biografia de arnold krumm

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Biografia de Arnold Krumm-Heller (conforme o Site da FRA Venezuelela ) Nasceu em 15 de abril de 1876, no povoado de Salchendorf da cidade de Siegen, Alemanha. Filho de Ferdinand Krumm Heller, capataz de minas e de Ernestina Krumm Heller, nascida em Leinhoss, de ofícios do lar. Foi batizado como Heirich Arnold Krumm Heller na Igreja Luterana de sua localidade. Não existem detalhes exatos de sua infância e adolescência. Em sua época de estudante leu várias novelas de autores de renome e clássicos da litaratura universal; entre eles “Fausto” de Goethe, o maior poeta alemão, do qual podia recitar longos trechos de memória. Leu também, algumas obras da doutrina espírita, tema com o qual voltou a encontrar-se anos depois na América do Sul. Segundo testemunho de alguns familiares e amigos que conviveram com ele na Alemanha (entrevista realizada “in situ” pelo estudioso de ocultismo, César Arturo Rincón, que nos proporcionou suas notas de viagem pela Alemanha, Suíça, França e México), tinha 16 anos de idade, quando decidiu migrar para a América. O Jovem talento, dominado por seu espírito de aventura, se sentiu atraído pelo encanto do novo continente. “Sem nos havíamos considerado mexicanos e assim, ao chegar aqui menino, me encontrava como em minha casa, mas tinha desejo de conhecer toda a América Latina”. Seu afã por viajar e conhecer o levou até o Chile, onde residiam outros familiares. “Em nossas veias deve de haver circulado sangue de excursionista. De nossos quatro irmãos, três se encontravam já desde muito tempo no Chile, por isso era lógico que também eu fosse esperado ali”. Demonstrando prematuramente sua vocação de escritos, em 1896, publica “Mi Sistema” (Meu Sistema). Obra desconhecida 1

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Biografia de Arnold Krumm-Heller (conforme o Site da FRA Venezuelela )

Nasceu em 15 de abril de 1876, no povoado de Salchendorf da cidade de Siegen, Alemanha. Filho de Ferdinand Krumm Heller, capataz de minas e de Ernestina Krumm Heller, nascida em Leinhoss, de ofícios do lar.

Foi batizado como Heirich Arnold Krumm Heller na Igreja Luterana de sua localidade. Não existem detalhes exatos de sua infância e adolescência. Em sua época de estudante leu várias novelas de autores de renome e clássicos da litaratura universal; entre eles “Fausto” de Goethe, o maior poeta alemão, do qual podia recitar longos trechos de memória. Leu também, algumas obras da doutrina espírita, tema com o qual voltou a encontrar-se anos depois na América do Sul. Segundo testemunho de alguns familiares e amigos que conviveram com ele na Alemanha (entrevista realizada “in situ” pelo estudioso de ocultismo, César Arturo Rincón, que nos proporcionou suas notas de viagem pela Alemanha, Suíça, França e México), tinha 16 anos de idade, quando decidiu migrar para a América.

O Jovem talento, dominado por seu espírito de aventura, se sentiu atraído pelo encanto do novo continente.

“Sem nos havíamos considerado mexicanos e assim, ao chegar aqui menino, me encontrava como em minha casa, mas tinha desejo de conhecer toda a América Latina”.

Seu afã por viajar e conhecer o levou até o Chile, onde residiam outros familiares.

“Em nossas veias deve de haver circulado sangue de excursionista. De nossos quatro irmãos, três se encontravam já desde muito tempo no Chile, por isso era lógico que também eu fosse esperado ali”.

Demonstrando prematuramente sua vocação de escritos, em 1896, publica “Mi Sistema” (Meu Sistema). Obra desconhecida em nossos dias, que não se refere ao grandioso ensinamento que dele herdamos, - a qual desenvolveria em anos posteriores – senão à maneira que tinha de ver o mundo e a natureza um jovem estudioso de 19 anos.

Em 7 de fevereiro de 1897, com Concepción, Chile, contrai

matrimônio com Rita Aguirre Vallera, dois meses antes de completar os 21 anos. Do matrimônio nasce um ano depois, Hiram Krumm Aguirre,

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terminando-se mais tarde por discórdias na família, quando apenas começava a considar-se.

Um ano depois da saída da Alemanha, em 1893, recebeu a notícia do falecimento de sua mãe. Uma imensa consternação invadiu sua alma.

“Aquele golpe me aniquilou/.../Eu renegava, maldizia minha sorte; me custou uma enfermidade física a idéia de que al regressar a minha Pátria, encontraria unicamente um pedacinho de terra que cobria aquele corpo santo”.

O beijo de despedida, carregado de esperanças e sonhos, havia sido certamente o último beijo de sua mãe. Entre a dor e a desolação se deslizavam os dias austrais e frios daquele órfão adolescente. Mas a solidão das almas não são definitivas, uma obra de Allan Kardec, com uma filosofia que já conhecia desde menino, foi sua salvação. Aquela leitura o tirou do marasmo de sua aflição e logrou melhorar seu estado de ânimo.

“Aquela filosofia não me era nova, a havia lido de estudante, até então chagava a senti-la”.

Esse foi seu início no Caminho Espiritual. A morte de sua mãe, quando ele tinha 17 anos, foi o toque prodigioso do destino que o conduziu à iniciação. Até então não havia suspeitado sequer que a partir daquele momento empreenderia a transcendental carreira que o levou a desenvolver-se com um genial colosso do ocultismo.

