bio janeiro e fevereiro 2012

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Janeiro / Fevereiro 2012 www.diocesedeosasco.com.br/bio ANO XXIII – Nº 189 IGREJA ABRE A CAMPANHA DA FRATERNIDADE NO DIA 22/02 Desde 1964, cada ano, durante a Quaresma, a Conferência Na- cional dos Bispos do Brasil apresenta a Campanha da Fraternida- de. A Campanha para o ano 2012 tem como Tema: “A Fraternidade e a Saúde Pública” e como Lema: “Que a saúde se difunda sobre a terra” (cf. Eclo 38,8). Pag. 11 MISSA PELO 167º ANO DE APOSTOLADO DA ORAÇÃO No último dia 03/12, o Apostolado da Oração de toda a diocese se reuniu para agradecer a Deus a data de sua fundação e celebrar seu padroeiro principal São Francisco Xavier. Pag. 8 MISSA EM AÇÃO EM GRAÇAS NA EMPRESA KICALDO A empresa trabalha na produção e comercialização de alimentos como feijão e há 12 anos se organiza para que a con- fraternização dos funcionários seja com- pleta, com a celebração da Eucaristia. Pag. 9 VISITA PASTORAL NA REGIÃO PASTORAL DE COTIA Dom Ercílio Turco, bispo diocesano, realizou as últimas visitas pastorais nas paróquias da região Cotia. Pag. 8

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Bio Janeiro e Fevereiro 2012

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Page 1: Bio Janeiro e Fevereiro 2012

Janeiro / Fevereiro 2012www.diocesedeosasco.com.br/bioANO XXIII – Nº 189

Igreja abre a Campanha da FraternIdade

no dIa 22/02

Desde 1964, cada ano, durante a Quaresma, a Conferência Na-cional dos Bispos do Brasil apresenta a Campanha da Fraternida-de. A Campanha para o ano 2012 tem como Tema: “A Fraternidade e a Saúde Pública” e como Lema: “Que a saúde se difunda sobre a terra” (cf. Eclo 38,8). pag. 11

mIssa pelo 167º ano de apostolado da oração

No último dia 03/12, o Apostolado da Oração de toda a diocese se reuniu para agradecer a Deus a data de sua fundação e celebrar seu padroeiro principal São Francisco Xavier. Pag. 8

mIssa em ação em graças na empresa KICaldo

A empresa trabalha na produção e comercialização de alimentos como feijão e há 12 anos se organiza para que a con-fraternização dos funcionários seja com-pleta, com a celebração da Eucaristia.

Pag. 9

vIsIta pastoral na regIão pastoral de CotIa

Dom Ercílio Turco, bispo diocesano, realizou as últimas visitas pastorais nas paróquias da região Cotia. Pag. 8

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2 Janeiro / Fevereiro 2012

Publicação do Boletim Informativo da Diocese de Osasco Distribuição Gratuita (12000 Exemplares)Bispo Diocesano: Dom Ercílio Turco Coordenação, Editoração e Revisão: Pe. Valdivino A. GonçalvesColaboração: Irmã Leticia, Pe. Emerson Pedroso, Sem. Marcio José Pereira, Gil Ortiz, Cristiana Brito, Carol Gonzaga, Rogério RoqueRevisão: Fátima Gaseta Editoração Eletrônica: Janio Luiz MalacarneEmail: [email protected] Cx. Postal: 56 – CEP: 06001-970 Impressão: PAULUS

novo ano, novos caminhos

Neste ano que iniciamos será feita a renovação do

Mandato Diocesano para os Ministérios não ordenados obe - decendo uma programação já estabelecida que acontece a cada três anos.

“A Igreja por natureza, é toda ministerial, para ser servidora. Como povo de Deus, na sua to talidade, é responsável pela missão da Igreja, precisa tam-bém sentir co-responsabilidade pelos ministérios que são ecle-siais a bem da comunidade.

Os ministérios eclesiais são serviços em nome da Igreja e por autoridade da Igreja, e por isso conferidos pelo bispo ou por alguém que ele designar (Vigário Geral). É a Igreja ser-vidora que convoca servidores. Os ministérios são serviços es - peciais e importantes para o

crescimento da comunidade eclesial. Os ministérios são uma forma de viver a comunhão, responder à missão e edificar a comunidade cristã”(Dom Clovis).

O documento de Aparecida, n° 211, lembra que os leigos são chamados a participar na ação pastoral da Igreja, primeiro pelo testemunho, em seguida, “com ação no campo da evangeliza-ção, da vida litúrgica e outras formas de apostolado, segundo às necessidades locais sob a guia de seus pastores. Estes estarão dispostos a abrir para eles espaços de participação e confiar-lhes ministérios e res-ponsabilidades em uma Igreja, onde todos vivam de maneira responsável seu compromisso cristão. Aos catequistas, minis-tros da palavra e animadores

de comunidades que cumprem magnífica tarefa dentro da Igre-ja, (LG 31.33, GS 4, AA 2) os reconhecemos e animamos a continuarem o compromisso que adquiriram no batismo e na confirmação”.

Durante este ano, seguindo programação especifica, estuda-remos a natureza dos ministérios não ordenados, a espiritualidade dos ministérios, a diversidade e classificação dos ministérios; refletiremos sobre os ministé-rios mais exercidos entre nós, a condição para alguém exercer o ministério, a metodologia para a escolha de novos ministros, a formação, etc.

Parabenizo os coordenadores paroquiais, regionais e diocesa-nos dos ministérios, que nestes três anos conservaram anima-dos os ministros realizando re-tiros, formações dos atuais mi-nistros e igualmente alegro-me e parabenizo o grande número de ministros e ministras que trabalham nas comunidades a serviço dos irmãos.

Há três anos refletimos, em algumas instâncias, o antepro-jeto do Diretório Diocesano dos Ministérios não Ordenados tendo chegado às diversas defi-nições. Neste ano, retomaremos este estudo e com certeza pode-remos terminá-lo. Sugestivos são os capítulos desse Diretório; síntese da história dos minis-térios não ordenados, a visão teológica dos ministérios que se desenvolvem na diocese, as estruturas e espiritualidade dos ministérios, as tendências atuais e normas prática para o exercício.

Ano da fé

No dia 11 de outubro de 2011 o Papa Bento XVI publicou, em forma de motu próprio, a carta apostólica” Porta Fidei”, A por-ta da Fé, para a proclamação do Ano da fé, cujo objetivo é aju-dar todos os crentes em Cristo a tornar mais consciente sua fé

em Jesus Cristo e a fortalecer a má adesão ao Evangelho, sobretudo num momento de profunda mudança como o que a humanidade está a viver.

A iniciativa tornou-se pública na manhã de 17 de outubro. Este “tempo de especial reflexão e redescoberta da fé”, terá início em 11 de outubro de 2012 – dia em que há cinquenta anos se abriu o Concílio Vaticano II – e que se concluirá a 24 de novem-bro de 2013” (Oss. Romano n° 43, 2011). O Santo Padre nos incentiva a ler novamente os textos do Concílio e encontrar neles força para a renovação sempre necessária da Igreja.

Há vinte anos, no dia 11 de outubro, foi publicado o Ca-tecismo da Igreja Católica um dos frutos mais importantes do Concilio Vaticano II e que se pode revelar, hoje,”um verda-deiro instrumento e apoio de fé, sobretudo para quantos se preocupam com a formação dos cristãos, tão determinante nesse contexto cultural”.

Em sua carta apostólica, o Papa Bento XVI deseja que o Ano da fé leve todos a “um compromisso eclesial mais con- victo a favor de uma nova evan-gelização para redescobrir a alegria de crer e o entusiasmo de comunicar a fé”. Exorta-nos, também, para a “exigência de redescobrir o caminho da fé”, a andar “num caminho que dura a vida inteira”.

Muitos ensinamentos estão contidos nos dezesseis docu-

mentos do Concilio Vaticano II e no Catecismo da Igreja Cató-lica. Eles nos ajudarão a crescer na fé e a testemunhá-la em nos-sa realidade. Olhar para Jesus Cristo “autor e consumador de nossa fé” (Hb 12,2), nele se encontra a realização de nossos anseios. Lembra-nos o Papa que Maria pela fé acolheu a Palavra e acreditou, pela fé os Apóstolos deixaram tudo para seguir o Mestre (Mc 10,28), pela fé os discípulos formaram a primeira comunidade reunida ao redor dos Apóstolos, pela fé os mártires deram sua vida para testemunhar a verdade do Evangelho, pela fé homens e mulheres consagraram sua vida a Cristo, pela fé homens e mulheres, de todas as idades, no decurso do séculos, confes-saram a beleza de seguir Jesus, “pela fé, vivemos também nós, reconhecendo o Senhor Jesus, vivo e presente, na nossa vida e na história” (Porta Fidei, n° 13).

