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Econergy International Corporation Workshop on Potential for Development of Biofuels in Mozambique Maputo, 11-12 July 2007 BIO-COMBUSTÍVEIS Matérias primas Apresentado por Cardoso T. Muendane In collaboration with: SICS

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Econergy International Corporation

Workshop on Potential for Development of Biofuelsin MozambiqueMaputo, 11-12 July 2007

BIO-COMBUSTÍVEISMatérias primas

Apresentado porCardoso T. Muendane

In collaboration with:

SICS

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Econergy International Corporation

ESQUEMA DE APRESENTAÇÃO

Metodologia

Padrões de uso da terra

Precipitação

Abordagem geral da agricultura

Custos das matérias primas para Etanol

Custos das matérias primas para Bio-diesel

Preços

Recomendações

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METODOLOGIA

Revisão da literatura

Recolha de dados no campo

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METODOLOGIA: CUSTOS

Em geral os custos variam principalmente conforme o sistema de produção usado (quase de agricultor para agricultor);

A quase totalidade da produção agrícola em Moçambique é feitapelo sector familiar; O sector familiar utiliza em grande parte

mão de obra familiar, sem remuneração;

não utiliza insumos (agroquímicos), nem usa semente certificada (usa o próprio grão como semente);

Os custos resumem-se ao custo de oportunidade, que é quase nulo, dado o elevado desemprego no campo e falta de formação daspessoas.

Assim definimos 2 modelos “padrão” para o sector familiar (+ mdointensiva) e para o sector empresarial (com + capital intensivo)

O custo de mão de obra = remuneração correntemente paga.

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PADRÕES DE USO DA TERRA

Moçambique possui 79 milhões de ha, dos quais 78 milhõessão de terra; Dos 78 somente 36 milhões são aráveis.Dos 36 milhões, 9 são considerados inviáveis devido a condições de relevo, clima, hidrologia, estrutura dos solos, etc.Sobram 27 milhões de ha. Destes, são utilizados 5 milhões e um total de 8 milhões foram alguma vez utilizados. Poderíamos considerar que sobram 19 milhões de ha.Mas, se considerarmos uma área de expansão por família de 4-5 ha, seria necessários 13 a 11 milhões de ha, reduzindo a área disponível para 10-14 milhões de ha.De qualquer maneira é necessário um forte cometimentopolítico do Estado para o uso desta terra parabiocombustíveis.

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PRECIPITAÇÃO

Precipitação Média Mensal por Regiões (1995-2005)

0.0

50.0

100.0

150.0

200.0

250.0

300.0

Jan Feb Mar Apr May Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec

Sul Centro Norte Nacional

Existem 2 épocas: 1 fresca e secae 1 quente e chuvosa;

A chuvosa vai de Set/Out a Marçoe a fresca de Abril até Agosto/Set;

Em geral, na época húmida faz-se a sementeira no regime de sequeiro

Em alguns regadios fazem-se 2 épocas agrícolas. Ex: milho naépoca quente e hortícolas nafresca.

Está generalizado o sistema de consociação de diversas culturascomplementares na dieta familiar (milho, feijões, amendoim, etc.)

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ABORDAGEM GERAL AGRICULTURA

7Girassol146Amendoim

17Copra219Feijões

74 Castanha183Arroz

115Algodão339Sorgo

2.060Açúcar1.534Milho

65.000Tabaco7.552Mandioca

Cash Crops (1000t)Food Crops (1000t)

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ABORDAGEM GERAL AGRICULTURA

(Base: 1999-2001)

0

20

40

60

80

100

120

1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005

Cassava Maize

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Econergy International Corporation

ABORDAGEM GERAL AGRICULTURA

base 1999

0

50

100

150

200

250

300

1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005

Coconuts Cottonseed

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ABORDAGEM GERAL AGRICULTURA

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MATÉRIAS PRIMAS P/ ETANOL

Açúcar

Mandioca

Mapira

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AÇÚCAR

A produção da cana de açúcar é desenvolvidafundamentalmente pela indústria açucareira;

A indústria foi reabilitada a partir do fim da guerra. De 13.000 t produzidas em 1992 passou para242.000 t em 2006/7.

A produção foi estimulada inicialmente por 2 razões: baixos custos de produção e mercadonacional. A partir de 2001 surgiu a oportunidade do mercado europeu, através da iniciativa EBA.