Como estudante da doutrina espírita, na teoria e na prática, lhe absorveu todo seu tempo, monopolizando todo seu talento; entretanto, jamais chegou a evocar nas sessões a alma de sua mãe. Não perturbaria a santidade das regiões superiores do espírito, onde morava aquela alma adorável, para traze-la a esta condição terra.

Com o fim de propagar a filosifia que lhe havia consolado, fundou a revista “Reflejo Astral” (Reflexo Astral). Com ela anelava levar o conhecimento da doutrina espírita, não só à nação chilena, senão aos cinco continentes, se fosse possível.

Leon Denis, um espiritualista catalão, de visita ao Chile, leu a revista e o felicitou por publicar uma revista como essa em um país incutido pelo fanatismo religioso, prometendo o obséquio de algumas obras sobre ensinamentos esotéricos. Dois meses depois lhe chegou pelo correio o oferecido; duas obras “Depois da Morte”, do próprio Leon Denis e todos os tomos da “Doutrina Secreta”, de H. P. Blavatsky. Aquelas leituras mudaram o rumo de sua vida

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Foi nesse momento que se inscreveu como membro formal na Sociedade Teosófica, fundada por Helena Petrovna Blavatsky e Henry Steel Olcott.

O obséquio daquelas obras catapultou Krumm Heller até outras esferas do saber.

“A obra de Blavatsky me induzi a suspender a publicação da revista”.

Deixou de ser um espiritista por razões de sentimentos para converter-se em um ocultista por consciência.

“Já não só se interessavam nestes assuntos meus sentimentos, meu coração; os argumentos científicos tão sólidos que empregava Blavatsky fizeram que tomasse parte minha cabeça”

As leituras teosóficas e as lições que recebia, ajudaram a sistematizar sua busca no caminho espiritual. Avançou então no conhecimento do mundo oculto, trabalhando em três diferentes âmbitos bem definidos.

A) O estudo das religiões comparadas.B) O estudo das civilizações antigas e aborígenes.C) O estudo da medicina tradicional.

Seu diploma de afiliação na Sociedade Teosófica, tem a data de 13 de março de 1897, e foi firmado pelo Presidente Internacional e c0-fundador da Teosofia, Henry Steel Olcott e pelo representante institucional de Havana, Cuba. (Revista “Rosa Cruz” – Janeiro., 1929, pg. 153)

Krumm Heller proclamou em seus escritos ser um Teósofo verdadeiro, como ele dizia: “...dos da Mestra Blavatsky...”, sem rodeios modernistas, nem extravagâncias de novidades, senão com estrito apego ao estudo, al respeito filial e lealdade ao Mestre Espiritual.

INDIANISMO AMERICANO

Os escritos de H. P. Blavatsky e de outros autores lhe faziam anelar o conhecimento das culturas Inca e Asteca. Duas décadas antes, Blavatsky, havia estudado no próprio terreno, estes grupos indígenas.

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A influência do Doutor Grigois foi determinante na definição de seu destino evolutivo. Grigois foi seu principal encorajador nessa investigação; cidadão francês residente em Buenos Aires era o autor da obra intitulada “O oculto dos aborígines da América do Sul”. O tema concordava perfeitamente com o que Krumm Heller havia lido nas obras da Mestra Blavatsky.

As primeiras investigações foram realizadas ali mesmo, entre os indígenas mapuches ou araucanos do Chile e Argentina

O culto religioso dosa antigos mapuches contemplava a existência de um Ser Supremo chamado Guenechen, que é a uma só vez homem e mulher. O andógino deus Guanechen é também conhecido como Guanupilan, que significa “Alma do Céu”.

Interessado pela investigação indianista, fez arranjos para viajar por todo o continente e estudar no próprio terreno, aquelas interessantes culturas. O Dr. Grigois lhe ajudou a planificar e organizar aquelas viagens.

O próprio explorador relata sua vivência:

“Tinha o Peru mais próximo, me dirigi ali e durante algum tempo pude escavar e estudar próximo às ruínas de Cuzco”.

HUIRACOCHA

Não existem dados precisos sobre o recebimento de seu nome místico, “Hiuracocha”. É possível que haja recebido seu batismo em Paurcantambo (província de Cuzco), mas só sabemos com certeza que foi no Peru.

Um sentimento muito especial o uniu a este nome, que utilizou até o fim de seus dias. O próprio Mestre o deixou consignado e expressamente em seus escritos, muitos anos depois:

“Ao estar, há muitos anos no Peru, passei na terra dos Incas, por uma Iniciação e nela se me deu o nome de Huiracocha e ainda que em graus posteriores me dessem outros nomes, tenho carinho pelo primeiro, pois ele me traz recordações belas e sagradas”. Revista Rosa Cruz, Junho, 1930 p. 235.

E, 1948, em seu Curso de Taumaturgia, falando de seu nome espiritual, o Mestre disse:

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“Foi um momento emocionante para mim quando o Iniciador me deu o nome iniciático de HUIRACOCHA”.

Huiracocha é nome do deus criador entre os antigos Incas. O deus Huiracocha dissipou a obscuridade, criando o Sol, a Lua e as Estrelas. Estabeleceu-se em Tiahanaco, onde gravou em uma grande pedra os nomes das nações que pensava criar; e fez com que seus ajudantes aprendessem de memória os nomes das tribos e as regiões lhes havia encomendado para seu desenvolvimento. Logo gritou fortemente esses nomes; e das colinas, das árvores, das rochas, os vales e montes, emergiram os seres que povoariam aqueles territórios.