A fé é um dom de Deus e expressão de nossa aceitação de sua Palavra e sua vida. Com fé caminhamos em segurança no caminho que é Jesus Cristo e nos tornamos sinais da pre-sença e da ação de Jesus Cristo no mundo.

O Ano da fé renove nosso amor a Jesus e faça crescer em nós o desejo de segui-lo firme-mente e de testemunhar seu Evangelho.

Dom Ercilio TurcoBispo Diocesano de Osasco

palavra do pastor

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3Janeiro / Fevereiro 2012

entrevIsta

entrevista com o pe. josé eduardo de oliveira e silva Pe. José Eduardo de Oliveira

e Silva nasceu em Piracica-ba-SP, aos 05/02/1981. Desde a infância, atuou na Comunidade Santo Antônio (Paróquia Santa Rita), no Parque Jandaia, em Carapicuíba. Ordenado sacer-dote em 04/02/2006, foi vigário paroquial da Catedral Santo Antônio e pároco da Paróquia Nossa Senhora da Penha, em Araçariguama. Desde 2008, mora em Roma, onde comple-ta seus estudos em Teologia Moral.

BIO: Padre, como foi de fi ni­do que estudaria em Ro ma?

Primeiramente, agradeço à equipe editorial do BIO pela gentileza de querer entrevistar-me. Para um sacerdote, nenhu-ma escolha é apenas pessoal, mas todas as suas escolhas carregam consigo um alcance eclesial. Por isso, a definição de que estudaria em Roma, efe-tivamente, foi uma confluência de vontades, um desejo pessoal acolhido por nosso bispo e posto a serviço do bem de nossa Igre - ja Diocesana. De fato, sempre gostei muito de estudar e esta pessoal dedicação à reflexão, não passou despercebida ao lon-go de minha trajetória vocacio-nal. Durante os anos de seminá-rio e de ministério pastoral, fui agraciado com a possibilidade de partilhar com muitas pessoas um pouco daquilo que aprendi. Assim, foi surgindo a necessi-dade de dar um passo a mais, de qualificar-me mais para poder formar melhor. Diante disso, a possibilidade de estudar em Roma surgiu como uma alterna-tiva natural. Com efeito, Roma, além de ser o centro espiritual de toda a Igreja, justamente por isso, é um grande centro de produção teológica. Aqui es-tão as maiores Universidades Pontifícias que, com grande tradição pedagógica, formaram gerações inteiras de grandes teólogos para todo o mundo;

as maiores bi-bliotecas, com um número incrível de pu - blicações e de materiais in-disponíveis em outros lu- gares; e, tam- bém, um gran- de patrimônio cultural e ar- tístico, soma-do à possibi-lidade de con-vivermos com sacerdotes de todas as na-ções, o que en - riquece muito a nossa visão do mundo e da história. Desse modo, entendemos que essa seria uma escolha acertada. E assim procedemos.

BIO: Conte­nos um pouco sobre as experiências posi­tivas e negativas vividas nes­ te tempo de estudos.

A experiência positiva princi-pal, sem dúvida, foi o enrique-cimento espiritual, intelectual e humano adquirido. O Beato João Paulo II, no livro “Dom e mistério”, com as memórias de seu sacerdócio, recolhidas por ocasião de suas bodas de ouro de ordenação presbiteral, quando falava do período em que estudou aqui, dizia ser ne-cessário “aprender Roma”, quer dizer, entender as lições que esta cidade tem a nos ensinar.Em Roma, encontramos a Sede de São Pedro e, nela, o Santo Padre. Para alguns, isso pode representar pouco; mas, para quem tem um olhar profundo, esta proximidade traz consigo a oportunidade de conhecer melhor a catolicidade da Igreja. Olhar para o Papa nos cura de um certo autismo eclesial, que consiste na autossuficiência de pensar que nossa comunidade se basta a si mesma. Ao contrário, na Cátedra de Pedro, nos encon-

tramos com irmãos oriundos de todas as nações, que professam conosco a mesma fé, celebram os mesmos sacramentos e se regem pela mesma unidade eclesial; aí, percebemos que a Igreja nos supera e nos antece-de. Nos antecede! Sim!, somos precedidos por uma inumerável procissão de mártires e confes-sores da fé, milhares de santos e de cristãos comuns, que recebe-ram a autenticidade da pregação apostólica e a ela aderiram de todo coração. Em Roma, essa história se ilumina e se tor-na palpável, percebemos que não somos donos, mas somos herdeiros de um tesouro que deve ser conservado, aprofun-dado e transmitido às gerações vindouras. Como descrever a impressionante experiência de participar da beatificação do Papa João Paulo II?... Centenas de milhares de pessoas ornando a Praça de São Pedro, agrade-cendo a Deus por terem podido testemunhar a santidade de um homem que viveu e morreu simplesmente para dizer ao mundo que Cristo é o redentor do Homem! Simplesmente ines-quecível. Certamente, existem também experiências negativas. Contudo, procurei assimilá-las como lições de vida, como um arcabouço de experiências hu-

manas que me permitirão ser uma pessoa melhor. Hoje, mais do que antes, aprecio a bondade do nosso povo, sua fé simples e fervorosa, sua acolhida sincera e sua amável edu-cação. Amo muito mais nosso tipo de Igreja, menos instituciona-lizada e mais

viva, menos aparente e mais verdadeira. Admiro muito mais a nossa capacidade de amar o diferente, de abraçar os estran-geiros e olhar os outros pelo que têm de melhor.

BIO: Atualmente em qual estágio se encontram seus estudos? Existe uma previ­são para o retorno?

Nesse momento, estou con-cluindo o último período de es-tudos em Roma, com a entrega e iminente defesa da tese de doutorado. Como se sabe, faz quase quatro anos que moramos aqui. Nos dois primeiros anos (2008-2010), fizemos o Curso de Mestrado, durante o qual moramos no Pontifício Colé-gio Pio Brasileiro; por último (2010-2012), dedicamo-nos a escrever nossa tese doutoral, durante a qual moramos numa Paróquia da Diocese de Roma, fazendo parte, por um tempo, do presbitério romano (aliás, esta experiência foi muito en-riquecedora, pois tivemos a oportunidade de conhecer a Diocese de Roma por dentro, de entender um pouco como funciona a sua pastoral e a di-nâmica interna do clero local). Meu departamento específico é o de Teologia Moral, e minha pesquisa concentra-se sobre

uma das virtudes morais, a virtude da religião. Depois de um trabalho intensíssimo (sem férias, indo diariamente à bi-blioteca e permanecendo ali em período integral, aplicando-me com tenacidade à escrita), pude concluir minha dissertação e, atualmente, espero a possibili-dade de defendê-la em breve. Deus me ajude!

BIO: Deixe uma mensagemaos leitores do BIO.

Chegados a 2012, ano no qual comemoramos o cinquentenário do Concílio Vaticano II e os vinte anos da promulgação do Catecismo da Igreja Católica, o Santo Padre convocou-nos para celebrar um especial “Ano da Fé” (11.10.2012 – 24.11.2013). De fato, hoje, talvez mais do que nunca, a humanidade passa por uma crise de fé. O homem pós-moderno, ocupado demais com o imediato, esqueceu-se de olhar para a eternidade e, por isso, uns perdem a fé pela via da ignorância – “meu povo se perde por falta de conhecimen-to” (Os 4,6); e outros, apesar de conhecerem, não aderem a ela de todo coração – “se com tua boca confessares que Jesus é o Senhor, e se em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (Rm 10,9). Neste tempo, a voz da Igreja nos convida a conhe-cer para aderir e, assim, poder anunciar Aquele no qual cre-mos, pois “como invocarão aquele em quem não têm fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue?” (Rm 10,14). É esta a mensagem que deixo aos caros leitores do BIO. “Sem fé, é impossível agradar a Deus” (Hb 11,6). Que o Espírito Santo nos ajude, neste Ano da Fé, a crescermos em nossa consciên-cia cristã, sabendo que “essa é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1Jo 5,4).

