biodiversidade e cooperação na união europeia

56
Paula Lopes da Silva Secretária da Direcção Nacional Biodiversidade e Relações Internacionais Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza A Biodiversidade nas políticas de Cooperação da União Europeia

Upload: paula-lopes-da-silva

Post on 12-Dec-2014

2.414 views

Category:

News & Politics


4 download

DESCRIPTION

A Biodiversidade nas políticas de Cooperação da União Europeia - Apresentação feita nas Jornadas da Universidade de Évora Biodiversity and Cooperation Policies in EU - Presentation made at Evora University

TRANSCRIPT

Page 1: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

Paula Lopes da Silva

Secretária da Direcção NacionalBiodiversidade e Relações InternacionaisQuercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

A Biodiversidade nas políticas de Cooperação da União Europeia

Page 2: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

Biodiversidade: alguns conceitos

Biodiversidade: A diversidade biológica é o número, variedade e variabilidade de organismos vivos. O conceito inclui diversidade intra-específica ou dentro da espécie (diversidade genética), inter-específica ou entre espécies (riqueza de espécies), e entre ecossistemas.

Serviços dos Ecossistemas: benefícios locais e globais que as pessoas obtêm dos ecossistemas.

Serviços essenciais para o bem-estar humano: alimentos, combustíveis, materiais de construção e medicinais, etc.

Serviços reguladores: criação de solos férteis, fixação de carbono, purificação do ar e água, polinização ou controle de cheias e erosão.

Estudos recentes mostram que as espécies se estão a extinguir a uma taxa 1000 vezes superior ao normal

Page 3: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

Estado da Biodiversidade no Mundo

A Análise do Milénio sobre Ecossistemas

Decorreu de uma ideia lançada a nível mundial pelo Secretário Geral das Nações Unidas, Koffi Annan, em 2001

Objectivo geral: responder à necessidade de informação científica sobre a condição actual e as consequências das mudanças nos ecossistemas para o bem estar humano, especialmente a informação necessária para a implementação da Convenção da Biodiversidade, da Convenção do Combate à Desertificação e da Convenção das Zonas Húmidas.

De 2001 a 2005 mais de 1360 especialistas em todo o mundo trabalharam nesta iniciativa internacional, que forneceu uma avaliação multi-escala, isto é, avaliações interligadas aos níveis global, sub-global e locais dos ecossistemas e sua capacidade de fornecer serviços dos quais o Homem depende.

Page 4: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

Estado da Biodiversidade no MundoA Análise do Milénio sobre Ecossistemas (MA) – Biodiversidade

De acordo com a Análise do Milénio sobre Ecossistemas dois terços dos chamados “serviços prestados pelos ecossistemas” estão em declínio em todo o mundo, comprometidos pelo uso excessivo e perda de riqueza em espécies, que assegura a sua estabilidade.

Enquanto o enfoque principal da cooperação para o desenvolvimento é a redução da pobreza, é agora amplamente aceite que uma melhor condução e entrosamento dos assuntos ambientais não é um luxo, mas uma necessidade absoluta para atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.

Page 5: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

Estado da Biodiversidade no MundoA Análise do Milénio sobre Ecossistemas (MA) – Biodiversidade

A Biodiversidade beneficia os povos para além da contribuição para o bem-estar e meios de subsistência materiais. A Biodiversidade contribui para segurança, a resiliência, as relações sociais, a saúde, etc.

As alterações na biodiversidade devido a actividades humanas sucederam mais rapidamente nos últimos 50 anos do que em qualquer altura da história humana.

Os factores de mudança que causam a perda da biodiversidade e conduzem a alterações nos serviços dos ecossistemas mantêm-se ou constantes, ou sem abrandamento ao longo do tempo, ou a aumentar de intensidade.

No último século muitas pessoas beneficiaram da conversão de ecosistemas naturais e exploração da biodiversidade. Mas esses ganhos foram conseguidos graças a custos crescentes sob a forma de perda de biodiversidade, degradação de serviços dos ecosistemas, e aumento de pobreza para outros povos.