Evidentemente a cosmogonia hebraica e a dos Incas, tem muitas similaridades.

MATINISMO

Arnold Krumm Heller havia valorizado justa e adequadamente seu vínculo com a Teosofia. A “Sabedoria acerca de Deus” (Theos, Deus e Sofia, Sabedoria), o que constituía uma motivação muito grande para sua alma.

Havia se matriculado na Sociedade Teosófica depois de ler “ A Doutrina Secreta” da Mestra Blavatsky, assimilando essa doutrina como um credo pessoal. A partir desse momento começou a estudar obras dos melhores autores na matéria, lendo Gerard Encausse ( Papus), Eliphas Levi, Stanislas de Guaita, Kart Kiesewetter, Claude de Saint Martin entre outros.

Muito impressionou a Krumm Heller a obra “Dogma e Ritual da Alta Magia”, mas, muito mais lhe impressionou a personalidade do autor (Eliphas Levi).

Mas além das leituras Krumm Heller necessitava de um guia pessoal. Inteirado por aquelas leituras da Ordem Secreta do Martinismo, quis conhecer sobre a organização. Escreveu ao Diretor Geral, o Dr. Gerard Encausse, conhecido mundialmente como Papus, remetendo-lhe Papus a seu representante em Buenos Aires. Para lá se foi o jovem investigador para comezar seu Caminho Espiritual.

Papus era doutorado em medicina na Universidade de Paris, em 1894, militante da Teosofia na França, Presidente do Supremo Conselho da Ordem Martinista, igualmente da Ordre Kabbalistique de la Rose Croix. Assim como de outras intituições como o Groupe Independant d’Etudes Esoteriques e da Faculte de Sciences Hermetiques.

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Quando Krumm Heller lhe escreveu do Chile, solicitando informação sobre a Ordem Martinista, a qual fazia referência em seus escritos, a resposta no se fez esperar.

Uns vinte anos depois, o Mestre descreve em uma de suas obras aquela experiência:

“Resolutamente escrevi ao Doutor Encausse, para saber algo sobre esta Ordem Secreta, na qual em sua resposta me recomendou ao Dr. Grigois, de Buenos Aires, quem depois de preenchida as formalidades, me iniciou e me indicou si por alguma dúvida necessitasse de conselho um conselho me dirigisse a um senhor Don A. C. , como quem fala com um vizinho da esquina”.

O instrutor com quem lhe havia posto em contato o Dr. Grigois era o Senhor Arthur Clement, residente em Dantiago do Chile, bem a mão para um sem fim de perguntas. Grigois estava bem distante na Argentina e Papus definitivamente do outro lado do oceano, em Paris; mas lá haveria de chegar também alguma vez.

Na cada do senhor Clement, o jovem ocultista viveu numerosas experiências impressionantes: evocações de seres do mundo astral e operações mágicas diversas.

“As forças da natureza que alguém aprende a manejar ali, são ao mesmo tempo poderes benéficos para o homem moral, como armas horríveis em mãos do malvado...”.

Havia entre os Martinistas grande admiração pelo tema indianista e assim o patenteavam em suas revistas, monografias e obras diversas. O Dr. Grigois, quem o iniciou no Martinismo em 1898, havia escrito também sobre os oborígenes. Ele ajudou pessoalmente ao Mestre na organização de sua viagem pela América, que començara no Chile e Argentina e logo se entendera ao Peru.

Ao término daquela investigação, realizou uma excursão por dois anos, que o levou até a Alemanha. Ali mesmo, em Nuremberg no Congresso Teosófico, no princípio do século, mostra as primeiras conclusões de suas investigações.

Finalmente em 1906, se encontra com Papus, quando assiste em Paris às classes de Medicina Oculta que aquele célebre Maestro realizava pessoalmente para seus discípulos mais chegados.

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Nessa mesma época, dentro da excursão européia, conheceu Franz Hartman e Teodoro Reuss Wilson, compatriotas alemães, pioneiros de ocultismo moderno.

Franz Hartman (1838-1912), médico e clarividente, se havia inscrito anos atrás na Sociedade Teosófica, viajando a Adyar, Índia, sede central da sociedade e colaborando estreitamente com o Coronel Olcott e com a Mestra Blavatsky. Depois de permanecer algum tempo com eles e aprender as chaves da Teosofia, viajou para a Alemanha onde fundou em 1888 a Ordem da Rosa Cruz Esotérica, unindo-se mais tarde aos Iluminados e aos Templários de Karl von Kellner.

Reuss havia desempenhado funções na Theosofical Publishing Co., quando residia em Londres. Em 1902 fundou junto a Karl Kellner e Heirich Klein, a Ordo Templi Orientis, da qual também foumou parte mais tarde, o famoso ocultista inglês Edgar Alexander Crowley ( Therion).

Krumm Heller manteve sempre excelentes relações com Reuss e com Therion, assim como com Franz Hartman, Rudolph Steiner, fundador da Sociedade Antroposófica e com outros ocultistas.