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4 Janeiro / Fevereiro 2012

lItUrgIa

Quatro elementos fundamentais de um espaço litúrgico

Deus se comunica com a gente através de sinais

sensíveis. Ora, é na celebração da divina Liturgia que temos um dos lugares mais excelentes em que Deus, no Cristo e pelo Espírito Santo, comunica ao seu povo o dom de sua presença salvadora. Por isso, a Liturgia é feita de sinais sensíveis. Toda ela, em todos os seus detalhes, tem (e deve ter!) sua indis-pensável dimensão simbólico-sacramental. A começar pelo lugar físico em que acontece a celebração litúrgica.

Quatro, são os elementos fundamentais que não devem faltar na organização do espaço litúrgico, pelos quais nos é dado perceber a presença amorosa de Deus na celebração da divina Liturgia.

O altar

O centro de nossa fé cristã é o sacrifício de Cristo, sua total entrega por nós confirmada pela Ressurreição e o dom do Espíri-to. Ora, esta entrega se faz hoje presente precisamente sobre o altar de nossas igrejas, toda vez que celebramos o memorial da Páscoa, na santa Missa! E

mais, como explicita a Instru-ção Geral do Missal Romano (IGMR): Ele “é também a mesa do Senhor na qual o povo de Deus é convidado a participar por meio da Missa; é ainda o centro da ação de graças que se realiza pela Eucaristia” (n. 296).

Assim sendo, o ponto de convergência e atenção, dentro do espaço celebrativo, tem que ser necessariamente o altar. E nada tem o direito de “roubar-lhe a cena”. Pois ele representa (traz-nos presente à memória) o que é mais sagrado para nós: Cristo em sua entrega total por nós, ontem, hoje e sempre.

A mesa da palavra

Antes de celebrarmos o me-morial do Sacrifício redentor de Cristo, Deus nos fala e nos comunica o seu amor quando são feitas as leituras, inclusi-ve quando se canta o Salmo responsorial. Como explicita-mente diz a Constituição sobre a Sagrada Liturgia, do Concílio Vaticano II: Cristo está presente “pela sua palavra, pois é Ele mesmo que fala quando se lêem as Sagradas Escrituras na igreja” (SC 7).

Assim sendo, “a dignidade da palavra de Deus requer na igreja um lugar condigno de onde possa ser anunciada e para onde se volte espontaneamen- te a atenção dos fiéis no mo-mento da liturgia da Palavra” (IGMR, n. 309). Trata-se da mesa da Palavra, ou ambão. Es-paço litúrgico de fundamental importância simbólico-sacra-mental, pois evoca a presença viva do Senhor falando para o seu povo.

O espaço da assembleia

Outro elemento fundamental de um espaço litúrgico: O lugar da assembleia. Por quê? É que a assembleia litúrgica não é uma simples congregação de pessoas, como qualquer outra. Uma vez constituída, mais que um mero ajuntamento de pes-soas, ela é uma comunhão de cristãos e cristãs, dispostos a ouvir atentamente a palavra de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia. É o próprio corpo de Cristo, cujos membros somos cada um de nós. E isto significa que, como tal, deve tratar-se de uma assembleia participativa (cf. SC 14).

Assim sendo, também o espa-ço da assembleia deve aparecer como um espaço do Cristo en-quanto corpo feito de muitos membros. E que todos os fiéis reunidos possam senti-lo como tal, tanto pela disposição arqui-tetônica geral do espaço, como pela disposição dos bancos ou cadeiras, em que todos os mem-bros da assembleia possam sen - tir-se realmente como corpo bem unido, na escuta atenta da Pala-vra e na participação digna da Liturgia eucarística.

A cadeira da presidência

Na verdade, quem preside a Liturgia é o Cristo, na pessoa do presidente da assembleia li-túrgica. O sacerdote que preside a Eucaristia é o sinal sacramen-tal da presença invisível deste Cristo. Ao presidir a celebração, ao elevar a oração a Deus em nome de todos, ao explicar a palavra de Deus à comunidade, o sacerdote atua em nome deste Cristo. Por isso ele preside, ou seja, ele se senta diante de toda a assembleia, como represen-tante do verdadeiro Presidente e Mestre, que é o Senhor Jesus.

Assim sendo, para visualizar o mistério da presidência de Cristo na pessoa do ministro (cf. SC 14), a Igreja recomenda que se coloque em destaque a cadeira de quem preside. Como vemos na IGMR: “A cadeira do sacerdote celebrante deve mani-festar a sua função de presidir a assembleia e dirigir a oração” (n. 310). Em outras palavras, como já dissemos, a cadeira pre - sidencial em destaque evoca a presença invisível do Cristo que preside a Liturgia na pessoa do ministro.

Fonte: Frei José Ariovaldo da Silva, ofm

Publicado no site: www.pime.org.br/mundoe

missao

PERguNtAs PARA REFlE XãO PEssOAl

E Em gRuPOs

1) Quais são os ele­mentos fundamentais de um espaço litúrgi­co? Na igreja de sua comunidade, estão to­dos eles presentes? E como estão dispos­tos?

2) Por que eles são fundamentais na cele­bração litúrgica?

3) Dá para sentir ne­les e por eles a presen­ça atuante do Cristo na celebração?

4) Algum destes ele­mentos precisa ser me­lhor trabalhado? Por quê?

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5Janeiro / Fevereiro 2012

Cnbb

esclarecimento dos bispos: comunidades cristãs

ESCLARECIMENTO dos bispos da província eclesiástica de São Paulo aos fiéis da Igreja Católica Apostólica RomanaA Igreja Católica Apostólica Romana, fiel e perseverante na transmissão da fé recebida dos Apóstolos, está unida ao Papa, sucessor do Apóstolo Pedro, e aos bispos

em comunhão com ele. Os fiéis católicos apostólicos romanos reúnem-se também em torno dos padres e diáconos, que estão em comunhão com os bispos e foram por eles legitimamente ordenados para os respectivos ministérios. Atualmente, várias Igrejas e Comunidades Cristãs, não unidas ao Papa e os bispos em comunhão com ele, apresentam-se como “católicas”, “católicas apostólicas”, “católicas carismáticas”, “católicas renovadas”, “católicas apostólicas ortodoxas”, “católicas apostólicas bra-sileiras”. Diversas pessoas e iniciativas religiosas são apresentadas como “católicas”, utilizando os mesmos sinais já tradicionais da nossa identidade católica apostólica romana (nomes, títulos, vestes clericais e litúrgicas, símbolos, textos litúrgicos...). Esta falta de clareza no âmbito das organizações religiosas ditas “católicas” é motivo de perplexidade, confusão e desorientação para os fiéis a nós confiados, podendo causar dano à sua fé. Cumprindo nossa grave responsabilidade de, em nome de Jesus Cristo, Bom Pastor, cuidar das ovelhas do seu rebanho, conduzindo-as pelos caminhos do Evangelho e defendendo-as contra todos os perigos e enganos, vimos esclarecer e chamar a atenção para o que segue:

1. Somente representam legitimamente a Igreja Católica Apostólica Romana os bispos que estão em comunhão com o Papa e os sacerdotes e diáconos em comunhão com esses bispos católicos apostólicos romanos. Dioceses, eparquias, exarcados, paróquias e santuários da Igreja Católica Apostólica Romana são somente aquelas e aqueles que estão sob a responsabilidade de tais bispos, sacerdotes e diáconos.

2. É direito dos fiéis católicos apostólicos romanos e de qualquer outra pessoa, obter informações certas sobre a identidade religiosa das pessoas que representam qual-quer religião, igreja ou grupo religioso; o exercício da liberdade religiosa só é possível mediante essa clara identificação.

3. Os fiéis católicos apostólicos romanos, que necessitarem de informações sobre a legitimidade dos seus representantes hierárquicos, podem obtê-las através dos padres e diáconos das paróquias católicas romanas conhecidas, ou através das cúrias das respectivas dioceses.

4. Recomendamos aos nossos sacerdotes e diáconos que tenham sempre consigo o documento de identidade sacerdotal ou diaconal, assinado pelo bispo da própria diocese ou, no caso do clero religioso, pelo seu superior provincial.

5. Esclarecemos aos fiéis católicos apostólicos romanos e a quem interessar possa, que nossa Igreja não realiza, a não ser em casos especiais, batizados, casamentos e crismas fora das igrejas e espaços normalmente destinados ao culto e às celebrações sagradas, como, por exemplo, chácaras, buffets e outros locais.

6. Desaprovamos toda forma de simulação dos Sacramentos da Igreja Católica Apostólica Romana, bem como a exploração comercial, como fonte de lucro, da religião e da boa fé do povo; afirmamos que, ao nosso entender, isso é um grave desvio da natureza e da finalidade da religião e desrespeita profundamente a Deus e ao próximo.