Page 6: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

Estado da Biodiversidade no MundoA Análise do Milénio sobre Ecossistemas (MA) – Biodiversidade

FACTORES MAIS IMPORTANTES DE PERDA DE BIODIVERSIDADE E ALTERAÇÃO DOS SERVIÇOS DOS ECOSSISTEMAS:

Alterações no habitat(tais como alterações no uso da terra, modificação física e drenagem de água dos rios, perda dos recifes de corais, e danos aos fundos marinhos devido a arrastões)

Alterações climáticas

Espécies exóticas invasoras

Sobre-exploração

Poluição

Mesmo nos casos em que o conhecimento sobre os custos e benefícios é incompleto, o uso do princípio de precaução pode aplicar-se quando os custos associados às alterações do ecossistema são per se elevados ou as mudanças irreversíveis.

Page 7: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

Estado da Biodiversidade no Mundo

Objectivos e metas de curto prazo não são suficientes para a conservação e uso sustentável da biodiversidade e ecossistemas. Dados os tempos de resposta característicos para os sistemas político, sócio-económico e ecológico, são necessários objectivos e metas de longo prazo (ex. 2050) para guiar políticas e acções.

A ciência pode ajudar a assegurar que as decisões são tomadas com a mais melhor informação disponível, mas em última análise o futuro da biodiversidade depende da própria sociedade.

É necessário um esforço sem precedentes para conseguir em 2010 uma redução significativa na perda da biodiversidade a todos os níveis.

http://www.millenniumassessment.org/

Page 8: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

MOVIMENTO COUNTDOWN 2010

O Objectivo Biodiversidade 2010:Mais de uma década após a implementação da Convenção da Diversidade Biológica (CBD), a consciência e o reconhecimento da perda de biodiversidade ganharam uma elevada relevância política ao nível global, nacional e regional.

Isto resultou em compromissos mais ambiciosos a partir de 2001 na UE. Enquanto que a nível global, o objectivo é ‘conseguir uma diminuição significativa da taxa actual de perda de biodiversidade’, o objectivo da UE é ainda mais ambicioso: ‘travar a perda de biodiversidade até 2010”. Este é o primeiro grande objectivo de conservação, e foi acompanhado por uma decisão semelhante pelos países europeus fora da UE.

Countdown 2010: Rede internacional de parceiros activos trabalhando em conjunto para informar e envolver o público na meta biodiversidade 2010, apoiar os governos e administrações na implementação desta meta e monitorizar e avaliar os progressos feitos pelos Governos Europeus numa base anual.

www.countdown2010.netwww.countdown2010.netwww.iucn.orgwww.iucn.org

Page 9: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

TRAVAR A PERDA DE BIODIVERSIDADEalguns marcos importantes

1992, Rio de Janeiro

CONVENÇÃO DIVERSIDADE BIOLÓGICA

Assinada por 150 líderes do governo na cimeira da Terra em 1992, a Convenção da Diversidade Biológica foi concebida como uma ferramenta prática para traduzir os princípios da Agenda 21 na realidade, reconhecendo que a diversidade biológica é sobre algo mais do que plantas, animais e micro organismos e seus ecossistemas - é sobre os povos e sua necessidade de segurança alimentar, produtos medicinais, ar e água doce, abrigo, e um ambiente limpo e saudável onde possamos viver.

Page 10: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

TRAVAR A PERDA DE BIODIVERSIDADEalguns marcos importantes

16 Junho 2001, Gotemburgo, Suécia“O declínio da biodiversidade deverá ser travado, devendo este objectivo ser atingido até 2010” Sob a Presidência da Suécia, os Chefes de Estado da UE acordaram na estratégia da EU para o desenvolvimento sustentável. Mencionado pela primeira vez, o objectivo de 2010, tornou-se “headline” para gerir e conservar os recursos naturais.

19 Abril 2002, Haia, Holanda“Atingir em 2010 uma redução significativa da taxa actual de perda de biodiversidade”As 188 partes da Convenção da Diversidade Biológica fizeram do objectivo de 2010 a missão-chave para atingir a conservação da biodiversidade; o uso sustentável da mesma; a partilha justa e equitativa dos benefícios gerados pelos recursos genéticos.

4 Setembro 2002, Joanesburgo, África do Sul “Atingir até 2010 uma redução significativa da taxa actual de perda de diversidade biológica” A Cimeira Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, assumiu o papel crítico da biodiversidade e subscreveu a meta de biodiversidade 2010.

Page 11: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

TRAVAR A PERDA DE BIODIVERSIDADEalguns marcos importantes

23 Maio 2003, Kiev, Ucrânia“Reforçar o nosso objectivo no sentido de travar a perda de diversidade biológica a todos os níveis no ano de 2010” Ministros de Ambiente e Chefes de delegação de 51 países adoptaram a Resolução de Kiev sobre Biodiversidade na 5ª Conf.ª Ministerial “Ambiente para a Europa” e definiram objectivos para atingir a meta Biodiversidade.