O Meste em seus anos de investigação formativa, saciou sua sede da fonte do conhecimento autêntico e recebeu chaves essenciais daqueles notáveis mestres. Anos depois, reconhecido como o Mestre Huiracocha da Fraternitas Rosicruciana Antiqua, demonstraria ser o mais notável cultor de Kundalini de seu tempo, destacando-se na divulgação do conhecimento que seus mestres lhe legaram sob o nome de magia sexual.

A MAÇONARIA OCULTA

De seu regresso da América do Sul, Krumm-Heller, voltava a sua terra natal depois de sete anos de experiência no ambiente americano. Já na Europa se vinvulou com vários ramos da maçonaria alemã. Ali estavam Hartman, Reuss, Klein e outros. Nas lojas da França, se relacionou com Papus, Jean Bricaud, Contant Martin Chevillon, etc. Nos diferentes ritos maçônicos, Krumm Heller alcançou em pouco tempo, os mais altos graus e dignidades.

Maçonaria

Em 1908, volta ao México com encargos e credenciais para estabelecer lojas maçônicas e ramos de estudos herméticos. Não obstante prefere unir-se à loja mais importante da Capital, a Grande Loja “Valle de México”, onde instalou seu atendimento para os enfermos, com base nos postulados da homeopatia.

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Havia realizado os cursos do Dr. Encausse em Paris e os da Escola Original de Homeopatia, fundada por Samuel Hahnemand na Alemanha, ramo de validez legal no México daquela época.

Também atua como professor de idiomas na Escola Nacional Preparatória da Cidade do México.

Na grande Loja “Balle de México”, figuravam os notáveis Francisco Madero, Jesus Maria Pinto e outros patriotas que logo ocupariam a Primeira Magistratura do Estado e importantes cargos na Administração Pública. Entre eles se encontrava o Dr. Jrumm Heller, brilhando com luz própria em seu rol de médico e mestre maçom.

O Mestre tinha então o Grau 30º que corresponde ao de Cavaleiro

Kadoch ou da Águia Branca e Negra. Kadosh é uma palavra hebraica que significa “Santo”, “Puro”, “Consagrado”.

Em seu regresso para Europa, depois da morte do Presidente Carranza em 1920, o Mestre levava consigo um acúmulo de experiências e realizações.

Havia desempenhado com grande acerto o cargo de Inspetor das Escolas Extrangeiras no Ministério de Instrução Pública; havia feito parte do exército mexicano, como médico da milícia, chegando ao grau de coronel; havia sido Diretor Geral da Escolas da Tropa, das fora fundador; o Ministro da guerra o havia enviado a Europa durante a Primeira Huerra Mundial, para realizar estudos do Serviço Sanitário de Campanha, assistindo o Congresso Medido de Budapest, onde apresentou um trabalho sobre o controle da malária; havia sido Encarregado de Negócios (Representante Diplomático) do México na Suíça com categoria de Ministro, com missão especial não conhecida publicamente; sendo-o igualmente logo na Alemanha.

No retorno definitivo a sua terra natal, levava também consigo a honrosa distinção outorgada pela Universidade do México como Doutor Honoris Causa; além disso, um importante crédito, firmado pelo Gran Past Máster, o Grande Deputado e Grande Secretário da Grande Loja “Valle de México”, referendado com o Grande Selo Secreto.

MESTRE ROSA CRUZ

Instalado na Espanha em 1924, iniciou seu apostolado como Mestre Rosa Cruz, traduzindo para o Espanhol sua novela, “Der Rosencreuzer aus México”, ao qual anexou alguns capítulos referentes a

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sua vida na Catalunha, publicando-a com o nome de “Rosa Cruz, novela de ocultismo iniciático” (1926).

Em março de 1927 iniciou a publicação da Revista “Rosa Cruz”, de ampla tiragem em todos os países da América Latina.

A difusão das idéias como Rosa Cruz, através da revista e de seus livros, lhe obrigou a atender um vastíssimo caudal de correspondência, com solicitações diversas de parte de seus leitores e potenciais discípulos da Espanha e todos os países americanos.

A distância e por correspondência organizou os primeiros grupos de estudos. Logo se fez necessária a sua presença no âmbito das Aulas; para isso realizou uma excursão continental, visitando quase todos os países da América Latina durante treze meses, desde março de 1929 até abril de 1930.

Durante a excursão, consagrou o funcionamento de vários grupos de discípulos em forma de Aula Lucis; entre elas a Aula Lucis “Rasmussen” da Colômbia, cujo Diretor foi o ocultista e taumaturgo Israel Rojas Romero que publicou várias obras de essencial conteúdo espiritual, tal como a interessante revista “Rosa Cruz de Oro”.

No Peru, Chile, Bolívia e outros países, o Mestre Huiracocha deixou estabelecidas, as bases para a organização de novos agrupamentos de discípulos que, em forma de Aula Lucis, surgiram pouco depois de ter passado por ali.

Em março de 1929 pouco antes de sua excursão, havia iniciado, do Summum Supremum Sanctuarium em Berlim, a distribuição do “Curso Zodiacal”, entre os assinantes da revista “Rosa-Cruz”. Em 1931, quando foram completadas as 12 lições do Curso Zodiacal (interrompido o envio durante a excursão), iniciou de imediato a distribuição das lições do “ Curso de Magia Rúnica”.

O Summun Supremun Sanctuarium foi o templo criado por ele sob a inspiração de Theodoro Reuss, quem antes de realizar sua transição aos Mundos Internos, o nomeou com seu sucessor.