7. Estimulamos a todos os nossos fiéis a se manterem firmes na fé da Igreja, recebida dos Apóstolos e testemunhada pelos santos e mártires ao longo da história; estejam unidos aos seus legítimos bispos e sacerdotes, colaborando com eles na vida e na missão da Igreja; frequentem as comunidades de fé e caminhem com elas, nas paróquias e outras organizações da Igreja, e busquem todos conhecer mais profundamente o rico patrimônio da fé e da vida cristã, que a Igreja Católica Apostólica Romana preserva e transmite com fidelidade, de geração em geração.

Assinam os bispos das dioceses católicas apostólicas romanas da província eclesiástica de São Paulo.

Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São PauloDom Tomé Ferreira da Silva, bispo auxiliar de São PauloDom Tarcísio Scaramussa, bispo auxiliar de São PauloDom Edmar Peron, bispo auxiliar de São PauloDom Milton Kenan Júnior, bispo auxiliar de São PauloDom Júlio Endi Akamine, bispo auxiliar de São PauloDom Ercílio Turco, bispo de OsascoDom Fernando Antônio Figueiredo, bispo de Santo AmaroDom Nelson Westrupp, bispo de Santo AndréDom Jacyr Francisco Braido, bispo de SantosDom Luiz Gonzaga Bergonzini, administrador apostólico de GuarulhosDom Joaquim Justino Carreira, bispo nomeado de GuarulhosDom Luiz Antônio Guedes, bispo de Campo LimpoDom Airton José dos Santos, bispo de Mogi das CruzesDom Manuel Parrado Carral, bispo de São Miguel PaulistaDom Vartan Waldir Boghossian, bispo do exarcado armênio, para os católicos apostólicos romanos de rito armênio residentes no BrasilDom Farès Maakaroun, bispo da eparquia Nossa Senhora do Paraíso, dos católicos apostólicos romanos de rito greco-melquitaDom Edgard Madi, bispo da eparquia Nossa Senhora do Líbano, dos católicos apostólicos romanos de rito maronita.

São Paulo, na festa do Apóstolo Santo André, 30 de novembro de 2011.

Bispos da província eclesiástica e São Paulo emitem carta aos fieis, alertando sobre as diversas denominações cristãs e práticas que diferem da prática religiosa dos fieis católicos. Dom Ercílio, pediu que esta carta fosse lida

nas santas missas das comunidades na Diocese de Osasco. leia abaixo na íntegra:

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6 Janeiro / Fevereiro 2012

notÍCIas

26 agentes pastorais foram assassinados em 2011

Como sempre, no final do ano, a Agência Fides publica uma

lista dos agentes pastorais que perderam a vida de modo violen-to ao longo dos últimos 12 meses. Segundo os nossos dados, foram assassinados 26 agentes pastorais em 2011, um a mais em relação ao ano passado: 18 sacerdotes, 4 religiosas, 4 leigos.

No terceiro ano consecu-tivo, com um número extre-mamente ele-vado de agen-tes pastorais assassinados, consta em pri-meiro lugar a A M É R I C A , banhada pelo sangue de 13 sacerdotes e 2 leigos. Segue a ÁFRICA, onde fo ram mortos 6 agen-tes pastorais: 2 sacerdotes,

3 religiosas e 1 lei go. Na ÁSIA foram assassinados 2 sacerdo-tes, 1 religiosa e 1 leigo. Enfim, a EUROPA, onde foi morto 1 sacerdote.

Algumas foram vítimas da vio lência que combatiam ou da disponibilidade de ajudar os ou-tros colocando em segundo lugar a própria segurança. Também,

este ano, muitos foram mortos em tentativas de roubos ou de sequestros que terminaram mal, surpreendidos em suas casas por bandidos ou por jovens de-linquentes que tinham ajudado antes, à procura de dinheiro fácil. Outros foram eliminados por que, em nome de Cristo, pregavam o amor e não o ódio, a esperança e não o desespero, o diálogo e não a violência, o direito e não o abuso.

Na festa litúrgica do Protomártir Estevão, 26 de dezembro, Bento XVI recordou no Angelus: “Como nos tempos antigos, hoje a adesão sincera ao Evangelho pode exigir o sacrifício da vida, e muitos cris-tãos em várias partes do mundo são expostos à perseguições e ao martírio. Porém, o Senhor nos re-corda que «aquele que perseverar até o fim será salvo» (Mt 10,22)”.

Na América, foram assassina-dos 15 agentes pastorais (13 sa-cerdotes e 2 leigos): na Colômbia (7), México (5), Brasil (1), Para-guai (1) e Nicarágua (1).

Na Colômbia, morreram 6 sa - cerdotes e 1 leigo: Pe. Rafael

Reátiga Rojas e Pe. Richard Ar-mando Piffano Laguado, mortos a tiros por um assassino que viajava no mesmo carro dos dois sacerdotes; Pe. Luis Carlos Orozco Cardona, ferido mor-talmente por um jovem armado que atirou contra ele no meio de uma multidão; Pe. Gustavo Gar-cia, Eudista, assassinado na rua por um indivíduo que o agrediu para roubar seu celular; Pe. José Reinel Restrepo Idárraga, assas-sinado por desconhecidos quando guiava sua moto, roubada junto com outros objetos do sacerdote; Pe. Gualberto Oviedo Arrieta, encontrado esfaqueado na casa paroquial. Na lista de sacerdotes acrescenta-se o leigo Luis Edu-ardo Garcia, membro da Pastoral Social, agredido por um grupo de guerrilheiros, sequestrado e assassinado.

No México, foram assassinados 4 sacerdotes e 1 leiga: Pe. Santos Sánchez Hernández, agredido por um mal-intencionado que entrou em sua casa, provavelmente para roubar; Pe. Francisco Sánchez

Durán, encontrado na igreja com feridas no pescoço, talvez na tentativa de deter um furto na igreja; Pe. Salvador Ruiz Enciso, sequestrado e assassinado; Pe. Marco Antonio Duran Romero, morto num conflito entre mili-tares e um grupo armado. A eles acrescenta-se María Elizabeth Macías Castro, do Movimento Leigo Escalabriniano, que tra-balhava num jornal e com os migrantes, sequestrada por um grupo de narcotraficantes e bar-baramente assassinada.

No Brasil, foi assassinado em sua moradia Pe. Romeu Drago. O seu corpo foi levado à cerca de 25 km de sua casa, onde foi queimado.

No Paraguai, foi assassinado Mons. Julio César Alvarez. O seu corpo foi encontrado no quarto, com pés e mãos amarrados, com lesões e arranhões, morto estran-gulado.

Na Nicarágua, foi sequestrado e assassinado Pe. Marlon Ernesto Pupiro García.

Fonte: Agência Fides

Coréia do norte: país que mais persegue os cristãosA Coréia do Norte lidera, pela

décima vez consecutiva, a lista de países que mais perse-guem os cristãos. Este elenco é elaborado todos os anos pela organização alemã Open Doors e foi divulgado na quarta-feira (04/01) na cidade de Kelkheim (centro do país). O Afeganistão ocupa o segundo lugar, seguido por Arábia Saudita e Somália.

Segundo Open Doors, na Coreia do Norte, os cristãos são tratados como inimigos do Estado, e se calcula que, entre 50 e 70.000 cristãos estejam internados em campos de trabalho no país. Nos países que vivem a chamada “primavera árabe”, o relatório afirma que a situação dos cristãos piorou, como no caso do Egito. Após a saída do presidente Hos-

ni Mubarak, foram registrados vários ataques à igrejas e grupos islâmicos radicais promovem iniciativas anticristãs. Segundo estimativas de Open Doors, cerca de 100 mi lhões de pessoas em todo o mundo sofrem perseguição por causa da fé cristã, e em mui-tos países são obrigados a viver na clandestinidade.

Fonte: Rádio Vaticano

será canonizada a primeira “pele vermelha” da américaEm breve será canonizada a

primeira “pele vermelha” da América. Catarina Tekakwitha é uma das próximas quatro Santas das quais Bento XVI reconheceu a intercessão de um milagre.

Catarina Tekakwitha, nasceu em 1656 nos Estados Unidos e faleceu em 1680 no Canadá. Sua mãe era uma indígena cristã e seu pai, chefe indígena da nação Mohawks. Ao final de sua curta vida, tornou-se conhecida por

seus feitos milagrosos e fez com que outros indígenas se conver-tessem ao cristianismo.