O rendimento médio é de 65-75 t/ha contra 105-115 t/ha da região (Malawi, Zimbabwe, Swazilandia)

Açúcar produz-se na provincias de Maputo (maragra, Xinavane) Sofala (Mafambisse, Marromeu, Buzi- produz e fornece a Mafambisse. Está a produzir alcool através do melaço de Mafambisse)

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AÇÚCAR

Actualmente existem muitas iniciativas da produção de canapara a produção de etanol e açúcar em Moçambique;

A produção de cana envolve pequenos e médios canavieirosMoçambicanos;

Os pequenos canavieiros recebem apoio das açucareiras paraestabelecimento de canaviais (preparação da terra, cana-semente, sementeira, colheita e transporte da cana para as fábricas, e alguns casos estabelecimento de sistemas de regadio: associações de Maguiguane e de Macuvulane, ambas em Xinavane);

O trabalho do agricultor centra-se nos amanhos culturais(adubar, sachar, regar, controlar a cultura até o crescimento).

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AÇÚCAR: CUSTOS E RENDIMENTOS

Relação Custo e Rendimento da Cana de açúcar em Moçambique

-

50

100

150

200

250

USD/

t; t/h

a

-

2,000

4,000

6,000

8,000

10,000

12,000

14,000

16,000

USD/

ha

Rend. Médio (t/ha) 57 54 84 90

Custo (USD/t) 175 198 159 158

Custo (USD/ha) 10,049 10,602 13,412 14,229

Marromeu Mafambisse Xinavane Maragra

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MANDIOCA

O rendimento médio nacional é de 6 t/ha contra 30 a 80 t/ha registados noutras partes do mundo;

É mais tolerante a solos de baixafertilidade e a seca

Ocupa cerca de metade da áreacultivada nacional;

Deteriora-se rapidamente quandofresca, exigindo tratamentoimediatamente pós-colheita.

É utilizado como segurançaalimentar.

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MANDIOCA (Mod 1)

Item Indicadores Unidade Norma J/Ha

Custo Mt/Unit

Custo Mt/Ha

1 1,320Lavoura Jorna 30 20 600Sementeira Jorna 2 20 40Sacha Jorna 4 20 80Colheita Jorna 30 20 600

2 20Estaca/Local kg 10 2 20Total 1,340

Operações culturais

Factores de produção

Cultura de mandioca Rend. Médio 5 Ton/haCondições de cultivo:Sequeiro, preparação de terra manual, colheita e debulha manuais, descasque mecanizado

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MANDIOCA (Mod 2)

Item Indicadores Unidade Norma J ou Ha

Custo Mt/Unid

Custo Mt/Ha

1 Operações culturais 3,720Lavoura 1 1,500 1,500Gradagem 1 750 750Armação do terreno 1 750 750Sementeira Jorna 2 20 40Sacha Jorna 4 20 80Colheita Jorna 30 20 600

2 Factores de produção 100Estaca kg 20 5 100Total 3,820

Condições de cultivo:Sequeiro, preparação de terra tractor, colheita e debulha manuais, descasque mecanizado

Cultura de mandioca Rend. Médio 10 Ton/ha

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MANDIOCA MODELOS 1 e 2

Custo por tonelada

3,820Mt/ha

38210 Mt/ton

t/ha 268Mt/ton

1,340 5Mt/ha t/ha

Rend/haCusto por hectare

Resumo Custos Mandioca Modelos 1/2

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MAPIRA

Moçambique produz 419.000 ha com um rendimento médio de 0,65 t/ha;

Embora os rendimentos de açúcarda mapira doce sejam similaresaos da cana sacarina, o sorgoexige muito menos água (cerca de 8.000 m3/ha/ano contra os 36.000 m3/ha/ano da cana sacarina);

Por outro lado, a mapira é menosexigente em termos de fertilizantese mão de obra, reduzindo o custototal em relação ao açúcar em60%.

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MAPIRA

Custo por tonelada

4,314Mt/ha

2,764 2.0 2,157 Mt/ton

1,935 t/ha Mt/tonMt/ha

0.7t/ha

Resumo Custos Mapira Modelos 1/2

Custo por hectare Rend/ha

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MATÉRIAS PRIMAS P/ BIODIESEL

Coco

Algodão

Soja

Girassol

Amendoim

Jatropha

Palma

Rícino

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COCO

Zambézia tinha um dos maiorespalmares do Mundo;

Já produziu 60.000 t/ano de copra, das quais exportava 45.000 t e produzia 10.000 t de óleo.