“Um dia estava em meu rancho, recebi um chamado vindo de Múnchen, me chamava Reuss, me disse que breve iria desencarnar e tinha ordem de deixar-me o que guardamos com grandes segredos desde séculos e séculos e me deu o que se chama Grande Arcano, que eu darei a alguém ao morrer/.../”.

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Adolfo Hitler logo usurpou as siglas S.S.S., anexando-as a sua função político, embriagado de prepotência e presunção al atribuir-se o haver desvelado os grandes enigmas cósmicos.

O mestre sofreu as perseguições da GESTAPO, polícia política do regime de Hitler, mas sempre logrou salvar-se de forma milagrosa, tal como se salvou em três ocasiões de ser fuzilado, durante os confusos acontecimentos da revolução mexicana e durante a ditadura franquista na Espanha.

Finalmente realizou sai transição em sua cama, aos setenta e dois anos de idade, sem haver deixado de realizar uma vírgula do que tinha pautado para sua existência.

NA IGREJA GNÓSTICA

A Igreja Gnóstica Católica ou antiga, corrente filosófica dos primeiros cristãos, evoluiu através de todos os séculos, sustentada pelos membros de diversos movimentos esotéricos, como a comunidade dos Essênios e a Ordem Rosa Cruz, a Maçonaria, a Ordem dos Iluminados, a Ordem Martinista e outras.

Todos os maços e ocultistas que se associaram em 1902 para constituir a O.T.O., vinham das fileiras da Sociedade Teosófica e havia sido discípulos de Blavatsky. Cada um deles saiu logo da Teosofia para construir um movimento espiritual particular, para o desenvolvimento da missão que havia recebido do alto.

Franz Hartman, havia fundado na Alemanha a Fraternidade Rosacruz, Heinrich Tränker, a Pansofia; Rudolf Steiner, a Sociedade Antroposófica; Aleister Crowley, a Astrum Aregentum na Inglaterra; Krumm Heller, a Fraternitas Rosicruciana Antiqua na Espanha. Cada um desses movimentos e outros vários do âmbito europeu, permaneciam confederados, à Ordo Templi Orientis e a Igreja Gnóstica Católica.

Em paralelo com as atividades na maçonaria mexicana e na Loja Martinista, Krumm Heller seguia formando parte do Comitê Ventral da Ordo Templi Orientis na Alemanha.

Mais adiante, conheceu a outros Mestres e intimou mais com seus velhos amigos, Peithan, Crowley, Tränker (Basilides, Perdurabo e Recnactus respectivamente); aos quais dedicou seu livro “Logos, Mantram, Magia”.

Assim mesmo manteve um permanente contato inspirador com: “o iluminado Mestre do Invisível, cujo nome não se deve estampar”.

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Nos diplomas outorgados pela Ordo Templi Orientis, autorizando o funcionamento de algumas instituições como a Antiga e Mística Ordem Rosacruz (AMORC), que H.Spencer Lewis, estabeleceu em San Jose da Califórnia em 08 de fevereiro de 1915, aparece com a assinatura de Krumm-Heller, em sua condição de Secretário da O.T.O. O Presidente era Teodoro Reuss( Frater Peregrinus).

Seu vínculo com a Igreja Gnóstica se fortaleceu cada vez mais até o fim de seus dias.

Já em 1930, no final de sua excursão pela América Latina, era Bispo da Igreja Gnóstica. Em seu retorno foi iniciado como Arcebispo, pelo Patriarca Basilides, que antes de morrer em 1944, transmitiu seus poderes e funções ao Mestre huiracocha, como Patriarca da Igreja Gnóstica Católica.

No anuário Astrológico Bucheli de 1950, se resenha a notícia da passagem aos mundos internos do venerável Mestre Huiracocha. Segundo a notícia, convidou a sua partida aos planos internos, a seus mais chegados discípulos e colaboradores, e alguns mestres de sua amizade e confiança porque conhecia a hora e a data de seu desenlace.

Vários anos depois Israel Rojas, conservava com religioso respeito, a carta que recebeu em Bogotá, na qual o Mestre Huiracocha lhe convidava para que estivesse presente no momento de sua transição.

OBRAS LITERÁRIAS

O primeiro livro escrito por Arnold Krumm Heller, veio a luz no Chile em 1896, quando em sua adolescência, buscava todavia um horizonte para definir as linhas de sua vida. Tinha 20 anos de idade quando escreveu “Mi Sistema”, aparentemente é uma recompilação dos escritos realizados para a revista “Reflejo Astral”, seguramente referidos ao tema do Espiritismo.

Outro tema apreciado pelo Mestre foi o contato com a natureza, como fonte de inspiração para a elevação moral e espiritual do homem. Disso falou de maneira mais completa em sua obra “Humboldt”, publicada no México em 1910; referida às viagens e expedições realizadas cem anos antes pelo varão alemão, Alexander von Humboldt, através das mais virginais paragens da nossa América.

Em 1910 publicou no México um folheto, produto do material elaborado para a conferência, com o título de “El Zodíaco Azteca em comparación com el de los Incas”. Antes deste, em uma data que não

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pode ser precisada, entre 1906 e 1909, Krumm Heller publicou “No Fornicarás”, onde realiza uma explicação sintetizada de alguns dos temas da magia tântrica sexual, que havia sido recebido de Papus e de outros Mestres na Europa, disto faz referência na Revista Rosa-Cruz de junho de 1930.