O processo de sua canonização começou em 1884. Em 1943, o Papa Pio XII a declarou venerá-vel e, em 1980, foi beatificada por João Paulo II.

Com o novo milagre reconhe-cido, Catarina já pode ser cano-nizada.

Sua festa litúrgica já é comemo-rada em 14 de julho.

O reconhecimento está entre os vinte e três milagres autorizados pelo Santo Padre, entre os quais também se encontra o reconhe-cimento de um milagre de Padre Luigi Novarese (1914-1984), sa - cerdote fundador da Pia União Primária dos Silenciosos Operá-rios da Cruz.

Novarese trabalhava na sessão de relações exteriores da Secre-taria de Estado Vaticana, durante a Segunda Guerra Mundial e era

responsável pelo programa do en-tão, Papa Pio XII, para a assistên-cia aos refugiados nos conventos e em estruturas eclesiásticas sob ocupação nazista.

Os milagres foram promul-gados em decretos da Congre-gação para a Causa dos Santos, em audiência ocorrida no dia 19/12, de manhã, pelo Prefeito da congregação, Cardeal Angelo Amato.

Fonte: Rádio Vaticano

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7Janeiro / Fevereiro 2012

notÍCIas

34.000 católicos a mais por diasegundo o relatório anual da

“Situação da Missão Glo-bal”, feito em 2011, a Igreja Ca- tólica reúne 1 bilhão e 160 milhões de adeptos em todo o mundo e todos os dias aderem mais 34.000 pessoas. Os dados do estudo, divulgado pela agência Analisis Digirtal, afirma que no mundo hoje, existem dois bilhões de pes-soas, de um total de sete bilhões, que nunca foram alcançados pela mensagem do Evangelho.

Outros dois bilhões e 680 mi-lhões ouviram algumas vezes, ou conhece vagamente, mas não são cristãos. “Apesar do fato de que Jesus Cristo fundou uma só

Igreja, e pouco antes de morrer, rezava para que – todos fossem um – hoje existem muitas deno-minações cristãs: eram 1.600 no início do séc. XX, e são 42.000 em 2011”, afirma o estudo. Os protestantes carismáticos são 612 milhões e crescem 37 mil ao dia. Os protestantes “clássicos” são 426 milhões e aumentam 20 mil por dia.

As Igrejas Ortodoxas somam 271 milhões de batizados e ga-nham cinco mil por dia. Angli-canos, reunidos principalmente na África e na Ásia, 87 milhões, e três mil a mais por dia. Aque-les que o estudo define “cristãos

marginais” (Testemunhas de Jeová, mórmons, aqueles que não reconhecem a divindade de Jesus ou da Trindade) são 35 milhões e crescem dois mil ao dia. “A forma mais comum de crescimento é ter muitos filhos e fazê-los aderir à sua tradição re-ligiosa. A conversão é mais rara, no entanto, acontece para milhões de pessoas todos os anos, o mais comum é a de um cônjuge para a fé do outro”. Em 2011, os cristãos de todas as denominações farão circular mais de 71 milhões a mais em 4.800 organizações missionárias diversas.

Fonte: Arquidiocese BH

Caridade de bento XvI, próximo dos mais pobres da terraBento XVI ofereceu mais de

R$ 7 milhões para ajudar as pessoas atingidas por situações de emergência em todo o mundo em 2011. As ajudas foram repassadas por meio do Pontifício Conse-lho ‘Cor Unum’, organismo de caridade da Santa Sé. Em entre-vista ao jornal vaticano, ‘L’Osser- vatore Romano’, Dom Giampie-tro Dal Toso, secretário do Ponti-fício Conselho, explica que deste total, foram doados o equivalente a cerca de R$ 3,7 milhões para a Fundação Populorum Progressio a serviço das comunidades rurais da América Latina e do Caribe.

Também foram destinados cerca de R$ 3,4 milhões para os projetos da Fundação João Paulo II para o Sahel - região da África entre o deserto do Saara e as savanas ao sul – e no apoio aos países africanos ameaçados pela desertificação.“Não são números exorbitantes, mas o seu valor reside no fato que manifestam o desejo do Papa de estar próximo dos muitos pobres da terra” – acrescentou o secretário do Con- selho. As situações de emergência atendidas compreendem o terre-moto, o tsunami e o consequente desastre nuclear em Fukushima,

no Japão; as inundações no su-deste asiático, América Central e Filipinas; a reconstrução do Haiti, após o terremoto de 2010; e a crise alimentar no Chifre da África.

Segundo Dom Giampietro Dal Toso, “a crise econômica pesa sobre as famílias e é significativo como a Cáritas , em diversos ní-veis, ou como o Banco Alimentar, na Itália, estejam cada vez mais comprometidos em assegurar itens de primeira necessidade à famílias pobres, idosos e pais com filhos”.

Fonte: Radio do Vaticano

líder anglicano: “oferecer modelos positivos à juventude”Em sua tradicional mensagem

de ano novo transmitida pela rede BBC, o arcebispo de Cantuária Rowan Williams dis-se que “dentre os dons únicos recebidos da nossa fé cristã, está a consideração especial devida às crianças e jovens”. O primaz da Comunhão anglicana fez a gravação durante uma visita à ‘Kids Company’, estrutura de caridade engajada na assistência aos jovens que vivem nas ruas e provêm de situações familiares e pessoais difíceis.

Williams lembrou as cenas vis-tas há alguns meses nas TVs que mostravam atos de vandalismo,

saques de lojas e bancos feitos por grupos de jovens marginali-zados. “Foram eventos terríveis, apresentaram a imagem mais furiosa da sociedade, uma face destruidora e desrespeitosa da lei”.

Para o líder religioso, “a rebe-lião foi somente um aspecto de um problema muito maior”. “Os jovens infratores pareciam uma massa numerosa, mas na reali-dade, são apenas a minoria de sua geração, àqueles que se sen tem frustrados e se compor-taram de modo irresponsável”. “Que tipo de sociedade é a nossa que consente a degradação da

juventude? Por que não lhe são oferecidos modelos positivos ao invés de deixá-los à infelicidade e à ansiedade?” – perguntou Williams a seu público na Kids Company.“Somente quem os conhece, fala com eles, compre-ende seus sentimentos e entende os desafios que enfrentam pode responder” – continuou.

Encerrando seu discurso, Ro-wan Williams quis reafirmar que os jovens podem oferecer ao próximo seus maiores dons no momento em que se sentem pro-tegidos e amados: “Seja quando Jesus abençoava as crianças que estavam a seu lado, seja quando

São Paulo encorajava os jovens líderes das novas comunidades, o cristianismo sempre ressaltou a importância de dar aos jovens o respeito que merecem. É claro que eles também não são infalí-

veis e têm muito que aprender, mas para nós, o fato de sermos adultos não pode nos fazer es-quecê-los” – completou o líder anglicano.

Fonte: Radio do Vaticano

Foto: Fabiano Fachini)

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8 Janeiro / Fevereiro 2012

notÍCIas

brasil ganha mais um cardeal Na manhã de sexta-feira

(6/01), o Papa anunciou que no próximo dia 18 de fevereiro realizará um Consistório em que criará 22 novos membros para o Colégio Cardinalício. Os cardeais – explicou o Pontífice antes de rezar a oração do Angelus com os fiéis – têm como dever ajudar o Sucessor do Apóstolo Pedro no desenvolvimento de seu Minis-tério de confirmar os fiéis na fé e ser princípio e fundamento da

unidade e da comunhão na Igreja. Entre os nomeados, está Dom João Braz de Aviz, que desde 4 de janeiro de 2011 é o Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada. O arcebispo, que durante muito tempo este-ve à frente da arquidiocese de Brasília, foi o único brasileiro e latino-americano escolhido pelo Papa desta vez.

A partir de fevereiro Dom João passará a integrar o grupo de car-

deais brasileiros, composto hoje por Dom Eugênio Sales, Dom Paulo Evaristo Arns, Dom José Falcão, Dom Serafim Fernandes Araújo, Dom Claudio Hummes, Dom Geraldo Majella Agnelo, Dom Eusébio Sheid, Dom Odilo Pedro Sherer e Dom Raymundo Damasceno Assis.

Em 1994, João Paulo II no-meou Dom João Braz, bispo auxi-liar da Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo, onde, desde então,

adotou o lema episcopal: Todos sejam um (Jo 17,21). Depois, ele foi bispo de Ponta Grossa, Para-ná; arcebispo de Arquidiocese de Maringá, também no Paraná, e por fim, arcebispo de Brasília, cargo que ocupou de 2004 até o fim de 2010. Os novos cardeais provêm de diversas partes do mundo e realizam vários ministé-rios a serviço da Santa Sé ou em contato direto com os fiéis.