Agora a comercialização de copra da Zambézia é de cerca de 13.000 t (Madal 8,000; Geralco 2,500; AlifQuimica 2,500 t) e exportam-se 3 a 4 mil t de óleo;

3 factores contribuem para a baixa de produção:

Velhice dos coqueirosAmarelecimento letalFraca manutenção das plantas

Produção de Coco em Moçambique em % por Províncias

Zambézia68%

Inhambane19%

Nampula8%

Cabo-Delgado5%

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COCOamarelecimento letal do coqueiro identificada no país em 1992, em Cabo delgado, no Distrito de Palma e confirmada em 1996;

Em 1996, a mortalidade de coqueiros observada em alguns palmares em Mocimboa da Praia era de 80%.

Em 1999, a mortalidade de coqueiros em alguns palmares dos distritos de Inhassunge (zona de Gonhane) e Chinde (Micaune) era de 100%;

Em Nampula também são reportados focos da doença nas zonas de Angoche e Moma;

Estão a ser tomadas medidas para conter a doença mas há necessidade de replantio.

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ALGODÃO

Nampula é a maior produtora de algodãocom 58%, Cabo Delgado 22%, Sofala 10%, Zambézia 5% e Niassa 3%. Esta situaçãotende a inverter-se consoante osinvestimentos e as tecnologias aplicadas emcada província.

Do algodão caroço precede-se aodescaroçamento e obtêm-se a semente quecontém 16 a 19% de óleo.

A produção mais alta de óleo de algodãoregistou-se há 10 anos (23.000 t);

Depois, a produção foi reduzindo até a paralização quase total.

Neste momento quase todas as fábricas de óleo importam óelo bruto para refinar.

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ALGODÃO

Custo por tonelada

5,070Mt/ha 4513

Mt/ton3,385Mt/ha

2.5t/ha 2,028

Mt/ton0.75t/ha

Resumo Custos Algodão Modelos 1/2

Custo por hectare Rend/ha

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SOJA

Não existe tradição de produção de soja emMoçambique, embora se tenham registado algumasexperiências ainda nãoconsolidadas;

O teor de óleo é de 18 a 20% considerado baixo;

Por outro lado, soja não é umaboa fonte de óleo para bio-diesel por ser rica em proteinae baixa % de óleo por ha (500 Kg/ha).

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SOJA

Custo por tonelada

4,014Mt/ha

2,550 1,785 3.0 Mt/tonMt/ha t/ha

1,3380.70 Mt/tont/ha

Resumo Custos Soja Modelos 1/2

Custo por hectare Rend/ha

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GIRASSOL

Custo por tonelada

4,080Mt/ha

1.5t/ha 2,720

Mt/ton 2,138 962 Mt/ton

Mt/ha 0.45t/ha

Resumo Custos Girassol Modelos 1/2

Custo por hectare Rend/ha

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AMENDOIM

O amendoim é produzidonas 3 regiõesdo país: Nampula (29%); Inhambane (21%); Zambézia (16%); Cabo Delgado (12%);

O amendoim é usado para o consumo humano directo e para exportação;

Não é usado para a extração de óleo;

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AMENDOIM

Custo por tonelada

3,360Mt/ha 7,367

Mt/ton2,210Mt/ha

2.0t/ha

0.3t/ha 1,680

Mt/ton

Resumo Custos Amendoim Modelos 1/2

Custo por hectare Rend/ha

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JATROPHA

Visita ao campo de Jatropha em Nampula

Tradicionalmente a jatropha tem crescido de modo selvagem emMoçambique;

Tem sido usada principalmentecomo planta medicinal;

Agora existem inúmeros projectosde grande escala com mais de 20.000 ha:

Em 2006, plantou-se 180 ha, dos quais 135 ha, na Zambézia. Para 2007 projecta-se 1.164 ha (média 10 ha/distrito)

Plantações na região: Malawi (200.000 ha) Zâmbia (15.000 ha) Tanzania (3.000 ha)

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JATROPHA

Campo de jatropha consociada com amendoim

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JATROPHA

No mesmo campo algumas plantas com frutos.

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JATROPHA

Custo por tonelada

13,932Mt/ha

3,565 10,696 4.0 3,483 Mt/tonMt/ha t/ha Mt/ton

3.0t/ha

Resumo Custos Jatropha Modelos 1/2

Custo por hectare Rend/ha

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PALMA

Não existem registos de produção de palma emMoçambique;

A sua produção torna-se viável no sistema de regadio;

Contudo, os preços internacionais são mais altos que os preços do combustíveis fósseis;

Existe um mercado enorme na Europa de óleo de palma para bio-diesel;

Moçambique goza de vantagem logística emrelação aos maiores exportadores (Malásia e Indonésia)

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RÍCINO

O rícino é uma planta selvagemoriginária do Norte de África;

É considerada melhor opção paraáreas secas (menos de 600 mm/ano) e rochosas ou terrenosnão planos;

Existe uma pequena plantaçãoinicipiente em Moçambique;

Brasil tem um programadesenvolvido de produção de bio-diesel na base de rícino;

Tem a vantagem de não competircom produtos alimentares.

