estudo da ecologia e pode ser definido como um sistema composto pelos seres vivos (meio biótico) e o local onde eles vivem (meio abiótico, onde estão inseridos todos os componentes não vivos do ecossistema como os minerais, as pedras, o clima, a própria luz solar, e etc.) e todas as relações destes com o meio e entre si.

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Para que se possa delimitar um “sistema ecológico” ou ecossistema é necessário que haja quatro componentes principais: fatores abióticos, que são os componentes básicos do ecossistema; os seres autótrofos, geralmente as plantas verdes, capazes de produzir seu próprio alimento através da síntese de substâncias inorgânicas simples; os consumidores, heterotróficos – que não são capazes de produzir seu próprio alimento, ou seja, os animais que se alimentam das plantas ou de outros animais; e os decompositores, também heterotróficos, mas que se alimentam de matéria morta.

A totalidade destes organismos interagindo em um determinado local de forma a criar um ciclo de energia (do meio abiótico para os seres autótrofos, destes para os heterótrofos e destes para o meio abiótico novamente) caracterizando os níveis tróficos da cadeia alimentar constitui um sistema ecológico ou ecossistema, independentemente da dimensão do local onde ocorrem essas relações.

As dimensões de um ecossistema podem variar consideravelmente desde uma poça de água até a totalidade do planeta terra que pode ser considerado como um imenso ecossistema composto por todos os ecossistemas existentes (ecosfera).

Mas não se deve confundir “ecossistema” com “bioma”. O bioma é geograficamente mais abrangente e é predominantemente definido de acordo com um conjunto de vegetações com características semelhantes além de outros requisitos (como a Mata Atlântica).

Entretanto, como o ecossistema pode ser considerado em grande escala, as definições ficam um pouco confusas. Mas, geralmente para grandes extensões de território (de dimensões regionais) usa-se a denominação “bioma”.

Os ecossistemas são classificados de duas formas: em ecossistemas terrestres e ecossistemas aquáticos. Ambos possuem o funcionamento parecido com apenas a diferença óbvia da quantidade de água entre um e outro o que faz com que comportem formas de vida completamente diferentes embora algumas possam compartilhar ou migrar de um meio para o outro. Aos locais onde os dois tipos de ecossistemas se encontram dá-se o nome de “wetlands”, no termo em inglês, que podemos chamar de “terras alagadas”. São regiões como o Pantanal Matogrossense e as regiões alagadas da Amazônia.

A importância da atmosfera

Se o homem constitui um ser excepcional no Universo, o ar que o envolve também deve ser considerado como tal.

Se não existisse a atmosfera, não haveria animais nem plantas. Todas as características do mundo, tal como o percebemos, e o próprio ambiente terrestre, dependem essencialmente do ar. Sem a atmosfera, não haveria vento, nuvens ou chuva. Não haveria céu azul, nem crepúsculos ou auroras. Não existiria o fogo, pois toda combustão resulta da união do oxigênio com as substâncias que queimam. Não existiria o som, pois o que chamamos de som é a vibração das moléculas de ar contra o tímpano. Sem ar, enfim, as plantas não poderiam nascer e crescer.

Além de suas demais propriedades, a atmosfera serve de imenso escudo que protege a Terra da violência dos raios solares, absorvendo as radiações de ondas curtas mais perniciosas. À noite, funciona como teto de vidro de uma gigantesca estufa, conservando o calor do dia e impedindo que ele se perca todo no espaço.

Camadas da atmosfera

A camada de ar que compõe a atmosfera tem uma extensão aproximada de 1000 km, porém a sua distribuição não ocorre de forma regular em toda sua amplitude. Assim, na parte próxima ao solo, a camada é mais densa e, à medida que vai afastando-se da superfície, a quantidade de ar vai diminuindo, a presença de oxigênio é menor e o ar fica rarefeito.

A atmosfera terrestre é subdivida em cinco camadas com características próprias, de acordo com a distância da Terra (Figura 3).

Figura 3. Distribuição vertical das camadas da atmosfera

Troposfera

É a camada mais próxima ao solo e atinge aproximadamente 12km de altitude. É onde ocorre uma intensa movimentação dos elementos componentes do ar, como ventos,

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tempestades, chuvas , geadas e neve. É na troposfera que os seres e as plantas vivem e retiram o oxigênio e o gás carbônico para a sua sobrevivência.

Estratosfera

Esta camada inicia onde termina a troposfera e atinge 50 km de altitude. Nesta camada quase não existe oxigênio: o ar é muito rarefeito e as temperaturas são muito baixas, atingindo - 50°C. Na estratosfera, está localizada a camada de ozônio e o elemento gasoso predominante é o nitrogênio.

Mesosfera

A partir do final da estratosfera, encontra-se a mesosfera que se estende até 80 km de altitude. Nesta camada, a temperatura é muito baixa, atingindo - 120°C. É nesta camada que se realizam as pesquisas meteorológicas.

Termosfera

Esta camada atinge aproximadamente 640 km acima da superfície do solo e se caracteriza pela alta temperatura, a qual aumenta com o aumento da altitude, podendo chegar a mais de 1000°C nas camadas superiores. Na termosfera, as radiações ultravioletas da luz solar são muito intensas, decompondo as moléculas em átomos e íons. Por isso, é também conhecida como ionosfera. Essa camada é da maior utilidade pelo fato de refletir as ondas de rádio, permitindo a comunicação fácil entre regiões afastadas.