Fonte: Rádio Vaticano

missa pelo 167º ano de apostolado da oraçãoNo último dia 03/12 , o Apos-

tolado da Oração de toda a diocese se reuniu para agradecer a Deus a data de sua fundação e celebrar seu padroeiro principal São Francisco Xavier.

A Igreja Matriz da Paróquia São Lucas – Carapicuíba aco-lheu mais de 700 pessoas para esta solenidade.A organização agradeceu ao Pe. Ubirajara que

recebeu o movimento com ale - gria e contou-se com presença do Pe. Otamar, Secretário Nacional e Pe. Douglas Dias, diretor dio-cesano.

A missa foi a oportunidade de agradecer a Deus todo o trabalho do apostolado realizado neste ano de 2011.

Fonte: Rodolfo Sebastião Paróquia Santa Cruz

encerrada a visita pastoral na região pastoral de Cotia

Dom Ercílio Turco, bispo dio-cesano, realizou as últimas

visitas pastorais nas paróquias da região Cotia.

No mês de novembro, nos dias 9 e 10 na paróquia Santo Antônio de Santana Galvão; nos dias 17 e 18 na paróquia Nossa Senhora de Fátima e nos dias 2 e 3 de dezem-bro, na paróquia Nossa Senhora das Graças.

Nas três paróquias foi calorosa-mente recepcionado pelo grande número de fiéis que ansiosamente o esperavam.

Em Vargem Grande, na paró-quia Santo Antonio de Santana Galvão, além de visitar todas as comunidades, Dom Ercílio esteve no abrigo municipal “Lar das Crianças” e na escola Ernes-to Benedito de Camargo, onde também funciona a comunidade Santa Clara. Também participou da reunião dos conselhos de pas-toral e visitou os enfermos. E para encerrar a visita presidiu missa na comunidade São Judas Tadeu, concelebrada pelo Pe. Fernando Moraes Ribeiro, pároco.

Na paróquia Nossa Senhora de Fátima, situada na cidade de Co-tia, o bispo foi acolhido pelo pá-roco Pe. Vagner João Pacheco de Moraes e alguns fiéis que juntos fizeram adoração ao Santíssimo Sacramento. Todas as comuni-dades foram visitadas e também a ETEC, a Empresa de Sorvetes Saint Luiger, o Instituto Secular Vita et Paz (Lar Santa Maria), o Colégio Madre Iva e o Colégio Talento. Também participou da reunião dos conselhos e presidiu na comunidade matriz a missa de

encerramento, concelebrada pelo pároco, donde também se rezou pela saúde do vigário paroquial Pe. Fábio Trigo. Por fim, mais uma vez em Vargem Grande, o bispo esteve na paróquia Nossa Senhora das Graças. Lá, visitou todas as comunidades, enfer-mos, o laboratório BIOVET, o CREIO (centro de recuperação especial e integração orientada) e também esteve na prefeitura e com o delegado. Participou dos conselhos e presidiu a missa de encerramento da visita, concele-

brada pelo pároco Pe. Reginaldo Hilário Machado. Ambas visitas foram vivenciadas num clima de intensa felicidade. Elas tem como objetivo: “conhecer como está se desenvolvendo a Igreja, em segundo lugar fortalecer a fé, uma fé que possa iluminar a vida do cristão de hoje e em terceiro, realizar o relatório que é enviado a Santa Sé a cada cinco anos” disse Dom Ercilio. A próxima visita pastoral irá acontecer no 1º semestre de 2012 e será na região pastoral de Barueri.

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9Janeiro / Fevereiro 2012

notÍCIas

NOmEAçõEs DO ClERO DIOCEsANO PARA 2012

1. Pe. Alexandre Augusto Siles - São José - Mairinque (Pároco)2. Pe. Alexandre de Oliveira - São Gabriel da Virgem Dolorosa – Osasco (Vigário)3. Pe. Ewerton Leandro Q. Silveira - N. Sra. Aparecida – Mai-rinque (Pároco)4. Pe. Flávio Silva dos Anjos - N. Sra. das Graças – Osasco (Pároco)5. Pe. José Aparecido Pereira - N. Sra. Aparecida – Carapi-cuíba (Vigário)6. Pe. Jorge Augusto M. Alexandre - Nossa Sra. de Nazaré – Osasco (Pároco)7. Pe. Mauricio José de Souza - São João Batista – Osasco (Pároco)8. Pe. Max André de Souza - Imaculada Conceição – Caucaia do Alto (Vigário)9. Pe. Paulo Mercieca - Santo Antônio e Nossa Senhora Apa-recida - Caucaia (Administrador)10. Pe. Reinaldo Aparecido Bento - N. Sra. Aparecida – Jd. Santa Maria -Osasco (Pároco)11. Pe. Riomar Aristides da Silva - Sagrada Família – Osasco (Pároco)12. Pe. Sergio Luiz de Medeiros - Área Pastoral – Santa Ca-tarina – Mairinque (Administrador)

A ordenar:

13. (Pe.) Daniel Bispo - Nossa Sra. das Graças – Carapicuíba (Vigário)14. (Pe.) Douglas Pinheiro de Lima - São Lucas – Carapicuíba (Vigário)15. (Diác.) Daniel Vitor S. Rodrigues - São Judas Tadeu – Itapevi 16. (Diác.) Diego Martins dos Santos - Catedral Santo Antonio17. (Diác.) Alexandre Santos - N. Sra. Aparecida – Piratininga18. (Diác.) Márcio José Pereira - Cristo Rei – Jd. Baronesa

retiro espiritual dos futuros diáconosOs seminaristas Alexandre,

Daniel Vitor, Diego e Már-cio participaram entre os dias 02 a 06 de janeiro, do retiro espiritual que deve anteceder a ordenação. O pregador escolhido para con-duzir o retiro foi o Pe. Edileis da Silva Araújo que a partir de temas diretamente ligados ao diaconato, levou todos os candidatos a fa-zerem uma reflexão profunda do ministério que receberão.

Também esteve presente duran-te todos os dias do retiro, o bispo diocesano Dom Ercílio que fez da convivência uma experiência ímpar, partilhando também de sua história vocacional e mos-trando claramente o que a Igreja espera dos futuros diáconos. Foi um momento rico e cheio de es-piritualidade, uma experiência gratificante já nos primeiros dias deste novo ano.

Cáritas paroquial nossa senhora da escada oferece almoço de natal

dom ercílio celebra missa na empresa Kicaldo de barueri

A Cáritas inspira-se nas ações de Jesus Cristo pela Huma-

nidade, lutando pela cidadania e pelo resgate da dignidade dos excluídos e excluídas e trabalhan-do por um mundo mais solidário. Afinal, o Reino de Deus tem que começar já nesta Terra.

O bispo diocesano, Dom Er-cílio Turco, presidiu uma

missa na empresa Kicaldo, si-tuada em Barueri nos limites da paróquia Rainha Santa Isabel. A empresa trabalha na produção e comercialização de alimentos como feijão e há 12 anos se orga-niza para que a confraternização dos funcionários seja completa, com a celebração da Eucaristia. O evento aconteceu no dia 17/12 iniciando-se às 11h com a missa e em sua homilia, o bispo também manifestou sua alegria pela pre-sença da Igreja, que é a presença de Deus naquele ambiente de

Como acontece a vários anos, a Cáritas Paroquial Nosso Senhora da Escada, ofereceu no dia 10 de dezembro, o almoço de natal para as 65 famílias assistidas.

Mais de trezentas pessoas, en-tre crianças e adultos, vieram de vários lugares da nossa paróquia

trabalho. Tudo foi preparado com muita sutileza pelos funcionários e membros da comunidade local, de forma que o ambiente de produção transformou-se num espaço celebrativo para ação de graças a Deus, por todos os

em ônibus para um momento de socialização.

Com uma equipe de 24 pes -soas, coordenados pelo Sr Jairo de Almeida e assessorado pela Irmã Conceição da Congregação de Jesus na Eucaristia, aos poucos as famílias foram ficando a vonta-de para este ato de solidariedade de uma igreja sem fronteira,pois a Cáritas atende todas as pessoas independente de religião.

O almoço da Cáritas é a reali-zação do ano. Pois o nosso tra-balho é coroado neste momento pelo sorriso de cada pessoa que está presente aqui, disse o Sr. Jairo, presidente da Cáritas pa-roquial.

feitos do ano. Os funcionários, fornecedores, colaboradores e os donos da empresa também expressaram a grande alegria em receber Dom Ercílio, mostrando que para empresa a presença do bispo foi um grande evento.