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RESUMO CUSTOS

Em alguns casos o uso de capital intensivo tornaos produtos agrícolas mais caros e em outros maisbaratos.

O primeiro caso explica a tendência de se mantero uso de tecnologias tradicionais que se sustentam com base na mão de obra barata, mesmo quando patrocinados pelo sistema de concessões;

O segundo caso explica a introdução geral de equipamento na agricultura e se torna viávelquando sobe o custo de mão de obra.

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PREÇOSSazonalidade de Preços Reais Médios de Milho (1996-2006) da Zona Centro e Norte de Moçambique

-

1

2

3

4

5

6

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Mt Media

Existem 2 situações: Livres e condicionados.

Livres (mandioca, milho, etc.) variammais com a sazonalidade do que oscondicionados.

Com preço de referênciaestabelecido pelo Governo emnegociação com os concessionáriose agricultores (tabaco, algodão). O preço é função da qualidade e do preço internacional.

O preço da cana é determinado emfunção do preço médio do açúcar(pma). Quanto maior for o pmamaior é o preço da cana.

S a z o n a l id a d e d o s P re ç o s d e L i c h in g a , d a re g i ã o C e n tro N o r te e

In te rn a c io n a is

-

2 ,0 0 0

4 ,0 0 0

6 ,0 0 0

8 ,0 0 0

1 0 ,0 0 0

1 2 ,0 0 0

1 4 ,0 0 0

1 6 ,0 0 0

1 8 ,0 0 0

2 0 ,0 0 0

Janeiro

Fevere

iro

Abril

Maio

Junho

Julho

Agos toSete

mbro

Outu

broNove

mbro

Dezembro

MZM

/Kg

-

5 0

1 0 0

1 5 0

2 0 0

2 5 0

$US

/t

A ç ú c a r Im p o rt a d o A ç ú c a r N a c io n a l In te rn a c io n a l

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RISCOS

Inflação nos preços – afecta particular/ a população urbana. Este risco aumenta com o aumento da produção de mp para bio-combustíveis ao invês de alimentação

Competição pela terra – Isto levanta mais uma vez a necessidade de registo das terras dos camponeses, para reduzir riscos de usurpação.

Impacto ambiental – Embora exista legislação sobre o ambiente, achamos que o Governo deverá fazer melhor acompanhamento das actividadesagrícolas.

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RECOMENDAÇÕES GERAIS

Criação de um mercado nacional de uso de bio-combustíveis para estimular a produção de matérias primas;

Levantamento exaustivo da terra disponível emMoçambique de modo a não comprometer a SAN e evitar conflitos de terras.

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MATERIAS PRIMAS PARA ETANOL

Cana de acúcar (produzido já por grandesindústrias)

Mapira (sorgo) – apresenta como vantagemprincipal o elevado rendimento de óleo e maiortolerância a seca.

Mandioca – o potencial agro-ecológico e o baixopreço em Moçambique sugerem que pode ser utilizado como mp complementar para bio-combustíveis.

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MATERIAS PRIMAS PARA BIODIESEL

Coco - Já é utilizado para a produção de bio-diesel tanto emInhambane como na Zambézia. É necessário criar condições para o desenvolvimento desta matéria prima, apesar da sua concorrênciacom a alimentação.

Girassol – Dado o seu potencial, achamos que pode ser encorajado, em particular, nas regiões mais remotas.

Palma africana – Dada a falta de tradição de sua produção emMoçambique, seria conveniente desenvolver pesquisa de suaadequabilidade para a produção;

Rícino – A sua incipiente produção devia ser encorajada, considerando o seu potencial

Jatropha – O país já está comprometido com a produção de jatropha. A falta de dados comprovados limita a recomendaçõessobre custos.

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MATERIAS PRIMAS NÃO RECOMENDADAS

Amendoim e Gergelim – devido ao seu elevadopreço

Milho – por ser alimento básico

Soja – baixo teor de óleo e elevado teor de proteinas é mais adequada para a produção de ração animal;

Algodão – Tem baixo teor de óleo e a semente tem maior vantagem como óleo alimentar.

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EXPERIÊNCIA DE BIO-DIESEL EM MOÇAMBIQUE

À esquerda: ISOL – Indústria de Sabões e Óleos Lichucha (Inharrime): planta de Biodiesel : O dono disse: quando acaba o combustível nãovou a bomba vou à cozinha.

À direita: Projecto experimental moderno, em Inhambane

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MUITO OBRIGADO