“Si os Irmãos Rosa Cruz buscam obras gnósticas nas bibliotecas, sempre que os encarregados de cuidar dos livros não hajam seguido o exemplo de São Jerônimo, de queimar tudo os vestígios de questões sexuais, encontrarão verdadeiras maravilhas, como eu as encontrei, pois os Gnósticos foram os que me deram a mim a chave da Magia Sexual. Sei que alguns teósofos me chamaram de mago negro, porque me ocupo destes estudos, mas nisso se todos estão de acordo que quanto a magia sexual sou autoridade, que me ocupei muitos anos dessa disciplina, publicando há mais de vinte anos, meu primeiro livro “Não Fornicarás”, que naquela época chamou m uita atenção. Hoje só se encontra nas bibliotecas”.

Em 1911, escreveu no México um texto denominado “Los Tatwas y su aplicación em la vida práctica”. Um artigo que lhe chegou de Berlim, escrito por seu amigo Brandler Prach, lhe animou a publicar seu trabalho sobre Tatwas, do qual já se havia ocupado amplamente em suas Conferências Esotéricas.

Quinze anos mais tarde, vivendo na Espanha, recomporia a obra e a publicaria com o nome de “El Tatwámetro o lãs vibraciones Del éter” (1926).

Em 1912 se monta no Teatro Abreu do México, com um drama em três atos, entitulado “La Ley de Karma”, escrito por ele mesmo. A crítica especializada lhe confere comentários muito positivos.

Em 1913, publica no México um texto com a coleção completa de suas “Conferências Esotéricas”, que havia ditado entre 1908 e 1909. Inseriu nela, a título de prólogo, o relato de sua própria vida de discípulo. Tinha 33 anos de idade quando escreveu essa resenha bibliográfica.

No final da Primeira Guerra Mundial, cumprindo funções diplomáticas em representação do governo mexicano, escreve suas memórias. Entre seus escritos daquela época ressaltam as obras: “Der Rosenkreuzer aus Mexico” (El Rosacruz de México), Berlim 1918, e “Für Freiheit und Rect.” (Por la Libertad y la Justicia), Berlim 1916; esta última cop o subtítulo de “Mis vivencias en la Guerra Civil mexicana”.

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Em 1917 publica na Alemanha duas novelas de costumes mexicanos: “Alfredo” y “Hertha, das Strasenmädchen. A segunda teve muito êxito entre o público e chegou a ser reeditada 23 vezes em nove anos. O título "Hertha", tem reminiscências místicas, pois corresponde ao nome da divindade da “Mãe Terra”, na mitologia germânica.

Indubitavelmente sua obra mais famosa foi a versão castelhana de sua novela “Der Rosencreuzer aus México”,, El Rosacruz de México, que oito anos mais tarde, na Catalunha, ele a traduziria ao espanhol. A versão espanhola se denomina “Rosa Cruz, novela de ocultismo iniciático”, foi editada pela Casa Maucci de Barcelona, tem alguns capítulos agregados que não figuram na edição alemã original, correspondentes às experiências das pessoas de Barcelona e Badalona, especialmente suas vivências místicas, nos maciços com erosão de Montserrat.

Nela o Mestre rende homenagem póstuma a seu companheiro e discípulo, o Comandante Alfonso Montenegro, jovem médico na época da insurreição que acabou com a vida do Presidente Madero. Na novela o personagem se apresenta com o nome de Montenero.

Na mesma época publicou na Alemanha um ensaio intitulado “México míen Vaterland”, “México minha pátria querida”; um estudo sobre a constituição alemã, que foi adotada no seu tempo como livro texto para os colégios superiores.

Traduziu para o alemão e publicou os poemas de seu amigo muito querido Juan Crisóstomo Dias Nervo, conhecido mundialmente no âmbito da literatura como Amado Nervo.

Junto com a novela “Rosa Cruz” e o “Tatwámetro” publicou em 1927, “Tratado de Quirología Médica”, sendo estas três obras elaboradas e editadas em Barcelona, Espanha. Nesta época publicava artigos sobre temas científicos no “Diario de Comercio” em Barcelona. No México havia colaborado, de maneira permanente, com o periódico “El Imperial”, assim como o periódico “ La Raza” de San Antonio, Texas.

Em 1928 escreveu “El Secreto de la Suerte”, um manual para buscar o momento propício, - segundo o biorritmo pessoal, o tatwa e as posições planetárias favoráveis -, para ganha na loteria. O texto tem como subtítulo “Cálculos hechos por un Astrólogo Alemán para rasgar el velo de la fortuna”.

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Na Revista Rosa Cruz, de setembro de 1928, dizia a um correspondente de San Antonio, Texas:

“Não me é permitido receber o dinheiro que me mandam e por assim eu o devolvo, e sirva de contestação a muitos. Diariamente recebo transferência financeiras em que pessoas favorecidas pela sorte, usando o livro sobre a loteria, que em má hora publiquei, me mandam parte do dinheiro sacado. Devo adverti-lhes de uma vez para sempre, que está proibido aceitar dinheiro adquirido desta forma e ainda se me fosse permitido, o rechaçaria, pois só publiquei o livro como um estudo para provar a exatidão de minhas teorias. Por outra parte não é possível que todos saquem o dia seguinte a bolada. Fixe-se bem, só dou os dias harmônicos para comprar os bilhetes”.