22 Maio 2006, Bruxelas, Bélgica“Promover a meta 2010 e colocar a biodiversidade no caminho da recuperação”A Comunicação da Comissão Europeia “Travar a perda de Biodiversidade até 2010 – e mais além” operacionaliza a meta biodiversidade 2010 com 10 objectivos prioritários e um plano de acção detalhado.

No início de 2007 também o Conselho de Ministros Europeus adoptou a Comunicação e plano de acção, que inclui também assistência aos países em vias de desenvolvimento por forma a implementarem os seus próprios planos de acção para travar a perda de biodiversidade

Page 12: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

Biodiversidade e Cooperação para o Desenvolvimento

O objectivo primário e transversal da Cooperação para o Desenvolvimento na EU é a erradicação da pobreza no contexto do desenvolvimento sustentável.

Para atingir este objectivo, os Estados Membros da UE acordaram aumentar o seu nível de Assistência Oficial ao Desenvolvimento (AOD) para 0.56% do produto nacional bruto (PNB) até 2010.

Juntamente com os restantes países comprometidos em atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, os Estados Membros da UE prometeram atingir um nível de AOD de 0.7% do seu PNB em 2015.

A Comunidade Europeia e seus EM contribuem com mais de metade do global da AOD no total de 43 biliões de dólares.

Facto: Os “Países e Territórios Ultramarinos”* da União Europeia abrigam 15% dos recifes de coral do mundo e florestas tropicais do tamanho de Portugal.*Angola não faz parte, é um ACT

Page 13: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

Porquê e como é que a Comissão Europeia presta assistência aos países em vias de desenvolvimento?

Anteriormente já havia compromissos e planos de acção, como é exemplo Plano de Acção para a Biodiversidade para a Cooperação Económica e Desenvolvimento (2001).

A Comissão melhorou a integração dos assuntos relativos à Biodiversidade nos seus documentos estratégicos de âmbito nacional e regional.

É usado um conjunto de instrumentos para assegurar que os programas de cooperação para o desenvolvimento não têm impacto ambiental negativo inclusive na biodiversidade: Avaliações Ambientais Estratégicas, Avaliações de Impacte Ambiental e análises ambientais que incluem recomendações sobre como enfrentar desafios ambientais nos programas de cooperação.

Previstos fundos destinados aos países em vias de desenvolvimento no sentido de apoiar o objectivo de travar a perda de biodiversidade.

Page 14: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

Porquê e como é que a Comissão Europeia presta assistência aos países em vias de desenvolvimento?

RELAÇÕES EXTERNAS DA UNIÃO EUROPEIA

DG Desenvolvimento

DG Alargamento

Serviço Cooperação EuropeAid (Office)

DG Relações Externas

Departamento de Ajuda Humanitária (ECHO)

DG Comércio

Page 15: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

Porquê e como é que a Comissão Europeia presta assistência aos países em vias de desenvolvimento?

Exemplos de actividades apoiadas pela Comissão Europeia 

Em Setembro de 2006, o IUCN organizou em Paris a Conferência “Biodiversidade na Cooperação para o Desenvolvimento da EU” apoiada pela Comissão Europeia e governos da Bélgica, Finlândia França e Suécia.

CONFERÊNCIA “Biodiversidade na Cooperação para o Desenvolvimento da EU

Objectivo principal: transformar os compromissos políticos em acções concretas apresentando recomendações para a Comissão Europeia e Estados Membros sobre como integrar de forma pro-activa a biodiversidade nos programas e políticas de cooperação.

O resultado desta Conferência foi a “Mensagem de Paris”.