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10 Janeiro / Fevereiro 2012

notÍCIas

DAtAs COmEmORAtIvAsNatalícia

FEvEREIRO

01/02 Ir. Maria da Penha de Souza, ism 5502/02 Pe. Thomas Joseph Scott 6904/02 Pe. Dorival Ferreira Leite, crl 3905/02 Ir. Gertrudes Duz, jbp 6805/02 Pe. José Eduardo de Oliveira e Silva 3105/02 Pe. Edileis Silva de Araújo 4411/02 Ir. Joana do Imac. Coração de Maria, cmss 4311/02 Pe. Andrew Joseph Zammit 5611/02 Pe. Agentil Eugênio 4412/02 Pe. Bozano Lima Gonçalves 4212/02 Ir. Maria Heloísa dos Santos, cfnsm 19/02 Ir. Ma. Angélica da Eucaristia, ocd 2819/02 Pe. Ely Rosa 3021/02 Diac. Douglas Pinheiro de Lima 2622/02 Pe. Ângelo Fornari, cjs 7522/02 Pe. Antônio Alves Afonso 5724/02 Pe. José Maria Falco 5724/02 Ir. Catarina de Jesus, mop 9126/02 Pe. Atílio de Souza 49

Ordenação ou profissão religiosa 02/02 Ir. Luiz Pedro Bermo, mi 2502/02 Pe. Eduardo G. Silva 0402/02 Pe. José Cássio Marinho 0403/02 Pe. Fábio Rosário Santos 0503/02 Pe. Othoniel B. Duprat 0503/02 Pe. Reginaldo M. Hilário 0503/02 Pe. Romildo I. Lopes Filho 0503/02 Pe. Vagner J. Pacheco de Moraes 0504/02 Dom Ercílio Turco (Episcopal) 2204/02 Pe. José Eduardo de Oliveira e Silva 0604/02 Pe. Eduardo Aparecido dos Santos 0604/02 Pe. Everaldo Felix da Silva 0604/02 Pe. Max André de Souza 0604/02 Pe. Anderson Moacir Ramos 0604/02 Pe. Fernando de Moraes Ribeiro 0604/02 Pe. Alexandre Douglas Crispim 0606/02 Pe. Alan R. Nascimento 0206/02 Pe. Alexandre de Oliviera 0206/02 Pe. Flávio Silva dos Anjos 0206/02 Pe. Hélio Pedro de Souza 0206/02 Pe. Jorge Augusto M. A. 0207/02 Pe. Alexander Souza de Carvalho 0307/02 Pe. Alexandre Augusto Siles 0307/02 Pe. Douglas Dias de Melo 0307/02 Pe. Henrique Souza da Silva 0307/02 Pe. Rodrigo silva Perreira 0312/02 Pe. Evaldino Borges Dias, fdp 1826/02 Pe. Ely Rosa 0126/02 Pe. Ewerton L.Q. Silveira 0127/02 Pe. Alexandre Pessoa Garcia 06

Comunidade santa bakhita celebra 2 anos de fundação

região pastoral de barueri se prepara para acolher dom ercilio

em sua visita pastoral

N o dia 12 de fevereiro de 2012, na comunidade Santa

Bakhita que pertecente à Paró-quia Sagrada Família da Vila Yara em Osasco, às 9 horas será cele-brada santa missa, festiva, com a presença do bispo Dom Ercílio, autoridades políticas e toda a comunidade para festejar o dia de aniversário da comunidade e da padroeira SANTA JOSEFINA BAKHITA.

A comunidade foi fundada no dia 08 de fevereiro de 2010, com a celebração da santa missa num estacionamento a céu aberto. Posteriormente, todos os domin-

A s próximas visitas pastorais de Dom Ercilio Turco irão

acontecer de fevereiro a julho na região pastoral de Barueri. A abertura regional será no dia 08 de fevereiro, às 20hs com a celebração da santa missa na Paróquia São Judas Tadeu, com a presença de todos os padres da região e representantes de pas-torais regionais e fiéis em geral.

As primeiras paróquias que receberão a visita pastoral de Dom Ercilio serão: Paróquia São Judas nos dias 9 e 10 de fevereiro e Paróquia Cristo Rei nos dias 16 e 17, em Itapevi.

gos, no local passou a acontecer celebrações da palavra ou Santa Missa. Durante o ano de 2010, descobriu-se que a prefeitura possuía duas áreas institucionais no bairro. Então, juntamente com o pároco, foi elaborado um docu-mento, solicitando à prefeitura a permissão do uso do solo, para a construção de um centro co-munitário.

Esta batalha pelo espaço durou também todo ano de 2011 e de-pois muitas idas e vindas e muita conversa com políticos, a comu-nidade conseguiu a promessa da permissão de uso de um espaço.

Finalmente, no mês de dezem-bro de 2011 foram formalmente informados de que o pedido seria atendido e teriam uma área de aproximadamente 1000 metros quadrados para a construção de um centro comunitário e salão de celebração.

A comunidade hoje está locali-zada na Av. Manoel Pedro Pimen-tel, s/n. Jd Wilson - Osasco, com acesso na estação de Presidente Altino ou pela av. dos autonomis-tas, ou pela av. Hilário Pereira de Souza, no estacionamento da an-tiga CMTO, hoje estacionamento da Universidade Anhanguera.

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11Janeiro / Fevereiro 2012

Campanha da FraternIdade

Campanha da Fraternidade 2012

Desde 1964, cada ano, du-rante a Quaresma, a Con-

ferência Nacional dos Bispos do Brasil apresenta a Campanha da Fraternidade.

Durante esses 48 anos po-demos dividir as CFs em três fases. Na primeira fase (1964 – 1972) houve uma busca da renovação interna da Igreja. Na segunda fase (1973 – 1984) a Igreja Católica preocupou-se com a realidade social do povo, denunciando o pecado social e promovendo a justiça.

Na terceira fase (1985 – 2012) a Igreja voltou-se para situações existenciais do povo brasileiro.

Normalmente não sabemos os nomes dos autores das Campa-nhas da Fraternidade, mas devi-do a importância do tema para 2012 o Texto-base apresenta os onze nomes dos componen-tes do Grupo de Trabalho que

elaborou a CF de 2012. Cada Campanha da Fraternidade tem um Tema e um Lema.

A Campanha para o ano 2012 tem como Tema: “A Fraternida-de e a Saúde Pública” e como Lema: “Que a saúde se difunda sobre a terra” (cf. Eclo 38,8)

O Objetivo Geral da Campa-nha da Fraternidade de 2012 é: “Refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção dos en-fermos e mobilizar por melhoria no sistema público de saúde” (p. 12 do Texto-Base).

Além do objetivo geral a Cam- panha da Fraternidade para 2012 apresenta seis objetivos específicos. Estes são: “a) Dis-seminar o conceito de bem viver e sensibilizar para a prática de hábitos de vida saudável;

b) Sensibilizar as pessoas para o serviço aos enfermos, o su-primento de suas necessidades e a integração na comunidade; c) Alertar para a importância da organização da pastoral da Saúde nas comunidades: criar onde não existe, fortalecer onde está incipiente e dinamizá-la onde ela já existe; d) Difundir dados sobre a realidade da saúde no Brasil e seus desafios, como sua estreita relação com os aspectos sócio-culturais de nossa sociedade; e) despertar nas comunidades a discussão sobre a realidade da saúde pú-blica, visando à defesa do SUS e a reivindicação do seu justo financiamento; f) Qualificar a comunidade para acompanhar as ações da gestão pública e exigir a aplicação dos recursos públicos com transparência, especialmente na saúde” (cf. p. 12 do Texto-Base da CF).