Em sua excursão pela América Latina entre 1929 e 1930, falou sobre o tema de seu próximo livro: “Logos, Mantram, Magia”. Na Colômbia, dedicou a este tema várias conferências. Em seu regresso concluiu a obra e apublicou.

Também em 1930, publica “Biorritmo”, interessante e útil compêndio sobre os ciclos vitais, baseados nos três ciclos do homem, 23, 28 e 33, marculino, feminino e espiritual ou intelectual respectivamente.

Sua próxima edição, “Rosa Esotérica”, a mais poética e terna das obras de Krumm-Heller, cheia de lendas, mitos e anedotas para a vida espiritual.

Logo seguiu em 1931, “La Iglesia Gnóstica”. Realizaram-se quatro edições em curto espaço de tempo, ao longo do qual, o Mestre supriu a edição, com uma argumentação categórica no Prólogo da edição:

“Já que a terceira edição deste livro se acha esgotada, com gosto dou autorização a Livraria de Nicolas B. Kier, para que lance de novo este ensaio tão necessário a meus amigos da Ibero-America”.

“Confesso que até agora este livro havia sido um fracasso que me doeu muito como autor. Mas a verdade há de confessa-la”.

“Não fracassou sua venda, não, ao contrário, se vendeu muito e se venderão de novo milhares de exemplares, mas logrará, esta vez, ser compreendido?”.

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“Em suas páginas faço uma resenha completa de uma quantidade de sociedades iniciáticas do passado. Falo dos Naasenos, dos Peratas, dos Pitagóricos, dos Mistérios do Egito, da Grécia, Roma, Babilônia, Síria, Pérsia, sito uma quantidade de autores como Basilides, Simão o Mago, Valentim, São Agostinho, Tertuliano, São Ambrósio, Irineu, Hipólito, Epifânio, Clemente de Alexandria, Orígenes, Marco, Cerdon, Empédocles, os Evangelhos Apócrifos e eu esperava que se me pedissem chaves de tudo isto”.

“Nada disto eu logrei. Não leram estas obras, ninguém estudou a Gnosis. Celebraram a Missa Gnóstica com a mesma rotina como o fazem nas demais igrejas”.

“No Brasil publicaram uma revista, mas nenhum artigo que trate de Gnosis em sua parte oculta e por isso esta não merece o nome que leva”.

“Assim hoje, que volta a sir este livro, eu suplico aos leitores, não leiam superficialmente, senão que repitam a leitura várias vezes, que estudem a literatura mencionada e logo me peçam práticas, só então teremos os primeiros Gnósticos que até agora, pena me dá confessa-lo, estou só e não mudar a situação, não voltarei a permitir que se publique outra edição”.

“Assim, que os aficionados aos estudos herméticos sabem o que fazem. Desde que consigamos alguns que penetrem nos mistérios, me darei por satisfeito e estarei contente. Assim a frente...a frente”.

Não teve a resposta que esperava. Passaram vários anos depois desta edição e não voltou a autorizar outra mais. Confessava estar só. Depois de sua partida definitiva para os Mundos Internos, seu filho Parsival – pouco antes de afastar-se para a atividade profissional privada -, transferiu por escrito à Mestra Ana Delia González, os direitos de autor sobre os quais ele tinha propriedade. Não foi senão em 1980 quando a legítima sucessora e herdeira, autorizou ao Editorial Kier S.A., de Buenos Aires para qie produzisse outra tiragem, sendo Francisco Téllez Días, Irmão Servidor Delphis da aula Lucis Thelema e Luz da Cidade de Valencia, Venezuela, quem realizou o prólogo para nova edição.

Em 1934 publicou simultaneamente duas obras: “Plantas Sagradas” e “Del Incienso a la Osmoterapia”, ambas sobre terapêutica natural. Em Plantas Sagradas o Mestre resenha amplas explicações

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sobre as propriedades curativas de numerosas espécies vegetais; no livro de “Osmoterapia”, se refere à virtude sanadora de certas fragrâncias e perfumes. A partir desta data, os azares da guerra e as perseguições de foi objeto por parte dos nazis, limitaram sua produção literária.

O Mestre Huiracocha dedicou os últimos anos de sua vida à elaboração de seus Cursos Esotéricos de Cabala, Taumaturgia e Magia Superior, além de desenvolver uma indústria de produtos medicinais que contava com várias linhas de tônicos e vitaminas para tratar distintos tipos de enfermidades. Todos os textos que se propôs a elaborar para seus discípulos, logrou elabora-los, exceto o de Magia superior, o qual seu filho Parsival completou, com notas e guias do Mestre.

O número de obras de sua pluma alcançou exatamente 22. Há nele uma valor significativo para o estudante cabalista. Si analisarmos o conteúdo e o título de cada uma destas obras, em analogia com os 22 Arcanos Mayores da Cabala se encontrará uma correlção interessante, onde estará o presente o “essencial”.

A Lista completa de títulos é:

1• Mi sistema (1896)

2• No Fornicarás (1908?)