Page 16: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

A MENSAGEM DE PARISIntegração da Biodiversidade na Cooperação para o Desenvolvimento

A "Mensagem de Paris" identifica quatro conjuntos de desafios para uma acção comum de integração da Biodiversidade nas políticas europeias de cooperação para o desenvolvimento:

Apoiar a integração da Biodiversidade nas políticas dos países parceiros;Melhorar os mecanismos de governação e participação para a redução da pobreza e uso sustentável da biodiversidade;Reforçar instrumentos e coerência políticaReconhecer a importância da biodiversidade nos Países e Territórios Ultramarinos (OCTs).

http://ec.europa.eu/development/ICenter/Pdf/MessageEN.pdf

Page 17: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

PROGRAMAS DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE EM ÁFRICA

Nos últimos decénios, a Comissão Europeia financiou alguns programas de conservação da biodiversidade em países em vias de desenvolvimento:

ECOFAC (Ecossistemas Florestais da África Central – programa regional queopera no Congo-Brazaville, Gabão, Camarões, Guiné Equatorial, República Centro Africana, São Tomé e Príncipe)

RAPAC (Rede de Áreas Protegidas da ÁfricaCentral)

GRASP (The Great Apes Survival Project)

MIKE (Monitoring the Illegal Killing of Elephants)

GRASP – Chimpanzés Órfãos © Ian Redmond

Page 18: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

PROGRAMAS DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE EM ÁFRICA

O Instrumento de Cooperação e Desenvolvimento

O novo acto base que enquadra actividades nestes sectores é o Instrumento de Cooperação e Desenvolvimento, que entrou em vigor a 1 Janeiro de 2007. Integra as várias estratégias geográficas e temáticas num só instrumento.

Áreas temáticas:

Investimento em RH; Ambiente e uso e gestão sustentável de recursos naturais; Actores não estatais e autoridades; Melhoria da segurança alimentar; Cooperação na área das migração e asilo.

ANEXO II (Ocde/DAC LISTA DOS RECEPTORESDE ODA): Inclui Angola

Page 19: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

Programa Temático de Ambiente e Gestão Sustentável de Recursos Naturais, incluindo Energia (ENRTP)

Inserido no âmbito do Instrumento de Cooperação e Desenvolvimento, este programa irá cobrir a dimensão ambiental do desenvolvimento e outras políticas externas promovendo as políticas ambientais e energéticas da União Europeia para além das suas fronteiras.

€804 milhões de euros para 7 anos entre 2007 e 2013.

No período 2007-2010: incluirá €85.5 milhões para duas novas iniciativas relacionadas com alterações climáticas e energias renováveis.

Programa adoptado a 25 Janeiro de 2006 pela Comissão Europeia após um processo consultivo com os interessados principais. Substitui anteriores linhas de financiamento.

http://ec.europa.eu/development/ICenter/Pdf/Environment/ENRTP/COM_(2006)_20_FR.pdf

Page 20: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

Programa Temático de Ambiente e Gestão Sustentável de Recursos Naturais, incluindo Energia (ENRTP)

PRIORIDADES

Contribuir para atingir os objectivos de Desenvolvimento do Milénio (assegurar a Sustentabilidade Ambiental), principalmente construindo capacidade interna (capacity building) para integrar o ambiente nos países em vias de desenvolvimento, apoiar os actores da sociedade civil, monitorizar e avaliar e preparar soluções inovadoras;

Promover a implementação de iniciativas e compromissos da UE a nível internacional, nomeadamente nas áreas do desenvolvimento sustentável, alterações climáticas, biodiversidade, desertificação, florestas e sua governação, recursos marinhos, resíduos e produtos químicos, etc.;

Melhorar a integração das questões ambientais, particularmente no que respeita ao combate à pobreza, expandindo as responsabilidades da UE e através de ajuda de cooperação e de especialistas;

Page 21: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

Programa Temático de Ambiente e Gestão Sustentável de Recursos Naturais, incluindo Energia (ENRTP)

Melhorar a governança* internacional no que respeita o ambiente e o papel de liderança da EU, particularmente prestando assistência em monitorização e avaliação aos níveis regional e internacional, ajuda à implementação de acordos multilaterais sobre ambiente e apoio para organizações internacionais e processos relacionados com ambiente e energia;

Promover opções para energias renováveis, particularmente através de apoio institucional e assistência técnica, a criação de um quadro legislativo e administrativo propício ao investimento, desenvolvimento de negócios e encorajamento à cooperação regional.

* A governança refere-se às normas, processos e condutas através dos quais se articulam interesses, se gerem recursos e se exerce o poder na sociedade.

Page 22: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

Programa Temático de Ambiente e Gestão Sustentável de Recursos Naturais, incluindo Energia (ENRTP)

ANÁLISE DAS ONGS NA CONSULTA PÚBLICA

OBJECTIVO 1: “Tornar o enquadramento ambiental internacional justo e correcto”A UE tem um papel crítico para assegurar que as instituições e os sistemas ambientais internacionais de governança são melhorados, por forma a cumprir bem os papéis vitais que lhes são atribuídos.