Exosfera

É a última camada da atmosfera terrestre. Nesta camada o ar é extremamente rarefeito, constituindo o limite entre a atmosfera e o espaço cósmico. Na exosfera, a temperatura apresenta grandes variações, podendo atingir 2000°C durante o dia e caindo para -270°C durante a noite.

O estudo das atmosferas da Terra e dos outros planetas só começou a ser desvendado com grande precisão graças às sondas lançadas nos últimos anos. De todos os planetas do sistema solar, apenas Marte parece ter uma atmosfera algo semelhante à nossa, contendo baixo teor de vapor d`água e, possivelmente, traços de oxigênio.

A importância das águas no ecossistema

A água é um recurso natural de valor inestimável. Mais que um insumo indispensável à produção e um recurso estratégico para o desenvolvimento econômico, ela é vital para a manutenção dos ciclos biológicos, geológicos e químicos que mantêm em equilíbrio os ecossistemas. É, ainda, uma referência cultural e um bem social indispensável à adequada qualidade de vida da população.

A conservação da quantidade e da qualidade da água depende das condições naturais e antrópicas das bacias hidrográficas, onde ela se origina, circula, percola ou fica estocada, fora de lagos naturais ou reservatórios artificiais.

Isso porque, ao mesmo tempo em que os rios, riachos e córregos alimentam uma determinada represa, por exemplo, eles também podem trazer toda a sorte de detritos e materiais poluentes que tenham sido despejados diretamente neles ou no solo por onde passaram.

Recentemente muito se tem falado a respeito da "crise da água", e especula-se sobre a possibilidade da escassez deste recurso vital se tornar motivo de guerras entre países. É preciso haver consciência de que, exceto no caso de regiões do planeta emque há uma limitação natural da quantidade de água doce disponível, na maioria dos países o problema não é a quantidade, mas sim a qualidade desse recurso, cada vez pior devido ao mau uso e à sua gestão inadequada.

Segundo o pesquisador Aldo Rebouças, professor titular do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, USP, uma análise comparativa entre a disponibilidade hídrica e a demanda da população no Brasil mostra que o nível de utilização da água disponível em 1991 era de apenas 0,71%.

Mesmo para os estados mais populosos e desenvolvidos, como São Paulo e Rio de Janeiro, este índice também era muito confortável, estando por volta de 10%.Ouseja, a questão que se coloca diante de nós não é a disponibilidade ou falta de água, mas

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sim as formas de sua utilização que estão levando a uma acelerada perda de qualidade, em especial nas regiões intensamente urbanizadas ou industrializadas.

O pesquisador afirma que "o que mais falta no Brasil não é água, mas determinado padrão cultural que agregue ética e melhore a eficiência de desempenho político dos governos, da sociedade organizada lato sensu, das ações públicas e privadas, promotoras do desenvolvimento econômico em geral e da sua água doce, em particular".

A região metropolitana de São Paulo é um caso exemplar de má gestão dos recursos hídricos. Água há. Basta verificar, em qualquer mapa da cidade, os rios de bom tamanho como o Tietê e Pinheiros e mais de uma centena de rios menores e córregos correndo por toda a região.

Há, ainda, várias represas de grande porte como a Guarapiranga e a Billings e vastas áreas de mananciais que praticamente envolvem toda a metrópole. É, sem dúvida, uma região naturalmente bem servida de água. Mas a falta de planejamento e de responsabilidade tem provocado a contaminação dos rios, córregos e represas e a ocupação desordenada das regiões de mananciais.

Um estudo desenvolvido pelo Instituto Socioambiental, em parceria com diversas outras organizações não governamentais, mostrou que entre os anos de 1989 e 1996 a bacia do Guarapiranga perdeu 15% de sua cobertura vegetal, enquanto que o crescimento urbano foi da ordem de 50%.

Pior: mais de 60% da ocupação urbana registrada ocorreu em áreas que possuem sérias ou severas restrições ambientais. São encostas íngremes, regiões de aluvião ou várzea. Apenas 8,9% da mancha urbana se deu em áreas favoráveis. Os movimentos de terra, tais como abertura de estradas e terraplanagem, figuram no topo das ocorrências irregulares, respondendo por 21% dos 1 497 registros.

Para superar essa situação, é necessário substituir o modelo tecnocrata e utilitarista que imperou até hoje na gestão dos recursos hídricos no Brasil. Um modelo que ignora que a água de boa qualidade é um recurso finito e que prioriza certos usos, como geração de energia, saneamento e transporte, em detrimento de outros como abastecimento.

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Comunidade

Do ponto de vista da ecologia, comunidade - também chamada biocenose - é a totalidade dos organismos vivos que fazem parte do mesmo ecossistema e interagem entre si, corresponde, não apenas à reunião de indivíduos (população) e/ou sua organização social (sociedade) e sim ao nível mais elevado de complexidade de um ecossistema.[1] Uma comunidade pode ter seus limites definidos de acordo com características que signifiquem algo para nós, investigadores humanos. Mas ela também pode ser definida a partir da perspectiva de um determinado organismo da comunidade. Por exemplo, as comunidades possuem estrutura trófica, fluxo de energia, diversidade de espécies, processos de sucessão, entre outros componentes e propriedades.

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As populações

Conjunto de organismos da mesma espécie que ocupam um determinado habitat, num dado período de tempo.As populações de diferentes espécies que interagem numa dada área constituem uma comunidade.Uma população mendeliana pode ser definida como o conjunto de organismos entrecruzáveis e que partilham um dado fundo genético.