3• Humboldt (1910)

4• El Zodíaco Azteca en comparación con el de los Incas (1910)

5• Los Tatwas y sus aplicaciones en la vida diaria (1911)

6• La Ley de Karma (1912)

7• Conferencias Esotéricas (1913)

8• Für Freihert und Rect. (1916)

9• Alfredo (1917)

10• Hetha das Strasenmädchen (1917)

11• Der Rosencreuzer aus México (1918)

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12• México mein Vaterland (1918)

13• Rosa Cruz, novela de ocultismo iniciático (1926)(click para descargar publicación completa)

14• Tratado de Quirología Médica (1927)

15• El Tatwámetro o las vibraciones del éter (1927)(click para descargar publicación completa)

16• El Secreto de la Suerte (1928)

17• Logos, Mantran, Magia (1930)(click para descargar publicación completa)

18• Biorritmo (1930)(click para descargar publicación completa)

19• Rosa Esotérica (1930)(click para descargar publicación completa)

20• La Iglesia Gnóstica (1931)(click para descargar publicación completa)

21• Plantas Sagradas (1934)(click para descargar publicación completa)

22• Del Incienso a la Osmoterapia (1934)(click para descargar publicación completa)

REVISTA ROSA CRUZ

Na Primavera de 1927, o Dr. Krumm Heller iniciou em Badalona a publicação da revista que tanto prestígio chegou a dar-lhe no mundo ocultista.

No terceiro número do ano dois, (maio de 1928), o mestre manifesta satisfação, que esse meio resulta o mais idôneo para a divulgação dos ensinamentos herméticos.

“Notei que com este, logro mais que com todas as minhas publicações”.

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A revista fue combatida pelo clero espanhol. Em princípio houve um cerceamento por parte de alguns emissários do Bispo Millares, de Barcelona, mas a intenção era que seus escritos se encaminharam a enaltecer, os valores seculares da Igreja. Não aceitou a intromissão e como resultado sua revista foi excomungada.

Em 1931, já havia alcançado a notável tiragem de 5.000 exemplares por edição. Em cada edição o Mestre dava entrega por entrega, temas relacionados a Saúde, Astrologia, Doctrina Rosa Cruz, Tatwas, Alquimia, Naturismo, vocalização dos Mantrans, Igreja Gnóstica, medicina espiritual, atualidade mundial, resenha de leituras e outros apaixonados temas saídos de sua pluma.

A revista foi uma autêntica ponte de enlace entre o pensamento do Mestre e seus discípulos. Numerosas cartas e reportagens chegavam de todas as partes do mundo, forçando-o a manter um ritmo intenso de atividade epistolar, que manteria até o final de seus dias.

AS semente fora lançada em todos os campos do continente e ainda mais além, já havia nascido novos brotos que começavam a crescer e a dar seus frutos dos locais de reunião para a leitura e discussão dos temas da revista Rosa Cruz, surgiram novos discípulos e logo as lojas que deram continuidade a sua obra.

Alguns dos lugares de reunião para tratar os temas do Mestre, eram as livrarias onde se distribuía a revista. Entre os casos notáveis estão: os esposos Bucheli em Santiago do Chile, editores do Anuário Astrológico Bucheli; Israel Rojas Romero, su discípulo na Colômbia, que era proprietário da Livraria Universo de Bogotá.

Na Venezuela, um lugar importante de reunião foi a Livraria de Pérez Molina em Valência. Na Revista de novembro de 1930, apareceu publicada uma parte do trabalho escrito por um dos leitores venezuelanos sobre a Igreja Gnóstica, al qual o Mestre lhe anexa em epígrafe:

“Recebi estudos muito formosos de alguns Irmãos, impossível de dá-los todos, mas quero dar a palavra ao querido Irmão don Cayetano A. Méndez de Valência(Venezuela), pois vejo que já meu labor como semeado. Recolhe seus frutos. Ao querido irmão Méndez vãos as felicitações dos Veneráveis Mestres do S.S.S. sobretudo do Patriarca”.

A publicação da revista se iniciou em Badalona, Espanha, mas logo, com a derrocada de Miguel Primo de Rivera e a instauração do fascismo da mão de Francisco Franco, o Mestre teve que emigrar sub-

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repticiamente, para refugiar-se na Alemanha, ajudado por alguns discípulos que llhe proporcionaram uma pequena embarcação de cabotagem para sair da Catalunha, onde perigava sua vida.

Na Alemanha foi perseguido pela gestapo e foram confiscados seus bens, devido a sua forte oposição ao regime nazi. Don Luis Rafael Téllez, conserva todavia em Valencia, Venezuela, a oração que o Mestre lhes encomendou fazer em uma cadeia mental, para que Hitler não alcançasse seus propósitos de dominação mundial. A oração o Mestre enviou a seus discípulos para deter Hitler, não figura em nenhum de seus escritos, se tratava de algo delicado e perigoso, que eles atenderam com a devida solenidade e cumpriram com solene sigilo.

No Livro "Logos, Mantram, Magia" o Mestre diz:

“O pensamento bem determinado, bem concreto, pode ser como uma flecha que se dispara em tal ou qual sentido/.../”.

“/.../ as palavras atuam não tão só pelo significado que guardam como expressão do pensamento, senão porque comovem o astral com seu impulso vibratório, deixando nele sua pegada benévola ou perversa”.

O Mestre Huiracocha, Doutor Arnold Krumm Heler, foi um ocultista de porte mundial, sua passagem pelo plano físico legou à humanidade um programa de trabalho que encaminha o homem a sua plena realização espiritual.

Sua entrega e dedicação, seu programa de trabalho e seu guia nos mundos internos, se transformaram na luz que ilumina o caminho de todos os seus seguidores que só aspiram continuar o seu trabalho, que não é mais do que acelerar conscientemente o desenvolvimento espiritual do ser.

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