OBJECTIVO 2: “Apoiar melhorias às estruturas ambientais nacionais e regionais”assegurando-se de que os países ou as regiões que são parceiros-chave tenham as ferramentas para gerir eficazmente o seu ambiente.

OBJECTIVO 3: “Enfrentar desafios globais imediatos” A UE deve assegurar-se que os compromissos ao lidar com os desafios ambientais globais críticos são efectivos, mesmo quando os processos nacionais ou internacionais são ineficazes.

OBJECTIVO 4: “Melhorar o desempenho da UE”Certificando-se de que todas as políticas vão no sentido certo e que o ambiente é tomado a sério em todas as políticas e programas.

Page 23: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

Programa Temático de Ambiente e Gestão Sustentável de Recursos Naturais, incluindo Energia (ENRTP)

Oportunidades de financiamento

Os pedidos de propostas (Calls for proposals) serão em princípio abertos em Novembro/Dezembro de 2007 pelos Serviços da Comissão EuropeAid:

http://ec.europa.eu/europeaid/index_en.htm

Page 24: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

ANGOLA- ESTRATÉGIA E PLANO DE ACÇÃO NACIONAIS PARA A BIODIVERSIDADE

A Resolução Nº. 42/06 de 26 de Julho do Conselho de Ministros do Governo Angolano aprovou a ESTRATÉGIA E PLANO DE ACÇÃO NACIONAIS PARA A BIODIVERSIDADE

Elaboração da Estratégia: Governo de Angola, instituições governamentais responsáveis pelos sectores do agricultura e desenvolvimento rural, ambiente, energia e águas, geologia e minas, pescas e petróleos.

Apoio de: Faculdade de Ciências da Universidade Agostinho Neto, Rede Ambiental Maiombe; Governos Provinciais, sector privado e instituições doadoras para a realização dos vários workshops regionais, com várias instituições responsáveis pela gestão da biodiversidade; consultores diversos.

Financiamento: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Fundo Mundial para o Ambiente (GEF), Agência Norueguesa para o Desenvolvimento Internacional (NORAD). Apoio do Comité da Indústria Petrolífera em Angola para o Ambiente, Saúde e Segurança.

Page 25: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

ANGOLA- ESTRATÉGIA E PLANO DE ACÇÃO NACIONAIS PARA A BIODIVERSIDADE

A Estratégia e o Plano de Acção estão interligados através de oito Áreas Estratégicas que foram definidas através de um processo de consulta pública que envolveu representantes de instituições governamentais, autoridades locais e tradicionais, associações de defesa do ambiente, sector de ensino, sector privado e imprensa.

OBJECTIVO GLOBAL DA ESTRATÉGIA

Incorporar nas políticas e programas de desenvolvimento medidas para a conservação e o uso sustentável da diversidade biológica e a distribuição justa e equitativa dos recursos biológicos em benefício de todos os Angolanos.

Page 26: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

ANGOLA- ESTRATÉGIA E PLANO DE ACÇÃO NACIONAIS PARA A BIODIVERSIDADE

ÁREAS ESTRATÉGICAS:

A: Investigação e Divulgação de Informação B: Educação para o Desenvolvimento Sustentável

C: Gestão da Biodiversidade nas Áreas de Protecção Ambiental

D: Uso Sustentável das Componentes da Biodiversidade

E: O Papel das Comunidades na Gestão da Biodiversidade

F: Reforço Institucional

G: Legislação e Sua Implementação

H: Gestão, Coordenação e Monitorização

Page 27: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

ANGOLA- ESTRATÉGIA E PLANO DE ACÇÃO NACIONAIS PARA A BIODIVERSIDADE

Projecto “Support for Capacity Building to Improve Environmental Planning and Biodiversity Conservation in Angola” – 1st Phase (Project 000111111 – ANG/02/005).

Financiado pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas

Recomendações: (…)

7.7 International cooperation initiatives for environmental protection in Angola

• Not remain restricted to partnership with MINUA for developing environmental protection projects in Angola. Involve other actors (universities, sectoral ministries, NGOs, provincial governments, research centers) in environmental projects.