O texto base é dividido em três partes e uma conclusão olhando para o futuro. A primei-ra parte é titulada “Fraternidade e a Saúde Pública” e oferece um panorama atual da Saúde no Brasil. A primeira parte do Texto-Base afirma que os temas da saúde e da doença exigem uma abordagem ampla e suge-re a proposta apresentada pelo “Guia para a Pastoral da Saú-de”, elaborada pela Conferência Episcopal Latino-Americano (CELAM). O GPS depois de dizer que a saúde é afirmação da vida e um direito fundamental que os Estados são obrigados a garantir, o referido documento define saúde assim: “Saúde é um processo harmonioso de bem-estar físico, psíquico, so-cial e espiritual, e não apenas a ausência de doença, processo que capacita o ser humano a cumprir a missão que Deus lhe destinou, de acordo com a etapa e a condição de vida em que se encontre” (cf. p.15 do Texto-Base e Guia para a Pastoral da Saúde na América Latina

e no Caribe, CELAM, Centro Universitário São Camilo, São Paulo, 2010, ns 6-7). A primeira parte do Texto-Base também nos brinde com algumas ta-belas e quadros interessantes mostrando: o melhoramento da taxa de mortalidade infantil nos últimos anos, o crescimento da população idosa, percentual de partos cesáreos, dados sobre obesidade, hipertensão arterial que atinge 44.7 milhões de pessoas, estimativas para várias formas de câncer e a evolução da frequência de consumo abu-sivo de bebida alcoólica etc. (cf. Texto-Base: ps. 21, 23, 24, 31, 33, 35 e 43).

A segunda parte é titulada “Que a Saúde se Difunda So-bre a Terra”. Aborda doença no Antigo e Novo Testamento. Aborda Jesus curando os doen-tes. Diz o Evangelho: “Jesus percorria toda a Galileia, en-sinando nas sinagogas deles, anunciando a Boa Nova do Reino e curando toda espécie de doença e enfermidade do povo” (cf. Mt 4, 23). O Texto apresenta a parábola do bom samaritano como paradigma de cuidado. Trata também do “horizonte humano e teológico do sofrimento” e os enfermos no seio da Igreja. Há também uma referência a Unção dos En-fermos, o sacramento da cura.

A terceira parte ofereça “Indi-cações para a Ação Transforma-dora no Mundo da Saúde”. Ana-lisa a atual Pastoral da Saúde da Igreja e o papel dos agentes da mesma. Uma área importante

encontrada na terceira parte do texto aborda a dignidade de vi-ver e morrer. Trata com clareza de problemas como: eutanásia, distanásia e ortotanásia. Cite o Código de Ética Médica de 17 de setembro de 2009 e o pro-nunciamento do Santo Padre Bento XVl sobre estes assuntos. Além das propostas de ação da Igreja Católica na área de saú-de, esta parte ofereça também “Propostas Gerais para SUS”.

A Conclusão mostra como, ao longo dos últimos anos, houve mudança no conceito de saúde: de ‘caridade’ para ‘direito’, e lamenta que esse direito está sendo “transforma-do em negócio” num mercado sem coração. Afirma também que no âmbito da saúde, faz-se necessário aprofundar e colocar em prática a chamada “bioética dos 4 Ps”: Promoção da saúde, Prevenção de doenças; Proteção das vulneráveis presas fáceis de manipulação e Precaução frente ao desenvolvimento biotecnoló-gico. O texto base termina com três anexos importantes: (I) A relevante trecho da Constituição Federal: a saúde como direito de todos e dever do Estado; (II) O Serviço de preparação e animação da Campanha da Fra-ternidade; e (III) O Gesto Con-creto de fraternidade, partilha e solidariedade feito em âmbito nacional. O Texto-Base termina com uma rica bibliografia.

Fonte: Pe. Dr.Brendan Co-leman Mc Donald C.Ss.R., Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1.

COmuNICADO

MISSA DE ABERTURA DA CF­2012

Dia: 24 de fevereiro de 2012

local: Catedral de Osasco

Horário: 20h

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12 Janeiro / Fevereiro 2012

varIedades

PERguNtE AO PADRE

A igreja católica é a única que pode levar a nossa salvação? será que não existe outras igrejas boas também?

Responde: Pe. Cido PereiraVigário Episcopal para a Pastoral da Comuni-cação em São Paulo, Diretor do jornal “O São Paulo” e apresentador do programa Bom dia Povo de Deus na rádio católica 9 de Julho.

Pedro, são normais as dúvidas que você tem no seu coração. Isto é sinal que você quer amadurecer a sua fé, quer aprofundá-la, quer vivê-la intensamente. Então vamos à sua questão.

Não faz muito tempo, Pedro, a Igreja Católica tinha uma frase que deixava muitos evangélicos arrepiados. A doutrina da Igreja ensinava que “fora da Igreja não há salvação”. Esta frase deixou de ser usada, até porque Deus não se enquadra nos esquemas humanos. A misericórdia divina é sem limites. E todo aquele que serve a Deus com sinceridade de coração, será salvo.

Acontece, Pedro, que a Igreja Católica tem a certeza de reunir todas as características da verdadeira Igreja de Cristo. Vejamos.

1. Jesus disse a Pedro: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja.” Ele não disse “as minhas igrejas” mas a minha Igreja. E quem é o sucessor de Pedro? O Papa, não é mesmo? Nenhum papa sucede o outro. Todos sucedem a Pedro.

2. Diz o livro dos Atos dos Apóstolos, que na Igreja primiti-va os fiéis eram um só coração, e perseveravam unidos na oração, na partilha do pão (Eucaristia) e no ensinamento dos apóstolos. O que faz a Igreja Católica? Permanece firme na oração, na partilha do pão (Eucaristia) e no ensinamento dos apóstolos... os bispos são sucessores dos apóstolos.

3. Jesus disse: Ide pelo mundo afora e anunciai o Evangelho a toda criatura. Então a Igreja de Jesus é universal. A palavra católica quer dizer “Universal”. Em qualquer lugar do mundo você identificará quem é católico.

4. Enfim, a Igreja de Jesus é romana. Por quê? Porque Jesus nasceu no império romano (leia os primeiros capítulos de Lucas e Mateus), porque Jesus foi crucificado por ordem de um governador a serviço de Roma, e porque Pedro, en-tendendo que Roma era o centro do mundo no seu tempo e de lá partiam estradas para o mundo todo, foi para Roma e lá foi martirizado.

Pense nisso, Pedro. Mas respeitemos também todos os que amam Jesus embora não sejam católicos. Jesus quer que todos sejam um! Um dia chegaremos à unidade.

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04 s Aniversário de Ordenação Episcopal de D. Ercílio

Ordenação Diaconal – 9h00 – Catedral santo Antonio

07 t Padres Coordenadores de Reg. Pastorais e setores – Reunião 9h – Cúria

08 Q Abertura da visita Pastoral da Reg. Barueri

missa 20h – s. Judas – Itapevi

09 Q Conselho de Presbíteros – Reunião às 9h – Cúria

09 e 10/02 – Visita Pastoral na Paróquia S. Judas Tadeu – Itapevi

11 s Dia mundial do Enfermo

Conselho Diocesano de Pastoral – 9h – Centro Pastoral

14 t secretariado de Pastoral – Reunião às 9h – Cúria

16 Q 16 e 17/02 – Visita Pastoral na Paróquia Cristo Rei – Itapevi

24 S 20h00 – MISSA: ABERTURA DA CF­2011 – CATEDRAL

25 s Ordenação sacerdotal – 9h00 – Catedral santo Antonio

28 t Formação Permanente do Clero – Ibaté – são Roque

29 Q Formação Permanente do Clero – Ibaté – são Roque

Calendário pastoral de Fevereiro (resumido)

a procissão católica inspirou o desfile de Carnaval?

sim, e muito.As procissões são marchas solenes de ca-

ráter religioso, organizadas pela Igreja Católica, geralmente pelas ruas de uma cidade.

Os padres e outros clérigos saem paramentados, carregando imagens, crucifixos, à frente de andores, estandartes, pálios rica-mente decorados, velas, lanter-nas, archotes, estandartes, cruzes alçadas, lampadários, bastões etc.

Eles são levados por fiéis, tam-bém paramentados, das diversas irmandades e confrarias, religio-sos e religiosas, e pelos leigos, em geral, formados em duas ou mais alas.

As procissões rezam e entoam cantos, hinos e motetes acom-panhadas por fanfarras, bandas, música de instrumentistas, corais e cantores. Além do som de sinos ou matracas, e até de rojões, de-

pendendo do caráter da procissão. Nas procissões há cumprimento de promessas e alguns andam de pé descalço, carregam pedras, andam um trecho de joelhos, etc.

As passeatas e manifestações de rua, de operários, estudantes, grevistas etc. adotaram a liturgia católica das procissões e tam-bém saem com seus símbolos, estandartes, cantos e palavras de ordem. Ou desordem.

Os blocos, maracatus, cordões e vários grupos carnavalescos construíram suas coreografias, apresentações e forma de desfiles sobre o modelo das procissões.

Há até estudos antropológi cos sobre essa contribuição da sagra-da procissão ao profano desfile do Carnaval. Do católico ao caó - tico.

Fonte: www.editoravozes.com.br