Page 28: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

A Quercus e o objectivoParar a perda de biodiversidade

Seminário Sociedade Civil, Empresas e BiodiversidadeFundação Calouste Gulbenkian, 26 Setembro 2007

Workshop Business and Biodiversidade e as ONGsLisboa, 27 Setembro

Lançamento do “Condomínio da Terra”Semana 8-11 Outubro - Curitiba, Brasil

Programa Quercus Biodiversidade Reservas e Micro-reservas QuercusCentros de Recuperação de Animais SelvagensProjectos de reflorestação e adensamento florestalConservação de bosquesProjecto “De Olhos na Floresta”Combate a espécies invasorasRecuperação de zonas húmidas, linhas de água e espécies piscícolasAvifauna e Linhas EléctricasPromover a protecção de CetáceosProjecto Empresas e BiodiversidadeCondomínio da Terra

Page 29: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

A Quercus e o objectivoParar a perda de biodiversidade

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

EEB – European Environmental Bureau Integra a Comissão Executiva, participa em vários grupos de trabalho, incluindo o grupo de trabalho “Biodiversidade”

Membro da rede Countdown 2010

Membro de: Pesticides Action Network (PAN), FSC

Relações institucionais com: CAN, T&E, outras

Parcerias e colaboração com Greenpeace

Page 30: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

QUERCUS-ANCN22 ANOS EM DEFESA DA BIODIVERSIDADE

Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza. Fundada a 31 de Outubro de 1985.

A designação Quercus assume a designação genérica em latim dos carvalhos, azinheiras e sobreiros.O símbolo: uma folha e bolota de carvalho-negralExpressam a preocupação e empenhamento na conservação da Natureza que marcaram desde o início a actividade da associação.

Page 31: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

FUNDO QUERCUS PARA A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA

Instrumento de enquadramento dos projectos de Conservação da Natureza e Biodiversidade, garantindo fundos para a sua concretização.

O Fundo Quercus para a Conservação da Natureza

Page 32: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

RESERVAS QUERCUS

TEJO INTERNACIONAL

Monte Barata Casa do Rosmaninhal Monte da Cubeira Casa-abrigo do Cabeço da Pinhelva Observatório de Aves Alimentador de Abutres

Page 33: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

TEJO INTERNACIONAL - ROSMANINHAL

TEJO INTERNACIONAL - ROSMANINHAL

Page 34: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

MONTE BARATA

Page 35: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

REDE DE MICRO-RESERVAS BIOLÓGICAS

Micro-reservas: pequenas áreas para conservação de habitats, fauna, comunidades vegetais e endemismos botânicos raros ou ameaçados.

7 Micro-Reservas

+ outras em estudo e negociação

Page 36: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

REDE DE MICRO-RESERVAS BIOLÓGICAS

Duas parcelas com 10 hectares em zonas declivosas nas margens do Tejo e de alguns barrancos afluentes.

Além de alguns zambujeiros e azinheiras, estas parcelas possuem manchas de matagal mediterrânico e afloramentos rochosos importantes para a nidificação de espécies raras da nossa avifauna: bufo-real, cegonha-preta, abutre-do-egipto e águia-de-bonnelli entre outras.

Cegonha-preta

Escarpas com nidificação de aves rupícolas do Tejo Internacional

Page 37: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

REDE DE MICRO-RESERVAS BIOLÓGICAS

Um dos mais importantes abrigos de morcegos em Portugal, numa área do vale do rio Nabão (aprox. 1 ha).

Populações de espécies, raras ou em perigo de extinção. Colónia com mais de 2500 Morcegos-de-peluche (Miniopterus schreibersii); colónia com algum significado de Morcego-rato-grande (Myotis myotis) com perto de 1000 indivíduos e centenas de indivíduos de Morcego-de-franja (Myotis nattererii).

Colónia de morcego-rato-grande

Abrigo de Morcegos do Sítio “Sicó-Alvaiázere”

Localização: Sítio da Rede Natura do Sicó Alvaiázere

Page 38: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

REDE DE MICRO-RESERVAS BIOLÓGICAS

Turfeira na Serra da Freita

Contratualizada a gestão duma área de 2,4 ha. As turfeiras de altitude ocorrem em biótopos permanentemente encharcados, em fisiografias planálticas, nas serras de maior altitude do Norte e Centro de Portugal.

A maior parte são atapetadas por musgos do género Sphagnum, onde coexistem também as urzes (Calluna vulgaris), os tojos (Ulex minor) e plantas insectívoras como a orvalhinha (Drosera rotundifolia) e diversas ciperáceas (plantas vasculares associadas a estas comunidades).

Turfeira na Serra da Freita

Page 39: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

REDE DE MICRO-RESERVAS BIOLÓGICAS

Localização: Região de BejaAdquirido um terreno com cerca de 1 ha para protecção e fomento desta espécie, endemismo lusitano muito raro.

Os poucos núcleos populacionais conhecidos incluem usualmente algumas centenas de exemplares.

O terreno será vedado e procurar-se-á conhecer quais as melhores condições para o desenvolvimento desta pequena planta anual.

Linaria ricardoi

Monte do Outeiro: protecção de Linaria ricardoi

Page 40: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

REDE DE MICRO-RESERVAS BIOLÓGICAS

Em colaboração com o ICN – proprietário deste espaço - foi criada esta micro-reserva com cerca de 10 ha

Objectivo: protecção de diversas espécies botânicas de onde se destacam Armeria pseudarmeria (cravo romano) e Dianthus cintranus spp. Cintranus (cravo de Sintra). Medidas de gestão principais: controle de acessos, de pisoteio e de exóticas infestantes, colocação de informação.

Serra de Sintra – zona da Peninha

Page 41: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

REDE DE MICRO-RESERVAS BIOLÓGICAS

Localização: Serra da Estrela

Uma das populações mais numerosas desta espécie em Portugal.

Algumas espécies de narcisos, entre as quais o narciso-de-trombeta, estão muito ameaçados pela colheita de bolbos e pela mobilização dos solos nos seus habitats.

Narcissus pseudonarcissus subsp. nobilis

Sítio dos Prados: protecção de Narcissus pseudonarcissus subsp. nobilis

Page 42: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

REDE DE MICRO-RESERVAS BIOLÓGICAS

Localização: Sítio da Rede Natura 2000 “Sicó-Alvaiázere”

Adquirida com base em compensação por apuramento de responsabilidade ambiental.

Deverá vir a atingir os 9 ha visando proteger um habitat prioritário no âmbito da Directiva Habitats:

Prados secos seminaturais e facies arbustivos em substracto calcário com a presença de várias espécies de orquídeas.

Ophrys scolopax

Micro-reserva biológica do Sitio dos Chãos: prados de orquídeas

Page 43: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

PROJECTO DE RECUPERAÇÃPO DO BOSQUE AUTÓCOTNE

Reserva biológica do Cabeço Santo

Localização: Serra do CaramuloTerreno de 7 ha

Eliminação da área de eucaliptos e de diversas espécies invasoras. Sementeira e plantação de árvores e arbustos autóctones.

Objectivo: recuperar o bosque natural num projecto demonstrativo prosseguindo este trabalho para terrenos vizinhos de outros proprietários.

Page 44: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

CENTROS DE RECUPERAÇÃO DE ANIMAIS SELVAGENS

CRASSA–Centro de Recuperação de Animais de Selvagens de St. André

CERAS–Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens de Castelo Branco

CRAS-Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Montejunto

Page 45: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

CRASSA–Centro de Recuperaçãode Animais Selvagens de St. André

Page 46: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

CERAS–Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens de Castelo Branco

Page 47: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

CRAS - Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Montejunto

Page 48: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

LIBERTAÇÃO DE AVESAPÓS A RECUPERAÇÃO

Page 49: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

ALIMENTADORES DE AVES NECRÓFAGAS

Vale do Guadiana / Beja

Tejo Internacional /Rosmaninhal

Abutre-do-egiptoAbutre-negro

Page 50: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

Bando de grifos em voo

Page 51: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

ALIMENTADOR DE ABUTRES

TEJO INTERNACIONAL

Page 52: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

IMPACTE DAS LINHAS ELÉCTRICAS NA AVIFAUNA

AVALIAÇÃO DE IMPACTES

MONITORIZAÇÃO DE LINHAS ELÉCTRICAS

APLICAÇÃO DE MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO PELA EDP E REN

Page 53: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

COLOCAÇÃO DE DISPOSITIVOS PARA MINIMIZAÇÃO DE IMPACTE

Page 54: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

PROGRAMA ANTÍDOTO

Page 55: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

22 ANOS DE ACTIVIDADES EM DEFESA DA BIODIVERSIDADE

Page 56: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia

Agradecimento: José Paulo Martins

Contactos:

www.quercus.pt

[email protected]

Obrigada